“Campeão das Províncias” - 10/02/2022

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DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

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QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022 | N.º 456 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

REGIÃO DE COIMBRA DIZ-SE DISCRIMINADA NOS INVESTIMENTOS PARA OS CENTROS DE SAÚDE LISBOA – 36% | NORTE – 35% | CENTRO – 8%

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


2 Região de Coimbra preocupada com baixa dotação do PRR para equipamentos de Saúde QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022

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Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra manifestou a sua preocupação pela baixa dotação atribuída pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aos equipamentos de Saúde do Centro, em comparação com Norte e Lisboa e Vale do Tejo. A CIM da Região de Coimbra alude às diferenças de dotação que constam no aviso do PRR, que se encontra a decorrer, e que se destina à promoção dos cuidados de saúde primários, nomeadamente à qualificação de instalações e equipamentos dos Centros de Saúde. “Verifica-se que a dotação atribuída por este aviso às instalações e equipamentos dos Centros de Saúde do Centro corresponde a menos 1/4 da dotação atribuída ao Norte e Lisboa e Vale do Tejo”, apontou. De acordo com o que declarou, esta quinta-feira, o presidente da Região de Coimbra, Emílio Torrão, foi com surpresa e preocupação que foram confrontados com esta dota-

ção para uma área estratégica como é a Saúde e onde o investimento “é essencial e decisivo para a recuperação da pandemia e para a coesão do território”. “Esta discrepância de valores entre o Centro e o Norte e Lisboa e Vale do Tejo é enorme. O aviso é de 63 milhões de euros e 70% desse valor é alocado a investimentos no Norte (35%) e Lisboa e Vale do Tejo (36%), enquanto para os Centros de Saúde do Centro são previstos menos de cinco milhões de euros (8%)”, lamentou. No seu entender, tal de-

monstra a bipolarização dos investimentos do país para a qual têm vindo a alertar e que “foi acentuada pelo PRR, cuja gestão é centralizada em Lisboa”. “Já solicitámos uma reunião ao presidente da Unidade de Missão Recuperar Portugal, no sentido de procurar clarificar estas diferenças que acentuam ainda mais desigualdades entre os territórios”, informou. Na Região de Coimbra já foi sinalizada “a necessidade de investimento em equipamentos de Saúde num valor superior a 11 milhões de euros”.


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Já conta com 141 anos de idade o que, por si só, já é digno de louvor. Mas, mais do que isso, trata-se de quase século e meio em actividade ininterrupta. “Casa, música e alma” são os pilares do Orfeon que actua pelos quatro cantos do mundo, trajando de capa e batina e levando o nome da Academia de Coimbra mais longe. PÁGINA 12

Liderança dos Engenheiros do Centro disputada por duas candidaturas

Ana Cortez Vaz preocupada com “problemas de habitação e dignidade humana”

Isabel Lança e José Valle propõe-se a substituir Silva Afonso, actual presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Engenheiros, que chegou ao limite de mandatos. A lista RA e a lista RB vão a sufrágio já este sábado (12) e defendem, respectivamente, uma “engenharia promotora da mudança” e “uma ordem mais interveniente e dignificadora”. PÁGINA 3

A acção social, da forma como está preconizada, “é um curativo”. É esta a observação de Ana Cortez Vaz, a vereadora da Câmara de Coimbra, responsável pelos pelouros de âmbito social, que, em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, se mostra optimista quanto às medidas que estão a ser encetadas em prol de melhorias na habitação e de apoio aos sem-abrigo. PÁGINA 9

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ACTUALIDADE

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(67$'2 $/7(5$ &21&(66®2 ­ 0(752˨021'(*2 PARA ADAPTAÇÃO AO SISTEMA DO METROBUS LUÍS SANTOS

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decreto-lei que altera as bases da concessão do Estado à Metro-Mondego, SA decorre da necessidade de adaptar o Sistema de Mobilidade do Mondego à solução técnica escolhida, que consiste num transporte por modo rodoviário, assegurado por veículos eléctricos e em canal dedicado, designado por MetroBus. A alteração, consagrada no decreto-lei n.º 21/2022, de 4 de Fevereiro, entrou em vigor no sábado (dia 5) e justifica-se ainda pela necessidade de actualizar o regime vigente ao enquadramento normativo que, entretanto, passou a vigorar para este sector. O Estado atribui à Metro-Mondego, SA, em exclusivo, a concessão em regime de serviço público da implementação, supervisão e manutenção da infraestrutura de um sistema de transporte público de passageiros em modo rodoviário em sítio próprio, nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã,

designado sistema MetroBus, pelo prazo de 40 anos, contados a partir de 7 de Dezembro de 2004, o qual pode ser prorrogado nos termos previstos nas bases da concessão. É também atribuída à Metro-Mondego a exploração do sistema MetroBus, pelo prazo de 10 anos, a contar do início da entrada em serviço do referido sistema, prorrogável por cinco anos, uma única vez, nos termos previstos no contrato de serviço público. À concessão aplica-se o disposto no Regulamento (CE) n.º 1370/2007, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 23 de Outubro de 2007, na sua redacção actual, e no Regime Jurídico do Serviço Público de Transporte de Passageiros, aprovado em anexo à Lei n.º 52/2015, de 9 de Junho, na sua redacção actual. Cabe à Metro-Mondego, ainda que por intermédio de terceiros, proceder à implementação, designadamente através da concepção, projecto, fiscalização e realização das obras de construção da infraestrutura do sistema

MetroBus, bem como à respectiva supervisão e manutenção da infraestrutura. Constituem infraestruturas de longa duração os bens propriedade do Estado sob gestão da Metro-Mondego, necessários ao funcionamento do sistema MetroBus. DEIXA DE SER REDE FERROVIÁRIA A Infraestruturas de Portugal (IP, SA) mantém a exploração e a gestão dos bens do domínio público ferroviário, actualmente sob sua gestão, até à recepção provisória de cada troço das empreitadas de construção da infraestrutura base a executar por esta, momento a partir do qual a Metro-Mondego assume tais poderes. O troço denominado Ramal da Lousã, situado entre Coimbra-B e Serpins, é desclassificado da rede ferroviária nacional e todos os bens do domínio público ferroviário são afectos ao objecto da concessão, ficando sob gestão da Metro-Mondego. A CP - Comboios de Portugal pode continuar a utilizar o troço entre Coim-

bra-A e Coimbra-B até que a implementação do sistema MetroBus o inviabilize. Na estação de Coimbra-B deve a Infraestruturas de Portugal assegurar a necessária intermodalidade com o sistema MetroBus. Depois de, em 2009, as obras no antigo ramal da Lousã terem determinado o encerramento do serviço ferroviário de transporte de passageiros, o designado Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) foi afectado por vários impasses, não tendo sido possível concretizar o projecto tal como vinha sendo delineado. A Resolução do Conselho de Ministros n.º 61A/2015, de 20 de Agosto, que aprovou o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas - PETI3+ para o horizonte 2014-2020, definiu a importância de se estudarem outras soluções para a concretização do projecto do SMM, com vista à redução do investimento e dos custos de funcionamento. Em 2017 foi definida uma solução alternativa ao sistema de metropolitano ligeiro, designada MetroBus,

que se configura como um sistema de transporte rodoviário em infraestrutura dedicada e assegurada por veículos elétricos adaptados a essa infraestrutura, solução que permite o aproveitamento dos projectos e investimentos já realizados. Posteriormente, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 25/2019, de 31 de Janeiro, foram definidos os termos da execução do SMM no troço do antigo ramal da Lousã, entre as estações de Coimbra B e Serpins, bem como na linha do Hospital, cabendo à Infraestruturas de Portu-

gal o desenvolvimento dos procedimentos necessários à realização de projectos técnicos e assessoria à gestão e coordenação, de expropriações, de empreitadas (infraestrutura base do troço entre Coimbra B e Serpins, sistemas de telemática e de apoio à exploração e de paragens, sinalética e mobiliário urbano), de fiscalização destas empreitadas e ainda da candidatura a financiamento de fundos europeus estruturais e de investimento. À Metro-Mondego passou a caber supervisionar o SMM e assegurar a sua exploração comercial.

ORÇAMENTO DOS TRANSPORTES URBANOS APROVADO PELA ASSEMBLEIA MUNICIPAL

SMTUC MOTIVAM TROCA DE ACUSAÇÕES ENTRE PRESIDENTE DA CÂMARA E O PS

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situação dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra esteve em evidência na reunião da Assembleia Municipal, realizada segunda-feira, onde foram aprovadas as Grandes Opções do Plano e o Orçamento dos SMTUC para 2022, num valor global de 26,6 milhões de euros. Sem qualquer rejeição, os documentos passaram com 24 votos a favor das diferentes forças da coligação Juntos Somos Coimbra e do movimento Cidadãos por Coimbra, contando com a abstenção dos restantes partidos representados naquele órgão, nomeadamente o PS e a CDU. Depois de neste início de mandato o presidente da

Câmara, José Manuel Silva, e a vereadora Ana Bastos, presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, terem recorrentemente apontado a degradação em que estavam os Transportes Urbanos, os deputados socialistas na Assembleia Municipal não deixaram passar em claro o tema. Falaram de que há autocarros que continuam parados e a extensão de carreiras no concelho está parada. A defesa da actual gestão dos SMTUC foi assumida pelo próprio presidente da Câmara, que recomendou aos eleitos do PS “alguma reserva quando falam dos SMTUC”, dando a entender ter “algo na manga” para revelar sobre o que se

passava antes. E nem precisou de aludir à demissão do anterior presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, Jorge Alves, no mandato de Manuel Machado, por ajustes directos a uma empresa de um familiar. José Manuel Silva desafiou o PS, que passa a ter maioria absoluta no Parlamento, a efectuar a iniciativa legislativa que possa resolver a situação dos motoristas dos SMTUC, que são considerados assistentes operacionais, em clara desigualdade com a carreira de motorista da Carris (Lisboa) e dos STCP (Porto). O presidente da Câmara referiu-se, também, ao facto de uma pessoa contratada

por avença (a que um elemento do PS aludiu) ter logo descoberto que várias peças que estavam avariadas nos autocarros ainda estavam na garantia, com os SMTUC a pouparam com isso 90 mil euros. “Pagou-se logo a ela própria”, comentou. José Manuel Silva adiantou, ainda, que os SMTUC estavam a suportar os custos dos vidros partidos nas viaturas, em várias circunstâncias, entre as quais os acidentes, quando isso pode ser feito pelo seguro. “Só com estes dois aspectos já conseguimos mais de 100 mil euros de poupança”, justificou. Por outro lado, sobre o tão desejado alargamento de carreiras, que o anterior Executivo socialista e

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os SMTUC fizeram para Norte e Sul do concelho, o presidente da Câmara disse não ser possível avançar mais, de momento, por impossibilidade de assegurar a continuidade do serviço e por existiram “leis para cumprir” quanto a concessões de transporte, que podem resultar em pedidos de indemnização. O autarca esclareceu, ainda, que os cinco novos autocarros eléctricos recebidos em Janeiro estão parados, dado que a empresa fornecedora tem de resolver as incompatibilidades com a lei vigente sobre as características que os veículos têm de ter para poderem circular. Recorde-se que o Orçamento para 2022 dos

SMTUC foi aprovado por maioria, na reunião de 17 de Janeiro, pelo Executivo da Câmara Municipal de Coimbra, contando com cinco abstenções: quatro do PS e uma da CDU. Ao longo da intervenção que fez na altura, Ana Bastos, presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, explicou que apesar das grandes dificuldades económicas que os Transportes Urbanos enfrentam, a opção estratégica assenta na manutenção do tarifário em todos os títulos e modalidades de pagamento, comparativamente a 2021, “reforçando a política de promoção do uso dos transportes públicos em detrimento do veículo individual”.

