ANO V · NÚMERO 24 · fevereiro 2008 AÑO V · NÚMERO 24 · febrero 2008
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EDGAR NEVes antónio sá machado_joão paulo delgado andré amaral nunes_sara gonçalves | acanto João Guilherme Appleton_Isabel Domingos_ Christophe Tilliet Inês Blanc de Sousa | Appleton e Domingos Arquitectos João a. silva appleton Rok Oman_Spela Videcnik_Rok Gerbec_ Josip Konstantinovic Karla Murovec_Damjan Bradac | ofis arhitekti Conceição macedo_dante macedo_francisco madeira | arquiprojecta Alvaro siza Jose Angel Ferrer Arturo Franco DIAZ_fabrice van teslaar Martín Lejarraga_Fulgencio Avilés Pedro Reis_Filipe Alarcão Design Studio_João Regal Nuno Esteves_Fernando Rodrigues albino costa teixeira filipa frois almeida hugo benigno
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TÍTULO TÍTULO ARQUITECTURA IBÉRICA N.º 24 recuperar RECUPERAR aNO IV AÑO IV FEVEREIRO 2008 FEBRERO 2008 DIRECTOR DIRECTOR JOSÉ MANUEL DAS NEVES coordenação geral coordenación general JOSÉ MANUEL DAS NEVES Assistente editorial ASISTENTE EDITORIAL ANA DAVID Tradução Traducción ANABELA SILVA (CASTELLANO-PORTUGUÊS) ALBERTO MONTOYA (PORTUGUÊS-CASTELLANO) CATARINA CORREIA (ENGLISH-PORTUGUÊS) revisão revisión sérgio simões LAYOUT LAYOUT RICARDO TADEU BARROS_TTDESIGN PRODUÇÃO GRÁFICA PRODUCCIÓN GRÁFICA ANA SARMENTO_RUI RICA fotografia da capa FOTOGRaFÍA PORTADA JESUS GRANADA PRÉ-IMPRESSÃO E IMPRESSÃO FOTOMECÁNICA Y IMPRESIÓN CALEIDOSCÓPIO_EDIÇÃO E ARTES GRÁFICAS, SA PERIODICIDADE PERIODICIDAD 6 NÚMEROS ANO 6 NÚMEROS AÑO ics N.º 124444 DEPÓSITO LEGAL N.º 211 099/04 ISBN 978-989-8129-34-5 ISsN 1645–9415 PREÇO PRECIO (PORTUGAL + ESPAÑA) 19,95 EUROS
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eDIFÍcIO pOMBaLINO edificio pombalino JOÃO GUILHERME AppLETON_ISABEL DOMINGOS_CHRISTOpHE TILLIET INÊS BLANC DE SOUSA | AppLETON E DOMINGOS ARQUITECTOS LDA IBerIaN sTOp
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RECUPERAÇÃO DOS ABRIGOS DE ALMERÍA Rehabilitación de los Refugios de Almería almeria 2005|2006 arquitectura arquitectura Jose Angel Ferrer colaboradores colaboradores José A. Cuerva_Miguel G. Haro_Fernando Mateos_Fco. Javier de Simón localização Situación Paseo de Almería- Almería cliente Promotor Excmo. Ayuntamiento de Almería engenheiro Aparejador Manuel Alonso Contratista contratista Construcciones Tejera, SA director de obra Dirección De Obra Jose Angel Ferrer estruturas Estructuras Ferrer arquitectos instalações Instalaciones JG Ingenieros- Ferrer arquitectos, Secoal Interiores interiores José Angel Ferrer maquetista Maquetista Ferrer arquitectos fotografia Fotografía Jesús Granada
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P Os abrigos de Almería são um conjunto de galerias subterrâneas com mais de 4,500 metros de comprimento, construídas oito metros abaixo do nível do solo, entre 1937 e 1939, de acordo com um projecto do Arquitecto Guillermo Langle. O seu objectivo era proteger os cerca de 40,000 habitantes da cidade de Almería dos bombardeamentos durante a guerra. A recuperação dos abrigos como elemento cultural e histórico de manifesto interesse está intimamente ligada ao seu simbolismo como testemunho da guerra civil espanhola. Esta circunstância, juntamente com o seu valor arquitectónico e de engenharia, destaca estes abrigos como uma das obras mais importantes construídas em Almería durante o século XX e um dos elementos mais significativos do património e da memória histórica da cidade. O objectivo foi a recuperação de um troço de 965 metros de comprimento, situado no centro da cidade sob o actual Paseo de Almería, cujas características lhe conferem uma maior singularidade relativamente aos demais: a largura das suas galerias é maior e está dotado de uma série de elementos que, ao seu tempo, prestaram um serviço vital às pessoas que os utilizaram destacando-se, como o mais significativo, um pequeno hospital. O projecto de recuperação divide-se em duas partes: a recuperação estrita das galerias subterrâneas e uma obra nova em superfície para acesso e saídas. A ideia principal da recuperação das galerias foi a de garantir a segurança dos visitantes sem desvirtuar os espaços originais projectados por Langle, limitando a intervenção a um trabalho exaustivo de limpeza e consolidação de todos os elementos. Assim, ocultou-se o complexo sistema de instalações de que os abrigos estavam dotados debaixo do pavimento, deixando apenas visíveis os tubos de aço que fazem referência aos dois fios de cobre que faziam parte do sistema de iluminação. Os novos elementos projectados são o pavilhão de acesso e um conjunto