A voz do cepa 50

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Ano 4 | Nº 50 | Setembro e Outubro de 2010 | Salvador-Bahia

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13 de junho de 1951

A VOZ DO CEPA nº 50

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urpreendente que, sem apoio oficial, apenas de pessoas amigas do CEPA, algumas com empresas e o esforço generalizado, “milagrosamente” chegamos ao número 50 do A VOZ DO CEPA. Não imaginaríamos, alguns anos atrás, de alcançarmos tal vitória. O idealizador inicial para o feitio do A VOZ DO CEPA, inclusive o próprio nome, partiu do então e sempre Conselheiro professor Almerindo César de Quadros, contando com todo apoio do Fundador. No início, chegamos a contratar dois elementos do CIEE – Centro Integrado Empresa Escola para publicidade, porém nada conseguimos. Então, o Fundador, – Germano Machado, o professor Quadros, o publicitário José Abbade, o Jornalista Normando Brandão e o editor Couto Coelho reuníamo-nos às quintas-feiras e tomamos duas deliberações: primeiro, cobrar numa tabela mais flexível os elementos do CEPA participantes, o que vem acontecendo até hoje. A segunda, foi, franciscanamente, procurar pessoas como Sônia Ventura, depois o empresário Paulo César Torres, da Laboquímica, igualmente Luiz Gonzaga do Amaral Andrade, da Petrobahia, também, do exterior Joaquim da Costa Munduruca Neto e, finalmente, pessoas da amizade familiar do professor Quadros e também amigos nossos como Antônio

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Constantino Pereira, Rizodalvo Menezes, Maria Arlinda Moscoso, Nilza Silva Oliveira, Emilton Rosa, então Cônsul do Japão na Bahia. Igualmente, sempre o professor Francisco Pinheiro Lima Júnior, cooperou para que este jornal viesse até hoje. Contamos com apoio financeiro de vários elementos da Academia Baiana de Educação, através da Professora Leda Jesuíno, na gestão do ex-governador Roberto Santos; igualmente, do Acadêmico José Nilton de Carvalho Pereira, Diretor do Colégio Apoio, que imprimiu dois números do Jornal. Nos três últimos números, inclusive colocamos pedido para que, quem lesse o Jornal, contribuisse com sua espontânea vontade na conta corrente 15470-9 Bc. Bradesco Ag. 3551-3, o que propomos ainda. Desta forma, chegando ao número 50 novamente queremos solicitar àqueles que tenham conhecimento e técnica de comunicação que nos surjam a fim de que, com publicidade, possamos desdobrar em número maior de exemplares o A VOZ DO CEPA, que segue para várias partes do Brasil e do exterior, bastante conhecido nos meios universitários e intelectuais, uma vez que o A VOZ DO CEPA abrange filosofia, poesia, assuntos de ciência, um jornal pequeno, contudo de porte. Para o número 50 contamos com o vereador Odiosvaldo Vigas e do

Deputado Federal Domingos Leonelli, que escrevem neste número assuntos de interesse cultural.

que, além de nos ceder salas aos sábados na sua instituição, abre a mesma para divulgação do A VOZ DO CEPA.

Entretanto, convém notar que o A VOZ DO CEPA é suplemento – e complemento do movimento educativo-cultural Círculo de Estudo Pensamento e Ação. Dessa forma, precisamos agradecer neste número especial à Faculdade 2 de Julho na pessoa do seu Diretor, Pastor Josué de Mello,

Que Deus que, evidentemente, não nos faltou com sua Graça, desperte em outros corações e mentes o apoio concreto para continuidade do A VOZ DO CEPA, porque queremos chegar em 13 de junho de 2011 aos 60 anos, ainda com o A VOZ DO CEPA existindo.

Confira nesta Edição

Espaço do Gel

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Livros que chegaram ao CEPA

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O homem abismo de si mesmo – não exerga a ponte 5 Discurso do Fundador do CEPA na Sessão Solene na Câmara de Vereadores

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Freud mentiroso ?! – (II)

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Cultivo e utilização do solo

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Brasil em Seattle.

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Crack, uma mudança qualitativa

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Curiosidades Matemáticas na Natureza

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CEPA – Pensa e demonstra no semestre

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A VOZ DO CEPA – Setembro e Outubro de 2010

O papel da poesia e dos poetas em Ipitanga

Espaço do Gel

Os poetas são considerados os primeiros educadores do mundo antigo. Em uma sociedade onde a oralidade era a base do processo comunicativo, os poemas de Homero e Hesíodo eram transmitidos oralmente, pelos filósofos e poetas da antiguidade, através das gerações, encantando e educando. A poesia gozava de grande prestigio na educação do povo Grego. A sua importância era em função da necessidade de preservar a memória e as tradições. Nesse contexto a praça pública era considerada o espaço mais importante da cidade, onde os gregos declamavam poemas, contavam estórias e através da dança e do teatro prestavam homenagens aos Deuses, além de praticar a política e a filosofia.  Em Lauro de Freitas, antiga Santo Amaro de Ipitanga, algumas iniciativas locais visam resgatar o papel da poesia na formação dos estudantes. A gestora Cultural Tina Tude, através do projeto ATiTude, pretende implementar nos componentes curriculares das escolas municipais o estudo e o reconhecimento do território, da história e das tradições culturais de Ipitanga. A nomenclatura “ATiTude” faz referência ao poeta Tude Celestino (19211989), que segundo os poetas e educadores da cidade o estudo da sua obra literária é um elemento de suma importância para a preservação do nome e da memória de Ipitanga. Além do projeto ATiTude, que está sendo realizado pela Secretaria de Educação, temos em Lauro de Freitas as ações do Projeto Amantes do Conhecimento, que busca promover uma interface entre educação e cultura, organizando nas escolas oficinas literárias, festivais de poesia e eventos culturais. O objetivo central do projeto é fortalecer, através da arte

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e do lúdico, a prática dos Valores humanos, da ética e da cidadania no espaço escolar. A nossa sociedade, em comparação ao mundo antigo, possui mais ferramentas e espaços para a troca de informações (internet, etc.) mas, a poesia, a oralidade, a praça pública estão perdendo cada vez o seu valor...  as nossas praças públicas ainda são carentes de atividades culturais e estão longe de ser um ponto de encontro entre intelectuais e artistas. Sendo assim, muitos dos nossos jovens em função da falta sistemática de ações culturais de qualidade em nossas praças (e na cidade como um todo) acabam, por vezes, trilhando os caminhos da marginalidade e do consumo de drogas. O cordelista Aloísio Lisboa sensível a essa questão, busca resgatar o sentido simbólico da praça pública, através do seu projeto “ Poesia na Praça ’’ que tem como fonte de inspiração o movimento dos poetas da Praça de Salvador, mas até agora não encontrou apoio das autoridades locais O advogado e poeta Marcos Peralta em entrevista à equipe do Poesia Baiana afirmou que precisamos ampliar o sentido de praça pública, que não é apenas um local material, com bancos e postes, mas um espaço onde é possível a troca de experiências, afetos e conhecimentos. Como educador e poeta ainda acredito do poder transformador da palavra, sobretudo, da palavra que se transforma em poesia. Portanto, convido as autoridades locais a refletirem sobre essa questão e investirem mais em projetos culturais, principalmente aqueles ligados a formação dos jovens, caso contrário, continuaremos com os altos índices de violência em nossa cidade. Tássio Revelat Historiador, Poeta e Gestor Cultural

Eu não permito Rosana Paulo, Arte educadora, cepista As pessoas temem O diferente sempre Mesmo que seja encantado Cheio de luz própria E beleza que vem De dentro para fora E que tenha muito, muito Amor para oferecer Se assustam com O que não compreendem Querem destruir Essa beleza Apagar essa luz Por puro medo Do desconhecido Por isso eu deixo claro Comigo eu não pemito!

