"Campeão Digital" - Edição extra - 18/12/2020

VESPERTINO

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PORDATA ACABA DE REVELAR NOVOS DADOS SOBRE MIGRAÇÕES

QUATRO EM 10 PORTUGUESES EMIGRARAM NOS ÚLTIMOS OITO ANOS

PÁGINAS 02 A 16 Imagem: Programa Fronteiras XXI (RTP) e Fundação Francisco Manuel dos Santos

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Diana Baptista, Sónia Pereira, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Zilda Monteiro

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PORDATA ASSINALA DIA INTERNACIONAL DAS MIGRAÇÕES

PORTUGAL PERDEU 300 mil pessoas para a emigração

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ara assinalar o Dia Internacional das Migrações, que se celebra hoje, sexta-feira, dia 18 de Dezembro, a Pordata, base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, elaborou 16 destaques estatísticos sobre o contributo do saldo migratório na dinâmica da população, a evolução e características dos emigrantes e imigrantes, a importância das remessas e o número e composição da população estrangeira a residir em Portugal.

Publicamos na íntegra este documento, pela sua importância, deixando aqui os principais destaques que os dados dão a conhecer: - Entre 2010 e 2019, o país perdeu perto de 300 mil pessoas. 2019 foi o primeiro ano, desde 2010, em que se registou um aumento da população (+ 19.300 face a 2018).

- Entre 2011 e 2019, quase 1 milhão de pessoas saiu de Portugal (923.327) e, destas, quatro em cada dez (369.536 pessoas) saíram do país de forma permanente (i.e. por um período igual ou superior a um ano).

- Em 2019 entraram em Portugal, com a intenção de permanecer no país, cerca de 73 mil pessoas, mais 40 mil do que em 2009.

- Apenas 3% da população empregada em Portugal é estrangeira. No Luxemburgo, são 54% da população empregada. Comparativamente à nacional, a população estrangeira é mais vulnerável ao desemprego. Em 2019, a taxa de desemprego atingiu quase 12% da população activa estrangeira e 6% da população activa nacional.

- Nos últimos dez anos, as comunidades estrangeiras que mais cresceram, em termos

relativos, foram: os nepaleses (25 vezes mais, embora a comunidade não ultrapasse os 17 mil cidadãos), os italianos (6 vezes mais) e os franceses (cinco vezes mais). A comunidade indiana triplicou, enquanto que as comunidades espanhola, chinesa e britânica duplicaram.

- Entre os dez municípios com maior proporção de estrangeiros no total da sua população residente, oito deles são algarvios. Neste top 10, pelo menos um em cada quatro residentes são estrangeiros nos municípios de Vila do Bispo, Albufeira, Lagos, Odemira, Aljezur, Tavira e Loulé.

- As remessas de emigrantes atingiram, em 2019, os 3,6 mil milhões de euros, e equivalem a 1,7% do PIB. Portugal é o terceiro país, a seguir à Croácia e à Bulgária, com maior peso de remessas em % do PIB.

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QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO 2020

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REMOÇÃO DE FIBROCIMENTO ARRANCA NAS ESCOLAS DE COIMBRA

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CÂMARA DE COIMBRA CONSIGNOU

obras para remoção de fibrocimento em escolas O

presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, consignou, esta quinta-feira (17), as empreitadas de remoção de fibrocimento em seis escolas.

Estas intervenções, que vão ocorrer nas escolas básicas Eugénio de Castro, de Taveiro, de Ceira, de Trouxemil, de S. Silvestre e na escola secundária Jaime Cortesão, representam um investimento superior a 600 000 euros e decorrem no âmbito do acordo de colaboração celebrado entre o Governo e o Município, que tem como objectivo remover o fibrocimento dos estabelecimentos escolares de Coimbra.

Manuel Machado salientou a importância do lançamento destas empreitadas, “para que todas as escolas de Coimbra fiquem livres de amianto”, sendo esta uma medida de “protecção da saúde, mas também um contributo para a requalificação do parque escolar do concelho”.

O autarca lembrou que “durante a fase de obra, há sempre perturbações”, pedindo, por isso, a compreensão e colaboração de todos para que “se consiga minorar esses efeitos”.

Nesse sentido, deixou, também, um desafio às empresas que venceram os diversos concursos públicos e que a partir desta quinta-feira passam a ser os responsáveis pelas obras. “Se a empresa conseguir reduzir o prazo de execução, a Câmara fica grata e compensa, antecipando também o pagamento”, afirmou Manuel Machado.

A empreitada da Escola Básica Eugénio de Castro, frequentada por cerca de 900 alunos, fica a cargo da Construções António & João Bento Lda., e representa um investimento de mais de 304 000 euros. A obra será executada bloco a bloco, para minimizar os impactos na vida da comunidade educativa.

A intervenção consiste na remoção de cerca de 6 000 metros quadrados “de chapas de fibrocimento; reparação e impermeabilização das coberturas planas, assim como das caleiras; fornecimento de chapa perfilada de aço galvanizado termolacado; e demais

trabalhos, para uma perfeita realização de obra”, lê-se na informação técnica dos serviços municipais.

Já as intervenções nas escolas básicas de Taveiro, Ceira, Trouxemil, S. Silvestre e na escola secundária Jaime Cortesão preveem a remoção de cerca de 6 500 metros quadrados de fibrocimento. A empreitada foi dividida em três lotes: escola básica de Taveiro (Lote 1); escola básica de Ceira (Lote 2); escolas básicas de Trouxemil, São Silvestre e escola secundária Jaime Cortesão (Lote 3).

O Lote 1 fica a cargo da CPW Engenharia Lda., e representa um investimento de mais de 146 700 euros; o Lote 2 será realizado pela firma ISPT – Industrial Services SA., por mais de 153 000 euros; e o Lote 3 fica a cargo da empresa Fachaimper, Lda., pelo valor de mais de 37 000 euros.

Concluídas estão já as empreitadas dos jardins-de-infância de Brasfemes e da Solum, num investimento de cerca de 19 000 euros, tendo sido removidos 180 metros

quadrados de fibrocimento no total.

Recorde-se que estas empreitadas são financiadas pelos Programas Operacionais Regionais, tal como anunciou o Governo, a 23 de Junho, durante a assinatura de um protocolo com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), também presidida por Manuel Machado, para a colaboração das autarquias na remoção de fibrocimento nos edifícios escolares.

Nessa cerimónia, o primeiro-ministro, António Costa destacou que este programa contribuirá ainda para travar “efeitos devastadores” no emprego, dinamizando a construção civil em todo o território nacional e agradeceu a Manuel Machado “a parceria com a ANMP para a intervenção nas escolas, que tinham um problema que se arrastava há muitos anos”.

“Estou certo de que os municípios vão arregaçar as mangas em articulação com o Governo”, concluiu o presidente da Câmara de Coimbra.

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Associação Académica de Coimbra quer jovem com menos de 30 anos no Conselho de Estado

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Associação Académica de Coimbra reuniu-se em Assembleia Magna, esta quarta-feira (16), na qual discutiu e aprovou um caderno de compromissos presidenciais proposto pela Direcção-Geral recém-eleita.

O documento, que será agora apresentado aos candidatos a Belém, intitulado “Presidência Interventiva”, é composto por oito compromissos estruturais para o mandato presidencial, onde se destaca um sistema de ensino superior universal e gratuito, a valorização da juventude, a acção climática e a oposição clara a qualquer revisão dos preceitos da Constituição da República Portuguesa.

Para a Associação Académica de Coimbra, um dos pontos fundamentais do documento é a valorização da juventude. “A valorização da juventude é o garante primordial de todo o sistema político-constitucional no futuro, motivando os jovens a não alhear-se dos seus direitos cívicos e políticos”, pode ler-se no caderno de compromissos.

“Para a AAC é fundamental a valorização da juventude no espaço político nacional. Por isso, pedimos ao próximo Presidente da República que considere um jovem, com menos de 30 anos, para integrar o Conselho de Estado”, apela João Assunção, presidente da Associação Académica de Coimbra.

O líder estudantil afirma, ainda, que “esta é a oportunidade para que os candidatos à Presidência da República

se possam comprometer com as prioridades das gerações mais jovens e de intervirem na vida política nacional, ao longo dos próximos cinco anos, defendendo intransigentemente o nosso sistema democrático e o bem-estar futuro de toda a sociedade”.

Para o presidente da AAC, “este é o momento-chave para compreender quem é que está ao lado certo da história e quem prefere continuar a ignorar os problemas centrais da nossa sociedade. Queremos um Presidente da República que se oponha, de forma absoluta, uma revisão constitucional que ponha em causa os valores intransponíveis da nossa Lei Fundamental e que decrete o estado de emergência climática em Portugal,

salvaguardando o futuro da nossa democracia e do nosso Planeta”.

Os estudantes de Coimbra concordaram, ainda, em excluir o candidato André Ventura de qualquer convite, acto político ou público da Associação Académica de Coimbra até às eleições presidenciais.

O presidente da AAC afirma que “a Academia de Coimbra não quer dialogar com quem se apresenta como opositor claro dos valores democráticos que regem a nossa sociedade, pelos quais a Associação Académica de Coimbra tanto lutou e sempre defendeu ao longo dos seus 133 anos de história. As divisões são insupríveis ao ponto de não haver diálogo possível”, rematou o líder estudantil.

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Professor JosĂŠ Reis sublinha as desigualdades acentuadas pela pandemia e pergunta:

O que vamos fazer com o que aprendemos? giu por ordem divina. Surgiu tinha um poder de que, se porque nas grandes regiĂľes repararmos, hoje abdicou: do mundo houve um cono poder de emitir dinheijunto de decisĂľes em que ro. A soberania começava nĂłs nĂŁo reparĂĄmos e que com a moeda. NĂŁo sĂł por levaram a que em vez de ser factor de riqueza mas as coisas serem como eram SRU VHU IDFWRU GH FRQĂ&#x20AC;DQoD atĂŠ aĂ­ passassem a ser doutra e decisĂŁo. Hoje precisamaneira. Os bancos passa-se de moeda para que as ram a ser apenas locais de pessoas possam manter a circulação de dinheiro. Os sua condição na sociedade bancos tinham, outrora, e nĂŁo ĂŠ apenas por razĂľes um depĂłsito obrigatĂłrio individuais mas sim para no Banco Central. Era que essa capacidade das sinĂłnimo de segurança pessoas seja tambĂŠm para para os depositantes e era manter a prĂłpria economia. tambĂŠm um travĂŁo (para Na economia pensa-se, por nĂŁo andar todo a circuvezes, que qualquer despesa lar). Quando isto acabou, ĂŠ um custo.

Mas, Ă s vezes, ĂŠ ou ĂŠ preciso â&#x20AC;&#x153;mexer nas LINO VINHAL/ NĂ DIA MOURA o banco pĂ´s o dinheiro a uma forma de gerar proveicausasâ&#x20AC;??

