“Campeão das Províncias” - 22/06/2022

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS QUARTA-FEIRA, 22 DE JUNHO 2022 | N.º 542 | ANO 2

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CHUMBADA ADESÃO Estamos DO MUNICÍPIO de Volta DA FIGUEIRA DA FOZ À FUNDAÇÃO DE SERRALVES

Após 5 dias de suspensão graças à Covid, o Campeão Digital regressa aos braços dos seus leitores

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo, Ana Luísa Pereira e Cristiana Dias

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Santana Lopes surpreendido com votos contra a adesão do município à Fundação de Serralves

A

oposição ao Executivo minoritário da Câmara da Figueira da Foz, liderado por Pedro Santana Lopes, chumbou hoje a adesão do município ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves (Porto), depois de dois adiamentos da proposta. Os votos contra dos quatro vereadores do PS e do único vereador do PSD reprovaram a intenção do Executivo estabelecer um protocolo de quatro anos com a Fundação de Serralves, que implicava o pagamento de 100 mil euros e um conjunto de contrapartidas. Aos jornalistas, Santana Lopes, eleito pelo movimento Figueira a Primeira, mostrou-se “surpreendido” com o sentido de voto dos autarcas socialistas, depois “do que tinham dito na reunião anterior”, salientando que “quem fica a perder” é a Figueira da Foz. “Procurarei trabalhar para que fique a perder o menos possível e já garanti duas exposições”, disse o antigo primeiro-ministro, considerando que a Fundação de Serralves poderia “fazer um grande trabalho no ambiente e ao nível das escolas”. O líder a oposição, Carlos Monteiro, justificou o voto contra dos socialistas com o facto de um conjunto de propostos não estar vertido no protocolo de adesão, mas sim numa carta de intenções “das quais discordamos de algumas, como, por exemplo, dar benefícios aos trabalhadores da Câmara”. O ex-presidente da Câmara, derrotado nas últimas eleições, entende que só “faz sentido dar benefícios a todos os figueirenses” e lamentou ainda que a carta de intenções não estivesse assinada nem datada. “Aquilo que nos levou a votar contra é que a carta não tem data, não está assinada, nem há nenhuma remissão do protocolo para essa carta. Aquilo que tinha sido sugerido em Assembleia Municipal para constar do protocolo não consta”, disse. Carlos Monteiro assumiu que caso tivesse sido apresentado um protocolo objectivo e com as actividades calendarizadas, o PS teria optado pela abstenção, viabilizando a proposta do Executivo municipal. Para Ricardo Silva, único vereador eleito pelo PSD, pagar 100 mil euros para o concelho aderir ao núcleo de fundadores da Fundação de Serralves “é esbanjar dinheiro público sem retorno nem para Figueira da Foz”.

Já na última reunião, o autarca social-democrata tinha considerado “completamente imoral gastar 100 mil euros de dinheiro público para conseguir o empréstimo de obras de arte, quando temos instituições e particulares a ceder gratuitamente, durante 10 anos, obras de arte”. O presidente da Câmara da Figueira da Foz lamentou que os vereadores do PS tivessem votado contra por causa de “uma carta não assinada”, que, de acordo com a directora municipal de Cultura, só teria de ser assinada no acto de adesão do município à instituição portuense. Após o resultado, Santana Lopes disse que vai considerar a votação para “desenvolvimentos políticos futuros”. “Refiro-me à importância que vou dar àquilo que as pessoas assumem como posição política e, portanto, a medida em que levo a sério ou não aquilo que as pessoas dizem”, sublinhou aos jornalistas.


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SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CAMPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) | AUDIÊNCIA QUALIFICADA

EM DEBATE HOJE NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

DIFÍCIL QUE POLITÉCNICOS PASSEM A UNIVERSIDADES

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Temas principais do “Campeão das Províncias” DESTA SEMANA (23 DE JUNHO)

O mundo do ensino superior está hoje de olhos e ouvidos postos na Assembleia da República que vai discutir e analisar uma iniciativa legislativa de cidadãos que defende que os Politécnicos passem a ter autonomia para prepararem os seus próprios doutoramentos, devendo também deixar cair a designação de “Institutos” e passarem a chamar-se Universidades Politécnicas, estreitando assim, ou anulando, o sistema dual que tem existido entre nós mas é cada vez menos vulgar na Europa. Longe de ser consensual, esta questão também em Coimbra tem defensores duma e doutra posição. PÁGINA 2

PERFIL DO NOVO PRESIDENTE

PRESIDENTE DOS MÉDICOS DO CENTRO EM ENTREVISTA

Quem é Miguel Ribeiro, o homem que se propõe reanimar a Académica?

