“Campeão das Províncias” - 21/04/2022

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VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS

EDIÇÃO DIGITAL 29 PÁGINAS

QUINTA-FEIRA, 21 DE ABRIL 2022 | N.º 503 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

VICE-REITOR JOÃO NUNO REALÇA PAPEL DA UC NO BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Zilda Monteiro, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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Vice-Reitor da UC diz que Portugal tem a ganhar com Brasil mais forte

U

m dos vice-Reitores da Universidade de Coimbra realça o papel histórico da instituição e o contributo que pode dar para as relações com o Brasil, sublinhando que quanto mais forte for aquele país, “mais oportunidades terá Portugal”. No dia em que o presidente do Senado do Brasil, Rodrigo Pacheco, visitou a Universidade de Coimbra, e em que foi assinado um acordo de cooperação que envolve as duas instituições, o vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva destacou o papel histórico que a Universidade tem nas relações com o Brasil, “algo que sempre vai abrindo portas” o que tem benefícios para todos os portugueses. Porque, na opinião do vice-Reitor, “quanto mais fortes estiverem os brasileiros e o Estado brasileiro, mais oportunidades terá Portugal para se desenvolver e se afirmar mais e com mais força no contexto internacional”. Assim, para João Nuno Calvão da Silva, o que deve ressaltar das comemorações do bicentenário da independência do Brasil, que os dois países celebram em conjunto este ano, “é de facto este papel histórico e crucial que a Universidade de Coimbra acaba por assumir sempre ao longo da história e nas relações com o Brasil”. “Um papel que nos deve orgulhar a todos (...), de todo o país, porque é algo que sempre vai abrindo portas a todas as instituições pelo lado académico, científico e cultural e que aproveitará a todos enquanto país”, referiu. “Julgo que o Senado Federal brasileiro, como grande instituição política do Brasil percebe a importância histórica da Universidade de Coimbra e nesse sentido escolheu-nos como parceiro para iniciativas várias, que

possa ter em mente (...) e a Universidade abraça a presença do presidente do Senado com grande entusiasmo”, destacou. O vice-Reitor referiu, ainda, o “papel determinante” do Município de Coimbra neste acordo. Entre os projectos já realizados, o responsável destacou a exposição, no Ministério da Educação do Brasil, de uma organização científica da Biblioteca Geral e do Arquivo “que retrata o modo como a Universidade de Coimbra marcou a formação desse país, que é o Brasil”, patente até ao próximo dia 31 de Maio. De acordo com aquele responsável, a exposição revela um conjunto de documentos pré e pós coloniais, que retratam “bem como Coimbra tem a sua marca hoje porque ao longo da história foi formando as várias elites brasileiras que ajudaram a formar esse país”. Começando por Bonifácio de Andrade, que foi o patriarca da independência e professor de metalurgia na Universidade de Coimbra, indicou, como exemplo.

A propósito, disse “é interessante também notar como vários historiadores atribuem ao facto de as elites brasileiras terem passado pela Universidade de Coimbra ter ajudado a consolidar o país brasileiro”. Segundo João Nuno Calvão da Silva, “há outras iniciativas que vão ser desenvolvidas no Colégio das Artes, outra exposição com outro em foque, e também espectáculos de natureza artística” ao longo deste ano para comemorar os 200 anos da independência do Brasil em Portugal. O vice-Reitor recordou também que a Universidade já apoiou uma estrutura representativa dos seus estudantes brasileiros, que fez uma semana de actividades, de índole cultural, social e artística. Segundo o responsável, hoje a maior comunidade estrangeira estudantil da Universidade é a brasileira: “Dos 5.000 estudantes estrangeiros que frequentam actualmente a Universidade, 80% são brasileiros”, que a escolheram muitos deles pelo conhecimento da sua história, que é “uma marca”.


3 Capacitação da Região Centro para a Medicina Genómica www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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POR FERNANDO REGATEIRO * Com aprovação e financiamento pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), está em execução, na Região Centro, um projecto-piloto para a elaboração de uma estratégia e de uma rede regional para a Medicina Genómica, também designada como Medicina Personalizada/de Precisão. O Projecto teve início a 1 de Julho de 2021 e termina em 30 de Junho de 2023. Envolve um montante financeiro de cerca de 1,2 milhões de euros. A entidade coordenadora é a Universidade de Coimbra. O Projecto enquadra a informação analítica de base genómica no exercício futuro da Medicina, dada a capacidade da Genómica para conferir maior precisão e personalização, no âmbito da prevenção, do diagnóstico, do prognóstico e da terapêutica. O exercício da Medicina nestas bases gera maior segurança, eficácia e eficiência, logo maior qualidade nas intervenções em saúde pública, nos cuidados de saúde primários e nos cuidados hospitalares. É um novo modelo de exercício da Medicina, que pressupõe também uma participação mais autónoma e informada do indivíduo/ cidadão, dos prestadores de cuidados de saúde nos seus diversos níveis e da indústria farmacêutica. As áreas de maior impacto futuro da Medicina Genómica incluem o cancro e as doenças neurodegenerativas, metabólicas, respiratórias, cardiovasculares e infeciosas, o envelhecimento, a farmacogenética, o microbioma, a identificação pré-sintomática de portadores de susceptibilidade de natureza genética passíveis de prevenção ou de terapêutica individualizada, a medicina da reprodução e a medicina fetal. O Projecto assenta em quatro actividades principais: 1. mapeamento de disponibilidades

existentes na Região Centro na área da genómica e elaboração de Relatório para uma Estratégia Regional; 2. um projecto piloto destinado à capacitação técnica para a sequenciação genómica, passando pela elaboração de Guião de Boas Práticas e pelo treino e internalização das metodologias de genómica aplicadas ao cancro, a doenças respiratórias e à diabetes; 3. a transferência de conhecimento para integração da genómica na rede regional de unidades de saúde e apoio à criação de startups; 4. e a disseminação de conhecimento sobre a Medicina Genómica, através da divulgação das suas bases e relevância junto do público em geral e dos profissionais de saúde, da criação de um portal regional, de acções de educação para a genómica destinadas ao público em geral e, nomeadamente, a escolas, e da internacionalização. A parceria criada para o Projecto integra: 1. a Universidade de Coimbra através do Centro de Neurociências e Biologia Celular, do Laboratório de Computação Avançada, do Centro de Estudos e Investigação em Saúde e da UCGenomics/GenomePT, do “Centre for Business and Economics Research” da sua Faculdade de Economia, do Centro de Direito Biomédico da sua Faculdade de Direito e do Laboratório de Sequenciação e Genómica Funcional da sua Faculdade de Medicina; 2. a Universidade de Aveiro através do Laboratório de Medicina do Genoma / Instituto de Biomedicina, do Cluster de Computação Genómica, e do GenomePT; 3. a Universidade da Beira Interior, através do Centro de Competências em Cloud Computing, do Centro de Investigação em Ciências da Saúde, do Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais e da UBImedical; 4. os maiores Centros Hospitalares e Hospitais da Região Centro - Leiria, Baixo Vouga, Médio Tejo, Oeste, Coimbra, Ton-

dela-Viseu, Cova da Beira, Guarda, Castelo Branco e IPO Coimbra; 5. a Direcção Geral dos Estabelecimentos Escolares / Delegação Regional de Educação do Centro; 6. a Associação Portuguesa de Imprensa; 7. a Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia. Relevam-se como virtualidades maiores do Projecto, (1) o envolvimento em parceria das três universidades públicas da Região Centro, (2) a definição de uma estratégia regional para a Medicina Genómica para o período 2021-2030, em parceria com a CCDRC, que reforce a competitividade internacional da Região Centro no sector da saúde, domínio em que é reconhecidamente innovation leader, potencie a eficiência na gestão da saúde tornando-a mais sustentável, melhore a equidade no acesso e fomente a coesão territorial, (3) o incremento da distribuição equilibrada da tecnologia e do conhecimento, (4) a inovação, (5) o apoio à criação de startups, (6) a capacitação para a Medicina Genómica em toda a Região através da transferência e disseminação de conhecimento junto dos profissionais de saúde e do fomento de recursos humanos altamente qualificados, (7) o desenvolvimento de infra-estruturas informáticas com capacidade para gerir a interpretação dos dados genómicos e definir recomendações a implementar nos cuidados de saúde e nos estilos de vida, (8) pautar as acções e as práticas a desenvolver pela exigência dos princípios legais e éticos, (9) a internacionalização, (10) as acções de divulgação e de natureza educativa junto de profissionais de saúde, de estudantes das áreas de saúde, do público em geral e em escolas para fomento de adequada percepção do alcance e limites da Medicina Genómica e do seu uso adequado. *Professor Catedrático da Faculdade de Medicina de Coimbra. Investigador responsável pelo Projecto


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DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.pt SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA PREÇO 0,75€ | 2ª SÉRIE | ANO 21 | N.º 1106 | 21 DE ABRIL DE 2022 telef. 239 497 750 | fax 239 497 759 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

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Parabéns ao Campeão das Províncias

Tel. 236 216 007 Tlm. 912 129 834 Email: estuquescarlosneves@gmail.com VICENTES POMBAL

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REITOR AMÍLCAR FALCÃO EM ENTREVISTA

Casa dos Pobres de Coimbra aumenta instalações para poder receber mais pessoas A Casa dos Pobres de Coimbra ressente-se dos tempos difíceis que vivemos desde os inícios de 2021, tal como se têm ressentido todas as instituições que fazem da solidariedade social a sua razão de ser. Precisa, por isso, que Coimbra e a região não se esqueçam dela, tal como ela própria não se tem esquecido de quem dela precisa. Por isso mesmo tem projectos para, muito brevemente, poder acrescentar mais instalações e assim receber mais gente e tornar mais sólida a gestão dos tempos futuros. PÁGINAS 2 E 3 PUBLICIDADE

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&RPSUD GH 0DWHULDLV )HUURVRV H QmR )HUURVRV ± &HQWUR GH $EDWH GH 9LDWXUDV Felicita o “Campeão das Províncias” pelo seu 22.º Aniversário 45171

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Províncias” Felicita o “Campeão das 22.º Aniversário seu pelo ipa equ a toda e

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“As cidades da Europa sempre construíram os seus castelos em locais inacessíveis e Coimbra tem um Castelo do Conhecimento. Tenho muito orgulho em ver a Universidade de Coimbra (UC) lá do alto, como de um castelo para o mundo.” Orgulho, amor e um afecto evidente pela instituição que lidera, são apenas alguns dos sentimentos basilares das palavras do Reitor da UC, em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”. Amílcar Falcão admite que “o lugar de Reitor é solitário” e particularmente difícil face aos contratempos que têm existido, não descartando a recandidatura a um novo mandato, e enaltecendo ainda o posicionamento da UC na componente da tecnologia digital e na resposta – bem como a do CHUC – à pandemia. PÁGINA 7

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Felicita o jornal Campeão das Províncias pelo seu 22.º Aniversário

Felicita o Campeão das Províncias pelo seu 22.º Aniversário $Y 6i GD %DQGHLUD Q 5 &KmR &RLPEUD 37 7HO _ JHUDO#WDOLQDPHG SW ZZZ WDOLQDPHG SW

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ACTUALIDADE

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

APESAR DAS DIFICULDADES CASA DOS POBRES '( &2,0%5$ 35(3$5$˨6( PRA PODER RECEBER MAIS UTENTES LINO VINHAL

A

Casa dos Pobres de Coimbra aprovou no final do mês passado as suas contas referentes ao ano de 2021. Contas que, muito naturalmente, reflectem – embora em menor medida do que seria expectável – a penosidade que deve ter sido atravessar estes dois anos de pandemia, pese embora o esforço, competência e dedicação de uma equipa directiva que tem feito das tripas coração para enfrentar tão árdua função. Convenhamos nisto: conduzir os destinos da Casa dos Pobres não passou a ser uma tarefa espinhosa apenas depois e por causa da pandemia. É naturalmente difícil, porque os recursos são sempre escassos e, por muito que se estiquem, ficam sempre curtos. E, claro, quando sobrevêm dificuldades inesperadas como aquelas que a pandemia trouxe e ainda não levou embora, então o suor pinga em gota pelo rosto dos dirigentes, as preocupações crescem e engelham a testa a que apenas uma dedicação sem limites consegue fazer frente, sacrificando obviamente o que vai para além do possível. Compreendem-se estas dificuldades acrescidas nestes tempos de dificuldade. Se não, vejamos: a Casa dos Pobres de Coimbra tem a sua própria especificidade. Não é uma instituição de solidariedade social exactamente igual a muitas outras, pese embora a nobreza da função que todas desempenham. A Casa dos Pobres é isso mesmo, a Casa dos Pobres. Os seus utentes não provêm propriamente das camadas abastadas da sociedade e aquilo com que contribuem para a instituição resulta dos parcos recursos pessoais ou familiares de que dispõem e fica longe, muito longe, das despesas que geram. É por isso mesmo que se chama Casa dos Pobres, designação que não é meramente formal. É Casa dos Pobres de nome, de função e de destino. Ponto. É certo que a essas

Nesta e na página seguinte estão duas perspectivas diferentes das novas instalações a construir contribuições reduzidas de cada utente a Segurança Social faz acrescer um quantum mensal que está contratualizado, andará por aí na casa das três/quatro centenas de euros mensais. Juntadas estas contribuições, andaremos por aí na ordem dos 700/800 euros mensais, longe ainda, e bem longe, do quanto é necessário para fazer face ao real custo de cada utente. Esse custo vai bem acima dos mil euros mensais, pelo que a Direcção da instituição olha para os seus orçamentos mensais e depara-se sempre com um fosso capaz de tirar o sono a qualquer um. É aqui que entra a capacidade inventiva dos directores, tentando descortinar a cada instante onde ir buscar formas de resolver este défice mensal por cada utente, sendo certo que ali, enquanto lugar houver, não se fecha a porta a ninguém. Este exercício de busca e invenção - ou fazendo crescer receitas ou fazendo diminuir despesas – foi sempre uma constante da instituição que, aqui há um bom par de anos, passou a ser dirigida pela equipa Augusto Correia e Aníbal Duarte de Almeida, estava então a Casa dos Pobres no Pátio da Inquisição.