Unidos Graciela Santos Tivemos que ir embora porque não havia outra escolha. Tivemos que retornar porque nao havia outra escolha. Um amor assim grande, e destinado a ser imortal. Não sei até onde vai o meu fluir, o meu respirar, mas agora que você me olhou, talvez eu possa morrer em paz. Você partira de novo, para além da minha vista. Eu partirei mais uma vez em direção a mim mesma. Assim é o destino. CEPA / Estados Unidos

Dentro dela verso ventre dentro dela de boca à sorte na pele flerta de voz sem tom a sós e sóis mucosa lambe a noite nuvem desperta o gozo-luz se fundem (quase aqui) ... bem mais demais sem mas de nós Gibran Sousa – cepista

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Hiperbólica Sem saber, provoquei enchentes em mares calmos. Lancei profecias a sete ventos. Palavras demais, abraços demais, sorrisos demais. Tudo me sobra, tudo me excede, tudo em mim transborda. E, quando calo, é o silêncio que me falta. Frequência Visível De sete cores são seus olhos quando chove: iluminados. E fica tudo tão claro, em um arco imaginário. Tesouros meus são seus olhos: espectro visível quando chove.   Letícia Andrade: Estudante de Direito da UNIFACS e Jornalismo na UFBA

Amigo Você percebe o borbulhar do mundo, embora de costas a fronte altaneira. E mesmo pode passar a borracha por aqui sem deixar marcas visíveis. Mas na mente  que floresce a Luz do viver. Logo Vire-se  boa noite, aqui, ou onde estiveres, o mundo está daqui, do lado da frente  da multidão a vida pulsa Todos os dias Hoje e, Eternamente José Martins, Minas Gerais.

O Brasil passando a limpo Quero ver campos verdes no nordeste. Rios e cachoeiras no agreste. Crianças livres das pestes. Filhos distantes em regresso. Respeito aos jovens e idosos. Políticos sensíveis e virtuosos. Estadistas sem mentiras e creditados; Operários satisfeitos, sem greves. Indústria forjando o progresso. Religiosos na sua reflexão. Bandeira única desta nação. O amor-pátrio vibrando. Em toda parte – paz dominando. Crianças sem abandono; Mesas fartas no natal. Meu povão sorrindo, sem carnaval As chamadas fontes informativas (rádio, tv e jornais). Só notícias positivas, nada mais. Filhos reconhecidos – pelos pais. Este é o meu Brasil colosso Que gostarei de ver Passado a limpo – estampado. Lindo! Lindo de viver! Mário Belmiro Barbosa Membro do CEPA e Diretor do GACBA

Amor Materno Viemos ao mundo nus, completamente nus. Nenhum sentimento conhecíamos, visão sobre o mundo não possuíamos. Nada, absolutamente nada, sabíamos. Nosso primeiro abrigo foi acolhedor, durante os nove primeiros meses de vida, nada descobrimos, mas tudo era considerado seguro. E assim, totalmente puro, nascemos. Inicialmente ficamos inseguros, foi um terror, mas, logo logo vimos que não estávamos em apuros, e aprendemos a primeira lição da vida: o Amor. Esse Amor que chamamos de materno, não é só duradouro, é eterno; não é só verdadeiro, é profundo, é a real presença de Deus, no mundo. Com nossas mães aprendemos cada detalhe de benefício extraído do sentimento Amor. Aprendemos, por exemplo, como é bom uma amizade,

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o quanto é gratificante a honestidade, e o poder que nos é dado com a religiosidade. Pertencemos a uma geração de filhos felizes, onde o tempo de nossas mães eram inteiramente nossos, só nossos. Dormíamos e acordávamos com ela aos nossos lados, brincávamos e nos alimentávamos, sempre por ela amparados. Já hoje, que pena! A desvalorização da moeda obrigou as mães a trabalharem fora e nossos filhos, inseguros, cada vez que se vêem sós, se perguntam: e agora!?... Mas, graças à Deus, Se nesse plano não há nada perfeito, Ainda assim, para tudo tem um jeito, já que as mães tiveram que se tornar um pouco pais, os pais, para compensar, se tornaram mais mães. César Albuquerque Escritor, capitão da PM – Bahia (http://recantodasletras.uol.com.br/ autores/cesarbuck)

E Quando... E quando pensei em desistir do sol A lua me avisa que és necessário Dormir a cada noite em prol Daquilo que já não sabia o canário E quando pensei que a verdade era límpida Aparente indigente a escuridão Que inimaginável e vivida Persegue-me sem coração E quando pensei em desistir do mar O rio me orienta em sua direção Incessante, mas inconformado ao dar Meu fiel e pobre suspiro de perdão E quando pensei em prometer a lua Que minhas lágrimas seriam apenas dela Errante, fiz da palavra crua O mais lindo verso que seria dela E quando – pensei em acreditar Na vida bandida, sórdida Toda a bondade divina veio a me alertar Que um erro cometido já não se pode consertar E quando pensei em bondade humana Lembrei-me da mais pura pessoa Que sua vida entregou, mas ama Os errôneos a qual sua palavra soa E quando pensei na caridade pessoal e conjunta A pureza sensível e imaculada Daquela senhora a quem amo e devo louvar Minha realeza dos céus, nossa senhora amada E quando sofri dentro do pensamento A quem jurava ser meu e único Restava-me a cama do recinto A qual era companheira das horas de pânico E quando pensei em continuar caminhando Havia tempo em que não o fazia Imaginei que seguir cantando Já era sinônimo de supremacia E quando pensei em recuperar as energias O domingo sangrento queria enfraquecer A minha amiúde fantasia De quem sabe um dia, das cinzas renascer. E quando pensei em errar Errei ao errar. Rafael Machado

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Livros que chegaram ao CEPA

Carta ao Presidente – O que deseja o brasileiro no século XXI Carlos Souza – Organizador

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É um livro sui-generis: pois tem a feliz ideia de através de escritores e pessoas ligadas à literatura e política, todas elas imbuídas de amor ao Brasil expressar opiniões sobre o futuro do país. Carta ao Presidente – O que desej a o brasileiro no século XXI, já por si, no seu título, diz sua finalidade. O jornalista e profissional de marketing Carlos Souza é o organizador do texto, que tem 109 páginas, editado pela Scortecci, São Paulo. Já teve lançamento em São Paulo, na Bienal do Livro e no dia 03 de setembro, na Biblioteca Pública de Salvador, teve uma pré-estreia de apresentação pública, onde vários

autores falaram, havendo ainda parte musical e poética com Sapiranga e Cátia Castro. Em breve, – haverá lançamento em Salvador e o livro já está sendo enviado ao Presidente, a Ministros e pessoas ligadas à política nacional em Brasília. Estiveram presentes na Biblioteca Pública: Germano Machado, Antonio Barreto, Waldeck Almeida de Jesus, Roberto Leal, Marilene Oliveira, Grigório Rocha, Márcia Menezes, Nilmário Quintela, Rita Maria e Rosana Santos Silva. Em face da originalidade do texto, o organizador, escritor Carlos Souza conviria tirar uma segunda edição mais ampliada e com participação de políticos de todas as correntes, logo após as eleições. – Não é um livro de política partidária, expressa apenas o que seus autores pensam.

