“Campeão das Províncias” - 24/03/2022

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

EDIÇÃO DIGITAL 29 PÁGINAS

QUINTA-FEIRA, 24 DE MARÇO 2022 | N.º 485 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

BOMBEIROS SEM DINHEIRO PARA PAGAR GASÓLEO Página 2

Festival de Chocolate regressa amanhã a Óbidos Página 3

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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Bombeiros do Distrito de Coimbra dispensam elogios e querem dinheiro

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Federação dos Bombeiros do Distrito de Coimbra alertou, esta quinta-feira, para a situação aflitiva em que se encontram as 21 Associações Humanitárias, em rico de parar o socorro por falta de dinheiro para combustíveis. Segundo Fernando Carvalho, presidente da Direção da Federação e da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Serpins (Lousã), o aumento do preço dos combustíveis está a agravar as dificuldades das corporações, as quais terão de fechar se os fornecedores cortarem o crédito, com pagamentos em atrasado que já rondam os seis e sete meses. Falando no quartel dos Bombeiros Voluntários de Brasfemes (Coimbra), Fernando Carvalho esclareceu que o Governo só fez um pagamento de 1.500 euros a todas as corporações, independentemente de percorrem 3.000 ou 30.000 quilómetros, para compensar o aumento dos combustíveis, mas mesmo assim esse montante é a título de adiantamento, pelo que mais tarde será descontado aos Bombeiros. O dirigente da Federação comparou a atenção que o Governo tem dado aos Bombeiros com as medidas já postas em prática para taxistas e empresas de transporte de passageiros, comentando que o Estado demonstra “ser muito forte com os fracos e muito pouco fraco com aqueles que têm poder”. “Os Bombeiros estão como uma panela de pressão, prestes a rebentar”, declarou Fernando Carvalho, sustentando que se não forem tomadas “medidas urgentes” vai parar toda a actividade das corporações, a começar pelo transporte de doentes não urgentes. “Estamos fartos de ouvir elogios baratos nos aniversários dos Bombeiros, mas é só blá, blá, blá, porque promete-se muito e não se tomam medidas de fundo, só meramente avulsas”, considerou. O presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Coimbra recordou que o último contrato com o Ministério da Saúde data de 2012 e desde essa altura o preço pago por quilómetro é de 51 cêntimos, quando os combustíveis já su-

biram 45% e os custos salariais entre 45 e 46%. Também a primeira hora de espera da ambulância, nos serviços de saúde, é gratuita, sendo a segunda apenas paga ao preço de cinco euros. Fernando Carvalho recordou, ainda, que um despacho da Secretaria de Estado das Infraestruturas, de 2018, isentava de portagens os veículos de transporte de doentes não urgentes, mas tal nunca foi posto em prática, aparecendo sempre a conta para pagar. O dirigente dos Bombeiros acrescentou, ainda, que as corporações estão a deparar-se com a falta de elementos, dado que as corporações não têm capacidade de acompanhar o valor dos salários dos que saem para outros trabalhos melhor remunerados. Contratos-programa Recentemente, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) disse concordar com algumas das conclusões da auditoria do Tribunal de Contas, defendendo que o financiamento às corporações “deve ser feito através de contratos-programa plurianuais”. “O documento vem dar razão à LBP

em várias das principais preocupações já publicamente manifestadas, designadamente quanto à criação de um comando nacional de bombeiros, que seja uma estrutura de tutela operacional dos bombeiros”, refere a Liga, em reacção à auditoria do Tribunal de Contas (TdC). Na “auditoria ao financiamento pelos Municípios de corpos e associação de Bombeiros”, o TdC concluiu que o financiamento dos bombeiros em Portugal não responde a critérios coerentes e integrados que garantam “níveis mínimos de qualidade e prontidão” em todo o território. “Constatou-se que o financiamento dos corpos de bombeiros em Portugal não tem por base um modelo integrado e coerente capaz de garantir níveis mínimos de qualidade e prontidão”, conclui a auditoria. A LBP defende, igualmente, que o modelo de organização dos Bombeiros em Portugal deve ser “avaliado e ajustado, tendo em conta a componente operacional e a componente financeira, pelo que a sugestão do TdC de um modelo com maior índice de profissionalização deve ser acompanhada de um estudo de impacto financeiro na despesa pública”.


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Festival Internacional de Chocolate de Óbidos arranca amanhã Cátia Barbosa (Porto) O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos está de regresso. Entre os dias 25e 27 de Março e 1 e 3 de Abril, três toneladas de chocolate esculpido em figuras icónicas dos anos 20 vão espalhar-se pela vila de Óbidos. Em comunicado, a Câmara Municipal de Óbidos revela que a edição deste ano tem como tema “os loucos anos 20”, cujo objectivo passa por marcar a cenografia, animação e as criações em que a organização prevê que sejam aplicadas três toneladas de chocolate. “E porque passaram 20 anos desde a primeira edição do evento mais doce do país, em 2022, celebramos os ‘loucos anos 20’. Os do século passado e os deste século”, explica a autarquia. O festival vai sair da cerca do castelo de Óbidos e renovar a sua imagem, alargando-se a vários locais da vila para criar novas experiências e dar a conhecer aos visitantes diferentes lugares da vila de Óbidos. A Câmara Municipal da localidade garante que esta será “uma edição cheia de originalidade, acompanhada, como sempre, por experientes chefs chocolatiers, com a presença das melhores marcas, dos produtos mais inovadores, dos mais tradicionais ou artesanais”. Nesse sentido, o programa do evento foi planeado a pensar nas famílias. Na Fábrica de Chocolate, por exemplo, pequenos e graúdos vão poder criar e personalizar a sua própria tablete de chocolate. Além disso, o público vai ter ainda a oportunidade de apreciar alguns ícones do início do século 20, como um exemplar do Ford T, ou um avião Fokker usado pelo exército alemão durante a Segunda Guerra Mundial. Na área da animação, o célebre desenho do Mickey Mouse surge esculpido na sua versão mais antiga do filme animado “SteamBoat Willie”. De realçar ainda que a maior quantidade de chocolate vai ser usada nas sete esculturas de grande dimensão criadas pela equipa do chef Abner Ivan. Dos “loucos anos 20” vão chegar ainda ao Festival Internacional de Chocolate de Óbidos músicos de Charleston, dançarinos de tango, uma escultura de Charlie Chaplin e até o famoso perfume nº5 da Chanel, bem como a célebre mala da mesma marca, que foi uma das peças escolhidas para ser produzida em chocolate.

Edição do Festival Internacional de Chocolate de Óbidos tem como tema os “loucos anos 20”

Os anos marcados por múltiplas invenções inspiraram ainda os chocolateiros a criar esculturas de alguns dos utensílios mais evoluídos, como o ferro de engomar, a máquina de lavar roupa, o rádio e a grafonola. Os exemplares destes objectos feitos em chocolate vão também estar, a partir de amanhã, em exposição. As esculturas vão estar visíveis ao público na Óbidos Chocolate House. O evento vai ainda contar com a produção de esculturas ao vivo, que irá realizar-se no largo da Porta da Vila, com um showcooking, na Casa da Música, um espaço de cocktais e bebidas para provar no antigo mercado da vila e oficinas e ateliers que vão decorrer na casa José Saramago. Este ano, e em termos de animação, o festival vai presentear o público com a actuação de um grupo de teatro italiano, exibições de cinema mudo, uma exposição de carros antigos e uma mostra de moda, com figurinos dos anos 20 e adereços em chocolate. Esta última pode ser vista no Museu Abílio. Fazem ainda parte do programa a III Corrida de Chocolate e a 2.ª Edição da Caminhada do Chocolate. O Festival Internacional de Chocolate de Óbidos decorre nos próximos dois fins-de-semana com os seguintes horários: sextas e sábados, das 11h00 às 23h00 e, domingos, das 11h00 às 20h00. Todas as informações sobre o evento podem ser consultadas em https://festivalchocolate.cm-obidos.pt/.


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Novo Governo Primeiro-ministro: António Luís Santos da Costa

Ministra da Presidência: Mariana Guimarães Vieira da Silva

Ministro dos Negócios Estrangeiros: João Titterington Gomes Cravinho

Ministra da Defesa Nacional: Maria Helena Chaves Carreiras

Ministro da Administração Interna: José Luís Pereira Carneiro

Ninistra da Justiça: Catarina Teresa Rola Sarmento e Castro

Ministro das Finanças: Fernando Medina Maciel Almeida Correia

Ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares: Ana Catarina Veiga dos Santos Mendonça Mendes

Ministro da Economia e do Mar: António José da Costa Silva

Ministro da Cultura: Pedro Adão e Silva Cardoso Pereira

Ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior: Elvira Maria Correia Fortunato

Ministro da Educação: João Miguel Marques da Costa

Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social: Ana Manuel Jerónimo Lopes Correia Mendes Godinho

Ministra da Saúde: Marta Alexandra Fartura Braga Temido de Almeida Simões

Ministro do Ambiente e da Acção Climática: José Duarte Piteira Rica Silvestre Cordeiro

Ministro das Infra-estruturas e da Habitação: Pedro Nuno de Oliveira Santos

Ministra da Coesão Territorial: Ana Maria Pereira Abrunhosa Trigueiros de Aragão

Ministra da Agricultura e da Alimentação: Maria do Céu de Oliveira Antunes


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DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.pt SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA PREÇO 0,75€ | 2ª SÉRIE | ANO 21 | N.º 1102 | 24 DE MARÇO DE 2022 telef. 239 497 750 | fax 239 497 759 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

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As CIM’s de Coimbra e Leiria reuniram-se no início desta semana em Condeixa para uma abordagem de assuntos que interessam por igual às respectivas regiões, entre os quais a implantação de um aeroporto na região Centro se afigura como uma das mais importantes. Aliás, a criação dessa infra-estrutura aeroportuária há muitos anos que está em cima da mesa, embora sejam mais fortes as forças políticas que se lhe opõem do que aquelas que lhe são favoráveis. Já Mota Pinto, Mendes Silva, Manuel Machado mais recentemente, e muitos outros do seu tempo tiveram uma posição não vacilante de defender Monte Real como uma boa solução mas que nunca teve as simpatias da Força Aérea e outras forças que convivem em comunhão de interesses com o Poder Central que nunca se mostrou disponível para abrir mão do seu centralismo, opondo-se mesmo a esse tão desejado aeroporto na zona Centro. Na reunião desta segunda-feira passada, em Condeixa, a eventualidade de Tancos ser um bom local voltou a ser posta em cima da mesa, se bem que não falte quem considere esta solução como claramente menos boa para os interesses da região. PÁGINA 3

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Francisco Queirós empenhado em criar hortas urbanas por toda a cidade Esteve, anteriormente, à frente do pelouro da Habitação Social que, admite, “é um dos problemas mais graves do país”. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o vereador da CDU, Francisco Queirós, levantou um pouco do véu do Plano Municipal de Arborização, sublinhou a necessidade de um novo edifício para o Arquivo Municipal e revela que passos estão a ser dados para a criação de hortas urbanas na cidade, defendendo circuitos curtos entre a produção e o consumo. PÁGINA 7

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ACTUALIDADE

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

EXCESSO DE GARANTIAS E REGIME DE IMPEDIMENTOS

COIMBRA PALCO DE ALERTAS PARA OBSTÁCULOS À CELERIDADE E EFICÁCIA DA JUSTIÇA PENAL LUÍS SANTOS

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posse do novo presidente do Tribunal da Relação de Coimbra foi o momento aproveitado por quem aplica a Justiça para alertar em relação a “gravíssimos constrangimentos” que podem afectar a eficácia dos Tribunais. As várias situações foram abordadas e os avisos lançados, para que o poder legislativo e executivo não venham atribuir culpas aos juízes. No discurso na tomada de posse do juiz desembargador Jorge Loureiro como novo presidente da Relação de Coimbra, o presidente do Supremo tribunal de Justiça (STJ), Henrique Araújo, considerou que a aprovação do pacote anticorrupção e das alterações no Código Penal (CP), no Código de Processo Penal (CPP) e noutras leis conexas pela Assembleia da República veio agravar a celeridade da Justiça, lembrando as críticas feitas ao “excesso de garantias de natureza processual” no sistema português. Segundo o presidente do STJ, a entrada em vigor da nova lei de impedimentos dos juízes e de outras alterações da Estratégia Nacional Anticorrupção vai criar “gravíssimos constrangimentos”

e prejudicar a eficácia dos Tribunais, lembrando o que já disse: “Referi, entre outras coisas, que o nosso sistema albergava um excessivo conjunto de garantias que prejudicava a celeridade processual, designadamente nos chamados megaprocessos criminais”. Houve quem logo compreendesse as minhas palavras, mas também houve quem não as quisesse compreender”, afirmou, notando que essas garantias “enredam a tramitação e favorecem o prolongamento da vida do processo”. Sem esquecer as reservas então levantadas pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM) - órgão que preside por inerência da liderança no STJ -, Henrique Araújo partiu do regime de impedimentos para criticar algumas das mudanças, cuja entrada em vigor aconteceu na passada segunda-feira. Além de entender que as mudanças não são necessárias “para salvaguardar a imparcialidade do julgador”, o juiz conselheiro perspectivou “entorpecimentos constantes”. “A exagerada amplitude desse regime implica, por exemplo, que o juiz que, em fase de inquérito, declare bens perdidos a favor do Estado, ou que admita a constituição como assistente, ou que autorize a efectivação

de uma perícia, ou, ainda, que aplique uma medida de coacção de apresentação periódica, fica de imediato impedido de intervir no julgamento. O mesmo sucede com o juiz que proceda à inquirição de uma testemunha em fase de instrução, que autorize a realização de uma busca domiciliária ou autorize uma interceção telefónica” - explicitou. Henrique Araújo criticou, ainda, a possibilidade de passar a apresentar recurso para o Supremo de casos em que haja uma primeira condenação em sede da Relação e não apenas nos casos de reversão de absolvição em condenação em pena de prisão efectiva, bem como a revogação do artigo do CPP que fixava o número máximo de testemunhas do arguido. “Tem como resultado que passa a não existir qualquer limite e não é difícil prever o que aí vem” - disse o líder do STJ, que frisou que as mudanças “representam sério revés no propósito de se conseguirem respostas mais rápidas e eficazes do sistema de justiça na área criminal”. Sublinhando que as consequências negativas serão sentidas rapidamente e que a responsabilidade irá recair nos magistrados e nos Tribunais, Henrique Araú-

jo apelou aos responsáveis políticos pela revisão de algumas destas medidas. “É urgentíssimo repensar as alterações contidas na Lei 94/2021 e se nada se fizer, no imediato, o preço da factura será muito elevado”, finalizou. NOVO PALÁCIO DA JUSTIÇA Ao tomar posse, o novo presidente do Tribunal da Relação de Coimbra (TRC), Jorge Loureiro, apelou a um comprometimento colectivo para a construção do novo Palácio da Justiça, capaz de acolher todos os serviços da Relação e da Comarca de Coimbra. O juiz desembargado Jorge Loureiro aludiu à estreita colaboração da Câmara Municipal de Coimbra e da Reitoria da Universidade e do Departamento de Arquitectura (Faculdade de Ciências e Tecnologia) da Universidade de Coimbra, para uma rápida elaboração do projecto para o novo Palácio da Justiça de Coimbra. O novo presidente do TRC recordou, também, que é público que a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra “apoia de forma unânime a decisão de construção do novo Palácio e está comprometida em dar o

O presidente cessante do Tribunal da Relação de Coimbra, Azevedo Mendes, transmitiu ao seu sucessor, Jorge Loureiro, o colar de uso protocolar apoio técnico necessário para garantir o financiamento” de uma obra, a nascer em terreno contíguo ao Tribunal da Relação de Coimbra. “Estão criadas, assim, condições únicas para que finalmente se possa lançar essa obra e para o efeito é absolutamente essencial, contudo, o comprometimento do Ministério da Justiça”, declarou, dirigindo-se ao secretário de Estado Adjunto e da Justiça, Mário Belo Morgado, ali presente, e que é a entidade responsável pelo parque imobiliário da Justiça em Portugal. Ao longo da sua intervenção, o 34.º presidente do Tribunal da Relação de Coimbra explicou que o actual Palácio da Justiça de Coimbra é “fisicamente incapaz de acolher todos os

serviços da Relação e do Tribunal da Comarca de Coimbra”. “Por consequência dessa incapacidade, os serviços da Comarca estão dispersos por várias instalações distintas na cidade de Coimbra, acrescendo-lhes os serviços do Juízo de Comércio e do Juízo de Execução, que estão localizados fora da cidade de Coimbra. Várias dessas instalações são arrendadas e representam para o Estado um encargo que varia entre 800 mil e um milhão de euros por ano” - referiu. De acordo com Jorge Loureiro, a maioria destas instalações apresentam limitações importantes de dimensão, de acessibilidades ou de funcionalidade, “o que as torna claramente inadequadas para o uso que lhes está a ser atribuído”.