Como houve que procurar novas instalações, mais premente se tornou a procura de novas receitas, porque novos espaços requerem novos equipamentos, novos meios. As despesas subiram e quando Aníbal de Almeida passou a ser o presidente incontestado, falecido Augusto Correia, destinou quase que por completo os anos que lhe restavam de vida, felizmente alguns ainda, para garantir à Casa dos Pobres de Coimbra melhores condições, melhor qualidade de velhice aos seus utentes, mais futuro à instituição. E assim se chegou às instalações que ocupa em S. Martinho do Bispo, ao fim de um trabalho hercúleo de Aníbal de Almeida e sua equipa no envolvimento de parte da sociedade de Coimbra no amparo da Casa. Aníbal chamou Coimbra para ajudar e alguma dessa Coimbra disse presente, motivando-o nesse caminho de solidariedade social. ENVOLVIMENTO DA CIDADE E DA REGIÃO É DE TODO NECESSÁRIO Aníbal de Almeida partiu e sucedeu-lhe outra

equipa, presidida por Luísa Carvalho que, com ele, já exercia anteriormente as funções de vice-presidente. Nova equipa que manteve o rumo e tudo tem feito para que esse envolvimento da sociedade de Coimbra e da região se mantenha, cresça se possível. Em que se traduz esse envolvimento? De diferentes maneiras: a) Sensibilizando pessoas e entidades que tenham meios, disponibilidade e sensibilidade, para poderem efectuar donativos à Casa dos Pobres; b) Despertando empresas que, com sensibilidade idêntica, possam dispensar géneros, sobretudo alimentícios mas não apenas, que, uma vez recebidos, façam diminuir as despesas na sua aquisição; c) Promovendo iniciativas que, por humildes que sejam, possam deixar algumas receitas que, acrescentadas às outras, melhorem as perspectivas do dia, do mês e do ano. O almoço dos “Românticos”, às segundas terças-feiras de cada mês, com a ementa constante de cozido à portuguesa, vem ainda do tempo de Aníbal de Almeida e será a mais visível dessas iniciativas. Junta sempre umas dezenas de pessoas

mas já ultrapassou algumas vezes a centena. ATÉ AQUI A PANDEMIA DEIXOU E DEIXA RASTO Tudo isto se ressentiu com a pandemia. Os donativos baixaram uns largos milhares; os géneros seguiram o mesmo caminho (a propósito, se por aí, pelo seu quintal, na sua aldeia, entre os seus amigos e conhecidos, na sua quinta, no arroz ou batatas do Baixo Mondego e outras bandas houver algumas disponibilidades, aí vai o contacto da Casa dos Pobres e dê um telefonemazito: 914592466. Alguém muito conhecedor das necessidades da instituição vos atenderá. Quem sabe se assim faz com que as tangerinas – ou outro género qualquer – cheguem para todos. Tudo ajuda). Os sucessivos confinamentos fizeram interromper o almoço dos Românticos e outras iniciativas, separando-nos a todos uns dos outros. Claro que as contas finais se ressentiram desta circunstância mas, sosseguem os apoiantes da instituição, ninguém passou fome. Cortou-se onde se podia cortar, mas o essen-

In Campeão das Províncias de 21/04/2022

cial para o bem-estar dos utentes foi sempre assegurado. As coisas, no último trimestre do ano passado já começaram a melhorar. Foi desta forma, a que chamamos de “envolvimento com o tecido pessoal e empresarial da região”, que a instituição tem feito frente ao défice mensal de cada utente, diminuindo despesas com as dádivas recebidas e aumentando as receitas com os donativos que vão chegando. Este envolvimento é verdadeiramente decisivo para a Casa dos Pobres. Permita-nos, leitor amigo, que o convidemos a reflectir sobre esta realidade. Será que com um jeitito não pode dar o seu empurrãozito? Não sabe como? Olhe, uma ideia: faça-se sócio. Com uma pequena quantia anual, acrescentada a outra e mais outra, quem sabe se não estamos a construir um mundo melhor. Repetimos o telefone da Casa dos Pobres: 914592466. Ligue, faça-se sócio. Leve alegria e conforto a quem deles tanto precisa e dê mais bem-estar a si próprio. Outra sugestão, agora que estamos em alturas de (Continua na página seguinte)


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Casa dos Pobres de Coimbra aprovou no final do mês passado as suas contas referentes ao ano de 2021. Contas que, muito naturalmente, reflectem – embora em menor medida do que seria expectável – a penosidade que deve ter sido atravessar estes dois anos de pandemia, pese embora o esforço, competência e dedicação de uma equipa directiva que tem feito das tripas coração para enfrentar tão árdua função. Convenhamos nisto: conduzir os destinos da Casa dos Pobres não passou a ser uma tarefa espinhosa apenas depois e por causa da pandemia. É naturalmente difícil, porque os recursos são sempre escassos e, por muito que se estiquem, ficam sempre curtos. E, claro, quando sobrevêm dificuldades inesperadas como aquelas que a pandemia trouxe e ainda não levou embora, então o suor pinga em gota pelo rosto dos dirigentes, as preocupações crescem e engelham a testa a que apenas uma dedicação sem limites consegue fazer frente, sacrificando obviamente o que vai para além do possível. Compreendem-se estas dificuldades acrescidas nestes tempos de dificuldade. Se não, vejamos: a Casa dos Pobres de Coimbra tem a sua própria especificidade. Não é uma instituição de solidariedade social exactamente igual a muitas outras, pese embora a nobreza da função que todas desempenham. A Casa dos Pobres é isso mesmo, a Casa dos Pobres. Os seus utentes não provêm propriamente das camadas abastadas da sociedade e aquilo com que contribuem para a instituição resulta dos parcos recursos pessoais ou familiares de que dispõem e fica longe, muito longe, das despesas que geram. É por isso mesmo que se chama Casa dos Pobres, designação que não é meramente formal. É Casa dos Pobres de nome, de função e de destino. Ponto. É certo que a essas

Nesta e na página seguinte estão duas perspectivas diferentes das novas instalações a construir contribuições reduzidas de cada utente a Segurança Social faz acrescer um quantum mensal que está contratualizado, andará por aí na casa das três/quatro centenas de euros mensais. Juntadas estas contribuições, andaremos por aí na ordem dos 700/800 euros mensais, longe ainda, e bem longe, do quanto é necessário para fazer face ao real custo de cada utente. Esse custo vai bem acima dos mil euros mensais, pelo que a Direcção da instituição olha para os seus orçamentos mensais e depara-se sempre com um fosso capaz de tirar o sono a qualquer um. É aqui que entra a capacidade inventiva dos directores, tentando descortinar a cada instante onde ir buscar formas de resolver este défice mensal por cada utente, sendo certo que ali, enquanto lugar houver, não se fecha a porta a ninguém. Este exercício de busca e invenção - ou fazendo crescer receitas ou fazendo diminuir despesas – foi sempre uma constante da instituição que, aqui há um bom par de anos, passou a ser dirigida pela equipa Augusto Correia e Aníbal Duarte de Almeida, estava então a Casa dos Pobres no Pátio da Inquisição.

Como houve que procurar novas instalações, mais premente se tornou a procura de novas receitas, porque novos espaços requerem novos equipamentos, novos meios. As despesas subiram e quando Aníbal de Almeida passou a ser o presidente incontestado, falecido Augusto Correia, destinou quase que por completo os anos que lhe restavam de vida, felizmente alguns ainda, para garantir à Casa dos Pobres de Coimbra melhores condições, melhor qualidade de velhice aos seus utentes, mais futuro à instituição. E assim se chegou às instalações que ocupa em S. Martinho do Bispo, ao fim de um trabalho hercúleo de Aníbal de Almeida e sua equipa no envolvimento de parte da sociedade de Coimbra no amparo da Casa. Aníbal chamou Coimbra para ajudar e alguma dessa Coimbra disse presente, motivando-o nesse caminho de solidariedade social. ENVOLVIMENTO DA CIDADE E DA REGIÃO É DE TODO NECESSÁRIO Aníbal de Almeida partiu e sucedeu-lhe outra

equipa, presidida por Luísa Carvalho que, com ele, já exercia anteriormente as funções de vice-presidente. Nova equipa que manteve o rumo e tudo tem feito para que esse envolvimento da sociedade de Coimbra e da região se mantenha, cresça se possível. Em que se traduz esse envolvimento? De diferentes maneiras: a) Sensibilizando pessoas e entidades que tenham meios, disponibilidade e sensibilidade, para poderem efectuar donativos à Casa dos Pobres; b) Despertando empresas que, com sensibilidade idêntica, possam dispensar géneros, sobretudo alimentícios mas não apenas, que, uma vez recebidos, façam diminuir as despesas na sua aquisição; c) Promovendo iniciativas que, por humildes que sejam, possam deixar algumas receitas que, acrescentadas às outras, melhorem as perspectivas do dia, do mês e do ano. O almoço dos “Românticos”, às segundas terças-feiras de cada mês, com a ementa constante de cozido à portuguesa, vem ainda do tempo de Aníbal de Almeida e será a mais visível dessas iniciativas. Junta sempre umas dezenas de pessoas

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A descer

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DÉBORA AMORIM Na pessoa da coordenadora e uma das treinadores de Ginástica Acrobática no AcroVigor (ver página 9) queremos destacar todas as pessoas que têm colaborado na implementação daquela modalidade artística que tanto e cada vez mais atrai crianças e jovens de tenra idade, contribuindo para que Coimbra seja hoje um dos palcos que mais visibilidade lhe dá no todo nacional. Seria simples catalogar esta realidade dizendo que está na moda. Mas ficar por aí é curto. Se está na moda, que esteja e assim continue. Mas estamos a falar de um tipo de ginástica que apaixona crianças e jovens da primeira fase, estamos a falar de uma modalidade onde o belo artístico se conjuga na perfeição com o destemor, a coragem, a determinação e uma vontade férrea de conseguir. Atributos que, quando sentidos em gente tão tenrinha ainda, ganham nova e diferente dimensão que todos acreditamos ser poderoso contributo educacional, quem sabe se decisivo no percurso de vida de muitos deles. E quando assim é, quando a ginástica acrobática ou outra modalidade que se iguale naqueles atributos, recorrem ao belo e à dimensão motivacional para aplanar o caminho da vida, então aí já não estamos na moda que está de passagem, caminhamos já noutro espaço para onde a força da mente há-de projectar os nossos filhos, razão primeira do viver de muitos de nós, pais inteiros que sejamos.

LUIS DE MATOS Artista da primeira água, cidadão impoluto com um superior sentido de estar na vida, assumindo Coimbra como sua terra definitiva, pessoa de rara elegância de trato, não se estranhe que a cidade, a região e o país gostem dele e por ele mantenham carinho e consideração elevados. Mas temos que ser realistas e não encarreirar nessa tendência de desculpabilizar uns, aqueles de que se gosta, penalizando outros e nem sempre os mais responsáveis. A história não se compadece com leituras de oportunidade e conveniência. Desde muito cedo que se sentia que a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura tinha mais de anémica do que de fulgurante, pesem embora as expectativas de última hora. Pressentia-se que tinha fragilidades nunca explicadas , apesar do nível humano e cultural de cada um dos elementos da equipa responsável pela candidatura. Mais, ou tanto, como o mau resultado conseguido, chocam as repetidas críticas do júri ao referir a candidatura como “subdesenvolvida”. Dizer isso duma candidatura de Coimbra a um objectivo cultural --Coimbra, a tal capital da Cultura com que sempre disfarçámos as nossas debilidades – é penalizante, chocante talvez. De nada vale o sal adocicante com que o presidente da Câmara, ele que não teve na preparação da candidatura qualquer responsabilidade, tenta temperar o insucesso e o “subdesenvolvimento” da candidatura. Não vale a pena por remendos, tarde e a más horas. Correu mal, ponto final. Mas não seria justo para o próprio Luís de Matos passar um pano e puxar o lustro que a candidatura pelos vistos não tinha. Desse insucesso e da responsabilidade que lhe cabe, quanto mais não seja por inerência, não pode nem quererá Luís de Matos eximir-se, beneficiando da muita consideração que as pessoas por ele têm. Não foi feliz e o insucesso ficará para sempre ligado a si, até para que não se dê como provado o que não está: que a sua escolha se baseou também em factores de simpatia e amizade pessoais. Se por isso não poderá ser responsabilizado, não se cale todavia o demérito de não ter sabido levar a equipa a envolver a cidade muito para além do que fez ou não fez. A preparação da candidatura passou ao lado. Devia ter passado por dentro. PEDRO ROXO Poderá o presidente da Académica/OAF não ter tido muitas possibilidades de alterar o rumo das coisas. Este destino adivinhava-se há anos e eram cada vez mais as forças que puxavam para baixo do que aquelas que amparavam o clube ou o puxavam para cima. Tudo apontava, pois, para a inevitabilidade deste resultado: deixar cair a equipa na terceira divisão e, pior do que isso, na fronteira do valer ou não valer a pena continuar. Coimbra, cidade e região, aceitaram tal destino ou pouco fizeram para o evitar. Terão feito mal, a nosso ver. Pedro Roxo não terá tido muito mais responsabilidades que outros e terá seguramente menos que alguns desses outros. Mas o seu nome ficará para sempre ligado à pior prestação de sempre da Académica de Coimbra. Com culpa ou sem ela, estranha-se o silêncio a que se remeteu quando o futuro se destapou. Este jeito do clube se remeter sobre si próprio, olhando apenas para o seu próprio umbigo só tem servido para alimentar vaidades, penalizando-se a si próprio. Mas o alheamento de Coimbra talvez não merecesse muito mais.