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ACTUALIDADE

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ACTUAL PRESIDENTE ATINGIU LIMITE DE MANDATOS

DUAS LISTAS A VOTOS PARA A ORDEM DOS ENGENHEIROS DO CENTRO E NÁDIA MOURA

ste sábado (12) há eleições para a Ordem dos Engenheiros (OE) e, claro, para os respectivos Concelhos directivos regionais. A votação electrónica teve início a 2 de Fevereiro mas, no próximo sábado, quem preferir, pode votar presencialmente para eleger os órgãos a nível nacional e regional da Ordem dos Engenheiros para o triénio 2022-2025. Pela região Centro vão a votos duas listas com a intenção de substituir Armando Silva Afonso que não se recandidata por ter atingido o limite de mandatos: José Valle lidera a lista RB e Isabel Lança a lista RA. Em entrevista à Rádio Regional do Centro, os candidatos delinearam as principais linhas orientadoras para este mandato, cujo presidente será eleito pelos quase oito mil inscritos na Secção Regional do Centro da Ordem. LISTA RA “ENGENHARIA PROMOTORA DA MUDANÇA”

Isabel Lança faz parte do actual Conselho Directivo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Engenheiros e candidata-se agora à liderança tendo o actual presidente como mandatário. Responsável pela área funcional de saúde ambiental do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro, Isabel Lança fala na importância da valorização e dignificação da profissão de engenheiro. “Os projectos devem ser dinâmicos, actualizados, e devem ser a preparação para o futuro. Na sequência do que tem sido o meu compromisso com a Ordem, acredito que é preciso irmos um pouco mais além e pretendo criar condições para promover alguma mudança e dar a resposta aos novos desafios que se colocam à Engenharia”. Para a engenheira, um dos principais problemas que a classe atravessa é a falta de visibilidade da Ordem o que leva à menor moti-

Isabel Lança e José Valle têm como mandatários o actual presidente, Armando Silva Afonso, e Celestino Quaresma, respectivamente vação dos jovens. “Temos um papel fundamental, os engenheiros estão em todo o lado, no entanto há pouco reconhecimento. Naquele que é o interface directo com a sociedade é necessário dar essa relevância até porque cada vez mais surgem novas área de Engenharia, basta pensarmos na Aeronáutica, nas Engenharias Biomédicas, a própria Informática, tudo isso é consolidado através do trabalho dos engenheiros”, enaltece. Apesar da envolvência das mulheres na Engenharia ser cada vez maior os dados que lhe foram transmitidos recentemente pelo director da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Coimbra (FCTUC), não são assim tão animadores: existem 80% de homens e apenas 20% de mulheres nos cursos de Engenharia, “parece até ter havido um retrocesso”, lamenta. A candidata frisa que há a necessidade de elementos com alguma experiência na Ordem mas isso não invalida a necessidade de partilha com os mais novos. “É preferível ir inserindo os jovens nos vários órgãos e permitir-lhes o conhecimento para um maior interesse porque até agora eles têm a ideia que a Ordem não serve para nada”. Em tempo de pandemia a Ordem continuou a fazer formações em formato on-

line, um modelo que, em princípio, será para continuar dando um enfoque cada vez maior à formação nas várias áreas, com debate de ideias de projectos, de soluções inovadoras, fazendo também a discussão com as escolas na prossecução da “actualização do conhecimento dos engenheiros em tempo real e enquadrado às novas exigências”. LISTA RB “POR UMA ORDEM MAIS INTERVENIENTE E DIGNIFICADORA” José Valle coordena a Comissão de Especialização em Transportes e Vias

da Comunicação da OE, associação à qual se candidata por considerar que é necessária uma maior valorização da profissão tornando a Ordem mais “interveniente e dignificadora”. O engenheiro civil esclarece que a sua candidatura surge na sequência de não ter havido um consenso dentro da Ordem quando o actual presidente, Armando Silva Afonso, propôs a candidatura da engenheira Isabel Lança e, por isso, foi convidado por Celestino Quaresma e Octávio Alexandrino (presidente da Assembleia Regional), Aires Francisco e Jorge Marino. O candidato propõe que “se revisitem” os Actos de Engenharia no

sentido de um maior reconhecimento da profissão e papel dos engenheiros. No que concerne à actuação do actual presidente, José Valle diz que “é preciso verificar o que foi feito, o que está bem feito e o que é preciso corrigir e, portanto, muitas vezes trata-se mais de uma forma de condução de determinados assuntos”. Outro aspecto que o engenheiro civil considera importante combater é o afastamento dos jovens da OE: “há algum afastamento dos

jovens, até algum desinteresse. O papel da OE nem sempre é reconhecido e é preciso fazer esse esforço. No caso dos órgãos directivos, nós tivemos essa preocupação, juntámos na nossa lista engenheiros com e sem experiência na Ordem e procurámos juntar jovens, nomeadamente nos colégios – especialidades identificadas e previstas nos nossos estatutos - e alguns não os convencemos a integrar a lista mas, pelo menos, a integrarem-la como suplentes”, salvaguarda. Outra das preocupações da candidatura à Secção Regional do Centro e cujo programa, conforme frisa José Valle, “também está alinhado com o programa da candidatura a Bastonário do engenheiro Fernando Branco”, é a “articulação forte com as universidades e politécnicos da região Centro para a questão da formação do engenheiro a longo da vida a custos mais acessíveis”. A lista RB apresenta-se com base nos cinco vectores da candidatura de Fernando Branco - resolver; reorganizar; rejuvenescer; revalorizar e reposicionar – e pretende também desenvolver acções que levem à aproximação dos engenheiros à OE.

LISTA RB – CONSELHO DIRECTIVO LISTA RA – CONSELHO DIRECTIVO Isabel Lança Presidente Ricardo Duarte Vice-Presidente Luís Costa Neves Secretário Virgínia Manta Tesoureiro Jorge Sá Silva Vogal Pedro Carreira Vogal Maria Isabel Quintaneiro Vogal Samuel Pereira Suplente

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José Valle Presidente Graça Rasteiro Vice-Presidente Leonor Ladeira Secretário Álvaro Saraiva Tesoureiro Manuel Jorge Vogal Joana Sampaio Vogal Alberto Cardoso Vogal Domingos Viegas Suplente José Baptista Suplente


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ACTUALIDADE

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ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVOU ORÇAMENTO DA CÂMARA DE COIMBRA

DO PASSEIO DA FAMA AO MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA O

Orçamento da Câmara de Coimbra para 2022, aprovado sem votos contra na Assembleia Municipal de segunda-feira, está “amarrado” à necessidade de concluir os investimentos que vêm do Executivo anterior, e o lançamento de ideias novas por parte da nova maioria na Edilidade. José Manuel Silva, presidente da Câmara, garante que a concretização do Museu da Língua Portuguesa “não está esquecido e é uma prioridade”, desejando que ficasse instalado num dos Colégios da Rua da Sofia, na Baixa da cidade, área incluída na classificação como Património Mundial. Outro projecto que o autarca anseia ver concretizado é o “Passeio da Fama”, não à moda de Hollywood, como ressalva José Manuel Silva, mas para “reconhecer pessoas distintas de Coimbra”. Falta definir “como e onde”, mas para já o orçamento não será problema, porque - referiu - “10 euros dão para uma pedra da calçada”.

Após quatro horas de intervenções, a Assembleia Municipal de Coimbra aprovou o Orçamento da Câmara para este ano, no valor de 167,8 milhões de euros, com votos a favor dos partidos que integraram a coligação Juntos Somos Coimbra e abstenção das restantes forças partidárias, PS, CDU e CpC. Durante a Assembleia Municipal, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, eleito pelos Juntos Somos Coimbra, admitiu que o documento aprovado “não é o Orçamento ideal”, sendo antes “o Orçamento possível, nas circunstâncias possíveis”. Respondendo às críticas de que o documento não trazia grandes novidades, José Manuel Silva salientou que o Orçamento para 2022 é um instrumento que marca a transição face ao anterior Executivo (liderado pelo PS), concretizando vários projectos e investimentos que vinham do mandato passado. José Manuel Silva disse que apresentar propostas

“sem planeamento prévio” seria “fazer teatro político”, pedindo paciência aos deputados para verificarem as mudanças. “Gostaríamos que fosse muito melhor, mas ficamos felizes porque não nos apontaram um único cêntimo mal gasto ou mal aplicado”, disse o autarca. “Só no fim é que se sabe” se foi mal gasto ou não, interrompeu o deputado comunista João Pinto Ângelo. O deputado do PCP criticou o documento por não apresentar grandes mudanças face ao passado, considerando que, mesmo estando num momento de transição, poderia haver propostas “mais arrojadas”. “Mais do que intenções banais e genéricas, seria exigível a tomada de medidas concretas”, apontou. SEM MUDANÇAS Também a bancada socialista criticou a ausência de mudanças no Orçamento, prometidas pelo Juntos Somos Coim-

bra durante a campanha eleitoral. “Apresenta um documento com um sem fim de críticas directas e indirectas à anterior gestão, mas apresenta um Orçamento que prossegue políticas do anterior Executivo”, apontou o deputado socialista Rui Claro, justificando a abstenção socialista por o Orçamento dar “continuidade ao anterior mandato”. A não existência de um ‘Plano Marshall’ para a Baixa de Coimbra, ou o facto de não transferir 10% do orçamento total da Câmara de Coimbra para as freguesias foram alguns dos pontos anotados pelos socialistas. Já o deputado do PSD, Ricardo Lopes, realçou que o Executivo camarário “não consegue estalar os dedos e resolver tudo, quando está em exercício há três meses”. Referiu, a propósito, que o PS, agora com maioria absoluta no Parlamento, poderia ajudar Coimbra ao aprovar a deslocalização do Tribunal

José Manuel Silva diz que apresentar propostas “sem planeamento prévio” seria “fazer teatro político” Constitucional e o Governo avançar com a nova Maternidade, de que se fala desde 2012. Na intervenção do movimento Cidadãos por Coimbra, Graça Simões considerou que o documento não apresenta estratégia alguma, antes “bandeiras retóricas e presas a um confronto ressabiado com o passado que não permite vislumbrar um futuro”.