AJUDA ÀS VÍTIMAS DA GUERRA DA UCRÂNIA E À RITINHA

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ão dois os concertos solidários que vão coincidir na próxima sexta-feira, dia 25, em Coimbra, um no Convento S. Francisco, intitulado “Somos Todos Ucrânia - Estamos Juntos”, e outro no Conservatório de Música, a favor de “uma carrinha para a Ritinha”. Confrontado com a coincidência, o presidente da Câmara, José Manuel Silva, faz um apelo “muito particular à solidariedade de todos para encherem os dois concertos”, acreditando que Coimbra vai dar uma resposta positiva a ambas a iniciativas. No Convento São Francisco o concerto solidário contará com as actuações de

COIMBRA DUPLAMENTE SOLIDÁRIA &20 &21&(5726 1$ 6(;7$˨)(,5$ Ana Bacalhau, André Sardet, Cláudia Pascoal, Coro dos Antigos Orfeonistas da UC, Fado Coimbra (José Vilhena, Bruno Costa, Nuno Botelho), João Pedro Pais, Marco Rodrigues, Maria Inês Graça e Rita Guerra. A iniciativa “Somos Todos Ucrânia - Estamos Juntos” conta ainda com a presença do artista plástico Nuno Pedreiro que, durante o espectáculo, vai estar a pintar um quadro que será leiloado, com o mesmo propósito de apoiar o povo ucraniano. “Tomámos a decisão de organizar uma iniciativa percebendo que estávamos em presença de algo que iria ser, infelizmente, duradouro e algo que iria ter consequências

terríveis, sobretudo para aquele povo que está na Ucrânia”, referiu o presidente da Direcção do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra, Paulo Oliveira, ao apresentar a iniciativa que organiza com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra e da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. “O valor que for obtido em resultado do espectáculo e todas as ofertas que conseguirmos obter será entregue à senhora embaixadora da Ucrânia. Esse valor destina-se exclusivamente a apoiar vítimas da guerra e não se destina, de forma alguma, a envolver essa importância em quaisquer acções de natureza

bélica” - frisou Paulo Oliveira. No final do espectáculo vai estar à venda espumante, que se tratava de uma exportação para a Ucrânia e que devido à guerra não foi possível efectuar, sendo por isso, a sua comercialização revertida com o mesmo propósito. Os bilhetes, com o custo entre 10 e 15 euros, estão à venda na bilheteira do Convento São Francisco e também disponíveis ‘online’ nas plataformas BOL. HUMOR POR UMA CAUSA “Uma carrinha para a Ritinha” é o outro evento solidário, pelas 21h00, no

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Conservatório de Música de Coimbra, com a participação do humorista Fernando Rocha e o Quinteto de Metais do Conservatório. A Rita tem 38 anos, nasceu com paralisia cerebral profunda, é totalmente dependente e é necessário deslocá-la de cadeira de rodas com características específicas adequadas à sua deficiência. Frequenta a APCC em Coimbra desde os dois anos e desde os 15 que é acompanhada na Quinta da Conraria, onde são realizadas actividades e terapias de que tanto necessita. A iniciativa solidária é organizada conjuntamente pela Câmara Municipal de Coimbra, o Conservatório

de Música de Coimbra e a Junta de Freguesia de Cernache, onde vive a Ritinha. O valor do bilhete é de 12,50 euros, com a receita a reverter totalmente para a compra dessa carrinha. Os bilhetes estão à venda em diversos pontos, designadamente: Junta de Freguesia de Cernache; Tabacaria Guimarães de Alcides Moreira (junto ao Parque da Cidade); Veterinária Rações de Coimbra Vet (em Antanhol); Café Eira da Lapa; entre outros locais. Também podem ser adquiridos directamente na página https://www.facebook.com/umacarrinhaparaaritinha/.

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ACTUALIDADE

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CIM DE COIMBRA E LEIRIA NÃO DESCARTAM MONTE REAL MAS ABREM PORTAS A UM CONSENSO ALARGADO

LUÍS CARLOS MELO

AEROPORTO NO CENTRO PODE ACABAR EM TANCOS

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antiga base aérea de Tancos (BA3) reentrou na equação para a localização de um futuro aeroporto que sirva a região Centro, tendo a hipótese sido ventilada no decorrer 2.ª cimeira entre as comunidades intermunicipais (CIM’s) de Coimbra e de Leiria, que decorreu no início desta semana em Condeixa. Monte Real continua em cima da mesa e prioritário, mas deverá deixar de ser defendido de forma intransigente que possa dificultar o esperado bom andamento do processo. Do encontro de Condeixa saiu o intuito de manter a pressão sobre a necessidade daquela infra-estrutura aeroportuária e a criação de uma equipa de trabalho para “sustentar e para defender” a sua construção, bem como a intenção do processo ser “consensualizado” com outras CIM’s, nomeadamente, do Médio Tejo, Beiras e Serra da Estrela, Viseu Dão Lafões e Oeste. Refira-se que há algum tempo que a criação de um aeroporto regional em Tancos tem vindo a ser preconizada pelos autarcas da região do Médio Tejo. O presidente da CIM

Autarcas das CIM de Coimbra e Leiria realizaram cimeira no Museu PO.RO.S em Condeixa Região de Leiria e da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, acérrimo defensor da abertura ao tráfego civil da Base Aérea n.º 5, em Monte Real, parece adoptar agora uma postura mais conciliadora, sugerindo uma discussão “aberta e franca”. “Quando falamos sobre a importância de incluir o Médio Tejo [nesta abordagem] é porque tem um pólo de atracção turística extremamente relevante nos transportes aéreos internacionais e isso reforçará a sustentabilidade [financeira] da futura operação”, afirmou o autarca, apontando o turismo religioso, o turismo cultural e o sol e praia como “motivações” próximas.

A desactivada base de Tancos reunirá condições técnicas consideradas favoráveis à operação aérea, sendo ainda servida por uma vasta rede de acessibilidades, de que são exemplo as auto-estradas A1, A13 e a A23, permitindo beneficiar o acesso ao Interior do país, e às linhas ferroviárias do Norte e do Este e ao nó do Entroncamento. Acresce que os autarcas entendem como fundamental a interligação do aeroporto à futura Linha de Alta Velocidade, traçada para perto. “É necessário estabilizar um entendimento na região Centro e a localização deve ser o mais consensual possível, sob pena de irmos prolongar eternamente esta

decisão e passarem mais 40 anos sem aeroporto”, sustentou o líder da CIM leiriense. Por seu lado, para Emílio Torrão, presidente da CIM de Coimbra, não se pode “cingir a discussão a um nível de bairrismo ou a puxar a brasa à nossa sardinha, ela deve ser feita de peito aberto e de forma livre, aberta a outras sensibilidades”, assegurando que não foi definida na reunião qualquer localização para a infra-estrutura. ALTA VELOCIDADE ATÉ LEIRIA No âmbito da linha ferroviária de alta velocidade, as CIM’s de Coimbra e Leiria defendem que a pri-

meira fase do projecto deve ligar o Porto a Leiria e não terminar em Soure como está programado. “Estamos muito unidos e atentos à linha de alta velocidade”, referiu Emílio Torrão. No encontro de Condeixa, os autarcas abordaram igualmente a situação do porto da Figueira da Foz, “fundamental e determinante para a economia e desenvolvimento” das duas CIM’s, e pediram a concretização de investimentos previstos para evitar a ocorrência de acidentes. Ainda no âmbito dos transportes, Emílio Torrão apelou a uma “rápida agilização do reforço e prolongamento até ao final do ano dos programas de

financiamento do transporte público”, alertou que a “interrupção dos financiamentos essenciais no final do primeiro semestre provocará uma ruptura” destes serviços e pediu medidas para mitigar a subida do preço dos combustíveis. As duas CIM’s defenderam ainda uma maior intervenção destas entidades no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que consideraram estar “muito centralizado”, e pediram a sua desburocratização. Quanto à descentralização de competências da Administração Central, as CIM’s de Coimbra e Leiria concluíram pela existência de “um sub-financiamento” e pela necessidade de “alterar os critérios”. “Há que alterar o paradigma, nomeadamente e em particular, da forma como está feita a sustentação financeira dessa transferência de competências”, sobretudo na área da saúde, defendeu o também autarca de Montemor-o-Velho. Ambas as CIM’s comprometeram-se ainda a articular esforços de coordenação para tornar possível uma maior eficácia no apoio ao povo ucraniano na sequência da invasão da Rússia.

CONFERÊNCIA NO DIA 30 JUNTA TRÊS ENTIDADES

DIREITO E MÚSICA VÃO FALAR A MESMA LÍNGUA

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Direito e a música vão “falar a mesma língua” em Coimbra, no dia 30, numa conferência que nasce da parceria entre Tribunal da Relação de Coimbra, Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e Orquestra Clássica do Centro. “Aparentemente, parece uma ligação estranha, mas não tanto assim, pois o subtema será linguagens universais e, de facto, o direito e a música representam formas de linguagens universais, em que conseguimos entender-nos independentemente da lín-

gua que falamos”, justificou o presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, Jorge Loureiro. A conferência “Música e Direito - Linguagens Universais” está agendada para as 17h30 do dia 30, no Colégio da Trindade, em Coimbra. É o resultado da colaboração daquelas três entidades, sob o lema “Nunca Esquecer a Importância dos Direitos Humanos ontem, hoje e sempre”. Durante a apresentação do evento, que decorreu esta sexta-feira, no Tribunal da Relação de Coimbra, Jorge Loureiro sublinhou que tem todo o interesse

em manter a parceria com a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e com a Orquestra Clássica do Centro. Também o Director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Jonatas Machado, evidenciou que pretende aprofundar esta colaboração, que “é mutuamente enriquecedora”. “Queremos aproximar o Tribunal da Relação de Coimbra, a Orquestra e a Faculdade de Direito, unidos na construção de uma sociedade mais fraterna, mais justa, baseada nos valores da dignida-

de, igualdade e inclusão”, acrescentou. No seu entender, o “casamento” entre o direito e a música permite “um espaço para descoberta e reflexão muito interessantes”. “A nossa Constituição, os nossos Códigos, no fundo, são partituras, que exigem interpretação. Também o jurista é um intérprete e pode aprender muito com a música”, apontou. Já a presidente da Direcção da Orquestra Clássica do Centro, Emília Martins, aproveitou a ocasião para destacar que “Música e Direito – Linguagens

In Campeão das Províncias de 24/03/2022

Universais” é a primeira conferência de um ciclo que estão a preparar e que pretendem anunciar oportunamente. “Vamos também dar continuidade aos Concertos da Justiça, em datas a anunciar”, informou. Para Abril está prevista a gravação de um CD, acompanhado de um livro, que abordará a temática dos direitos fundamentais e questões ligadas ao Holocausto. “Terá o tema da ‘Lista de Schindler’ e vai também incluir um tema que tem a designação ‘Oração à Ucrânia’, bem como o tema ‘O Luar na Ucrânia’”,

revelou Emília Martins. Do programa da conferência “Música e Direito - Linguagens Universais”, constam as intervenções do presidente do Tribunal da Relação de Coimbra, Jorge Loureiro; do director da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, Jonatas Machado; do professor catedrático na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra Aroso Linhares e da presidente da Direcção da Orquestra Clássica do Centro, Emília Martins. Haverá ainda um momento musical do Ensemble da Orquestra Clássica do Centro.


