“Campeão das Províncias” - 17/02/2022

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QUINTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO 2022 | N.º 461 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

CARRO FURTADO EM COIMBRA DESCOBERTO EM BRAGA JÁ DESFEITO EM PEÇAS

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


2 PSP de Coimbra foi até Braga descobrir o paradeiro de carros furtados QUINTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO 2022

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PSP de Coimbra pôs-se em campo para descobrir o paradeiro de um automóvel furtado na cidade, um BMW cabriolet (descapotável), e encontrou-o em Braga já todo desmantelado, com muitas das peças já vendidas por uma loja que também comercializa na Internet. O resultado desta acção foi dado a conhecer, esta quinta-feira, pelo comissário João Martelo, comandante da Esquadra de Investigação Criminal do Comando Distrital de Coimbra da PSP. A investigação começou em Dezembro de 2021, quando foi participado o furto de um automóvel de grande cilindrada, em Coimbra, e prosseguiu até à passada terça-feira, quando foi dado cumprimento aos mandados de busca, em Braga. Num armazém situado no distrito de Braga (o local não foi revelado), a PSP encontrou o que restava do BMW furtado em Coimbra, conseguindo apenas encontrar alguns componentes. “Já não foi possível recuperar a carcaça da viatura, nem motor, só alguns acessórios da viatura”, explica o comissário João Martelo. Para surpresa da Polícia, no mesmo local estava outro BMW, furtado na região Centro, também desmantelado e já com a falta de muitos componentes, assim como um Ford Focus.

Muitas das peças já tinham sido retiradas das viaturas e estavam numa loja para possivelmente a seguir serem vendidas, enquanto outras não foram encontradas, pelo que já teriam sido comercializadas. A PSP só conseguiu identificar o material das viaturas desmanteladas através do número de identificação do veículo, visto que não tinham matrícula e já mesmo a carcaça estava dividida. No âmbito da investigação foi constituído arguido um dos suspeitos, enquanto outro foi identificado. O comissário da PSP deu ainda conta de que o processo ainda não está terminado e que, por isso, as investigações vão continuar.


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CAPACIDADE DE ARMAZENAMENTO É APENAS DE 11%

Os agricultores do Baixo Mondego ainda têm boas condições para trabalhar os terrenos, mas se não chover durante mais 30 dias consecutivos começarão os problemas. Em tempo de seca prolongada vem ao de cima a grande quantidade de água que se perde no Mondego e chega ao mar sem ser aproveitada. A capacidade de armazenamento na bacia hidrográfica de Coimbra é apenas de 11%. PÁGINA 2

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HÁ UM MAR DE ÁGUA QUE SE PERDE NO MONDEGO

O Executivo da Freguesia felicita os Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho pelo seu 90.º Aniversário e pelo serviço prestado à população!

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VEREADOR MIGUEL FONSECA EM ENTREVISTA

PRAZO PARA CANDIDATURAS TERMINA AMANHÃ

Câmara de Coimbra Loja Colaborativa impulsiona quer um “cluster de empresas Centro Histórico Loja Colaborativa, Incubadora e Espaço de Recuperação, tecnológicas na Baixa” são as três valências do projecto que está a nascer na Rua Adelino Veiga, na Baixa de Coimbra, impulsionado pela APBC, em parceria com a Câmara, e que visa apoiar, durante 18 meses, 15 micro-empresas. As candidaturas ao COL.ECO - Colaboração na Organização Local da Economia Eco Sustentável do Concelho de Coimbra terminam amanhã (18) e ainda há vagas disponíveis. PÁGINA 3

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Uma Câmara financeiramente equilibrada, com uma equipa de excelência e uma série de projectos para “mudar o paradigma do comércio de Coimbra”. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, Miguel Fonseca, o vereador “dos números”, reforça que a Câmara está atenta às possibilidades de financiamento, nomeadamente em prol da requalificação e dignificação da Baixa. PÁGINA 7

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SITUAÇÃO COMEÇARÁ A SER UM PROBLEMA SE NÃO CHOVER ATÉ FINS DE MARÇO

AGRICULTURA DO BAIXO MONDEGO AGUENTA A SECA DURANTE MAIS 30 DIAS LUÍS SANTOS

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s agricultores do Baixo Mondego ainda têm boas condições para trabalhar os terrenos, mas se não chover durante mais outros 30 dias consecutivos obviamente que começarão os problemas. O engenheiro António Russo, técnico da Associação dos Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego, fez o ponto da situação da seca meteorológica no Programa da Manhã da Rádio Regional do Centro (96.2 FM) e abordou a necessidade de muito mais atenção quanto aos recursos hídricos. “Ao nível do solo temos reservas que são suficientes para a agricultura, dado que a capacidade de água está preenchida de 80 a 90%.”, referiu, afirmando haver boas condições para trabalhar os terrenos. “Mas se não chover durante outros 30 dias consecutivos, obviamente que teremos problemas”, alerta. “No Baixo Mondego estamos, neste momento, com as condições ideais para fazer agricultura – está bom para trabalhar os terrenos, está bom para

semear e depois virá a água. Mas não a tendo em disponibilidade suficiente poderemos estar limitados” - explica, desejando que não haja mais 30 ou 60 dias sem chuva, porque “isso seria uma calamidade, não só para o Baixo Mondego, mas para todo o país”. Os agricultores irão precisar de água em finais de Março, princípios de Abril, para o arroz. Para o milho as primeiras regas serão lá para finais de Maio, princípios de Junho. S e g u n d o A nt ón i o Russo, os problemas para os agricultores do Baixo Mondego começam se não houver água no sistema da Aguieira, faltando disponibilidade hídrica. “Neste momento, o sistema da Aguieira está a cerca de 70% da sua capacidade e se continuar a falta de chuva não dá para uma utilização normal do ano que se avizinha, até Setembro”, explica, antevendo-se então os problemas. Recorda, a propósito, que no ano passado, por esta altura, a situação era bem diferente, pois só no mês de Fevereiro choveu o mesmo que desde Outubro de 2021 até agora, com uma pluviosidade que ultrapassou 200 milímetros

(o equivalente ao volume de 200 litros por metro quadrado). “O ano passado, em Março, tivemos défice hídrico no solo, mas em Abril excesso de água, o que fez com que as culturas entrassem mais tarde nos terrenos”, recorda António Russo, para considerar que são fenómenos cíclicos de um clima tipo Mediterrânico, verificando-se que em cada cinco anos há um ano em que ocorre um fenómeno extremo”. O que não é normal, segundo este técnico, “é não terem sido acauteladas as disponibilidades de água nas albufeiras”. “Isso foi um bocado imprudente, porque quando não temos barragens em cascata e não estão em contra-embalse - como a Aguieira-Raiva, Alqueva-Pedrõgão - temos sempre problemas, porque turbinamos a água e ela corre para o mar”, refere. SÓ É ARMAZENADA 11% DA ÁGUA Para António Russo, é “miserável” o que está a acontecer na bacia hidrográfica de Coimbra, “onde, infelizmente, só 11% da sua capacidade total de

armazenamento está aproveitada”. 11% é um valor miserável. “A bacia do Mondego tem um manancial de água muito elevado, que não é totalmente aproveitado, faltando construir as três barragens que estavam pensadas”, defende o técnico da Associação dos Beneficiários da Obra de Fomento Hidroagrícola do Baixo Mondego, dando como exemplo a fábula da cigarra e da formiga: “Temos de armazenar no Inverno para utilizar no Verão, porque se não o fazemos não temos como fazer agricultura, nem um copo de água para beber”. Em relação à necessidade de água do Mondego, sabe-se que as celuloses e papeleiras consomem 1,5 metros cúbicos por segundo e a cidade da Figueira da Foz consome 400 litros por segundo. Feitas as contas são 2 metros cúbicos (2.000 litros por segundo de água que têm de ser disponibilizados, com a Agência Portuguesa do Ambiente ter de garantir aquele caudal. A agricultura do Baixo Mondego utiliza um caudal muito superior, que pode chegar ao 12 a 13 metros cúbicos por segundo, atingindo 116 hec-

Os agricultores irão precisar de água em finais de Março, princípios de Abril, para o cultivo do arroz tómetros cúbicos por ano, com todas as utilizações a estarem normalmente garantidas. “Este ano não há disponibilidades de água na Agueira com havia o ano passado e a exploração da barragem está a ser feita de forma cautelosa,

sendo explorada a níveis baixos para se acautelarem fenómenos extremos de cheias”, refere António Russo, para acentuar que os recursos hídricos são fundamentais e necessitamos de mais capacidade de armazenamento de água.

INTERIOR DO DISTRITO DE COIMBRA TEME EFEITOS DA FALTA DE ÁGUA

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s municípios de Arganil, Pampilhosa da Serra e Góis, no interior do distrito da Coimbra, temem os efeitos do período de seca que o país atravessa, sobretudo a probabilidade de os fogos florestais se acentuarem. Para já, o abastecimento de água ainda não está comprometido, mas, se a chuva não aparecer em abundância, será uma grande preocupação para os autarcas. “Temos uma preocupação total com esta situação. As nascentes estão sem água e as albufeiras estão em níveis nunca vistos”, descreveu

Jorge Custódio, presidente da Câmara da Pampilhosa da Serraconcelho que acolhe no seu território três grandes albufeiras: Cabril, Santa Luzia e Alto do Ceira. O autarca salientou a medida do Governo de proibir a produção de energia eléctrica neste período de seca em algumas barragens, como a do Cabril, o que “leva a que a descida [da massa de água] não seja tão abrupta”. Para Jorge Custódio, “se continuar este período de seca vai haver problemas de abastecimento de água e outros”, como o flagelo antecipado dos fogos florestais,

num território marcadamente florestal. No concelho de Arganil, o Município já suspendeu operações de rearborização na Serra do Açor com espécies autóctones, no âmbito do projecto “Floresta Serra do Açor”, devido à descida dos níveis de humidade do solo, indispensável para o enraizamento das árvores. “Estamos a ter uma limitação muito grande na rearborização e estamos muito apreensivos com o aumento do risco de incêndio, já que está tudo muito seco”, disse o presidente da Câmara, Luís Paulo Costa. O autarca de Arganil sa-

lientou que, para já, o abastecimento de água, que é feito a partir do rio Alva, ainda não suscita preocupação, uma vez que “o caudal está mais ou menos estável”. Em Góis, o presidente da Câmara, Rui Sampaio, também olha para a situação de seca com preocupação e para os riscos acrescidos que traz ao concelho, que possui uma vasta área florestal. “A falta de água durante este período extenso, juntamente com as temperaturas altas e vento, coloca-nos numa situação de risco de incêndio, que pode ser bastante problemático”, salientou.

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Relativamente ao abastecimento de água às populações, o autarca de Góis disse que ainda não foi reportado nenhum constrangimento que possa criar alguma perturbação. Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em Janeiro “verificou-se um agravamento muito significativo da situação de seca meteorológica, com um aumento da área e da intensidade, estando no final do mês todo o território em seca, com 1% em seca fraca, 54% em seca moderada, 34% em seca severa e 11% em seca extrema”. Ainda de acordo com o

IPMA, em relação à precipitação, Janeiro de 2022 foi o 6.º mais seco desde 1931 e o 2.º mais seco desde 2000. O Governo restringiu o uso de várias barragens para produção de electricidade e para rega agrícola devido à seca em Portugal continental. Para já, há quatro barragens cuja água só será usada para produzir electricidade cerca de duas horas por semana, garantindo valores mínimos para a manutenção do sistema: Alto Lindoso e Touvedo, no distrito de Viana do Castelo, Cabril (Castelo Branco/Leiria) e Castelo de Bode (Santarém).


