"Campeão Digital" - 20/11/2020

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 16:00 / 17:00 HORAS SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO 2020

41 PÁGINAS

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CÂMARA DE COIMBRA DISTRIBUI VALES PARA UTILIZAR NO COMÉRCIO LOCAL Esta edição do Campeão Digital contém o documento “Carta da Europa”, da delegação do PSD no Parlamento Europeu, editado nas páginas 05 a 12

FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Diana Baptista, Sónia Pereira, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Zilda Monteiro

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro

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CÂMARA DE COIMBRA vai apoiar famílias com vales para dinamizar o comércio local

À

s famílias que perderam rendimentos durante a pandemia, e no sentido de também dinamizar o comércio local, a Câmara Municipal de Coimbra vai ajudar a que este seja um Natal mais feliz, atribuindo a cada agregado familiar um vale para utilizar, exclusivamente, no comércio tradicional da cidade.

Segundo a autarquia, a verba disponível para este programa é de “meio milhão de euros e parte foi canalizada da programação de Natal que o Município decidiu cancelar”.

Manuel Machado, presidente da Câmara, anunciou que a ideia é “injectar directamente meio milhão de euros para apoiar a revitalização da economia local, ao mesmo tempo que apoia as famílias que perderam rendimentos devido à crise pandémica”.

Assim, este apoio será atribuído em forma de vales de compras que, mediante a composição do agregado familiar, poderá variar entre os 160 euros e os 460 euros por família, um apoio que será, contudo, “para utilização exclusiva em estabelecimentos de comércio local de Coimbra, que tenham aderido previamente ao programa, e só poderá ser usado na aquisição de bens essenciais - tais como alimentação, roupa, artigos de higiene e limpeza, equipamentos de protecção individual, calçado, electrodomésticos, artigos para o lar e outros equiparados”. A autarquia realça, ainda, que “tratando-se de um programa a implementar durante a época natalícia, os vales poderão também ser utilizados para a aquisição de brinquedos para as crianças”.

A informação relativamente à inscrição das famílias e à adesão dos comerciantes será brevemente anunciada pela autarquia.

Recorde-se que o Município de Coimbra decidiu cancelar as iniciativas que habitualmente constituem a programa-

ção de Natal e que eram empreendidas há sete anos consecutivos, tendo em consideração as medidas de contingência da pandemia de covid-19. A já tradicional pista de gelo, o carrossel parisiense, o concerto de inauguração da iluminação de Natal e toda uma vasta programação natalícia promovida pela autarquia conimbricense fica, em 2020, sem efeito, como anunciou a 11 de Novembro.

Parte desse investimento será, então, canalizado para este programa solidário de apoio às famílias e ao comércio local.

Já a iluminação festiva pelas ruas da cidade vai ser ligada mais cedo e reforçada, chegando a mais locais, que incidem sobretudo em zonas de comércio e restauração por forma a criar um atractivo extra para apoiar um sector que tem sido dos mais afectados pela pandemia. As

luzes serão ligadas já no próximo dia 27 de Novembro (sexta-feira), numa iniciativa que pretende incentivar as pessoas a passearem pelos lugares iluminados, comprando no comércio e restauração local, respeitando sempre as medidas de contingência e os horários determinados para proteção da saúde pública.

Saliente-se ainda que, em Agosto passado, o autarca Manuel Machado formalizou a assinatura dos protocolos do Fundo Municipal de Emergência Social para o ano de 2020. A verba destinada à intervenção das Comissões Sociais de Freguesias foi de 316 000 euros, depois de em Março já ter sido antecipado, numa única tranche, metade desse valor.

Nessa sessão, o autarca assegurou que os serviços municipais estavam “prevenidos e preparados para encontrar soluções para o que possa vir a ocorrer”.

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LÍDIA PEREIRA EM VISITA ao distrito de Coimbra para perceber

impacto da covid A

eurodeputada Lídia Pereira iniciou, na quarta-feira (18), um ciclo de visitas a vários municípios do distrito de Coimbra para levantamento do impacto da covid-19.

O objectivo é o “compreender o impacto que a pandemia está a ter nas autarquias e no tecido social e económico e a importância dos fundos comunitários para o desenvolvimento local e regional”, explicou a social-democrata.

A social-democrata reuniu-se com os presidentes de Câmara de Góis e Cantanhede, visitou o Biocant Park, também neste último concelho e, nas próximas semanas, irá continuar o périplo, tendo encontro marcado com os autarcas de outros concelhos do distrito de Coimbra, bem como visitará empresas e associações em cada um deles.

O primeiro encontro decorreu em Góis, com a presidente de Câmara, Lurdes Castanheira, que “sinalizou a área da Saúde como o principal problema no município e a dificuldade em reunir com a ACeS – Agrupamento de Centros de Saúde para discutir assuntos urgentes, como é o caso das filas que se têm acumulado na rua devido aos constrangimentos na utilização das salas de espera por causa da pandemia”.

Ainda no concelho de Góis, Lídia Pereira também ouviu as preocupações da autarca sobre a conservação das florestas, que é a principal fonte de receita para a economia local. Recorde-se que a eurodeputada social-democrata é actualmente a negociadora do Grupo do Partido Popular Europeu no Parlamento Europeu para o Plano de Recuperação nas questões relacionados com o ambiente.

Ontem (19), a eurodeputada esteve com a edil de

Cantanhede, onde foram abordadas “questões relacionadas com a empregabilidade e com a qualidade das infraestruturas e equipamentos municipais.

Seguiu-se uma visita ao Biocant, onde Lídia Pereira e Helena Teodósio visitaram a Crioestaminal e também a Immunethep, empresa que actualmente está a desenvolver uma vacina para a covid-19. Lídia Pereira destacou que “ao concentrar 40 por cento das empresas de biotecnologia em Portugal e mais de 400 trabalhadores altamente qualificados o Biocant prova que projectos ambiciosos e vanguardistas também podem ser bem sucedidos longe dos grandes centros urbanos de Lisboa e Porto”.

Recorde-se que Lídia Pereira é membro das comissões de Economia e também de Saúde Pública no Parlamento Europeu,

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias

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O plano de recuperação português podia e devia ir mais longe

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JOSÉ MANUEL DURÃO BARROSO

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Comunicado A Secção de Municípios com Atividade Taurina da ANMP não pode deixar de manifestar o seu desagrado face às constantes e sistemáticas tentativas políticas de limitar e condicionar a atividade tauromáquica em Portugal.

Desta vez, temos vindo a ser novamente alertados para a intenção de se vir a legislar no sentido de proibir ou alterar a idade mínima para assistir ou participar em espetáculos tauromáquicos.

Acontece que, nunca é demais lembrar, a tauromaquia é reconhecidamente uma atividade cultural, estabelecida na lei portuguesa como “parte integrante do património da cultura popular portuguesa”, tutelada pelo Ministério da Cultura e integrando também, através da Secção de Tauromaquia, o Conselho Nacional de Cultura, órgão consultivo do Ministério da Cultura, e é a própria Constituição da República Portuguesa que estabelece que o acesso às artes e à cultura deve ser assegurado em igual medida para todos os cidadãos, salvaguardando que o direito de acesso às atividades culturais se efetua em iguais condições para todos os portugueses.

Tal alteração visa apenas e só acrescentar entraves à livre fruição da cultura tauromáquica, já bastante penalizada pela discriminação negativa a que estrategicamente o setor da tauromaquia tem sido votado ultimamente, nomeadamente através da recen-

te alteração imposta relativamente ao valor do IVA. Ao Estado compete promover o livre acesso a toda e qualquer atividade cultural, não impondo regras proibitivas que impeçam liberdade de escolha dos cidadãos à fruição e criação cultural.