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JUIZ JORGE LOUREIRO COMEÇA COM DINAMISMO NO TRIBUNAL DA RELAÇÃO

PAULO MOTA PINTO Ei-lo Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, lugar cimeiro da carreira universitária. O seu pai faleceu há muitos anos, ainda novo, vítima de um aneurisma que lhe roubou a vida em breves momentos. Também ele, pai, era Professor da mesma Faculdade e um dos nomes grandes do naipe de professores que enchiam de júblilo e prestígio o corpo docente da Faculdade, onde pontificavam nomes grandes, e dos maiores, do estudo

e do ensino do Direito em Portugal. Esse Mota Pinto, pai, era um homem de família, tendo deixado viúva a Dr.ª Fernanda Mota Pinto (uma grande senhora por quem Coimbra e o país têm justificado respeito e admiração) e três filhos então novitos ainda, de que o Paulo era o mais velho. Já nessa altura pai e mãe sonhavam que o Paulo viesse a seguir as pisadas do pai, prolongando no tempo o nome de Mota Pinto numa Faculdade que ao tempo se sobrepunha às demais do país. Ali

PATRÍCIA ALMEIDA Todos gostamos e apreciamos o Jornalismo sério e responsável e alguns de nós reconhecemos-lhe um papel determinante no desenvolvimento das sociedades modernas, quer pela consistência e coerência dos valores que defende e papel informativo que desempenha quer pelo função inibidora que ajuda a desmascarar alguns excessos em que o viver colectivo por vezes se deixa cair, sobretudo quando a cultura déspota e autocrática de alguns regimes políticos contemporâneos marcam a passada do mundo. A Patrícia Cruz Almeida é jornalista no Diário As Beiras já lá vai um bom par de anos, não longe dos vinte provavelmente. É na imprensa regional que se tem sentido bem, pese embora algumas colaborações avulsas em órgãos de comunicação social nacionais. Reconheça-se, sem galanteios escusados mas também sem receios de desmentido, que é dos (as) melhores profissionais a exercer funções em Coimbra de há bastantes anos a esta parte. Há uma semana, pouco mais do que isso, foi autora de uma fotografia memorável por ocasião do funeral do presidente da AAC, Cesário Silva, lamentavelmente falecido na sequência de um acidente de viação. A Academia de Coimbra sentiu, e de que maneira, a morte de Cesário que estava a iniciar um percurso de dirigente académico que, a nosso ver, o iria levar longe, tão contido, tão consistente, tão humilde e preparado ele estava para se fazer à vida. Muita gente chorou a sua morte e o próprio Reitor teve dificuldade, em mais do que uma ocasião, em disfarçar a emoção que lhe embargava a voz. A Patrícia Almeida, que alia muito bem a caneta ao ângulo oportuno da máquina com que fotografa, fez do estender das capas com que os estudantes atapetaram o caminho do caixão que transportava o corpo inerte do Cesário no espaço íntimo do Paço das Escolas uma foto memorável. Há muitos,

muitos anos, que não víamos – se alguma do, aquela foto da Patrícia marca uma vez vimos – uma foto dizer tanto sem ne- geração. Do Jornalismo e da Academia cessidade de uma palavra que a explicasse. de Coimbra. Não se trata tanto, aqui neste Nunca na Academia víramos imagem que espaço, de destacar o mérito ou apenas isso. tão bem reflectisse o estado de alma de um Vamos além. Queremos agradecer-lhe, à todo académico que chorava um dos seus, Patrícia Almeida que pessoalmente mal tão tragicamente desaparecido. Rara vez conhecemos, o ter deixado para a história uma fotografia terá dito tanto no silêncio da Academia de Coimbra tão belo quanto das palavras. Aquela foto só é possível em sofrido registo. Que nos perdoem os douCoimbra e identifica a nossa Academia tores na matéria: os cursos superiores – que como nenhuma outra. Coimbra, na sua a Patrícia tem, entenda-se – não fazem jorvertente académica é aquilo que está na nalistas só por si. Mas ajudam muito quem foto. Uma carreira profissional vale pelo traz consigo essa veia do berço. todo e também aqui a Patrícia Almeida não pede meças a ninguém. Mas vale também e sobretudo quando mostra o lado de dentro da realidade, pondo em primeiro plano a sensibilidade de quem a faz, trazendo ao leitor a visão do que é realmente profundo. Numa terra com tantos e tão bons repórteres fotográficos, parte deles premiados Eis a foto. Com a devida vénia a Patrícia Almeida com mérito reconhecie ao Diário As Beiras

chegado agora, é uma etapa importantíssima que se concretiza e um sonho familiar galvanizante para toda a família. O mérito absoluto com que foi aprovado e expressamente reconhecido por unamimidade pelo Júri culmina uma longa caminhada em que Paulo Mota Pinto teve de dispensar tempo, trabalho, apoio e colaboração a outras causas sem ter deixado que essa circunstância prejudicasse a sua formação académica. Também aqui, nesta vertente, o mérito se notou.

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CARINA GOMES Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias enalteceu o papel da Cultura para o desenvolvimento de Coimbra. De tal maneira nos parece certa esta perspectiva que, antes ainda deste Executivo de Coimbra tomar posse, o Campeão defendeu que o assunto da Cultura em Coimbra não cabe num pelouro, seja lá o Executivo que for. A Cultura em Coimbra vai muito para além disso e deve ser uma preocupação constante, seja em que áreas for, e não indiferente a nenhuma das múltiplas instituições e entidades através das quais a vida da cidade e do concelho se concretiza. O que aqui se defende, no fundo, é que a Cultura – em todo o lado mas

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

figura da semana

A SUBIR

A descer

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particularmente em Coimbra – deve envolver toda a comunidade e não ser colocada apenas ao colo de uns tantos que auto-cultivam um quantum de eruditismo que muitas vezes não tem qualquer consistência. Carina Gomes foi vereadora da Cultura durante dois mandatos, oito anos portanto. Da actividade desenvolvida não se notou que a Cultura tenha acrescentado assim tanto ao desenvolvimento da cidade, pese embora o Convento de S. Francisco – concluído no seu tempo mas no tempo de outros iniciado – tenha sido um salto muito positivo. O insucesso da candidatura a Capital Europeia foi um murro no estômago para Coimbra, em parte também porque o autoconvencimento de Carina Gomes,

e da própria equipa que preparou o respectivo dossier, dava como altamente provável outro desfecho. Não é o tempo de andar a distribuir responsabilidades mas a culpa também não pode morrer solteira. A forma fechada, pouco envolvente, como os três anos de preparação decorreram talvez tivessem merecido de Carina Gomes uma postura mais activa no espevitar do grupo que, pese embora a valia individual de todos os seus elementos, se sobrevalorizou a si próprio, sem que de Carina Gomes se conheça qualquer reparo estimulante em tempo útil. As guerras não se ganham apenas com os generais instalados nos seus gabinetes, ganham-se também com os soldados no campo de batalha.

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Foi apontando os problemas de falta de meios humanos e de instalações judiciárias, mas também anunciando iniciativas abertas à sociedade, que o novo presidente do Tribunal da Relação de Coimbra iniciou no final da semana o seu mandato. O juiz desembargador Jorge Loureiro não escondeu a responsabilidade de manter a instituição num patamar de excelência a que o seu antecessor (Luís Azevedo Mendes) a elevou, assim como a abertura à sociedade. Também não se coibiu de, numa Casa de Justiça, proclamar que os Tribunais devem ser os principais guardiães dos direitos humanos fundamentais e condenar a “clara violação de princípios básicos” por parte da Rússia numa invasão com a “barbárie da guerra, a violência sobre crianças, mulheres e homens indefesos, as mortes de civis inocentes e as deslocalizações em massa”. Aproveitou a presença do presidente do Supremo Tribunal de Justiça para fazer ver que o quadro de desembargadores é deficitário, assim como a presença do secretário de Estado Adjunto e da Justiça para dar conta que os Tribunais da Relação aguardam, há mais de duas décadas, pela adaptação dos seus serviços de apoio. E também reforçou a necessidade de se construir o novo Palácio da Justiça em Coimbra, com argumentos que demonstram que só a falta de vontade política lisboeta pode adiar esta obra. Não menos importante, o juiz Jorge Loureiro lançou logo no dia a seguir a ter tomado posse uma iniciativa que põe o Direito a dialogar com a Música, assim como afirma o propósito de abrir às crianças os espaços da Justiça, de forma que possam cultivar a cidadania, desde tenra idade. ANA CRISTINA SANTOS A Investigadora Principal do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC) ganhou um financiamento de dois milhões de euros atribuído pelo Conselho Europeu de Investigação (ERC) para liderar o projecto TRACE – Cidadania Queer ao Longo do Tempo: Envelhecimento, idadismo e políticas LGBTI+ na Europa. Esta é a segunda vez que o ERC premeia o trabalho desenvolvido por esta investigadora. ÁLVARO LABORINHO LÚCIO O escritor apresenta, hoje (24), pelas 18h40, no Auditório do Campus do Conhecimento e da Cidadania da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra, o romance “As Sombras de Uma Azinheira”. O evento conta com apresentação de Ana Paula Arnaut. Álvaro Laborinho Lúcio é um jurista, professor universitário, ex-ministro da Justiça e escritor português. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito e obteve o Curso Complementar de Ciências Jurídicas. SERGIO ALAPONT É o novo maestro titular da Orquestra Clássica do Centro. O músico espanhol foi premiado como melhor Maestro da Itália, em 2016, pela GBOSCARS, e vencedor do II Concurso de Maestro da Cidade de Granada. É um dos principais maestros de sua geração e trabalhou como maestro convidado em várias orquestras, e esteve também como maestro assistente em diversos festivais do mundo e auxiliou Marco Armiliato em diversas produções. SIR FRASER STODDART O professor anglo-americano, que recebeu o Prémio Nobel da Química em 2016, vai estar, nos dias 8, 9 e 10 de Abril, em Coimbra para o VIII Encontro Nacional de Estudantes de Química. Stoddart dará duas palestras: uma sobre máquina moleculares, tema que o fez receber o Prémio Nobel, e outra sobre os “bastidores” e a aventura de se tornar Prémio Nobel da Química. Ao longo da sua carreira recebeu diversos prémios e distinções das mais diversas entidades, de onde se destaca o título de Knight Bachelor, atribuído pela Rainha Isabel II em 2007.

JOSÉ MANUEL FIGUEIRA PORTUGAL Foi, há 47 anos, uma das primeiras pessoas a inscrever-se como militante do Partido Socialista, em Coimbra, e estava sempre presente na organização, colaborando continuamente em todas as campanhas eleitorais. O seu falecimento causou grande consternação entre os muitos socialistas que com ele conviveram e foi notório o apreço que por ele tinham, com a presença no funeral que se realizou terça-feira, da Igreja de S. José para o Crematório Municipal de Taveiro. José Manuel, como era conhecido, pertencia à Secção do PS de Santo António dos Olivais, era um acérrimo adepto do União de Coimbra e trabalhou no antigo Instituto Português da Juventude.


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ENTREVISTA

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FRANCISCO QUEIRÓS REVELA PLANO MUNICIPAL DE ARBORIZAÇÃO PARA 2022

COIMBRA VAI PLANTAR MAIS 1.600 ÁRVORES Licenciado em História e professor do Ensino Secundário exerceu diversos cargos de Gestão Escolar e foi Director Pedagógico da Escola Profissional de Montemor-o-Velho. Francisco Queirós é membro da Direcção Regional de Coimbra do partido e do Comité Central do PCP vereador eleito pela CDU com os pelouros dos Espaços Verdes e Jardins, da Agricultura, Alimentação e Hortas Comunitárias, Serviço Médico-Veterinário e Bibliotecas e Arquivos. Entre vários outros assuntos, o dirigente político desvenda um pouco do Plano Municipal de Arborização para 2022, que ainda vai ser apresentado, além de enaltecer a importância das hortas urbanas na cidade. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: Qual a leitura que faz de o PS ter perdido as eleições para a Câmara de Coimbra, com a não reeleição de Manuel Machado? Francisco Queirós [FQ]: A certa altura parecia que o Dr. Manuel Machado estava a desistir de ir a combate. Faltou a alguns debates, num deles nem sequer utilizou o tempo que lhe era disponibilizado, portanto parecia que entendia, a determinada altura, que o acto eleitoral eram favas contadas ou então desistiu. Houve aqui uma bipolarização, de um lado o PS e do outro a lista de José Manuel Silva, e essa bipolarização tende à fulanização também. De um lado um candidato novo, muito assertivo no sentido da crítica, e do outro Manuel Machado, que é das pessoas com mais experiência política mas notava-se, claramente, o desgaste prevendo-se de alguma forma este desfecho. [CP]: O que o levou a aceitar pelouros neste Executivo que tem uma maioria presidida por José Manuel Silva e lidera uma coligação de Direita? [FQ]: Já é o segundo ou terceiro acto eleitoral em que, mesmo até à contagem dos votos, a CDU, nas sondagens, é colocada atrás de outras forças políticas, mas a verdade é que depois o eleitor decide de outra forma. Estamos aqui para servir as populações e sendo-nos proposta alguma responsabilidade executiva ou pelouro, vamos analisar.

Foi o que aconteceu agora e já tinha acontecido algumas vezes antes. Desde que nos garantam a nossa independência política, desde que seja assumida total autonomia e que nos sejam garantidas condições de trabalho, garantidos estes pressupostos, assumimos porque entendemos que o nosso trabalho em defe-

Muitas mais haverá certamente e a experiência demonstra-me que, quando a crise aperta, começam a aparecer muitas pessoas a pedir habitação. Apareceram mesmo, nomeadamente no primeiro embate da Troika, pessoas a fazer doutoramentos, empresários que foram à falência, isto é, pessoas que caíram numa nova pobreza. A habitação é uma área que, infelizmente, nunca teve aquele serviço nacional de habitação que devia ter. É fundamental que haja uma estratégia municipal de habitação e há já um acordo com o Governo, no valor de 61 milhões de euros que, se a Câmara conseguir construir habitação para as tais 826 famílias, sai-lhe a custo zero. Eu tenho sérias dúvidas que isso seja possível. Há também uma questão fundamental que,

A ideia é dar um impulso a hortas de vários tipos: hortas sociais, meramente recreativas, de carácter pedagógico...

sa das populações é mais importante que qualquer outro tipo de juízo. [CP]: Esteve vários anos à frente do pelouro da Habitação Social, nos mandatos do PS, mas agora é que estão a avançar novos investimentos nesta área... [FQ]: Sinto-me responsável por esses novos investimentos porque a estratégia municipal de habitação foi aprovada no mandato anterior e é, de facto, uma das raras oportunidades na história de Portugal, para que se possa construir ou reabilitar, e criar soluções habitacionais, que é um dos problemas mais graves do país. Há muita gente sem casa e a passar frio. É importante, através das estratégias municipais de habitação, dar-se habitação, neste caso a 826 famílias, e eu até diria que este número estará errado porque é manifestamente abaixo da realidade. Estas 826 famílias são em larga medida ou já inquilinos municipais ou até famílias que foram identificadas a montante pelas próprias freguesias.

enquanto exerci funções nessa área, procurei sempre fazer: o diálogo com as associações de moradores e freguesias a explicar o que está em cima da mesa. E lembro-me que fizemos isso quando iniciámos a empreitada dos Bairros, nomeadamente no Planalto, no âmbito da eficiência energética. No Planalto do Ingote, ali com 32 famílias, eu diria que muito provavelmente muitos já lá vivem, algumas outras estarão na listagem do 1º Direito e poderão não ser os mais pobres. Na estratégia municipal de habitação além da renda apoiada há possibilidade de haver rendas condicionadas. Está previsto que a habitação seja para pessoas de muito baixo rendimento, muitas vezes reformados, e outras a viver do Rendimento Social de Inserção. Entendo que nesta área dificilmente chegaremos aos números na Áustria ou Holanda, onde a habitação publica é acima dos 30 por cento, mas temos que rapidamente saltar dos dois por cento para ter mais habitação. [CP]: Neste mandato

tem novas áreas de actuação, como os Espaços Verdes e Jardins. Que novidades existem nestas áreas? [FQ]: Estamos a trabalhar numa área muito sensível na gestão de uma cidade, mas importantíssima. Decorreram uma série de iniciativas em vários locais, no Dia da Árvore (segunda-feira, dia 21), e eu sublinharia a importância de dois instrumentos: em breve será apresentado o Plano Municipal de Arborização para 2022. Durante este ano prevê-se que, entre a Câmara e as freguesias, com um programa de incentivo a plantação de árvores nas freguesias e as 151 árvores que a Metro Mondego já anunciou que plantará, serão plantadas ao todo mais 1.607 novas árvores no concelho de Coimbra. O inventário que está a ser feito do património arbóreo em Coimbra está muito avançado e será entretanto apresentado. Paralelamente, a Câmara de Coimbra deixou de usar glifosato que já se confirmou ser prejudicial à saúde, embora existam empresas privadas no concelho que fazem este trabalho e já desenvolvemos um trabalho de sensibilização nesse sentido. Já há também indicação para os serviços fazerem alguma

Francisco Queirós é vereador a tempo inteiro na Câmara de Coimbra, com pelouros atribuídos, desde 2013 dinamiza políticas municipais nestas áreas e promove a instalação de hortas urbanas. Estamos a avaliar a assinatura de um protocolo com a Direcção Regional da Agricultura para uma candidatura a um pólo de inovação no sentido de termos hortas urbanas na cidade. Apesar de já existirem algumas, aqui a ideia é dar um impulso a hortas de vários tipos: hortas sociais, meramente recreativas, de carácter pedagógico... o ideal é que sejam criados os circuitos curtos entre a produção e o consumo até porque é óbvio que quando consumimos produtos da agricultura local isto diminui a pegada ambiental. Este momento de guerra veio mostrar como era fundamental termos maior soberania alimentar. O objectivo é, até ao final do ano, promovermos diversos eventos e protocolos

Entendo que nesta área [Habitação Social] temos que rapidamente saltar dos dois por cento para ter mais habitação.

contenção na rega devido à crise da água que vivemos.

portanto as verbas disponíveis para esta área não vão ficar a marinar.