Apesar de reconhecer que é um Orçamento de transição, a deputada notou que teria sido possível acolher as propostas do movimento, apresentadas em Dezembro, que implicavam “pouco investimento, como era o caso da concretização do Centro Cultural da Relvinha, ou a resolução da “ferida ambiental” entre o Rebolim e a Quinta da Portela, entre outras.

“ZONA DO LAGO” ESTÁ A SER INTERVENCIONADA

CENTRO HÍPICO DE COIMBRA REFLORESTA ESPAÇO COM CERCA DE 100 ÁRVORES

CRISTIANA DIAS

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Centro Hípico de Coimbra (CHC) está a limpar a “zona do lago”, zona nascente do clube, situada na Mata Nacional do Choupal, para proceder à reflorestação de cerca de 100 árvores. O Centro tem a decorrer, até ao final do mês de Fevereiro, a “reabilitação e transformação” daquela área que se encontra “abandonada e de densidade desordenada”, segundo refere o CHC. O objectivo passa por fazer a limpeza de toda esta zona através do abate de árvores de grande porte junto à vedação, desde o portão do parque 2 até

ao final da vedação das instalações. Rogério Vieira, vice-presidente do Centro Hípico de Coimbra, afirma que esta é uma necessidade já há muito desejada, mas que só agora foi possível avançar. O responsável diz que o estado desta área se encontrava ainda, na consequência do furacão Leslei (que provocou danos na ordem dos 190 mil euros ao CHC), com uma vegetação arbustiva e com várias árvores derrubadas. “Chegou a um ponto limite. Estas árvores estavam a apresentar perigo para as boas comunicações telefónicas do CHC e o acesso rodoviário era impossível, tanto para sócios e utentes e até mes-

mo para meios de emergência”. Desta forma, segundo o vice-presidente, após a limpeza total da área o plano será a reflorestação da zona com a reposição de cerca de 100 espécies florestais, com seis ou sete anos de idade, de forma ordenada para se criar duas avenidas e um ‘padoque’ (área dedicado aos cavalos), entre as avenidas para que se possa dar melhores condições aos sócios e sobretudo aos animais. “Dar uma dignidade diferente àquela zona que bem merece, que é um espaço extraordinário e único do país. Precisamos de reordenar a floresta para que todos possamos conviver em harmonia”,

- ÁREA A INTERVIR - REPLANTAÇÃO DE ÁRVORES - FUTUROS PODOQUES

defende Rogério Vieira. O vice-presidente realça que o Centro Hípico de Coimbra procedeu a todas as diligências necessárias para que este projecto fosse realizado correctamente. O assunto teve o parecer

In Campeão das Províncias de 10/02/2022

positivo de todas as autoridades competentes, como a Entidade Regional da Reserva Agrícola Nacional do Centro e do vereador Carlos Lopes, responsável pelos pelouros de Desporto e de Protecção Civil. Rogé-

rio Vieira sublinha ainda que “não houve uma única árvore cortada que fosse de espécie protegida”, tal como comprovado pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).


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QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022

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FIGURAS ascensor A SUBIR

POLYBIO SERRA E SILVA Aos 94 anos, a que chegou com uma vida intensíssima abraçando várias vertentes, fossem sociais ou culturais, mas especialmente focadas numa vida de médico e de Professor de Medicina ao mais alto nível, chegar aí e editar mais um livro com o entusiasmo de quem agora se inicia na actividade editorial, ele que tantos outros já editou, é obra e obra rara. Não é a longevidade que aqui se destaca mas se saúda. É o entusiasmo e a forma como Polybio Serra e Silva se cuida e se adapta às diversas fases da vida, sem nunca renunciar a dar o melhor de si para se cuidar, entregando-se com invejável paixão a tudo aquilo em que acredita e se dedica. Foi Professor na Faculdade de Medicina de Coimbra, mestre que os seus alunos de então recordam com assumida saudade. Foi médico disponível a partir do Hospital, do consultório e até em visitas ao domicílio quando para isso era solicitado e método no seu tempo muito usual. Cidadão interventivo que, como poucos, sempre mostrou sentir-se bem fosse entre os seus pares, fosse entre as pessoas vulgares da cidade com quem sempre se misturou sem reservas. O livro agora editado “Cantares – Para gostar de envelhecer” será apresentado no próximo sábado no pavilhão Centro de Portugal. A sessão não poderá ir além das 100 pessoas. Apresentará a obra o vice-Reitor da Universidade João Nuno Calvão da Silva que, seguramente, acrescentará valor ao acto, já que se trata de uma figura que, jovem ainda, se ouve sempre com gosto, com interesse e com proveito. HELENA TEODÓSIO E IDALÉCIO OLIVEIRA Estão o presidente da Inova e a presidente da Câmara Municipal de Cantanhede naturalmente ansiosos e preocupados em a Expofacic deste ano, ainda sem saber se as condições sanitárias permitem ou não a sua realização. Não se trata de um evento que precise apenas de dois ou três meses para se preparar e organizar. Movimenta muita gente, custa milhões, chama centenas de empresas expositoras, leva multidões ao recinto onde decorre, apresenta dos melhores artistas nacionais e internacionais da altura em que se realiza. Ver o tempo a passar e a pandemia a não recuar, causará seguramente gigantescas preocupações aos principais responsáveis desta grande realização a que a região já se habitou e gosta que se efective e que de ano para ano se vinha afirmando como uma das principais do país, no seu género. Responsáveis como são, conscientes do peso que a Expofacic tem no todo regional seja qual for a vertente pela qual se analise, mas conscientes também do melindre do momento, cada um dos presidentes busca no olhar do outro resposta para as suas próprias angústias. Outros fossem e diriam logo à partida: não há, não há, acabou-se. De uma coisa a região pode estar certa: se houver uma nesga segura por onde a Expofacic possa passar com toda a segurança, podem ter a certeza que teremos Feira. A mesma certeza que poderemos ter quanto à sua não realização caso aquela segurança não se verifique.

A descer

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JORGE BRAZ Levou Portugal a ser campeão europeu de futsal pela segunda vez consecutiva. O futsal é uma modalidade em crescendo de interesse um pouco por todo o mundo e não há como não elogiar a forma estóica como a equipa portuguesa deu a volta ao resultado dos dois últimos jogos, a semi-final e a final. Contra a Espanha virou um 0-2 para acabar com 3-2 e na final com a Rússia passou de 0-2 para 4-2. Coisas destas só se conseguem com muito valor e com muita raça, atributos que o seleccionador nacional Jorge Braz tem valorizado em grande medida nos seus atletas, segundo dizem os entendidos na matéria. Faz bem ao nosso orgulho pátrio sermos dos melhores seja no que for, cansados e traumatizados que estamos de nos massacrarem com o facto de sermos dos últimos da Europa, em termos de desenvolvimento nas suas diversas vertentes. Quem não tem cão caça com gato.

RUI RIO Perdeu, está perdido. E eventualmente finalizada uma carreira política para que mostrou ao longo dos anos ter mais saber que jeito. Foge-lhe o pé para a sobranceria, não consegue tornear as mensagens de forma a torná-las aceitáveis, cultiva um certo tipo de afrontamento que o leva a perder, por razões de forma, mensagens cujo conteúdo até poderia merecer outra aceitação. Faz lembrar Jorge Catarino, presidente da Câmara de Cantanhede aqui há uns 14 ou 15 anos, quando foi jogador do Marialvas. Catarino era referido na altura pelos seus colegas como um jogador enérgico com uma suave tentação para ir às canelas do adversário antes de ir à bola. Rui Rio imita-o um pouco: já está zangado e a ralhar e ainda não disse ao que vinha. Em política, por estranho que pareça, a impressão que se causa a quem vê e a quem ouve é verdadeiramente decisiva. Escolher o caminho do pior piso não facilita a caminhada. Como esta de adiar lá para o Verão a sua saída do PSD, onde sofreu derrota que importaria não prolongar. Que não abandone o partido do pé para a mão compreende-se. Mas arrastar faz tolher a passada que o partido precisará retomar para se preparar para os tempos. Ter os potenciais candidatos sentados à porta à espera que o ainda presidente a abra não parece ter grande razão de ser.

10 DE FEVEREIRO DE 2022 figuras da semana

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CELESTE AMARO VAI LIDERAR O CONVENTO SÃO FRANCISCO

O Convento São Francisco vai ter uma nova assessoria artística e cultural, sob a responsabilidade de Celeste Amaro, ex-directora regional da Cultura do Centro e actual funcionária dos quadros do Município. A mudança decorrerá a 1 de Março, na sequência do terminus do contrato de aquisição de serviços com a arquitecta Isabel Worm, que desempenhava estas funções desde Dezembro de 2017. Agora, para os serviços de consultoria artística e cultural do Convento São Francisco, a Câmara de Coimbra recorre a uma solução interna. O modelo de gestão, bem como a restante estrutura municipal do equipamento cultural mantém-se, com Filipe Carvalho a continuar a assumir a chefia da Divisão de Gestão e Programação. Celeste Amaro desempenhou as funções de Directora Regional da Cultura do Centro, entre Outubro de 2011 e Dezembro de 2018. Em 2003 foi também responsável pela gestão financeira do projecto Coimbra Capital Nacional da Cultura, enquanto delegada regional da Cultura do Centro, função que desempenhou entre Maio de 2002 e Junho de 2005. Já em 2007 assumiu a Direcção executiva da Empresa Municipal Turismo de Coimbra. Também foi deputada (2009), assessora do Secretário de Estado da Juventude (1985), vogal dos Serviços Sociais da Presidência do Conselho de Ministros (1990) e adjunta do ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

ANABELA MASCARENHAS REELEITA PRESIDENTE DOS FARMACÊUTICOS DO CENTRO Foi reconhecido pelos seus pares o trabalho de Anabela Mascarenhas de Oliveira e Cunha como presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Farmacêuticos, ao ser reeleita com uma larga maioria (650 votos, 60%) nas eleições realizadas no passado sábado. A outra lista concorrente, liderada por Paulo Fonseca, obteve 382 votos (35%). Anabela Mascarenhas recandidatou-se para continuar a colocar a sua experiência profissional, capacidade e esforço, num percurso que assegure os farmacêuticos como peças-chave no sistema de saúde. Refrescou a equipa e afirma continuar apostada na qualificação dos farmacêuticos, na salvaguarda da saúde pública e dos interesses dos cidadãos, assim como na integração dos farmacêuticos em estruturas multidisciplinares de intervenção na área da saúde. Tem ainda como objectivo designar representantes de proximidade da Secção Regional nos distritos da região Centro. Os farmacêuticos, nestes tempos difíceis, estiveram e estão no centro das medidas de combate à pandemia e são convocados como parceiros do Serviço Nacional de Saúde. Neste novo mandato, Anabela Mascarenhas é acompanhada, na Direcção Regional da Ordem dos Farmacêuticos, por Isabel Vitória Santos Pereira, Nuno Miguel Lages de Oliveira, Paulo César dos Santos e Rute Isabel Cavaco Salvador. A nível nacional, o novo bastonário é Helder Mota Filipe, sucedendo no cargo a Ana Paula Martins. GABRIELA DUARTE A finalista da licenciatura de Direito na Universidade de Coimbra foi uma das vencedoras da 4.ª edição do “Law and Technology Award” da Abreu Advogados, que promove o interesse dos estudantes pela relação entre Direito e Tecnologia. A jovem irá receber um prémio monetário no valor de 500 euros. O trabalho da futura advogada consistia em analisar, com originalidade e profundidade, o impacto da tecnologia Blockchain na advocacia, dedicando especial atenção aos ‘smart contracts’.