Deste modo, informamos não só que iremos estar atentos a todos os ataques, mais explícitos ou encapotados, que visem a cultura tauromáquica nacional, bem como manifestamos a nossa firme intenção de garantir o respeito pelos direitos e liberdades das crianças e dos seus pais, pugnando pela manutenção da classificação etária da tauromaquia de M/12.

Actividade Taurina da ANMP Coruche, 11 de Novembro de 2020

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15 VIRTUALL VAI ÀS FREGUESIAS de Montemor-o-Velho www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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manhã desta quinta-feira (19), em Reveles, na sede do Grupo Recreativo Revelense, foi repleta de tecnologia, com muita estimulação motora e cognitiva para a Natália, a Maria Ermezinda e a Maria Alexandrina, a mais nova das três irmãs e cuja idade chega às sete décadas.

Bastante animadas, as três irmãs fizeram parte do grupo que participou na primeira sessão do projecto VirtuALL (Simbiose entre Inovação, Envelhecimento e Qualidade de Vida) que regressou às sessões presenciais no concelho de Montemor-o-Velho, ainda que em moldes diferentes e adaptados ao contexto de pandemia.

A Natália, a Maria Ermezinda e a Maria Alexandrina já fazem parte da história, não só porque “as pessoas com mais de 65 anos estão a ter contacto com a tecnologia”, conforme explicou uma das técnicas do projecto, mas também porque a sessão do projecto ocorre de forma descentralizada e se realiza, pela primeira vez, em Reveles, na União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca (UFAVVNB).

“Em pequenas não brincámos e agora vimos aqui brincar um bocado, aprender e manter a cabeça e o corpo a funcionar”,

referiram, de modo divertido e com um sorriso que se adivinha por detrás das máscaras.

O projecto VirtuALL realiza-se nos municípios que integram a AD ELO e, em Montemor-o-Velho, as sessões decorreram numa sala preparada nas Piscinas Municipais onde receberam grupos de diversos pontos do concelho.

Com o intuito de evitar a deslocação das pessoas e, assim, aumentar a sua segurança em tempos de pandemia, o projecto vai, num primeiro momento, acontecer em Reveles, na UFAVVNB, e em Arazede.

O programa é gratuito, diri-

gido a pessoas com mais de 65 anos e, para saber como participar em acções futuras, os munícipes interessados devem contactar os serviços de Acção Social pelos telefones 239 687 300 ou 930 409 584.

O projecto VirtuALL é coordenado pela AD ELO e conta com a parceria dos municípios (Investidores Sociais) da sua área de influência (Cantanhede, Montemor-o-Velho, Mealhada, Penacova, Figueira da Foz e Mira), sendo cofinanciado pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu, no âmbito de uma candidatura efectuada ao Portugal Inovação Social.

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BANDA DE COIMBRA estreia-se com tema crítico sobre Metro Mondego

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ascida na Vila de Ceira, em Coimbra, aBAND’onados é uma banda criada durante o período de confinamento, que apresenta agora o seu primeiro tema sobre o Metro Mondego.

“A extinção dos serviços para dar lugar ao Metro Mondego causou vários protestos por parte da população, que se encontra até aos dias

de hoje sem qualquer transporte público naquele troço [lugar onde passava o antigo ramal da Lousã que ligava a Coimbra], e que se tem vindo a agravar com os constantes atrasos e adiamentos das obras”, explicou a banda.

“Sem apoios e quase sem concertos os músicos passam neste momento por aquela que será talvez a pior fase das últimas décadas. Assim, com

este nome, pretendemos marcar esta época para que nunca se esqueçam que os artistas foram de certa forma abandonados”, acrescentou.

O grupo musical é constituído por Ricardo Serra (voz e guitarra), Pedro Serra (guitarra e vozes), Pedro Amado (baixo) e Ricardo Basílio (bateria) e pode ser acompanhado através do Facebook, Instagram e Youtube.

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EXPLORATÓRIO PROPÕE um fim-de-semana a “ACORDAR PARA A CIÊNCIA”

E

ste fim-de-semana, dias 21 e 22 de Novembro, o Exploratório propõe “ACORDAR PARA A CIÊNCIA”, entre as 09h00 e as 13h00, desafiando as famílias a aproveitarem as manhãs para virem explorar ciência em actividades para todas as idades.

Nas duas manhãs do fim-de-semana – no horário das 09h00-13h00 –, a actividade HO! HO! OH! HÁ CIÊNCIA NO NATAL - Oficinas para famílias, desafia miúdos e graúdos a porem mãos à obra, descobrindo a ciência

que pode ser aplicada aos materiais mais simples para manufacturar ornamentos, postais e prendas de Natal, contribuindo para um mundo mais sustentável ao reciclar e reutilizar materiais do dia-a-dia.

No mesmo horário, estará também de portas abertas o Family Lab, permitindo a todos momentos de descoberta e criatividade, com uma oficina de construções com peças K’Nex® neste que é o mais recente espaço interativo do Exploratório.

As Explorastórias vão ter

duas sessões para que todas as famílias possam explorar a ciência que se esconde nas páginas dos livros infantis: com a sessão de domingo esgotada, no sábado realiza-se uma sessão extra (11h00-12h00) a partir do livro A Escavadora e a Flor, de Joseph Kuefler, editado pela Bizâncio.

Nas sessões de cinema a 360.º no Hemispherium do Exploratório (este fim-de-semana, às 10h00), no sábado vai ser exibido o filme O corpo humano - a máquina mais complexa e, no domingo, A Noite do Vampiro.

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JOÃO ASSUNÇÃO ELEITO presidente da AAC com 86 por cento de abstenção O

vice-presidente da Direcção-Geral cessante João Assunção foi, ontem (19), eleito presidente da Associação Académica de Coimbra (AAC), com 90,68 por cento dos votos, num acto eleitoral que registou uma abstenção de cerca de 86 por cento.

João Assunção, candidato pela lista G (Académica de Gerações), com 24 anos e natural de Coimbra, é estudante de mestrado em Direito, e foi vice-presidente da actual Direcção-Geral, algo comum com os últimos três presidentes eleitos, desde 2015, todos eles vice-presidentes antes de assumirem o cargo.

A lista G venceu as eleições para a presidência da AAC com 2 724 votos (90,68 por cento), com a outra lista candidata, lista F (Académica de Futuro), encabeçada por Diogo Vale, a contabilizar 280 votos (9,32 por cento), de acordo com o website dedicado às eleições da AAC, com resultados contabilizados e validados pela Comissão Eleitoral.

Segundo a mesma fonte, as eleições decorreram em 25 urnas da Universidade de Coimbra, tendo votado 3 178 estudantes, registando-se uma taxa de abstenção de 85,9 por cento, de um total de 22 517 eleitores inscritos.

Esta é das maiores taxas de abstenção de que há memória nas eleições dos últimos anos para a Associação Académica de Coimbra, inferior ao resultado de 2019, também ele muito baixo, em que votaram 4 040 estudantes.

Registaram-se 35 votos nulos e 141 votos em branco (que não são considerados para a contabilização da votação final).

Na segunda-feira (16), decorreu o voto antecipado no edifício da AAC, tendo votado cerca de 400 estudantes, um número substancialmente superior ao de 2019 (53 eleitores), ano em que esta opção aconteceu pela primeira vez nas eleições desta Associação.

