“Campeão das Províncias” - 03/03/2022

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VESPERTINO

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DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

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QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO 2022 | N.º 470 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL EDITORIAL

GUERRA DESPERTA A EUROPA Nuno Teodósio Oliveira* No eclodir de uma guerra que nos desperta para os nossos piores pesadelos, há porventura algo que nos permite olhar o futuro com alguma esperança: a União Europeia desperta de uma longa “anestesia” e assume finalmente uma posição de força em defesa da democracia, da autodeterminação de um País e da liberdade. No fundo, dos valores que também estiveram na génese da criação da Comunidade Europeia. E isso é tão mais surpreendente se percebermos que o faz num contexto de profunda desagregação e divisão interna - algo que o regime de Putin tem fomentado ao longo dos anos, seja por via do apoio ao Brexit, seja através do financiamento de partidos de extrema direita um pouco por toda a Europa (como os nacionalistas populistas Marine Le Pen, Orban ou Salvini) como forma de destruição interna dos pilares das instituições em que se funda a democracia de cada um desses Países, enfraquecendo-os na capacidade de definição de soluções de consenso em torno de ideais comuns. Este é o momento decisivo para o futuro da União Europeia e da sobrevivência do Estado de Direito Internacional e das economias abertas e plurais em que vivemos. Este é o momento de agir. Esta é a “arma” mais eficaz contra a violência, a guerra e a barbárie que se vive na Ucrânia, e talvez a única forma de parar o movimento imperialista de recuperação da ex-URSS que já está em marcha. P. S. - E, ainda assim, foi possível 13 Eurodeputados votarem contra a Resolução do Parlamento Europeu de condenação da Rússia pela invasão à Ucrânia. Dois deles são os eurodeputados do PCP. No comments. (*) Advogado

ISEC VAI CRIAR CENTRO DE INVESTIGAÇÃO COM PÓLOS EM COIMBRA E LISBOA

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


2 Gestão e Manutenção Industrial é nova aposta do ISEC QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO 2022

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Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) e a Universidade Lusófona (UL) vão criar um novo Centro de Investigação e Desenvolvimento dedicado à Gestão e Manutenção Industrial, com pólos em Coimbra e em Lisboa, foi anunciado esta quinta-feira. “Uma das principais linhas de investigação e desenvolvimento incidirá na gestão de activos físicos – área especialmente importante para o desempenho de qualquer empresa e, em particular, para as organizações com grandes investimentos neste tipo de activos”, afirma Mário Velindro, presidente do ISEC. O Centro de Investigação e Desenvolvimento, que deverá arrancar no último trimestre deste ano, vai dedicar-se ainda a “itens tangíveis como equipamentos, ferramentas, máquinas e infraestruturas que exigem manutenção e actualizações”, refere. Segundo José Oliveira Santos, docente da UL e presidente do Centro de Investigação em Engenharia Industrial, Gestão e Sustentabilidade, “esta é uma das áreas onde as empresas dos mais variados sectores estão extremamente carenciadas de licenciados, mestres e doutorados”. “As soluções de engenharia e a gestão estratégica integrada de activos físicos irão ajudar a encontrar as melhores soluções para atender à natureza e aos desafios das organizações e da sociedade”, frisou. A parceria entre as duas instituições vai “aprofundar uma cooperação científica e intensificar as publicações de resultados obtidos”, além de reforçar “a ligação ao tecido industrial de transportes e de serviços, nomeadamente no sector da saúde, e dado um contributo para a inovação tecnológica, gerando patentes e levando para o mercado produtos e sistemas inovadores”. O Centro de Investigação e Desenvolvimento vai ter inicialmente dois pólos, mas o presidente do ISEC perspectiva o alargamento posterior a outras entidades, “quer em Portugal como no estrangeiro”. “Com esta parceria – entre uma instituição pública e outra privada – estamos também a contribuir

para o virar de uma página no ensino. Até há pouco tempo atrás, as instituições andavam de ‘costas viradas’ umas para as outras, mas isso tem de acabar”, frisou Manuel Damásio, presidente da Universidade Lusófona. O académico considerou que o “principal objectivo é criar uma massa crítica de elevado nível científico e tecnológico, capaz de produzir ciência ao mais alto nível e, a médio prazo, disponibilizar novos ciclos em Engenharia e Gestão Industrial”. O Centro de Investigação e Desenvolvimento será partilhado por docentes e alunos do ISEC e da UL, entre Coimbra e Lisboa.


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COBARDIA INACEITÁVEL ALFREDO CASTANHEIRA NEVES*

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nazismo e o estalinismo são pesadelos da Humanidade que julgávamos absolutamente erradicados do panorama universal, mas que os pseudo-arautos da democracia - que, de resto, nunca a praticaram nem sabem praticar, desde logo porque são idiossincraticamente seus adversários – retomaram uma perigosa escalada contra a paz, contra os sagrados valores dos direitos humanos, contra a transitada independência das nações, contra os princípios nucleares da convivência dos povos e do intercâmbio civilizacional, contra o progresso económico-financeiro, contra a estabilidade geopolítica, contra a segurança tecnológica e comunicacional, contra a livre circulação de pessoas e bens, contra o solidário intercâmbio empresarial… A vergonhosa e inaceitável invasão perpetrada pela Rússia liderada por um implacável ditador contra o Estado soberano e independente da Ucrânia, que interrompe um aparentemente estabilizado período de paz na Europa, representa um aviltante e vergonhoso acto de cobarde privilégio da força física e material sobre a dignidade humana e os valores da liberdade e da democracia. Uma única consolação importa registar, qual seja a de que tal agressão uniu o Mundo no indignado e revoltado repúdio de tal inadmissível uso da força sem qualquer tipo de legitimidade, com a tradicional e não surpreendente excepção daqueles que se igualam na negação dos nucleares princípios do humanismo, da liberdade e de democracia e de que são paradigmáticos e infelizes exemplos os regimes políticos da Venezuela, Cuba, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Irão e também alguns insignificantes partidos políticos de cariz anti-democrático. * Advogado

Nota: mais Opinião nas páginas 16 e 17

RICAS E PERDIDAS POR DOCES

Freiras que comiam mais carne, outras mais peixe, quase todas a apreciarem doces, mas uma era vegetariana. No âmbito de um mestrado na Universidade de Coimbra, um estudo inédito aos esqueletos exumados nas escavações do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha revela a alimentação rica e variada das Clarissas, entre os séculos XIV e XVII, onde viveu a Rainha (Santa) Isabel de Aragão. PÁGINA 6

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CÂMARA PREPARA ESTUDO URBANÍSTICO

Zona Ribeirinha quer abraçar Rio Mondego A Câmara Municipal de Coimbra tem vindo a recolher achegas, sugestões e contributos diversos para elaborar o estudo urbanístico que, para já, contemple toda a zona ribeirinha da margem direita do rio Mondego, entre a Ponte-Açude e a Ponte de Santa Clara. Há já uma fase prévia desse estudo que se propõe ser ousada e ambiciosa, abrangendo numa fase imediatamente a seguir a margem esquerda do rio. PÁGINAS 2 E 3

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VEREADOR JOSÉ DIAS EM ENTREVISTA

UC na vanguarda com “Loja do Cidadão” para os estudantes Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o vereador do PS da Câmara de Coimbra, José Dias, dá a conhecer melhor o Student Hub, a “Loja do Cidadão” da UC, e deixa críticas à actuação do Executivo. PÁGINA 7

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ACTUALIDADE

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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

ESTUDO DA ZONA RIBEIRIN HA COM OSRIBEIRIN OLHOS POSTOS ESTUDO DA ZONA NA MARGEM ESQUERDA PAR A ABRAÇAR O RIO MONDEGO

NA MARGEM ESQUERDA PAR LINO VINHAL

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Câmara Municipal de Coimbra aprovou recentemente uma fase prévia do estudo urbanístico da margem direita do rio Mondego, numa extensão à volta der 1300 metros, entre a Ponte Açude e a Ponte de Santa Clara. No seguimento das obras em curso que vêm da Câmara anterior e que visam a recuperação dos muros de suporte da margem da Avenida Aeminium (que passaremos a designar por Marginal) e a implantação da linha dedicada do Metrobus , achou o actual Executivo ser uma boa oportunidade para um estudo urbanístico mais abrangente que, uma vez definitivo, permita também decidir os moldes e as condições em que os promotores imobiliários poderão intervir nos terrenos que vão ficar desocupados, dando-se como certo que a linha férrea irá ser levantada. No fundo, a ideia que está a ganhar força é que se caminhe para um estudo urbanístico que englobe o aproveitamento de todo o espaço que vai ficar livre e que ainda é da ordem de vários hectares, suficiente para conferir a toda aquela zona um novo perfil e, espera-se, uma nova feição e aproximação da cidade ao rio que naquela zona têm andado de costas voltadas. Esta ideia, no fundo, é estudar e decidir as intervenções que ali poderão ser feitas de acordo com esse estudo que vai entrar na fase dos detalhes e não aguardar pelos projectos de cada promotor, que, assim, terá de obedecer a uma orientação que dê coerência a toda a reabilitação. Ideia que tem vindo a ganhar força – e que parece fazer todo o sentido – com a Câmara a dizer nesse estudo o que se pode fazer e não aguardar pelo impulso dos promotores e e só depois reagir aos seus propósitos. Dizem os entendidos nesta área que a Câmara deve ter uma atitude “proactiva e não reactiva”, garantindo assim coerência em toda a frente ribeirinha. A CIDADE ESTÁ A ENVOLVER-SE NA DISCUSSÃO DA REABILITAÇÃO DA ZONA RIBEIRINHA Esta fase prévia do estudo urbanístico esteve até há dias

(segunda feira passada) em consulta pública, a aguardar sugestões e achegas diversas, e a verdade é que suscitou mais discussão e mobilizou mais gente, sobretudo especialistas urbanistas, do que costuma ser usual nestas coisas. Diga-se em abono da verdade que Coimbra não tem o hábito de cultivar muito esta preocupação de envolver a comunidade na análise e discussão do futuro da cidade, seja qual for a intervenção que se tenha nas mãos. Mas neste caso concreto houve envolvimento para além dos interessados directos e está a criar-se um ambiente favorável a que se aproveite a oportunidade para que a cidade faça as pazes com o Mondego e dele possa usufruir na sua plenitude. Envolveram-se nessa discussão pública, para dar apenas dois ou três exemplos, o Movimento Cívico que defende que a linha do comboio se deve manter, bem como a circulação ferroviária entre as duas estações. Parece ser uma reacção tardia, mas nada garante que o seja. Em Entrevista ponderada à Rádio Regional do Centro foram expostas as razões que este Movimento julga assistir-lhe. O Partido Socialista de Coimbra também participou, mas a discussão de toda esta importante questão que é o estudo urbanístico da beira-rio teve o contributo maios destacado e mais profundo por parte dos “Cidadãos por Coimbra” que, à semelhança do que já havia feito há uns 15/16 meses, promoveu na semana passada um segundo debate sobre o assunto, agora já de olhos postos naquele estudo prévio que nesse debate –que juntou alguns dos mais credenciados especialistas em urbanismo --- recebeu aplausos, algumas achegas e sugestões, valiosos contributos também. Nesse debate participaram, cada qual com a lição muito bem estudada, o arquitecto da Câmara Paulo Fonseca (autor desta fase prévia do estudo urbanístico que constitui a peça de arranque para toda esta discussão), José António Bandeirinha, Professor no Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra, João Paulo Cardielos, também Professor no mesmo Departamento, Ana Bastos, vereadora da Câmara Municipal e Jorge Gouveia Monteiro, Coordenador do Movimento dos “Cidadãos

por Coimbra”. Do debate resultou que começa a haver uma linha de forte concordância que, não prejudicando as sugestões de cada qual, se encaminha para um estudo urbanístico que poderá vir a ter uma forte adesão da cidade. Saliente-se a presença e participação da vereadora Ana Bastos, sobre cujos ombros vai cair a responsabilidade de conduzir este assunto, já que é da sua área de governação. Esta fase prévia do estudo urbanístico vai fazer a sua caminhada e serviu de base a todas as intervenções feitas no debate . Como se disse, recebeu várias sugestões –mais que reparos e mereceu concordância da maioria dos intervenientes – mas irá receber muitas mais até que assuma a sua versão definitiva, de modo a que os potenciais interessados em investimentos imobiliários na zona possam saber o que podem fazer e em que condições. E vários deles já pediram â Câmara para serem esclarecidos e, se ainda o não foram, é porque o estudo não está ainda em fase de dar essas respostas. ESMIUÇANDO O QUE ESTÁ EM CIMA DA MESA A CAMINHO DO ESTUDO DEFINITIVO Para mais fácil leitura e entendimento de todo o projecto ainda em estudo, separemos esta intervenção naquela zona ribeirinha em três planos: os muros do rio; a marginal e os terremos a libertar para intervenções imobiliárias e para o domínio público: a) Os muros estão bastante adiantados e, não fora a suspensão das obras, estariam concluídos em breve. Portanto, assunto esclarecido. b) A Marginal, de acordo com aquela fase prévia do estudo urbanístico que foi apresentada pelo seu autor, arquitecto Paulo da Fonseca, do departamento urbanístico da Câmara, não terá circulação automóvel, como tinha antes de ser encerrada. Será uma avenida pedonal, com uma via ciclável, com reserva do espaço necessário à implantação da linha dedicada do Metrobus. Tudo isto, mais coisa menos coisa, já estava previsto, à excepção da circulação automó-

vel, antes permitida e agora possivelmente não. c) De novo e essencial aguarda-se que o estudo urbanístico diga o que se pode fazer nos terrenos a libertar. Já dissemos atrás que há uma área muito apreciável e apetecida para intervenção imobiliária e que a seu tempo será destinada para esse fim. A maior parte desses terrenos, na ordem dos 60%, pertence à Infraestruturas de Portugal que, como se sabe, superentende em toda a circulação ferroviária. Pertence, portanto, ao Estado. Para que neles se possa mexer há que trazê-los para a disponibilidade da Câmara, ou sendo cedidos gratuitamente ou sendo adquiridos a preços módicos que não inviabilizem toda esta intervenção à beira rio. As negociações não deverão demorar muito e tudo dependerá dos propósitos da Infraestruturas que, se quiserem ganhar muito dinheiro, vão dificultar tudo isto. Note-se, todavia, que, no que respeita ao edifício da Estação Nova, as Infraestruturas fizeram saber à Câmara de Coimbra ser sua intenção entregar a Coimbra este equipamento para ser usufruído pela cidade. Mas o Montepio também tem para a zona uma intervenção prevista e aguarda também que lhe dêem luz verde para avançar. E haverá outros interessados em menor dimensão, mas quase se poderá dizer que já não há chão que não tenha sido cobiçado. Tenha-se presente que a própria Critical Software, que adquiriu há três ou quatro anos o edifício da Coimbra Editora, há-de estar ansiosa para saber que rumo poderá dar às intervenções que necessita fazer para que obtenha um pleno aproveitamento de um investimento que não deve ter sido tão pequeno como isso. Está também em fase de reestruturação profunda o antigo edifício da Ideal, com aumento da área construída, para implantação de uma unidade assistencial de qualidade superior. Os hotéis existentes, Vila Galé e D. Inês, ajudarão a manter a qualidade que se pretende para a zona. E A MARGEM ESQUERDA? Espera-se que o estudo urbanístico, uma vez concluído, traga já prevista uma intervenção profunda para a

