"Campeão Digital" - 08/05/2020

VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

VER PÁGINA 17

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 16:00 / 17:00 HORAS Ŷ EDIÇÃO DIGITAL COM 18 PÁGINAS SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020

»» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

Ź FOI HÁ 50 ANOS E TEVE BALAS REAIS

A ESQUECIDA REPRESSÃO ESTUDANTIL PÁGINAS 2 e 3

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Diana Baptista, Sónia Pereira, Nádia Moura, Luís Carlos Melo

DESIGN GRÁFICO Jorge Capelo

2

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

A esquecida repressão estudantil de

9 DE MAIO 1970

- registo histórico C

inquenta anos depois, e num período em que a Humanidade vive um período inédito de pandemia e confinamento, pode parecer estranho um exercício de memória e de registo histórico de factos acontecidos há meio século, tanto mais que as principais comemorações da crise estudantil de 69 se realizaram no ano que findou.

Mas, fazendo um balanço dos artigos, livros, entrevistas, documentários e programas da TV dedicados à Crise estudantil de 69, em Coimbra, a manifestação de 9 de Maio de 1970 continua dolosamente esquecida.

Esse apagamento corresponde a uma enviesada narrativa que dá por terminada a luta no final do ano de 69 ou, no máximo, em Abril de 1970 com a polémica audiência dos estudantes castigados com o Presidente Américo Tomaz, que levou ao levantamento dos castigos e à saída da tropa dos estudantes mobilizados. É isso que acontece em livros como, ”Grandes Planos – Oposição Estudantil à Ditadura 1956-1974”, de Gabriela Lourenço, Jorge Costa e Paulo Pena (2001), “Coimbra 1969 – A crise académica, o debate das ideias e a prática, ontem e hoje” de Celso Cruzeiro (2010), “Abril antes de Abril - A crise universitária de

Coimbra de 1969”, de Rui Namorado (2016) ou “Peço a Palavra” de Alberto Martins.

Ora tal não corresponde à verdade. A Crise não acabou quando os dirigentes de 69 (tendência CR – Conselho de Repúblicas), se ausentaram de Coimbra ou perderam influência, nem sequer teve significativas interrupções.

De facto, os últimos meses de 69 e primeiros anos da década de 70 não se caracterizaram pela abdicação ou silêncio de uma academia passiva e conformada com o fecho da AAC (em Agosto de 69) e viúva dos dirigentes afastados ou na tropa.

Pelo contrário, foram meses e anos de continuação da luta contra o regime, pejados de manifestações, greves e uma repressão que, em muitos casos, assumiu contornos muito mais violentos que no ano do arranque da Crise.

Na verdade, os últimos meses de 69 e o início de 70 foram ocupados no reforço de organização e a luta pela reabertura da AAC, e na resposta do movimento estudantil à tomada de posse do ministro Veiga Simão e do novo Reitor, Prof. Gouveia Monteiro (personalidade não afecta ao regime), com a sua presença numa Assembleia Magna, a reabertura da AAC e realização de novas eleições para os seus corpos directivos em Abril de 70 (precisa-

Também atingido pelas balas um vidro da AAC junto ao Teatro Gil Vicente (Foto da colecção de Alexandre Ramires)

JORGE SEABRA mente na altura em que alguns dirigentes de 69 dão por terminada a Crise).

BALAS FERIRAM ESTUDANTE Ao contrário da calmaria de muitas versões “oficiais”, a nova Direcção da AAC (António Remédios, o autor, Isabel Pinto, José Dias, Luís Ramos e Cabral Fernandes), mal teve tempo de respirar: A 9 de Maio de 70, em resposta a uma provocação da ultraminoritária direita fascista estudantil (um espectáculo de uma “Oficina de Teatro dos Estudantes de Coimbra” – OTEC), mais de um milhar de estudantes manifestaram-se em frente do Teatro Gil Vicente e são reprimidos - pela primeira vez com balas reais -, deixando um estudante, Fernando Seiça, atingido à queima-roupa, em risco de vida, e as paredes e vidros da Associação cravejadas de impactos de balas, coisa até aí nunca vista.

A repressão desencadeou-se depois do reitor se ter dirigido ao Teatro Gil Vicente, seguido pelos estudantes, para suspender o espetáculo, o que acabou por acontecer entre protestos e insultos à sua pessoa - entre outros mimos chamaram-lhe “judeu” o que é bem significativo do tipo de espectadores presentes, entre os quais, algumas figuras gradas do regime.

Foi quando se consumava a saída desses “espectadores” que a polícia, formada junto à entrada do Teatro, desencadeou uma carga brutal contra os estudantes que se encontravam em frente ao teatro e na parte mais próxima da Praça da República.

O ar encheu-se com nuvens de gás lacrimogéneo, a que se seguiu o som repetido de tiros

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

3

Balas que atingiram as paredes da AAC (Foto da colecção de Alexandre Ramires)

(inicialmente percebidos como de balas de borracha até se perceberem os impactos nos muros), acompanhados de bastonadas e correrias dos estudantes que responderam com uma chuva de pedras (a Praça da República estava então a ser calcetada e havia pequenos montes de pedras ligados a esse trabalho).