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TERESA MENDES COLOCOU O IPN NO TOP MUNDIAL

É o rosto do Instituto Pedro Nunes (IPN), como presidente da Direcção, e chegou a hora da Professora Catedrática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra passar o testemunho, por atingir o limite de idade. Teresa Mendes exerceu funções como Pró e vice-Reitora, responsável pelas instalações e equipamentos, na década de 90 do século passado, quando se iniciou a concretização do Pólo II da UC, onde se viria a sediar o IPN. Apesar de nunca ter pensado que aí fosse estar o seu futuro, já lá vão 23 anos e Teresa Mendes tem um notável trabalho desenvolvido, alcandorando o IPN no top 10 mundial das incubadoras de base tecnológica. Tudo começou com dois edifícios e agora já vão ser sete, com a expansão da incubadora, da aceleradora e dos laboratórios. Inicialmente eram 20 pessoas no IPN e agora são 150 que já apoiaram mais de 400 empresas, a maioria no Pedro Nunes e a que se juntam as do Hiese de Penela e do Inopol do Instituto Politécnico. O volume de negócios das empresas apoiadas já ultrapassou 250 milhões de euros, só na componente nacional, e já foram criados 3.500 empregos altamente qualificados. O conhecido êxito da Critical Software foi um marco para o IPN, que a partir daí não mais parou de ser procurado, crescer e consolidar-se, com outro salto importante a dar-se ao acolher um centro de incubação da Agência Espacial Europeia. Teresa Mendes não receia que o seu legado se perca, tal a consolidação que o IPN tem, mas também porque elogia o seu sucessor, João Gabriel Silva, anterior Reitor da Universidade de Coimbra e Professor Catedrático da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

MIGUEL MARTINS O jovem, de 21 anos, residente na Urbanização Casais de S. Bento, em Casais do Campo, S. Martinho do Bispo, morreu na passada sexta-feira (15) vítima de acidente de viação. O sinistro ocorreu por volta das 7h00, na Avenida Gouveia Monteiro (Circular Interna) no sentido descendente (na direcção da rotunda da Fucoli). O estudante de Economia na Universidade Católica, em Lisboa, seguia num carro com um amigo que acabou por se despistar e embater, no lado do pendura, num poste de iluminação pública, provocando morte imediata a Miguel Martins. O jovem era filho único e ex-atleta dos juvenis e dos juniores de Remo da Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra. JOSÉ ANTÓNIO PAIXÃO Foi eleito, recentemente, presidente da Sociedade Portuguesa de Física (SPF). É Professor Catedrático no Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e este mandato que agora assume tem a duração de três anos. Criada em 1974, a Sociedade Portuguesa de Física é uma associação privada sem fins lucrativos que tem por objectivo “promover, cultivar, desenvolver e divulgar em Portugal o estudo, o ensino, a investigação e as aplicações da Física e das Ciências”. AFONSO FERNANDES O atleta sub20 do CluVe - Escola de Atletismo Helena Carvalho, em Coimbra, conquistou a medalha de bronze, no nacional da categoria, no Lançamento do Dardo 800 gramas, com a marca de 44,94 metros. Durante a prova, bateu, por duas vezes, o seu recorde pessoal que era de 42,24 metros. Afonso Fernandes tornou-se no primeiro atleta da Escola de Atletismo Helena Carvalho a conquistar um lugar no pódio num campeonato Nacional. BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS Recebeu pela Universidade de Paris 8 o título Doutor Honoris Causa por ser considerado uma das principais figuras das humanidades do nosso tempo, que se destaca como um pensador mundialmente aclamado pelo seu trabalho científico e empenho nas questões sociais. A cerimónia de entrega da distinção, atribuída por esta instituição do ensino superior público francês, decorre a 4 de Maio. Boaventura tem um longo percurso académico internacional, sendo actualmente director emérito do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES-UC) e coordenador científico do Observatório Permanente da Justiça (OPJ). CARLOS FREIRE DE OLIVEIRA “A Oncologia da Antiguidade ao Século XXI - Deuses, Médicos e Cientistas. Homenagem da Filatelia” é o título do livro da autoria do Prof. Carlos Freire de Oliveira que vai ser lançado dia 26 de Abril, pelas 18h00, no Café Santa Cruz, em Coimbra. A iniciativa é promovida pelo Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e a Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra. Professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e director do Serviço de Ginecologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra, aposentado desde 2010, o médico foi presidente do Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro e presidente nacional de 2010 a 2012.

RUI COSTA O professor da Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) foi convidado pelo Cedefop, Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional, a integrar um grupo de especialistas na área agro-alimentar. Enquanto elemento deste grupo, Rui Costa irá participar numa pesquisa Delphi, que será levada a cabo em duas fases: a primeira terá lugar em Maio e a segunda fase ocorrerá em Junho. Está ainda prevista a participação num workshop online final/de validação, agendado para a primeira semana de Setembro. DIOGO RIBEIRO O nadador conimbricense venceu a final A do Open da Dinamarca e fixou novo máximo nacional nos 100 metros mariposa. O atleta do Benfica terminou com 52,31 segundos permitindo assim melhorar o anterior melhor registo absoluto nacional (52,42) que pertencia a Diogo Carvalho desde 2009. VITORINO O cantor natural do Redondo, Alentejo, volta a Coimbra, amanhã (22), pelas 21h30, a convite da BLUE HOUSE, da Lux Records e do Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) para actuar no palco deste último. Tal como muitos outros conterrâneos, emigrou para França, onde estudou pintura, deu música às ruas e se juntou, entre outros, com Sérgio Godinho e José Mário Branco. Em 1975, estreou o seu primeiro disco que inclui canções que continuam a alimentar o imaginário colectivo português. MARIA LEONOR MARQUES FONTINHA – A finalista do curso profissional de Técnico/a de Turismo em funcionamento na EPTOLIVA – Escola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil, é uma das vencedoras do Concurso Nacional “Segue a Tua Natureza”. Residente no Piódão, concelho de Arganil a aluna apresentou-se neste projecto com um pequeno vídeo intitulado “Paisagem Protegida da Serra do Açor”. Apaixonada por esta serra, a futura profissional de Turismo quis assim fazer cumprir um dos objectivos deste concurso que é mostrar a força, a beleza e a unicidade desta “Natureza” que faz parte da sua história.

EUNICE MUÑOZ A artista portuguesa morreu, no dia 15, no Hospital de Santa Cruz, em Lisboa, aos 93 anos. Vítima de uma paragem cardiorrespiratória, ainda foram feitas tentativas de reanimação, mas sem sucesso. Nascida na Amareleja, no distrito de Beja, em 1928, a eterna Eunice completou em Novembro passado 80 anos de carreira. A perda da artista levou Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, a declarar luto nacional no dia do funeral, na passada terça-feira (19). Em oito décadas, a actriz somou, no teatro, mais de 120 peças, em perto de três dezenas de companhias, depois da estreia, em 28 de Novembro de 1941, aos 13 anos, em “O Vendaval”, de Virgínia Vitorino, no Teatro Nacional D. Maria II. No cinema e na televisão, o seu nome está associado a mais de 80 produções de ficção, entre filmes, telenovelas e programas de comédia. Recebeu mais de uma dezena de prémios, seis condecorações oficiais, que culminaram na Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em 2021. Em 1990, foi-lhe atribuída a Medalha de Mérito Cultural.

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ACTUALIDADE

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GRUPO DE 30 PESSOAS CHEGOU ONTEM PELA MANHÃ

ANTIGO HOSPITAL MILITAR DE COIMBRA PRATICAMENTE LOTADO COM REFUGIADOS UCRANIANOS CRISTIANA DIAS

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Centro de Saúde Militar de Coimbra, antigo Hospital Militar, está a servir de Centro de Acolhimento a refugiados vindos da guerra da Ucrânia e encontra-se, neste momento, praticamente cheio. Ontem, quarta-feira (20), chegaram mais 30 pessoas, entre crianças, mulheres e homens (os homens que vêm são dispensados da guerra com atestados médicos por não terem robustez para combater). Este grupo de refugiados junta-se assim aos nove compatriotas que já se encontram a viver neste Centro de Acolhimento. Com capacidade para acolher 40 pessoas, o antigo Hospital Militar fica,

praticamente, sem espaço para receber novos refugiados, tendo que aguardar pelo acolhimento das famílias de Coimbra para libertar espaço. Ana Cortez Vaz, vereadora da Câmara Municipal de Coimbra, afirma que houve já três pessoas que saíram e foram recebidas por famílias de acolhimento, e enalteceu a disponibilidade destas. “O acolhimento tem sido muito profícuo, tanto de um lado como do outro. Tem sido muito bom para a família dos refugiados porque, pelo menos, têm aqui algum apoio, e tem sido muito bom também para as famílias de Coimbra, que têm sido extraordinárias neste apoio e neste acolhimento”. O Centro de Saúde Militar de Coimbra está

dotado com todas as condições necessárias, nomeadamente copa, refeitório, quartos completamente equipados e um espaço dedicado às crianças. A autarquia esclarece que disponibiliza “todo o apoio logístico, ao nível da alimentação, lavandaria e ainda bens de higiene”. Também o apoio social será prestado através da colaboração de um jovem ucraniano bilíngue que faz a tradução. No entanto, todos os refugiados ucranianos que chegam ao Centro de Acolhimento realizam aulas de Português, língua não materna, e só depois então é que seguem para uma família de acolhimento. Quanto às crianças, são de imediato integradas nas escolas. O alojamento no Cen-

tro de Saúde Militar será “temporário, dado que é intenção integrar, a médio prazo, todos os agregados ucranianos que chegam à cidade nos alojamentos das famílias que se encontram inscritas no banco de famílias”, afirma a autarquia. No início de Março, a Câmara de Coimbra criou um banco de famílias para acolherem refugiados nas suas casas, o que já permitiu a integração de vários agregados ucranianos. Segundo a vereadora, neste momento, existe 260 famílias de acolhimento, um número que tem aumentado de forma mais parca, mas que “continua a ser suficiente” para responder às necessidades impostas. José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC),

Três pessoas já foram recebidas por famílias de acolhimento aquando da recepção das primeiras refugiadas ao Centro de Acolhimento, afirmou que a Câmara aposta na “colaboração para ajudar quem precisa

MERCADO DECORRE A 30 DE ABRIL E 1 DE MAIO

BAIXA DE COIMBRA $1,0$˨6( NO 25 DE ABRIL

EIRAS RECUA AO TEMPO MEDIEVAL ANA LUÍSA PEREIRA

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4.ª edição do Mercado Medieval decorre nos dias 30 de Abril e 1 de Maio no Largo de Eiras. Este é mais um evento que a União de Freguesias (UF) de Eiras e São Paulo de Frades tem preparado para dinamizar o espaço. Na sessão de apresentação do Mercado, que decorreu ontem (20), o presidente da UF agradeceu o facto de Eiras ter sido escolhida para acolher o evento e deixou o convite à população para que o visitem. Luís Correia realçou também que o objectivo é realizar o Mercado de forma diferente. “Acho que o enquadramento que conseguimos dar aqui em Eiras é fantástico. Não há muitos sítios em Coimbra que têm o mesmo enquadramento que nós temos aqui neste largo”. O Mercado foi realizado durante dois anos em Casal do Lobo e a sua terceira edição teve lugar em Santo António dos Olivais. Mafalda Lopes, responsável pela Wolf Dance – Academia de Cultura e do Desporto, que irá animar o

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O evento começa pelas 11h00 de sábado (30) com a arruada e cortejo de músicas pelas ruas e termina às 21h00 de domingo (1) com um espectáculo de fakirismo evento, refere que, devido à pandemia de covid-19, “a iniciativa foi suspensa durante dois anos e agora será realizada aqui no Largo de Eiras, um espaço fantástico”. O Mercado Medieval é composto por tasquinhas, zonas de bar, restauração, várias barracas dedicadas ao artesanato, sendo que cada uma delas é única. “As inscrições tiveram bastante procura, considero que as pessoas estão um bocadinho sedentas de movimentação e de festa”, acrescenta.

Além dos espectáculos de dança, assegurados pela WolfDance, o evento contará também com espectáculos teatrais e de fogo, que ficarão a cargo da Episódio Medieval, uma Associação de Recriação Histórica. “O nosso objectivo é vivenciar. Queremos que as pessoas quando visitam este mercado façam uma pequena viagem no tempo. A recriação histórica vai por aí. Vamos ter um acampamento medieval militar, onde é possível evidenciar as vivências dos cavaleiros no seu dia-

-a-dia, através do treino e de um torneio de armas de cortesia”, explica Nuno Marques, coordenador artístico da Associação. O Mercado vai contar com espectáculos de fogo, com um cortejo pelas ruas, animação itinerante com personagens históricas e um espectáculo surpresa que, segundo Nuno Marques, “vai para além da capacidade do corpo humano”. O espaço vai ser ocupado por 25 a 30 figurantes, terá 12 artesãos e cerca de 20 barracas. A entrada é gratuita.

e para mitigar o elevadíssimo sofrimento dos refugiados ucranianos que viram o seu país, criminosa e ilegalmente, invadido pela federação russa”.

manhã (sexta-feira), pelas 10h00, o Executivo da Câmara de Coimbra vai visitar o Monumento 25 de Abril, na Rua Antero de Quental, para colocar uma coroa de cravos. A esta sessão segue-se uma visita à mostra de capas de discos de vinil de Adriano Correia de Oliveira, na Biblioteca Municipal. No sábado, dia 23, realiza-se a Feira de Velharias, na Praça do Comércio, mas com um apontamento especial relacionado com a temática de Abril: música de intervenção a cargo da Coola Boola Colab. O dia 25 de Abril será marcado, em Coimbra, pelo hastear da Bandeira Nacional nos Paços do Concelho (10h45), com a participação da Banda Filarmónica União Taveirense, e a sessão solene comemorativa do 48.º aniversário da Revolução dos Cravos, com intervenções políticas, no Salão Nobre (11h00). Entre as 10h30 e as 13h00, as 16h30 e as 19h00, a Baixa de Coimbra será animada por uma mostra de estátuas vivas alusivas ao 25 de Abril. Pelas 18h00 decorrerá, ainda, um apontamento musical pela Orquestra Sopros de Coimbra, na Praça 8 de Maio. Pelas 16h00, na Black Box do Convento São Francisco, realiza-se uma sessão de leituras encenadas “Era uma vez um país a preto e branco: estórias de Abril”. O programa culmina a 26 de Abril, pelas 15h00, a partir do Largo D. Dinis, com uma visita guiada sob o mote “A Coimbra do Zeca Afonso”. José Afonso é a figura central da visita que vai abarcar os espaços associados ao período que o cantautor passou em Coimbra, desde os tempos de Liceu à conclusão dos estudos na Universidade, e à carreira docente, da qual foi expulso por razões políticas. Com esta visita recorda-se a personalidade e obra de Zeca Afonso, quer enquanto músico, quer como poeta para sempre ligado à Liberdade, e o seu contributo na Canção de Coimbra focando aspectos histórico-culturais ligados às vivências e tradições académicas, património imaterial da humanidade, bem como o papel da cidade enquanto polo difusor de cultura.