In Campeão das Províncias de 3/03/2022

margem esquerda. Não faz sentido que se fique pelo lado direito e a outra margem se mantenha no estado actual. Só assim ganha força e futuro que a cidade se estenda Santa Clara além, que toda aquela zona da Guarda Inglesa se faça cidade de pleno direito, por forma a que o rio não se assuma como separador, antes fique como um canal de beleza superior a atravessar a cidade, enriquecendo-a e dela fazendo parte integrante. Para que o Mondego fique no meio da cidade – sugestivo propósito assumido pelos “Cidadãos por Coimbra” – é necessário e urgente que aquela margem seja cidade de corpo inteiro, perfeitamente integrada no todo citadino, em total igualdade de meios e dignidade com a margem direita. Definida que estiver a intervenção a fazer daquele lado e que o estudo urbanístico não deixará de contemplar, esse mesmo estudo abrir-se-á à possibilidade de uma nova ponte que ligue as duas margens. Entroncando na margem direita no prolongamento da Rua dos Oleiros, iria sair do outro lado na zona dos Transportes Colectivos (SMTUC). Esta nova travessia vem cheia de intenção, tanto quanto de ambição. Não se tratará apenas de mais uma ligação, essencialmente pedonal e de “meter” o rio dentro da cidade, o que já não seria nada pouco. Será muito possivelmente mais do que isso, se for pensada como levando o Metrobus à margem esquerda, servindo aquela zona e abrindo-se a uma ligação futura que leve este transporte a Condeixa, para já, sem perder de vista Mealhada e Cantanhede, pólos que reúnem melhores condições para prosseguir este objectivo. SONHOS DE CURTO E MÉDIO PRAZO No plano das intenções, provavelmente dos sonhos também, mas o caminho faz-se caminhando, estará também esticar até à Portela esta aproximação ao rio ( já conseguida em toda a zona do Parque Verde), onde a praia fluvial ali implantada há poucos anos não deixará de constituir um pólo de atractividade para parte da população de Coimbra. Imagine-se pois – repetimos que não estamos a falar para questões a resolver em dois

ou três anos – uma zona ribeirinha que, esticando o Choupal rio acima através de uma florestação adequada, traria a Coimbra e à sua ligação ao rio Mondego uma nova realidade, porventura determinante para as próximas gerações. DUAS NOTAS SOLTAS 1) Do debate promovido pelos “Cidadãos por Coimbra” e que serviu de lastro para esta explanação das perspectivas em curso, esteve presente, atenta e participativa, a vereadora Ana Bastos, responsável maior nesta matéria. Fez-se acompanhar por alguns quadros técnicos qualificados em urbanismo, promovendo assim um envolvimento novo que se assume como nova e saudável prática. Já em ocasiões diversas fizemos notar esta nova forma de estar e participar da vereador Ana Bastos, aproximando-se das pessoas, partilhando com a cidade as ideias que traz consigo para cidade. Esta postura serena e de humildade vai seguramente abrir-lhe as portas para uma clara identificação com os interesses de Coimbra e suas gentes. 2) O “Cidadãos por Coimbra” é um movimento político que não tem conseguido entrar nos Executivos da Câmara Municipal, seu grande desígnio ainda não conseguido. Isso não o tem impedido de estar presente em muitos assuntos da cidade, sendo mesmo das forças políticas locais mais interventivas, que faz muito trabalho de casa e não se coíbe de expor o que pensa, o que tem feito amiudadas vezes, com oportunidade e elegância, não necessitando de atirar pedras para se fazer ouvir. Então nesta matéria da reabilitação da zona ribeirinha, é a força política que mais cartas tem dado, promovendo até agora dois debates muito bem sucedidos sobre esta matéria, não se limitando a falar sozinho mas trazendo fortes contributos de especialistas, quer de Coimbra quer vindos doutros lados. Esta forma de fazer política tem mais elevação, mais mérito, muito mais interesse e proveito para o colectivo, em perfeito contraste com os bitaites que alguns outros expandem a partir das esplanadas da cidade.


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QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO 2022

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ACTUALIDADE

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HA COM OS OLHOS ESTUDO DA ZONA RIBEIRIN HA COMPOSTOS OS OLHOS POSTOS NA ESQUERDAOPARRIO A ABRAÇAR O RIO MONDEGO A MARGEM ABRAÇAR MONDEGO 4 1

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1- Ponte-Açude; 2 - A tal ponte pedonal e para o Metrobus a chegar à margem esquerda no seguimento da Rua dos Oleiros; 3 - Ponte de Santa Clara; 4 - Os dois quarteirões a implantar nos terrenos que vão ficar disponibilizados, 60 por cento dos quais são da Infraestruturas de Portugal NOTA COMPLEMENTAR: A – A linha férrea vai desaparecer. A intervenção na zona ribeirinha nesta fase vai da Ponte Açude à Ponte de Santa Clara, numa extensão a rondar os mil e trezentos metros. B - Esta marginal não terá trânsito automóvel, sem prejuízo do acesso por parte de transportes urgentes. C - Será essencialmente pedonal e com espaço para a linha dedicada do Metrobus. Terá também, tudo o indica, uma via ciclável. D - A linha dedicada do Metrobus, a vir de Coimbra B (…), terá a certa altura de se duplicar: uma via será a linha do Hospital que, rua dos Oleiros acima, passa pelo Bota Abaixo e desemboca na rua da Sofia, em frente à Caixa Geral de Depósitos e vai por aí acima. A outra linha segue para a Portagem, S. João acima e dará lugar à linha da Lousã. E - Mais ou menos nesta zona de derivação, no entroncamento com a Rua dos Oleiros, está a pensar-se numa ponte para a margem esquerda, a concretizar não para já mas quando esta mesma margem tiver definido o seu plano estratégico e os trabalhos subsequentes. F - Esta ponte será pedonal mas admite-se – e esta ideia está a ganhar força – que possa ter também uma linha dedicada para o Metrobus, a desembocar na zona dos SMTUC. G - Subjaz a esta ideia duas intenções: a) desenvolver a margem esquerda e toda aquela zona de Santa Clara ganharia nova dinâmica; b) acautelar o desenvolvimento do Metrobus em direcção a Condeixa, ideia que se vem afirmando com consistência crescente. Recorde-se que o Metrobus, além de Condeixa, pode, em tempos futuros, vir a servir a Mealhada e Cantanhede.

DEBATE PROMOVIDO PELO MOVIMENTO CIDADÃOS POR COIMBRA

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m Outubro de 2020 o CpC promoveu, um grande debate sobre a Frente Ribeirinha de Coimbra. Este debate teve lugar no Hotel D. Inês, em Coimbra, e nessa altura responderam à chamada as forças políticas da cidade que demonstraram interesse no debate e valorizam este tipo de iniciativas cidadãs. Nesse debate de 2020 ficou claro que a integração do rio na cidade tem de ser feita com as duas margens, não apenas com uma. Uma ideia defendida por Nuno Grande, que apresentou, com uma síntese, muita investigação, ideias e propostas para a integração do rio na cidade. Por sua vez, Manuel Salgado, que apresentou o processo de requalificação da frente ribeirinha de Lisboa, reforçou esta ideia dizendo que a CMC deveria reverter para si a titularidade dos terrenos da Infraestruturas de Portugal para conseguir liderar este processo. A CMC, representada pelo seu vice-presidente, Carlos Cidade, respondendo a um desafio lançado pelo CpC, no sentido de cumprir obrigações assumidas pela própria CMC quando adotou o programa estratégico das ARU de Coimbra, comprometeu-se a prestar contas sobre o assunto. Contudo, não o fez. Nunca criou um fórum de discussão, público e participado, sobre o processo de reabilitação urbana na cidade, em particular, da frente ribeirinha, entre a Ponte de Santa Clara e a Ponte Açude. Entretanto, realizaram-se

eleições autárquicas em 2021, a gestão da CMC mudou e assumiu, recentemente, que a linha férrea entre Coimbra A e Coimbra B vai desaparecer, considerando que pode ser um facilitador da requalificação da margem direita, entre pontes. Aproveitando o facto da CMC ter posto à discussão um Estudo urbanístico com este objetivo, o CpC promoveu, e em boa hora, esta mesa-redonda. Paulo Fonseca (CMC), arquiteto, apresentou este Estudo para a margem direita. De acordo com o próprio, claro que podemos legitimamente perguntar se o rio só tem uma margem e a resposta é: para já, temos propostas para a margem direita, mas também há ideias e planos para a margem esquerda. Das propostas para a marginal, para o restante espaço público da área em estudo e para o sistema de mobilidade, sobressaíram a proposta de criação de uma ponte que ligue as duas margens e que permita a circulação de peões e do Metro Bus – pensando desde já em futuras ligações do Metro Bus a outros concelhos, nomeadamente Condeixa-a-Nova e Cantanhede – e de tornar a marginal um espaço pedonal, em convívio com uma ciclovia e o corredor de circulação do Metro Bus. Sobressaiu, também, uma informação importante até agora desconhecida sobre as funções dos novos edifícios que irão ser construídos nos terrenos da In-

fraestruturas de Portugal: serão edifícios com comércio e serviços nos pisos térreos e habitação nos pisos superiores. José António Bandeirinha, professor no Departamento de Arquitetura da UC, considerou que o CpC, pela iniciativa de organização da mesa-redonda, e CMC, pela abertura demonstrada, merecem uma referência especial. Considerou ainda que o espaço em discussão é absolutamente crucial para a imagem da cidade e que é bom que não fique só na mão dos promotores. Considerou que está genericamente de acordo quanto ao estudo apresentado, mas que a cidade tem de conseguir colocar pessoas neste espaço para que não seja igual a outros de Coimbra, que estão vazios de pessoas. Referiu ainda outras questões, como: A margem esquerda exigir, agora, outro projeto, fazendo justiça ao título feliz desta iniciativa do CpC; A questão da ponte nova ser um ponto central e é muito bom que esteja a ser pensada para servir o Metro Bus; Os novos edifícios que surgirem nesta área deverem primar pela qualidade e que não se devem perder as oportunidades que este processo irá gerar; João Paulo Cardielos, também professor no Departamento de Arquitetura da UC, sublinhou igualmente a importância da mesa-redonda e defendeu: Que o Estudo em discussão não será assim tão distinto de

outros como os que foram compilados na publicação Coimbra anos 90: fazem-se planimetrias que pouco ou nada dizem do que vai acontecer. Por isso, este Estudo não pode ficar por aqui. No Departamento de Arquitetura da UC, há muito que a Frente Ribeirinha tem sido pensada, dede a Portela ao Centro Hípico de Coimbra. Portanto, há muita cabeça a pensar nos assuntos que estão agora a ser discutidos e os resultados não deviam deixar de ser tidos em conta num plano real de intervenção na cidade. Não podemos ter apenas um planeamento reativo, um planeamento que apenas reage a problemas e desafios pontuais. Os planos têm de ser proactivos, têm de traduzir uma visão de cidades. Há que pensar bem na estratégia de mobilidade; há que revitalizar o centro histórico, cuidar bem das questões da habitação e dos seus custos; saber que tipo de serviços se vão instalar e, mais importante, quem serão os destinatários das futuras habitações. Nunca é demais salientar a importância dos espaços verdes na zona e ver a escala a que devem ser feitos. Sempre que há espaços verdes qualificados as pessoas aprovam. Veja-se o caso de sucesso do Rebolim. Por isso, é urgente cuidar da ligação da Portela à Portagem. Não podemos limitar-nos a tratar apenas dos muros, pois isso é muito pouco e é insuficiente.

In Campeão das Províncias de 3/03/2022

O estudo apresentado aponta caminhos, mas não os garante. Por isso, este estudo, sendo positivo, exige, contudo, muito mais informação. Se Coimbra quer fazer cidade, tem de ser a CMC a liderar este processo. João Paulo Cardielos referiu ainda a disponibilidade do Departamento de Arquitetura colaborar com um município aberto. Ana Bastos, vereadora da CMC, congratulou-se com a sala cheia e agradeceu ao CpC a promoção deste evento, salientando que Coimbra tem de fazer uma frente urbana de que a cidade possa vir a orgulhar-se. Começou por referir que dava a cara pelas alterações anunciadas e disse que, infelizmente, a CMC não vai a tempo de fazer algumas coisas, mas ainda está a tempo de alterar outras. Salientou que a nova CMC está no poder apenas há 4 meses, que é óbvio que há que fazer mais e que a CMC tem no seu horizonte um projeto para a margem esquerda, desde a Portela à Lapa, da Lapa à Ponte Açude. Acrescentou que as críticas que ouviu são sinal de democracia partilhada, lamentando não haver mais tempo de discussão. Concluiu que a Avenida Aeminium deve ser dada à população, que deve ter o direito de gozar esta parte da albufeira do Mondego, que nunca foi completamente desfrutada. Referiu ainda que há contratos assinados que não se podem

perder, que algumas obras podem não ser a solução ideal, mas são melhores do que nada. Não se podem perder 33 milhões de euros, maIs os necessários para indemnizar empreiteiros. Concluiu que partilha as preocupações expressas e destacou o exímio comportamento das Infraestruturas de Portugal, disposta a colaborar na requalificação da frente ribeirinha, e apelou ao contributo de todos, pedindo sugestões e críticas. No final do debate houve ainda tempo para intervenções do público presente e alguma troca de opiniões com mesa. Jorge Gouveia Monteiro, coordenador do CpC, referiu que uma Administração Pública opaca é sempre desastrosa e que no passado alguns falaram de abertura, mas não abriram nada. Considerou que será desde já importante perguntar quem vai viver nas novas habitações e que a CMC tem instrumentos que pode e deve usar para assegurar habitação para todos e não apenas para alguns. Sublinhou ainda a importância do ponto de encontro das duas margens, via ponte, e a da via estruturante Covões /São Martinho do Bispo/ Condeixa. Ana Bastos terminou dizendo que pela parte da CMC irá a todos os sítios onde a chamem, lamentando que os estudos do Metro Bus, feitos há 4 anos, tenham sido uma oportunidade por não terem sido dados as conhecer.