BATALHA CAMPAL Após uma verdadeira batalha campal cheia de correrias, bastonadas e pedradas que ocupou toda a Praça da República e as ruas afluentes próximas da AAC, e após o conhecimento que um estudante fora gravemente atingido com um tiro, a manifestação foi-se dispersando para dar lugar a uma peregrinação de estudantes (e também do Reitor e de alguns professores) ao Hospital da Universidade a fim de terem notícias do estado do estudante ferido e darem sangue, como forma de lhe prestarem apoio.

No dia seguinte, domingo, enquanto se aguardava a informação sobre se o colega iria conseguir sobreviver (perdera o baço e um rim), a tensão vivida nas instalações da AAC tornou-se explosiva, ameaçando uma vaga de distúrbios caso se verificasse um desfecho fatal que felizmente não aconteceu.

Como reacção a esse dramático acontecimento, toda a agitação habitual dos momentos altos do Verão de 69 voltou à rua, com distribuição de comunicados à academia e à cidade, reunião repetida da Assembleia Mag-

na (com a presença constante de cerca de 3.500 estudantes) e greve às aulas, apoiando a exigências castigo dos responsáveis.

Bastaria pois a gravidade do que se passou a 9 de Maio de 70 para que tal acontecimento não fosse esquecido e riscado da História, como tem sido. Mas, a manifestação de Maio veio a condicionar ou servir de pretexto para muito do que se seguiu: um inquérito viciado que acabou por desculpabilizar a OTEC e as forças de repressão e culpar os estudantes, a não homologação da Direcção “depois de ouvido o Magnífico Reitor”, explicitação da mudança de campo de Gouveia Monteiro, acabando por se colocar, por omissão ou acção, do lado governamental, aceitando cargas da polícia dentro das Faculdades, que estavam sob a sua responsabilidade, e a prisão e tortura pela PIDE de estudantes durante o seu mandato.

Mas 1970 não terminou sem, em Novembro, se ter organizado nova eleição para os órgãos directivos da AAC, cumprindo o calendário estatutário.

A nova Direcção eleita, presidida por Carlos Fraião e a que autor também pertenceu, continuou, em 71, o processo da luta pela homologação e pela reposição da normalidade da vida universitária, mantendo-se o luto académico e a suspensão da Queima das Fitas e de todas as festas estudantis.

Ao longo da primeira metade de 1971 a situação continuou a agravar-se, com assembleias, reuniões, manifestações, e greves às aulas, como reacção à não homologação de

alguns membros da nova Direcção, culminando com o cerco da AAC pela polícia e o seu novo encerramento.

INVESTIDA DA PIDE Nesse período assistiu-se a uma investida da PIDE de uma forma que não existiu em 69, onde as prisões ficaram a cargo da Polícia Judiciária. Dezenas de estudantes e dirigentes associativos foram encarcerados em Caxias, alguns dos quais, entre eles o autor, foram brutalmente torturados (tortura do sono e da estátua), e posteriormente julgados no Tribunal Plenário do Porto e absolvidos.

A violência da tortura levou a que um dos dirigentes estudantis fizesse uma séria tentativa de suicídio na prisão, tendo tragicamente acabado por o concretizar anos depois, ainda como sequela da tortura a que fora sujeito, somando-se assim às vítimas mortais não contabilizadas da ditadura.

Para os que viveram o período de 1970-72 que em alguns documentos da época foi referida como Crise de 71 (o que também não parece correcto porque se insere na continuidade das lutas de 69), continua, pois, a ser estranho o apagamento, na “narrativa oficial”, da manifestação de 9 de Maio e de toda a actividade de resistência e combate da Academia de Coimbra nos anos setenta, apesar dos picos de agressão e violência policial não observados antes.

4

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

Doações combatem necessidades dos HOSPITAIS DE COIMBRA A

s doações ao Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) têm suprimido as necessidades diárias desta estrutura hospitalar no período de pandemia da covid-19, confirmaram, hoje (07), responsáveis da unidade. “É um movimento de apoio social, individual e colectivo fantástico. A solidariedade do povo português é esmagadora e ainda nos consegue surpreender”, salientaram Marta Bronze e Zita Espírito Santo, do Gabinete de Coordenação das Doações, à agência Lusa.

Segundo Zita Espírito Santo, houve necessidade de o conselho de administração do CHUC criar este gabinete, que inicialmente englobava mais uma administradora hospitalar, porque “o envolvimento da sociedade civil foi de tal forma grande” que “choveram” doações de todas as áreas e regiões de Portugal, e até do estrangeiro, através dos emigrantes.

Desde 19 de março que o gabinete passou a receber doações de bens alimentares, equipamentos de protecção individual, bens pecuniários, produtos farmacêuticos, equipamentos

médico-cirúrgicos e informáticos, serviços e empréstimos, que são alvo de um registo criterioso de entrada.

“As pessoas quiseram doar bens que fossem úteis ao hospital e aos seus profissionais de saúde que estão a trabalhar com doentes covid-19”, salientaram as duas administradoras hospitalares, acrescentando que os profissionais “ajudam os bens a chegar ao sítio certo”.

O CHUC possui vários polos, pelo que “existe a preocupação de uma distribuição criteriosa”, sublinham Marta Bronze e Zita Espírito Santo.

Entre as ofertas, contam-se cabazes de Páscoa aos profissionais de saúde em serviço no Hospital Geral (Covões), ‘tablets’ para os doentes poderem contactar com os familiares, e serviços, como a desinfecção do interior das viaturas de quem está linha da frente contra a covid-19 e aumento do ‘plafond’ de Internet, bem como empréstimo de viaturas aos hospitais para prestarem cuidados médicos ou de enfermagem ao domicílio.

