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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com
DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS
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SEXTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO 2022 | N.º 452 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL
ESTADO REFORÇA PODER DA METRO-MONDEGO PARA MANDAR NO METROBUS De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias
PAGINAÇÃO Grupo Media Centro
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Estado altera concessão à Metro-Mondego para adaptação ao sistema MetroBus
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decreto-lei que altera as bases da concessão do Estado à Metro-Mondego, SA, foi publicado, esta sexta-feira, em Diário da República e decorre da necessidade de adaptar o Sistema de Mobilidade do Mondego à solução técnica escolhida, que consiste num transporte por modo rodoviário, assegurado por veículos eléctricos e em canal dedicado, designado por MetroBus, A alteração, consagrada no decreto-lei n.º 21/2022, de 4 de Fevereiro, entra em vigor este sábado (dia 5) e justifica-se ainda pela necessidade de actualizar
o regime vigente ao enquadramento normativo que, entretanto, passou a vigorar para este sector. O Estado atribui à Metro-Mondego, SA, em exclusivo, a concessão em regime de serviço público da implementação, supervisão e manutenção da infraestrutura de um sistema de transporte público de passageiros em modo rodoviário em sítio próprio, nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, designado sistema MetroBus, pelo prazo de 40 anos, contados a partir de 7 de Dezembro de 2004, o qual pode
ser prorrogado nos termos previstos nas bases da concessão. Exploração do sistema É também atribuída à Metro-Mondego a exploração do sistema MetroBus, pelo prazo de 10 anos, a contar do início da entrada em serviço do referido sistema, prorrogável por cinco anos, uma única vez, nos termos previstos no contrato de serviço público. À concessão aplica-se o disposto no Regulamento (CE) n.º 1370/2007, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2007, na sua redacção actual, e no Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, aprovado em anexo à Lei n.º 52/2015, de 9 de Junho, na sua redacção actual. Cabe à Metro-Mondego, ainda que por intermédio de terceiros, proceder à implementação, designadamente através da concepção, projecto, fiscalização e realização das obras de construção da infraestrutura do sistema MetroBus, bem como à respectiva supervisão e manutenção da infraestrutura. Constituem infraestruturas de longa duração os bens propriedade do Estado sob gestão da Metro-Mondego, necessários ao funcionamento do sistema MetroBus.
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CROAC de Anadia já está em funcionamento O Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia (CROAC) de Anadia, localizado na Zona Industrial de Alféloas, União de Freguesias de Arcos e Mogofores, já se encontra em funcionamento. Este novo espaço visa alojar cães e gatos vadios ou errantes, encontrados na via pública ou em quaisquer lugares públicos, bem como animais perigosos que apresentem riscos para a segurança de pessoas ou outros animais. O CROAC de Anadia, que resulta de um investimento aproximado de 300 mil euros, é constituído por dois edifícios de piso único que albergam, para além das boxes para os animais (cães e gatos), espaços de exercício comum, gabinete veterinário/posto de vacinação, sala de esterilização, sala de recobro, zona de higienização, zona para recolha acondicionada de cadáveres, duas boxes semicirculares de isolamento e quarentena, box
multiespécie e maternidade. O gabinete veterinário/ posto de vacinação passa a funcionar três vezes por semana: à terça- feira, das 15h00 às 18h00; à quinta-feira, das 14h00 às 17h00; e ao sábado, das 10h00 às 13h00. Relativamente ao atendimento de adopção/visita, realiza-se à segunda-feira, das 14h00 às 17h00, à quarta-feira, das 10h00 às 13h00, e ao sábado, das 10h00 às 13h00.
“O CROAC de Anadia continua a executar campanhas de profilaxia médica e sanitária, bem como programas e acções que visem o bem-estar animal e esterilização de animais errantes. De sublinhar que este novo Centro de Recolha vem assim dotar o concelho de uma melhor capacidade de resposta às inúmeras solicitações que chegam à Câmara Municipal de Anadia”, refere a Câmara Municipal.
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Exposição “12.º Aniversário da AAAGP” está patente no CAE da Figueira da Foz
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stá patente, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz (CAE), de 3 a 27 de Fevereiro, na Sala Zé Penicheiro, a exposição “12.º Aniversário da AAAGP”. A AAAGP- Associação da Amizade e das Artes Galego Portuguesa é uma associação sem fins lucrativos, constituída a 2 de Fevereiro de 2010, sendo considerada de Utilidade Pública. Tem como fim a promoção e divulgação da Arte e Cultura em geral, a divulgação e promoção a nível nacional e internacional dos seus sócios artistas, a criação de intercâmbio de ideias entre instituições nacionais e internacionais, a promoção de eventos, workshops, exposições e feiras na área da cultura e da arte, ainda fomentar, divulgar e ensinar arte e sua história, também organizar workshops, conferências, seminários e exposições no país e estrangeiro, isoladamente ou em intercâmbios
com entidades similares, colaborar com os sócios e as entidades associadas, em exposições e workshops, elaborar blogs na internet de forma a fomentar a aplicação e divulgação dos seus sócios artistas e suas obras e por fim elaborar livros e revistas onde conste a história da associação, os sócios e suas obras, sócios honorários, lojas, empresas, amigos da associação e pessoas
individuais que patrocinam as actividades da associação. Esta exposição é uma mostra colectiva dos artistas desta associação, no âmbito do seu 12.º aniversário. A entrada é livre. As visitas realizam-se de segunda a quinta-feira das 9h00 às 23h00, sextas-feiras das 9h00 às 24h00, sábados e feriados das 10h00 às 24h00 e domingos das 10h00 às 19h00.
