“Campeão das Províncias” - 07/07/2022

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DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO 2022 | N.º 552 | ANO 2

EDIÇÃO DIGITAL 28 PÁGINAS »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

GOVERNO APROVOU NOVO ESTATUTO PARA O SNS - Hospitais ganham autonomia para contratar

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO 2022

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Marta Temido anuncia criação de uma Direcção Executiva do SNS

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ministra da saúde, Marta Temido, esteve, esta quinta-feira, no Infarmed a apresentar o novo estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde começou por afirmar que “é evidente que há um défice de organização na forma como prestamos os serviços públicos de saúde no nosso país”, indicando que, para colmatar essa lacuna, foi criada uma “direcção executiva do SNS” que irá assumir “a coordenação de toda a resposta assistencial do SNS assegurando o seu funcionamento em rede” e autonomia para contratações de recursos humanos. Esta medida será uma “primeira dimensão do nível de organização” dos serviços públicos de saúde, explicou a ministra avançando depois para um segundo ponto concernente à autonomia das unidades de saúde. Temido anunciou a mudança a nível jurídico dos agrupamentos de saúde que “deixam e ser concentrados nas Administrações Regionais de Saúde” e possuírem maior autonomia. Com este novo estatuto, os hospitais e unidades de saúde terão maior autonomia para contratação de recursos humanos, “nas várias unidades de contacto”, detalhou ainda. O terceiro aspecto tido em conta é a motivação dos profissionais de saúde para que possam garantir “melhores cuidados, mas também mais humanização dos cuidados”, sublinhou. Esta aprovação, em Conselho de Ministros, disse a responsável, do novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS) pretende responder às “escolhas políticas” que constam da Lei de Bases da Saúde aprovada em 2019. “Hoje é um dia importante para o SNS e, sobretudo, para o seu desenho no futuro”, adiantou Marta Temido. A ministra recordou que, em

2019, foi aprovada uma nova Lei de Bases da Saúde, que incorpora um conjunto de prioridades e de “escolhas políticas” relacionadas com as taxas moderadoras, com a dedicação plena, a prioridade à gestão pública e o relacionamento entre os setores público e privado. O actual estatuto do SNS, em vigor desde 1993, “não respondia a essa nova Lei de Bases da Saúde”, adiantou a governante, ao avançar que a versão hoje aprovada recebeu, na fase de consulta pública, mais de 150 contributos “que foram incorporados”. O estatuto de 1993 “não corresponde já às necessidades” de organização dos serviços públicos de saúde, porque passaram 30 anos desde a sua aprovação, período em que muita coisa mudou na prestação de cuidados, disse Marta Temido.


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O fundador e presidente da Critical Software marcou a sessão do Dia da Cidade ao desafiar Coimbra a renovar-se, com “ambição, exigência e poucos egos, ultrapassando o registo autofágico”, como noticiamos na PÁGINA 3. Gonçalo Quadro foi uma das sete personalidades homenageadas no Feriado Municipal, numa cerimónia na Praça do Comércio, onde decorre a Feira do Livro (ver notícia sobre o evento cultural na PÁGINA 11). Hoje é um dia particularmente significativo das celebrações religiosas em honra da Rainha Santa Isabel, com a Procissão da Penitência que sai da Igreja de Santa Clara, pára na Portagem para a saudação à padroeira de Coimbra precedida do fado oração e um pequeno trecho adequado ao momento dos Antigos Orfenonistas de Coimbra, e segue até Santa Cruz (PÁGINA 10). As festividades terminam no próximo domingo, com a Procissão Solene, mas a Feira Popular mantém-se até dia 17.

NESTA EDIÇÃO

PRESIDENTE DO ISCAC, RECENTEMENTE ELEITO, EM ENTREVISTA

Alexandre Silva considera que duas Universidades em Coimbra “beneficiaria a cidade e a região” Revista com 44 páginas

“Cumprimos o nosso desígnio e até digo que, no âmbito da formação, houve uma aproximação das Universidades aos Politécnicos e não o inverso.” É desta forma que Alexandre Silva reage à aprovação de iniciativas legislativas, pelo Parlamento, defendendo que os Politécnicos passem a designar-se Universidades Politécnicas. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao “Campeão”, o presidente do ISCAC – Coimbra Business School enfatiza ainda a importância do “saber fazer” e da transição digital como propósitos do seu mandato. PÁGINA 7

SEXTA - 8 DE JULHO SÁBADO - 9 DE JULHO 18h00 - Abertura da XIV Mostra de Artesanato 21h30 - Actuação de 21h30 - Atuação do Duo Vikings LUÍS TRAVASSOS 23h00 - Arraial BANDA HIT 23h30 - Arraial BANDA IRA 02h00 - Animação DJ CAT 02h00 - Animação DJ CAT DOMINGO - 10 DE JULHO 09H30 - Caminhada Solidária da Liga Portuguesa Contra o Cancro “TODOS POR TODOS” 15h45 - Atuação das Coletividades e Associações das Freguesias de Antuzede e Vil de Matos 18H30 - FOLCLORE - Atuação do GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DA CIDREIRA 19H30 - Atuação do GRUPO de FOLES E CANTORIAS 22HOO - ENCERRAMENTO DO CERTAME

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In Campeão das Províncias de 7/07/2022

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GONÇALO QUADROS DEU “LIÇÃO” A COIMBRA

ESCAPES


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ACTUALIDADE

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UMA OPÇÃO DE VERÃO EM COIMBRA

CRIANÇAS E JOVENS CONVIDADOS A PASSAREM FÉRIAS NOS MUSEUS LUÍS SANTOS

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s núcleos museológicos do Mus eu Municipal de Coimbra e o Centro de Arte Contemporânea disponibilizam a grupos organizados de crianças dos 3 aos 12 anos, no período de férias lectivas, um conjunto de visitas com propostas de oficinas de expressão plástica. Esta iniciativa pretende despertar o interesse dos mais novos pela arte e pela história da cidade, patentes nos equipamentos municipais, com participação gratuita e apenas sujeita a inscrição. Na perspectiva de ocupar os tempos livres dos mais novos, nas férias de Verão, a Câmara Municipal de Coimbra oferece programação cultural, disponível desde o passado dia 1 de Julho e até 9 de Setembro, das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às

16h00, que integra visitas aos núcleos museológicos e à exposição patente no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra. Relacionadas com o acervo existente nos equipamentos municipais, as actividades dirigem-se a crianças dos 3 aos 12 anos (grupos formados do ensino pré-escolar, ATL’s e centros de férias). O objectivo do programa é motivar aprendizagens que valorizam a curiosidade e a imaginação, tendo como ponto de partida o contacto de proximidade com a arte e com a história da cidade de Coimbra. A participação nas diferentes experiências requer inscrição, implicando um número mínimo de cinco e um máximo de 25 participantes por acção. As marcações podem ser efectuadas através de e-mail ou telefonicamente (de segunda a sexta-feira,

das 10h00 às 16h00, consoante o local em que as iniciativas decorram) a saber: Edifício Chiado, Torre de Anto, Sala da Cidade e Edifício da Inquisição (239840754 ou museu. municipal@cm-coimbra. pt ); Torre de Almedina

(239833771); Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (239828052 ou centroartecontemporanea@cm-coimbra.pt) No Edifício Chiado decorre a iniciativa “Pára e ouve! Desenha! Olha à tua volta e associa o som à respetiva pintura!”, com as crianças a trabalharem outros sentidos, além da visão, a partir do núcleo de pintura da colecção Telo de Morais. PINTAR A RUA DAS TENDAS Na Torre de Almedina pretende-se que os participantes pintem um desenho da rua das Tendas,

patente na exposição temporária, colorindo assim a mais importante artéria da cidade durante a Idade Média. Esta rua passou a designar-se rua da Calçada por ser a primeira a ser calcetada, o que a distinguia de todas as outras em terra batida. Na Torre de Anto os participantes vão conhecer cantores do Fado de Coimbra, a forma como se vestem para o interpretar e quais os instrumentos associados a este género musical. Na Sala da Cidade decorre uma visita com proposta de oficina de expressão plástica, sendo distribuído aos participantes um kit para trabalhar, posteriormente, as ideias abordadas, enquanto no Edifício da Inquisição, a partir da apresentação da exposição “Judeus de Coimbra - Da Tolerância à Perseguição - Memórias e Materialidades”, abordar-

Na Torre de Almedina dá-se a conhecer a cidade na época Medieval -se um capítulo importante da história da cidade, com enfoque num dos painéis expositivos que levarão os participantes a interpretar o mapa de Portugal numa concepção diferente da que é conhecida. No Centro de Arte

Contemporânea decorre uma visita com proposta de oficina de expressão plástica, sendo as crianças desafiadas a desenharem a resposta a estas perguntas: “Nestas férias, onde gostarias de estar? Em cima da árvore, num tronco, à sombra ou pendurado?”.

EXERCÍCIO FÍSICO ALIADO AO INTELECTUAL COM PERCURSO PELO CHOUPAL E PIQUENIQUE NA SEREIA

TAGV PÕE COIMBRA A CAMINHAR E A PENSAR

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Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), em Coimbra, tem durante este mês de Julho, um ciclo de programação em torno da temática do caminhar, enquanto exercício físico, mas também emocional e cognitivo. “É um ciclo organizado em torno das práticas do caminhar e das filosofias do caminhar. A ideia é convocarmos o tema do caminhar como um exercício que é simultaneamente físico, emocional, intelectual e cognitivo”, refere o director do TAGV, Fernando Matos Oliveira. Este ciclo, que decorre até 16 de Julho, sempre aos sábados, começou no passado fim-de-semana com um percurso performance intitulado “Keep Walking Intently - Prossiga Andando Atentamente”, uma criação colectiva de Gabriel Cheganças, Maria Calem Louro e Ricardo Seiça Salgado. Os participantes foram confrontados com um mapa

da Praça da República e após terem retirado de um baralho de cartas as instruções caminharam pelos vários pontos assinalados. Da parte da tarde teve lugar uma performance de caminhada por Coimbra, chamada “Os Filhos de Abel”, de Patrícia Portela. “Para o meio destas três semanas [o próximo sábado, dia 9], desafiámos um conjunto de pessoas para debater, no TAGV, algumas dinâmicas e reflexões do caminhar. Será um debate aberto, sem alinhamento muito fechado, para reflectirmos sobre o caminhar”, revela o director do Teatro Académico. A partilhar experiências estarão o geógrafo João Luís Fernandes, o caminhante de longo curso André Pinto Rocha, que já percorreu toda a costa marítima portuguesa e recentemente deu a volta à ilha da Madeira, bem como o fotógrafo e caminhante Duarte Belo, que tem passado por todo o país. Ainda no mesmo dia, a partir das 18h00, terá lugar um percur-

O primeiro percurso foi na Praça da República (foto de Gabriela Valente), mas haverá passeio no Choupal e piquenique no Jardim da Sereia so pelo Choupal, intitulado “Ergue-te”. Trata-se de um projecto que nasceu à luz do texto “Andar a Pé”, de Henry David Thoreau, e da música do Coro da Primavera de José Afonso, sendo o mais recente trabalho dos Filhos de Nenhures, da Companhia João Garcia Miguel. “A 16 de Julho a proposta é a de fazermos um piquenique-concerto, no Jardim da

Sereia. Será um encontro de pessoas com ambiente sonoro do músico Rafael Toral, num contexto de jardim. Vamos oferecer aos primeiros 50 participantes inscritos um kit-piquenique, que contém algumas iguarias tradicionais, para connosco conviverem nessa tarde”, revelou. O director do TAGV evidenciou ainda que com este ciclo pretendem “sinalizar uma reflexão contemporânea,

que é cada vez mais urgente, sobre o que está a acontecer na nossa relação enquanto comunidade humana com o nosso meio de subsistência, que é planeta onde vivemos”. A participação em todas as actividades é gratuita. “LER AO CUBO” NO PARQUE VERDE A biblioteca de jardim “Ler ao Cubo”, localizada na

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margem direita do Parque Verde do Mondego, acolheu a apresentação do livro bilingue “O meu amigo/My friend”, da autoria de Milú Loureiro, e no próximo sábado, dia 9, pelas 16h00, realiza-se uma hora de conto, a cargo da “Recortar Palavras”. A biblioteca de jardim “Ler ao Cubo” cumpre o objectivo de potenciar o usufruto de um local aprazível e muito procurado, junto ao rio Mondego, sobretudo aos fins-de-semana e feriados, fomentando a leitura ao ar livre junto de todos aqueles que frequentam o espaço verde e de lazer. Em paralelo, a biblioteca acolhe, periodicamente, acções dirigidas a diferentes públicos, com especial incidência no público infantojuvenil. O espaço está aberto aos sábados, domingos e feriados, mantendo-se em funcionamento até ao dia 25 de Setembro, entre as 14h00 e as 19h00. Em Agosto funciona entre as 15h00 e as 20h00.

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ACTUALIDADE

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GONÇALO QUADROS PROFERIU UMA “LIÇÃO” NO DIA DA CIDADE

FUNDADOR DA CRITICAL DEU RECADOS A COIMBRA

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onçalo Quadros, fundador da Critical S oftware, deixou vários recados a Coimbra na sessão solene do Dia da Cidade, que decorreu na segunda-feira (4 de Julho), em plena Praça do Comércio, e na qual recebeu a Medalha de Mérito Empresarial, Grau Ouro. Na cerimónia, em que foram homenageados várias personalidade (ver adiante), o fundador da tecnológica Critical Software considerou que Coimbra precisa de se saber renovar, com “ambição e exigência e poucos egos”. A cidade “precisa, desde logo, mais do que celebrar os seus heróis que fizeram já o caminho, celebrar os seus heróis que ainda não fizeram o caminho”, defendeu o empresário que criou a Critical com outros colegas de curso e agora tem um grupo empresarial com cerca de 3.000 trabalhadores. “Sabemos que a consanguinidade mata a diversidade e que, sem diversidade, adoecemos e morremos. Sabemos, mas não ligamos. […] Sabemos que a arrogância, a soberba e a presunção

de que somos nós os melhores para fazer são receitas para a desgraça. Sabemos, mas os nossos egos não sabem. Coimbra precisa de querer saber. Coimbra tem de dar uma oportunidade não aos mesmos de sempre”, vincou. Para o empresário, é necessário “exterminar” um registo “autofágico” em que Coimbra vive há décadas, notando que, no essencial, são “sempre os mesmos a subir aos palcos”. “Este é o desafio que se coloca à cidade: Ir buscar, onde quer que estejam (à nossa beira ou num qualquer canto do planeta), pessoas que nos possam trazer a competência, a criatividade, a energia, a ousadia, a ambição, a paixão, o mundo de que precisamos. Saber dar-lhes desafios e espaço, deixar que elas nos inspirem”, considerou. Gonçalo Quadro defendeu a “renovação contínua, com ambição”, princípio que aplica e tem dado tanto êxito na Critical, assim como o “empenhamento em fazer de Coimbra um sítio incrível, fantástico”,

porque acredita que “é possível acabar com o autofágico”, vendo a cidade como “um sítio vibrante, ousado, diverso e inspirador”. FÓRUM DE MUNICÍPIOS DO CENTRO No primeiro discurso oficial do Dia da Cidade como presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva defendeu a criação e formalização de um fórum dos Municípios do Centro para uma defesa “mais proficiente” dos interesses da região. “Não tenho dúvidas de que é necessário unirmo-nos e criar e formalizar um fórum dos Municípios da região Centro, agregando as várias CIM [comunidades intermunicipais] nesta organização, para defendermos de forma mais proficiente os nossos legítimos interesses”, afirmou. Para o autarca de Coimbra é preciso acabar com a redução do país às áreas “metropolitanas do Porto e de Lisboa”. “Teremos de ser nós a criar a região Centro

que queremos e não esperar que o Governo central imponha uma regionalização eivada do centralismo do Estado, como está a acontecer com o processo de descentralização”, sublinhou José Manuel Silva. Abordando a questão da deslocalização “do potencial aeroporto nacional para sul do rio Tejo”, o presidente da Câmara de Coimbra considerou que faria sentido a construção daquela infraestrutura no Centro, constatando que a região é “permanentemente relegada para terceiro plano”. Essa situação exige “muito mais participação, acção e combate das CIM e dos concelhos da região Centro”, notou. E durante o seu discurso José Manuel Silva reiterou a necessidade de afirmação da CIM Região de Coimbra como “uma grande região metropolitana do país, a única que, além das áreas metropolitanas de Porto e Lisboa, preenche os critérios europeus para essa afirmação”. Num plano mais local, o autarca prometeu a apresentação no início de Outubro

Gonçalo Quadros desafiou Coimbra a renovar-se, com ambição, exigência e poucos egos de uma nova estratégia mu- Coimbra ao ter dedicado nicipal de médio prazo da “a sua existência ao bem da Câmara nas áreas da Cultura cidade”. e do Turismo e frisou que Na cerimónia foram o Município irá continuar também homenageados a investir na Praça do Co- José Cunha Vaz, Professor mércio, na Baixa da Cidade, da Faculdade de Medicina, para a transformar na “mais Francisco Andrade, que foi emblemática e energética” presidente da Junta de Frepraça de Coimbra. guesia de Santo António dos Na cerimónia, em que Olivais e antigo treinador da também foi homenageado Académica, o empresário o ex-vereador do PS Carlos Manuel Marques Teixeira, Cidade, que morreu em 29 da empresa Pereira & Santos, de Maio, o antigo presiden- Vítor Campos, médico e ante da Câmara de Coimbra tigo futebolista da AcadémiManuel Machado proferiu ca que faleceu em 2019, e o o discurso de elogio ao seu antigo e muito conceituado “companheiro de jorna- funcionário da autarquia da”. Para o ex-líder munici- António Carvalho, que fapal, Carlos Cidade marcou leceu este ano.

