“Campeão das Províncias” - 24/02/2022

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VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

EDIÇÃO DIGITAL 28 PÁGINAS

QUINTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 2022 | N.º 466 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

EXPOFACIC ESTÁ DE REGRESSO Inscrições já estão abertas para o evento que decorre de 28 de Julho a 7 de Agosto

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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QUINTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 2022

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Comissão Organizadora da Expofacic confirma realização do evento este ano

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Comissão Organizadora da Expofacic - Exposição/Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Cantanhede confirmou que a 30.ª edição do evento decorrerá de 28 de Julho a 7 de Agosto. A Comissão Organizadora da 30.ª Expofacic refere que a decisão foi tomada na última reunião, “na sequência de uma auscultação prévia às principais entidades parceiras, as quais se manifestaram favoráveis à realização do certame e deram conta do seu interesse e disponibilidade para participarem no que se acredita que virá a ser a melhor edição de sempre”.

Durante a reunião da Comissão Organizadora “foi também apresentado o ponto da situação sobre o vasto conjunto de acções desencadeadas para acautelar uma programação de grande qualidade e para garantir a montagem das estruturas e dos equipamentos, acções essas que começaram há já bastante tempo na perspectiva de que haveria condições para o regresso da Expofacic, dois anos depois do interregno imposto pela pandemia de covid-19”, acrescenta. Assim, estão abertas as inscrições para empresas ou pessoas singulares que quei-

ram participar como expositores na Expofacic, conforme acontecia nas anteriores edições. A pré-inscrição pode desde já ser formalizada através de um formulário que se encontra em www.expofacic. pt. A última edição da Expofacic, realizada em 2019, receber cerca de 370 mil pessoas. Idalécio Oliveira, presidente da Inova, entidade gestora do evento, numa recente entrevista ao “Campeão”, enalteceu que “a 30.ª edição vai ser das melhores de sempre, sendo que 400 mil visitantes parece-me um bom número para 2022”.


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DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.pt PREÇO 0,75€ | 2ª SÉRIE | ANO 21 | N.º 1098 | 24 DE FEVEREIRO DE 2022 telef. 239 497 750 | fax 239 497 759 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

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SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA

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O executivo felicita os Bombeiros Voluntários de Penacova pelo seu 92.º Aniversário

SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CAMPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) | AUDIÊNCIA QUALIFICADA

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SUSPENSO PDM DE COIMBRA PARA DESBLOQUEAR INVESTIMENTOS

VELHOS ARMAZÉNS VÃO DAR VIDA A NOVAS EMPRESAS

Antigas zonas industriais de Coimbra com instalações degradadas, em Cernache e na Pedrulha, vão ganhar nova vida. A suspensão parcial do Plano Director Municipal (PDM) vai possibilitar o avanço de investimentos empresariais, que, de outra forma, ficariam bloqueados pelas actuais restrições em termos de índice de edificabilidade, altura da edificação e parâmetros de estacionamento. Esta decisão da Câmara é entendida como um sinal de que há um clima favorável à fixação de empresas em Coimbra. PÁGINA 3

VEREADOR DO PS EM ENTREVISTA

Carlos Cidade diz que novo Executivo está a defraudar expectativas

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ISCAC vai a eleições para o Conselho Vão decorrer, na próxima segunda-feira, as eleições para o Conselho da Coimbra Business School/ISCAC, a que concorrerão duas listas, conforme noticiamos na PÁGINA 6.

O balanço destes meses como vereador “não é muito positivo”, além de que “há muitas expectativas que foram criadas e, de facto, os sinais não correspondem àquilo que foram os compromissos”. A Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra tem É a leitura do vereador Carlos Cidade, em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, que fala ainda da postura cinco novos Professores Catedráticos, os quais damos a conhecer na PÁGINA 3. “construtiva” adoptada pelo PS enquanto oposição. PÁGINA 7

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ACTUALIDADE

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24.ª EDIÇÃO QUER “APRESENTAR UMA ABORDAGEM TRANSVERSAL DO QUE É A CULTURA NA INSTITUIÇÃO”

SEMANA CULTURAL DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA HOMENAGEIA COMUNIDADES LUSÓFONAS A ANA LUÍSA PEREIRA

Universidade de Coimbra (UC) vai realizar, de 1 a 15 de Março, a sua 24.ª Semana Cultural, num programa repleto de iniciativas. A Semana decorrerá sob o tema ‘Tempo’, que a UC considera apropriado a este momento em que existe a esperança de poder deixar a pandemia de covid-19 para trás. “Este tema espelha a vontade que as pessoas têm de voltar ao contacto uns com os outros. Durante estes dias teremos cerca de 35 iniciativas ligadas directamente à Semana materializadas de diversas formas: exposições, instalações, concertos e espectáculos teatrais”, refere Delfim Leão, sendo que o programa contempla também uma dezena de ‘Eventos Convergentes’. Estas são iniciativas ligadas aos eventos culturais em si mas que, de certa forma, expandem a reflexão sobre o próprio evento cultural. O vice-Reitor da UC explica ainda que, dentro da preocupação que existe em “notear as actividades”, existem três vertentes: a performativa, que estará presente nas actividades

ligadas à arte; de informação, “que muitas vezes está por trás daquilo que é proposto enquanto resultado final de toda a preparação” e, por fim, a vertente formativa, que é o terceiro pilar do programa. A Semana Cultural “pretende apresentar uma abordagem transversal do que é a cultura na instituição”, acrescenta, reforçando que, durante esta semana, “cada um poderá escolher o trajecto que quer seguir, dependendo se gosta mais de teatro, música ou de assistir a exposições. É uma programação que assume a vontade de ter como palco de intervenção a Universidade bem como toda a cidade”. A abertura entre os vários grupos, académicos, da cidade e também internacionais, é um desígnio essencial. “Uma universidade não está fechada sobre si mesma. Apesar de ter muita atenção às entidades que dão vida à dinâmica cultural da instituição, tem também de a ter quanto aos grupos e às instituições que, dentro da cidade, atraem pessoas do exterior e a projectam a nível intenacional”, enaltece o vice-Reitor.

Com este programa variado a UC procura chegar a todos os públicos, existindo mais do que uma proposta direccionada a grupos específicos, como é o caso das crianças e dos seniores. HOMENAGEM À LUSOFONIA

Dois marcos importantes que se celebram este ano contribuiram para que ‘Tempo’ fosse o mote escolhido para comandar a Semana Cultural: os 200 anos da independência do Brasil e os 20 anos da independência de Timor-Leste. Delfim Leão destaca que a comunidade do Brasil “é importante na cidade, mas também na Universidade”. Das 115 nações que estão representadas na UC, aquela que tem realmente um “peso maior” é a brasileira e isso “reflecte-se na interacção que existe com eles”. Os 20 anos da independência de Timor-Leste serão também assinalados. Das diferentes iniciativas destaque, designadamente, para a “Homenagem a Max Stahl”, uma exposição de fotografias e do arquivo do repórter de

Delfim Leão considera que o programa é “eclético e transversal, diferenciando-se dos ciclos do teatro, artes performativas ou da música” imagem britânico, falecido em Outubro passado, que, em 1991, filmou o massacre no cemitério de Santa Cruz, em Díli, Timor-Leste, que mudou o percurso da luta pela independência. A exposição será inaugurada no dia 2 de Março, pelas 18h00, no Atelier a Fábrica – Centro Cultural de Coimbra. A UC alberga o arquivo do Centro Audiovisual Max Stahl de Timor-

-Leste, fruto de uma parceria estabelecida em 2016. Com várias iniciativas ao longo do ano, a UC quer “prestar homenagem à lusofonia como um todo, pegando nestes dois pilares, um mais antigo e um mais recente”, concluiu o vice-Reitor. A 24.ª Semana Cultural da UC tem como parceiros o Grémio Operário de Coimbra, que renasceu há cerca de

um ano, depois de dezenas de anos de inactividade, e a Orquestra Académica, que participa nas sessões de abertura e de encerramento do evento. A apresentação do evento, que decorreu no Pólo 1 da Faculdade de Medicina, contou com a presença de Miguel Matias, do Grémio Operário de Coimbra e de um membro da Tuna Académica de Coimbra.

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COIMBRAMAISFUTURO CRIA INCUBADORA SOCIAL PARA APOIAR DESEMPREGADOS

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Incubadora Social de Emprego, promovida pela CoimbraMaisFuturo, que arrancou oficialmente no dia 22, é uma iniciativa piloto que se caracteriza por uma intervenção de grande proximidade ao território e que funciona como apoio personalizado a equipas de pessoas desempregadas. A primeira Equipa de Procura de Emprego é composta por 20 pessoas desempregadas (14 mulheres e seis homens, entre os 24 e os 54 anos) que, durante cinco meses, com quatro horas diárias, vão receber formação, de um mentor, bem como realizar várias actividades com apoio personalizado que as ajude na procura de emprego.

In Campeão das Províncias de 24/02/2022

“Não se trata só de convocar as pessoas para oportunidades ou dar formação. Trata-se de, ao longo de um certo período, elas terem a hipótese, com a ajuda de um mentor, de desenvolverem um projecto que, de facto, as vai ajudar na procura de emprego, desenvolvendo competências sociais, pessoais e digitais, sempre que possível”, afirma Alberto Costa, delegado regional do Centro do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P. (IEFP, I. P.). O projecto é financiado pelo IEFP, IP, no âmbito do Programa ATIVAR.PT, e está prevista a constituição de uma segunda Equipa no segundo semestre de 2022.

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ACTUALIDADE

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INVESTIMENTOS NA ZONA DE CERNACHE (EX-POCERAM)) E NA PEDRULHA (ANTIGA ESTACO)

SUSPENSÃO DO PDM PERMITE RECUPERAR ARMAZÉNS ANTIGOS PARA NOVAS EMPRESAS LUÍS SANTOS

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suspensão parcial do Plano Director Municipal de Coimbra (PDM), aprovado no início desta semana pela Câmara, visa possibilitar a instalação de empresas em anteriores zonas industriais degradadas, nomeadamente nas áreas de Cernache e da Pedrulha, viabilizando também novos investimentos. A decisão, que apenas mereceu o voto contra da CDU, visa criar em Coimbra “um clima favorável à fixação de empresas no território”, nas palavras do presidente da Câmara, José Manuel Silva, e da vereadora Ana Bastos, com o pelouro do Urbanismo. Nesse sentido, o PDM é suspenso parcialmente, pelo prazo de dois anos, considerando que as actuais normas (índice de edificabilidade, altura da edificação e parâmetros de estacionamento), que incidem sobre áreas de actividades económicas (AE2), “nem sempre dão resposta ao acolhimento de projectos de investimento

significativo que se querem localizar em Coimbra”. Conforme foi referido, a alternativa seria a revisão do PDM, um processo que pode levar 10 anos, o que não é compatível com os tempos inerentes a um normal processo de investimento empresarial. Esta medida possibilita que a farmacêutica Bluepharma viabilize as instalações da antiga Poceram, em Cernache, onde pretende criar um Parque que irá permitir à empresa crescer para novas áreas, mantendo sempre como fio condutor o medicamento. A farmacêutica de Coimbra adquiriu uma área total de 6,5 hectares, onde se incluem 35 mil metros de área coberta, para concretizar o “Bluepharma Park”, um investimento de 150 milhões de euros, até ao final da década, na criação de um pólo tecnológico do medicamento, que incluirá uma fábrica preparada para produzir em Portugal vacinas de outras marcas. Na zona da Pedrulha, as boas notícias são o avanço de investimentos empresariais