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3 DE MARÇO DE 2022

ENTREVISTA

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VEREADOR DA CÂMARA DE COIMBRA CRITICA POUCO ACOLHIMENTO ÀS PROPOSTAS DO PS

JOSÉ DIAS FRISA QUE A “OPOSIÇÃO NÃO SERVE SÓ PARA FISCALIZAR”

É licenciado em Bioquímica pela Universidade de Coimbra (UC), foi assessor do Gabinete do Reitor e Gestor de Ciência e Tecnologia da UC. Entre outros cargos, José Dias foi ainda presidente da Associação Académica de Coimbra e vice-presidente da Federação Académica para a Informação e Representação Externa. Hoje é coordenador do Student Hub da UC, o qual damos a conhecer melhor nesta Entrevista, além de ser vereador do Partido Socialista na Câmara de Coimbra. É no exercício deste último cargo que tece algumas críticas e aponta lacunas à actuação do Executivo camarário. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: O que o levou a aceitar integrar a lista socialista liderada por Manuel Machado à Câmara de Coimbra nas últimas eleições autárquicas? José Dias [JD]: O convite, que muito me honrou, foi uma clara aposta na juventude. Coimbra é a cidade dos estudantes, e com o meu percurso na Associação Académica de Coimbra e ligado à UC, foi feito esse convite que, obviamente, aceitei porque sempre estive ligado ao PS e acreditava que podia dar um contributo à cidade, não só na área da juventude mas em outras como é o caso da área do ambiente e da transição climática. [CP]: Ficou surpreendido com o resultado? [JD]: Sim, a esmagadora maioria foi apanhada de surpresa, até porque vínhamos de um ciclo de oito anos de governação. Tivemos uma campanha muito difícil decorrente da pandemia que limitou o contacto habitual com a população e potencia uma gestão criteriosa das redes sociais e a oposição conseguiu ter maior projecção nessas redes o que também terá contribuído para o resultado. Esta é uma missão difícil, existe uma maioria dentro do Executivo e o que nos compete é escrutinar e não estou nada de acordo com o senhor presidente dizer que a oposição está para fiscalizar unicamente. Quando fui eleito foi com uma agenda para a juventude e, portanto, irei fazer todas as propostas que considerar adequadas.

Ainda na última reunião de Câmara fiz um conjunto de propostas sobre aquilo que é uma dificuldade adicional das pessoas portadoras de deficiência de se movimentarem e integrarem a nossa cidade. Há propostas concretas e espero que o Executivo não vá tapando os olhos. [CP]: Quer isso dizer que o actual presidente não mostra grande abertura em relação à oposição? [JD]: Não tem existido.

ciais através de um discurso de ódio e a urgência em mudar Coimbra com uma série de medidas que têm de ser implementadas desde já. Quando vamos a ver as 112 propostas ficam muito aquém das expectativas, tanto é que o Orçamento que foi apresentado e as Grandes Opções do Plano são basicamente o que foi apresentado pelo PS em 2021. Vejamos o caso, por exemplo, do Convento S. Francisco. Diziam que ia acontecer uma mudança radical. Não só não a vemos como chutaram esse processo até que, com críticas de vários Partidos, vimos um recuar dizendo que o modelo do Convento ia ser apresentado até ao final do ano. Até agora nada foi feito quanto à questão económica de Coimbra, nem uma simples medida como é constituir o Conselho de Desenvolvimento de Coimbra, nem isso foi feito. Terem começado

Há propostas concretas e espero que o Executivo não vá tapando os olhos.

Uma das perguntas concretas que fiz foi sobre o planeamento para a zona ribeirinha, toda aquela zona que vai desde a estação de Coimbra A até ao Parque do Mondego. Houve um conjunto de propostas do Somos Coimbra para essa parte da cidade e questionei, por isso, quando iam concretizar as medidas que tinham sugerido e fiquei sem resposta. Uma das propostas do PS que avançaram foi candidatar Coimbra a uma das cem cidades neutras em carbono, mas de resto tem existido muito pouco acolhimento às nossas propostas. [CP]: E quando o actual Executivo era oposição e o presidente era Manuel Machado isso não acontecia? [JD]: Existia uma base de diálogo que nunca foi recusada mas temos de ter noção daquilo que propunham. A base da vitória do Juntos Somos Coimbra, nestas eleições, no meu entender, sustentou-se em dois eixos: a exploração das redes so-

por dizer que têm oito anos para concretizar as medidas é defraudar as expectativas de quem votou para um mandato de quatro anos. É irónico também ver como muitas posições se foram alterando em poucos meses, como é caso de Souselas, em que o presidente de Junta, que está afecto ao Somos Coimbra, que sempre defendeu as linhas dos SMTUC para a sua freguesia, foi o primeiro a dizer que está disponível para cortar as linhas de autocarro em Souselas. [CP]: Pensa apresentar propostas alternativas enquanto vereador? [JD]: Sim, várias. No pacote de recuperação sócio-económica temos oportunidade para alterar procedimentos na cidade no âmbito das alterações climáticas. No próprio programa municipal para as alterações climáticas, aprovado ainda pelo PS, um dos grandes objectivos era unir uma região e, infelizmente, o que temos verificado é que Coimbra

tem sido desarticulada dos restantes concelhos e este é um processo fechado na gaveta, quando foi aprovado e tem um conjunto de medidas muito específicas. Uma das medidas que não exige muito tempo nem dinheiro é a constituição de uma Comissão de Acompanhamento que consiga ir monitorizando este plano. Temos a sorte de ter a instituição mais sustentável do país, e 21.ª a nível mundial, que é a UC e estamos a desaproveitar esse know-how que existe. Se nem conseguimos dar o primeiro passo que é reunir com as instituições, começamos mal. A questão das limitações das pessoas com deficiência, a questão do urbanismo e o ponto sobre devermos integrar em pleno as habitações sociais na cidade, até porque temos a oportunidade de fazer uma revolução no país e em concreto na cidade. Temos essas linhas do PRR. O programa do 1º Direito está em vigor e estamos a dar tempo para a sua execução. Uma proposta que também fiz, e que não tenho visto qualquer tipo de seguimento, é a requalificação do edifício sede da Associação Académica de Coimbra. Já o ex-presidente, Manuel Machado, antes do final do mandato e antes de se iniciar a campanha eleitoral, disse que estava disponível para avançar com uma candidatura conjunta com a Universidade e a Associação Académica para essa requalificação, algo que hoje não ve-

José Dias foi também fundador e presidente da Associação Nacional de Estudantes de Bioquímica

cação e isso é bom. Houve um trajecto feito pelo Governo no que concerne à descida do valor das propinas, no aumento das bolsas de Acção Social, que eram os dois eixos que a associação sempre reivindicou. Além disso continua a projectar-se em tudo o que é a sua actividade, não só na parte política mas também desportiva e cultural. Tenho visto uma Associação Académica muito viva. [CP]: Foi membro do Conselho de Acção Social da UC. O que podem esperar os estudantes no que diz respeito a apoios? [JD]: Acho que existiu uma reversão histórica porque as bolsas de apoio social estiveram sempre indexadas ao que era o valor da propina

Temos a sorte de ter a instituição mais sustentável do país, e 21.ª a nível mundial, que é a UC.

mos. Eu lancei esta proposta em Fevereiro, porque existe uma linha aberta da eficiência energética no PRR, e tanto quanto sei adiaram para o mês de Março uma reunião com a Associação quando essa linha de financiamento fecha no final do mês. [CP]: Como tem visto o desempenho da Associação Académica? [JD]: Continuamos com um grande grau de reivindi-

e era uma reivindicação já antiga que isso não acontecesse porque não é apenas esse gasto que um estudante tem quando entra no ensino superior. Estamos a falar de despesas da alimentação, do próprio curso, alojamento para quem é deslocado, além da vivência académica. Temos de ter estudantes em Coimbra que não sobrevivam, mas vivam o ensino superior e esse é o principal objectivo desta Acção Social.

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 3/03/2022

[CP]: O que é o Student Hub da Universidade de Coimbra? [JD]: É um projecto recente (Outubro de 2021) e muito inovador. O objectivo é ter uma espécie de “loja do cidadão” para os estudantes da Universidade e está a funcionar na antiga Faculdade de Medicina, no Pólo 1. A ideia é ter um circuito integrado de serviços contrariando o que existia antes, que eram os serviços muito dispersos. Assim o estudante tem a possibilidade de ir a um único local e resolver todos os assuntos de uma vez. Se quiserem ir de Erasmus é ali que vão, para tratar de um processo da matrícula e não só. É também um projecto que pressupõe inovação pedagógica e temos lá instalado o próprio núcleo de empregabilidade. Entendemos que a sala de aula como a conhecíamos deixará de existir e o professor será cada vez mais um gestor da Educação, em vez de expor apenas o que quer ensinar. Queremos também ir mais longe, não ficando só pela região de Coimbra mas regiões tão diferentes como uma CIM da Serra da Estrela, do Oeste, Viseu Dão Lafões, Médio Tejo... queremos criar uma sinergia e trabalhar para este objectivo em conjunto, com impacto territorial. É um projecto com um grande potencial. PATROCÍNIO:


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ACTUALIDADE INTERVENÇÕES EM CRIANÇAS INICIARAM-SE HÁ 30 ANOS

CENTRO DE IMPLANTES COCLEARES DO CHUC AVANÇA COM REDE NACIONAL

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C entro de Referência de Implantes Cocleares do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) pretende criar uma rede nacional de afiliados e já ministrou formação aos hospitais de Santo António (Porto) e Santa Maria (Lisboa). A Unidade de Implantes Cocleares do Serviço de Otorrinolaringologia do Hospital dos Covões, que passou a integrar o CHUC em 2011, no âmbito de um processo de fusão, foi pioneira no país ao realizar os primeiros implantes em adultos (1985) e em crianças (1992) – tendo assinalado 30 anos na passada sexta-feira. “Já temos formada uma rede de afiliados, nomeadamente com o Santo António, no Porto, e com o Santa Maria, em Lisboa, em que demos formação”, disse o cirurgião e coordenador Luís Filipe Silva, acrescentando que aquela unidade hospitalar da cidade do Norte já tem uma equipa cirúrgica a funcionar. Neste momento, segundo o especialista, o Hospital San-

O Serviço de Otorrino já colocou 1.000 implantes cocleares em adultos e 500 em crianças to António constituiu uma equipa com um cirurgião e técnicos que sabem efectuar a programação dos aparelhos, e já efectuaram cerca de 50 implantes. “No Santa Maria foi um esforço brutal, porque tinham o serviço com poucos cirurgiões otológicos, mas, neste momento, também já estão a colocar implantes”, adiantou. A estratégia do CHUC, de acordo com o coordenador da unidade, é “alargar a rede e distribuir o protocolo e, portanto, o conhecimento, porque tem a obrigação disso”. “É um dos nossos princípios não ter o conhecimento todo aqui para as pessoas virem cá, porque somos um

serviço de otorrino e não podemos ficar colapsados com os implantes”, referiu. Para Luís Filipe Silva, a rede de conhecimento é necessária para permitir deslocalizar cirurgias para fora daquele serviço de otorrino, que deve ser um “centro de desenvolvimento e inovação”, caso contrário “gasta-se toda a capacidade instalada na vertente assistencial”. “Estamos virados, neste momento, para a formação e investigação, porque o implante coclear é uma técnica que tem uma característica nacional, que é modelada pela língua de cada país”, explicou o cirurgião, frisando que o segredo do êxito “está na boa

programação do processador da fala”. Desde o início desta técnica, que teve início em Portugal em 1985, no mesmo ano em que se iniciou na Europa, o Serviço de Otorrino já implantou em Portugal mais de 1.500 implantes cocleares, dos quais 1.000 em adultos e 500 em crianças. “Todos os anos temos tido sempre uma progressão, nunca tivemos um retrocesso, felizmente, embora ao longo deste tempo, houve pessoas que foram embora, pessoas que se reformam, mas temos sempre tido um espírito de escola, que faz com que dentro deste serviço não haja ninguém indispensável individualmente, já que todos são indispensáveis como equipa”, disse. A Unidade de Implantes Cocleares do Serviço de Otorrinolaringologia tem duas equipas cirúrgicas, cinco técnicos, três terapeutas da fala e dois audiologistas, além de contar com o apoio de pediatras do desenvolvimento e psicólogos do Hospital Pediátrico.

UTILIZAÇÃO DE DESFIBRILHADORES AUTOMÁTICOS EXTERNOS

PSD QUER REDE DE EMERGÊNCIA MÉDICA EM MIRANDA DO CORVO

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PSD de Miranda do Corvo propôs que a Câmara equipe o município com Desfibrilhadores Automáticos Externos e faça a devida formação de operadores para o manuseamento. Este proposta surge tendo como exemplo o que já fizeram algumas dezenas de concelhos, entre os quais do distrito de Coimbra como Lousã e Penacova, Arouca, e do país como Albufeira, Odemira, Funchal, Cascais, Vila do Bispo, Vila Nova de Gaia, Sintra, Albergaria, Moncorvo e Loulé. Os sociais-democratas de Miranda do Corvo propõem que a instalação ocorra em duas fases, priorizando os locais com “mais afluência de pessoas e actividades”. Até ao final de 2022, o PSD quer ver DAE’s no Mercado Municipal, no Mercado Municipal de Semide, na Escola José Falcão, na Escola

Ferrer Correia, no Pavilhão Municipal, na Piscina Municipal Coberta e da Quinta da Paiva, na Casa das Artes, no Campo Municipal de Miranda do Corvo, no Campo das Lapas (Moinhos), no Pavilhão da Casa do Povo, na Igreja Matriz Miranda do Corvo e na Igreja Mosteiro de Semide. Em 2023, o PSD quer que a rede seja alargada a todas as escolas do concelho, a todos os locais com aglomerações frequentes acima de 100 pessoas e a todos os recintos de prática desportiva colectiva. Os sociais-democratas recordam que “a paragem cardiorrespiratória, de origem cardíaca, é a principal causa de mortalidade nos países desenvolvidos e que em Portugal se estima que ocorram 10.000 casos todos os anos, acontecendo quase sempre de forma súbita, inesperada e fora do meio hospitalar”. O PSD sublinha que “na grande maioria dos casos o

A segurança e saúde no concelho é uma das preocupações dos sociais-democratas locais único tratamento eficaz é a desfibrilhação eléctrica e o factor mais importante para o sucesso da intervenção é o tempo que decorre entre o colapso da vítima e o início das manobras de Suporte Básico de Vida e utilização de um desfibrilhador automático externo”. Segundo dados avançados pelo PSD, “em Portugal, a taxa de sobrevivência de uma vítima de paragem cardiorrespiratória presenciada é inferior a 3%. Esta percentagem sobe para 74% quando o incidente ocorre em locais onde existem desfibrilhadores”. Uma vez que “os DAE’s quando não utilizados por

profissionais de saúde só podem ser manobrados por leigos com formação em DAE e Suporte Básico de Vida” o PSD propõe a formação de possíveis operadores neste âmbito, pessoas com presença habitual nos locais de instalação (por exemplo: colaboradores da autarquia, das escolas, dos clubes, etc). O PSD afirma, assim, a sua vontade de posicionar “Miranda do Corvo como um concelho liderante no que diz respeito à segurança e saúde dos seus cidadãos, tornando-se um concelho mais atractivo e atento àquilo que mais importa às pessoas: a sua saúde”.

