“Campeão das Províncias” - 2/03/2022

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VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

EDIÇÃO DIGITAL 26 PÁGINAS

QUARTA-FEIRA, 2 DE MARÇO 2022 | N.º 469 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

ALTERNATIVAS AO IP3 EM OBRAS

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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QUARTA-FEIRA, 2 DE MARÇO 2022

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IP3 fechado ao trânsito com percursos alternativos D

e acordo com a empresa Infraestruturas de Portugal, SA, a circulação no IP3 vai ficar cortada a partir desta madrugada entre os nós de Penacova e Miro, durante três semanas. Devido a trabalhos de desmonte de blocos de pedra de grandes dimensões, haverá necessidade de se proceder à interdição total da circulação rodoviária no IP3, em ambos os sentidos. Pelo mesmo motivo, vai ser interditada a EN2 na mesma localização, pois a empreitada obriga a uma interdição total do trânsito de modo a garantir a rápida execução da intervenção e em totais condições de segurança. Os desvios de trânsito previstos são os preconizados pela Infraestruturas de Portugal, SA e os desvios locais, da iniciativa municipal. Desvios preconizados pela Infraestruturas de Portugal, SA Opção A Sentido Coimbra/Viseu: o trânsito será desviado pelo IC2 até à Mealhada, seguindo pela EN234 pelo Luso

em direcção a Mortágua, e depois pela EN228 até ao IP3; Sentido Viseu/Coimbra: o desvio ocorrerá no sentido inverso. Opção B Sentido Coimbra/Viseu: o trânsito será desviado pela EN17, até S. Martinho da Cortiça, seguindo depois pelo IC6 até ao Nó da Raiva do IP3; Sentido Viseu/Coimbra, o desvio ocorrerá no sentido inverso. Desvios locais de trânsito preconizados pelo Município de Penacova: Sentido Espinheira ou Penacova/ Oliveira do Mondego: seguir pela ex-EN235 até ao Casal de Sto. Amaro, prosseguir pela EM591 para Chã, Gondelim, Barragem da Raiva, Coiço, Alto das Lamas e nós de Miro (IP3) ou da Raiva (IP3/IC6); Sentido Oliveira do Mondego/Penacova ou Espinheira: caminho paralelo ao IP3, Alto das Lamas, Coiço, Barragem da Raiva, Gondelim, Chã, Casal de Sto Amaro e nó Espinheira (IP3). Nota: os veículos pesados, no Casal de Sto. Amaro, não poderão cortar à esquerda (no sentido de Pe-

nacova), devendo deslocar-se ao nó da Espinheira; Da EM534 e CM1268 (Miro/Vale do Tronco) para Penacova/Espinheira: Opção A: variante de Miro, IP3 até nó de Oliveira do Mondego, caminho paralelo ao IP3, Alto das Lamas, Coiço, Barragem da Raiva, Gondelim, Chã, Casal de Sto Amaro e nós da Espinheira ou de Penacova (IP3) e sentido inverso; Opção B: ligação pelas EN17 e EN2, por Vila Nova de Poiares, Ronqueira, Carvoeira e Penacova e sentido inverso. Portanto, trata-se de uma obra de iniciativa da empresa responsável pela rede viária nacional, que irá causar graves perturbações, incómodos e inconvenientes. O Município de Penacova propôs diversas medidas de mitigação dos efeitos nefastos, como uma maior vinculatividade dos desvios de tráfego, o alargamento do horário de trabalho e o reforço da intervenção da GNR no que respeita à orientação do trânsito, mas tais propostas não obtiveram acolhimento junto do dono de obra. A Câmara Municipal de Penacova, ciente dos impactos negativos que a obra irá provocar, articulou ainda assim com diversas entidades medidas excepcionais, com destaque para as questões de protecção civil (que levam à adopção de medidas excepcionais de descentralização do socorro às populações) e de transporte escolar e não escolar (que levam a um planeamento complexo de adaptação de horários, em articulação com os concessionários e com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra).


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COBARDIA INACEITÁVEL ALFREDO CASTANHEIRA NEVES*

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nazismo e o estalinismo são pesadelos da Humanidade que julgávamos absolutamente erradicados do panorama universal, mas que os pseudo-arautos da democracia - que, de resto, nunca a praticaram nem sabem praticar, desde logo porque são idiossincraticamente seus adversários – retomaram uma perigosa escalada contra a paz, contra os sagrados valores dos direitos humanos, contra a transitada independência das nações, contra os princípios nucleares da convivência dos povos e do intercâmbio civilizacional, contra o progresso económico-financeiro, contra a estabilidade geopolítica, contra a segurança tecnológica e comunicacional, contra a livre circulação de pessoas e bens, contra o solidário intercâmbio empresarial… A vergonhosa e inaceitável invasão perpetrada pela Rússia liderada por um implacável ditador contra o Estado soberano e independente da Ucrânia, que interrompe um aparentemente estabilizado período de paz na Europa, representa um aviltante e vergonhoso acto de cobarde privilégio da força física e material sobre a dignidade humana e os valores da liberdade e da democracia. Uma única consolação importa registar, qual seja a de que tal agressão uniu o Mundo no indignado e revoltado repúdio de tal inadmissível uso da força sem qualquer tipo de legitimidade, com a tradicional e não surpreendente excepção daqueles que se igualam na negação dos nucleares princípios do humanismo, da liberdade e de democracia e de que são paradigmáticos e infelizes exemplos os regimes políticos da Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irão e também alguns insignificantes partidos políticos de cariz anti-democrático. * Advogado Nota: mais Opinião nas páginas 16 e 17

RICAS E PERDIDAS POR DOCES

Freiras que comiam mais carne, outras mais peixe, quase todas a apreciarem doces, mas uma era vegetariana. No âmbito de um mestrado na Universidade de Coimbra, um estudo inédito aos esqueletos exumados nas escavações do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha revela a alimentação rica e variada das Clarissas, entre os séculos XIV e XVII, onde viveu a Rainha (Santa) Isabel de Aragão. PÁGINA 6

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CÂMARA PREPARA ESTUDO URBANÍSTICO

Zona Ribeirinha quer abraçar Rio Mondego A Câmara Municipal de Coimbra tem vindo a recolher achegas, sugestões e contributos diversos para elaborar o estudo urbanístico que, para já, contemple toda a zona ribeirinha da margem direita do rio Mondego, entre a Ponte-Açude e a Ponte de Santa Clara. Há já uma fase prévia desse estudo que se propõe ser ousada e ambiciosa, abrangendo numa fase imediatamente a seguir a margem esquerda do rio. PÁGINAS 2 E 3

Ensino Artístico Especializado de Música em Cantanhede desde 2001

VEREADOR JOSÉ DIAS EM ENTREVISTA

UC na vanguarda com “Loja do Cidadão” para os estudantes Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o vereador do PS da Câmara de Coimbra, José Dias, dá a conhecer melhor o Student Hub, a “Loja do Cidadão” da UC, e deixa críticas à actuação do Executivo. PÁGINA 7