CampeĂŁo das ProvĂ­nFLUFXODU ,VWR VLJQLĂ&#x20AC;FD XPD [JR]: Ă&#x2030; preciso ambas. tos maiores. Em qualquer JosĂŠ Reis licenciou-se (1978) cias [CP]: A UniĂŁo Euro- Ou seja, Portugal nĂŁo estĂĄ assunto da economia uma enorme velocidade na cire doutorou-se (1989) na FEUC peia, apĂłs a pandemia, cheio de dinheiro mas ĂŠ coisa ĂŠ, simultaneamente, culação do dinheiro. Qual nunca mais voltarĂĄ a ser preciso injectar dinheiro um custo e um proveito. exemplo, o que o Trump que hĂĄ emprĂŠstimos a taxas ĂŠ o mandato do Banco a mesma? fez quando chegou ao po- negativas. O dinheiro, hĂĄ Central Europeu? NĂŁo ĂŠ na economia e, sobretudo, JosĂŠ Reis [JR]: NĂŁo nas pessoas. Vai ser muito [CP]: Tive um profes- der. E jĂĄ vinha de trĂĄs. Ele muitos anos atrĂĄs, estava Ă&#x20AC;QDQFLDU RV (VWDGRV QHP sabemos isso mas sabemos difĂ­cil fazermos o certo. sor que dizia â&#x20AC;&#x153;isto tem de chegou lĂĄ e pensou â&#x20AC;&#x153;eu e os no bolso das pessoas e das a Economia. A grande vĂĄrias coisas que a pande- As ideias sĂŁo o que mais ser Ă BĂŠla Guttmannâ&#x20AC;? e ricos como eu nĂŁo vĂŁo pa- empresas que o tinham, na função que ganhou o Banco mia nos veio sublinhar, noCentral ĂŠ alimentar e salvar recordava que ele tinha os mercados financeiros. sido um grande treinador A â&#x20AC;&#x153;pornografiaâ&#x20AC;? na riqueza cresceu Em Portugal, hoje, mesmo com as crises Este fundo de recuperação GR %HQĂ&#x20AC;FD TXH GL]LD ´HX e tem gerado muita ostentação. que vamos tendo, produzimos seis vezes mais e resiliĂŞncia tem algumas nĂŁo me importo de soriqueza do que produzĂ­amos em 1960. meadamente a questĂŁo das pesa na sociedade porque frer trĂŞs golos desde que novidades. Por exemplo, desigualdades. Um tema que ĂŠ com elas que interpre- marque cincoâ&#x20AC;?. Ă&#x2030; este o JDU LPSRVWRVÂľ H D YHUGDGH autoridade bancĂĄria e nos a construção de habitação invadiu hĂĄ muito os debates tamos e corrigimos. Essas pensamento, nĂŁo ĂŠ? ĂŠ que nĂŁo paga. O que estĂĄ Estados. Hoje o dinheiro pĂşblica. VĂĄ-se lĂĄ saber o porque ĂŠ um assunto gritan- ideias serviram, ao longo [JR]: Exactamente. a acontecer ĂŠ que estamos estĂĄ numa super estrutura porquĂŞ, a habitação pĂşblica te. Falar de desigualdades ĂŠ da nossa histĂłria, para le- Em Portugal, hoje, mesmo a deixar gente para trĂĄs. Te- que sĂŁo os grandes fundos QXQFD IRL Ă&#x20AC;QDQFLDGD SHORV falar de injustiças. As pesso- gitimar essas desigualdades. com as crises que vamos mos muitos desapossados Ă&#x20AC;QDQFHLURV ( LVWR QmR VXU- fundos europeus. as deviam ter um quinhĂŁo Thomas Piketty diz que tendo, produzimos seis na nossa sociedade, pessoas mais justo daquilo que ĂŠ hĂĄ um momento histĂłri- vezes mais riqueza do que que nĂŁo tĂŞm posses nem Tinha começado a escrever um livro SURGX]LGR $ ´SRUQRJUDĂ&#x20AC;DÂľ co em que se contrariou produzĂ­amos em 1960. E quem se preocupe que eles que era para se chamar â&#x20AC;&#x153;Vulnerabilina riqueza cresceu e tem essa tendĂŞncia inigualitĂĄria, percebemos isso porque tenham lugar na sociedade. dades - Retratos de um paĂ­s frĂĄgilâ&#x20AC;?. gerado muita ostentação. que foi o perĂ­odo entre as cada um de nĂłs tem mais Na nossa sociedade haverĂĄ Quando começou a pandemia decidi que o tĂ­tulo Ă&#x2030; somente um proble- duas guerras do sĂŠculo XX coisas: mais saĂşde, mais es- sempre respostas, boas ou jĂĄ nĂŁo podia ser aquele e, sendo assim, passou ma de justiça social? Algo porque existiu a noção de tradas, mais bens pĂşblicos... mĂĄs. HaverĂĄ sempre quem a chamar-se â&#x20AC;&#x153;Como reorganizar um paĂ­s vulneque nos confrange, que que era preciso introduzir ou seja, vivemos melhor. dĂŞ uma resposta oporturĂĄvel?â&#x20AC;? O grande problema ĂŠ se vamos voltar ao nĂŁo pode ser assim? Ă&#x2030; um limites Ă propriedade. Hou- Estas seis vezes mais do nistas a esses desapossados mesmo, vamos regressar ao normal ou vamos problema de injustiça ou ĂŠ ve um consenso e ideias Portugal de hoje quer dizer SDUD DXPHQWDU D FRQĂ LWXDOLfazer outras coisas? mais do que isso? Ă&#x2030; claro que permitiram diminuir que sĂł cĂĄ chegĂĄmos porque dade. Importa tambĂŠm dar que ĂŠ mais! Uma socieda- desigualdades. O que estĂĄ estivemos nesses dois lados respostas que promovam a DevĂ­amos reindustrializarmo-nos com a subsde assente nesse tipo de agora em causa ĂŠ se temos da balança, porque estive- inclusĂŁo e a coesĂŁo. tituição de importaçþes. Eu comecei a reparar desigualdades estĂĄ a deixar hoje essa tecnologia pode- mos a assumir custos com que gera mais controvĂŠrsia a ideia de dizermos de fora muitas pessoas e rosa que sĂŁo as ideias para essa riqueza e estivemos a [CP]: Disse hĂĄ pouco que ĂŠ preciso fazer a substituição de importaa gerar vulnerabilidades, que falta moeda e que ĂŠ çþes porque quando digo isto dizem logo que O que estĂĄ a acontecer ĂŠ que estamos ou seja, uma incapacidade preciso injectar dinheiro. quero fechar o paĂ­s, que nĂŁo quero exportaa deixar gente para trĂĄs. Temos muitos da sociedade de depois Ă&#x2030; aquilo a que a Europa çþes...mas nĂŁo ĂŠ nada disso. O que eu digo ĂŠ desapossados na nossa sociedade, pessoas reconstituir o que devia ser se propĂľe fazer, com o que quero exportar o mesmo ou mais mas com que nĂŁo tĂŞm posses nem quem se preocupe a sua forma de vida. Ă&#x2030; um fundo de recuperação. maior componente nacional. que eles tenham lugar na sociedade. problema muito actual. E Admitindo que esse placom estas vulnerabilidades no segue em frente e O Plano Marshall [dinheiro injectado pelos EUA nĂŁo hĂĄ futuro democrĂĄtico. fazer alguma coisa neste redistribui-lo. NĂŁo o redis- que, para Portugal, vĂŞm para reconstruir a Europa] nĂŁo foi para ganhar o A pandemia trouxe-nos sentido. Ao contrĂĄrio do tribuĂ­mos bem, claro, mas os tais mil milhĂľes, esse cĂŠu mas foi para evitar o inferno. Sabe quanto ĂŠ a certeza que as desigual- que aconteceria hĂĄ cem ĂŠ indiscutĂ­vel que hĂĄ me- valor deveria vir e privileque a exportação de um euro de um carro que dades se acentuaram e o anos atrĂĄs, provavelmente, nos pobres que em 1960. giar as pessoas? saia da Autoeuropa representa para a economia grande drama polĂ­tico, so- o poder (de todos os tipos) Devia limitar-se a riqueza [JR]: Sim, mas de fornacional? Aquele carro que ĂŠ vendido por cem cial e econĂłmico ĂŠ: o que estĂĄ muito mal distribuĂ­do. de algumas pessoas com a ma mediada. A melhor fornĂŁo significa que contribuiu com esses cem vamos fazer com o que O que vale, por exemplo, Ă&#x20AC;VFDOLGDGH SURJUHVVLYD ma de fazer chegar dinheiro para o PIB portuguĂŞs. Contribuiu com trinta e aprendemos? Ă s pessoas ĂŠ assegurando o poder polĂ­tico quando pouco. O resto foram importaçþes prĂŠvias. Na [CP]: EstĂĄ a deixar-se que tĂŞm emprego, acesso ele estĂĄ manietado por indĂşstria portuguesa a incorporação [CP]: Para corrigir poderes que nĂŁo conhe- cair a função social da a serviços... no mundo nĂŁo nacional das nossas exportaçþes ĂŠ este panorama basta cemos o rosto? Ao longo propriedade... hĂĄ falta de dinheiro. Tanto cerca de 55%. inundar com dinheiro da minha vida, o Estado [JR]: Sim e veja, por que nĂŁo hĂĄ que nĂłs vemos

Ă&#x2030; Professor CatedrĂĄtico da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) mas, alĂŠm deste, foram vĂĄrios os outros cargos desempenhados ao longo da sua carreira, nomeadamente o de SecretĂĄrio de Estado do Ensino Superior (19992001) e o de Presidente do Conselho CientĂ­fico (1992-1994 e 2000-2004) e Director da FEUC (2009-2015), alĂŠm de investigador do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Em entrevista Ă â&#x20AC;&#x2DC;RĂĄdio Regional do Centroâ&#x20AC;&#x2122; e ao â&#x20AC;&#x2DC;CampeĂŁo das ProvĂ­nciasâ&#x20AC;&#x2122;, JosĂŠ Reis fala sobre o passado, o presente e o futuro da economia portuguesa e destaca a vulnerabilidade do paĂ­s decorrente da pandemia.

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AcadĂŠmica e UniĂŁo vĂŁo defrontar-se em trofĂŠu anual

â&#x20AC;&#x153;Doutoresâ&#x20AC;? e â&#x20AC;&#x153;futricasâ&#x20AC;? reeditam dĂŠrbi de futebol em Coimbra Estas disputas, jĂĄ atenuadas pelo virar de sĂŠculo, Os clubes histĂłricos de podem ser revividas com Coimbra - a AcadĂŠmica e o este trofĂŠu, mas â&#x20AC;&#x153;proporUniĂŁo - vĂŁo passar a defron- cionando momentos de tar-se no inĂ­cio de cada ĂŠpoca aproximação, alegria e confutebolĂ­stica para disputarem vĂ­vio entre adeptos e as uma taça criada por uma em- famĂ­lias destes dois grandes presa que patrocina os dois emblemas/clubes da cidaemblemas da cidade.

GH¾ UHIHUH 9LYDOGR &DVHLUR A AcadÊmica, ligada ao da empresa promotora, meio universitårio e conside- a Grab & Go, marca de UDGD GRV ´GRXWRUHV¾ VHPSUH rede de lojas automåticas, teve grande rivalidade com o acrescentando que a priUnião, clube apontado como meira edição se realizarå jå dos futricas, designação dada em 2021 no actual Estådio em Coimbra a quem não era Cidade de Coimbra. estudante.

Apesar de ambos jĂĄ ´,Q LOOR WHPSRUHÂľ R FRQ- terem militado na principal fronto entre o meio estudantil divisĂŁo nacional de futebol, universitĂĄrio e a cidade fazia- a realidade entre os dois -se tambĂŠm no futebol, que conjuntos ĂŠ hoje bem difedavam lugar a animadas ter- rente. A AcadĂŠmica disputa tĂşlias em cafĂŠs da cidade, com a II Liga e o Clube UniĂŁo o ArcĂĄdia mais virado para os 1919 a DivisĂŁo de Honra academistas e a estender-se Ă da Associação de Futebol Brasileira, onde tambĂŠm se de Coimbra. juntavam escritores e artistas O presidente da AcadĂŠplĂĄsticos, enquanto o cafĂŠ mica-OAF salienta que esta Santa Cruz era o local de iniciativa vai permitir â&#x20AC;&#x153;reviencontro dos unionistas.

YHU WHPSRV DQWLJRVÂľ DSHVDU LUĂ?S SANTOS

de os dois clubes estarem em patamares competitivos diferentes.