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Orçamento Participativo de Poiares regressa com 50 mil euros
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6.ª edição do Orçamento Participativo (OP) de Vila Nova de Poiares está de regresso, com a abertura do período para apresentação de propostas para ambas as vertentes, OP Jovem e Geral 2022, sendo que cada uma tem uma verba destinada de 25 mil euros. Assim, e até 30 de Abril, os interessados poderão apresentar as suas propostas, as quais deverão cumprir os requisitos de elegibilidade expressos no Regulamento, e que pode ser consultado no site do Município, em http://cm-vilanovadepoiares.pt/municipio/orcamento-participativo Recorde-se ainda que no OP Jovem podem participar todos os cidadãos com idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos que sejam naturais, residentes, trabalhadores ou estudantes no concelho, bem como associações juvenis, enquanto que no OP Geral podem participar todos os cidadãos com idade superior a 35 anos, que sejam naturais, residentes ou trabalhadores no concelho, assim como todas as pessoas colectivas com sede no Município. De acordo com João Miguel Henriques, presidente da Câmara Municipal, “o Orçamento Participativo de Vila Nova de Poiares contribui determinantemente para uma maior aproximação das políticas públicas às reais necessidades dos jovens e da comunidade em geral, ao envolver e promover uma progressiva participação de na discussão e elaboração do orçamento público municipal”. Para João Miguel Henriques, “com esta iniciativa estamos a consolidar a ligação entre a autarquia e os munícipes e, com isso, a reforçar os mecanismos de transparência e de credibilidade da administração, e, como consequência, a aperfeiçoar a qualidade da própria democracia”, referiu. O presidente da Câmara Municipal terminou esperando “uma grande mobilização por parte de todos,
proponentes e votantes, o que se traduzirá numa grande manifestação e participação cívica a exemplo do que tem sucedido nos anteriores, demonstrativo da vontade dos concidadãos em se envolver e manifestar a sua opinião”. Como referido, o período de apresentação de propostas agora iniciado decorre até ao dia 30 de Abril, podendo a participação ser feita online, através da apresentação por email para orcamentoparticipativo@cm-vilanovadepoiares.pt, ou presencialmente nas Juntas de Freguesia. Findo este período decorrerá a análise pela Comissão Técnica, que determinará a elegibilidade das propostas e se reúnem os requisitos necessários para passar à fase de votação, que decorrerá nos meses de Julho e Agosto. Para mais informações poderá consultar o site do Município, em www.cm-vilanovadepoiares.pt/municipio/orcamento-participativo onde encontrará todas as informações para poder participar.
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Casa da Mutualidade em Coimbra recebe exposição “Sou peso da cor e da flor”
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Casa da Mutualidade d’A Previdência Portuguesa, em Coimbra, inaugurou, ontem (3), a exposição “Sou peso da cor e da flor”, de Maria João Damas. A mostra, constituída por 15 quadros e 11 mosaicos, está aberta ao público, de forma gratuita, até dia 28 de Fevereiro. A artista, natural de Coimbra, afirma que esta é uma exposição que “trata fundamentalmente da questão de sermos muito fechados em nós, de passarmos o dia-a-dia com situações que nos ocupam, não nos permitindo observar o que nos rodeia”. No fundo considera ser um apelo para que as pessoas “passem a sentir as cores e os formatos”. “A ideia é: eu ‘Sou o peso da cor e da flor’ no sentido de que mudamos ao longo do dia, porque temos vários estados de espíritos, às vezes de uma forma leve, como uma flor, mas ao mesmo tempo com uma cor que pode ser diferente”, afirma a pintora. Considerando-se uma artista de “várias cores em vários momentos”, Maria João Damas refere que por vezes é preciso “passar pelo preto, pelo insuportável, mas que é essa dor e angústia que vai permitir valorizar outras cores, ou seja, outros estados de espírito e assim desejar muito a leveza da flor”. Maria João Damas esteve, no ano passado, em Londres, na London Art Biennale com o seu trabalho «Q1 - Not even after one more day…» e na exposição digital colectiva, W1 Curates Gallery. Ao “Campeão” confessou, ainda, que irá expor em Paris, em Setembro deste ano. A artis-
ta não esquece as suas origens e realça que Coimbra tem acolhido bem a sua arte, tendo já exposto por várias salas da cidade. “Curiosamente tenho tido a sorte de Coimbra acolher a minha arte de uma forma muito positiva e isso dá-me força e motivação para continuar e projectar-me lá fora”. António Martins de Oliveira, presidente d’A Previdência Portuguesa, afirmou, no evento, que a instituição “apoia os artistas de Coimbra” e que este tipo de iniciativa pretende “disponibilizar aos conimbricenses uma sala onde possam apreciar trabalhos com arte”. Desta forma, o presidente refere que todos os meses a Casa da Mutualidade vai ter a exposição de um artista, seja de Coimbra ou não. A inauguração contou, também, com a presença de José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra.
