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Programa Vida Longa oferece casas equipadas e adaptadas para idosos
Recém inaugurado em Santa Cruz do Rio Pardo, condomínio para idosos em situação vulnerável se espalha por todo o estado de SP
Um condomínio seguro, com no máximo 28 residências para abrigar até duas pessoas, se forem casadas, com direito a área de atividades físicas, um amplo jar-dim, centro de convivência e uma equi-pe que inclui serviços gerais, assistente social, psicóloga e vigia. Tudo novo, mobiliado e adaptado para eventuais necessidades de segurança para viver sem se preocupar com a conta de luz ou de água.
É assim, com todo conforto, proteção e acolhimento que pessoas com mais de 60 anos em situação de vulnerabilidade econômica, mas independentes e capa-zes, vão poder viver a partir de fevereiro em Santa Cruz do Rio Pardo, com a inauguração do Programa Vida Longa. A obra, que levou dois anos para ser construída, é fruto de uma parceria do município com a CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo) e está deixando “maravilhados” os moradores, que se reuniram com representantes da Secretaria de Assistência Social para saber como funcionará o condomínio.
Vida nova e segura – Toda a estrutura do Vida Longa, programa que foi reformulado em 2019, dando nova roupagem ao Vila Dignidade, criado em 2009 pela CDHU, é focada no bem estar e segurança dos moradores. Devidamente protegido de interferências externas não autorizadas, com equipe gestora e repleto de equipamentos de segurança para idosos nos ambientes internos e externos, o local promove também a socialização dos moradores, além de municiá-los de instrumentos para situações de emergência. Na unidade de Santa Cruz, as casas de 28m² têm cozinha com armários, fogão e geladeira. O ambiente que compõe a sala e quarto é um o loft com mesa, cadeiras, poltrona, cama e guarda roupa. No banheiro, acessórios de segurança estão por toda parte e o chuveiro está instalado. Basta levar os pertences pessoais para se estabelecer.
Quem são os moradores – Para se credenciar a ser um morador do Vida Longa, a pessoa precisa ser portadora do Cadastro Único, ter renda máxima de até dois salários mínimos e ser cadastrada no CRAS (Centro de Referência de Assis-tência Social) do município. Também precisa ter mais de 60 anos e não depender de cuidados de terceiros.
A quantidade de moradias costuma ser suficiente para amparar idosos em situação de vulnerabilidade de cada cidade, ou seja, que não conseguiram realizar o sonho da casa própria e dependem de aluguel ou espaço em casa de familiares.
Ação conjunta – A implantação do Vila Longa nos municípios paulistas segue uma prática bem interessante de sinergia e parceria. O governo estadual entra com os recursos para as obras, a prefeitura cede o terreno, gere as obras através de suas equipes técnicas competentes, e faz a triagem dos moradores com a ajuda das unidades de assistência social do município. Reformas também correm por conta de cada localidade, co-mo aconteceu recentemente em Avaré, a primeira cidade a contar com o condo-mínio, a partir de 2010, quando ainda se chamava Vila Dignidade. “Atualmente temos 19 moradores”, informa a prefeitura, que caprichou na manutenção.
Cidades interessadas – Dezenas de cidades paulistas já possuem o Condo-mínio Vida Longa, tanto os construídos entre 2009 e 2019, quanto os implantados depois, quando foi reformulado (o Programa Vila Dignidade, instituído pelo Decreto nº. 54.285, de 29/04/2009, foi reformulado pelo Decreto Nº 64.509, de 01 /10/2019, passando a denominar-se Programa Vida Longa).
Para conseguir esse benefício que transforma a vida de pessoas idosas, o município deve encaminhar um ofício à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano e ter em vista a necessidade de doar o terreno. As moradias são vitalícias, mas não pertencem aos usuários. Sendo reocupadas em caso de morte ou mudança para outra localidade.