O gabinete também contabiliza as doações

das “costureirinhas” voluntárias que, em casa, produzem botas de protecção e cógulas para o CHUC, que disponibilizam o tecido, de acordo com as características técnicas divulgadas em dois vídeos produzidos para o efeito.

O CHUC tem contado, ainda, com a colaboração da Associação Académica de Coimbra que, durante este mês, promove a campanha “Dar Palmas à Acção”, para angariar fundos para apoiar a criação de um novo Serviço de Medicina Intensiva dedicado ao combate da covid-19.

O presidente do conselho de administração, Fernando Regateiro, destacou a “atenção e carinho com os que os doadores têm vindo a olhar para o CHUC, canalizando doações em volume muito significativo”. “É muito confortável e gera um sentimento de maior tranquilidade saber que, em determinadas áreas, nomeadamente de equipamentos de proteção, houve uma mobilização extraordinária da sociedade civil e instituições que, sem serem solicitadas, de imediato nos contactavam”, sublinhou.

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

5

CORTE DE ELECTRICIDADE

num bairro de Santa Clara

A

EDP Distribuição-Energia avisa que no próximo domingo (dia 10), entre as 07h30 e as 11h00, irá proceder a um corte de electricidade no Bairro D. Manuel Bastos Pina, em Santa Clara, Coimbra.

A interrupção de energia eléctrica deve-se à necessidade de efectuar trabalhos de conservação e reparação de infraestruturas de rede para garantir a qualidade de serviço.

Segundo a EDP, devido a situações imprevistas, os trabalhos poder-se-ão prolongar até às 15h00 e durante a sua realização, por motivos de segurança e dado poder haver necessidade de proceder a ensaios ou ser feito o restabelecimento antecipado, as instalações deverão ser consideradas permanentemente em tensão.

6

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

A V O M O R P

AQUI

a sua empresa

FALE CONNOSCO. nós podemos ajudá-lo!

CONTACTE-NOS: 239 497 750 // 917 039 033 jornalcp.adelaidepinto@gmail.com

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

7

FESTIVAL RFM SOMNII

Andrea Bocelli e RFM SOMNII

ADIADOS PARA 2021 O

festival RFM SOMNII e o espectáculo de Andrea Bocelli foram adiados para o Verão de 2021, devido à pandemia de covid-19 e das mais recentes directrizes das autoridades para a realização de eventos de grande escala.

A MOT, promotora dos espectáculos garantiu que o RFM SOMNII vai manter, em 2021, o cartaz já anunciado para a edição deste ano, assim como o concerto de Andrea Bocelli continuará a ter a participação de Mariza, conforme previsto.

Tiago Castelo Branco, director executivo da MOT, entende que os sinais de contenção da pandemia em Portugal “não são suficientes para que consigamos restabelecer a confiança necessária para a promoção de grandes eventos, que levam à concentração de milhares de pessoas”, enfatizando que “a segurança e a saúde do público, das equipas, e dos artistas estão e estarão sempre em primeiro lugar”.

Na perspectiva do promotor, a decisão comunicada pelo Governo português “é sensata”, considerando que, “com esta determinação, os promotores passaram a ter a legitimidade e a segurança jurídica necessária para tomarem decisões invocando motivo de força maior”.

A organização adianta já novas datas para os eventos, com o RFM SOMNII a ser

remarcado para os dias 09, 10 e 11 de Julho e 2021 e o concerto de Andrea Bocelli para o dia 26 de Junho de 2021. Os bilhetes já adquiridos são válidos para o próximo ano.

Apesar dos adiamentos, a MOT irá promover um evento inédito e de entrada gratuita, com o total apoio da Câmara Municipal da Figueira da Foz, para o final do ano, caso as condições de segurança estejam garantidas.

Assim, nos dias 31 de Dezembro, 01 e 02 de Janeiro de 2021, será apresentada naquela cidade uma edição especial do RFM SOMNII, para comemorar a passagem de ano.

Para além destes, outros eventos de grande importância e dimensão não se vão realizar este ano na região, como é o caso da Expofacic, em Cantanhede, do festival Forte, em Montemor-o-Velho, as Festas do Bodo, em Pombal, e a Feira de São Mateus, em Soure.

ANDREA BOCELLI

8 Já há medidas para reabertura de SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020

»» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

RESTAURANTES E CAFÉS

2

s restaurantes e os cafés quando reabrirem este mês devem privilegiar o uso das esplanadas e o serviço ‘take away’ e devem incentivar o agendamento prévio, segundo uma orientação da Direcção-Geral da Saúde (DGS) hoje divulgada.

Na orientação, a DGS estabelece as várias medidas que os estabelecimentos de restauração e bebidas devem adotar quando reabrirem no dia 18 de Maio.

Entre as medidas a adoptar, a autoridade de saúde destaca a redução da capacidade máxima do estabelecimento, por forma a assegurar o distanciamento físico recomendado de dois metros entre as pessoas, privilegiando a utilização de áreas exteriores, como as esplanadas (sempre que possível) e o serviço take-away.

Segundo a DGS, “a disposição das mesas e das cadeiras deve garantir uma distância de, pelo menos, dois metros entre as pessoas, mas os coabitantes podem sentar-se frente-a-frente ou lado a lado, a uma distância inferior”.