para as instalações da antiga cerâmica Estaco, fábrica que atravessou um processo de falência e chegou a ter 1.100 postos de trabalho. Um fundo de investimento, que comprou os créditos da banca no âmbito da insolvência, ainda diligenciou, em tempos, no sentido de concretizar um empreendimento urbanístico, mas tal não avançou e surge, agora, a possibilidade de avançar unidades empresariais de indústria e serviços. Recorde-se que além da antiga cerâmica, a Pedrulha e zona adjacente acolheram a Fundição de Gomes Porto, José Domingos Baptista & Cª., Triunfo, Fábrica da Cerveja de Coimbra, Termec, Fiaco, Fábrica de Malhas Redinha, Abel Machado (metalurgia), Gelmar, Frio Real, Cerearte e Matadouro municipal, a par de unidades mais a Sul (como a Lufapo e a Carvalho & Sobrinho) e a Nascente (Baguir). MAIS CÉLERE A suspensão do PDM, “sendo um procedimento

mais célere que o procedimento de alteração, pode ocorrer por estarem verificadas circunstâncias excepcionais resultantes da alteração significativa das perspectivas de desenvolvimento económico e social local incompatíveis com a concretização das opções estabelecidas no Plano”, conforme justifica a informação que sustentou a aprovação camarária. Esta medida abrange uma superfície de aproximadamente 931 hectares, repartida por 24 polígonos, em áreas de incidência que não foram abrangidas por medidas preventivas nos últimos quatro anos. As áreas de actividades económicas abrangidas ficam sujeitas a um regime de edificabilidade excepcional estabelecida nas medidas preventivas, que definem a alteração de parâmetros urbanísticos ponderados em reuniões de trabalho. Neste âmbito, o índice de edificabilidade é substituído por um volumétrico com parâmetros máximos de 7,5 m3/m2. Esta “utilização

de um índice volumétrico permitirá, por exemplo, dar resposta a situações em que a edificação, tendo já esgotado o índice de edificabilidade admitida pelo PDM, ficaria impossibilitada de construir um entrepiso, que permitindo melhores condições de funcionamento da empresa(s) instalada(s) não tem impacte no ordenamento local”, pode ler-se na informação técnica. Outra das medidas preventivas passa pela “alteração da altura máxima da edificação para 15 metros, em vez dos actuais 12,5 metros, exceptuando-se, ainda assim, situações devidamente justificadas por razões técnicas, o que permite acolher empresas com ‘layouts’ que exigem uma maior altura da edificação, não tem impacte significativo no território”. Exceptua-se a construção de nova habitação, que fica sujeita a outros parâmetros máximos de edificabilidade, sendo que nas áreas sujeitas a medidas preventivas aplica-se ainda o parâmetro máximo

de 0,80 do índice de impermeabilização do solo. A autarquia considera, também, que a dotação de estacionamento para os usos de indústria ou equiparado deveria passar de quatro lugares por cada 100 m2/superfície de pavimento para um lugar por cada 100 m2 de superfície de pavimento, admitindo-se uma redução até 30% sobre o número de lugares de estacionamento privado, desde que devidamente justificado com apresentação de estudo comprovativo da especialidade e aceite pela Câmara Municipal. A suspensão parcial do PDM, bem como a proposta de medidas preventivas será submetida a parecer da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, para posterior envio à Assembleia Municipal para aprovação. Esta alteração ao PDM será ainda dispensada de avaliação ambiental estratégica, uma vez que a análise efectuada concluiu que o presente procedimento não é susceptível de ter efeitos significativos no ambiente.

APÓS REALIZAÇÃO DE PROVAS PÚBLICAS

FACULDADE DE DIREITO DE COIMBRA TEM CINCO NOVOS PROFESSORES CATEDRÁTICOS

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Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) tem cinco novos Professores Catedráticos, os quais foram aprovados no concurso e nas provas públicas realizadas para este mais elevado grau académico. A data da cerimónia da tomada de posse será anunciada oportunamente. Os novos Professores Catedráticos são os seguintes: MARIA JOÃO SILVA BAILA MADEIRA ANTUNES Área de Ciências Jurídico-Criminais, é membro da Direcção do Instituto de Direito Penal Económico e Europeu da FDUC, coordenadora da linha temática Risco, Transparência e Litigiosidade do Instituto Jurídico da FDUC, coor-

denadora do Programa de Pós-doutoramento do Instituto Jurídico da FDUC, presidente do Conselho de Fiscalização das Bases de Dados de Perfis de ADN e membro do Conselho Geral do Centro de Estudos Judiciários; JOÃO CARLOS DA CONCEIÇÃO LEAL AMADO Área das Ciências Jurídico-Empresariais (Direito do Trabalho), membro da lista de árbitros-presidentes do Conselho Económico e Social, desde 2009, membro da Comissão para a Justiça Desportiva, criada em Setembro de 2010, coordenador do Grupo de Trabalho, sobre estatuto dos árbitros e sua eventual profissionalização, criado em Setembro de 2011, sub-director da FDUC, desde 13-9-2011;

FILIPE CASSIANO NUNES DOS SANTOS Área das Ciências Jurídico-Empresariais, Professor dos cursos de pós-graduação em Direito do Consumo (Centro de Direito do Consumo da FDUC), em Direito das Empresas (IDET da FDUC), de Preparação para as Profissões Jurídicas (IBB) e de Preparação para o CEJ (UL-P); JOÃO CARLOS SIMÕES GONÇALVES LOUREIRO Área das Ciências Jurídico-Políticas, investigação em Direito da Saúde, Direito da Segurança Social, Direito Constitucional, membro da Associação Portuguesa de Direito Constitucional, da Associação Portuguesa de Direito do Urbanismo, da Associação Portuguesa de

Teoria do Direito, Filosofia do Direito e Filosofia Social, do Centro de Direito Biomédico, do Centro de Estudos de Bio-Ética, do Instituto Ibero-Americano de Direito Constitucional e do Ius Gentium Conimbrigae; PEDRO ANTÓNIO PIMENTA DA COSTA GONÇALVES Investiga nas áreas do Direito Administrativo, Direito dos Contratos Públicos e Direito da Re-

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gulação Pública, autor de dois manuais (Direito dos Contratos Públicos, 2021, 5.ª ed.; e Manual de Direito Administrativo: vol. 1 2019), presidente do

Centro de Estudos de Direito Público e Regulação e do Instituto Jurídico da Comunicação, ambos da FDUC, director da Revista de Contratos Públicos.


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ENTREVISTA

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VEREADOR DO PS FUNDAMENTA COM “CARACTERÍSTICAS E FORMA DE ACTUAR DO ACTUAL PRESIDENTE DA CÂMARA”

CARLOS CIDADE PREVÊ MANDATO DIFÍCIL PARA COIMBRA

É jurista e exerce a sua actividade profissional na empresa Águas do Centro Litoral. No plano autárquico, Carlos Cidade exerceu as funções de adjunto e de Chefe de Gabinete do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, à época, Manuel Machado. Foi ainda vice-presidente, responsável pelos pelouros da Gestão Urbanística, Ambiente, Espaços Verdes e Jardins, Mercados e Desporto. Na política é membro da Comissão Nacional do PS, da Comissão Política Distrital e foi líder Concelhio de Coimbra do Partido Socialista. Hoje é vereador da oposição na Câmara de Coimbra e faz um balanço “não muito positivo” dos primeiros meses de vereação, contestando a forma de actuação do actual presidente, José Manuel Silva, alegando que não está a ser feito o que foi prometido. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: Balanço deste primeiros meses de vereação? Carlos Cidade [CC]: O balanço não é muito positivo, há muitas expectativas que foram criadas e, de facto, os sinais não correspondem àquilo que foram os seus compromissos. Aliás, verificou-se isso na apresentação das grandes opções do Plano e do Orçamento para 2022. Sorte que o PS tinha deixado praticamente tudo bem orientado mas naturalmente que as opções políticas já não seriam as nossas mas sim as deste Executivo. Infelizmente não houve qualquer tipo de sinal relativamente aos compromissos que se assumiram, não houve sinais do actual presidente relativamente à promessa eleitoral quanto a iniciar o processo de triplicar as verbas para as Juntas de Freguesia, não há os sinais referente ao modelo de gestão do Convento S. Francisco, falava-se em reforçar as verbas no apoio ao desporto nas afinal reduziu-se em mais de 50% essas verbas, portanto tudo a funcionar ao contrário e a pôr em causa aquilo a que se comprometeu com os conimbricenses. [CP]: Agora que a “poeira assentou”, sobre as eleições autárquicas, como interpreta o facto de o PS ter perdido a Câmara de Coimbra? [CC]: Temos que respeitar a decisão dos conim-

bricenses. Creio que qualquer elemento do PS está de consciência tranquila do trabalho quedesenvolveu e do que se deixou para poder concretizar. Agora, do ponto de vista da seriedade, honestidade e trabalho realizado e

política dos membros do PS e a dos elementos do Movimento Somos Coimbra que, perante as grandes opções do Plano e orçamentos que são instrumentos essenciais para a gestão de uma autarquia, não tiveram problemas em votar contra qualquer tipo de orçamento do PS. Nós não somos iguais, temos uma noção muito clara e responsável daquilo que tem de se aprovar e, conscientemente, não podíamos votar contra. Na política não vale tudo. [CP]: O PS tem reagido com alguma veemência a determinadas situações. A que se deve? [CC]: As reacções veementes existem porque a situação também o é e é proporcional à atitude do presidente da Câmara. Se

Há muitas expectativas que foram criadas e, de facto, os sinais não correspondem àquilo que foram os seus compromissos.

confrontando com os nossos compromissos, estamos todos de consciência tranquila. [CP]: Qual tem sido a postura adoptada pelos vereadores do PS enquanto oposição? [CC]: O PS assumiu desde início que estaríamos disponíveis para ter uma oposição construtiva. Infelizmente apresentámos um conjunto de propostas para as GOP’s de 2022 e não foram aceites. Ainda estamos num período de benefício da dúvida relativamente à actual gestão mas prevejo um mandato difícil considerando as características e forma de actuar do actual presidente da Câmara, que não se pode desculpar permanentemente com os outros. Já é altura de começar a trabalhar. [CP]: O Orçamento da Câmara de Coimbra para este ano foi aprovado sem votos contra. O documento contém o essencial daquilo que o anterior Executivo tinha previsto? [CC]: Friso a postura

o presidente se comportar como um efectivo estadista e vestir outra capa naturalmente que se podem mudar as reacções. A democracia é isto mesmo e, conforme nós respeitamos quem venceu as eleições, também têm de respeitar quem foi eleito para ser oposição. [CP]: Nos pelouros pelos quais foi responsável nota alguma alteração significativa [Urbanismo, Ambiente, Desporto] [CC]: Ainda não noto. Tentaram passar a mensagem que estavam 1200 processos por despachar mas recordo que a partir do momento do dia das eleições mais ninguém pode tomar decisões com eficácia pública, que é o caso desses processos. Naturalmente que as coisas vão evoluindo e é no sentido de melhorar para este Executivo ou outro qualquer. O que não podem, os cidadãos e as empresas, é estarem à espera de respostas que não são despachadas em tempo oportuno. E agora foi criado mais um passo, isto é,

mais um patamar de análise que atrasa os processos, onde quem vai sair prejudicado são os munícipes e as empresas, mas espero que isso possa ser ultrapassado e rapidamente. [CP]: Dentro ainda do Urbanismo, há uma alteração na margem do rio e depois também a questão da Estrada da Beira... [CC]: Já disse aqui publicamente em 2019 que aquela margem entre a Ponte Santa Clara e Ponte-Açude seria o futuro calçadão. A proposta deste estudo urbanístico que foi agora apresentado, e que o PS aprovou e até já temos um documento elaborado para dar o nosso contributo, vem confirmar o que eu disse naquela altura. Vai ser uma zona muito nobre da cidade mas tem naturalmente uma falha grave face à intercepção que vai haver com a Avenida Fernão de Magalhães e, por isso, vamos solicitar que seja feito um estudo de tráfego fundamentado. Quanto à Estrada da Beira, a ideia é transformá-la numa verdadeira Alameda, qualificando todo aquele espaço, era o projecto que devia ser desenvolvido, devidamente planificado para se complementar essa obra com a que se vai fazer do Metrobus. A opção do actual Executivo é, para já, meter na gaveta mas