[CP]: Há também o pelouro da Agricultura, Alimentação e Hortas Comunitárias. Qual a razão destas áreas de actuação e o que pretende fazer? [FQ]: É importante dizer isto: as eleições foram a 26 de Setembro, a Câmara tomou posse a 18 de Outubro, as Grandes Opções do Plano e Orçamento aprovadas a 7 de Fevereiro. Temos um mês com Orçamento e eu, até há um mês atrás, não tinha nenhum serviço municipal afecto a esta área de actuação. Este pelouro, que existirá pela primeira vez em Coimbra, propõe e

[CP]: Um Pelouro que manteve é o Serviço Médico-Veterinário, que inclui o Canil e o Gatil. Como estamos de animais abandonados e adoptados no concelho de Coimbra? [FQ]: Esta é uma área sensível em que se pode dizer mesmo que é “preso por ter cão e preso por não ter”. O Canil Municipal de Coimbra foi pioneiro a acabar com o abate de animais mas, tal como a esmagadora maioria dos canis municipais, também este está sobrelotado. Um dos objectivos é a construção de um novo canil, até

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 24/03/2022

porque temos boxes com quatro cães por falta de espaço. Temos mais de cem animais no canil actualmente. É preciso que o Governo olhe para este tema de outra forma e que se criem políticas integradas e se desenvolvam incentivos para a adopção. [CP]: Como está a situação do Arquivo Municipal? A Biblioteca Municipal de Coimbra completa 100 anos... como vai ser a comemoração do centenário? [FQ]: O Arquivo Municipal funciona, para já, ao lado do Mercado Municipal em condições degradadas e sem espaço. Há uns anos que este problema está identificado, esteve prevista a construção de um Arquivo em Montes Claros mas lá foi construido um parque infantil. Houve vários outros projectos, há um feito para Eiras, houve até um projecto para o antigo Pediátrico. Portanto, projectos há muitos mas não se avançou com nenhum. Não é possível continuar a funcionar naquelas condições e é um objectivo para este mandato ter um novo edifício para Arquivo Municipal. Quanto à Biblioteca Municipal e o Arquivo Histórico e Geral, é preciso resolver a questão da digitalização de documentos fundamentais como por exemplo as próprias actas do Município dos anos 90, que estão a desaparecer. O centenário da Biblioteca tem já um programa prévio, que decorrerá de Dezembro deste ano até Dezembro do ano que vem, e que contará com diversas iniciativas e acções, para além de incluir obras de conservação no próprio edifício da Biblioteca Municipal. PATROCÍNIO:


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ACTUALIDADE VALORIZAR A BAIXA DE COIMBRA

EMPRESA NA PRAÇA DO COMÉRCIO RECUPERA ANTIGO HOSPITAL REAL

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empresa tecnológica The Loop Co já arrendou o antigo espaço da papelaria Marthas na Praça do Comércio, na Baixa de Coimbra, uma área com cerca de 400 m2 que permitirá acolher mais 50 postos de trabalho, um mini-auditório e quatro espaços de reunião, representando uma duplicação da sua capacidade instalada. Esta novidade foi dada pelo vereador Miguel Fonseca, com o pelouro do empreendedorismo, investimento

e emprego, na reunião de segunda-feira da Câmara de Coimbra, realçando, ainda, que a empresa dá um bom exemplo ao preservar o património histórico e arquitectónico do antigo Hospital Real e ao assegurar o interesse na dinamização de todo o espaço envolvente. As novas instalações da The Loop vão ser inauguradas no próximo dia 8 de Abril e Miguel Fonseca deu os parabéns à empresa e considerou tratar-se de um exemplo do que este Execu-

tivo municipal pretende para a Baixa da cidade, destacando igualmente o trabalho desenvolvido pelo Gabinete de Apoio ao Investidor no processo de identificação do espaço para a expansão da empresa. A The Loop Co é uma tecnológica portuguesa, spinoff da Universidade de Coimbra, que nasceu em 2016 no Instituto Pedro Nunes, mas que em 2019 decidiu instalar-se na Baixa da cidade, apostando nesta zona histórica para a concretização

dos seus objectivos de crescimento. Segundo o vereador, trata-se de uma empresa que se foca actualmente no desenvolvimento de soluções tecnológicas de software e electrónica para os sectores do e-commerce e retalho, saúde e sustentabilidade. “É uma empresa que cresceu, que hoje conta com mais de uma centena de trabalhadores e que sentiu, por isso, necessidade de procurar um novo espaço para a expansão do seu negócio”, justificou.

PROMOVIDO PELA CÂMARA DE COIMBRA

VARELA PÈCURTO HOMENAGEADO COM PRÉMIO DE FOTOGRAFIA

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Câmara de Coimbra aprovou, segunda-feira, a elaboração de um regulamento para a criação de um concurso de fotografia que pretende homenagear Varela Pècurto e tem como objectivo promover o património natural, arquitectónico e cultural do concelho e sensibilizar os cidadãos para a sua observação e valorização. O Prémio Varela Pècurto - Concurso de Fotografia é de realização bienal, tendo como mote “Coimbra em perspectiva”, que visa enriquecer o acervo fotográfico do Município com imagens inéditas que mostrem a cidade sob perspectivas e ângulos distintos, em enquadramentos e composições diferenciadas, que questio-

Varela Pècurto, com 96 anos, tem uma vida dedicada à imagem nem e façam reflectir sobre Os prémios a atribuir a sua realidade. em cada edição prevêem a A proposta de regula- atribuição de um valor pemento define que podem cuniário de três mil euros participar todos os profissio- ao autor da fotografia vencenais e amadores de fotografia, dora. Ao autor da fotografia com idade igual ou superior a distinguida com o segundo 18 anos, portugueses e estran- prémio será atribuído um geiros residentes em Portugal. valor pecuniário de dois

mil euros; ao terceiro prémio mil euros; e ao autor da fotografia distinguida com a menção honrosa será atribuído um certificado de participação. O prémio pretende homenagear o fotógrafo Eduardo Francisco Varela Pécurto, nascido em Ervedal do Alentejo, concelho de Avis, a 27 de Abril de 1925, e que veio para Coimbra em 1950, tendo dirigido a secção fotográfica da Livraria Atlântida e depois a Hilda como sócio-gerente, até à sua reforma. Foi sócio fundador do Câmara de Coimbra e participou em dezenas de concursos nacionais e internacionais. Foi foto-repórter e operador correspondente da RTP na região Centro durante 25 anos.

TRANSFERÊNCIA DE COMPETÊNCIAS

UNIÃO DE FREGUESIAS DE COIMBRA RECEBE 253 MIL EUROS DA CÂMARA

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Câmara de Coimbra aprovou a transferência de competências para a União de Freguesias de Coimbra (UFC) - Sé Nova, Santa Cruz, Almedina e São Bartolomeu, o que marca a conclusão da descentralização para todas as 18 freguesias ou uniões de freguesias do concelho. A proposta prevê que a UFC receba um montante global anual de 253.787 euros,

ficando responsável pela conservação, arranjo e limpeza de diversos espaços verdes, num total de cerca de 81.700 m2, assim como pela manutenção de cerca de 32.000 metros lineares de vias municipais. Os jardins-de-infância de Almedina e S. Bartolomeu e as escolas básicas de Almedina, Conchada, S. Bartolomeu e Santa Cruz ficam com a sua conservação e pequenas obras de reparação a cargo da UF,

assim como a manutenção dos espaços envolventes dos estabelecimentos. Relativamente à União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, a Câmara aprovou uma alteração aos contratos interadministrativos de delegação de competências, com anulações de obras previstas e reforços de verbas para outras empreitadas pretendidas, no valor de 113.268 euros.

As obras a efectuar são a requalificação do entroncamento entre a rua Cidade de Halle e a rua Cidade de Poitiers (no Monte Formoso), a conservação do pavimento na travessa dos Galhardos (no Bairro da Liberdade), a reabilitação do Terreiro da Fonte (em Eiras), a requalificação de bermas nas ruas da Cruz Nova e do Paçal (em Eiras) e o alargamento da rua do Murtal.

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saúde II FÓRUM INNHOSPITAL DECORRE EM FORMATO ONLINE O II Fórum Transfronteiriço do projecto INNHOSPITAL decorreu, ontem (23), e teve como tema central “Da Inovação ao Impacto em Saúde – a importância da orientação às necessidades clínicas”. O INNHOSPITAL teve como objectivo definir um novo papel do Hospital na Sociedade. Este Fórum teve como ponto de encontro profissionais de saúde, universidades, centros tecnológicos e empresas com o denominador comum da inovação nos cuidados de saúde. Foram apresentadas duas necessidades de inovação hospitalar e três casos de inovação com origem na prática clínica e cooperação com a indústria, possibilitando dar visibilidade às boas práticas. Co-financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) através do Programa INTERREG VA Espanha-Portugal (POCTEP) 2014-2020, o INNHOSPITAL é um projecto formado por oito parceiros da Extremadura e de Castela e Leão em Espanha e da Região Centro de Portugal, e é liderado pela Direcção Regional de Saúde de Castela e Leão.

SAÚDE EM PORTUGUÊS COM MISSÃO HUMANITÁRIA A Saúde em Português, Organização Não Governamental para o Desenvolvimento e uma Instituição de Utilidade Pública, membro da Plataforma Portuguesa de ONGs para o Desenvolvimento, está numa missão humanitária de apoio aos/às refugiados/as da Ucrânia que chegam à Polónia, mais concretamente em Boratyn. Esta iniciativa decorre até 30 de Março e é levada a cabo por uma equipa coordenada pela Saúde em Português, integrando alguns/ mas dos/as seus/suas voluntários/as, nomeadamente dois médicos, Henrique Correia e Humberto Vitorino, uma enfermeira, Susana Jorge, e um logístico, Marco Carvalho. O objectivo principal é prestar cuidados de saúde imediatos aos/às refugiados/as que aí chegam e permanecem, mas também avaliar outras necessidades no terreno, tendo sempre por base a articulação com as organizações que aí se encontrem.

ISEC LANÇA PÓS-GRADUAÇÃO PARA RESPONDER A DESAFIOS DA TRANSIÇÃO DIGITAL NA SAÚDE O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) lança uma pós-graduação intitulada Sistemas Avançados de Gestão da Saúde que servirá os profissionais de saúde na sua adaptação às novas tecnologias da área. O curso é destinado a profissionais de saúde e focado nos desafios impostos pela crescente disseminação das novas tecnologias neste sector. A pós-graduação irá abordar a análise e a gestão de dados – com recurso a técnicas de inteligência artificial –, os registos electrónicos, a modelação de processos e os sistemas de apoio à decisão dos profissionais de saúde. Também as estratégias para a manutenção de equipamentos hospitalares farão parte do programa já que estes, segundo o coordenador do curso, Mateus Mendes, “deverão estar sempre em boas condições, ter as medidas adequadas e as margens de erro controladas”. A pós-graduação em Sistemas Avançados de Gestão da Saúde está associada às áreas de Engenharia e Gestão Industrial e de Engenharia Informática, já ministradas pelo ISEC. O curso irá funcionar em regime b-learning, com sessões presenciais e recurso a meios telemáticos.

ORDEM DOS MÉDICOS DO CENTRO PROMOVEU OBRA COORDENADA POR BEATRIZ COSTA A Ordem dos Médicos do Centro apresentou, ontem (23), o livro “Mesenteric Ischemia From Anatomy and Pathophysiology to treatment and Prognosis”. A obra é coordenada pela professora auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Beatriz Costa e tem com chancela da Sabooks Editora. A apresentação contou com várias intervenções e teve a presença de Carlos Cortes, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, José Guilherme Tralhão, Professor Catedrático de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, entre outros. Beatriz Costa é professora auxiliar da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.


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COMO A POPULAÇÃO INTEGROU CERCA DE 400 IMIGRANTES DO NEPAL, ÍNDIA E BANGLADESH

AROMAS DAS ESPECIARIAS ASIÁTICAS PERFUMAM A MARINHA DAS ONDAS A LUÍS SANTOS

o passarmos pelas ruas da Marinha das Ondas, à hora das refeições, sentimos no ar o cheiro típico dos condimentos orientais e asiáticos. Seria normal no Nepal, na Índia, ou no Bangladesh, mas estranha-se pois estamos numa pequena vila no extremo Sul do concelho da Figueira da Foz. Khushi, uma menina agora com 10 anos, o irmão Prachin, com 12 anos, vieram do Nepal com a mãe, Rubi, há cinco anos, chamados pelo marido e pai que encontrou trabalho numa grande empresa de produção de aves. A necessidade de mão-de-obra começou a atrair muitos migrantes, que estavam dispersos pelo Algarve e o Alentejo, com trabalho apenas sazonal na agricultura, e que perante emprego fixo e sempre remunerado acabou por formar uma comunidade de cerca de 400 nepaleses, indianos e bengaleses, com núcleos familiares que se instalaram pelas várias localidades da Marinha das Ondas. Ao princípio os habitantes estranharam e até, sem quererem confessar abertamente, tiveram receio. Mas começaram a

sentir que estavam perante pessoas que saíram dos seus países para darem uma vida melhor aos seus filhos, tal como acontece com os portugueses que emigram. E os marinhenses viram as casas vazias da vila e das aldeias a ficarem com vida, as lojas e as feiras ganharam clientes e até as escolas de freguesias vizinhas, como no Paião, encheram-se de crianças. O pai dos pequenos Prachim e Khushi estava em Lisboa (só na capital e na zona de Odemira está a maioria de 21 mil nepaleses que vivem em Portugal) e fixou-se na calma e tranquila Marinha das Ondas. A pequena entrou logo na primária, o rapaz no ciclo. Querem voltar para o Nepal? - perguntamos. “Só de férias e para visitar a família” - respondem, num português impecável. Desafiada a comparar o Nepal com o nosso país, a mãe, Rubi, falando pausadamente, a pensar como se pronunciam as palavras, diz que gosta “mais da simpatia, da ajuda e do clima” e acrescenta que, aqui, as “regras do Governo são boas”. JÁ SE JOGA CRÍQUETE O pequeno Prachim, de feições orientais, ainda

ficou magoado, há dois anos, quando uns miúdos na escola lhe disseram que tinha sido ele a trazer o “bicho” da covid, confundido-o com chineses. Chorou, sentiu-se injustiçado, mas a pronta intervenção dos professores sanou a situação e desfez equívocos. Continua a gostar de ir às aulas e a apreciar o arroz com atum e a lasanha. As refeições dos nepaleses são essencialmente vegetarianas, com alguma carne (frango, porco, borrego), ou peixe, e depressa as mercearias e até os feirantes começaram a ter os produtos mais procurados sem esquecer as especiarias tão características, como a ‘akabare’ (malagueta redonda muito picante) e a ‘gramassala’ (mistura de várias especiarias). Não pode faltar o caril, o alho, a cebola, o tomate e os coentros, nem o arroz a acompanhar. Por influência hindu e budista a vaca é um animal “sagrado” e está a salvo. A religiosidade não está esquecida e dizem-nos que “os deuses são todos iguais”, mas, curiosamente, o único local em Portugal a que vão é Fátima, onde conseguem sentir a espiritualidade. O intercâmbio de cul-