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ENTREVISTA

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EM TRÊS ANOS DE MANDATO, AMÍLCAR FALCÃO ENFRENTOU ADVERSIDADES ATÍPICAS AO CARGO QUE OCUPA

“O LUGAR DE REITOR É SOLITÁRIO, EXIGE DEDICAÇÃO E ESPÍRITO DE MISSÃO” Licenciado em Ciências Farmacêuticas, cientista, investigador premiado e amante do desporto. Foi director da Faculdade de Farmácia (2010-2012) e do Instituto de Investigação Interdisciplinar (2013-2019) e, entre 2011 e 2019, vice-Reitor da Universidade de Coimbra (UC). Amílcar Falcão, Reitor, desde Março de 2019, daquela que é a “menina dos seus olhos” - a UC -, não esconde que o mandato não tem sido fácil, onde “já aconteceu de tudo” e no qual já enfrentou vários desafios e decisões difíceis de tomar, nomeadamente a de optar por aulas não presenciais perante a ameaça da pandemia, antecipando as medidas de protecção das pessoas, acção essa que viria a ser seguida mais tarde, a nível nacional e aplaudida, posteriormente, pelos mais cépticos. O pragmatismo nas palavras de Amílcar Falcão é indiscutível e o amor e orgulho pela instituição de ensino, que considera “o Castelo do Conhecimento, de Coimbra para o mundo” são uma constante no discurso do dirigente máximo da UC. LINO VINHAL / NÁDIA MOURA

Campeão das Províncias [CP]: Em Março de 2019 tomou posse como Reitor da UC. Como têm sido estes cerca de três anos no cargo? Amílcar Falcão [AF]: Não tem sido um mandato fácil. Já aconteceu de tudo. Lido bem com a pressão, aliás, quanto maior é a pressão acho que mais eficiente sou, e isso vem muito do facto de praticar muito desporto (joguei Andebol na Académica e agora jogo Padel). E isso faz muito bem, não só do ponto de vista físico, mas também há outra componente que tem a ver com a capacidade adquirida de lidar com o ganhar e o perder. Se eu perdi porque o adversário é melhor é porque tenho de trabalhar mais e tenho de lhe dar os parabéns. Se trabalho em equipa a velocidade dela depende do elo mais fraco e não do mais forte. Isto prepara-me para a vida e faz com que tenha maior capacidade de resiliência. A prática desportiva é fundamental para o meu equilíbrio emocional. Sinto-me bem apesar de tantas adversidades e não há, para um académico como eu, cargo acima deste em que se ame a UC como eu amo. Eu ou sou Reitor ou professor universitário. Nunca foi um objectivo de vida ser Reitor, mas agora que o sou

dou a vida pela UC. Olho para Coimbra e para a Universidade de uma forma muito própria. As cidades da Europa, no passado, sempre construíram os seus castelos em locais inacessíveis e Coimbra tem um “Castelo do Conhecimento”.

excepcional. A UC fez tudo o que podia ter feito na pandemia e o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e todos os seus profissionais estão, igualmente, de parabéns. Incomodou-me ter visto que quando se falava de covid era sempre sobre o S. João e o Santa Maria, mas onde estavam mais doentes a ser tratados era nos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC). [CP]: A pandemia, todas as repercussões inerentes, a guerra... tudo isto se reflecte no cargo que exerce? [AF]: Sim, claro. E mesmo na saúde mental, eu notei muito durante a parte mais complicada da pandemia que qualquer linha que escrevesse nessa altura era, na maior parte das vezes, vista de forma negativa. Fui aprendendo a lidar com as coisas, com a ajuda da Faculdade de Medicina (FMUC) e ser da área da saúde também ajudou . A boa relação com a FMUC deu-me confiança e a credibilidade

Não faço teatro na vida. O facto de ser Reitor é uma missão, não acho que sou mais nem menos que ninguém.

Tenho muito orgulho em ver a UC lá do alto, como de um castelo para o mundo. [CP]: Sente-se cansado? [AF]: Não. Não faço teatro na vida. O facto de ser Reitor é uma missão, não acho que sou mais nem menos que ninguém. Tento fazer o melhor que posso e, como Reitor, entendo que devo ter um comportamento que me faça sentir confortável. Não sou nem ingénuo, nem santo, nem irresponsável. O lugar de Reitor é muito solitário. Ser Reitor da UC nunca é fácil, nem algo que se faça de ânimo leve. Exige muito trabalho, dedicação e espírito de missão. Tem sido difícil, com a morte do Cesário Silva [presidente da AAC] – foi, aliás, o momento mais triste do meu reitorado -, no ano passado do professor Norberto Pires, a guerra, a pandemia... e, neste último caso, friso que Coimbra deu uma resposta

que precisava do ponto de vista científico. O reitorado assenta numa estrutura humana e a equipa consegue ser mais eficiente se for mais unida. As pessoas fazem os cargos e eu sou a pessoa que tem de coordenar. A pandemia trouxe uma saúde mental (ou falta dela) que faz com que as pessoas fiquem mais deprimidas, outras irritam-se, umas têm muito medo, outras não têm medo nenhum... e ao Reitor pede-se que tenha calma, que dê o exemplo e que tenha decisões lúcidas. [CP]: O método de eleição do Reitor, nunca esteve isento de talvez existir um melhor? [AF]: Acho que é como os sistemas políticos... não há um perfeito. Não sei qual é o melhor. O professor Seabra Santos, antigo Reitor, referia-se à dimensão do Conselho Geral (são 35 pessoas) como sendo “muito pequeno para

eleger um Reitor e muito grande para tomar decisões” e isso é absolutamente verdade. Mas antes desta forma de eleger a alternativa era o Governo a nomear (que não me parece que seja a melhor opção) e, a seguir a isso, houve um período em que o Reitor era eleito por um colégio eleitoral que tinha umas centenas de pessoas que, por sua vez, eram eleitas a partir de um universo muito partidarizado. Eu tenho uma visão da UC muito clara nesse ponto: acho que ela não deve ser ideológica. Quando o colégio eleitoral era muito maior o risco de manipulação também era muito grande. Portanto, não há nenhum sistema perfeito. [CP]: O caminho novo que se vai fazendo, nomeadamente pela presença do Reitor neste tipo de intervenções, dever-se-á ao Conselho Geral, aos tais 10 que vêm da sociedade civil? [AF]: É um misto. Os externos são sempre uma mais-valia porque trazem uma visão diferente. O mundo mudou e a UC tem de acompanhar o mundo. Nós, UC, atrasámo-nos muito em relação a outras universidades portuguesas e a recuperação desse atraso ainda não foi totalmente conseguida. Acho que isso tem muito a ver com o facto de haver uma mentalidade própria resultante de uma posição que teve Coimbra durante sete séculos. Costumam dizer que a UC deveria puxar pela cidade, mas o contrário também tem

Amílcar Falcão diz que se sente “em perfeitas condições” e não descarta recandidatura Braga e um em Guimarães, e que tem um clube de futebol nos primeiros lugares da 1.ª divisão... e o que aconteceu à Académica de Coimbra? É que tudo isto está ligado. Se a equipa de futebol vai parar à 3.ª divisão, podemos perceber como é exigente manter a UC no patamar de cima. É o que estamos a fazer, mas é difícil. [CP]: Está empenhado em que a UC se abra ao mundo em colocá-la no lugar dela? [AF]: Claramente. Temos de ser “agressivos” na forma de nos posicionar no mercado. Na componente da tecnologia digital somos das universidades mais avançadas em Portugal, seguramente, e até da Europa e do mundo. Temos plataformas digitais que são únicas com impacto nas aulas e até no

Se a equipa de futebol vai parar à 3.ª divisão, podemos perceber como é exigente manter a UC no patamar de cima. É o que estamos a fazer, mas é difícil.

de acontecer até porque nós temos muito mais relação com a sociedade civil e as empresas do que o Município e o problema não é de hoje. Isso é aterrador. Como é que Coimbra era a terceira cidade do país e hoje é a décima ou pior? Até Cantanhede, onde vivo, tem mais empresas que Coimbra. Não é por acaso que Braga tem uma universidade de prestígio, um pólo em

turismo. Não sei quanto tempo este avanço tecnológico vai durar porque nesta área é tudo muito volátil mas agora e no próximo ano e meio, diria eu, estamos à frente na tecnologia e naquilo que fazemos com ela. A UC tem cerca de cinco mil alunos estrangeiros. Mas não podemos dar-nos ao luxo de não fazer as coisas porque o salário não está garantido. A

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 21/04/2022

Universidade recebe de Orçamento de Estado menos do que paga em salários. Há um sub-financiamento crónico do ensino superior resultante do período da Troika. [CP]: É concebível que o ensino universitário possa a vir a ser à distância ou o presencial é insubstituível? [AF]: Já hoje acontece. As universidades têm competição das grandes empresas e portanto vamos ter surpresas a esse respeito. No nosso caso, como UC, temos necessidade absoluta de ter uma operação forte no ensino à distância. Por outro lado, pelo menos enquanto eu for Reitor, nunca hei-de descaracterizar a matriz da UC e considero que o ensino dos cursos de 1.º ciclo tem de ser predominantemente presencial. É aqui que os nossos estudantes ganham competências no empreendedorismo, voluntariado, desporto, cultura, música... que não ganham em mais nenhuma universidade portuguesa e isso obriga a contacto humano. Há uma componente de formação cívica que não se faz à distância além de que uma universidade para se chamar universidade tem de produzir conhecimento e, para isso, tem de se fazer investigação. Portanto, não podemos nivelar o ensino superior por baixo sob pena de nivelarmos o país por baixo. PATROCÍNIO:


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21 DE ABRIL DE 2022

ACTUALIDADE CANDIDATURA A CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2027

COIMBRA EVITA “GUERRA” COM AVEIRO MAS NÃO ENGOLE MOTIVOS DE EXCLUSÃO LUÍS SANTOS

Na primeira reunião de Câmara após a divulgação do relatório que justifica as escolhas do júri na fase de selecção de quatro finalistas para a Capital Europeia da Cultura 2027, o presidente do Município de Coimbra levantou dúvidas sobre a independência das escolhas feitas e a exclusão da cidade. “Se calhar já estava escrito nas estrelas que Coimbra não podia passar e Aveiro seguia em frente” e que “Coimbra seria preterida por critérios que nem sequer estavam previstos”, comentou José Manuel Silva, na reunião de segunda-feira. “Podíamos ter feito mais e melhor, talvez não tenhamos trabalhado a retórica e o marketing” - justificou o presidente da Câmara, que refutou a maior parte das críticas do júri. “Aprofundam-se as dúvidas sobre a isenção do júri na escolha e não percebemos

porque é que não fomos seleccionados e outros foram” - declarou, fazendo uma comparação com o que o relatório refere em relação à cidade de Aveiro. “No documento, o orçamento dedicado à Cultura em Coimbra é considerado baixo. São cinco milhões e 700 mil euros, mas elogia-se o orçamento expressivo e que tem vindo a crescer, de Aveiro, que foi de 4,6 milhões em 2021” - referiu José Manuel Silva. O autarca prosseguiu com a comparação e apontou dados da realização de eventos ao ar livre (714 em Coimbra versus 190 em Aveiro), de exposições (55 vs 36) e de museus (nove em Coimbra e três em Aveiro). “Não aceito que se compare, porque a Cultura em Aveiro não é comparável com a de Coimbra”, declarou. O presidente da Câmara de Coimbra, que tem a pasta da Cultura, rejeitou quase to-

das as críticas apontadas pelo júri da Capital Europeia da Cultura 2027, defendendo o ‘bid book’ (livro de candidatura) que tinha sido apresentado pelo grupo de trabalho, nomeado pelo anterior Executivo (de maioria PS). “Talvez o ‘bid book’ tenha sido muito sério, objectivo e muito centrado num projecto cultural e menos retórico”, referiu, considerando o processo de selecção “completamente subjectivo”. Recusando as críticas, José Manuel Silva realçou que o Município vai transformar o ‘bid book’ rejeitado pelo júri num trajecto que vai orientar “a actividade cultural de Coimbra nos próximos anos”. O autarca entende, também, que “deveria ser um júri exclusivamente nomeado por Bruxelas sem nenhuma nomeação, eventualmente de carácter político. A intromissão do Governo português permite-nos uma especulação legítima relativamente à independência das pessoas

nomeadas pelo nosso Governo”, disse, para acrescentar: “O critério regional não fazia parte dos critérios da selecção e inquinou o processo. Houve factores externos que condicionaram as escolhas do júri e isso não poderia ter acontecido”. O júri da Capital Europeia da Cultura considerou, em relação a Coimbra, que não havia uma estratégia de longo prazo em acção, que o programa tinha falta de diversidade quanto a géneros e formas de expressão artísticas e mostrou preocupação com a ausência de ‘open calls’ para envio de projectos e propostas, entre outros problemas detectados. O painel de jurados considerou “a candidatura sub-desenvolvida, nesta altura da competição”, e não ficou convencido que “Coimbra 2027 conseguiria levar o programa para o elevado nível artístico e dimensão europeia exigidos para uma Capital Europeia da Cultura”.