RAYAN MORREU NO FUNDO DO POÇO. ONDE ESTAVAS, SENHOR? Rayan, o rapazito marroquino de 5 anos que caíra a um poço de 32 metros, foi retirado cinco dias depois já sem vida ao cabo de uma luta intensa para o salvar. O acontecimento e a corrida contra o tempo mobilizaram Marrocos e apaixonaram o mundo inteiro que sofreu a par e passo as peripécias de um salvamento que ia perdendo hipóteses e a cada instante se adivinhava de difícil concretização. Os crentes terão entupido as plataformas de acesso ao Deus em que acreditam para que ele tivesse intervindo no salvamento de Rayan, para o qual muitos não crentes terão dado o seu melhor. O Deus, tenha a designação que tiver, não os ouviu, como não nos ouve muitas vezes. Serão os tais mistérios da fé ou as alegadas impossibilidades do Universo. Mas para entendermos as suas ausências em momentos da dimensão daquela agora ocorrida com o Rayan temos de nos refugiar no regime de semana-inglesa que o Criador eventualmente pratica. Sem isso ficamos de mãos vazias, por muito que a fé dos outros se esforce por nos explicar o que não conseguimos entender. RITA MOUTELA Lançou o livro “Problemas da chacha” que aborda “uma mulher, uma vagina, e todos os terrores que lhe assentam”. A autora é licenciada em Estudos Artísticos pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e mestre em Estudos Artísticos com especialização em teatro e artes performativas. É realizadora do primeiro documentário em português sobre endometriose “Se te convidasse a ouvir?”. BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS O director emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (UC) foi distinguido com o Prémio Frantz Fanon Lifetime Achievement, uma distinção atribuída pela Caribbean Philosophical Association (CPA) devido a contribuições para o pensamento filosófico, literatura e orientação. É Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Economia da UC e Distinguished

In Campeão das Províncias de 10/02/2022

Legal Scholar da Faculdade de Direito da Universidade de Wisconsin-Madison e Global Legal Scholar da Universidade de Warwick. É ainda coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça. De 2011 a 2016, dirigiu o projecto de investigação ALICE - Espelhos estranhos, lições imprevistas: definindo para a Europa um novo modo de partilhar as experiências do mundo. Tem trabalhos publicados sobre globalização, sociologia do direito, epistemologia, democracia e direitos humanos. Os seus trabalhos encontram-se traduzidos em espanhol, inglês, italiano, francês, alemão, chinês e romeno. MARIA SILVA A jogadora de Condeixa foi convocada para a selecção nacional feminina de sub-17 que irá realizar dois jogos de preparação, nos dias 16 e 19, diante da sua congénere da Áustria. O estágio inicia-se no dia 12 na Cidade do Futebol, em Oeiras. ANDRÉ SOUSA Natural de Coimbra, o guardião da baliza nacional sagrou-se bicampeão europeu em futsal. A equipa das quinas bateu a Selecção da Rússia por 4-2 e tornou-se, pelo segundo ano consecutivo, campeã da Europa. André Sousa é jogador do Sport Lisboa e Benfica tendo já passado pelo Sporting Clube de Portugal. MARCOS TENENTE O estudante da Universidade de Coimbra (UC) foi distinguido pela Associação Portuguesa de Economia da Energia (APEEN) com o “Prémio Jovem Investigador”. O galardoado é investigador do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra (INESC-Coimbra) e estudante de doutoramento em Sistemas Sustentáveis de Energia, integrado na Iniciativa Energia para a Sustentabilidade da UC. O prémio reconhece o artigo «Eco-efficiency assessment of the electricity sector: Evidence from 28 European Union countries», publicado na prestigiada revista científica Economic Analysis and Policy em coautoria com Patrícia Pereira da Silva e Carla Henriques, investigadoras do Centre for Business and Economics Research (CeBER) e do INESC-Coimbra e docentes da Faculdade de Economia da UC (FEUC) e do ISCAC|Coimbra Business School, respectivamente. RICARDO PAULA O atleta da Associação Académica de Coimbra irá participar no Campeonato do Mundo de Remo Indoor na categoria Masters 40-49 anos, após se ter qualificado em casa com um tempo de 6:07.5 em 2000 metros. A final vai ser disputada no próximo dia 26 de Fevereiro. Ricardo Paula concilia a carreia de remo com a profissão de engenheiro civil.

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ENTREVISTA

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A VEREADORA FRISA QUE É PRECISO TAMBÉM “CAPACITAR E ACOMPANHAR ESTAS PESSOAS”

ANA CORTEZ VAZ: “O PROCESSO NÃO ACABA 48$1'2 7,5$026 80 6(0˨$%5,*2 '$ 58$µ

Licenciada e mestre nas áreas de Geografia e História pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e, actualmente, doutoranda em Geografia pela mesma Faculdade, Ana Cortez Vaz já foi docente em várias escolas do ensino público e profissional. Desde finais de Setembro do ano passado assumiu a função de vereadora na Câmara Municipal de Coimbra, um desafio, frisa, para se “superar” e que, acredita, pelos pelouros que tutela – Educação, Acção Social, Habitação Social, Relação com o Munícipe, entre outros -, não será o mais fácil da vereação por ter de lidar directamente com pessoas. Confessa que os primeiros tempos não foram fáceis, mas, aos poucos, está a conseguir “lidar melhor com tudo”. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: Qual a avaliação que faz destes três meses de mandato na Câmara de Coimbra? Ana Cortez Vaz [ACV]: O balanço é positivo. Os pelouros que tutelo são, talvez, os mais complexos por lidar directamente com as pessoas, ou seja, com as suas fragilidades e vulnerabilidades. No início, a sensação nas reuniões de Câmara não foi a melhor porque não estava à espera daquela maneira de fazer política. A política é, para mim, algo muito nobre onde tem de haver respeito uns pelos outros. A melhor maneira de lidar com críticas é ir muito bem preparada e defender muito bem o meu ponto de vista e o melhor para os meus pelouros. [CP]: Um comentário a estas legislativas... [ACV]: … a ideia que tenho é que nas autárquicas, mais do que os partidos, o que está em causa são as pessoas e as ideias. A nível das legislativas, parabéns aos vencedores e força aos vencidos. A meu ver, creio que o que aconteceu foi um desvio de votos de toda a Esquerda para o PS. E depois uma Direita partida com a Iniciativa Liberal e com o Chega, e o CDS a afundar-se... infelizmente porque este é um partido fundador da democracia em Portugal. [CP]: É vereadora da Educação e Gestão dos Edifícios Escolares. Qual a sua

responsabilidade neste âmbito? [ACV]: Com a transferência de competências da Educação o espaço físico das escolas passou para as autarquias, desde jardins-de-infância, escolas básicas de 1º, 2º e 3º ciclos e escolas secundárias... com excepção, no

mais fácil candidatar-mo-nos a algum financiamento, dado que a Câmara não tem, para já, orçamento para isso. Gostava também de já ter visitado todas as escolas do concelho mas ainda não foi possível.

[CP]: Quanto às refeições escolares, a que nível estão? [ACV]: O que nos tem sido reportado é que a qualidade tem vindo a melhorar muito, sobretudo desde que se passou a confecção para as três escolas do parque escolar. Temos também o protocolo com a ASAE - foi um “bombom” que o antigo Executivo me deixou, que estava falado, mas ainda não estava assinado e eu dei seguimento – já recebemos o relatório da análise que fizeram e foi satisfatório. São servidas cerca de 9000 refeições por dia nas escolas, mas existem algumas

Vejo uma Coimbra com outros olhos de há três meses para cá porque, de facto, tudo o que são problemas sociais vou-me apercebendo mais.

caso destas últimas, das que foram construídas ao abrigo do Parque Escolar (Quinta das Flores e Conservatório, D. Maria e Avelar Brotero). A gestão dos edifícios escolares passa muito por intervenções e manutenções dos edifícios e o que noto é que as pequenas reabilitações que deviam ter sido feitas e não foram, chegam agora a mim como problemas gravíssimos. O protocolo com as Juntas de Freguesia considera apenas pequenas obras, como a substituição de uma lâmpada, a avaria de um autoclismo, um vidro que se parte, estas são pequenas competências que pertencem às Juntas. Todas as grandes obras pertencem à Câmara de Coimbra (CMC). A Secundária José Falcão, por exemplo, precisa muito de obras, é uma escola extraordinária e que, infelizmente, chegou a este estado de degradação. A CMC fez um protocolo com o Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra no sentido de serem eles a fazer o projecto e a partir daí será

que são servidas por IPSS’s que não estão contabilizadas neste número. Ainda temos de avaliar a nível de passes escolares e outros benefícios o que é que pode também ser atribuído aos alunos do ensino privado. [CP]: Enquanto vereadora da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, há muitos casos a chegarem até si? [ACV]: Esse é um organismo autónomo. Está sob a minha alçada, mas apenas dou o meu apoio no sentido de viabilizar o fornecimento do espaço físico, dos materiais, facultar transporte quando há necessidade... mas é, sem dúvida, uma área complicada e frágil. Existem muitos casos a ser reportados e qualquer cidadão pode, e deve denunciar. [CP]: Como está Coimbra a nível social? [ACV]: Vejo uma Coimbra com outros olhos de há três meses para cá porque, de facto, tudo o que são problemas sociais vou-me aper-

cebendo mais. Temos casos muito ‘pesados’ e existem vários episódios de violência, sobretudo contra mulheres. Tenho consciência que estamos a fazer o melhor que podemos e conseguimos. Já participámos em giros nocturnos e fizemos intervenções directas com indivíduos em situação de sem-abrigo. Mas estamos a falar de pessoas muito desconfiadas, que não acreditam que os queremos mesmo é tirar da rua. Tivemos um caso de um senhor que não quis mesmo sair. Associada à condição de sem-abrigo, não podemos esquecer que temos a situação da doença mental. O primeiro passo é tirá-los da rua e depois, acho que falta aqui um passo gigante: a acção social como está preconizada no nosso país é apenas um curativo. Um processo não acaba quando tiramos um sem-abrigo da rua. É necessário alimentá-lo, alojá-lo, capacitar a pessoa, e acompanhá-la. E isto não é feito na maior parte dos casos. A propósito disso, estamos prestes a assinar o NPISA - Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo. E, de notar, que o registo de indivíduos em situação de sem-abrigo é muito dinâmico porque num dia tiramos um da rua e dois dias depois já lá estão mais dois ou três e, além disso, muitos deles nem são de Coimbra. A

Ana Cortez Vaz diz que existem, actualmente, entre 40 a 45 sem-abrigo em Coimbra, mas número é volátil de euros provenientes do Programa 1º Direito e vamos ter também um milhão de euros através da Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário. Coimbra tem sérios problemas de habitação e temos entre 600 a 650 pedidos de habitação social. Não é fácil. Mas temos de seguir determinados critérios para dar resposta. [CP]: Como está a cidade a nível do seu parque habitacional, nomeadamente no que diz respeito ao Ingote, Bairro da Rosa, de Celas...?