Salientando que houve uma rivalidade salutar entre os dois emblemas da cidade, Pedro Roxo considera que este trofĂŠu resulta tambĂŠm da â&#x20AC;&#x153;aproximação que a Briosa tem feito com todos os clubes GD UHJLmRÂľ â&#x20AC;&#x153;Queremos estar prĂłximos e que os emblemas da regiĂŁo vejam na AcadĂŠmica uma âncora para que se posVD FULDU FOXEHV PDLV IRUWHVÂľ referiu o dirigente dos â&#x20AC;&#x2DC;estudantesâ&#x20AC;&#x2122;.

Para o presidente do Clube UniĂŁo 1919, o trofĂŠu faz todo o sentido â&#x20AC;&#x153;para DSUR[LPDU RV GRLV FOXEHVÂľ da cidade, que em tempos foram rivais: de um lado os estudantes da academia e do outro os jovens operĂĄrios e trabalhadores da cidade. â&#x20AC;&#x153;Faz sentido que os clubes se entendam e ĂŠ benĂŠĂ&#x20AC;FR SDUD D FLGDGH H SDUD R IXWHEROÂľ GHIHQGH )HUQDQGR

Soares, mais conhecido por ManĂĄ, ex-atleta do UniĂŁo de Coimbra, no qual jogou trĂŞs ĂŠpocas com Pedro Roxo, actual presidente da AcadĂŠmica.

Vivaldo Caseiro, o impulsionador da iniciativa, deixa algumas palavras aos sĂłcios e adeptos das duas instituiçþes, â&#x20AC;&#x153;nesta nova fase na vida de todos, em que vivemos uma realidade diferente, Ă qual ainda nĂŁo nos habituĂĄmos totalmente, esperando sempre o regresso ao nosso â&#x20AC;&#x2DC;normalâ&#x20AC;&#x2122;. â&#x20AC;&#x153;Ă&#x2030; com a uniĂŁo e com a partilha que todos temos vindo a superar as adversidades, nĂłs nĂŁo somos excepção, e apesar de este ano nos ter trazido quebras na ordem dos 50%, nĂŁo podemos deixar de continuar a apoiar o Desporto e vĂĄrias IPSS e ONGs que tambĂŠm sofrem com esta pandemia. Pretendemos com este trofĂŠu, proporcionar momentos de aproximação, alegria e convĂ­vio entre adeptos e as famĂ­lias destes dois grandes emblemas/clubes da

cidade. Acreditamos que este serĂĄ o primeiro de vĂĄrios dĂŠrbis e que a Taça Grab&Go seja o jogo de arranque de FDGD WHPSRUDGDÂľ MXVWLĂ&#x20AC;FD

Numa tentativa de reaproximação Ă casa-mĂŁe e SURĂ&#x20AC;VVLRQDOL]DomR GR IXWHERO foi criado em 1984 o Organismo AutĂłnomo de Futebol (OAF), com o nome e sĂ­mbolo tradicionais da AcadĂŠmica.

Vårias O Clube Futebol União vicissitudes de Coimbra foi fundado em Fundada em 1887, a 1919 por um grupo de jovens Associação AcadÊmica de ligados ao comÊrcio e indúsCoimbra (AAC) conta com tria da cidade.

Em 1972, venceu a Zona 63 participaçþes no escalão maior do futebol português, Norte da 2.ª Divisão, da qual mas desceu de divisão na Êpo- viria a sagrar-se campeão, e ca 2015/2016, sendo o mais garantiu a subida histórica à I antigo clube em actividade Divisão Nacional, na qual se em Portugal e na Península manteve apenas uma Êpoca.

O UniĂŁo de Coimbra IbĂŠrica. Ă&#x2030; detentora da primeira passou por graves problemas Taça de Portugal, ganha em Ă&#x20AC;QDQFHLURV HP TXDQGR 1939, prova que voltou a subiu Ă III DivisĂŁo Nacional, conquistar em 2012, depois e acabou com a equipa sĂŠnior, GH Ă&#x20AC;QDOLVWD YHQFLGR HP declarando insolvĂŞncia e consequente extinção.

1967 e 1969.

Dez anos depois, um Em 1974, a AAC acabou com a Secção de Futebol e grupo de antigos sócios e disurgiu o Clube AcadÊmico rigentes juntaram-se e deram de Coimbra, que assumiu a uma nova vida ao emblema posição da extinta Secção da da Arregaça, com a criação do Clube União 1919.

AcadĂŠmica na I DivisĂŁo.

Pedro Roxo, presidente da AcadĂŠmica/OAF, Vivaldo Caseiro, da Grab & Go, e Fernando Soares, presidente do UniĂŁo, encontraram-se onde foi o velho estĂĄdio do CalhabĂŠ, hoje Cidade de Coimbra In CampeĂŁo das ProvĂ­ncias de 17/12/2020

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 DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL  DIGITAL Projecto Trampolim

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2V Ă&#x20AC;OKRV GD UHFOXVmR WDPEpP WrP XPD YR] SĂ&#x201C;NIA PEREIRA

SĂŁo lembranças passadas, imagens violentas gravadas na memĂłria de quem ainda agora começou a viver. Ă&#x2030; a falta do toque, ou simplesmente da palavra amiga, do pai ou da mĂŁe, que marca o GLD GH MRYHQV H FULDQoDV Ă&#x20AC;OKRV de pais reclusos.

Minimizar o impacto emocional e relacional nestas crianças e jovens Ê o objectivo do Núcleo de Intervenção Infanto-Juvenil, criado a partir do Projecto Trampolim. Projecto que tem vårias entidades parceiras, entre as quais a Câmara Municipal de Coimbra, como entidade promotora, e o CASPAE, como entidade gestora.

Uma intervenção inclusiva

O Projecto Trampolim jå não Ê novo. Surgiu em 2004 e desde então tem feito a diferença na vida de muitas crianças e jovens que vivem no Planalto do Ingote e no Centro de Estågio Habitacional do Bolão, em Coimbra.

São 131 as crianças e jovens acompanhados actualmente.

Financiado pelo Programa Escolhas, foi seleccionada esta årea de intervenção uma vez que são bairros de habitação municipal com características sociais que, face às problemåticas existentes, necessitavam de intervenção imediata, conforme explicou Carla Mendes, coordenadora do Projecto Trampolim.

Muitos são os projectos que têm a decorrer, desde programas de capacitação, a acompanhamento e orientação para projectos de vida ou apoio ao estudo.

Estas são algumas das actividades que as crianças e jovens podem encontrar junto dos tÊcnicos que ali trabalham diariamente, mas não só. Promover a cultura e o desporto Ê outra das valên-

â&#x20AC;&#x153;O maior benefĂ­cio de integrar este projecto foi perFHEHU TXH QmR HVWRX VR]LQKDÂľ 3DUD ´0DULDÂľ QRPH Ă&#x20AC;FWtFLR

estudante universitåria, de 20 anos e filha de pai recluso, poder contar com pessoas que, de facto, sabiam o que ela estava a sentir foi o ponto mais positivo de integrar a iniciativa do Núcleo de Intervenção

cias deste projecto. â&#x20AC;&#x153;A nossa base de intervenção sempre foi a promoção da igualdade de oportunidades. Trabalhamos num contexto socio-econĂłmico carenciado onde nem todas as famĂ­lias tĂŞm rendi-

ceiros: a Câmara Municipal de Coimbra, Cåritas Diocesana de Coimbra, Agrupamento de Escolas Rainha Santa Isabel e a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Coimbra.

São oito crianças e jovens

Os pais reconhecem o nosso trabalho e confiam em nós. Essa confiança foi sendo conquistada com os anos.

mentos que permitam os seus educandos participar em actividades desportivas ou culturais. NĂłs tentamos SURSRUFLRQDU OKHV LVVRÂľ QRWD a coordenadora.

Em todo o trabalho desenvolvido, e conforme foi conhecendo as crianças, Carla Mendes foi percebendo que vĂĄrias eram as que tinham pais reclusos. Crianças que nĂŁo tinham voz para expressar aquilo que sentiam. â&#x20AC;&#x153;Era necessĂĄrio fazer alguma FRLVDÂľ FRQWD Reclus@008

â&#x20AC;&#x153;EstĂĄvamos a iniciar a candidatura Ă 7.ÂŞ Geração Escolhas, aquela onde nos encontramos agora. JuntĂĄmos as equipas e o consĂłrcio para debater novas ideias ou colmatar necessidades. Como hĂĄ alguns anos que me vinha a debater sobre a problemĂĄtica de crianças com pais presos sugeri fazermos uma acção, atravĂŠs da criação de uma rede. NĂŁo fazia sentido começarmos a agir sem primeiro conhecermos bem as necessidades destas crianças.

E foi isso que fizemos ao

que integram esta iniciativa.

Entre as muitas conversas que foram surgindo em torno da temĂĄtica, as confissĂľes de quem vĂŞ os pais serem levados para trĂĄs das grades foram denunciando algumas coisas que gostariam que mudasse no sistema prisional. &RQĂ&#x20AC;VV}HV TXH FXOPLQDram com a captura de imaJHQV DWUDYpV GD IRWRJUDĂ&#x20AC;D onde estes jovens mostram momentos do seu dia-a-dia que transmitem a forma como se sentem.

O lugar vazio Ă mesa, o SHQWHDGR TXH Ă&#x20AC;FRX SRU ID]HU a histĂłria por contar, aquela atitude mais agressiva.

E desengane-se quem pensa que eles simplesmente queriam os seus pais em liberdade. NĂŁo! HĂĄ a perfeita noção de que a reclusĂŁo ĂŠ necessĂĄria quando ĂŠ cometido XP FULPH (VWHV Ă&#x20AC;OKRV DSHQDV pedem tempo e condiçþes para verem os seus pais.

Uma luta pelos direitos das crianças

Toda esta intervenção se baseia num princípio bastante båsico: o direito de as

Temos uma certeza, o NĂşcleo vai continuar.

SĂł ainda nĂŁo sabemos de que forma.

Mas sabemos que queremos continuar.

longo de quase dois anosâ&#x20AC;Ś FRQKHFr ORVÂľ H[SOLFD &DUOD Mendes.

Foi assim que nasceu o Núcleo de Intervenção Infanto-Juvenil, que contou inicialmente com quatro par-

crianças contactarem com os seus pais. â&#x20AC;&#x153;Claro que isto nĂŁo se aplica a todos os reclusos nem a todas as crianças ou jovens. Ă&#x2030; uma situação estudada caso a caso e que sĂł

O trabalho do Núcleo culminou numa exposição de fotografias captadas pelas crianças e jovens, patente atÊ såbado (19), no Teatro da Cerca de São Bernardo

faz sentido em função do crime cometido e da relação que jå existia entre os dois DQWHV GD UHFOXVmR¾ H[SOLFD D coordenadora.

'DU YR] D HVWHV Ă&#x20AC;OKRV IRL um dos grandes objectivos do projecto. Mostrar-lhes que nĂŁo estĂŁo sozinhos, que podem desabafar, que alguĂŠm os vai ouvir e tentar ajudar.

As visitas Ă prisĂŁo sĂŁo, para muitos, stressantes. Mesmo para os adultos, quanto mais para os mais novos. Para alĂŠm de, em alguns casos, serem dispendiosas, uma vez que os reclusos se encontram longe de casa. â&#x20AC;&#x153;As crianças vivem esta problemĂĄtica emocional e relacional que advĂŠm de um VLVWHPD SRXFR DGDSWDGRÂľ afirma Carla Mendes, explicando que ĂŠ muito difĂ­cil SDUD ´XP PL~GRÂľ GH TXDWUR ou cinco anos chegar Ă prisĂŁo e ver todo aquele ambiente tĂŁo hostil. â&#x20AC;&#x153;NĂŁo hĂĄ um brinquedo para brincarem com os seus pais, nĂŁo hĂĄ uma sala onde possam ter alguma privacidade, adequada Ă s suas LGDGHVÂľ Pequenas mudanças, grandes diferenças

Dar voz às crianças foi o

primeiro e mais importante passo em todo este processo.