Casamento: Caixinha de segredo Joanah Rios – Escritora Casamento: Caixinha de segredo, de Joanah Rios, Editora Scortecci, São Paulo, com 323 páginas é um livro importante, por tratar de um problema central da vida humana que é o casamento. Entretanto, a autora, Joanah Rios deslancha o tema com muita verve e bom humor, embora, por vezes fortes. No prefácio, Pedro Pires Bessa, explica inteiramente quando diz: “Casamento: caixinha de segredo é um romance de auto-ajuda, repleto de pulsações vitais existenciais, que nunca será esquecido por aqueles que tiverem

privilégio de lerem”. A autora que sempre frequentou o CEPA, sobretudo no início da organização do jornal A Voz do CEPA, é mineira, conhece o Brasil e a Geórgia, nos Estados Unidos, onde foi professora leiga na zona rural e terminou como professora no The University of Geórgia. É bacharel em Pedagogia, especialista em extensão rural e tem Mestrado em Antropologia. Ainda em Salvador é membro da Academia de Cultura e do CEPA – Círculo de Estudo Pensamento e Ação. Em 25 de setembro, torna-se membro da Academia Divinopolitana de Letras, em Minas Gerais. Desejamos a Joanah Rios êxitos cada vez maiores em sua vida profissional e cultural.

O tempo

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tempo para o pensamento não é estático, estamos sempre presos entre o passado e o futuro, a sociedade vive projetando seus anseios e aspirações no amanhã. O que fazemos, o que conquistamos, tudo isso faz com que as pessoas se movimentem entre o passado e o futuro. A tecnologia, enfim a política, as religiões tudo que é criado ou cultuado no presente tem como finalidade o futuro para ser saboreado ou frustrado por algum momento no passado. O presente, é de certo modo, como o motor imóvel escrito por Aristóteles, em referência a Deus como o eterno presente. Dentro desse ponto de vista as pessoas tentam superar o que foi criado no passado como finalidade no presente que foge de nós. Um exemplo disso são os esportes onde existem metas para as vitórias que são planejadas no passado para serem superadas no futuro. Leio muitos escritores dizendo ou escrevendo que temos que viver no presente, Como se o tempo parasse. Cada momento em que estamos fazendo uma reflexão, ou imaginando o que fizemos e o que tenhamos que fazer, delibera com que nós não tenhamos o domínio e nem fiquemos parados no tempo presente. Nós temos certeza do passado porque o vivenciamos, e temos certeza do futuro porque estamos vivos, porém o presente só serve de elo de ligação do pensamento com os dois tempos que estão sempre interagindo. Paulo Balôba. Cepista

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O homem abismo de si mesmo – não enxerga a ponte

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que é o homem? Um ser único: visível e só matéria? Dois seres em um só: visível (corpo carnal, matéria) e invisível (espírito). São conceitos de indagação filosófica, científica e religiosa surgidos com o homem, na proposição criacionista, na proposição evolucionista. O homem é um ser único, congregando em si corpo e espírito, ou seja, o visível e invisível entrelaçados, sem distinção ou separação. Eu puro e maravilhoso em contínuo aperfeiçoamento. Eu, homem imagem verdadeira de Deus e sua semelhança (temos origem e natureza divina). Apegou-se o homem, infelizmente mais ao visível (homem matéria) do que ao homem invisível (espiritual)por isso, homem não é só matéria nem só espírito, é um composto dessas duas realidades, simultaneamente. Na universalidade, tudo é uno. Não há dualidade no universo. Deus, primado do universo, a quem Aristóteles chama-o Primeiro Motor. É Espírito no qual nos integramos na totalidade do nosso ser. Ser visível no plano fenomênico, invisível no plano espiritual, constituindo, uma realidade só. Mente, energia única, integrada.

As coisas do homem, visíveis – mundo da ilusão, em que alicerçamos a civilização, revela-nos somente um falso eu, afastando-nos do verdadeiro. Assim, matéria e espírito, mundo visível e invisível se integram e se completam, em relação de amor e unidade permanente. Independentemente da geografia, da história, da religião, crendices, música, idiomas, modos e costumes culturais de qualquer espécie ou de comunidade, levam o homem a Deus e a manifestar amor puro a todas as coisas, pessoas e fatos. A essência do universo nos astros, nos planetas, nos satélites, nas luas, nos sóis, nas árvores, animais e minerais é uma só. Compete a nós, seres humanos, interargirmos em tudo, até na aparência dual da sexualidade. Tudo é uno, no visível e no invisível. Onde tudo é uno, puro e perfeito, pois Deus é o criador de tudo a um só tempo e no tempo da evolução. Só criou o amor e só o amor, em qualquer forma de pensamento, religiosidade, filosofia, no oriente e no ocidente. Por isso, estamos aqui para servir e amar ao próximo, mútua e reciprocamente, pois eu e o outro, nós somos um só, em

Odiosvaldo Vigas e o CEPA Círculo de Estudo Pensamento e Ação (CEPA) criado pelo professor Germano Machado é um importante movimento educacional e cultural, que mantém vivo o desejo de discutir e se aprofundar mais sobre os estudos filosóficos, políticos, teológicos e culturais.

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projeto de lei nº 138/99 junto a Câmara de vereadores para a criação da Casa do Círculo de Estudo Pensamento e Ação em Salvador. Enfatizo minha luta para conseguir uma casa para a instalação da sede do CEPA é grande e esta será uma grande realização.

Hoje, com 59 anos o CEPA continua despertando o interesse de intelectuais e estudiosos, que apreciam os eventos realizados aos sábados. Os eventos versam sobre uma personalidade histórica, filosofia, religião e educação, que geram amplo conhecimento e troca de experiências culturais sobre determinado assunto.

Para o professor Germano Machado, “Odiosvaldo Vigas é um grande amigo, que está sempre colaborando com o CEPA, realizando sessões e sempre presente em nossas reuniões. Ele também luta para conseguir uma sede para nós”.

Luto para conseguir uma sede para o CEPA. O meu primeiro passo foi criar o

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Odiosvaldo Vigas

Vereador

mente, corpo e espírito, indefinidamente pela eternidade. Todos somos irmãos, filhos e oriundos da única e mesma essência que ocupa toda amplitude, visível e invisível. Ninguém a Deus, nem a si próprio, nem a toda amplidão universal engana ou pode enganar. Que o homem se aperceba da ponte invisível que o liga ao visível e busque o ponto de equilíbrio entre ambos que está na sabedoria revelada e manifestada por Deus através de homens de espiritualidade. Essa missão é ligar a criatura ao criador que, na sua essência, é Jesus Cristo, em sua humanidade, caminho, verdade e vida que veio em forma humana, visível, para nos ensinar e nos fazer compreender a nossa essência e natureza divina, manifestada em amor para o mundo visível. Não nos afastemos dele e do amor de Deus vísivel e invisível, amando ao próximo e a todas as criaturas. Rizodalvo Menezes – Advogado, Jornalista, da Cadeira número 28 da Academia de Letras e Artes do Salvador – ALAS, tendo como patrono o poeta Castro Alves, Conselheiro do CEPA e cepista desde a juventude.

O CEPA e o A Voz do CEPA parabenizam o Informativo Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da Praia. Variada matéria tratando da Beatificação de Irmã Dulce, com artigo do Padre Gilson Magno dos Santos – Espírito Santo vem em auxílio da nossa fraqueza. Matérias interessantes como: Pequena Biografia de Santa Izabel de Portugal, A Origem Oriental de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Roteiro Homilético do Cônego Edson Menezes e até trata de assuntos de saúde, História e curiosidades. Parabenizamos assim os seus diretores Anorailton Conceição Santos Silva, seu Relações Públicas Walter Moacyr Costa Moura, Padre Adilton Pinto Lopes e o Diácono Antonio Carlos Dórea e os demais participantes desse Informativo.