Carlos Cortes disponível para se candidatar a Bastonário

A paixão pela Académica vem do berço. Aos 10 anos tornou-se sócio, num acto de quase rebeldia, quando, sozinho, preenche a inscrição e pede dinheiro ao pai para pagar as quotas. Desde então, a “relação umbilical” com o clube não se desfez e traduz um trajecto de 40 anos onde, além de sócio, foi jogador, director e treinador. Um caminho que culmina agora com a presidência ao clube do seu coração. Mas, afinal, quem é Miguel Ribeiro, o homem que se assume como missionário na refundação do clube? O “Campeão” foi saber a resposta. PÁGINA 3

Carlos Cortes é o representante da Ordem dos Médicos no Centro do país enquanto presidente do seu Conselho Regional. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão das Províncias” explicou a discordância da classe médica com a ministra da Saúde que acusa de nunca os ter recebido durante os anos de pandemia. Discordância essa que está na base da situação de crise que se reflecte negativamente na insuficiência dos cuidados médicos em algumas patologias. Sem o assumir formalmente, Carlos Cortes foi muito claro no propósito que assume de se candidatar a Bastonário da Ordem dos Médicos, sendo já conhecidos dois outros candidatos de Lisboa. PÁGINA 7

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Abertos na noite de 23 para 24 no S. João da Lousã

Institutos querem designar-se Universidades mas estas engelham o nariz “A Académica é o único clube da região Centro que se pode aproximar dos grandes de Portugal” E o nosso Choupal como vai? Entrevista - Carlos Cortes: “Há áreas desguarnecidas no SNS e a causa é a falta de planeamento” São João e Feira das Freguesias em destaque nas Festas da Cidade na Figueira da Foz Choral Poliphonico de Coimbra celebra 50 anos com espectáculo na Igreja de Santa Cruz Baixa de Coimbra acolhe Feira do Livro

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Feira da Vinha e do Vinho de Anadia começa hoje A

edição deste ano da Feira da Vinha e do Vinho (FVV) de Anadia abre, hoje (22), portas às 18h00, para cinco dias de muita animação e alegria. O certame está inserido no Festival Anadia de Paixões e tem como objectivos promover e divulgar o que de melhor se faz no sector vitivinícola, bem como fomentar os diferentes sectores da economia local. A cerimónia de inauguração conta com a presença do Secretário de Estado da Agricultura, Rui Martinho, acompanhado pela Presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, vereadores do Município e representantes de vários organismos e entidades regionais e locais. O recinto conta com dois palcos onde terá lugar a animação do certame. No palco principal, vão actuar os Xutos & Pontapés e o DJ The Boatman (hoje), António Zambujo, DJ Christian M e DJ Kosmic (23), Diogo Piçarra, Bispo, DJ Rafael Barandas e DJ Pedro Moniz (24) e Tony Carreira, DJ M. Louiz, DJ André Cardoso e DJ Tiede (25). O Palco “Sentir Anadia”, localizado na zona das tasquinhas, é inteiramente dedicado às associações culturais do concelho. Por lá vão passar a Tuna da Universidade Sénior da Curia (hoje), a Orquestra Desigual da Bairrada (23), o Grupo Folclórico e Cultural de Paredes do Bairro, Grupo Folclórico da Pedralva e o Rancho Folclórico da Casa do Povo de Vilarinho do Bairro (24), e a Escola de Dança do

Club de Ancas e InCantus - Tocares e Cantares de Avelãs de Cima (25). A tarde de domingo (26), será dedidcada aos mais novos, com os espectáculos de Pocoyo, Os 3 Porquinhos e Super Wings. A noite vai começar às 21h30, com o desfile das Marchas Populares, designadamente a Marcha da Paróquia de Óis do Bairro, As Adegas de São Lourenço, Marcha de São João de Samel, Marcha Avelãs no Coração e a Marcha convidada: Marcha de Santa Clara (Coimbra). A FVV vai acolher mais de 120 stands dos mais variados sectores da economia local e regional, 12 produtores/engarrafadores da Região Demarcada da Bairrada e da Loja da Rota da Bairrada onde os visitantes poderão adquirir vinhos e espumantes Bairrada, dois restaurantes e 15 tasquinhas, exploradas por associações do concelho.