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LOJA COLABORATIVA APOIA EMPRESÁRIOS E DEVERÁ ABRIR PORTAS JÁ NO INÍCIO DE MARÇO

ESTÁ A NASCER “UM IPN EM MINIATURA” NA BAIXA DE COIMBRA R NÁDIA MOURA

esulta da união de esforços da APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra e do GISA - Gabinete de Intervenção Social e Empreendedorismo (nascido em Junho de 2021, pelas mãos da APBC, do Observatório de Cidadania e Intervenção Social da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra e do Clube Jazz ao Centro), e conta com a parceria da Câmara de Coimbra. O COL.ECO – Colaboração na Organização Local de Economia Eco Sustentável é o novo projecto que está a ganhar vida na Baixa de Coimbra e que visa ajudar comerciantes, empreendedores, ou empresários em situação de insolvência (nomeadamente decorrente da pandemia), a iniciarem ou recomeçarem o seu negócio. Aliada a estes objectivos há uma meta mais global: dinamizar e impulsionar a Baixa e, em particular, reactivar a Rua Adelino Veiga, onde ficará situada esta Loja Colaborativa, mais concretamente no número 33, onde antes existia a antiga Valise. Assunção Ataíde não esconde a esperança que a move neste projecto. “Queremos atrair pessoas para esta zona da cidade e fomentar o movimento nesta rua onde, em tempos, circulavam centenas de pessoas por dia. Era uma rua de excelência e agora é das que está em pior estado. Temos aqui alguns sobreviventes e quantos mais viermos mais dignidade daremos a esta rua”. A presidente da APBC admite, no entanto, que esta não é uma tarefa fácil principalmente devido ao medo das pessoas. A dificuldade que eu sinto no comércio é que

A Loja Colaborativa ainda está em obras mas já se sabe que todo o seu interior será pintado com diferentes tons de verde, remetendo à matriz do projecto baseado na sustentabilidade as pessoas têm medo dos desafios e habituam-se muito a rotinas. É preciso haver um exercício de perseverança e se começarmos a habituar as pessoas de Coimbra que Projecto de 180 mil euros: 135 mil financiados pelo Programa Operacional Inclusão Social e Emprego e 45 mil suportados pela Câmara de Coimbra

podem vir passear à Baixa, que vão ter o que ver e fazer, elas começam a vir”. O PROJECTO Nasceu no âmbito de uma candidatura ao POISE – Programa Operacional Inclusão Social e Emprego, aprovada em Dezembro do ano passado, que comparticipa o projecto em 135 mil euros, sendo os restantes 45 mil suportados pela Câmara de Coimbra, seu investidor social. Apesar dos vários intervenientes para a realização deste projecto, é a APBC a “cara” do COL.ECO, um projecto que surge como uma solução adequada para

o problema da alta taxa de desemprego estrutural e emergente com a pandemia de covid-19, aliado às consequências psicossociais daí decorrentes que tornam ainda mais precário o estado socioeconómico da Baixa de Coimbra. Assunção Ataíde explica que este será um espaço de mitigação do impacto da pandemia, cujas repercussões se fizeram sentir, e ainda fazem, na Baixa, particularmente ao nível da erradicação de micro e pequenas empresas relacionadas com serviços, comércio e pequena indústria, bem como no aumento do desemprego” e aproveita para esclarecer que “a equipa para este projecto já está construída, uma equipa multidisciplinar que vai ajudar essas pessoas a avalizar o seu negócio, a executar o seu logótipo e, a pouco e pouco, ganharem autonomia, apoiando na constituição ou reactivação da sua empresa”. Assim, o principal objectivo desta iniciativa será o de criação de um espaço colaborativo para aplicação de um novo modelo de combate ao desemprego estrutural e emprego emergente, através de uma abordagem centrada na capacitação e incubação de design de Co-shopper [vários negócios a funcionar no mesmo es-

paço] e Cosewing [modelo que se baseia na partilha de espaço e recursos de escritório para mais que um comerciante/empresário/ negócio], integrando a comunidade envolvente. A ideia é acolher e apoiar 15 micro-empresas, ao longo dos 18 meses de duração do projecto. “O ideal era saírem daqui a alugarem espaços na Baixa para o seu negócio. Este vai ser um alfobre de pequenas empresas”, perpectiva Assunção Ataíde, acrescentando que, após os 18 meses, já que o edifício já estará preparado, já tem outros projectos em mente no âmbito das artes: “Acho que é pela arte que a Baixa de Coimbra pode evoluir e quando mais nos ligarmos a isso mais facilmente se pode diferenciar até porque nós temos por aqui imensos artistas”, conclui a responsável. TRÊS EIXOS DE ACTUAÇÃO As obras do espaço, que ainda estão a decorrer, deverão terminar no final deste mês, almejando-se uma inauguração, com a presença de todos os intervenientes no projecto, para início de Março. O edifício, que tem cave, rés-do-chão, 1º e 2º andar e um sótão, será

todo ele pintado com vários tons de verde fazendo jus à matriz do projecto baseado na sustentabilidade. A presidente da APBC esclarece que o COL.ECO assenta em três linhas de actuação: Loja Colaborativa, Espaço de Incubação e Espaço de Recuperação. O primeiro, a Loja Colaborativa, irá “funcionar como uma montra” e integrar cinco pequenos negócios, em situação de maior fragilidade, com indícios até de eventual falência, ou pequenos criadores que O projecto tem a duração de 18 meses e visa acolher e apoiar 15 micro-empresas

necessitem de um espaço de trabalho. Os produtos ou trabalhos dos cinco primeiros projectos a serem aprovados estarão expostos na montra da loja e pagarão uma renda mensal (no valor de 100 euros) à APBC, sendo que deverão estar sempre presentes os princípios da sustentabilidade ambiental e do comércio justo, prevendo-se um espaço de atendimento comum. No entanto, cada empresário é responsável

pela sua loja e contabilidade mas a gestão do espaço é realizada em comum. Já no que diz respeito à vertente de Espaço de Incubação, pretende-se facultar a estas pessoas as ferramentas necessárias para integração no mercado de trabalho, as quais estão inscritas no Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), e que irão também usufruir de um plano de formação e de acompanhamento psico-social, podendo optar por permanecer a tempo inteiro ou integral no espaço. Pretende-se, nesta dimensão, que exista uma integração em rede, tentando o cruzamento com entidades e associações que promovam experiências e formações que contribuirão para a capacitação destas pessoas. Por fim, na valência de Espaço de Recuperação preconiza-se um percurso de capacitação e inclusão segundo um plano de formação e um plano psico-social individual e colectivo para estas pessoas. No final, as candidaturas serão seleccionadas de acordo com o perfil do candidato e objectivo do espaço, o tipo de negócio a implementar, diversidade de produtos a comercializar e mediante o espaço disponível. “Vai ser um IPN (Instituto Pedro Nunes) em miniatura mas para a Baixa de Coimbra e com uma componente social determinante”, conclui Assunção Ataíde. As candidaturas estão abertas até amanhã (18), através do preenchimento do formulário em https://forms.gle/dSfP1jyAgixXzP6VA, sendo que qualquer informação adicional pode ser requerida através do email apbccoimbra@ gmail.com ou do contacto telefónico 914 872 418.

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O

s peritos, reunidos ontem no Infarmed, sugerem um alívio nas medidas contra a covid-19, acabando com as limitações de acesso a lojas, bares e discotecas e com a máscara a ser apenas obri-

gatória em espaços interiores públicos, serviços de saúde e transportes. Os especialistas sugerem, também, que o uso de certificado seja apenas para acesso a serviços de Saúde e recomendam que em locais

exteriores, o uso da máscara de protecção se limite às áreas com grande densidade populacional. Na recomendação que vai ser analisada, hoje, em Conselho de Ministros, conta que este é “o momento ideal” para

passar às chamadas medidas de nível 1 - com avaliação quinzenal - e os próximos passos exigem um foco na monitorização, vacinação, ventilação e uso da máscara em ambientes de risco (lares e unidades de saúde).

Os peritos ouvidos sobre a evolução da pandemia de covid-19 propõem, igualmente, um sistema de vigilância de infecções respiratórias que integre o vírus SARS-Cov-2, o da gripe e o vírus sincicial respiratório. Este sistema de

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vigilância de infecções respiratórias agudas permitirá uma recolha integrada e uniforme dos dados clínicos e laboratoriais, permitindo pré-seleccionar unidades de saúde para ter uma “amostra representativa” da população.


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FIGURAS ascensor A SUBIR

ASSUNÇÃO ATAÍDE É presidente da APBC – Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra desde Outubro de 2019 mas é na área da Educação de Infância, Psicologia e, particularmente, na do autismo - problemas graves de motricidade e cognição (sendo pós-graduada nesta área e professora de Educação Especial da Escola Secundária Infanta Dona Maria) que incide a sua formação académica. É, no entanto, à frente da APBC que Assunção Ataíde se tem destacado pelo desempenho e, sobretudo, empenho, que emprega nas suas funções. Desde a promoção de eventos vários, debates, conversas e sugestões aos comerciantes da Baixa, ao contacto com a Câmara de Coimbra para parcerias fundamentais, e até pelo facto de ter a sua loja na Baixa, A Camponesa (da qual é co-proprietária desde 2016) aberta, diariamente, até à meia-noite, quando todas as outras já fecharam portas horas antes, Assunção Ataíde já é reconhecida pela sua resiliência em prol do Centro Histórico e, em particular, da Baixa de Coimbra. Quem a ouve falar do “coração da cidade” facilmente denota um carinho especial por esta zona, afirmando que “não consegue ficar parada e ver a Baixa morrer aos poucos”. Tem agora em mãos mais um projecto inédito: a Loja Colaborativa (COL.ECO), na Rua Adelino Veiga, no prédio da antiga Valise [o qual damos a conhecer melhor na página 3 desta edição]. Conta com a parceria da Câmara Municipal de Coimbra mas é, mais uma vez, o nome de Assunção Ataíde que aparece à frente desta iniciativa que pretende prestar apoio a empresários e ideias de negócio na precursão de uma Baixa mais animada e dinâmica. JOSÉ AMADO MENDES Tantos e tão bons contributos tem dado José Amado Mendes, Professor Catedrático jubilado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, ao conhecimento em áreas e vertentes diversas do saber histórico, desde a História Económica e Social à Museologia e Património Cultural, passando pela Historiografia e História Empresarial. Com dezenas de obras publicadas, acaba de dar à estampa mais uma sobre os 100 anos de Ciências Empresariais da Coimbra Business School – ISCAC, que este ano se comemoram. Trata-se de uma obra que atravessa todos estes 100 anos desta prestigiada Escola, desde 5 de Dezembro de 1921, data de fundação, até aos dias de hoje, percorrendo e vivenciando uma extensa lista de dificuldades, com momentos maus mas felizmente também muitos bons, como têm sido estes últimos. O livro da responsabilidade do Professor Amado Mendes é riquíssimo na descrição objectiva dos passos dados pela instituição e dos momentos vividos até ao momento. Sob o ponto de vista gráfico trata-se de uma obra que prestigia o Coimbra Business School mas também, e muito, o seu autor que em breve lançará uma obra idêntica, desta vez, sobre o ISEC, que comemora também este ano 100 anos, já que nasceram unificadas numa única instituição, vindo a separar-se e a ganhar autonomia apenas em 1974. Catorze anos depois (1988), o ISCAC viria a integrar-se no Politécnico de Coimbra, a que hoje pertence, e é uma das escolas do Instituto que, a par do ISEC, mais tem crescido em dimensão, em prestígio e em resposta às necessidades da comunidade. ISABEL LANÇA Foi eleita, no sábado (12), presidente do Conselho Directivo da Secção Regional do Centro da Ordem dos Engenheiros. A sufrágio concorriam duas listas, a RA liderada pela engenheira, que já fazia parte do Conselho Directivo da Ordem, e a RB encabeçada por José Valle. Responsável pela área funcional de Saúde Ambiental do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Centro, Isabel Lança, obteve nas eleições 946 votos (51,4%) contra 832 (45,2%) do outro candidato, José Valle. Para o triénio 2022-2025, a nova presidente dos engenheiros do Centro propõe-se levar avante uma “Engenharia Promotora da Mudança” e a fazer frente a um dos principais problemas que a classe atravessa: “a falta de visibilidade da Ordem o que leva à menor motivação dos jovens”, apostando num modelo com formações nas várias áreas, debate de ideias de projectos, de soluções inovadoras, fazendo também a discussão com as escolas na prossecução da “actualização do conhecimento dos engenheiros em tempo real e enquadrado às novas exigências”. Além de Isabel Lança, integram a nova equipa directiva da Secção Regional do Centro da Ordem dos Engenheiros: Ricardo Duarte (vice-presidente), Luís Costa Neves (secretário), Virgínia Manta (tesoureiro), Jorge Sá Silva, Pedro Carreira, Maria Isabel Quintaneiro (vogais).

17 DE FEVEREIRO DE 2022 figura da semana

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CONIMBRICENSE JOSÉ BELO É CONSULTOR DA ASSOCIAÇÃO INTERNACIONAL DE PRIVACIDADE

José Belo, natural de Coimbra, está a trabalhar em Copenhaga, na Dinamarca, e foi recentemente nomeado membro do Conselho Consultivo para a Europa da IAPP - Associação Internacional de Profissionais de Privacidade, uma instituição mundial com 70 mil membros, que é considerada a mais importante associação de privacidade no mundo, nomeadamente pela presença global e pela importância das certificações, que emite. Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, sendo filho de uma antiga glória da Académica e também ex-vereador da Câmara Municipal, com o mesmo nome, José Belo possui as certificações CIPP/E e CIPM através da IAPP e, ainda, a certificação em Law & Technology da Faculdade de Direito da Universidade da Califórnia em Berkeley. Presentemente, é membro da IAPP (EUA), sendo co-chair para a KnowledgeNet de Portugal da Associação. Também é membro-fundador da Associação de DPOs e Profissionais de Privacidade (Portugal), membro da Associação de Consultores de Propriedade Intelectual (Portugal) e membro da Chartered Institute of Trade Mark Attorneys (Reino Unido). É, ainda, autor de vários artigos académicos sobre o Direito e sua relação com a tecnologia, privacidade, protecção de dados e propriedade intelectual, em revistas e jornais da especialidade. A IAPP, de que foi nomeado membro do Conselho Consultivo para a Europa, tem como membros a Amazon AWS, Banco Citi, a Cisco, a Deloitte, a Google, a Huawei, a Microsoft, a Uber, a UPS, entre outros. José Belo está a trabalhar em Copenhaga numa empresa totalmente ligada a Inteligência Artificial, a “Valuer.Ai”, tendo sido, também, nomeado responsável pelo “Capítulo de Copenhague” da IAPP, que envolve os principais profissionais de privacidade daquela cidade. Além disso, após convite, passou a integrar o Grupo de Trabalho CXO Trust da Cloude Security Alliance, uma organização global sem fins lucrativos, que tem como desígnio “ promover o uso das melhores práticas para fornecer garantia de segurança dentro da computação em nuvem”. A Cloude Security Alliance tem como membros, entre outros, a Google, a Huawei, a Oracle, a Microsoft, a IBM, a PayPal, o Departamento de Defesa dos EUA e os Bancos ING e Saxo Bank. FILIPA BESSA A investigadora do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra participou, no dia 11, na 7.ª Assembleia do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência que se realizou na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque. A docente é especialista na área da poluição marinha por microplásticos. ANTÓNIO DIAS DA SILVA Nasceu em Coimbra e dedica a sua vida à música. Em 2013 foi aceite na primeira edição das residências artísticas internacionais do “Musibéria – Centro Internacional de Música e Dança do Mundo Ibérico”, Serpa, onde se dedicou a compor e a gravar o seu primeiro CD - “Ararura”. No ano seguinte foi premiado internacionalmente nos “13th Independent Music Awards” com três prémios: “Melhor Álbum de Jazz com Vocais”, “Melhor Álbum de Jazz com Vocais” e “Melhor Música de Jazz com Vocais - Ela”. Foi ainda um dos quatro músicos seleccionados para o mestrado “Mestre Nórdico em Jazz”. Gravou “Up Lift” com “António Silva Quartet” e “Mielikki” com Ararur em 2016. Em 2019, a d’Orfeu, associação cultural de Portugal, convida António a escrever uma peça para a Capital Europeia da Cultura 2019 Matera, Itália. RUI NABEIRO A Universidade de Coimbra, sob proposta da Faculdade de Economia, vai atribuir o Doutoramento Honoris Causa ao comendador Rui Nabeiro. A cerimónia realiza-se dia 9 de Março, pelas 11h00, na Sala dos Grandes Atos (Sala dos Capelos). Na cerimónia, o padrinho de Rui Nabeiro será Carlos Fortuna, sociólogo e Professor catedrático jubilado da FEUC, ficando as apresentações a cargo de António Martins (elogio do doutorando) e de Margarida Mano (elogio do padrinho), ambos Professores Auxiliares da mesma Faculdade.