As empresas devem impedir que os clientes modifiquem a orientação das mesas e das cadeiras, permitindo que os colaboradores o façam, mas sempre garantindo a distância necessária.

A DGS recomenda também que, sempre que possível e aplicável, seja promovido e incentivado o agendamento prévio para reserva de lugares.

Por outro lado, estão desaconselhados os lugares de pé, tal como as operações do tipo ‘self-service’, como ‘buffets’.

A limpeza e desinfecção dos espaços deve respeitar as orientações anteriormente emitidas pela DGS, sendo que os proprietários devem desinfectar, pelo menos seis vezes por dia, todas as zonas de contacto frequente (maçanetas de portas, torneiras de lavatórios, mesas, bancadas, cadeiras, corrimãos).

O mesmo deve ser feito com “os equipamentos críticos (tais como terminais de pagamento automático e ementas individuais”, após cada utilização.

A orientação estabelece também a necessidade de higienização das mãos com solução à base de álcool ou com água e sabão à entrada e à saída do estabelecimento por parte dos clientes, que devem respeitar a distância entre pessoas de, pelo menos, dois metros e cumprir as medidas de etiqueta respiratória.

Os clientes devem também considerar a utilização de máscara, excepto durante o

período de refeição, evitar tocar em superfícies e objectos desnecessários e dar preferência ao pagamento electrónico.

O documento estabelece também os procedimentos a adoptar pelos colaboradores dos estabelecimentos de restauração e bebidas, nomeadamente a utilização de máscara durante o período de trabalho com múltiplas pessoas.

A DGS lembra que “os estabelecimentos de restauração e bebidas, pelas suas características, podem ser locais de transmissão da infecção por SARS-CoV-2, quer por contacto directo e/ou indirecto”.

Por isso, defende, as medidas adicionais “devem ser tomadas para assegurar a minimização da transmissão da doença nestes contextos”.

Portugal entrou no passado domingo em situação de calamidade, depois de três períodos consecutivos em estado de emergência desde 19 de Março.

Esta nova fase de combate à covid-19 prevê o confinamento obrigatório para pessoas doentes e em vigilância activa, o dever geral de recolhimento domiciliário e o uso obrigatório de máscaras ou viseiras em transportes públicos, serviços de atendimento ao público, escolas e estabelecimentos comerciais.

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

9

MERCADO DA LOUSÃ reabre ao público amanhã O

Mercados Municipal da Lousã volta a reabrir ao público, amanhã (09), mas com “diversas medidas de segurança para operadores e munícipes”, revelou, hoje, a autarquia.

Segundo a Câmara Municipal, nesta reabertura haverá todos os cuidados para proteger clientes e comerciantes,

“como uma nova distribuição dos operadores/comerciantes, definição de circuito de circulação, obrigatoriedade do distanciamento social e uso de máscara e a definição de um número máximo de 30 visitantes em simultâneo, sendo também solicitado que os mesmos permaneçam na instalação o menor tempo possível”.

O controlo de entrada será realizado em permanência por trabalhadores do Município, sublinhando o Município que “nesta reabertura e tendo como objectivo apoiar os operadores que estiveram impedidos de exercer a sua actividade durante as últimas semanas, será cedido a cada comerciante um ‘kit’ de equipamentos de protecção individual”.

MERCADO MUNICIPAL DA LOUSÃ

Mercado de Góis recomeça após dois meses

COM VENDEDOR SOLITÁRIO O mercado de Góis voltará à normalidade na próxima terça-feira (12), após quase dois meses em que um vendedor solitário compareceu semanalmente no local do seu negócio.

Lurdes Castanheira, presidente do Município, explicou que a autarquia “não teve necessidade” de cancelar a realização do mercado, no âmbito das medidas de combate à pandemia da covid-19, já que “as pessoas deixaram de aparecer”.

Enquanto vigorou o estado de emergência, renovado duas vezes pelo Presidente da República, totalizando 45 dias, “os co-

merciantes e os utilizadores, eles próprios, foram deixando de aparecer” no local onde os feirantes costumam negociar em cada terça-feira.

Apenas um deles, um homem que vende árvores e espécies agrícolas para replantação, com as devidas precauções de protecção individual, continuou a apresentar-se, junto ao rio Ceira, uma vez por semana.

“Neste período, o mercado era todo dele”, contou a presidente da Câmara, confirmando o aumento da procura de plantas para a agricultura, nas últimas semanas.

Na segunda-feira (04), com a passagem

do estado de emergência a calamidade pública, “todos as portas do comércio de Góis se abriram”, excepto dos restaurantes, concedendo a esta vila do distrito de Coimbra um ambiente de “Fénix renascida”, acrescentou.

O atendimento presencial nos serviços municipais também será retomado na segunda-feira (11), ao abrigo de alterações ao plano de contingência da autarquia que a autarca deverá divulgar hoje, como as regras básicas de protecção individual, serviço por turnos e jornada contínua de seis horas.

10

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

LIGA CONTRA O CANCRO DO CENTRO

já angariou mais de 30 000 euros A

campanha de angariação de fundos - “Todos por Todos – Porque os doentes oncológicos vão precisar mais de si” - do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (NRC – LPCC) já conseguiu ultrapassar os 30 000 euros.

Segundo o Núcleo, “até ao momento já foram angariados 27 443,20€ em donativos pecuniários, e mais 3 000 em donativos em espécie, e distribuídos, na região Centro, 16 706 produtos”.