In Campeão das Províncias de 3/03/2022

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saúde DIA MUNDIAL DAS DOENÇAS RARAS ASSINALADO EM COIMBRA A Câmara Municipal (CM) de Coimbra associou-se à comemoração do Dia Mundial das Doenças Raras, que se assinalou na segunda-feira (28), e que tem como promotor a RD-Portugal, União das Associações das Doenças Raras de Portugal. Assim, pelas 18h00, os Paços do Concelho foram iluminados com as cores rosa, verde e azul, uma vez que estas são as cores oficiais da campanha internacional. Para além da iluminação de edifícios públicos e privados, a iniciativa nacional incluiu ainda a divulgação do vídeo oficial da campanha internacional adaptado para português, a organização da 2.ª conferência online de doenças raras e campanha nas redes sociais. A RD-Portugal é uma entidade sem fins lucrativos que promove a defesa e a promoção dos direitos e interesses das pessoas afectadas por doença rara ou com deficiência provocada por esta e as respectivas famílias, promovendo a integração social e familiar dos seus membros, mitigando a desigualdade e discriminação destas pessoas. É uma federação que integra mais de 30 associações de doenças raras e as representa junto de entidades públicas ou privadas em território nacional e internacional, sendo membro do National Mirror Group do Programa Europeu para as Doenças Raras e o membro português do Conselho de Alianças Nacionais da EURORDIS.

CRIOESTAMINAL PRESENTE NAS SESSÕES DE ‘CONVERSAS COM BARRIGUINHAS’ As sessões online das ‘Conversas com Barriguinhas’, iniciativa de âmbito nacional que junta parceiros e especialistas em saúde materna para levar às famílias o esclarecimento acerca de temas importantes, voltam em Março com várias iniciativas e terá a Crioestaminal presente. As sessões vão decorrer hoje (3), e nos dias 8 e 10 do presente mês. Hoje, às 17h00, Queila Guedes, enfermeira especialista em saúde materna e obstetrícia, vai falar sobre a hora do parto. Carolina Vale Quaresma, terapeuta familiar, falará sobre a “hora de deitar o seu filho”, desmistificando os cinco erros mais comuns dos recém-papás, e decorrerá ainda uma visita guiada da atriz Sofia Arruda ao laboratório da Crioestaminal, o banco familiar que escolheu, para guardar as Células Estaminais do Cordão Umbilical do seu bebé. No dia 8, Dia Internacional da Mulher, às 17h00, será entrevistada Alexandra Mendes, directora de Recursos Humanos na Crioestaminal, que apresentará a sua perspectiva sobre a criopreservação das Células Estaminais do Cordão Umbilical dos seus filhos. Haverá tempo ainda para uma palestra com Mariana José, nutricionista, e Cláudia Xavier, enfermeira especialista em Saúde Infantil e Pediatria e Conselheira em Aleitamento Materno. No último dia (10), a partir das 17h00, Núria Durães, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia, apresentará a hora do banho. A sessão encerrará com Teresa Coutinho, enfermeira especialista em Saúde Materna e Obstetrícia.

MARCELO REBELO DE SOUSA CONDECOROU SNS COM A MAIS IMPORTANTE ORDEM HONORÍFICA NACIONAL O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou, ontem (2), o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com a mais elevada Ordem Honorífica nacional devido aos actos e serviços prestados, em particular durante a pandemia de covid-19. Esta condecoração do SNS como Membro Honorário da antiga Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito acontece no dia em que se assinalou o segundo aniversário do primeiro caso de covid-19 registado em Portugal. O presidente destacou os “actos e serviços excepcionais prestados, em particular durante a pandemia a Portugal, aos portugueses e a outros cidadãos” pelo SNS e a “abnegação e sacrifício” dos seus profissionais de saúde. A covid-19 matou em dois anos mais de 21 mil pessoas em Portugal, infectou mais de três milhões, e levou a 35 milhões de testes, e à administração de 22 milhões de vacinas em quase nove milhões de portugueses.

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ACTUALIDADE

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PRIORIDADE AO CENTRO CÍVICO E À REABILITAÇÃO

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Câmara de Coimbra aprovou, por maioria, uma proposta de construção de um novo edifício de habitação social no Bairro da Rosa, com 32 fogos, num investimento estimado de 2,4 milhões de euros. O anteprojecto, que contou com a abstenção do PS, indica que o edifício permite a criação de 16 unidades T1 e outras tantas unidades T3, que visam apoiar pessoas sem capacidade financeira para suportar o custo do acesso a uma habitação adequada, no âmbito da Estratégia Local de Habitação. “Em habitação social todos os processos são urgentes, porque temos pessoas, cerca de 800 famílias, a residir em condições sub-humanas”, disse o presidente do Município, José Manuel Silva, durante a discussão da proposta na sessão de Câmara. O autarca disse que a Câmara deve procurar todas as soluções para investir o

financiamento aprovado no âmbito da Estratégia Local de Habitação e “resolver o grave problema da habitação social”. Para o vereador socialista Carlos Cidade, a construção deste bloco único “não resolve nenhum problema no imediato” e aquela opção “não era prioritária, mas sim a última de todas as soluções” na Estratégia Local de Habitação. “Não percebo a urgência”, enfatizou o autarca, que se queixou da falta de uma planta de implantação, “sabendo que a Câmara tem o compromisso de construir [naquela zona] o Centro Cívico do Planalto do Ingote”. Carlos Cidade justificou a abstenção dos quatro vereadores do PS com a disponibilização de “informação insuficiente para tomar qualquer tipo de decisão”. A vereadora da maioria “Juntos por Coimbra” com o pelouro da gestão urbanística, Ana Bastos, garantiu que o lote em causa não se sobrepõe à área prevista para a construção do Centro Cívico do Planalto do Ingote.

De acordo com a informação técnica do Município, a implantação do edifício, com quatro pisos acima da cota de soleira e um piso abaixo para estacionamento, será num lote definido pelo processo de loteamento de Maio de 2006, numa área de 1.374 metros quadrados. Os socialistas, que agora estão em oposição na Câmara, foram ouvir, durante o passado fim-de-semana, as Associações de Moradores do Planalto do Ingote (Bairro do Ingote, Bairro da Rosa, Rua Cidade de São Paulo, Bairro António Sérgio e Monte Formoso). “A actual maioria no Executivo municipal decidiu avançar desde já com a implantação de mais um gigante prédio, à margem do que pensam os moradores do Planalto do Ingote, nomeadamente as suas Associações de Moradores representativas, assim como a própria Junta da UF de Eiras e São Paulo de Frades e não aceitando as sugestões do PS, através dos seus vereadores”, referem os socialistas. Os vereadores e dirigen-

O Município constrói um novo edifício de habitação social, enquanto o PS defende a recuperação dos fogos vazios tes concelhios do PS contestam que seja prioritário a construção de um novo prédio, quando “só entre o Bairro da Rosa e o Bairro do Ingote, segundo as informações prestadas pelas Associações de Moradores, se encontrarão devolutos, não ocupados, entre 37 a 41 fogos, naturalmente a necessitarem de renovação/ reabilitação”. Os socialistas declaram-se “ao lado das soluções que possam servir não só

os moradores desta zona residencial como, também, a coesão territorial do concelho, principalmente na distribuição das zonas de habitação social por outras áreas do município”. “Para além disso, é necessário estabelecer rigorosos critérios para proceder a uma aplicação do sistema de habitação a custos controlados em novos edifícios de habitação municipal, de forma a estabelecer um maior equilíbrio entre o arrendamento e

compra/venda de habitação”, acrescentam. Por fim, a Concelhia de Coimbra do PS afirma que “está ao lado dos moradores desta zona residencial, no que toca à prioridade devida ao Centro Cívico do Planalto do Ingote, que será um pólo dinamizador da inclusão social e da participação dos moradores, podendo vir a ser o motor de um maior desenvolvimento da zona e da sua reabilitação urbana e de mobilidade.

20.ª EDIÇÃO DO CERTAME GASTRONÓMICO REFORÇA APOSTA NA ANIMAÇÃO

FESTIVAL DO ARROZ E DA LAMPREIA REGRESSA $ 0217(025˨2˨9(/+2 (0 )250$72 35(6(1&,$/

ANA LUÍSA PEREIRA

D

e 11 a 20 de Março, o concelho de Montemor-o-Velho recebe a 20.ª edição do Festival do Arroz e da Lampreia. O certame gastronómico está de regresso dando destaque ao arroz carolino do Baixo Mondego e à lampreia. Promovido pelo Município de Coimbra, o Festival conta com a parceria estratégica da Turismo Centro de Portugal e integra a Região de Coimbra - Região Europeia de Gastronomia 2021/2022 - «A Million Food Stories». “O Festival serve para mostrar às pessoas que não morremos, estamos vivos, que queremos sair à rua, que nos queremos divertir e, sobretudo, que queremos que a nossa

economia local seja dinamizada, revitalizada e que o Festival seja o motivo para que as pessoas possam, de uma vez por todas, quebrar e romper com este espartilho em que vivemos”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, durante a apresentação do evento que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, na passada segunda-feira (28). Com a intenção de tornar o certame mais atractivo, o programa de animação foi reforçado e conta com a participação de artistas de dimensão regional e nacional que se juntam às actuações dos artistas, ranchos e grupos folclóricos locais. Emilío Torrão reforça que este não é só um festi-

No ano passado o festival realizou-se via digital devido à pandemia provocada pela covid-19 val de lampreia. “É um festival que evoca os sabores do rio e do campo, o arroz carolino, que é único e genuíno, e, por isso, fizemos, provavelmente, o festival mais forte de sempre. O evento vai ter uma aposta forte na animação, que é algo que não fazíamos, porque o festival vivia da

procura da lampreia, dos pratos e da gastronomia. Hoje queremos acreditar que as pessoas vêm por outras razões”. O evento conta com vários artistas, entre os quais Mickael Salgado (dia 11), Jorge Guerreiro (dia 11), Rosinha (dia 12), Tiago Silva (dia 18) e Rita

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Guerra (dia 19). A tenda que acolhe o evento, no largo da feira, será maior este ano e conta com espaços dedicados aos produtos endógenos e doçaria tradicional, tasquinhas, artesanato concelhio, maquinaria agrícola, comércio e serviços e representações institucionais. O Festival do Arroz e da Lampreia terá a sua mostra gastronómica em 15 restaurantes aderentes do concelho, mais sete que no ano anterior. O presidente salientou que o arroz de lampreia só estará disponível com marcação prévia junto dos restaurantes aderentes ou tasquinhas, devido à escassez da lampreia. O festival conta ainda com o evento MiniChef, dirigido a crianças entre os seis e os 12 anos, numa

parceria entre a Câmara Municipal e a Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. As 24 horas de arroz-doce ao vivo regressa nos dias 12 e 19 de Março, onde o público toma o lugar de protagonista do festival e dá a provar as suas receitas. Para os mais novos está ainda preparado outro espaço, a Morlândia, e ainda sessões de robótica nos dias 12, 13 19 e 20 de Março. A iniciativa inclui também passeios pedestres, um desfile de trajes antigos e conta ainda com sessões de ‘showcooking’ com o ‘chef ’ Luís Lavrador e o ‘chef ’ Miguel Gameiro. A entrada na tenda do festival é gratuita e toda a programação pode ser consultada no site oficial do Município.


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ACTUALIDADE

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INICIATIVAS ALUSIVAS AO 82.º ANIVERSÁRIO DECORREM A 7 E 13 DE MARÇO

BOMBEIROS DE ALVAIÁZERE “VOLUNTÁRIOS POR OPÇÃO E PROFISSIONAIS NA ACÇÃO” NÁDIA MOURA

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Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere (AHBVA) assinala, na próxima segunda-feira (7), o seu 82.º aniversário. Ainda limitados pelas contingências associadas à pandemia de covid-19, as comemorações vão ser simbólicas, não descartando, no entanto, as habituais homenagens e distinções. Mário Gomes está ligado à AHBVA desde 1995. Entre 2005 e 2016 foi adjunto de comando e é, desde 2016, comandante desta corporação. Apesar do actual estado do país e do mundo e tudo o que adveio da pandemia, regozija-se pelas condições actuais da corporação que agora “está a fazer mais serviços do que antes da pandemia”. A corporação tem, actualmente, 74 bombeiros no corpo activo – 20 deles profissionais -, cinco estagiários prontos a entrar e uma escola de 10 a iniciar. A escola de esta-

giários é de um ano, fazem as 250 horas de formação legalmente exigidas, os módulos todos da carreira inicial de bombeiros, depois são avaliados, fazem o estágio e ingressam na carreira de bombeiro no corpo activo. Existe ainda uma escola de infantes e cadetes (que vai dos 6 aos 16 anos) com cerca de 61 elementos. BUROCRACIAS A MAIS Mário Gomes assume que existem diferenças com o decorrer dos anos e, acima de tudo, burocracias a mais. “Há muita diferença nomeadamente naquilo que é a obrigação legal de formação inicial. No meu tempo, para entrar nos bombeiros, bastava a concordância do comandante e do corpo de bombeiros e passavam, em pouco tempo, ao corpo activo. Hoje obrigam a uma formação inicial muito rígida, com a qual concordo: somos voluntários por opção e profissionais na acção.