Os nepaleses Rubi, Khushi e Prachin, com Isabel Cordeiro, Dulce Pedrosa, Vera Parracho e Fernanda Jordão turas já está a acontecer e os convívios já deram para perceber que a comida é apreciada, particularmente o ‘momo’, a versão nepalesa de bolinhos recheados com vegetais cozidos no vapor, ou carne. E até, no recinto da Feira, já se vê ao domingo homens a jogar críquete, um desporto inglês (parecido com o basebol) que utiliza bola e tacos, popularizado na Índia e no Paquistão. PORTUGUÊS E INGLÊS “Bom dia!” era a única palavra que diziam quando chegavam à Marinha das Ondas, com alguns a

conseguirem expressar-se em inglês, a língua que também se aprende nas escolas nepalesas e indianas. Andavam em grupo e a interacção com a população era praticamente nula. Até que, um grupo de mulheres, três das quais professoras, anunciam aulas de português, no salão da Associação Cultural. Chegou as três da tarde do dia 25 de Março de 2017 (faz agora cinco anos), era um sábado, e para espanto das promotoras apareceram 50 homens! Depressa ganharam confiança e aos homens juntaram-se mulheres, jovens e crianças às aulas de Isabel Cordeiro, Fernanda

Jordão, Dulce Pedrosa e Vera Parracho, tendo atingido mais de 100 pessoas ávidas de aprender português. Tal foi a afluência que o local passou a ser a Escola Primária. A iniciativa, pioneira na altura e que agora já é seguida em vários pontos do país, surgiu de forma espontânea e permitiu colocar aquela comunidade a falar português no dia-a-dia, contribuindo para o processo de integração e a não discriminação de uma franja da população residente na freguesia. É uma acção de inclusão social num processo de modelo colectivo de cidadania, que já foi premiado.

GRUPO COM SEDE NA MARINHA DAS ONDAS TEM MAIS DE 30 EMPRESAS

LUSIAVES É UMA EMPRESA INCLUSIVA E LIDERA PRODUÇÃO AVÍCOLA

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undada em 1986, a Lusiaves está sediada na Marinha das Ondas, concelho da Figueira da Foz, e conta actualmente com cerca de 1.000 trabalhadores, 359 dos quais estrangeiros. Nos seus princípios está uma política inclusiva, procurando combater a exclusão social através da promoção e da integração de todas as pessoas. A Lusiaves é uma empresa que se dedica à produção, abate, transformação,

comercialização, distribuição de carnes de aves e comércio de produtos alimentares em geral. Distingue-se, também, por ter o centro de incubação com a melhor tecnologia disponível. Por outro lado, a Lusiaves aposta no contínuo desenvolvimento e lançamento de produtos inovadores, o que faz com que a empresa seja líder de mercado e tenha a confiança dos consumidores.

O Grupo Lusiaves, um dos maiores grupos empresariais de Portugal, é uma referência e um importante player do sector avícola e agroalimentar nacional. É líder nacional da produção avícola e pretende alcançar também uma presença relevante no mercado internacional. A estratégia de verticalização adoptada levou o Grupo a incorporar um diversificado conjunto de

actividades, com mais de 30 empresas a actuar em várias áreas de negócio, que pretendem assegurar toda a cadeia de produção, sustentando, directa ou indirectamente, a actividade principal. Aliando a qualidade e segurança dos produtos alimentares com a eficiência na produção, sempre procurou munir-se dos recursos tecnológicos mais avançados e proceder de

acordo com as melhores práticas estabelecidas. O Grupo encontra-se na linha da frente da inovação do sector avícola e da produção alimentar. A sustentabilidade e a responsabilidade ecológica são dois dos pilares da gestão do Grupo, com base numa atitude de permanente inovação e desenvolvimento, de compromisso social e de respeito por sólidos princípios éticos na

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relação com colaboradores, fornecedores e clientes. O Grupo Lusiaves emprega cerca de 4.200 pessoas, dos quais 3.700 são colaboradores directos. Com mais de 50 instalações e 86 quintas, está presente em 24 concelhos e produz anualmente mais de 100 milhões de ovos, pintos e frangos e 450 mil toneladas de ração. Exporta para mais de duas dezenas de mercados nacionais, em quatro continentes.


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REALÇAR AS ACTIVIDADES ECONÓMICAS E APOIAR TECIDO EMPRESARIAL

FREGUESIA ESTÁ A PENSAR RETOMAR A EXPOONDAS

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Freguesia de Marinha das Ondas, no concelho da Figueira da Foz, tem um novo Executivo da Junta, presidido por José Alberto Suzana, que tem apenas cinco meses de mandato e está a lançar as bases de trabalho a que se propôs, mas já tem iniciativas realizadas. Antes de avançar para projectos de maior envergadura, a autarquia começou a trabalhar para “colocar a população mais bem disposta com a Junta de Freguesia”, nas palavras de José Suzana, querendo com isto dizer que “há pequenas obras que não dão nas vistas, mas resolvem problemas e fazem a diferença”, como acções de limpeza, melhoria de caminhos florestais e a resolução de fugas de água. Numa iniciativa conjunta com a Cáritas e a associação Nepali Samudaya, a Junta de Freguesia promoveu, no início deste mês, uma acção de sensibilização ambiental com a limpeza de ruas da vila, cativando também a comunidade imigrante para uma PUBLICIDADE

maior integração. E, neste aspecto, a autarquia sensibiliza para que se faça um levantamento das habilitações literárias dos trabalhadores - dois ou três foram enfermeiros e professores nos países de origem -, visando a possibilidade de poderem obter outro exercício profissional. Uma das preocupações expressas por José Suzana refere-se à falta de habitação na área da freguesia e aos preços elevados no que existe, o que entrava a fixação de mais população, nomeadamente a nível social e da imigração. Por si só a Junta não tem capacidade nesta matéria, mas o Município já poderá intervir. CENTRO DE SAÚDE A melhor notícia para a Freguesia está prestes a chegar, com a próxima abertura do Centro de Saúde de Marinha das Ondas, cujas obras estão em fase de conclusão e espera-se o necessário reforço de energia por parte da empresa eléctrica.

O Centro de Saúde deverá abrir em final de Abril ou início de Maio e dotado de todos os meios, médicos, enfermeiros e auxiliares, regressando à Marinha das Ondas os utentes que durante todo este tempo tiveram de se deslocar a Lavos ou ao Paião. As obras, que se iniciaram a 9 de Novembro de 2020, são de adaptação da antiga escola a extensão de Saúde e foram adjudicadas por 364.663 euros, numa parceria entre a Câmara da Figueira da Foz e a ARS Centro. Continuando a falar de investimentos, o autarca referiu ao “Campeão” que a Junta de Freguesia vai iniciar o projecto do ossário e a repavimentação da rua do cemitério, mas outras iniciativas estão em vista. José Alberto Suzana refere que já iniciou contactos com a empresa Águas da Figueira no sentido de conseguir as obras de saneamento nas localidades de Matas e Cipreste, tanto desejadas e necessárias neste século XXI. A Praia da Leirosa não é

esquecida pela Junta de Freguesia de Marinha das Ondas, com o presidente a referir que é necessário avançar com os passadiços acessíveis ao areal e reparar o Parque Infantil da Leirosa. A erosão costeira continua a ser uma preocupação e a autarquia já reforçou a necessidade de se tomarem medidas junto da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e da Comissão de Coordenação da região centro (CCDRC). Por último, mas não menos importante, José Suzana diz que a Junta de Freguesia está a desenvolver todos os esforços para a abertura de um balcão da Loja do Cidadão, e alavancar para o próximo ano a ExpoOndas, uma feira de actividades económicas que se realizou na freguesia e deixou-se de realizar há vários anos. Segundo o autarca, a ini-

José Alberto Suzana é o novo presidente da Junta de Marinha das Ondas ciativa poderá não ter periodicidade anual, mas deverá ser reactivada para mostrar as importantes actividades económicas da Freguesia, onde estão localizadas as

três maiores empresas do concelho da Figueira da Foz, da região Centro e com grande peso nacional: a Celbi, a Lusiaves e a Navigator (área fabril).

COMEMORAÇÃO NO PRÓXIMO DOMINGO (27)

FREGUESIA ASSINALA 94 ANOS COM PROGRAMA TRADICIONAL

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Marinha das Ondas, no concelho da Figueira da Foz, teve a sua freguesia criada em 23 de Março de 1928, data que passou a ser assinalada anualmente desde 2009 com um programa comemorativo. Felizmente, este ano, a Freguesia já pode festejar presencialmente o 94.º aniversário, após dois anos de interrupção das comemorações devido às medidas restritivas impostas pela pandemia de covid-19. Para possibilitar que todos se possam associar à comemoração da efeméride, que ocorreu ontem, o programa que assinala o aniversário da Freguesia irá decorrer no próximo domingo, dia 27. Pelas 9h00 será celebrada missa, na Igreja Matriz de Marinha das Ondas, para às 10h30 decorrer a roma-

gem ao cemitério e a deposição de uma coroa de flores, numa homenagem aos marinhenses falecidos. Regressa também o tradicional almoço-convívio, que reúne autarcas, dirigentes e membros do movimento associativo e a população, com início às 13h00 e decorrendo na Associação Cultura, Recreativa e Desportiva Marinhense. Os interessado em participar teriam de fazer a inscrição até ontem, dia 23, na Junta de Freguesia (telef. 233 950 280 ou 924 433 845) ou junto de Elísio Miguel, da Associação de Pais (966 650 629). O almoço inclui entradas, sopa, feijoada, sobremesa, bebidas e café. A sessão solene que assinala o aniversário de Marinha das Ondas decorrerá, pelas 16h00, desse domingo, dia 27, na sede da Junta

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de Freguesia, com a presença de entidades oficias e convidados. Esta é também a primeira iniciativa festiva deste género em que participa o novo Executivo da Junta de Freguesia, que tem José Alberto Jordão Suzana como presidente, Sara Catarina Gomes das Neves como secretário, e Armando Fernandes Gomes como tesoureiro. O topónimo Marinha das Ondas deve o seu primeiro elemento ao facto de na área da freguesia terem existido marinhas de sal; já o segundo elemento remete-nos para uma lenda, segundo a qual, um homem, durante a sua faina, terá visto Nossa Senhora das Ondas. Só a 23 de Março de 1928, por Decreto n.º 15 223, foi criada a freguesia de Marinha das Ondas, por desanexação das freguesias de Lavos e de Paião. A nível económico, a pesca (Praia da Leirosa) e a agricultura são as actividades mais tradicionais da Freguesia, mas a indústria ganhou bastante peso e existem duas importante empresas, com relevância nacional: a Lusiaves e a Celbi, na Leirosa.


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MÃE E FILHA PARTILHAM PAIXÃO PELO DESENHO E PINTURA

MI.RA.US RETRATA ARTE FEITA A QUATRO MÃOS NÁDIA MOURA

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a qu e l C ou c e i ro sempre quis seguir a área da arte. O desenho foi, desde muito cedo, uma paixão e talvez por isso não se estranhe que as disciplinas favoritas na escola fossem sempre relacionadas com desenho. Hoje, com 37 anos, conimbricense, é arquitecta de profissão, embora nos primeiros tempos, após se licenciar, não tenha conseguido trabalhar na área. Há seis anos foi mãe e foi durante a licença de maternidade, e após ter estado algum tempo a trabalhar no atendimento ao público onde ganhou “ferramentas para se desinibir”, que resolveu criar algo seu. “É agora ou nunca, pensei. Foi aí que eu e o meu marido, engenheiro de profissão, criámos uma

me vê a desenhar e acaba por ter acesso a todos os materiais. Não que eu a pressione para a pintura ou para o desenho. Teve também sempre outras ferramentas que no meu tempo não existiam. Naturalmente que no tempo da pandemia ela teve de ficar um pouco mais entretida em casa, então acabou por gostar daquilo que ia fazendo e foi aí que surgiu o crescimento e aptidão para o desenho”. OS EXCÊNTRICOS Tinha quatro anos quando fez o desenho que viria a ser o mote para o surgimento de um novo projecto que concilia a paixão de mãe e filha pela arte. “Ela já estava a fazer alguns desenhos muito engraçados e um dia fez um desenho que, quando o vi, fiquei completamen-

Um dia fez um desenho que, quando o vi, fiquei completamente apaixonada.

empresa de arquitectura e engenharia”, conta. Sempre desenhou por gosto, espontaneamente, e isso fez com que acabasse por ir publicando os seus trabalhos nas redes sociais, que iam tendo boa receptividade de muitas pessoas. Com a filha pequena, particularmente desde o início da pandemia, apercebeu-se que Mia tinha apetência para o desenho e pintura. “A Mia cresceu num ambiente em que

te apaixonada. Consegui perceber o que era mesmo sem ser um rosto definido e pensei «um dia vou pegar nele e fazer a ligação ao meu mundo»”. Pouco tempo depois resolveu passar da ideia à acção e, após publicar o trabalho nas redes sociais, a aceitação superou todas as expectativas. “Quando peguei no desenho dela e o terminei nunca pensei que as pessoas gostassem tanto”, admite. Pouco tem-

O desenho que deu origem à Mi.Ra.Us e as mentoras, Raquel e Mia, mãe e filha po depois a Mia fez outro desenho, com traços que levam Raquel a acreditar que sejam inspirados na personagem preferida da filha, a Lady Bug, cujo traço dava aos desenhos uma magia diferente. “Os Excêntricos” passou a ser o nome pela qual Raquel Couceiro denomina os desenhos começados pela filha e terminados por ela ou, muitas vezes, por ambas. Foi assim que nasceu a Mi.Ra.Us (junção das sílabas do nome de ambas que justifica um desenho feito só por uma ou pelas duas). Com a divulgação dos desenhos nas redes sociais as pessoas começaram a pedir alguns mais específicos, onde são retratadas pessoas. “Nesses casos, sempre que há algum

pedido mais concreto, e dentro daquele estilo, tenho que ter sempre o quadro inicial ao lado para que ela vá buscar alguma coisa que faça lembrar a linha d’“Os Excêntricos”, porque senão o que cativou as pessoas deixa de existir. Mas nunca a limito, deixo-a fazer tudo o que quer e quando é um pedido especial fazemos as duas. Quando são pessoas reais, mostro-lhe a

dia ou final. Esses quadros, quando envolvem pessoas reais, são a minha interpretação dos desenhos dela, para que eu os aproxime mais da realidade, caso o desenho dela não o reflita isso. No fundo para que as pessoas se consigam identificar, mantendo a característica d’“Os Excêntricos”, explica. Com o decorrer do tempo os desenhas e pinturas de Mia vão ganhan-

Disse-lhe que estava muito bonito [o desenho], e ela respondeu «gostava de saber desenhar como a mamã», e aquilo encheu-me o peito.

fotografia e tento que haja alguma característica que faça com que elas se identifiquem. Mas ela intervém em todos os desenhos, seja numa fase inicial, intermé-

do outros contornos, a realidade já é vista de outra forma, mas o gosto pela pintura continua lá. “Não sei o que reserva o futuro, se ela vai continuar a gos-

tar de desenhar ou pintar mas deixo que seja ela a escolher. É raro o dia em que ela não chega a casa do infantário com um desenho feito e eu vou deixar-lhe sempre a porta aberta para seguir ou não esta área. No outro dia fez um desenho, eu dei-lhe os parabéns, disse que estava muito bonito, e ela respondeu «gostava de saber desenhar como a mamã», e aquilo encheu-me o peito”. Para seguir profissionalmente a área do desenho e pintura em Coimbra, segundo Raquel Couceiro, “é, muitas vezes, um golpe de sorte. As pessoas precisam identificar-se com o trabalho do artista, e isso é logo uma porta aberta. Coimbra é uma cidade tão bonita e a arte, acredito, faz parte dela”.

