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arquitectura ibérica
fernando serapião pedro fonseca jorge Désirée Pedro_Carlos Antunes | atelier do corvo JUAN CARLOS SANCHO OSINAGA_ SOL MADRIDEJOS FERNÁNDEZ | SANCHO-MADRIDEJOS ARCHITECTURE OFFICE Francisco Aires Mateus_Manuel Aires Mateus PAULO MENDES DA ROCHA_MARTIN CORULLON_ANNA FERRARI_ GUSTAVO CEDRONI | METRO ARQUITETOS ASSOCIADOS Nuno Bruno Soares_Isabel Galvão Lucas alberto nicolau José António Barbosa_Pedro Lopes Guimarães José Selgas_ Lucia Cano | selgascano Luis Rojo de Castro_Begoña Fernández-Shaw
ANO IV · NÚMERO 23 · DEZEMBRO 2007 AÑO IV · NÚMERO 23 · DECIEMBRO 2007
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EQUIPAMENTOS EQUIPAMIENTOS #023
TÍTULO TÍTULO ARQUITECTURA IBÉRICA N.º 23 EQUIPAMENTOS EQUIPAMIENTOS aNO IV AÑO IV DEZEMBRO 2007 DECIEMBRO 2007 DIRECTOR DIRECTOR JOSÉ MANUEL DAS NEVES coordenação geral coordenación general JOSÉ MANUEL DAS NEVES Assistente editorial ASISTENTE EDITORIAL ANA DAVID Tradução Traducción ANABELA SILVA (CASTELLANO-PORTUGUÊS) ALBERTO MONTOYA (PORTUGUÊS-CASTELLANO) LAYOUT LAYOUT RICARDO TADEU BARROS_TTDESIGN PRODUÇÃO GRÁFICA PRODUCCIÓN GRÁFICA ANA SARMENTO_RUI RICA fotografia da capa FOTOGRaFÍA PORTADA LEONARDO FINOtTI PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO FOTOMECÁNICA Y IMPRESIÓN CALEIDOSCÓPIO_EDIÇÃO E ARTES GRÁFICAS, SA PERIODICIDADE PERIODICIDAD 6 NÚMEROS ANO 6 NÚMEROS AÑO ics N.º 124444 DEPÓSITO LEGAL N.º 211 099/04 ISBN 978-989-8129-28-4 ISsN 1645–9415 PREÇO PRECIO (PORTUGAL + ESPAÑA) 19,95 EUROS
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passaDo e pResente pasado y present
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FERNANDO SERAPIÃO a pRoFissão Do aRquiteCto: exeCução e poRmenoR La proFisión deL arquiteCto: exeCuCión y detaLLe
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PEDRO FONSECA JORGE a pRopÓsito De 2 pRoJeCtos a proposito de 2 proyeCtos i apaRthoteL em LuanDa apartoteL en Luanda
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DÉSIRÉE PEDRO_CARLOS ANTUNES ii eDiFÍCio poLiVaLente em BenaLua ediFiCio poLiVaLente en benaLÚa
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JUAN CARLOS SANCHO OSINAGA_ SOL MADRIDEJOS FERNÁNDEZ CuiDaDos intensiVos museu Do FaRoL De santa maRta museu deL FaroL de santa marta
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FRANCISCO AIRES MATEUS_MANUEL AIRES MATEUS stop iBÉRiCo gaLeRia e estÚDio Leme gaLeria y estudio Leme
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PAULO MENDES DA ROCHA | MARTIN CORULLON_ANNA FERRARI_GUSTAVO CEDRONI seDe Da ComuniDaDe uRBana Do oeste_ComuRB sed de La Comunidad urbana deL oeste_Comurb
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NUNO BRUNO SOARES_ISABEL GALVÃO LUCAS pisCina muniCipaL De VaLDesanChueLa pisCina muniCipaL de VaLdesanCHueLa
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ALBERTO NICOLAU CentRo De saÚDe De VizeLa Centro de saLud de VizeLa
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JOSÉ ANTÓNIO BARBOSA_PEDRO LOPES GUIMARÃES paLÁCio De CongRessos e auDitÓRio De BaDaJoz paLaCio de Congresos y auditoria de badajoz
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JOSÉ SELGAS_ LUCIA CANO) CentRo teCnoLÓgiCo Do CaLçaDo Centro teCnoLógiCo deL CaLzado
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LUIS ROJO DE CASTRO_BEGOÑA FERNÁNDEZ-SHAW BiogRaFias biograFías
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galeria e estudio leme Galeria y estudio leme são paulo 2006 I Arquitectura Arquitectura PAULO MENDES DA ROCHA Colaboradores Colaboradores MARTIN CORULLON_ANNA FERRARI_GUSTAVO CEDRONI Cliente Cliente EDUARDO LEME Cálculo estrutural Cálculo estrutural HELOISA MARINGONE (companhia de projetos s/c ltda.) Instalações Instalaciones ETIP PROJETOS DE ENGENHARIA S/C LTDA Construção Construcción JOÃO COSTA MONTEIRO DA GAMA Metálica Metálica PARALELO ENGENHARIA Construtor constructor BALDRAY CONSTRUÇÕES LTDA Instalações Elétricas e hidráulica Instalaciones Elétricas y hidráulicas SERMON ENGENHARIA Fotografia fotografía leonardo finotti