RENOVAÇÃO DA CEDÊNCIA EXPIRA SÓ EM 2024

CÂMARA QUER REVER CONCESSÃO DO ESTÁDIO À ACADÉMICA/OAF

A

Câmara Municipal quer rever o contrato de concessão do Estádio Cidade de Coimbra com a Académica/OAF, após o clube descer à Liga 3, para potenciar a infra-estrutura com outros usos, seja provas desportivas ou eventos culturais. “Temos vindo a falar com os responsáveis, não só pela fase negra que o clube passa, mas também por questões que têm que ser reajustadas nomeadamente o contrato de concessão do Estádio Municipal”, disse o vereador da Câmara de Coimbra com a pasta do desporto, Carlos Lopes, que falava aos jornalistas no final da reunião do Executivo, que decorreu esta segunda-feira. Segundo o responsável, a discussão da renovação da cedência do Estádio só seria feita em 2024, de acordo

com o contrato de concessão, mas surgiu “um entendimento de ambas as partes de haver necessidade, não só pela situação actual, mas por aquilo que representa a infra-estrutura, de se sentarem para pensar já nisso”. O objectivo passa por na próxima época desportiva já estar acertado um novo acordo que permita potenciar o Estádio e agilizar processos. Questionado sobre como é que isso irá acontecer e se o Estádio passará para a posse do Município, Carlos Lopes optou por se escusar a esclarecer esse ponto, referindo que os reajustamentos apenas serão feitos após as eleições na Académica, marcadas para Maio. Confrontado sobre qual a intenção do Município para o espaço, Carlos Lopes referiu que o objectivo da autarquia passa por dar “à infra-

-estrutura outras valências”, tais como acolher provas de outros desportos que não o futebol, estando a Câmara de Coimbra a trabalhar com a Federação de Atletismo para “aproveitar e dinamizar aquelas pistas que têm condições internacionais”. “Não descurando a vertente desportiva, que é o forte e o que queremos potenciar, mas temos que também encontrar soluções que passem por eventos musicais, eventualmente”, notou o vereador. Sobre se essa revisão de contrato levará a uma redução de encargos, Carlos Lopes salientou que a Câmara de Coimbra irá fazer “tudo o que for legal” para agilizar “e ir ao encontro das carências da Académica”. Confrontado sobre a possibilidade da entrada de um investidor privado no clube, o vereador esclareceu

que essa situação poderia obrigar o Município a rever a sua relação com aquele clube da cidade. Na reunião de Câmara, o vereador da oposição Carlos Cidade (PS) também defendeu que o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra tem de ser alterado, por o seu contexto ter uma base que “nada tem a ver com o que se vai agora passar”. “O contributo da Câmara de Coimbra passa obrigatoriamente pela revisão do acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra”, apontou, considerando que essa revisão poderá ajudar a Académica “a ultrapassar rapidamente as dificuldades”. No sábado foi confirmada a descida da Académica à terceira divisão, a primeira vez que tal acontece neste histórico do futebol nacional.

In Campeão das Províncias de 21/04/2022

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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

saúde EQUIPA DA ARS CENTRO REALIZA WEBINAR SOBRE “SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA – O IMPACTO” A Equipa de Prevenção de Acidentes do Departamento de Saúde Pública da ARS Centro, em articulação com o Comando Territorial da GNR de Coimbra, Comando Distrital da PSP de Coimbra e Direcção Regional de Educação do Centro, entre outros parceiros, promoveu, ontem (20), o webinar “Sinistralidade Rodoviária – o Impacto”. Este foi o segundo webinar realizado este ano no âmbito da Estratégia de Promoção da Segurança e Prevenção da Sinistralidade Rodoviária, programa que visa capacitar profissionais e a comunidade, bem como promover a discussão e partilha sobre a referida temática.

CÁRITAS COIMBRA PROMOVE CAMPANHA DE PREVENÇÃO DE MAUS-TRATOS A CRIANÇAS E JOVENS A Cáritas Diocesana de Coimbra realizou, ontem (20), um seminário online com o tema “Promover Mentes Saudáveis”. A instituição promove o Laço Azul – Campanha de Prevenção de Maus-Tratos a Crianças e Jovens durante o mês de Abril. Em Portugal são denunciados diariamente vários casos de maus-tratos em crianças e jovens de diversas formas, como negligência, maus-tratos físicos e psicológicos/emocionais ou abuso sexual. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – APAV, em 2021 foram registadas 1959 vítimas. O grupo Laço Azul Coimbra é uma parceria informal constituída por um conjunto de entidades de Coimbra, entre as quais a Cáritas de Coimbra, que se unem anualmente com o propósito de alertar para a problemática dos maus-tratos na Infância e divulgar estratégias potenciadoras do respeito pela dignidade e direitos das crianças e jovens.

ISEC COM SEMINÁRIO “DOSIMETRIA IN VIVO NO TRATAMENTO POR RADIOTERAPIA” O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), no âmbito da Unidade Curricular de Dosimetria e Protecção Radiológica do Mestrado em Instrumentação Biomédica, promoveu, ontem (20), um seminário sobre: “Dosimetria in Vivo no tratamento por Radioterapia”. A iniciativa contou com a presença de Paulo Rachinhas, do Serviço de Radioterapia dos Hospitais Universitários de Coimbra, e José Matias Lopes, tutor da Unidade Curricular. A dosimetria in-vivo (DIV) é uma importante ferramenta de controlo de qualidade, recomendada por diferentes organismos internacionais (ICRU, ESTRO, AAPM), contribuindo não só para a prevenção de acidentes como para a detecção de erros no tratamento de Radioterapia. É apresentado o sistema PerFraction usado no Serviço de Radioterapia do CHUC, o qual permite comparar, usando como métrica a análise gamma, a resposta do EPID para uma qualquer fracção de tratamento com a resposta de referência do EPID, e avaliar eventuais desvios de posicionamento, alterações morfológicas do doente, entre outras.

GOVERNO DECIDE CONTINUIDADE DO USO DA MÁSCARA NAS PRÓXIMAS DUAS SEMANAS António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, referiu que o uso da máscara, nomeadamente nas escolas, vai ser reavaliado nas próximas duas semanas e terá em conta o índice de transmissibilidade e mortalidade da covid-19. O secretário de Estado sustentou que é importante neste momento passar o período da Páscoa, tendo em conta que é uma altura de maior mobilidade social, e também do início de aulas. “Neste momento temos indicadores que podem permitir que nos próximos tempos, oito ou 15 dias, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) reanalise todo este processo e, se estes indicadores se mantiverem, poderá aliviar estas restrições”, afirmou. António Lacerda Sales ressalvou ainda que “esta decisão é iminentemente técnica” e que “as boas decisões políticas se apoiam sempre em boas decisões técnicas”.


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21 DE ABRIL DE 2022

ACTUALIDADE CANDIDATURA A CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA 2027

COIMBRA EVITA “GUERRA” COM AVEIRO MAS NÃO ENGOLE MOTIVOS DE EXCLUSÃO LUÍS SANTOS

Na primeira reunião de Câmara após a divulgação do relatório que justifica as escolhas do júri na fase de selecção de quatro finalistas para a Capital Europeia da Cultura 2027, o presidente do Município de Coimbra levantou dúvidas sobre a independência das escolhas feitas e a exclusão da cidade. “Se calhar já estava escrito nas estrelas que Coimbra não podia passar e Aveiro seguia em frente” e que “Coimbra seria preterida por critérios que nem sequer estavam previstos”, comentou José Manuel Silva, na reunião de segunda-feira. “Podíamos ter feito mais e melhor, talvez não tenhamos trabalhado a retórica e o marketing” - justificou o presidente da Câmara, que refutou a maior parte das críticas do júri. “Aprofundam-se as dúvidas sobre a isenção do júri na escolha e não percebemos

porque é que não fomos seleccionados e outros foram” - declarou, fazendo uma comparação com o que o relatório refere em relação à cidade de Aveiro. “No documento, o orçamento dedicado à Cultura em Coimbra é considerado baixo. São cinco milhões e 700 mil euros, mas elogia-se o orçamento expressivo e que tem vindo a crescer, de Aveiro, que foi de 4,6 milhões em 2021” - referiu José Manuel Silva. O autarca prosseguiu com a comparação e apontou dados da realização de eventos ao ar livre (714 em Coimbra versus 190 em Aveiro), de exposições (55 vs 36) e de museus (nove em Coimbra e três em Aveiro). “Não aceito que se compare, porque a Cultura em Aveiro não é comparável com a de Coimbra”, declarou. O presidente da Câmara de Coimbra, que tem a pasta da Cultura, rejeitou quase to-

das as críticas apontadas pelo júri da Capital Europeia da Cultura 2027, defendendo o ‘bid book’ (livro de candidatura) que tinha sido apresentado pelo grupo de trabalho, nomeado pelo anterior Executivo (de maioria PS). “Talvez o ‘bid book’ tenha sido muito sério, objectivo e muito centrado num projecto cultural e menos retórico”, referiu, considerando o processo de selecção “completamente subjectivo”. Recusando as críticas, José Manuel Silva realçou que o Município vai transformar o ‘bid book’ rejeitado pelo júri num trajecto que vai orientar “a actividade cultural de Coimbra nos próximos anos”. O autarca entende, também, que “deveria ser um júri exclusivamente nomeado por Bruxelas sem nenhuma nomeação, eventualmente de carácter político. A intromissão do Governo português permite-nos uma especulação legítima relativamente à independência das pessoas

nomeadas pelo nosso Governo”, disse, para acrescentar: “O critério regional não fazia parte dos critérios da selecção e inquinou o processo. Houve factores externos que condicionaram as escolhas do júri e isso não poderia ter acontecido”. O júri da Capital Europeia da Cultura considerou, em relação a Coimbra, que não havia uma estratégia de longo prazo em acção, que o programa tinha falta de diversidade quanto a géneros e formas de expressão artísticas e mostrou preocupação com a ausência de ‘open calls’ para envio de projectos e propostas, entre outros problemas detectados. O painel de jurados considerou “a candidatura sub-desenvolvida, nesta altura da competição”, e não ficou convencido que “Coimbra 2027 conseguiria levar o programa para o elevado nível artístico e dimensão europeia exigidos para uma Capital Europeia da Cultura”.

RENOVAÇÃO DA CEDÊNCIA EXPIRA SÓ EM 2024

CÂMARA QUER REVER CONCESSÃO DO ESTÁDIO À ACADÉMICA/OAF

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Câmara Municipal quer rever o contrato de concessão do Estádio Cidade de Coimbra com a Académica/OAF, após o clube descer à Liga 3, para potenciar a infra-estrutura com outros usos, seja provas desportivas ou eventos culturais. “Temos vindo a falar com os responsáveis, não só pela fase negra que o clube passa, mas também por questões que têm que ser reajustadas nomeadamente o contrato de concessão do Estádio Municipal”, disse o vereador da Câmara de Coimbra com a pasta do desporto, Carlos Lopes, que falava aos jornalistas no final da reunião do Executivo, que decorreu esta segunda-feira. Segundo o responsável, a discussão da renovação da cedência do Estádio só seria feita em 2024, de acordo

com o contrato de concessão, mas surgiu “um entendimento de ambas as partes de haver necessidade, não só pela situação actual, mas por aquilo que representa a infra-estrutura, de se sentarem para pensar já nisso”. O objectivo passa por na próxima época desportiva já estar acertado um novo acordo que permita potenciar o Estádio e agilizar processos. Questionado sobre como é que isso irá acontecer e se o Estádio passará para a posse do Município, Carlos Lopes optou por se escusar a esclarecer esse ponto, referindo que os reajustamentos apenas serão feitos após as eleições na Académica, marcadas para Maio. Confrontado sobre qual a intenção do Município para o espaço, Carlos Lopes referiu que o objectivo da autarquia passa por dar “à infra-

-estrutura outras valências”, tais como acolher provas de outros desportos que não o futebol, estando a Câmara de Coimbra a trabalhar com a Federação de Atletismo para “aproveitar e dinamizar aquelas pistas que têm condições internacionais”. “Não descurando a vertente desportiva, que é o forte e o que queremos potenciar, mas temos que também encontrar soluções que passem por eventos musicais, eventualmente”, notou o vereador. Sobre se essa revisão de contrato levará a uma redução de encargos, Carlos Lopes salientou que a Câmara de Coimbra irá fazer “tudo o que for legal” para agilizar “e ir ao encontro das carências da Académica”. Confrontado sobre a possibilidade da entrada de um investidor privado no clube, o vereador esclareceu

que essa situação poderia obrigar o Município a rever a sua relação com aquele clube da cidade. Na reunião de Câmara, o vereador da oposição Carlos Cidade (PS) também defendeu que o acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra tem de ser alterado, por o seu contexto ter uma base que “nada tem a ver com o que se vai agora passar”. “O contributo da Câmara de Coimbra passa obrigatoriamente pela revisão do acordo de utilização do Estádio Cidade de Coimbra”, apontou, considerando que essa revisão poderá ajudar a Académica “a ultrapassar rapidamente as dificuldades”. No sábado foi confirmada a descida da Académica à terceira divisão, a primeira vez que tal acontece neste histórico do futebol nacional.

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saúde EQUIPA DA ARS CENTRO REALIZA WEBINAR SOBRE “SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA – O IMPACTO” A Equipa de Prevenção de Acidentes do Departamento de Saúde Pública da ARS Centro, em articulação com o Comando Territorial da GNR de Coimbra, Comando Distrital da PSP de Coimbra e Direcção Regional de Educação do Centro, entre outros parceiros, promoveu, ontem (20), o webinar “Sinistralidade Rodoviária – o Impacto”. Este foi o segundo webinar realizado este ano no âmbito da Estratégia de Promoção da Segurança e Prevenção da Sinistralidade Rodoviária, programa que visa capacitar profissionais e a comunidade, bem como promover a discussão e partilha sobre a referida temática.