João Assunção sucede assim a Daniel Azenha, que foi presidente da Direcção-geral da AAC nos últimos dois anos.

Na terça-feira (17), o presidente eleito tinha afirmado à agência Lusa que considerava que a associação estudantil não deve trabalhar apenas as reivindicações na área do ensino superior, mas ter também uma voz em “temas emergentes da sociedade civil portuguesa”, como a igualdade social, a política ambiental e a defesa dos valores democráticos.

“A Académica tem-se restringido de forma gravosa para aquilo que era a imagem de marca da academia. Eu quero resgatar a

discussão de temas da sociedade civil que possam não ter nada a ver com o ensino superior - temas que têm um impacto na nossa geração, mas também nas futuras”, asseverou.

Sobre os possíveis impactos da pandemia na comunidade estudantil, João Assunção salientou que será necessário ter atenção a um possível “aumento substancial do abandono escolar fruto da quebra de rendimentos e do aumento do desemprego”, referindo que só estará “descansado quando nenhum estudante abandone o ensino superior por motivos do foro sócio-económico”.

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Pandemia “à desgarrada”

MÁRIO CARVALHO* Os números estatísticos no que à pandemia dizem respeito tiveram um aumento demasiado pesado por estes dias, atingindo já o quase ponto de ruptura do SNS. As enfermarias estão a ficar cheias e as Unidades de Cuidados Intensivos começam a não ter capacidade para dar resposta a tanta “solicitação”. A somar o cansaço dos Profissionais de Saúde que tudo têm feito ao seu alcance no esforço diário para ajudar a salvar vidas.

A situação é por isso muito complicada e grave e o caos que presenciámos noutros países não estará longe de acontecer em Portugal.

Sendo obviamente muitíssimo preocupante não só pela pandemia em si, com um crescimento exponencial de mortes e de pessoas infectadas, mas também porque por arrastamento outras áreas da Saúde estão ser fortemente afectadas e condicionadas com repercussões cujo alcance e balanço ainda não será possível fazer.

Há quem não procure cuidados

de Saúde porque tem medo. Há quem veja as suas consultas, exames e “tratamentos” adiados. Enfim, as circunstâncias são más e perante esse facto começa a tornar-se difícil pintar cenários com cores mais vivas.

Cerca de nove meses que estão volvidos desde o início da pandemia passámos do “dificilmente o vírus cá chegará”, com inúmera gente a negar que o que já se passava em Espanha e Itália pudesse chegar a Portugal, ao que acresce a “guerra” do uso ou não de máscara, ao “os médicos já podem decidir quem vão salvar em caso de ruptura do SNS”, actualmente.

Acontece que a realidade é o que é, não tem cor partidária ou tendência de opinião, e os dados são frios e crús e marginalizam os “jogos políticos”, a “politiquice”, a Economia e a ignorância e irresponsabilidade social e/ou colectiva.

Não sendo obviamente nada fácil governar nestas circunstâncias. Principalmente porque para além da questão de Saúde Pública propriamente dita, existem outras variantes como consequência que acarretam situações a vários níveis também elas de elevada gravidade. E aqui, sim, entra a economia.

Assim sendo, desde o começo que foram tomadas várias medidas no sentido de mitigar a situação. Entre elas, e muito recentemente, foi o dividir o país em zonas de risco face ao número de casos positivos por 100 000 habitantes. Medida essa que estatisticamente e de informação nos parece de grande utilidade, mas

cujos efeitos práticos para a redução dos números nos parece ser pouco eficaz por ser ao nível concelhio. É impossível, em nosso entender, fazer surtir efeitos a este nível num país com mais de 300 concelhos e com a dimensão de Portugal.

Quem olha para o Mapa das Zonas de Risco, que são três, sendo as zonas a vermelho as de maior risco, é fácil discernir que para a contenção do problema será muito difícil o seu efeito prático por tudo o que isso envolve. Pois as pessoas vão circular na mesma, se não for ao fim-de-semana vão fazê-lo durante a semana, se não for de manhã vão fazê-lo à tarde ou durante a noite... já que o concelho a vermelho que amanhã já pode estar a laranja é sempre confinante com outro ou outros com a mesma ou diferente cor de risco.

E nós já percebemos e devíamos tê-lo feito desde do início que o número de pessoas que não cumpre regras sociais e cívicas é grande; mais-a-mais quando lhes transmitem diariamente mensagens ambíguas. E não há meios (PSP/GNR) de controlo suficientes.

Em suma, não sendo nós especialistas quer em Saúde Pública, quer em Gestão de Pandemias, resta-nos, ainda, o direito à opinião e a obrigação no cumprimento das medidas que vão sendo implementadas, possamos ou não discordar delas!

Haja esperança! * Vereador do PS em Penela

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ALMOFADA INOVADORA DA ESTESC

premiada em concurso de ideias de negócio

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projecto “Dynamic Pillow” – uma almofada inovadora anti-escaras para cadeira de rodas manual projectada por estudantes de Fisioterapia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra – conquistou esta sexta-feira o segundo prémio do Angelini University Award!.

“Concebida para melhorar a qualidade de vida da população envelhecida e dependente de um cuidador, a ‘Dynamic Pillow’ permitirá aliviar as zonas de pressão, promovendo um melhor controlo de postura e ajudando a minimizar a dor”, afirmou a Escola.

A almofada idealizada pelos estudantes da ESTeSC-IPC integra um sistema eléctrico alimentado por uma bateria recarregável, que permite três movimentos – elevação, inclinação anterior e oscilação lateral – auxiliando no levante e nas transferências das pessoas em cadeira de rodas.

A ideia foi desenvolvida em contexto académico, por quatro estudantes da licenciatura em Fisioterapia da ESTeSC-IPC (três deles, entretanto, já diplomados): Ana Souto, Hugo Ribeiro, Inês Ângelo e Joana Sousa.

O prémio (2500 euros) representa “uma ajuda para conseguir registar a patente e eventualmente iniciar com desenvolvimento de protótipo”, explicam os jovens.

O Angelini University Award! – que em 2019/2020

assumiu o tema “Menos Dor, Mais Vida!” – é uma iniciativa da Angelini Farmacêutica, que premeia o empreendedorismo de jovens universitários.

Na escolha dos dois vencedores (entre 15 projectos seleccionados como semi-finalistas), o júri teve em consideração critérios como inovação, criatividade, metodologia e viabilidade de negócio, bem como a qualidade de apresentação dos projectos.

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ARGANIL CELEBRA PROTOCOLO

com Faculdade do Desporto e Educação Física de Coimbra

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s relações entre a Câmara Municipal de Arganil e Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, da Universidade de Coimbra (FCDEF-UC), estreitaram-se no passado dia 12 de Novembro, com a celebração de um protocolo de cooperação, em sessão decorrida nas instalações daquela instituição de ensino, que contou também com o docente Raúl Martins.

Assinado por Luís Paulo Costa, presidente da autarquia, e José Pedro Ferreira, director da FCDEF-UC, o documento destina-se a promover a colaboração e intercâmbio entre as instituições, com o objectivo de realizar, conjuntamente, acções de natureza pedagógica, académica, científica, técnica e cultural.

O protocolo abrange os docentes, investigadores, estudantes e pessoal técnico das duas instituições, que pretendam participar em projectos de investigação; prestar serviços à comunidade, de âmbito nacional e internacional; realizar estágios no âmbito da Licenciatura em Ciências do Desporto e

cursos Pós-graduados e intercâmbio de pessoal técnico.