II Arquitectura Arquitectura MARTIN CORULLON_ANNA FERRARI_GUSTAVO CEDRONI | METRO ARQUITETOS ASSOCIADOS CONSTRUctor CONSTRUctor JOSE TELES MARINHO DA SILVA Fotografia fotografía leonardo finotti
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P A Galeria Leme é um edifício com 500 m2, aproximadamente, que abriga um salão de exposições, duas salas administrativas, um pequeno depósito e serviços de apoios e sanitários. Construído em betão, todos os planos que constituem os seus espaços, de geometria simples e clara, possuem a mesma espessura: 15 cm. Sejam paredes, pisos ou planos inclinados. A circulação e serviços, ou o que poderia chamar-se de infra-estrutura, estão concentrados numa faixa lateral, ao salão principal, com 2,40 m de largura. O Estúdio Leme é constituído por uma cobertura, uma mezzanine e dois planos de fechamento nas extremidades. Esses fechamentos, que com a escada em espiral são as únicas adições à antiga serralharia que existia no local, são translúcidos. Pela associação de dois tipos de painéis ondulados, um em policarbonato branco e outro em chapa metálica perfurada, foi possível obter um interior luminoso, embora protegido por essas membranas diáfanas. O resto da intervenção resume-se à retirada de todos os elementos agora desnecessários e ao reajuste de vigas, treliças e telhas que já lá existiam. Feita esta breve descrição dos edifícios, que os afasta mais do que aproxima, creio necessária a explicitação de alguns pontos de contacto que justificam a sua publicação em conjunto. O mais óbvio é o facto de serem parte de um mesmo empreendimento comercial: uma galeria de arte. O seu proprietário, Eduardo Leme, iniciou a sua actividade no mercado de São Paulo com a inauguração desta galeria. Com uma equipa de artistas jovens, não apenas brasileiros, tem realizado excelentes mostras de arte contemporânea. A encomenda do projecto a Paulo Mendes da Rocha pareceu natural a quem habita uma casa projectada pelo arquitecto nos anos 60 e ícone da Arquitectura Paulista.
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C La Galería Leme es un edificio de 500 m2, aproximadamente, que alberga un salón de exposiciones, dos salas administrativas, un pequeño depósito y servicios de apoyos y aseos. Construido en hormigón, todos los planos que constituyen sus espacios, de geometría simple y clara, poseen el mismo espesor: 15 cm. Ya sean paredes, pavimentos o planos inclinados. La circulación y servicios, o lo que podría llamarse de infraestructura, están concentrados en una franja lateral al salón principal, con 2,40 m de anchura. El Estudio Leme está constituido por una cobertura, un entresuelo y dos planos de cierre en las extremidades. Esos cierres, que con la escalera en espiral son las únicas adiciones a la antigua metalistería que existía en el lugar, son translúcidos. Por la asociación de dos tipos de paneles ondulados, uno de policarbonato blanco y otro de chapa metálica perforada, fue posible obtener un interior luminoso, aunque protegido por esas membranas diáfanas. El resto de la intervención se resume a la retirada de todos los elementos ahora innecesarios y al reajuste de vigas, cerchas y tejas que ya allá existían. Hecha esta breve descripción de los edificios, que los aleja más que los aproxima, creo necesaria la explicación de algunos puntos de contacto que justifican su publicación en conjunto. El más obvio es el hecho de que formen parte de una misma iniciativa comercial: una galería de arte. Su propietario, Eduardo Leme, inició su actividad en el mercado de São Paulo con la inauguración de esta galería. Con un equipo de artistas jóvenes, no sólo brasileños, ha realizado excelentes muestras de arte contemporáneo. El encargo del proyecto a Paulo Mendes da Rocha pareció natural a quien habita una casa proyectada por el arquitecto de los años 60 e icono de la Arquitectura Paulista.