Agora que falaram, importa conseguir-se cumprir alguns dos seus desejos.

De forma mais imediata, as mudanças mais prĂĄticas que esperam conseguir com este projecto passam pela criação de salas adaptadas para as visitas. â&#x20AC;&#x153;NĂŁo ĂŠ aceitĂĄvel que prisĂľes tenham quartos para visitas conjugais que duram, julgo eu, cerca de trĂŞs horas, mas nĂŁo tenham uma sala com um ambiente DPLJR GDV FULDQoDVÂľ DĂ&#x20AC;UPD a coordenadora.

Outro dos apelos que es-

NĂŁo posso dizer que todos os que passaram aqui tiveram resultados espectaculares e construĂ­ram projectos de vida ajustados, mas temos muitos casos de sucesso.

WHV Ă&#x20AC;OKRV ID]HP H TXH TXHP trabalha com eles pretende levar a avante, ĂŠ o pedido de prolongamento do tempo dos telefonemas, quando o recluso se encontra numa prisĂŁo longe de casa.

Carla Mendes explica que todas estas pequenas mudanças, o ouvir o que estes jovens precisam, pode mudar algo muito mais importante do que apenas o sistema de visitas: quebrar o ciclo intergeracional da reclusĂŁo. â&#x20AC;&#x153;Co-

Uma â&#x20AC;&#x153;Mariaâ&#x20AC;? como tantas outras

Infanto-Juvenil, do Projecto Trampolim.

Com o pai preso desde -DQHLUR GH ´0DULDÂľ TXLV provar que ĂŠ possĂ­vel vencer o estigma. â&#x20AC;&#x153;Quando soube que o meu pai ia preso muita coisa me passou pela cabeça.

Pensei logo que tinha de ir trabalhar para ajudar a famĂ­lia.

1R HQWDQWR UHĂ HFWL PHOKRU H

decidi que tinha era de investir em mim. Queria ir para a UniYHUVLGDGH H DVVLP Ă&#x20AC;]Âľ Apesar da sua força de vontade, nem sempre foi fĂĄcil para esta jovem, habitante no Planalto do Ingote, conseguir ter voz e falar sobre o que senWLD HP VHU Ă&#x20AC;OKD GH SDL UHFOXVR â&#x20AC;&#x153;Neste grupo encontrei um estranho sentimento de

companheirismo. Ao partilharmos histórias conseguimos perceber melhor algumas atitudes, apesar de continuar a VHU XP DVVXQWR GLItFLO¾ DVVXPH ´0DULD¾ Agora que jå conseguiu falar e ser ouvida, tambÊm ela quer ver algumas mudanças, principalmente no sistema de visitas.

meçam a haver avĂłs, pais/ PmHV Ă&#x20AC;OKRV Ă&#x20AC;OKDV UHFOXVRV Isto ĂŠ uma grande preocupação que pode ser quebrada FRP SHTXHQDV DOWHUDo}HVÂľ TambĂŠm as rusgas, muitas vezes violentas, deixam marcas naquelas crianças que veem as suas coisas serem destruĂ­das e os seus progenitores serem levados. â&#x20AC;&#x153;A solução era simples. Compreendemos que aqueles momentos tenham de acontecer, nĂŁo aceitamos ĂŠ que tenha de estar uma criança a assistir. Ă&#x2030; PHVPR XP WUDXPD TXH Ă&#x20AC;FDÂľ esclarece a coordenadora.

A sugestĂŁo dos inter-

â&#x20AC;&#x153;O que peço agora jĂĄ nem ĂŠ tanto por mim, que tenho jĂĄ uma idade diferente. O que peço ĂŠ uma mudança para aquelas crianças que tĂŞm os seus pais presos e que nĂŁo tĂŞm uma sala onde brincar com eles. O tempo de visita tambĂŠm ĂŠ bastante limitado, pois temos uma hora que começa a contar a partir do momento

In CampeĂŁo das ProvĂ­ncias de 17/12/2020

venientes neste processo passa por haver uma carrinha, adaptada ao acolhimento das crianças, para onde fossem levadas durante o processo da rusga. â&#x20AC;&#x153;Mesmo para as forças policiais, que estĂŁo sensibilizadas para a problemĂĄtica, o WUDEDOKR VHULD PDLV IiFLOÂľ GL] SerĂĄ por estas mudanças que o NĂşcleo continuarĂĄ a existir. SerĂĄ para dar voz a HVWHV Ă&#x20AC;OKRV GD UHFOXVmR TXH os tĂŠcnicos envolvidos se continuarĂŁo a debater.

em que entramos Ă porta.

Mas antes de estarmos com a pessoa que queremos, muito ĂŠ o tempo de espera. Perdemos cerca de metade do tempo e, SRU LVVR Ă&#x20AC;FD VHPSUH WDQWR SRU dizer, num espaço onde nĂŁo hĂĄ D PtQLPD SULYDFLGDGHÂľ FRQFOXL ´0DULDÂľ TXH DQVHLD R GLD HP que vai poder voltar a falar com o pai, sem mais ninguĂŠm.

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Ofertas de bens alimentares essenciais aumentaram em praticamente todas as juntas

Freguesias de Coimbra voltam a apoiar famĂ­lias com cabazes de Natal DIANA BAPTISTA

Se esta jĂĄ era uma prĂĄtica habitual (e necessĂĄria) em anos anteriores, em 2020 a entrega de cabazes de Natal pelas juntas de Freguesia Ă s famĂ­lias mais carenciadas ĂŠ mesmo imprescindĂ­vel.

Assim, os executivos das juntas e uniþes de Freguesias do concelho de Coimbra voltam a proceder à entrega de cabazes a quem jå precisava antes e aqueles que se viram, este ano, em condiçþes sócio-económicas deveras difíceis. Para que possam ter, pelo menos, um Natal mais aconchegado e feliz, as freguesias de Santo António dos Olivais; Santa

Clara e Castelo Viegas; de Coimbra, S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades e Antuzede e Vil de Matos vĂŁo entregar este presente para uma mesa mais cheia num ano tĂŁo vazio.

A UniĂŁo de Freguesias de Coimbra estĂĄ jĂĄ a entregar, no PavilhĂŁo da Palmeira, e atĂŠ sĂĄbado (19), 400 cabazes, mais 100 do que no ano passado, e dos quais 150 a 200 serĂŁo ao domicĂ­lio. Entre o conteĂşdo do cabaz, os beQHĂ&#x20AC;FLiULRV YmR UHFHEHU EROR-rei, azeite, Ăłleo, bacalhau, leite e alguma mercearia, bem como as crianças terĂŁo direito a um presente.

JĂĄ a Junta de Freguesia de Santo AntĂłnio dos Olivais, por conta prĂłpria, vai distribuir 280 cabazes, na

próxima terça-feira (22), contudo, em colaboração com a Comissão Local de Acompanhamento Social, no total, na maior freguesia de Coimbra, serão entreJXHV GHVWHV ´SUHVHQWHV¾ antecipados a famílias mais carenciadas.

Os bens alimentares essenciais fazem, tambÊm, parte dos 80 cabazes que serão entregues pela União de Freguesias de Antuzede e Vil de Matos, um número que, à semelhança de outras localidades tambÊm aumentou. Estas ofertas por parte do Executivo, são jå uma tradição e, este ano, tornam-se ainda mais prementes, pelo que serão distribuídos a partir de hoje e nos próximos dias.

Quanto Ă UF de Santa Clara e Castelo Viegas serĂŁo entregues 250 cabazes ´EHP UHFKHDGRVÂľ H HQWUH RV produtos habituais de Natal â&#x20AC;&#x201C; como o bacalhau, o azeite RX R EROR UHL ² RV EHQHĂ&#x20AC;ciĂĄrios vĂŁo ainda ter alguns ´PLPRVÂľ HVSHFLDLV ² XPD caixa de bombons, bolachas e atĂŠ um CD de artistas/ bandas da UF. Cerca de 90 por cento destas ofertas vĂŁo ser entregues nas prĂłximas segunda, terça e quarta-feiras (21, 22 e 23 de Dezembro), mas ao domicĂ­lio.

O apoio desta UniĂŁo aos seus cidadĂŁos mais carenciados reflecte-se, igualmente, no dia-a-dia, tendo procedido Ă entrega de cerca de 200 cabazes de frescos, mas tambĂŠm

no pagamento de rendas, electricidade, gĂĄs ou medicamentos a quem nĂŁo tem essa possibilidade.

Situação idêntica vive-se na União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades que, este ano, volta a aumentar as ofertas de cabazes, para um total de 300, para fazer face ao aumento dos pedidos de ajuda.

SerĂŁo, tambĂŠm, â&#x20AC;&#x153;caED]HV PXLWR FRPSOHWRVÂľ que uma vez mais vĂŁo alĂŠm dos tĂ­picos produtos mais consumidos na ĂŠpoca natalĂ­cia. Os cabazes serĂŁo entregues na manhĂŁ do prĂłximo sĂĄbado (19), a partir das 08h00, este ano ao domicĂ­lio.

Sendo esta uma ĂŠpoca difĂ­cil para todos, e em ar-

ticulação com o Gabinete de Acção Social da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, a UF de S. Martinho e Ribeira de Frades tambÊm irå entregar cinco cabazes a estudantes mais vulneråveis e que não tenham possibilidades de ir a casa no Natal.

A par desta ajuda do Executivo, tambĂŠm as ConferĂŞncias de SĂŁo Vicente de Paulo entregam, semanalmente, 153 cabazes aos mais carenciados, uma iniciativa que irĂĄ voltar a realizar-se hoje. Muitos deles foram doados pela empresa Electroclima Ă UF, que os entregou Ă s ConferĂŞncias de S. Vicente de Paulo para os distribuir pelos seus haELWXDLV EHQHĂ&#x20AC;FLiULRV

Centenas de famĂ­lias carenciadas vĂŁo receber cabazes de Natal doados por juntas e uniĂľes de freguesias de Coimbra

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QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO 2020

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(QWUHYLVWD D ´-DFNDVÂľ R ~QLFR 3DL 1DWDO FHUWLĂ&#x20AC;FDGR HP 3RUWXJDO

Pai Natal usa tecnologia para chegar às crianças durante pandemia As renas estão paradas e o trenó tambÊm.

