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EDITORIAL Dadá Maravilha, Reinaldo, Gérson, Marques, Diego Tardelli. A camisa 9 do Atlético já vestiu grandes jogadores. Se tem algo que não falta nesta edição da Camisa 13 é saudosismo. Desta vez você vai conferir um levantamento sobre os principais camisas 9 que passaram pelo Galo desde 1970. Ao longo das décadas o Atlético teve camisas 9 para todos os gostos e estilos. Teve quem fosse mais habilidoso, melhor finalizador com os pés, melhor cabeceador, mais tático, menos tático, e houve Reinaldo. O Rei é algo incomparável. Não foi somente um dos maiores atacantes do Galo, mas um dos maiores do mundo. Era um gênio! Assim como eu, quem nasceu nos anos 90 talvez se lembre do Valdir, mas certamente se recorda do Marques e do Guilherme. Dupla de ataque tão fenomenal que chegaram a jogar juntos na seleção brasileira. E o que falar de Diego Tardelli? Cracaço de bola! Enfim, se delicie com este levantamento e tenha seus momentos nostálgicos. Boa leitura!
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SUMÁRIO 4
O MELHOR 9 Veja o levantamento com os principais camisas 9 que atuaram no Atlético desde 1970
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FALAGALO Carol Castilho fez uma coluna falando sobre os principais camisas 9 do Atlético
REI, REI, REI Coluna do Roberto Marques sobre o maior atacante da história do Atlético
ERRATA Na terceira edição da Camisa 13 publicamos que o vídeo do Canal Trezze com maisvisualizações foi o pós-jogo da vitória do Atlético por 3 a 1 sobre o Cruzeiro. Erramos feio! O vídeo com o maior número de visualizações do Canal Trezze é o Prosa do Galo #24, com 9,4 mil visualizações. E falando neles, o Canal Trezze está de volta e com vídeo novo. Não deixe de conferir.
EDITOR CHEFE Stéfano Bruno PRODUÇÃO E EDIÇÃO Stéfano Bruno ARTES Stéfano Bruno CONTRIBUIRAM NESTA EDIÇÃO Carol Castillho Roberto Marques CONTATO revistadogalo@gmail.com Twitter: @RevistaDoGalo 3
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adá Maravilha, Reinaldo, Marques, Diego Tardelli. Ao longo da história o Atlético teve grandes jogadores utilizando a camisa de número 9. Nomes ficaram marcados por anos, décadas e até na história do clube. A Camisa 13 resolveu fazer um levantamento com os números dos principais jogadores que utilizaram o manto alvinegro com tal numeração. Antes de trazer os números, é válido ressaltar que abrimos uma exceção. Há anos em que o Atlético teve um jogador com maior habilidade utilizando o número 9 e um grande centroavante. Nestes casos levamos em consideração os dois atletas para o nosso levantamento. Antes de separar o nosso levantamento em cinco momentos, é válido ressaltar os números gerais. Em nossa pesquisa registramos 27 jogadores que, juntos, somam 1.501 gols. Em geral, a média de gols marcados por eles é de 0,48 por partida. Foram 51 hat-tricks, em 11 oportunidades um jogador fez quatro gols no mesmo jogo e por três vezes o artilheiro fez cinco gols na mesma partida. Década de 70 Resumimos a década de 70 a dois nomes. Reinaldo e Dadá Maravilha marcaram época e muitos gols. O primeiro a se destacar foi Dadá. Convocado para a Copa do Mundo de 1970, Dario tinha um faro de gols incrível e chegou a ter média de quase um gol por partida em 1974. Reinaldo não deixou por menos. Revelado em 1973, o atacante não é apenas o maior camisa 9 da história do Atlético, mas também um dos maiores do futebol brasileiro. Em números gerais, Reinaldo e Dadá marcaram, juntos 290 gols na década de 70.