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Discurso do Fundador do CEPA na Sessão Solene na Câmara de Vereadores

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CEPA comemora hoje 59 anos de trabalho contínuo de educação e cultura para jovens de idade e jovens de espírito. Círculo de Estudo Pensamento e Ação… É academia platônica e liceu aristotélico. Por isso que continuamente procura educar e cultivar as inteligências. Assim se faz sempre uma Nova Geração. No dia 13 de junho, comemora-se Antonio de Pádua e Lisboa, Doutor Evangélico; no culto afro, Ogum, guerreiro. E somos, em todas as crenças cristãs, evangélicos; nas demais, univérsicos, asiáticos ainda. Eis um pequeno derivativo da visão cepiana. Não se pode negar os 59 anos de ação dessa entidade. Negar 59 ação de ação, como pode? É suficiente ter conhecimento da Pequena Análise dos Princípios do CEPA, abrangendo várias ciências; a contínua gesta nos 49 números do A Voz do CEPA; analisar trabalhos de filosofia, de assuntos dos mais variados. Estamos aqui, agradecendo: em primeiro lugar ao Deus que nos ilumina e nos dá vida; ao Vereador Odiosvaldo Vigas e à Câmara Municipal do Salvador por essa sessão. Vigas tem lutado por nossa sede e o conseguirá. Agradecemos à novidade que é o estudo filosófico cepiano continuado, com o nome de GEF – Grupo de Estudos Filosóficos -, hoje na Faculdade 2 de Julho, aos sábados, por compreensão do seu ilustre Diretor, Professor, e Pastor Presbiteriano Josué de Mello. Agradecemos aos que têm coloborado financeiramente para manter A Voz do CEPA, como Paulo Cesar Torres da Laboquímica/Labomax, dentre outros como Luiz Gon-

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zaga do Amaral Andrade, da Petrobahia; o advogado Rizodalvo Menezes e outros, como Antônio Constantino Pereira. Agradecemos, em suma, a todos que sob quaisquer formas, lutam conosco, sobretudo lembrando nomes queridos como de Graciela Santos Elgart, Joaquim Munduruca da Costa Neto, Eduardo Mendonça, Geraldo Leony Machado. Agradecemos em geral aos que aqui, nessa Casa do Povo do Salvador nos estendem as mãos e abrem seguidamente seus corações ofertantes e compreensivos. “Quem habita na proteção do Altíssimo pernoita à Sombra do Shaddai, dizendo Yaweh: Meu abrigo, minha fortaleza, meu Deus em quem confio! (Sl. 91, Sl 90). O grande poeta e místico Rabindranah Tagore, asiático e budista, prêmio Nobel de literatura canta: “Para mim libertação não está só na renúncia; sinto o abraço da liberdade em milhares de enlaces do deleite… Sim, minhas ilusões arderam no regozijo iluminado e a maturidade de meus desejos dará os frutos do amor.” Alguém um dia cantou: “Ilumina, Senhor a minha mente, fortalece o meu coração, para que eu, realmente, ame tudo que tu amas, e assim como tu amas todos os seres… que existem no vasto âmbito de teu universo… De hoje em diante – Graças, não às minhas obras, mas à Obra de Tua Graça -, hoje e para todo o sempre sei que Tu és a única Realidade Eterna, que o teu reino é o único valor real…” 59 anos e permanecendo; lutamos. O futuro a Deus pertence e o CEPA pensa e age

como pertença divina. Cremos que o futuro do CEPA é aquele que Deus quiser, determinar. Homens e mulheres cepianos perguntem da boca para dentro, para o ímo: o que Deus quer que eu faça em face do CEPA? Pensem e ajam assim com o que o Senhor inspirar. Afinal, o fundador do Círculo de Estudo Pensamento e Ação com 84 anos hoje, um ancião, o que diz de si mesmo diante de tudo que refletiu até agora, até aqui sobre o CEPA? “Quer que o diga, não digo, O teu nome já não brilha Não digo, sob as cinzas De janeiros muito antigos, Mal respira, nos escombros Desse breve apartamento, O teu nome, quem diria Não é coisa que se diga Som de um som que Se partira, não insista Já não tenho, já não posso É simples o que te digo E te digo sem remorso, Calmamente, sim, repito, Não o digo, não o digo Nenhuma pedra se move Rio seco, letra morta…”

Entrego-me e entreguemonos ao Senhor (Minha alma engrandece ao Senhor, e meu Espírito exalta em Deus meu Salvador, Lc 1.46-48). E lutarei, até onde humanamente possível e desejável. Como Maria “Mãe do Meu Senhor” (Lc. 1:43) termino: “Socorreu Israel teu servo, lembrado de sua misericórdia – conforme prometera a nossos pais – em favor de Abraão e de sua descendência para sempre” (Lc. 1:54-56). E assim também em favor do CEPA. AMÉM. ALELUIA. Germano Machado Fundador do CEPA Brasil. Discurso proferido no dia 16 de junho de 2010, na Sessão Solene Comemorativa dos 59 anos do CEPA, no Salão Cosme de Farias – Câmara de Vereadores do Salvador.

Curso de Filosofia Integrativa no CEPA O CEPA – Movimento Educativo Cultural, a partir do dia 8 de outubro de 2010, na sua sede na Rua Souto Dalva, 98, realizará o curso sobre Filosofia Integrativa. O curso será ministrado pelo professor Germano Machado e coordenado pelo estudante de Direito Idenilton Santos. O curso será às sextas-feiras, das 14:30h às 17:30horas. Inscrições nos telefones: (71) 3242-0502 – (71)9623-1988 e (71) 9108-0891 –

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Freud mentiroso ?! – (II)

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través de artigo publicado no jornal A FOLHA, do Estado de São Paulo tomei conhecimento da publicação do livro  (O Crepúsculo de um Ídolo – a fábula freudiana) do filósofo francês Michel Onfray, no qual o autor considera Freud mentiroso  e compara a psicanálise com a homeopatia. No número anterior deste periódico comentei a primeira parte dessas duas acusações básicas, contidas no livro do Dr. Onfray, ou seja, o Freud mentiroso. Hoje, com o mesmo título – Freud mentiroso?! (II) – comentarei a comparação da psicoterapia com a homeopatia feita pelo filósofo gaulês. Em primeiro lugar diria que a comparação é, no mínimo, injusta com a homeopatia. Há um consenso, até mesmo entre médicos alopatas, de que o método homeopático não tem a força de atuação, e a rapidez de ação do alopático, mas, em compensação, não tem a sua agressividade. Poder-se-ia dizer, talvez, que ela, a homeopatia, é um estágio evolutivo na arte de curar; um meio termo entre a pagelança do índio e a tecnologia científica da alopatia, o que faz com que ela – a homeopatia – não seja nem meramente um placebo e, nem, muito menos, uma coisa inútil. Classificar a psicanálise como inútil poderá ser outro exagero, ou outra descorte-

sia do filósofo francês, embora pareça que, neste caso, ele não chegue a ser injusto, pois é notório, também, o baixíssimo rendimento deste ramo da psicologia.       Que razões teriam levado ao desamor pela psicanálise, que, no seio das massas humanas é confundida com a psiquiatria, a qual  consideram como “tratamento para maluco” e, entre as elites, é tida como “hobby” de “society islands”? Uma vez que não sou da área, não cometerei a temeridade de apontar causas, nem “suficientes”, “nem eficientes”, deste fato, mas, um palpite..., um palpite qualquer um poderá dar em nome da liberdade de pensamento. Neste caso, direi que a culpa talvez não seja da psicanálise diretamente e sim da ciência que lhe é mãe – a psicologia – a qual, em pleno século XXI, continua insistindo em ser apenas 10% natural, e 90% racional ou metafísica. Sim! Metafísica! Ora  metafísica de caráter religioso, sobrenatural; ora metafísica simplesmente ontológica do racionalismo.       À medida que a cultura humana vai evoluindo da era da metafísica para a era da física, vai ficando patente que, se Freud cometeu algum erro de grande monta, esse erro foi o de ter conservado um ranço metafísico na sua psicologia, ou seja, o erro de não ter as-

NOTAS: (1) Como conceitos antigos estamos considerando:  os de BEM e de MAL originários da Mesopotânia na Idade Antiga; o de espírito, proveniente de todos os povos  mas transmitidos ao Ocidente com a marca do judaísmo primordial, este, também, da Idade Antiga; os greco-clássicos – inteligência, intelecto, razão e idéia como realidades ontológica, da Grécia Antiga – ; o de alma, da Europa Medieval e o de mente como realidade ontológica, mais recente.   (2) É tão difícil  constatar que os conceitos de Deus, espírito, intelecto, razão, alma, mente, ego etc, se resumem, todos eles, a pensamento humano, a produtos do psiquismo humano, quanto imaginar tempo e espaço como originários e dependente da matéria, mesmo quase um século depois da teoria da relativida de, mas não tão difícil que fosse impossível  ao gênio do apóstolo João prever e dizer:  “No princípio era o Verbo e o Verbo se fez carne  –.............................. “, sendo verbo = palavra e palavra = símbolo, ou representação do pensamento, que, por sua vez, é produto do psiquismo humano, ou pensamento. (Ninguém pensa sem cérebro!).