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Estudo da Zona Ribeirinha com os olhos postos na margem esquerda para abraçar o Rio Mondego Num bem alimentado Mosteiro de Santa Clara-a-Velha já havia uma freira vegetariana Entrevista: Vereador José Dias frisa que a “oposição não serve só para fiscalizar” Habitação social no Planalto do Ingote motiva divergências entre Câmara e o PS Festival do Arroz e da Lampreia regressa a Montemor-o-Velho em formato presencial Bombeiros de Alvaiázere “voluntários por opção e profissionais na acção” A ‘Marionet’ cria peças artísticas a partir de temas científicos Coimbra solidária com o povo da Ucrânia Textos de opinião de Alfredo Castanheira Neves, Luís Marinho, António Campos e João Silva Consultar edição impressa do “Campeão das Províncias”

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Arcádia inaugura nova loja premium em Coimbra

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Arcádia inaugura mais uma loja, no próximo dia 9, no Fórum Coimbra, em regime de franquia, com o seu mais recente conceito que engloba serviços de cafetaria e de refeições ligeiras. Nesta nova loja, haverá os tradicionais chocolates e amêndoas Arcádia, bem como uma selecção de pastelaria e os gelados, que englobam o fabrico próprio desta histórica marca portuguesa. Esta é a segunda abertura por parte do mesmo franquiado da Arcádia na cidade de Coimbra, agora apostando neste conceito com um posicionamento premium, e que prima pelo conforto e a qualidade que caracterizam a Arcádia. A loja conta com uma seating área interior e uma esplanada no mall, e engloba também um corner independente para a loja de chocolates, proporcionando ao cliente o mesmo atendimento personalizado na sua compra de chocolate, característico das tradicionais lojas da Arcádia. “Tanto nós como o nosso franquiado acreditamos que esta é a oportunidade ideal para reforçar a aposta da Arcádia em Coimbra, diversificando o posicionamento através deste conceito premium mais atual e com uma oferta de produtos mais alargada. Estamos

certos que esta nova loja no Fórum Coimbra será muito bem recebida pelos nossos atuais clientes, e que conquistará com certeza muitos Coimbrenses”, refere Francisco Bastos, administrador da Arcádia. Com um total de 12 mesas e capacidade para 48 clientes, a nova loja apresenta um menu de cafetaria e refeições ligeiras onde se encontram deliciosas opções para o lanche, tais como crepes doces, taças de gelado, com sabores irresistíveis como o de Peanut Butter & Jam, e as taças de açaí, de onde se destaca a açaí Arcádia, uma criação original da marca com macarons e bolachas Arcádia, caramelo salgado e hortelã, e o açaí clássico, com fruta, mel e granola. Nas opções de refeições ligeiras,

este conceito conta também com uma ampla variedade de baguetes, tostas e saladas. Uma carta que promete satisfazer os gostos mais clássicos, mas que conta, também, com timbales Arcádia e a gama de scones salgados produzidos pela marca No que toca à cafetaria, este espaço conta com as bebidas frias de café da Arcádia, ou Iced Coffee, como o Nocciolino (avelã), o Macchiato (caramelo), o Mocha (chocolate), o Affogato (baunilha), e o Latte Fragolino (morango) e as Mochas Arcádia. Este novo espaço em Coimbra está aberto de domingo a quinta-feira, das 9h00 às 23h00, sexta-feira e sábado, das 9h00 à meia noite.


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Jorge Sousa Braga vence Prémio Inês de Castro e João de Melo Tributo Consagração O

livro de poesia “A Matéria Escura e Outros Poemas”, de Jorge Sousa Braga, é o vencedor do Prémio Literário Inês de Castro, e o escritor João de Melo arrecadou o Tributo de Consagração. A obra, editada pela Assírio & Alvim, venceu a edição do Prémio Literário Fundação Inês de Castro 2020, “cuja atribuição havia sido adiada devido à pandemia”, afirmou a instituição. “Singularizado pelo núcleo de onze poemas cósmicos e sua longa litania de abertura, depois acolitados por outros poemas de motivos científicos, entre o espanto e o alarme de “Tanta conexão / E tanta solidão” (“O Cérebro”), o livro não abdica da pluralidade temática, com altos momentos poéticos em “Mulheres e árvores” ou em “A Última Ceia” e seu extraordinário Ecce Homo de piedade reversa perante a humanidade de um Cristo carregando a sua e nossa ‘cruz quotidiana’”, afirmou o presidente do júri do prémio, José Carlos Seabra Pereira. O médico obstetra, natural de Cervães, Vila Verde (Braga), “é autor de uma vasta obra poética e, para além da sua singular criação lírica, tem-se destacado no campo da literatura infanto-juvenil e como tradutor e/ou organizador em várias antologias”, tendo conquistado com a mesma obra o prémio para “Melhor Livro de Poesia”, nos Prémios Autores 2021, atribuídos pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), salientou a Fundação Inês de Castro. O júri, composto por José Carlos Seabra Pereira, Mário Cláudio, Isabel Pires de Lima, Pedro Mexia e António Carlos Cortez, escolheu também atribuir o Prémio Tributo de Consagração à obra de João de Melo. O escritor açoriano tem trinta livros publicados, entre ensaios, poesia, romance e conto, contando com “obras traduzidas em Espanha, França, Itália, Holanda, Roménia, Bulgária, Alemanha, Estados Unidos, México, Colômbia e Croácia”. O romance “Gente Feliz com Lágrimas”, que foi adaptado para televisão pela RTP, recebeu cinco “importantes prémios literários” - Grande Prémio de Romance e Novela da APE, Prémio Fernando Namora, Eça de Queiroz, Livro do Ano Antena Um e o Prémio Internacional Cristóvão Colombo. “Em 2016, João de Melo recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, consagrando a sua carreira literária. Em 2020 voltou a sobressair com um romance, “Livro de Vozes e Sombras”, em que reexplora a sua mestria de composição, linguagem e estilo, reativando o duplo movimento de recoleção do sentido histórico”, salientou

a Fundação Inês de Castro. A cerimónia de entrega dos prémios terá lugar a 9 de Abril, na Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Ao longo da sua existência, o Prémio Literário Fundação Inês de Castro já distinguiu autores como José Tolentino Mendonça, Hélia Correia, Mário de Carvalho ou Djaimilia Pereira de Almeida, entre outros.