É urgente humanizar o Planalto do Ingote. O facto de ser associado a um gueto, essa ideia tem de desaparecer. Está numa das melhores áreas da cidade e as pessoas que lá estão são pessoas como nós.

primeira intervenção que fiz junto de quatro sem-abrigo, ocorreu junto à Igreja de S. Bartolomeu, e nenhum era do distrito de Coimbra. Em termos de número, andarão à volta dos 40 a 45 sem-abrigo na cidade. [CP]: E os que têm abrigo mas não tem condições para viver? [ACV]: Há problemas gravíssimos de habitação e de dignidade humana que nos preocupam muito. Por isso vemos com muito ânimo os cerca de 60 milhões

[ACV]: É urgente humanizar todo o Planalto do Ingote. O facto de ser associado a um gueto, essa ideia tem de desaparecer. Para já porque está numa das melhores áreas da cidade e depois porque as pessoas que lá estão são pessoas como nós. O espaço está mais bonito, está com melhor cara e é agora um local mais aprazível, com prédios a serem reabilitados e o plano de eficiência energética na maior parte deles. E depois há a implementação do Centro Cívico onde, numa primeira fase, vão avançar as três uni-

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 10/02/2022

dades de ERPIS - Estruturas Residenciais para Idosos - da ADFP, porque está aberto um programa de financiamento no PRR que permite fazê-lo, e depois avançamos nós. Serão três lares com características muito interessantes. Da nossa parte iremos ter um pavilhão e uma sala multiusos, portanto existirá a componente de desporto e a cultural. Também é preciso reactivar o ‘Planalto Seguro’, e uma das coisas que as associações de moradores referem é que os mais jovens não têm ocupação, falta-lhes espaço para exteriorizarem a energia. No Bairro de Celas estão a decorrer as obras previstas e a Fonte do Castanheiro entrará em obras em breve. O objectivo é reabilitar Coimbra com o financiamento que temos, e se o temos não podemos desperdiçar um cêntimo. [CP]: Não seria boa altura para pensar no mesmo mas em relação à Baixa? [ACV]: A nossa política será reabilitar prédios e imóveis devolutos em todas as freguesias, não só pela Baixa, e equacionar o arrendamento acessível. Temos o Fórum Social já agendado para este mês para discutir o melhor a fazer para a Baixa o qual nunca será um fórum de obrigação, será para debate, análise e reflexão. PATROCÍNIO:


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REPORTAGEM

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E UM DOS PRIMEIROS A SURGIR NA EUROPA

ORFEON ACADÉMICO DE COIMBRA É O MAIS ANTIGO DE PORTUGAL Os 141 anos conferem-lhe o estatuto do coro mais antigo de Portugal em actividade e um dos mais antigos da Europa. Formado por jovens de todas as Faculdades da Universidade de Coimbra, Institutos Superiores e também estudantes estrangeiros, o Orfeon Académico de Coimbra brota juventude na sua plena actividade e carrega consigo a importância de manter e continuar a construir um caminho de grandes sucessos. Para muitos dos seus elementos não é apenas um coro, “é casa, é música, é alma”. CRISTIANA DIAS

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ão muitos os momentos e pessoas que representam o Orfeon Académico de Coimbra dando vida ao longo dos seus 141 anos. Na sua trajectória há altos e baixos que são ultrapassados sempre com a vontade de honrar a história, os seus antepassados e fazer o melhor pelo coro. O grupo musical nasceu a 29 de Outubro de 1880, na altura ainda com o nome Sociedade Choral do Orpheon Académico, pela iniciativa do estudante de Direito João Arroyo. Embora esta seja a primeira data oficial, o grupo dispõe de uma outra que assinala com a mesma importância por se tratar da primeira apresentação oficial ao público, a 7 de Dezembro do mesmo ano. Neste dia o espectáculo surgiu por ocasião das comemorações do tricentenário da morte de Camões. Um momento único que viria a marcar então o início de uma longa e bonita história.

Desta forma, o Orfeon celebra o aniversário nas duas datas, mas com propósitos diferentes. A primeira mais direccionada aos orfeonistas, onde se realiza um convívio interno, já a segunda data é mais para o público na qual, por norma, promovem um concerto e algumas iniciativas. Inicialmente o coro era formado apenas por homens, tendo em conta que, nesse tempo, não havia mulheres a estudar nas universidades, mas a partir de 1974, o Orfeon tomou outro rumo e passou a ser um coro misto aberto a todos os estudantes universitários de Coimbra. IDADE TRAZ RESPONSABILIDADE ACRESCIDA Ser o coro mais antigo de Portugal tem a sua responsabilidade. Teresa Aguiar, actual presidente do Orfeon, expressa que é uma fonte de desafios para

O coro apresenta-se com o traje académico, mas diferencia-se pelo uso de laço

a qual o coro tem de estar preparado. “Temos sempre essa responsabilidade em cima dos nossos ombros. É muito importante para nós levar o nome do Orfeon o mais longe e fazer mais e melhor por ele”, declara, não esquecendo que é “importante honrar aquilo que são as tradições dentro do próprio Orfeon bem como as pessoas que passaram por ele”. A responsável da Direcção adianta que são muitas as gerações de orfeonistas que “passado tantos anos, ainda têm um interesse enorme pelo coro, vão aos concertos e fazem questão de apoia-lo”. Prova disso foi a celebração que realizaram no dia 7 de Dezembro do ano passado para assinalar os 140+1 anos do Orfeon, e que fizeram questão de dedicar à velha-guarda. “É muito interessante ver as pessoas, de gerações das décadas de 80 e 90, a juntarem-se e mostrarem o espírito jovial de quando estavam aqui. Nós também fazemos a nossa actividade por eles, pelo futuro, pela academia”, realça. “CASA, MÚSICA E ALMA” Para Teresa Aguiar não há dúvidas de que o Orfeon Académico de Coimbra se rege por três valores indispensáveis. “Casa, música e alma” foram estes os pilares que a presidente considerou essenciais para o coro, e para qualquer estudante que integre o grupo. Sendo o Orfeon direccionado a todos os estudantes universitários de Coimbra, muitos são os que escolhem o coro para encontrar um “novo lar” e sobretudo “uma família” que os acolha. “É muito importante o convívio e amizade entre as pessoas porque para muita gente isto é uma segunda casa. Nas digressões acabam por criar uma amizade muito forte”, sublinha Teresa Aguiar. Através de iniciativas, como o programa Erasmus, chegam estudantes dos quatro cantos do mundo. “Os estudantes internacionais procuram o coro como uma

Grupo é um dos Organismos Autónomos da Associação Académica de Coimbra casa. Actualmente, temos estudantes da Alemanha, Áustria e Japão”, salienta. A presidente afirma que para entrar no coro tem de se “ter paixão pela música” e “alma” para viver com intensidade aquilo que representa um coro. Para além disso, um dos princípios fundamentais do Orfeon é a qualidade do seu trabalho e daquilo que quer transmitir ao público. “Para nós um dos objectivos fundamentais é a qualidade. Esforçamo-nos muito e fazemos um trabalho muito bom a nível de técnica vocal com o nosso maestro Artur Pinho Maria, que faz um trabalho extraordinário ao longo do ano nesse sentido e os progressos são inacreditáveis em cada pessoa que cá entra”, revela a coralista. “É muito importante para nós manter o nosso trabalho na música erudita polifónica e tentamos sempre levar aquele que é o nosso organismo o mais longe possível”, destacou a presidente. FALTA DE MEMBROS É UMA PREOCUPAÇÃO Um coro exige dedicação e disponibilidade e no meio universitário nem sempre há essas condições, devido à sobrecarga que os estudantes, por si só, carregam com os cursos exigentes. Uma das grandes difi

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culdades com que o Orfeon se tem deparado é a falta de membros. Actualmente, o grupo tem cerca de 25 orfeonistas mas, para a presidente Teresa Aguiar, é um número que precisa de aumentar. “Sabemos que é difícil fazer parte de uma actividade extracurricular porque isso implica dedicar um tempo adicional a algo e a vida universitária não é fácil a nível de horário, mas é possível”, afirma. Porém, reconhece que é uma missão árdua fazer com que os estudantes se dediquem a um organismo. “É difícil cativar as pessoas, mas se viessem experimentar iam gostar e acabavam por se juntar a nós”. Para combater esta dificuldade, o Orfeon dinamiza iniciativas que apelam aos estudantes para se juntarem ao grupo, tais como os ensaios abertos e muita divulgação nas redes sociais. No entanto, a presidente considera “um flagelo muito grande as próprias pessoas de Coimbra não conhecerem o Orfeon, sendo que faz parte da história da cidade” e, por isso, um dos objectivos do organismo é trabalhar no sentido de dar a conhecer o coro e a sua história. AGENDA DO ORFEON Teresa Aguiar assumiu o cargo de presidente do Orfeon em Janeiro passado, tendo estado nos anos an

teriores na Direcção como vice-presidente. É estudante do 4.º ano de Medicina e conhece bem as necessidades do coro. Questionada sobre quais os objectivos para o seu mandato, a jovem, natural do Porto, prontamente afirma que é “continuar a trabalhar e a promover o Orfeon”. Devido à pandemia, o Orfeon teve de se ajustar e reorganizar todo o seu plano de actividades. Por norma o coro tenta fazer uma digressão por ano, coisa que nos últimos anos não aconteceu. Por isso, uma das intenções da nova presidente da Direcção é voltar a proporcionar essa experiência aos coralistas. Para já, na agenda do Orfeon está registada uma digressão pelo Norte de Portugal, de 31 de Março a 4 de Abril, com dois concertos, um no Porto, a 1 de Abril, e o outro em Braga, a 3 de Abril. O Orfeon vai também participar no Encontro Internacional de Coros do Orfeão Universitário do Porto, no dia 29 de Abril, e marcará presença no tradicional Sarau da Queima das Fitas, a decorrer em Maio, dia 20. O Orfeon Académico de Coimbra também está habituado a digressões fora do país tendo já percorrido praticamente todos os continentes. Por agora não têm nenhuma saída agendada, mas a nova Direcção espera que, brevemente, possam voltar a actuar fora do país