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sumido o caráter  verdadeiro, ou  materialístico da psicologia. ( É verdade que ele foi e é acusado de ser materialista, mas, dandose, ao termo materialismo, o conceito de não religioso, de não crente nas concepções antigas de espírito e de alma existentes no cristianismo. Sabemos, porém, e vale repetir, que não existe apenas a metafísica religiosa. Sabemos que a ontologia não abrange, apenas, a metafísica dita supranatural, ou de outro mundo, ela abrange, também, a metafísica racionalística, ou excessivamente humanística ou de validade restrita a este mundo). Afinal, ao tempo de Freud, era praticamente impossível pensar o abstrato como sendo uma relação entre concretos. O que não era concreto era metafísico, ou era ontológico e, como tal, em vez de ser realidade secundária, era realidade primária e mais importante e, por isso mesmo, existente “per se”, de caráter divino ou semidivino.         É esse apego aos conceitos antigos (1) que impede que o psiquismo humano seja visto como ele é, ou seja, que impede que o psiquismo humano seja considerado uma coisa natural; que impede que o psiquismo humano seja considerado como uma energia, ainda que um tipo especial de energia, ainda não totalmente conhecido e que consegue não ficar dependente das realidades tempo e espaço.(2). (Mas que absurdo, contestará alguém, dizendo: desde tempos imemoriais que se consideram fogo, luz, calor, como elementos estruturais do espírito e foi como “fogo” que a Divindade judaico-cristã, que é considerada espírito, se manifestou a Moisés no monte Orebe.)

Almerindo César de Quadros*

Que resposta poderá ser válida para ser apresentada a esse alguém? Uma resposta válida será, talvez, dizer que era plenamente justificável que tais conceitos houvessem existido naquelas épocas e é verdade consensual, também, que sempre se fez essa identificação daqueles conceitos com formas de energia, mesmo milênios antes de a energia propriamente dita ser descoberta. É que até o século XIX ignorava-se que a energia era, também, matéria, ou, ao menos, provém desta; ignorava-se que os fótons, desprendidos dos elétrons e formadores da luz, são, também, matéria, por que têm massa e peso.  Confundia-se, e ainda hoje a esmagadora maioria continua confundindo, massa com matéria.    *Almerindo César de Quadros, mais conhecido como professor Quadros, é licenciado em filosofia, aposentado do magistério secundário da Bahia, integrante do CEPA, da ACB, do GACBA e autor do livro – “Monismo x Dualismo”. almerindoquadros@uol.com.br

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ritmo do desenvolvimento da civilização, neste alvorecer do Século XXI, embora sem ocorrer em idênticas proporções nos diversos setores da atividade produtiva, apresenta aceleramento continuado. As metas a serem atingidas, visam comunidades mais aproximadas; comunicação mais aberta e franca; populações mais conscientes e receptivas; conjugação de esforços para o bem comum. Assim, tudo leva ao entendimento que a força do progresso continuará sem interrupção na sua marcha: urbanizando áreas campestres, desviando o curso dos rios, extraindo recursos minerais do sub-solo e das profundezas do mar; abrindo túneis e edificando pontes, imprimindo mudanças estruturais nos espaços livres e nos já ocupados. Diante a rapidez com que se processam as alterações ambientais, o estudo da ecologia vem assumindo expressivo destaque na dinâmica social.

EVOLUIR

Cultivo e utilização do solo A proposta dos especialistas do ramo, é que o uso do terreno resulte do estudo de organizações bem estruturadas e de processos cientificamente – elaborados. No plantio e na redistribuição das sementes devem ser levados em conta, não apenas condições favoráveis à vegetação, mas também, e de forma prioritária, os interesses predominantes – nas comunidades locais. Como ser pensante, cumpre ao homem beneficiar-se dos recursos da Natureza. Empregá-los como força coadjuvante da capacidade inventiva de que é dotado. O eixo da questão gira em torno da valorização do solo em função da vida e do relacionamento do homem com o ambiente ecológico. Permanecerão inesgotáveis as reservas naturais se houver recolocação dos bens utilizados. A cada árvore tombada, deve corresponder punhados de grãos semeados e que – haja técnica e bom senso conjugados, na ocupação dos

espaços abertos, tantas vezes uma nação, é o homem, porque sem estudo nem planejamento. só através do seu labor, é que as Os sábios ensinamentos reservas potenciais se tornam bíblicos já nos asseguram que recursos úteis ao seu desenvolvimento. jamais faltará o pão nosso de O cultivo e a utilização do cada dia aos que fazem do trabalho honesto, uma opção de vida. solo são práticas abençoadas, se realizadas dentro dos preceitos Lamentavelmente, entredoutrinados pelo Divino Mestre: tanto, cenas de realidades cho“Lavrar a terra e nela cantes e paradoxais ainda deplantar a boa semente. nigrem a imagem do Brasil. É Extirpar o joio invasor. inadmissível, por exemplo, que Colher, na hora certa, a a região Amazônica, maior flora semente germinada. equatorial do globo, mantenha Transformá-la em aliem suas áreas habitáveis, aglomento sadio. merados humanos marcados Recomeçar sempre a jorpela subnutrição e o pauperisnada, com a mesma dismo e que reservas minerais de posição e energia.” riqueza incalculável, permaneçam inexploradas, diante a carência de um povo injustiçado Maria Arlinda Moscoso é baiae excluído. Em sentido amplo, na, advogada, educadora, Membro recursos naturais “é o conjunto Efetivo da Academia de Cultura da de riquezas atuais e potenciais Bahia, Membro Honorário da Academia Internapostos pela natureza, à dispocional de Letras sição da humanidade”. Eles Artes y Ciências podem ser auto-renováveis, com sede em Buecomo as águas subterrâneas e, nos Aires, Argenconserváveis, como as reser- tina, Conselheira do CEPA – Círcuvas florestais. Mas, é necessário lo de Estudo Penlembrar, que a maior riqueza de samento e Ação.

avançar, para termos o prêmio Quando acordamos para da felicidade de sentirmos a le- essa realidade, que nos conomos agraciados por for- veza da alma. duz a um caminhar sereno, ças próprias, que nos perNesse contexto, louvemos podemos perceber, com mais mitem evoluir... E esta o sentimento mais significati- intensidade, as maravilhas da possibilidade, pautada na cons- vo – o amor, que, ao despertar, natureza, o sentido maior da trução do bem, em processo con- passa a ser a luz mestra que existência e uma aproximação tínuo e crescente, vai eliminando nos move às boas ações. É dele mais confiante e fraterna com nossa ignorância, proporcionan- que aflora o ânimo e a pureza o nosso semelhante. do-nos novos horizontes. de espírito para as realizações Infelizmente, ainda são Esse proceder implica em em prol de um mundo melhor. poucos os que assim entenprincípios de aperfeiçoamento Não fomos criados para a re- dem. A maioria atravessa a pessoal, que vão sendo conquis- alidade que vivenciamos, com vida ignorando o que há de tados com o passar do tempo, uma qualidade de vida destor- mais importante para a própria formando um elo de grandio- cida, desvinculada do seu sen- evolução. Encontra-se tolhida, sidade, alicerçando nossa tra- tido original. Fomos criados insensível, como se não enxerjetória. É assim que podemos para sermos felizes gasse a realidade. Enquanto