Proibido de sair da LapĂłnia por conta da pandemia, este ano, o Pai Natal nĂŁo poderĂĄ descer pelas chaminĂŠs. Ao ver-se impedido de estar prĂłximo das crianças fisicamente, o homem de barbas brancas e barriga saliente utiliza a tecnologia para levar a magia do Natal a milhares de casas. â&#x20AC;&#x153;Jackasâ&#x20AC;? ĂŠ o Ăşnico Pai Natal certificado do paĂ­s e, pela primeira vez, vĂŞ o sorriso dos mais pequenos Ă distância. Contudo, acredita que o verdadeiro espĂ­rito natalĂ­cio serĂĄ enaltecido este ano. os valores que norteiam o Natal. O Natal nĂŁo ĂŠ uma ĂŠpoca comercial, de comâ&#x20AC;&#x153;CampeĂŁo das Pro- pras abruptas e tropeçadas vĂ­nciasâ&#x20AC;? [CP] - Este ano, umas nas outras. O Natal o Natal serĂĄ diferente. O ĂŠ o espĂ­rito da partilha. que ĂŠ que, efectivamente, Lamentavelmente imposto muda? por uma situação desagraâ&#x20AC;&#x153;Jackasâ&#x20AC;? [J] - O que dĂĄvel como ĂŠ a pandemia. muda este Natal ĂŠ visĂ­vel Temos de tirar liçþes poa todos, principalmente o sitivas disto. Infelizmente, que se prende com a crise as pessoas tĂŞm perdido pandĂŠmica e com o con- muitos entes-queridos. Ă&#x2030; Ă&#x20AC;QDPHQWR TXH HVWDPRV D o lado mau desta questĂŁo, atravessar, que afasta as mas vamos aprender com pessoas umas das outras. ela e vamos dar valor Ă quilo Por outro lado, enaltece que a vida tem. valores que tĂŞm a ver com o Natal. As pessoas acabaram [CP] - De que forma ĂŠ por ter mais tempo umas que esta situação vem altepara as outras, embora Ă rar o trabalho do Pai Natal distância. TĂŞm mais tempo este ano? para ligar a amigos e fami[J] - Este ano, o Pai liares. HĂĄ um maior diĂĄlo- Natal teve de fazer forgo, embora virtual, que as mação intensiva na ĂĄrea aproxima. Nas relaçþes de da nova tecnologia. Com vizinhança, inclusive. Isto a impossibilidade de estar tem a ver com o verdadeiro SUy[LPR Ă&#x20AC;VLFDPHQWH SULQespĂ­rito de Natal. Obvia- cipalmente das crianças, mente que o Natal comer- estĂĄ a tentar dar a volta cial perde com isso. PorĂŠm, a esta questĂŁo usando as o princĂ­pio do Natal nĂŁo ĂŠ novas tecnologias. O Pai comercial. Ă&#x2030; o Natal nas Natal tem feito muitos suas vivĂŞncias. vĂ­deos para empresas e para câmaras municipais.

[CP] - Podemos apro- Criou tambĂŠm uma plaveitar esta fase para repen- taforma, onde podem ser sar sobre o que ĂŠ que ĂŠ, pedidos â&#x20AC;&#x2DC;linksâ&#x20AC;&#x2122; personalizarealmente, importante no dos, marcar uma conversa Natal? atravĂŠs do Zoom e pedir [J] - Exactamente, para, um certificado de bom no prĂłximo ano, vivermos comportamento emitido tudo isto, mas com a pre- pelo Pai Natal. Portanto, sença fĂ­sica. NĂŁo esque- o Pai Natal mudou de çamos esta aprendizagem. estratĂŠgias para chegar Ă s Temos de repensar esses crianças para que elas nĂŁo valores que, na verdade, sĂŁo se esqueçam desta magia CĂ TIA BARBOSA

Joaquim Carlos Rocha, â&#x20AC;&#x153;Jackasâ&#x20AC;?, ĂŠ o Ăşnico Pai Natal certificado do paĂ­s

do Natal e continuem a sonhar.

[CP] - Como ĂŠ que se explica Ă s crianças que nĂŁo podem estar com o Pai 1DWDO Ă&#x20AC;VLFDPHQWH" [J] - Ă&#x2030; difĂ­cil. O Pai Natal diz-lhes isso nas mensagens que lhes envia.

Julgo que, hoje, mesmo as crianças mais pequenas, sabem que este ano ĂŠ um ano diferente. As famĂ­lias explicam-lhes. Portanto, estĂŁo conscientes do que se estĂĄ a passar, mas o Pai Natal vai junto a eles de uma outra forma e numa linguagem que eles jĂĄ dominam muito bem. NĂŁo vĂŁo ver o 3DL 1DWDO Ă&#x20AC;VLFDPHQWH PDV ele estĂĄ lĂĄ e com a vantagem GH VH GLULJLU HVSHFLĂ&#x20AC;FDPHQte a essa criança. Quando falamos dos â&#x20AC;&#x2DC;linksâ&#x20AC;&#x2122; personalizados ou das conversas por Zoom, hĂĄ previamente o preenchimento de uma Ă&#x20AC;FKD RQGH HVWmR RV GDGRV acerca da criança, para que este diĂĄlogo seja feito ´FDUD D FDUDÂľ +i WRGD XPD magia envolta nisto para tentar colmatar a ausĂŞncia fĂ­sica. NĂŁo ĂŠ um universo estranho nem vai quebrar o quotidiano deles. Para o Pai

Natal, ĂŠ muito complicado.

Viver aquela emoção de estar com as crianças e o calor humano não vão existir.

[CP] - EstĂĄ Ă espera de receber pedidos diferentes por parte dos mais pequenos?

[J] - Não temos ainda feedback de pedidos. Eu julgo que não serão diferentes do costume. Nos outros anos, as crianças que vivem em meios mais carenciados fazem pedidos mais realistas do que as restantes. Eu MXOJR TXH LVVR YDL UHà HFWLU-se novamente e, mesmo as classes que viviam o Natal de forma muito materialista, vão entrar tambÊm por esse tipo de pedidos mais voltados para o relacionamento humano e para a vontade de estar com os outros. Espero que assim seja, porque Ê bom sinal.

HĂĄ crianças que me dizem que querem que a mĂŁe saia do hospital rĂĄpido para poder ir trabalhar e pĂ´r comida na mesa. SĂŁo realidades diferentes. As estratĂŠgias de comunicação estĂŁo a sair agora para as ruas. Como o Pai Natal nĂŁo saiu para a UXD Ă&#x20AC;VLFDPHQWH DLQGD QmR

ouviu as crianças a pedir.

[CP] - O que ĂŠ que sente quando vĂŞ cidades iluminadas, mas com ruas vazias?

[J] - Ă&#x2030; triste. Tirando a parte comercial, a questĂŁo do movimento nas ruas ĂŠ algo de grande envolvimento das pessoas em termos humanos. Uma iluminação sozinha, sem gente, digamos que serĂĄ um pastel de nata sem creme. Ă&#x2030; muito triste. As iluminaçþes, as feiras de Natal, o frio aquecido pelas lareiras de rua, os doces,... Tudo isso faz parte da magia de Natal. O meu desejo ĂŠ que as pessoas façam o esforço este ano de algum respeito pelas regras para que, no prĂłximo ano, possamos ter um Natal fĂ­sico. Esse ĂŠ, realmente, o meu maior desejo e a prenda que o Pai Natal pede a toda a gente.

[CP] - O prĂłprio Pai Natal vai descobrir coisas novas sobre o Natal este ano?

[J] - O Pai Natal vai dar a conhecer coisas novas nesta estratĂŠgia que estĂĄ a usar para chegar Ă s pessoas.

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NĂłs temos um projecto que se chama â&#x20AC;&#x153;Natal(i)a 7HUUD GR 3DL 1DWDOÂľ Ă&#x20AC;]Hmos essa proposta ao MunicĂ­pio de Vagos para que ele avance online e traga novidades. HaverĂĄ espaço para cada um atravĂŠs da poesia, da mĂşsica, dos contos de Natal,... No fundo, para trazer quase uma reuniĂŁo junto Ă lareira com o Pai Natal, em que vamos ouvir dos mais velhos aos mais novos aquilo que eles tĂŞm para nos contar sobre o Natal. Isso trarĂĄ novidades, certamente.

[CP] - Que mensagem deixaria aos portugueses que ainda estĂŁo a mentalizar-se de que, este ano, o Natal serĂĄ diferente?

[J] - O Natal ĂŠ diferente, mas nĂŁo vai deixar de existir. O Natal ĂŠ um momento que nĂŁo podemos esquecer. Ă&#x2030; um momento de esperança, de magia e de acreditar. Isso ĂŠ o que eu peço a todos os portugueses: protejam-se para que o Natal possa correr bem para todos e para que, no prĂłximo ano, seja um Natal Ă imagem daqueles que estamos habituados a viver.

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Lista de compras – uma solução útil?

Ainda que muitas vezes tentemos, não podemos ficar indiferentes à publicidade na internet, na televisão, no rádio, nos jornais, nas nossas caixas de correio e em outdoors que nos incitam a comprar um sem-número de produtos, desde alimentos até vestuário, sobretudo nesta quadra natalícia.

Aceite o nosso desafio e junte a família para construírem a vossa lista de compras. Sempre com o intuito de economizar, tempo e dinheiro, descobrirá a utilidade de ter esta “cábula” consigo. Atempadamente faça a lista do que necessita para comprar, o indispensável, e não se esqueça de levar os seus próprios sacos.

Aproveite para consultar os folhetos promocionais.

Pode ser uma oportunidade para poupar dinheiro com as reduções de preço. Mas seja crítico com as promoções e os descontos, verifique se o preço compensa, e se precisa efetivamente do produto.

Todos os produtos devem exibir, de forma legível e inequívoca, o preço atual e o antigo ou a percentagem de desconto.

No que respeita a produtos de higiene e limpeza, que devem também figurar na lista, as embalagens maiores, em princípio, têm um preço por unidade de medida (por exemplo: quilo, litro) mais em conta. No caso dos alimentos, assegure-se de que consegue gastá-las em tempo útil, em função da data de validade.

Embora os miúdos pos-

sam, e devam, participar na lista de compra, evite levá-los consigo. Em certas lojas, os produtos para os mais pequenos estão ao nível dos olhos, podem, por isso, tentar influenciar a compra de artigos mais atrativos que nem sempre são a melhor opção.

Vá com tempo para comparar os preços dos diferentes produtos, os produtos de “marca própria” ou “marca branca” podem ser boas alternativas.

Experimente sair com a sua lista!

DECO CENTRO Conte com o apoio da DECO Centro através do número de telefone 239 841 004, do endereço eletrónico deco.centro@deco.pt.

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“LIBERDADE DE IMPRENSA E DIREITOS HUMANOS” em debate na UC

O

ciclo “Conversas na Casa da Lusofonia”, da Universidade de Coimbra, volta a ter uma sessão online, esta sexta-feira (18), com um debate sobre o tema “Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos”.

O evento, com transmissão em directo na página de Facebook da Divisão de Relações Internacionais da UC (https://www.facebook. com/dri.universidadede coimbra), vai ter início pelas 14h30, e contar com a participação dos jornalistas Eduardo Dâmaso (director da revista Sábado) e Luís Costa Ribas (correspondente da SIC nos EUA).

A conferência, integrada no ciclo “Conversas na Casa da Lusofonia”, terá a intervenção de abertura a cargo do vice-reitor da UC para as

Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, e será moderada pelo director da Associação Portuguesa de Imprensa, Jorge Castilho.

O encerramento será feito pelo presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra, João Assunção.

O ciclo “Conversas na Casa da Lusofonia” é uma iniciativa que visa aproximar os actuais e antigos estudantes (nacionais e internacionais) da Universidade de Coimbra, reunindo personalidades de prestígio para debater temas incontornáveis da actualidade.

14 LOUSÃ E MIRA RECEBEM BANDEIRA VERDE ECOXXI QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO 2020

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e são dos mais sustentáveis do país A

s autarquias de Lousã e Mira forma, recentemente, galardoadas com a Bandeira Verde ECOXXI. O município da Lousã é um dos nove distinguidos com melhor pontuação, enquanto o de Mira foi galardoado pela primeira vez.

A Câmara Municipal da Lousã recebeu a Bandeira Verde ECOXXI e é a única vila com pontuação superior a 80 por cento, sendo os restantes municípios as cidades de Pombal, Loures, Torres Vedras, Águeda, Leiria, Braga, Funchal e Maia.

O presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes, destacou que “apesar de ainda haver muito trabalho a fazer em todas estas áreas, é com grande satisfação que obtemos uma avaliação que confirma que estamos no rumo certo pela sustentabilidade”.

O autarca salientou, ainda, “que este é um reconhecimento que só é possível graças ao esforço de toda a comunidade, nomeadamente das instituições parceiras da Câmara Municipal”.