Carlos Cidade diz que concelhia de Coimbra do PS “está bem entregue” pes tenha apresentado essas viaturas, o que só foi possível face ao concurso internacional que nós avançámos em tempo oportuno, porque são processos demorados. Quanto à limpeza, não é tarefa fácil para ninguém. O esforço das medidas que vinham sendo tomadas são no sentido de melhorar mas tenho também a convicção que os jovens de hoje têm mais consciência ambiental. [CP]: Qual a razão por haver tanta fricção em relação aos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC)? [CC]: Acho que se fala demais sem se ter conheci-

Discriminação entre os transportes públicos de Coimbra em relação aos de Lisboa e do Porto tem sido transversal a todas as forças de Poder.

cá estaremos... [CP]: Mas não concorda com essa decisão de “meter na gaveta” para já? [CC]: Era uma questão de planificação. Tudo é possível fazer se houver vontade política (e esta frase ate é da vereadora Ana Bastos). [CP]: Na área do Ambiente vieram umas viaturas novas, há muitas criticas quanto à limpeza na cidade... [CC]: Fico muito satisfeito que o vereador Carlos Lo-

mento da situação. Quando o PS ganhou as eleições há oito anos a situação era muito mais preocupante, não eram adquiridas viaturas, situações nas oficinas era a que se conhecia, mas a memória é curta. Fizemos um grande investimento na modernização dos transportes, a opção estratégica que se optou dará os seus resultados e o actual Executivo conhecia perfeitamente a situação. Desejamos que se fale menos e se trabalhe mais e bem. Um dos compromissos eleitorais do actual Executivo era resolver

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 24/02/2022

os problemas relativamente aos motoristas, que já vieram dizer o que sempre dissemos: não passa pela Câmara mas por outros órgãos de Poder e há claramente uma discriminação, uma injustiça, entre os transportes públicos de Coimbra em relação aos de Lisboa e do Porto, que tem sido transversal a todas as forças de Poder. [CP]: A Ecovia foi novamente relançada mas tem estado a recuar outra vez... [CC]: Todas as transformações que se estão a fazer vão alterar radicalmente a mobilidade na cidade. O problema da Ecovia foi o interregno que teve porque o objectivo era que as viaturas não viessem para o centro da cidade e agora ao tentar retomar torna-se mais difícil. [CP]: E quanto ao Convento S. Francisco... [CC]: Do ponto de vista dos compromissos eleitorais o senhor presidente da Câmara falhou completamente. Depois das nossas criticas veio remendar. Registo positivo para Isabel Worm, uma grande profissional e com grande capacidade que tem a nível de programação e registo positivo para Celeste Amaro, também grande profissional... agora pode é ter recebido um presente envenenado. PATROCÍNIO:


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ACTUALIDADE

GRUPOS SANFIL MEDICINA E URGICENTRO UNIDOS NA “RESPOSTA ÀS NECESSIDADES DOS DOENTES” NÁDIA MOURA

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Sanfil Medicina, através da sua participada Sanfil – Casa de Saúde de Santa Filomena, SA, e o Gupo Urgicentro são agora parceiros para “dar resposta às necessidades e anseios do utente” através de parcerias que se encaixam no “ADN da Sanfil” para o tratamentos dos pacientes. As palavras são de Pedro Marcelino, CEO da Sanfil Medicina, proferidas no passado dia 16 de Fevereiro, altura em que foi formalizado o acordo entre os dois grupos e foram apresentadas também as instalações do Centro Corporativo da Sanfil, sediado no iParque, a funcionar em pleno desde Agosto do ano passado, embora esteja a sofrer alguns ajustes. Este acordo vem aprofundar o acordo já existente com parte dos seus associados, como o Spine Center e a UPMD (United Portuguese Medical Doctors). Assim, a área da Gastroenterologia que a Urgicentro partilhava com a Casa de Saúde de Santa Fi-

Pedro Trincão e Luís Teixeira (Grupo Urgicentro); Pedro Marcelino e Pedro Gonçalves (Sanfil Medicina) lomena passa a estar 100% integrada nesta sociedade e, em simultâneo, o Grupo Urgicentro, passa a desenvolver toda a sua actividade nos Olivais em Coimbra – no Edifício Diaton (propriedade do Grupo), integrando nessas instalações as suas unidades já aí localizadas, o Spine Center – Cirurgia da Coluna, a Physiospine – Unidade de Fisioterapia da Coluna Vertebral, o Neuromind – Instituto de Neurociências, a Indolor – Clínica da Dor, às quais se junta a USF – Urgicentro Saúde Familiar. Pedro Marcelino sublinhou a importância des-

ta parceria para o Grupo Sanfil, frisando “a parceria refundada em 2022, num modelo de prestação de melhores cuidados de saúde aos utentes”, acrescentando ainda que é uma meta “estabelecer objectivos de longo prazo para o desenvolvimento estratégico das diferentes actividades médicas a que, em conjunto, as diversas partes se dedicam”. Luís Teixeira, administrador do Grupo Urgicentro, reconhece o posicionamento estratégico da Sanfil Medicina e da Casa de Saúde de Santa Filomena e enaltece que é “satisfatório saber que ain-

da existem grupos de saúde com centralidade no doente” acrescentando que “o Grupo encontrou na Sanfil Medicina um parceiro ideal para alavancar projectos de excelência clínica”. A Urgicentro reconhece ainda a capacidade da Sanfil Medicina implementar e reforçar parcerias com Grupos de Saúde que detenham Unidades altamente especializadas, respeitando a sua autonomia e independência, permitindo relações empresariais de confiança e de mútua responsabilidade. A Sanfil Medicina, por sua vez, reconhece que este caminho - da excelência nos cuidados de Saúde - é prática constante do Grupo Urgicentro, particularmente da sua unidade clínica com maior destaque - o Spine Center – reconhecendo ainda que a própria equipa médica que lidera o Grupo Urgicentro justifica o seu posicionamento estratégico e os resultados pretendidos. Em conjunto, as partes assumem esta parceria tendo sempre por base e foco o doente como centro de toda a actividade.

EMPRESÁRIOS JÁ VÊM EM MARÇO CONHECER OPORTUNIDADES

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REGIÃO DE COIMBRA CONQUISTOU INVESTIDORES NA VISITA AO DUBAI

acção que a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra efectuou na Expo Dubai já tem como resultado a vinda de um grupo de investidores, em Março, o que demonstra o interesse despertado junto de empresários do Médio Oriente. O êxito da deslocação, que decorreu a 16 e 17 deste mês, foi assinalado ao “Campeão” pelo secretário executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito, que dá conta do interesse que as várias acções despertaram. Foi importante demonstrar que existem incentivos e atractivos ao investimento na Região de Coimbra, como o Golden Visa (autorização de residência para actividade de investimento), ligações aéreas diárias (Lis-

boa e Porto) e que se trata de um território com 300 monumentos classificados e que em apenas uma hora e meia se pode ir de uma pista de ski até à prática de surf. Jorge Brito destaca, ainda, que causou interesse a existência de solo agrícola na Região de Coimbra, a área imobiliária, assim como o parque de biotecnologia em Cantanhede, o Biocant. Durante os dois dias no Dubai, a delegação da CIM-RC fez apresentações à imprensa, a empresários e efectuou reuniões com parceiros do sector do turismo do Médio Oriente. O objectivo, nas palavras de Emílio Torrão, presidente da CIM, era “mostrar que a nossa Região é vasta e tem diversas oportunidades construídas na soma da sua identidade, cultura e património”.

“Quisemos mostrar a força e a diversidade do nosso território e a excelência e a competitividade das nossas PME. Temos muitas oportunidades de investimento que foram exploradas ao longo dos dois dias, em diversos sectores estratégicos como imobiliário, têxtil, biotecnológico, saúde, design, construção civil, energias renováveis, entre outros”, conclui Emílio Torrão. Além das oportunidades que ficaram patentes, no âmbito da distinção da Região de Coimbra enquanto Região Europeia de Gastronomia 2021-2022 foi realizada uma degustação de produtos típicos deste território, com a assinatura do chef Chakall, que fez crescer água na boca aos mais reticentes.

Ainda no âmbito da alimentação e sustentabilidade, o projecto internacional Food Corridors também foi apresentado, com a presença de representantes dos países parceiros: Itália, Grécia, Eslovénia, Estónia, Hungria e Roménia. Este projecto, liderado pela CIM da Região de Coimbra, incentiva a criação de uma rede de cidades comprometidas com a elaboração de planos alimentares que se estendam das áreas urbanas e periféricas por um corredor que facilite uma ligação urbano-rural. Essa abordagem pretende aumentar a criação de ambientes de produção e de consumo assentes numa base de sustentabilidade económica, social e ambiental.

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saúde ORDEM DOS MÉDICOS DO CENTRO APRESENTOU LIVRO “PANDEMIAS E OS DESAFIOS DA DEMOCRATIZAÇÃO” A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) promoveu, no dia 22, a apresentação do livro “Pandemias e os Desafios da Democratização”. Na sessão de apresentação estiveram presentes: Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos; Rúben de Melo Carvalho, médico interno, terminou o 5.º Ano de Formação no Serviço de Doenças Infeciosas do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e autor da obra; Carlos Maia Teixeira, médico de família, escritor, antigo presidente do Conselho de Administração da Unidade de Saúde da Ilha do Corvo e apresentador da obra; Alípio de Melo, licenciado em Filologia Românica, professor aposentado, historiador, estudioso do escritor Vergílio Ferreira e apresentador da obra e António Augusto, representante da Editorial Moura Pinto.

START-UP TARGTEX E FARMACÊUTICA BASI DESENVOLVEM NOVO TRATAMENTO PARA TUMORES CEREBRAIS A TargTex S.A., empresa que desenvolve uma nova terapia local para o tratamento do Glioblastoma (GBM), recebeu um investimento de dois milhões de euros da farmacêutica Basi, empresa do grupo português FHC Group com actividade e presença multinacional e com sede na Mortágua. O investimento será usado para concluir a fase de I&D e iniciar os estudos pré-clínicos formais, necessários ao pedido de autorização para realização dos primeiros ensaios em humanos. O GBM é o tumor cerebral mais agressivo e mais comum nos adultos, com uma esperança média de vida de aproximadamente 16 meses. Anualmente, estima-se que sejam diagnosticados cerca de 200 mil doentes em todo o mundo. João Seixas, director executivo da TargTex, refere que “o objectivo é tornar esta terapia uma realidade para os doentes oncológicos. A Basi acreditou no potencial do nosso projecto e com este investimento vamos conseguir realizar os ensaios pré-clínicos que vão permitir completar um pacote de dados toxicológicos essenciais para solicitar autorização para iniciar ensaios clínicos em humanos”.

PROJECTO DA FPCEUC ESTUDA MECANISMOS CEREBRAIS EM DOENTES HOSPITALIZADOS COM COVID-19 O projecto da equipa de investigação da Faculdade de Psicologia e Ciência da Educação da Universidade de Coimbra, “O corpo e a fenomenologia da experiência quase-morte no decurso da pandemia”, vai receber a Bolsa de Investigação Santander no valor de 15 mil euros, no âmbito do Prémio Universidade de Coimbra 2021. O trabalho vai permitir estudar os mecanismos cerebrais em doentes hospitalizados com covid-19 em situação limite. Esta bolsa visa premiar projectos de investigação da área das Artes e Humanidades subordinados ao tema “O impacto da pandemia covid-19 na percepção do humano”. O vencedor propõe esclarecer os mecanismos cerebrais da relação entre mente e corpo num estado limite de consciência, como sucedeu com diversos doentes hospitalizados com covid-19 e que necessitam de internamento em unidades de cuidados intensivos, grande parte dos quais requerendo ventilação mecânica e indução de coma.

UC PARTICIPA NA 1.ª CONFERÊNCIA NACIONAL DE CANÁBIS MEDICINAL O Observatório Português de Canábis Medicinal (OPCM), em parceria com a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, vai realizar, a 26 de Março, a 1.ª Conferência Nacional de Canábis Medicinal (CNCM). O evento decorre no Auditório da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Pólo 3, entre as 09h00 e as 17h00, e tem como objectivo debater e partilhar o conhecimento das propriedades e usos terapêuticos dos canabinoides. Esta acção é dirigida a médicos, futuros médicos, farmacêuticos e estudantes de ciências farmacêuticas. As inscrições decorrem até 13 de Março.