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ÚLTIMA

ESTUDO URBANÍSTICO INCIDE SOBRE A MARGEM DIREITA DO MONDEGO

COIMBRA PODERÁ TER NOVA PONTE SOBRE O RIO V

ai a consulta pública, durante 15 dias, a proposta do estudo urbanístico para a margem direita do Mondego apresentado, esta segunda-feira (7), em reunião da Câmara Municipal de Coimbra, que prevê a possibilidade de construção de uma nova ponte pedonal e ciclável sobre o rio, face à transformação da Avenida Cidade Aeminium em via pedonal, no prolongamento da rua dos Oleiros, dando resposta a uma futura expansão do Sistema de Mobilidade do Mondego para a margem esquerda e zona Sul do concelho de Coimbra. Na memória descritiva do documento analisado em reunião do Executivo, pode ler-se que a ponte “garante a sua integração na rede de metro sem alterar o seu funcionamento ou as esta-

ções actualmente previstas, garantindo que essa ligação para Sul se faça a partir de qualquer origem, excepto da Estação de Coimbra-B”. De acordo com a vereadora com o pelouro do urbanismo, Ana Bastos, este estudo revelou-se “uma necessidade” face aos diferentes estudos que havia para a frente urbana, entre o açude-ponte e a Ponte de Santa Clara. “Também a pressão urbanística, que se faz sentir sobre o desenvolvimento daquela frente urbana, justificou a adopção de uma atitude proactiva da Câmara de Coimbra, enquanto entidade gestora do espaço, para desenvolver uma solução conjunta e integrada, onde se articularam preocupações de mobilidade, transportes, de requalificação urbana e morfologia urbana que confiram ao

espaço coerência, funcionalidade e lógica de conjunto”, afirmou a vereadora. Para Ana Bastos, a intervenção naquela zona abre também uma “janela de oportunidade única para se repensar” o funcionamento do trecho entre o açude-ponte e o Largo da Portagem, encerrado devido a obras, propondo-se a substituição da sua “função rodoviária por um espaço com qualidade paisagística, arquitectónica e ambiental, onde se privilegia a fruição urbana e socialização, actividades de desporto e lazer e se desenvolve o espaço aos modos suaves” de transporte. Apesar disso, a vereadora salvaguardou que a avenida manterá “o acesso a veículos de emergência ou de carácter excepcional”. Já o presidente da autarquia, em declarações aos jornalistas no final da reunião, revelou que

existia “indefinição quanto a essa nova travessia, que está a ser programada com a possibilidade de incorporar a passagem do MetroBus para sul e poder ir até Condeixa, como é vontade da Comunidade Intermunicipal (CIM) e do presidente da Câmara de Condeixa”. José Manuel Silva congratulou-se ainda pelo apoio de todos os vereadores em avançar com esta proposta. A consulta pública terá a duração de 15 dias face à urgência deste projecto uma vez que há “projectos urbanísticos em evolução que não podem ser suspensos”, nomeadamente os empreendimentos do Montepio e os terrenos das Infraestruturas de Portugal para onde estão previstos, segundo o o presidente da Câmara, dois projectos de urbanização.

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In Campeão das Províncias de 10/02/2022

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CORRIDA 4 ESTAÇÕES COIMBRA REGRESSA COM COMPONENTE SOCIAL

Inscrições terminam a 13 de Fevereiro

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Parque da Canção em Coimbra vai receber, a 20 de Fevereiro, a primeira corrida de 10km do Circuito de Corridas de estrada de atletismo, Corrida 4 Estações Coimbra 2022, que vai contar com a participação de mais de 700 pessoas vindas de todas as regiões do país. “A organização conta com o percurso aferido e homologado pela World Athletics, percurso rápido com passagem pela Ponte de Santa Clara e Ponte Rainha Santa Isabel sempre com o Mondego a «acompanhar» os atletas e a fazer as delícias de todos os que vão participar”, refere a Associação Desportiva 4 Estações. A componente principal do evento é a Caminhada So-

lidária, com a recolha de bens alimentares a favor da Cozinha Económica de Coimbra. Este evento conta com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, da Associação Distrital de Atletismo de Coimbra, da Junta de Freguesia Santa Clara Castelo Viegas, da União de Freguesias de Coimbra, da Infraestruturas de Portugal e do Coimbra Shopping. No sábado (19), véspera de corrida, os kits dos atletas serão entregues no Coimbra Shopping das 15h30 às 19h30. As inscrições decorrem até 13 Fevereiro nas redes sociais, Corrida 4 Estações Portugal. O trânsito estará condicionado a partir das 9h30 entre a Ponte Rainha Santa Isabel e a Ponte de Santa clara.


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CHUC assinala o Dia Mundial do Doente com várias iniciativas

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Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai organizar, amanhã (11), no Dia Mundial do Doente, algumas iniciativas para celebrar este dia, sendo uma data instituída precisamente há 30 anos, 1992, pelo Papa João Paulo II. Uma das iniciativas é organizada pelo Gabinete de Humanização Hospitalar (GHH) e consiste na entrega de um cartão a todos os doentes internados, com uma mensagem alusiva ao Dia do Doente e um outro cartão em branco para recolher as sugestões de melhoria dos cuidados no CHUC. Pelas 10h00, haverá pequenos concertos nas consultas externas de todos os polos hospitalares do CHUC. No hospital Sobral Cid o concerto será às 15h00, com a participação de alunos e professores do Conservatório de Música de Coimbra. Também o almoço a servir aos doentes, sempre adaptado à sua condição clínica, vai ser melhorado. Os doentes impossibilitados de se alimentar receberão uma lembrança simbólica. Outra iniciativa integrada nas comemorações do Dia Mundial do Doente, vai ter lugar pelas 15h00, numa sessão híbrida presencial e transmissão via TEAMS, organizada pelo Grupo Institucional “Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem”. A sessão é subordinada ao tema “Mais literacia em saúde, melhor acesso aos cuidados”, cujo mote são tópicos orientados para a literacia e os cuidados ao doente, contando com a participação de vários profissionais de saúde do CHUC, na abordagem das diversas temáticas em discussão. Pelas 16h00, vai ser apresentado o e-book “Literacia em Saúde, um desafio emergente – A centralidade no Cidadão”, pela presidente da Socie-

dade Portuguesa de Literacia em Saúde, Cristina Vaz de Almeida. A sessão de abertura do evento está a cargo da enfermeira directora do CHUC, Áurea Andrade, e a sessão de encerramento é feita pelo presidente do Conselho de Administração do CHUC, Carlos Santos.


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Estudo da UC conclui que os nanoplásticos colocam em risco o funcionamento dos ecossistemas de água doce

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ma equipa de cientistas da Universidade de Coimbra (UC) identificou os possíveis impactos causados por baixas concentrações de nanoplásticos em ecossistemas de água doce. O estudo, que foi realizado em colaboração com a Universidade de Aveiro (UA) e a Konkuk University (Coreia do Sul) concluiu que concentrações ambientalmente relevantes de nanoplásticos representam um grande risco para os níveis tróficos basais das cadeias alimentares de pequenos ribeiros. Para chegar a esta conclusão, a equipa do estudo, já publicado no Journal of Hazardous Materials, realizou um ensaio em laboratório “com as menores concentrações de nanoplásticos já testadas, até 25 μg/L [microgramas por litro], com dois tamanhos (100 e 1000 nm [nanómetros]). O objectivo foi avaliar os impactos dos nanoplásticos na actividade (decomposição da matéria orgânica), taxa de reprodu-

ção e alterações na comunidade de hifomicetes aquáticos [fungos]. Além disso, verificámos as alterações na qualidade nutricional das folhas expostas aos nanoplásticos. Essas folhas foram depois fornecidas a uma espécie de invertebrados de ribeiros, de forma a avaliar possíveis consequências no seu comportamento alimentar”, explica Seena Sahadevan, investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e primeira autora do artigo científico. Em pequenos ribeiros, a decomposição da matéria orgânica é um processo crucial, responsável pela transferência de energia e nutrientes entre os diversos níveis tróficos da cadeia alimentar. Os hifomicetes aquáticos são os principais mediadores desse processo. Estes fungos são capazes de modificar os componentes recalcitrantes da folha, melhorando assim a sua pa-

latabilidade e qualidade nutricional para consumo de invertebrados. Segundo a investigadora do MARE, os resultados obtidos indicam que “a decomposição, reprodução e a abundância dos fungos são significativamente afectadas por baixas concentrações e tamanho dos nanoplásticos; as partículas de menor tamanho demonstram maior toxicidade”. Curiosamente, sublinha Seena Sahadevan, “apenas os nanoplásticos de menor tamanho impactaram a qualidade nutricional das folhas, aumentando a quantidade de ácidos gordos polinsaturados. Não houve alterações visíveis nas taxas de alimentação dos invertebrados, porém observámos um comportamento letárgico nos animais alimentados com folhas expostas a concentrações mais elevadas, indicando uma possível contaminação”. Os nanoplásticos são fragmentos de plástico com tamanho menor que 1000 nm (nanómetros) – aproximadamente o tamanho de um vírus – usados geralmente por indústrias farmacêuticas, de cosmética e produtos de limpeza, podendo também ser derivados da degradação dos macroplásticos que usamos no nosso dia-a-dia. A principal preocupação com estes fragmentos plásticos nanométricos é a alta capacidade de interação e reacção com outras moléculas e organismos presentes no ambiente. Actualmente, a grande maioria dos estudos que abordam “as consequências dos micro e nanoplásticos na natureza são realizados em ambientes marinhos. No entanto, é importante ressaltar que 1,15 – 2,41 milhões de toneladas dos plásticos presentes nos oceanos são transportados através dos rios”, frisam os autores do estudo. De uma forma geral, este estudo fornece “novos insights sobre os grandes riscos que os nanoplásticos apresentam para o bom funcionamento dos ecossistemas de água doce”, sintetiza Seena Sahadevan.


16 Docentes da FEUC premiados em Jornadas Hispano-Lusas de Gestão Científica QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022

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ários docentes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) foram premiados na XXXI Conferência Hispano-Portuguesa sobre Gestão Científica, que decorreu na Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, em Toledo (Espanha). A conferência decorreu de 2 a 5 de Fevereiro e foi dedicada ao tema “Gestão Científica na Era da Digitalização e Sustentabilidade”. A comunicação intitulada “Examining corporate greenwashing effect on employee›s career satisfaction through organizational pride, negative emotions and affective commitment”, de Célia Santos (FEUC), Arnaldo Coelho (FEUC, CeBER) e Alzira Marques (IPL), foi considerada a melhor comunicação, na área de Ética e Responsabilidade. Por sua vez, a comunicação “Equity ownership concentration and firm growth”, de Pedro Torres (FEUC, CeBER), Pedro Silva (CeBER) e Mário Augusto (FEUC, CeBER), foi considerada a melhor comunicação na área de Direção Estratégica. De igual modo, a comunicação

intitulada “The antecedents and consequences of event’s Consumer-Based Brand Equity and its importance for destinations”, de Telma Van-Dúnem (FEUC), Arnaldo Coelho (FEUC, CeBER) e Cristela Bairrada (FEUC, CeBER), foi considerada a melhor comunicação na área de Marketing. As Conferências Luso-Espanholas de Gestão Científica realizam-se há mais de 30 anos, sendo organizadas por diferentes Universidades de Espanha e Portugal. Esta iniciativa surgiu com o propósito de criar um

espaço de debate e troca de ideias e conhecimentos para o progresso científico da Economia e da Gestão. Esta distinção coloca em evidência a excelência da investigação realizada na FEUC, nomeadamente no quadro do Centre for Business and Economics Research (CeBER), e em áreas chave do estudo contemporâneo da Gestão. Além disso, coloca em destaque o compromisso colectivo de equipas de docentes e estudantes das pós-graduações da FEUC.