A campanha começou há cerca de um mês e era dirigida aos residentes na região Centro, tendo como principal objectivo “angariar fundos para a aquisição de bens alimentares, equipamentos hospitalares e de protecção individual, a serem entregues

a unidades hospitalares, centros de Saúde, lares e residências de idosos de toda a região, enquanto decorrer esta fase crítica”.

A Liga informa, ainda, que “logo que os aspectos logísticos estejam mais normalizados, a campanha visa ainda reforçar o apoio aos doentes oncológicos e suas famílias”.

Uma das grandes beneméritas desta iniciativa foi a empresa conimbricense “Pereira & Santos - Cash & Carry”, dando início aos contributos com 22 312 euros, sob o princípio da responsabilidade social empresarial.

Esta acção dá, ainda, continuidade ao plano estruturado que o Núcleo tem em curso, e cujo investimento orçamental ultrapassa os 200 000 euros de aquisição de materiais e bens.

Para fazer o seu contributo basta aceder à campanha através da hiperligação www.ligacontracancro.pt/tpt e escolher o método pretendido de apoio.

O Núcleo do Centro da Liga aceita donativos em numerário (por transferência bancária) ou em espécie (contactar, nesse caso, o 239 487 490 ou 918 539 741).

Diariamente na página da campanha é feita a atualização da informação das despesas efectuadas, dos donativos recebidos (em dinheiro e em espécie), bem como para que entidades foram distribuídos.

“Ao proteger os profissionais de saúde estamos a proteger os doentes oncológicos e seus familiares”, realça a LPCC.

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

11

MINISTRO DO AMBIENTE visitou obras no Baixo Mondego

-

oão Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Acção Climática, marcou presença, esta tarde, nas margens do Mondego, entre Coimbra e Montemor-o-Velho, para testemunhar as obras de aproveitamento hidráulico que já decorrem naquela área, algumas já concluídas.

O plano “Mondego mais Seguro” contempla intervenções orçadas em 35 milhões de euros e que decorrerão a partir deste ano e até 2023, “até cinco anos, no máximo”, garantiu o ministro do Ambiente.

O ponto de partida da visita foi o Açude-Ponte, onde o governante testemunhou uma obra já concluída, e que foi urgente, uma vez que surgiu após as cheias de Dezembro do ano passado. Esse conjunto de obras centram-se, essencialmente, na reposição das infraestruturas do aproveitamento hidráulico do Mondego, financiadas em mais de 12 milhões de euros pelo Fundo Ambiental, estando algumas já concluí-

das e outras “em funcionamento para aquilo que é o seu objectivo principal”, referiu Matos Fernandes.

“Esta é a prova de que Portugal não parou durante este tempo de pandemia e que as obras públicas continuaram a ser feitas.

Tínhamos um compromisso, que era ter para a campanha de rega, que se iniciava em final de Abril / início de Maio, as estruturas a funcionar e, de facto, estão todas a trabalhar”, notou o governante.

Assim, já se procedeu à execução de aterros nas roturas das estruturas de protecção de cheias e à reparação do canal condutor geral no Choupal, permitindo repor o sistema de abastecimento de água para rega dos campos do Baixo Mondego.

O ministro do Ambiente seguiu, depois, para Santo Varão (em Montemor-o-Velho), onde testemunhou a obra em curso de reconstrução do dique e canal condutor geral na margem direita, no leito central do rio,

na zona da rotura; os trabalhos de reparação e reconstrução, já concluídos, do troço do canal condutor geral junto à ponte de Formoselha/ estação elevatória de Santo Varão; o aterro de fecho da rotura do dique do leito periférico direito no Poço da Cal. “A parte mais urgente está cumprida e estão agora a concurso cerca de oito milhões de euros de obras, nomeadamente, para a regularização do rio Arunca, um projecto de há muitos anos; e outros que estão em curso, alguns que requerem revisão do projecto, como a regularização do Ega, em Alfarelos - cujo projecto já tem décadas e hoje não faz sentido ser tão artificializado”, revelou João Pedro Matos Fernandes.

Quanto à intervenção no rio Ceira, a montante do Açude-Ponte, o ministro adiantou que o projecto “já foi contratado, no valor de seis milhões de euros, está a ser liderado pela Universidade do Porto e espera-se que comece no final deste ano ou início de 2021”.

12

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

Rede de Postos de Vigia

para combate a INCÊNDIOS foi activada

F

oram ontem (07) activados os primeiros 77 Postos da Rede Nacional de Postos de Vigia, coordenada pela Guarda Nacional Republicana e integrada no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais de 2020, no âmbito da Vigilância e Detecção.

Estes 77 postos constituem a Rede Primária, que estará activa até ao dia 6 de Novembro e para a qual foram contratados mais de 300 operadores de vigilância, que asseguram o seu funcionamento 24 horas por dia.

?

A Rede Secundária, constituída por 153 postos de vigia, estará activa de 29 de Junho até 15 de Outubro.

Este ano foi feito um balanceamento de cinco postos de vigia da Rede Secundária para a Rede Primária, permitindo uma cobertura mais completa e eficaz do território nacional, nomeadamente nos distritos de Vila Real, Castelo Branco e Aveiro.

No total, a rede será composta por 230 postos de vigia, com 920 operadores.