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< Alรงado Plantas pisos 1 e 0
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Alzado Plantas pisos 1 y 0
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< Cortes CC, BB e AA
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Secciones CC, BB y AA
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Desta encomenda decorre o outro ponto de contacto entre os dois edifícios: coube à METRO desenvolver o projecto da Galeria, graças ao peculiar modo de trabalho de Paulo Mendes da Rocha, que tem por método associar-se a escritórios independentes para o desenvolvimento de seus projectos. Iniciou-se assim uma relação entre os envolvidos da qual resultou o projecto do Estúdio Leme, posteriormente realizado por nós. O Estúdio destina-se a alojar artistas visitantes em residência, a servir de ateliê para a sua produção e também como espaço de exposição. Funciona como anexo da Galeria. E daí decorre a relação que considero a mais interessante de enfatizar entre estes dois edifícios: são complementares, funcionam em conjunto e situam-se um em frente ao outro, com uma rua entre eles. Essa disposição promove um uso do espaço entre os edifícios muito pouco habitual numa cidade como São Paulo. Frequentemente ocorrem eventos festivos em que se abrem os dois lados da rua e os convidados misturam-se com os transeuntes tanto dentro como fora dos seus limites estritos. Mesmo no uso quotidiano, a vida da galeria faz-se, em parte, em público, expondo à rua e à vizinhança as transacções e passagens entre edifícios. Este tipo de uso, que se vale do espaço público como disponível e desejável, permite imaginar a transformação de determinadas áreas da cidade, eventualmente degradadas, sem necessariamente diminuir seu carácter público. A aposta neste tipo de intervenção pontual, como possível catalizadora de transformação em escala mais abrangente, considerou neste caso o potencial desta região de São Paulo. Do outro lado do Rio Pinheiros está pouco conectada ao circuito convencional das Galerias de Arte. No entanto, situa-se a pouca distância da Universidade de São Paulo, com toda a riqueza que isso pode significar. Localiza-se perto de uma das maiores concentrações infraestruturais da cidade, como passagens de autocarros, linhas de metropolitano, vias de tráfico expresso e o próprio rio, cujo canal rectificado poderá ter ainda o seu uso potencializado. Tudo isso servindo povoados bairros residenciais e grandes centros de compras. Diante de todo este património urbano instalado, nada mais adequado do que iniciativas como as deste conjunto que potenciam a dimensão pública do território construído. O sucesso de tais intervenções tem-se feito sentir e ampara a continuidade destas iniciativas.
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De este encargo proviene el otro punto de contacto entre los dos edificios: cupo a METRO desarrollar el proyecto de la Galería, gracias al peculiar modo de trabajo de Paulo Mendes da Rocha, que tiene por método asociarse a estudios independientes para el desarrollo de sus proyectos. Se inició así una relación entre los que intervenían de la cual resultó el proyecto del Estudio Leme, posteriormente realizado por nosotros. El Estudio se destina a alojar artistas visitantes en una residencia, a servir de taller para su producción y también como espacio de exposición. Funciona como anexo de la Galería. Y de ahí proviene la relación que considero más interesante de enfatizar entre estos dos edificios: son complementarios, funcionan en conjunto y se sitúan uno frente al otro, con una calle entre ellos. Esa disposición promueve un uso del espacio entre los edificios muy poco habitual en una ciudad como São Paulo. Frecuentemente ocurren eventos festivos en donde se abren los dos lados de la calle y los invitados se mezclan con los transeúntes tanto dentro como fuera de sus límites estrictos. También en el uso cotidiano, la vida de la galería se hace, en parte, en público, exponiendo a la calle y a la vecindad las transacciones y pasos entre edificios. Este tipo de uso, que se vale del espacio público como disponible y deseable, permite imaginar la transformación de determinadas áreas de la ciudad, eventualmente degradadas, sin disminuir necesariamente su carácter público. La apuesta en este tipo de intervención puntual, como posible catalizadora de transformación en una escala más amplia, consideró en este caso el potencial de esta región de São Paulo. Del otro lado del Río Pinos, está poco conectada al circuito convencional de las Galerías de Arte. Sin embargo, se sitúa a poca distancia de la Universidad de São Paulo, con toda la riqueza que eso puede significar. Se localiza cerca de una de las mayores concentraciones infraestructurales de la ciudad, como paradas de autobuses, líneas de metropolitano, vías de tráfico rápido y el propio río, cuyo canal rectificado podrá ver también su uso potenciado. Todo eso sirviendo a populosos barrios residenciales y grandes centros de compras. Delante de todo este patrimonio urbano instalado, nada más adecuado que iniciativas como las de este conjunto que potencian la dimensión pública del territorio construido. El éxito de tales intervenciones se ha hecho sentir y ampara la continuidad de estas iniciativas.
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< Pormenor
Detalle
da fachada
de la fachada
Corte
Secci贸n
Planta piso 1
Planta piso 1
Planta piso 0
Planta piso 0
Escala 1:10
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