LUFAPO HUB DEDICADO ÀS INDÚSTRIAS CRIATIVAS

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ANTIGA CERÂMICA ACOLHE ESPAÇO DE NOVOS NEGÓCIOS

s instalações da antiga cerâmica LUFAPO, no Loreto, em Coimbra, são a base de um novo projecto desenvolvido pelo Centro Tecnológico da Cerâmica e do Vidro (CTCV), que quer atrair criadores mundiais, privilegiar a cocriação e desenvolver ideias de negócio. Amanhã (sexta-feira), integrado na comemoração dos 35 anos do CTCV, terá lugar o lançamento do LUFAPO HUB, pelas 17h30, numa sessão com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, Projectado para o edifício principal da antiga cerâmica LUFAPO, com 5.000 m2 e considerado um marco daquele que foi o maior complexo industrial de Coimbra, o LUFAPO HUB pretende constituir-se como um eixo criativo e empreendedor, aproveitando o conhecimento existente e criando sinergias entre as indústrias tradicionais, criativas e tecnológicas.

Nesta reconversão de um edifício centenário nasce o LUFAPO HUB, que é inspirado em iniciativas internacionais e nacionais “de sucesso” e nas novas políticas económicas “que privilegiam a cocriação, a inovação inclusiva e o empreendedorismo, em consonância com o movimento New European Bauhaus”, promovido pela Comissão Europeia e que visa constituir novos espaços urbanos mais sustentáveis, ao nível arquitectónico e de novas tecnologias de construção. O novo projecto, que recupera a marca LUFAPO - sigla nascida após a II Guerra Mundial, no âmbito da reconversão da indústria cerâmica portuguesa e construída a partir das palavras Lusitânia (a companhia que, anos antes, tinha adquirido as instalações), Faianças e Porcelanas - pretende criar um “complexo criativo e empreendedor aproveitando o conhecimento existente e criando sinergias” entre as

indústrias tradicionais, criativas e tecnológicas. Ana Carvalho, responsável pelo LUFAPO HUB, explicou há uns tempos em declarações à agência , que “a ideia foi criar um ‘hub’ [eixo], como agora se diz, que se interesse muito pelas indústrias criativas, essencialmente, mas também seja um centro de incubação de novas empresas”. “Já cá temos 23 empresas, algumas de base tecnológica, outras de serviços”, referiu, na altura, Ana Carvalho, adiantando que, excluindo o Instituto Pedro Nunes, essas empresas, na sua maioria ‘startups’, “não têm grande oferta em Coimbra para se localizarem”. “Coimbra, de acordo com um relatório de 2020, é o concelho do país com mais empresas, são quase cinco mil, e não têm muito sítio para se sediarem e exercerem as suas actividades e este edifício tem”, observou. Nas 23 empresas já alojadas no LUFAPO HUB, distribuídas entre o edifício

principal e dois edifícios anexos, trabalham mais de 80 pessoas, maioritariamente jovens qualificados. “Para além dos espaços que temos disponíveis para arrendar, temos muitos espaços comuns. Temos um auditório para 120 pessoas, temos um refeitório enorme, cinco ou seis salas de reunião e de formação grandes. Não devem existir muitos espaços para as empresas com estas condições em Coimbra e até na região” reforçou. Para além de um espaço de ‘coworking’ com 15 postos de trabalho, já em funcionamento no terceiro piso do edifício principal, onde se localizava a antiga biblioteca, o LUFAPO HUB pretende ainda criar um ecossistema onde “as empresas ‘startups’ e as empresas maduras acabem por trabalhar em conjunto”, declarou. INDÚSTRIAS CRIATIVAS Sendo o CTCV uma entidade ligada à investi-

gação e desenvolvimento de novas tecnologias, (que também promove ensaios laboratoriais e faz consultoria a empresas cerâmicas), mas que, ao longo dos anos, “nunca se dedicou muito à questão da criatividade, à parte artística”, entendeu desenvolver projectos na vertente das indústrias criativas, pretendendo transformar-se num “local inspirador que concilie a arte com a inovação, a sustentabilidade e a inclusão”. “Já fizemos um protocolo com o Cearte [Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património], que é uma escola de ofícios, muito dedicada também à cerâmica. E estamos a montar um atelier de cocriação para ceramistas”, frisou Ana Carvalho. Instalado no primeiro piso do edifício principal, nos antigos laboratórios, o ateliê destina-se a criadores na área da cerâmica e possui “todos os utensílios, ferramentas, equipa-

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mentos e fornos necessários” à actividade da olaria. “Adicionalmente, vamos introduzir a componente tecnológica, com impressão de cerâmica em 3D [três dimensões], aquilo a que chamamos fabricação aditiva, conjuntamente com todo o ‘know-how’ que o CTCV tem, de novos materiais e economia circular, conjugado com os novos artistas que para aqui vêm”, disse a responsável do LUFAPO HUB, acrescentando que o novo ateliê estará a funcionar neste Verão. Com bastante espaço edificado da antiga cerâmica ainda disponível, outra das ideias para atrair “novos projectos inspiradores” para o LUFAPO HUB passa por criar uma residência criativa, em regime de ‘co-living’, na cobertura do edifício-sede, “que atraia nómadas digitais e criadores de todo o mundo, preferencialmente ligados ao sector cerâmico”.


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FIGURAS ascensor A SUBIR

JOSÉ BELO Coube-lhe a honrosa tarefa de, a pedido da família, ter feito a apresentação de quem foi Vasco Gervásio e das razões porque merecia, já há uma data de tempo, ter registado em local público o reconhecimento de Coimbra pela forma tão brilhante e distinta como representou a sua Académica e a ajudou a guindar a um estatuto que apenas as entidades de excepção conseguem. A residir provisoriamente na Dinamarca, José Belo veio propositadamente da Dinamarca e foi muito feliz na forma elegante como desempenhou a sua tarefa, destacando em Gervásio o homem invulgar que foi, fosse enquanto atleta fosse como quadro da Segurança Social a que se dedicou, arrumadas as chuteiras. Fica na zona da Boavista a rua que foi destinada a esse fim e a cerimónia, curta mas emocionada, foi devidamente justificada pelas autoridades presentes (Câmara e Junta), na presença de alguns atletas daquele tempo que com Gervásio repartiram pedaços muito honrosos da sua juventude, dignificando o futebol português e a matriz da Académica (Mário Campos, Brasfemes, Valido, Marques, eventualmente outros). Mas sentiu-se ali, naquela meia hora de cerimónia, a presença de muitos outros, quer os que já partiram quer aqueles cuja saúde já lhes não permite participarem em muita coisa, como seria sua vontade. A Direcção da Académica esteve igualmente presente. Aquela placa com o nome de Vasco Gervásio a todos homenageava. Seguramente que seria exactamente isso que Gervásio gostaria, de tão amigo ele era de todos elas e tão superior e distinta era a sua estrutura humana.

A descer MARCELO REBELO DE SOUSA Bem poderia o Presidente da República ter-se poupado àquela atitude a roçar a deselegância de Bolsonaro. Bem sabemos que o presidente brasileiro está longe de se conduzir, na vida pessoal como na política, de forma distinta como o recomendaria as altas funções que exerce. Mas Marcelo Rebelo de Sousa, que não pára sossegado, bem poderia ter conduzido as coisas de forma a evitar a lambada de luva branca dada por outro chefe de Estado, por sinal de um país amigo, gesto que o desconsidera e não é indiferente aos portugueses que não gostarão que o seu representante máximo seja assim desconsiderado. Bastaria que a viagem e os encontros com presidentes brasileiros anteriores tivessem sido diplomaticamente preparados. É verdade que Lula da Silva é antigo presidente e nessa qualidade ser incluído nesses encontros, mas também não é menos verdade que é candidato adversário de Bolsonaro nas eleições presidenciais brasileiras que estão para breve. Mas se Marcelo se dá por satisfeito porque assim se falou mais de Portugal, então algo está mal no reino da Dinamarca. PEDRO NUNES DOS SANTOS Não tem, como ministro, um perfil que encaixe na perfeição com o estilo a que estamos habituados, mais próximo do intelectual e distante. Pedro Nuno dos Santos é apressado a ponto de deixar transparecer alguma instabilidade emocional, brusco e nem sempre macio na disputa de ideias, mas adivinha-se nele uma enorme vontade de fazer, de decidir, de apresentar trabalho. Não o tem conseguido, é certo. A ferrovia não passa de conjecturas abstractas e irrealizáveis pelo menos na próxima dúzia de anos e dificilmente por sua mão; a TAP foi e está ser um estoiro de queimar pestanas e dinheiros públicos sem dó nem piedade; o aeroporto é a mesma história de vai e não vai e disso não sairá tão cedo. Nuno dos Santos é mais voluntarioso que capaz. A vontade de fazer vem-lhe do homem da província que é, natural de uma zona que se distingue por gente pouco dada a mastigar as decisões anos sem fim, suportando com impaciência o rame-rame da cultura política lisboeta, que fomenta e alimenta um faz de conta constante, que se sente enobrecida e patriótica por distribuir sem critério e muitas vezes sem suporte ético os dinheiros públicos que a província lhe faz chegar pontualmente todos os meses. As pessoas da província levantam-se mais cedo, têm pressa de realizar e nem todas se acomodam a lamber as botas aos chefes. Mota Pinto disse-lhes que ou a coisa ia ou pegava nas chaves do carro; Arnaut disse a Mário Soares que se deixasse de tretas porque se não queria um SN na Saúde o faria na Justiça; Fernando Nogueira foi durante anos o garante da ética da governação e quando se percebeu que afinal aquilo metia água por todos os lados foi-se embora e nunca mais disse nada; Fausto Correia moralizou o deixa correr da administração pública mais num ano que outros toda a vida (reduziu quase cem mil funcionários dispensáveis e que logo a seguir foram imediatamente repostos), foi ao Brasil estudar as Lojas do Cidadão e quando veio implantou uma data delas, etc etc. Outros são tipo primeiro-ministro. Faz que faz e não faz, mas convence que faz e o povo acredita que sim. Nisso ninguém o bate. É natural, pois, que Pedro Nuno dos Santos se sinta menos bem naquele colete aburguesado que de ano para ano mais vai atrasando o nosso país em relação à Europa. A aparentemente intempestiva reacção de solidariedade da ministra Ana Abrunhosa para com Nuno dos Santos talvez tenha também alguma coisa a ver com as suas origens do interior beirão.

7 DE JULHO DE 2022 figura da semana

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UNIVERSIDADE DE COIMBRA REFORÇA LAÇOS DE COOPERAÇÃO COM O MUNDO DA LUSOFONIA

Tem tido a Universidade de Coimbra nos últimos anos uma destacada sensibilidade para se articular com países de expressão portuguesa – Moçambique, Angola, S. Tomé e Príncipe, Cabo Verde e Brasil em especial – no âmbito da formação jurídica desses países, alguns dos quais, naturalmente, não dispõem ainda de quadros do Ministério Público em número e formação bastantes para irem edificando o edifício jurídico de que precisam, tanto mais que em alguns desses países o mundo da corrupção não pára de crescer e obstaculizar o desempenho dos órgãos de governação. A Reitoria de Coimbra tem estado muito disponível para esta temática, aproveitando a circunstância de um dos seus Vice-Reitores, João Nuno Calvão da Silva [foto], ser professor de Direito e ter as relações internacionais como uma das suas áreas de actuação. Há dias, em mais uma dessas deslocações de aproximação e colaboração, o Professor João Nuno Calvão da Silva esteve em Moçambique onde assinou um acordo de colaboração com a Procuradoria Geral moçambicana, tendo em vista a formação de magistrados, oficiais de justiça e funcionários do Ministério Público, onde teve a oportunidade de evidenciar a importância do mundo jurídico para o desenvolvimento dos povos e consolidação dos regimes democráticos. Por seu intermédio, e demais equipa, tem a Reitoria da Universidade de Coimbra desenvolvido um extraordinário percurso na afirmação da nossa Universidade, reforçando o seu prestígio no espaço da lusofonia e abrindo as suas portas a estudantes oriundos desses países e outros, naturalmente. Uma Escola não cresce apenas quando põe pedra sobre pedra. Cresce também, e sobretudo, quando junta Saber ao Saber e o disponibiliza para o mundo na defesa dos valores civilizacionais.