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Câmara de Coimbra com pontos de recolha de bens a enviar para apoiar povo ucraniano

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Câmara Municipal de Coimbra (CMC) vai concentrar dois pontos de recolha de bens não perecíveis para enviar e apoiar o povo ucraniano, nomeadamente os ucranianos que se têm refugiado nos países vizinhos. Desde terça-feira é possível deixar enlatados, sopas rápidas, roupas quentes, água, sumos, leite em pacotes pequenos, material de primeiros socorros e sacos-cama na Casa Municipal da Protecção Civil (Quartel dos Bombeiros Sapadores), na Avenida Dr. Mendes Silva (junto ao Coimbra Shopping), 24 horas por dia. A partir desta quarta-feira, dia 2 de Março, é possível deixar os mesmos bens também no edifício n.º 12 da Rua Ferreira Borges, entre as 09h00 e as 17h00 dos dias úteis. Em articulação com as maiores instituições da cidade, designadamente a Universidade de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, o Instituto Politécnico de Coimbra e a Associação Académica de Coimbra, a autarquia vai concentrar dois pontos de recolha de bens destinados a apoiar o povo ucraniano, nomeadamente aqueles que se têm refugiado nos países vizinhas, na sequência da injustificada invasão russa. Na sequência das necessidades levantadas pela autarquia em conjunto com a comunidade ucraniana residente em Coimbra, as necessidades mais prementes prendem-se com enlatados (de preferência, comida já confeccionada), sopas rápidas, roupas quentes, água, sumos, leite em pacotes pequenos, sacos-cama e material de primeiros socorros, como por exemplo seringas, pensos rápidos, álcool e água oxigenado, etc. Devido à falta de capacidade de armazenamento logístico, ficam naturalmente excluídos da recolha bens perecíveis. A autarquia está já em contacto com associações da Polónia e outras para articular a entrega dos bens nos locais com mais necessidades, sendo que o transporte será também assegurado. O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, salienta que “neste momento de gravíssima violação do direito e da ética internacional, perante a morte de civis inocentes numa guerra imperialista absurda, temos o dever de estar unidos em defesa da Paz, da Democracia, do ideal Europeu, dos Direitos Humanos e do direito dos povos à sua autonomia”. “É nos períodos menos bons que a sociedade global atravessa, que temos de nos unir, em torno de quem mais necessita. Hoje pelos Ucranianos, amanhã por Nós” - sublinha a vereadora com o Pelouro da Acção Social, Ana Cortez Vaz. “Façamos a Nossa parte! Contamos com todos!” - apela. Recorde-se que, por forma a manifestar a total solidariedade do Município para com a população ucraniana, expressando o

desejo e apelo a que seja colocado um fim a este conflito e que se estabeleça a paz e o diálogo, a CMC hasteou no seu edifício a bandeira ucraniana. Também a Empresa Municipal Águas de Coimbra iluminou a fonte cibernética do Mondego com as cores da bandeira da Ucrânia, em solidariedade com o povo ucraniano O Executivo da Câmara de Coimbra sublinha ainda a mensagem de solidariedade à comunidade ucraniana residente na região.


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COMUNICAÇÕES ELECTRÓNICAS: o “calcanhar” de Aquiles dos serviços de interesse económico geral?

Mário Frota* O Regulador das Comunicações, a ANACOM, por decisão de 8 de Fevereiro em curso, o infligiu à MEO coimas no valor total de 329 000 € pela prática dolosa de 16 contra-ordenações económicas graves. Porém, o cúmulo jurídico previsto na lei, provocou uma redução substancial do montante global das coimas: ter-se-á fixado, em “definitivo”, em 48 mil euros, valor máximo legalmente permitido. Em causa a adopção pela MEO (a antiga PT, o monopólio das telecomunicações, outrora na esfera do Estado), que detém praticamente, após a liberalização dos serviços de interesse económico geral, o monopólio na região Centro (no Pinhal Interior e ainda para além dessa linha de delimitação), de práticas comerciais desleais nas relações com os consumidores que, em virtude dos incêndios de Junho e Outubro de 2017, ficaram privados dos serviços de comunicações electrónicas, sem telefones, sem internet, sem televisão…. Práticas que denunciadas ao Regulador deram origem aos autos que só agora, mais de quatro anos depois, terão

chegado a bom termo com a aplicação das coimas, vale dizer, de sanções em dinheiro. Aquando da reposição dos serviços na região afectada pelos fogos, no recuado ano de 2017, ter-se-á observado que a MEO prestou falsas informações aos consumidores, designadamente o não ser possível o contrato só do serviço fixo de telefone, antes obrigando os interessados a um contrato de com uma pluralidade de serviços oferecidos em pacote; e com isso levou os consumidores ou a celebrar novos contratos – o que se registou em muitos casos por patente necessidade – ou a desistir de contratar porque as prestações oferecidas não estavam ao alcance da sua bolsa, ficando assim de todo privados de contactos por telefone com o mundo exterior. A Lei de Defesa do Consumidor - LDC, no seu artigo 9.º, o da protecção dos interesses económicos dos consumidores, proíbe o que os brasileiros denominam, com propriedade, por “vendas casadas”, algo que, entre nós, ora tem o nome de vendas ligadas, ora de vendas associadas. Com efeito, o n.º 6 do artigo 9.º da LDC estabelece, sem tirar nem pôr, que “É vedado ao fornecedor ou prestador de serviços fazer depender o fornecimento de um bem ou a prestação de um serviço da aquisição ou da prestação de um outro ou outros.” Com efeito, ao consumidor é dada a possibilidade de contratar os serviços que entender, não podendo forçar-se-lhe a mão a que subscreva um pacote de serviços em vez do serviço singular que pretenderia. Contrariar um tal preceito é incorrer em violação de um direito fundamental. O Regulador, no comunicado que difundiu, diz nomeadamente que “as práticas adoptadas pela MEO são especialmente gravosas, tendo em conta a vulnerabilidade (diríamos até…a hipervulnerabilidade!) dos consumidores, que ficaram privados dos serviços de comu-

nicações electrónicas durante meses, na sequência de uma catástrofe que culminou na destruição de vidas, de bens materiais, de uma apreciável extensão de floresta e de áreas verdes, que eram o sustento de grande parte da população residente nas zonas afectadas pelos fogos de Junho e Outubro de 2017.” E prossegue: “alguns dos consumidores afectados são ainda particularmente vulneráveis em razão da sua idade e pelo facto de viverem sozinhos, em locais isolados, e que acabaram por ficar sem comunicações durantes meses.” A Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), no que à medida da sanção se reporta, expendeu um juízo, de resto certeiro, a propósito da mísera expressão da coima infligida à MEO: as preocupações oportunamente manifestadas e recentemente reforçadas pela Comissão Europeia para que os Estados-membros assegurem a aplicação de sanções “…efectivas, proporcionadas e dissuasivas…”, não se atingirão se o máximo estabelecido por lei para as práticas comerciais desleais se limitar a 24 000 €, como ora ocorre, no patamar de gravidade de que se trata: é que um tal montante não é efectivamente dissuasor da adopção de tais tipos de práticas no sector das comunicações. O que imporá decerto a necessidade instante da ‘revisão desse regime’ (recentemente revisto por diploma de 9 de Janeiro de 2021, com a uniformização do regime de contra-ordenações nos sectores económicos do mercado de consumo e com a fixação de penalidades demasiado suaves, de todo injustificáveis, para certos tipos de actividades). Uma coisa, porém, é certa: as comunicações electrónicas em matéria de atropelos aos direitos do consumidor continuam a levar a palma aos mais serviços, tamanhos e tais os níveis de agressão ao estatuto do consumidor a que se assiste. * Presidente emérito da apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal


10 Espectáculo quer normalizar a presença da mulher no Fado de Coimbra QUARTA-FEIRA, 2 DE MARÇO 2022

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cantora Vânia Couto vai realizar um concerto no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, em torno da história do Fado de Coimbra, num espectáculo que procura normalizar a presença da mulher naquele género musical. No concerto de dia 11, Vânia Couto vai estar acompanhada pela Orquestra Trova do Tempo que Passa e vai também contar com a participação de outras duas vozes femininas – Inês Graça e Joana Gonçalves. A proposta não passa por reinventar a Canção de Coimbra, antes apresentar “um espectáculo de Fado de Coimbra tradicional, mas com mulheres a cantar”, salientou a artista, que é a voz da banda conimbricense Pensão Flor. “Já estou cá em Coimbra há mais de uma dezena de anos e, enquan-

to estudante, fiz alguns movimentos no sentido de incluir as mulheres no Fado. Fundei a Desconcertuna, da Faculdade de Psicologia, e, na altura, já queríamos cantar Fado de Coimbra. Houve todo um rebuliço, porque havia uma tuna que tinha duas raparigas que queriam cantar Fado de Coimbra e isso não poderia acontecer”, recordou. O concerto, realizado no âmbito da Semana Cultural da Universidade de Coimbra, tem como objectivo apenas pôr vozes femininas a cantar Fado de Coimbra, num espectáculo que discorre sobre a história daquele género musical, apenas tocando “temas clássicos”, de nomes como Adriano Correia de Oliveira, Zeca Afonso, Luís Goes ou António Marinheiro. O espectáculo será entrecortado

com testemunhos sobre o género musical e a sua evolução, dando também nota de mulheres que, no passado, cantaram o Fado de Coimbra, contou Vânia Couto, à Lusa, recordando o caso de Amália Rodrigues, quando cantou aquele género numa Queima das Fitas e acabou “vaiada”. “Eu sinto que, por vezes, há sempre um cheirinho a Fado de Lisboa [nas interpretações de mulheres] e aqui, o grande desafio, é pedir às mulheres para cantarem com os lirismos e ornamentos do Fado de Coimbra”, disse. No concerto, a orquestra, dirigida pelo maestro Guga Lopes e composta por um violoncelo, um violino e uma viola baixo, servirá como um complemento, aparecendo ao longo do espectáculo, tal como as convidadas. “O espectáculo vai crescendo, tanto em número de pessoas como de histórias”, acrescentou. Para Vânia Couto, há “ainda muitos passos para dar” no sentido de uma maior presença das mulheres na Canção de Coimbra, vista por sectores mais conservadores como uma quebra com a tradição do género. “Existe alguma mulher a cantar Fado de Coimbra numa escola de fados? Não existe ou existem poucas. Pode não haver vontade, mas não há muito espaço para isso acontecer. Há um trabalho a fazer, quer dos novos, quer dos antigos, que sentem estranheza ao ouvir cantar o Fado de Coimbra por mulheres”, salientou. O preço do bilhete custa 8,5 euros e pode ser comprado na plataforma BOL.


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Câmara da Figueira da Foz rescinde com empreiteiro do Palácio Conselheiro Branco

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Câmara da Figueira da Foz aprovou, por unanimidade, uma proposta de rescisão litigiosa com o empreiteiro responsável pela intervenção no Palácio Conselheiro Branco, em Maiorca, devido aos “excessivos” incumprimentos dos prazos. O presidente da autarquia, Pedro Santana Lopes, invocou o “manifesto incumprimento excessivo por parte da empresa”, que foi reconhecido por toda a oposição. As obras, no montante de 140 mil euros, que se destinavam a intervenções ao nível da cobertura total, janelas, portadas e pintura exterior, iniciaram-se ainda em 2019 e previam um prazo de execução de 90 dias. O Palácio Conselheiro Branco, que já acolheu o posto da GNR de Maiorca, é um edifício classificado como de interesse municipal, sendo propriedade da Câmara da Figueira da Foz. O vereador e anterior presidente da autarquia, Carlos Monteiro (PS), defendeu também a rescisão litigiosa por “ser difícil trabalhar com aquele empreiteiro, que não cumpre [prazos]”.

Salientando que a empresa em questão “tem um relacionamento muito mau com a Câmara”, Carlos Monteiro recordou que já foi “difícil trabalhar com ela na Casa do Paço”, situada próxima dos Paços do Concelho. O socialista acrescentou ainda que a maior parte da intervenção está concluída. Falta recolocar a cúpula do edifício que, segundo o presidente do Município, Santana Lopes, vai ser entregue a uma empresa, ao abrigo as normas que preveem a intervenção por questões de segurança e salubridade. “Aquilo está num estado ina-

ceitável, coberto por uma lona, e temos de repor a cobertura, porque a obra já está parada há tempo e tudo se vai degradando”, disse o autarca, frisando que a Câmara “tem de intervir o mais rápido possível”. Aos jornalistas, Santana Lopes adiantou ainda que a recuperação do Paço de Maiorca é uma obra que tem de avançar “tão depressa quanto possível”, ainda este ano, para “a degradação não continuar”. O presidente do Município disse que está a trabalhar numa utilização do Paço de Maiorca “que seja muito vantajosa para aquela vila e para o concelho todo”.


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Figueira da Foz disponível para acolher refugiados ucranianos

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Município da Figueira da Foz está disponível para acolher refugiados ucranianos e está a estudar espaços de acolhimento em todo o território do concelho, disse o presidente da Câmara, Pedro Santana Lopes. Aos jornalistas, no final da sessão de Câmara desta quarta-feira, o autarca disse que, neste momento, não coloca limite no número de pessoas a acolher que fogem da invasão da Rússia à Ucrânia. “Não vamos dizer que acolhemos 100 ou mil, vamos ver”, disse o presidente da autarquia, salientando que o país todo precisa, “além da solidariedade, de mais população activa”, e que a comunidade ucraniana “tem sido notável desde que começou a chegar a Portugal”. Salientando que se trata de “pessoas com um espírito de humilde fantástico, com muitas qualificações”, Santana Lopes sublinhou que o concelho da Figueira da Foz necessita de mais população e que há falta de mão-de-obra. “Agora ainda não sabemos se vêm para ficar ou se vêm por pouco tempo. Oxalá seja por pouco tempo, por um lado,

mas por nós se forem bons e se integrarem bem que venham por muito tempo”, O autarca disse que o Município vai fazer tudo para “ajudar essas pessoas e se elas disserem que querem ficar, vai-se fazer tudo para que fiquem”. Ressalvou, no entanto, que não pretende transformar “uma oportunidade triste numa boa oportunidade”. Durante a reunião, em que foi votado por unanimidade um voto de solidariedade para com o povo da Ucrânia, Santana Lopes disse que a Câma-

ra está a estudar locais para acolher os refugiados que venham para o concelho, embora numa primeira fase tenham de ficar instalados em unidades de alojamento. A autarquia está também a recolher roupas, bens materiais, alimentação e medicação, e a analisar, em articulação com a embaixada ucraniana, qual o sistema de transporte mais eficaz “para não se partir, não diria à aventura, mas cada um por si”. “A recolha está a correr razoavelmente bem”, sublinhou.