Já em Mira, a Bandeira ECOXXI vai ser hasteada pela primeira vez, tendo o município recebido uma pontuação de 68, 8 por cento, o que demonstra “as políticas e práticas ambientais que tem vindo a implementar”.

A atribuição deste galardão ao Município de Mira resultou da valorização de aspectos como a “Gestão e Conservação da Floresta”; a “Transparência, Digitalização e Conectividade”; a “Cooperação com a Sociedade Civil em Matéria de Ambiente e Promoção do Desenvolvimento Sustentável”, a “Promoção da Educação Ambiental/Educação para o Desenvolvimento Sustentável por iniciativa do Município” e o “Ordenamento”.

Por outro lado, foram também muito bem pontuadas as acções desencadeadas pela Câmara Municipal no domínio da educação ambiental, tal como aconteceu com o desenvolvimento do Programa Eco-Escolas ou iniciativas como o “Vale a Pena Ver’de Novo”.

Sobre a Bandeira ECOXXI, o presidente da Câmara Municipal, Raul Almeida, sublinhou “o forte comprometimento do Município com os

princípios da sustentabilidade ambiental, bem visíveis nos investimentos que temos vindo a fazer neste âmbito”. “É com grande orgulho que recebemos este galardão, que esperamos manter por muitos e muitos anos. Agradeço especialmente aos funcionários do Município que estiveram envolvidos na candidatura e que trabalharam nela arduamente”, realçou Raul Almeida.

O ECOXXI é um Programa de educação para a sustentabilidade, implementado em Portugal pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE) desde 2005. Este ano, provenientes de todas as regiões do país, houve um recorde de 62 candidaturas (cerca de 20 por cento dos municípios), tendo sido galardoados 56 municípios.

Para avaliar os municípios, o Programa recorre à avaliação, por um conjunto de peritos, de 21 indicadores e 71 subindicadores

nas áreas ambiental, social e económica.

Em 2020 o ECOXXI incluiu, pela primeira vez, indicadores específicos no âmbito das “Alterações Climáticas e Saúde e Bem-estar”; mas também, “A Educação para a Sustentabilidade”; “Sustentabilidade em Zonas Balneares”; “Cidadania, Participação e Governança”; “Transparência, Digitalização e Conectividade: Emprego”; “Cooperação com a Sociedade Civil”; “Certificação de Sistemas de Gestão”; “Ordenamento do Território”; “Conservação da Natureza”; “Gestão e Conservação da Floresta”; “Qualidade do Ar e Ambiente Sonoro”; “Água Segura e Qualidade dos Serviços de Águas Prestados aos Utilizadores”; “Produção e Recolha Selectiva de Resíduos Urbanos”; “Valorização do Papel da Energia na Gestão Municipal”; “Mobilidade Sustentável”; “Agricultura e Desenvolvimento Rural Sustentável”; “Turismo Sustentável”.

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LOJA SOCIAL DA MEALHADA entrega cabazes de Natal e brinquedos

a famílias carenciadas A

Roda Viva – Loja Social da Mealhada vai reforçar o apoio, nesta quadra natalícia, às famílias que acompanha ao longo do ano com a entrega adicional de cerca de uma centena de cabazes de Natal e brinquedos.

Carne, peixe, legumes, azeite, massas, arroz, leite, queijo, manteiga e iogurtes são alguns dos produtos alimentícios que compõem os 98 cabazes que seguem, durante esta semana, para casa de alguns dos agregados familiares já apoiados pela Roda Viva. Os agregados com processo activo na Loja Social são 150, mas 52 deles recebem apoio alimentar oriundo do Programa Operacional de Apoio às Pessoas Mais Carenciadas, da Segurança Social. Para além do apoio alimentar, esta meia centena de agregados recebe também, tal como todos os outros, vestuário, produtos de higiene pessoal e de higiene para casa.

Tendo em conta a quadra que se vive, a Roda Viva adquiriu também algumas dezenas de brinquedos para distribuir pelos agregados com crianças até aos 14 anos. “É uma época que todos queremos que seja uma pouco mais farta nas casas das famílias e, por isso, há um investimento suplementar na aquisição de bens para distribuir aos munícipes que, por infortúnio ou outro motivo, necessitam desta ajuda do Município”, afirmou Rui Marqueiro, presidente da Câmara da Mealhada.

SERVIÇO DE APOIO COMUNITÁRIO EM REDE CONTINUA NO TERRENO Além destes apoios programados, a Roda Viva continua a dar apoio a situações de emergência e o Sector de Acção Social continua, no terreno, com o Serviço de Apoio Comunitário em Rede criado no início da pandemia. Através dos números 969 710 162 e 962 124 124 a

população pode solicitar apoio para tarefas como a aquisição de bens de primeira necessidade (produtos de higiene, bens alimentares, medicamentos, entre outros), resolução de problemas domésticos simples, apoio psicológico, apoio social de retaguarda e outros apoios que serão analisados caso a caso. O serviço é dirigido às famílias carenciadas – ou com carência temporária decorrente da pandemia – que sejam ou não acompanhadas pela Loja Social, mas também à população mais vulnerável: pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos, doentes infectados ou com suspeita de infecção covid-19, pessoas com mobilidade reduzida ou agregados familiares que estejam em isolamento por indicação médica.

UMA LOJA PARA A COMUNIDADE E DA COMUNIDADE A Roda Viva conta também com um forte envolvimento da comunidade que se traduz em doações de vários tipos de

bens. Sejam doadores particulares, empresas, restauração, associações e até escolas que procedem à recolha do mais diverso tipo de bens e complementam a aquisição regular de produtos feita pela Câmara da Mealhada.

“A Loja Social cumpre grandes propósitos no Município. Por um lado, apoia centenas de famílias que aqui encontram ajuda para melhorar o seu dia-a-dia – e numa altura tão difícil como a que atravessamos, de pandemia. Foi precisamente neste contexto que alargámos a resposta social, com o Serviço de Apoio Comunitário, não só aos utentes da Loja Social, mas a todas as pessoas que dele necessitem neste contexto de covid-19.

Por outro lado, vemos também a união que a Roda Viva conseguiu congregar na comunidade, sendo motor da solidariedade dos nossos munícipes, desde logo das crianças e da comunidade educativa que se mobilizam para ajudar outras crianças e famílias”, sublinhou o autarca Rui Marqueiro.

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ANADIA AUTORIZA PERMUTA

com estado dos imóveis das antigas escolas A

Assembleia Municipal de Anadia aprovou, por maioria, o pedido de autorização da Câmara Municipal de permuta com o Estado dos imóveis das antigas Escola Básica de Anadia com 2.º e 3.º Ciclos e Escola Secundária de Anadia, com o imóvel onde se encontra implantada a nova Escola Básica e Secundária de Anadia.

Após um longo processo, de vários anos, de propostas e de contra propostas com a Direcção-Geral do Tesouro e Finanças para se tentar chegar a um acordo para a permuta dos referidos imóveis, o Município conseguiu, finalmente, chegar a um desfecho sobre esta questão com o Governo.

Com o intuito de resolver definitivamente o assunto, o Município apresentou uma proposta de permuta, com a média das várias avaliações que tinham sido efectuadas, onde apenas foram incluídos os imóveis da antiga Escola Básica de Anadia com 2.º e 3.º Ciclos e Escola Secundária de Anadia e os terrenos, propriedade do Município, onde se encontra implantada a nova Escola Básica e Secundária de Anadia.

A Direcção-Geral do Tesouro e Finanças aceitou a proposta que a Câmara apresentou, nomeadamente os valores, de acordo com a média das avaliações, tendo o Secretário de Estado autorizado a referida permuta. Com este aval governamental coloca-se assim um ponto final num processo que já se alonga há vários anos, sendo que o Município terá de pagar ao Estado mais de 300 000 euros.

De referir que na avaliação inicial efectuada pelo Estado, a autarquia anadiense teria de pagar um diferencial de mais de um milhão e quatrocentos mil euros ao Estado. Situação que, na altura, não foi aceite pelo Executivo municipal, dado estar acima daquilo que o Município de Anadia poderia pagar e também, tendo em conta o estado de degradação em que se encontram os imóveis das antigas escolas.

Maria Teresa Cardoso, presidente da Câmara Municipal de Anadia, salientou que este é o “culminar de um longo processo”, tendo considerado que “o Município fica com um património

e com a história que este património envolve e representa”. “Não podemos esquecer que antes de ser a Escola Secundária foi também o Colégio Nacional. Há aqui, portanto, uma longa história e memória que devem ser preservadas pelo Município”, afirmou ainda.

Relativamente à escola EB 2,3 de Anadia (também conhecida como Ciclo), a autarca salientou que o imóvel “fica de fora neste processo”, contudo, a Câmara Municipal, caso manifeste interesse, “poderá assumir a gestão e manutenção do espaço, no âmbito da delegação de competências”.

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CONCESSIONÁRIA DOS REFEITÓRIOS escolares na região Centro nega ilegalidades

na cessação de contratos

A

empresa ICA – Indústria e Comércio Alimentar, concessionária dos refeitórios escolares na região Centro, negou esta quinta-feira (17) que haja ilegalidades na cessação de contratos a termo com trabalhadores.

Na terça-feira, o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Centro lamentou o despedimento de cerca de 500 trabalhadoras de refeitórios escolares, a partir de sexta-feira, último dia do primeiro período escolar.

A directora de Recursos Hu-

manos e Jurídico da empresa, Ana Filipa Meireles, explicou que “o contrato de trabalho celebrado entre a ICA e os trabalhadores afectos ao contrato de prestação de serviços celebrado com a Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) foi efectuado ao abrigo da legislação aplicável”.

O contrato “prevê a possibilidade de oscilação do número de trabalhadores em função do número de refeições servidas ou a servir”, referiu a responsável.

Na base da cessação dos contratos a termo esteve a “interrup-

ção lectiva inerente às férias de Natal”, a “incerteza quanto ao funcionamento das escolas devido à pandemia covid-19”, que originou “enormes prejuízos”, e a “renovação do ajuste directo celebrado entre a DGEstE e a ICA”, que termina em 31 de Dezembro. “À cautela, não restou outra alternativa à empresa se não a de fazer cessar os contratos a termo celebrados com os mencionados trabalhadores”, justificou Ana Filipa Meireles.

No entanto, a responsável garantiu que, “caso estejam reunidas as condições para a continuidade da prestação de serviços nos moldes em que ocorreu até à presente data, a empresa voltará a contratar, forçosamente, o número de trabalhadores necessários para assegurar a prestação dos serviços contratados”.

Segundo o sindicato, a ICA “enviou carta de despedimento a todas as trabalhadoras contratadas no início do ano lectivo”.

“Muitas destas trabalhadoras, cerca de 500, trabalham nos refeitórios das escolas de toda a região Centro e, com esta decisão da ICA, vêem assim aumentar ainda mais a sua precariedade laboral”, alertou.

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CONVENTO DE SÃO FRANCISCO

recebe o “Melhor Espectáculo Infantil 2019”

O

Convento de São Francisco, em Coimbra, apresenta “Patapatúm”, esta sexta-feira (18), às 15h00, e no sábado (19) às 16h00.

Este teatro visual, que recebeu o prémio “María Casares”, na categoria de “Melhor Espectáculo Infantil 2019”, não tem palavras, destinan-

do-se ao público infantil e familiar a partir dos três anos.

O espectáculo é produzido pela companhia de teatro “Elefante Elegante”, criada em 2000 por Maria Torres e Gonçalo Guerreiro. O seu trabalho tem sido reconhecido com vários prémios “María Casares”, sendo um deles o do espectáculo “Patapatúm”.

Nesta peça surge a fusão de diferentes linguagens: o teatro físico, a dança, as artes plásticas e as artes visuais.