de três pequenas peças na saída. O pavilhão de acesso é um paralelepípedo, construído em betão, aço corten e vidro gravado, que permite controlar e gerir todas as instalações necessárias para a utilização dos abrigos como recurso turístico. A adopção de elementos e formas abstractas de pequena escala, acompanhadas de uma cuidada execução, foi feita na convicção de que todos contribuem para a integração do pavilhão naquela envolvente histórica. O edifício organiza-se em torno da parede que nasce dos abrigos e que se converte, assim, no elemento a partir do qual se estabelece a ligação necessária entre a entrada e as galerias subterrâneas, dotando-se ambos os elementos de uma adequada continuidade que está na base da unidade do projecto. A parede de betão, cuja espessura e força protegeram o homem da destruição, aparece agora como elemento gerador do projecto. O seu acabamento reflecte a cofragem de ripas utilizada na construção, tal como acontece na estrutura da abóbada de betão das galerias. Não obstante, a continuidade entre os abrigos e o pavilhão está confiada, acima de tudo, ao material e à luz, que são os outros dois elementos geradores do projecto. O pavilhão devia surgir como um elemento sólido para assim estabelecer a adequada continuidade com a solidez que se percebe no interior dos abrigos e, simultaneamente, devia ser transparente e leve, para que a sua presença na cidade histórica fosse mínima. Esta duplicidade reflecte-se na condição e tratamento dos materiais. A solidez está confiada à textura do betão, do aço e à condição reflectiva do vidro gravado com uma abstracção dos grafismos utilizados por Langle nos seus planos para reflectir os abrigos, enquanto a leveza e a transparência advêm das qualidades inerentes ao próprio vidro. 102
C Los refugios de Almería, son un conjunto de galerías subterráneas de más de 4.500 metros de longitud, construidas a ocho metros bajo tierra entre 1937 y 1939, según proyecto del Arquitecto Guillermo Langle. Su objetivo era proteger de los bombardeos a los casi 40.000 habitantes de la ciudad de Almería durante la guerra. Su recuperación como elemento cultural e histórico de indudable interés, está estrechamente ligado a su simbolismo como testimonio de la guerra civil española. Esta circunstancia, junto a su valor arquitectónico-ingenieril, sitúan a los refugios como una de las obras más importantes construidas en Almería durante el Siglo XX, constituyendo por tanto, uno de los elementos más significativos del patrimonio y memoria histórica de la ciudad. Su rehabilitación tiene como objeto recuperar un tramo de 965 metros de longitud situado en el centro de la ciudad bajo el actual Paseo de Almería, cuyas características lo dotan de una mayor singularidad respecto de los demás: el ancho de las galerías es mayor que en el resto y está provisto de una serie de elementos que en su momento prestaron un servicio vital para las personas que los utilizaron, destacando como el más significativo un pequeño hospital. El proyecto de rehabilitación se divide en dos partes: La estricta rehabilitación de las galerías subterráneas y obra nueva en superficie para accesos y salidas. La idea principal de la rehabilitación de las galerías ha sido garantizar la seguridad de los visitantes sin desvirtuar los espacios originales que proyectó Langle, limitándonos a una exhaustiva e intensa labor de limpieza y consolidación de todos los elementos. Así, el complejo sistema de instalaciones del que se han dotado los refugios se ha ocultado bajo la solera y sólo son visibles dos tubos de acero que hacen referencia a los dos hilos de cobre que formaban parte del sistema de iluminación. Los nuevos elementos proyectados son el pabellón de acceso y un conjunto de tres pequeñas piezas en la salida. El pabellón de acceso es un paralelepípedo, construido en hormigón, acero cortén y vidrio grabado, que permite el control y gestión de todas las instalaciones necesarias para la puesta en uso de los refugios como recurso turístico. La adopción de elementos y formas abstractas de menuda escala acompañados de una cuidada ejecución se ha realizado en el convencimiento de que contribuyen a su integración en el entorno histórico donde se ubica. El edificio se organiza alrededor del muro que nace de los refugios. El muro, se convierte así, en el elemento a partir del cual se establece la necesaria conexión entre la entrada y las galerías subterráneas, dotando a ambos elementos de la debida continuidad como base para establecer la unidad del proyecto. El muro de hormigón, que con su grosor y su fuerza protegió al hombre