Luís Paulo Costa realçou a importância desta parceria estabelecida com “uma instituição com condições de ensino, aprendizagem e investigação de excelência, que vai permitir abrir portas a troca de saberes e experiências entre profissionais das duas entidades”. É intenção do Município de Arganil, adiantou o presidente da Câmara, que este “intercâmbio de experiência, os conhecimentos e aprendizagens adquiridos se reflictam em boas práticas e

acções desenvolvidas futuramente em prol da comunidade arganilense”.

Partilhando do mesmo espírito e empenho na concretização de acções que promovam o desporto, a saúde e o bem-estar junto da comunidade, o Município de Arganil e a FCDEF vão colaborar no desenvolvimento de actividades de investigação e formação, nomeadamente através da realização e participação em workshops, seminários e outras acções de formação. O protocolo celebrado tem a duração de um ano, renovando-se por iguais períodos.

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PENACOVA ASSINALA DIA EUROPEU

da Protecção das Crianças contra a Exploração Sexual O

Município de Penacova em parceria com a CPCJ de Penacova e a Rede de Bibliotecas Escolares de Penacova, promove ao longo deste mês, a campanha “Prevenir comportamentos de risco das crianças: imagens e/ou vídeos sexualmente explícitos de crianças produzidos por crianças”, realçando o papel das famílias e da comunidade na prevenção e detecção precoce de indicadores de risco deste tipo de vitimização de cariz sexual, com especial alerta para os riscos na utilização de recursos digitais.

Humberto Oliveira, presidente da autarquia, reforçou a importância desta iniciativa e da campanha realizada.

“Este ano, estamos a viver experiências muito diferentes das habituais, passamos mais tempo em casa, mais tempo isolados e se nós adultos nos refugiamos, muitas vezes, nas redes sociais, o mesmo acontece com as crianças e jovens e por isso como pais temos que estar mais atentos, mais alerta. Obviamente que não conseguimos acompanhar tudo o que fazem, mas devemos estar atentos, eles dão-nos sinais!”.

Novembro foi o mês escolhido pelo Conselho da Europa para assinalar em todo o espaço da União Europeia, o Dia Europeu da Protecção das Crianças contra a Exploração Sexual e o Abuso Sexual,

que resulta da campanha “One in Five” resultado de um estudo que revelou que, no espaço europeu, uma em cada cinco crianças é vítima de alguma forma de violência ou exploração sexual.

Em Penacova, a campanha leva até aos estabelecimentos de ensino a história “Kiko e a Mão”, em versão digital e na sua versão em livro. “Kiko e a Mão” é uma história original que explica às crianças a regra “Aqui ninguém toca”, e a diferença entre o contacto físico bom e o contacto físico mau, bem como os comportamentos e riscos associados, muitas vezes subestimados por crianças e jovens.

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Politécnico de Coimbra conta com mais quatro professores coordenadores, nomeadamente três docentes da Escola Superior de Tecnologia e Saúde (ESTeSC), Ana Valado, Ana Paula Fonseca e Telmo Pereira, e uma docente da Escola Superior de Educação (ESEC), Cristina Faria.

Para Jorge Conde, presidente do Politécnico de Coimbra, esta cação concretiza uma das apostas do Politécnico de Coimbra que tem sido “a qualificação do corpo docente e, naturalmente, a possibilidade de isso se reflectir na progressão na carreira”. Assim, este ano foi aberto um conjunto de concursos, dos quais

os primeiros quatro chegam agora ao fim, premiando percursos de mérito, realizados em prol da instituição. “Iremos continuar a promover a promoção daqueles que, por mérito, devem ascender à categoria seguinte, situação que nem sempre foi acautelada no passado”, garante o responsável.

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A CÁRITAS DE COIMBRA participa como júri e mentora no evento Innovation Days

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Cáritas Diocesana de Coimbra foi convidada para participar como mentora/jurada no evento Innovation-days (i-Days), da rede EITHealth, que irá decorrer no dia 20 de Novembro, a partir das 15h00, no Piso -1 do Edifício da Unidade Central (Polo III da Universidade de Coimbra).

Devido à pandemia de covid-19, o anfiteatro onde se irá realizar o evento conta com bastante espaço, estando asseguradas todas as condições de distanciamento e segurança adequadas às exigências do momento actual. Em representação da instituição estará presente Flávia Rodrigues do Departamento de Inovação.

Esta é uma iniciativa que já decorre há três anos e que este ano volta a desafiar estudantes do Ensino Superior

e investigadores a desenvolverem ideias inovadoras e solucionarem problemas reais na área da saúde.

A iniciativa, que surge no âmbito do programa europeu EIT Health (www.eithealth.eu), é organizada pela Universidade de Coimbra (UC), em colaboração com o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Maternidades de Coimbra, IPO e a Essilor e decorre em paralelo com outros 19 parceiros europeus, entre

os quais o Imperial College (Londres), a Universidade de Oxford (Londres), e o Instituto Karolinska (Suécia).

A Cáritas de Coimbra vai participar na dinamização deste evento enquanto júri, fazendo também parte do painel de que irá avaliar e atribuir os prémios no final do evento. Os desafios lançados às equipas podem ser consultados no site do evento – https://www.uc.pt/research/rdit/iniciativas/idays.

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CIM DA REGIÃO DE COIMBRA

promove a leitura junto dos mais novos “I

nês, a inventora de profissões” foi o livro apresentado esta quinta-feira (19) pela Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, numa sessão pública online que contou com a presença dos autores, escritor Pedro Seromenho, e da ilustradora, Zita Pinto.

Esta obra foi escolhida para os alunos do 1.º ciclo no âmbito da fase intermunicipal do Concurso Nacional de Leitura, que decorrerá no dia 16 de Abril de 2021, e que conta com a organização da Biblioteca Municipal da Mealhada.

“Uma das prioridades estratégicas em termos de políticas educativas ao nível do 1.º ciclo de escolaridade é a promoção das competências de leitura, de forma a potenciar o sucesso escolar. É nesse sentido que a CIM da Região de Coimbra, através da Rede Intermunicipal de Bibliotecas da cidade, e a Rede de Bibliotecas Escolares dão agora este passo, desenvolvendo elos de informação e de transformação, que visam a promoção d a literacia no território da Região de Coimbra”, afirmou Carlos Monteiro, vice-presidente da CIM da Região de Coimbra.

“Este livro nasceu da vontade e desejos dos promotores de excelência da leitura no território, as bibliotecas públicas, desenvolverem o potencial das crianças da Região de Coimbra, dando a oportunidade de explorarem as suas vocações, promovendo o seu desenvolvimento pessoal e preparando-os para os desafios de uma sociedade em constante mudança”, disse a CIM.

Segundo Manuela Pragana Silva, coordenadora nacional da Rede de Bibliotecas Escolares, “desde a génese das bibliotecas escolares que existe a preocupação de fortalecer modos de contacto e a rede e, com a parceria das comunidades intermunicipais, isto ganha uma outra dimensão que é crucial. Temos elos de ligação muito importantes, nomeadamente na área parental e inovação”.

Por sua vez, as coordenad doras da Rede Intermunicipal d de Bibliotecas da Região de C Coimbra, Paula Silva e Paula G Gonçalves, destacaram a imp portância desta obra infanttojuvenil para a promoção d de leitura, sobretudo entre os mais jovens, realçando que “todos juntos estamos a actuar na promoção da literacia”.