Um dos 144 gols marcados pelo Dadá Maravilha na década de 70 deu ao Atlético o título de campeão brasileiro em 1971 (Foto: Reprodução/Atlético)
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Se em 1974 o Dadá marcou 31 gols em 32 jogos disputados, em 1977 Reinaldo não deixou por menos e marcou 42 gols em 48 partidas. Neste ano, o Rei, como o craque ficou conhecido, marcou 28 gols em 18 jogos do Campeonato Brasileiro. A média de 1,55 gol por duelo é até hoje a maior de uma edição do Brasileirão. Década de 80 Até meados da década de 80 o Atlético ainda teve em campo a genialidade do Reinaldo. De 1980 a 1985 o Rei entrou em campo 251 vezes e marcou 109 gols. A dor das lesões já incomodava o atacante e o Atlético começava uma missão duríssima: encontrar um substituto para o camisa 9. Contratado juntamente ao Guarani, em 1984, Everton foi o primeiro candidato a substituir o Reinaldo. O atacante ficou no Atlético até 1987, sendo 1986 o seu melhor ano. Nesta temporada o jogador fez 47 jogos e marcou 26 gols, com média de 0,55 gol por jogo. Em 1986, aliás, o Atlético contratou junto ao Santos o centroavante Nunes, que teve grande destaque no Flamengo no início dos anos 80. E ele não decepcionou. O "artilheiro das decisões", como era chamado, marcou 39 gols em 58 jogos disputados pelo Galo. A média de 0,67 gol por jogo foi a maior do decenário até 1989. Após testar Renato Morungaba como centroavante, em 1988 o Atlético contratou o centroavante Gérson, que se destacava no Paulista. Em seu primeiro ano como titular o jogador marcou 46 gols em 53 jogos. A média de 0,87 gol por jogo foi a maior da década de 80. Os nomes levantados pela Camisa 13 fizeram, juntos, 96 gols na década de 80.
Com 255 gols, Reinaldo é o maior artilheiro da história do Atlético (Foto: Reprodução)
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Década de 90 Os anos 90 do Atlético começaram com Gérson vestindo a camisa 9 até 1991. Em duas temporadas o jogador marcou 44 gols em 90 jogos. Com a saída do atacante o Galo optou em dar oportunidade a um jovem das categorias de base. Com nome de craque, Reinaldo Rosa não teve muito destaque em sua primeira temporada. Em 1993 ele marcou oito gols em 30 jogos, e conviveu ao lado de Renaldo, contratado juntamente ao Atlético-PR. Este não conseguiu balançar as redes adversárias nas dez partidas que entrou em campo. Em 1994, porém, Reinaldo Rosa brilhou e marcou 27 gols em 52 jogos. Renaldo seguiu na sombra do jovem e marcou 10 gols em 28 jogos. O grande ano de Renaldo seria em 1995, quando Reinaldo foi negociado com o Anderlecht/BEL. Entre 1995 e 1996, Renaldo teve média de 32 gols marcados. Ao todo foram 64 gols em 119 jogos. Entretanto, 1997 estava logo ali e marcou a chegada de um dos maiores camisas 9 da história do Atlético. No dia 10 de julho de 1997, Marques estreou pelo Atlético. Embora com uma qualidade altíssima, o camisa 9 sempre foi mais garçom que artilheiro, mas quase sempre teve boa média de gols marcados. De 97 a 99 o atacante entrou em campo 104 vezes pelo Galo e marcou 44 gols. De 1997 e a 1999 o Atlético ainda contou com o artilheiro Valdir Bigode, como era conhecido. O atacante entrou em campo 77 vezes neste período, marcando 49 gols. O jogador tinha o faro do gol, mas quem ficou mesmo marcado na história do Galo foi Guilherme.