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FAÇA-SE ASSINANTE DO “CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS” E APOIE A LIBERDADE DE IMPRENSA RESPONSÁVEL!

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RESPEITO PELA VERDADE.

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OBRIGADO! Contactos: t DBNQFBPKPSOBM!HNBJM DPN Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D - Eiras 3020-430 Coimbra


18 Romance de António Canteiro apresentado na Casa da Escrita QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022

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Casa da Escrita da Câmara Municipal de Coimbra vai acolher, no sábado (12), pelas 16h00, a apresentação do romance de António Canteiro, pseudónimo de João Carlos Costa da Cruz. “Nocturno” venceu o Prémio Ferreira de Castro de Ficção Narrativa, em 2020, e a apresentação vai estar a cargo do escritor António Tavares. A sessão vai contar também com um apontamento musical pelo Coro Misto da Universidade de Coimbra e uma leitura de textos por Cândida Ferreira e José Castela, da Bonifrates, Cooperativa de Produções Teatrais e Realizações Culturais. João Carlos Costa da Cruz nasceu em S. Caetano, em 1964, vivendo actualmente em Febres (Cantanhede). Utilizando o pseudónimo António Canteiro, publicou várias obras nos géneros poesia e romance, alvo de diferentes distinções: Parede de Adobo (CSPSC), romance que recebeu Menção Honrosa do Prémio Carlos de Oliveira, em 2005; Ao Redor dos Muros (Gradiva Publicações), romance que venceu o Prémio Alves Redol, em 2009; Largo da Capella (Gradiva Publicações), romance que obteve a Menção Honrosa do Prémio João Gaspar Simões, em 2011; O Silêncio Solar das Manhãs (Gradiva Publicações), que venceu o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, em 2013; Logo à Tarde vai Estar Frio (Gradiva Publicações), romance galardoado com Menção Especial do Júri, no Prémio João José Cochofel/Casa da Escrita de Coimbra, e vencedor, em 2015, do Prémio Maria Amália Vaz de Carvalho; Na Luz das Janelas Pestanejam as Sombras (Ed. LASA) que arrecadou o Prémio de Poesia de Bo-

cage, em 2015; A Luz Vem das Pedras (Gradiva Publicações), romance que venceu, em 2015, o Prémio Alves Redol; Vamos Então Falar de Árvores, romance (Editora Húmus), que venceu ex-aequo o Prémio Bento da Cruz, em 2018; A Casa do Ser (Gradiva Publicações), que venceu o Prémio de Poesia de Bocage, em 2018; Não Fosse o Tumulto de Um Corpo, poesia inédita, vencedor do Prémio Literário António Cabral, em 2019. Sinopse da obra: O contexto do romance é o da sub-região da Gândara de Carlos de Oliveira, no tempo da gripe pneumónica (em 1918), uma pandemia muito semelhante à que vivemos hoje. O protagonista, o músico António de Lima Fragoso, sucumbe aos 21 anos à doença da febre amarela. Foi no dia

13 de Outubro daquele ano, o mês fatídico em que mais três irmãos, duas primas e uma tia foram vítimas mortais da mesma doença, todos debaixo do mesmo teto, na sua casa da Pocariça, Cantanhede. António de Lima Fragoso, que foi aluno de Thomás Borba e Luís Freitas Branco, concluiu o exame final de piano no Conservatório Nacional com 20 valores e compôs uma obra musical notável, mas também escreveu Contos e Cartas a Maria, obra literária que dirigia a um sujeito ambíguo no seu ideário sócio afectivo, e que poderia muito bem tratar-se da amiga, pintora, Maria Amélia Carneiro, sua conterrânea da Pocariça, com quem convivia, amiúde, partilhando «artes» durante a permanência de ambos na cidade do Porto, aos fins-de-semana e durante as férias na aldeia Natal.


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Got Talent Portugal recebe jovem de Coimbra A

jovem de Coimbra Beatriz Villar vai participar no programa Got Talent Portugal, que estreia no domingo (13), na RTP1, depois do Telejornal. A cantora concorre à edição do programa de talentos e promete levar a cidade de Coimbra a todas as casas do país, desafiando a tradição e levando consigo a voz de todas as mulheres conimbricenses e do mundo. Acompanhada pelos guitarristas Diogo Mendes e Vasco Rodrigues, da Escola de Fado de Coimbra, a jovem receberá o parecer dos jurados Manuel Moura dos Santos, crítico musical e manager, Pedro Tochas, comediante, Cuca Roseta, fadista, e Sofia Escobar, cantora e actriz.

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Processo de insolvência: o que vai mudar? F

oi publicado a lei que aprova novas medidas legislativas de apoio e agilização dos processos de reestruturação das empresas e dos acordos de pagamento, conhecidos como processos de insolvência. Tendo por base a ideia de que salvar uma empresa viável ou recuperar financeiramente uma pessoa de uma situação de sobre endividamento é uma forma do Estado receber tudo aquilo que foi investido indiretamente nela, nomeadamente na formação do Know How especializado de que os países precisam para prosperar, sentiu o Parlamento e a Comissão Europeia a necessidade de promulgar leis nesta matéria, e que visam agilizar a recuperação económica de empresas e pessoas singulares. Entre outras medidas, aquela que tem mais impacto é, à semelhança do que a DECO tem vindo a defender, a redução do período do período de cessão de 5 para 3 anos. A apresentação à insolvência por pessoa singular deverá ser equacionada apenas em último recurso, numa situação de manifesta insuficiência económica para conseguir cumprir com todas as obrigações de crédito. Com a redução do prazo de exoneração do passivo para 3 anos pretende-se, e ao nosso ver bem, garantir a possibilidade da pessoa sobre endividada beneficiar de um per-

dão total da dívida depois de um período razoável, garantindo, assim, uma segunda oportunidade, desde que cumpridos os requisitos legais necessários ao deferimento deste benefício. O que falta? Reforçar a informação e educação financeira do insolvente! No entendimento da DECO fica ainda a faltar um reforço da informação e educação financeira do insolvente. O legislador não aproveitou a oportunidade para criar os mecanismos que permitiriam ao insolvente ter acesso a instrumentos que contribuíram para a sua reeducação financeira, durante o período de cessão, e assim terem acesso a uma verdadeira segunda oportunidade. De referir que as novas regras devem aplicar-se não só aos novos processos, mas também aos já em curso. Está a considerar este mecanismo de ajuda financeira? Informe-se com a DECO! Se está a pensar em recorrer a

este mecanismo: comece por avaliar previamente a sua situação financeira e verifique todas as opções existentes, por exemplo comece por proceder à reorganização do seu orçamento pessoal, pondere de seguida possíveis restruturações de dívidas, a insolvência é o último recurso e deve ser encarada como tal. Caso tenha dificuldades em realizar esta avaliação poderá recorrer entidades reconhecidas para prestar apoio em matéria de sobre-endividamento como a DECO. Saiba mais em www.gasdeco. net/literacia-financeira. DECO CENTRO Conte com o nosso apoio através do número de telefone 239 841 004, ou do endereço eletrónico deco.centro@deco. pt. Siga-nos nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin, Youtube e no nosso site DECO.


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TransformArte: A Arte de mudar vidas CÁTIA BARBOSA (PORTO) É um projecto transformador que ganhou uma nova dinâmica depois do confinamento e que promete mudar vidas através da arte. Até ao final do ano, a Rede de Arte Comunitária “TransformArte”, em Santa Maria da Feira, vai dinamizar 1130 oficinas artísticas para grupos vulneráveis da comunidade, nas áreas da música, dança, teatro e artes plásticas. Nestes grupos estão inseridas pessoas com necessidades específicas de funcionalidade e incapacidade, população sénior em situação de fragilidade social, crianças e jovens em risco e pessoas com doença mental. Em comunicado, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira salienta que o objectivo deste projecto passa por incentivar a que os grupos mais vulneráveis da sociedade “participem activamente nos processos de criação e construção artística, enriquecendo percursos e redefinindo objectivos, ou simplesmente usufruindo da partilha e do convívio proporcionados pelas múltiplas experiências”. Financiada pelo NORTE 2020, a “TransformArte” resulta “de um contínuo trabalho de cooperação municipal entre os sectores da educação e acção social”, afirma a autarquia. Nesse sentido, o projecto foca-se, por um lado, na capacitação de associações, companhias e artistas locais e, por outro, na inclusão através da arte. “Temos um histórico consolidado em matéria de arte comunitária, com exemplos muito bem sucedidos de projectos genuinamente construídos pelas nossas comunidades”, afirma o presidente da Câmara de Santa Maria da Feira. Emídio Sousa sublinha ainda a importância de “prosseguir com acções de capacitação centradas na inclusão pela arte e na democratização do acesso à cultura, que envolvam as nossas gentes nos processos de criação e construção artística”. A iniciativa estrutura-se, assim, em 5 acções com diferentes características e públicos- alvo: Teatro de

O projecto TransformArte pode ser consultado em http://rede-social.cm-feira.pt/rede-social/projeto-201ctransformarte-2013-rede-d2019arte-comunitaria201d

Arte Adaptada (jovens e adultos portadores de deficiência); Teatro Terapêutico e Oficinas Cénicas (crianças, jovens e adultos com doença mental); Música com séniores (população sénior); Aproximar Teatro nas Escolas (jovens portadores de deficiência em contexto escolar) e Arte + Acessível (comunidade em geral). Semanalmente, há pessoas com doença mental que são encaminhadas pelo Centro de Saúde para trabalhar a expressão corporal e a dança, “com melhorias claras ao nível da mobilidade, estabilidade emocional e funcionalidade”, refere a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. A autarquia dá ainda conta da existência de idosos que encontram no projecto uma forma de combate à solidão, aprendendo instrumentos musicais e de jovens institucionalizados que comunicam melhor através da expressão corporal. A dar vida à iniciativa “TransformArte” estão 13 grupos de trabalho, num total de 151 participantes que, todas as semanas, até ao final do ano, vão poder visitar exposições, exercícios abertos e oficinas temáticas. Ainda este ano, os grupos que participam na “TransformArte” vão partilhar as suas aprendizagens e potencialidades num espectáculo conjunto com duas apresentações públicas.