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PENACOVA

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EVENTUAL PROLONGAMENTO DA INICIATIVA ESTÁ A SER PONDERADO

FESTIVAL DA LAMPREIA EM PENACOVA MARCADO PELA ESCASSEZ DA IGUARIA C NÁDIA MOURA

omeça, este sábado o tão aguardado Festival da Lampreia em Penacova. De 26 de Fevereiro a 1 de Março, 12 restaurantes aderentes vão servir lampreia a preço promocional, vai também existir uma oferta variada de doçaria conventual e a opção “take away”, além da oferta de um pack, “Descobrir Penacova”, em parceria com operadores turísticos locais e da região, o qual dá a possibilidade aos visitantes de usufruir de refeições, alojamento ou experiências na natureza. A escassez da lampreia está, no entanto, a preocupar todos os envolvidos neste evento, uma realidade que pode levar ao prolongamento do Festival ou até mesmo ao seu adiamento. Na sessão de apresentação do Festival, que decorreu esta segunda-feira (21), no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, Álvaro Coimbra não escondeu a preocupação pela escassez conhecida e disse até que o

NÁDIA MOURA

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Município chegou a ponderar cancelar o Festival mas optaram por esperar mais uns dias “para ver se a situação é reversível”. “Não quisemos deixar de fazer o Festival, precisamente porque após dois anos de pandemia achámos que era altura de dar um sinal à restauração de que estamos aqui para os apoiar”, esclareceu o presidente da Câmara de Penacova. CONTACTAR OS RESTAURANTES ADERENTES

A Câmara de Penacova decidiu manter, para já, o Festival, com a possibilidade de vir a ser prolongado, informando que ainda esta semana serão auscultados os 12 restaurantes aderentes para tomar uma decisão definitiva (o que ainda não tinha sido feito até ao fecho da edição deste jornal), salvaguardando que, mantendo-se a escassez actual, a decisão preferencial será sempre a de prolongar o evento em vez de o adiar. Aderiram à iniciativa os restaurantes: Boa Viagem; Côta D’Azenha; Leitão do Aires; Mondego; Hotel Rural

Quinta da Conchada; Museu Restaurante Rota Nacional 2; O Cantinho; O Casimiro; O Cortiço; Panorâmico; Portas da Serra; Vimieiro Food, Drink & Friends. Emílio Torrão, presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, concelho que receberá também em Março o Festival do Arroz e da Lampreia, congratulou-se pela decisão do Município de Penacova, frisando a “coragem” da autarquia em realizar o evento. “É importante, no contexto actual, após dois anos e tal de confinamento, que estes festivais se realizem até porque há todo um conjunto de actividades interligado e pode faltar a lampreia mas haverá outros motivos para visitar Penacova”. O também presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra aproveitou para reiterar o apelo também deixado por Álvaro Coimbra: “liguem antes de se deslocar aos restaurantes para saber se há lampreia”, acrescentando que “vão existir condições adversas que vão impedir que a lampreia chegue ao rio”, e enaltecendo ainda a

Carlos Figueiredo (Turismo do Centro), Fábio Nogueira (Confraria da Lampreia), Álvaro Coimbra (presidente CM Penacova), Emílio Torrão e Magda Rodrigues (presidente e vice-presidente CIM-RC) capacidade de resiliência dos restaurantes ao longo deste tempo de pandemia . PROGRAMA ALÉM DA GASTRONOMIA A autarquia de Penacova não se cingiu ao evento onde a lampreia é rainha, aproveitando para dinamizar uma série de outras iniciativas que alia o turismo gastronómico ao de natureza. Assim, além das habituais actividades a decorrer durante o Festival, o presidente da autarquia aproveitou também para esclarecer alguma

da programação definida para os três dias previstos. No sábado (26), será inaugurado o Posto de Turismo da Nacional 2 e acontecerá, pelo meio-dia, a abertura do Restaurante Panorâmico, situado no Município. Já no domingo (27), terá lugar a caminhada ‘Trilhos do Mondego’, um percurso de 11 quilómetros com partida e chegada na Praia do Reconquinho. Está também programada, para o dia 20 de Março, a prova de BTT ‘Rota da Lampreia’, que terá dois percursos alternativos (um de 40 e outro de 70 qui-

lómetros) e, para dia 24 de Abril, realizar-se-á ainda um Raid da Lampreia, evento organizado em parceria com a Sport Margens - Organização de Eventos Desportivos, Lda., além de mais I capítulo da Confraria da Lampreia. O Festival da Lampreia em Penacova é um evento organizado pela Município e conta com os seguintes parceiros: Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Turismo do Centro, Cooperativa Agrícola de Montemor-o-Velho, Confraria da Lampreia e a Pena Drink.

BOMBEIROS DE PENACOVA CELEBRAM UNS VIGOROSOS 92 ANOS

asceu a 24 de Fevereiro de 1930, portanto, contas feitas, é precisamente hoje que a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Penacova celebra 92 anos de actividade. Para assinalar a efeméride, comemoram o dia internamente de forma simbólica mas têm agendadas actividades abertas à comunidade já para domingo (27). Vasco Viseu, bombeiro

da corporação desde 1980, segundo comandante desde 2012 e, actualmente, comandante em substituição, disse ao “Campeão” que a pandemia foi uma provação que exigiu uma readaptação constante mas sem descurar os serviços mínimos. Os tempos são outros e, apesar de contar, actualmente, com 119 elementos - “um excelente número que se deve à estabilidade conseguida e ao bom ambiente” -, a realidade alterou-se ao longo dos anos.

“Enquanto a minha escola de recrutas, em 1986, teve uns 30 elementos, hoje tem sete. Os tempos são diferentes, as ambições também, antigamente os bombeiros eram o ponto de encontro da juventude que hoje tem uma oferta diferente”, justifica o responsável. Assim, hoje (24), será hasteada a bandeira, às 9h00, com o pessoal de serviço e depois, à noite, terão um mini convívio interno. Já no dia 27, a cerimónia aberta à comunidade terá uma exposição diferente:

o hastear da bandeira será às 10h00, a formatura geral às 11h00 para receber as entidades que vão estar presentes e depois acontecerá uma Sessão Solene com as condecorações - com medalhas de assiduidade dos cinco, 10, 15, 20 e 25 anos de dedicação, medalhas de 30 anos, crachás de ouro e crachás de mérito e cidadania com 45 anos de serviço -, a tomada de posse do comandante e, por fim, um almoço convívio. Vasco Viseu, congratu-

la-se pela história e vigor que sempre caracterizou a corporação: “Temos uma associação com boa estabilidade financeira e social, um parque de veículos invejável com média de idades baixa, assim como a média de idades dos elementos também o é, e bombeiros a receber crachás de ouro (35 anos de serviço). Claro que também temos as nossas dificuldades mas não podemos remeter-nos às lamurias, temos uma postura optimista”, remata. E é

este o espírito que justifica, em parte, a sua resposta quando questionado sobre eventuais necessidades dos Bombeiros de Penacova: “Temos uma corporação muito bem equipada para incêndios florestais (sete veículos florestais de combate), bem equipada também para intervir em acidentes (com dois bons veículos) e temos uma lacuna, que esperamos colmatar a curto prazo, que é a aquisição de um veículo urbano de combate a incêndios.

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A Freguesia de Penacova felicita os Bombeiros Voluntários pelo seu 92.º Aniversário e agradece o esforço e dedicação prestados ao Concelho e à Região In Campeão das Províncias de 24/02/2022

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REPORTAGEM

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CORO INFANTO-JUVENIL É NOVA APOSTA

CORO SINFÓNICO INÊS DE CASTRO CELEBRA UMA DÉCADA COM PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO Integrado na Associação Ecos do Passado, que tem como missão a promoção, execução, pesquisa e divulgação de música coral e instrumental clássica, o Coro Sinfónico Inês de Castro (CSIC) celebra, este ano, uma década de muitas histórias e grandes sucessos. Ao longo do seu percurso já actuou em várias salas de espectáculos por todo o país e não só. Sendo o único coro sinfónico residente no distrito de Coimbra, o CSIC tem desenvolvido um trabalho “consistente e de qualidade” e onde as palavras “resiliência” e “versatilidade” marcam os últimos tempos do grupo. Sob a regência e Direcção artística do maestro Artur Pinho Maria, o coro procura crescer cada vez mais, este ano através da aposta nos mais novos. Actualmente tem 70 coralistas sendo que a Associação Ecos tem 114 associados. CRISTIANA DIAS

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oi em meados do ano 2012 que o Coro Sinfónico Inês de Castro iniciou a sua jornada no meio musical. Na altura, os primeiros ensaios surgiram por intermédio de um convite para actuar em Lisboa, no Pavilhão Atlântico (agora Altice Arena), para apresentar o Requiem de Inês de Castro, obra de Pedro Macedo Camacho. Após esta breve exibição, o coro intensificou os ensaios e realizou o primeiro grande concerto coral sinfónico, a 3 de Outubro do mesmo ano, na Sé Velha, em Coimbra. O Coro Sinfónico Inês de Castro encontrou aqui o impulso que necessitava para formar raízes na cidade, tendo depois desenvolvido um grupo coeso e único que nunca mais parou de abrilhantar os admiradores da música sinfónica. Adoptando o nome da primeira obra que cantaram, João Pinheiro, presidente da Mesa de Assembleia-Geral da Associação Ecos do Passado, considera que este seria o nome mais adequado para atribuir ao grupo. Sendo um coro de Coimbra e por toda a história vivida em torno de Inês de Castro e do romance com D. Pedro, a escolha do nome não foi difícil de decidir. Para além disso, o coro foi o primeiro, a nível mundial, a cantar com tablets, substituindo as tradicionais partituras impressas da obra Inês de Castro. “É uma peça que gostamos particularmente, foi a que nos deu origem”, sublinha o presidente. A criação do coro resulta ainda da necessidade de formar um grupo com a capacidade de apresentar e abraçar um repertório totalmente diferenciado daquele que já existia na cidade. João Pinheiro, que foi um dos impulsio-

nadores, destacou que os responsáveis se focaram essencialmente em algo que “fosse clássico, erudito e de um nível de qualidade superior”. EDUCAR O PÚBLICO O sucesso do CSIC muito se deve ao trabalho árduo que Direcção e coralistas, diariamente, realizam para elevar o nome do coro ao mais alto nível. No entanto, entre os membros pertencentes à Direcção, todos concordam que o sucesso se deve, também, ao público que percorre e preenche salas de espectáculo por onde quer que o Coro Sinfónico Inês de Castro passe. “Nós contribuímos para a formação de públicos, no sentido que criamos hábitos culturais musicais na comunidade, é um dos nossos objectivos”, destaca João Pinheiro, que reconhece ser um ponto essencial no crescimento do coro. Para o sucesso de qualquer grupo ou artista é imprescindível a presença de uma plateia que, acima de tudo, viva a emoção daquilo que é transmitido. Desta forma, o Coro Sinfónico Inês de Castro tem ao seu serviço a formação de cada coralista, com uma equipa pedagógica e artística que procura despertar as melhores vozes dos elementos integrantes. “A evolução é notória o que nos permite fazer obras com algum grau de dificuldade e com uma qualidade boa”, refere Artur Pinho Maria, maestro do coro desde a sua criação. Durante a pandemia a Cultura foi um dos sectores que mais sentiu a crise e, apesar do longo período em que foi obrigado a parar, o CSIC nunca baixou os braços e fez chegar as suas obras a milhares de pessoas. “Conseguimos vender concertos em plena pandemia, quer presenciais quer online, e isso foi uma prova da qualidade do nosso trabalho mostran-

do a confiança que o público tem no projecto que apresentamos”, conta Maria do Rosário Pinheiro, presidente da Direcção do CSIC. “O trabalho que temos vindo a fazer ao longo destes anos, primeiramente, foi de afirmação da nossa qualidade, foram e têm sido 10 anos de afirmação constante e manutenção dos nossos padrões de qualidade, mesmo nos tempos mais difíceis de pandemia, e estes anos mostraram realmente a nossa resiliência”, realça. A responsável reconhece que as expectativas em relação ao consumo dos espectáculos por parte do público durante o confinamento foram superadas, isto porque os concertos do CSIC eram pagos e durante a pandemia muita foi a oferta de forma gratuita, o que tornava difícil competir com esses produtos, mas ainda assim os resultados foram positivos. A marca que foram criando junto do público permitiu o sucesso do grupo. “Essa imagem de marca é importante para o coro se manter, tem de ter uma estrutura semi-profissional do ponto de vista da educação, da formação, da regência, da Direcção artística, por isso é muito importante, ao fim destes anos, ter a imagem de marca que não é só conhecida cá, porque as pessoas que nos vêem gostam do nosso produto”, enaltece João Pinheiro. PROGRAMA DOS 10 ANOS O Coro Sinfónico Inês de Castro apaga este ano 10 velas e por isso tem um programa especial alusivo à data. Serão 10 momentos, repartidos pelos 10 concertos previstos, das 10 obras revisitadas, em 10 salas. Este será o ano em que permitirá o coro sinfónico reviver os seus 10 anos de actividade, sendo que estará disponível ao público tanto em concertos presenciais como em concertos online. Desta forma, o X Ciclo de