O que não concordo é a burocracia que existe para se poder ser bombeiro, a questão de não se poder fazer curso com 16 anos, a questão da progressão na carreira que depois é muito difícil porque, muitas vezes, não temos a disponibilidade para ir a outras cidades e a vida pessoal e familiar já é tão comprometida com o serviço operacional que o serviço formativo pode ficar por fazer”, conclui. Segundo o comandante, a corporação tem vindo a renovar a frota no socorro e saúde mas, nesse âmbito, Joaquim Simões, presidente da associação desde 2018, diz que precisavam de mais apoios e sublinha a queda de receitas no último ano, sendo que aumentaram também as despesas. “Tenho um museu de viaturas, bem estimado é certo, sendo que muitos têm mais de 30 anos. Tirando duas ou três viaturas mais recentes, nomeadamente uma viatura de incêndios urbanos e outra para o comando, também ela nova, as restantes viaturas são

A corporação conta, actualmente, com 74 elementos no corpo activo mais antigas e não sabemos com o que podemos contar ao certo quando saímos em serviço. Precisávamos de mais apoios”. Mário Gomes assume a antiguidade das viaturas mas diz que isso “não é necessariamente mau” até porque tem muito cuidado na sua manutenção. “Tenho muito cuidado na manutenção das viaturas. Os veículos dos bombeiros são caríssimos e não há este montante disponível à mão de semear mas aqueles que temos estão bem cuidados e tornam-se excelentes máquinas. Um ponto sagrado sob o meu comando é que a segurança dos meus

bombeiros está acima de qualquer prioridade e, portanto, tanto o equipamento individual como a condição de segurança e manutenção das viaturas tem de estar sempre em primeira linha”, enaltece. ANIVERSÁRIO Dia 7 assinala-se o aniversário dos Bombeiros de Alvaiázere com uma missa pelos bombeiros já falecidos, mas é no dia 13 que as cerimónias, embora simbólicas, decorrem. Pelas 11h00 será hasteada a bandeira e depois decorrerá a cerimónia marcada pela promoção de

bombeiros além de que vão também ser condecorados os bombeiros com as medalhas 10, 15, 20 e 30 anos. Será ainda atribuída a Fénix de Honra – máximo galardão que um bombeiro pode aspirar através dos bombeiros portugueses – e, por fim, acontecerá a tomada de posse do segundo comandante, seguida de um almoço convívio. Na sessão comemorativa, além dos elementos da corporação, estarão presentes o presidente da liga dos Bombeiros, o presidente da Câmara, o presidente institucional da federação dos bombeiros do distrito de Leiria e o comandante distrital.

INICIATIVA DECORRE EM MODO PRESENCIAL E COM VÁRIAS TEMÁTICAS

FEIRA DE QUEIJOS E SABORES DE TÁBUA COMEÇA AMANHÃ

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Câmara Municipal (CM) de Tábua vai realizar a Feira de Queijos e Sabores da Beira num formato diferente, em modo presencial, durante este mês, com diversas iniciativas, como vendas de produtos locais, seminários, ‘workshops’ ou ‘showcooking’. Ricardo Cruz, presidente da Câmara Municipal, referiu, na conferência de imprensa de apresentação do evento, em Tábua, que “excepcionalmente, este ano, o evento será realizado noutro formato e, portanto, os motivos que levaram

a Câmara a adoptar por um formato diferente para esta edição da Tábua de Queijos e Sabores da Beira foi a questão, da pandemia de covid-19”. O edil sublinhou ainda que, “aproveitando uma estratégia de divulgação regional do Queijo Serra da Estrela”, irão realizar uma divulgação mais intensiva no fim-de-semana que lhes está destinado, o primeiro fim-de-semana de Março. Com o horário alargado até às 17h00, os visitantes poderão encontrar o “Mercado do Queijo”, no dia 6 de

Além do queijo, também o pão, enchidos, mel, e o artesanato regional, estão presentes nesta festa Março, o “Mercado do Pão, Mel e Doçarias”, no dia 13, o “Mercado dos Enchidos”, no dia 20, e o “Mercado do

Vinho & Artesanato”, no dia 27, sem esquecer os habituais produtores/comerciantes que todos os domingos dina-

mizam esta infra-estrutura municipal. De salientar ainda a realização de conjunto de acções de informação e divulgação de temáticas e projectos destinadas a produtores, agricultores e empresários, que pretendem valorizar o potencial endógeno e o crescimento da economia local. A 33.ª edição do evento vai contar com a presença de produtores locais no mercado municipal para a venda directa dos seus produtos. “Optámos por um formato misto. Antigamente, tínha-

mos um formato de massas e esse será retomado em 2023 no nosso Pavilhão Multiusos. Depois, tivemos um novo formato com a pandemia, com venda dos produtos ‘online’. E, este ano, num ano de transição, achamos que podemos continuar com o formato de venda ‘online’, acoplado com uma visita menos intensiva das populações”, sublinhou o autarca. Segundo o presidente, a economia do concelho é também beneficiada com este evento. A edição de 2022 inicia no primeiro fim-de-semana de Março (dias 4, 5 e 6).

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REPORTAGEM

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COMPANHIA DE TEATRO É FINANCIADA, DESDE A SUA FUNDAÇÃO, PELO MUNICÍPIO DE COIMBRA

A ‘MARIONET’ CRIA PEÇAS ARTÍSTICAS A PARTIR DE TEMAS CIENTÍFICOS ANA LUÍSA PEREIRA

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ascida em Coimbra, no ano 2000, idealizada por dois colegas, actores, a ‘Marionet’ é uma companhia de teatro com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Mário Montenegro, actual director artístico, foi um dos fundadores e, após a saída do colega da companhia, continuou o percurso do grupo. “No nosso segundo espectáculo, que se intitulou «A Revolução dos Corpos Celestes», começámos a abordar temas relacionados com a ciência, naquele caso a cosmologia, no entanto, na altura, ainda não abordávamos sistematicamente temas científicos, que é o que acontece hoje em dia. Segundo o fundador, esse espectáculo permitiu perceber que temas ligados à ciência tinham um bom acolhimento por parte do público, sendo assuntos sobre os quais não existia muita oferta. “O teatro é sobre a vida, sobre aquilo que é importante para nós e a ciência é uma presença permanente nas nossas vidas e com impacto muito grande”. Durante estes 22 anos, a actividade da companhia nunca parou, sendo a maior parte dela relacionada com a ciência, não só através de espectáculos, mas também de outras iniciativas. Mário Montenegro refere que há cerca de 10 anos que têm vindo a organizar aquilo que chamam de um «Cen-

tro de Documentação em Artes Performativas e Ciência», “espaço onde temos uma série de obras relacionadas com o cruzamento entre o teatro e esta área, tanto ensaios como peças de teatro e, recentemente, começámos uma iniciativa para tentar dar a conhecer bem essas dramaturgias”. A grande maioria das peças provêm de textos escritos em língua estrangeira, deste modo, a companhia tem vários voluntários que realizam as traduções para português, conseguindo, assim, dar uso aos livros e obtendo, rapidamente, peças traduzidas e prontas a encenar. A iniciativa «Ler Teatro com Ciência» convida, de dois em dois meses, as pessoas “a ler connosco ou a ouvir-nos a ler essas traduções. Temos as nossas estantes cheias de livros e foi a forma que arranjámos para lhes dar uso, é possível as pessoas requisitarem ou lerem no nosso espaço”, acrescenta o responsável. A ‘Marionet’ aborda temas variados, não conseguindo ter um especialista diferente para cada um deles. Mário Montenegro explica que o que fazem normalmente, quando abordam um determinado tema que não dominam, é arranjar parceiros especialistas que ajudam como consultores científicos. “Um dos nossos parceiros habituais é o Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, com o qual já temos feito uma série de projectos”.

INICIATIVAS E ESPECTÁCULOS Há poucos anos, a companhia criou ‘O Laboratório do Desconhecimento’, uma iniciativa de pesquisa e criação com a finalidade de abordar desafios científicos com uma equipa interdisciplinar de cientistas e artistas. “A imaginação e o inventar estão na base da arte e do trabalho em teatro, deste modo, colocámos a questão: será que o teatro consegue ajudar a ciência? Consideramos que peças artísticas são capazes de ajudar cientificamente, despertando ideias e abrindo novas perspectivas sobre as coisas”, esclarece o director artístico. Esta iniciativa foi pensada como forma de tentar responder a essa pergunta ou, pelo menos, de fazer experiências em torno dela. A ideia base seria pegar em diferentes temas científicos para os quais a ciência ainda não tem resposta e começar a investigar sobre eles, em conjunto com investigadores científicos. “O primeiro tema nele trabalhado foi, em parceria com o Núcleo de Investigação do Centro de Neurociências, o da apneia do sono, que vai agora culminar com a realização de um espectáculo”, explica. A 18 de Março (Dia Mundial do Sono), pelas 21h30, a ‘Marionet’ vai apresentar a peça “Morfeu e Apneia” no Grande Auditório do Convento São Francisco, um projecto sobre a apneia obstrutiva do

Representação da peça “Limbo Empático”, que fala sobre as alegrias e os dramas de três pessoas que aprenderam a viver nesta nova era da comunicação sono. Mário Montenegro refere que “há um grupo do Centro de Neurociências que está a estudar especificamente este tema, andam a tentar encontrar uma forma de fazer um diagnóstico mais rápido da doença, não é uma doença fácil de diagnosticar, pois os sintomas são comuns a muitas outras patologias. Decidimos fazer um espectáculo sobre este tema, que já vimos a acompanhar desde 2018 e sobre o qual já realizámos várias performances e experiências artísticas”. Este projecto já estava pensado há algum tempo, no entanto, só agora foram criadas as condições financeiras necessárias à sua realização. A peça provém de um texto original, que ainda está a ser terminado. O projecto, realizado em parceria com o Centro de Neurociências e também com a Associação Portuguesa do Sono, irá contar com a realização de várias actividades. “Desde conversas sobre o tema com especialistas, um concurso junto das escolas, uma exposição de trabalhos de alunos sobre o tema e no final do dia será a estreia do espectáculo”. ANDAR COM A CASA ÀS COSTAS

No ano em que comemorou o seu 20.º aniversário, a companhia fez a remontagem do seu primeiro espectáculo de tema científico “A Revolução dos Corpos Celestes”

Uma das maiores dificuldades que a companhia enfrenta é a falta de um

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espaço físico onde consigam realizar os ensaios e espectáculos. “Temos um espaço de sede, com algumas limitações, temos o nosso escritório, os nossos livros, fazemos alguns ensaios pequenos lá, quando ainda estamos na fase dos ensaios de mesa mas, quando precisamos de mais espaço, temos de arranjar outros sítios”, lamenta o fundador. Para a realização deste espectáculo, o Convento São Francisco cedeu o espaço para ensaios e apresentação, no entanto, o grupo está sempre limitado à programação das salas para realizar as suas peças. “Seja aqui [Convento São Francisco], seja no Teatro da Cerca, ou até mesmo no Teatro Académico Gil Vicente. O sítio onde ainda conseguimos fazer temporadas mais longas é o Teatro da Cerca de São Bernardo, no qual fazemos quatro espectáculos, de quinta-feira a domingo”, explica. Para o investimento que é preciso fazer para a realização de um projecto de teatro de raiz, este é um período de tempo muito curto, existindo ainda outra condicionante, a da visibilidade. “Nós já existimos há cerca de 21/22 anos e a maior parte das pessoas não nos conhece. Nós fazemos dois a três espectáculos novos por ano, sempre sem parar, a questão é que não

conseguimos fazer temporadas longas, por isso aparecemos e desaparecemos. Tem sido uma luta permanente”. A companhia tem, actualmente, a tempo inteiro, três pessoas, algo que não aconteceu durante 19 anos, período durante o qual a companhia não conseguiu ter membros permanentes. “Todas as outras pessoas são contratadas para o projecto. Nós acabamos, como é claro, por trabalhar muitas vezes com as mesmas pessoas, mas não são assalariadas da companhia. Desta forma, só avançamos para os trabalhos sabendo que temos financiamento para isso”, sublinha. Mário Montenegro frisa que sempre que realizam um espectáculo surge a dúvida do local onde vão ensaiar. “Nós temos ao longo do tempo vindo a interpelar a Câmara Municipal de Coimbra para ver se nos ajuda a resolver a questão do espaço. O Município já dá esse tipo de apoio a uma série de estruturas artísticas da cidade e nós consideramos que também precisamos e merecemos, mas não tem sido possível. Com este novo Executivo já voltámos a colocar esta questão, porque esse factor tem influência na prática, tornando muito mais complicado conseguirmos fazer o nosso trabalho”.


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EMPRESAS & NEGÓCIOS

NO ÂMBITO DA PRODUÇÃO DE TERAPIAS CELULARES

breves

CÉLULAS ESTAMINAIS DA CRIOESTAMINAL COM ACREDITAÇÃO INTERNACIONAL

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mostras de células estaminais criopreser vadas pela Crioestaminal foram reconhecidas com uma acreditação internacional no âmbito da produção de terapias celulares. “A experiência, capacidade e práticas relacionadas com o processamento de amostras que constituem a base para o desenvolvimento de terapias celulares da Crioestaminal receberam a qualificação internacional de excelência e qualidade da Association for the Advancement of Blood & Biotherapies

(AABB)”, informou a empresa que funciona no Biokant Park de Cantanhede. O laboratório português renovou ainda a acreditação pela AABB para os serviços de criopreservação de sangue e do tecido do cordão umbilical pelo 12.º ano consecutivo. “Obtida após uma auditoria no final do ano passado, a acreditação assegura que o nível de desempenho técnico e científico da Crioestaminal cumpre ou excede os padrões estabelecidos pela AABB relativamente às fases de recolha, processamento,

criopreservação, análise e distribuição das células estaminais do sangue e do tecido do cordão umbilical para aplicação clínica”, reforça a Crioestaminal. Com o foco na qualidade e segurança das terapias celulares emergentes, a acreditação pela AABB atribui também uma qualificação das amostras de sangue e tecido criopreservadas pela Crioestaminal enquanto fonte de células para a produção de medicamentos para terapias celulares, em linha com a autorização emitida no passado mês de Dezembro

pela Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) para a produção de células estaminais mesenquimais obtidas a partir do tecido do cordão umbilical criopreservado pela Crioestaminal. “A renovação da acreditação AABB para os serviços de criopreservação de sangue e do tecido do cordão umbilical, e a atribuição AABB Cellular StartingMaterial Qualification (CSM Qualification) às que criopreser vamos para utilização em terapias celulares, consolidam a

Crioestaminal como uma referência de qualidade em Portugal e na Europa, e são o resultado da dedicação dos nossos profissionais na procura de uma melhoria contínua”, refere Mónica Brito, directora-geral da Crioestaminal. A Crioestaminal é o único laboratório na Europa acreditado pela AABB, para os serviços de criopreservação do sangue e do tecido do cordão umbilical, num total de 11 bancos de criopreservação de células estaminais acreditados a nível europeu por esta instituição.