Marques e Guilherme formaram uma das duplas de ataque mais goleadoras da história do Atlético (Foto: Arquivo/EM/D.A Press)
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Guilherme estreou pelo Atlético em 1999 e deixou seu nome registrado como artilheiro do Campeonato Brasileiro daquele ano. De quebra o atacante ainda alcançou a maior média de gols da década de 90. O artilheiro fez 27 jogos e marcou 28 gols, todos pelo Brasileirão - média de 1,04 gol por jogo. Os nomes levantados pela Camisa 13 fizeram, somados, 299 gols na década de 90. Década de 2000 O fim da década de 2000 reserva ao Atlético nomes que deixaram pouca saudade e até são lembrados pelos torcedores de forma pejorativa. Catanha, Jales, Galvão, Pedro Oldoni, Júlio César, Tripodí, Castillo, entre outros, não demonstraram grande futebol e consequentemente não têm números esplendorosos com a camisa alvinegra. Em contrapartida, a década de 2000 é a que os camisas 9 do Atlético que aparecem em nosso levantamento marcaram o maior número de gols. Foram 335 gols marcados pelos atacantes que passaram pelo clube. A crescente de gols anotados ao longo das décadas talvez se dê pelo aumento do número de partidas do clube. Marques e Guilherme marcaram época no Atlético até 2002. Juntos eles fizeram 135 gols neste período. Guilherme ainda atuou em 2003 no Galo, quando balançou as redes 28 vezes em 42 jogos. A média de 0,67 gol por duelo foi maior até 2009.
Diego Tardelli é um dos grandes atacantes que atuaram no Atlético na década atual (Foto: Bruno Cantini/Atlético)
Fábio Júnior, Alex Mineiro, Marinho, Vanderlei, Galvão, Eduardo, Castillo. De 2004 a 2008 a camisa 9 do Atlético vivenciou momentos de poucas glórias. Os atacantes citados marcaram 93 gols neste período – média de 18,6 gols por ano. Entretanto, neste lapso somente dois jogadores tiveram marca superior a esta média: Alex Mineiro, em 2004, quando fez 26 gols em 67 partidas, e Marinho, em 2006, quando anotou 21 gols em 35 jogos. Em 2009 Diego Tardelli chegou ao Atlético para resgatar a tradição de grandes camisas 9
9 no clube. Em sua primeira temporada coma a camisa alvinegra ele repetiu os feitos de Guilherme, em 1999, sendo artilheiro do Campeonato Brasileiro e alcançando a maior média de gols da década. Tardelli balançou as redes adversárias 42 vezes em 55 jogos, uma média de 0,76 gol por jogo. Década de 2010 De janeiro de 2010 a junho de 2018 os camisas 9 do Atlético registraram 281 gols e não seria arriscado dizer que certamente esta década será encerrada com o número de gols marcados superior aos decênios de 70, 80 e 90. A dúvida é se o total vai superar o decenário de 2000. Entre idas e vindas, Diego Tardelli é o principal artilheiro do Atlético na década atual. São 163 jogos de 2010 a 2014, com 67 gols marcados. O atual decenário do Atlético conta com jogadores que, se não vestiram o número 9, desempenharam muito bem a função. É o caso do Jô, que utilizou o número 32 e posteriormente o 7. Em 127 jogos pelo Galo, o centroavante anotou 39 gols. Lucas Pratto e Fred foram outros que tiveram destaque. Curiosamente eles têm o mesmo número de gols marcados pelo Atlético: 42. A diferença está no número de jogos. Pratto entrou em campo 104 vezes pelo Galo, enquanto Fred tem 83 atuações. Considerando os jogadores que fizeram mais de 30 jogos na temporada, até então quem tem a melhor média de gols em um mesmo ano nesta década é o Obina. Em 2010 o centroavante que utilizava o número 27 fez 39 gols e marcou 27 gols, alcançando a média de 0,69 gol por partida. Certamente os números seriam maiores não fosse uma fratura na perna que tirou o atacante de campo em boa parte da temporada. Hat-tricks, poker-trick... Em uma mesma temporada, Gérson foi o jogador que mais fez hat-tricks pelo Atlético. Foram cinco em 1989, além de ter feito cinco gols em um jogo naquele ano. Ao longo da sua passagem pelo Galo o centroavante fez sete hat-tricks. Gérson, porém, não é o jogador com o maior número de hat-tricks pelo Atlético. Considerando desde 1970, Reinaldo aparece no topo desta lista. Em oito oportunidades o craque fez três gols no mesmo jogo. Com seis hat-tricks, Guilherme, que formou dupla de ataque com Marques, aparece em terceiro lugar. Chamado de poker-trick em alguns locais, fazer quatro gols no mesmo jogo é um feito para poucos. De 1970 a 2018 somente sete jogadores conseguiram a marca: Dadá Maravilha, por quatro vezes, Gérson, duas vezes, Reinaldo Rosa, Valdir, Guilherme, André (em amistoso na China) e Fred, uma vez cada. E cinco gols na mesma partida? A façanha é ainda mais rara. Reinaldo, Gérson e Obina, uma vez cada, foram os únicos que conseguiram tal marca desde 1970.
