“Campeão das Províncias” - 06/07/2022

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VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO 2022 | N.º 551 | ANO 2

EDIÇÃO DIGITAL 20 PÁGINAS »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

TRANSPORTES URBANOS PASSAM A UNIDADE ORGÂNICA DA CÂMARA DE COIMBRA

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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QUARTA-FEIRA, 6 DE JULHO 2022

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REESTRUTURAÇÃO DA CÂMARA DE COIMBRA APRESENTADA HOJE

SMTUC internalizados para tornar gestão “mais flexível e ágil”

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Câmara Municipal de Coimbra apresentou, hoje, a nova estrutura orgânica nuclear dos serviços municipais. As 18 unidades orgânicas nucleares dividem-se em 16 Departamentos Municipais, a Companhia Municipal dos Bombeiros Sapadores de Coimbra e o Serviço Municipal de Proteção Civil. A organização dos serviços apresentada, que será analisada e votada na próxima Reunião de Câmara e, posteriormente, remetida à Assembleia Municipal para aprovação, visa adequar a estrutura da autarquia aos objectivos estratégicos deste Executivo, designadamente nas áreas do investimento, do ambiente, do turismo, entre outras. A internalização dos SMTUC nos serviços municipais, através da criação de uma unidade orgânica nuclear que agregará o exercício de competências na área da mobilidade urbana, trânsito e transportes, vai permitir uma otimização dos recursos técnicos e humanos disponíveis. Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) vão ser internalizados no Departamento de Mobilidade da Câmara para tornar a gestão “mais flexível e ágil”, afirmou o presidente da autarquia, na sessão de presentação. A reestruturação da orgânica nuclear dos serviços da Câmara Municipal de Coimbra prevê também a criação de um Departamento do Desenvolvimento Económico e um Departamento do Ambiente e Sustentabilidade, ao mesmo tempo em que são reforçadas competências em áreas como a educação, desporto e saúde. Na apresentação, José Manuel Silva realçou que esta medida visa “adaptar a orgânica dos serviços municipais aos novos desafios do concelho” e às linhas estratégicas do novo Executivo. Uma das principais novidades na medida centra-se na internalização dos SMTUC no futuro Departamento de Mobilidade, Trânsito e Transportes, cuja criação está prevista na proposta do Executivo. “Na

estrutura, tínhamos duas câmaras – uma grande e outra pequena [SMTUC]. Ao longo dos últimos anos, tem-se revelado disfuncional esta organização em duas câmaras pela duplicação de serviços. Assim, cria-se uma unidade orgânica nuclear com competências no trânsito, mobilidade e transportes”, salientou. De acordo com o autarca, mais de metade dos custos dos SMTUC centram-se nas despesas com pessoal. Referiu ainda que, comparando com outros sistemas de transportes públicos e privados, regista-se “um excesso de funcionários” na componente administrativa daqueles serviços que não têm personalidade jurídica própria. “Enquanto os serviços de transporte do Barreiro [também geridos e detidos pelo município] têm 175 motoristas e 50 administrativos, aqui temos o quadruplo do pessoal administrativo e não temos o dobro dos motoristas”, notou José Manuel Silva, explicando que haverá funcionários administrativos que serão realocados para departamentos e áreas que carecem de pessoal. Caso houvesse despedimentos – que não irá haver, garantiu -, o Município pouparia 800 mil euros em custos com pessoal. “Em termos práticos, os SMTUC continuarão a existir, continuare-


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SMTUC internalizados para tornar gestão “mais flexível e ágil” mos a ter transportes urbanos, mas deixará de ser um serviço municipalizado e passará a fazer parte de um departamento, com uma gestão mais ágil e flexível”, frisou. De acordo com a vereadora com o pelouro dos transportes e presidente dos SMTUC, Ana Bastos, a internalização irá permitir eliminar “passos intermédios” no diálogo entre os transportes urbanos e os serviços camarários, ao mesmo tempo que permite uma gestão numa única estrutura de todos os operadores de transportes no concelho, sejam privados sejam públicos, como é o caso do futuro Sistema de Mobilidade do Mondego. De 16 unidades orgânicas atuais, a proposta do Executivo prevê 18 unidades orgânicas. Entre as novas estruturas, surge a criação de um Departamento para o Desenvolvimento Económico, Empreendedorismo, Competitividade e Investimento, que irá trabalhar na captação de investimento, na implementação de programas e estratégias de desenvolvimento empresarial, assim como na criação de uma via rápida para o investimento. Outra das novas estruturas será o Departamento de Ambiente e Sustentabilidade, que terá como objectivo adoptar novas práticas e medidas para combater as alterações climáticas, entre outras ações. Segundo José Manuel Silva, apesar da criação de novos departamentos, o município só irá recrutar “dentro do quadro de pessoal da Câmara de Coimbra”, não estando previsto um aumento desse mesmo quadro. “Não pensamos aumentar o quadro de pessoal, excepto o que resulta da integração dos trabalhadores dos SMTUC, queremos é gerir melhor os recursos dentro do quadro de pessoal que já está definido, ao mesmo tempo que se torna mais funcional toda a estrutura