PLATAFORMA DIGITAL ALFREDO LAÇOU ÍNDICE DE PREÇOS DO MERCADO IMOBILIÁRIO

SANTO ANTÓNIO DOS OLIVAIS É A ZONA MAIS CARA PARA A HABITAÇÃO EM COIMBRA

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plataforma digital Alfredo, empresa especializada em inteligência artificial para o mercado imobiliário, lançou o Índice de Preços Alfredo relativo a Janeiro e destacou que Coimbra é uma das zonas com habitações mais caras. Numa altura em que a procura de casas em Portugal continua em alta,

o módulo ‘Insights’ desta ferramenta permite o acesso a dados e estatísticas agregadas de regiões geográficas em Portugal, sejam elas zonas, freguesias, concelhos ou distritos. Em Coimbra os valores mais altos estão situados junto ao Estádio. Santo António dos Olivais é a zona mais cara para a habitação nesta cidade. Nesta zona, próxima do

Estádio Cidade de Coimbra e com acesso próximo também a vários estabelecimentos de ensino públicos, um T1 pode custar 180 mil euros. Nas tipologias T2 e T3 (a mais comum) os preços médios rondam os 285 mil e os 375 mil euros. O tipo de oferta em Santo António dos Olivais é predominantemente promovido por agência,

existindo 37 propriedades promovidas por particular, com as moradias a valorizar 2.70%, e os apartamentos a registar um aumento do preço de 1.43%. Os imóveis promovidos por agência são na sua maioria exclusivos, havendo 404 nesta situação. O preço dos imóveis actualmente disponíveis ronda maioritariamente os 100.000 euros. Aqui encon-

tram-se maioritariamente imóveis usados, sendo o ‘C‘ o certificado energético mais comum. Para além de Santo António dos Olivais este estudo revelou que as Freguesias de Sto. António, em Lisboa, Aldoar, no Porto, e Santa Bárbara de Nexe, em Faro, lideram índices de valorização destas capitais de distrito.

SELECCIONADOS CONTAM COM INCENTIVO DE 50 MIL EUROS

INSTITUTO PEDRO NUNES ABRE CANDIDATURAS PARA APOIAR PROJECTOS COM TECNOLOGIA ESPACIAL

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programa ESA Business Incubation Centre (ESA BIC), coordenado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), em Coimbra, tem a decorrer, até 8 de Março, as candidaturas para empresas com projectos com tecnologia espacial ou para aplicação no mercado espacial, a incubar em Coimbra e nos Açores. As candidaturas podem ser realizadas no site do IPN e as empresas seleccionadas contam com um incentivo financeiro de 50 mil euros, cada uma. Para este programa podem inscrever-se ‘startups’ com projectos de negócio

que usem tecnologia e dados da indústria espacial em aplicações terrestres ou que explorem tecnologia não espacial no mercado espacial. No final serão seleccionados projectos que podem desenvolver o seu trabalho em Coimbra ou nos Açores, em quatro incubadoras da rede ESA BIC Portugal: no Instituto Pedro Nunes (Coimbra), Incubadora do Centro de Desenvolvimento e Inovação Empresarial de Santa Maria (INCUBA+), Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel (NONAGON), Parque de Ciência e Tecnologia da Ilha Terceira (TERRINOV).

Para além do incentivo financeiro para trabalharem no protótipo, desenvolvimento de produto e gestão e protecção da propriedade intelectual, as empresas seleccionadas vão ter 80 horas de apoio técnico e empresarial para desenvolverem os seus negócios. A iniciativa conta com o apoio da Agência Espacial Portuguesa, da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM), da Agência Espacial Portuguesa e da Universidade de Coimbra (PTSpace). De acordo com o IPN, o ESA BIC Portugal conta actualmente com uma rede de 15 incubadoras em

todo o território nacional, incluindo os Açores e a Madeira, que presta apoio a empresas que integrem tecnologia espacial em aplicações terrestres, em áreas como saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana e também empresas que pretendem entrar no mercado espacial comercial. “Em sete anos, o ESA BIC Portugal já incubou 47 empresas que integram tecnologia espacial em aplicações terrestres, levando à criação de cerca de 150 novos empregos, com um volume de negócios total de cerca de 4,9 milhões de euros e uma

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capacidade de exportação de mais de 1,4 milhões de euros”, refere o IPN. O Instituto Pedro Nunes tornou-se, em 2014, o primeiro Space Solutions Centre da Agência Espacial Europeia, entre os 21 centros existentes na Europa, a congregar os três programas de transferência de tecnologia promovidos pela ESA. Um deles é o ESA Business Incubation Centre, acresce a Rede de Parceiros de Inovação para Transferência de Tecnologia (Innovation Partners Network) e ainda a Plataforma de Embaixadores de Aplicações (ESA Business Applications).

LIDL ABRE NOVA LOJA EM MONTEMOR-O-VELHO O Lidl, cadeia de retalho portuguesa, de origem alemã, abriu recentemente uma nova loja no concelho de Montemor-o-Velho. A abertura dá assim continuidade à estratégia de modernização do seu parque de lojas de forma a garantir uma maior proximidade com as populações bem como o acesso facilitado a produtos e serviços inovadores. Para além de oferecer uma experiência de compra melhorada, o Lidl contribui para a dinamização das economias locais, gerando emprego estável e de qualidade, com contratos sem termo.

ARCÁDIA INAUGURA NOVA LOJA EM COIMBRA A Arcádia vai inaugurar, no próximo dia 9, no Forum de Coimbra, mais uma loja, esta em regime de franquia, com o seu mais recente conceito que engloba serviços de cafetaria e de refeições ligeiras. Esta é a segunda abertura por parte do mesmo franquiado da Arcádia na cidade de Coimbra. A loja conta com uma seating área interior e uma esplanada, e engloba também um corner independente para a loja de chocolates. O espaço tem um total de 12 mesas e capacidade para 48 clientes. Está aberto de domingo a quinta-feira, das 9h00 às 23h00, sexta-feira e sábado, das 9h00 à meia noite.

BLUEPHARMA ASSOCIA-SE AOS BOMBEIROS DE COIMBRA PARA RECOLHA SOLIDÁRIA A Bluepharma associou-se aos Bombeiros Voluntários de Coimbra para proceder a uma recolha solidária para o povo ucraniano. A iniciativa está a decorrer até às 18h00 de hoje (3) sendo o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Coimbra o local de entrega para os bens solidários. Podem ser entregues produtos de higiene (fraldas para crianças, idosos e artigos de higiene pessoal), artigos de saúde (medicamentos, kits de primeiro socorro, etc), roupa térmica (mantas, cobertores, sacos-cama, etc) e acessórios (lanternas, pilhas, powerbanks).


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VINAGRETAS | F_R_A vinagretas

PSD EUNUCO E ZOMBIE A falta de reacção do PSD ao que se passa na Ucrânia, assim como as declarações de Rui Rio que vai protelando a saída da liderança do partido, deixam Nuno Freitas angustiado. O médico, que a Direcção Nacional do partido arredou da candidatura à presidência da Câmara de Coimbra, continua atento ao que se passa no aparelho dos sociais-democratas. Nas redes sociais, Nuno Freitas desabafou: “Se não estivesse tomado por eunucos e zombies políticos, o PSD já devia ter hasteado a bandeira da Ucrânia na sua sede. E podia trabalhar seriamente a questão dos refugiados, da ajuda humanitária e do apoio militar concreto ao povo ucraniano”. Como cereja no topo do bolo recorda as declarações de Rui Rio ao Expresso, em que o demissionário que não se demite “adverte que a UE deve medir as consequências antes de avançar com mais sanções contra a Rússia” e “pedia que se estudasse os efeitos para a economia europeia e que se definisse uma estratégia para reduzir impactos negativos”. Pela evolução dos acontecimentos e as posições avançadas e firmes que a UE tomou, vê-se mesmo que Rui Rio já não está cá.

UMA MANIFESTAÇÃO... SEM O PCP No domingo, em frente à Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, houve uma manifestação de solidariedade com os ucranianos e contra a “selvagem invasão russa”. Tal a força desta causa que a iniciativa juntou 13 partidos e forças políticas, o que constitui um facto inédito nesta

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democracia em que tem imperado o cada um por si. Mas quando se fala em manifestações vem logo à ideia os “campeões” deste tipo de acções, como sejam a CGTP e o PCP, pelo que foi notória a falta de comparecência dos comunistas. Contudo, houve quem os desculpasse: “Agora são menos os eleitos e também precisam de tirar um dia de folga”!

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vasão]] que constituem uma grosseira deformação da notável solução que a União Soviética encontrou para a questão das nacionalidades e o respeito pelos povos e suas culturas”. Só que, noutra parte do texto, o PCP declara: “O agravamento da situação é indissociável da perigosa estratégia de tensão e confrontação promovida pelos EUA, a NATO e a UE contra a Rússia, que passa pelo contínuo alargamento da NATO e o reforço do seu dispositivo militar ofensivo junto às fronteiras daquele país, e em que insere a instrumentalização da Ucrânia, desde o golpe de Estado de 2014, com o recurso a grupos fascistas, e que levou à imposição de um regime xenófobo e belicista, cuja violenta acção é responsável pelo agravamento de fracturas e divisões naquele país”. Ficamos esclarecidos?

O CHEFE DA ESTAÇÃO

UMA NA FOICE E OUTRA NO MARTELO Uma das curiosidades após a invasão da Rússia à Ucrânia foi perscrutar a posição do PCP sobre estes acontecimento de repercussão mundial. Constata-se que o Partido Comunista Português, numa posição oficial, diz: “A Rússia é um país capitalista, cujo posicionamento é determinado, no essencial, pelos interesses das suas elites e detentores dos seus grupos económicos, com uma concepção de classe oposta à do PCP. Posicionamento que teve expressão, nomeadamente, nas declarações de Putin proferidas no início desta semana [antes da in-

Com a jornalista Cândida Pinto mais dentro do conflito que se vive na Ucrânia, aguardou-se que a RTP enviasse também quem não falta a uma guerra: José Rodrigues dos Santos. Este, que depois irá escrever mais um livro, quedou-se por Lviv, para dar a conhecer a imensa fuga dos ucranianos, aflitos e a precisarem de uma imensa ajuda. O jornalista e escritor, que já liderou a Direcção de Informação do canal público, surgiu muito tenso e quase em pânico nas primeiras intervenções a partir de Lviv, o que nos levava a supor que os russos estavam presta ali a chegar, enquanto Cândida Pinto surgia mais tranquila em Kiev (que teve de abandonar por a situação ser mais perigosa). Acontece que Rodrigues dos Santos está a 548 quilómetros da capital da Ucrânia e a apenas

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CRIANÇAS DO COLÉGIO NOVO DE COIMBRA PEDEM PAZ PELA UCRÂNIA A Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores de Coimbra (CMBSC) conduziu um exercício de simulação de um incêndio na embarcação Basófias, no rio Mondego, para testar diferentes valências de resposta da protecção civil. O exercício simulou um incêndio na casa das máquinas do Basófias e o resgate de vítimas dentro da embarcação e na água, num simulacro que juntou a CMBSC, e os Bombeiros Voluntários de Coimbra e de Brasfemes. No local estiveram 55 operacionais, 16 viaturas e três embarcações, referiu o comandante da CMBSC, Paulo Palrilha. Segundo o vereador da Câmara de Coimbra com a pasta da protecção civil, Carlos Lopes, este tipo de exercícios “não eram efectuados desde 2014”, recordando que já em Janeiro foi simulado um acidente com matérias perigosas. “Estamos a reforçar a prevenção”, vincou, salientando a capacidade de resposta que foi dada pelas três corporações no exercício realizado.

ATLETAS DA APCC CONQUISTAM PÓDIOS NO CAMPEONATO REGIONAL DE BOCCIA Ricardo Ferreira, Mariana Silva e Ana Laura Ferreira representaram o boccia da Associação de Paralisia Cerebral

de Coimbra (APCC) que voltou a uma prova oficial no Campeonato Regional de Individuais da classe BC3, depois de uma pausa nas competições da modalidade que durou dois anos. Com cada jogador a competir numa divisão diferente, fruto do novo modelo das competições que começou agora a ser implementado, todos conseguiram subir ao pódio: Ricardo Ferreira sagrou-se vice-campeão regional da 1.ª Divisão, Mariana Silva foi a vencedora da 2.ª Divisão e garantiu a subida de escalão, enquanto Ana Laura Ferreira, que se estreou em provas fora do circuito de Esperanças, conseguiu o terceiro lugar da 3.ª Divisão. O boccia é uma modalidade em que os atletas competem divididos por classes, em provas individuais, por pares ou por equipas, tendo grande tradição em Portugal. Na APCC, a vertente de competição (com diversos atletas a representar a Associação em competições nacionais e regionais) é conciliada com a dinamização da Bocciateca (o primeiro centro de recursos da modalidade do país, destinado à promoção do boccia sénior).

Os alunos do Colégio Novo de Coimbra aproveitaram o momento de Carnaval, que reflecte alegria e animação, para expressar, espontaneamente, o apoio à Ucrânia. Durante os festejos carnavalescos várias crianças usaram, de forma simbólica, a bandeira deste país ao peito. “Em vez de formarmos mentalidades que olham para trás na vida e na história com um saudosismo perigoso, será sempre melhor optar por trabalhar com foco, tentando alcançar a grandeza capaz de reconhecer o mérito que procuram, sempre respeitando os outros” afirmou o Colégio.

In Campeão das Províncias de 3/03/2022

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SIMULADO INCÊNDIO NO BASÓFIAS


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DOIS CANDIDATOS NA CIDADE-PRAIA À LIDERANÇA DA CONCELHIA

PS DA FIGUEIRA DA FOZ À FRENTE DOS SOCIALISTAS DE COIMBRA

LUÍS SANTOS

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o PS da Figueira da Foz são já conhecidos dois candidatos à liderança da Comissão Política Concelhia, enquanto que em Coimbra, para o mesmo órgão partidário, ainda se equacionam apenas hipóteses.