A actividade da Rede Nacional de Postos de Vigia na área da vigilância e detecção de incêndios rurais nascentes permite uma intervenção dos meios de combate de forma mais célere e precisa. Para além do alerta às entidades responsáveis pelo combate, a Rede contribui ainda para a georreferenciação da ocorrência, através do processo de triangulação e da produção de informação complementar útil de apoio à decisão operacional.

publicite ON-LINE 239 497 750

campeaojornal@gmail.com

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

13

Câmara isenta comércio de Coimbra de

TAXAS ATÉ AO FIM DO ANO N

o sentido de tentar minimizar os efeitos da pandemia de covid-19 no comércio do concelho, a Câmara Municipal de Coimbra decidiu isentar, até final do ano, as taxas de ocupação do espaço público e de publicidade.

Exceptua-se, neste caso, as instituições bancárias, de crédito e seguradoras.

Esta é uma medida “de apoio à actividade económica perante os impactos negativos da pandemia da covid-19, que já teve efeitos aos meses de Abril, Maio e Junho, sendo agora prorrogada por mais seis meses, até ao final do ano económico em curso”, revela a autarquia.

Com esta medida, o Município estima que irá proporcionar aos comerciantes do concelho uma poupança global superior a 100 000 euros, o que representa para a Câmara uma perda de receita considerável, mas que pode ser suportada pela boa gestão das finanças municipais.

“Estas isenções não abrangem a taxa inicial nem afastam a obrigatoriedade de os interessados requererem as licenças e autorizações

necessárias e de efectuarem as meras comunicações prévias devidas”, refere a informação técnica que vai ser analisada na próxima reunião do executivo municipal, que se realiza na segunda-feira (11).

“A fiscalização sucessiva das meras comunicações, autorizações e de ocupação do espaço público mantêm-se, nos termos das competências do Município e das demais entidades competentes”, refere ainda a informação.

Sendo que o comércio tem sido um dos sectores mais afectados pelas medidas de confinamento impostas pelo estado de emergência e de calamidade, desde o início de Abril que o Município de Coimbra determinou várias medidas de apoio ao sector.

Em particular, logo no dia 01 desse mês, o Executivo apresentou um pacote de 22 medidas municipais de emergência para apoiar as famílias, as associações e as empresas.

Apoios que se encontravam “em permanente avaliação, em função das necessidades e da evolução de todo este complexo processo”, sublinhou, na altura, o presidente da Câmara, Manuel Machado.

Para além destas medidas agora perpetuadas até final do ano, a Câmara de Coimbra também isentou de pagamento das tarifas fixas de água e saneamento às empresas de comércio, indústria e serviços; a suspensão da cobrança das rendas relativas aos meses de Abril, Maio e Junho, devidas pelos estabelecimentos comerciais instalados em edifícios/espaços municipais que se encontrem arrendados e/ou concessionados, encerrados por imposição das regras do estado de emergência e disponibilização do Gabinete Municipal de Apoio ao Investidor que, em articulação com o IAPMEI, presta informação sobre os procedimentos necessários para acesso aos programas de incentivos e medidas de recuperação económica para salvaguarda dos postos de trabalho.

O presidente da Câmara Manuel Machado, e as duas vereadoras, Carina Gomes e Regina Bento, reuniram-se, a este propósito, nos Paços do Município, com a presidente da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), Assunção Ataíde, para colher contributos e apresentar esta e outras medidas de apoio aos comerciantes.

14

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

ACOMPANHE O PULSAR DA REGIÃO NO RÁDIO DO SEU CARRO SINTONIZADO EM 99.3 FM OU WWW.RADIOSOBERANIA.PT ) OU NA APLICAÇÃO PARA TELEMÓVEL (DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD EM

Ao anunciar a sua empresa nesta Rádio os produtos que fabrica e / ou os serviços que presta, bastam 20 segundos para que milhares e milhares de pessoas conheçam o seu trabalho e o contributo que dá à Região e ao nosso País!

234 602 133

radiosoberaniafm993@gmail.com

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

15

VINAGRETAS COVÕES EM FOTO OFICIAL DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

3

ara mostrar o combate ao covid-19, o Ministério da Saúde usou uma fotografia do cirurgião Carlos Eduardo Costa de Almeida, que este médico publicou em Março, no Linkedin, sobre o facto de o Hospital dos Covões (na primeira imagem) ser o epicentro do combate à epidemia, em Coimbra, precisamente o local que tem sido despido de recursos e que muitos pretendem fechar. Pena que em relação ao Hospital dos Covões (CHUC-HG) o Ministério da Saúde não demonstre a mesma preocupação quanto ao seu futuro e espera-se que, agora, saibam de onde vem esta imagem inspiradora e que demonstra o óptimo trabalho que se realiza diariamente no Hospital dos Covões (CHUC-HG).

QUEM FOI AO AR…NÃO PERDEU O LUGAR

4

uando o estacionamento é escasso e a falta de civismo também, recorre-se ao que há para não perder o lugar. Numa zona residencial onde os locais para estacionar são poucos para a quantidade de moradores e seus veículos é o “salve-se quem puder”. E como em altura de vírus ninguém mete a mão em baldes de tinta alheios, o “chico esperto” está safo. Esperemos que, tendo em conta o facto de este ser um estacionamento na via pública, os ocupantes paguem a devida verba à Câmara Municipal pela apropriação do espaço.