JESUÍTA ANTÓNIO VAZ PINTO DINAMIZOU PASTORAL UNIVERSITÁRIA EM COIMBRA Muitos universitários de Coimbra recordam-se bem do padre jesuíta António Vaz Pinto, que nos anos 80 do século passado dinamizou o Centro Manuel da Nóbrega, na Alta da cidade. Falecido no primeiro dia deste mês, aos 80 anos, e na sequência de doença prolongada, Vaz Pinto “foi um contagiante pastor que, e junto da massa académica, no seio da Alta de Coimbra, no coração da cidade Universitária, no seu Pólo I, exerceu a missão de assistente religioso dessa anciã Escola Superior”, recorda António Barreiros, que conviveu com o sacerdote. Para o então jornalista, “o padre Vaz Pinto conseguiu deixar uma forte imagem da Igreja de Cristo junto da comunidade universitária de Coimbra, também pela disponibilidade como se apresentou, perante docentes, discentes e funcionários, para estar atento aos seus problemas e às suas questões de vida e de fé”. “Reconheço em Vaz Pinto um homem dotado do diálogo e da palavra que concitou o interesse de muitos e muitos dos ‘figurantes’ da Universidade de Coimbra, assim como promoveu, através de encontros da mais variada ordem, a circulação da troca de ideias e de opiniões para melhor se compreender a doutrina da Igreja e a Vida de Cristo” - refere António Barreiros. Vaz Pinto foi, entre outras missões, alto-comissário para as Migrações e Minorias Étnicas e esteve ligado à criação dos ‘Leigos para o Desenvolvimento’. Entre 1998 e 2005 foi assistente nacional da Comunidade de Vida Cristã (CVX) e, em 2008, foi nomeado director da Revista ‘Brotéria’ e trabalhou, também, durante vários anos, na Rádio Renascença, onde foi assistente entre 1984 e 1997, colaborando com vários órgãos de comunicação social, incluindo a Ecclesia. A 30 de Janeiro de 2006 foi distinguido pelo Presidente da República, Jorge Sampaio, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique. CATARINA SANTOS E BEATRIZ TEJO As alunas da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) foram distinguidas com o 1.º prémio e menção honrosa no Vidrala Master Glass Design Contest. Catarina Santos, estudante da licenciatura em Arte e Design, foi a vencedora da 7.ª edição deste prémio através da garrafa de licor IZZI. A jovem ganhou assim uma viagem à Feira do Mobiliário de Milão em 2023. Beatriz Tejo, aluna do mesmo curso, foi a segunda classificada no concurso e recebeu uma menção honrosa pela sua proposta de garrafa de licor, a COSMO. Esta embalagem destacou-se por ter uma “linha limpa e gráficos bem trabalhados” que apesar de apresentar uma forma de vidro tubular é complementada pela pega. DIOGO RIBEIRO O atleta, de 31 anos, é o primeiro reforço que a Académica/OAF oficializou para a temporada 2022/2023. O jogador é reforço do ataque da equipa que está a ser constituída pelo treinador Miguel Valença. Diogo Ribeiro é natural de Coimbra, formado

em Ciências do Desporto na Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra. Passou já por clubes como o SC Braga, Santa Clara, Vizela e Alverca, entre outros, regressando agora a uma casa que conhece bem. ARMANDO LAGOAS DA SILVA Natural de Febres, Cantanhede, Armando Lagoas da Silva é escritor, jornalista e jurista. Como jornalista colabora com mais de três dezenas de jornais e revistas de vários continentes. Na escrita destaca-se pelo romance e conta, também, com um vasto currículo de publicações. A 25 do passado mês, apresentou, no Salão Nobre da Junta de Freguesia da sua terra natal, a sua mais recente obra, “Cigana de Olhos Negros”. Trata-se de um romance ficcionado, que teve por base factos reais, passados em finais do século XIX e princípios do século XX. JORGE LAÍNS O médico do Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (CMRRC) Rovisco Pais preside à organização do Congresso Mundial de Medicina Física e de Reabilitação que está a decorrer, até hoje (7), em Lisboa e que enfoca nos principais temas ligados à Medicina Física e de Reabilitação. Jorge Laíns dirige o Departamento da Medicina Física e de Reabilitação, do Internato Médico e da Unidade de Cuidados Continuados, no Hospital Rovisco Pais, na Tocha, no concelho de Cantanhede. RAFAEL VIRIATO E DIOGO COSTA Os alunos do Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste conquistaram o 2.º lugar, em pares e individual, nos campeonatos nacionais escolares de iniciados, na modalidade de Boccia. A competição organizada pela Direcção-Geral da Educação, em parceria com o Município de Loulé, decorreu entre os dias 30 de Junho e 3 de Julho, reunindo cerca de 1.200 alunos e 250 professores de todo o país. TERESA ALMEIDA SANTOS, FILIPE XAVIER E FERREIRA RAMOS Teresa Almeida Santos é a nova presidente do Rotary Club de Coimbra – Olivais e sucede na presidência a Vítor Nuno Anjos. A professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra é também directora do Serviço de Reprodução Humana do CHUC e vice-presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Coimbra e faz ainda parte da Direcção da Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra. Filipe Jorge Xavier assumiu o mandato 2022-23 no Rotary Club de Coimbra, que sucede assim a Isabel de Carvalho Garcia. Já Ferreira Ramos é o novo presidente do Lions Clube de Coimbra para o próximo ano e promete continuidade e aprofundamento do trabalho até agora realizado. O novo presidente sucede a Carlos Braz Saraiva. JOANA DIOGO A judoca de Coimbra iniciou a qualificação olímpica para Paris’2024 com um quinto lugar no Grand Slam de Ulan-Bator. A competir em -52 kg, foi a portuguesa mais bem classificada no primeiro dia na Mongólia. Joana Diogo é 38.ª do ranking mundial em -52 kg e somou 360 pontos com este quinto lugar.

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ENTREVISTA

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ALEXANDRE SILVA, PRESIDENTE DO ISCAC, ACREDITA QUE SEPARAÇÃO ENTRE AS INSTITUIÇÕES “ERA APENAS UM FORMALISMO”

“CADA VEZ SERÁ MAIS TÉNUE A DIFERENÇA ENTRE POLITÉCNICOS E UNIVERSIDADES”

Licenciado em Matemática no ramo científico na área de Matemática Aplicada, pela Universidade de Coimbra, Professor Coordenador do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (ISCAC) – Coimbra Business School, Alexandre Silva foi eleito a 3 de Junho deste ano presidente da instituição, com a qual tem um vasto percurso, de mais de 20 anos, onde tem assumido vários outros cargos. Nela dirige o Centro de Estudos e Sondagens e coordena o Mestrado em Análise de Dados e Sistemas de Apoio à Decisão. É, também, autor de várias comunicações em congressos e publicações e membro de diversas associações científicas nacionais e internacionais. Para este novo caminho promete “sucesso escolar e inovação”, não esquecendo o desenvolvimento e aposta na relação com empresas, organizações e ordens profissionais e com um enfoque no “saber fazer” e na transição digital. NÁDIA MOURA / LUÍS SANTOS

Campeão das Províncias [CP]: O que o fez candidatar-se à presidência do ISCAC? Alexandre Silva [AS]: Todas as instituições têm ciclos e este ciclo pós-pandemia é também desafiante só por si. Vivemos intensamente o que já vínhamos a viver antes mas que se veio a intensificar com a pandemia que é a transição digital. Hoje a forma como olhamos para as profissões mudou. Aquilo que exigimos aos novos diplomados é já uma interacção com este mundo digital que não existia antes, não só pelo comércio digital mas pelas próprias infra-estruturas que já estão criadas. Vemos agora em Coimbra a candidatura da Baixa a um Bairro Comercial Digital e isso impele as instituições a desenvolverem-se, a pensarem o seu ciclo natural e a mudarem um o seu paradigma. A matriz da Coimbra Business School mantém-se, é uma escola do saber fazer. Sentindo essa necessidade e estando eu na área da Análise de Dados senti esse impulso para liderar esta escola para essa transição. [CP]: Quais são os propósitos que tem para este mandato? [AS]: Um é a revisão de todos os cursos. Entretanto tive a notícia que o mestrado que coordeno em Análise de Dados foi o primeiro da região, foi novamente acreditado já com uma reestrutura-

ção do seu plano mais actual. Depois, a transição digital aplicada aos cursos, no sentido de todos incluírem a análise de dados até porque todas as profissões vão precisar. Na perspectiva de mantermos os nossos cursos actuais, porque os empregos do futuro vão exigir essas valências. Outro

fiscalidade. A grande parte dos contabilistas teve alguma formação numa destas escolas. A diversificação do ensino superior permitiu que outras escolas fossem aparecendo e os outros politécnicos foram criando as chamadas escolas de tecnologia e gestão. De alguma forma esta área saiu da exclusividade dos ISCAs, mas continuam como referência. Depois houve a necessidade de uma escola de pós-graduações, de formação não graduada. Há muitos anos atrás esta era praticamente inexistente, mas as instituições de ensino superior abraçaram essa formação. No ISCAC vimos essa oportunidade e criámos um departamento de formação não conferente de grau que o mercado exigia. Nasceu, assim, primeiro uma escola de negócios e depois a Coimbra Business School que, hoje em dia, ganhou uma marca que ultrapassou a visibilidade da marca ISCAC

A Coimbra Business School é a escola de negócios e o ISCAC continua a ser a nossa Escola conferente de grau.

dos propósitos é a qualificação. Tivemos a excelente notícia da aprovação das Universidades Politécnicas, logo aí há uma necessidade de manter e qualificar o corpo docente. As parcerias também, com a ideia da certificação e da globalização. Vai haver um grande esforço para ter estágios internacionais, para haver certificação por entidades internacionais e reconhecimento por outras universidades e escolas de outros países para que automaticamente os alunos que se formem no ISCAC tenham essa porta aberta. [CP]: O que é o ISCAC e o que é a Coimbra Business School? [AS]: No início a minha carreira só existia o ISCAC, que vem da matriz antiga das escolas comerciais que partilhámos com o ISEC, naturalmente o ISCAC veio dessa matriz juntamente com os ISCAs de Lisboa, Porto e Aveiro e, durante muitos anos, estas quatro escolas foram absolutamente aglutinadoras na área da auditoria, contabilidade e

e hoje confunde-se pela sua projecção, transversalidade e abrangência. A Coimbra Business School é a escola de negócios e o ISCAC continua a ser a nossa Escola conferente de grau. [CP]: Há saídas profissionais e empregabilidade para quem sai destas escolas Politécnicas? [AS]: No caso das pós-graduações e mestrados uma grande parte dos alunos já está empregado procurando apenas uma formação adicional ou até para progressão no trabalho. A maior parte dos nossos cursos também tem estágio e, por isso, de alguma forma os alunos já têm uma experiência do mercado de trabalho antes de acabarem a licenciatura o que facilita a ligação com as empresas. Apostamos nos estágios curriculares, extra-curriculares, profissionais e até internacionais. Destacamos um “chapéu” importante que é o próprio Politécnico e do gabinete de Relações Internacionais que faz um excelente tra-

balho. A nossa formação é muito transversal, dá para a indústria, para o comércio, dá para serviços, administração pública... muitos dos nossos docentes têm uma ligação prática que nós valorizamos. [CP]: O que representa a passagem dos Institutos Politécnicos a Universidades Politécnicas? [AS]: Eu digo que cumprimos o nosso desígnio e até digo que, no âmbito da formação, houve uma aproximação das Universidades aos Politécnicos e não o inverso. Em muitas Universidades vemos que existem os cursos de contabilidade, enfermagem, Educação de Infância... cursos que não tradicionais nas Universidades. Na qualificação do corpo docente e no trabalho diário, hoje, não vejo diferença entre as Universidades e os Politécnicos. O que foi agora reconhecido foi esse caminho, abriu-se uma porta e só temos que aproveitar mantendo as ligações com as Universidades e consórcios, o passar a Universidades Politécnicas é por, e para, cumprirem todos os requisitos. Tudo farei para que, no meu domínio, o ISCAC - Coimbra Business School cumpra com todos os requisitos científicos e técnicos necessários para esse fim. A separação entre Universidades e Politécnicos era apenas um formalismo na minha opinião. Cada vez será mais ténue a diferença entre ambas as instituições e o fac-

Alexandre Silva é mestre pela Universidade de Dublin e doutorou-se no Reino Unido, ambos os graus obtidos na área da Estatística mia na gestão dos cursos, em critérios até na contratação de docentes, essa sim. Aí não deve haver ingerência do IPC, mas é algo que já acontece. Depois há a representação e a estratégia da própria instituição que julgo que têm de ser comuns, caso contrário um barco em que um rema numa direcção e outro rema noutra direcção, não anda. [CP]: No ISCAC como está a integração dos alunos do ensino profissional, há vagas suficientes? [AS]: Também aqui tem de existir uma “norma-chapéu” porque somos um Politécnico e, se somos uma escola com vocação profissional e para a ligação com as empresas, tem de existir alinhamento para isso. Já temos o número de vagas mais

A marca Coimbra é uma marca muito importante e sinto-me como um agente promotor.

to de poderem existir duas Universidades em Coimbra só beneficiará a cidade e a região. Em muitos aspectos não há sobreposição. [CP]: No Politécnico de Coimbra, qual a posição de que está mais próximo: à de Manuel Castelo Branco, que defendia uma maior autonomia das Escolas ou à de Jorge Conde, que vai no sentido de uma preponderância central do IPC? [AS]: Defendo a autono-

ou menos fixado, são cerca de 400. Temos alunos de várias nacionalidades, principalmente para os mestrados e de países africanos e do Brasil. A marca Coimbra é uma marca muito importante e sinto-me como um agente promotor. Em última análise o que quero é que a cidade saia vitoriosa e que mantenha o “marca” de ensino superior. Noto, sim, que já não temos a procura de outras geografias que tínhamos há uns anos atrás. Com a proliferação de escolas a nível

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 7/07/2022

nacional fez com que muitos alunos que viriam para Coimbra deixassem de vir. Acho, também que Coimbra tem de investir para além do curso, batalhar pela promoção da marca Coimbra porque, parece-me, fomos deixando cair alguns bastiões que tínhamos e que precisamos reerguer, precisamos voltar a ter uma dinâmica cultural ligada à academia, lembro os encontros de fotografia, o teatro, as tertúlias. Deixámos de ser uma centralidade no ensino, por mérito dos outros mas também por “culpa” nossa. Criámos, até na construção da cidade, várias centralidades perdendo a referência do centro muitas vezes deserto. É certo que também aconteceu noutras escolas do país e isso fez com que as pessoas se dispersassem. [CP]: O ISCAC tem falta de espaço? [AS]: Quando fomos para o espaço onde hoje nos encontramos – quinta agrícola - já havia em projecto a construção de um outro bloco que não chegou a ser construído e desde aí que notámos sempre falta do espaço. Quando fomos para lá em 1996 tínhamos três licenciaturas e neste momento temos sete, a caminho de mais uma, 13 mestrados, além de 40 pós-graduações. O que quer dizer que os horários pós-laborais exigem que nos reinventemos para dar todas as formações. PATROCÍNIO:


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REPORTAGEM

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GRUPO CORAL TEM APENAS CINCO ANOS, MAS É JÁ UMA REFERÊNCIA

CHORUS INGENIUM DE COIMBRA REPRESENTA ENGENHEIROS DA REGIÃO CENTRO Criada a 5 de Maio de 2017, a Chorus Ingenium – Associação Cultural dos Engenheiros da Região Centro surge pelas mãos da Ordem dos Engenheiros e da vontade em unir e fortalecer laços entre esta comunidade. Foi em grande medida a pensar na componente cultural que o Coro Chorus Ingenium veio dar vida e entusiasmo musical a todos aqueles que sentiam a música coral como uma actividade honrosa e conceituada. O seu percurso ainda é curto e quando estava em actividade crescente deparou-se com uma pandemia. Contudo, isso não foi motivo para baixar os braços e mesmo contra todas as adversidades soube contornar o momento e inovou na sua actividade criando o Ciclo de Sessões Multiculturais. Com cerca de cinco dezenas de coralistas, o grupo tem percorrido várias salas da região e do país e tem mostrado vontade em levar o nome Chorus Ingenium mais além. CRISTIANA DIAS

C

om o objectivo de promover actividades culturais e com vista à aproximação e desenvolvimento das relações sociais, nomeadamente entre os engenheiros e a sociedade, surgiu a 5 de Maio de 2017 a Chorus Ingenium – Associação Cultural dos Engenheiros da Região Centro. Foi dessa vontade que a Ordem dos Engenheiros da Região Centro (OERC) decidiu unir forças e implementar um órgão que os representasse, essencialmente, nestas componentes. “A Ordem dos Engenheiros é uma Associação que não tem apenas a componente técnica, tem também a componente social e cultural, prevista aliás nos seus estatutos. Queremos promover estas partes junto dos associados e da sociedade e tentar proporcionar o melhor que podemos fazer dentro delas”, refere Álvaro Saraiva, presidente da Chorus Ingenium. Aberta à participação de todas e todos os engenheiros que dela queiram fazer parte, a Associação tem em actividade e em consolidação o seu coro, também denominado