O Município de Anadia e as 10 Juntas de Freguesia estarão, igualmente, representados com espaços próprios, dando assim a conhecer o que de melhor têm os seus territórios. O preço do bilhete diário é de três euros, com excepção do ultimo dia, em que a entrada é gratuita. É possível, ainda, comprar um bilhete geral, com um custo de 10 euros. Os portadores dos Cartões Anadia Jovem e Sénior têm um desconto de 50%, tanto no bilhete geral, como no diário. Os bilhetes estão à venda no edifício da Câmara Municipal de Anadia, no Posto de Turismo da Curia, no Centro de Alto Rendimento de Anadia - Velódromo Nacional, na Biblioteca Municipal de Anadia, nas Piscinas Municipais de Anadia, no Museu do Vinho Bairrada e no Espaço Bairrada da Curia.


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UC participa em estudo de impacto da poluição na plataforma continental do Algarve S egundo indica um estudo publicado na revista Marine Pollution Bulletin, foram encontrados, ao longo da zona litoral do Algarve, entre Sagres e Portimão, metais pesados e contaminantes. Esta investigação reporta a presença de vários poluentes inorgânicos e orgânicos relacionados com a actividade humana, entre os quais, diferentes metais pesados e até microplásticos, comprovando que “a presença humana tem deixado uma assinatura poluente na zona costeira do Algarve, com impacto negativo, por exemplo, ao nível da biodiversidade”. Os dados obtidos parecem indicar que, nos anos 60, se deu um crescimento abrupto dos índices de poluição, mas, curiosamente, nos últimos anos, essa poluição parece ter abrandado ligeiramente, “à excepção da zona do rio Arade, devido a descargas regulares que lá são feitas”, afirmou Pedro Costa, do Departamento de Ciências da Terra da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), co-autor do artigo científico. Segundo o investigador da FCTUC, se forem consideradas as alterações climáticas, é expectável que “passemos a ter mais eventos de alta energia, quer em precipitação quer em tempestades, o que vai causar fenómenos erosivos mais intensos”. Em Portugal, há já um vasto número de zonas sob pressão, o que significa que “este problema vai agudizar-se inevitavelmente”. Neste sentido, salientou, ainda, que “sempre tivemos poluição, mas com os forçamentos climáticos em mudança e com os níveis energéticos destes eventos extremos (tsunamis, tempestades e cheias), fenómenos que seriam de pouca intensidade podem vir a provocar graves consequências negativas e desequilíbrios graves nos sistemas costeiros”. Este estudo foi desenvolvido no âmbito do projecto internacional “OnOff”, que reúne mais de duas dezenas de investigadores e é liderado por Pedro Costa. Este projecto realizou a cronografia de eventos extremos (tsunamis e tempestades) e dos efeitos da contaminação humana nesta zona de Portugal ao longo dos últimos 12 mil anos. Iniciado em 2018, o OnOff procura essencialmente reconstruir integralmente os eventos extremos e os seus impactos na

costa portuguesa, com base em evidências geológicas, ou seja, “procura ir buscar informação aos fundos submarinos para efectuar a reconstrução de eventos extremos, quer de tsunamis quer de tempestades ou cheias, e também de fenómenos mais recentes, como os de poluição”, explicou o responsável pelo estudo. Para esta reconstrução histórica dos eventos extremos no mar ser possível, os cientistas realizaram uma série de campanhas de mar - as chamadas sondagens submarinas - ao longo da costa do Algarve, recolhendo amostras de água, sedimentos e dados geofísicos entre os 500 e os 30 metros de profundidade. Segundo explicação de Pedro Costa, “a informação obtida no mar é conjugada com os dados obtidos em terra, em zonas lagunares e estuarinas do Algarve”. O investigador referiu, ainda, que contribui para “a compreensão dos processos morfodinâmicos e hidrodinâmicos associados às ondas de tsunami e tempestades que

