Ano 4 | Nº 49 | Março e abril de 2010 | Salvador – Bahia
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13 de junho de 1951
I O CEPA: história de 1951 a 2010 K
N
O CEPA na Saúde, 9. a Saúde, 9 foi a primeira sede do CEPA. Era uma pensão, onde estudantes do interior, ocupavam quartos, era na parte de cima; na parte do meio havia uma mesa e cadeiras oferecidas pelo então Secretário do Governo Régis Pacheco, Pita Lima. Na parte central um crucifixo e ao lado na parede uma grande bandeira do Brasil. A casa foi benzida pelo Vigário da Saúde, Carlos Gaeschilin. A Associação dos Estudantes Secundários da Bahia dirigida por Hermano Gouveia Neto sediava-se lá. Tínhamos reuniões às quintas e aos sábados. Dois destaques: falaram nessa sede, o famoso jornalista Carlos Lacerda e o então estudante de filosofia e hoje muito conhecido, professor Hélio Rocha. Um sobre política nacional e internacional e o outro sobre folclore. Através de Lacerda conhecemos Manoel (Maneka) Rodrigues Pedreira. Nesta sede, Jorge Montalvão propôs e todos concordaram na criação do Grupo Monarquista da Bahia. O CEPA no Rosário, 2. Saindo da Saúde fomos para o Rosário 2, na Avenida 7, onde ocupávamos duas grandes salas e nasceu dela uma geração de cinema. Inicialmente com os irmãos: Jamil e Osman de Almeida Bagdede, José Teles de Magalhães, Luis Paulino do Santos, Jayme Cardoso, Calazans Neto, Fernando Rocha, Fernando da Rocha Perez, Ubirajara Rebouças, Paulo Gil Soares, Vivaldo Cairo que lançou o Livro Cinema Negócio Fabuloso, David Sales, Paulo Demarco que escrevia sobre cinema no Jornal A Tarde. Portanto, a geração de Glauber Rocha, inclusive João Carlos Teixeira Gomes e outros
estiveram no CEPA. Mulheres: Miriam Ribeiro Machado, Carmem de Berlim, Carmem Souza, a irmã Lauria, as irmãs Sentges, Ana Angélica Vergne de Abreu e outras. O CEPA no Edfício Itaípe em frente do Mosteiro de São Bento e também no Edifício Derike, no Terreiro: Genebaldo Correia, Edvaldo de Brito, Manoel Hermes, Luiz Gonzaga do Amaral Andrade, França Teixeira, Rizodalvo Menezes, Walney Moraes Sarmento, Paulo Cesar Torres e tantos outros. Uma geração política que participou da campanha o petróleo é nosso com o professor Eloyvaldo Chagas de Oliveira, também com Rômulo Almeida analisando as discussões sobre a PETROBRAS e combatendo a exploração por estrangeiros das areias monazíticas nas praias do sul da Bahia. Neste período foi entregue o primeiro título de Personalidade de Importância Comunitária, a Dom Jerônimo de Sá Cavalcati, OSB., o qual escreveu um longo artigo no Jornal da Bahia mostrando como era necessário a existência de um órgão como esse. De 68 a 81 devido ao AI5 o CEPA não se movimentou.
ofereceu uma sala com cadeiras e quadro negro, começamos o Curso de Filosofia chamado Integrativa, sendo eleito para o CEPA Jovem, Ademir Ismerin Medina. Neste momento nos aparece, uma grande amiga, sempre dedicada a letras, artes, poesia, Clarice Mascarenhas Meireles; é nesse período que se dá a morte de Glauber Rocha lembrado em reunião do dia 22 de agosto quando soubemos do falecimento. Depois o CEPA cresce com novas pessoas, inclusive com Antonio Sebastião dos Santos e vamos sediarnos na Congregação Mariana de São Luis, na Praça da Sé continuando o Curso de Filosofia onde apareceram 2 rapazes que vão se projetar no futuro: Luciando Costa Santos e Iraneidson Santos Costa; futuros Doutores em Filosofia e Ciências Sociais na Europa. Daí, passamos para o Canela, Colégio Nossa Senhora Aparecida que era dirigido pela senhora Maria Bernardes e lá se continuou aparecendo duas figuras que serão centrais no desdobramento do CEPA: A mineira Maria das Graças dos Santos e o castroalvino Eliseu Moreira. Depois passamos ao Colégio Vieira devido ao falecimento de Maria Bernardes. No Vieira continuamos e depois retornamos ao Barbalho.
CEPA no Barbalho Reabertura em 13 de junho de 1981, na Rua Souto Dalva. Com as presenças de Geraldo Leony Machado, Damário da Cruz, Benedito Lacerda, Jaime Silva Lima, Frei Eliseu Vieira Guedes, OC.; Petronílo Reis. Frei Eliseu achando o ambiente pequeno Gláuber Rocha no CEPA.
Maneka Pedreira. Continua na pág 5.
Confira nesta edição Polêmica dentro de um grande livro Germano Machado • pág. 2
E a lua nasceu azul... • pág. 2 Espaço do GEL • pág. 3 O homem não cabe dentro de si Paulo Balôba • pag. 4
A força da palavra. MaƟzes do vocábulo Arlinda Freitas Moscoso • pág. 5
Freud menƟroso?! – (I) Almerindo César de Quadros • pág. 6
O vendedor músico Marcos Brito • pág. 7
A lenda do comparƟlhar irreal Caetano Barata • pág. 7
Segredos da MatemáƟca: O Código da Criação Antônio ConstanƟno Pereira • pág. 8
AnƟamericanismo? Hellmut Contreiras • pág. 8
França Teixeira relembra seu tempo de CEPA • pág. 9 Macrovisão comparaƟva da cultura cienơfica: americana – europeia, asiáƟca e a brasileira Paulo Cezar Torres Silva • pág. 9
O CEPA faz pág. 10