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Exploratório de Coimbra estreia espectáculo “Som - Ciência em Palco”
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Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra apresenta em estreia, amanhã (5), às 17h00, a produção “Som-Ciência em Palco”, um espectáculo interativo que promove a literacia científica, aliando a ciência e a arte. A iniciativa “Som - Ciência em Palco” vai ser apresentada no primeiro sábado de cada mês, no Exploratório, em mais uma actividade destinada a todos os públicos. O que é o som? É a esta pergunta que o novo espectáculo interativo do Exploratório, a contar com o apoio da Direcção Regional de Cultura do Centro, responde, numa produção a aliar arte e ciência, destinada a todos os públicos. “Aprendemos muito cedo a ouvir e a escutar. Existem tantos sons e tão diferentes! Às vezes até precisamos de os desligar e deixar o silêncio reinar! Mas, afinal, o que é o Som? E como é que este se propaga? Como é que o ouvido humano percepciona o som? Ouvimos todos o mesmo e da mesma forma? Será o som invisível ou haverá for-
ma de o ver? Qual a sua relação com diferentes objectos?”, questiona o Exploratório que através de uma série de experiências, vai conduzir a plateia por entre ondas, frequências e efeitos sonoros fascinantes. “Som - Ciência em Palco” é um espectáculo interativo que promove a literacia científica,
numa aliança entre a ciência e a arte que já provou a sua eficácia noutras produções do Exploratório, e que irá decorrer, mensalmente, em sessões destinadas a todos os públicos. Depois da estreia, este sábado, a próxima apresentação está agendada para 5 de Março, às 17h00.
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Natal Solidário da Cáritas de Coimbra apoiou 710 pessoas
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raças à solidariedade de centenas de pessoas, paróquias, empresas e outras entidades, a Cáritas de Coimbra fez a diferença na vida de 710 pessoas, das quais 376 são crianças, proporcionando-lhes um Natal mais digno e recheado. Foram mais de duas toneladas de produtos hortícolas e frutas da época que chegaram à Cáritas de Coimbra oferecidos pelos pequenos produtores das paróquias da
Diocese de Coimbra ou dos fornecedores da Cáritas de Coimbra. Estes produtos serviram para rechear os cabazes e proporcionar acompanhamentos para a ceia natalícia. Também as cerca de 7.300 unidades de bens alimentares, produtos de higiene e brinquedos alegraram as muitas famílias que recorrem ao Centro de Apoio Social (CAS), resposta da Cáritas de Coimbra e promotora da iniciativa Natal Solidário. Além
dos produtos, o CAS recebeu também 1.905 euros em vales de compras ou em valor monetário e que permitiram adquirir alguns bens em falta, necessário para rechear os cabazes de Natal. No total foram entregues 203 cabazes às famílias em situação de emergência social ou económica e que puderam ter um Natal semelhante ao de tantas outras famílias de Norte a Sul de Portugal. Às crianças foram também oferecidos presentes adequados às suas idades. A Cáritas de Coimbra deixa o seu profundo agradecimento a todos os que fizeram a diferença durante o mês de Dezembro, reconhecendo todo o esforço e empenho dedicado à campanha Natal Solidário. O envolvimento da comunidade, paróquias, empresas, escolas, Centros de Actividades de Tempos Livres, fornecedores e particulares continua a ser imprescindível para o sucesso das campanhas e para dar uma resposta eficaz às solicitações que diariamente chegam à Cáritas Diocesana de Coimbra.