O actual líder socialista da Figueira da Foz é Carlos Monteiro, ex-presidente da Câmara e que foi derrotado nas eleições autárquicas por Pedro Santana Lopes, tendo assumido o lugar de vereador da oposição. Recandidata-se à presidência da Concelhia do PS, nas

eleições que deverão ser marcadas para este mês de Março, ou para Abril, por entender que o partido deve fazer uma “transição com serenidade”. “É uma candidatura para continuar a dar apoio ao trabalho desenvolvido pelas Juntas de Freguesia, no sentido de estes órgãos

autárquicos servirem as populações”, refere Carlos Monteiro ao “Campeão”, destacando que o PS venceu e tem a maioria (11) das freguesias do concelho da Figueira da Foz. Com o mesmo número de eleitos na Câmara que o movimento “Figueira A Primeira”, que

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tem a presidência, Carlos Monteiro diz que isto evidencia a necessidade de o PS “continuar forte, activo, interventivo” e a colocar em destaque os “valores humanistas”. Para a liderança concelhia do PS da Figueira da Foz vai também concorrer Raquel Ferreira, deputada na Assembleia da República e que foi reeleita em quarto lugar nas últimas legislativas. Esta advogada, com pós-graduação em reinserção social, avança com uma candidatura sob o lema «Um PS para Tod@s». Ao concorrer contra o actual líder socialista Carlos Monteiro, Raquel Ferreira garante que a candidatura “surge sem condicionalismos” e pretende “transformar o PS da Figueira da Foz naquilo que já foi: Um PS vencedor, um PS unido, um PS em que nos sentimos bem, um PS para todos”. IMPASSE CONIMBRICENSE

Em Coimbra, cuja data para a eleição da Comissão Política Concelhia do PS também não está ainda marcada, sabe-se que o ex-líder, Carlos Cidade, ex-vice-presidente da Câmara, demitiu-se após a derrota socialista na autarquia e deu conta, nessa altura, que não seria candidato. Seguiu-se Rosa Isabel Cruz na presidência da Concelhia socialista, mas também esta se demitiu na sequência da contur-

bada elaboração da lista de candidatos a deputados, com Carlos Cidade, que antes a incentivava para a liderança do PS, a retirar-lhe o apoio. Actualmente, na liderança socialista de Coimbra está David Ferreira da Silva, que se dá bastante bem com Carlos Cidade e esteve como assessor na Câmara de Coimbra no anterior mandato do PS. Como óbice a uma candidatura à Comissão Política Concelhia apontam-lhe o facto de estar a trabalhar, em Bruxelas, com a eurodeputada Maria Manuel Leitão Marques, e com menor presença em Coimbra. Outro movimento que está no terreno tem como alternativa a conhecida figura de Luís Vilar, antigo vereador socialista e que já liderou a Concelhia do PS de Coimbra, que na falta de uma pessoa que se queira assumir no seio deste grupo diz que “o partido não ficará órfão”, assinalando assim uma possível candidatura. Perante este cenário existe também um movimento (denominado “terceira via”) que equaciona avançar, onde estão “senadores” socialistas de Coimbra, que se traduz em personalidades que já desempenharam cargos dirigentes e funções públicas, os considerados “líderes de opinião”, que contribuem com ideias, reflexões e comentários, assim como presidentes de secções do PS e autarcas de freguesia.

CONGRESSO EM MONTEMOR-O-VELHO

JS DISTRITAL DE COIMBRA VAI TER LÍDER DA FIGUEIRA

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Congresso da Federação de Coimbra da Juventude Socialista (JS) vai realizar-se, a 13 de Março, na Escola Profissional de Montemor-o-Velho e marca a saída da liderança de José Dias. A curiosidade é que os dois candidatos à liderança distrital de Coimbra da JS são da Figueira da Foz: David

In Campeão das Províncias de 3/03/2022

Azenha e Mafalda Azevedo. David Azenha foi presidente da Direcção-Geral da Associação Académica de Coimbra e Mafalda Azevedo é a líder concelhia da JS da Figueira da Foz. Nos delegados ao Congresso, David Azenha tem uma vantagem de 80% sobre os eleitos pela candidatura de Mafalda Azevedo.


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Câmara Municipal da Lousã investe em apoios à mobilidade

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Câmara Municipal da Lousã, no âmbito do Programa de Apoio à Redução Tarifária da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), investiu, no ano de 2021, 8.354,19 euros em apoios à redução tarifária em transportes públicos. Este apoio – que corresponde à comparticipação do Município da Lousã neste programa – permite que o valor a pagar pelos muní-

cipes seja menor. Este programa – além do importante apoio social – contribui também para a sustentabilidade ambiental, ao estimular o uso dos transportes públicos colectivos, atribuindo um apoio anual às autoridades de transporte, o que lhes permite ter um ajustamento tarifário mais suave. Para Luís Antunes, “este é um apoio relevante da Câmara Municipal às pessoas, uma vez que, através da redu-

ção tarifária, permite que os transportes colectivos sejam mais acessíveis a todos os cidadãos, especialmente para quem deles mais depende”. O presidente da Câmara Municipal da Lousã destacou ainda que “a utilização dos transportes colectivos tem ainda inegáveis mais valias ambientais, pelo que este programa contribuiu, também, para a sustentabilidade e o desenvolvimento sustentável”.


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Produtos mais sustentáveis U

m telemóvel teria que durar 232 anos para compensar os danos ambientais que provoca ao longo do seu ciclo de vida. Aumentar o tempo de vida dos produtos é essencial para o planeta. Se queremos ter um desenvolvimento mais sustentável, temos que ter produtos que durem mais tempo, para termos menos desperdício e menos consequências negativas para o ambiente. Certamente muitos dos consumidores já tiveram a sensação que determinado equipamento que compraram se avariou muito rapidamente. Há mesmo aquela expressão: “custam tanto e não duram nada” que infelizmente é muito frequente, por exemplo, quando estamos a falar de telemóveis. E também certamente que já aconteceu ser muito difícil ou mesmo impossível de reparar o equipamento. Tudo isto acaba por pressionar o consumidor a comprar um novo equipamento, o que é prejudicial para o ambiente. É essencial prolongar ao máximo a vida dos produtos e isso começa logo na fase de conceção do produto. O consumidor quer e necessita de ter à sua disposição equipamentos feitos de materiais recicláveis e reutilizáveis, que sejam fáceis de manter e reparar. Assim será possível aumentar a durabilidade e reduzir a quantidade de materiais necessária para produzir um novo equipamento. É também importante que se combata a

chamada “obsolescência precoce”, que acontece quando um determinado equipamento acaba por ficar desatualizado ou mesmo obsoleto pelo aparecimento de um material mais moderno. O consumidor quer produtos mais sustentáveis e que durem mais tempo. Existem estudos que mostram que os consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos mais duráveis e reparáveis. No entanto, será sempre importante recordar a responsabilidade individual de cada um de nós em fazer um consumo mais responsável e sustentável. Uma pergunta que devemos colocar a nós próprios é: Será que preciso mesmo da nova versão daquele smartphone? Todos temos responsabilidade de fazer a escolha mais sustentável! DECO CENTRO


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COVID-19: Estudo internacional mostra alterações no comportamento alimentar durante o primeiro confinamento Universidade de Évora Estudo internacional liderado por Elsa Lamy, investigadora do Instituto Mediterrâneo para Agricultura, Ambiente e Desenvolvimento (MED), com a participação de Maria Raquel Lucas, da Escola de Ciências Sociais e Fernando Capela e Silva e Sofia Tavares, da Escola de Ciências da Saúde e Desenvolvimento Humano, da Universidade de Évora (UÉ), aponta diferenças no comportamento do consumo alimentar no primeiro período de confinamento devido à pandemia de covid-19. Os resultados mostram que houve um aumento no consumo de alimentos doces, como bolos e bolachas, principalmente em países desenvolvidos e sobretudo no grupo de pessoas em que as motivações ligadas à busca de prazer e conforto, nos alimentos, é maior. Por outro lado, houve um aumento do consumo de hortícolas, frutas frescas e lacticínios no grupo de pessoas com maior escolaridade e mais motivadas pela saúde, destaca a investigadora que liderou este estudo que teve como base 3.332 respostas recolhidos em 16 países, sendo 72,8% na Europa, 12,8% na África, 2,2% na América do Norte (EUA) e 12,2% na América do Sul. Os resultados do estudo agora publicado sugerem que as principais motivações percebidas para impulsionar a ingestão alimentar foram a familiaridade e o gosto, identificando-

-se dois clusters diferentes, com base na frequência de consumo alimentar, os quais foram classificados como “mais saudável” e “não saudável”. Elsa Lamy, sublinha que, também a este respeito, “a formação é essencial na promoção de uma alimentação saudável. A escolaridade, para além de contribuir para esta formação contribui também para maior segurança económica e menos ansiedade e isso reflete-se em menor necessidade de alimentos “de conforto”, como são os alimentos altamente palatáveis. Igualmente importante de distinguir o que são efeitos mais ou menos generalizados, e grandemente condicionados pelas limitações no acesso e na saída de casa, como são os casos de um aumento da confeção de alimentos em casa e o menor consumo de alimentos pré-preparados, apresentando resultados diferentes entre os tipos de grupos. Um dos aspetos deste estudo que maior interesse suscitou à investigadora foi verificar a existência de dois grupos de participantes, ou seja, “um em que as mudanças foram no sentido de uma alimentação mais saudável e outro cuja mudança induzida pela situação de confinamento resultou numa pioria dos hábitos alimentares”, sendo muito “interessante” verificar “que são os indivíduos com taxa de escolaridade mais elevada e cujo comportamento alimentar é motivado por fatores relacionados com a saúde e ambiente que conseguiram esta mudança positiva”, enquanto que, pelo contrário,

menor taxa de escolaridade ficou associado a “alterações no sentido de uma alimentação menos saudável em indivíduos cujas escolhas são principalmente motivadas pelo prazer, e regulação afetiva”. É muito importante verificar que as alterações alimentares nestas circunstâncias “não devem ser generalizadas a toda a população observando-se variações em sentido diferente, consoante os fatores que motivam o consumo. Pensa-se que este conhecimento possa ajudar a definir estratégias mais eficazes, na medida em que as mesmas possam ser ajustadas em função das características de cada indivíduo”, sugerindo que o mesmo possa ajudar em situações futuras, “e seja adotado para a promoção de uma alimentação saudável e sustentável”, sublinha. Com este estudo, foi possível constatar que se as pessoas tiveram condições vão cozinhar mais em casa, aumentam o consumo de hortícolas e até consomem mais alimentos em comércio de proximidade (o que também se observou) e esse facto é de extrema importância no contexto atual, em que há uma grande pressão para a promoção de hábitos alimentares mais saudáveis e sustentáveis”, considerando ainda que o estudo “tem a grande mais-valia de ter permitido recolher dados em 16 países e dar uma imagem mais global daquilo que são alterações nos hábitos alimentares provocados por uma situação extrema como a vivida em março-maio de 2020”.


21 Câmara de Coimbra estabelece parceria com três Escolas do Politécnico www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Câmara Municipal de Coimbra (CMC) assinou, na tarde de quarta-feira, protocolos de cooperação com três escolas do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), num passo que procura traduzir “a abertura” da autarquia à sociedade e potenciar trabalho conjunto. O presidente da CMC, José Manuel Silva, assinou rotocolos de cooperação com o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC), com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) e com a Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC). Os protocolos traduzem “a abertura da Câmara à sociedade”, frisou José Manuel Silva, realçando que os acordos assinados permitem uma maior cooperação entre o Município e aquelas três Escolas que fazem parte do IPC, permitindo a realização de estágios profissionais de alunos na autarquia, bem como a facilitação de formação de funcionários camarários naquelas instituições. Os protocolos prevêem também a abertura para a colaboração para intervenções municipais, bem como apoio da autarquia na realização de projectos de investigação das diferentes instituições. “O desafio que isto coloca à Câmara é enorme, com a entrada de pessoas ávidas de aprender. É um desafio que obriga a Câmara a ser cada vez melhor, para acompanharmos a evolução do conhecimento e o desafio que os alunos e investigadores nos colocam”, realçou o presidente do Município. José Manuel Silva frisou que a Câmara pretende que o saber e conhecimento de cada uma das escolas possa “provocar” e questionar as práticas autárquicas, numa relação que se quer “simbiótica”. “A nossa perspectiva é a de uma Câ-

Francisco Veiga, Rui Antunes (ESEC), José Manuel Silva, Mário Velindro (ISEC), Pedro Costa (ISCAC) e Ana Cortez Vaz

mara aberta, pronta a ser desafiada e a desafiar as principais instituições do concelho”, salientou. O presidente da ESEC, Rui Antunes, apontou para cursos nas áreas da cultura ou da educação em que poderá haver recepção de estagiários nos serviços do Município, mas apontou também para o passo que se dá na necessidade de as instituições vivas da cidade, que por vezes “trabalham de forma isolada”, assumirem uma postura de cooperação e de diálogo. Também o presidente do ISEC, Mário Velindro, destacou a importância de as instituições desenvolverem “projectos em conjunto”, apontando, por exemplo, para a cooperação que pode ser feita na área das ‘smart cities’, por forma a ajudar

Coimbra a “tornar-se numa região mais inteligente e mais desenvolvida”. O presidente do ISCAC, Pedro Costa, sublinhou que a instituição que dirige pode transmitir o seu “know-how” nas áreas em que trabalha, mostrando-se ao dispor da Câmara para os projectos que possam surgir. Estes protocolos entram em vigor hoje, sendo válidos pelo período de dois anos, automaticamente renovável, por igual período, se não houver lugar a denúncia do mesmo por qualquer uma das partes outorgantes. A assistir à cerimónia esteve o chefe de gabinete do presidente do IPC, Nuno Cunha, em representação de Jorge Conde, que por constrangimentos de agenda não pôde estar presente.


22 Águas de Coimbra quer reduzir para 15% as perdas e fugas QUINTA-FEIRA, 3 DE MARÇO 2022