orgânica da Câmara e se desenvolvem estruturas mais adequadas”. No Departamento de Cultura e Turismo, vai-se separar “a Divisão de Cultura e Turismo”, com estruturas flexíveis próprias, para “não confundir uma e outra circunstância”. A proposta do Executivo será votada na próxima reunião de Câmara, na segunda-feira (11), tendo depois de passar pela aprovação da Assembleia Municipal. A Câmara perpectiva que esta reestruturação fique efectivada ainda este ano. NOVA ESTRUTURA ORGÂNICA: l Departamento de Estudos Estratégicos, Planeamento e Desenvolvimento Territorial; l Departamento de Gestão Urbanística; l Departamento de Espaço Público; l Departamento de Edifícios e Equipamentos Municipais; l Departamento de Mobilidade, Trânsito e Transportes; l Departamento de Acção e Habitação Social; l Departamento de Cultura e Turismo; l Departamento de Juventude e Desporto; l Departamento de Desenvolvimento Económico, Empreendedorismo, Competitividade e Investimento; l Departamento de Ambiente e Sustentabilidade; l Departamento de Educação e Saúde; l Departamento Financeiro; l Departamento de Administração Geral; l Departamento de Recursos Humanos; l Departamento de Tecnologias de Informação e Inovação Digital; l Departamento de Polícia Municipal; l Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores de Coimbra; l Serviço Municipal de Protecção Civil


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O fundador e presidente da Critical Software marcou a sessão do Dia da Cidade ao desafiar Coimbra a renovar-se, com “ambição, exigência e poucos egos, ultrapassando o registo autofágico”, como noticiamos na PÁGINA 3. Gonçalo Quadro foi uma das sete personalidades homenageadas no Feriado Municipal, numa cerimónia na Praça do Comércio, onde decorre a Feira do Livro (ver notícia sobre o evento cultural na PÁGINA 11). Hoje é um dia particularmente significativo das celebrações religiosas em honra da Rainha Santa Isabel, com a Procissão da Penitência que sai da Igreja de Santa Clara, pára na Portagem para a saudação à padroeira de Coimbra precedida do fado oração e um pequeno trecho adequado ao momento dos Antigos Orfenonistas de Coimbra, e segue até Santa Cruz (PÁGINA 10). As festividades terminam no próximo domingo, com a Procissão Solene, mas a Feira Popular mantém-se até dia 17.

NESTA EDIÇÃO

PRESIDENTE DO ISCAC, RECENTEMENTE ELEITO, EM ENTREVISTA

Alexandre Silva considera que duas Universidades em Coimbra “beneficiaria a cidade e a região” Revista com 44 páginas

“Cumprimos o nosso desígnio e até digo que, no âmbito da formação, houve uma aproximação das Universidades aos Politécnicos e não o inverso.” É desta forma que Alexandre Silva reage à aprovação de iniciativas legislativas, pelo Parlamento, defendendo que os Politécnicos passem a designar-se Universidades Politécnicas. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o presidente do ISCAC – Coimbra Business School enfatiza ainda a importância do “saber fazer” e da transição digital como propósitos do seu mandato. PÁGINA 7

SEXTA - 8 DE JULHO SÁBADO - 9 DE JULHO 18h00 - Abertura da XIV Mostra de Artesanato 21h30 - Actuação de 21h30 - Atuação do Duo Vikings LUÍS TRAVASSOS 23h00 - Arraial BANDA HIT 23h30 - Arraial BANDA IRA 02h00 - Animação DJ CAT 02h00 - Animação DJ CAT DOMINGO - 10 DE JULHO 09H30 - Caminhada Solidária da Liga Portuguesa Contra o Cancro “TODOS POR TODOS” 15h45 - Atuação das Coletividades e Associações das Freguesias de Antuzede e Vil de Matos 18H30 - FOLCLORE - Atuação do GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DA CIDREIRA 19H30 - Atuação do GRUPO de FOLES E CANTORIAS 22HOO - ENCERRAMENTO DO CERTAME

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Gonçalo Quadros, fundador da Critical, deu recados a Coimbra Crianças e jovens convidados a passarem férias nos museus de Coimbra Mostra de artesanato regressa a S. Facundo Entrevista: Alexandre Silva, presidente do ISCAC, afirma que “cada vez será mais ténue a diferença entre Politécnicos e Universidades” Reportagem: Chorus Ingenium de Coimbra representa engenheiros da região Centro Coimbra “acima da média” nas distinções “Prémio Cinco Estrelas Regiões”

