Sindag News 3

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SINDAG News Informativo do

setor aeroagrícola - Ano 3 - Edição 3 - Novembro de 2011

Comissão de Segurança debate pistas eventuais

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Polêmica no Espírito Santo Novas associadas

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Desinformação e interesses eleitorais alimentam campanha contra aviação agrícola

Páginas centrais


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Editorial

“Temos que

apresentar à sociedade nossas credenciais...”

Nós operadores aeroagrícolas precisamos nos conhecer e nos mostrar. Nos conhecer como o País que tem a segunda maior força aérea agrícola do mundo, mas onde apenas 15% das áreas pulverizadas contam com uso de aeroanves em suas lavouras. Temos um mercado muito grande para crescer e inúmeras vantagens a apresentar, a começar justamente pela proteção ao meio ambiente e a segurança à saúde das pessoas. É por isso também que as empresas do setor precisam se unir em torno de seu Sindicato: para que a voz do setor seja melhor ouvida pelas autoridades e eventuais parceiros em pesquisas e operações. E é aí que vem o “nos mostrar”. Temos que apresentar à sociedade nossas credenciais como meio seguro de aumentar a produção de alimentos em um mundo com cada vez mais faminto. Precisamos dizer que somos o único setor realmente fiscalizado, que temos engenheiros e técnicos em todas as operações e que nossos pilotos são os mais bem preparados. Temos que mostrar que aviação agrícola também atua no trato de florestas e no combate a incêndios em áreas de preservação. Por isso apostamos no Sindag News, com uma linguagem voltada ao público dentro e fora da aviação. Assim aos poucos vamos contando tudo para quem estiver ao nosso alcance.

Nelson Paim - presidente

SINDAG - Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola DIRETORIA Presidente Nelson Antônio Paim Primavera do Leste/MT

Rua Felicíssimo de Azevedo, 53 Salas 701 e 702 CEP 90540-110 - Porto Alegre/RS Fones (51) 3337-5013 ou (51) 3342-9096 E-mail sindag@sindag.org.br www.sindag.org.br

Vice-presidente CONSELHO FISCAL Claudio Coutinho Rodrigues Pelotas/RS Júlio Augusto Kämpf Cachoeira do Sul/RS Secretário Cesar Alberto Lilischkies José Selomar Palotina/PR da Silva Oliveira Capivari do Sul/RS Tesoureiro Francisco Dias da Silva André Textor Camaquã/RS Rio Verde/GO

SINDAG News

Projeto gráfico, redação e diagramação:

C5 Comunicação e Eventos Ltda

Castor Becker Júnior jornalista Reg Prof. 8862 - DRT/RS castor_@brturbo.com.br


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Comissão discute segurança das

Coutinho: Comissão alinhavou o que caberia a cada parte

PISTAS EVENTUAIS Melhorar as condições de segurança das pistas eventuais de pouso nas operações aeroagrícolas. Este foi o tema dominante na pauta da segunda reunião dda Comissão para Segurança de Voo na Aviação Agrícola, do Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CNPAA). Foi no último dia 17, na sede do Sindag, em Porto Alegres. A ideia é normatizar condições mínimas das pistas eventuais, como comprimento, largura, condições do solo, obstáculos, proteção contra animais e outros fatores. De acordo com o vice-presidente do Sindag, Claudio Coutinho Rodrigues, que preside a Comissão, as propostas foram alinhavadas a partir de dois relatórios, sugeridos na reunião anterior (a primeira do grupo), em agosto. Em um deles, o Sindag apontou características mínimas para a Aviação Agrícola operar

com segurança nas pistas eventuais. No outro relatório, a Pontifícia Universidade Católica (PUC/RS) e o 5º Serviço Regional de Aviação Civil (Serac 5, com sede em Canoas/RS), indicaram os papéis das operadoras aeroagrícolas e seus contratantes (normalmente donos das pistas) para se chegar a essas condições. Segundo Coutinho, as propostas agora serão apresentadas na próxima plenária do CNPAA, marcada para 9 e 10 de novembro, em Brasília. Até aqui, as reuniões da comissão tiveram a presença também do tesoureiro do Sindag, Francisco Dias da Silva, além de representantes da PUC/RS, dos Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPAs) IV (São Paulo), V (Porto Alegre) e VI (Brasília) e da empresa Embraer/Neiva.