atingem a costa portuguesa e, por analogia, em outros cenários semelhantes a nível mundial”, frisou. Além disso, contribui para a “produção de cenários prováveis de inundações por tsunamis e tempestades para a costa de Portugal (que é a região tsunamigénica mais activa do Atlântico), apoiando assim a gestão das áreas costeiras pelas autoridades governamentais com dados úteis no planeamento, no ordenamento e também na operacionalização”. Além da Universidade de Coimbra (UC), o projecto integra as Universidade de Lisboa (UL), Universidade do Algarve (UAlg), o Instituto Hidrográfico e a Agência Portuguesa do Ambiente, em Portugal. Fora do país, engloba a Universidade de Aachen (Alemanha) e o Serviço Geológico dos Estados Unidos (United States Geological Survey). O projecto é co-financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), por fundos europeus e, ainda, pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), Brasil.


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Porto espera bater recorde na afluência de população ao S. João D

epois de um interregno de dois anos, em consequência da pandemia por covid-19, o S. João está de regresso à cidade do Porto e parece voltar mais forte do que nunca. As ruas, que anteriormente se encontravam desertas, veem-se agora inundadas de gente com sede de festa, partilha e liberdade. Nesta altura, há quem se desloque até ao Porto para se divertir na festa popular, no entanto, a procura já é anterior a esta festividade. “O ritmo turístico está com uma velocidade da qual não há memória”, adianta António Fonseca, presidente da Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (ABZHP), em declarações ao “Campeão”. O confinamento provocado pela covid-19 parece ter aumentado o desejo da população sair à rua. Pela manhã, as esplanadas da cidade enchem-se de turistas que ambicionam conhecer de perto o povo português. “Neste momento, em termos turísticos, a cidade do Porto está a superar o ano de 2019. Está a ter um grande fluxo e uma grande procura”, revela António Fonseca. Além do coronavírus, e de acordo com o presidente da ABZHP, também a guerra entre a Rússia e a Ucrânia estão a contribuir para que os estrangeiros procurem Portugal para fazer férias. “Mal começou a guerra, passado uma semana, estabelecimentos que tinham fechado durante o período da pandemia, já estavam abertos e cheios”, assume. Apesar deste fluxo turístico ter aumentado nos últimos meses, António Fonseca não tem dúvidas de que o S. João é um factor atractivo para cidadãos de outros países. “O S. João é uma referência internacional, portanto, não tenho dúvidas de que vamos ter milhares de pessoas e, provavelmente, vamos bater o recorde de afluência de população”. Empresários da região devem “acautelar-se” Com o regresso da festa popular, volta também o fogo-de-artifício, mas sem o habitual concerto na Avenida dos Aliados. A música vai, no entanto, fazer-se ouvir um pouco por toda a cidade. Assim, e como forma de prevenir eventuais riscos, a ABZHP pede cautela a todos os empresários da região, nomeadamente, no que diz respeito à higienização dos espaços. “É crucial fazer isso sob pena de voltar-

mos a ter a covid-19 com a dimensão que teve anteriormente”, alerta António Fonseca. O presidente da ABZHP teme que, caso esse retrocesso aconteça, o sector seja responsabilizado. “Tem de correr tudo bem em todos os sentidos: quer em termos de segurança quer na higienização dos espaços para que, depois, não sejamos acusados de não ter tomado as medidas necessárias”, refere, acrescentando que “quando as coisas correm mal, a culpa é sempre do mais fraco. O empresário é que paga sempre essa fatura”. A acrescentar a estas preocupações, está ainda a segurança da população. Depois de dois anos de privação é esperada uma euforia mais elevada, maior consumo de álcool e alguns exageros. Contudo, António Fonseca destaca o papel da Polícia de Segurança Pública (PSP) para controlar eventuais excessos. “A PSP tem sido exemplar nas noites de S. João e tenho a certeza que, este ano, a segurança ainda seja mais reforçada”, assegura. “Esta é uma cidade livre” Na noite de 23 para 24 de Junho, o Porto ganha uma nova vida. Todavia, nem sempre é fácil dar resposta à elevada procura que a cidade vive nesta época. O presidente da ABZHP mostra-se preocupado com a “lacuna e falta de recursos humanos” no sector da restauração e bebidas, frisando que não há pessoas disponíveis para trabalhar no ramo. “Principalmente depois da pandemia, muita gente começou a receber subsídios e, agora, não querem trabalhar”. Além disso, - e apesar da grande afluência -, António Fonseca sublinha que, neste momento, “o sector não está a recuperar do que tem de pagar, está apenas a faturar para pagar o corrente”, ainda não conseguindo pagar as moratórias. Com mais ou menos dificuldades, a noite de S. João está aí à porta. Posteriormente, o pensamento está no verão e nas alegrias que, com ele, poderão chegar aos empresários portugueses. “Se isto continuar neste ritmo, vai ser um verão muito positivo, porque vai ter uma procura elevada”, reitera António Fonseca. Contudo, o presidente da ABZHP acautela os perigos de transformar uma cidade turística numa estância turística. “Temos de ter também população local sob pena de haver outro fenómeno semelhante à covid-19 e termos uma cidade deserta. O que tem acontecido é que, nas zonas históricas, o próprio turista diz que vem aqui para falar com a população e acaba por falar com turistas”, refere. Manter a zona histórica do Porto ocupada por habitantes da cidade parece ser fundamental para o bom sucesso do turismo da região, sobretudo, tendo em conta a recepção proporcionada aos povos de outras nacionalidades. “Esta é uma cidade livre e sem preconceitos nenhuns”, realça António Fonseca. A noite de S. João celebra-se hoje (23) nas ruas do Porto com música e fogo-de-artifício a ser lançado a partir do rio Douro. A festa popular vai ainda obrigar a alguns condicionamentos de trânsito. Nesse sentido, a Câmara Municipal do Porto sugere a utilização de transportes públicos.