11 Câmara da Mealhada realizou cerca de 2.300 testes à covid-19 a funcionários e colaboradores www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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Município da Mealhada está, desde o início de Dezembro de 2021, a testar regularmente os funcionários e colaboradores à covid-19. A aquisição dos testes e a testagem (a cargo de um operador externo) implicam um investimento de cerca de 5 mil euros por parte da autarquia. A decisão de iniciar a testagem própria foi tomada pelo Executivo Municipal ainda em Novembro, antes do aumento do número de testes à covid-19 disponibilizado pelo Serviço Nacional de Saúde a cada utente. Numa acção concertada com a delegada de saúde local, o Município entendeu que esta “seria a melhor forma de proteger funcionários e utentes que contactam com os diversos serviços da autarquia”. Em Dezembro, Janeiro e, agora, início de Fevereiro, foram realizados cerca 2.300 testes, o que “permitiu a detecção precoce de um ou outro caso e, assim, evitar focos de doença que poderiam evoluir internamente e ser transpostos para o público”, sublinha Hugo Silva, vereador da autarquia. O método encontrado pela autarquia para a realização dos testes aos cerca de 300 funcio-
nários foi o recurso a um prestador de serviços que se desloca às instalações municipais a cada 7 ou 14 dias, “evitando assim a deslocação a laboratórios que, nesta altura, sentiram o congestionamento devido ao aumento de número de testes realizados pela população”, sublinha a autarquia. Além dos funcionários e colaboradores, a Câmara Municipal também disponibiliza testes às instituições particulares de solidariedade social do município, bem como às forças de segu-
rança. “Adoptámos esta medida preventiva em concertação com as autoridades de saúde locais numa altura crítica em que tínhamos os números a aumentar diariamente e continuá-la-emos até que a situação o justifique. Acompanhamos o evoluir da situação no país e reajustaremos a medida de acordo com as orientações dadas pelo Governo e pela Direcção-Geral da Saúde”, sublinha António Jorge Franco, presidente da Câmara Municipal da Mealhada.
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Montemor-o-Velho: Biodiversidade do Paul do Taipal incentiva alunos a defender a Natureza
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Escola Profissional de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego, em colaboração com o Município de Montemor-o-Velho, através do Serviço Municipal de Protecção Civil (SMPC), e com o ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, deu a conhecer a importância do paul do Taipal aos alunos do 1.º ano dos cursos de multimédia, logística e produção agropecuária. A iniciativa, desenvolvida no âmbito da Educação para a Cidadania e do projecto Eco-Escolas, apresentou aos alunos “um dos ex-líbris do concelho, do distrito e do país”, conforme referiu Luís Leitão, do ICNF. As zonas húmidas fornecem “serviços de ecossistemas essenciais à condição da vida humana”, nomeadamente ao nível da “purificação das águas” e são “uma das áreas que mais fixa carbono na superfície na terra, 60% mais que qualquer floresta”, esclareceu. Ao fazer referência às mudanças que podem vir acontecer nos ecossistemas devido às alterações climáticas, o vereador Décio Matias sublinhou que “a
preocupação com o Ambiente deve ser concelhia, nacional e mundial e tem de começar, forçosamente, em cada um de nós. Por isso, espero que esta seja uma visita enriquecedora e que possam sensibilizar os vossos colegas, amigos e familiares para esta temática”. No momento, Hélder Araújo, coordenador do SMPC, deu nota das medidas que estão em curso para que, em breve, seja possível “ver, conhecer e usufruir” do Paul do Taipal, especialmente através do passadiço de visitação e do Centro
Interpretativo. A par da visita de sensibilização ambiental, a iniciativa organizou um concurso de fotografia dirigido aos alunos da escola e que contou com um momento de conversa, repleto de conselhos e dicas, com o entusiasta da vida animal e fotógrafo amador João Figueiredo. Recorda-se que o Paul do Taipal está classificado como Zona de Protecção Especial para a Avifauna (ZPE) e é Zona Húmida de Importância Internacional designada como Sítio Ramsar 2001.