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Guterres, prémio UC, aponta urgência de reinventar cooperação e governação mundial O

secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defende a necessidade urgente de reinventar a cooperação e a governação a nível mundial, para que continuem ao alcance a paz, direitos humanos e desenvolvimento sustentável. António Guterres juntou-se, na terça-feira, com a emissão de uma gravação em vídeo, à sessão solene comemorativa do 732.º aniversário da Universidade de Coimbra, que decorreu de manhã na sala dos Capelos. Ao longo da sua intervenção, aludiu aos vários flagelos que vêm assolando o mundo, entre os quais a pandemia, a crise climática, a poluição, a perda de biodiversidade, o aumento das desigualdades, bem como “os conflitos cruéis e as tensões geopolíticas”. “Estes problemas ilustram a necessidade urgente de reinventar a cooperação e a governação a nível mundial para que as nossas aspirações comuns de paz, desenvolvimento sustentável, direitos humanos e dignidade para todos continuem ao nosso alcance”, apontou. Poucos dias depois da Rússia ter lançado uma ofensiva militar na Ucrânia, António Guterres lembrou “os milhões de pessoas que são forçadas a deixar as suas casas”. “A desconfiança entre as potências mundiais atinge o seu clímax, a confiança entre pessoas e instituições deteriora-se. A verdade é posta em causa, entidades sem escrúpulos aproveitam-se do caos do espaço digital, teorias da conspiração, desinformação e ódio fomentam clivagens sociais e a polarização”, referiu. O secretário-geral da ONU aproveitou ainda para destacar o relatório “A Nossa Agenda Comum”, que apresentou recentemente, e que pretende dar

“um contributo significativo” para o debate e procura de soluções para enfrentar os desafios com que o mundo se depara. “É um relatório que visa reforçar a Agenda 2030, com vista a uma melhoria efectiva da vida das pessoas, colocando as gerações futuras no centro dos nossos esforços. Neste contexto, convocarei para setembro próximo, em Nova Iorque, uma cimeira sobre a transformação da educação”, informou. António Guterres, que recebeu o Prémio Universidade de Coimbra, aproveitou também para abordar a questão da covid-19, que considera ter provocado “uma perturbação do ensino sem precedentes”, agravando as desigualdades no acesso à educação. “Enquanto antigo docente, sei bem como esta crise no ensino é prejudicial para os jovens e como traz também graves consequências para o futuro das nossas sociedades. Sem sistemas educativos eficazes, não seremos capazes de responder às necessidades do mercado de trabalho, de promover os direitos humanos e a igualdade de género ou de fortalecer as instituições

democráticas”, frisou. Por isso, entende que a cimeira sobre a transformação da educação é “uma primeira oportunidade para os líderes mundiais, os jovens e todos os interessados em educação unirem esforços”. “Representa uma oportunidade para reavivar o nosso compromisso colectivo para com a educação como um bem público primordial e uma fonte de progresso. Basear-se-á numa perspectiva inovadora da educação, de maneira a que os alunos não apenas aprendam, mas aprendam a aprender, a pensar por si mesmos e a pôr a sua curiosidade ao serviço do bem comum”, concluiu. O Prémio Universidade de Coimbra distingue anualmente uma personalidade portuguesa de inequívoco valor nas áreas da cultura, economia e gestão ou ciência e inovação. Nascido em Lisboa a 30 de Abril de 1949, António Guterres foi primeiro-ministro de Portugal (1995-2002), Alto-Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (2005-2015), exercendo actualmente as funções de secretário-geral da ONU, desde o dia 1 de Janeiro de 2017.


15 Anadia não assume transferência de competências no domínio da acção social www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Assembleia Municipal de Anadia aprovou, por unanimidade, na sua sessão do passado dia 24 de Fevereiro, não assumir, no ano de 2022, a transferência de competências no domínio da Acção Social. A presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, considerou que “não se encontram reunidas as condições” para que o Município de Anadia “possa assumir”, no ano de 2022, as competências que se pretendem transferir com o mencionado diploma legal, mantendo-se ainda os mesmos pressupostos, pela análise feita pelo órgão em data anterior. Sublinhou ainda que “a descentralização pretendida pelo Estado revela-se uma tarefa tecnicamente difícil de concretizar, dada a escassez de informação, de estudos e de relatórios científicos que permitam, nesta fase, aferir os impactos das novas competências”.

Para Maria Teresa Cardoso o decreto-lei que concretiza a transferência de competências para os órgãos autárquicos no domínio da Acção Social, continua “a suscitar dúvidas”, relativamente às matérias a transferir, “existindo uma ausência de clareza” quanto à sua operacionalização, necessária para que o município possa avaliar as implicações financeiras, humanas e organizacionais.

No entender da autarca, a transferência de competências para os órgãos municipais “deve prever expressamente os recursos humanos, patrimoniais e financeiros necessários e suficientes ao exercício das competências para eles transferidas e deve ser acompanhada das respetivas fontes de financiamento”. A decisão vai ser agora comunicada à Direcção Geral das Autarquias Locais.


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Universidade de Coimbra disponível para receber estudantes ucranianos A

Universidade de Coimbra (UC) está à disposição do Governo português para acolher estudantes refugiados de guerra provenientes da Ucrânia, avançou o Reitor Amílcar Falcão. “Perante os desenvolvimentos mais recentes no panorama internacional, a UC fica à disposição do Governo de Portugal para acolher de forma condigna estudantes refugiados de guerra provenientes da Ucrânia, activando o nosso Fundo de Apoio aos Refugiados, que regularmente mobilizamos para situações similares na ajuda a estudantes provenientes de outras zonas do globo”, apontou. Na sua intervenção na sessão solene comemorativa do 732.º aniversário da UC, que decorreu durante a manhã de terça-feira (1 de Março), Amílcar Falcão apelou ainda à generosidade de toda a comunidade académica, no sentido de apoiarem o povo ucraniano e, em particular, “as vítimas inocentes que são sempre os mais sofrem nestas circunstâncias”. “O European Campus of Cities-Universities (EC2U), o campus universitário europeu que a UC integra, deliberou ontem [segunda-feira] mesmo a abertura de uma conta na Universidade de Iasi, nossa parceira na Roménia, atenta a proximidade geográfica de ambos os países”, informou. O reitor lamentou que a juntar a uma pandemia que ainda não terminou, esteja no horizonte uma “guerra de consequências imprevisíveis”. “A UC condena quaisquer atos bélicos, tenham a origem que tiverem e

envolvam os atores que envolverem. Incompreensivelmente, todos os dados apontam para a incapacidade humana de preservar uma paz duradoura”, acrescentou. “Espero que a actual situação que se vive no Leste europeu não alastre a outras zonas do planeta e confio na diplomacia, onde se incluirá certamente o relevantíssimo papel de sua excelência o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, para a difícil missão de pôr fim a uma escalada de violência que tem tudo para acabar mal para todos. Não nos iludamos: a guerra é sempre o mais forte argumento dos fracos”, destacou. António Guterres recebeu o Prémio Universidade de Coimbra, que distingue anualmente uma personalidade portuguesa de inequívoco valor nas áreas da cultura, economia e gestão ou ciência e inovação.