Manuel Leitão Marques, Margarida Marques, Nuno Melo e Francisco Guerreiro. MALÓ DE ABREU O PSD venceu o Círculo Eleitoral de Fora da Europa, onde era cabeça-de-lista uma personalidade de Coimbra, anterior deputado por este círculo. O médico dentista Maló de Abreu, que é presidente da Mesa da Assembleia Geral da Académica/OAF, esteve em viagem pelo mundo e viu recompensado o seu esforço com um aumento da votação em quase 50%, relativamente às últimas eleições legislativas de 2019. “Confirma-se assim que a sorte dá muito trabalho”, refere Maló de Abreu, agradecendo aos que nele confiaram por esse mundo fora e onde esteve: em África, no Brasil, na Venezuela, nos Estados Unidos, no Canadá. Agora, na Assembleia da República, irá representar a vasta comunidade de emigrantes portugueses. ANTÓNIO SOARES O atleta da Associação Cristã da Mocidade (ACM) conquistou, no passado sábado (12), o primeiro lugar, nos 42kg, no Open de Coimbra de Juvenis, na modalidade de Judo. O jovem, de 13 anos, pratica este desporto há cerca de seis/sete anos e entrou agora numa fase de rendimento desportivo. Esta foi a segunda prova oficial disputada pelo atleta, tendo participado, no ano passado, no Campeonato Nacional de Juvenis. PUBLICIDADE

PROFESSOR DOUTOR 31º FESTIVAl GASTRONÓMICO JOÃO CALVÃO DA SILVA

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BEATRIZ VILLAR A jovem cantora de Coimbra participou no programa de talentos Got Talent Portugal, que estreou no domingo (13) na RTP1. A artista fez-se acompanhar pelos guitarristas Diogo Mendes e Vasco Rodrigues, da Escola de Fado de Coimbra e encantou os jurados que a passaram à fase seguinte do programa. A jovem, actualmente com 24 anos, sempre gostou de música tendo feito parte da Tuna e de um grupo de Fados de Coimbra - Na Cor do Avesso, tendo sido aqui que começou a fazer espectáculos e cantava como voz principal. LÍDIA PEREIRA Um pedido de explicações enviado ao Conselho Europeu foi assinado por 101 eurodeputados, membros de todos os grupos políticos, e condena a prática de estágios não remunerados nas instituições, órgãos e agências da União Europeia. A líder da iniciativa é a conimbricense Lídia Pereira, eurodeputada social-democrata, membro do Partido Popular Europeu e deputada da Assembleia Municipal de Coimbra. Sublinha, a propósito, que “os decisores políticos não podem andar Europa fora a promover uma agenda para o emprego digno, enquanto se mantém uma política de estágios não remunerados dentro das próprias instituições europeias”. A questão, remetida ao Conselho Europeu, foi subscrita pelos eurodeputados portugueses Lídia Pereira, Paulo Rangel, José Manuel Fernandes, Maria da Graça Carvalho, Álvaro Amaro , Cláudia Monteiro de Aguiar, Sara Cerdas, Maria

18 A 27 FEV. MISSA DO 4.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO SUA ESPOSA DR.ª ANA MARIA CRUZ DE ALBUQUERQUE MATOS CALVÃO DA SILVA; SEUS FILHOS PROFESSOR DOUTOR JOÃO NUNO CRUZ MATOS CALVÃO DA SILVA E FILHOS MARIANA E FRANCISCA; DR. JOÃO PAULO CRUZ MATOS CALVÃO DA SILVA; DR.ª JOANA CRUZ MATOS CALVÃO DA SILVA; E DEMAIS FAMÍLIA PARTICIPAM A TODAS AS PESSOAS DAS SUAS RELAÇÕES E AMIZADE QUE MANDAM CELEBRAR DOMINGO DIA 20, ÀS 12:00 HORAS, NA CAPELA DA RESTAURANTES ADERENTES UNIVERSIDADE DE COIMBRA A MISSA DO 4.º ANIVERSÁRIO DE FALECIMENTO, SUFRÁGIO SEU MUITO CAÇAROLA DOIS EM CAÇAROLA UM CASA DA MOTAALMA CasaDE Marquinhas QUERIDO SAUDOSO MARIDO, AVÔ Ea PARENTE, Dory Negro EGrazina Casa das Enguias Pep,sPAI, Restaurante Cantarinha AGRADECENDO A QUEM SE DIGNAR ASSISTIR.

In Campeão das Províncias de 17/02/2022

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QUINTA-FEIRA, 17 DE FEVEREIRO 2022

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17 DE FEVEREIRO DE 2022

ACTUALIDADE

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JOÃO GABRIEL SILVA SUCEDE A TERESA MENDES

UNIVERSIDADE ANUNCIA INICIATIVA

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Universidade de Coimbra (UC) recebe, em Novembro, a 37.ª edição da cerimónia do Conselho Cultural Mundial, que pela primeira vez se realiza em Portugal, com a atribuição de três prémios na área da Ciência, Arte e Educação. Adiada desde 2020 devido à pandemia da covid-19, a cerimónia vai decorrer em 29 e 30 de Novembro, no pólo I da UC e em espaços da cidade, com a atribuição dos prémios internacionais Albert Einstein (Ciência), Leonardo Da Vinci (Arte) e

José Vasconcelos (Ensino). “É uma cerimónia que muito nos honra e que, inclusivamente, vai, pela primeira vez, ao longo das suas várias edições, atribuir os três prémios juntos”, referiu o Reitor Amílcar Falcão, na sessão de apresentação, que decorreu na segunda-feira, na Sala do Senado. Na cerimónia, que já passou por algumas das mais prestigiadas universidades mundiais, a UC vai também atribuir cerca de uma dezena de prémios a “seniores e jovens” portugueses que se destacaram

nas áreas da Ciência, Arte e Educação. O vice-Reitor da Universidade Coimbra para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão, destacou a “claríssima relevância internacional” da cerimónia, não só pela atribuição dos três prémios mundiais, “mas também pela oportunidade de poder alargar [as distinções] a jovens investigadores, que se têm distinguido no país anfitrião”. Participando na sessão de apresentação por videoconferência, o director executivo do Conselho Cultural Mundial, Esteban

Meszaros, salientou que a cerimónia “é um evento cultural que vai atrair a Coimbra as mentes esclarecidas do mundo na Arte, Ciência e Educação, para essencialmente criar laços e pontes”. O Conselho Cultural Mundial é uma organização internacional sem fins lucrativos fundada no México, em 1982, por um grupo de 124 cientistas, académicos, presidentes de universidades e executivos dos cinco continentes, com a missão de promover uma cultura de tolerância, paz e fraternidade.

pós duas décadas como presidente da Direcção do Instituto Pedro Nunes (IPN), a Professora Teresa Mendes vai ser substituída pelo ex-Reitor João Gabriel Silva, por indicação da Universidade de Coimbra (UC). Segundo o “Diário As Beiras”, a nomeação do novo presidente do IPN acontecerá em Assembleia-Geral a realizar em Março, com o convite a João Gabriel Silva a partir de Amílcar Falcão, o actual Reitor da Universidade de Coimbra, instituição fundadora e maioritária do Instituto Pedro Nunes (IPN). Professora Catedrática da Faculdade de Ciências e

Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Teresa Mendes deixa a presidência da Direcção do IPN no ano em que atinge o limite de idade. Na UC, exerceu ao longo da década de 90 do século passado as funções de Pró e vice-Reitora, tendo sido responsável pelo pelouro de Instalações e Equipamentos, altura em que se iniciou a concretização do Pólo II da UC, local onde viria a sediar-se o IPN. João Gabriel Silva, que assumirá a liderança do IPN, é Professor Catedrático do Departamento de Engenharia Informática da FCTUC, foi director da Faculdade de Ciências e Tecnologia e Reitor da UC de 2011 a 2019.

ASSOCIAÇÃO COMPLETA 90 ANOS NO PRÓXIMO DIA 21 DE FEVEREIRO

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Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho celebra, no dia 21 de Fevereiro, o seu 90.º aniversário. Para assinalar estas nove décadas de história, a Associação vai realizar várias iniciativas, celebradas durante dois dias, das quais fará parte a apresentação de duas novas ambulâncias. No próprio dia do aniversário realizam-se apenas as actividades tradicionais no quartel sede de Montemor. Pelas 8h00 será o hastear da bandeira sendo que o arrear da mesma ocorre pelas 19h00. No entanto, uma vez que o dia 21 é a uma segunda-feira, a Associação decidiu concretizar as comemorações habituais no domingo, dia 27. Desta forma, haverá neste dia a habitual romagem aos cemitérios, a recepção às entidades convidadas, a apresentação de duas ambulâncias de emergência e a sessão sole-

ne, que sucede com algumas limitações em virtude da pandemia. Para Nuno Rasteiro, presidente da Associação, estas nove décadas foram de “muita dedicação e muito trabalho”. O bombeiro reconhece que, para as Associações Humanitárias em geral, a situação financeira não é a melhor e por isso nem sempre é fácil viver com essa condição. Contudo, destaca o sentido de união dos bombeiros de Montemor-o-Velho e a sua luta por melhores condições, tanto para a corporação como para a população. “Estamos orgulhosos do nosso percurso porque nos últimos anos houve uma recuperação quer a nível de infra-estruturas quer ao nível da situação financeira da Associação que nos permite respirar um ar mais saudável, mas sempre com o sentido de responsabilidade que não podemos cometer erros”, afirma o presidente. Durante os dois anos vividos com a situação provocada pela pandemia co-

vid-19, os bombeiros de Montemor-o-Velho tiveram, à semelhança de todas as Associações Humanitárias, limitações nas suas actividades, porém, e segundo Nuno Rasteiro, conseguiram contornar essa luta e hoje encontram-se estáveis e saudáveis. “Estamos com olhos postos no futuro, queremos esquecer estes dois anos de pandemia”. NOVO QUARTEL EM ARAZEDE Uma das preocupações da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Velho passa pela Secção de Arazede que, segundo Nuno Rasteiro, necessita de uma avaliação. O presidente assume o desejo de ter um novo quartel nesta zona e justifica que o actual espaço não reúne as condições necessárias para os planos futuros da Associação. “Vamos criar uma equipa de Intervenção Permanente, que já está na fase de conclusão de admissão para

Corporação está focada no futuro e quer esquecer os anos de pandemia bombeiros e que vai ficar sediada em Arazede por isso é necessário que as infra-estruturas se encontrem à altura de receber essa equipa bem como todos os outros elementos que integram a Secção em Arazede”, esclarece, adiantando ainda que “uma vez que o quartel está sem condições há bastante tempo é importante repensar nessa infra-estrutura”. O responsável deu conta que o quartel em Arazede não

tem condições de expansão e que neste momento não reúne condições de espaço para colocar novas viaturas. Já o quartel sede, em Montemor-o-Velho, sofreu, ao longo dos últimos anos, várias intervenções de melhoramento, fruto de um programa ao abrigo do PO SEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos). No total foi feito um investimento na ordem dos

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300 mil euros que permitiu operacionalizar todo o quartel, bem como melhorar algumas lacunas existentes, como foi o caso das camaratas femininas que na altura da construção do espaço não existiam. Com aproximadamente 90 elementos no quadro activo, a Associação procura alargar este número e espera que os próximos cursos para bombeiros sirvam para reforçar a equipa.