16

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

VINAGRETAS ALGUÉM DIS

“A

Festa do Avante! não é um simples festival de música, é uma grande realização político-cultural que se realiza desde 1976, muitos anos antes da existência daquele tipo de festivais.

Como se entenderá uma posição mais detalhada será tomada no conhecimento concreto da disposição legal que venha a ser adoptada.

Nota de esclarecimento do PCP

”

“N

SE QUE...

ão, não há um problema com a comunidade cigana em Portugal. Agora o senhor deputado [André Ventura] é que tem um problema, é que já foi de trivela.

”

António Costa, numa referência à resposta do jogador de futebol Ricardo Quaresma, cuja trivela (jogar a bola com a parte de fora do pé) é a sua ‘imagem de marca’

“N

ão existe qualquer incompatibilidade ou impedimento no exercício cumulativo, pela senhora deputada Cláudia Santos, do mandato de deputada com a titularidade do cargo de presidente do CD da FPF.

”

Parecer aprovado na Comissão de Transparência e Estatuto dos Deputados com os votos a favor de PS, PSD, CDS-PP, CDU e Bloco de Esquerda e o voto contra do PAN

“T

odos sabemos que um dos problemas da sociedade portuguesa é o excesso de promiscuidade entre a política e o futebol, havendo mesmo quem questione se existe uma separação entre os dois mundos.

Deputado André Silva (PAN)

“H

oje ouvimos a versão poética. Haja o que houver a TAP voará com as cores nacionais? Isto está na fronteira do populismo”, criticou, ironizando que Portugal “deve ter pena” de países como o Estados Unidos, a Bélgica ou a Suíça, sem companhias aéreas nacionais.

”

João Cotrim Figueiredo, Iniciativa Liberal

”

“F

izemos notar que a posição que o Bloco de Esquerda tem defendido é a de desempenho do mandato de deputado em exclusividade, algo que não tem sido aceite por outras bancadas.

Acresce que esta situação expõe uma clara promiscuidade entre política e futebol, algo que também entra em questões éticas.

Nesse âmbito, consideramos que a deputada não devia aceitar as funções em acumulação com o cargo de deputada.

Declaração do BE

”

“A

creditamos neste hospital que devia existir uma especialidade no nosso país que ainda não existe - e somos um dos únicos da UE que a não tem - que é a especialidade de medicina de urgência. Em termos europeus esta especialidade está perfeitamente definida e contempla também a resposta em catástrofes.

Nelson Pereira, Médico do Serviço de Urgência do Hospital de São João, no Porto

”

VIROSE HUMORÍSTICA

'

entro da desgraça há sempre alguém que resiste, que procura animar os mais circunspectos. O coronavírus tem sido pretexto para tiradas cheias de imaginação e que nos fazem sorrir.

Aliado às palavras há também as imagens que nos reforçam o contexto.

17 TODAS AS SEXTAS-FEIRAS NO SEU CAMPEÃO DIGITAL

2003

[PUBLICADO EM 06/11/2003] P E R F I L

As paixões de Andrade Nome José Carlos Vieira de Andrade Berço Coimbra 3UR¿VVmR Professor ÈUHDV IRUWHV Finanças locais e Defesa 'HIHLWR Discrição 6LJQR Gémeos | Rita Basílio

“Q

ue me lembre, o máximo de exposição pública a que estive sujeito foi quando disse duas palavrinhas no tempo de antena da campanha eleitoral, quando nos anos 80 colaborei com o CDS”. José Carlos Vieira de Andrade não cultiva a memória.

Mas a frase do catedrático de Direito transpira rigor.

Avesso a protagonismos, instrui-se de tal modo na discrição que é preciso bombardeá-lo com questões para que, a conta-gotas, recupere do passado alguns dos capítulos da sua história pessoal. “Não por falsa modéstia”, esclarece um ou outro colega de profissão. “É, essencialmente, um homem pragmático”.

Nasceu em Coimbra, em 1949. Cursou Direito na Universidade local e nela iniciou uma carreira de docente, que sempre lhe roubou mais apreço do que os apelos lançados pelo mundo para lá da Porta Férrea. Mas o destino, literalmente o destino, tratando-se de um homem com pouca vocação para “traçar planos de longa data”, quis que multiplicasse experiências. Mesmo no campo político. À boleia do trabalho desenvolvido na Comissão de Coordenação da Região Centro, iniciado pouco depois de receber o convite para assistente, e logo que o então presidente da instituição – Manuel Porto – canalizou o estagiário para o trabalho no terreno, acabou sentado a uma secretária do Ministério da Administração Interna.

Missão: fazer mexidas na Lei, juntamente com uma equipa de promissores e de mestres juristas.

A Lei das Finanças Locais, criada em 1979, impunha um novo quadro legal de funcionamento das autarquias e Vieira de Andrade foi instado a aplicar o génio criador – que lhe valera um 18 como média final de curso – na suada tarefa. Daí até receber o convite para colaborar como jurista no V Governo Constitucional, liderado por Maria de Lurdes Pintassilgo, foi um abrir e fechar de olhos. Numa Lisboa, ainda a muitas horas de distância do berço, tornou-se chefe de Gabinete do secretário de Estado do Ministério da Administração Interna.