Esta edição do Campeão inclui uma Revista de Saúde com 44 páginas Consultar edição impressa do “Campeão das Províncias”


5 Desenvolvimento de tecnologia para dispositivos cerebrais www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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se fosse possível parar um ataque epilético com componentes electrónicos implantados no nosso cérebro a trabalhar em conjunto com os neurónios biológicos? Ou até mesmo gravar as memórias do nosso cérebro numa espécie de “disco rígido” e recuperá-las em casos de Alzheimer? É precisamente nesse sentido e com esses objectivos que uma equipa que integra investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), do INESC Microsistemas e Nanotecnologias e do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) está a trabalhar há vários anos. Passo a passo, os investigadores já fizeram vários avanços. O mais recente foi provar que é possível estabelecer uma ligação entre memristores (dispositivos electrónicos com propriedades neuromórficas, ou seja, com comportamentos semelhantes aos dos neurónios) e neurónios biológicos. Os resultados foram recentemente publicados num artigo na revista ACS Applied Eletronic Materials. E qual a vantagem destes dispositivos? Existem já disposi-

tivos implantáveis no cérebro para produzir neuroestimulação em pacientes com doença de Parkinson ou epilepsia, por exemplo, mas, explica Paulo Aguiar do i3S, “estes dispositivos, como dão o estímulo de forma contínua e independente da actividade neuronal, têm limitações: há uma exigência maior sobre as baterias, o que obriga a uma intervenção invasiva, e os neurónios adaptam-se rapidamente ao estímulo, sendo necessário aumentar a sua intensidade até ao momento em que deixa de fazer efeito”. Daí a urgência de se avançar para outra solução. A equipa responsável pela física e fabricação dos memristors é liderada por João Ventura, investigador do Instituto de Física dos Materiais Avançados, Nanotecnologia e Fotónica da Universidade do Porto (IFIMUP), sediado na FCUP. No i3S, a equipa de neuroengenharia liderada por Paulo Aguiar desenvolveu a utilização destes memristors em modelos celulares para detetarem atividade neuronal atípica (patológica) e actuarem como neuromoduladores.

O próximo passo começa agora com um novo projecto financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, com o nome “Mnemonics”, e que, além dos investigadores do IFIMUP, João Ventura e Catarina Dias, e do i3S, Paulo Aguiar e Domingos Castro, inclui também uma equipa do INESC MN, liderada por Susana Cardoso. “Queremos guardar a forma como os neurónios biológicos disparam dentro do cérebro numa destas redes neuromórficas”, explica o investigador do IFIMUP. “Queremos perceber se conseguimos guardar essa informação e depois voltar a transferi-la para uma população neuronal”, acrescenta. A ideia é repor a memória que foi guardada. É o que pretendem perceber em três anos deste trabalho. Este objectivo pode promover grandes avanços no estudo do cérebro humano e levar a soluções terapêuticas inovadoras para distúrbios neurológicos, por exemplo para doenças como o Alzheimer. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto


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Futuro da Cultura da Região Centro em debate na Conferência Internacional “Cultura, Território e Desenvolvimento”

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Conferência Internacional “Cultura, Território e Desenvolvimento” tem início hoje (6) e vai prolongar-se até ao dia 8 de Julho. O evento realiza-se no Castelo de Montemor-o-Velho e tem como temática central a ideia das abordagens locais para desafios globais. “Sendo que estamos numa fase de profundas mudanças sociais, políticas e culturais, entendemos que este era o momento para colocarmos o nosso olhar sob os documentos estratégicos internacionais e nacionais que vão condicionar o nosso futuro ao longo da próxima década”, refere Suzana Menezes, directora Regional de Cultura do Centro, em declarações ao “Campeão”. Nos próximos três dias vão ser discutidos um conjunto de documentos estruturantes da política pública e as suas implicações directas no sector cultural e artístico, patrimonial e museológico, como a “Agenda 2030”, o “Novo Bauhaus Europeu”, ou o próximo Quadro de Investimento Plurianual 2021-2027. “Colocando o olhar nesses documentos estratégicos internacionais, o objectivo deste encontro passa por estruturar e desenvolver um pensamento crítico relativamente às abordagens locais que devemos ter para enfrentar melhor estes desafios”, sublinha Suzana Menezes. O programa do evento integra momentos de debate e análise com personalidades de referência no panorama cultural nacional e europeu e momentos de programação cultural e de contacto com o património, material e imaterial, local. A directora Regional de Cultura do Centro adianta que as inscrições esgotaram na passada segunda-feira e que “temos pessoas em lista de espera”. Presencialmente, só 120 pessoas vão poder assistir às sessões, contudo, a conferência será transmitida em streaming no Facebook da Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC). Conferência promove debate sobre futuro da cultura A Conferência Internacional “Cultura, Território e Desenvolvimento” dirige-se a decisores políticos, a profissionais do sector cultural e criativo, ao sector cultural associativo não profissional e a colaboradores de instituições culturais, públicas e privadas. De acordo com Suzana Menezes, é fundamental estimular o debate sobre o futuro da Cultura na Região Centro. “Este debate era urgente com ou sem pandemia, porque este é o momento em que estamos a definir os instrumentos financeiros europeus e nacionais para a próxima década”, afirma. Nesse sentido, a directora alerta que “quem faz políticas públicas tem de ter a noção de que, se não conseguimos valorizar e colocar a Cultura num papel central do desenvolvimento e promoção nos nossos territórios, estamos a perder oportunidades absolutamente estruturantes de termos comunidades mais resilientes, mais capazes, com mais massa crítica e uma maior capacidade de intervenção”, frisando ainda que “esse é o verdadeiro papel da cultura: gerar pensamento crítico nos territórios”. Esta já é a terceira edição do evento A Conferência Internacional “Cultura, Território e Desenvolvimento” é organizada pela DRCC, desde 2019, sendo esta a sua terceira edição.