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17 DE FEVEREIRO DE 2022

ENTREVISTA

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VEREADOR DA CÂMARA DE COIMBRA ATENTO ÀS OPORTUNIDADES DE FINANCIAMENTO

MIGUEL FONSECA: “REQUALIFICAÇÃO DO CENTRO HISTÓRICO É UMA PRIORIDADE”

Licenciado e mestre em Economia pela Universidade de Coimbra e doutorado na mesma área pelo Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa, Miguel Fonseca é professor universitário e tem experiência em funções autárquicas em Coimbra, tendo sido presidente da Assembleia de Freguesia da Sé Nova e membro da Assembleia Municipal. Um percurso que culminou com a eleição para vereador da Câmara Municipal, pela coligação Juntos Somos Coimbra, ficando responsável, entre outros, pelos pelouros de Economia, Contabilidade e Finanças, Empreendedorismo, Investimento e Emprego, e Mercados Municipais e Feiras. “Contas feitas”, apesar de trabalhosas, não tem sido difícil desempenhar estas funções, muito em parte devido à equipa, “unida e de excelência”, com a qual trabalha. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: Qual o balanço destes primeiros meses de mandato? Miguel Fonseca [MF]: Têm sido meses de mandato muito enriquecedores, sobretudo pela aprendizagem que têm proporcionado. Era visível que Coimbra precisava de outra forma de gestão, de outro olhar para a cidade, e este projecto do Juntos Somos Coimbra encaixa na perfeição nessa mudança. Estou cada vez mais convencido que teremos todas as condições para mudar a cidade,

orgulho e uma satisfação muito grande que recebi o convite para integrar esta equipa de excelência. O relacionamento entre os membros do Executivo Municipal é fantástico, tem sido de uma coesão a toda a prova, e isso é fundamental. [CP]: Foi eleito em sexto lugar... [MF]: Sim, cabia ao povo escolher e, ao longo da campanha, fomos percebendo que a adesão a este projecto era muito forte e havia condições para sair vencedor. Foi um orgulho e assumi o cargo com a maior dedicação e

O nosso objectivo é seguir uma estratégia de rigor, que passa desde logo pela contenção de despesas e por criar condições para o aumento de receitas.

contribuir para o seu crescimento e para a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos. Esta experiência como vereador acaba por ser o culminar de uma intervenção cívica activa e, no contexto das funções autárquicas referidas anteriormente, deixo palavras de homenagem ao então presidente da Junta de Freguesia da Sé Nova, Hélder Abreu, e ao presidente da Assembleia Municipal, Manuel Porto. [CP]: Ficou surpreendido com o convite para integrar a coligação Juntos Somos Coimbra? [MF]: Foi com imenso

responsabilidade. Estes meses têm sido desafiantes. A nossa prioridade tem sido essencialmente conhecer as dinâmicas, os projectos em curso e os funcionários, a quem deixo, desde já, uma palavra de apreço, porque têm sido inexcedíveis, de uma entrega e dedicação sem limites, e por terem acolhido este Executivo de braços abertos. [CP]: E pelo que já foi dito publicamente, até mesmo pelo presidente da Câmara, alguns a trabalharem em más condições... [MF]: Sim, uma das surpresas mais desagradá-

veis foram as instalações, que não reúnem as condições necessárias, e essa também será uma prioridade nossa. Temos dois edifícios na Rua Ferreira Borges, recentemente adquiridos, que serão afectos a serviços municipais e assim parávamos conseguir aligeirar a pressão que existe no edifício dos Paços do Concelho. [CP]: A sua estreia teve logo a elaboração do Orçamento e das Grandes Opções do Plano da Câmara de Coimbra para este ano. Que linhas essenciais destaca nestes documentos? [MF]: O primeiro grande desafio foi realmente esse. É um Orçamento que segue uma linha de continuidade com o que já estava em curso. Aprovámo-lo em Janeiro, em reunião do Executivo Municipal e, em Fevereiro, na Assembleia Municipal, sempre sem votos contra. Foi um Orçamento altamente condicionado por limitações temporais e por um conjunto de compromissos que já estavam assumidos e que tínhamos de respeitar. Contudo, já acomoda alguns dos nossos compromissos eleitorais, como por exemplo um aumento da dotação da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027. Na sua essência, representa um Orçamento cerca de 11 milhões acima do Orçamento final de 2021, na ordem dos 168 milhões de euros. O nosso objectivo é seguir uma estratégia de rigor, que passa desde logo pela contenção de despesas e por criar condições para o aumento de receitas. Esta estratégia de consolidação orçamental tem algumas oportunidades e riscos associados. Em relação às oportunidades, temos a conclusão do actual quadro comunitário, o acordo de parceria Portugal 2020, cujos projectos terão de ser executados até Junho de 2023, e temos o início da execução do PRR, com 16,6 milhões de euros para execução até 2026. Já no que diz respeito aos

riscos, temos a subida do preço dos combustíveis e das matérias-primas, uma eventual subida das taxas de juro e um problema, um “esqueleto no armário”, que é a taxa de inflação em tendência ascendente. Há ainda uma questão que se prende com o resultado das eleições legislativas e que nos pode ser favorável, já que, a manter-se a proposta do Orçamento de Estado para 2022, a mesma implica um acréscimo de receita de um milhão de euros para a Câmara de Coimbra. Esperamos que a nova versão possa ir mais além, mas este acréscimo já é positivo. [CP]: As dotações no Orçamento são pesadas? [MF]: Fez esta semana cinco anos que foi publicado o decreto-lei que prevê a transferência de competências para as autarquias e durante este espaço temporal a taxa de aceitação na

Noutro campo, Miguel Fonseca foi vogal do Conselho Fiscal da Associação Académica de Coimbra mas não vai resolver tudo. Todavia, estamos atentos às oportunidades e, nesse sentido, estamos a trabalhar numa candidatura do PRR direccionada para o espaço urbano, que tem de ser apresentada até ao final de

A requalificação do Centro Histórico é uma prioridade deste Executivo, queremos criar na Baixa um cluster de empresas tecnológicas.

Educação – que é onde esse processo está mais avançado – é de pouco mais de 40%. Há, claramente, aqui uma série de responsabilidades e despesas que têm de ser suportadas pelas autarquias e tudo isso é um desafio significativo para a sua gestão. Contudo, fazemos parte desse conjunto de autarquias que aceitaram a transferência de competências na Educação, e iremos aceitar também na Acção Social e na Saúde, pelo que tudo faremos para que este processo corra da melhor forma possível. [CP]: Têm projectos aprovados para o PRR? [MF]: Sim, mas acho que o PRR não pode ser encarado como uma panaceia para todos os males do país. Naturalmente é uma oportunidade muito interessante, os fundos que lhe estão afectos representam cerca de 8% do PIB,

Março e com financiamento a 100%. Estamos certos de que dará um contributo importante para a revitalização e modernização do comércio de Coimbra, criando um conjunto de serviços suportados por um ambiente tecnologicamente avançado. A requalificação do Centro Histórico é uma prioridade deste Executivo, queremos criar na Baixa um cluster de empresas tecnológicas, captar mais investimento e talento, dinamizar o espaço urbano, e recordo que o Mercado Municipal já foi requalificado e deverá abrir no início de Março, criando, assim, uma nova centralidade, com novos públicos. [CP]: Onde é que vai buscar dinheiro para todos este projectos? [MF]: Temos de os candidatar a fundos. Felizmente a Câmara de Coimbra está numa situação finan-

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 17/02/2022

ceira equilibrada, mas a margem para endividamento não é muito elevada (temos uma capacidade de endividamento de 17,5 milhões de euros) e, para conseguirmos avançar com estes projectos, precisamos de fontes de financiamento. E sabemos que existem várias oportunidades, desde o PRR ao novo acordo Portugal 2030. [CP]: Que novidades existem em relação às feiras e mercados, como a Feira dos 7 e 23, Norton de Matos... [MF]: A Feira dos 7 e dos 23 está sob a responsabilidade da Junta de Freguesia de S. Martinho do Bispo. A Câmara Municipal fez a sua intervenção no que concerne à melhoria do espaço e as obras estão praticamente concluídas. Quanto à Feira do Bairro Norton de Matos, que não tinha qualquer controlo, estamos fortemente empenhados em redinamizá-la e, inclusive, estamos a elaborar o seu regulamento, que nunca existiu. Já no que respeita à Feira sem Regras, esta semana teremos uma reunião com a JF de Santa Clara, que era uma das organizadoras, e acreditamos que voltará a funcionar em breve, até porque consideramos que já não se justificam os condicionamentos à sua realização. PATROCÍNIO:


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ACTUALIDADE

INSTITUIÇÃO DE CONDEIXA E AUTARQUIA ESTABELECERAM PROTOCOLO PARA APOIO AOS IDOSOS

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Congregação das Irmãs Hospitaleiras e Sagrado Coração de Jesus e a Junta de Freguesia dos Olivais assinaram, na sexta-feira (11) – dia escolhido, simbolicamente, por ser o Dia Mundial do Doente -, um protocolo de colaboração cujo principal objectivo é a prestação de apoio à população sénior residente na área geográfica desta freguesia que apresente uma situação de vulnerabilidade e isolamento social, agravada por limitações ao nível da funcionalidade, assim como aos seus cuidadores formais e informais, favorecendo a autonomia e independência da pessoa através da aprendizagem de estratégias adequadas, numa óptica de promoção de um envelhecimento activo e saudável. Dada a matriz do trabalho desenvolvido por esta instituição, sediada em Condeixa-a-Nova, em particular no que à saúde mental diz respeito, a autarquia celebrou este protocolo que é, segundo o presidente da autarquia “a materialização de uma intenção que já existia”. Francisco Rodeiro aproveitou para frisar que, em matéria de protocolos, selecciona “as áreas de actuação da Junta privilegiando as instituições que possam ser suas parceiras”. O acor-

Dilma Aleixo e Miguel Queirós (enfermeira e director gerente na Congregação) e Francisco Rodeiro e Fernanda Pereira (presidente e vogal da JF de Santo António dos Olivais), na sessão de assinatura do protocolo do, que se focará no apoio à população sénior, surge, segundo o edil, na sequência da reunião dinamizada da Comissão alargada da Acção Social da freguesia, “de onde nasceu um grupo restrito e agora é chegado o momento de dar corpo a essa intenção, de materializá-la”. Francisco Rodeiro aproveitou para esclarecer os objectivos específicos deste protocolo que passam por desenvolver a reabilitação psico-social dos seniores, promovendo a sua autonomia e literacia em saúde mental; combater o estigma e isolamento do idoso; promover e dotar as famílias e cuidadores de competências para lidar com situações de doença mental e processo de envelhecimento, além de promover a saúde mental através de actividades terapêuticas que estimulem e

mantenham as capacidades cognitivas, sensoriais e funcionais do idoso. O protocolo centra-se, essencialmente, no âmbito do projecto “Samaritano”, que actua a nível do apoio domiciliário, criado em 2011 pelas Irmãs Hospitaleiras, e que nasceu com o intuito de preencher a lacuna existente ao nível da Região de Sicó na prestação de cuidados ao domicílio e comunidade a pessoas com doença mental grave e psiquiátrica e respectivas famílias. O “Samaritano”, que já este ano viu a sua acção alargada a pessoas a partir dos 65 anos, vê assim a sua área de actuação ganhar outra dimensão na freguesia de Santo António dos Olivais. Miguel Queirós, director das Irmãs Hospitaleiras, esclareceu que já há algum

tempo é feito apoio domiciliário a pessoas nesta freguesia, acrescentando que agora, com o prémio BPI La Caixa, o “Samaritano” viu alargado o leque de pacientes a pessoas com mais de 65 anos, enfatizando a parceria estabelecida: “é de louvar a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais ter escancarado as portas a este trabalho de parceria, nesta vontade comum de ajudar pessoas que precisam de apoio”. O protocolo agora celebrado vigorará até ao final do ano de 2022, sendo que, conforme o próprio formaliza, “de acordo com o interesse das partes e havendo financiamento para que a IPSS possa prosseguir com o seu projecto, abrangendo esta freguesia, pode ser renovado automaticamente por períodos de um ano”.

“O CONIMBRICENSE” ˱ '$ 1(&(66,'$'( '$ 68$ ',*,7$/,=$d®2 REGINA ANACLETO

N

o final de Janeiro enviei, com o pedido de publicação, um alerta para a necessidade da digitalização do jornal “O Conimbricense”, fundado por Joaquim Martins de Carvalho em 1854, dado que se trata de uma fonte fundamental para o estudo da história de Coimbra, na segunda metade do século XIX e início do XX. Tomei conhecimento que o senhor vereador das

Bibliotecas e Arquivos, Dr. Francisco Queirós, na reunião de Câmara realizada no dia 31 de Janeiro, respondeu a este meu repto tendo, nomeadamente, afirmado, e julgo citar com rigor, que “era já minha [sua] intenção trabalhar nesse sentido”, acrescentando que “caminharemos nesse sentido de digitalizar esta colecção que é preciosíssima”. Ao agradecer as palavras que então me foram dirigidas, quero saudar este compromisso do Município

e afirmar a minha esperança de que, com a possível brevidade, tendo em vista a importância e urgência deste trabalho e o lapso temporal que a sua realização implica, a referida promessa venha a ser concretizada. Permito-me salientar que o trabalho de digitalização deve ser realizado por uma empresa especializada, tendo em conta não só as exigências técnicas inerentes à garantia de uma boa acessibilidade nas buscas a realizar pelos utentes, bem como

pelo natural comprometimento dos trabalhadores municipais nas tarefas que lhe estão habitualmente atribuídas, facto que conduziria a uma previsível delonga na concretização daquela tarefa. Fundamento esta opinião no conhecimento das opções tomadas em contextos similares por outros municípios e também tendo em conta as dimensões físicas do jornal e o elevado número de publicações que integram o acervo.