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isso, o tempo vai passando, e os dias seguem rumos desastrosos. Os sinais de alerta são uma constante, mostrando o descontrole que vem ocorrendo em todo o mundo, e a necessidade premente de cada um valer-se da capacidade que possui de crescer como ser humano, deixando o amor fluir, sem perda de tempo, para o bem da vida. Luzinete Mello Cepista

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Brasil em Seattle. dos Unidos, a construção civil foi a área mais afetada, embora continue oferecendo oportuni No final de dezembro de dades de trabalho. 1994, mudei-me para  Seattle,  Em 1999 eu e a minha cidade do Estado de Washing- esposa Ana Paula criamos o ton  que hoje tem  cêrca de *“BrasilFest”, o primeiro fes617 mil habitantes com média tival comunitário brasileiro de renda per capita de US$ 46 que atrai anualmente cêrca de mil dólares por ano. Desta po- 10.000 pessoas que se deslopulação, 65 mil pessoas estão cam de vários pontos dos Essituadas na faixa de baixa-ren- tados Unidos e Canadá para da. 53% da população possui que gratúitamente se eduquem diploma universitário, fazendo e se entreteem com as mais de Seattle a cidade de maior ínvariadas atividades artísticodice de possuidores de diploma culturais brasileiras no Seattle universitário em relação a qualCenter, o maior centro cultural quer outra grande cidade dos do Estado de Washington. Estados Unidos.  Seattle é mal-vista por muiDe Seattle sairam Jimi Hendrix, o estilo “grunge”, Kenny tos quando se dão conta do riG., Nirvana, Alice in Chains e goroso inverno e longo período Pearl Jam. Seattle é o “quartel de chuvas. Para mim no entangeneral” de gigantes compa- to, Seattle tornou-se tão amada nhias como Amazon.com, Star- quando a minha idolatrada Salvador. Seattle possui as quatro bucks e Boeing. estações do ano muito bem defiDiante do estimado nú- nidas, e continua preservando o mero de 250 mil brasileiros verde mesmo diante de uma revivendo nos Estados Unidos, a alidade metropolitana. Seattle população brasileira em Seat- me deu o meu filho mais novo tle que vem crescendo gradu- Marcos agora com 14 anos que almente, continua ainda sendo ama jogar basquete.  uma das menores dos Estados Atualmente moro na cidaUnidos. de de Kirkland situada há apeEm Dezembro de 1994, nas 19 kilometros do lado leste Seattle não havia nenhum resda cidade de Seattle. Kirkland taurante brasileiro, apenas 1 é considerada parte da “grande grupo de capoeira, dois grupos de percussão e uma banda que Seattle” e localizada há poutocava bossa-nova. Hoje em cos quilômetros de Redmond, 2010, possuímos 6 restauran- cidade de um grande império tes brasileiros, diversos gru- chamado Microsoft. pos musicais e vários grupos *visite o festival Brasilfest de capoeira. online: www.brasilfest.com – Por: Eduardo Mendonça. Seattle, WA – USA – 12 de Setembro de 2010.

Parte do notório aumento da população de brasileiros em Seattle deu-se ao crescimento das indústrias de construção civil, serviços domésticos, pesca e tecnologia. Com a crise econômica que já se sustenta por mais de dois anos nos Esta-

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Eduardo Mendonça - Show Brazil Productions, Director - Co-Founder and CoDirector for BrasilFest. Web site: http://www. showbrazil.com Cepista desde a mocidade

Josué Mello personalidade de importância comunitária

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m face de sua personalidade humana e cristã, pelos seus vários títulos como o de Cidadão de Salvador pela Câmara Municipal, como educador do ano 2008 pela Academia Baiana de Educação, como Mestre em Gestão Educativa e Doutor Honoris Causa da Iberoamérica no Equador, além de outras funções que exerceu e que exerce, – Reitor e Pró-Reitor acadêmico da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS, 1979 a 1987), membro e vice-presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia (2006 a 2008), da Academia Feirense de Educação, Academia de Cultura da Bahia e do Instituto Genealógico da Bahia, o professor Josué Mello receberá o título de Personalidade de Importância Comunitária que lhe será outorgado pelo Movimento Educativo Cultural CEPA – Círculo de Estudo Pensamento e Ação, no dia do lançamento da edição Especial do A Voz do CEPA, número 50. Acrescente-se que o professor Josué da Silva Mello é o Diretor Geral da Faculdade 2 de Julho desde 2004 e do Colégio 2 de Julho desde 2009. – Sergipano, chega a Salvador em 1953 para estudar como bolsista no ainda americano Colégio 2 de Julho, onde foi um dos responsáveis pela sua nacionalização e também o primeiro Presidente da Fundação 2 de Julho. Quanto ao seu aspecto formacional, é Bacharel em Teologia pela Faculdade do Centenário, (1964), graduado em Sociologia pela Universidade Federal de São Carlos (1966), Licenciatura em Filosofia pela Universidade Católica do Salvador (1971), Especializado em Ciência Política pela Universidade Federal da Bahia (1975) e mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia (1993). Dessa forma, em vista do valor moral, social, educativo, religioso, é que o CEPA lhe conferirá o Título acima mencionado. Igualmente, o CEPA, devido à sua permissão está mantendo o Curso de Extensão em Filosofia na Faculdade e Escola 2 de Julho, parceria que nos enobrece.

Querido Germano Machado,  Em primeiro lugar, quero agradecer pela formação intelectual que desenvolvi quando fiz parte do CEPA. Aprendi muito com vocês, “aprendi a ser gente” na verdade é isso que pessoas humildes costumam a dizer quando alcançam o progresso.  Hoje sou uma pessoa bastante realizada, tenho uma boa família, mulher e duas filhas, tenho me mantido no mercado de trabalho há 15 anos adquirindo experiência e desenvolvimento interpessoal, profissional e valorizando cada dia mais a carreira.  Muitas virtudes aprendi no CEPA, principalmente o hábito de ler, o hábito de expressar bem, desenvolvimento do pensamento e ação.  Sinto muita saudade, grande abraço.  Atenciosamente, Por e-mail, Emanoel Oliveira Ferreira

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Crack, uma mudança qualitativa

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água colocada ao fogo vai elevando sua temperatura mas continua água. Morna, quente. Assim é que se caracteriza um crescimento quantitativo. Aumenta a quantidade de calor mas a água continua água. Não muda de qualidade.

ga originada de um processo simplificado de elaboração da massa produzida a partir de folhas de coca, conhecida como “crack” produziu uma mudança de qualidade no mundo das drogas. A água virou vapor no panorama da drogadição.