Chorus Ingenium. “Somos um agente cultural activo na promoção e divulgação, nomeadamente do canto coral e da música”, sublinha o presidente ao “Campeão”. Inicialmente a Associação começou a ter apenas associados coralistas, mas posteriormente com o desenvolvimento da sua actividade foi ganhando novos associados não coralistas. Actualmente, a Chorus Ingenium tem 54 associados, sendo que 46 são coralistas. O Coro, que é misto, faz-se acompanhar sempre ao piano por Inês Gomes e pelo maestro Augusto Mesquita. Durante o primeiro ano de vida, o Coro realizou dois espectáculos que muito representaram para a história do grupo. O primeiro foi na Guarda no XIX Encontro Regional do Engenheiro e o segundo já em casa, em Coimbra, no Convento São Francisco, no XXI Congresso da Ordem dos Engenheiros. “Foi um concerto grandioso e até arrojado”, declara o coralista referindo-se a este último espectáculo. Neste ano realizaram ainda o primeiro sunset Chorus Ingenium. A partir daqui o Coro foi-se desenvolvendo e cres-

cendo progressivamente, com a realização de cada vez mais espectáculos, sempre com a ajuda e orientação do maestro Augusto Mesquita. O momento era de ascensão, até que com o surgimento da pandemia covid-19 o impulso de crescimento que se estava a verificar foi quebrado. “Estávamos a ter um bom desempenho a nível coral. Fizemos a nossa última actuação a 4 de Março de 2020, no auditório da Ordem dos Engenheiros, na celebração do Dia Mundial da Engenharia para o Desenvolvimento Sustentável .Estávamos a começar muito bem esse ano, íamos já no terceiro espectáculo, mas a partir daqui a actividade coral parou”, explica Álvaro Saraiva. Na expectativa de que as coisas melhorassem, empolgado também pelo desconfinamento que se verificou nesse verão, o coro foi aguardando pela oportunidade para iniciar novamente a actividade, mas os vários recuos e avanços da pandemia alterou todo o esquema. CICLO DE SESSÕES MULTICULTURAIS De forma a ‘fintar’ a pandemia e a ultrapassar o momento, a Direcção decidiu organizar o Ciclo de Sessões Multiculturais – Chorus Ingenium 2021. Programado para ocorrer de forma online, via Zoom, e com cerca de 45 minutos a 60 minutos (que muitas vezes acabou por se prolongar para além desse tempo), esta iniciativa consistiu em 10 sessões que foram desenvolvidas de Fevereiro a Julho de 2021. “O objectivo era convidar pessoas que representassem e que fossem exemplo da actividade que desenvolviam. Convidamos várias personalidades ligadas à cultura, arte,

Coro promove o estreitamento de relações entre os engenheiros, nomeadamente através de actividades de cariz cultural

social, informação e ciência, sem prejuízo de outras, procurando assim dar alguma transversalidade a estas mesmas sessões”, diz o presidente. Ao longo destas sessões foram transmitidas experiências, conhecimento, ideias e visões dos diferentes “mundos” dos vários convidados. “Foi uma forma de ultrapassar o facto de não podermos actuar ou não poder haver nada presencial”, realçou. O maestro Augusto Mesquita iniciou o ciclo com o tema “A música na voz e nos instrumentos”. Nomes como Artur Pinho Maria, Patrícia Ferreira, Catarina Canas, Avelino Correia, Élia Ramalho, Cristina Faria, Jorge Castilho e Paulo Bernardino passaram também por esta iniciativa. O Coro retomou a sua actividade e os ensaios de forma presencial no início deste ano, em Março, tendo já realizado alguns espectáculos. Marcou presença, a 25 de Junho, na celebração do 90.º aniversário da Casa da Formação Cristã da Rainha Santa, em Coimbra, e no dia 26 de Junho no 2,º Festival de Coros de Coimbra, organizado pela União de Freguesias de Coimbra.

Álvaro Saraiva é presidente da Chorus Ingenium – Associação e Coro desde a sua fundação em 2017 de S. Romão, realizado no Pavilhão Centro de Portugal, também em 2019, no dia 22 Setembro, Dia Mundial da Doença Alzheimer. Usando da sua prerrogativa sociocultural organizou em Setembro de 2019, na sede a OE em Coimbra, uma exposição integrada nas celebrações dos 50 anos da chegada do Homem à Lua intitulada de “Engenhos do Espaço: Mostra de Alguns Artefactos da Era Espacial”, da autoria do engenheiro Rui Moura.

COMPONENTE SOCIAL

CRESCER E ESPALHAR O NOME DE COIMBRA

Enquanto Associação de cariz social, a Chorus Ingenium procura marcar presença e apoiar as mais diversas causas. Participou em vários espectáculos solidários, nomeadamente no concerto solidário Venerável Ordem Terceira de Coimbra realizado no Grande Auditório do Convento de S. Francisco, Coimbra, em 2019 e também esteve presente no concerto solidário ABC e D de S. Romão a favor da Associação de Bem-Estar, Cultura e Desenvolvimento Social

No seu reportório, o Coro Chorus Ingenium conta com 30 peças ensaiadas, bastante diversificadas, que segundo o presidente considera que tem “temas preparados para diferentes públicos”. Da lista constam músicas como um Medley de músicas de Zeca Afonso, como Verde São os Campos, Maria Faia, Canto Moço, Milho Verde, Menino d’Oiro, etc, Caçador de Sóis, Avé Maria, Excertos do Fantasma da Ópera, Feiticeira, Que Deus me Perdoe,

Altos Castelos, entre outras. “Queremos cantar música de Coimbra que faça referência à cidade e à sua região e por isso Coimbra está sempre no nosso horizonte em termos musicais. Tentamos sempre dar a conhecer cantores, músicas e poemas da região”, sublinha Álvaro Saraiva. Apesar do seu, ainda curto percurso, o Coro Chorus Ingenium já actuou em várias salas da região Centro, nomeadamente no Pavilhão Centro de Portugal, Mosteiro de Santa Clara-A-Velha, Café Santa Cruz e Convento São Francisco. Já foram actuar também a Oliveira de Frades, Leiria, Cantanhede, Lisboa, Arganil, Ançã e Guarda. Apesar das dificuldades sentidas durante a pandemia covid-19, o presidente destaca que o balanço é positivo dos cinco anos de existência. “Ao ouvir o Feedback sobre os nossos concertos sentimos que é bom, porque dizem que gostam de nós e de nos ouvir cantar e isto significa que estamos a conseguir fazer aquilo a que nos propusemos. O resultado só pode ser positivo”, frisa o presidente.

Grupo tem o apoio financeiro essencialmente da Ordem dos Engenheiros

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ACTUALIDADE

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DISTRITO TEM ESTE ANO 15 VENCEDORES DO GALARDÃO

COIMBRA “ACIMA DA MÉDIA” NAS DISTINÇÕES “PRÉMIO CINCO ESTRELAS REGIÕES” NÁDIA MOURA

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Metodologia Cinco Estrelas é result ado de um projecto de empreendedorismo, nascido em 2015, desenvolvido por Débora Santos Silva e Ana Lourenço. Os objectivos desta iniciativa passam por “permitir aos consumidores identificar facilmente bons produtos e serviços, dando-lhes a garantia de que estão a fazer a escolha acertada. Além disso, serve para que as empresas possam não só identificar situações de melhoria (pelo report detalhado que recebem os testes e estudos que são implementados), mas também para que os vencedores possam utilizar esta distinção como uma ferramenta de comunicação e de aproximação aos consumidores”, esclarecem ao “Campeão”, as mentoras do projecto. O Prémio Cinco Estrelas Regiões é um sistema de avaliação que mede o grau de satisfação que produtos, serviços e marcas

conferem aos seus utilizadores, tendo como critérios de avaliação as cinco principais variáveis que influenciam a decisão de compra dos consumidores, sendo que as classificações são obtidas através de várias fases de testes e estudos de mercado. As categorias avaliadas não são estáticas, e apresentam grande dinamismo, em função da conjuntura de mercado e daquilo que marcas e consumidores procuram. Exemplo desse dinamismo são os dois últimos anos, marcados pela pandemia de covid-19. Se, até 2019, a grande maioria das marcas vencedoras do Prémio Cinco Estrelas Regiões pertenciam ao sector do Turismo (Restauração e Hotelaria), em 2020 e 2021 verificou-se uma quebra nestes sectores em benefício de um forte aumento das candidaturas na área da Saúde (Clínicas Médicas, Clínicas de Fisioterapia, Residências Sénior, Apoio Domiciliário, etc). Paralelamente, com o objectivo de ajudar consumidores e marcas, Débora e Ana frisam que sempre

tiveram “o desejo de criar um prémio para marcas portuguesas de presença regional nos diferentes distritos do país, dando a oportunidade a marcas que estão por norma menos visíveis, pelo seu cariz regional, mas que têm um nível de qualidade superior”. Nasceu, assim, em 2017, o Prémio Cinco Estrelas Regiões, adaptado às marcas regionais que, recentemente, apresentou ao mercado os vencedores de 2022. Para além das marcas comerciais, o Prémio Cinco Estrelas Regiões destaca o que de melhor existe nas diferentes regiões do país ao nível de recursos naturais, gastronomia, arte e cultura, monumentos e património, aldeias e vilas. Elementos identificados através de um inquérito nacional massificado por nomeação da população portuguesa, com a participação de milhares de consumidores portugueses. REGIÃO CENTRO A região Centro de Portugal é das que maior

número de vencedores do prémio Cinco Estrelas Regiões apresenta, sendo que são vários os ícones e marcas que recebem esta distinção no distrito de Coimbra. Em 2022, o distrito apresenta 10 vencedores de marcas e cinco ícones regionais. “Se, do total dos 226 vencedores (114 ícones e 112 marcas em todo o país), fizermos uma média por região (18 distritos mais as duas regiões autónomas), diria que seria uma média de 11 vencedores por região/distrito. Tendo em conta que o distrito de Coimbra tem,

em 2022, 15 vencedores, podemos afirmar que está claramente acima da média”, realçam Débora Santos Silva e Ana Lourenço. Para o futuro, os objectivos são claros: as responsáveis pretendem que a iniciativa continue “a avaliar, premiar e divulgar o que de muito bom se faz no nosso país, para que cada vez mais Portugal seja preferido pelos próprios portugueses, nomeadamente ao nível das actividades turísticas. Possivelmente, um passo futuro será trabalhar a comunicação do Prémio Cinco Estrelas Regiões

para que seja reconhecido internacionalmente e os turistas estrangeiros que nos visitam possam então beneficiar das marcas e ícones regionais que exibem a «estrela laranja» [símbolo das marcas vencedoras de presença regional]”. Para a edição de 2023, cujo período de candidaturas já abriu, as duas responsáveis acreditam que o sector turístico vai voltar a reerguer-se. “Sentimos que a área turística promete estar em força e com novidades interessantes a apresentar no próximo ano”.

VENCEDORES DE 2022 NO DISTRITO DE COIMBRA: CATEGORIA Apoio Domiciliário Centros Comerciais Clínicas de Estética Clínicas de Fisioterapia Festas, Feiras e Romarias Hotel de Montanha Imobiliárias Lojas de Artigos para o Lar Residências Sénior Serviços Óticos Arganil Montemor-o-Velho Coimbra Mira Lousã

CONCELHO Coimbra Coimbra Coimbra Coimbra Cantanhede Oliveira do Hospital Coimbra | Condeixa-a-Nova | Lousã | Figueira da Foz Coimbra Coimbra Oliveira do Hospital Aldeias e Vilas Doçaria Regional Monumentos Nacionais Praias Serras

MARCA/ ÍCONE REGIONAL Saúde Até Si Forum Coimbra Vitaslim Fisiocoimbra Expofacic Quinta da Geia Soluções Ideais Lusalar Residências Montepio Ópticas Lince Aldeia de Piódão Pastel de Tentúgal Mosteiro de Santa Clara-a-Velha Praia de Mira Serra da Lousã

Aldeia de Piódão, Pastel de Tentúgal, Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, Praia de Mira e a Serra da Lousã são os ícones regionais premiados no distrito

ISEC RECEBE HOJE (7) MINISTRO BRASILEIRO LUIZ RAMOS

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PORTUGAL E BRASIL UNIDOS PARA CURSOS DE DUPLA TITULAÇÃO

ministro da Secretaria Geral da Presidência da República Federativa do Brasil, Luiz Ramos, visita, às 10h00 de hoje (7), o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC). Esta visita decorre no âmbito das diligências que a escola está a desenvolver, em Portugal e no Brasil, para ter cursos com dupla titulação com universidades brasileiras.

Segundo Mário Velindro, presidente do ISEC, o ministro brasileiro tem um papel de coordenação no Governo federal muito importante para os interesses desta instituição de ensino. A sua visita às instalações do ISEC representa “a atenção e o interesse com que o governo brasileiro vê a possibilidade de haver estudantes seus a completar ciclos de estudos em Coimbra e

estudantes do ISEC a fazer o mesmo no Brasil”. Segundo Mário Velindro, esta visita será uma oportunidade para um membro do Governo brasileiro conhecer os laboratórios do ISEC, os seus projectos e as parcerias que desenvolve com algumas das empresas mais inovadoras do mercado. Para o presidente do ISEC, estão a ser dados todos os passos para que,

no final dos cursos, os estudantes portugueses e brasileiros possam ser diplomados pelo ISEC e pela correspondente universidade brasileira. A encabeçar o projecto estão os cursos de Engenharia Civil e de Engenharia Mecânica, com aulas presenciais em ambos os países e aulas online em comum. “A internacionalização do ensino e da [nossa] in-

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vestigação aplicada para o mercado do Brasil é uma das prioridades do ISEC neste momento: tanto o mercado de estudantes brasileiros, como o mercado empresarial do Brasil, têm um potencial imenso”, afirma o responsável da escola. “Seja para recebermos estudantes do Brasil nos nossos cursos em Coimbra, seja para os nossos diplomados iniciarem

carreiras profissionais de sucesso em grandes empresas brasileiras, estamos a construir uma enorme janela de oportunidades para os próximos anos”. Durante a sua visita, o ministro Luiz Ramos será também recebido pelo presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e pelo Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.