“Estamos numa altura em que precisamos de reinventar o mundo e este livro tem uma componente motivacional que pode incentivar as crianças a verem o mundo e os seus sonhos de outra forma”, salientou Pedro Seromenho, destacando que este livro criativo é, sobretudo, para ser trabalhado com as crianças através da sua imaginação. “Nós, quando sonhamos e amamos o que fazemos, podemos fazer o que quisermos. Para isso temos de nos empenhar e divertir e, quando assim é, tudo acontece de forma mágica”, concluiu.

Esta acção foi realizada no âmbito do projecto “Realiza.te”, cofinanciado pelo CENTRO 2020, Portugal 2020 e o Fundo Social Europeu, que visa promover o sucesso escolar, a equidade social, o emprego e a igualdade de oportunidades nos jovens.

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JÁ ESTÃO ABERTAS as candidaturas para Jovens Autarcas 2021 em Poiares

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Município de Vila Nova de Poiares acabou de lançar a edição de 2021 do Programa Jovens Autarcas, estando neste momento a decorrer o período de apresentação de candidaturas, cuja data limite é 29 de Novembro.

Trata-se, como refere João Miguel Henriques, presidente da Câmara Municipal, “de um projecto verdadeiramente inovador, ao proporcionar aos mais jovens a oportunidade de se envolverem na causa pública, assumindo uma maior participação cívica, e contribuindo de forma determinante e activamente para a definição de políticas de proximidade”.

Para João Miguel Henriques, “Jovens Autarcas afirma-se todos os anos como um processo de participação democrática de elevada importância, ao combater o afastamento que se tem registado ao longo do tempo em particular nas faixas mais jovens. Com este programa, convidamo-los a apresentarem as suas ideias, opiniões e perspectivas de futuro, valorizando-as e colocando-as em prática na definição de políticas no concelho”.

Refira-se que este processo replica o próprio processo eleitoral autárquico, com os candidatos a apresentarem-se a eleições, desenvolvendo os seus programas eleitorais e gerindo as suas próprias cam-

panhas, com o apoio do Município, concorrendo ao cargo de ‘jovem presidente’ e assim experimentar o que é ser ‹Presidente›.

Nos termos do regulamento deste programa, ao executivo eleito será atribuído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares um montante de 10 mil euros, que se destina à concretização do programa e propostas definidas pelo executivo “Jovens Autarcas”, com base nos pro-

gramas eleitorais apresentados.

Findo o período de apresentação de candidaturas, a 29 de novembro, estas serão anunciadas pelo Município no dia seguinte, a 30 de novembro. Segue-se o processo de preparação da campanha, com recolha de imagens, com o período de campanha eleitoral a decorrer entre os dias 7 e 14 de dezembro. A eleição ocorrerá no dia 15 de dezembro, na sede do Agrupamento de Escolas.

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FORUM COIMBRA incentiva compras com ofertas de vouchers aos clientes O centro comercial Forum Coimbra, no âmbito da sua campanha de Natal “Golden Days”, vai oferecer vouchers aos clientes que devolvem 10 por cento por cada 50 euros gastos em compras até 02 de Dezembro. No total, serão atribuídos 50 000 euros em vouchers que visam incentivar as compras de Natal com total segurança.

Durante estes 15 dias, por cada 50 euros, o Forum Coimbra devolve 10 por cento do valor em compras, ou seja, cinco euros, garantindo assim “que a cidade vive o espírito natalício de sempre, com a máxima segurança que este ano exige”. A ideia é “premiar todos os que escolherem antecipar as suas compras de natal” e os vouchers poderão, depois, ser utilizados entre 03 e 17 de Dezembro.

Os vouchers são cumulativos, podem ser utilizados em compras de valor igual ou superior a cinco euros, sendo que o cliente poderá utilizar um ou mais do que um para efectuar uma compra nas lojas aderentes.

“Esta campanha surge no seguimento da estratégia adoptada pelo Forum Coimbra de manter o glamour da época, a que sempre habituámos os nossos clientes, ajustando prioridades e assegurando todas as medidas de higiene e distanciamento social que permitem viver a magia das compras de Natal, refere João Vaz, director do centro comercial.

“O Natal é uma altura muito especial para o Forum Coimbra e para todas as famílias, pelo que, atendendo ao contexto atípico que vivemos, este ano decidimos premiar os visitantes pelas suas compras e pelo seu gesto consciente de comprar antecipadamente, ao invés das habituais experiências de Natal, sensíveis no contexto que enfrentamos. Num investimento que chegará aos 50 000 euros no total de vouchers distribuídos, esta é uma campanha criada a pensar no consumidor, que quer continuar a viver uma experiência de compras única, e em todos os nossos lojistas e parceiros, como forma de estar ao seu lado numa fase particularmente difícil para todo o sector”, acrescenta.

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MOVIMENTO DEBATE extinção da ABMG com a população e empresários

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movimento de cidadãos que defende a extinção da empresa intermunicipal Águas do Baixo Mondego e Gândaras (ABMG) anunciou, esta quinta-feira (19), que vai entregar uma petição para discussão nas Assembleias Municipais de Montemor-o-Velho, Soure e Mira.

A petição, que já conta com mais de 1 800 assinaturas, defende a extinção da empresa intermunicipal e o regresso do abastecimento de água e saneamento à gestão dos três municípios.

Segundo Fernando Pereira, do “Movimento Cidadãos pela Saída da ABMG”, o movimento decidiu, também, apresentar queixas-crime por considerar que existe adulteração de documentos e contratos por ajuste directo sistemáticos, garantindo ao “Campeão” que vai pedir a retirada de confiança política aos presidentes das câmaras que integram a ABMG, “pois o que ali se passa coloca em causa a democracia, porque as pessoas deixam de acreditar na política”.

Este morador de Montemor-o-Velho denunciou “mais um aumento” nas taxas de resíduos urbanos e sólidos na factura que está para chegar aos consumidores, salientando que no próximo ano a taxa vai aumentar e os cidadãos vão ter de pagar ainda mais.

Apesar do aumento das facturas, o Movimento de cidadãos diz que os problemas se mantém “perdas, sucessivos cortes, cor da água barrenta e enlameada, facturas estratosféricas e falta de investimento no que realmente a rede de

águas e esgotos carece”.

Fernando Pereira adiantou, ainda, que estão já agendadas outras duas acções para auscultar junto da população e empresários o que pensam sobre a extinção da ABMG. Assim, na próxima terça-feira (24) será em Soure e na quinta-feira (26), em Mira.

Para o Movimento o motivo para haver “esta agregação demasiado rápida e sem explicações” é simples: “se tivermos uma quinta sozinha, o investidor analisa e se calhar não tem interesse em comprar, mas se tiver 20 quintas agregadas, o interesse aumenta. Estas agregações estão a ser realizadas para depois serem colocadas à venda, algo que não poderia acontecer anteriormente. Este é o princípio da privatização”.

De relembrar que a ABMG é uma empresa intermunicipal criadas pelos municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure, com o objectivo de assegurar o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais para um universo de cerca de 30 000 clientes e 53 000 habitantes.

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CONDEIXA-A-NOVA aprova orçamento de quase 20 milhões de euros O

Município de Condeixa-a-Nova aprovou o Orçamento para 2021, no montante de 19,3 milhões de euros, dos quais cinco milhões se destinam a transportes, água, saneamento e resíduos.

“Um orçamento naturalmente marcado pela incerteza dos tempos em que vivemos, mas que consolidará projectos importantes como a requalificação da antiga Cerâmica de Conímbriga, a reparação da rede viária do concelho e a continuação da remodelação da rede de águas e saneamento”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara, Nuno Moita.