O valor monetário de 25 mil euros associado a este galardão, que conta com o apoio da Fundação Santander Portugal, será doado na integra, por sua decisão, ao Instituto Universitário Justiça e Paz. De acordo com o reitor da Universidade de Coimbra, António Guterres é uma “figura ímpar, com um percurso à escala mundial”. “Tem assumido como ninguém, através da sua magistratura de influência, a defesa da sustentabilidade ambiental, a promoção da igualdade em todas as suas dimensões, o combate à pandemia em articulação com a OMS e a garantia de um tratamento condigno para os migrantes, tudo causas nas quais a Universidade de Coimbra se revê sem reservas”, apontou. No seu entender, António Guterres é “o homem certo, no local e tempo certos”.


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O futuro só é possível respeitando esta Terra «I - Na efervescência dos dias que correm, é cada vez maior atenção e a consciência, assim se espera, da Humanidade sobre o estado do ambiente, a crise climática e a necessidade de, com urgência, enfrentar as suas consequências. Como afirmou o Secretário-Geral da ONU tudo indica que a realidade é pior do que as piores previsões feitas e as metas sobre as alterações climáticas definidas no Acordo de Paris já não são suficientes. “Se forem cumpridas, chegaremos ao final do século com mais três graus, o que é uma catástrofe absoluta”, salienta António Guterres. A mensagem que o Papa Francisco enviou à ONU, em 4 de Junho de 2021, na véspera do Dia Mundial do Ambiente em que se iniciou a Década das Nações Unidas para a Restauração de Ecossistemas , sublinha e recorda-nos que “tudo está ligado” e que “restaurar a natureza que danificámos significa, antes de mais, restaurarmo-nos a nós próprios”. A tutela do ambiente constitui um desafio para toda a humanidade: trata-se do dever, comum e universal, de respeitar um bem coletivo. Do mesmo retiram-se três exigências: necessidade de «respeitar a integridade e os ritmos da natureza»; assumir que “toda atividade económica que se valer dos recursos naturais deve também preocupar-se com a salvaguarda do ambiente e prever-lhe os custos, que devem ser considerados incorporados como «um item essencial dos custos da atividade económica»; reconhecer que “os graves problemas ecológicos exigem uma efetiva mudança de mentalidade que induza a adotar novos estilos de vida”. O futuro só é possível respeitando esta Terra que é a nossa casa comum II - Um aquecimento de 3º ou de 3,5 graus na temperatura do planeta desencadeará um sofrimento para além de tudo aquilo que os seres humanos experimentaram ao longo dos milénios. Na verdade, estamos a percorrer rapidamente um caminho que nos conduz, com grande probabilidade, a um aumento de mais de 4ºC de aquecimento até ao ano 2100. Segundo algumas estimativas tal significará que regiões inteiras de África e da Austrália e dos Estados Unidos, partes da América do Sul a norte da Patagónia, e a Ásia a sul da Sibéria ficarão inabitáveis por causa do calor directo, da desertificação e de inundações. Paralelamente tal significará que o planeta foi levado à beira de uma catástrofe climática numa só geração. Por outras palavras, as temperaturas poderão acabar por aumentar até cerca do dobro daquilo que o IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) prevê. Mesmo se atingirmos

as metas de Paris tal poderá significar que as florestas tropicais do planeta sejam transformadas em savanas consumidas por incêndios. Artigos científicos recentes sugeriram que o aquecimento poderia ser ainda mais dramático implicando riscos graves para a habitabilidade de todo o planeta. Por seu turno as projecções das Nações Unidas apontam para 200 milhões de refugiados climáticos por volta de 2050. No limite, diz a mesma Organização, aquilo que é possível nos próximos trinta anos é consideravelmente pior pois que mil milhões, ou mais, são pessoas pobres, vulneráveis, cuja única escolha será fugir. III - É neste contexto e porque “nada deste mundo nos é [pode ser] indiferente” que, no âmbito da preparação e objectivos que se pretendem com este colóquio tendo por tema “eu Futuro Para a Terra”, os organizadores-Comissão Diocesana Justiça e Paz; Seminário Maior de Coimbra e Coimbra Business School/ ISCAC e ACEGE colocam à discussão no espaço público e na sociedade civil os seguintes pontos e propostas de/para reflexão: I - Implementação dos princípios e orientações que informam a Lei de Bases do Clima (Lei 98/2021 de 31 de Dezembro) visando a implementação de medidas e politicas integradas (e não meras boas intenções) e garantam medidas de adaptação, conservação e gestão de recursos (seja á água, o solo, agricultura, energéticos não fósseis …) e adequado enquadramento social.


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Propostas para uma Terra com futuro II -Necessidade duma urgente implementação do de um Plano Estratégico de Combate Desertificação humana e física, com relevo para a prevista penúria da água e a necessidade duma gestão eficaz do sistema hídrico nacional (reconhecendo a água como um recurso e bem publico essencial à vida e que exige o cuidado de todos) e protecção dos solos, coberto vegetal e ecossistemas. III - O que exige a efectivação de uma estratégia de fixação de pessoas nas áreas de menor densidade e mesmo a seu reconhecimento como os primeiros agentes de protecção e valorização dos valores e património natural existente Considera-se relevante a necessidade duma política integrada de protecção do solo e gestão sustentada, modernizada e eficaz da agricultura e da floresta, privilegiando (prioritariamente) as zonas mais desfavorecidas e desertificadas, física e humanamente, assegurando um impacto positivo no ambiente; apoiar e executar um plano de reflorestação que assegure o reforço de áreas florestadas com espécies autóctones (p.e. assumindo desde já o objectivo de plantar 10 árvores autóctones por cada português até 2025. IV - Promoção da “saúde” do mar e dos rios com um plano de protecção, limpeza e despoluição adequado, eliminando descargas descontroladas e recolhendo os resíduos e detritos acumulados, nomeadamente com origem no plástico. V - Implementação duma economia circular com vista à adequada utilização dos recursos naturais locais e redução ao mínimo os resíduos não recicláveis. VI - Realça-se a importância de as medidas fiscais apoio que visam o incentivo à eficiência energética na edificação (formas passivas de conservação de energia) e reabilitação urbana, bem como de planos de desenvolvimento e qualificação urbana, fundados num urbanismo de rosto humano, que introduzam objectivamente medidas e soluções de gestão adequada de recursos (em particular água e solo) e mobilidade sustentada; bem como à transição para sistemas de energia renovável de pequena escala, focados localmente e ecologicamente sustentáveis. VII - Julga-se relevante a promoção da utilização do transporte público e a mobilidade suave e a penalização do transporte motorizado privado. VIII - Apoiar (incluindo financeiramente) e difundir projectos industriais que promovam a investigação tecnológica e soluções práticas de adaptação do sector aos desafios da digitalização da descarbonização, da transição ecológica e da globalização. IX - É igualmente necessária a criação duma entidade capaz de cobrir eficazmente a integralidade do território do