Coro ensaia todos os domingos, mais de três horas, no Centro Social e Paroquial da Pedrulha Requiem – Coimbra 2022 associa-se às comemorações do 10.º aniversário do Coro Sinfónico Inês De Castro, cujo o tema deste ano é “Tributo ao Tempo Presente”. Esta 10.ª edição do Ciclo decorrerá nos dias 26 de Março, 2, 3, 15 e 16 Abril, e 29 de Outubro, podendo ainda realizar-se um sétimo concerto em Lisboa. Em seis concertos - três em Coimbra (que serão o I, V e VI) e três nas cidades de Vila Franca de Xira (II), Matosinhos (III) e Porto (IV) - apresentam-se três grandes obras de música erudita, envolvendo mais de 180 intérpretes, entre solistas, coralistas e músicos de orquestra. Integram estes concertos, dois coros convidados, o Coro dos Médicos de Lisboa e o Ensemble Vocal Pro Música, a Orquestra do Atlântico e a Orquestra Inês de Castro (também da Associação Ecos do Passado) e ainda os solistas Leonor Barbosa de Melo, Gisela Sacshe, Inês Pinho, Pedro Rodrigues e Rui Silva. A Direcção dos concertos estará a cargo dos maestros José Manuel Pinheiro e Artur Pinho Maria, também o curador do Ciclo de Requiem. Será interpretada a obra da actualidade, Requiem For the Living, do jovem compositor americano, e amigo, Dan Forrest, nos concertos I, II e III. Coimbra voltará a ouvir,

no Grande Auditório do Convento São Francisco, um dos ícones do repertório coral sinfónico Messa da Requiem, de Verdi (concerto V), uma obra que também vai ser produzida em concerto no Coliseu do Porto. A obra sagrada mais célebre de Pergolesi - Stabat Mater (Concerto VI), será o espectáculo associado à memória da cidade e acontecerá a 29 de Outubro, data da transladação da Rainha Santa Isabel. Este ano, o Ciclo de Requiem de Coimbra é também o III Ciclo de Requiem Online, um conjunto de três concertos gravados em 2021, e que voltarão a ser exibidos na Sala virtual BOL da Associação Ecos do Passado. Ainda nestas comemorações, Requiem de Mozart, obra coral sinfónica 14 vezes cantada pelo Coro Sinfónico Inês de Castro em 10 anos de actividade e na qual o coro se especializou, será apresentada em CD/DVD, com evento de lançamento marcado para o dia 26 de Março, no concerto de abertura do ciclo. NOVO CORO INFANTO-JUVENIL É com olhos postos no futuro e com a dedicação própria de quem conhece e reconhece a importância da música para todas as pessoas que a Associação Ecos do Passado mostra a sua

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“resiliência, criatividade e responsabilidade social pela inclusão de pessoas cegas e de baixa visão no CSIC”. A 30 de Novembro de 2021, o CSIC realizou um concerto inclusivo e tem, neste momento, vários elementos da ACAPO - Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal, a ensaiar em conjunto. “Trabalhamos sempre a pensar em crescer. Acho que 2022 vai ser um ano de crescimento e prova disso é que estamos a criar um Coro Infanto-Juvenil”, conta Maria do Rosário Pinheiro, presidente da Direcção. A criação do Coro Infanto-Juvenil Coimbra Cantat promulga a actividade coral como forma de aprender música, desenvolvendo as capacidades vocais de cada criança e jovem coralista e promovendo a importância da expressividade musical. As inscrições já estão a decorrer e o coro será dividido em dois escalões - coro infantil, dos 6 aos 11 anos de idade, e coro juvenil, dos 12 aos 18 anos. Os ensaios estão previstos para as segundas-feiras, das 18h00 às 19h30 (grupo infantil), e às quintas, das 18h30 às 20h30 (grupo juvenil), sendo que decorrerão na Escola Secundária de Avelar Brotero, mediante protocolo entre as entidades. O novo coro será dirigido pela maestrina Leonor Barbosa de Melo.


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INAUGURADO CENTRO DE RECOLHA E TRIAGEM DE RESÍDUOS

INOVA MODERNIZA ECOCENTRO EM CANTANHEDE

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INOVA e a Câmara de Cantanhede inauguraram, na tarde de ontem, o Ecocentro Municipal, um moderno espaço de recolha de resíduos sólidos, triagem e valorização para reciclagem, num investimento aproximado de 700 mil euros. Trata-se de uma “melhoria significativa” deste espaço situado na Zona Industrial de Cantanhede, conforme salienta o presidente do PUBLICIDADE

Conselho de Administração da INOVA, Idalécio Oliveira, acrescentando que a remodelação possibilita que todas as pessoas e empresas ali depositam os resíduos, direccionando-os para a valorização e a reciclagem. Nas palavras da presidente da Câmara de Cantanhede, Helena Teodósio, o novo Ecocentro Municipal está dotado de “tecnologias adequadas para elevar significativamente os índices de

reciclagem e valorização dos diferentes tipos de resíduos”, assim como “está dimensionado para dar resposta cabal às crescentes necessidades da população num horizonte de médio e longo prazo”. A INOVA - Empresa de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede, responsável pela gestão do sistema de resíduos sólidos urbanos e limpeza urbana do Município, desenvolveu as obras de requalificação e

modernização do Ecocentro, cofinanciadas pelo POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos, no âmbito da candidatura “Projectos Inovadores de Recolha Selectiva”. As obras tiveram por objectivo a criação de melhores condições para a população e as empresas depositarem diversos tipos de resíduos com vista à sua posterior valorização e/ou reciclagem,

aumentando a capacidade de armazenamento e recebimento do Ecocentro para 696 toneladas por ano, o que equivale a um aumento de 50% face às quantidades anteriormente recebidas. Este investimento faz parte de um novo sistema de recolha selectiva, com cobertura integral do território municipal, para determinadas fracções contidas nos resíduos urbanos, nomeadamente resíduos provenientes de habitações, outros resíduos multimateriais e têxteis, e inclui também o serviço designado por “Ecocentro Móvel”. Na entrega de resíduos no Ecocentro está prevista a atribuição de um incentivo económico-financeiro aos utilizadores que entreguem os resíduos devidamente separados. A protecção do ambiente e a promoção da eficiência dos recursos é uma obrigação da Inova e com a requalificação do Ecocentro é possível elevar os indicadores de qualidade de vida, melhorando os resultados na protecção do meio ambiente e na qualificação do

ambiente urbano, colocando em prática os princípios da economia circular através de um modelo assente na recolha selectiva. Segundo Idalécio Oliveira, “trata-se de um investimento fundamental para a melhoria deste serviço sob responsabilidade da Inova”, sendo, também, “reforçadas as acções de sensibilização acerca da importância do papel da comunidade e da respectiva mudança de atitudes no processo de prevenção e redução da produção de resíduos, no sentido de aumentar a reutilização e recuperação dos materiais e a preparação para a valorização e reciclagem”. “Hoje em dia, não faz sentido observar descargas deste tipo de resíduos ao lado de contentores, no chão ou mesmo ao longo das estradas. Além do Ecocentro e dos ecopontos distribuídos pelo concelho, a INOVA também disponibiliza serviços de recolha porta-a-porta, mediante prévia marcação, para recolha de aparas de jardim, móveis e electrodomésticos fora de uso”, acrescenta.

ARQUIVADO PROCESSO DO SOMOS COIMBRA CONTRA MACHADO E CIDADE

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m Janeiro de 2020, o movimento Somos Coimbra, que tinha como líder José Manuel Silva, o agora presidente da Câmara, apresentou queixa crime no Ministério Público contra o então Executivo Municipal socialista, presidido por Manuel Machado, por entender que tinha sido usada “informação falsa” numa deliberação da Câmara relativa à requalificação da Praceta Mota Pinto, junto aos HUC e ao Pólo III. Esta semana, conforme soube o “Campeão”, o Ministério Público decidiu pelo arquivamento dos autos, por entender que não tinha sido posta em causa a veracidade das actas das reuniões sobre aquele assunto, por espelharem o que efectivamente se passou. Ficou, assim, afastada a prática de um crime de falsificação de documento, assim como de outra irregularidade de Manuel Machado e do vereador

In Campeão das Províncias de 24/02/2022

Carlos Cidade, que tinha o pelouro do Urbanismo. Recorde-se que, na altura, o Somos Coimbra (SC), cujos vereadores votaram contra, consideraram que “a aprovação da requalificação da Praceta Mota Pinto foi tomada com a garantia de um estudo de tráfego da zona, que em rigor não existe”, e entenderam que “a garantia foi deliberadamente dada com base em informação falsa, pois o estudo de tráfego era exclusivo da circulação interna do Pólo III e em nada interferia com a zona da Praceta”. O SC referiu, na altura, que o presidente da Câmara, Manuel Machado, disse “haver um estudo de tráfego anexo ao processo de requalificação da Praceta, que legitimava o projecto”, mas “o estudo não foi distribuído aos vereadores antecipadamente, em plataforma electrónica, violando grosseiramente o regimento da Câmara Municipal”.


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Coimbra presente no Luxemburgo na abertura da Capital Europeia da Cultura 2022

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osé Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, marca presença, no sábado (26), na cerimónia de abertura de Esch2022, cidade luxemburguesa que, este ano, é Capital Europeia da Cultura. Coimbra - Município que possui um protoloco de geminação com Esch-sur-Alzette, Luxemburgo - é a única cidade portuguesa que se encontra na corrida pela conquista do título de Capital Europeia da Cultura (CEC) em 2027 que irá estar presente no evento. José Manuel Silva é, também, a única personalidade política nacional confirmada na sessão de abertura, momento que contará com a participação de elementos de delegações da Áustria, Itália, Alemanha, França e Luxemburgo. Para José Manuel Silva, “é uma honra fazer parte da cerimónia de abertura de Esch2022, cidade com a qual o Município de Coimbra tem fortes laços de geminação e que se fará, este ano e mais do que nunca, de cultura”. E acrescenta: “Estando Coimbra na corrida pelo título de Capital Europeia da Cultura em 2027, queremos acompanhar e viver, de forma estreita, este ano, período que nos permitirá preparar de forma ainda mais estruturada o projeto cultural que estamos a construir e que esperamos implementar até e durante o ano de 2027”. Coimbra e Esch-sur-Alzette são, desde 2005, cidades geminadas. O protocolo de colaboração - que visa potenciar as redes de cooperação e

desenvolvimento, principalmente nos domínios da educação, da cultura e do desporto - possibilita, igualmente, o apoio e desenvolvimento dos laços que ligam os emigrantes de Esch à sua terra natal, potenciando e consolidando a cultura portuguesa nesta cidade luxemburguesa. O desenvolvimento de projectos comuns de intercâmbio e colaboração e a implementação de um calendário comum de actividades, culturais e desportivas, são apenas dois dos grandes exemplos da materialização deste acordo que visa aproximar estas duas cidades. Recorde-se que Esch partilha, em

2022, o título de Capital Europeia da Cultura com Kaunas, na Lituânia, e Novi Sad, na Sérvia, cidades que realizaram as suas cerimónias de abertura durante o mês de Janeiro. Coimbra é uma das 12 cidades portuguesas na corrida pelo título de CEC2027. A apresentação oficial da candidatura ao júri nacional está agendada para 8 de Março e a ‘shortlist’ das cidades que passarão à fase final do concurso será anunciada a 11 de Março. A cidade portuguesa eleita como Capital Europeia da Cultura em 2027 deverá ser conhecida entre o final de 2022 e o início de 2023.