De recordar que a primeira edição desta iniciativa decorreu na Aldeia Histórica de Idanha-a-Velha e foi dedicada especificamente à internacionalização dos territórios por via de projetos culturais e artísticos, e, em 2021, a segunda edição realizou-se no centro criativo New Hand Lab, na Covilhã, tendo sido dedicada às estruturas criativas. Suzana Menezes garante não ter dúvidas de que este ciclo de conferências tem permitido um espaço de discussão em dois sentidos. “Da mesma forma que quem define políticas públicas dá indicações importantes sobre aquilo que vai ser o nosso caminho, também o sector político recebe imputes muito importantes por parte da sociedade e do sector cultural criativo”, realça. A directora Regional de Cultura do Centro revela ainda que esta ideia de rede e consequente possibilidade de reflectir sobre visões diferentes tem vindo a criar um espaço que, até então, não existia na Região Centro: “um momento em que todos se encontram, discutem e estão em pé de igualdade para poderem exercer pensamento”, reitera. Nesse sentido, e tendo em conta as funções que assume na DRCC, Suzana Menezes acredita que “o maior futuro para a cultura está dependente da definição clara e inequívoca de políticas públicas sustentáveis para o sector”. Considera, por isso, que “a actuação sob a cultura e património exige uma estratégia permanente e exige o correspondente investimento financeiro. Todos temos de ter a consciência do futuro da Cultura e património da Região Centro”. O evento “Cultura, Território e Desenvolvimento” já está a realizar-se no Castelo de Montemor-o-Velho. Para as 20h00, está planeado um jantar de boas-vindas, seguido de uma visita noturna guiada ao castelo. O ciclo de conversas inicia-se amanhã (7), estando a sessão de abertura marcada para as 10h00. O programa conta com o apoio do Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais, do Município de Montemor-o-Velho e da Entidade de Turismo do Centro de Portugal. A DRCC espera que, deste evento, possa resultar um documento final com as conclusões de cada uma das conferências. O intuito é que este se possa vir a afirmar como uma espécie de declaração da Região Centro relativamente ao papel, valor e lugar da Cultura na estratégia de desenvolvimento sustentável no futuro da região. “Espero que este documento possa ser subscrito à escala regional, de modo a termos, pela primeira vez, no nosso país, uma região inteira a subscrever os princípios que essa declaração vai procurar instigar”.


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INICIATIVA PROMOVIDA PELA DECO PROTESTE

A Praxis passou com distinção na avaliação das cervejas artesanais de portugal A Praxis, depois de ter devolvido a Coimbra as centenárias marcas de cerveja Topázio e Onyx e de ter registado um ano extraordinário de reconhecimentos e notoriedade mundial, com a atribuição em Londres do galardão de “Melhor Imperial Stout do Mundo”, por ocasião do World Beer Awards 21, é agora distinguida com a classificação de “Melhor Teste” e “Escolha Acertada” na categoria de cervejas artesanais portuguesas, num trabalho desenvolvido pela Nova Edição da prestigiada revista da “Deco Proteste”. “É o resultado do esforço continuo e apoiado, para a maximização de todos os parâmetros da Qualidade Praxis e reforça mais uma vez, a já longa responsabilidade por nós assumida, enquanto guardiões do Património cervejeiro de Coimbra”, frisa Arnaldo Baptista, fundador do Grupo Vasco da Gama, detentor da cervejaria Praxis, acrescentando que “esta deferência da Proteste - Deco, constituiu para nós uma honra. É uma lisonja que humildemente aceitamos, cientes das muitas expectativas que sobre nós já recaíam e agora são reforçadas com este prémio. O nosso compromisso é o de continuar a trabalhar diariamente, com rigor e profissionalismo, todos os produtos que nos diferenciam, com especial enfoque para os nossos vários tipos de cerveja”, conclui.