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presidente da Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, mostrou a sua vontade em querer passar dos 21 a 25% de perdas e fugas na rede para 15%, em quatro anos, e apontou também para a necessidade de se controlar as afluências indevidas. “Andamos com fugas e perdas na ordem dos 21 a 25% e isso não é bom. Tenho como objectivo, quando sair daqui a quatro anos, ter 15%, mas o objectivo nacional é 20%, não estamos longe desse objectivo e vamos naturalmente cumpri-lo”, afirmou Alfeu Sá Marques, que assumiu a presidência da empresa municipal Águas de Coimbra (AdC) em Novembro de 2021. Segundo este responsável, assim que chegou foi confrontado com um problema associado ao pagamento do tratamento das águas residuais à Águas do Centro Litoral e a um acordo, por via de um processo judicial, de um pagamento de valor em dívida àquela empresa, faltando ainda pagar seis milhões de euros. “O problema da cobrança das águas residuais é um problema técnico, político e económico complicado. Se faturo aos meus clientes dez milhões de metros cúbicos, teoricamente eu gero entre sete a nove milhões de metros cúbicos [que serão tratados], porque a água que utilizo nem toda se converte em esgotos. Era essa a lógica que existia. Mas os sistemas de drenagem não são estanques e permitem a entrada de afluências indevidas – água que está no solo e que entra por sistemas de águas pluviais. Ou seja, em vez dos oito ou nove milhões de metros cúbicos, chega-se a ter 16 milhões”, explicou. Face a essa discrepância entre o projectado pela AdC e o efectivamente registado pela Águas do Centro Litoral, foi sendo acumulada uma dívida ao longo dos últimos sete anos, que ficou agora estabelecida num acordo judicial no verão de 2021. Para Alfeu Sá Marques, é fundamental a empresa municipal agora diminuir as afluências indevidas para reduzir a fatura cobrada pela Águas do Centro Litoral relativamente ao tratamento de águas residuais, apontando, por exemplo, para a existência de sistemas unitários em pontos do concelho, que não separam o sistema das águas pluviais das águas residuais. “Não é possível chegar aos oito ou nove milhões de metros cúbicos [de águas para tratamento], mas podemos ir para valores de dez ou 11 milhões e criarmos uma política de cidade esponja – ajudada por nós, mas que é uma política da autarquia – e que já se vê em algumas cidades da Europa, com telhados verdes, paredes verdes e pavimentos semipermeáveis”, por forma a aumentar a retenção das águas pluviais, defendeu. Sobre a situação financeira da empresa municipal, Alfeu Sá Marques recordou que nos últimos sete anos a AdC seguiu “uma política tarifária de diminuição das tarifas ao consumidor”, algo que considera “irracional” quando o preço na origem tem aumentado. “Ao longo dos últimos sete anos, no sistema de abastecimento de água, houve um aumento de 3,31% e de água residual de 20,79%. E nós estávamos a diminuir [a fatura]”, notou, salientando que caso não tivesse havido uma alteração no tarifário a empresa entraria em insolvência. O actual cenário prevê um resultado operacional positivo de 740 mil euros no final do ano, com Alfeu Sá Marques a recordar que a

empresa tem neste momento mais de 700 mil euros de dívidas de consumidores não cobradas. O dirigente teme também um aumento dos custos, nomeadamente os preços da energia. No plano de investimentos da empresa, a Águas de Coimbra, para além de querer reduzir as perdas e as afluências indevidas, pretende apostar na telemetria e instalar painéis de energia solar em espaços com coberturas por forma a reduzir a fatura energética. O especialista em hidráulica pretende também transformar a Águas de Coimbra “num laboratório vivo”, fomentando e potenciando a ligação à Universidade de Coimbra, com projectos de investigação conjuntos. Outro objectivo será a intervenção no parque escolar, que é responsabilidade da Câmara. Sá Marques nota que, das 45 escolas do concelho, “mais de metade” têm problemas com a qualidade da água que sai da torneira. “É um bocado irracional pedirmos às pessoas para beberem água da torneira, mas depois nas escolas há água a sair castanhinha [devido a canalização antiga em galvanizado]. Constituímos uma equipa para intervir aí”, disse. O presidente da Águas de Coimbra voltou a falar da extensão da empresa aos concelhos vizinhos de Condeixa-a-Nova e Mealhada, de forma a poder ganhar escala. O “campeão” já tinha noticiado na edição do papel a 27 de Janeiro o desejo de Alfeu Sá Marques em alargar a área de abastecimento daquela empresa municipal, apontando “dois possíveis clientes”: Condeixa-a-Nova e Mealhada. “São dois concelhos em que nós já temos fornecimento de água em alguns pontos localizados e eles também nos fornecem num ou outro ponto”, apontou o responsável. Para o presidente da Águas de Coimbra, faz sentido uma evolução da empresa para uma entidade intermunicipal para os três concelhos poderem ganhar escala e terem outra capacidade na candidatura a fundos comunitários.


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Projecto alerta para “as avarias na fábrica de energia” do corpo humano

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lertar para a problemática das doenças causadas pela falha de produção de energia no corpo humano é o objectivo do “Mit.OnOff”, um projecto de comunicação de ciência do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC) da Universidade de Coimbra (UC). Assente numa parceria bilateral entre a Universidade de Coimbra e a Universidade de Bergen (Noruega), este projecto visa criar um livro ilustrado, em português, inglês e norueguês, como ferramenta de literacia, de modo a sensibilizar a população para as doenças raras, em particular as que afectam as “centrais energéticas” das células humanas - as mitocôndrias. Estas doenças raras designam-se citopatias mitocondriais e são, por norma, desafiantes de diagnosticar e tratar. Um exemplo é a neuropatia ótica hereditária de Leber – LHON, uma forma de cegueira que afecta sobretudo jovens adultos e que, apesar de ser rara, é hereditária e tem um tratamento muito limitado, sendo considerada ainda incurável. Assim, o “Mit.OnOff” centra-se “na sensibilização da população, de Portugal e da Noruega, para este tema, permitindo a amplificação da literacia em ciência e saúde”, explica Manuela Grazina, líder de grupo do CNC e coordenadora do projecto. “Espera-se ainda que a produção deste livro ofereça aos doentes um sentido de inclusão, dando-lhes vi-

sibilidade e influenciando a toma de decisões relativas à doença”, acrescenta a também docente da Faculdade de Medicina da UC. Este é um projecto que beneficia não só a população em geral, mas também a comunidade científica: “trata-se da construção de uma ferramenta que nos permite levar informação científica às pessoas e aproximá-las da ciência. Acreditamos que poderá ainda revelar-se um meio educativo em escolas, associações de doentes, instituições de prestação de cuidados de saúde e afins”, conclui.

O desenvolvimento do livro arrancou no final do mês de Fevereiro, com uma equipa multidisciplinar de investigadores, comunicadores de ciência e uma ilustradora. Durante um ano serão desenvolvidos materiais de divulgação para promover a sensibilização para as citopatias mitocondriais. O lançamento do livro está previsto para Fevereiro de 2023, mês em que se celebra o Dia Mundial das Doenças Raras. O projecto é desenvolvido com financiamento do Fundo de Relações Bilaterais (EEA Grants).


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BUPi de Coimbra com novos balcões itinerantes

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o próximo dia 7 de Março, segunda-feira, a Câmara Municipal (CM) de Coimbra vai avançar com a instalação de três novos balcões de atendimento do espaço BUpi. A CM Coimbra vai avançar com a instalação de três novos balcões de atendimento BUPi, que estão a funcionar em regime de itinerância, em Ceira, Lamarosa e Trouxemil, operando nas instalações das respectivas Juntas de Freguesias.

Em actividade mantêm-se os balcões de atendimento em Souselas (Biblioteca Anexa Municipal), Almalaguês e São Martinho do Bispo, estas duas últimas na sede das respectivas Juntas de Freguesias. Nestes espaços os titulares de prédios rústicos e mistos do concelho de Coimbra podem proceder à representação gráfica georreferenciada dos seus prédios, assim como no Espaço BUPi instalado no piso térreo da Casa

Aninhas, na Praça 8 de Maio, em frente aos Paços do Concelho, que continua em funcionamento das 08h30 às 16h30. Contudo, vão ser encerrados amanhã (4), os balcões instalados nas sedes das Juntas de Freguesia de Torres do Mondego, São Paulo de Frades e São João do Campo. Na última reunião do Executivo municipal, a vereadora Ana Bastos apelou para que “todos os proprietários de prédios rústicos e mistos do concelho de Coimbra recorram aos serviços camarários ou aos balcões móveis atualmente abertos em 6 freguesias”. A vereadora recordou que a autarquia vem intensificando este trabalho e “que através de um sistema de cadastro simplificado vem possibilitar a todos os munícipes de Coimbra a identificação e o registo das propriedades rústicas e mistas de forma simples e gratuita, por recurso a uma plataforma digital, o Balcão Único do Prédio (BUPi)”.


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Empresa de congelados de Penela pretende crescimento de 15% em 2022 A

empresa de produtos alimentares congelados Frijobel, sediada em Penela, prevê crescer cerca de 15% este ano, depois de em 2021 ter recuperado o volume de negócios para níveis pré-pandemia. No ano de 2021, aquela unidade de processamento de pescado e comercialização de produtos alimentares congelados atingiu os 50 milhões de euros de facturação, tal como em 2019, após uma quebra de 10% em 2020 (para 45 milhões de euros), ano em que teve início a pandemia da covid-19. “Em 2020 estávamos a fazer o melhor trimestre de sempre. Os primeiros dois meses, Janeiro e Fevereiro, estavam a corresponder aos objectivos que tínhamos definido, mas quando entra a pandemia há uma quebra total da parte da restauração com o primeiro confinamento”, frisou o administrador Pedro Vasconcelos. O responsável salientou que a empresa conseguiu compensar as quebras de 2020 de outras formas, através dos “supermercados, da exportação, que se manteve, e do canal das instituições que continuou a trabalhar”. “Felizmente, trabalhamos com várias áreas de negócios e diferentes tipos de clientes. Não trabalhamos apenas com a restauração e a hotelaria, porque se assim fosse a quebra teria sido muito maior”, sublinhou. Apesar da quebra de facturação em 2020, a empresa não deixou de investir na frente produtiva, tendo criado uma linha nova de embalamento em vácuo, numa lógica de responder sobretudo aos canais direccionados para os supermercados. Trata-se de “investimento elevado e diferenciador” no sector dos ultracongelados, no qual “não há muitas empresas com essa tipologia de embalagem”, referiu Pedro Vasconcelos. Dentro de sensivelmente um mês, a Frijobel vai abrir o Centro Logístico de Lisboa, onde já opera desde 2018, com uma área construída de 2.500 metros quadrados, que vai permitir aumentar a distribuição e o volume de vendas e reforçar a empresa como um dos principais operadores nacionais. Segundo Pedro Vasconcelos, o mercado da área metropolitana de Lisboa e da zona Oeste (Cascais e Sintra), com cerca de 2,5 milhões de pessoas, tem um “potencial de crescimento muito elevado”. “O mercado de Lisboa é um mercado muito interessante, mais dentro da restauração e na parte social. E se voltarmos aos níveis de turismo e assistirmos à redução do teletrabalho tem um potencial em termos de consumo muito interessante”, disse. O administrador apontou para um potencial de crescimento de 40 a 60% nos próximos anos, que deve situar-se já este ano entre os 30 a 40%.

Além do mercado nacional, que representa mais de 85% da facturação, a empresa vai mantendo o volume de exportação, sobretudo para França e Suíça, que são os seus principais mercados da “saudade”, assentes em cadeias de pequenos e médios supermercados. A empresa opera em cerca 20 mercados diferentes, desde Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Inglaterra e Angola. Já exportou também para Austrália, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá, destinos que a administração pretende reforçar. As exportações valem cerca de 15% da faturação, o equivalente a 7,5 milhões de euros. Por ano, a Frijobel prepara e embala mais de seis mil toneladas de produtos congelados, dispondo de uma capacidade de armazenamento de 14 mil paletes em câmaras refrigeradas. “É um trabalho mais difícil para empresas que estão localizadas mais no interior, como é o nosso caso, e fora dos grandes centros urbanos, como Lisboa e Porto, onde naturalmente há mais recursos humanos qualificados para ocupar este tipo de postos de trabalho”, salientou Pedro Vasconcelos. Fundada em 1988, a Frijobel é uma empresa que se dedica ao processamento de pescado e à comercialização de produtos alimentares congelados, desde o peixe, marisco, pré-cozinhados, legumes e sobremesas, empregando atualmente 210 trabalhadores. O pescado comercializado é, na sua maioria, importado de 40 origens repartidas por todos os continentes, embora a sardinha, carapau e polvo sejam capturados em águas nacionais.


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Universidade de Coimbra apoia vítimas da guerra na Ucrânia

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Universidade de Coimbra (UC) associou-se a duas iniciativas conjuntas de recolha de donativos financeiros para apoiar os refugiados da guerra. Apelou às contribuições e, também, disponibilizou-se para acolher estudantes e investigadores ucranianos. Uma das iniciativas é promovida pela aliança EC2U (European Campus of City-Universities), consórcio integrado pela Universidade de Coimbra e mais seis congéneres europeias, e está cen-

tralizada na Universidade de Lasi, cidade do nordeste da Roménia (a cerca de 160 km da fronteira com a Ucrânia). Os donativos podem ser enviados para a conta conjunta com o IBAN RO76BRDE240SV78361832400 (Beneficiário: Fundația Alumni – Universitatea Alexandru Ioan Cuza din Iasi; Código de Identificação Fiscal: 21591880; Banco: BRD – Groupe Société Générale; SWIFT: BRDEROBU; BIC: BRDE). A outra campanha é dina-

mizada pela UC em parceria com Embaixada da Moldávia em Portugal, país que partilha cerca de 900 km de fronteira com o sudoeste ucraniano e que – como a vizinha Roménia – tem recebido grandes vagas de refugiados provenientes da Ucrânia. Os donativos em euros podem ser realizados para o BAN MD14NBPBBP144121A01344QI (Beneficiário: Ministry of Finance of the Republic of Moldova - State Treasury; Código de beneficiário fiscal 1006601000037; Banco: National Bank of Moldova; SWIFT: NBMDMD2X). Além destas duas iniciativas, a Universidade de Coimbra está à disposição do Governo de Portugal para acolher de forma condigna estudantes e investigadores refugiados de guerra provenientes da Ucrânia, como referido pelo Reitor, Amílcar Falcão, no seu discurso na cerimónia de comemoração do Dia da Universidade, a 1 de Março.


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VINAGRETAS BEIJO DA MORTE

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m homem encontrou uma criatura marinha caricata numa praia da Austrália e ficou viral nas redes sociais. Juliano Bayd afirmou ser um especialista em vida marinha e partilhou imagens do animal no seu perfil. A lesma marinha, apelidada de Dragão Azul, chamou a atenção das pessoas. “Então hoje encontramos o maior dragão azul que já vi na minha vida”, afirmou ele num vídeo para o TikTok. Ao querer protagonismo, o homem acabou por receber críticas por tocar na criatura, visto que, se uma pessoa for picada, pode ficar com ferimentos dolorosos. Juliano acabou por pedir desculpas e alertar os seguidores sobre o perigo, pedindo que eles não repetissem o acto. “Beijo da morte. Por favor, não imitem, sou um profissional”, afirmou.

ALTURA A MAIS

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enis Albino tem actualmente 43 anos e continua sem a carta de condução porque, segundo ele, nunca encontrou um carro que lhe permitisse fazer o exame de condução para a obtenção da tão desejada carta. O homem tem 2,30 metros de altura e é a segunda pessoa mais alta do Brasil. Um ‘título’ que lhe tem dificultado a vida. Denis conduz desde 1994, altura em que juntou dinheiro para poder realizar o exame de condução. Desde 1998 que Denis tenta ficar legalmente habilitado para conduzir, mas não tem sido fácil. Conforme contou, actualmente está a tentar obter uma autorização para conseguir tirar a carta utilizando para o exame o seu próprio veículo. “Um processo que é possível, mas muito burocrático”, refere o mesmo.


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“Não temos nada a perder a não ser a nossa liberdade” Zelensky, presidente da Ucrânia “Estamos a defender o que é nosso por direito” Idem, sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia “A Polónia não se preparou para receber esse fluxo de migrantes” Fernando Montenegro, Comandante na Cracóvia “Estar em endemia não significa que as novas variantes sejam benignas” José Artur Paiva, director de medicina intensiva do Hospital de São João, sobre a pandemia de covid-19 “É preciso dar esperança a quem foge da guerra” Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República “Estão a discutir o que não é discutível” Rui Henrique Santos, especialista em Relações internacionais, sobre negociações de paz entre Kiev e Moscovo “Continuamos a antecipar um crescimento económico e que Portugal seja das zonas menos afectadas” Pedro Siza Vieira, ministro da Economia


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RÁDIO

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