país1 e de cada região, dotada de adequados recursos humanos e materiais, altamente especializada, vocacionada para a investigação e punição dos delitos e desperdícios ambientais (incluindo energéticos), protegendo o solo, o ar e a água, tornando efectivo os princípios do utilizador-pagador e do poluidor-pagador. X - Importa promover a energia e eficiência no uso de água Produzir energia limpa é essencial, mas reduzir nosso consumo de energia e água ao usarmos dispositivos mais eficientes. XI - Agricultura sustentável e gestão florestal - Incentivar o melhor uso dos recursos naturais, impedir o desmatamento em massa e tornar a agricultura mais ecológica e mais eficiente também deverá ser uma prioridade. XII - Salienta-se a importância da inclusão, em todas as escolas secundárias, profissionais e superiores de “uma unidade curricular” obrigatória dedicada à emergência ambiental e à transição energética, ajudando a preparar cidadãos informados e quadros de todas as áreas do saber para dar uma resposta global a este desafio. Em última análise, A resolução desta «crise ecológica e emergência climática» é essencial – importa sempre recordar - para assegurar a justiça e a paz no mundo. Todos nós, cidadãos e comunidades, temos um papel fundamental a desempenhar, mas a situação actual reforça o sentir de que os nossos esforços só serão eficazes com uma mudança global sistémica, apoiada por políticas transformadoras globais, integradas e “orientada para uma ecologia integral ao serviço do Homem” e aplicadas de forma persistente. Não basta organizar uma Cimeira, fazer alguns apelos e reconhecer a emergência, enquanto pouco se faz para resolvê-la. O compromisso real é demonstrado, pela nossa acção pessoal e colectiva concreta e pelas metas políticas, financeiras e pela implementação de medidas de emissões reduzidas. A real integridade é demonstrada na coerência na implementação de políticas socialmente justas, requisito básico para alcançar os objectivos necessários e a paz. O dever moral de agir é sem precedentes». A Comissão Diocesana Justiça e Paz de Coimbra Seminário Maior de Coimbra Coimbra Business School/ISCAC Associação Cristã de Empresários e Gestores


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21 O absurdo da guerra, com Goya www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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A que nos referimos quando pesamos os prós e os contras de uma guerra? Ou melhor: será de facto possível contemporizar com a ideia de adequação da guerra ou de uma em particular? Por Cláudia Ferreira * A reflexão que agora vos apresento foi arquitectada no dia 23 de Fevereiro, durante a tarde, antes mesmo da Rússia iniciar o ataque à Ucrânia, o que viria a acontecer pelas 6h00 em Moscovo, 3h00 em Lisboa, do dia seguinte: 24 de Fevereiro de 2022 ficará para a História futura como aquele em que se iniciou uma Guerra Mundial. Todavia, na minha visão, a guerra generalizada havia começado no dia 21 deste mês, quando Vladimir Putin reconheceu a independência das regiões de Donetsk e Lugansk. Os antecedentes especulativos sobre este acontecimento trágico, seja para a Ucrânia, seja para a Rússia, ou para a Europa, e para o Mundo, também para a Terra, perdiam-se, na minha perspectiva, nas classes de argumentos que pudessem sustentar uma ofensiva militar: era legítimo, ou não, a Rússia avançar contra a Ucrânia? Não era: não é. Uma guerra é indefensável, sempre: tanto pelo instinto que nos leva a preservar a vida, como porque espiritualmente o humano está designado a transcender, seja perdoando, seja dialogando, seja criando. Claro que não será razoável pensarmos que a arte nos mune, sempre, de boas metáforas visuais para o alcance da paz; não se esqueça que Eugène Delacroix pintou “A Liberdade Guiando o Povo” em 1830, com uma atmosfera de fúria guerreira, e em que a uma ordem – a do Antigo Regime, deveria suceder outra – a da Contemporaneidade; mas também é certo que Francisco de Goya, entre 1810 e 1815, imprimiu gravidade e dor aos seus/nossos “Os Desastres da Guerra”, 82 gravuras impiedosas na denúncia do absurdo disso: da guerra. Toda a arte, mesmo se etérea, mais conceptual, menos comprometida com o visível a olho nu, é feita num tempo preciso e, por tal, responde sempre, mesmo que ninguém lhe tenha colocado uma pergunta. E se Jean Genet cria que a arte é dedicada aos mortos, o que Pier Paolo Pasolini também secundou; e se Maurice Merleau-Ponty, após Friedrich Nietzsche, claro, reconhecia poder ser consentida ao artista uma irresponsabilidade existencial, digamos assim, que ao filósofo não se perdoaria; também é certo que, na arte, os artistas, ainda que de olhos fechados, sempre os mantiveram abertos, nem que fossem os da pele, avultan-

do neles essa respiração, e transpiração, do Mundo. Ou seja, os artistas têm o corpo na vida e a oficina na arte, uns mais do que outros: mas é desta forma, sim. E quando digo artistas e arte claro que me refiro a todos e a todas que nos querem transmitir uma, e única coisa: a sua verdade. E a verdade é uma constelação de seres humanos, é vibrátil, é aspersora, é nuclear, é racional. A guerra mata a verdade, como tão bem soube Goya ao transmiti-lo na gravura número 79 da série “Os Desastres da Guerra”. Muitos são os outros desastres a que a guerra nos submete ao violentar o humano, ao interromper com violência a frequência da relação entre pessoas, ao castrar correntes benéficas, ao ir directa ao ninho dos corações todos, ao ser irracional. Vamos certamente assistir, agora, a uma dialéctica informativa intensa sobre a guerra, mas não existem vencedores nem vencidos nesta história: todos e todas perdem, perdemos. · Cláudia Ferreira (Historiadora - investigadora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX – CEIS20)


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CASPAE apela à doação de brinquedos para crianças carenciadas

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CASPAE, IPSS de Coimbra, sensível às dificuldades que surgem diariamente devido à pandemia covid-19, criou a iniciativa “PraDar e Receber”. O “PraDar e Receber” teve início no mês de Novembro de 2020 é uma iniciativa que tem como objectivo geral apoiar famílias,

que neste momento estejam numa situação de carência económica e/ou em risco de exclusão social, com roupa (adulto e criança), brinquedos e acessórios necessários ao nosso quotidiano (têxtil de casa, cadeiras auto, artigos de puericultura, electrodomésticos, etc). Pretendemos mobilizar a comunidade a dar e receber, envolvendo os cidadãos numa economia circular, reduzindo, reutilizando, recuperando e reciclando têxteis, mobiliário, brinquedos, electrodomésticos, entre outros; promover a melhoria das condições de vida de pessoas em situação de maior vulnerabilidade social e potenciar o envolvimento de empresas e de toda a comunidade na recolha de bens. Desde o início que esta iniciativa apoiou mais de 1.500 indivíduos com área de residência no Concelho de Coimbra, num total de 1.654 apoios em roupa, brinquedos, calçado, têxtil lar, puericultura, entre outros. “Em Março, mês em que é comemorado o Dia Internacional da Felicidade, pretendemos contribuir para a felicidade de crianças que se encontrem numa situação de maior vulnerabilidade social, numa ótica da promoção da igualdade de oportunidades”, refera a IPSS. Para tal, a coordenadora desta iniciativa, Cátia Rodrigues Mariano, apela à comunidade que se junte ao CASPAE durante o mês de Março na recolha de brinquedos em 2.ª mão ou novos para os atribuir. Os brinquedos podem ser entregues nas instalações do CASPAE.