CÁRITAS COIMBRA PROMOVE CAMPANHA DE PREVENÇÃO DE MAUS-TRATOS A CRIANÇAS E JOVENS A Cáritas Diocesana de Coimbra realizou, ontem (20), um seminário online com o tema “Promover Mentes Saudáveis”. A instituição promove o Laço Azul – Campanha de Prevenção de Maus-Tratos a Crianças e Jovens durante o mês de Abril. Em Portugal são denunciados diariamente vários casos de maus-tratos em crianças e jovens de diversas formas, como negligência, maus-tratos físicos e psicológicos/emocionais ou abuso sexual. De acordo com os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima – APAV, em 2021 foram registadas 1959 vítimas. O grupo Laço Azul Coimbra é uma parceria informal constituída por um conjunto de entidades de Coimbra, entre as quais a Cáritas de Coimbra, que se unem anualmente com o propósito de alertar para a problemática dos maus-tratos na Infância e divulgar estratégias potenciadoras do respeito pela dignidade e direitos das crianças e jovens.

ISEC COM SEMINÁRIO “DOSIMETRIA IN VIVO NO TRATAMENTO POR RADIOTERAPIA” O Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), no âmbito da Unidade Curricular de Dosimetria e Protecção Radiológica do Mestrado em Instrumentação Biomédica, promoveu, ontem (20), um seminário sobre: “Dosimetria in Vivo no tratamento por Radioterapia”. A iniciativa contou com a presença de Paulo Rachinhas, do Serviço de Radioterapia dos Hospitais Universitários de Coimbra, e José Matias Lopes, tutor da Unidade Curricular. A dosimetria in-vivo (DIV) é uma importante ferramenta de controlo de qualidade, recomendada por diferentes organismos internacionais (ICRU, ESTRO, AAPM), contribuindo não só para a prevenção de acidentes como para a detecção de erros no tratamento de Radioterapia. É apresentado o sistema PerFraction usado no Serviço de Radioterapia do CHUC, o qual permite comparar, usando como métrica a análise gamma, a resposta do EPID para uma qualquer fracção de tratamento com a resposta de referência do EPID, e avaliar eventuais desvios de posicionamento, alterações morfológicas do doente, entre outras.

GOVERNO DECIDE CONTINUIDADE DO USO DA MÁSCARA NAS PRÓXIMAS DUAS SEMANAS António Lacerda Sales, secretário de Estado Adjunto e da Saúde, referiu que o uso da máscara, nomeadamente nas escolas, vai ser reavaliado nas próximas duas semanas e terá em conta o índice de transmissibilidade e mortalidade da covid-19. O secretário de Estado sustentou que é importante neste momento passar o período da Páscoa, tendo em conta que é uma altura de maior mobilidade social, e também do início de aulas. “Neste momento temos indicadores que podem permitir que nos próximos tempos, oito ou 15 dias, a Direcção-Geral da Saúde (DGS) reanalise todo este processo e, se estes indicadores se mantiverem, poderá aliviar estas restrições”, afirmou. António Lacerda Sales ressalvou ainda que “esta decisão é iminentemente técnica” e que “as boas decisões políticas se apoiam sempre em boas decisões técnicas”.

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ACTUALIDADE

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ACROVIGOR COM RESULTADOS FANTÁSTICOS NA GINÁSTICA ACROBÁTICA LINO VINHAL

É

certo que a Ginástica Acrobática está num bom momento em Coimbra, a crescer em praticantes e resultados. Verdade também que esta realidade se vem sentindo de alguns anos a esta parte. Mas termos um clube de aldeia, ali em Fala a dois passos do núcleo da cidade, a brilhar de forma tão intensa com os resultados que está a obter, não é vulgar e merece o aplauso de todos nós. Falamos do AcroVigor, colectividade naturalmente mais limitada, muito mais, em meios e condições, que apesar disso conquistou muito recentemente no campeonato nacional, primeira divisão, disputado no Seixal, 39 medalhas. É obra, é mérito elevado. Mais, se se disser que destas 39 medalhas, 22 foram de ouro, 14 de prata e 3 de bronze. Mais ainda: todos os seis pares/grupos em prova ficaram nos pódios; por equipas os ginastas conimbricenses conseguiram o primeiro lugar em juvenis e foram prata em juniores. A coordenadora e primeira responsável por todo este trabalho, Débora Amorim, considera este “um resultado histórico”. E considera bem. Resultados destes, conseguidos em e por crianças e jovens entre os 3 e os 17 anos, mais do que histórico é notável. Enche de prestígio o peito da colectividade e dos seus atletas. Mas é também um orgulho grande para Coimbra e região, tanto mais que esses orgulho e prestígio brotam do peito de atletas que, de tão jovens, nos deixam surpresos de tanto

querer, de tanta coragem, trabalho, brio e determinação. ONDE ESTARÁ O SEGREDO DE TÃO BONS RESULTADOS? Por trás destes 11 atletas que praticam a Ginástica Acrobática no AcroVigor – aqui a dois passos de Coimbra, paredes meias com S. Martinho do Bispo – está uma Organização que deve funcionar como se de um relógio suíço se tratasse: os seccionistas, eles também atletas de alta competição na mestria como conduzem todo o grupo e na arte como vão conseguindo os meios mínimos para que a ginástica acrobática se pratique a níveis artísticos elevados; uma equipa técnica que absorve cada gota de suor dos seus praticantes com uma ansiedade sem limites, sabendo ler em cada pestanejar o grau de motivação e concentração que vão no interior de cada jovem e criança; está ainda por detrás de toda esta realidade uma comunidade de pais, muito unida – diz-nos um deles – que se enche de satisfação quando vê os seus filhos, tão pequeninos alguns, a contorcerem-se todos num corpo em formação, desenhando acrobacias de arrepiar, em gestos de rara elegância artística executados por gente tão nova ainda. COIMBRA VIVE E RESPIRA INTENSAMENTE A GINÁSTICA ACROBÁTICA Sabemos, sabemos todos, que há em Coimbra ou-

A ginástica acrobática no seu melhor

tras escolas de muito mérito, mérito artístico elevado, a ensinar, praticar e competir em Ginástica Acrobática. A todas elas se deve este crescimento feito paixão para a generalidade dos praticantes que se preparam horas e dias continuados, gerindo o tempo ao pormenor para não prejudicar os estudos e fazendo da paixão pela modalidade a sua força maior. Além da AcroVigor que hoje aqui destacamos, não esquecemos o muito brilho já tantas vezes conseguido pela AcroGym, não esquecemos o tanto que tem feito por esta modalidade o Centro Norton de Matos, a AAC, o Dance N´Artes School, a dimensão artística que a ACM espalha há tantos anos naquelas salas onde já tanta história de prática desportiva em Coimbra se tem escrito ao longo dos anos… A todos eles se deve que a Ginástica Acrobática seja hoje em Coimbra uma das modalidades que mais gente movimenta, seja em praticantes, técnicos e famílias envolvidas. Mais do que muita gente, repare-se na paixão como todos se entregam a esta prática, seja no desempenho das tarefas que a cada qual competem, seja na ânsia como vivem os bons resultados conseguidos. Destacar hoje os resultados conseguidos pelo AcroVigor no campeonato nacional da primeira divisão disputado há pouco mais de meia dúzia de dias no Seixal não significa calar os demais, mais ainda porque em todas eles tem Coimbra muito gosto em saber da sua existência e conhecer do seu mérito. Mas hoje destaquemos o AcroVigor, que tem de ir treinar a uma salão/ginásio em Antanhol, recorrendo ao envolvimento dos pais. Tanto mais que lhe falta muita coisa para ter as condições de treino que tanto ambiciona, como adiante refere a coordenadora e treinadora Débora Amorim. Mas passo a passo, gesto a gesto, o caminho vai-se fazendo a passa-

Eis os campeões do mérito das de esforço e motivação. A matéria prima essencial, verdadeiramente determinante, essa existe: reside na cabeça e peito daquelas crianças e jovens que dizem não a tanta outra coisa própria das suas idades para que possam dizer sim a uma actividade artística que amam e cultivam com paixão, muito querer e outro tanto de crer. ALTA DIMENSÃO EDUCACIONAL Não se pratica ali apenas a elegância dos passos, a firmeza dos gestos, a força da mente que diz ao corpo o que dele pretende em cada momento. Ali, naquela renúncia a tanta outra coisa por que aquela idade reclama e desafia, reside também um elevado sentido educacional e responsabilizante que, se a sorte fizer a parte que lhe compete, muito ajudará na preparação de um futuro bem sucedido para muitos destes jovens e crianças. Assim o bom destino os não abandone e os adultos os saibam compreender e acompanhar. No que à AcroVigor respeita, a pandemia, ali como em todo o lado, condicionou a preparação destes praticantes. Há dois anos, o confinamento afastou os atletas em grande parte da época. No

ano passado, algo melhor, bem melhor, se foi registando: apuramento para o Campeonato da Europa com o par misto do escalão juvenil, primeiros e segundos lugares a nível distrital, resultado idêntico ao conseguido no Nacional. Depois, bronze no Campeonato da Europa em Setembro, apuramento para o Campeonato do Mundo em Março, donde saíram com um quarto lugar a uma décima do terceiro. Outras provas bem sucedidas e agora, há poucos dias, o nacional da primeira divisão no Seixal, a que atrás nos referimos. Todo este percurso à mistura com momentos de covid, de lesões, gripes e debilidades várias. Pedir mais talvez seja querer ir além dos limites do razoavelmente exigível. DÉBORA AMORIM MANTÉM ACESA A CHAMA DA MOTIVAÇÃO Débora Amorim sabe, com certeza melhor que muitos de nós, que o sonho comanda a vida: “ a ginástica acrobática está a crescer mas não somos ainda uma modalidade olímpica o que nos deixa um pouco aquém de outras actividades… Na região Centro e especialmente aqui em Coimbra há muita adesão e seria bom

que todos continuássemos a crescer porque é uma modalidade completa a todos os níveis…aqui, no AcroVigor, a modalidade é muito mais procurada pelo sexo feminino, existem apenas 7 rapazes. Em breve vamos ter um Campeonato Nacional igualmente muito importante que vai decorrer nos princípios de Maio e vamos ter a prova internacional Maia Internacional Acro Cup (MIAC), em meados do mesmo mês. Vamos dar o nosso melhor e vamos com ambições, estamos a preparar-nos para isso.” FUTURO? Débora Amorim: “As expectativas para o futuro em termos de equipamento é tentarmos arranjar um espaço maior onde possamos treinar e utilizar o nosso equipamento oficial; temos de arranjar fundos para isso. Em termos humanos gostaríamos de aumentar o número de ginastas e treinadores para aumentar a nossa equipa… em termos de resultados queremos manter os títulos de campeões distritais e nacionais e é objectivo muito claramente assumido tentar levar mais pares grupos ao próximo campeonato da Europa, em 2023.”

A União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades felicita o AcroVigor pelos resultados alcançados ao longo da sua carreira. In Campeão das Províncias de 21/04/2022

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ACTUALIDADE

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DANÇA, CONCERTOS, VISITAS GUIADAS, EXPOSIÇÕES E TERTÚLIAS

(0 $%5,/ ( 0$,2 5(63,5$˨6( CULTURA EM COIMBRA

NÁDIA MOURA

S

ão (pelo menos) cinco os eventos, com dezenas de actividades cada um, parte deles até mesmo quase em simultâneo, a decorrer na cidade de Coimbra nos meses de Abril e Maio. A cidade ficou pelo caminho na corrida a Capital Europeia da Cultura 2027 mas parece estar empenhada em proporcionar, aos conimbricenses, e a quem visita a cidade, momentos culturais de excelência. O Festival Epicentro, a decorrer até 29 de Maio; a bienal de arte contemporânea Anozero, que decorre até 26 de Junho; o Festival Abril Dança até 30 de Abril; as XVIII Jornadas de Cultura Popular, do GEFAC, que acontecem entre 23 de Abril e 8 de Maio e o Ciclo de Concertos de Coimbra, de 5 a 8 de Maio, são iniciativas culturais a decorrer até final do próximo mês. FESTIVAL EPICENTRO São 60 eventos em 11 espaços culturais de Coimbra, durante os meses de Abril e Maio. As dezenas de actividades da programação do Festival Epicentro incluem espectáculos musicais, filmes documentais, leituras musicadas, conversas, apresentações de livros, performances, visitas guiadas ou oficinas variadas. Segundo a produtora Blue House “a iniciativa pretende funcionar como um sismógrafo musical, fazendo uma difusão do que se produz na região e tomando o pulso, de forma contextualizada, à efervescência do momento. O foco do Epicentro é a música, mas este é integrador de outras disciplinas, lançando desafios para reflexões e intervenções ligadas à literatura, cinema, teatro e artes plásticas”. Os criadores do conceito do Festival acrescentam que a arte irá ocupar, até 29 de Maio, diferentes espaços de Coimbra – Praça do Comércio, Casa do Cinema, Seminário Maior, Salão Brazil, Centro Cultural Penedo da Saudade, Liquidâmbar, Casa da Esquina, Centro