A música dixieland (subgénero do jazz), as máscaras e a fisicalidade dos personagens propiciam um universo cómico que viaja do realismo até à hipérbole da vida quotidiana.

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Empreendimentos turísticos do Centro com quebras superior A 75 POR CENTO EM DEZEMBRO

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ais de 60 por cento dos 1 100 empreendimentos turísticos da Região Centro devem registar em Dezembro quebras superiores a 75 por cento nas receitas, comparativamente a 2019, disse Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP), à agência Lusa.

Segundo Pedro Machado, esta tendência deverá manter-se nos meses de Janeiro e Fevereiro de 2021.

O responsável salientou que “as medidas anunciadas pelo Governo, nomeadamente o programa ‘Apoiar’, estão neste momento a ser recebidas com alguma satisfação”, no entanto não são “suficientes para inverter a tendência da perda de receita e, muito em particular, da diminuição do número das reservas”.

“Sobretudo, quando está anunciada a suspensão de muitas festividades associadas à passagem de ano ou quando muitas estão a ser substituídas por festas que podem ser acompanhadas online”, sublinhou.

A juntar a este cenário, Pedro Machado acrescenta “a perda compulsiva do mercado espanhol, que eram normalmente turistas que vinham para o Centro de Portugal e, em particular, para as festas com maior dimensão”, como é o caso de Aveiro, Figueira da Foz e Mira.

“São, normalmente, festividades muito fortes na passagem de ano e que este ano não vão poder contar com o mesmo número de portugueses e, particularmente, não vão poder contar com o número significativo de turistas espanhóis que estavam habituadas a receber nos anos transactos”, frisou.

Além disso, 45 estabelecimentos turísticos da Região Centro vão estar fechados, “o que é um dado preocupante, pois normalmente não existia esta tendência de encerrar tantos estabelecimentos turísticos durante o período de Natal e de final do ano”.

“A única janela de oportunidade que acredito possa vir a acontecer será se o Estado conseguir cumprir o primeiro e o segundo ciclos de vacinação, no sentido de reforçar a confiança dos mercados, sobretudo os mercados emissores que estão agora a vacinar, como é o caso do Reino Unido, Alemanha e França, entre outros”, previu o presidente do Turismo do Centro.

Pedro Machado considerou que a situação pode melhorar, “se estes países fizeram a escolha óbvia em 2021, que é Portugal, por ser um destino que está num raio de duas ou três horas de avião, e que esta a vacinar, à semelhança dos países europeus, e é a alternativa válida a destinos como o Brasil, Estados Unidos ou África”.

O responsável adiantou, ainda, que, em Novembro, “mais de 49 por cento das empresas de alojamento registaram quebras superiores a 90 por cento na facturação”.

Mais grave, salientou, é que “mais de 25 por cento das empresas não conseguiram pagar os salários em Novembro e 09 por cento pagou uma parte. Cerca de 26 por cento das empresas tiveram de recorrer a financiamento, nomeadamente bancário, para poderem pagar os salários dos seus trabalhadores no mês de Novembro”.

Neste cenário, Pedro Machado considera “muito preocupante que mais de 14 por cento das empresas assuma que não vai conseguir manter todos os postos de trabalho até ao final do ano”.

De acordo com o presidente, as perdas entre Março e Novembro de 2020, comparado com o período homólogo de 2019, são muito relevantes, com 49 por cento dos estabelecimentos turísticos a registarem “perdas de receitas superiores a 50 por cento”.

“Apenas 7,9 por cento tiveram perdas abaixo destes números [dos 50 por cento], que variam entre os 20 e os 30 por cento”, disse o responsável, referindo que, de acordo com o último barómetro da Associação da Hotelaria, Restaura-

ção e Similares de Portugal (AHRESP), calcula-se que “ao nível da restauração e do alojamento existem números muito superiores a estes, nomeadamente ao nível da facturação”.

Pedro Machado referiu, ainda, que “29 por cento das empresas exploram os seus negócios em espaços arrendados e destas, 54 por cento tinham tentado reduzir o valor da renda”, mas sem sucesso.

Segundo o presidente da TCP, “42 por cento dos arrendatários já estavam com rendas em atraso, entre cinco e mais meses de rendas em atraso”.

“Este balão que o Governo anunciou vai poder inverter um pouco esta tendência, mas não acredito que seja suficiente para a ultrapassar, sobretudo aquilo que é a expectativa de perda que se calcula que possa vir a acontecer nos meses de Dezembro, Janeiro e Fevereiro, que são os mais críticos”, sublinhou.

Desde o início do Estado de Emergência, 28 por cento das empresas efectuaram despedimentos, o que significa que, “destas, mais de 33 por cento reduziram o quadro de pessoal entre 25 a 50 por cento, e cerca de 27 por cento destas empresas reduziram em mais de 50 por cento os seus postos de trabalho”.

22 BOLO-REI E BOLO-RAINHA QUINTA-FEIRA, 17 DE DEZEMBRO 2020

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da Briosa

conquistam ouro e prata

A

Pastelaria Briosa, de Coimbra, voltou a estar em destaque no 9.º Concurso Nacional de Bolo Rei Tradicional Português e no de Bolos Especiais de Natal, ao conquistar quatro medalhas de ouro e uma de prata.

No concurso destinado a premiar os melhores bolos-rei, a Briosa conquistou o primeiro lugar com o seu “Bolo-Rei escangalhado” e com o “Bolo Rainha”.

A prata coube ao tradicional “Bolo-Rei” da mítica pastelaria da Baixa de Coimbra. Mas as medalhas estenderam-se, também, ao concurso nacional de Bolos Especiais de Natal, na qual a Briosa trouxe mais dois ouros, com a exclusiva “Galantine de Frutas” e com as fantásticas “Rabanadas de Coimbra”.

“Na Pastelaria Briosa, em tudo o que fazemos, tentamos proporcionar bons momentos com produtos de qualidade e representar Coimbra da melhor forma que sabemos.

E são esses os nossos principais objectivos, sempre”, afirmou a gerência.

A “Briosa” desenvolve, há 13 anos, “um projecto de dignificação/ promoção não só da pastelaria nacional, como da dignificação do Património Doceiro de Coimbra”, sendo o principal foco a “recuperação dos receituários da doçaria conventual”, algo que Orlanda Duarte proprietária da pastelaria reconhece que tem “trazido bastante reconhecimento”.

“Este foi um resultado muito gratificante para nós e um reconhecimento importante da qualidade dos nossos produtos. Desde 2013 que recebemos distinções importantes nestes concursos, porém este ano os resultados foram mesmo muito bons”, adianta a empresária, sublinhando que “numa época tão diferente e triste, são notícias como esta que dão alento para nunca baixar os braços”.

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EDP DISTRIBUIÇÃO TEM PROJECTO

que garante acesso dos pais a competências digitais

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EDP Distribuição tem, também, um novo projecto em parceria com a Direcção Geral de Educação - “Academia Digital para Pais”, que está a trabalhar com mais de uma centena de escolas em todo o país para garantir que os pais e encarregados de educação têm acesso a competências digitais mínimas que lhes permitam acompanhar os filhos nas aulas à distância.

Numa primeira fase, aderiram à iniciativa 60 agrupamentos, representando um universo potencial de participantes de 118 escolas do 1.º e 2.º ciclos com cerca de 40 000 alunos inscritos.

Estas escolas iniciaram agora a fase de promoção junto das famílias, que têm até 18 de Dezembro para se inscreverem na “Academia Digital para Pais”, sendo que as sessões de formação têm início previsto para Janeiro.

As formações presenciais vão ter uma duração total de oito horas e serão desenvolvidas por professores e jovens alunos voluntários das escolas aderentes. Já os formandos terão direito a prémios de participação, designadamente material escolar e cabazes alimentares.

As escolas-alvo da iniciativa localizam-se em Territórios Educativos de Intervenção

Prioritária (TEIP), que abrange zonas com maiores fragilidades sociais e económicas, dispersas por todo o país (na região Centro são cinco os agrupamentos inscritos).

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COMISSÃO DIOCESANA Justiça e Paz visitou Misericórdia Obra da Figueira

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a manhã desta quinta-feira (17), elementos da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra visitaram a Misericórdia Obra da Figueira.

Santos Cabral, presidente da Comissão, acompanhado pelos elementos João Rebelo e Manuel Castelo Branco foram recebidos pelo Provedor Joaquim de Sousa, que lhes fez um “retrato” da instituição de solidariedade figueirense, que acolhe quase 200 utentes residentes, entre os quais mais de 30 raparigas adolescentes, e dão apoio a cerca de 100 pessoas necessitadas através da cantina social, entre outros apoios.

Joaquim de Sousa lembrou as “excelentes relações com a Diocese”, mas também com a comunidade pastoral da Figueira da Foz “com uma cooperação profícua”.

“Nestes tempos conturba-

dos que vivemos vamos resistindo à crise cumprindo a nossa missão”, concluiu o Provedor.

Para Santos Cabral tratou-se de uma visita de estudo e reflexão, no âmbito das funções da Comissão em prol da acção a favor do bem integral da pessoa humana, na

divulgação da Doutrina Social da Igreja na promoção da justiça e paz.

No final da reunião de trabalhos, Joaquim de Sousa fez uma visita às instalações que deixou satisfeitos os elementos da Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra

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PARLAMENTO APROVA prolongamento do Estado de Emergência

até 07 de Janeiro

A

Assembleia da República renovou hoje, com os votos favoráveis de PS, PSD e da deputada não inscrita Cristina Rodrigues, o Estado de Emergência até 07 de Janeiro do próximo ano para permitir medidas de contenção da covid-19.

Votaram contra PCP, PEV, Chega, Iniciativa Liberal e a deputada Joacine Katar Moreira. Abstiveram-se Bloco de Esquerda, PAN e CDS-PP. O decreto presidencial, enviado para o Parlamento na quarta-feira à noite, produz efeitos entre 24 de Dezembro e 07 de Janeiro em todo o território nacional, abrangendo os períodos de Natal e de Ano Novo.

Em relação à última aprovação do Estado de Emergência, em 04 de Dezembro, apenas a deputada Joacine Katar Moreira alterou o seu sentido de voto, passando da abstenção para o voto contra.

O conteúdo do diploma presidencial hoje aprovado é semelhante ao que está actualmente em vigor, mas acrescenta uma norma para realçar que a violação das normas do estado de emergência configura crime de desobediência.

Este é o sétimo diploma do Estado de Emergência de Marcelo Rebelo de Sousa no actual contexto de pandemia de covid-19.

De acordo com a Constituição, este quadro legal que permite a suspensão do exercício de alguns direitos, liberdades e garantias, não

pode durar mais de 15 dias, sem prejuízo de eventuais renovações com o mesmo limite temporal.

O Conselho de Ministros reúne-se hoje à tarde para decidir se confirma ou revê as medidas que vão vigorar nos períodos das festas de Natal e de Ano Novo.

No passado dia 05, o primeiro-ministro revelou que os portugueses irão ter uma “via verde” para celebrar o Natal e Ano Novo, mas advertiu que se a situação epidemiológica se agravar o Governo não hesitará em “puxar o travão de mão”.

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AAC CRITICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

por asfixiar financeiramente associações estudantis

A

Associação Académica de Coimbra (AAC) critica as recentes alterações legislativas realizadas pelo Ministério da Educação que “vêm diminuir drasticamente o financiamento das associações académicas”.

A Academia de Coimbra mostra, assim, a sua “profunda oposição” à diminuição de financiamento, que se tem vindo a suceder “ao longo dos últimos anos”.

“A tutela vem agora, pela Portaria 286/2020, de 14 de Dezembro, mudar de forma abrupta e manifestamente infundada o método de atribuição de apoio anual do Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), colocando em causa o futuro do associativismo estudantil”, notam os estudantes.