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Núcleo Regional do Centro da LPCC inaugura unidade móvel O
Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) assinalou, hoje (4), o Dia Mundial do Cancro com a inauguração de uma nova unidade móvel de rastreio de cancro da mama, destinada à Região Centro. Trata-se de uma unidade adicional que se junta às anteriores oito unidades móveis, adquiridas pelo Núcleo Regional do Centro em 2019/2020. Com o custo aproximado de 350 mil euros, este valor acresce aos anteriores 3,5 milhões de euros de investimento no diagnóstico precoce de cancro da mama, na região centro. O Núcleo Regional do Centro prossegue, assim, a sua política de actualização tecnológica dos meios de disgnóstico do Programa de Rastreio de Cancro da Mama, actividade iniciada na década de 90 na Região Centro, através do investimento em unidades e equipamentos de mamografia de última geração. Recorde-se que se tratam de equipamentos mamográficos dotados de tecnologia mamográfica digital directa e preparados para a tomossíntese. Neste Dia Mundial do Cancro, a LPCC traça um retrato preocupante da realidade oncológica em Portugal no contexto pandémico de Covid-19, estimando que o cancro matou 30.168 pessoas em Portugal em 2020, número que tenderá a crescer nos próximos anos face aos atrasos do diagnóstico e tratamento. Nesse sentido, de acordo com o professor Vítor Rodrigues, presidente da Direcção da LPCC.NRC, “esta nova unidade, adicional às que estavam já em funções, que hoje se inaugurou, pretende reforçar a recuperação dos atrasos de diagnóstico decorrentes do encerramento do rastreio durante três meses, em 2020, e de alguma dificuldade de normalização posterior. Embora, neste momento, a actividade de rastreio de cancro da mama esteja normalizada, urge resolver os atrasos entretanto verificados no mais curto prazo de tempo”. De salientar que esta política de investimento decorre de recursos próprios decorrentes das actividades de angariação de fundos na comunidade, desenvolvidas pelo Núcleo Regional do Centro da LPCC. Na cerimónia de apresentação da unidade móvel de rastreio de cancro da mama, que decorreu esta manhã no Centro de Saúde de Pombal, estiveram presentes a Dra. Natália Amaral, secretária-geral da Direcção do Núcleo Regional do
Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro; em representação da Ministra da Saúde, a Dra. Rosa Reis Marques, presidente do Conselho Directivo da Administração Regional de Saúde do Centro; e o Dr. Pedro Pimpão Santos, presidente da Câmara Municipal de Pombal. A incidência de cancro tende a aumentar em todo o mundo, morrendo anualmente cerca de 10 milhões de pessoas, o equivalente à população de Portugal. Nesse sentido, o DMC visa consciencializar, melhorar a educação e promover a ação pessoal e colectiva, na luta contra o cancro. “Por cuidados mais justos- Juntos criamos a mudança” é o tema da nova campanha de três anos para esta efeméride, um dos mais importantes dias de consciencialização da saúde, que tem como foco a promoção da equidade na prestação de cuidados de saúde. Como é habitual, nesta data, várias acções na Região Centro ganham expressão, através da cooperação da Liga com entidades locais públicas, privadas e empresariais, que neste dia se unem sob uma mesma causa e falam a uma só voz. Só pessoas unidas fazem a mudança acontecer. Ao aumentar a literacia e a compreensão em torno do cancro, reduzimos o medo, aumentamos a compreensão.
15 Livro “Vamos Pintar Cerâmica” distribuído em instituições de solidariedade social www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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om o objectivo de tornar a Cerâmica Regional de Coimbra mais inclusiva, as autoras do livro “Vamos Pintar Cerâmica”, Carla Marques e Isaura Marques, realizaram doações de exemplares a diversas instituições de solidariedade social. A Casa Acreditar de Coimbra, a Cavalo Azul – Associação de Famílias Solidárias com a Deficiência (Coimbra),
a APCC - Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, a Liga dos Pequeninos (Coimbra), a APPACDM de Condeixa-a-Nova, a Casa do Gaiato (Miranda do Corvo), a Casa da Mãe - OPSDC - Obra de Promoção Social do Distrito de Coimbra, o Centro Social Nª Srª dos Milagres - Cáritas Diocesana de Coimbra, o Lar O Girassol (Coimbra) e a Santa Casa da Misericórdia de Soure, foram as insti-
tuições que receberam esta oferta. Com este livro didático as autoras pretendem dar a conhecer a História da Cerâmica, a criação de actividades, a partilha de conhecimento e experiências, pelos mais novos ou fazer reviver aos mais velhos outros tempos, visto que a cerâmica será sempre um marco de várias gerações na Região Centro de Portugal.
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Estabelecimento Prisional de Coimbra sem assistência médico-sanitária à noite
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ace aos vários surtos de Covid-19, os reclusos do Estabelecimento Prisional de Coimbra estão sem qualquer vigilância clínica durante o período nocturno. Segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) a inexistência de enfermeiro ou médico escalado durante a noite ocorre, também, noutros estabelecimentos prisionais do país, nomeadamente em Izeda e Pinheiro da Cruz. A baixa dotação de postos de trabalho de enfermeiros no mapa de pessoal é ainda mais evidente neste contexto é impeditivo que os reclusos diagnosticados com Covid-19 fiquem em segurança até serem transferidos para as unidades de internamento do EP do Porto e do Hospital Prisional São João de Deus (Caxias), ainda que também estes já se encontrem sobrelotados. “É urgente que a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) desbloqueie a contratação de mais enfermeiros. Só assim é garantido aos reclusos o direito à vigilância e assistência clínica”, afirma o SEP.
Dados revelados recentemente estimam que a DGRSP abrange cerca de 20 mil pessoas, entre trabalhadores, reclusos e jovens internados em Centros Educativos. Actualmente, registam-se mais de uma centena de reclusos infectados e perto de uma centena de profissionais. Apesar desta realidade, o número de profissionais, também de enfermeiros, continua sem o necessário reforço que possibilite a cobertura assistencial que a pandemia veio acentuar. Já em Março de 2020 (primeiros casos de Covid-19 em Por-
tugal) o SEP, em reunião com o Secretário de Estado Adjunto e da Justiça, alertava para a urgente contratação de enfermeiros e fixação de outros que estavam a exercer funções a “recibo verde”, muitos dos quais desde 2018. “Passados dois anos a situação pouco se alterou. A pandemia e o insuficiente número de enfermeiros, para além de não permitirem o alargamento do período assistencial, têm obrigado a jornadas prolongadas de trabalho, sem os devidos e legais descansos dos profissionais”, declara o sindicato.