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Forum Coimbra celebra São Valentim durante três dias

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ste ano, no Forum Coimbra, centro gerido pela Multi Portugal, o São Valentim vai durar três dias. De 12 a 14 de Fevereiro, o centro comercial desafia casais, amigos e famílias a celebrar o dia do amor, por excelência, com um vídeo 360º gravado com recurso a uma câmara slowmotion. O espaço Love Circle vai instalar-se no Piso 1 do centro comercial e espalhar a magia numa data em que o amor estará em todo o lado. “A iniciativa surge da vontade do Forum Coimbra de desafiar os visitantes a viver esta data tão especial, surpreendendo-os com uma

activação que é já tendência no universo vídeo e digital. Seja entre amigos, família ou com a cara-metade, o desafio será levar para casa o mais divertido ou romântico vídeo 360º, que captará na íntegra o amor e a experiência vividos nestes três dias de São Valentim”, explica a organização, acrescentando que para o fazer, “os participantes terão apenas que posicionar-se numa plataforma elevada e posar para uma câmara que gira 360 graus à sua volta, captando todos os ângulos. A partir daí é gerado um vídeo em slowmotion, que além de enviado por email, pode e

deve ser partilhado nas redes sociais”. As participações são ilimitadas e gratuitas e mais do que apenas para casais, este é um desafio que o centro comercial lança a toda a família e amigos. Garantindo o cumprimento de todas as normas de segurança, o espaço estará aberto durante os três dias, das 11h00 às 22h00, para que todos possam levar para casa um ou mais vídeos 360º, assim como outras ofertas disponíveis no espaço e alusivas à data. Forum Coimbra, onde uma experiência love circle tem ainda mais encanto!


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Câmara de Coimbra tem 10 novas viaturas de recolha de resíduos urbanos A Câmara de Coimbra apresentou, esta quinta-feira, 10 viaturas de recolha de resíduos urbanos que reforçam a frota municipal. Trata-se de um investimento de 4,4 milhões de euros, no âmbito de um concurso público internacional para o aluguer operacional destes veículos, que vão estar ao serviço da autarquia nos próximos 96 meses. As viaturas, que já circulam pela cidade, foram apresentadas na Divisão do Ambiente, no Algar, com a presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e do vereador com o pelouro do Ambiente, Carlos Lopes. Nos próximos oito anos, a autarquia terá em actividade mais 10 veículos de remoção de resíduos urbanos, no âmbito de um concurso público internacional para o aluguer operacional destas viaturas. As viaturas estão decoradas com a mensagem “Coimbra Zero Resíduos – Estamos Juntos”, apelando ainda aos famosos “três r’s”: “reduza”, “reutilize” e “recicle”. Um investimento global de 4.374.187,50 euros, que foi adjudicado em cinco lotes distintos, tendo em consideração as especificidades das viaturas. O lote 1 inclui o aluguer operacional de dois veículos pesados de recolha de resíduos urbanos, com 5,5 m3 de capacidade, com o ob-

jectivo de operar na Alta e na Baixa de Coimbra, por se tratar de zonas sensíveis com maior presença de visitantes. Já o lote 2 inclui dois veículos pesados de recolha de resíduos urbanos, com 10 m3 de capacidade, visando a recolha em ruas mais estreitas. O lote 3 inclui o aluguer de três veículos pesados, com 16 m3 de capacidade, para recolha de resíduos urbanos em arruamentos de maior dimensão, com o objetivo de substituir três viaturas próprias que irão ser abatidas. Por seu turno, o lote 4 inclui dois veículos pesados de recolha, com capacidade de 16 m3, grua e tremonha, o que permitirá a recolha do sistema “molok” (contentor semienterrado). Neste momento, dado o crescente número de contentores enterrados ou semi-enterrados instalados ou a instalar brevemente, estas viaturas são

consideradas indispensáveis. Estes veículos também permitem a recolha e transporte de resíduos urbanos em arruamentos de maior dimensão. Por fim, o lote 5 inclui um veículo pesado de transporte de resíduos urbanos, com sistema “ampliroll”, grua, pinça de resíduos, para fazer face à crescente utilização dos contentores para acondicionamento de resíduos (“polibenne”) e de apoio à única viatura existente para este efeito e que, por essa razão, tem elevada carga de utilização. Este veículo dará ainda apoio à recolha de monos e à recolha de verdes. O júri do procedimento propôs a adjudicação dos lotes 1, 2, 4 e 5 ao concorrente Ecoambiente – Consultores de Engenharia, Gestão e Prestação de Serviços, S.A. Já o lote 3 foi adjudicado ao concorrente Hidromaster – Conservação de Superficie, Lda.


25 Baixa de Coimbra com escultura “Árvore dos Amores” no Terreiro da Erva www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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escultura “Árvore dos Amores”, da autoria de Aureliano Aguiar, foi disponibilizada pelo artista para usufruto da cidade e marca presença no Terreiro da Erva, na Baixa de Coimbra. A obra inaugurada esta quinta-feira – com diversos elementos alusivos ao amor – simboliza a “árvore da vida” e denota ainda a preocupação da reutilização de materiais de desperdício “que se transformam numa lindíssima obra de arte”, tal como referiu o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva. A “Árvores dos Amores” está agora exposta no Terreiro da Erva, uma requalificada praça da Baixa de Coimbra, enquanto houver o entendimento do artista e da autarquia. A escultura foi disponibilizada pelo artista à cidade onde nasceu e a autarquia assumiu apenas os custos da colocação da referida escultura. “Esta obra de arte já faz a diferença no Terreiro da Erva”, realçou o autarca. “Trazer a arte e a cultura à Baixa de Coimbra e concentrar as nossas preocupações e

atenções na dignificação deste espaço” foram os objectivos, nas palavras de José Manuel Silva, que fizeram com que a obra fosse instalada no Terreiro da Erva. O presidente da autarquia garantiu, ainda, que esta foi apenas a primeira obra de arte instalada na Baixa, estando já em desenvolvimento outras acções semelhantes. “Todos estes pequenos passos fazem parte daquilo a que, figurativamente, chamamos de Plano Marshal para a Baixa”, concluiu José Manuel Silva.

Aureliano Aguiar foi reconhecido, em 1988, como um dos “novos valores da cultura”. Entre 1991 e 2006 expõe diversas obras em Portugal e na Alemanha, destacando a sua participação em eventos como a “Expo 98”, o Euro 2004 e a semana da cultura em Gütersloh (Europäiche Kulturwochein der Stadt Gütersloh, em 2006). Ainda durante este período instalou obras suas em espaços públicos dos municípios de Odemira, Almodôvar, Guimarães, Lousã e Águeda.


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QUINTA-FEIRA, 10 DE FEVEREIRO 2022

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É O PRIMEIRO ACORDO FORMAL ENTRE AS INSTITUIÇÕES

ISEC e Junta de Freguesia dos Olivais assinam protocolo de colaboração

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oi celebrado, esta manhã, um protocolo de Cooperação entre o ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, que visa a cooperação entre as duas organizações. Mário Velindro, presidente do ISEC, e Francisco Rodeiro, começaram ambos por sublinhar que “este é um protocolo que abre portas para estreitar laços entre as instituições” podendo abrir caminho a outras iniciativas em conjunto, além de que será um acordo “para ser executado e não apenas para ficar no papel”. Neste protocolo a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais e o ISEC reconhecem-se, mutuamente, como organizações idóneas e capazes de prosseguir com qualidade o desenvolvimento das suas missões, manifestando disponibilidade em colaborar em projectos de investigação e desenvolvimento que sejam do interesse de ambas as partes, nomeadamente no projecto ISEC EcoCampus. A educação para a cidadania ambiental dos cidadãos da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais ou da comunidade do ISEC, a colaboração na formação dos alunos

Francisco Rodeiro e Mário Velindro na assinatura do protocolo, com a presença da secretário da JF de Santo António dos Olivais, Cristina Faustino Agreira

do ISEC, nomeadamente na participação em aulas, palestras ou seminários, bem como na definição de perfis profissionais necessários para o desenvolvimento da actividade da Junta e a colaboração na formação dos alunos em contexto de trabalho como forma de facilitar a sua integração no mercado de emprego, foram outras das linhas apre-

sentadas orientadoras deste acordo. Na cerimónia, além dos dois presidentes, que assinaram o protocolo, estiveram também presentes, a secretário da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Cristina Faustino Agreira, e os coordenadores do ISEC EcoCampus, Nuno lavado e Arménio Correia.


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VINAGRETAS FÉ PARA TODOS OS BOLSOS

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mundo está cada vez mais moderno e o Santuário de Fátima não fica atrás. Desde Janeiro que é possível deixar uma esmola com recurso ao cartão de débito contactless. Segundo o Santuário este “é um projecto experimental, que teve origem num convite de uma empresa para testar este novo sistema, que estará em uso pelo menos até ao final do trimestre”. A box moderna está ao lado das outras caixas de ofertas e despertou a atenção de por quem ali passou. O procedimento é simples e está tudo preparado para que o dinheiro seja transferido para o Santuário o mais rapidamente possível. Na caixa há um terminal com um valor, que pode ser aumentado ou diminuído com recurso a dois botões de mais e menos. Enfim, modernices...

CASAMENTO VIRTUAL

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m tempo de pandemia, a imaginação é o limite para encontrar soluções para ultrapassar as restrições impostas pela covid-19. Um casal indiano decidiu realizar o casamento no Metaverso, o ambiente virtual em 3D em que os utilizadores podem interagir. Com esta solução, o casal pode convidar duas mil pessoas que compareceram na festa com o tema Hogwarts, de Harry Potter. Para o evento foi criado um espaço digital semelhante a um castelo inspirado em Hogwarts. A festa teve a duração de uma hora, os noivos viram virtualmente os convidados, que podiam explorar o castelo e personalizar o aspecto e a roupa dos seus avatares. Os convidados acederam à festa através dos telemóveis, tablets ou portáteis.


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“Só no dia 23 é possível dar a posse. Só nessa altura farei convites” António Costa, primeiro-ministro, sobre a composição do Governo “Não vi nem como recado, nem como aviso ao Governo, mas como chamando a atenção do conjunto do país para a urgência de não se perder tempo na execução do PRR” Idem, sobre as recentes mensagens do Presidente da República sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “É preciso fazer ajustamentos à lei eleitoral em vários segmentos. A lei eleitoral é muito antiga, é de um tempo que corresponde a uma realidade que entretanto se transfigurou” Francisco Van Dunem, ministra da Administração Interna, “Admito que seja algo que possa ser discutido, admito que haja algumas actividades em que isso possa ser mais bem consensualizado” Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal, sobre a semana de quatro dias no sector que representa “Uma coisa importante do salário emocional é que as pessoas se sintam parte das decisões da empresa” Rui Pereira da Silva, presidente executivo da HCCM, sobre o teletrabalho “A extrema-esquerda criou uma nova vedeta mediática: Pacheco de Amorim” Rui Rio, líder do PSD, sobre o Chega propor Diogo Pacheco de Amorim para o cargo de vice-presidente da Assembleia da República “Chega é o maior fenómeno político em Portugal nos últimos 30 anos” Pedro Frazão, deputado pelo Chega


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RÁDIO

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