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O peso de ser um camisa 9 é ter a sensação de ir do céu ao inferno em poucas horas. Não é qualquer um que consegue essa proeza. Para ser um 9 tem que ter traquejo, estrela, faro de gol, e se o gol não sai rapidamente a titularidade é questionada. O camisa 9 de um time é aquele cara que faz o gol, comanda o ataque, tem um chute forte, bom cabeceio. A bola pintou dentro da área? É gol! Ao longo da história o Atlético ficou conhecido por uma tradição de apresentar ao Brasil camisas 9 de respeito. Confira as características de alguns dos grandes jogadores que passaram pelo Galo e utilizaram o simbólico número. Dadá Maravilha (1968/1972, 1974 e 1978/1979) Já dizia o poeta Dário “Não existe gol feio, feio é não fazer gol”. Autor do gol da conquista do Campeonato Brasileiro de 1971, Dadá não um jogador acima da média em termos de jogadas individuais, mas era um exímio finalizador. Jogos: 290 Gols: 211 Reinaldo (1973/1985) Foi um dos poucos que foi capaz de se aproximar da genialidade de Pelé. Com dribles desconcertantes, só parava a base de violência (isso justifica tantas lesões ao longo da carreira). Um gênio dentro de campo, Reinaldo é o maior artilheiro da história do Atlético. Jogos: 475 Gols: 255 Everton (1984/1986) Foi um jogador completo, além do faro de gol tinha uma boa marcação e preenchia todos os espaços do campo com muita qualidade. Jogos: 198 Gols: 92 Nunes (1986) Um jogador dedicado, disciplinado e artilheiro nato. Integrou a seleção brasileira na 13
Copa do mundo de 1978. Jogos: 58 Gols: 39 Gérson (1988/1991) Apelido dado carinhosamente pela torcida do Internacional, o atacante começou a demonstrar o faro de gols na Taça São Paulo de Futebol Júnior de 1984. Pelo Atlético o atacante foi o artilheiro do Campeonato Mineiro (1989) e da Copa do Brasil (1989 e 1990). Jogos: 149 Gols: 92 Aílton (1987/1993) Revelado pelo mestre Telê Santana, Aílton iniciou a carreira nas categorias de base do Atlético. Foram quase seis anos atuando pelo clube e quatro títulos conquistados: três Campeonatos Mineiros e uma Copa Conmebol. Jogos: 264 Gols: 63 Reinaldo Rosa (1993/1995 e 1998) Foi revelado nas categorias de bases do Atlético. Comparado com o Ronaldo Fenômeno, o atacante disputou a artilharia do Campeonato Brasileiro de 1994. Jogos: 116 Gols: 53
Marques e Valdir formaram excelente dupla de ataque de 1997 a 1999. Juntos foram campeões da Copa Conmebol de 97 (Foto: Arquivo/Estado de Minas)
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Valdir (1997/1999 e 2000) Fã do Bebeto, Valdir era artilheiro nato. Decisivo, o atacante foi peça importante no título da Copa Conmebol de 1997, torneio em que foi o artilheiro com sete gols. Jogos: 111 Gols: 57 Marques (1997/2002, 2005/2006 e 2008/2010) Um dos maiores ídolos da história do Atlético, com dribles curtos e muita agilidade o atacante ficou marcado por deixar sempre os companheiros na cara do gol, mas quando tinha a chance de deixar a sua marca o Marques não desperdiçava. Não à toa é o nono maior artilheiro da história do clube. Jogos: 386 Gols: 133 Guilherme (1999/2002 e 2003) Artilheiro nato, Guilherme formou memorável dupla de ataque com o Marques. Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 1999 com 28 gols marcados em 27 jogos disputados, o atacante é sétimo maior artilheiro da história do Atlético. Jogos: 205 Gols: 139 Salve-se quem puder Os anos 2000 não reservaram ao Atlético uma variedade de bons camisas 9. Poucos que atuaram no clube entre 2000 e 2009 fixaram sua marca de forma positiva na mente dos torcedores. Para alguns, somente Marques e Diego Tardelli foram capazes de tal feito.
Fábio Júnior passou pelo Atlético em 2003 e 2005 e alcançou a média 0,46 gol por partida (Foto: Reprodução/Site Oficial do Atlético)
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Há ainda jogadores que ficaram marcados entre os torcedores de forma pejorativa devido a pouca expressividade alcançada em campo. Abaixo deixamos os números de alguns camisas 9 que passaram pelo Atlético entre 2003 e 2008. Fábio Junior (2003 e 2005) Jogos: 65 Gols: 30 Alex Mineiro (2004) Jogos: 67 Gols: 26 Galvão (2006/2007) Jogos: 54 Gols: 11 Eduardo (2007/2008) Jogos: 36 Gols: 10 Castillo (2008) Jogos: 22 Gols: 3 A redenção Por alguns anos o Atlético sofreu com problemas internos, financeiros e administrativos e aos poucos o clube conseguiu se reerguer. A redenção do clube trouxe de volta a marca de bons camisas 9 do clube. Diego Tardelli (2009/2011 e 2013/2015) Revelado nas categorias de base do São Paulo, Diego Tardelli chegou ao clube em 2009. Com boa movimentação dentro de campo, versatilidade e faro de artilheiro, não demorou a se tornar referência no ataque alvinegro. Após se transferir para exterior em 2011, Tardelli retornou em 2013 para conquistar a Copa Libertadores daquele ano e a Copa do Brasil de 2014. Jogos: 219 Gols: 110 Obina (2010) Contratação da “Era Kalil”, Obina chegou ao Atlético em 2010. Após marcar 12 gols em 12 jogos, o atacante fraturou a perna na partida contra a Chapecoense, pela Copa do Brasil, e passou boa parte da temporada se recuperando da contusão. Jogos:39 16
Gols: 27 Magno Alves (2011) Artilheiro por onde passou, Magno Alves iniciou bem a sua trajetória pelo Atlético, mas entrou em litígio com parte da torcida após um gol perdido na final do Campeonato Mineiro. Jogos: 51 Gols: 18 André (2011/2012 e 2014/2015) Amor e ódio. Assim podemos definir a passagem de André pelo Atlético. Após chegar ao clube com grande expectativa e ser artilheiro do Campeonato Mineiro de 2012, o atacante perdeu espaço no clube com a chegada do Jô. Jogos: 81 Gols: 32 Jô (2012/2015) Com um faro de gol típico de um camisa 9, Jô sempre teve bom posicionamento e fazia muito bem o pivô na frente. Autor de um dos gols da final da Copa Libertadores de 2013, o atacante ainda foi o artilheiro da competição, com sete gols marcados. Jogos: 127 Gols: 39 Lucas Pratto (2015/2017) Com muita entrega em campo e gols, o argentino não demorou a cair nas graças da torcida. Lucas Pratto é o estrangeiro com o maior número de gols marcados na história do Atlético. Jogos: 107 Gols: 42
Embora tenha atuado somente um ano no Atlético, foi o suficiente para o Obina ficar marcado de forma positiva entre os torcedores (André Fossati/O Tempo/AE)