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Campanha contra Aviaç no ES mobiliza o SIND Brasilia: Debate

foi parar na Câmara dos Deputados

Falta de informação por parte de autoridades e comunidade, aliada a interesses eleitoreiros. É assim que o presidente do Sindag, Nelson Paim, classifica a campanha contra a aviação agrícola que vem ocorrendo desde julho no Espírito Santo. “A briga seria contra o uso indiscriminado de agrotóxicos, mas estranhamente o único alvo está sendo a aviação”, comenta Paim. “Não estão tentando proibir a pulverização por tratores, por bombas costais e nem pelo sistema de irrigação. Aliás, nem os próprios agrotóxicos estão sendo combatidos. Só o avião, justamente a ferramenta que reduz a necessidade produtos químicos nas lavouras.” É por conta disso que o Sindag tem protestado com veemência contra o movimento, que já resultou em uma lei municipal em Vila Valério, proibindo as operações aeroagrícolas no município. Uma

proposta semelhante chegou a ser aprovada em Nova Venécia, mas ainda não entrou em vigor, e iniciativas semelhantes estão pipocando em outros municípios, como São Mateus, Jaguaré e Pinheiros. O Sindag tem rebatido na imprensa local as críticas à aviação e também partiu para o corpo-acorpo, para explicar o papel da aviação na produção de alimentos, na segurança à saúde e na própria preservação do meio ambiente. Além disso, o sindicato aeroagrícola está discutindo na Justiça a lei aprovada em Vila Valério. O argumento é de que a norma é inconstitucional, já que a Aviação Agrícola é regulamentada por legislação federal.


ção Agrícola

DAG

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O próximo capítulo nas discussões sobre operações aeroagrícolas no Espírito Santo será no dia 25 de novembro. É quando vai ocorrer uma audiência pública sobre o tema em São Mateus. O município também estuda proibir a aviação em seu território.

Ações locais Os empresários da Aeroverde Aviação Agrícola têm mantido contatos também com professores da Universidade Federal do ES, para organizar dias de campo com estudantes,a fim de mostrar as importância da aviação agrícola para o País

As tentativas de proibir uso da aviação agrícola já renderam um encontro do presidente Nelson Paim na Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa capixaba. A estratégia foi buscar apoio para colocar de uma vez, para todo o Estado, a argumentação em prol do setor. Paim também esteve defendendo as empresas aeroagrícolas na Câmara dos Deputados, onde participou de uma audiencia na Subcomissão Especial Sobre o Uso de Agrotóxicos e Suas Conseqüências à Saúde, da Comissão de Seguridade Social e Família. Dentro do Espírito Santo, o Sindag está contando também com o trabalho forte da empresa Aeroverde Aviação Agrícola Ltda. Uma associada cujos proprietários Sérgio e Giovani Bianchini vem participando de entrevistas em rádios e jornais e do corpo a corpo com autoridades e comunidade. “Atendemos lavouras no norte e no sul do Estado e já tivemos uma redução de 30% nas atividades, por contada movimentação contra o setor nos municípios”, conta Sérgio. A Aeroverde atua no Espírito Santo desde 2007.


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Combate a incêndios

com aeronaves paradas no resto do ano, ao terceirizar os governos deixam de lado as despesas com formação e reciclagem de pilotos, manutenção dos equipamentos e outros custos”, raciocina Paim. E é justamente aí que Apresentar está a chave do melhor custo/benefício as vantagens da das empresas aeroagrícolas: como seus aviação agrícola na teraviões não ficam ociosos, diluem melhor ceirização do combate a incêndios em os custos de manutenção e podem ofereareas de preservação ambiencer melhor preço. É muito mais tal. Esse é o foco de um trabaE aí outra proposta do lho que o Sindag deve realizar econômico para Sindag é incentivar a forjunto a órgãos da União e Es- o poder público mação de consórcios de emtados, além de entidades que presas, para mais associadas administram parques ambien- alugar os aviões, terem capacidade operaciotais. “É muito mais econômi- contratando nal de assumirem contratos. co para o poder publico alugar empresas nos Pela legislação brasileira, o os aviões, contratando empre- períodos de seca combate a incêndios floressas nos períodos de seca, do tais é prerrogativa da aviaque comprar suas próprias aeronaves”, ção agrícola, que já atuou argumenta o presidente Nelson Paim. com sucesso, por exemplo, em 2009, no “O período de seca corresponde a 3 Parque Estadual da Serra do Rola Moça, ou 4 meses. Além de não se preocupar em Minas Gerais.