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GARANTIAS DOS BENS DE CONSUMO: A “bomba atómica”

Mário Frota*

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m princípio, no quadro actual dos remédios susceptíveis de adooptar nas hipóteses de não conformidade do bem com o contrato, a última coisa de que o consumidor pode lançar mão é a de “pôr termo ao contrato” (na linguagem do direito, “resolver o contrato”). A menos que a não conformidade (o vício, a avaria, o defeito, a anomalia, a diferença entre o declarado e o oferecido…) ocorra logo nos primeiros 30 dias pós-entrega e, aí sim, pode o remédio funcionar com sucesso: é o denominado “direito de rejeição” que pode ocorrer, sem mais, nos primeiros 30 dias e confere ao consumidor essa faculdade. E de que meios se pode servir o cidadão-consumidor para efectivar a operação de “pôr termo ao contrato” com a devolução da coisa e a restituição do preço? A Nova Lei das Garantias dos Bens de Consumo parece simplificar as coisas. Ponto é que o aceite o fornecedor. Se houver que recorrer aos tribunais por intransigência própria, poderá ser o fornecedor obrigado a

indemnizar o consumidor em razão da litigância de má-fé. (Litiga de má-fé, segundo a lei processual, quem, com dolo ou negligência grave deduza oposição cuja falta de fundamento não devia ignorar ou se propuser alterar a verdade dos factos ou omitir factos relevantes para a decisão da causa ou praticar omissão grave do dever de cooperação ou ainda se fizer do processo ou dos meios processuais um uso manifestamente reprovável, com o fim de conseguir um objectivo ilegal, impedir a descoberta da verdade, entorpecer a acção da justiça ou protelar, sem fundamento sério, o trânsito em julgado da decisão). E como é que o consumidor exerce o seu direito de “pôr termo ao contrato”? Através de declaração dirigida ao fornecedor (que não ao produtor ou fabricante) em que lhe dá a saber da sua decisão em razão das circunstâncias que o levam a tal. O consumidor dirige ao fornecedor a declaração de que põe termo ao contrato porque foi com ele que contratou: o consumidor não contrata com o produtor nem com o intermediário distribuidor, se for o caso. A declaração pode ser feita por carta, correio electrónico ou por qualquer outro meio susceptível de prova, de harmonia com o direito em geral. O exercício de um tal direito determina: A obrigação de o consumidor devolver os bens ao fornecedor, que suportará os encargos resultantes da devolução; A obrigação de o fornecedor reembolsar o consumidor do preço