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Fred (2016/2017) Fred sempre foi um jogador que estava no lugar certo e na hora certa. Raramente o atacante perdia um gol. Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2016, Fred viveu altos e baixos em 2017, mas mesmo assim foi o goleador máximo do Atlético na temporada, com 30 gols. Jogos: 83 Gols: 42 Ricardo Oliveira (atualmente) Com o preparo físico de um garoto da base, mesmo aos 38 anos Ricardo Oliveira demonstra um fôlego invejável. A experiência e o faro de gols fazem do atacante o artilheiro do Atlético na temporada até o momento. Jogos: 32 Gols: 15
Até então, Ricardo Oliveira é o artilheiro do Atlético em 2018, com 15 gols marcados (Bruno Cantini/Atlético)
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Recomendação: antes de iniciar esta deliciosa leitura do texto escrito por Roberto Marques (@rmarques13), colunista do Camisa Doze e do FalaGalo, recomendamos abrir o YouTube e dar o play em Yesterday, clássico dos Beatles, uma das maiores bandas de todos os tempos. Mais uma vez eu vejo um Mineirão cheio Vejo uma massa a cantar Rei...Rei...Rei Olho para meu filho e lembro do Pássaro Negro de Ponte Nova Essas coisas não acontecem mais Mas eu sou muito Yesterday Eu lembro de não existir e meu pai te chamar de Rei... Recordo de um drible curto, uma leveza Lembro de fígado com jiló e arroz com pequi É Reinaldo, é domingo, é Let It Be Nas noites atleticanas vejo um povo a sorrir É um pássaro alvinegro, um sorriso aberto de quem faz uma Massa sorrir Não se pode viver sem música Quem viu Reinaldo conhece mais de meniscos do que de si Nos domingos de sol vejo um povo a sorrir Permita-me, Senhor, as histórias Não deixe que falte o som da torcida Não deixe que as fitas de vídeo se findem Em tempos de camisas estrangeiras Grato ao Youtube, por ver Reinaldo embalado em memórias Permita que eu não esqueça das bandeiras tremulando Que não apague da minha face uma corrida peculiar com short curto em direção à geral Que eu consiga me lembrar dos recados e não desconhecer as fotografias guardadas em caixas de sapatos Ahhh... A camisa 9 dos punhos erguidos e do sorriso aberto usada em dias de glória Que o "Alzheimer" não nos deixe babando.
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Estejamos livres a amar o novo lembrando de ontem Buscando nas raízes os motivos por estarmos aqui Que consigamos ser sofisticados com o simples, como Reinaldo Um leve movimento e já não há zagueiros ali Livrai-nos do "Alzheimer", amém. Mais uma vez eu vejo um Mineirão cheio Vejo uma massa a cantar Rei...Rei...Rei Mas eu sou muito Yesterday Eu acredito no ontem Domingo é Silvio Santos, mas só depois do Rei Quero viver acreditando Eu quero a leveza do simples Não quero esquecer dos beijos da minha amada, nem de nada Quero ver Reinaldo driblando como se estivesse pintando Vou viver amando e que não seja babando. Eu acredito no ontem Nós vimos as bandeiras se soprando felizes ao Rei O mundo é um barulhar de Galo Obrigado, Reinaldo! Livrai-nos do Alzheimer, amém!
Foto: Divulgação/Reinaldo)
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