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O segredo de Vénus talvez se esconda no calor da noite Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço O mais completo perfil dos ventos de Vénus paralelos ao equador no lado nocturno lança novos indícios sobre a possível relação entre o efeito de estufa descontrolado na atmosfera e a violência dos ventos no topo da camada das nuvens, segundo um estudo liderado pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço. Apesar de estar perto da Terra e ter praticamente o mesmo tamanho, Vénus é outro mundo. Sob o espesso manto de nuvens de ácido sulfúrico, à superfície reinam 460 graus Celsius. Esta temperatura é mantida pelo efeito de estufa de uma atmosfera feita quase só de dióxido de carbono. Setenta quilómetros mais acima vive-se uma tempestade de vento permanente, fruto da chamada superrotação de Vénus. Uma equipa de investigadores liderada pelo Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IAstro) está cada vez mais perto de explicar como estas características infernais estão interligadas. Um estudo publicado na revista Atmosphere, liderado por Pedro Machado, do IAstro e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), apresenta o conjunto de medições mais detalhado e completo alguma vez feito, de um observatório na Terra, das velocidades dos ventos em Vénus paralelos ao equador e à altitude da base das nuvens. Um dos resultados, inédito, foi a medição simultânea da velocidade dos ventos a duas altitudes separadas de 20 quilómetros. A equipa verificou uma diferença na velocidade do vento de cerca de 150 quilómetros por hora mais rápido no topo das nuvens, o que oferece indícios de como ocorre em Vénus a transferência de energia do calor das camadas baixas para alimentar a misteriosa superrotação da atmosfera. “Os ventos vão acelerando à medida que vamos subindo em altitude, mas não se sabe bem ainda porquê”, diz Pedro Machado. “Este estudo traz muita luz sobre isso, porque conseguimos pela primeira vez fazer o estudo da componente vertical do vento, ou seja, como é que é transportada a energia das camadas mais baixas, que estão mais aquecidas, para o topo das nuvens, e que vai levar à aceleração dos ventos.” A temperatura junto ao solo atinge 460 graus Celsius e produz radiação infravermelha (chamada emissão térmica), que aquece o ar e o faz subir. Esta radiação passa através das zonas mais transparentes da base das nuvens, a cerca de 48 quilómetros de altitude. Quando Vénus é observado no infravermelho, vê-se esta irradiação do calor da superfície e as silhuetas de nuvens, opacas e escuras. Observando e acompanhando as nuvens de hora a hora, e utilizando uma técnica de seguimento aperfeiçoada por Javier Peralta, co-autor deste estudo, os investigadores calcularam indirectamente a velocidade do vento que impele essas nuvens. A velocidade ronda os 216 quilómetros por hora na base das nuvens e a latitudes médias, diminuindo para metade mais perto dos polos. Este trabalho foi realizado quase de polo a polo no lado noturno recuperando imagens que a equipa captou no infravermelho com o Telescopio Nazionale Galileo (TNG), em La Palma, nas ilhas Canárias, entre 11 e 13 de Julho de 2012. Nesses mesmos dias e de forma coordenada, a sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA), então a orbitar o planeta, observou na luz visível, fornecendo imagens do topo das nuvens, cerca de 20 quilómetros mais acima, a 70 quilómetros de altitude. Seguindo também essas nuvens, os investigadores obtiveram velocidades da ordem dos 360 quilómetros por hora. Outros estudos, e simulações por computador indicam que a velocidade do vento na base das nuvens é quase constante, sem variações significativas entre o dia e a noite. A equipa pôde assim assumir que a velocidade que obteve para a noite se aplica também às baixas camadas da atmosfera no lado diurno.

Obtiveram-se assim, pela primeira vez, medidas da diferença entre a velocidade do vento a duas altitudes a partir de observações simultâneas, concluindo-se que, no lado diurno e em apenas 20 quilómetros na vertical, ocorre um incremento de cerca de 150 quilómetros por hora na velocidade do vento paralelo ao equador. O calor da superfície poderá ser o motor que sustenta estas velocidades ciclónicas dos ventos no topo das nuvens. A precisão dos dados obtidos com telescópios na Terra é comparável à das câmaras de infravermelho das sondas espaciais, graças a um método trazido a este estudo por Javier Peralta. “Utilizámos o mesmo método de referenciação geográfica das imagens obtidas pelas sondas espaciais, que foi desenvolvido pela NASA, e complementado pela Agência Espacial Europeia”, explica Pedro Machado. “É como se o telescópio aqui no solo fosse uma nave espacial.” Com o sucesso desta abordagem, a equipa irá agora expandir a pesquisa da componente vertical dos ventos com novas observações no solo coordenadas com a sonda actualmente em órbita de Vénus, a Akatsuki, da agência espacial japonesa JAXA. Este estudo demonstra que observações feitas a partir da Terra complementam os dados que estejam a ser coletados nesse mesmo momento por missões no espaço. Apesar da menor resolução espacial, devido à distância a que está o nosso planeta, é em geral possível ter uma visão global de Vénus, que as sondas no local, devido às suas órbitas, nem sempre conseguem ter. Está a ser planeada a próxima missão da ESA dedicada a Vénus, a EnVision. Irá estudar a superfície do planeta e tentar conhecer o seu passado. Portugal está envolvido na missão, e Pedro Machado lidera o consórcio português, além de ser coinvestigador responsável por um dos instrumentos, um espectrógrafo no infravermelho. “Este trabalho mostra o tipo de ciência que se vai poder fazer com os instrumentos da EnVision. Nós já estamos a provar a grande relevância que tem a ciência que se pode fazer com esta futura missão”. A experiência do IAstro e dos investigadores portugueses na compreensão da dinâmica da atmosfera de Vénus irá ajudar a escolher os comprimentos de onda de luz em que a missão EnVision irá observar, assim como as camadas da atmosfera mais relevantes do ponto de vista científico, contribuindo assim para o desenho e planeamento da missão e dos seus instrumentos. Espera-se também que a participação nacional consiga trazer para bordo indústria portuguesa em mais um projecto internacional da ESA, com a perspectiva de apoio da Agência Espacial Portuguesa, a Portugal Space.


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17 Novo Ecocentro de Cantanhede pode separar 696 toneladas de resíduos por ano www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Câmara de Cantanhede e a INOVA procederam à obra de requalificação e ampliação do antigo centro de recolha de resíduos sólidos urbanos, estando agora preparado para receber e separar por tipologia 696,89 toneladas por ano. “Com as obras realizadas, a capacidade do Ecocentro Municipal de Cantanhede de receber e de armazenar duplicou relativamente à que existia antes das obras, estando agora dimensionada e equipada para receber e separar por tipologia 696,89 toneladas por ano”, disse a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio. Na inauguração que decorreu na tarde de quarta-feira. O Ecocentro de Cantanhede foi alvo de requalificação e modernização pela INOVA - Empresa Municipal de Desenvolvimento Económico e Social de Cantanhede. A obra envolveu um investimento de cerca de 662 mil euros, cofinanciada pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso dos Recursos (POSEUR), no âmbito de uma candidatura a “Projectos Inovadores de Recolha Selectiva”. A este investimento acresce a aqui-

sição de uma viatura pesada com grua, no valor de 180 mil euros e ainda um ecocentro móvel no valor de 20 mil euros que vai percorrer as freguesias do concelho, para recolher resíduos, como por exemplo, tinteiros. O Ecocentro Municipal está instalado na zona Industrial de Cantanhede e está preparado para receber cerca de 50% do total de resíduos para reciclagem no concelho, sendo os restantes recolhidos pelo sistema multimunicipal, em ecopontos colectivos ou através de recolha porta-a-porta no pequeno comércio”, referiu o presidente do Conselho de Administração da INOVA, Idalécio Oliveira. Esta empreitada tem como objectivo a criação de um novo sistema de recolha selectiva com cobertura integral do território municipal, para determinadas fracções contidas nos resíduos urbanos, nomeadamente materiais perigosos, como têxteis, madeiras, CD, DVD, consumíveis informáticos, tintas, vernizes e termómetros de mercúrio, entre outros. Esta é uma forma de proporcionar aos cidadãos e empresas um centro de proximidade para deposição de resídu-

os que, pelas suas características, não podem ser colocados nos tradicionais ecopontos ou não é viável a sua recolha porta-a-porta. O Ecocentro vai permitir ainda a troca de objectos, funcionando também como um pólo de reutilização e reparação de materiais. Vão ser ainda dinamizadas acções de educação e sensibilização ambiental, onde se promovam cursos, ‘workshops’ e oficinas, com o intuito de envolver a comunidade local para a prevenção e redução da produção de resíduos, reutilização de materiais e preparação para a reutilização e reciclagem. Helena Teodósio referiu, ainda, que está em estudo a implementação de um mecanismo de incentivo aos utilizadores do ecocentro e do ecocentro móvel, através de uma plataforma digital, para o registo de pontos que se convertem em descontos e prémios, a quem entregar resíduos sujeitos a valorização. Esta iniciativa tem o propósito de “envolver a comunidade nos princípios da economia circular através de um procedimento interactivo e divertido”, concluiu.


18 Coimbra assinala 180 anos do nascimento da poeta Amélia Janny QUINTA-FEIRA, 24 DE FEVEREIRO 2022

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manhã, dia 25, passam 180 anos do nascimento de Amélia Janny (1842 – 1914), poeta de Coimbra que cedo granjeou elevado reconhecimento nos círculos literários e sociais da sua época. Desta forma, a Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai homenagear a mulher que se tornou um símbolo da cidade, através da realização de uma exposição de fotografia e de uma conferência evocativa, na Casa da Escrita, a partir das 18h00. A sessão evocativa do nascimento

de Amélia Janny decorre com a inauguração da exposição “Amélia Janny e os Seus Amigos”. Esta mostra, de entrada livre, estará patente na Casa da Escrita até 3 de Junho, de segunda a sexta-feira (das 09h30 às 12h30 e das 14h00 às 18h00). Dará a conhecer registos fotográficos que evidenciam a evolução do aspecto físico de Amélia Janny, num tempo em que a fotografia dava os primeiros passos. A organização da exposição resultou de uma investigação levada a cabo por Alexandre Ramires, nome incontornável

da história da fotografia. Para além de fotografias da homenageada estarão também presentes fotografias de alguns poetas e escritores com quem Amélia Janny cultivou uma vida cultural e académica, como Antero de Quental, Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão ou Camilo Castelo Branco, entre outros protagonistas da Geração de 70. José Ribeiro Ferreira, Professor Catedrático jubilado da Universidade de Coimbra, irá proferir a conferência sob o tema “Evocação dos 180 Anos do Nascimento da Poeta Amélia Janny”. Depois de inaugurada a exposição e antes da conferência, haverá lugar para um apontamento musical, a cargo de Magali Alvadia (percussionista) e Klaudia van Eenbergen (pianista), na qual serão apresentados originais da dupla de instrumentistas, que representam o percurso musical feito em conjunto pelas duas professoras de música a lecionar em Coimbra. Com esta iniciativa, a CM de Coimbra pretende homenagear uma mulher singular, natural de Coimbra, que desde muito jovem demonstrou uma invulgar tendência e vocação para a poesia, tendo participado ativamente em saraus literários, tertúlias, cerimónias, festas e comemorações, na sua casa, na Couraça de Lisboa. Amélia Janny cultivou amizades com António Feliciano Castilho, Antero de Quental, Guerra Junqueiro, João Penha, João de Deus, Camilo Castelo Branco, Manuel Pinheiro Chagas, José Ramalho Ortigão, António Cândido, Emília das Neves, entre outros.


