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INTRODUÇÃO

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BIBLIOGRAFIA

BIBLIOGRAFIA

Muito se tem produzido e discutido sobre a constituição da capital federal. Física, histórica e culturalmente, a cidade nunca perdeu, desde o seu nascimento, a curiosidade acerca da vivência de um espaço totalmente projetado e definido por parâmetros do urbanismo moderno. Com um percurso histórico que se iniciou em 1957, Brasília atualmente se apresenta como uma conurbação de cerca de 3 milhões de habitantes, a contar toda a área metropolitana que a constitui - além dos 12% do percentual habitacional que possui a área do Plano Piloto, traçado inicial da cidade. Sua trajetória enquanto espaço urbano construído e vivenciado apresenta características peculiares quanto a diversas análises levando em consideração cidades tradicionais.

Enquanto experiência de importante expressão dentro do estudo do progresso humano na história em sociedade, tratar de temas como “cidade”, “centro” e “paisagem” em Brasília demonstra, a cada ensejo da produção teórica e acadêmica, a incerteza que sobre eles ainda repousa após o aparecimento de um vasto campo de novas possibilidades com a chegada da modernidade. Sob essa perspectiva, a busca por um entendimento cada vez mais refinado e compreensível das relações humanas e o tema da vivência urbana é uma prática. A temática encontra sua máxima expressão, e também desafio, na concentração de pluralidades de um centro urbano: local onde as multivocalidades da cidade se encontram e compartilham o espaço.

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Apreendido e muitas vezes evidenciado como o local de maior número de encontros, o centro há de representar bem a coletividade do urbano e em Brasília não há de ser diferente. O encontro das distâncias lineares (eixos) que nortearam a construção da cidade, assim como muitos centros urbanos de cidades tradicionais, traz consigo uma forte carga simbólica e monumental, enquanto experiência única na história urbana. No entanto, a busca pela definição da personalidade de um espaço como tal é um tema que gera discussões e aborda muitos elementos diversos em sua análise. Qualquer entendimento das circunstâncias que o regem colabora para a consolidação do mesmo enquanto lugar antropológico, cenário construído a partir da vivência coletiva. Vale salientar ainda a relação entre os elementos físicos e a tal vivência, ao ponto que o imaginário cultural coletivo se constrói no espaço, e muito deve à referência da paisagem que o circunda.

A definição do último termo é relativamente recente e múltipla e Brasília, como marco importante na história da narrativa da arquitetura moderna, permite contestar essa e outras questões na atualidade.

Levando em consideração todo o contexto acima citado, e a curiosidade acerca do tema, como é construída a centralidade na paisagem, física e imaterial, de uma cidade fundada sob a aplicação do urbanismo moderno?

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