Segundo o autarca, a ampliação da zona industrial de Condeixa-a-Nova, com a aquisição de sete hectares de terreno e a sua infraestruturação, constitui outro dos projectos estratégicos do Município para 2021.

No total, o alargamento vai representar um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros nas infraestruturas, financiado em 85 por cento por fundos comunitários, enquanto na aquisição de terrenos a autarquia estima um investimento de meio milhão de euros, comparticipado em 10 por cento.

“Esta ampliação é a resposta ao interesse de empresas em se instalarem em Condeixa-a-Nova, embora até ao momento não tenha impedido a captação de investimento”, salientou Nuno Moita.

Outros dos projectos emblemáticos para o próximo ano passa pela requalificação da antiga Cerâmica de Conímbriga e a sua transformação em Centro de Desenvolvimento da Cerâmica/Incubadora de Indústrias Criativas, orçada em 1,6 milhão de euros, com financiamento a 85 por cento.

Em 2021, segundo o presidente da Câmara, avançará também a construção de uma ecovia a ligar o Museu PO.RO.S ao complexo das ruínas romanas de Conímbriga e ao centro da vila de Condeixa-a-Nova, numa aposta potenciadora da mobilidade turística.

Trata-se de uma ligação pedonal e ciclável entre as duas estruturas museológicas ligadas à ocupação romana, numa extensão de cerca de 1,5 quilómetros, calculada em 1,6 milhões de euros, financiada em 75 por cento pelo Plano de Acção de Mobilidade Urbana Sustentável (PAMUS).

Nuno Moita adiantou, ainda, que estão previstos também investimentos de quase um milhão de euros na renovação de rede águas, 300 000 em saneamento e cerca de

800 000 euros na renovação das estradas Sebal/Ega e no acesso à Quinta do Barroso.

O autarca salientou que o sector da educação, “um dos pilares da política municipal, vai absorver cerca de um milhão de euros e os programas sociais vão ter um investimento estimado na ordem dos 300 000 euros”.

“Ao mesmo tempo não deixaremos descurar o apoio às juntas de freguesia e colectividades humanitárias, desportivas e culturais, que vão beneficiar de um investimento de um milhão e 300 000 euros”, sublinhou.

O Orçamento para 2021 do Município de Condeixa-a-Nova cresceu 1,6 milhões de euros relativamente a 2020, em parte devido à transferência de competências para a autarquia no setor da educação e das obras comparticipadas.

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FIGUEIRA DA FOZ cria ligações pedonais ao Parque Verde das Abadias

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Município da Figueira da Foz tem vindo a lançar diversas empreitadas no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), que teve por base um diagnóstico realizado à cidade, no qual foram elencados vários problemas a resolver.

Neste sentido, surge a empreitada de “Intervenção na Envolvente da Quinta das Olaias”, com um prazo de execução de 90 dias, cujos trabalhos tiveram início esta semana e que se encontram a cargo da empresa Ramal Pombeiro, Lda. A obra contempla o estabelecimento de ligações pedonais ao Parque Verde das Abadias, junto à EB1 das Abadias, a Norte da Quinta das Olaias e a reformulação do cruzamento entre a rua

Fernandes Coelho com a rua Visconde Marinha Grande e rua da Graça.

Com esta empreitada pretende-se reforçar a rede pedonal e melhorar a relação peão versus automóvel, bem como, criar permeabilidade entre o edificado habitacio-

nal e outros equipamentos, como o Centro de Artes e Espectáculos, a escola Secundária Dr. Bernardino Machado, o Jardim Escola João de Deus e vários espaços de lazer existentes na zona, incluindo o Parque Verde das Abadias.

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O QUE FAZER perante a criança doente A E

lgumas das causas mais comuns da diarreia e vómitos nas crianças e bebÊs são as infeçþes por vírus ou bactÊrias, a ingestão errada de medicamentos ou o consumo de alimentos estragados ou contaminados. stas situaçþes podem levar à desidratação das crianças e dos bebÊs, ficando apåticos, sem vontade de brincar ou de comer.

Sinais e sintomas de desidratação infantil: t 1FMF CPDB PV MĂ“OHVB TFDBT F MĂˆCJPT HSFUBEPT t $IPSP TFN MĂˆHSJNBT t 'SBMEBT TFDBT IĂˆ NBJT EF TFJT IPSBT PV DPN VSJOB amarela e com cheiro forte; t $SJBOĂŽB DPN NVJUB TFEF t $PNQPSUBNFOUP GPSB EP IBCJUVBM JSSJUBCJMJEBEF PV apatia; t 1PEF TFS PCTFSWBEP B '0/5"/&-" NPMFJSJOIB EFprimida; t 0MIPT GVOEPT t /Ă?P VSJOBS IĂˆ NBJT EF TFJT IPSBT

Por não se tratar de uma Emergência, mas de uma eventual Urgência, quando a criança estå com diarreia e vómitos deve ser levada de imediato ao pediatra ou Centro de Saúde. Nas crianças e bebÊs a desidratação pode instalar-se rapidamente, o que pode conduzir a uma situação de Emergência.

O que fazer: t 2VBMRVFS NFEJDBÎ�P DBTFJSB EFWF TFS FWJUBEB TBMWP prÊvia indicação mÊdica; t %FWF EBS B CFCFS MÓRVJEPT BÎVDBSBEPT FN QFRVFOPT HPMPT sem grande insistência e sem risco da criança se engasgar; t /P DBTP EF CFC�T RVF BJOEB NBNBN EFWF NBOUFS B amamentação, contudo sem insistência; t 0 CFC� RVF SFKFJUB B NBNBEB QPEF FTUBS B BHJS FN autodefesa. O risco serå a desidratação.

Caso identifique alguns dos sinais e sintomas, deve ligar de imediato para o 112.

INEM – Instituto Nacional de Emergência MÊdica

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Regulamento de Isenções de Impostos é instrumento importante para ajudar associações, colectividades e famílias

CARLOS CIDADE* É com grande felicidade que o PS, vê finalizado o processo de publicação em Diário da República do novo “Regulamento da Concessão de Isenções de Impostos Municipais” desenvolvido pelos eleitos do Partido Socialista no executivo da Câmara Municipal de Coimbra.

Este Regulamento é, em primeira instância, um compromisso eleitoral cumprido e que muito nos orgulha por poder responder de forma transparente ao apoio às famílias, associações e IPSSs, empresas e empresários, a proprietários e arrendatários e que será, certamente, um mecanismo de fixação dos jovens e de incentivo à

reabilitação urbana em todo o concelho.

Este Regulamento clarifica quais os beneficiários das possíveis isenções de impostos municipais, como forma de apoio social e familiar, mas também como mecanismo de incentivo à atividade económica, à captação de investimento e à promoção do associativismo e ação social em Coimbra.

Este documento, agora publicado, contempla a possibilidade de isenções de IMI, IMT e Derrama consoante as tipologias dos beneficiários e adaptando de forma clara e criteriosa os tipos de apoios que estes podem obter com este novo mecanismo.

Com este novo Regulamento abre-se também a possibilidade de apoiarmos as associações e coletividades que tanto foram afetadas nas suas atividades e receitas e que podem agora usufruir de isenções destes impostos, principalmente para, a partir de agora, as associações procederem ao requerimento para efeitos da isenção de liquidação de IMI. As isenções são mecanismos fundamentais para a estratégia

de revitalização da Baixa, Alta, Zona Ribeirinha e de todas as zonas designadas por Áreas de Reabilitação Urbana, mas não se cinge só a essas, sendo um mecanismo diferenciador que pode servir todas as freguesias do Concelho e ser uma ferramenta para a Cidade atrair mais população e investimentos.