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Câmara de Penacova cancela Festival devido à escassez de lampreia A

Câmara Municipal de Penacova decidiu cancelar o Festival da Lampreia, agendado para o fim-de-semana, face à escassez daquele peixe no mercado, anunciou esta quinta-feira a autarquia. “Depois de ouvir os restaurantes, o Município de Penacova decidiu cancelar o Festival da Lampreia agendado para o próximo fim-de-semana. Nos últimos dias, a escassez de lampreia no mercado agudizou-se e os fornecedores não conseguem abastecer os restaurantes” - refere a Câmara, A autarquia realça que “foi sensível ao argumento dos empresários da restauração que temiam não poder responder à elevada procura”. Segundo a Câmara, “a seca prolongada levou a uma redução de caudais dos rios e a uma consequente ausência de lampreia”. “Na programação prevista para o fim-de-semana mantém-se a abertura do posto de turismo da EN2 [Estrada Nacional 2] e a caminhada ‘Trilhos do Mondego’, prevista para domingo”, acrescenta. A Câmara de Penacova explica, ainda. que, caso as circunstâncias se alterem o Município, “equaciona reagendar o evento”.

A meados de Fevereiro já os restaurantes de Penacova queixavam-se da escassez de lampreia no rio Mondego, que levou a uma subida a pique dos preços praticados. Por outro lado, Pedro Raposo, coordenador do projecto ANADROMOS, que monitoriza a passagem de peixes pelo Açude-Ponte de Coimbra, notou que “está a passar muito pouca lampreia” e considerou que se está perante “uma situação muito dramática”, não apenas no Mon-

degio, mas também noutros, como o Lima, no Norte do país. “O efeito que temos aqui é a falta de água”, explicou na altura à Lusa o investigador, salientando que a seca leva à redução dos caudais do rio e a uma consequente ausência de lampreia. “O futuro não é promissor, estando esta espécie em Portugal no limite da sua distribuição e o aumento da frequência de anos secos vai necessariamente contrair aquilo que são os seus efectivos populacionais”, sublinhou.


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CIM Região de Coimbra inicia instalação de armadilhas para captura da vespa velutina A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra iniciou, esta semana, a instalação de armadilhas entomológicas previstas no âmbito do projecto “Detecção e Combate à espécie exótica invasora vespa velutina”, cofinanciado pelo POSEUR, Portugal 2020 e Fundo de Coesão. O processo de instalação estará concluído até ao final do Março de 2022, com a instalação de cinco mil armadilhas e correspondente monitorização

quinzenal, processo esse que irá decorrer em toda a Região. O acompanhamento do processo de instalação e monitorização será realizado por intermédio da Universidade de Coimbra, com o apoio dos municípios, numa perspectiva de redução anual do número de ninhos através da captura das vespas fundadoras e de avaliação dos impactos da disseminação desta espécie no território da CIM Região de Coimbra.

Recorde-se que o referido projecto, com um investimento total de 540 697,76 euros, tem por objectivo a criação de uma estratégia coordenada de combate à vespa velutina em toda a região, reforço da capacitação dos municípios ao nível dos equipamentos de eliminação de ninhos, instalação e monitorização de uma rede de armadilhas, promoção e divulgação de boas práticas, bem como o aumento do conhecimento atualmente existente sobre esta espécie.


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Gabinete de Comunicação e Imagem leva Ginásio Figueirense ao mundo

O mundo digital é importante no associativismo e o Ginásio Figueirense desde 2005 tem beneficiado desse serviço, com a criação do Gabinete de Comunicação e Imagem, o Ginásio está hoje espalhado pelo mundo, onde milhares de figueirenses, simpatizantes e ex-atletas estão sempre ávidos de saber informações deste centenário Clube e das suas 13 modalidades praticadas, para além da vida social da colectividade”, é assim que o Ginásio Figueirense realça os 17 anos do seu Gabienete de Comunicação. O percurso começou com o Boletim semanal de notícias do Ginásio, que teve o seu início em 4 de Abril de 2005 e, desde então, foi editado às segundas-feiras. Para assinalar mais um aniversário deste departamento ginasista, a exemplo de anos anteriores, os colaboradores reuniram-se na noite da passada quarta-feira (23), no restaurante Stella Maris, em Buarcos, num convívio que assinalou o 17.º aniversário desta estrutura associativa, “um gesto simbólico de reconhecimento pelo trabalho invulgar e persistente só possível devido à dedicação do conjunto de colaboradores voluntários que asseguram esta e outras funções do Gabinete de Comunicação e Imagem”, enaltece o Clube, dando ênfase à “gestão de meios de divulgação na internet, às relações com a comunicação social, à programação anual, às campanhas de divulgação/publicidade, ainda à angariação de apoios, à edição

da revista anual ‘Vai d´Arrinca’ e à cooperação com outras entidades, mediante a celebração de protocolos, entre outras áreas”. Joaquim de Sousa, mentor e responsável pela gestão deste departamento, falou de números nestes 17 anos decorridos entre 2005 e 202: “foram emitidos 862 noticiários, enviados a cerca de seis dezenas de órgãos de Comunicação Social e disponibilizados online no site oficial do Clube”, refere. Quanto às redes sociais, no site oficial do Clube, presentemente com uma média de 40/50 visitas diárias; um blogue (Portugal Rowing Tour), 10 páginas no facebook, com um total de 16.905 seguidores, dos quais 10.544 correspondem à página do clube, os restantes ao conjunto das páginas das secções. Quanto à revista anual foram editados 11 números entre 2009 e 2021. No que diz respeito a coope-

rações, encontram-se presentemente em vigor 52 protocolos, dos quais 28 para a concessão de descontos aos sócios do Clube, 12 para descontos atribuídos pelo Ginásio e outras entidades e/ou aos respectivos sócios, e 12 parcerias de colaboração de vários tipos O dia-a-dia do Ginásio neste período está assim extensivamente documentado, tendo havido também o cuidado de recolher essas notícias e comentários em Álbuns semestrais (28) ou anuais (neste caso três álbuns, relativos a 2005, 2012 e 2021), disponíveis para consulta na Biblioteca Municipal, Arquivo Histórico e Secretaria do Clube. O Ginásio conclui que este é “um trabalho invulgar e persistente só possível devido à dedicação do conjunto de colaboradores voluntários que asseguram esta e outras funções do Gabinete de Comunicação e Imagem”


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Mercado do Calhabé recebe 2.ª edição do Carnaval de Coimbra N

o próximo fim-de-semana, Coimbra vai sambar ao som do “verdadeiro Carnaval brasileiro”, recebendo no domingo (27), no Mercado do Calhabé, a segunda edição do Carnaval de Coimbra, que promete proporcionar um ambiente de alegria e muita festa. Após um ano de interregno, o Carnaval de Coimbra, promovido pela União das Freguesias (UF) de Coimbra e organizado pela comunidade brasileira, vai contar com muita música e dança do país rei do Carnaval. “Estamos a trazer, pela segunda, vez o carnaval verdadeiramente brasileiro para Coimbra”, começou por dizer João Abreu, produtor cultural na cidade e um dos membros organizadores, na apresentação do programa que

decorreu esta manhã, no Mercado do Calhabé. “A programação vai ter desde a música do Rio de Janeiro à música baiana. Vamos contar com a apresentação do Grupo do Beco, um grupo de samba da cidade, e o grupo de Axé, composto com músicos da Bahia. E além disso vamos contar com a apresentação do Bloco do Beco, que é uma pequena mostra de como funciona uma bateria de escola de samba no Brasil”, referiu. As portas do Mercado do Calhabé vão abrir-se às 11h30, sendo que às 12h00 actua o primeiro grupo musical – Amamanus. Às 14h00 apresenta-se o Grupo do Beco que tem como convidados Alex Lima, Pedro e Mel, Luís Travassos e Joana Gonçalves. Pelas

18h00 é a vez da Bateria da Escola de Samba que irá desfilar pela rua circundante ao Mercado e, para terminar, às 19h00, decorre o Batuque Favela com o grupo Axé Bahia sendo que o Mercado encerrará apenas às 21h00. Ao contrário da primeira edição, que decorreu em 2020 na Visconde da Luz, na Baixa de Coimbra, de forma gratuita, esta segunda edição é com ingresso obrigatório, sendo que agora o valor é de sete euros, aumentando o preço se comprado no próprio dia. João Francisco Campos, presidente da União das Freguesias de Coimbra, afirmou que esta iniciativa, que implica um financiamento de cerca de dez mil euros, trata de trazer “um bocadinho do calor brasileiro”, ressalvando que é também uma forma de “voltar a viver uma vida social”, embora de forma gradual. Esta iniciativa pretende também, segundo o presidente, “dar a conhecer o mercado do Calhabé”. Já Robert Souza, também elemento da organização disse que outro intuito é “além de toda a parte musical e cultural, é ainda poder contribuir um pouco com a revitalização do mercado”. Na primeira edição os números atingiram as cinco mil visitantes, no entanto, agora com o local fechado e com o preço de entrada, a organização espera alcançar 700 pessoas durante todo o dia de domingo. No dia 26 vai decorrer, na Praça do Comércio, pelas 11h00, um ensaio aberto da bateria do Bloco do Beco e, pelas 15h00, decorrerá um cortejo que vai desde a Portagem ao Terreiro da Erva.


23 Prémio Universidade de Coimbra atribuído a António Guterres www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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engenheiro e político António Guterres, actual Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), é o vencedor do Prémio Universidade de Coimbra (UC). O galardão - atribuído com o apoio da Fundação Santander Portugal - vai ser entregue a 1 de Março, na sessão solene comemorativa do 732.º aniversário da UC. “É uma honra para a Universidade de Coimbra anunciar que o engenheiro António Guterres é o vencedor do Prémio UC 2022. Trata-se de uma figura excepcional, de alcance mundial, que, nos cargos de relevo nacional e internacional que tem desempenhado, ergue permanentemente a voz na defesa da sustentabilidade e da promoção da igualdade, causas nas quais a Universidade de Coimbra também está particularmente empenhada. Essa comunhão de visão, estratégia e acções, com destaque para os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, leva-nos a acreditar que o engenheiro António Guterres - também Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra - é claramente merecedor desta distinção” - afirma o Reitor da UC, Amílcar Falcão, que preside ao júri do Prémio. “Enquanto Secretário-Geral das Nações Unidas, o engenheiro António Guterres chama a atenção para a necessidade de uma solidariedade global e da criação de uma nova mentalidade que transcende nações, religiões e territórios. Pelo exposto e pela importância que os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável representam para o Santander, esta é uma escolha de elementar justiça”, refere a Presidente da Fundação Santander Portugal, Inês Oom de Sousa (vice-presidente do Júri). Nascido em Lisboa a 30 de Abril de 1949, António Guterres foi Primeiro-Ministro de Portugal (1995-2002) e Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (2005-2015). Actualmente, exerce funções como Secretário-Geral da ONU – desde 1 de Janeiro de 2017. Instituído em 2004, o Prémio UC, no valor de 25 mil euros (10 mil euros para o vencedor e 15 mil euros para a atribuição de uma Bolsa de Investigação Santander para apoiar o desenvolvimento de trabalho numa área a definir pelo premiado), distingue anualmente uma personalidade de nacionalidade portuguesa “de inequívoco valor percebido na sua área profissional - das áreas da cultura, da economia e gestão e/ou ciência e inovação - que se distinguiu no ano transacto de forma inequívoca no apoio incondicional ao desenvolvimento das pessoas, das famí-

lias, das empresas e das comunidades, apoiando um crescimento inclusivo e sustentável de sociedade”. Na sua última edição, em 2021, o Prémio Universidade de Coimbra distinguiu o cardeal, ensaísta, poeta e teólogo José Tolentino de Mendonça. O prémio também já distinguiu a classicista Maria Helena da Rocha Pereira, o crítico gastronómico José Quitério, o antigo reitor da Universidade de Lisboa Sampaio da Nóvoa, o músico e compositor António Pinho Vargas, a cientista Maria de Sousa, o químico Adélio Mendes, o artista plástico Julião Sarmento, o musicólogo e historiador cultural Rui Vieira Nery e o cofundador da Critical Software Gonçalo Quadros. A coreógrafa, professora e programadora cultural Madalena Victorino, o embaixador João de Deus Ramos, o investigador e empresário José Epifânio da França, o matemático luso-brasileiro e membro do Fórum Internacional de Investigadores Portugueses Marcelo Viana e o neurocientista Fernando Lopes da Silva foram outros dos contemplados. Em 2005, a distinção foi atribuída ex aequo, a António Manuel Hespanha, historiador e jurista, e a Luís Miguel Cintra, fundador do Teatro da Cornucópia, ator e encenador. Em 2010, também ex aequo, foi atribuído o prémio a Almeida Faria, ensaísta e escritor, e a Pedro Costa, cineasta. O ex-comissário europeu da Investigação, Ciência e Inovação, Carlos Moedas, actual presidente da Câmara de Lisboa, foi distinguido em 2020.