Depois de 100 graus, no A extrema rapidez entre entanto, ela vira vapor. Mua experimentação e a dependança qualitativa. dência, os efeitos rapidíssimos O século XX teve um cres- e devastadores da droga sobre cimento quantitativo no uso e o organismo humano, a facilina escala de comercialização dade no uso e, principalmente, das drogas. o preço baixíssimo da “pedra” Socialmente, os dependen- explodiram os paradígmas do tes de maconha, álcool, nicoti- uso e da distribuição de drogas. na, cocaína e outras substân- Arrebentaram, também, as escias continuavam na sua con- truturas do tráfico, criando oudição de pessoas socialmente tras. inseridas nos seus estudos, no Mas, acima de tudo, opeseu trabalho e nas suas famírou uma mudança qualitatilias. Ainda que precarizando va no usuário que, em alguns sempre esses laços. meses, deixa de ser um cidadão No século passado, a quan- dependente que, mal ou bem, tidade de drogas comercializa- trabalha e se relaciona com a das legal e ilegalmente expan- família, para se transformar diu-se, mas os seus usuários num ser marginalizado. Numa sofriam degradações físicas, velocidade surpreendente, sociais e morais numa escala transforma-se num marginal, quantitativa. Ou seja, iam pio- roubando inicialmente a famírando aos poucos durante anos. lia, depois os vizinhos e amigos Milhões de cidadãos, princi- e, frequentemente, passando a palmente jovens, tornaram-se roubar de forma indiscrimidependentes, mas de alguma nada, integrando-se a quadriforma mantinham seus laços lhas. sociais. E no que pese a tensão, O preço baixo da droga os sofrimentos dos viciados e de estourou o sistema do crime seus familiares, o quadro geral era de pessoas que continua- organizado que se alimentava vam estudantes, profissionais de mercados com algum poder e até donas de casa, ainda que aquisitivo. Multiplicaram-se as “cracolândias” nas ruas e bairviciados. ros pobres das cidades. O início do século XXI obCinco ou dez vezes mais serva uma nova situação, uma mudança qualitativa tanto do barato que a cocaína e a macosistema de distribuição quanto nha, o “crack” se difundiu transdo usuário. A poderosa dro- formando crianças viciadas em

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“aviõezinhos” de um tráfico de Reafirmar que “crack” mata quadrilhas multiplicadas. é insuficiente. Afinal muitas coiJovens pobres e de classe sa matam. média entram num estado próPor outro lado, desconheximo da loucura com dois ou cer a novidade do fenômeno e três meses de uso continuado. seus efeitos sobre a segurança A extraordinária massifi- pública nos últimos 10 anos, cação do “crack” pelo seu pre- agravados na Bahia nos últimos ço, ampliou enormemente a já 4 anos, seria má fé política. existente pena de morte para Destinar 400 milhões para traficantes e usuários inadim- crack e “outras drogas” para plentes. Isso tem muito a ver todo o Brasil como fez o Gocom o aumento de 30% de as- verno Federal é importante sassinatos de jovens de um ano mas ainda é muito pouco. para outro. E o que fazer? Trata-se de uma epidemia Primeiro, compreender a social, numa escala acima dos paradígmas tradicionais da se- dimensão e a profundidade do gurança pública, das metodolo- problema, razão deste texto. gias de tratamento psico-sociais Segundo, abrir humildemente e mesmo da prevenção clássica o pensamento para ações efetie suas “campanhas educativas”. vas articuladas no curto, médio Ninguém estava preparado para e no longo prazo que não caalgo tão avassalador principal- bem neste espaço. mente nas grandes cidades com a maioria da população na linha Domingos Leonelli da pobreza. São milhares de noEx-deputado federal vos marginais que entram nos dleonelli@uol.com.br espaços sociais de responsabiliwww.domingosleonelli.com.br dade da segurança pública.

França Teixeira fala França Teixeira afirma, no artigo Muito Eva. Menos, na Tribuna da Bahia de 27 de julho do ano corrente: “O Espírito Santo inspira-me. A caridade ensina-me, já velho, dizer, calar, pensar, escrever, sofrer e agir. A nossa santificação nos caminhos límpidos está no bem das pessoas glorificadas. Iguais a Germano Machado, persistente. Resistindo graças a força do PAI nos labirintos filosóficos, sinuosos e abstratos. Quanta falta de sensibilidade dessa terra. Este herói, 70 anos brigando por ideais: Círculo de Estudo Pensamento e Ação. Quando morrer virão à tona qualidades fartamente demonstradas, nunca enaltecidas em vida... foi assim com Wilson Melo, ator, catapultado à níveis inimagináveis... Vivo? Morto. Foi assim com o jovem poeta de Cachoeira, recentemente falecido. Os menestréis sabem, aqui, será sempre este o tratamento...

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Curiosidades Matemáticas na Natureza

Matemática está presente na vida em todos os lugares e momentos. Falar de Matemática na natureza soa como redundância. Poderíamos afirmar que se trata da percepção humana da natureza expressa em linguagem matemática. Embora esta percepção possa não ser imediata, ela é sempre surpreendente. Números irracionais, como o número de ouro ou pi, aparecem em – vários fenômenos naturais orientando nossa curiosidade para explicar o Universo usando a – matemática. Quando se fala da linguagem matemática na Natureza, inevitavelmente surge o nome do grande matemático italiano Leonardo Fibonacci (11751250) que definiu a sucessão numérica (números ou série de Fibonacci) 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89,.. – Essa seqüência tem uma lei de formação simples: cada elemento, a partir do terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1+1=2, 2+1=3, 3+2=5 e assim por diante. Trata-se de uma descoberta ao acaso: o problema  que Fibonacci investigou inicialmente foi sobre a rapidez que os coelhos poderiam reproduzir-se em circunstâncias ideais. O número de coelhos que vão existindo ao longo dos meses (supondo que nenhum morre) reproduz esta sucessão. À medida que se avança na seqüência, a razão entre dois números sucessivos começa a se aproximar do número de ouro (1,61803...). Além de uma série de propriedades matemáticas surpreendentes, esses números apresentam uma recorrência admirável na natureza: a

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disposição das pétalas de uma rosa, o padrão de vôo das aves de rapina, a organização molecular de certas ligas metálicas. Mas que terá esta seqüência tão particular de números que ver com a Natureza? Desde o século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci, dedicaram-se ao estudo da seqüência que foi proposta, e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos naturais. Vejamos alguns exemplos e entendamos por que ela é conhecida como uma das maravilhas da Matemática: o número de pequenas flores que formam o miolo do girassol, o número de escamas de certos peixes e o número de segmentos da superfície de uma pinha são números da seqüência de Fibonacci. – Observe um abacaxi e suas espirais à direita e à esquerda formadas na casca do mesmo. Se você retirar a casca do abacaxi, você verá claramente os “olhos” que aparecem junto à parte interna da fruta. Normalmente, a espiral no abacaxi está apoiada em quadrados iniciais com lados iguais a 13, 21 ou 34. Observe o tronco da planta “Agave” que tem folhas com extremidades pontiagudas. Se as folhas forem retiradas você observará claramente as espirais com padrão de Fibonacci. Os curiosos núme-

ros de Fibonacci são também, por vezes, designados por «números das pinhas», já que os encontramos também nas espirais formadas pelos padrões desenhados nos característicos frutos das coníferas. Podemos igualmente observá-los na espiral das cascas de caracol, nas curvaturas dos chifres de certos animais ou na distribuição dos rebentos das folhas nos caules de certas plantas. Aliás, particularmente aqui, são numerosos os exemplos em que podemos descobrir termos desta sucessão numérica: se pegarmos, por exemplo, numa haste de cerejeira, olharmos as folhas que dela brotam e tomarmos a folha que se situe mais abaixo como o ponto de partida, à medida que formos subindo e contando as restantes folhas verificamos não só que estas se encontram dispostas em espiral em redor do caule, mas também que aquela que se situar alinhada com a que serviu de referência inicial corresponde, provavelmente, a

um número de Fibonacci. No caso da cerejeira, trata-se do 5, enquanto que no ulmeiro é o 2 e na pereira o número em questão será o 8. O mesmo sucede se considerarmos a quantidade de pétalas presentes em algumas flores, como lírios, íris e jarros, 3, columbinas, rainúnculos amarelos e rosas silvestres, 5 ou delfínios, cosmos e tormentilhas, 8. Outros exemplos poderiam ser citados indefinidamente. Podemos então ter uma perspectiva da engenhosidade como o universo foi criado. Sob esta ótica, parece pouco provável que esta ocorrência tenha sido ao acaso. Resta-nos admirar a beleza da criação e termos a percepção de que estamos aqui para decifrar estas maravilhas. Antônio Constantino Pereira, Engenheiro Químico, Conselheiro do CEPA