de su destrucción, aparece ahora como elemento generador del proyecto. Su acabado refleja el encofrado de tablillas utilizado en su construcción, tal y como ocurrió en la construcción de la bóveda de hormigón de las galerías. No obstante, la continuidad entre refugios y pabellón, se confía además al material y a la luz como los otros dos elementos generadores del proyecto. El pabellón debía aparecer como un elemento sólido para así establecer la adecuada continuidad con la solidez que se percibe en el interior de los refugios, pero a la vez debía ser transparente y ligero, de forma que su presencia en la ciudad histórica fuera mínima. Esta duplicidad, se refleja en la condición y tratamiento de los materiales. La solidez se confía a la textura del hormigón, del acero y a la condición reflectante del vidrio grabado con una abstracción de los grafismos utilizados por Langle en sus planos para reflejar los refugios, mientras que la ligereza y transparencia vienen otorgadas por las cualidades más inherentes del propio vidrio.
No pavilhão, a luz natural introduz-se através das paredes de vidro e de um lucernário que remata a cobertura. A luz desliza pela parede que nasce dos abrigos até se perder na profundidade das galerias, fazendo referência às bocas originais que sempre estiveram abertas e que absorviam a luz exterior. A partir do interior do edifício consegue-se uma visão panóptica de toda a envolvente o que contribui para a sua integração no local. Merece especial referência a localização dos restos da antiga Puerta de Pechina, do período árabe, sob o pavimento do pavilhão. Assim, o edifício surge como um enorme cofre que acolhe no seu interior dois grandes tesouros – os abrigos e os restos da porta muçulmana – convertendo-se, desta forma, em entrada, não apenas nos abrigos, mas também numa parte fundamental da história da cidade: a Almería Islâmica. Por último, destacam-se na saída dois elementos de geometria pura e elementar que acolhem o ascensor e a escada de forma independente. Ao sair das galerias subterrâneas percebe-se a luz através dos próprios planos dos abrigos gravados no vidro. Assim, as peças projectadas convertem-se numa alegoria aos próprios abrigos através dos quais se alcança a luz do dia, a luz da vida. Em conclusão, toda a intervenção está pejada de sinais do local numa intenção de a vincular ao contexto físico e cultural dentro do máximo respeito pelo existente e do mais estrito rigor.
En el pabellón, la luz natural se introduce a través de las paredes de vidrio y de un lucernario que corona la cubierta. La luz resbala por el muro que nace de los refugios hasta perderse en la profundidad de las galerías, haciendo referencia a las bocas originales que siempre estaban abiertas y absorbían la luz exterior. Desde el interior del edificio se consigue una visión panóptica de todo el entorno contribuyendo así a su integración en el lugar. Merece especial mención, la localización de los restos de la antigua Puerta de Pechina, de época árabe, bajo el suelo del pabellón. De esta forma, el edificio aparece como un gran cofre que alberga en su interior dos grandes tesoros, los refugios y los restos de la puerta musulmana, convirtiéndose así en la entrada, no solo de los refugios sino de una parte fundamental de la historia de la ciudad: la Almería Islámica. Por último, en la salida destacan dos elementos de geometría pura y elemental que alojan el ascensor y la escalera de forma independiente. Al salir de las galerías subterráneas se percibe la luz a través de los propios refugios grabados en el vidrio. De esta forma las piezas proyectadas se convierten en una alegoría de los propios refugios a través de los cuales se alcanza la luz del día, la luz de la vida. En definitiva, toda la actuación está plagada de guiños al lugar en un intento de vincular la actuación al contexto físico y cultural, dentro del máximo respeto a lo existente y del más estricto rigor.
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< Planta e corte
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> Planta localização
Planta localización
da saída
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de salida
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< Alçado Norte
Alzado Norte
e Planta | entrada
y Planta | entrada
> Planta localização |
Planta localización
entrada
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| entrada
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< Pormenor de lucernรกrio > Pormenor de quiosque
Detalle de lucernรกrio Detalle de kiosco
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