CANDIDATURAS DECORREM ATÉ 22 DE ABRIL

CONCURSO DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA PROMOVE EMPREENDEDORISMO TECNOLÓGICO

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Universidade de Coimbra (UC) tem a decorrer, até 22 de Abril, as candidaturas para o concurso de ideias de negócio “Sustenta UC”. Esta iniciativa pretende promover o empreendedorismo tecnológico e criativo ligado à susten-

tabilidade e destina-se à comunidade da UC, designadamente docentes, investigadores, bolseiros, alunos e ex-alunos. “Para o efeito, serão seleccionadas ideias/projectos inovadores, em qualquer domínio científico ou tecnológico, em torno

dos quais se perspective a criação de novas empresas e que apresentem potencial de crescimento e viabilidade comercial. Além disso, o concurso pretende facilitar o acesso a mecanismos de financiamento adequados e a parcerias de negócio estratégicas”, refere a Universidade.

O júri do concurso será composto por dois representantes da instituição, um representante de uma empresa ligada à propriedade intelectual e dois representantes de empresas de capital de risco. A sessão final do concurso “SUSTENTA UC”

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terá lugar no dia 10 de Maio, no Convento São Francisco, em Coimbra, onde serão divulgados os concorrentes premiados e estarão presentes empresários, investidores e ‘business angels’. A submissão das ideias e projectos pode ser feita até ao dia 22 de Abril.

Os três melhores classificados receberão prémios, tendo o primeiro prémio direito a inscrição no European Innovation Award, à redacção e apresentação de um pedido de patente, à elaboração de vídeo sobre a ideia premiada e a serviço de consultoria especializada.


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ACTUAÇÃO DE NILTON E VÍDEO COM FILOMENA CAUTELA MUITO ELOGIADOS

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a edição deste ano da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), o Município da Pampilhosa da Serra, integrou uma participação conjunta dos 19 Municípios da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), estratégia que, para Jorge Custódio, presidente da Câmara Municipal de Pampilhosa da Serra, foi apenas “uma mudança no caminho como nós chegamos ao nosso público”, acrescentando que “há mais de dez anos que a Pampilhosa da Serra tem tido uma forte presença na BTL, uma presença física, robusta e consecutiva, se devia ao facto de considerar que a região não estava representada nas dimensões que devia estar”.

A Pampilhosa da Serra arrecadou rasgados elogios pela forma original como se apresentou e onde promoveu uma “Viagem entre o Céu e a Terra”, um dos momentos de maior afluência ao stand da CIM-RC, tendo ficado ainda marcado pela participação do humorista Nilton. “Estes comunicadores sabem envolver as pessoas, impactar e brincar connosco próprios”, afiançou Jorge Custódio. “A NATUREZA NO SEU ESTADO BRUTO” Foi através de imagens do concelho, sob o lema “Pampilhosa da Serra - Centro da Natureza”, reunidas em vídeo, protagonizado (voz e encenação) pela apresentadora de televisão Filomena Cautela, que o Município

conseguiu atrair dezenas de pessoas ao stand. O presidente da Câmara Municipal destacou a importância de dar a conhecer “as potencialidades do concelho”, lembrando que têm “a maior jóia que é a natureza no seu estado bruto”. Jorge Custódio chamou ao concelho “um centro comercial da natureza onde se encontra tudo o que não se consegue comprar na cidade”, e foi sob esse lema que foi projectado um vídeo com imagens da natureza [ver Caixa]. Referindo-se ao projecto Dark Sky Aldeias do Xisto, que foi apresentado na sessão, o autarca frisou que “a Pampilhosa tem o melhor céu estrelado para poder fazer observação nocturna e não só”, sublinhando as condições propícias para a observação astronómica.

Pampilhosa da Serra: Centro da Natureza No meio está a virtude, e quem diz no meio diz no centro. Por isso, quando queremos encontrar-nos, quando queremos estar focados e serenos, dizemos que temos de nos concentrar... centralizar energias, recomeçar o jogo, com a bola ao centro. Podemos passar tempo no centro da cidade, desgastar-nos no centro financeiro, correr, sem saber porquê, num qualquer centro comercial. Mas esse mesmo tempo vai tornar-se mais generoso se em vez disso formos para o centro do país, para o centro da natureza, porque lá se vende tudo o que na cidade não se compra. Aliás, toda a gente sabe que a verdadeira riqueza está no interior, perto de todos nós. A Pampilhosa da Serra oferece-nos o próprio centro da natureza, onde há estacionamento gratuito 24 sobre 24 horas, sempre com uma vista extraordinária. Onde o piso escorregadio só o é quando apela à nossa vontade de aventura.

Onde há concertos de verão inesquecíveis no átrio principal que nos recebe e ao ar livre, e há também um horizonte a perder de vista nos pisos superiores a que pode aceder facilmente subindo as serras como se fossem escadas rolantes. No fim de tarde a zona de restauração acolhe-o com comida de lareira tal como aquela que só os nossos avós sabem fazer, e à noite abre a sessão da maior sala Imax do país e as estrelas não são de cinema, são as originais que o próprio universo coreografou para nós. Costuma dizer o povo: nem tanto ao mar nem tanto à serra. Acontece que a Pampilhosa não é apenas da serra, é também do céu, do coração, do rio, da mesa, da amizade e da saudade. A Pampilhosa é da serra e é de cada um de nós, é o verdadeiro centro comercial da natureza onde encontra tudo o que realmente precisa e onde é preciso estar para perceber que aqui, no centro da natureza, está o centro de tudo, para todos, todo o ano.

JOÃO REIS FERNANDES É DIRECTOR EXECUTIVO DA DECODE

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ideia é simples: os colaboradores podem escolher não só a partir de onde querem trabalhar, como também os seus próprios horários. Quem defende este método de trabalho é o conimbricense João Reis Fernandes, director executivo da tecnológica Decode, sediada em Lisboa e no Porto, que procura assim implementar uma estratégia de descentralização de trabalho. “Percebemos que as pessoas não tinham muita vontade em voltar ao modelo totalmente presencial. As pessoas perceberam que era possível fazer as coisas de uma forma diferente, portanto o que fizemos não foi criar nenhuma tendência, fomos só atrás daquilo que sentimos que o mercado já está a pedir”, referiu o empresário que garantiu que a ideia já não é nova, mas que devido à pandemia começou a fazer ainda mais sentido. O empresário revelou ao

“Campeão” que a principal ideia desta iniciativa foi “criar processos e métricas que sejam mais adequados a medir a produtividade das pessoas do que propriamente ver se as mesmas estão a trabalhar as oito horas”. “Para nós preocupamo-nos mais com a eficácia e a eficiência de cada um e não com o tempo que cada pessoa está a gastar no seu trabalho”, conta o director executivo. MEDIDA AGRADA A TODOS A empresa tem 70 colaboradores e segundo João Reis Fernandes este é um método que veio para ficar e que tem agradado a todos. “Tem sido extremamente bem recebido. As pessoas sentirem que não têm a obrigação de ir para um escritório ou de cumprir um determinado horário faz com que acabem por ter uma receptividade muito grande”. “Os horários e locais de trabalho devem ser flexíveis. Os nossos profissionais de-

vem trabalhar nos períodos que lhes forem mais convenientes, o que lhes garante disponibilidade para lidarem com situações de foro pessoal durante o dia. Esta flexibilidade terá que ser, no entanto, convergente com as necessidades dos nossos clientes”, realça o empresário. A flexibilidade de trabalho está integrada na estratégia de Work-Life Integration que a empresa propõe: o objectivo é que os colaboradores possam cada vez mais harmonizar a vida pessoal com a profissional. “Queremos que os nossos colaboradores se sintam realizados e sabemos que, como tal, devem ter um estilo de vida que possibilite a conjugação fluída entre as prioridades da vida profissional e pessoal”, afirma. IMPORTÂNCIA DA VIDA PESSOAL Duas das premissas-base da Decode passam por garantir aos seus colaboradores um bem-estar e felicidade as-

sociados ao trabalho e combater o estigma que o ecossistema corporativo tem que ser rígido e pouco descontraído. Como tal, a empresa está a apostar numa integração entre o campo profissional e o pessoal dos elementos das suas equipas. “As ligações sociais são fundamentais para uma harmonização nos ambientes profissionais e, como tal, investimos tempo na criação de vínculos sobre temas não directamente ligados ao trabalho, como o desporto, séries ou viagens”, afirma João Reis Fernandes. “As interacções sociais promovem o sentido de pertença, ao originar conexões entre colegas, deixando-os confortáveis com as pessoas com quem trabalham”. Para aprofundar esta sinergia entre a cultura individual e a cultura da empresa, a Decode criou bubbles – espaços digitais de partilha sobre diferentes pontos de interesse relacionados com hobbies. Os colaboradores podem escolher aquelas com as quais

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João Reis Fernandes nasceu e viveu em São Martinho do Bispo tendo depois mudado para Assafarge. Vive em Lisboa desde 2013 mais se identificam e, a partir daí, partilharem experiências sobre os temas em questão ou até organizarem iniciativas em conjunto. A estratégia passa pela aproximação de pessoas com interesses comuns, o que irá ajudar a fortalecer laços e a promover um conhecimento mais aprofundado sobre como é cada um dos elementos da equipa. O conimbricense João

Reis Fernandes, nascido em São Martinho do Bispo, está desde 2013 em Lisboa, mas confessa que gostaria de ter um espaço na sua terra natal. “É quase um desejo de querer estar presente na cidade que me viu nascer e que ainda tenho tanta ligação”, no entanto, com a implementação do conjunto de medidas que favorece o trabalho remoto é uma ideia que, por agora, vai ficar na gaveta.


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RESPEITO PELA VERDADE.

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

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EFAPEL INVESTE NO DESENVOLVIMENTO DE JOVENS TALENTOS

EFAPEL estabeleceu parceria com o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), a Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC) e a Associação Para a Extensão Universitária (APEU-FEUC), com vista a desenvolver uma cultura de cooperação, aberta à partilha de conhe-

cimento e aprendizagem num contexto empresarial. Ao aproximar-se das principais Instituições de Ensino Superior da Região Centro, a empresa, que é a maior fabricante nacional de aparelhagem eléctrica de baixa tensão e líder de mercado em Portugal, pretende criar oportunidades de desenvolvimento de talentos

num ambiente em que estejam aliados conhecimento teórico e prático. Essas parcerias incluem estágios curriculares e profissionais, projectos de investigação, palestras, seminários e laboratórios de investigação, com o objectivo de apoiar os futuros profissionais que actuarão no mercado de trabalho,

existindo também a possibilidade de os mesmos poderem vir a tornar-se colaboradores da EFAPEL. Constituída por uma equipa com mais de 450 colaboradores, distribuídas por cinco modernas áreas industriais, em Serpins e na Lousã, a EFAPEL promove uma aposta contínua em tecnologia de ponta,

no desenvolvimento de programas produtivos e num rigoroso controlo de qualidade. Exporta cerca de 30 por cento da sua produção, para mais de 50 países de todo o mundo, desde a Europa e África até ao Médio Oriente e América Latina. Tem duas subsidiárias no exterior, em Espanha e França.

OBJECTIVO É DUPLICAR A REDE ATÉ FINAL DO ANO

SUNENERGY PROCURA EMPREENDEDORES PARA ALARGAR REDE DE FRANCHISING

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empresa SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia eléctrica a partir do sol, está a expandir a sua rede de franchising que é já a maior do país. O objectivo passa por duplicar a rede, passando de 10 para 20 delegações até ao final de 2022. Com o lema “Vem ligar Portugal ao Sol”, a SunEnergy está à procura de empreendedores para se juntarem à sua rede de franchising. Desta forma,

procuram-se candidatos com espírito de iniciativa, de preferência com formação superior nas áreas da engenharia e da gestão e com experiência no sector, embora não se excluam, à partida, candidatos com outros perfis. Aos seleccionados, será garantida uma formação inicial e contínua ao longo do tempo, de forma a assegurar que os novos franchisados se mantenham constantemente a par das novas tecnologias que vão

surgindo no mercado e que são adicionadas ao portefólio de soluções da empresa. A SunEnergy vai permitir a entrada de empreendedores para todas as regiões do país, sem qualquer investimento inicial, contornando assim um obstáculo à entrada de novos franchisados, já que o investimento inicial até à data rondava os 20.000 euros em média. Actualmente, a SunEnergy tem delegações em Coimbra, Braga, Marinha Grande,

Caldas da Rainha, Cascais/ Sintra, Sesimbra, Almada, Setúbal, Albufeira e Faro e pretende expandir a sua presença a outras regiões do país, incluindo as regiões autónomas dos Açores e da Madeira. “O mercado das energias renováveis e da energia solar em particular está em franco crescimento. Para tal têm contribuído as preocupações com a sustentabilidade e também o aumento dos custos da energia. Hoje, há também

a necessidade de reduzirmos a nossa dependência energética em relação ao exterior”, afirma Raul Santos, director executivo da SunEnergy. “A expansão da nossa rede vem, assim, responder a um aumento de procura deste tipo de soluções. Hoje em dia, existem poucos sectores que nos apresentem tão boas perspectivas de negócio como o da energia solar!”. As candidaturas poderão ser efectuadas até 30 de Junho.

EMPRESA É ESPECIALIZADA EM ARTIGOS DE VIAGEM

GOING LANÇOU LOJA ONLINE EM MÊS DE ANIVERSÁRIO

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empresa Going, especializada na venda de artigos para viagem e business, que nasceu no centro da cidade de Coimbra, lançou, recentemente, a sua nova loja online. No mês que assinala cinco anos de existência, a empresa a partir de agora, para além da loja física, na Rua

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Antero de Quental no 73, em Coimbra, tem disponível o serviço de compra através de um ‘click’, em www.going. pt, e que poderá recebê-la em qualquer ponto do país. A Going é representante oficial de algumas das melhores marcas do Mercado, como a Samsonite, Gladiator, Roncato, American Tourist, entre outras.