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saúde LPCC ORGANIZA 5.ª EDIÇÃO DO CURSO DE FORMAÇÃO BÁSICA EM CUIDADOS PALIATIVOS O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) promove, nos dias 18, 19 e 25 de Março, a 5.ª edição do Curso Básico de Cuidados Paliativos, dirigido a profissionais de Saúde. Este terá uma carga horária de 21 horas, em formato e-learning e será limitado a 40 vagas. A frequência no curso confere Certificado de Formação Profissional, mediante conclusão com aproveitamento. A acção decorre no âmbito do protocolo celebrado (em 2020) entre a LPCC.NRC e a Administração Regional de Saúde do Centro, e atende à necessidade de formação específica dos profissionais de saúde na área dos cuidados paliativos, buscando qualificações que permitam desenvolver um cuidado holístico e apropriado à condição do indivíduo, e contribuindo assim para a melhoria do acompanhamento dos doentes com doença crónica, avançada e progressiva e dos seus familiares.

CIM PREOCUPADA COM BAIXA DOTAÇÃO PARA EQUIPAMENTOS DE SAÚDE A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra manifestou a sua preocupação pela baixa dotação atribuída pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) aos equipamentos de Saúde do Centro, em comparação com Norte e Lisboa e Vale do Tejo. A CIM da Região de Coimbra alude às diferenças de dotação que constam no aviso do PRR, que se encontra a decorrer, e que se destina à promoção dos cuidados de saúde primários, nomeadamente à qualificação de instalações e equipamentos dos Centros de Saúde. “Verifica-se que a dotação atribuída por este aviso às instalações e equipamentos dos Centros de Saúde do Centro corresponde a menos 1/4 da dotação atribuída ao Norte e Lisboa e Vale do Tejo”, apontou. “Esta discrepância de valores entre o Centro e o Norte e Lisboa e Vale do Tejo é enorme. O aviso é de 63 milhões de euros e 70% desse valor é alocado a investimentos no Norte (35%) e Lisboa e Vale do Tejo (36%), enquanto para os Centros de Saúde do Centro são previstos menos de cinco milhões de euros (8%)”, lamentou Emílio Torrão. Na Região de Coimbra já foi sinalizada “a necessidade de investimento em equipamentos de Saúde num valor superior a 11 milhões de euros”.

MÉDICOS DO CENTRO ELOGIAM RESPOSTA DO INEM A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos destacou o aumento da resposta da emergência pré-hospitalar do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) na região Centro, durante a pandemia da covid-19. “Neste contexto especialmente exigente e de enorme complexidade, a resposta dada pelo dispositivo de emergência médica às mais de 1,5 milhão de chamadas para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) é de enorme relevância e fundamental na resposta aos cuidados de saúde do país”, frisou o presidente Carlos Cortes, no Dia Mundial do Doente e no Dia Europeu do 112, após uma visita à delegação Centro do INEM. Citando dados do INEM, o dirigente revelou que o Serviço de Helicóptero de Emergência Médica efectuado pela aeronave de Viseu foi accionado 230 vezes em 2021, “o que corresponde a um aumento de 12% de actividade comparativamente a 2020 (a nível nacional este aumento foi de 32%, correspondendo a um número total de 1.106 accionamentos em 2021)”. No mesmo período comparativo, a Unidade Móvel de Intervenção Psicológica de Emergência da Região Centro “teve um aumento de 167% (em 2021 foi accionada 230 vezes, em 2020 foram reportados 86 acionamentos de meios), enquanto a nível nacional, o aumento foi de 76%.


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ACTUALIDADE

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ACRÉSCIMO DOS QUE VÃO ESTUDAR PARA FORA E NOS QUE VÊM PARA COIMBRA

UNIVERSIDADE COM MAIS ALUNOS EM MOBILIDADE NO ERASMUS

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Universidade de Coimbra regista um aumento de alunos em programas de mobilidade no presente ano lectivo face ao registado no período pré-pandémico, segundo o vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva. “Há um ressurgimento muito significativo. Os números que temos (que ainda não estão fechados) mostram uma tendência para aumentarmos um bocadinho”, disse o vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC) para as Relações Externas e Alumni, que falava à margem da sessão de boas-vindas a estudantes Erasmus naquela instituição. Segundo este respon-

sável, a recuperação e o reforço face ao ano lectivo de 2019/2020 tanto acontece nos estudantes da UC que ingressam em programas de mobilidade para fora, como naqueles que a instituição recebe. Nos alunos da UC que vão estudar para outras universidades, regista-se um aumento de cerca de 8% face a 2019/2020 e de 116% relativamente a 2020/2021 (ano de maior quebra motivado pela pandemia), contabilizando na presente data 732 estudantes nesse regime. “Em relação aos estudantes que vêm estudar para a Universidade de Coimbra, temos neste momento um aumento de 97%

João Nuno Calvão da Silva investiu Álvaro Santos Pereira como Embaixador Alumni. Antigo estudante da Faculdade de Economia, foi ministro da Economia e Emprego e agora é Director do Departamento de Economia da OCDE em relação ao ano passado e estimamos ter já um aumento de 12% em relação

ao período pré-pandémico [2019/2020]”, frisou João Nuno Calvão da Silva.

De acordo com o vice-Reitor, há, de momento, 1.517 estudantes em programas de mobilidade, nomeadamente o Erasmus, na UC, no presente ano lectivo, havendo um total de 1.886 candidaturas, o que poderá fazer com que esse número ainda aumente. “São números que nos deixam contentes”, salientou. Para João Nuno Calvão da Silva, o facto de a Universidade de Coimbra não ter fechado a mobilidade no ano mais difícil da pandemia - ao contrário de outras universidades - deu “outras bases” à instituição para agora registar “um ressurgimento muito mais forte”. A sessão de boas-vindas a estudantes Erasmus

contou com a intervenção do director da Divisão de Estudos por País do Departamento de Economia da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Álvaro Santos Pereira. À margem, o antigo ministro da Economia realçou o “carinho especial” que tem pela Universidade de Coimbra, onde se formou, e também pelos programas de mobilidade. “Em 1994/95 fui para Inglaterra, como estudante Erasmus, e o programa também mudou a minha vida”, disse à Lusa o antigo governante, salientando a importância da mobilidade na formação dos estudantes de ensino superior.

PALMIRA HELENO FESTEJOU A DATA RODEADA POR ENTES QUERIDOS

UM SÉCULO DE LUTA, PERSEVERANÇA E DEDICAÇÃO À FAMÍLIA ANA LUÍSA PEREIRA

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almira de Jesus Heleno completou, no passado dia 12 de Fevereiro, 100 primaveras. “Vaidosa e bem-disposta”, nasceu no seio de uma família humilde, na localidade de Pedreira, vivendo, actualmente, no Barracão, freguesia de Febres, no concelho de Cantanhede. Actualmente, Palmira vive sozinha, recebendo apenas apoio para fazer as refeições e a sua higiene pessoal. “Só não faz a comida porque temos medo que ela se queime ou caia porque, por ela, fazia tudo”, refere a neta, Regina Rato, que acrescenta que a

centenária “não gosta de chatear ninguém, nem de incomodar”. Nascida em 1922, Palmira tem uma história de luta e perseverança. Aos 43 anos ficou viúva com cinco crianças para criar, uma delas com apenas 28 dias. O marido, madeireiro, faleceu em serviço após ser atingido por uma árvore. A idosa ficou assim com a grande responsabilidade de providenciar o sustento da família. “A arte dela era a costura. Fazia os casacos todos jeitosos e a minha mãe andava sempre vestida como uma princesa. Quando o meu avô morreu ela começou a ir vender galinhas para a feira”, explica a

neta. Inicialmente, o meio de transporte de Palmira para vender galinhas era a bicicleta, na qual transportava as gaiolas, e só mais tarde começou a utilizar uma mota. Os anos passaram e a energia já não é mesma mas, apesar do seu século de vida, a sanidade mental e a memória de Palmira não foram afectadas. A sua maior traição são as pernas, que já alguns anos que lhe limitam os movimentos e fazem com que não possa ser tão activa quanto gostaria. Apesar das adversidades da vida e de nunca pensar em comemorar esta data, a centenária está, segundo Regina Rato, “encan-

tada” por ter chegado a esta bonita idade. “Está com os olhos felizes. Eu disse-lhe que só a queria feliz e contente, não a quero a chorar e sei que ela está bem, porque consegue juntar as pessoas mais queridas. Em tempos fazíamos, muitas vezes, este tipo de convívios, de que ela gosta tanto, mas já há alguns anos que não se realizava nada”. Chegar aos 100 anos sempre foi um desejo da idosa, bem como festejá-los com toda a sua família. O desejo foi concretizado, no domingo (13), com um convívio no restaurante Milénio, que contou com a presença de familiares e amigos.

Palmira Heleno tem seis filhos, 14 netos e 19 bisnetos

ESPAÇO NA IGREJA DE SANTA CRUZ

UF DE COIMBRA AVANÇA COM CENTRO DE APOIO ÀS CRIANÇAS

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União das Freguesias de Coimbra, a Igreja de Santa Cruz e o Instituto de Apoio à Criança assinaram um protocolo de colaboração com vista à

implementação de um Centro Comunitário de Apoio às Crianças. “Dos mais de 7.000 alunos que frequentam as escolas sobre gestão da União das Freguesias de

Coimbra há um alargado número de crianças que não têm condições para frequentar actividades extracurriculares e que acabam por deambular pelas ruas comprometen-

do muitas vezes um desenvolvimento saudável e a sua própria segurança”, refere a autarquia. O Centro Comunitário irá funcionar por cima do Café de San-

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ta Cruz, sendo que a Igreja cede o espaço e o Instituto de Apoio à Criança dá apoio às actividades extracurriculares. A participação das actividades do Centro

Comunitário é gratuita e quem quiser participar deverá fazer a inscrição através do Instituto de Apoio à Criança, ou da União das Freguesias de Coimbra.


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REPORTAGEM

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GRUPO CONTINUA A AFIRMAR-SE NA HISTÓRIA DO TEATRO PORTUGUÊS

TEUC É O MAIS ANTIGO EM FUNCIONAMENTO NA EUROPA ANA LUÍSA PEREIRA

país, com a peça “Experiências sobre o luto”.

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ctualmente com 84 anos é o teatro universitário mais antigo ainda em actividade na Europa. Criado em 1938 pelo professor Paulo Quintela, ainda com a designação de grupo Cénico da Secção de Fado Académico de Coimbra, hoje é conhecido por Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC). Considerado, à altura, o pioneiro neste âmbito, pelo fluxo de partilha e de reflexões, continua ainda hoje a desempenhar um papel primordial nas criações artísticas, muitas vezes experimentais, mas que, na história do teatro português, acabaram por deixar a sua marca, tendo o grupo de teatro surgido numa altura em que esta arte no panorama português não era algo muito explorado. O grupo universitário assumiu um importante papel, durante a década de 40/50, de levar até ao público lusófono as suas pe-

AS MAIORES ADVERSIDADES

Representação da peça “Pelo menos hoje”, exercício final do curso de formação 2019/2020 com direcção de Liliana Caetano futuros elementos. Cada curso é restringido a cerca de 15 pessoas “para que o formador consiga trabalhar individualmente com cada um”, sublinha Wilson Domingues. O curso não tem limite de idade, nem

Se voltarmos o teatro para o corpo a barreira da língua nem se levanta.

ças, em especial às antigas colónias portuguesas. “O TEUC era muito reconhecido internacionalmente, mesmo sendo um grupo de teatro universitário, talvez por ter sempre apostado em clássicos como Gil Vicente e Shakespeare”, refere Wilson Domingues, elemento da Direcção. UM GRUPO INCLUSIVO Estudantes ou não, todos são bem-vindos neste grupo que se considera muito abrangente. “Actualmente existe muito desinteresse pelo teatro, no entanto, há ainda quem queira experimentar e o TEUC ajuda nesse sentido”, refere o jovem de 20 anos. De dois em dois anos o grupo de teatro realiza um curso de formação, no qual fazem uma selecção através de audições, com o intuito de ensinar os seus

de nacionalidade, tendo muitos participantes do Brasil e de países de língua espanhola. “A barreira da língua é normalmente ultrapassada. Faço parte do grupo há dois anos e, da experiência que tenho, é fácil trabalhar com pessoas de outras nacionalidades. Claro que com pessoas do Brasil se torna mais fácil, no entanto, acredito que se voltarmos o teatro para o corpo a barreira da língua nem se levanta”, frisa o jovem estudante. O TEUC realiza os seus ensaios e espectáculos num espaço cedido pela Associação Académica de Coimbra, um local com capacidade para 70 pessoas, a que o grupo chama de “Teatro de Bolso”. “É o nosso espaço, onde recebemos pessoas e onde recebemos também espectáculos de outros grupos de teatro, que muitas vezes ensaiam e actuam nas

nossas instalações na sua passagem por Coimbra”, refere o jovem. Sem encenador fixo, o grupo convida ou contrata alguém sempre que quer realizar uma nova produção, trabalhando com a pessoa durante cerca de um mês, um mês e meio, “o que se torna enriquecedor pois permite contactar com muitas facetas”. O TEUC costuma, frequentemente, participar no FATAL – Festival Anual de Teatro Académico de Lisboa, um festival que tem por missão promover e divulgar o teatro universitário português, “continuando a garantir-lhe um lugar de honra na vida cultural portuguesa e destacando a capital na rota dos grandes festivais europeus de teatro universitário”. Em Maio do ano passado o TEUC levou a este festival a peça “Pelo menos hoje”, que estreou em Outubro de 2020, e que reflecte sobre a pandemia de covid-19 e a maneira como esta desconstruiu formalidades quotidianas, com parte dos actores a representarem através da plataforma Zoom. “Com o confinamento, algumas das pessoas que estavam em formação regressaram às suas terras e outras para os seus países de origem,

sem a possibilidade de voltarem a Coimbra para entrar em cena”, sublinha Wilson Domingues, acrescentando que a peça, para além de ser uma reflexão sobre a situação que se vive, é também um espelho desse mesmo contexto, “juntando os vídeos dos actores que estão fora com os que estão em palco”. Em Novembro do mesmo ano, o grupo participou também no 25.º Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior, na Covilhã, que é o mais antigo Ciclo de Teatro Universitário do