pago pelos bens após a sua recepção ou de prova do seu envio, que o consumidor apresentará em devido tempo. O fornecedor deve efectuar o reembolso dos pagamentos através do meio adoptado pelo consumidor no contrato, salvo acordo expresso em contrário: nestas circunstâncias, desde que o consumidor não incorra em quaisquer custos suplementares. Em suma, se por transferência bancária, pelo mesmo meio, se por cheque, outro tanto, etc. … O fornecedor deve efectuar o reembolso de todos os pagamentos pelo consumidor efectuados, em que se incluem naturalmente os dos encargos da devolução dos bens. O fornecedor deve proceder, porém, a título gratuito, à remoção dos bens sempre que a resolução do contrato o exija. O prazo para que o fornecedor reembolse o consumidor é de 14 (catorze) dias, sob pena de mora e com os encargos daí advenientes. Não terá, no entanto, de restituir em dobro tal montante, se acaso o não fizer no tempo, no lugar e pelo meio próprio, como ocorre noutras circunstâncias. O fornecedor pode proceder, porém, legitimamente, à retenção do reembolso enquanto os bens não forem devolvidos ou se o consumidor não fizer prova do facto. Eis o que ao consumidor cumpre saber para por bem exercer os seus direitos sempre que a não conformidade o obrigue a pôr termo ao contrato. Informar é preciso para que o consumidor não se “sinta só, no mato, e sem cachorro”! * apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal


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Águas de Coimbra alerta para venda enganosa de “purificadores” de água A

empresa municipal Águas de Coimbra alertou hoje para a campanha enganosa que está a ser feita por empresas que comercializam sistemas “purificadores” de água para instalação nas torneiras domésticas. A empresa municipal Águas de Coimbra relatou que tem sido contactada por “muitos” clientes que são procurados por empresas para agendar uma visita a casa, com a “intenção de realizarem uma análise à qualidade da água”. De acordo com a nota de imprensa, essas empresas, já em casa dos clientes, “realizam uma experiência enganadora com a água da torneira, que consiste na eletrólise da água”. “Através desta experiência, os sais minerais e compostos são separados através da corrente elétrica, acumulando-se nos elétrodos colocados dentro da água. A acumulação destes elementos nos elétrodos forma uma película visível, devido à separação dos diferentes compostos químicos que, naturalmente, estão presentes na água destinada ao consumo humano”. As demonstrações destas empresas consistem na “realização do mesmo procedimento na água filtrada” pelo “purificador” que querem comercializar. Além disso, esses aparelhos “recorrem a processos de osmose inversa ou de permuta iónica, onde os sais minerais presentes na água são retidos, pelo que quando ocorre a eletrólise dessa água não se forma a referida película”. A empresa explicou que se trata de uma burla que ocorre “regularmente há vários anos e em diversos pontos

do país”, que já motivou a tomada de posição da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR). “Nessas demonstrações pretende-se, por vezes, levar o consumidor a acreditar que a água que chega a sua casa pela rede pública tem uma má qualidade. Na verdade, a osmose inversa, ao eliminar os sais minerais dissolvidos na água, transforma uma água mineralizada e equilibrada no equivalente a água destilada, como a utilizada, por exemplo, no ferro de engomar. Na realidade, estes equipamentos produzem uma água de composição mineral desequilibrada e que em nada ajuda na proteção da saúde humana”, alertou a ERSAR, citada na

nota de imprensa da empresa municipal Águas de Coimbra. De acordo com a entidade, “não há necessidade de efetuar tratamentos adicionais à água da rede pública”. A Águas de Coimbra adiantou ainda que, para além das análises a que está legalmente obrigada, realiza “um conjunto significativo de análises adicionais”, ao longo de toda a rede, que “conferem ainda maior segurança” à água que fornece os habitantes do concelho de Coimbra. A água fornecida pela Águas de Coimbra tem “excelente qualidade para consumo humano”, o que lhe valeu a atribuição do selo de qualidade da ERSAR, concluiu.


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Canil Municipal incentiva à adopção de animais com “open day”

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Câmara Municipal de Coimbra vai promover este domingo (26), mais um “open day [dia aberto]” no Canil Municipal. O espaço vai estar aberto ao público das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00, para que todos possam conhecer os animais que estão disponíveis para adopção. O objectivo é incentivar à adoção, com medidas especiais neste dia – como a isenção do pagamento de taxas associadas à adopção, o que torna o processo completamente gratuito. Os animais acolhidos por novas famílias serão entregues desparasitados, vacinados, identificados, registados e esterilizados. Será, também, emitido o respectivo Boletim Sanitário, cumprindo todos os requisitos legais. Assim, esta medida visa, essencialmente, promover a adopção responsável. Recordamos que o Canil Municipal de Coimbra se encontra, também, aberto para visitas todos os dias úteis, das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00. Com marcação prévia, podem ser agendados outros horários, através do telefone 239 493 200 ou do e-mail smv@cm-coimbra. pt. O “dia aberto” está previsto repetir-se uma vez por mês.