A Praxis Cervejas de Coimbra não se limita, no entanto, à excelência da cerveja que produz. A Praxis continua a surpreender com o seu departamento I&D activo, procurando diariamente referências identitárias de Coimbra e da região para trazer novos produtos. O Caxopo, produto natural, não fermentado criado a partir do malte, é muito nutritivo e tem como público-alvo a primeira infância. A CitroSidra é um produto endógeno de Coimbra, único

no mercado e diferenciador. Criado e desenvolvido em homenagem à “Coimbra dos Laranjais”, de Coimbra para todo o lado. “A liderança nacional que nos é justamente atribuída pelos diversos organismos oficiais, é explicável pelo empenho, dedicação e capacitação de todos, pelo pioneirismo do projecto, mas sobretudo por uma extraordinária equipa de recursos humanos em que a excelência é a nota”, frisa Arnaldo Baptista.


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9 Departamento de Engenharia Informática da FCTUC atribui bolsas de estudo www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Departamento de Engenharia Informática (DEI) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) vai atribuir 18 bolsas de estudo, no valor de três mil euros cada, aos melhores alunos finalistas do ensino secundário que ingressem numa das licenciaturas daquela estrutura no próximo ano lectivo, afirmou a instituição. As bolsas dizem

respeito às licenciaturas em Engenharia e Ciência de Dados, Engenharia Informática e Design e Multimédia. Segundo a FCTUC, “estas bolsas de iniciação à investigação científica, com a duração de seis meses, são atribuídas no âmbito do programa Talento@DEI, criado para distinguir os melhores alunos finalistas do ensino secundário em Portugal, nas áreas técnico-científicas”.

O objectivo deste programa, frisa Paulo de Carvalho, docente do DEI e coordenador do “Talento@DEI”, é “reconhecer o talento e o mérito”. O programa proporciona aos bolseiros “oportunidades exclusivas, envolvendo-os em actividades de investigação de elevado valor e criando um conjunto de iniciativas que promova o seu enriquecimento e a criação de oportunidades”.


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Cantanhede defende traçado do eixo 5 para linha de alta velocidade

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Câmara Municipal de Cantanhede é favorável à adopção do eixo 5 para a linha ferroviária de alta velocidade entre Porto e Lisboa, por considerar que é o trajecto mais favorável para o concelho. Esta tomada de posição foi aprovada, por unanimidade, uma vez que “qualquer das outras soluções teriam impacto muito negativo no seu território, que de resto já é atravessado, numa grande extensão, pela A1, com todas as condicionantes que daí decorrem, a vários níveis”, refere o Município de Cantanhede. A Câmara Municipal considera “demasiado penalizante” ter duas infra-estruturas de transportes “tão marcantes” na parte nascente do concelho. “O efeito conjugado de uma com a outra tenderia a exponenciar os efeitos nefastos ao nível ambiental, sem esquecer as irre-

mediáveis alterações que provocaria numa estrutura agrária absolutamente consolidada como uma das zonas mais produtivas da região”, sublinha. No que diz respeito aos traçados do eixo 4 e variante Anadia/ Oliveira do Bairro, o parecer que sustenta a opinião da autarquia alerta para a circunstância de ambos os traçados criarem no concelho de Cantanhede “diversas situações de interrupção e corte de caminhos vicinais públicos nas freguesias de Bolho, Murtede e Cordinhã, para os quais não se encontra contemplada a alternativa de continuidade, o que iria com certeza provocar problemas de acessibilidade a prédios agrícolas e florestais, retirando assim direitos aos proprietários”. Ainda no caso no eixo 4, a Câmara aponta, de acordo com a mesma nota, a proximidade do

percurso previsto a áreas urbanas consolidadas e respectivas habitações na freguesia de Murtede, enquanto no que respeita ao eixo variante Anadia/Oliveira do Bairro é sublinhada “a invasão do traçado a rasgar o tecido urbano das localidades do Bolho e Casal do Bolho, o que provocaria um forte impacto negativo nas duas comunidades, com repercussões graves do ponto de vista ambiental, económico e social”. Considerando os traçados apresentados e numa perspectiva economicista, entende-se que o traçado do eixo 5 é o mais favorável. Este eixo é a hipótese que torna a linha ferroviária de alta velocidade “mais directa, de menor extensão, poupando ainda ao nível da quantidade e extensão de obras de arte (pontes) a construir”, concluiu o Município.