18 Casa das Artes Bissaya Barreto com exposição fotográfica de campo de refugiados SEXTA-FEIRA, 4 DE FEVEREIRO 2022
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Casa das Artes Bissaya Barreto, em Coimbra, inaugura, amanhã (5), pelas 17h00, a exposição de fotografia Nea Kavala, Nea Kavala, e apresenta o livro com o mesmo nome de Frederico Martinho. A obra e as 10 fotografias que integram a exposição são um breve registo não
documental da passagem do autor, como voluntário, pelo campo de refugiados Nea Kavala, na região da Macedónia, em 2020. O livro é apresentado por Abílio Hernandez, Professor Jubilado da Universidade de Coimbra. Frederico Martinho tem um percurso criativo “pelas
diversas áreas do político e do sensível, através da fotografia, da escrita ou da música, evocando sempre o poder decisivo das imagens no momento da partilha”. A exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado, das 15h00 às 19h00, até 26 de Fevereiro, com entrada livre.
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Palmira de Jesus Heleno vai celebrar 100 primaveras a 12 de Fevereiro “
Vaidosa e bem-disposta”, Palmira de Jesus Heleno vai completar, no próximo dia 12 de Fevereiro, a bonita idade de 100 anos. Nascida no seio de uma família humilde, na localidade de Pedreira, a idosa vive, actualmente, no Barracão, freguesia de Febres, concelho de Cantanhede. A família de Palmira pretende, assim, assinalar as 100 primaveras desta “guer-
reira”, como eles a descrevem. “Mãe de seis filhos tem uma história de vida de muita luta e perseverança”, refere Regina Rato, neta de Palmira, acrescentando que a idosa “ficou viúva aos 43 anos, com uma filha de 28 dias e mais quatro para sustentar”. Segundo Regina Rato, estes são 100 anos “que não lhe levaram nem a memória nem a sanidade mental, apenas
lhe tiraram alguma força nas pernas, mas que não a impede de querer viver sozinha para não incomodar os filhos”. Chegar aos 100 anos sempre foi um desejo da idosa que quer festejar com toda a família e o seu desejo será concretizado. No dia 13 de Fevereiro vai ser organizado um convívio no Restaurante Milénio com a presença de cerca de 40 a 50 familiares e amigos.
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21 Ordem dos Médicos do Centro alerta para ‘risco de colapso’ dos hospitais www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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evido a casos de contágios e de profissionais de saúde em isolamento devido a doença Covid-19 ou por positividade de contactos de risco, a Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) alerta para o risco de colapso dos hospitais da região. A situação torna-se já preocupante nos hospitais de Aveiro, Coimbra, Leiria, Guarda e Castelo Branco e Viseu. “A título de exemplo, o Centro Hospitalar de Leiria e o Centro Hospitalar do Baixo Vouga têm, cada um, perto de 100 profissionais nesta situação. No Centro Hospitalar Tondela-Viseu são 59 nesta situação e no Hospital Distrital da Figueira da Foz estão ausentes, actualmente, 16 profissionais. O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra enfrenta, também, a ausência de algumas centenas de profissionais, o que está a criar muitos e graves constrangimentos. É uma situação para a qual o Ministério da Saúde não pode ficar
alheio, neste momento tão delicado”, sublinha o presidente da SRCOM, Carlos Cortes. A actual conjuntura assume já tal gravidade na região Centro que o presidente da SRCOM apela ao Ministério da Saúde para voltar a permitir a contratação flexível de profissionais de saúde, de forma a colmatar as necessidades mais urgentes. “O Ministério da Saúde tem de intervir, voltámos ao risco de colapso da resposta assistencial”, afirma Carlos Cortes. “Especialidades como a Cirurgia, Medicina Interna, Pediatria, bem como os serviços de urgência ameaçam colapsar”, afirma, com extre-
ma preocupação. Para além da necessidade de contratação de profissionais, Carlos Cortes acentua ainda a necessidade de reavaliação das normas quanto ao período de isolamento para as pessoas infectadas com Covid-19 e que estejam assintomáticas ou com sintomas ligeiros da doença e, ainda, a que está relacionada com o rastreio de contactos, designadamente do círculo familiar mais restrito. Carlos Cortes considera imprescindível uma revisão urgente destes critérios e uma monitorização mais célere e adequada por parte das autoridades de saúde face à situação da doença.