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FESTAS DA CIDADE DE COIMBRA COIMBRA VENERA A PADROEIRA COM DUAS PROCISSÕES

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O POVO QUE AMA A RAINHA SANTA ISABEL

Rainha Isabel que se tornou Santa continua a ser venerada pelo povo, que passados tantos séculos ainda recorda o quanto ela se dedicou aos mais humildes e carenciados, criando instituições para acolher e auxiliar doentes e pobres. O primeiro momento alto das festas em honra da padroeira de Coimbra acontece esta quinta-feira, com a procissão da penitência, onde a imagem sai da Igreja de Santa Clara (18h00) para abraçar a cidade em Santa Cruz. A forma cadenciada como é transportado o andor faz parecer que a Rainha

Santa vem a caminhar até à Portagem, onde é recebida (22h30) com música, palavras e a evocação do milagre das rosas através do fogo-de-artifício. A Rainha Isabel de Aragão faleceu a 4 de Julho de 1336, em Estremoz, e no dia seguinte iniciou-se o cortejo fúnebre, perante sol inclemente, para Coimbra, acompanhado com grande solenidade, por prelados, cavaleiros e damas da corte. Na quinta-feira, dia 11 de julho, deu entrada no Mosteiro de Santa Clara, ao som do Requiem aeternam e foi sepultada no dia seguinte, levando o bordão com as conchas, insígnia de romeira de Santiago que

lhe fora dado pelo arcebispo de Compostela, e a bolsa das esmolas. À data da sua morte já o povo a apelidava de Rainha Santa, fruto das virtudes e santidade bem conhecidas; os pobres que alimentava, a esposa e mãe exemplar, a protecção a igrejas e hospitais. E entre os seus múltiplos milagres e intercessões divinas destacava-se já o bem conhecido Milagre das Rosas. A imagem da Rainha Santa vai estar na Igreja de Santa Cruz, desde a noite desta quinta-feira até ao próximo domingo, exposta à veneração dos devotos. A Procissão Solene de Regresso iniciar-se-à pelas

16h00 e terminará pelas 20h30, na Igreja da Rainha Santa, com alocução pelo bispo de Coimbra. Desde a primeira metade do século XVI, por intervenção do rei D. João III, que a Universidade ficou obrigada a homenagear a Rainha Santa e mais tarde, a partir de 1845, a integrar a procissão da Rainha Santa, costume esse que se prolongou até aos nossos dias. Também a Câmara Municipal de Coimbra, desde 1757, que é um elemento obrigatório na composição organizativa do cortejo da Rainha Santa e no acompanhamento da procissão solene, que perdura até à actualidade.

COM ANIMAÇÃO DIÁRIA E MUITOS CARROSSÉIS

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FEIRA POPULAR DECORRE ATÉ 17 DE JULHO

om muitos locais para se comer e beber, área de exposições, carrosséis e um vasto cartaz de espectáculos, a Feira Popular de Coimbra regressou em força, após dois anos de pausa devido à pandemia. No recinto na Praça da Canção, com uma área de três hectares, entraram mais de 50 mil pessoas só nos quatro primeiros dias (fim-de-semana e feriado do Dia da Cidade), segundo referiu ao “Campeão” José Simão, presidente da Junta da União das Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas, a entidade organizadora da Feira Popular. A entrada é gratuita, com a Junta desta União de Freguesias a ter apenas como receita o aluguer dos espaços e o servi-

Só nos primeiros quatro dias a Feira Popular recebeu mais de 50 mil visitantes ços de refeições na Feira, funcionar até 17 de Julho, onde se pode saborear a das 20h00 à meia-noite sardinha assada. A Câ- durante a semana e até às mara de Coimbra apoia 2h00 à sexta-feira, sábado este ano com apenas 15 e domingo. mil euros, o que deixa José Os espectáculos, a Simão desgostoso, tanto partir das 22h00, têm mais que tem a seu cargo atraído muito público, o pagamento da água e da como o de Ruizinho de electricidade do recinto. Penacova, mas a animaAs festas da Cidade ção continua nos próxide Coimbra terminam mos dias com Sede Banno próximo domingo, dida, Os Red, a noite das mas a Feira Popular vai Concertinas, o Dox Trio,

Fonte da Pipa, os 100 Remédio, Grupo FBI e a Gala de Kickboxing (dia 16). A Previdência Portuguesa é uma das entidades presentes na Feira Popular, participando pró-activamente junto da comunidade e no apoio ao evento. Esta Mutualidade, integrando o sector de economia social, tem vindo a promover as suas áreas de actuação e a reforçar os serviços prestados à comunidade. A Previdência Portuguesa procura, com esta acção de proximidade, um contacto directo com a população, que permita dar a conhecer o exercício da sua actividade na área da saúde, ensino, habitação, poupança e cultura e dos projectos inclusivos na área da 3.ª idade.

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PONTOS ESSENCIAIS DO PROGRAMA Hoje, dia 7 (quinta-feira) - Missa solene seguida de Procissão de Penitência (18h00 - Saída da imagem da Rainha Santa Isabel com destino à Igreja de Santa Cruz) - Procissão de Penitência (22h30 - Saudação de boas-vindas à Rainha Santa e cântico, na Portagem) - Fogo-de-artifício que simboliza um bouquet de rosas em homenagem à Rainha Santa Isabel (22h30 - Ponte de Santa Clara e Portagem) - Feira Popular (20h00/24h00 – Praça da Canção) Dia 8 (sexta-feira) - Exposição da imagem da Rainha Santa Isabel (8h00/20h00 - Igreja de Santa Cruz, com missas às 9h00, 10h00 e 17h30) - Campeonatos Interdistritais Juvenis e Absolutos de Natação (9h00 - Centro Olímpico de Piscinas Municipais) - Visita guiada “Tradições Académicas e a Canção de Coimbra” (15h00, Sé Nova, com inscrições obrigatórias, limitadas a 25 pessoas, pelo telefone 239 702 630 - Feira Popular (20h00/2h00, actuação de Sede Bandida às 22h00) - Concerto de Miguel Araújo (21h30 - Jardim da Sereia) Dia 9 (sábado) - Exposição da imagem da Rainha Santa Isabel (8h00/20h00 - Igreja de Santa Cruz, com missas às 9h00, 10h00 e 17h30) - Campeonato Distrital de Atletismo de Veteranos (Pista de Atletismo do Estádio Municipal Cidade de Coimbra) - Campeonatos Interdistritais Juvenis e Absolutos de Natação (9h00 - Centro Olímpico de Piscinas Municipais) - Feira de Artesanato Urbano (9h00/19h00 - Avenida Central, junto à Loja do Cidadão) - Feira Popular (20h00/2h00, actuação de Os Red às 22h00) - Concerto de Carolina Deslandes (21h30 - Jardim da Sereia) - Espectáculo Piromusical (24h00 - Rio Mondego) Dia 10 (domingo) - Imagem da Rainha Santa Isabel na Igreja de Santa Cruz (missas às 8h30, 10h00 e 11h30) - Campeonato Distrital de Atletismo de Veteranos (Pista de Atletismo do Estádio Municipal Cidade de Coimbra) - Campeonatos Interdistritais Juvenis e Absolutos de Natação (9h00 - Centro Olímpico de Piscinas Municipais) - Concertos para bebés (10h00 e 11h30 - Palco do Grande Auditório do Convento São Francisco) Missa presidida pelo Bispo de Coimbra e Procissão Solene de Regresso a Santa Clara-a- Nova (16h00 - Igreja de Santa Cruz) - Chegada da Procissão à Igreja da Rainha Santa (20h30 - breve alocução pelo Bispo de Coimbra) - Feira Popular (20h00/2h00, actuação do Grupo de Concertinas Sons de Casconha e Fonte da Pipa às 22h00) - Concerto “Amigo Zeca” com Cristina Branco e Salvador Sobral (21h30 - Jardim da Sereia).


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FESTAS DA CIDADE DE COIMBRA

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ESCOLHA DA PRAÇA DO COMÉRCIO DINAMIZA A BAIXA DE COIMBRA

FEIRA DO LIVRO TEM MASSAGENS COM LEITURAS DE POEMAS “E

sta é uma verdadeira Feira do Livro e a Praça do Comércio está preenchida e bonita” - observou o presidente da Câmara de Coimbra ao visitar o certame, que abriu no primeiro dia deste mês e decorre até ao próximo domingo, dia 10, das 11h00 às 22h00. José Manuel Silva considera que esta é uma “aposta

ganha”, quer pelo número de expositores e livreiros presentes, quer pelo aspecto que “a magnífica praça apresenta”, sublinhando, igualmente, a presença de autores na Feira do Livro, assim como a programação que está associada, e deixando no ar a vontade de em próximas edições a estender pela Baixa. Novidade desta edição

O QUE OUVIR E VER NA FEIRA DO LIVRO Dia 7 (Hoje) 11h00 – Hora do Conto: “Histórias contadas, cantadas e desenhadas”, pelas contadoras Helena Amaral e Liliana Machado. 18h00 – À conversa com Joana Costa Roque, com moderação de Joana Pires Araújo. 19h00 – Entrega do Grande Prémio de Literatura Bográfica Miguel Torga APE/CMC a Mário de Carvalho, pela obra “De maneira que é claro...”. Dia 8 (sexta-feira) 11h00 – Hora do Conto. 18h00 – Encontro com João Pinho e Victor Costa “Lendário – 100 lendas da Região de Coimbra”, com apresentação de Martha Mendes (parceria CMC e Fundação INATEL). 19h00 – Performance: “A grande mentira” (uma viagem aos grandes mitos e enganos da noss História), por Hugo van der Ding (Antena 3). 21h00 – Comversa/debate: dedicada ao Bicentenário da Constituição de 1822, com Vitel Moreira e José Domingues. Dia 9 (sábado) 11h00 – Encontro com Raquel Patriarca, “A histórias de uma história”. 17h00 – Tertúlia: “Fernando Assis Pacheco na intimidade – Coimbra em Fernando Assis Pacheco”, com Teresa Portugal, José Carlos Vasconcelos e António Apolinário Lourenço, com moderação de Teresa Carvalho e leituras de João Rasteiro (parceria CMC e Centro de Literatura Portuguesa). 18h00 – Encontro com Álvaro Laborinho Lúcio, “As Sobras de uma Azinheira”, com apresentação de Cristina Robalo Cordeiro. 19h00 – Concerto com Cithara (Fundação INATEL). Dia 10 (domingo) 11h00 – Encontro com Carlos Nuno Granja, “Poemas de Areia para Ler na Maré Cheia”. 18h00 – Encontro com Madalena Matoso, “Como ver coisas invisíveis”, com apresentação de Cátia Soares. 19h00 – Recital-concerto “Entre nós e as palavras”, com Rodrigo Leão, Gabriel Gomes e Miguel Borges.

são as “Leituras Zen”, sessões de massagens de relaxamento acompanhadas por leitura de poemas (pela Bonifrates e colectivo declAMAR Poesia). Os interessados em aderir poderão fazê-lo diariamente, das 20h30 às 22h00, mediante inscrição no local. Depois de dois anos de paragem, devido à pandemia de covid-19, esta edição da Feira do Livro marca, também, a separação das anteriores componentes de artesanato e gastronomia que decorriam em conjunto no Parque Verde e no Parque da Cidade. Diogo Piçarra, José Milhazes, Sérgio Godinho e Pedro Lamares com Filipa Leal foram alguns dos nomes que se destacaram nos primeiros dias da Feira do Livro de Coimbra, que conta com quatro dezenas de expositores para promover o livro e a leitura, assim como iniciativas diárias dirigidas ao público infantojuvenil e famílias. No Dia da Cidade (4 de Julho) houve um concerto por Sérgio Godinho com Filipe Raposo e nesse dia festivo a programação encerrou com a prestigiada dupla Filipa Leal e Pedro Lamares, que protagonizou um “Manifesto pelos leitores e poesia”. Também o escritor infanto-juvenil José Fanha marcou encontro com os mais novos, explorando a sua obra “Histórias na ponta de um sorriso”. Nestes três dias que faltam para terminar a Feira do Livro ainda apresenta um programa atractivo (ver caixa) e ali também está presente a PSP, com um stand, onde promove a imagem institucional da Polícia de Segurança Pública e, na vertente da produção e disseminação do conhecimento científico, disponibiliza a venda ao público de algumas obras editadas pelo Centro de Investigação do Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna e pelos

Serviços Sociais da Polícia (SS/PSP). Também no pavilhão dos CTT os visitantes podem encontrar as novas edições do “Clube do Coleccionador”, bem como as mais antigas, e beneficiar de descontos de 40% nos livros do dia e de 50%, num conjunto de títulos seleccionados, entre outras promoções. A Feira do Livro é uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal de Coimbra em parceria com a Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra, a Associação Há

As opiniões têm sido positivas, com o certame a valorizar uma das praças mais bonitas da cidade Baixa e a Associação Portuguesa de Escritores, com o o apoio do Forum Coimbra,

da Fundação INATEL e da Associação Académica de Coimbra.

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FIGUEIRA DA FOZ

FIGUEIRA DA FOZ FESTIVAL SOMNII REGRESSA AMANHÃ À PRAIA DO RELÓGIO

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“maior sunset de sempre” está de volta, amanhã (8), à Praia do Relógio, onde decorre até domingo (10). A edição deste ano conta com três dias de música electrónica, house, techno, trance e, ainda, muitas emoções e surpresas, que vão realçar a importância da água para o equilíbrio da natureza. Inspirado neste elemento natural, o maior festival de praia do país vai apresentar alguns dos melhores nomes dos estilos musicais referidos. Do cartaz de amanhã fazem parte Alan Walker, Diego Miranda & Mc Katorz, Mandragora live e Miss K8. Para sábado, está previsto Alok, CL, Danny Avilla, Cura e Tropkillaz. No último dia, o ‘sunset’ da Figueira da Foz vai contar com Brennan Hart, A7s, Martin Jensen, Morten e Vini Vici. O encerramento de cada dia vai ficar a cargo dos DJ’s RFM Somnii, Rich & Mendes. Promovido anualmente pela Memories of Tomor-

Organização alerta para vaga de calor e recomenda cuidados de hidratação e protecção solar row (MOT), o evento teve, em 2019, um impacto directo na economia local que ultrapassou os 10 milhões de euros, com mais 90 mil entradas. Segundo Tiago Branco, responsável pela MOT, revelou que o estudo feito pela Universidade do Minho mostra que os inquiridos gastaram uma média diária de 115,68 euros no recinto, em hotelaria e restauração, entre outros. Segundo dados da organização, este estudo permitiu averiguar que 88% do público do festival é nacional, sendo Espanha, Luxemburgo e Alemanha

os países que mais levam público estrangeiro ao local. Com um investimento superior a dois milhões de euros, estão envolvidas 517 pessoas na organização do evento, na qual se privilegia a mão de obra e os produtos da região. Depois de dois anos de interrupção devido à pandemia, para esta edição está prevista “pelo menos o mesmo número de entradas de 2019”. Segundo o director executivo da MOT, “a hotelaria já está toda esgotada e só o staff da produção tem reservas de 100 mil euros na hotelaria”, informou.

BRENHA QUER VOLTAR A SER FREGUESIA Um grupo de habitantes de Brenha afirmou, na reunião da Assembleia Municipal, a sua intenção de reverter a extinção da freguesia, em 2013, no âmbito de uma reforma administrativa do Estado. Segundo Luís Silva, coordenador da comissão encarregada deste processo, “Brenha tem todas as condições para voltar a ser freguesia e a população quer ter a sua independência autárquica de volta”. O activista comunicou que as assembleias de Freguesia de Quiaios e Alhadas, que absorveram o território da antiga freguesia, “deliberaram, por unanimidade, a reversão”. À data

da extinção, a freguesia tinha uma área de 5,95 quilómetros quadrados e contava com mais de um milhar de habitantes. Brenha tinha, ainda, um posto de saúde que acabou por ser encerrado. Segundo Luís Silva, os cidadãos de Brenha tinham mais qualidade de vida “antes da extinção da freguesia”. Assim, a comissão “Brenha a Freguesia” interveio na Assembleia Municipal para questionar o presidente da Câmara, Santa Lopes, sobre um pedido de apoio logístico e jurídico que não obteve resposta para desenvolver o processo. Este pedido assenta na Lei 39/2021, que permite

a reactivação de antigas freguesias. Para Santana Lopes, “nesta fase”, o município não tem de ser envolvido no processo, mas sim a Assembleia Municipal e, posteriormente, a Assembleia da República. Segundo o presidente, “a Câmara tem de apoiar a criação da freguesia e a comissão instaladora depois da decisão da Assembleia da República”, sendo que, “até lá, a autarquia não se deve envolver neste processo”. Os procedimentos legais para a reactivação da freguesia de Brenha têm de estar concluídos até ao final deste ano, de acordo com os prazos definidos na Lei.