O Partido Socialista tem vindo a homogeneizar em regulamentos transparentes, todos os apoios que dá às famílias, empresas e instituições, e essa é uma marca indissociável da nossa governação e que nos permite tratar todos de forma igual e superar as práticas de discriminação avulsa que havia nos mandatos anteriores da governação do PSD/CDS. É este o caminho que definimos para Valorizar Coimbra, respeitando os valores da igualdade, justiça e solidariedade e que com este regulamento fica, ainda mais vincada a nossa visão transparente para o apoio a todos os que querem morar, trabalhar e investir em Coimbra.” *Presidente da Concelhia de Coimbra do Partido Socialista

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ESCRITOR GONÇALO M. TAVARES

em conferência online da UC

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escritor Gonçalo M. Tavares vai proferir, na próxima segunda-feira (23), a partir das 13h30, a conferência “Cultura, Pensamento e Artes”, no âmbito do doutoramento em Estudos Contemporâneos do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20).

A iniciativa terá transmissão online, a partir do endereço Youtube.com/CEIS20.

A conferência do premiado autor vai abordar perspectivas interdisciplinares sobre temáticas como “métodos do pensamento”, “tecnologia e corpo” e “racionalidade e utopias”.

Com estas palestras, de “uma das mais originais vozes do pensamento actual”, os organizadores pretendem “contribuir para a reflexão sobre a contemporaneidade a partir da sua complexidade disciplinar”.

Nascido em 1970, Gonçalo M. Tavares tem publicado, desde 2001, livros em diferentes géneros literários, traduzidos em quase 60 países.

A sua obra – amplamente premiada em Portugal e no estrangeiro – tem sido inspiração para peças de teatro, filmes, espectáculos de dança, performances, objectos de artes plásticas, projectos de arquitectura e teses académicas, entre outros.

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SOMOS COIMBRA renova equipa na Assembleia Municipal

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evido à mudança de residência para fora do concelho, à situação familiar, a razões profissionais ou de saúde, à discordância política e até ao falecimento, o Movimento “Somos Coimbra” procedeu a uma reorganização dos seus membros na Assembleia Municipal (AM) de Coimbra.

“Tal propósito revelou-se de fácil execução devido à total disponibilidade dos outros eleitos”, pelo que, “no pleno exercício das suas funções, o presidente da AM, enviou uma carta a alguns membros do ‘Somos Coimbra’ questionando-os sobre o seu futuro na lista de eleitos”, revela o Movimento.

“Do nosso ponto de vista, essas cartas continham alguns termos injustificáveis e desnecessariamente agressivos, que levaram, por esse facto, à desistência de alguns candidatos”, adianta o ‘Somos Coimbra’, referindo que, da lista de 33 pessoas da lista de efectivos, só cinco renunciaram por discordância política, e destas só uma não pertencia já ao grupo que anunciou a sua saída em Outubro”.

A lista dos eleitos efectivos é, então, a seguinte: José Mário Pessoa Albino (psicólogo); João José Matos Alves Aldeia (inspector da ASAE); Carlos Alberto Nunes da Silva (medico oftalmologista e líder do grupo); João Gilberto de Matos Orvalho (professor do ensino superior); Lúcia Maria Loureiro Santos Ferraz (farmacêutica); Rui Soares (presidente da Junta da U.F. Souselas e Botão)

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VINAGRETAS CLAÚDIA VIEIRA E O PH

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testemunho da Cláudia Vieira, recentemente infectada pelo novo coronavírus, foi partilhado pela Direcção-Geral da Saúde (DGS). Nele a actriz diz que este é um vírus “que ataca de uma forma rápida (...) mesmo no local onde nós nos sentimos mais seguros”, terminando a dizer que sobreviveu para contar a história, “mas muitos não tiveram essa sorte”.

Este até poderia ser um testemunho interessante... não tivesse a Claúdia Vieira feito há bem pouco tempo uma publicação na qual almeja rebentar com a escala do pH (difundindo informação errada)...“Lembre-se que o pH do coronavírus varia de 5,5 a 8,5, portanto tudo o que precisamos fazer para eliminar o vírus é comer alimentos alcalinos, acima do nível ácido do vírus” partilhou... Nós cá aprendemos em Química que um pH ácido é inferior a sete, mas se calhar somos nós que estamos errados...

Afinal, um actor pode ser qualquer coisa. Médico, enfermeiro, virologista... ignorante...

DÁ-ME UM SINAL

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prende-se em semiótica que tudo são sinais e que não existe absolutamente nada no mundo que não signifique. Mas, a verdade é que uns sinais são mais óbvios que outros... Na ilha do Príncipe Eduardo, no Canadá, um homem decidiu desenhar um pénis gigante no seu campo de cultivo de soja de modo a protestar contra o Governo - uma figura de 243 metros, virada propositadamente para a capital, Ottawa. “O governo não parece ter muitos planos para os próximos quatro anos e para as eleições”, admitiu Jamie Rix, proprietário do terreno desde 2009 e autor da obra de arte. A imagem já é visível do Espaço e tudo indica que Jamie está muito orgulhoso, querendo até ajustar o campo de modo a que se pareça com uma pista de aterragem...

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VINAGRETAS “A

aprovação do novo período do estado de emergência, por ampla maioria na Assembleia da República, fornece os instrumentos necessários para, no quadro de um Estado de Direito, fazer face a circunstâncias excepcionais como as que estamos a viver.

António Costa, primeiro-ministro

ALGUÉM DISSE QUE...

”

“N

o mesmo dia em que é votado o decreto do Estado de Emergência, que prevê que os profissionais de saúde não possam rescindir contratos, o governo reconhece, em resposta a esta intervenção do Moisés Ferreira [deputado do Bloco de Esquerda], que estão a ser dispensados trabalhadores precários (enfermeiros, auxiliares) em vários hospitais.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda

”

“O

CHEGA continua o seu caminho para se consolidar como terceira força política nacional. Apesar de todos os ataques, apesar de todas as infâmias diárias, é no CHEGA que os portugueses confiam para fazer a mudança em Portugal.

André Ventura, presidente do Chega

”

“O

s partidos, assim como os portugueses, sentem-se enganados. O que nos foi dito foi que vinha aí o chapéu legal que permitiria tomar medidas de controlo da pandemia e o que tivemos foram restrições absurdas que mataram comércio e restauração, concentraram e confinaram pessoas a horas em que não deviam estar confinadas, que impediram a vida social.

Idem

”

“A

declaração do estado de emergência tem um carácter absolutamente excepcional e as suas sucessivas renovações não devem de forma alguma enfraquecer a democracia ou gerar a perda de confiança das cidadãs e dos cidadãos na capacidade das instituições e nos órgãos de soberania.

Inês Sousa Real, líder parlamentar do PAN

”

“O

que vimos foram medidas confusas, imperceptíveis ou injustificáveis, conduzindo a concentrações horárias, e de pessoas, evitáveis e, ao mesmo tempo, a prejuízos económicos desnecessários.

Telmo Correia, líder parlamentar do CDS-PP

”

“I

nfelizmente vimos mais anúncios do que concretizações e mais atrasos do que rapidez na resposta às pessoas e à economia. É uma urgência que estes atrasos e limitações nas respostas sejam supridas no estado de emergência que estamos a discutir. Esperemos que o Governo esteja à altura deste desafio.

Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco de Esquerda

”

VIROSE HUMORÍSTICA

'

entro da desgraça há sempre alguém que resiste, que procura animar os mais circunspectos.

O coronavírus tem sido pretexto para tiradas cheias de imaginação e que nos fazem sorrir. Aliado às palavras há também as imagens que nos reforçam o contexto.

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SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO 2020

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2004

[PUBLICADO EM 27/05/2004]

P E R F I L

Vida em forma de arte NOME Mário de Campos Pimentel da Silva IDADE 74 anos PROFISSÃO Pintor PASSATEMPO Natação SIGNO Sagitário

| Rita Basílio

V

ista de fora, a casa é apenas uma minúscula peça do puzzle marítimo. Sem ela, o «quadro» – salpicado de artérias estreitas, apinhadas de edifícios baixos, caiados de branco, a exibir, orgulhosos, os ladrilhos vidrados – não ficaria incompleto. Mas perderia emoção. Já ninguém o mirava à procura do local onde, um dia, nidificou um pintor – ali conhecido por Sr. Mário –, verdadeiro embaixador de Lavos no mundo.

Dentro da casa-atelier, o cenário é outro. Não de tela, mas de galeria. Forram as paredes os quadros dos amigos. E os cristos – às dezenas – partilham o espaço que sobeja com recordações.

Algumas já envoltas numa ou noutra teia, que as hierarquizam segunda uma lógica dos afectos: Mário garante que as aranhas marcam aquilo que para si tem mais valor!

Nas traseiras, o altar-mor. A terra, o jardim, as culturas e as esculturas. O atelier, perfumado de tintas, onde ensaia e cria as suas figuras surreais. O alpendre envidraçado, onde repousam os vinhos, as quinquilharias, as fotografias – como aquela em que abraça o nobel Saramago. A sala repleta de instrumentos agrícolas, “que, um dia, há-de vir a ser o Museu do Marnoto”. Ou ainda os cães, as pombas e os vitrais.

“Aqui tenho tudo”, afiança. “Estou bem. Toda a vida viajei, me apaixonei, cometi loucuras, sempre com o coração ao largo. Agora pousei. O que não quer dizer que me tenha conformado”.

Só se arrepende de uma decisão que não lhe coube tomar: a do regresso do pai – o físico e matemático conimbricense Mário Silva – a Portugal, após um período em que foi assistente de Madame Curie, em Paris.

“Ele bem quis ficar, mas Salazar mandou-lhe uma carta a pedir que regressasse e a dizer que lhe dava o laboratório de Física para fazer experiências. E ele veio com a ideia de vir aqui criar um Instituto do Rádio. Se tivéssemos ficado... talvez ele tivesse sido mais e eu também”.

Não foi fácil a vida do cientista Mário Silva após a debandada. Perseguido pelo poder político, “o democrata insigne, cidadão de coluna vertebral erecta, não consegue fugir ao cerco férreo do ditador. Após anos de perseguição conjugados com várias prisões, é demitido da cátedra”, relata o médico José Santos Viegas, re-

pisando o texto de elogio ao pintor, criado para a cerimónia de abertura do ano lectivo de 19951996, na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

Mário – ele próprio detido pela Pide em três ocasiões diferentes – “aumenta progressivamente o ódio às trevas”, prossegue o oftalmologista, em tempos, director da revista Pentágono, produzida por estudantes de Coimbra, incluindo pelo amigo pintor, que a coordenava artisticamente. “Em bastantes obras”, sublinha, “nota-se uma luta contra o terror do Estado, um combate denodado à opressão reinante.”

Mas a rebeldia e a irreverência reconhecidas em Mário Silva vêm de trás. Tão de trás que o ex-deputado e ex-governador civil de Coimbra, Santana Maia – seu cunhado – o recorda quer como o estudante que, tal como ele, “subiu ao palco que Humberto Delgado pisou para proferir um dos seus inflamados discursos”, representando os membros da Academia que temiam em dar a cara pelo momento de contestação ao regime, quer como o rapaz que “vestia uma meia de cada cor e que gostava de exibir um ar bizarro”.

O pai, recorda, “sempre apoiou a sua vocação” – também ele se apaixonara pela arte, tocando, em jovem, piano e violino e entregando-se à literatura. “Só não gostava que fosse tão mandrião nos estudos”.

Mário chegou a estudar Engenharia Geográfica e Matemática. Mas a devoção pelo pequeno atelier que o pai lhe montou no rés-do-chão de casa e a entrega às secções mais artísticas da Academia roubavam-lhe o tempo necessário para progredir na área de eleição do seu antecessor biológico.

Em 1957 expôs, pela primeira vez – se excluirmos da cronologia as pinturas de parede, nascidas à revelia da polícia política –, no então Salão Nicola. E, um ano depois, com 28 anos, integra o grupo de artistas fundador do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, de que foi director em 1959, e que ainda hoje usufruiu de um subsídio vitalício atribuído pela Fundação Gulbenkian, nessa altura negociado.

Ainda em caloiro, aguentou-se na Suécia quase um mês, à custa dos seus quadros. Mais tarde, uma outra estada durou um ano numa Holanda “fascinante”, onde pintou, expôs e serviu num ho-

tel, sempre com a poesia de Álvaro de Campos debaixo do braço.

“ETERNO SEDUTOR” Casou tarde, por puro amor. Paixões teve muitas.

Talvez por culpa de “ter sido desmamado tão cedo”, justifica – a mãe faleceu tinha três meses. Ou talvez, como argumenta José Santos Viegas, por ser “um eterno sedutor”. Mas como aquela, foi raro.

Rendeu-se aos encantos da filha do advogado José Cardoso – antigo presidente da Câmara da Lousã, governador civil de Coimbra e deputado –, médica com quem veio a trazer ao mundo Sandra.

Sete anos depois, porém, o coração voltou a incendiá-lo. Curiosamente por culpa de uma mulher chamada Maria José e de signo touro, tal e qual como aquela que havia desposado. A diferença é que esta amada era bem mais nova, bem mais nova mesmo. Não tinha sequer 18 anos. E, num golpe de conto de fadas, Mário foge com ela para o Brasil.

Quando regressa, instala-se em Santa Luzia, Lavos, para estar perto do mar – tal como na infância, passada nos colos dos avós –, para ali enraizar a família, criar um filho – hoje formado em design – e, com modéstia, mostrar como se tornou num dos mais originais artistas plásticos de um país “que durante anos e anos se acomodou às conveniências”.

“Conheci-o depois, quando eu próprio cheguei à Figueira da Foz, há 17 anos”, relata o pintor Jorge Rodrigues. “Entro na Caixa Geral de Depósitos e vejo um homem em tronco nu a dizer que, já que lhe queriam tirar tudo, que lhe ficassem também com a camisa. Mais tarde, queimou uma série de quadros em protesto contra o fisco”.

Uma excentricidade que o presidente da Magenta – associação cujos pintores, encabeçados por Mário, irão expor em Paris, no próximo dia 2 de Junho – garante que não rivaliza com “o seu bom coração: tem apadrinhado inúmeros artistas da zona Centro”.

Viveu em estado de arte e nela morrerá. De pé, como as árvores. Lutando. Tal como quando se senta a pintar. Na génese de cada uma das suas telas há uma luta, diz. “As múltiplas peças componentes aquecem no atrito e, então, após o esforço, impera o encantamento”.

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SEXTA-FEIRA, 20 DE NOVEMBRO 2020

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