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VINAGRETAS DOCE, DOCINHO
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s Correios britânicos abriram uma investigação, na sequência de um vídeo divulgado nas redes sociais, onde funcionários de Londres aparecem em ‘más condições’ depois de comerem brownies de cannabis, que aparentemente pertenciam a uma encomenda não reclamada. Dois funcionários, um deles o carteiro, aparecem nas imagens a terem diálogos suspeitos. O carteiro está a empurrar o seu carrinho, com dificuldade, e o outro colega diz-lhe: “tu estás mesmo ‘mocado’”. O mesmo carteiro aparece, depois, sentado no chão, com um colega a dizer “comeste dois [pedaços]” e o próprio corrige “comi quatro”. Os brownies de cannabis tiveram origem, aparentemente, de uma encomenda que esteve um mês sem ser recolhida e que dizia “Edibles (comestíveis) by Pablo Chocobar». Ora perante um doce quem resiste à tentação?
O AMOR É LINDO, OU NÃO...
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ostuma-se dizer que o amor é lindo, de todas as formas e feitios, mas nem tudo vale por uma bonita cena de ‘amor’. Um casal apaixonado é capaz das coisas mais surreais alguma vez vistas… tanto que ultrapassa inclusive as barreiras sanitárias. Foi o caso de um jovem casal, que no meio do caos total das chuvas que inundaram as ruas no Brasil, tornaram o cenário como se fosse uma bonita e romântica Lagoa Azul. Nem qualquer problema de serem vistos, o casal fez questão de mostrar (e fazer) o amor perante a maior adversidade.
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ALGUÉM DISSE QUE... “De partido estrategicamente dialogante com o PS, o PAN passou a comportar-se como seu afilhado” André Silva, ex-líder do PAN “O Chega tem a prerrogativa de propor quem quiser à vice-presidência da Assembleia da República, mas esse é um cargo eletivo em qualquer parlamento do mundo” Rui Tavares, dirigente do Livre, sobre candidatura de Diogo Pacheco Amorim, deputado do Chega, ao cargo de vice-presidente da Assembleia da República “A pior coisa que se podia fazer ao Chega era deixá-lo eleger uma pessoa para a vice-presidência da Assembleia da República. Eu acho que era a coisa que mais o embaraçava” Manuela Ferreira Leite, ex-ministra das finanças “Tivemos bons e maus resultados eleitorais em vinte e poucos anos de história do Bloco de Esquerda e nunca alterámos direcções em função dos resultados eleitorais” Luís Fazenda, fundador do BE, sobre os últimos resultados eleitorais do BE “Eu não vou interferir em nada daquilo que vão ser as próximas eleições e os candidatos, limito-me a cumprir o meu mandato e com sentido de responsabilidade” Rui Rio, presidente do PSD “Aquilo que o país todo quer saber: já rolam cabeças na direcção do ‘Os Verdes’?” Carlos Guimarães Pinto, deputado eleito pelo Iniciativa Liberal “O grande desafio que, neste momento, estamos a viver tem a ver com a seca. É um desafio e temos que ter uma resposta. Sabemos que, além da mitigação, temos de nos adaptar às alterações climáticas” Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura
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TODAS AS SEXTAS-FEIRAS NO SEU CAMPEÃO DIGITAL
2005
[PUBLICADO EM 21/7/2005]
P E R F I L
Madalena a indomada Nome MARIA MADALENA DE SOUSA TELES MARQUES CHARNECA CAIXEIRO Idade 65 ANOS 3UR¿VVmR ESCRITORA 3DVVDWHPSRV COZINHAR, BORDAR, FAZER PALAVRAS CRUZADAS E CHARADAS Signo GÉMEOS
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Rita Basílio
ouco ou nada percebe de engenharia. Ainda assim, é capaz de projectar mentalmente mundos, vidas, personagens, histórias, sem errar nos cálculos ou fintar medidas. Invariavelmente, tudo quanto cria fica em pousio na memória. Mais tarde, começa a obra. Erguida tijolo a tijolo. Sempre em papéis assentes nos joelhos. Madalena Caixeiro, recentemente distinguida com o Prémio Trindade Coelho, atribuído pela Câmara Municipal de Mogadouro, ainda não conseguiu libertar-se “dessa cumplicidade que se estabelece entre o lápis, o papel e o escritor” Surpreendentemente, quando a hora chega, “escreve de forma limpa e clara. Como se o que fizesse fosse a última versão, revista e aperfeiçoada, do texto que planeara construir. É um ciclo perfeito”, comenta a amiga Áurea Vieira. Há algo de essencial que atravessa, como um fio condutor, a sua obra. Se de pesquisa académica se tratasse, dir-se-ia que aderira incondicionalmente à perspectiva feminista do mundo. Mas a sua predilecção pelas personagens femininas não é coisa deliberada. É apenas uma “tentação irresistível”. Afinal, o universo das mulheres é o seu. A escrita é, aliás, para si, um exercício