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Coimbra remove espécie invasora no canal da margem esquerda do Parque Verde

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Câmara Municipal (CM) de Coimbra iniciou, na segunda-feira, uma operação de remoção da alga invasora elódea-africana no canal da margem esquerda do Parque Verde do Mondego. A CM Coimbra debate-se, desde finais de 2017, com a invasão da elódea-africana no canal da margem esquerda do Parque Verde do Mondego, após a situação ter sido detetada pelo Centro de Ecologia Funcional da

Universidade de Coimbra. A autarquia inicia agora uma nova operação de remoção para tentar controlar a expansão desta alga invasora, uma vez que esta espécie coloca em risco a biodiversidade autóctone e os serviços ecológicos das massas de água, mas também se revela um grande constrangimento à navegabilidade do canal e ao seu uso para a prática desportiva. A elódea-africana (lagarosiphon major) é uma planta

aquática submersa de cor verde-escura, pouco ramificada, com folhas pequenas alternas e curvadas para baixo e mais juntas perto do ápice. Forma “tufos” no fundo da água, podendo crescer até seis metros, formando tapetes flutuantes junto da superfície. Os trabalhos foram iniciados no dia 21 e está prevista a duração de aproximadamente uma semana. A operacionalização segue procedimentos rigorosos de minimização da propagação da elódea-africana, embora esta espécie já se encontre em vários locais do leito do Rio Mondego. A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra irá também prestar apoio no sentido de disponibilização de equipamento específico, composto por ceifeiras aquáticas, que permitirão uma intervenção mais eficaz no leito do Rio Mondego. Esta operação está prevista para o mês de Maio de 2022.


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IPC aposta no empreendedorismo com mais uma edição do Concurso Poliempreende A

rrancou a 18.ª edição do Poliempreende – Start Up Your Idea no Politécnico de Coimbra (IPC). A sessão de abertura decorreu ontem, dia 23, em formato online. Sara Proença, directora do INOPOL Academia de Empreendedorismo e coordenadora Regional do Poliempreende, fez a apresentação da edição deste ano do programa Poliempreende, “a maior rede de promoção do empreendedorismo no ensino superior politécnico” a nível nacional, que envolve toda a comunidade académica e conta com o apoio de diversos agentes do ecossistema empreendedor nacional. Está aberta à participação de estudantes, diplomados e professores/investigadores que, com o suporte de mentores/consultores, apresentam projectos de negócio à apreciação de um júri, habilitando-se a prémios monetários e a serviços de incubação no INOPOL Academia de Empreendedorismo. O programa pretende, sobretudo, promover a cultura empreendedora, o espírito de iniciativa e o enriquecimento curricular dos actores académicos participantes, fomentando o desenvolvimento de projectos de vocação empresarial e valorizando o conhecimento gerado no seio da comunidade académica, potenciando assim a transferência de tecnologia e a criação de novas empresas de cariz inovador. Segundo Sara Proença, é importante para o sucesso do projecto que exista “capacidade para criar equipas que reúnam estudantes de diferentes perfis” e provenientes das diferentes Escolas do IPC. Na sua intervenção, Jorge Conde, presidente do Politécnico de Coimbra, referiu que “o empreendedorismo é uma área cada vez mais abraçada pelas IES (Instituições de Ensino Superior)” e, em particular, pelo IPC, pelo facto de ajudar muitos estudantes a inovar, desenvolver ideias de negócio e criarem o seu próprio emprego. O responsável salientou ainda a importância do INOPOL, a incubadora de empresas do Politécnico de Coimbra, pela sua acção não só ao nível do estímulo à geração de novas ideias, mas também no apoio à sua transformação em negócios. Por último, destacou o que “empreendedorismo não é sinónimo de empresarialização”, uma vez que a capacidade de inovação é tão preponderante para fins de criação do seu próprio negócio, como para quem escolhe trabalhar por conta de outrem, em empresas.

Entrega de ideias de negócio até 27 de Abril O projecto Poliempreende integra todas as instituições politécnicas do país, num total de 21 parceiros (a que corresponde um universo de mais de 100 mil estudantes e mais de sete mil docentes), englobando uma fase regional e uma fase nacional. A nível regional, o IPC promove um conjunto de iniciativas (sessões de sensibilização, oficinas deformação/capacitação e mentoring), que culminam na escolha do melhor projecto de negócio. O projecto vencedor no IPC concorre depois a nível nacional com os vencedores apurados nos restantes parceiros da rede. Nesta 18.ª edição, o prazo limite para entrega das ideias de negócio será o dia 27 de Abril, seguindo-se no dia 4 de Maio um Bootcamp de Ideação com o objectivo de apoiar as equipas no desenvolvimento e aperfeiçoamento das ideias submetidas (com recurso ao apoio de um conjunto alargado de mentores), assim como validar as que demonstram potencial para seguir para a fase seguinte. Para 29 de Junho está marcada a entrega dos planos de negócio e a 13 de Julho realizar-se-á o Concurso Regional. Entretanto, entre os meses de Março a Junho, irão decorrer diversas sessões de sensibilização e capacitação. De referir que o IPC compete a nível nacional há vários anos, desde a 5.ª edição, e conta com seis vitórias, um segundo e um terceiro prémios e um prémio inovação Delta. A vitória

mais recente deu-se no Concurso Poliempreende 2020 (o qual foi atribuído em 2021), com o projecto da equipa INOAPI, que propôs um conjunto de soluções inovadoras para a indústria da Apicultura. Exemplo de empreendedorismo Inês Franco Alexandre foi a oradora convidada desta sessão de abertura. Considerada uma das 100 jovens mais influentes de Portugal pelo projecto “100 oportunidades”, é um dos rostos mais visíveis do empreendedorismo social e de impacto a nível nacional, fazendo da sua missão de vida encontrar soluções inovadoras, escaláveis e sustentáveis para responder aos problemas e desafios sociais e ambientais mais prementes da sociedade. É atualmente Head of Digital Ecosystem e People & Culture Manager na Girl MOVE Academy, uma Academia de Liderança e Empreendedorismo Social que procura, através de modelos educativos inovadores e de novas formas de pensar e de agir mais inclusivas e sustentáveis, promover o empoderamento de raparigas e mulheres moçambicanas. É também presidente do Movimento Transformers, uma organização com mais de 10 anos de actividade e que tem como missão combater o problema da falta de participação cívica e social da sociedade civil em Portugal, promovendo e envolvimento das pessoas nas suas comunidades através daquilo que mais gostam de fazer. Durante a sua intervenção, a empreendedora abordou vários tópicos ligados ao empreendedorismo, liderança, ativismo, inovação e impacto social, designadamente os diferentes tipos de empreendedorismo, as várias etapas que compõem o processo de criação de um projecto, negócio ou startup e as aprendizagens práticas que retirou ao longo do seu percurso. A oradora salientou ainda que “não temos todos de ser tudo”, mas que existe sempre espaço para fazermos a diferença dentro de uma organização, pelo que devemos todos explorar o nosso potencial para o “(intra)empreendedorismo”. Finalizou apelando aos participantes que invistam no exercício de descobrir quais são os seus talentos, através do cruzamento entre experiências de vida (pessoais ou profissionais), competências adquiridas e pessoas que nos inspiram e influenciam.


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VINAGRETAS O POLIGLOTA

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nglês, francês, alemão, luxemburguês, espanhol e até português. Para Philip Crowther é normal falar seis línguas, mas assim que demonstra os seus conhecimentos desperta, rapidamente, a atenção e a curiosidade de milhares de pessoas. Actualmente, é um dos muitos jornalistas que estão a cobrir a tensão que se vive entre a Rússia e a Ucrânia e tornou-se viral ao explicar o conflito nas seis línguas que fala. Nas suas reportagens - sejam elas sobre o ataque ao Capitólio, nos Estados Unidos, ou, actualmente, o conflito entre a Rússia e a Ucrânia - é já comum que coloque à prova os idiomas que conhece e que fala. Para o próprio, tal como afirmou num programa de televisão espanhol, não é nada de especial saber falar seis línguas, uma vez que essa é a realidade do Luxemburgo, onde “temos de ser capazes de falar com os nossos vizinhos”. No entanto, para milhares de utilizadores, é algo extraordinário.

“MORRER” NA PRAIA...

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m homem iraniano, condenado por homicídio, morreu em tribunal escassos momentos após conhecer o resultado do recurso da sentença a que havia sido condenado. De acordo com a imprensa do Irão, Akbar tinha acabado de saber que escapava à pena de morte, sendo imediatamente libertado, quando subitamente sofreu um ataque cardíaco, que se revelou fatal. O homem ainda foi levado a um hospital, onde foi sujeito a manobras de reanimação, sem sucesso. Durante o decorrer do processo na justiça, de acordo com a família, o homem desenvolveu várias doenças na prisão, o que terá contribuído para o desfecho trágico.


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ALGUÉM DISSE QUE... “Queria reafirmar a condenação veemente por parte de Portugal da acção militar desencadeada pela Rússia” António Costa, primeiro-ministro, sobre os ataques da Rússia à Ucrânia “Não vamos estar à espera que outros tomem a iniciativa” Ana Gomes, ex-deputada do Parlamento Europeu, sobre a tensão Rússia-Ucrânia “Apesar de lhe ter sido oferecida a paz, a Rússia optou pela guerra. A decisão de invadir a Ucrânia é ilegal, desnecessária e inaceitável. E, com o mundo a ver, é preciso deixar claro que estas acções acarretam fortes punições” Rui Rio, presidente do PSD “Há uma dimensão evidentemente de prevenção, que é essencial, e há uma dimensão também de apoio às vitimas destas situações, e de melhoria das condições infraestruturais e de policiamento, quando são identificadas falhas” Marta Temido, ministra da Saúde, sobre a violência nos hospitais “É uma vergonha, o grau zero da democracia” André Ventura, líder do CHEGA, sobre te sido expulso da rede social ‘Twitter’ “Putin percebe que Biden é frágil e inseguro. Vai forçar até ao limite” Carlos Abreu Amorim, ex-deputado do PSD, sobre a tensão Rússia-Ucrânia “Num contexto de crescente concorrência internacional no Atlântico, é da maior importância compreender o valor acrescentado deste posicionamento estratégico para um conjunto específico de actividades que são agora essenciais para a nossa compreensão da segurança” Pedro Seabra, assessor do Instituto da Defesa Nacional, sobre a centralidade geográfica


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