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Universidade de Coimbra cria doutoramento em Enfermagem

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Universidade de Coimbra (UC) criou um ciclo de estudos para atribuição do grau de Doutor em Enfermagem, de acordo com um despacho assinado pela vice-Reitora Cristina Albuquerque, hoje (6) publicado em Diário da República (DR). A proposta da UC e da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, aprovada por despacho reitoral de Setembro de 2021, levou à criação do doutoramento, acreditado por um período de seis anos pela Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior e registado, a 16 de Maio, pela Direcção-Geral do Ensino Superior. O doutoramento em enfermagem terá a duração de quatro anos e um total de 240 créditos ECTS (Sistema Europeu de Transferência de

Créditos, que é relativo ao tempo de trabalho necessário para cada estudante cumprir disciplinas e unidades curriculares), sendo 215 ECTS dedicados à área da enfermagem e 25 à da saúde. O plano de curso prevê 1.620 horas de trabalho anuais, respeitantes a 60 ECTS por ano. No primeiro ano, os candidatos ao doutoramento te-

rão de cumprir três unidades curriculares (Enfermagem: Inovação e Desenvolvimento, Aprofundamento Científico Autodirigido e Fundamentos de Investigação Clínica) e entregar o projecto de Tese de Doutoramento. Os três restantes anos são destinados à elaboração da tese que conduzirá à atribuição do grau de Doutor em Enfermagem.


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GARANTIAS COMERCIAIS em fraude à lei

Mário Frota* Tratos sem roque nem rei Em permanente afasia Remendos em fraude à lei Em ‘comercial’ garantia… Há, no mercado, uns arremedos de “garantia comercial” que mais não são do que “contratos de seguro” em que os fornecedores agem, com efeito, como pretensos “mediadores”. Mas que de garantia comercial nada têm e que para garantia comercial tudo falta. Com o “jogo do empurra”, quando chega “a hora da verdade”, ou seja, quando se trata de accionar a garantia e o pretenso “garante” endossa o consumidor para a seguradora e a seguradora “devolve” o consumidor à empresa…, a situação é deprimente e reflecte a manifesta ausência de cultura empresarial que, entre nós, campeia! E de que requisitos se deve revestir a garantir comercial? A declaração de garantia comercial está sujeita a escrito particular. E ou é emitida em suporte papel ou, de harmonia com as tecnologias de informação, em um qualquer outro suporte duradouro: e por tal se entende, de harmonia com os que as leis estabelecem, a chave Universal Serial Bus (USB), o Compact Disc Read-Only Memory (CD-ROM), o Digital Versatle Disc (DVD), os cartões de memória ou o disco rígido do compu-

tador, que permita ao consumidor ou ao fornecedor … armazenar informações e lhe possibilite, a cada instante, a respectiva reprodução inalterada. E tem de ser entregue ao consumidor ou em momento anterior ou no da celebração do contrato. A declaração em que a garantia comercial se encerra, independentemente de um qualquer outro idioma em que possa ser lavrada, tem de ser obrigatoriamente redigida em língua portuguesa. E revestir as usuais características de clareza, transparência e inteligibilidade. Menções obrigatórias E nela terão de figurar imperativamente as menções seguintes: § O nome e o endereço do garante [fornecedor e ou produtor]; § A designação dos bens aos quais a garantia comercial se aplica; § Duração e âmbito territorial da garantia; § A declaração clara de que o consumidor é titular dos direitos à reposição da conformidade [reparação e substituição], à redução do preço ou à extinção do contrato [por meio da figura da resolução por incumprimento] previstos na lei, e de que tais direitos não são de nenhum modo afectados pela garantia comercial; § Menção clara e expressa acerca do objecto da garantia comercial, benefícios atribuídos ao consumidor por meio do exercício da garantia, bem como as condições para a sua atribuição, incluindo a enumeração dos encargos, nomeadamente os relativos às despesas de transporte, de mão-de-obra e de material, e ainda os prazos e a forma de exercício da garantia, incluindo a quem incumbe provar a falta de conformidade e o prazo