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LPCC.NRC PROMOVE RASTREIO DE CANCRO DA MAMA O Núcleo Regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC.NRC) lança o apelo às utentes do concelho de Figueira da Foz, com idade compreendida entre os 50 e os 69 anos, para participarem no programa de rastreio de cancro da mama. A decorrer até finais de Setembro, a Unidade Móvel de Mamografia Digital encontra-se estacionada no Centro de Saúde Buarcos, estando

em funcionamento de segunda a quinta-feira, das 8h30 às 13h00 e das 13h30 às 18h30, e à sexta-feira das 9h15 às 12h30 e das 13h30 às 16h30. As mulheres que tenham inscrição actualizada no Centro de Saúde recebem uma carta com a indicação da data e da hora de realização do exame. Segundo consta à LPCC, parte das faltas aos rastreios decorrem da desactualização dos dados

de morada nos registos dos Centros de Saúde, motivo pelo qual a LPCC apela à actualização dos mesmos. Os especialistas referem que este exame deve ser repetido de dois em dois anos, de forma a garantir uma prevenção mais eficaz. Às interessadas, mais se informa que, para marcações ou informações adicionais, devem contactar o Centro de Coordenação do Rastreio.

REFORÇO DO CORDÃO DUNAR REAGENDADO PARA O OUTONO O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, anunciou que a transferência de 100 mil metros cúbicos de areia na área costeira para reforço do cordão dunar vai ser reagendada. Este procedimento “deverá acontecer em Setembro ou Outubro”. O atraso deste processo – que devia ter sido concluído até ao final de Maio, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) – tem gerado queixas ao presidente, que se tem mostrado preocupa-

do com a erosão costeira e assoreamento da barra. Na reunião da Assembleia, o autarca revelou que a nova data foi comunicada pelo vice-presidente da APA, Pimenta Machado. Segundo Santana Lopes, as restantes intervenções agendadas pela APA para a zona costeira da Figueira da Foz mantêm a mesma calendarização. A partir de 2023, está previsto transferir 3,2 milhões de metros cúbicos na praia a Sul na Cova Gala e dentro do mar, num investimen-

to de cerca de 20 milhões de euros. A solução para combater a erosão costeira a Sul da Figueira com recurso a um sistema fixo de ‘bypass’ é a mais indicada a longo prazo e deverá arrancar em 2024. A sua construção deverá representar um investimento de 18 milhões de euros, com um custo total, a 30 anos, que inclui o funcionamento e manutenção, de cerca de 60 milhões de euros, movimentando um milhão de metros cúbicos de areia por ano.

HOSPITAL DISTRITAL REALIZA ENTEROSCOPIA POR VIDEOCÁPSULA ENDOSCÓPICA O serviço de Gastroenterologia do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) realizou, no passado mês, a primeira enteroscopia por videocápsula endoscópica, exame que estuda o intestino delgado em toda a sua extensão. Com este exame, o HDFF deixa de enviar os doentes para o Centro Hospital e Universitário de Coimbra e poderá destacar-se no centro da referenciação para outras instituições que ainda não executem o exame. Com 30 exames já a realizar, o

HDFF considera que esta é uma técnica que traz conforto aos seus doentes. Gabriela Pena, coordenadora do serviço, explica que “esta é uma especialidade muito técnica e esse caminho da diferenciação tem que ser trilhado” para que não se referenciem os doentes para outras instituições. A gastroenterologista adianta que através da endoscopia digestiva alta é feito o acesso ao esófago, ao estômago e à parte inicial do intestino delgado e com a colonoscopia é analisado o intes-

tino grosso e muitas vezes a parte final do intestino delgado. “O intestino delgado é de difícil acesso, daí a importância de utilizar a videocápsula”, salienta. A enteroscopia por videocápsula permite o estudo de anemias e hemorragias digestivas, o estágio e monitorização da doença de Crohn e o despiste de pólipos no intestino delgado, entre outros. O exame dura aproximadamente oito horas, com preparação intestinal prévia do doente.

QUARTEL DA IMAGEM ACOLHE “CONVERSAS COM SABER” O Quartel da Imagem vai receber, esta segunda-feira (11), às 17h00, a SMS - Associação dos Amigos do Convento de Seiça no retomar das “Conversas com Saber”. Com o apoio do Município da Figueira da Foz, a iniciativa vai contar com a participação de Saúl António Gomes, professor do Departamento de História da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra

e conceituado investigador com uma vasta obra, da qual se destaca as publicações dedicadas ao estudo das abadias cistercienses de Alcobaça, Santa Maria de Cós e Odivelas. Nesta que será a sua 14.ª edição, o ciclo terá como tema o “Mosteiro Cisterciense de Santa Maria de Seiça: Elementos da sua História”. A acontecer precisamente 450 anos depois do início

das obras do Mosteiro [em 1572], a conversa pretende gerar o diálogo em volta do legado cisterciense, com a apresentação de factos novos e inéditos sobre a abadia de Seiça, um monumento cisterciense de referência no Baixo Mondego e na Região Centro. A participação é gratuita, dirigida ao público em geral, embora sujeita a inscrição prévia.

SANTANA LOPES NOMEIA ANABELA TABAÇÓ &202 9,&(˨35(6,'(17( '$ &Ç0$5$ O presidente da Câmara da Figueira da Foz, Santana Lopes, que - desde o início do seu mandato não tinha nomeado ninguém a vice-presidente por opção própria – designou, agora, Anabela Tabaçó para o cargo. Esta era a segunda da lista do movimento independente Figueira a Pri-

meira que, em Setembro, venceu as eleições autárquicas. O anúncio foi feito por Santana Lopes no final da reunião da Assembleia Municipal, que decorreu na passada tarde de quinta-feira (30). A vereadora, de 52 anos, é licenciada em Economia pela Universidade de Coimbra (UC) e

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apresenta currículo na área financeira como consultora de gestão e fiscalidade. A autarca detém os pelouros das Finanças e Orçamento, do Sector Empresarial Local, da Modernização Administrativa, a Coadjuvação nas Questões de Desenvolvimento Económico e os Recursos Humanos.


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ACTUALIDADE CONCELHIA CANTANHEDE II TRAIL “ROTA DO BOLO” VOLTA A ANÇÃ ESTE DOMINGO

Ançã recebe, este domingo (10), no Terreiro do Paço, o II Trail “Rota do Bolo”. Esta é uma iniciativa de natureza desportiva, organizado pela Junta de Freguesia, com o objectivo de corresponder à crescente adesão de corrida por trilhos rurais e urbanos, percorrendo, assim, as principais zonas emblemáticas da região. O evento é composto por um trail de 15 quilómetros e uma caminhada de 10, num percurso devidamente sinalizado. A participação não tem qualquer custo asso-

ciado, tanto para o trail como para a caminhada. Ao aderir ao evento, os participantes têm direito a um dorsal personalizado com chip integrado (excepto caminhada), t-shirt, abastecimentos, lembranças, seguro de acidentes pessoais, banho, bolo de Ançã e almoço volante. Os prémios serão distribuídos pela equipa mais numerosa e pelas três melhores equipas K15, com troféus para os três primeiros classificados masculinos e femininos. Estes serão, igualmente, di-

vididos por escalões de idades: entre 18 e 22, 23 e 34, e mais de 35. A classificação colectiva determina-se com base na classificação geral, sem distinção de escalão ou sexo, somando os lugares dos três primeiros classificados de cada equipa. As equipas vencedoras serão as que obtiverem a pontuação menor, através do cálculo anterior. A equipa mais numerosa, por sua vez, determina-se com base na soma dos participantes inscritos na Caminhada e Trail Curto.

PROPOSTAS DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO JOVEM ENTREGUES ATÉ 15 DE SETEMBRO O Município de Cantanhede informou, na terça-feira (5), que o Orçamento Participativo Jovem está no período de apresentação de propostas até 15 de Setembro, mediante inscrição prévia na plataforma que o ‘website’ da Câmara disponibiliza. De acordo com o regulamento, “a proposta

deve ser específica e bem delimitada no que respeita à sua execução, pelo que os participantes deverão atribuir uma designação à proposta de investimento, descrevê-la de forma sucinta e indicar o valor do investimento até ao valor máximo de 50 mil euros”. Segundo a autarquia, de 15 de Setem-

bro a 15 de Outubro será feita a análise técnica das propostas, decorrendo a votação durante um mês, até 15 de Novembro, através dos meios digitais do Município ou, de forma presencial, nas instalações da Câmara Municipal. O projecto vencedor será anunciado até 16 de Dezembro.

0217(025˨2˨9(/+2 CASTELO RECEBE PROGRAMAÇÃO CULTURAL EM JULHO O Castelo de Montemor-o-Velho vai receber, ao longo deste mês, a programação “Castelo Sente Património”, com música, artesanato, observação de aves [‘birdwatching’] e resolução de enigmas. O evento conta com promoção da Câmara Municipal e vai levar os visitantes

a conhecer os trabalhos em madeira do artesão José Carlos Oliveira, destacado como “figura do mês”. Vão poder, também, tirar partido da peça “A Cegonha”, através do espólio do Museu do Campo Luiz Correia de Oliveira da Liga dos Amigos dos Campos do Mondego (LACAM).

Este sábado (9), o espaço transforma-se num castelo de enigmas, com uma visita guiada nocturna marcada para as 21h30. A exposição “O Projecto Birdwatching Paul do Taipal” vai estar disponível até ao dia 25, e aos fins-de-semana estará patente o mercado de produtos endógenos.

MEÃS DO CAMPO PREPARA MELHORAMENTO URBANÍSTICO NO VALOR DE 100 MIL EUROS Foi, na segunda-feira (4), assinado o contracto de financiamento “Programa de Equipamentos Urbanos de Utilização Colectiva – Subprograma 2”, que tem como objectivo a reabilitação do Espaço Polivalente existente na freguesia. A formalização do contracto foi feita na presença de Carlos Miguel Secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Sónia Ramalhinho

(Direcção-Geral das Autarquias Locais), Maria Neves (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) e Paulo Valente (presidente da Junta de Freguesia de Meãs do Campo), e marca o início de uma nova urbanidade no centro da freguesia. “Este contracto visa o melhoramento urbanístico. A obra tem o valor de 100 mil euros em que o Governo comparticipa com 50%”, refere o governante. O

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SOURE PISCINA DE VILA NOVA DE ANÇOS REABRE QUATRO ANOS DEPOIS DO ‘LESLIE’ A piscina municipal coberta de Vila Nova de Anços vai reabrir ao público, em finais de Setembro, quase quatro anos depois de ter sido danificada pela tempestade Leslie. Mário Nunes, presidente da Câmara de Soure, adiantou que a empreitada está concluída e que “a obra está em condições de ser aceite” pela autarquia, depois desta ter feito um investimento de 979 mil euros na sua recuperação e modernização. Os trabalhos tiveram uma comparticipação da União Europeia na ordem dos 215 mil euros, através do Fundo Europeu de Desenvolvimen-

to Regional (FEDER). Segundo o presidente, cabe ao município assegurar agora “um conjunto de investimentos” em diversos “equipamentos e arranjos exteriores”, que se prevê rondar os 100 mil euros, para que a piscina possa reabrir no prazo previsto. A reabertura da piscina pretende oferecer um equipamento completamente novo, mais virado para a saúde e o bem-estar da população do que para recreio. Esta deverá funcionar todos os dias do ano, à excepção de domingos e feriados. Segundo o presidente, “a empreitada incluiu a intervenção na envolvente in-

terior e exterior da estrutura e sistemas de iluminação, de produção de energia térmica, de ventilação mecânica, sistema solar fotovoltaico e sistema solar térmico”. A Câmara pretendia que “a obra tivesse ficado concluída há mais de um ano, o que não foi possível por diversos motivos, entre os quais atrasos devido a questões da própria empreitada” e problemas associados à pandemia, o que originou “prejuízo na contratação de mão-de-obra, na aquisição de matérias-primas e no fornecimento dos serviços especializados”, de acordo com Mário Nunes.

CÂMARA MUNICIPAL ADJUDICA 10 DAS 16 LOJAS DO REQUALIFICADO MERCADO MUNICIPAL A Câmara de Soure aprovou a atribuição do direito de ocupação de 10 das 16 lojas do Mercado Municipal, cuja requalificação custou 886 mil euros. A adjudicação foi aprovada por unanimidade, numa sessão em que o presidente do executivo, Mário Nunes, não pôde estar presente, tendo os trabalhos sido conduzidos pelo vice-presidente, Américo Nogueira. Com um investimento total de 855,840,11 euros, dos quais 674,546,57 resultaram de

co-financiamento de uma candidatura a fundos europeus, aprovada no âmbito da regeneração urbana da vila de Soure, a infra-estrutura encontra-se, segundo o Município, “apta a funcionar”. Esta intervenção foi considerada “prioritária pela sua importância estruturante e localização central, quer pela sua dimensão, morfologia e relação com o espaço público próximo”. Segundo a autarquia, as condições anteriores eram “sofríveis”, levando os comerciantes “cada vez

mais a abandonar” o espaço. Das 16 lojas disponíveis, “foram arrematadas 10”, entre talhos, peixarias, comércio e serviços, devendo “em breve ter lugar uma nova hasta pública para atribuição dos restantes espaços”, segundo confirmou o gabinete de comunicação do Município. Após a atribuição do direito de ocupação pelo executivo, os novos comércios têm, conforme o regulamento, 30 dias para ocupar o novo espaço, prevendo-se a sua instalação ainda este mês.