Tratando-se de um grupo de teatro universitário, são vários os desafios a que o grupo se vê obrigado a enfrentar diariamente para se manter em funcionamento, nomeadamente a falta de financiamento e de recursos humanos. “A função da Direcção passa por manter o organismo vivo, temos um enorme trabalho para captar financiamentos, pois só assim conseguimos realizar a nossa actividade”, frisa o estudante. O grupo de teatro conta, actualmente, com o apoio do IPJ – Instituto Português da Juventude e da Câmara Municipal de Coimbra, no entanto as ajudas não são tão frequentes como gostariam. “Como contratamos en-

A falta de recursos humanos é também apontada por Wilson Domingues como uma das principais dificuldades. “Como referi, organizamos o curso bienal, no qual entram cerca de 15 pessoas e temos também um outro curso técnico onde os inscritos podem aprender a trabalhar com luz e som. No final das contas acabam por entrar para o grupo de teatro por volta de 15 pessoas a cada dois anos”, lamenta o jovem, que refere também que muitos dos formandos, depois de terminarem o curso, afastam-se, “deixando o grupo sob a direcção de um punhado de pessoas, o que dificulta o nosso trabalho, pois recai muito sobre cada um. É preciso ter uma grande força de vontade e muito amor para ultrapassar estes obstáculos”. Wilson Domingues considera que o “desinteresse” e o desapego pela

Contratamos encenadores externos para a realização das peças, além de todos os outros custos inerentes a uma produção de teatro. As ajudas acabam por não ser suficientes.

cenadores externos para a realização das peças, acabamos por ter mais despesas, além de todos os outros custos inerentes a uma produção de teatro. As ajudas acabam por não ser suficientes”.

arte do teatro por parte dos estudantes universitários se agravou depois de Bolonha, que veio encurtar a duração dos cursos universitários, levando as pessoas a não permanecerem tanto tempo em Coimbra.

Peça “AURA-MASDA”, uma criação colectiva com direcção de Cheila Pereira e composição musical de Francisco Correia

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

EMPRESA OBTEVE RESULTADO EM 2021 E QUER AGORA SUPERAR

PLURAL+UDIFAR COM VOLUME DE NEGÓCIOS SUPERIOR A 320 MILHÕES

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cooperativa de distribuição farmacêutica Plural, sediada em Coimbra, atingiu em 2021, pela primeira vez, um volume de negócios de 321 milhões de euros, resultante da aquisição da Udifar e pretende agora este ano consolidar esse resultado. “O bv i a m e nt e q u e [aquele exercício] resultou de uma operação que foi concretizada no início de 2021, com a aquisição de alguns activos e da área da distribuição grossista da Udifar, que era também uma cooperativa e estava sediada em Lisboa”, disse

o presidente do Conselho de Administração, Miguel Silvestre. O administrador acrescentou que, em 2019, a distribuidora farmacêutica registou uma faturação de 235 milhões de euros e, em 2020, atingiu os 301 milhões de euros. “Historicamente, no sector da distribuição e das farmácias, a Udifar era um nome relevante, com peso e história, e isso fez, obviamente, que tivéssemos, no ano de 2021, tido um crescimento”, sustentou o responsável, salientando que a partir de 2021 a coo-

perativa passou a designar-se Plural+Udifar. A cooperativa de distribuição farmacêutica de Coimbra é o terceiro operador do sector de serviço por grosso de medicamentos do mercado nacional, que é liderado por duas multinacionais, e a primeira de capital 100% português a operar no país, com 1.400 farmácias associadas. A Plural+Udifar tem como grande objectivo, de acordo com o seu presidente, “atingir uma expressão nacional e ter presença em todos os distritos do país”, com cobertura de todo o

território, o que em grande parte já conseguiu. A empresa já tem uma operação na Região Autónoma da Madeira e pretende chegar também aos Açores. Segundo Miguel Silvestre, a distribuidora farmacêutica está a analisar a sua instalação nesta ilha, que, a acontecer, será para “acrescentar valor localmente”. Miguel Silvestre pretende que “as farmácias reconheçam a Plural como uma empresa que não faz só a distribuição, mas também que acrescenta valor ao seu dia-a-dia e disponibiliza um

conjunto de serviços capazes de a diferenciar perante terceiros”. A Plural resultou da agregação da cooperativa Farbeira, criada em 1974, com as cooperativas Cofarbe e Farcentro, também da região Centro, em 2006, tendo a mudança para a actual designação ocorrido em 2008. Com uma frota de 80 viaturas afectas à distribuição, a Plural+Udifar emprega actualmente 325 pessoas, funcionando através das plataformas logísticas instaladas em Coimbra, Covilhã, Maia, Cacém e Faro.

PARCEIRA NA ÁREA DA FORMAÇÃO E CONSULTORIA

A PREVIDÊNCIA PORTUGUESA E GOLDENSKILL CELEBRAM PROTOCOLO

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Previdência Portuguesa – Associação Mutualista e a GoldenSkill celebraram um protocolo na área da formação e consultoria. Esta nova parceria oferece aos associados d’A Previdência Portuguesa e respectivos familiares 10% de desconto sobre a aquisição de cursos em todo o catálogo de formação profissional e na prestação

de serviços de consultoria. A GoldenSkill é uma empresa de formação profissional e de consultoria criada em Fevereiro de 2020, em Miranda do Corvo. Tem como principais desígnios contribuir activamente para a valorização das pessoas e para a sustentabilidade das Organizações. Na área da formação, a GoldenSkill Academy entende que as pessoas repre-

sentam o maior activo de uma Organização e encara o investimento no capital humano como a chave para a vantagem competitiva e para o sucesso. Neste âmbito, oferece um catálogo alargado de acções de formação, concebidas em sintonia com as estratégias, as aspirações e as necessidades organizacionais. Já na área da consultoria, a GoldenSkill Business é es-

pecialista na criação de valor nas Pessoas e nas Organizações, sendo constituída por profissionais devidamente habilitados e certificados, com comprovada experiência profissional e elevada competência técnica nas múltiplas áreas em que intervêm. Neste domínio, apresentam um leque de serviços integrados de consultoria, designadamente, nas áreas de Gestão

de Recursos Humanos, dos Sistemas de Gestão, através da Implementação, Acompanhamento/Melhoria, Diagnósticos e Auditorias, Formação, do Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (RGPD) e nos Estudos e Projectos (Plano Estratégico de desenvolvimento; Estudos de viabilidade económica e financeira; Candidaturas ao Portugal 2030.

É A ÚNICA ESCOLA DA REGIÃO DE COIMBRA

EPTOLIVA RECONHECIDA A NÍVEL NACIONAL PELO PROJECTO MEDEA

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EPTOLIVA - Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil é a única escola da região de Coimbra, e uma das 20 seleccionadas a nível nacional, para participar no projecto MEDEA. Esta é uma iniciativa da SPF - Sociedade Portuguesa de Física e REN – Redes Energéticas Nacionais destinada a promover o conhecimento da Física junto dos jovens portugueses e da sociedade em geral. O projecto MEDEA promove a medição e o conhecimento científico de

campos eléctricos e magnéticos de muito baixa frequência (0 a 300 Hz) produzidos por qualquer equipamento ou circuito eléctrico, na escola, no ambiente doméstico e na vizinhança de linhas de transporte de energia eléctrica. Esta excelente oportunidade, de aplicar os conhecimentos científicos adquiridos, em assuntos de natureza extra-curricular, acolheu a participação da equipa “EptoMagnetic”, constituída pelos finalistas, Francisco Tavares e Tomás Fonseca, alunos do curso profissional de Técnico de Gestão e Programação de

Sistemas Informáticos, e Eduardo Marques, Gonçalo Rocha e João Figueiredo, do curso de Manutenção Industrial/Mecatrónica Automóvel. Sob a tutoria da professora de Física, Cláudia Duarte, irão, agora, procurar informação cientificamente credível sobre campos eléctricos e magnéticos e do impacto que estes têm na saúde, através do estudo, conversa com especialistas e medições com um aparelho oferecido a cada equipa pela SPF. Este concurso, que este ano cumpre a sua 13.ª edição, consiste na elaboração de um site e de um vídeo

onde as equipas concorrentes dão conta dos seus trabalhos de pesquisa e de medições dos campos electromagnéticos, com apresentação das suas conclusões, até final de Abril de 2022. Daniel Dinis Costa, presidente da ADEPTOLIVA, parabeniza todos os envolvidos neste concurso e elogia a participação da EPTOLIVA neste tipo de iniciativas, considerando que “esta é mais uma demonstração real da dinâmica Educativa que esta Escola Profissional tem hoje. Promover o espírito científico dos jovens, atra-

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vés da realização de projectos científicos nos quais o ensino experimental se revela uma prioridade, tem vindo a ser a estratégia pedagógica traçada pela Direcção, na implementação da cultura científica e técnica do empreendedorismo, como ferramenta e metodologia prioritária na formação profissional e social dos alunos da EPTOLIVA, mas demonstra também a adequação dos projectos da Escola nas preocupações actuais que envolvem o Ambiente e a Energia, como áreas de actuação no futuro 30.30 da EPTOLIVA ”.

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breves MEALHADA É A EMBAIXADORA DO PRESUNTO “CINCO JOTAS” O Grupo C’s, de Antes, Mealhada, é o novo embaixador em Portugal do famoso presunto espanhol “Cinco Jotas”, “marca mais valiosa de presuntos do mundo”. O Grupo C’s, referenciado no corte de carnes, dedica-se ao negócio do gado há mais de 20 anos, com distribuição por todo o país e é o único talho certificado para a venda de Kobe Beef. O Grupo Osborne, de que faz parte a marca Cinco Jotas, é uma empresa espanhola dedicada à produção de vinho, bebidas espirituosas, produtos de porco ibéricos e, mais recentemente, água mineral. O Grupo movimenta mais de 225 milhões de euros por ano.

MISSÃO CONTINENTE BENEFICIA 44 INSTITUIÇÕES DE COIMBRA Foram 44 instituições do distrito de Coimbra que receberam, em 2021, 620,7 mil euros em excedentes alimentares doados pela Missão Continente através das lojas da região. O apoio dividiu-se entre 31 instituições de solidariedade social e 13 associações de apoio e bem-estar animal. Além das doações às instituições, a empresa também disponibiliza estes bens alimentares aos colaboradores, através das áreas sociais das lojas e entrepostos da Sonae MC, o que, no ano passado, representou o reaproveitamento de 2,2 milhões de euros em alimentos.

E-REDES REMODELA REDE DE MÉDIA TENSÃO EM COIMBRA A E-REDES está a proceder, até dia 25 de Março, à remodelação da rede eléctrica de Média Tensão (MT), no Bairro Norton de Matos, na Rua Pedro Álvares Cabral, em Coimbra. A empreitada consiste na abertura de uma vala para a instalação de cabos eléctricos subterrâneos de Média Tensão, numa extensão de 500 metros. A intervenção, com um investimento previsto na ordem dos 100 mil euros, terá como principal finalidade aumentar a resiliência da rede numa das zonas mais nobres da cidade.


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17 DE FEVEREIRO DE 2022

ÚLTIMA

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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

É O PRIMEIRO ACORDO FORMAL ENTRE AS INSTITUIÇÕES

ISEC E JUNTA DE FREGUESIA DOS OLIVAIS ASSINAM PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO O NÁDIA MOURA

ISEC - Instituto Superior de Engenharia de Coimbra e a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais celebraram, a 10 de Fevereiro, um protocolo de colaboração que visa a cooperação entre as duas organizações. Na

sessão, Mário Velindro, presidente do ISEC, e Francisco Rodeiro, presidente da Junta de Freguesia dos Olivais, sublinharam que este é um acordo “para ser executado e não apenas para ficar no papel”. Mário Velindro reforçou ainda que este protocolo “abre portas para estreitar laços entre as instituições”

podendo abrir caminho a outras iniciativas em conjunto. Já o autarca congratulou-se pela assinatura deste acordo frisando o papel fundamental e trabalho do líder do ISEC, e esclarecendo que esta iniciativa não implica qualquer custo para a Junta. “A nós caber-nos-á, por exemplo, a limpeza da zona envolvente

do ISEC EcoCampus, algumas reparações necessárias e ajudar os alunos que se formam a que possam usufruir, mais facilmente, do tecido empresarial da freguesia”, sublinhou, acrescentando que, enquanto for autarca desta freguesia, estará “sempre disponível para a assinatura de protocolos como este”.