aplicável a tal ónus; § O procedimento [prático, material e formal] a adoptar pelo consumidor para executar com sucesso a garantia comercial. Ainda que determinados requisitos se omitam, tal não afecta a validade da garantia que é susceptível de ser oposta ao fornecedor e ou ao produtor [isto é, ao garante, que da responsabilidade que lhe cabe se não pode eximir favoravelmente]. Para além da responsabilidade por danos materiais e morais que no caso couber e o consumidor [ou terceiro adquirente] intentar fazer actuar. Os direitos ínsitos na garantia comercial transmitem-se imperativamente ao terceiro adquirente do bem, seja a título gracioso, seja oneroso. A garantia não é “intuitus personae”: a garantia inere à coisa, ao bem. Logo, operando-se a transmissão do bem, coisa corpórea ou com a incorporação de conteúdos ou serviços digitais, o transmissário [aquele a quem o bem é transmitido], quer se trate de pessoa singular [consumidor ou mero particular] quer de pessoa colectiva, beneficia da garantia e nos termos em que tal se conferiu ao primitivo adquirente. Que fique, pois, definido que incorrerá em responsabilidade a empresa que se propuser fazer passar um seguro, a título de garantia estendida ou comercial, a qualquer consumidor incauto que vá nisso por mera ignorância. O que não quer significar que os seguros não possam aí valer, mas como seguros e com os esclarecimentos prévios, exaustivamente prestados, acerca das reais coberturas que abrangem. Entendamo-nos! * apDC - DIREITO DO CONSUMO Portugal


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Município de Mira apresenta queixa na GNR após actos de vandalismo no concelho

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Câmara Municipal de Mira vai apresentar queixa na GNR após terem sido detectados vários actos de vandalismo no concelho. “Estamos a fazer o levantamento de todas as situações, a tirar fotografias e a fazer um relatório detalhado para juntar na queixa que vamos fazer”, revelou o presidente do Município de Mira, Raul Almeida. De acordo com a Câmara Municipal, foram feitos grafites em

todas as casas de banho da Praia de Mira, bem como em algumas muralhas, e ainda grafitaram a base do busto de homenagem ao Visconde da Corujeira. Os bancos na Praia de Mira foram outros dos equipamentos alvo de grafites. Em consequência desta situação, a Câmara vai apresentar queixa ainda esta semana, visando identificar e responsabilizar os autores destes actos. “Andamos a preparar tudo

para termos tudo em condições para o início da época balnear e foram vandalizadas por esses grafites que agora vão-nos dar trabalho e despesa para resolvermos”, explicou o autarca. Os primeiros actos de vandalismo aconteceram há duas semanas, adiantou o vereador do Município de Mira, Bruno Alcaide, que frisou que “a autarquia já procedeu com algumas acções de limpeza em equipamentos de casa de banho da marginal, bem como nas casas de banho do Lago do Mar”. A Câmara Municipal diz fazer todos os esforços, bem como todas as outras entidades, funcionários da Câmara, a Junta de Freguesia. “Nós [Município de Mira], como capital mundial da bandeira azul, também gostávamos de ter as coisas limpas e asseadas”, acrescentou Raul Almeida. O presidente aproveitou, ainda, para apelar às pessoas para que alertem as autoridades, caso vejam ou tenham visto a prática de actos de vandalismo.


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A garrafa vazia Por Júlio Roldão* “Rio Largo De Profundis” é uma cantiga de José Afonso (Zeca), incluída no LP “Venham Mais Cinco”, cujo primeiro verso é o inesquecível “a garrafa vazia de Manuel Maria”. Cito esta letra por saber que a esmagadora maioria dos portugueses já ouviu essa quase misteriosa estrofe do “Rio Largo De Profundis” – “A garrafa vazia de Manuel Maria // De Manuel Maria, De Manuel Maria // A garrafa vazia de Manuel Maria // A garrafa vazia de Manuel Maria”. Há dias, de passagem pela mercearia fina onde compro pão transmontano feito com aquele fermento bom a que chamam massa mãe, descobri que há garrafas de vinho que parecem cheias e por abrir mas na verdade são garrafas rolhadas e seladas mas vazias. Estas garrafas servem para ser expostas nas mon-

tras das mercearias finas e noutros espaços comerciais especializados sem que dessa exposição publicitária resulte o desperdício do vinho que seguramente aconteceria caso fosse sujeito a constantes variações de temperatura. Com rótulos iguais aos das garrafas que representam, rolhadas e com os materiais que selam as rolhas tal qual os das garrafas dessas colheitas, as falsas garrafas cheias dificilmente são descobertas como vazias pois até parecem tão pesadas quanto as cheias na avaliação de quem possa pegar fisicamente numa desses monos. Dizem-me que o vidro utilizado nessas falsas garrafas cheias é mais grosso e como tal mais pesado do que o vidro de uma garrafa normal, numa opção claramente assumida para que a imitação seja quase perfeita e passe naturalmente no

crivo de quem as olha com ou sem vontade de as comprar. Perante esta descoberta, dei por mim a reconhecer que muitas vezes critiquei (sei agora que injustamente) os comerciantes que expunham ao Sol das respectivas montras boas garrafas de vinho sem acautelar o próprio vinho que se estragaria face aos efeitos das amplitudes térmicas próprias de uma montra. A facilidade e precipitação com que emitimos opinião sobre tudo e sobretudo sobre assuntos que desconhecemos é uma das fontes das desinformações que nos envolvem. Muitas vezes, a garrafa que parece cheia está vazia e não por ter sido bebida como a “garrafa vazia de Manuel Maria // de Manuel Maria // de Manuel Maria”. *Jornalista desde 1977