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Mostra Gastronómica e de Artesanato de Ribeira de Frades regressa amanhã

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omeça, amanhã (24), a Mostra de Artesanato e Gastronomia - XVI Tasquinhas da Ribeira, no Largo do Rossio. O evento é organizado pela União de Freguesias de São Martinho do Bisco e Ribeira de Frades, e conta com o apoio das associações e colectividades da região. Amanhã a festa vai estar a cargo do Grupo de Gaiteiros Rouxinóis do Mondego (19h00), do Karaoke Pénapá (21h00) e do grupo 2 Vikings (23h00). Este sábado (25), a abertura será às 13h00. Da programação, além das muito esperadas 11 tasquinhas, a música ocupa um lugar preponderante, com o Grupo de Concertinas (18h00), o fado de Alcides Matias (21h00) e a banda Dexys (22h00). Com início à mesma hora, domingo (26) será vivido na tranquilidade e animação do convívio nas tasquinhas e recebe, mais tarde, as Marchas Populares (20h00), referência no evento, e a banda Uskadkasa (21h00). Jorge Veloso, presidente da referida União de Freguesias, mostrou ter esperança que o interregno dos últimos dois anos não tenha vindo quebrar o sucesso que o evento tinha desenvolvido. No seguimento, julgando pela forte adesão à Semana Cultural de São Martinho do Bispo que terminou no sábado (18), e apesar do Largo do Rossio ser um espaço mais reduzido, afirmou que espera ver muita qualidade musical e “um ambiente de convívio e camaradagem” entre os visitantes e as colectividades presentes. O presidente salientou, ainda, que, “pela experiência de 2018 e 2019”, está à espera de um número considerável de visitas, marcadas pelo reencontro das pessoas e o reavivar de boas memórias – com a criação de novas. A Mostra de Artesanato e Gastronomia encerra às 2h00, amanhã e sábado, e à meia-noite no domingo.


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Técnica e ética Por Júlio Roldão* Quem, o quê, quando e onde continua uma fórmula importante para conferir uma notícia. E não podemos descurar nenhum destes elementos básicos das notícias, em especial nestes tempos de desinformação. Regresso a estas noções básicas do jornalismo relendo o “Manual de Jornalismo” de Ricardo Cardet que a Organização Internacional de Jornalistas publicou, em Castelhano e que o jornalista Armando Pereira da Silva traduziu para Português. Esta versão em língua portuguesa é um dos meus primeiros livros sobre jornalismo e foi por mim adquirida, em Junho de 1977, mês em que foi editada pela Caminho e ano em que iniciei a minha actividade de jornalista profissional. Acresce ser uma versão traduzida e prefaciada por Armando Pereira da Silva (1940-2022), jornalista português de referência que recentemente nos deixou, deixando obra escrita, no jornalismo e na literatura. O tradutor para Português cita no prefácio ao manual que traduziu uma frase de Cardet que merece ser também aqui sublinhada - “O erro mais grave em jornalismo é dar notícias com dados inexactos, porque uma informação errada é mentira pública”. A batalha pela verdade na informação passa pela técnica e pela ética jornalísticas, pilares seguros para suportar a recusa à divulgação de informações equívocas ou que se baseiem em dados não rigorosamente confirmados. Claro que é preciso saber bem o que é uma notícia (“um facto actual com interesse geral”, na definição sintética de Cardet) e aceitar que toda e qualquer informação que não tenha actualidade ou não tenha interesse geral deixa de poder ser apresentada como notícia. É interessante ler neste manual algumas considerações que mantêm grande actualidade meio século depois de terem sido apresentadas – não há qualquer verdade no conceito, classificado de

execrável, de “vender papel a qualquer preço”, ou seja, na solução da especulação e sensacionalismo informativos. Quem diz vender papel diz vender “gostos” ou “cliques” ou garantir audiências televisivas ou radiofónicas, números essenciais para a captação de publicidade, uma das eternas condicionantes da própria Imprensa. Dúvidas e certezas que devem ser permanentemente equacionadas na hora de defender a verdade na informação. *Jornalista desde 1977


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