Uma “aventura com regresso marcado”. O amor a Coimbra não o deixou trocá-la pelo ofício, mesmo tendo sido a ciência política a sua primeira área de interesse, cultivada durante as tertúlias que o animavam “definitivamente mais” do que os copos nos tempos de estudante. “Também”, observa, “ao contrário da maioria dos colegas, vivia com a família, com os pais!”

Ainda antes dos 100 dias do governo de Pintassilgo se esgotarem e de a Aliança Democrática subir ao poder, em Dezembro de 79, já o jovem jurista estava de volta à cidade, ao ensino e à investigação. Mas, por “ pura teimosia”, o fado da sua vida voltaria a empurrá-lo para as lides políticas. Aos 31 anos, após todos os adiamentos possíveis, é chamado para a recruta e destacado para o serviço jurídico do Ministério da Defesa. Também aí fez trabalho. Saiu-se bem. Gostou. Mas nunca deixou de estar com o coração aos pulos à espera do dia em que a velha Faculdade requisitasse, de acordo com o permitido, os seus serviços.

As incursões mais “politizadas” de Vieira de Andrade acontecem, no entanto, por via da profunda amizade que sempre manteve com Francisco Lucas Pires.

Apoiou-o, enquanto este colaborou com a Aliança Democrática, como ministro da Cultura e Coordenação Científica. E integrou o chamado Grupo de Ofir que, sob a batuta do político, já na liderança do CDS, mobilizou, entre o Verão de 83 e 85, um conjunto vasto de intelectuais.

Coube a António Borges, Adão da Fonseca, Seabra Pereira, Cavaleiro Brandão, Bagão Félix, Sousa Machado, José Gabriel Queiró, Cruz Vilaça, Rui Moura Ramos, Paulo Marques e ao próprio Vieira de Andrade a criação de um projecto de governo.

Andrade elegeu a Defesa como tema cativo. Criou o que apelidou de “Bases gerais de uma política de Defesa” num texto que concluiu defendendo a “completa reestruturação do serviço militar, de modo a adequá-lo às novas necessidades, reduzindo os seus custos e motivando a participação dos jovens no esforço da defesa”.

Não foi a sua única colaboração. Juntamente com Barbosa de Melo e Cardoso da Costa, elaborou um projecto de revisão constitucional que seria editado no final da década.

Em 85, Lucas vai a votos, nas legislativas. O escrutínio dá a vitória a Cavaco Silva e o velho amigo de Andrade retira-se da liderança do CDS, arrastando-o dos holofotes políticos.

Seria o fechar de um capítulo no compêndio pessoal de um assumido apaixonado pelo ensino que, apesar das lides, nunca se filiou. Sempre se considerou “suficientemente complexo” para se enclausurar em estereótipos partidários. Não há sequer na Academia quem o acuse de ter errado a vocação. Dizem os alunos que é contido, no que toca a classificações. “Mas quem não o é numa instituição que, por tradição, é sovina a dar notas? Tem, no entanto”, avaliam de seguida, “o dom da pedagogia. É um excelente professor”.

Das 10h00 às 20h00, a Faculdade de Direito é a sua casa. Divorciado e com um filho, que preferiu fazer carreira em Economia, a estudar no estrangeiro, mima os colegas de profissão e os funcionários com o afecto de quem os tem como sendo família. “É o homem dos beijinhos”, comentam as empregadas do bar.

Entre a sua obra, dispersa pelo Direito Administrativo e Direito Constitucional, “Os Direitos fundamentais na Constituição Portuguesa” correram mundo. Ainda correm, obrigando a repetidas edições.

Com ela voou o seu nome, quase desconhecido na cidade para lá da Via Latina, apesar de assinar assiduamente pareceres, afinal, a actividade que lhe permite “aplicar conhecimentos”.

Não trocaria Coimbra por uma grande metrópole. “Muito menos” por um lugarejo, perdido entre uma paisagem agreste e rural. Apesar de recordar, com nostalgia, cheiros, cores e sabores de uma meninice passada no campo durante os meses de estio. Ainda hoje era capaz de reconhecer se, o ouvisse, “o chiar da carroça de bois, deslizando”.

Talvez por isso ou talvez por ser um bom garfo, tema certas imposições de Bruxelas. “O queijo que não pode ser feito à mão, a colher de pau que não pode ser utilizada, limitações que podem chegar a desvirtuar os nossos produtos tradicionais”. Quer reformar-se mais cedo. Ter tempo para a música, para os concertos, para o teatro.

Para as leituras que lhe ocupam o tempo quando está fora da Faculdade.

Com duas exigências apenas: que não o afastem do Direito, nem o obriguem a envelhecer longe da Universidade.

18

SEXTA-FEIRA, 08 DE MAIO 2020 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

pdr.marcelino no Instagram A foto que publicámos na edição de ontem, na capa, a ilustrar a chamada para o texto sobre a Serenata, conforme estava identificada, é de pdr.marcelino, cujo trabalho fotográfico pode ser apreciado no Instagram e também no Facebook em pdr.marcelino. A fotografia está também no Grupo de Fados “Capas ao Luar” da Secção de Fados da AAC, que actuou na Serenata. Pedro Gabriel Marcelino é de Coimbra e estudou Design e Multimédia na FCTUC.

RÁDIO

FADOdeCOIMBRA www.radiofadodecoimbra.pt |

Director: Lino Vinhal

Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D, Eiras | 3020-430 Coimbra | Tel. 239 497 750 Mail mediacentro.grupo@gmail.com | radioregionaldocentro@gmail.com