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Requalificação do pontão na rua dos Mártires da Tragédia do Mondego obriga a corte de trânsito

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o âmbito da requalificação em curso, foi cortada esta manhã a circulação viária no pontão na rua dos Mártires da Tragédia do Mondego, na localidade de Pé de Cão. No início da empreitada, a 21 de Fevereiro, a Câmara Municipal de Coimbra considerou “manter a circulação com condicionamentos pontuais de trânsito, situação que teve de ser revista depois de verificadas condições geotécnicas diferentes das previstas no projecto inicial. A supressão da circulação viária tornou-se imprescindível por questões de segurança para os trabalhadores e para os utentes da via e terá a duração previsível de três semanas”, explica a autarquia. O Município deu início, a 21 de Fevereiro, ao alargamento do pontão na rua dos Mártires da Tragédia do Mondego, na localidade de Pé de Cão, na União das Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeiro de Frades, uma empreitada integrada na zona 1 da ampla empreitada de estabilização de muros e taludes em 10 áreas diferentes do concelho, que representa um investimento global de 308.045,25 euros (IVA incluído). “Apesar de não estar previsto no início da empreitada, o corte de trânsito tornou-se imprescindível por questões de segurança depois de verificadas condições geotécnicas diferentes das previstas no projeto inicial”, sublinha. A supressão da circulação viária iniciou-se hoje e terá a duração previsível de três semanas, o que implica que o acesso ao Centro Social S. João seja realizado pela alameda da Feira e rua Principal das Parreiras. Já na rua Tragédia dos Mártires, do lado do rio irá ser colocada sinalética de corte de trânsito a 500 metros, permitindo assim os acessos existentes em terra. A conclusão desta obra deverá ocorrer até 14 de Abril deste ano. A empreitada em curso prevê um novo tabuleiro para o pontão, executado em laje de betão maciça armada com selagem dos varões nervurados ao tabuleiro existente, passando a ter uma largura de 6m para vias de circulação automóvel e 0.75m de largura para circulação pedonal em cada sentido, limitadas por guardas metálicas de protecção. Foi ainda contemplada uma abertura na parede resistente do pontão, bem como trabalhos de sustentação provisórios por forma a manter o coletor de águas residuais existente em funcionamento. Recorde-se que esta é uma empreitada mais ampla, prevendo-se a requalificação e reparação de taludes, de estruturas de contenção e de outros elementos estruturais necessários à estabilização das infraestruturas, em especial no que respeita às plataformas viárias e à consequente circulação rodoviária e pedonal em segurança. A avaliação de locais críticos levou à elaboração, pelos serviços municipais, de projectos, tendo a adjudicação da empreitada ocorrido em agosto e a consignação em Novembro de 2021. As obras vão avançar faseadas em 10 zonas, consistindo, essencialmente, na requalificação e execução de muros de suporte e de contenção em betão armado, gabião e elementos

pré-fabricados de betão para a estabilização de taludes; para além, então, da requalificação deste pontão que não permite a circulação rodoviária e pedonal em segurança face à sua reduzida largura. A empreitada foi adjudicada à empresa Nortins Engenharia, Lda., tendo um prazo de execução de 180 dias. Para além da zona 1 (alargamento do pontão na rua dos Mártires da Tragédia do Mondego), as zonas a intervencionar são as seguintes: Zona 2 – Muro de Suporte no Campo da Moita Santa – Freguesia de Cernache Zona 3 – Muro na Estrada Principal – Vale de Cântaro – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 4 – Muro de Suporte na Travessa do Poço de Água – Freguesia de Santo António dos Olivais Zona 5 – Urbanização Quinta da Fonte – Requalificação dos Muros e Espaço Exterior – Freguesia de Santo António dos Olivais Zona 6 – Muro de Suporte na Rua da Liberdade – Palheiros – Freguesia de Torres do Mondego Zona 7 – Muro na Rua da Cova – Fontinhosa – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 8 – Muro na Rua Quinta da Galheta – Fornos – União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela Zona 9 – Muro na Travessa Comandante Bento – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 10 – Muro na Urbanização da Rua de Aveiro – União das Freguesias de Coimbra


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VINAGRETAS ABELHA PROVOCA ADIAMENTO DE VOO ENTRE MAPUTO E LUANDA

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a passada quarta-feira, o voo DT 582 com destino a Luanda, ficou adiado após ser detetada uma anomalia nos parâmetros de voo, entre os instrumentos do comando e do copiloto. As razões técnicas foram provocadas por uma abelha. Entrou num dos tubos de captação de pressão dinâmica e “acabou por obrigar” os passageiros a permanecerem em unidades hoteleiras em Maputo, até a mesma ficar resolvida.

CARTEIRA PERDIDA É DEVOLVIDA 53 ANOS DEPOIS

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aulo Grisham, de 91 anos, foi surpreendido quando contactado para lhe ser devolvida uma carteira, que não se lembrava de ter perdido. A descoberta da carteira perdida ocorreu em 2014, na ilha de Ross, onde Grisham, Marinheiro dos Estados Unidos, esteve colocado como especialista de previsões meteorológicas, entre Outubro de 1967 a Novembro de 1968. A carteira estava escondida atrás de um guarda-vestidos, e continha todos os seus documentos da altura, até um cartão de racionamento de cerveja. Após ter contacto com inúmeros samaritanos que se esforçaram para devolver a carteira, ela encontra-se agora junto do “seu dono”, no Sul da Califórnia.


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ALGUÉM DISSE QUE... “A Rússia não pode ser bem sucedida nesta guerra” Augusto Santos Silva, ministro dos Negócios Estrangeiros “Apoiam Putin e fazem um comício ‘Pela Paz?’” Carlos Abreu Amorim, antigo deputado da Assembleia da República Portuguesa, sobre o comício do PCP “Não desligamos esta situação que se está a viver, e nomeadamente esta intervenção militar da Rússia na Ucrânia, não apenas de todo o contexto que conduziu a esta situação, mas até dos riscos que para o futuro estão colocados” João Oliveira, dirigente do PCP “A Ucrânia está a travar uma batalha por nós” Carlos Zorrinho, eurodeputado do PS “Não há justificação possível. Se dependesse do PCP e do BE o apoio financeiro não seria aprovado. Não gostam das condições. Seria então melhor não haver apoio” Isabel Moreira, deputada socialista, sobre voto do PCP contra a resolução do Parlamento Europeu de condenação da Rússia “Fomos enviados para a morte” Soldado Russo, sobre a guerra com a Ucrânia “Putin pagará pelo que fez” Joe Biden, presidente dos Estados Unidos da América


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