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CEPA – Pensa e demonstra no semestre 24 de abril – Faculdade 2 de Julho: aula inicial do grupo de Estudos Filosóficos – A filosofia e o filosofar; – aniversário de Rosana Paulo. 08 de maio – Pré-socráticos: Anaximandro, Thales, Anaxímenes – Betty Coelho: Personalidade de Importância Comunitária. 15 de maio – Performance de Felipe Mago e Zé da mala. 22 de maio – Pré-Socrático: Heráclito de Efeso e Parmenedes; – Antropóloga Celene Fonseca, O Descobrimento do Brasil que não houve. 29 de maio – Sócrates, Platão I – Sarau Lítero Musical aniversário do Fundador do CEPA. – 05 – de junho – Platão 2 – Sarau em comemoraçao ao Dia do Meio Ambiente. 12 de junho – Platão 2 – Desdobramentos, – Telma Wigerh – Palestra sobre recursos humanos. 16 de junho – Sessão Solene na Câmara de vereadores convocada pelo vereador Odiosvaldo Vigas em homenagem aos 59 anos do CEPA. – 19 de junho – Curso de Extensão em Filosofia: Aristóteles. 10 de julho –Pré-Platônicos, Palestra: Reeducação alimentar – por Patrícia Neves e Flávia Santos. 17 de julho – Curso de Extensão em Filosofia: Agostinho de Hipona, Sarau Pós-Copa com Iara Castro, José Abbade, Joanice Marques. – 24 de julho – Curso de Extensão em Filosofia – Filosofia Medieval – cristã, arábica e judia; Palestra Política e Inclusão Social por Idenilton Santos. 07 de agosto – Curso de Extensão em Filosofia: Humanismo I, lançamento do livro Pensamentos Avulsos do Professor José Augusto Guimarães, Palestra da nutricionista Flávia Santos sobre Reeducação Alimentar. 14 de agosto – Filosofia: Filosofia Moderna I, Palestra – de Tássio Revellat sobre Práticas Imperialistas e suas implicações. 21 de agosto – Curso de Extensão em Filosofia: Filosofia Moderna 2, Sarau Lítero musical. 28 de agosto – Curso de Extensão em Filosofia: Ciência em Descartes e Galileu, Palestra de Rizodalvo Meneses sobre Castro Alves e sua origem cigana. 04 de setembro – Curso de Extensão em Filosofia: Bacon, Malebranche, Pascal e Descartes, André Paternostro sobre Perspectivas da Energia do Brasil e no Mundo. – 11 de setembro – Curso de Extensão em Filosofia – Baruck Spinoza – Idade Moderna. 18 de setembro – Curso de Extensão em Filosofia – Filósofos do Séc. XVI, XVII e XVIII; exibição e debate sobre o documentário produzido pelos graduandos em jornalismo Marcelo Issa e Pedro Garcia: à Margem, no limite da sobrevivência. 25 de setembro – Curso de Extensão em Filosofia: Kant – Iluminismo; Sarau Lítero Musical da Primavera com as presenças de Iara Castro, voz e violão; da arte-educadora Rosana Paulo; do poeta Gibran Souza; da poetiza Helena Pires; da poetiza Ita Moreira; do correspondente do CEPA na Síria, Joaquim da Costa Munduruca Neto e outros.

EXPEDIENTE

A VOZ DO CEPA

Órgão de Divulgação Educativo-Cultural, Filosófico e Literário do Círculo de Estudo Pensamento e Ação–CEPA Diretor Geral: Germano Machado – DRT 5312 Relaçoes Institucionais: Paulo César Torres e Antonio Constantino Pereira

Conselho Editorial: Germano Machado, Almerindo César de Quadros, Caetano Barata, Carlos Souza, José Abbade, Rizodalvo Menezes, Maria Arlinda Moscoso.

Rua Souto Dalva, 98 – Salvador – Tel.: (71) 3242-0502 – e-mail: cepaadmin@gmail.com e cepagefgel@gmail.com Aos sábados: Faculdade 2 de Julho, Leovigildo Filgueiras, 81, Garcia – 14h30 às 17h30

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A evolução do Jornal A Voz do CEPA

evolução do Jornal A Voz do CEPA, órgão de comunicação do Movimento Educativo Cultural CEPA, é um grande marco da cultura baiana,uma vez que só os órgãos oficiais ou entidades Acadêmicas, é que, às vezes com regularidade, o que é difícil, às vezes semestral ou anual, é que o fazem. Chegando aos 50 números – do A Voz do CEPA, – tratando de assuntos de filosofia, ciência, literatura e outros aspectos afins. Um exemplo: os artigos do professor Almerindo Cesar de Quadros, sempre tratam de aspectos científicos, enquanto que os de Germano Machado, Antonio Constantino Pereira, João Bosco Soares dos Santos, Paulo César Torres, Hellmut Contreiras e outros, inclusive quem escreve, abrangem aspectos de grandes interesses para universitários, professores e pessoas ligadas às ciências exatas e humanas, inclusive análises sobre a psicanálise dos psicanalistas Evandro Leão e Djenal Conrado de Matos, teólogo. Entretanto, também, abarca a poesia com Arlinda Moscoso, Gilson Figueiredo, José Abbade, Luzinete Mello, Paulo Balôba, Helena Pires, Rosa Valente, Rosana Paulo, Joanice Marques, Graciela Santos, Nilza Oliveira e até do exterior como Celine Labrador, no Hawaí, professora, membro do CEPA americano. Há outros exemplos como do advogado Rizodalvo Menezes que tanto trata de aspectos poéticos como filosóficos ou psicológicos. Apresenta jovens e adolescentes como: Marcos Brito, José Martins dos Santos, Tassio Revelat, Ana Tereza de Albuquerque Novaes, Wesley Vinícius, Rafael Machado e outros.

Temos também, análises de livros, sempre na segunda página. Livros como o Carta ao Presidente, organizado pelo jornalista Carlos Souza; O Vampiro da Internet de Licínia Ramizete; Brasil e Romênia: Pontes Culturais, de Ático Villas-Bôas da Mota, um dos fundadores do CEPA; E a lua nasceu azul..., da doutora Maria Vilma Baleeiro Lima, livro poético lançado na Faculdade 2 de Julho. Às vezes, somos surpreendidos com depoimentos sobre o CEPA que republicamos como o de França Teixeira que fez um comentário no Jornal Tribuna da Bahia, relembrando seu tempo de CEPA; também, o comentário do doutor Osvaldo Novaes, sobre a qualidade do curso de Filosofia das Religiões. Igualmente, o comentário de Karl Franz Schleu lembrando saudosamente do seu tempo e do tempo de seus filhos cepianos. No último número do Jornal fizemos uma pequena história do CEPA de 1951 a 2010, onde lembramos a figura humana de Maneka Pedreira, o que ocasionou um pedido do Pesquisador Luiz Maurício Costa Santana, do Centro de Memória da Bahia / Fundação Pedro Calmon sobre o mesmo. O Jornal A Voz do CEPA ainda esteve no I encontro de Escritores Independentes da Bahia, liderado pelos jornalistas Roberto Leal e Carlos Souza, e no aniversário da Biblioteca Juracy Magalhães Jr. Caetano Barata

Poeta, ativista cultural em Simões Filho, Conselheiro do CEPA.

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