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Neste protocolo a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais e o ISEC reconhecem-se, mutuamente, como organizações idóneas e capazes de prosseguir com qualidade o desenvolvimento das suas missões, manifestando disponibilidade em colaborar em projectos de investigação e desenvolvimento que sejam do interesse de ambas as partes, nomeadamente no projecto ISEC EcoCampus. A educação para a cidadania ambiental dos cidadãos da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais ou da comunidade do ISEC, a colaboração na formação dos alunos do ISEC, nomeadamente na participação em aulas, palestras ou seminários, bem como na definição de perfis profissionais necessários para o desenvolvimento

da actividade da Junta e a colaboração na formação dos alunos em contexto de trabalho como forma de facilitar a sua integração no mercado de trabalho, são outras linhas orientadoras deste acordo. Na cerimónia, além dos dois presidentes, que assinaram o protocolo, estiveram também presentes, a secretário da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Cristina Faustino Agreira, e os coordenadores do ISEC EcoCampus, Nuno lavado e Arménio Correia, que aproveitou para sublinhar que, apesar de este ser o primeiro protocolo formal entre as instituições, “a Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais sempre esteve disponível, e foi um dos parceiros que mais colaborou com o ISEC no projecto, nomeadamente na criação da horta biológica”.

Os presidentes Francisco Rodeiro e Mário Velindro na assinatura do protocolo, com a presença da secretário da JF de Santo António dos Olivais, Cristina Agreira

NO SEMINÁRIO MAIOR

COLÓQUIO ABORDA FUTURO DA TERRA

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o próximo dia 24 de Fevereiro, pelas 21h15, terá lugar no Salão São Tomás, no Seminário Maior de Coimbra, um colóquio subordinado ao tema “A Terra - Que Futuro? - COP26 - Desilusão ou Esperança”. Serão intervenientes no colóquio o Professor Carlos Fiolhais (Universidade de Coimbra); o Professor Juan Ambrosio (Universidade Católica) e a moderação incumbirá à Professora Liliana Pimentel (Universidade de Coimbra). A organização do evento é da responsabilidade da Comissão Diocesana Justi-

In Campeão das Províncias de 17/02/2022

ça e Paz, presidida por José dos Santos Cabral, numa parceria com o Seminário Maior de Coimbra, a Associação Cristã de Gestores e Empresários e o Instituto Superior de Contabilidade de Coimbra. Recorde-se que no ano passado, entre 1 e 12 de Novembro, a ONU realizou a 26.ª cimeira anual, com o nome de COP26, em Glasgow, no Reino Unido, onde líderes mundiais, milhares de negociadores, representantes de governos, da indústria e dos cidadãos reuniram-se para adopção de medidas sobre a sustentabilidade do planeta.


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Qualquer dia é mau para lançar guerras

Por Júlio Roldão * É difícil escrever nesta quarta-feira, dia 16 de Fevereiro de 2022, um dia que teima em não chegar ao fim. Até parece que estou a sentir leucosselofobia, ou seja, em palavras mais baratas, o medo da página em branco. O que me assusta é o medo da guerra, da guerra que foi anunciada para começar neste dia. Qualquer dia é mau para lançar guerras, mas uma guerra que tem estreia marcada com muita antecedência, como a que está anunciada para começar hoje, perde, pelo menos, a vantagem da surpresa, uma vantagem que julgava ser muito

importante numa guerra. Se calhar já sou, sem o saber, vítima da chamada guerra cognitiva, ou seja, produto de uma sociedade discretamente manipulada por algoritmos, “fake news” e outras variadas desinformações que apelam ao pior que escondemos dentro de nós e fazem com que tenhamos vontade de saltar para a rua de Kalashnikov em punho. Com que objectivo bélico? Com o objectivo de erradicar do calendário este dia 16 de Fevereiro de 2022, dia anunciado como o primeiro dia de uma guerra que também já foi classificada como sendo a Terceira Guerra Mundial. Lembram-se do 16 de Março de 1974? No mês seguinte deu-se o 25 de Abril! Coincidências, dirão. Se acreditarem em coincidências. Combater o medo da página em branco (leucosselofobia) não é nada fácil. E mais ainda quando esse medo é determinado pelo medo da guerra. Ainda me lembro do medo que tinha, há 48 anos, quando eu tinha 20 e um medo enorme do que poderia acontecer se fosse mobilizado para a Guerra Colonial. Feliz-

mente a guerra acabou antes de eu ter de ir para a guerra. Continuo, sem êxito, a combater este datado medo da página em branco. Um medo marcado no dia 16 de Fevereiro de 2022, data em que também foi tornado público um estudo que garante, com fortíssima probabilidade, que mais de metade dos portugueses são não leitores. Passam anos inteiros sem ler um livro. Esta desvalorização da cultura bibliográfica mete medo. Como igualmente mete medo a complexidade geopolítica do Mundo actual onde pode caber desinformação que supostamente denuncia e alerta para situações também consideradas como sendo desinformação. Nem por isso devemos desistir de defender que a verdade, a verdade inteira, importa. · Júlio Roldão, jornalista desde 1977, nasceu no Porto em 1953, estudou em Coimbra, onde passou, nos anos 70, pelo Teatro dos Estudantes e pelo Círculo de Artes Plásticas, tendo, em 1984, regressado ao Porto, onde vive


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Miranda do Corvo: Fundação ADFP sobe salários a todos os colaboradores

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Fundação ADFP vai aumentar o salário dos seus colaboradores em 40 euros mensais. Os salários acima de 1400€ subirão 0,9%. “A medida vem como resposta à subida do salário mínimo nacional que criou uma situação de injustiça para trabalhadores com formações e responsabilidades diferentes”, explica a Direcção. A IPSS sediada em Miranda do Corvo avançou assim antes de qualquer orientação da CNIS, sindicatos e governo ou de qualquer actualização de Contratos Colectivos de Trabalho nos vários sectores em que está inserida: social, saúde, educação, cultura, agricultura e turismo. A medida aplica-se a todos os colaboradores no universo da Fundação ADFP e junta-se a outras medidas pró colaboradores já em vigor na instituição (apoio financeiro mínimo de 700 euros à natalidade, dia do mês para necessidades pessoais, horário adaptado às necessidades familiares, condições vantajosas para colaboradores nos serviços da

instituição, cartão amigo ADFP com dezenas de descontos no comércio local, etc.). Num universo de 500 trabalhadores a medida exige cerca de 349.300. O Estado apropria-se de 97.300 euros de TSU e ainda irá posteriormente cobrar IRS aos trabalhadores. Jaime Ramos, presidente da Fundação ADFP é responsável

Missa do 4.º aniversário de falecimento do Prof. Calvão da Silva a 20 de Março A missa de 4.º aniversário do falecimento do Professor Doutor João Calvão da Silva será celebrada no domingo dia 20 de Março, pelas 12h00, na Capela da Universidade ersidade de Coimbra. Por lapso, o anúncio publicado na edição em papel desta quinta-feira do “Campeão” (página 4) fazia apenas nas referência a dia 20, o que podia pressupor que seria no próximo domingo deste mês de Fevereiro. ra, João CalProfessor da Faculdade de Direito de Coimbra, vão da Silva faleceu a 20 de Março de 2018.

pela apresentação da ideia ao Conselho de Administração diz “tratar-se de uma medida justa que visa ultrapassar a injustiça provocada pelo aumento do salário mínimo em 40 euros sem mexer nos restantes salários. É crucial existir um mínimo de diferenciação salarial dentro do país e nas organizações”.


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Grupos Sanfil Medicina e Urgicentro estabelecem parceria

Dar resposta às necessidades e anseios do utente” através de parcerias que fazem parte do “ADN da Sanfil” para o tratamentos dos mesmos, é esta a base, frisada por Pedro Marcelino, CEO da Sanfil Medicina, da parceria assinada, ontem (16), entre a Sanfil Medicina, através da sua participada Sanfil – Casa de Saúde de Santa Filomena, SA, e o Gupo Urgicentro. Este acordo vem aprofundar significativamente o acordo já existente com parte dos seus associados, como o Sine Center e a UPMD (United Portuguese Medical Doctors), no sentido em que se estabelecem objectivos de longo prazo para o desenvolvimento estratégico das diferentes actividades médicas a que, em conjunto, as diversas partes se dedicam. Assim, a área da Gastroenterologia que a Urgicentro partilhava com a Casa de Saúde de Santa Filomena passa a estar 100% integrada nesta sociedade e, em simultâneo, o Grupo Urgicentro, passa a desenvolver toda a sua actividade nos Olivais em Coimbra – no Edifício Diaton (propriedade do Grupo), integrando nessas instalações as suas unidades já aí localizadas, o Spine Center – Cirurgia da Coluna, a Physiospine – Unidade de Fisioterapia da Coluna Vertebral, o Neuromind – Instituto de Neurociências, a Indolor – Clínica da Dor, às quais se junta a USF – Urgicentro Saúde Familiar. Na sessão de assinatura do protocolo esclareceu-se que é uma meta é “estabelecer objectivos de longo prazo para o desenvolvimento estratégico das diferentes actividades médicas a que, em conjunto, as diversas partes se dedicam”. O Grupo Urgicentro reconhece o posicionamento estratégico da Sanfil Medicina e da Casa de Saúde de Santa Filomena e Luís Teixeira, administrador

Pedro Trincão e Luís Teixeira (Grupo Urgicentro); Pedro Marcelino e Pedro Gonçalves (Sanfil Medicina)

do Grupo Urgicentro, é “satisfatório saber que ainda existem grupos de saúde com centralidade no doente” acrescentando que “o Grupo encontrou na Sanfil Medicina um parceiro ideal para alavancar projectos de excelência clínica”. O Grupo reconhece ainda a capacidade da Sanfil Medicina implementar e reforçar parcerias com Grupos de Saúde que detenham Unidades altamente especializadas, respeitando a sua autonomia e independência, permitindo relações empresariais de confiança e de mútua responsabilidade. A Sanfil Medicina reconhece que este caminho - da excelência nos cuidados de Saúde - é prática constante do Grupo Urgicentro, particularmente da sua unidade clínica com maior destaque: o Spine Center. Reconhece ainda que a própria

equipa médica que lidera o Grupo Urgicentro é o garante do posicionamento estratégico e dos resultados pretendidos. Em conjunto, as partes assumem que este acordo de parceria proporciona a ambas as empresas, e aos seus profissionais um projecto de contínuo desafio e motivação, numa plataforma de entendimento que suporta uma visão inequívoca de que o utente é o centro de toda a actividade, cuidando-o de forma competente, mas envolvendo-o sempre numa linha de profunda relação humana. O acordo foi assinado na tarde de ontem no novo centro corporativo da Sanfil, no iParque, entre Luís Teixeira e Pedro Marcelino que aproveitou para mostrar as instalações, a funcionar desde Agosto do ano passado.


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IPC integra aliança de competências para o ecossistema agroalimentar

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través da sua Escola Superior Agrária (ESAC), o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) integra a parceria inicial do “Pact for Skills – A Skills Partnership for the Agri-Food Ecosystem”, que é lançado já esta sexta-feira, dia 18 de Fevereiro. O objectivo do evento é lançar esta aliança de competências para o ecossistema agroalimentar, que foi criada no contexto do Pacto de Competências da União Europeia (UE), em larga escala. Atendendo à importância do investimento e do alinhamento de iniciativas entre os Estados-Membros da UE de forma a fornecer a educação e as habilidades certas necessárias ao ecossistema de hoje e de amanhã, o “Pacto para as Competências” representa uma oportunidade de qualificação e requalificação da força de trabalho actual e de tornar o ecossistema agroalimentar mais atractivo para os jovens, tendo em vista, ao mesmo tempo, proporcionar uma perspectiva de aprendizagem ao longo da vida tanto para empregadores como para trabalhadores.

Para atingir estes fins, a parceria tenciona definir uma estratégia conjunta para conceber e implementar um quadro setorial de requalificação e requalificação, maximizando a competitividade de todos os atores envolvidos, aumentando a retenção de emprego e a atractividade do ecossistema agroalimentar no âmbito do “Pacto para as Competências”. A parceria prevê ainda desenvolver meios para monitorizar Indicadores Chave de Desempenho específicos, que irão medir o nível de progresso no que toca ao alcance dos objectivos, assim como ajudar a superar os desafios identificados. Está previsto o uso de recursos de projectos Erasmus+ já finalizados, de projectos em desenvolvimento, como o projecto Erasmus+ EQVEGAN (coordenado pelo Politécnico de Coimbra, sob a responsabilidade do professor Rui Costa, da ESAC), de iniciativas em curso, como o EIT-Food, e possivelmente de futuros recursos relevantes a serem disponibilizados à parceria. O objectivo é alcançar todas as partes interessadas com relevo no

ecossistema agroalimentar: desde agricultores, cooperativas agroalimentares, processadores de alimentos e associações relevantes, até organizações de educação e formação. A FoodDrinkEurope e Copa-Cogeca são os principais coordenadores da parceria, à qual já aderiram, enquanto instituições de ensino superior, além do Politécnico de Coimbra – cujo representante é o Professor Rui Costa –, da Universidade de Torino (Itália) e da Universidade de Wageningen (Holanda), outras associações de nível europeu, empresas, organizações, federações e associações nacionais (onde se inclui a Confagri), projetos e um centro de formação.