MIRA CENTRO DE RECOLHA DE ANIMAIS VAI SER INAUGURADO EM SETEMBRO Depois do início das obras de construção em 2020, o Centro de Recolha de Animais, na Praia de Mira, “deverá ser inaugurado em Setembro”, adianta Raúl Almeida, presidente da Câmara Municipal. Este Centro, erguido nas instalações onde a Associação Abrigo de Carinho desenvolve a sua actividade, terá capacidade para acolher 150 cães e 30 gatos. Segun-

do o presidente, “a abertura não está dependente directamente da Câmara, está dependente da E-REDES”, referindo que “se os prazos forem cumpridos, em Setembro conseguimos abrir o Centro de Recolha”. A obra está, segundo o autarca, “praticamente concluída”. O Centro de Recolha de Animais tem como objectivo alojar cães e gatos vadios ou errantes,

encontrados na via pública ou em quaisquer lugares públicos do concelho de Mira, bem como animais perigosos que apresentem riscos para a segurança de pessoas ou outros animais. A ideia é criar melhores condições ao canil actualmente existente, que é gerido pela Associação, e oferecer ainda condições condignas para os seus funcionários.

presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão, manifestou satisfação pelo passo dado e elogiou a capacidade “das entidades se candidatarem ao financiamento para que não dependam da Câmara para aquilo que precisam de fazer no seu dia-a-dia”. Paulo Valente frisou que a PRAIAS RECONHECIDAS COM “QUALIDADE DE OURO” obra “marca o início de uma Decorreu na quinta-feira sensibilização ambiental, rea- de de Ouro”, atribuída pela reabilitação” que pretende (30), a cerimónias de has- lizado pelo Centro de Saúde Quercus e a Bandeira relativa voltar a dar vida à zona centeamento da 16.ª Bandeira de Mira. Com a presença de à implementação do sistema tral da freguesia. Azul na Praia do Poço da Jardins de Infância e IPSS’s do Color ADD, um sistema de Cruz e da 36.ª na Praia de concelho, as cerimónias co- informação para daltónicos. MUNICÍPIO PROMOVE FÉRIAS DESPORTIVAS Mira. Uma vez mais, estas meçaram de manhã na Praia Estes prémios e distinções Até 29 de Julho, o Mu- em simultâneo, Montemor- actividades semanais acon- praias foram reconhecidas de Mira, com a apresentação devem-se ao trabalho conjunnicípio de Montemor-o- -o-Velho, Pereira e Araze- tecem entre as 8h30 e as como zonas balneares de de um teatro de sensibiliza- to entidades, nomeadamente, -Velho e o Projecto iMon- de, a iniciativa é dirigida a 17h30, incluem, por exem- excelência, reforçadas com a ção ambiental, realizado pelo os concessionários, Junta de temor4G – Programa CL- crianças entre os sete e os plo, futebol, basquetebol, gi- distinção da Quercus com a Centro de Saúde de Mira. A Freguesia da Praia de Mira, DS4G, com a colaboração 14 anos, tendo um custo nástica, karaté, caminhada, classificação de “Qualidade cerimónia do Hasteamento Comunidade Associativa e do Agrupamento de Escolas de 60 euros por semana, padel, bodyboard, piscina e de Ouro”. A cerimónia teve da Bandeira Azul teve lugar da Educativa, funcionários mude Montemor-o-Velho, vol- valor que inclui o acesso às actividades de praia. As ins- início de manhã, na presença parte da tarde, pelas 14h00, na nicipais, Associação Adamastam a organizar as Férias actividades programadas, crições decorrem, mediante de Jardins de Infância e IPSS’s Praia do Poço da Cruz, onde tor, Protecção Civil, GNR, Desportivas – Verão 2022. seguro, refeições (almoço a disponibilidade existente, do concelho, e contou com a também foram hasteadas Bombeiros, sapadores e da A decorrer em três pólos e lanche) e uma t-shirt. As para todos os interessados. apresentação de um teatro de a Bandeira Praia “Qualida- população em geral.

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ACTUALIDADE CONCELHIA

ANADIA MUNICÍPIO APOIA DADORES DE SANGUE E ESCUTEIROS DO CONCELHO O Município de Anadia vai atribuir um apoio financeiro, no valor total de oito mil euros, às duas Associações de Dadores de Sangue e aos quatro Agrupamentos de Escuteiros do concelho. Os Agrupamentos [Anadia, Sangalhos, Avelãs de Cima e São Lourenço do Bairro] vão receber 1,500 euros cada e as Associações [ADABEM

de Mogofores e ADASFES de Sangalhos] vão, por sua vez, ser contempladas com 1.000 euros, para apoiar a respectiva actividade. O apoio atribuído aos Escuteiros tem em consideração a sua importância para o Município e as actividades que desenvolvem, nomeadamente a nível social, cultural, recreativo e desportivo. Em relação

às associações, a autarquia reconhece as diversas iniciativas que estas têm vindo a promover, nomeadamente no concelho de Anadia, na recolha de sangue e na angariação de novos dadores, através da organização regular de campanhas de recolha de sangue, destinadas a contribuir para distribuição de sangue.

PAMPILHOSA DA SERRA CORTE DE MEIO MILHÃO FAZ REPENSAR ESTRATÉGIAS O município da Pampilhosa da Serra perdeu cerca de meio milhão de euros das transferências do Orçamento de Estado, segundo declarou o presidente Jorge Custódio. O autarca salientou que, no seguimento deste corte, a Câmara vai ser “obrigada a repensar as suas estratégias e a rever o orçamento municipal”. Segundo o líder do executivo, os

cortes na transferência de verbas do Estado atingem praticamente todos os municípios, embora em concelhos de pequena dimensão “se faça sentir mais”. O Município recebia 7,5 milhões de euros e vai passar, assim, a receber sete milhões de euros. A situação torna-se mais preocupante na medida em que aumentaram as despesas da autarquia com a trans-

ferência de competências, já que o pacote financeiro com que acompanhou o processo “não chega para cobrir as despesas”. Estes constrangimentos foram debatidos na sessão de Câmara que decorreu na freguesia de Pessegueiro, com o presidente da autarquia a alertar para as dificuldades de gestão causadas pela descentralização de competências.

VILA NOVA DE POIARES PISCINAS DA FRAGA JÁ ABRIRAM AO PÚBLICO As Piscinas da Fraga reabriram, na sexta-feira (1), ao público, em Vila Nova de Poiares, marcando oficialmente a abertura da época balnear que se estende até Setembro. Ao contrário dos últimos anos que, devido à situação pandémica, foi necessário encurtar o horário de funcionamento e a lotação do espaço, este ano o complexo poderá ser utilizado

sem restrições, permitindo que as pessoas possam desfrutar das condições que as Piscinas oferecem. O horário de funcionamento será contínuo de terça-feira a domingo, das 10h00 às 19h00, e restrito ao período da tarde às segunda-feira, das 14h00 às 19h00, sendo a manhã para manutenção e limpeza. O espaço vai dispor de serviço de bar, assegurado

pela Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Poiares. Como novidade, serão servidas refeições rápidas. As entradas são totalmente gratuitas, abertas a todos os utilizadores, não só da vila, mas também de concelhos vizinhos. O Complexo tem seis piscinas naturais, espaços de recreio, várias zonas de sombra, de descanso e de merendas.

MEALHADA PROGRAMA DE TRANSPORTE A PEDIDO POR TÁXI TEM NOVAS ROTAS

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programa “Sit Flexi – Transporte a pedido”, que permite aos munícipes a requisição de táxis a preços mais acessíveis, vai ter mais duas rotas e mais dois lugares servidos. O Sit Flexi vai ser alargado a oito rotas, servindo mais duas localidades do concelho da Mealhada, passando de 27 para 29, mantendo-se os mesmos horários de chegada ao destino (8h30 e 14h00) e de regresso (12h30 e 18h00). Além dos destinos Largo da Câmara Municipal da Mealhada, Unidade de Saúde Familiar da Mealhada e Unidade de Saúde Familiar da Pampilhosa (para as freguesias Luso, Vacariça,

Pampilhosa e para os lugares Silvã, Mala e Carqueijo, da freguesia de Casal Comba), vai existir o destino Luso/ Bussaco, com partida do Posto de Turismo da Mealhada, e uma oitava rota, com destino à Mealhada e à Pampilhosa, para os lugares que, no período não escolar, não tenham cobertura horária de serviço de transporte público regular. Vai ser possível requisitar o táxi através de uma chamada telefónica, na véspera da viagem. As deslocações à Mealhada, Pampilhosa ou Luso/Bussaco, vão poder ser feitas duas a três vezes por semana, de segunda a sexta-feira. Este novo projecto

piloto já começou e terá a duração de seis meses. O munícipe paga um valor pela viagem mais baixo do que o custo real do trajecto, sendo o restante suportado pela Câmara da Mealhada e pela Comunidade Intermunicipal (CIM) – Região de Coimbra, através de um financiamento do Fundo Ambiental. Este serviço visa colmatar limitações do acesso ao transporte público convencional, oferendo maior acessibilidade e mobilidade em áreas isoladas e dispersas e permitir responder às necessidades especificas das populações mais envelhecidas e com mobilidade condicionada.

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PENELA MUNICÍPIO RECEBE DISTINÇÃO EUROPEIA NAS ÁREAS DA INOVAÇÃO E EMPREENDEDORISMO

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Município de Penela recebeu, por parte do Comité das Regiões Europeu, em Bruxelas, o Prémio “Região Empreendedora Europeia 2023. Em Portugal, além de Lisboa e Castelo Branco, Penela assume-se como o único concelho de baixa densidade populacional a conseguir esta distinção. O Comité atribuiu este rótulo aos três territórios europeus que se distinguiram pela promoção de estratégias de empreendedorismo e de crescimento inteligente, tendo simultaneamente em conta os desafios societais. Esta edição é dedicada ao tema “Empreendedorismo e Comunidades Resilientes”. Penela foi galardoada pela sua visão inspiradora aliada ao objectivo ambicioso de se tornar um “laboratório vivo”, um conceito com uma especialização inteligente e rural assente num plano que visa desenvolver a ino-

Eduardo dos Santos recebeu galardão em Bruxelas vação, a competitividade e o empreendedorismo. As parcerias e o ‘networking’ com a comunidade científica e tecnológica - como o Instituto Pedro Nunes e a Universidade de Coimbra (UC) - têm sido essenciais para atrair novas empresas para o território, bem como a estreita colaboração com o Núcleo Empresarial de Penela. Eduardo dos Santos, presidente da Câmara, afirma que “receber esta distinção

é o reconhecimento do empenho do Município na área da inovação e do empreendedorismo como um caminho essencial para o desenvolvimento de territórios de baixa densidade populacional”. Segundo o autarca, “reconhecemos [Município] a importância de definir uma estratégia local sustentável, focada na inovação, competitividade e empreendedorismo”.

GÓIS PINTURA, LITERATURA E MÚSICA DEVOLVEM ARTE AO CONCELHO Realiza-se entre amanhã (8) e domingo (10), mais uma edição da mostra internacional de arte “Góis Oroso Arte”. O evento, que acontece anualmente na vila de Góis, é organizado pela Câmara Municipal e tem como parceiro o Município de Oroso (Galiza, Espanha). Esta mostra dedica-se à arte e à cultura, e reúne dezenas de artistas nacionais e internacionais que se apresentam para dar a conhecer a mestria

da sua arte. A edição deste ano não está subordinada a nenhum tema, contudo as premissas do evento mantêm-se desde a sua edição de estreia - expor diversas formas de expressão artística, promover o contacto entre a arte e a comunidade e, ainda, sensibilizar para o conhecimento da arte contemporânea. O Góis Arte está aberto a todos os artistas, nacionais ou internacionais, profissionais ou autodidactas. Assim,

ao longo de três dias, a arte regressa ao concelho de Góis e vai espalhar pintura, gravura, fotografia, literatura e música pelas quatro freguesias do território, Alvares, Cadafaz e Colmeal, Góis e Vila Nova do Ceira. Esta edição pretende promover o encontro entre a arte e a comunidade, defendendo que a arte é, e deve ser, de todos e para todos, pressupondo uma visão aberta sem pré-conceitos.

OLIVEIRA DO HOSPITAL IPSS VAI TER LAR RESIDENCIAL PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA A Associação para a Recuperação de Cidadãos Inadaptados de Oliveira do Hospital (ARCIAL) vai investir cerca de 1,6 milhões de euros na construção de um lar residencial para pessoas com deficiência. Célia Gouveia, directora financeira da Associação, afirma que será construída uma estrutura de raiz, que terá uma comparticipação de aproximadamente um milhão de euros, no âmbito do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais - 3.ª Geração (PARES 3.0). O investimento total ronda 1,6 milhões de euros e prevê a construção

de um lar para 30 utentes. A responsável financeira garante que o lar residencial vai ser construído numa propriedade da IPSS, no centro da cidade. “Trata-se de uma resposta nova, há muito ambicionada pela instituição e de grande importância para os utentes”, frisou, garantindo que “há uma grande lacuna neste tipo de respostas”. Célia Gouveia diz que, a par das duas residências autónomas para jovens com autonomia, “faltava uma resposta para este tipo de utentes”, sustentou. Recorde-se que Oliveira do Hospital é, no distrito de Coimbra, o mu-

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nicípio com mais candidaturas aprovadas (7) com comparticipações que ultrapassam os quatro milhões de euros, para o desenvolvimento das respostas sociais a que as instituições se candidataram. A Associação para o Desenvolvimento Social e Cultural do Vale do Cobral, o Centro Paroquial de Solidariedade Social da Bobadela e a Associação para a ARCIAL são as três IPSS do concelho contempladas com as maiores comparticipações do PARES 3.0, no valor de cerca de 1,5 milhões de euros, 1,3 milhões de euros e um milhão de euros, respectivamente.


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EMPRESAS & NEGÓCIOS

EMPRESA DE COIMBRA É UMA REFERÊNCIA NA CANALIZAÇÃO

PLASTUBO COMEMORA 38 ANOS RODEADO DE CLIENTES, FORNECEDORES E AMIGOS

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ão já 38 os anos que a Plastubo, empresa sediada em Coimbra, actua no mercado de materiais de construção, tendo como retalho todo o tipo de tubos e acessórios para canalização e saneamento, bem como materiais para piscinas, rega agrícola e doméstica, aquecimento e energias renováveis. Constituída em 1984 com o objectivo de comercializar e instalar materiais de canalização e saneamento, a Plastubo criou, ao longo destes anos, uma posição única e personalizada no seu mercado de actuação, sendo já uma referência no sector. Na passada segunda-feira, dia 4, a empresa ce-

lebrou rodeada de clientes, fornecedores e sobretudo amigos mais uma página da sua história. “O grande mote deste convívio é sempre o aniversário (neste caso os 38 anos), mas a grande intenção é promover o convívio, aproximar relações com os clientes e fornecedores. É mostrar um bocadinho da nossa imagem e sobretudo é criar interação entre cliente, fornecedor e amigos, que também aqui marcaram presença”, sublinhou José Neves, sócio-gerente da Plastubo, em declarações à Rádio Regional do Centro no dia das celebrações que decorreram nas suas instalações.

Depois de dois anos de interregno, o convívio regressou cheio de animação e alegria para proporcionar momentos de descontração. Com a presença de cerca de 200 pessoas, o empresário afirma que foi um sucesso e correu de forma muito positiva. “Esta antiguidade tem-nos dado algum posto e o nosso cliente tem-nos mostrado que estamos num bom caminho. O trabalho tem dado frutos, pelo menos a nível de reconhecimento”, frisou. O dia de festividade foi escolhido, propositadamente, dia do Feriado Municipal de Coimbra, para permi-

tir que os fornecedores e clientes de fora da região pudessem estar presentes sem abdicar de um dia do fim-de-semana ou de férias. Apesar das contingências verificadas durante os últimos anos devido à pandemia Covid-19, o negócio de José Neves acabou por correr bem. “Os últimos dois anos foram bons, por mais caricato que pareça”, disse. Para o sócio-gerente o facto das pessoas terem ficado confinadas, praticamente, durante os dois anos, permitiu que fizessem poupanças e gastassem em casa. “Estamos integrados nesse sector por isso conseguimos vender mais”, destacou.

O proprietário da Plastubos realça ainda a importância dos seus clientes nesta fase. “Não nos podemos queixar e só temos de agradecer aos clientes a confiança que nos deram”. Instalada no Parque Empresarial de Eiras, José Neves afirmou que é intenção construir, a curto prazo, instalações próprias, num lote com 3.000 m2 situado neste mesmo espaço. Neste momento, a referida área está entregue à Câmara Municipal de Coimbra do qual estão em negociações de valores. “O objectivo é ter uma empresa com outra visibilidade, com outra imagem”, referiu.