As diversas iniciativas culturais em Coimbra decorrerão um pouco por toda a cidade sendo que o Convento São Francisco é palco de algumas delas de Artes Visuais, Grémio Operário, Teatro da Cerca de São Bernardo e Casa da Escrita – “numa tentativa de revigorar o seu potencial cultural”. A programação completa do Epicentro, bem como venda de bilhetes e reservas, está disponível em https:// bluehousecoimbra.com/. BIENAL ANOZERO A bienal de arte contemporânea Anozero volta a ter como lugar central o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, onde se procura dar voz e visibilidade a outras formas de conhecimento, que não o europeu. Este ano, três mulheres assumem-se como os pilares da exposição no Mosteiro, Aurélia de Sousa, artista portuguesa do início do século XX, que marca a entrada no espaço, com uma fotografia sua vestida de Santo António, a francesa Sarah Maldoror e a sua primeira curta-metragem, em que adapta um conto do escritor José Luandino Vieira sobre a tortura nas prisões coloniais de Angola, e a senegalesa Seni Awa Camara, com um conjunto de esculturas em terracota, que se assumem como “repositórios de histórias pessoais”, mas também de mitos. Pelo Mosteiro de Santa Clara-a-Nova será possível

encontrar obras que procuram derrubar uma linguagem estabelecida pelo patriarcado, uma máquina de fumo de ervas com efeitos hormonais, uma conversa intimista entre um filho e a sua mãe que fugiu de Angola, questões de um jovem poeta nigeriano que abandona a arte para lutar na Guerra do Biafra, uma artista que questiona a ausência de personalidades negras nas representações da cena parisiense do início do século XX, uma instalação que troca o papel por betão para sinalizar o peso da burocracia ou uma obra em que se fala dos efeitos de colonialismo na língua. Passam também muitos artistas pelo Mosteiro que serão expostos pela primeira vez em Portugal, como Ru Kim, Seni Awa Camara ou Vivian Suter. A bienal estará também no Teatro da Cerca de São Bernardo, na Estufa Fria do Jardim Botânico e ainda nos dois edifícios do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC), cujo edifício-sede recebe várias obras de Lastenia Canayo, artista de uma comunidade da Amazónia, cujas pinturas representam espíritos vegetais e animais. A bienal decorre até 26 de Junho e todo o programa pode ser consultado

em https://21-22.anozero-bienaldecoimbra.pt/. ABRIL DANÇA Um mês de intensa actividade centralizada no Convento São Francisco e no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) é a “promessa” do Festival Abril Dança, em Coimbra. São mais de uma dezena de espectáculos, residências artísticas, quatro estreias nacionais, duas criações internacionais, duas criações para públicos escolares, workshops e masterclass, além da exibição de quatro filmes comentados, que convocam a dança para primeiro plano. O programa deste ano traz a Coimbra a nova criação da coreógrafa Clara Andermatt, “Pantera”. Numa homenagem ao músico e compositor Orlando Barreto, mais conhecido como Pantera, a nova peça de Andermatt conta com Mayra Andrade como convidada especial. Ainda no âmbito deste festival o Convento São Francisco apresenta a Europa Danse Company, uma companhia de jovens intérpretes, com sede em Bruxelas, entre outras apresentações das mais recentes criações de importantes coreógrafos portugueses.

Organizado pela Universidade de Coimbra/ TAGV e CM Coimbra/Convento São Francisco, o Festival Abril Dança em Coimbra teve em 2016 a sua primeira edição conjunta e pretende dar conta do panorama criativo da dança em contexto nacional e internacional, além de promover actividades pedagógicas direccionadas a públicos escolares, numa relação que se pretende aprofundar juntamente com as associações, escolas e academias que na região se dedicam notoriamente ao ensino da dança, nas mais diversas expressões. XVIII JORNADAS DE CULTURA POPULAR De 23 de Abril a 8 de Maio o Grupo de Etnografia e Folclore da Academia de Coimbra (GEFAC) promove as XVIII Jornadas de Cultura Popular, este ano com o tema com o tema “Festa: Ritos e Gentes”. A programação do evento estende-se até ao dia 8 de Maio, com iniciativas variadas de teatro, música e dança a terem início já a partir de sábado (23). Na abertura das Jornadas, no Teatro Académico de Gil Vicente, no dia 23, às 21h30, o GEFAC interpreta “uma crise que ecoa através

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dos gestos e do corpo” e em que coexistem “duas figuras diferentes no mesmo tempo”, segundo uma síntese do trabalho distribuída aos jornalistas. Além de espectáculos diversos, a iniciativa inclui bailes, cinema, jogos, um programa infantil, uma exposição de fotografia e duas conversas com oradores convidados, subordinadas aos temas “A festa e o Estado Novo” (24 de Abril) e “Ritos e gentes” (6 de Maio). As Jornadas de Cultura Popular são um dos principais eventos do GEFAC desde desde 1979. A programação do evento pode ser consultada na íntegra em https://www.gefac.pt/ jornadas-de-culturapopular/xviiijornadasdeculturapopular/. CICLO DE CONCERTOS DE COIMBRA De 5 a 8 de Maio o Ciclo de Concertos de Coimbra regressa para a sua sétima edição sob o mote «A cidade, a música e o tempo», sendo que estas três dimensões se entrelaçam em toda a programação do evento que propõe, por sua vez, um roteiro pelos vários espaços da cidade recentemente elevada a Património Mundial da UNESCO. No âmbito do evento decorre também o Fórum Saber Ouvir, que se realiza no Museu Nacional Machado de Castro nos dias 27, 28 e 29 de Abril com três tertúlias que constituirão uma espécie de mote para os vários concertos que integram o programa musical com convidados ligados às artes conimbricenses. O Ciclo de Concertos de Coimbra irá contar, para além dos concertos e recitais, com programação específica nas escolas assumida pela Orquestra de Sopros de Coimbra (OSC). O evento é co-organizado pela Associação Culturxis e Orquestra de Sopros de Coimbra com o Alto Patrocínio do Presidente da República e financiado pela Dgartes e Câmara Municipal de Coimbra.


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ESTABELECIMENTO DE ENSINO DO IPC CELEBRA ANIVERSÁRIO A 22 DE ABRIL

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA HÁ 135 ANOS A ERGUER SONHOS NÁDIA MOURA

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ntegra uma das 10 maiores instituições de ensino superior portuguesas, o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), completando assim o rol de seis unidades de ensino disponíveis. A Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) completa, amanhã (22), uns honrosos 135 anos de história, de contínua aposta numa oferta formativa diversificada, com enfoque nas áreas de agricultura e ambiente e uma forte componente de prática profissional. Conhecida e elogiada pelas extensas áreas agrícolas, instalações modernas e bons laboratórios e oficinas, a ESAC não descura, igualmente, as questões sustentáveis. Prova disso são projectos como aquele desenvolvido entre Portugal e Espanha (‘Symbiosis’), para a gestão eficiente de explorações agropecuárias com vista ao aumento da sua competitividade e consequente desenvolvimento económico e social do território e onde, através de inquéritos e auditorias, foram identificadas as vulnerabilidades das explorações agropecuárias com o objectivo de melhorar o seu desempenho económico e ambiental. ALTOS E BAIXOS Para assinalar o seu 135.º aniversário, a ESAC

vai desenvolver actividades simbólicas, nomeadamente uma homenagem àqueles que nos últimos anos abandonaram a escola, seja por falecimento ou aposentação, e também a apresentação dos novos funcionários. Está também prevista uma visita à biblioteca da escola que agora conta com um novo acervo histórico. Em 2014 a escola passou por uma fase mais complicada em termos de número de alunos mas, entretanto, estabilizou. “Nesse ano estávamos na Troika com o número de alunos a descer, baixando até cerca de 900”, esclarece João Noronha, acrescentando que só mais recentemente, “nos últimos três ou quatro anos é que conseguimos voltar a aumentar esse número”. O presidente da ESAC, a poucos dias de terminar o seu segundo e último mandato

estar muitos anos à frente de uma instituição. Não faz sentido porque entra-se numa rotina, embora aqui isso não tenha acontecido”. Entretanto, com a abertura de dois cursos - um que já tinha existido e que fechou em 2014 reabrindo com nova denominação, o Curso de Turismo em Espaços Rurais e Naturais, além do curso de Enfermagem Veterinária, que está agora no seu segundo ano – o número de alunos aumentou para os cerca de 1200 que hoje existem na ESAC. “Tiveram muita aceitação e isso permitiu-nos recuperar um pouco a queda de alunos que tínhamos tido no período de mais crise”. João Noronha, diz ainda que nos últimos anos existiu um número de novos alunos excepcional. “Nos dois últimos anos tivemos um número de novos alunos que

Nos dois últimos anos tivemos um número de novos alunos que nunca tínhamos tido, mais de 500.

(devido à lei de limitação de mandatos), diz que a experiência à frente da escola foi “enriquecedora”, mas admite que “está na altura de descansar.” “Há um tempo para tudo. Houve sempre uma muito boa relação entre toda a equipa - presidência, Conselho Científico, Conselho Pedagógico, Conselho de Escola mas é perigoso

nunca tínhamos tido, mais de 500. Curiosamente com pandemia, mesmo com todas as regras que foram exigidas mesmo a nível dos exames nacionais, no nosso caso teve um efeito positivo, conseguimos ter muito mais alunos a candidatar-se”, conclui. Ao longo dos oito anos de mandato, além da abertura destes novos cursos, fo-

A ESAC tem também uma loja, aberta à comunidade, de produtos biológicos e convencionais produzidos na escola

João Noronha termina o seu último mandato no início de Maio, após oito anos à frente da ESAC ram várias as mudanças na escola que vão desde obras em alguns dos edifícios bem como a alteração do corpo docente sendo que, actualmente, estão numa altura de renovação deste porque muitos estão a atingir a idade da aposentação. OFERTA FORMATIVA Os CTeSP – Cursos Técnicos Superiores Profissionais são outro dos pontos fundamentais na oferta formativa desta escola. Agrotecnologia; Defesa da Floresta; Interpretação da Natureza e dos Espaços Rurais; Maneio de Equinos, Equitação Terapêutica e de Lazer; Produção Agrícola Biológica; Qualidade Alimentar e Qualidade do Ambiente são os cursos disponíveis não conferentes de grau. Já no que concerne às licenciaturas, a oferta passa pela Agricultura Biológica; Biodiversidade e Conservação da Natureza; Biotecnologia; Ciências Florestais e Recursos Naturais; Enfermagem Veterinária; Engenharia Agro-pecuária; Gastronomia; Tecnologia Alimentar; Tecnologia e Gestão Ambiental; Turismo em Espaços Rurais e Naturais (em colaboração com a Escola Superior de

Educação de Coimbra). Por fim, é possível obter o grau de mestrado nos cursos: Agricultura Biológica; Biotecnologia; Desenvolvimento Sustentável; Ecoturismo; Engenharia Agro-pecuária; Engenharia Alimentar; Gestão Ambiental; Gestão de Empresas Agrícolas (em colaboração com o ISCAC); Recursos Florestais e Segurança Alimentar e Desenvolvimento Rural. João Noronha afirma que os números de empregabilidade estão dentro das taxas consideradas normais

ção dois CTeSP’s novos, um em Operações Florestais e outro em Tecnologias em Processos Alimentares, que estão em avaliação mas talvez seja possível abrir já em Setembro. Depois temos uma série de pós-graduações e micro-credenciações que foram contempladas e que serão postas a funcionar brevemente. O intuito é ir buscar novos públicos”, desvenda João Noronha. O presidente sublinha ainda a importância da investigação na ESAC, que é gerida pelo Instituto de Investigação Aplicada, realçando que

Temos uma série de pós-graduações e micro-credenciações que foram contempladas e que serão postas a funcionar brevemente.

e ressalva ser o curso de Ciências Florestais e Recursos Naturais onde existe maior carência de alunos e “onde não existe desemprego de certeza”. Já o curso de Biotecnologia é o que se mantém com o maior número de alunos e o de Tecnologia Alimentar e Turismo já apresentam números semelhantes. “O mercado não responde muito bem aos cursos de Agricultura. Este ano houve uma candidatura do PRR – o impulso jovem e o impulso adulto – que está a ser feito a nível do IPC e, neste momento, já colocámos em aprecia-

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é uma forte aposta da instituição. “Temos muitos projectos a decorrer na escola no âmbito da Agricultura, na área da Eficiência Energética, e não só, e conseguimos através deles também comprar equipamentos. Apostamos ainda também em prestação de serviços para ajudar a desenvolver produtos, utilizações para onde há terreno. Fazemos muito esse trabalho para Câmaras mas também para pessoas individuais e a nossa Oficina Tecnológica de Laticínios faz muito trabalho de desenvolvimento de produtos para fora”, conclui.


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Visitas acompanhadas no Museu Municipal de Coimbra destacam obra de Josefa Greno

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Museu Municipal de Coimbra vai proporcionar ao público dois horários para visitas acompanhadas, no próximo sábado, dia 23 de Abril. A obra “Peónias”, de Josefa Greno, integrada na Colecção Telo de Morais, será o motivo da visita ao Edifício Chiado. Com duas sessões previstas, às 11h00 e às 15h00, a iniciativa, integrada no projecto “Sábados no Museu Municipal de Coimbra”, pretende destacar o contexto artístico do naturalismo em que se destacou Josefa Greno (18501902) como talentosa pintora de flores. A partir da observação da obra de sua autoria – “Peónias” –, a visita acompanhada vai ser o pretexto para contar a trágica história de vida da artista plástica, que reflecte um contexto histórico e social muito discriminatório. Esta acção, dirigida ao público em geral, vai resultar como uma importante via de acesso do público a um contacto de proximidade com a arte e a história, envolvendo os visitantes numa experiência diferenciadora, com recurso ao acervo existente no Núcleo de Pintura da Colecção Telo de Morais do Museu Municipal de Coimbra. Os interessados em participar na visita acompanhada devem

proceder a uma inscrição prévia, gratuita, através do e-mail museu.

municipal@cm-coimbra.pt ou do número de telefone 239840754.