Para os gerentes, Joana Ramos e Paulo Ramos, “é fundamental que cada cliente encontre o produto certo. Assim, com a selecção criteriosa das marcas, linhas e artigos que colocamos à disposição dos nossos clientes, garantimos uma oferta de grande diversidade de produtos de qualidade para os mais variados tipos

de viagens e gostos pessoais. Quem visita o nosso site encontra, na página de cada produto, todas as informações que precisa para fazer a sua escolha, quase como se estivesse a ser atendido por nós na nossa loja em Coimbra”. A Going transpôs para a sua loja online, a mesma visão que tem para a loja

física, um serviço rápido, prático e acolhedor, garantindo, sempre, a qualidade dos produtos e uma assistência pós-venda de confiança. No que ao mundo digital diz respeito, para além da loja online, também é possível conhecer os produtos da Going nas redes sociais da marca, no Facebook e Instagram.

EMPRESA DE COIMBRA SELECCIONADA PARA O PORTUGAL DE STARTUP EM STARTUP

empresa BuildToo, sediada em Coimbra, foi uma das finalistas seleccionadas para desenvolver soluções para empresas, fora de Lisboa e do Porto, no Portugal de Startup em Startup. O programa levado a cabo pela Startup Portugal, Beta-i e Microsoft Portugal

teve como objectivo promover e apoiar a descentralização da inovação colaborativa, tendo envolvido empresas e startups fora dos centros de Lisboa e do Porto. Para além de BuildToo, plataforma de coordenação e monitorização desenhada para gestores de projectos, investidores imobiliários e

donos de obra, foi escolhida a 3Maps, Nemobile, Sentinel e Trash4Goods que irão, durante três meses, trabalhar com a BA Glass, a Corticeira Amorim, a Delta Cafés, a Electricidade dos Açores, o Grupo Casais, e a PRIO no sentido de implementar inovação em projectos para a digitalização de processos, a

gestão de activos informáticos, a gestão da relação com consumidores e comerciantes, entre outros. “Programas como o Portugal de Startup em Startup são fundamentais para mostrar que o nosso tecido empreendedor vai muito além de Lisboa e do Porto e que é possível criar

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sinergias de valor entre estas startups e empresas relevantes da nossa indústria. Destaco também a importância da capilaridade da nossa rede de incubadoras, fundamental para fazer chegar o programa a todo o país”, reforçou António Dias Martins, director executivo da Startup Portugal.

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breves DOCAPESCA LANÇA CONCURSO DE EXPRESSÃO ARTÍSTICA “MARTE”

A Docapesca – Portos e Lotas, S.A, lançou a segunda edição do concurso de expressão artística “mARTE”. O concurso foca-se na reutilização de lixo marinho na criação de arte e encontra-se aberto a toda a população. Serão premiadas três obras, cada uma no valor de mil euros, sendo que ficarão expostas num dos portos de pesca sob a gestão da Docapesca. O período de apresentação das candidaturas decorre até dia 1 de Maio. CANDIDATURAS ABERTAS PARA O PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO 5.0

O programa de empreendedorismo 5.0, promovido pela Fundação Bissaya Barreto (FBB) em parceria com o Instituto Pedro Nunes (IPN), tem as inscrições a decorrem online até ao próximo dia 1 de Abril. O programa destina-se a pessoas com 50 anos ou mais, que têm uma ideia de negócio e que querem desenvolver competências de empreendedorismo. O programa inicia no dia 27 de Abril e tem a duração de oito semanas, terminando no dia 15 de Junho. A formação é presencial em Coimbra, com a possibilidade de acompanhamento online. NAVIGATOR COM PROJECTO SOBRE BIODIVERSIDADE EM ECOSSISTEMAS FLORESTAIS

A The Navigator C omp any apre s e nt a hoje um projecto único, dedicado à partilha de conhecimento sobre a biodiversidade em ecossistemas florestais, intitulado “Biodiversidade by The Navigator Company”. A nova plataforma vem contribuir para uma maior sensibilização e informação da sociedade em relação à importância da biodiversidade nas florestas. O novo projecto vai disponibilizar conteúdos acessíveis, pedagógicos e inspiradores, que incentivem a acção em prol da protecção e restauro da diversidade biológica.


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ÚLTIMA

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PASSEIO DE BICICLETA E ALMOÇO-CONVÍVIO NO PRÓXIMO DOMINGO

SIMPLICIDADE E SEGURANÇA 12 ',$ '$ )5(*8(6,$ '( )(55(,5$˨$˨129$

LUÍS SANTOS

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Dia da Freguesia de Ferreira-a-Nova, no concelho da Figueira da Foz, vai ser comemorado no próximo domingo (27), mas ainda de uma forma contida, porque a pandemia de covid-19 ainda anda por aí e exige algumas precauções. “É uma celebração com simplicidade e segurança”, descreve a presidente da Junta de Freguesia de Ferreira-a-Nova ao “Campeão”, com Susana Monteiro a assinalar que do programa continua a não constar a sessão solene. No próximo domingo, as celebrações iniciam-se pelas

9h15, com um passeio de bicicleta que começará junto à sede da Junta de Ferreira-a-Nova e percorrerá uma grande parte do território da Freguesia. O retemperar das forças será pelas 13h00, no Parque de Merendas da Lagoa das Queridas, com o almoço-convívio. Susana Monteiro, que está no terceiro mandato à frente da Junta de Freguesia de Ferreira-a-Nova, não esquece a população de Santana e adianta que existe a ideia de poder avançar para a desanexação das freguesias, apostando, também, em dois espaços desportivos em cada um dos dois territórios. A presidente da Junta de

Freguesia não deixa os assuntos em mãos alheias e já reuniu com o vice-presidente da Câmara do concelho vizinho de Montemor-o-Velho, dada a necessidade de se encontrar uma solução para o avançado estado de degradação da Estrada Nacional 347, mais concretamente o troço entre o cruzamento de Gatões até à ponte do rio, na localidade de Santana. Na reunião, os intervenientes concordaram com a necessidade de encontrar uma solução rápida e que corrija de forma eficaz e duradoura toda a degradação da estrada, tendo sido assumido por parte da Câmara de Montemor que o projecto

para a intervenção no local se encontra em curso e que o mesmo ficará fechado até final deste mês de Março, sendo que posteriormente será lançado o respectivo procedimento de contratação pública. Outro grande anseio da Freguesia de Ferreira-a-Nova é a recuperação da Capela de Santa Eulália, cuja cedência de espaço já foi objecto de protocolo entre a Quinta de Foja e a Câmara da Figueira da Foz, ainda no anterior mandato, com Carlos Monteiro como presidente. O contrato, vigente por 25 anos e renovável por igual período, estabelece a cedência dos Montes de Santa

Olaia e Ferrestelo e também da Capela de Santa Olaia ao Município, que se compromete a efectuar, no prazo de cinco anos, obras de reabilitação e conservação da Capela. Incumbe também ao Município a regular manutenção e limpeza dos terrenos envolventes à Capela e a possibilidade de estabelecer percursos para visita, assim como a realização de trabalhos arqueológicos. Este projecto, que tem a componente de turismo e de conhecimento, envolve uma área de nove hectares e é de grande relevância histórica, dado que o Monte de Santa Eulália e de Ferrestelo é, provavelmente, o povoado fení-

Susana Monteiro preside à Junta que abrange Ferreira-a-Nova e Santana cio mais importante a Norte da costa Atlântica. A Freguesia de Ferreira-a-Nova, para além deste lugar, é composta por Casal da Areia, Porto Lamas, Azenha-a-Nova, Porto Carvalho, Barreiras, Fontinhas, Queridas, Netos, Canosa, Zangas, Tromelgo (a povoação mais antiga da freguesia), Coentros e Santana.

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primeira edição do festival gastronómico “Mira à Mesa” regressa este fim-

-de-semana (25, 26 e 27), depois dos primeiros três dias, que decorreram a 18, 19 e 20, terem sido um

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sucesso e conseguido obter resultados muito positivos. “Mira à Mesa” é uma iniciativa da Câmara Municipal de Mira que visa promover a gastronomia da região da Gândara, dinamizando a restauração local. Ao todo são 19 os restaurantes que aderiram a este evento e muitos tiveram casa cheia no primeiro fim-de-semana, tendo esgotando as vagas disponíveis. Os restaurantes estão identificados, para o consumidor verificar que o estabelecimento é aderente à iniciativa, e vão ter disponível a ementa gandaresa, que os próprios estabelecimentos disponibilizam, sendo que cada um é livre de colocar os preços na ementa. Os restaurantes aderentes são Keep Calm, Morhua, Canadian Star, Lila Milénio, Mata-Fome, PetisC’art, Pátio do Tabuinhas, O Seiça, A Petisqueira, Salgáboca, Litur, Taberna do Xoxo, Peixaria Nosso Mar, A Cozinha, A Chave, Calidris, Tapisco by Beto e Confraria Nabos e Companhia.


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Movimento «Sempre os Mesmos a Pagar-Coimbra» com a primeira acção de protesto amanhã

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m grupo de cidadãos de Coimbra constituiu o movimento «Sempre os Mesmos a Pagar-Coimbra», em resposta ao apelo do Movimento Os mesmo de Sempre a Pagar, contra o aumento do custo de vida. O apelo de mobilização contra os aumentos acentuados dos preços dos produtos essenciais, bem como dos combustíveis e da generalidade da vida teve época no povo da região de Coimbra. O porta-voz do grupo informa que este movimento tem como objectivo “lutar contra o aumento de custo de vida que, mais uma vez, recai sobre os mesmos de sempre, os trabalhadores. Tem-se verificado nos últimos meses um aumento do

custo de vida agravado agora a pretexto da incerteza do contexto internacional”. Fernando Teixeira acrescenta que o “injustificado aumento dos combustíveis é agora acompanhado pelo aumento do gás, da electricidade e dos bens essenciais como os bens alimentares. Os salários são cada vez mais curtos para tantas despesas e são necessárias medidas para travar estes aumentos e o agravamento das condições de vida da população”. Afinca ainda que é “necessário baixar o IVA da electricidade e do gás, estabelecer preços máximos dos produtos e taxar os lucros das grandes empresas”. Este movimento apela à mobilização e participação

nesta luta, de todos nesta os que na região Coimbra sentem no seu dia-a-dia os custos da liberalização dos preços e os seus efeitos desastrosos nas nossas vidas. Este Movimento fará a sua primeira acção de protesto amanhã (25), pelas 17h00 horas na Casa do Sal em Coimbra. “Sob a forma de Buzinão, daremos a conhecer o nosso movimento e apelar a que os cidadãos de Coimbra buzinem contra o aumento do custo de vida. Esperamos a mais ampla aceitação das massas populares que terão neste movimento a plataforma para reivindicar a descida dos combustíveis, do preço da electricidade e do gás e também do custo geral da vida”, frisa Fernando Teixeira.


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Requalificação do pontão na Rua dos Mártires da Tragédia do Mondego será prolongada

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requalificação em curso no pontão da Rua dos Mártires da Tragédia do Mondego, na localidade de Pé de Cão, vai implicar o prolongamento da supressão da circulação viária durante mais uma semana do que o inicialmente previsto, tendo assim a sua conclusão prevista para 22 de Abril. Em causa estão as condições climatéricas que se fizeram sentir nas últimas semanas e que não permitiram o avanço dos trabalhos. A Câmara Municipal de Coimbra deu início, a 21 de Fevereiro, ao alargamento do pontão na rua dos Mártires da Tragédia do Mondego, na localidade de Pé de Cão, na União das Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeiro de Frades. Uma empreitada integrada na zona 1 da ampla empreitada de estabilização de muros e taludes em 10 áreas diferentes do concelho, que representa um investimento global de 308.045,25 euros (IVA incluído). A supressão da circulação viária implica que o acesso ao Centro Social S. João seja realizado pela Alameda da Feira e Rua Principal das Parreiras. Já na Rua Tragédia dos Mártires, do lado do rio irá ser colocada sinalética de corte de trânsito a 500 metros, permitindo assim os acessos existentes em terra. A empreitada em curso prevê um novo tabuleiro para o pontão, executado em laje de betão maciça armada com selagem dos varões nervurados ao tabuleiro existente, passando a ter uma largura de 6m para vias de circulação automóvel e 0.75m de largura para circulação pedonal em cada sentido, limitadas por guardas metálicas de protecção. Foi ainda contemplada uma abertura na parede resistente do pontão, bem como trabalhos de sustentação provisórios por forma a manter o colector de águas residuais existente em funcionamento.

Recorde-se que esta é uma empreitada mais ampla, prevendo-se a requalificação e reparação de taludes, de estruturas de contenção e de outros elementos estruturais necessários à estabilização das infra-estruturas, em especial no que respeita às plataformas viárias e à consequente circulação rodoviária e pedonal em segurança. A avaliação de locais críticos levou à elaboração, pelos serviços municipais, de projectos, tendo a adjudicação da empreitada ocorrido em Agosto e a consignação em Novembro de 2021. As obras vão avançar faseadas em 10 zonas, consistindo, essencialmente, na requalificação e execução de muros de suporte e de contenção em betão armado, gabião e elementos pré-fabricados de betão para a estabilização de taludes; para além, então, da requalificação deste pontão que não permite a circulação rodoviária e pedonal em segurança face à sua reduzida largura. A empreitada foi adjudicada à empresa Nortins Engenharia, Lda., tendo um prazo de execução de 180 dias. Para além da zona 1 (alargamento do pontão na Rua dos Mártires da Tragédia do Mondego), as zonas a intervencionar são as seguintes: Zona 2 – Muro de Suporte no Campo da Moita Santa – Freguesia de Cernache Zona 3 – Muro na Estrada Principal – Vale de Cântaro – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 4 – Muro de Suporte na Travessa do Poço de Água – Freguesia de Santo António dos Olivais Zona 5 – Urbanização Quinta da Fonte – Requalificação dos Muros e Espaço Exterior – Freguesia de Santo António dos Olivais Zona 6 – Muro de Suporte na Rua da Liberdade – Palheiros – Freguesia de Torres do Mondego Zona 7 – Muro na Rua da Cova – Fontinhosa – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 8 – Muro na Rua Quinta da Galheta – Fornos – União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela Zona 9 – Muro na Travessa Comandante Bento – União das Freguesias de Assafarge e Antanhol Zona 10 – Muro na Urbanização da Rua de Aveiro – União das Freguesias de Coimbra


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Universidade de Coimbra reforça preocupação com saúde mental dos estudantes

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Universidade de Coimbra (UC) assinou um protocolo de cooperação na área da saúde mental com o objectivo de contribuir, ainda mais, para o bem-estar dos estudantes. Esta iniciativa tem o envolvimento da Associação Académica de Coimbra (AAC) e da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro). “A Universidade de Coimbra tem, inevitavelmente, de ser promotora do bem-estar dos seus estudantes, para que a sua missão seja realmente cumprida ou cumprida o melhor possível. É incontornável não colocar aqui a preocupação com a saúde mental”, disse hoje, no dia em que se comemora o Dia Nacional do Estudante, aquando da assinatura do acordo, o vice-reitor da UC para o Desporto, Qualidade e Serviço de Acção Social, António Figueiredo. Estas três entidades vão também fazer um estudo no âmbito da saúde mental. “O nosso papel será de divulgação, para se conseguir chegar à comunidade que nós representamos, os cerca de 25 mil estudantes e os demais associa-

dos, para conseguirmos ter uma imagem da saúde mental na comunidade académica”, disse o vice-presidente da direcção-geral da AAC, Daniel Aragão. Este acordo “tem como finalidade a implementação colaborativa de acções, no âmbito da promoção da saúde mental e da investigação nesta área”, disse a presidente da ARS Centro, Rosa Reis Marques. O protocolo inclui, “não só a promoção do bem-estar no seio da comunidade estudantil, mas também um desenho e implementação de estratégias de apoio, especificamente dirigi-

das a estudantes em situação de stress psicossocial”, sublinhou. Cabe à ARS Centro disponibilizar apoio técnico e científico nas iniciativas protocoladas e ainda promover a sua divulgação. O vice-Reitor da UC para o Desporto, Qualidade e Serviço de Acção Social, António Figueiredo, acrescentou ainda que factores como a pandemia provocada pela covid-19, a guerra na Ucrânia, assim como o falecimento do presidente da AAC, Cesário Silva, são situações que “acabam por fundamentar” esta “preocupação” ao nível da saúde mental.