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Covid-19: Mais uns passos para o regresso a uma vida normal A

melhoria de vários indicadores da pandemia de covid-19 levou o Governo a aprovar, esta quinta-feira, o levantamento de várias restrições, um alívio de medidas que considerou ser “mais um passo para o regresso a uma vida normal”. Segundo os dados apresentados pelo Executivo, o índice de transmissibilidade (Rt) - que estima o número de casos secundários de infecção resultantes de cada pessoa portadora do vírus - está agora nos 0,76 e a incidência acumulada a sete dias baixou para os 1.302,7 casos de infecção por 100 mil habitantes. Em queda está também o número internamentos em enfermaria e em unidades de cuidados intensivos, que, de acordo com o boletim de hoje da Direcção-Geral da Saúde, baixou para os 2.022 internados, dos quais 132 em unidades de medicina intensiva. O número de óbitos, segundo o Governo, mantém-se ainda elevado, o que impede, para já, o levantamento total das restrições, que deve acontecer quando o país atingir os 20 óbitos a 14 dias por um milhão de habitantes, o limiar definido pelo Centro Europeu de Controle e Prevenção de Doenças (ECDC). Portugal continental baixa para situação de alerta Portugal continental vai deixar de estar em situação de calamidade para entrar em alerta, o nível mais baixo de resposta a situações de catástrofes da Lei de Base da Protecção Civil e que vai vigorar até 07 de Março. A situação de calamidade, nível de resposta mais elevado, estava em vigor desde 01 de Dezembro de 2021.

gatório para o controlo de fronteiras. Em 25 de Novembro, quando anunciou novas medidas para conter a propagação de infecções, o Governo decidiu que o acesso a estes estabelecimentos dependia - a partir de 1 de Dezembro - da exibição desse comprovativo. Esta medida tem-se mantido em vigor desde então, tendo agora o Governo decidido eliminá-la, perante as recomendações dos peritos ouvidos na reunião do Infarmed realizada na quarta-feira. Entrada em bares e discotecas sem teste negativo A entrada nos bares e discotecas deixa de estar condicionada à exigência de teste negativo, o mesmo acontecendo para o acesso a grandes eventos e a recintos desportivos. Os bares e discotecas reabriram em 14 de Janeiro, após encerramento de três semanas no âmbito das medidas de contenção da pandemia, com os clientes sem dose de reforço da vacina a terem de apresentar teste negativo para entrar. Teste negativo para visitas a lares e hospitais e máscaras no interior mantêm-se O teste negativo ao coronavírus SARS-CoV-2 mantém-se nas visitas a lares e em estabelecimentos de saúde, tendo em conta que são grupos de especial vulnerabilidade, assim como o uso de máscara nos espaços interiores. Contactos de alto risco vão deixar de ficar em confinamento

Certificado digital deixa de ser exigido na restauração e hotelaria O certificado digital vai deixar de ser exigido no acesso a restaurantes e a estabelecimentos hoteleiros, mantendo-se apenas obri-

Os contactos de alto risco vão deixar de ter de ficar em confinamento, passando apenas a estar em isolamento as pessoas que testem positivo ao coronavírus SARS-CoV-2. Segundo o Governo, a partir da entrada em vigor da resolução aprovada hoje, os confinamentos são apenas para as pessoas que testem positivo, tendo ou não sintomas. Espaços comerciais sem limitações de clientes no interior Os espaços comerciais vão deixar de ter limitações no número de clientes no interior. Até agora tem vigorado a limitação de um cliente por cada cinco metros quadrados. Teletrabalho deixa de ser recomendado O Conselho de Ministros decidiu também que o teletrabalho deixa de ser recomendado, passando a vigorar a “normalidade” no que diz respeito ao trabalho. O teletrabalho tinha deixado de ser obrigatório, passando a ser recomendado a partir de 14 de Janeiro.


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Câmara Municipal de Coimbra evoca nascimento de Carlos Paredes

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Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai evocar a data do nascimento de Carlos Paredes com uma visita acompanhada e actuação musical no Núcleo da Guitarra e do Fado de Coimbra do Museu Municipal, instalado na Torre de Anto, no próximo sábado, dia 19. Ontem, dia 16, Carlos Paredes faria 97 anos. Para assinalar a data, o Museu Municipal da CM Coimbra, através do Núcleo da Guitarra e do Fado de Coimbra, instalado na Torre de Anto, vai dinamizar “Guitarras e guitarradas de Paredes”. A iniciativa inicia-se pelas 15h00, com uma visita acompanhada à Torre de Anto. Pelas 16h00, vai ter lugar um momento musical no exterior, com actuação de Bruno Costa e Paulo Soares. Curiosidade para o facto de as guitarras que serão utilizadas por estes intérpretes terem sido deixadas à cidade por testamento de Carlos Paredes, em 1994, e que actualmente se encontram expostas na Torre de Anto. A participação nestas iniciativas é gratuita, sendo necessária inscrição prévia para a visita através do e-mail museu. municipal@cm-coimbra.pt ou do telefone 239 840 754. Programa musical: Bruno Costa (guitarra) / Ni Ferreirinha (viola) 1. Melodia para um poeta (Carlos Paredes) 2. Canto de Rua (Carlos Paredes) 3. Romance nr. 1 (Carlos Paredes) Paulo Soares (guitarra) / Rui Ferreira (viola) 4. Passatempo (Artur Paredes) 5. Fantasia nr. 2 (Carlos Paredes) 6. Mata de Lobos (Paulo Soares) Paulo Soares / Bruno Costa / Ni Ferreirinha / Rui Ferreira 7. Variações sobre o Mondego (Gonçalo e Carlos Paredes; arranjo: Paulo Soares) Bruno Costa nasceu em Coimbra a 24 de Fevereiro de 1981. Iniciou o seu estudo de Guitarra Portuguesa, aos 12 anos, com o Mestre Jorge Gomes e conta com cerca de 20 anos de experiência profissional em Portugal e no estrangeiro. Já teve o prazer de partilhar o palco com Luis Goes, Vitorino, Jorge Palma, Cuca Roseta, António Zambujo, Tiago Bettencourt, Cristina Branco, Mafalda Arnauth, Ana Sofia Varela, entre outros, e acompanha com regularidade aquele que é para ele o melhor interprete da actualidade do Fado/Canção de Coimbra, António Ataíde. Actualmente é guitarrista do Grupo CORDIS (em duo com o piano de Paulo Figueiredo) e actua acompanhado por Nuno M. Bo-

telho e Ni Ferreirinha (guitarra clássica) em espectáculos onde a Guitarra Portuguesa é apresentada com temas de Carlos Paredes, Artur Paredes, António Portugal, Francisco Filipe Martins, entre outros, bem como temas da sua autoria. Já Paulo Soares nasceu em Coimbra em Abril de 1967. Foi a partir do seu trabalho como pedagogo, iniciado em 1990, que os guitarristas começaram a desenvolver-se muito mais rapidamente. Paulo Soares continua a investigar os preceitos técnicos e artísticos necessários ao desenvolvimento de qualquer bom guitarrista, além de serem dele a maior parte das transcrições que existem para o instrumento. É autor do primeiro método para a guitarra de Coimbra, editado em 1997, e ainda hoje obra de referência, no qual usa algumas obras de Carlos Paredes aproveitando as suas caraterísticas didáticas. É compositor de várias obras e arranjos musicais tocados pelos seus pares. Reconhecido guitarrista, tem actuado em vários continentes e agrupamentos musicais, tanto como solista como acompanhador.


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Coimbra: Rua de Mira cortada ao trânsito dois dias para obras de repavimentação

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Câmara Municipal de Coimbra vai proceder à repavimentação da rua de Mira, que liga a estrada de Eiras à estrada do Ingote, a partir de amanhã, dia 18.

A obra tem a duração prevista de dois dias e vai implicar o corte de trânsito na via, que ficará transitável ao final de cada dia. A partir desta sexta-feira e, previsivelmente, durante dois dias vai decorrer a repavimentação da rua de Mira. Uma obra integrada no âmbito do lote 3 da empreitada de requalificação da rede viária do concelho, que se iniciou em Setembro, que representa um investimento global superior a 5 milhões de euros. A intervenção vai implicar o corte de trânsito da via, no cruzamento da estrada de Eiras com a rua de Mira e no entroncamento desta com a estrada do Ingote (rua Cidade de Yaroslav), de forma a garantir as condições de segurança para os trabalhadores e utilizadores dos transportes públicos. No fim de cada dia de trabalho a estrada ficará transitável. O trânsito será desviado para a estrada de Eiras, em direcção ao Bairro de São Miguel, passando pelo Bairro do Ingote até ao entroncamento da rua de Mira com a estrada do Ingote (rua Cidade de Yaroslav).


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Figueira da Foz: Festival do Sável e da Lampreia decorre até 27 de Fevereiro O

Festival do Sável e da Lampreia decorre até 27 de Fevereiro, na Figueira da Foz. O primeiro dos cinco festivais de peixe da Figueira da Foz 2022 “Figueira com Sabor a Mar”, decorre em dez restaurantes: Caçarola-1, Caçarola Dois, Casa Mota, Casa Marquinhas, Dory Negro, Grazina – Casa das Enguias, Pep´s, Restaurante A Cantarinha, Restaurante Lota Nova e Restaurante A Trancosense. A apresentação do evento realizou-se hoje (17), no restaurante Caçarola Dois, com a presença de algumas entidades. Mário Esteves, presidente da Associação Figueira Sabor a Mar saudou os presentes e manifestou o seu regozijo por o pais estar quase de volta à normalidade até porque, na Figueira da Foz, “a restauração é um dos maiores empregadores do concelho” disse. Por outro lado, lembrou também que “os festivais mexem com a economia local” não só através dos peixes da nossa costa, mas também com o arroz carolino do Baixo Mondego e do Pranto, bem como na doçaria, com as Brisas da Figueira e as Areias do Mar. Perante a escassez da lampreia, devido às condições climatéricas, os preços a praticar rondam os 25 euros por dose e no Sável e açorda 11,50 euros. Usaram também da palavra o representante da Junta de Freguesia de Buarcos e S. Julião, Elidio Figueiredo, que referiu

que a Junta de Freguesia “acarinha todos os eventos que promovem a Figueira da Foz com qualidade” disse. Também o presidente da Assembleia Municipal, José Duarte agradeceu o convite e a amizade que o liga ao empresário Mário Esteves, mas defendeu, por outro lado, que a gastronomia “é um elemento cultural e um símbolo de identidade e aproximação entre as pessoas”. Também o representante da Litoral Centro, António Miguel Lé, não quis deixar passar a oportunidade para dizer, que segundo as classificações dadas pelas instâncias superiores internacionais, a Figueira da

Foz é detentora de uns dos “melhores pescados do mundo inseridos na Economia Azul”. Por todas estas razões a Figueira da Foz é uma cidade com tradição nestas especialidades gastronómicas do Sável frito com açorda, Sável de escabeche com açorda, Arroz de Lampreia e Lampreia à Bordalesa, entre outras especialidades. Seguem-se os Festivais das Caldeiradas de 22 de Abril a 1 de Maio; Festival da Sardinha de 17 a 26 de Junho; Festival da Feijoada de Búzios de 2 a 11 de Setembro e Festival de Bacalhau e derivados de 18 a 27 de Novembro.


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VINAGRETAS PERFUME DE BATATA FRITA

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imaginação cabe aos mais criativos e dela costumam sair coisas verdadeiramente surpreendentes. Para os amantes de batatas fritas, a partir de agora é possível ir para qualquer lado sempre com um cheirinho a elas. A Comissão da Batata do Idaho, nos EUA, decidiu homenagear o tubérculo que constitui a base da produção agrícola do estado criando um perfume... com cheiro a batata frita. O perfume, que foi lançado para o Dia dos Namorados, é descrito como “difícil de resistir”. Haverá agora aventureiros a saírem à rua a cheirar a batata frita?

PONTARIA CERTEIRA

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inguém gosta de se sentir vigiado e nem mesmo uma criança pelo menos um pequeno rapazinho de apenas dois anos que não ‘gostou’ de se sentir controlado. Com um lançamento certeiro derrubou a câmara que o vigiava no quarto, nos EUA. O menino estava no berço a brincar quando atirou a bola contra a câmara, acertando-lhe em cheio. Ora os pais certamente zelavam pela sua segurança, mas Jase lá teria as suas razões para sentir que a sua privacidade estava a ser invadida.


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ALGUÉM DISSE QUE... “Costa faz muito bem em não receber quem não quer uma República” Isabel Moreira, deputada socialista, sobre António Costa excluir o partido Chega das reuniões “Alguns partidos e os comentadores que os suportam defendem a alteração da lei no sentido do eleitor não ter de se identificar; ou seja, a promoção da golpada. De mal a pior” Rui Rio, presidente do PSP “Um cidadão ou cidadã que exerça o seu direito de voto pelo Círculo da Europa é muitas vezes confrontado com custos de deslocação desde a sua residência até ao seu local de voto” Inês de Sousa Real, porta-voz do PAN “Agradeço a todos os peritos que, ao longo destes dois anos, fizeram um trabalho muito importante para que todas as decisões pudessem ser tomadas com base no conhecimento e na melhor informação científica disponível em cada momento” António Costa, primeiro-ministro de Portugal “Temos de voltar à vida normal. A economia, a saúde mental e a sociedade exigem recuperar as suas vidas” André Ventura, líder do Chega “Acho que isto nunca deveria ter acontecido, acho que isto é tudo um disparate, mas deriva da circunstância de mantermos teimosamente tudo na mesma” Miguel Albuquerque, presidente do Governo Regional da Madeira, sobre repetição das eleições legislativas do círculo eleitoral da Europa “Temos hoje 63 mortes por milhão de habitantes a cada 14 dias e a meta definida pelos peritos e que o Governo seguirá é de poder apenas passar para o nível sem restrições quando atingirmos as 20 mortes a 14 dias por milhão de habitantes, indicador do qual ainda estamos algo distantes” Mariana Viera da Silva, ministra da Presidência


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