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Espaço acolhe 66 utentes mas pretende aumentar o número

Lar Graça de São Filipe em Coimbra prima pela qualidade O

Lar Graça de São Filipe, Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), situado em Bencanta (Coimbra), completa, hoje (21), o seu 42.º aniversário. Ao longo destas mais de quatro décadas, a instituição tem-se dedicado à promoção e bem-estar dos seus utentes através de um serviço que lhes dê o melhor conforto e que os faça sentir em casa. “Nós primamos pela qualidade, nem sempre é fácil, mas são 42 anos de progresso”, afirma Maria do Carmo Estevinha Carvalho, presidente da Direcção do Lar. Há 10 anos na presidência, reconhece que é fundamental ter um espaço que seja considerado ‘casa’ e que essa é uma das principais missões da IPSS. “A nossa ambição é manter a qualidade. Desejamos que as pessoas quando têm de deixar as suas casas encontrem um espaço com qualidade e que façam deste a sua casa”. O Lar Graça de São Filipe conta, actualmente, com 66 utentes, mas para Maria do Carmo Carvalho o objectivo é aumentar este número. Está previsto, futuramente, fazer uma ampliação do espaço, construindo mais 10 quartos. “Estamos a pensar fazer uma ampliação de 10 quartos para acolher mais pessoas, porque a procura é muito grande. Isto significa também uma ajuda a pessoas carenciadas que precisam de abrigo e que as famílias não podem cuidar”, realça. Nos últimos dois anos, o edifício do Lar sofreu algumas melhorias, nomeadamente no refeitório. Este

espaço foi ampliado de forma a proporcionar mais conforto aos idosos na hora das suas refeições. Com essa ampliação os utentes conseguem estar mais distanciados e os utilizadores de cadeira de rodas conseguem movimentar-se melhor. Também agora é possível todos realizarem as refeições juntos no mesmo espaço, o que antes não era possível. Durante os dois anos de confinamento, devido à pandemia covid-19, a IPSS manteve-se sempre activa e procurou enfrentar as dificuldades inerentes a esta situação de forma

optimista sem nunca baixar os braços. Apesar da obrigatoriedade do isolamento, durante grande parte do tempo, o Lar Graça de São Filipe beneficiou do seu excelente espaço, em volta do edifício, que permitiu aos seus idosos saírem à rua e desfrutar. O edifício da instituição possui uma quinta com animais e uma horta com produtos para consumo próprio, o que possibilita aos utentes tratarem e cuidarem dos animais e dos produtos hortícolas.


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PSD propõe criação de Tribunal Central Administrativo em Coimbra

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PSD defende a criação de um Tribunal Central Administrativo, sediado em Coimbra, de forma a “aliviar a morosidade dos tribunais da jurisdição administrativa”, disse esta quinta-feira o líder parlamentar social-democrata. “O PSD apresentou ontem [quarta-feira] uma proposta de lei de criação do Tribunal Central Administrativo do Centro, isto é, uma proposta para aliviar a morosidade e a carga de trabalhos dos tribunais da jurisdição administrativa”, afirmou Paulo Mota Pinto, que falava aos jornalistas na Assembleia da República, depois da reunião do grupo parlamentar do PSD, a primeira sob a sua liderança. O projecto de lei, que foi entregue no dia da abertura do ano judicial, propõe que este Tribunal seja sediado em Coimbra e tenha “um quadro de magistrados próprio”. “É um dos problemas graves da nossa Justiça, o facto de não haver praticamente controlo pelos tribunais do poder público, porque esse controlo esbarra numa morosidade à volta de uma década, dez anos, na primeira instância”, acrescentou Mota Pinto. Na iniciativa, os sociais-democratas sustentam que “é do conhecimento público que a jurisdição administrativa e fiscal padece de um seríssimo problema de pendências e moras processuais, situação que tem gerado atrasos de décadas na tramitação e decisão dos processos intentados nesta jurisdição”.

Neste contexto, o PSD defende a criação de um novo Tribunal Central Administrativo, “que, por um lado, permita o descongestionamento dos actuais Tribunais Centrais Administrativos Norte e Sul, cuja pendência mais do que duplicou nos últimos 16 anos, e, por outro lado, assegure uma maior proximidade dos cidadãos à justiça”. Paralelamente, o PSD propõe ainda que possam ser criadas nos Tribunais Centrais Administrativos “subsecções especializadas em função da matéria”. De acordo com o projecto, a área de jurisdição do Tribunal Central Administrativo Centro passaria a abranger “o conjunto das áreas de jurisdição atribuídas no mapa anexo aos Tribunais Administrativos de Círculo e Tributários de Aveiro, Castelo Branco, Coimbra e Leiria”.

Paulo Mota Pinto foi ainda questionado sobre o projecto de resolução do Chega que defende a rejeição do Programa de Estabilidade apresentado pelo Governo, mas recusou adiantar o sentido de voto do PSD. “O PSD entende que o Governo não apresentou um verdadeiro Programa de Estabilidade que cumpra os requisitos exigidos por lei e, portanto, nesse sentido entende que esse documento não merece ser aprovado. No entanto, teremos que analisar a fundamentação do projecto de resolução e portanto, não vou desde já revelar o sentido de voto. Embora o nosso sentido seja um sentido crítico em relação ao documento apresentado, temos que analisar se há algum aspecto que impeça esse voto especificamente quanto a essa resolução” - disse.


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Coimbra recebe editoras com iniciativa da Faz de Conto Livraria

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Faz de Conto Livraria cria a iniciativa “Adopta uma editora” trazendo a Coimbra seis editoras independentes nacionais e de prestígio internacional, para promover o livro ilustrado e a leitura. Durante seis meses, a livraria de Coimbra dedicada aos livros ilustrados, vai criar encontros de discussão e reflexão sobre o mercado do livro em Portugal e proporcionar momentos culturais de lazer através dos livros, como sessões de histórias e oficinas de ilustração, recebendo editores, escritores e ilustradores. O primeiro evento deste ciclo será já dia 23 - Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, com duas actividades: “Conversa de editora” às 15h00, e “Sessão de histórias” às

16h00, com a editora da Baduga, Anastasia Korneva. Os desafios que os profissionais a editar em Portugal enfrentam são vários, como a pequena dimensão do mercado, a reduzida taxa de leitura da população e a falta de infra-estrutura de uma forma geral. A escassez da matéria-prima dos livros - o papel, está a fazer aumentar o seu custo de produção e consequentemente o seu valor final. Apesar de tudo isso, o mercado do livro ilustrado em particular está em crescimento e com grandes apostas por parte das editoras nacionais. “Se o leitor tiver mais conhecimento sobre como é criado um livro e quem está envolvido no processo, dará mais valor ao objecto e

a todo o trabalho necessário para ter um livro nas suas mãos.” - defende Sofia Correia, fundadora da livraria Faz de Conto e impulsionadora da iniciativa “Adopta uma editora”. CALENDÁRIO E EDITORAS: Abril - Baduga Maio - Orfeu Negro Junho - Akiara Books Julho - Bruaá Agosto - Pato Lógico Setembro - The Poets and Dragons Society LOCAL: Faz de Conto Livraria Exploratório, Rotunda das Lages, Parque Verde Coimbra


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Rotary Club de Coimbra homenageia profissionais de saúde O

Rotary Club de Coimbra (RCC) vai realizar, amanhã (22), no Hotel D. Inês, um jantar de homenagem de mérito profissional a médicos do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). O Club vai destacar o médico João André Neto Parra Rocha Gonçalves e a enfermeira Isabel Maria Lucas dos Santos “pelas superiores qualidades profissionais e humanas que têm demonstrado ao fazerem parte da equipa multidisciplinar da única urgência exclusivamente ADR do CHUC, a funcionar no pólo do Hospital Geral - Hospital dos Covões, desde o início da pandemia covid-19, vivendo e experienciando todas as contingências tanto profissionais como pessoais que daí advieram”. Centrando a homenagem nestes dois profissionais de saúde, o RCC pretende homenagear simbolicamente toda a equipa desta unidade e todos os outros profissionais de saúde. João André Neto Parra Ro-

cha Gonçalves concluiu o mestrado Integrado em Medicina pela Universidade de Coimbra em 2010. É Assistente Hospitalar de Medicina Interna desde 2017. Foi adjunto do director do Serviço de Urgência do CHUC (de Maio/2019 a Janeiro/2022), com funções de coordenação

do SU no polo Hospital Geral (Hospital dos Covões). Isabel Maria Lucas dos Santos, enfermeira há 34 anos com uma trajectória maioritariamente por urgência e emergência inicialmente nos HUC e depois no CHC e agora no CHUC.


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Viagem Medieval: Candidaturas para projectos de animação já abriram CÁTIA BARBOSA (COLABORADORA DO CAMPEÃO, PORTO)

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té dia 8 de Maio, a Viagem Medieval em Terra de Santa Maria, em Santa Maria da Feira, está a receber candidaturas para projectos de animação circulante e de praças em cinco áreas de intervenção: música, teatro, dança, artes circenses e multidisciplinar. “Os projectos de animação circulante e de praças são fundamentais para a criação do ambiente mágico e festivo que tão bem caracteriza a Viagem Medieval, garantindo uma interação permanente com os milhares de visitantes que diariamente desfrutam das vivências desta recriação histórica”, sublinha a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira. Deste modo, grupos locais, nacionais e internacionais podem candidatar-se com projectos de animação nas mais diversas áreas, com temáticas que podem abranger os diferentes reinados que atraves-

saram a primeira dinastia. Em sintonia com os últimos anos, a Viagem Medieval de 2022 vai contar com inúmeros malabaristas, saltimbancos, cuspidores de fogo, danças da corte e do povo e ainda teatro de marionetas e espectáculos teatrais com ênfase em várias personagens históricas. A 25.ª edição da Viagem Medieval centra-se, assim, em episódios históricos que marcaram a fundação e consolidação do reino de Portu-

gal durante a primeira dinastia, também conhecida como “Afonsina” ou de “Borgonha”. O evento, que decorrerá entre os dias 3 e 14 de Agosto, deverá envolver mais de mil participantes. Os processos de candidatura para os projectos de animação circulante e de praças devem ser remetidos para o e-mail animacao@viagemmedieval. com. A ficha de candidatura encontra-se disponível no site da Viagem Medieval.


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Campo de Férias Multi Desportos do Ginásio Figueirense regressa este verão

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Campo de Férias Multidesportivo, um evidente sucesso no Verão anterior, vai ter nova edição este ano, de 4 de Julho a 19 de Agosto. A respectiva preparação está em curso e as inscrições, destinadas a jovens de ambos os sexos dos sete aos 15 anos, serão abertas a partir do dia 8 de Maio. O Ginásio Figuirense refere que “João Paiva mantém-se como responsável pela organização, tendo já praticamente concluído a formação da equipa de Monitores para as dez modalidades desportivas incluídas”. Todas as informações estão já disponíveis através do tel. 233 418 765 (segunda a sexta-feira das 10h30 às 12h30 e das 15h00 às 19h30 horas) ou e-mail ginasiofigueirense@ gmail.com.


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VINAGRETAS A INTENÇÃO ERA BOA...

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ma associação de ajuda animal da Covilhã decidiu rejeitar o dinheiro de um sorteio de angariação de fundos, criado para ajudar nas despesas da organização, uma vez que o prémio é um leitão assado. O sorteio, que foi criado por um grupo de amigos da associação – a Shelter 4 Life -, consiste na venda de rifas e o vencedor será escolhido no dia 25 de Abril. O facto de o prémio ser um animal, acabou por gerar algum debate nas redes sociais e levou a associação a rejeitar os fundos. Através de um comunicado divulgado nas redes sociais, a Shelter 4 Life explicou o sucedido e informou que não autorizou a utilização do logótipo da associação no sorteio. Contudo, este avançou fazendo referência à associação. Apesar da controvérsia, a Shelter 4 Life elogia a atitude “de base” do grupo que criou o sorteio, “a preocupação” em auxiliar na liquidação das despesas, algo que “uma larga franja da sociedade” ignora, rejeitando “críticas” aos criadores do sorteio.

A AVÓ PORREIRA

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pifânia Maria de Jesus decidiu celebrar o seu aniversário de 105 anos com mais uma tatuagem para sua colecção particular. A tatuagem foi feita no passado dia 9 de Abril, em Brasília, no Brasil. Também conhecida como Vó Pifa, esta idosa deseja entrar para a lista dos recordistas do Guinness Book. Com a mais nova aquisição, Vó Pifa possui quatro tatuagens pelo corpo, sendo que a última possui um significado especial. “Estou aqui no maior prazer da minha vida, com especialistas, a fazer mais um trabalho. Eu quero o meu corpo todo colorido”, disse ela num vídeo publicado pelo neto, o músico Engels Na ocasião, Vó Pifa tatuou no braço uma chave dourada com a frase “só o amor constrói”. “É uma frase que ela gosta de dizer para toda a família, mas a chave ainda é um enigma, ela não quer contar para ninguém o significado”, afirma o neto da vó Pifa, que a acompanhou durante a sessão.


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“Isto tem de parar, porque, se nós continuarmos assim, a pergunta que eu faço é se vale a pena continuar a estarmos integrados na República” Miguel Albuquerque, presidente do Governo da Madeira, sobre o Estado não garantir “mecanismos de desenvolvimento” ou a “revisão urgente” da Lei das Finanças Regionais “Importa agir no curto prazo, revendo políticas e meios” Carlos César, presidente do PS “A lentidão [da Justiça] revela que os recursos continuam insuficientes” Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República, na sessão solene no supremo Tribunal de Justiça “Quando a emoção humana se sobrepõe ao rigor do jornalista e um canal faz disso espetáculo, canibaliza o sofrimento das vítimas para servir o comércio” Daniel Oliveira, jornalista “O saldo estrutural assenta em pressupostos metodológicos bastante discutíveis. Ainda assim, os dados do FMI permitem perceber que Portugal foi, pelo menos, um dos países da Zona Euro com a resposta mais fraca à crise, apesar de ser um dos mais afectados” José Gusmão, deputado do parlamento europeu “Obrigado, Anfield. A minha família e eu nunca iremos esquecer este momento de respeito e compaixão” Cristiano Ronaldo, sobre a homenagem dos adeptos do Liverpool “Obrigada pela oportunidade de me defender dessas velhacas declarações de António Costa e desse ataque que o líder do PS me faz” José Socrates, antigo primeiro-ministro, sobre afirmações de António Costa


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QUINTA-FEIRA, 21 DE ABRIL 2022

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