Classificados no site Os associados do Sindag têm um canal gratuito para anunciar serviços ou compra e venda de aviões ou equipamentos. Trata-se dos classificados do site do Sindicato (www.sindag.org.br), que também recebe gratuitamente currículos de pilotos e profissionais que buscam colocação no setor. O serviço também está à disposição para empresas não-associadas. Neste caso a 50 reais para o anúncio simples e 100 reais na página inicial.

Feira de aviação

Palestras técnicas, exposição de aviões, planadores e helicópteros, mostras de escolas, universidade de aeroclubes e até atividades para o público infantil. Assim deverá ser a movimentação da Feira de Aviação Civil Voar para Todos, de 2 a 4 de dezembro, em Brasília. O será no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitscheck, com entrada será franca. O outras informações podem ser buscadas no site ww.voarparatodos.com.br.


Em caso de acidente... O Centro de Investigação e Prevenção e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) tem um novo link para comunicação de ocorrências aeronáuticas. O que vale tanto para colisão com aves como para comunicações pelo Sistema de Gerenciamento Integrado da Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIGIPAER). O caminho é pelo site do CENIPA, no endereço www.cenipa.aer.mil.br. O passo seguinte é clicar na janela Comunicação de Ocorrência e, em seguida, entrar na opção Aeronave Civil. Ali o internauta escolhe entre as opções Colisão com Aves ou SIGIPAER. No caso da escolha pelo SIGIPAER, depois de aberta esta janela, é preciso em Notificar uma Ocorrência, no quadro Notificação de Terceiros. Mas é importante lembrar que, antes de preencher o formulário na internet, a comunicação tem que ser feita pelo telefone para o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA) responsável pela área onde ocorreu o acidente.

Telefones de sobreaviso SERIPA I – Belém (61) 9162-0824 SERIPA II – Recife (81) 9161-2232 SERIPA III – Rio de Janeiro (21) 9646-8360 / 9603-3004 SERIPA IV – São Paulo (11) 9459-3047 / 9427-5043 SERIPA V – Canoas (51) 9268-3043 SERIPA VI – Brasília (61) 9649-5304/9649-5458 SERIPA VII – Manaus (92) 8423-0177 CENIPA – (61) 9994-9554

Novas associadas

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Desde julho o Sindag já deu as boas-vindas a sete novas associadas, resultado de um trabalho que vem apresentando às empresas as vantagens de fazer parte da entidade. Confira a lista:

Aero Agrícola Nordestina Ltda

MarechalDeodoro/AL

AWAER Aviação Agrícola Ltda

Campo Verde/MT

DPA Aviação Agrícola Ltda

Cachoeira do Sul/RS

KNA Aviação Agrícola Ltda

Nova Ramada/RS

Aeroverde Aviação Agrícola Ltda

Aracruz/ES

Crestani Aviação Agrícola Ltda

Carazinho/RS

Safra Aviação Agrícola Ltda

Dom Pedrito/RS

Discussão no Sul O Sindag ainda aguarda uma posição da Fundação Estadual de Proteção Ambiental do RS (Fepam) sobre a proibição, a partir deste ano, de pulverizações de lavouras com uso de aviões em Pelotas/ RS. O Sindicato pediu ao órgão que seja revista a zdecisão já que a proibição, além de não afetar as pulverizações terrestres, foi tomada sem que o setor aeroagrícola fosse ouvido.


Ampliando a VITRINE

A aviação agrícola brasileira tem aterrissagem marcada para 27, 28 e 29 de junho do ano que vem, em Campo Grande. Tratase do Congresso Sindag 2012, que está sendo preparado para ampliar a vitrine do setor aeroagrícola nacional, o segundo maior do planeta em número de aeronaves. Conforme o presidente do Sindag, Nelson Paim, entre os ingredientes para isso está a escolha do Aeroporto Santa Maria para sediar a mostra de equipamentos, os debates e as palestras técnicas.

“Optamos por um aeródromo para contarmos com aviões nas demonstrações técnicas”, salienta Paim. A expectativa com isso, segundo ele, é potencializar a comunicação do setor não apenas com empresários, pilotos e autoridades, mas também com o público em geral. “Precisamos mostrar a importância da Aviação Agrícola para o País, desde a alta tecnologia para produção de alimentos até sua capacidade como ferramenta de preservação ambiental.”


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