24 Ana Rolo continua à frente dos destinos do Ginásio Figueirense QUINTA-FEIRA, 24 DE MARÇO 2022

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ela sexta vez consecutiva Ana Rolo foi reeleita na noite de ontem (23), para continuar à frente dos destinos do Ginásio Clube Figueirense, por mais dois anos de mandato, uma lista que tem algumas caras novas, entre as quais um jovem atleta, mantendo-se igualmente à frente da Assembleia Geral Joaquim de Sousa e a presidir ao conselho fiscal Isabel Maranha Cardoso, corpos socais que foram eleitos por maioria, com apenas dois votos contra. Três dezenas de associados marcaram presença nesta Assembleia Geral, onde Ana Rolo explanou o que tem sido a vida do Clube no último mandato, cujas actividades “reflectiram os condicionamentos provenientes do surto pandémico” mas, por outro lado, explicou que o número de praticantes subiu de 1.004 para 1.203 no último ano, o mesmo acontecendo com as deslocações das equipas. Referiu ainda, que outro ponto marcante foi a descida da Proliga para a 1.ª divisão “por opção consensual no Clube” da equipa sénior de Basquetebol, num campeonato atípico devido à pandemia. Mas que é “do nosso maior interesse reverter logo que possível”, disse. A presidente pormenorizou depois as diversas organizações realizadas, salientando em particular a enorme adesão à iniciação da Natação “com quase 500 ins-

crições”, mantendo um “cuidado equilíbrio financeiro” com uma autonomia financeira de 68%, em que “as contas espelham as diminuições no contexto da pandemia” mantendo-se, contudo, os custos da estrutura patrimonial. O relatório e contas foram aprovados por unanimidade. Seguiu-se a apresentação do Plano de Orientação Estratégia 2022-2026, apresentado por Isabel Maranha Cardoso que, juntamente com Vítor Coelho, José Tomé e Martins da Silva, elaboraram este documento de orientação que não visa impor nenhum rumo ou orientação rígida, mas tão-somente apontar alguns caminhos possíveis nos próximos anos. Trata-se da “transição geracional e a transmissão das ligações emocionais ao Clube e ao próprio espírito ginasista,

que tem sido a afirmação da sua auto-suficiência financeira”. É um documento orientador e estratégico importante, que não será fácil de implementar devido às dificuldades que se vive no associativismo e à situação actual no país, mas algumas parcerias de colaboração e cooperação de outras entidades e o Ginásio, nomeadamente o ISCAC e o ISEC, entre outras, podem contribuir para minimizar algumas situações. Na atribuição dos títulos honoríficos, foi evocada a memória dos ginasistas Manuel Rodrigues Alves e António Simões de Oliveira e aprovado a atribuição de novos sócios de mérito a Carlos Guedelha, António Massano Duarte Serra, João Paiva e Rui Teixeira, pelos relevantes serviços prestados aos Ginásio.


25 Ciclo de Requiem de Coimbra revisita obras do passado na sua 10.ª edição www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Ciclo de Requiem de Coimbra revisita obras interpretadas em edições anteriores em evento que assinala dez anos de existência, anunciou hoje a organização da iniciativa, que arranca no sábado e se estende até Outubro. A 10.ª edição do Ciclo de Requiem vai contar com cinco concertos, três dos quais em Coimbra, um em Vila Franca de Xira, onde o evento arranca no próximo sábado, e outro em Matosinhos, a 3 de Abril. No evento, organizado pela associação Ecos do Passado e Coro Sinfónico Inês de Castro, serão revisitadas as obras “Requiem For the Living”, do americano Dan Forrest (em Coimbra, Vila Franca de Xira e Matosinhos), “Messa de Requiem”, de Verdi, e “Stabat Mater”, de Pergolesi. “Voltámos e ainda mais fortes. Foi isso que prometemos quando começou esta luta com que andamos desde 2020”, disse a presidente da Ecos do Passado, Maria do Rosário Pinheiro, salientando que o 8.º e 9.º Ciclo de Requiem foram feitos “em condições difíceis”, face à pandemia.

Forçada pela pandemia, a organização foi forçada a lançar um ciclo ‘online’, que decidiu manter para a presente edição do evento, com a apresentação de concertos na plataforma digital BOL, avançou a responsável. O director artístico do ciclo, Artur Pinho Maria, realçou que a ideia para a presente edição foi a de “revisitar obras que o Coro já tinha feito”, ao mesmo tempo que convida “amigos e outros grupos para se criarem sinergias”. “Requiem For The Living”, que será apresentado na Igreja da Rainha Santa Isabel, em Coimbra, a 2 de Abril, é uma obra do compositor americano Dan Forrest, que tem uma “leitura diferente” de um requiem, neste caso feita para “os vivos” e não para os mortos, notou. Já o requiem de Verdi, que terá apresentação no Convento São Francisco a 16 de Abril, é “uma ópera com tema sacro”, notou Artur Pinho Maria, realçando que este é uma composição desafiante para quem interpreta e que “qualquer ser humano deve ouvir ao vivo antes de passar para a outra margem”.

A Igreja Rainha Santa Isabel será também palco a 29 de Outubro, para se ouvir “Stabat Mater”, de Pergolesi, um momento que será também dedicado “a todas as mães que perderam os seus filhos na guerra”, realçou o director artístico do evento. No âmbito da 10.ª edição do ciclo, será também lançado um CD e um DVD com a gravação do Requiem de Mozart pelo Coro Sinfónico, em 2021, na Igreja Rainha Santa Isabel, obra que aquele grupo já cantou na íntegra “14 vezes em dez anos”, salientou Maria do Rosário Pinheiro. Na conferência de imprensa, também estiveram presentes o vereador da Câmara Municipal de Coimbra Carlos Lopes, o coordenador da comissão das comemorações dos 50 anos do Instituto Justiça e Paz, João Barbosa de Melo, e o presidente da Confraria Rainha Santa Isabel, Joaquim Nora. Informações e programa completo do evento disponíveis em www.corosinfonicoinesdecastro.pt


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Marcada desaceleração económica da China em 2022 A Crédito y Caución assinala o risco de tensões financeiras e de incumprimento na China nos próximos anos, dada a combinação de endividamento das empresas, administrações e famílias. A Crédito y Caución prevê que o crescimento do PIB da China abrande e seja inferior a 5% em 2022. Embora a economia do motor asiático se tenha expandido acima dos 8% em 2021, regressando a níveis pré-pandemia, o crescimento perdeu impulso desde o segundo semestre. O mais recente relatório da seguradora de crédito assinala os novos surtos de Covid-19 e as repercussões da guerra na Ucrânia nos preços das matérias-primas e na procura europeia como riscos de baixa para as perspetivas chinesas. Não se pode descartar também uma nova escalada na guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. O excessivo abrandar do setor imobiliário é outro dos riscos para o crescimento chinês. Em 2022, o imobiliário enfrenta uma regulamentação mais apertada para travar o seu sobreaquecimento que se traduz num endurecer das condições de financiamento e em importantes problemas de liquidez para os players do setor. A procura interna está a ser afetada pela estratégia Covid zero que se traduz em estritas medidas de contenção perante novos surtos, com impacto negativo no consumo nacional e nas cadeias de abastecimento. A atual previsão da Crédito y Caución aponta para um abrandamento do consumo privado até 5% este ano, mas a deterioração poderá ser ainda mais acen-

tuada se persistir o atual aumento de casos de Covid-19, afetando as próprias previsões de crescimento do PIB. As exportações aumentaram mais de 18% em 2021, mas é provável que o crescimento se reduza a 4,5% em 2022 devido aos constrangimentos na logística e na energia, às novas medidas de contenção da pandemia e à queda da procura de bens de consumo na Europa provocada pelas incertezas geopolíticas. O setor financeiro chinês está a ser afetado pelos atuais problemas do setor imobiliário. Contudo, o risco de crise financeira é baixo, na medida em que o sistema está amplamente apoiado pelo Estado. É provável que a China mantenha a sua política monetária neutra e que as autoridades injetem liquidez interbancária sem abandonar o objetivo de conter o crescimento do crédito. A política fiscal continuará flexível, com o objetivo de conter uma desaceleração brusca do crescimento. Tal como em 2021, os investimentos das empresas continuam a beneficiar de estímulos fiscais. O rácio oficial da dívida pública chinesa é de cerca de 25% do PIB, mas a chamada dívida aumentada, que inclui o governo central, os governos locais e os seus veículos de financiamento, bem como outras atividades extraorçamentais, ascende a cerca de 110% do PIB. Na medida em que a dívida externa apenas representa 17% do PIB, a dívida mantém-se num nível sustentável. Contudo, em combinação com a dívida das empresas (cerca de 150% do PIB) e a dívida das famílias (uns 50% adicionais), existe o risco de baixa nas perspetivas económicas e

aumento das tensões financeiras, incumprimentos e turbulências no mercado nos próximos anos. As reservas internacionais da China continuam abundantes, com 14 meses de cobertura das importações, graças aos superavits estruturais em conta corrente que este ano se prevê seja de 1% do PIB. Nos próximos anos prevê-se uma diminuição do superavit dada a lenta recuperação do turismo emissor e a elevada procura de produtos básicos. Os esforços da China por reequilibrar a sua economia, dos investimentos orientados para a exportação para um crescimento mais orientado para o consumo, ver-se-ão reforçados pelos esforços dos Estados Unidos e de outros países para reduzir a sua dependência da China. Além disso, a China está empenhada no aumento da sua autossuficiência tecnológica, com o objetivo de reduzir a sua dependência dos Estados Unidos. Nas últimas duas décadas, a China conseguiu um elevado crescimento da produtividade graças a uma bem-sucedida integração na economia mundial. No entanto, o aumento da integração será mais modesto e o aumento da produtividade não poderá compensar o lastro na eficiência causado pela busca da autossuficiência no quadro do modelo de dupla circulação. Outros problemas que poderiam afetar o potencial de crescimento da China são a elevada taxa de poupança, o rápido envelhecimento da população e o excesso de capacidade em vários setores industriais. Neste contexto, a Crédito y Caución prevê que o crescimento anual médio do PIB chinês se normalize em taxas inferiores a 4,5% a médio prazo.


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VINAGRETAS O MORTO É O ÚLTIMO A SABER

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Rússia deu Wali como morto, em Mariupol, dizendo que o tinha abatido 20 minutos após se ter juntado à frente de combate; no entanto, depois de uma semana de silêncio, o homem que os tabloides britânicos descrevem como o “atirador mais mortífero do mundo” ainda está vivo. É o próprio que o diz. “Fui o último a saber que estava morto”, riu-se o ex-militar do Quebeque apelidado de Wali. Está vivo, mas reconhece que já passou por um susto de “quase morte” quando uma “bola de fogo passou a cerca de três metros” da cabeça. O soldado esteve na frente de combate como parte de uma unidade do exército ucraniano e diz ter estado sob fogo de tanques e artilharia russa durante vários dias. Wali disse que não disparou um tiro durante os confrontos e explicou que os tanques russo ficam na periferia, sendo que estes têm medo de se aproximarem. Há muito pouco “contacto directo” entre militares.

COMER OU NÃO COMER.. EIS A QUESTÃO

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motorista de um autocarro não aguentou a fome, saiu do veículo para comer tacos durante a viagem e gerou controvérsia nas redes sociais. Por meio de uma conta do TikTok, foi exposto o caso deste motorista de autocarros que aparece a comer da maneira mais descontraída, enquanto os seus passageiros esperavam por ele dentro do transporte. Um usuário compartilhou a sequência e um debate começou a ser gerado em torno da situação. Enquanto os passageiros estavam profundamente chateados, os internautas não estavam. “Esse motorista de autocarros desceu para comer e atrasou a viagem 25 minutos”, diz a publicação onde este jovem é ouvido reclamando do serviço e rindo ironicamente da situação. “A viagem pode esperar, a fome não”, continuou ele. “Ele também precisa de comer. Devia estar grato porque ele o levou ao seu destino são e salvo”, dizia outro comentário na publicação, que acabou por ser eliminada.


28 ALGUÉM DISSE QUE... QUINTA-FEIRA, 24 DE MARÇO 2022

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“Com toda a transparência quero dizer-vos que irei para o Chega” Cristina Rodrigues, ex-PAN “Quando se salienta que passam já mais anos desde o 25 de Abril de 1974 do que o tempo que durou o regime fascista, assinala-se hoje uma realidade que se contrapõe aos tempos negros do fascismo” PCP, em comunicado, sobre as comemorações do 50.º aniversário do 25 de Abril “Senhora deputada Paula Santos, senhora deputada Mariana Silva, desculpem a franqueza, mas não sejamos ingénuos, porque não estamos num conflito entre duas partes, não estamos aqui entre duas forças agressoras. Estamos perante um país que estava em paz e que, em violação do Direito Internacional, foi agredido, invadido e que está a ser vítima de uma guerra criminosa” António Costa, primeiro-ministro, sobre a guerra entre a Rússia e a Ucrânia “Qualquer uso de armas químicas alteraria completamente a natureza do conflito. Seria uma violação flagrante da lei internacional e teria consequências profundas” Jens Stoltenberg, secretário-geral da NATO “Seria um conflito direto entre a Rússia e as forças armadas da NATO, que todos temos tentado evitar e que dissemos que não teria lugar” Dmitry Peskov, porta-voz do parlamento russo “O mundo está à beira de muitas novas crises” Zelensky, presidente da Ucrânia “Descuidamos os compromissos assumidos como Comunidade das Nações e estamos a atraiçoar os sonhos de paz dos povos e as esperanças dos jovens. Adoecemos de ganância, fechamo-nos em interesses nacionalistas, deixamo-nos ressequir pela indiferença e paralisar pelo egoísmo” Papa Francisco


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