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Coimbra: Repavimentação condiciona trânsito na Rua General Humberto Delgado

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m Coimbra, a Rua General Humberto Delgado, no troço entre a rua D. Manuel I e a rua dos Combatentes, vai estar condicionada ao trânsito automóvel de 7 a 18 de Julho para obras de repavimentação. Os trabalhos, que vão decorrer entre as 09h00 e as 18h00, vão decorrer de forma parcial, em três fases, e sequencial. A primeira fase, que se prevê durar dois dias, vai incidir no troço entre os cruzamentos da Rua D. Manuel I e a o cruzamento com a Rua Avelar Brotero, em que existem três faixas no mesmo sentido e uma em sentido contrário, com estacionamento. Neste caso, serão fresadas e pavimentadas duas faixas de cada vez, sendo o transito desviado para as restantes vias. O estacionamento ficará inibido durante a intervenção. Já a segunda fase prevê intervenção no troço entre a Rua Avelar Brotero e a Rua Infanta Dona Maria, prevendo-se três dias de execução. Nesta zona existem duas faixas de circulação e uma faixa de estaciona-

mento no mesmo sentido, pelo que será pavimentada uma faixa de cada vez. O estacionamento ficará também inibido, de forma a manter sempre uma faixa transitável. A sinalização será dinâmica com o avançar da obra, prevendo-se a criação de dois desvios, que permitem a saída da praceta da Rua Infanta Dona Maria. Por fim, a terceira fase vai decorrer, previsivelmente durante três dias, no troço entre a Rua Infanta Dona Maria e a Rua dos Combatentes da Grande Guerra. Nesta zona também existem duas faixas de circulação e uma faixa de estacionamento

no mesmo sentido, pelo que será pavimentada uma faixa de cada vez. O estacionamento será inibido de forma a manter sempre uma faixa transitável. Recorde-se que esta obra está a cargo da empresa Marsilop – Sociedade de Empreitadas, S.A., que venceu o concurso público, e representa um investimento de 423.483,32 euros (IVA incluído). Esta intervenção está incluída no lote 4 de uma ampla empreitada de requalificação dos caminhos pedonais de Celas à Arregaça, que representa um investimento global de 2,6 milhões de euros.


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19 Ténis Sénior Nacional volta a estar presente em Coimbra com assinalável êxito www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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uma edição pautada pela presença das jovens esperanças do ténis nacional masculino e um misto de veterania e juventude feminina, realizou-se a quarta edição do Coimbra Ténis Open Sénior, organizada pelo Clube Ténis de Coimbra. Desde quinta-feira a domingo estiveram presentes nos courts do Clube Ténis de Coimbra 34 atletas masculinos e 15 femininos, de clubes das Associações de Ténis do Algarve (4), Aveiro (4), Coimbra (16), Lisboa (16) e Porto (9), realizando nos quatro dias da prova 30 jogos na modalidade masculina e 14 na feminina, em condições ideais para a prática do ténis do mais alto nível. As finais, como habitualmen-

te, disputaram-se no passado domingo, com a presença do Dr. Carlos Lopes, Vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra e da direção do CTCoimbra, para além do público que assistiu a dois bons jogos. Na Final masculina, enfrentaram-se duas promessas do ténis nacional, que nas suas férias escolares das universidades norte americanas onde estudam e praticam ténis, disputam os mais importantes torneios nacionais. A vitória foi para o atleta federado pelo Clube de Ténis do Porto, Tomás Pinho, com uma excelente réplica do Tomás Luís (Clube Ténis São Brás de Alportel) no segundo set (6-1 6-4) que esteve perto de levar o jogo para

terceiro set e muito valorizou o encontro. No Quadro Principal Feminino, Milana Ivantsiv, do Clube Ténis de Aveiro, a regressar dum período longo de paragem, fez uma prova irrepreensível e conquistou com naturalidade a vitória nesta prova, ainda que na final a sua adversária, a brasileira Nicole Giannini, filiada pelo Beloura TA, todo tenha feito para contrariar a superioridade da atleta aveirense e o desgaste acumulado da véspera em que venceu os seus dois encontros com recurso a terceiro set. Os vencedores e finalistas foram novamente agraciados com peças de cerâmica tradicional de Coimbra, pintada à mão, que muito elogiaram.


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