Segundo a AAC, a Portaria “vem alterar o valor base do apoio anual trazido pelo Programa de Apoio Estudantil (PAE) do IPDJ, traduzindo-se numa perda de aproximadamente 90 000 euros para a Associação Académica de Coimbra”.

João Assunção, presidente da AAC, frisa que “o impacto deste corte orçamental é trágico para a saúde financeira da Associação Académica de Coimbra”, considerando “inaceitável que o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, João Paulo Rebelo, ve-

nha, num período de profunda crise económica, após quebras de receita colossais pelo impedimento de realização das festas académicas, comprometer de forma tão grave a actuação de uma instituição secular como a AAC”.

O líder estudantil acrescenta, ainda, que “o ano de 2020 foi um dos que a AAC menos apoio recebeu do Estado Central, evidenciando uma tendência clara da tutela no sentido de obstruir a actividade política das associações académicas”.

Para o dirigente, “a alteração vem, ainda, permitir que as federações académicas se candidatem, para além dos apoios pontuais, ao apoio anual do IPDJ”. “Esta

possibilidade vem beneficiar de forma inequívoca o modelo federativo, que passará a ser sobrefinanciado em relação às associações que não se insiram nessa estrutura organizatória”, nota.

João Assunção mostra-se, por isso, incrédulo com esta alteração, afirmando que “o Ministério parece querer forçar a adopção do modelo federativo no movimento associativo nacional. Esta tentativa de ingerência na autodeterminação governativa das associações académicas é gravíssima e coloca em causa o princípio constitucional de liberdade de associação”. “Não aceitaremos esta pressão vinda da tutela”, rematou.

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VOTOS ANTECIPADOS nas eleições Presidenciais decorrerão

de 12 a 20 de Janeiro

A

s eleições para a Presidência da República estão marcadas para 24 de Janeiro, mas a votação vai começar a 12 para cidadãos deslocados no estrangeiro e até 20 serão recolhidos os votos das pessoas profilacticamente isoladas pela covid-19.

Os boletins, que incluem também o voto em mobilidade no território nacional (17 de Janeiro em qualquer autarquia), serão sujeitos a uma quarentena de 48 horas “nas embalagens utilizadas para o seu transporte e passíveis de serem seladas, nas Câmaras Municipais, em local seguro e arejado, em espaço de tamanho adequado e proporcional ao número de embalagens à guarda”, segundo o parecer da Direcção-Geral da Saúde (DGS).

“Cumprido o período de quarentena”, o presidente do Município entrega as urnas “às Juntas de Freguesia do concelho onde os eleitores se encontram inscritos, depois de divididos por lotes correspondendo às freguesias e respectivas mesas”, refere o documento que estabelecer as regras de saúde pública para as eleições Presidenciais de 2021, publicado no “site” da secretaria-geral do Ministério da Administração Interna.

Ainda segundo o regime excepcional e temporário de exercício de direito de voto antecipado para os eleitores que estejam em confinamento obrigatório, “a Junta de Freguesia destinatária dos votos recebidos remete-os aos presidentes das mesas da Assembleia de Voto até às 08h00 horas do dia previsto para a realização do sufrágio”.

Os eleitores que estejam a cumprir quarentena devido à covid-19 têm de manifestar a sua intenção

de votar no domicílio ou noutro local que não hospitalar entre 14 e 17 de Janeiro e, entre 19 e 20 de Janeiro, equipas municipais, devidamente equipadas e com regras sanitárias estritas, deslocam-se para recolher o voto.

No estrangeiro, a votação ocorre entre 12 e 14 de Janeiro nas embaixadas ou consulados previamente definidos pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Quem quiser antecipar o seu voto para 17 de Janeiro, numa qualquer Câmara Municipal, em vez de 24 na respectiva mesa de voto onde está inscrito, tem de o pedir entre 10 e 14 de Janeiro, também por via electrónica junto do Ministério da Administração Interna ou através de correio normal.

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EMPRESÁRIOS DA REGIÃO DE COIMBRA

defendem a criação de uma plataforma logística O

Conselho Empresarial da Região de Coimbra (CERC) aprovou, na terça-feira (15), um documento com medidas para o desenvolvimento e crescimento da região, entre elas a criação de uma plataforma logística.

O documento, aprovado por unanimidade pelas associações que constituem o CERC, pretende ser uma visão “para o desenvolvimento e crescimento sustentado”, tendo sido entregue à Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, anunciou, hoje, o CERC. De acordo com a nota, os empresários defendem a necessidade de criação de uma plataforma logística na Região de Coimbra, uma rede de incubadoras e centros empresariais ou uma maior aproximação e ligação entre o ensino superior e o mundo empresarial.

A criação de novos produtos turísticos, melhoria das acessibilidades quer na rodovia quer na ferrovia e a capacitação das associações empresariais são outras das medidas presentes no documento que apresenta as propostas sobre os investimentos que deveriam ser implementados nos próximos anos na região de Coimbra.

“As medidas elencadas no referido documento reflectem as necessidades da região de Coimbra, sendo exequível e eficaz e poderá contribuir para a resolução da maioria dos constrangimentos do tecido empresarial da região de Coimbra, para uma rápida e sustentada recuperação da economia”, O CERC frisa ainda que a pandemia de covid-19 e as dificuldades que as empresas atravessam tornam urgente que os governantes “disponibilizem todas as medidas de apoio já anunciadas para a adaptação das empresas, por forma a que a nossa economia não entre em ruptura, para que juntos possamos lutar pela manutenção do maior número de empresas e assim ‘conter’

a subida abrupta da taxa de desemprego dos últimos meses”.

O consórcio regional de associações empresariais representa mais de 15 000 empresas, sediadas nos 19 municípios da Região de Coimbra, representando um volume de negócios superior a 10 000 milhões de euros.

Actuando a uma só voz na representação e defesa dos interesses do Comércio, Serviços, Indústria e Turismo da Região de Coimbra, as associações do CERC constituem o principal interlocutor entre as empresas e empresários da Região de Coimbra com a CIM, bem como da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), do Governo Português e demais entidades públicas e privadas.

Para este documento deram contributos as seguintes associações: ACIBA – Associação Comercial e Industrial da Bairrada e Aguieira; ACIFF - Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz; ADEC - Associação de Desenvolvimento Empresarial de Condeixa; ADI - Agência de Desenvolvimento Integrado Tábua e Oliveira do Hospital; AEC – Associação Empresarial de Cantanhede; AEDP - Associação Empresarial de Poiares; AEM – Associação Empresarial de Mira; AES - Associação Empresarial de Soure; AESL - Associação Empresarial Serra da Lousã; APBC - Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra; CEMC – Clube Empresários Miranda do Corvo; NEP - Núcleo Empresarial de Penela e NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra.

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VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19

poderá começar no dia 27 de Dezembro

A

ministra da Saúde anunciou, hoje, que a vacinação contra a covid-19 pode começar no dia 27 de Dezembro em Portugal e em outros países europeus, com a vacina desenvolvida pela Pfizer/BioNTech.

Em conferência de Imprensa após uma reunião com responsáveis do planeamento da vacinação, Marta Temido declarou que a Agência Europeia do Medicamento poderá emitir a 23 de Dezembro a autorização condicional de introdução no mercado e que as primeiras doses de vacina poderão chegar a Portugal no dia 26.

Essas são as datas previstas para o processo de chegada do primeiro lote de vacinas, com 9.750 doses, ao que se seguirão mais cerca de 303 mil doses a partir de dia 04 de Janeiro, adiantou ainda.

“A informação mais recente é dessa previsão de entrega

ainda no mês de Dezembro e, como já está também a ser comunicado pela Comissão Europeia, estima-se que o calendário de vacinação possa ser alinhado entre todos [os países da União Europeia] e possamos começar a vacinar entre 27 e 29 de Dezembro”, afirmou Marta Temido.

A ministra acrescentou que se está a “ultimar o processo de selecção do grupo que vai ser vacinado com este primeiro lote, nos primeiros

dias”, mas que “será focado na componente dos profissionais de saúde, na medida em que são aqueles que, na primeira linha, poderão ajudar melhor a proteger os restantes”.

Marta Temido frisou que há mais vacinas na calha para parecer e autorização de introdução no mercado condicional por parte da Agência Europeia do Medicamento, como é o caso da empresa Moderna.

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VINAGRETAS CO(N)VID(ADO) ESPECIAL

N

a época natalícia, quem é que não gosta de receber o Pai Natal? Praticamente ninguém.

A menos que, claro está, ele esteja infectado com o novo coronavírus. Nesse caso, a visita já não é tão desejada. Num lar de idosos, na Bélgica, aconteceu isso mesmo. Aliás, os responsáveis da instituição chegaram a dizer que o homem é um impostor, cuja missão é contagiar o maior número de pessoas. Depois das renas do Pai Natal terem voado por cima daquele lar, 61 utentes ficaram infectados e 14 funcionários testaram positivo... O Natal é, efectivamente, uma época mágica... Tão mágica, tão mágica, tão mágica... que chega a ser contagiante.

NO NATAL, DÊ COMPOTAS

E

sta semana, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) deixou alguns conselhos aos portugueses para a época natalícia. Cumprir as regras em vigor, reduzir os contactos, arejar os espaços, e tantos outros que já todos sabemos de cor. Ora, de entre todos os conselhos, destaca-se um em especial – é que a DGS sugeriu “visitas rápidas no quintal”, com uma troca simbólica de presentes, “como compotas”. Se alguém tinha dúvidas sobre o que dar no Natal, esperemos que Rui Portugal, subdirector-geral da Saúde tenha ajudado. Como é que nunca nos tínhamos lembrado desta!...

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VINAGRETAS “N

ós viemos hoje dizer ao Presidente da República que, aquilo que sempre defendemos, é agora particularmente urgente: precisamos de toda a capacidade instalada da saúde em Portugal sob o comando do Serviço Nacional de Saúde.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda

”

ALGUÉM DISSE QU

“A

s Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional devem ser cada vez o cérebro e ser a voz de cada uma das regiões. A autonomia não se esgota, nem se deve esgotar na eleição do presidente e deverá ser muito mais do que isso se queremos um país diferente, mais coeso e igualitário.

Carlos Miguel, secretário de Estado Adjunto do Desenvolvimento Regional

”

“A

quilo que se passou no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) - a morte de um cidadão ucraniano por agentes do SEF - não é razão para se fazer uma reestruturação do SEF, é razão para se mover um processo crime e se averiguar o que se passou naquele caso concreto.

Rui Rio, presidente do PSD

”

“A

violação do disposto na declaração do estado de emergência, incluindo na sua execução, faz incorrer os respectivos autores em crime de desobediência, nos termos do artigo 7º da Lei n.º 44/86, de 30 de Setembro, na sua redacção actua.

Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

”

E...

“N

ão obstante a ligeira diminuição da taxa de incidência de novos casos de infectados, mantêm-se os números de falecimentos ainda muito elevados, confirmando os peritos os claros riscos de novo agravamento da pandemia em caso de redução das medidas tomadas para lhe fazer face.

Idem, sobre renovação do estado de emergência até 07 de Janeiro

”

“N

úmeros dramáticos e preocupantes [duas das plataformas principais das vendas de bilhetes para espectáculos terem quebras superiores a 80%].

Responsáveis da Ticket Line

”

“N

esta batalha pela essência da América, a democracia prevaleceu.”

Joe Biden, Presidente eleito dos Estados Unidos

VIROSE HUMORÍSTICA

'

entro da desgraça há sempre alguém que resiste, que procura animar os mais circunspectos.

O coronavírus tem sido pretexto para tiradas cheias de imaginação e que nos fazem sorrir. Aliado às palavras há também as imagens que nos reforçam o contexto.

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RÁDIO

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