autobiográfico. “Só se pode criar a partir de dados e esses dados provêm da nossa experiência”, sentencia. “Não percebo nada de novas tecnologias. Não sei guiar, não sei pôr um disco, um DVD, nem sequer quero aprender. Perante isto, como poderia escrever um livro de ficção científica?” As suas histórias são, ao invés, sobre as relações humanas e as suas heroínas acabam por reflectir, cada uma delas, uma parte de si. “A sua coragem e determinação, a sua força e capacidade de superar obstáculos, de lutar contra ventos e marés”, descreve Alcina Marques de Almeida. De resto, para a autora de poesia, Madalena Caixeiro é um ser-humano raro: “Dona de casa incansável, cozinheira fora de série, inteligência acima da média e habilidade invejável no que
toca a harmonizar a parte intelectual com a lufa-lufa do dia-a-dia de uma mulher”. Família acima de tudo Adiou eternamente alguns dos sonhos pela família. Mas tê-lo feito deixa-a feliz. Ambicionava ser actriz, trocar a Coimbra onde nascera, em 1940, por Lisboa e aí aprender a arte dos palcos. O pai, o distinto advogado Hernâni Marques, nem quis ouvir falar na vocação e acabou por ingressar num curso convencional. Formou-se em Filologia Germânica na tradicional Universidade de Coimbra. Mas nunca se fez mouca perante os apelos do coração. Ouviu as suas tiradas, tal como diz pressentir os sussurros dos espíritos que povoam o nosso mundo, e não perdeu tempo a desafiar os cânones tradicionais. Aos 18 anos emancipa--se. Não larga o lar, que ainda conserva, em Celas, mas começa a sustentar-se à custa de explicações. Enquanto estudante, integra o Coral de Letras e o corpo redactorial da revista «Via Latina», publicação que chega a dirigir. Frequenta a Associação Académica, acaba por pertencer à Direcção Geral, a uma das Comissões da Queima das Fitas e por presidir ao Conselho Feminino e ao Conselho Cultural. Na altura, nem casar queria. Certo dia, porém, ao chegar a um baile no Jardim da Manga, cruza o olhar com o do rapaz que tocava bateria e muda “imediatamente” de planos. Tornaram-se inseparáveis, como bem testemunha a caricatura de estudante do, hoje, médico Joaquim Manuel Caixeiro, onde Madalena aparece coladinha ao bombo. Este ano, completam-se quatro décadas desde que deram o nó. Mais tarde, abraça o ensino. Primeiro, no extinto Colégio D. João de Castro. Depois, no Centro de Estudos e Formação Autárquica e na Universidade dos Tempos Livres. E ainda depois na Universidade Vasco da Gama. Pelo meio, dá aulas no Liceu Nacional Pêro da Naia, em Moçambique, quando, à boleia do marido, parte para África para uma estada de dois anos, com dois
filhos pela mão e um terceiro na barriga. Tem saudades de ensinar. Às vezes chora. Talvez, diz, por ser “tão instável, tão temperamental”. É mulher para às nove da manhã se sentir a estoirar de felicidade e, cinco minutos depois, cair num pranto. “Tem uma maneira de ser muito especial”, atesta a antiga aluna Teresa Carreiro. “Está permanentemente a criar, seja através dos bordados, seja através da escrita, seja na cozinha ou na relação com as pessoas. De certa forma, foi sempre uma vanguardista. Lembro-me que nos dava conselhos muito diferentes daqueles que esperaríamos de uma mãe clássica, normal”. No passado, Madalena Caixeiro desafiava a avó, de quem diz ter herdado o sentimento exacerbado pela família, a jantarem bolas de berlim com laranjada. Hoje, é capaz de almoçar debaixo da mesa só para se divertir e estimular a capacidade de imaginação das netas. Tem cinco filhos, três mulheres e dois homens – teria seis se, por infortúnio do destino, não tivesse perdido um –, quase todos com queda para as artes. A Carolina e o João pintam, o Gustavo toca bateria, tal como o pai. Por sua vez, a neta Maria do Rosário “tem uma voz fabulosa”. Ao todo, tem três netas mulheres e um neto homem. Só nos anos 80 começou a publicar. Curiosamente, quase todos os títulos da sua obra estão distinguidos. Com «Sementes de só, raízes de mim» arrebatou o Prémio Miguel Torga – Cidade de Coimbra, no ano de 1986. «Limites» valeu-lhe, dois anos depois, o Prémio Victorino Nemésio. Seguiu-se «A Pausa». Em 1990, lança «Os Novelos», também contemplado com o galardão Nemésio e, oito anos mais tarde, um novo romance, «O declive», com o qual granjeou de novo o Prémio Miguel Torga. «Cadeira de braços» surge logo a seguir, invariavelmente premiado: recebeu uma distinção atribuída no âmbito dos 100 anos do nascimento de Victorino Nemésio. Todos estão publicados, à excepção de «A Porta», conto que lhe valeu a sua mais recente distinção, o Prémio Trindade Coelho.
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