COIMBRA ITEC APOSTA NO DESENVOLVIMENTO EMPRESARIAL

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Instituto Politécnico de Coimbra (IPC), o Instituto Superior Miguel Torga (ISMT) e o Conselho Empresarial da Região (CERC) assinaram, ontem (29), o contrato que celebra a constituição do Coimbra ITEC – Associação para a Inovação e Tecnologia da Região de Coimbra. Presentes na sessão estiveram Jorge Conde, presidente do IPC, Luís Marinho, presidente da Comissão de Gestão do ISMT e Cláudio

Matos, em representação do CERC. Além dos membros fundadores, marcaram também presença Mário Carvalho, da empresa associada CWA, e Hugo Serra, da Piclima. Jorge Conde defende que “o conhecimento só existe se for aplicado” e se for “criado em parceria com quem o utiliza no dia-a-dia”, justificando, assim, a aposta do IPC na “co-criação de conhecimento”. A associação Coimbra

ITEC apresenta-se com o objectivo de articular o Politécnico e a comunidade, nomeadamente instituições públicas e empresariais, usando as valências do IPC e dos seus associados para “criar valor”. Segundo Jorge Conde, a Coimbra ITEC vai começar por “fazer o levantamento das necessidades do território”, para perceber quais as soluções que o IPC tem para oferecer nas áreas de gestão, inovação e formação contínua. Neste sentido,

o Instituto Politécnico de Coimbra está empenhado em contribuir para uma “sociedade mais competente, mais resiliente e com empresas mais fortes”. Por sua vez, e relembrando que o CERC representa 12 associações empresariais de 19 municípios, Cláudio Matos reforçou as “elevadas expectativas” dos empresários num acordo que visa “unir ainda mais” as empresas, em prol do desenvolvimento de Coim-

bra. Luís Martinho, frisou acreditar naquilo que chama de “utopia”, a ligação do mundo empresarial ao conhecimento. “Por vezes, a sociedade é demasiado espartilhada e esta articulação falha ou não existe”. O representante do ISMT disse, ainda, que “as escolas devem sair do seu academismo”, não devem apenas ensinar “mas também aprender com quem põe as mãos na massa: empresas, trabalhadores, o mundo activo”.

INSCRIÇÕES DECORREM ATÉ AO DIA 9 DE JULHO

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PROGRAMA DA CRITICAL SOFTWARE PROCURA PESSOAS NEURODIVERSAS

Critical Software tem a decorrer, até dia 9, as candidaturas da segunda edição do Programa de Neurodiversidade, que desta vez acontece em conjunto com a Critical TechWorks e a Critical Manufacturing. Esta iniciativa visa encontrar pessoas neurodiversas, com motivação para a área tecnológica e que possam integrar as equipas de teste e de desenvolvimento de software. A primeira edição do

programa decorreu no ano passado e como resultado desta iniciativa estão, hoje, a trabalhar na Critical Software sete profissionais neurodiversos. Os candidatos passam por uma fase de formação durante cinco semanas, onde têm acompanhamento personalizado por um coach individual, antes de integrarem as equipas. Quando começam a trabalhar, tanto os participantes como as equipas que os integram continuam a ter

um acompanhamento próximo e especializado para que a integração seja feita de forma tranquila e eficaz. “A Critical Software sempre recebeu profissionais com diferentes perfis e competências e vimos, na primeira edição do Programa de Neurodiversidade, que há muita vontade de aprender e integrar equipas de trabalho multidisciplinares. 85% das pessoas com diagnóstico confirmado de autismo estão numa situação de desem-

prego e nós, juntamente com os nossos parceiros neste projecto, queremos fazer a nossa parte para combater este problema.”, afirma Catarina Fonseca, coordenadora do programa de Neurodiversidade da Critical Software. Neste programa são elegíveis pessoas com mais de 18 anos que tenham um diagnóstico de autismo/Asperger com claro interesse pela área de TI e um nível médio de inglês. Os candidatos deverão ter

também conhecimentos de uma linguagem de programação para conseguirem integrar os projectos de engenharia. Os interessados podem inscrever-se através do formulário no website ou enviar o currículo para neurodiversidade@ criticalsoftware.com. A fase de formação será em Setembro e, em Novembro, os novos colaboradores da Critical Software começarão a trabalhar na empresa.

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breves FABLABS PORTUGAL OBTÉM MENÇÃO HONROSA No âmbito do Xperience 4.0, com a abordagem ao tema: “Para que serve um FabLab”, a Associação FabLabs Portugal em parceria com o FablabEDP e o LNEC esteve presente no COTEC Innovation Summit 22 para atribuição do Prémio “Inovação em Ecossistema Xperience 4.0” tendo obtido a menção honrosa com a sessão apresentada. Para o Presidente da Associação Horácio Pina Prata a entrega deste prémio simboliza que os FabLabs são verdadeiras “Fábricas Digitais” que promovem inovação, partilha e criatividade.

CASA DAS TINTAS INAUGURA LOJA EM CANTANHEDE A empresa Casa das Tintas, de Coimbra, abriu uma nova loja em Cantanhede. Situada na Rua Marquês de Pombal, n.º47 R/C, o espaço está equipado com uma máquina com o sistema Barbomix Profissional para melhores soluções para profissionais. Esta solução computorizada, de alta fiabilidade, permite afinar instantaneamente mais de 10 mil cores. Para além disso dispõe de tintas plásticas lisas e texturadas, tintas poliolite, massas decorativas, primários e sub-capas, vernizes, diluentes, tinta para pavimentos, todo o tipo de material de pincelaria e sistema de isolamento térmico barbotherm (capoto). A Casa das Tintas tem loja ainda em Arazede e Febres.

MERCADO ABASTECEDOR DE COIMBRA HÁ 27 ANOS PELA REGIÃO O Mercado Abastecedor da Região de Coimbra (MAC) completou, na segunda-feira (4), 27 anos de actividade. Considerado uma referência para a actividade operacional de várias empresas, nomeadamente no ramo alimentar, o MAC diferencia-se pela oferta e qualidade dos seus produtos. Com uma área total de 180.000 m2, o MAC tem 175 entidades instaladas, entre operadores grossistas, produtores agrícolas, distribuidores e transportadores, tendo mais de mil trabalhadores.


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APRESENTADA NOVA ESTRUTURA ORGÂNICA DO MUNICÍPIO

SMTUC PASSAM A UNIDADE ORGÂNICA DA CÂMARA DE COIMBRA

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Câmara de Coimbra apresentou, ao início da tarde de ontem (quarta-feira), a nova estrutura orgânica nuclear dos serviços municipais. As 18 unidades orgânicas nucleares dividem-se em 16 Departamentos Municipais, a Companhia Municipal dos Bombeiros Sapadores de Coimbra e o Serviço Municipal de Protecção Civil. A organização dos serviços apresentada, que será analisada e votada na próxima reunião de Câmara (dia 11) e posteriormente remetida à Assembleia Municipal para aprovação, visa adequar a estrutura da autarquia aos objectivos estratégicos deste Executivo, designadamente nas áreas do investimento, do ambiente, do turismo, entre outras. A internalização dos SMTUC nos Serviços municipais, através da criação de uma unidade or-

gânica nuclear que agregará o exercício de competências na área da mobilidade urbana, trânsito e transportes, vai permitir uma optimização dos recursos técnicos e humanos disponíveis. No que respeita às áreas instrumentais como recursos humanos, serviços financeiros, contratação pública, serviços de informática, jurídico, entre outras, as tarefas serão distribuídas internamente pelas diversas unidades orgânicas competentes da autarquia, assim como, os recursos técnicos e humanos disponíveis. “Embora possuam uma organização autónoma, os serviços municipalizados integram a estrutura organizacional do Município. Do mesmo modo, não obstante, terem um orçamento próprio, este orçamento é anexado ao orçamento municipal e neste se inscrevem os

totais das despesas e receitas dos serviços municipalizados. Também as contas dos serviços municipalizados são consolidadas com as contas do Município, sendo as perdas que resultem da exploração do serviço público cobertas pelo orçamento municipal, tal como pertencem ao Município os eventuais resultados positivos”, justifica-se na proposta de reestruturação. Os procedimentos necessários à transferência das competências dos SMTUC para os serviços municipais, incluindo os referentes aos Recursos Humanos, vão ser implementados com a participação das estruturas representativas dos trabalhadores. Nesta nova estrutura da Câmara surgem novas áreas como o Desenvolvimento Económico, Empreendedorismo, Competitividade

e Investimento; o Ambiente e a Sustentabilidade, e reforçam-se as competências, entre outras, nas áreas da Educação, Desporto, Juventude e Turismo. Também a importância da saúde, da igualdade e da inclusão social, bem como da gerontologia e do envelhecimento é plasmada na nova organização. “A solução adoptada visa a flexibilização do aparelho técnico-administrativo municipal, permitindo a sua permanente adaptação às necessidades operacionais, aos meios humanos e tecnologias disponíveis, respondendo, com flexibilidade e oportunidade, às exigências operacionais determinadas pela prossecução das atribuições municipais e pela dinâmica sócio-económica envolvente”, pode ler-se no Regulamento da Nova Estrutura Orgânica. A proposta, para além

das 18 unidades orgânicas nucleares, contempla a fixação de um número máximo de 50 unidades orgânicas flexíveis de 2.º grau, de 13 unidades orgânicas flexíveis de 3.º grau, de duas subunidades orgânicas e de duas equipas de projecto. ESTRUTURA ORGÂNICA t %FQBSUBNFOUP EF &Ttudos Estratégicos, Planeamento e Desenvolvimento Territorial; t %FQBSUBNFOUP EF (FTtão Urbanística; t %FQBSUBNFOUP EF &Tpaço Público; t %FQBSUBNFOUP EF &EJfícios e Equipamentos Municipais; t %FQBSUBNFOUP EF .Pbilidade, Trânsito e Transportes; t %FQBSUBNFOUP EF "Dção e Habitação Social;

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t %FQBSUBNFOUP EF $VMtura e Turismo; t %FQBSUBNFOUP EF +Vventude e Desporto; t %FQBSUBNFOUP EF %Fsenvolvimento Económico, Empreendedorismo, Competitividade e Investimento; t %FQBSUBNFOUP EF "Nbiente e Sustentabilidade; t %FQBSUBNFOUP EF &EVcação e Saúde; t %FQBSUBNFOUP 'JOBOceiro; t %FQBSUBNFOUP EF "ENJOJTUSBÎÍP (FSBM t %FQBSUBNFOUP EF 3Fcursos Humanos; t %FQBSUBNFOUP EF 5FDnologias de Informação e Inovação Digital; t %FQBSUBNFOUP EF 1Plícia Municipal; t $PNQBOIJB .VOJDJQBM de Bombeiros Sapadores de Coimbra; t 4FSWJÎP .VOJDJQBM EF Protecção Civil.


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Encontro Nacional Remo Jovem

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o passado fim-de-semana, a comitiva academista de benjamins, infantis, iniciados e juvenis deslocou-se a Montemor-o-Velho para disputar a prova mais importante da época, o Encontro Nacional de Remo Jovem. Na competição, marcada pelo vento, os jovens remadores da Académica, tiveram um bom desempenho apesar das adversidades enfrentadas. No sábado, na categoria de skiff benjamim feminino, Beatriz Lagem alcançou o lugar mais alto do pódio, numa prova disputada até ao últi-

mo segundo. Ainda a destacar, o sétimo lugar de Diana Geraldo no skiff infantil feminino, o sexto lugar de Iara Cruz no skiff iniciado feminino, e o quarto lugar do quadri iniciado feminino, com Mafalda Nunes, Maria Carvalheiro, Mafalda Rodrigues e Maria Martins. No domingo, no escalão de juvenis, os jovens remadores obtiveram ótimos resultados, a dupla constituída pela Maria Fonseca e Mariana Cardoso, atingiu o primeiro lugar na embarcação de shell de dois sem timoneiro. Na quarta posição tivemos

o quadri feminino, com Violeta Constante, Constança Oliveira, Carolina Rebelo e Maria Fonseca, na quinta posição, no double scull feminino Leonor Prata e Sofia Pereira, na sexta posição Tomás Gaspar e João Fernandes, no shell de dois sem timoneiro, e ainda Mariana Cardoso, Ana Cunha, Sofia Pereira e Leonor Prata, no quadri feminino em sexto lugar. Na sétima posição, Dinis Lagem no skiff masculino, Carolina Rebelo no skiff feminino e Simão Albuquerque e Tomás Duarte no double scull masculino.


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Ministro da Presidência do Brasil destaca qualidade do ensino superior português L

uiz Ramos, ministro da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, destacou hoje (7), na sua visita a Coimbra, a qualidade do ensino superior português, uma área em que garantiu que aquele país tem muito interesse em desenvolver relações e parcerias. “Esta é uma área em que temos [Brasil] muito interesse em desenvolver relações pela qualidade, principalmente no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC)”, sustenta. O ministro visitou hoje de manhã o ISEC, no âmbito das diligências que a escola portuguesa de engenharia está a desenvolver em Portugal e no Brasil, para ter cursos com dupla titulação com universidades brasileiras. “Estamos a desbravar um campo fértil e imenso. Hoje conversamos com o Instituto e amanhã [sexta-feira] estaremos com a Universidade do Porto, para assumir uma parceria e convénio, onde vários cursos e especializações serão abertos a estudantes brasileiros: é uma mina de ouro”, apontou. Segundo declarou, no Brasil, “a Universidade de Coimbra (UC) tem a mesma fama de universidades como Oxford (Reino Unido), Princeton (EUA) e Harvard (EUA)”. Já o presidente do ISEC, Mário Velindro, destacou os esforços que têm sido feitos para se aproximarem de algumas instituições de ensino superior do Brasil. O Instituto está a trabalhar num projecto que permite a criação de cursos de dupla titulação, para que estudantes portugueses e brasileiros possam ser - simultaneamente - diplomados pelo ISEC e pela universidade correspondente no Brasil. “Este modelo de ensino que temos vindo a desenvolver, com uma ligação forte às empresas, permite ser uma vantagem competitiva. O ISEC, que fez este ano 100 anos, está ao serviço da região e do país, para contribuir com a qualidade dos nossos cursos de engenharia, quer em Portugal, quer no Brasil”, sustentou. Os cursos de Engenharia Civil e de Engenharia Mecânica estão na primeira linha deste projecto, sendo “a transição digital outra área importante”. A possibilidade dos cursos de dupla titulação a partir de Coimbra ganhou forma durante uma visita do presidente do ISEC a Brasília, na última semana de Maio. Segundo o Ministério da Educação brasileiro, Mário Velindro discutiu, nessa visita, “temas como a dupla titulação,

cursos virtuais conjuntos, projectos de energia limpa e cidades inteligentes, transformação digital, organização de conferências para troca de experiências” com responsáveis das secretarias de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação Superior, com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e com o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).


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Inflação motiva combate ao desperdício alimentar O

aumento de preços devido à inflação está a impulsionar os esforços de combate ao desperdício alimentar. É isso que revela o estudo de Junho de 2022 do Capgemini Research Institute, que adianta que subiu de 33% para 72% a percentagem de consumidores que dizem estar mais atentos a este problema. Por outro lado, 56% dos consumidores assume combater o desperdício de alimentos para economizar custos e por questões de sustentabilidade. De acordo com a investigação, “a consciência sobre o desperdício de alimentos mais que duplicou nos últimos dois anos”. Em comunicado, a app Too Good To Go “verifica essa tendência crescente de consciência principalmente entre os meses de Março e Maio, altura em que o número de pessoas que efectuaram compras de alimentos através da aplicação aumentou 11%, em Portugal”. O estudo da Capgemini “Reflect. Rethink. Reconsider. Why food waste is everybody’s problem” revela ainda que “91% dos consumidores prefere comprar alimentos de marcas e empresas que estão a tomar medidas e têm políticas e soluções para reduzir o desperdício”. Esta tendência também tem sido verificada pela Too Good To Go. A aplicação que conecta consumidores a negócios alimentares, que disponibilizam o seu excedente diário de alimentos a preços mais acessíveis, confirma que “entre os meses de Março e Maio, e coincidindo com a subida da taxa de inflação em Portugal, houve um aumento de 11% no número de utilizadores que estão usar e a adquirir produtos alimentares (Magic Boxes) através da aplicação, em comparação com os três primeiros meses do ano”. Nesse sentido, o Country Manager da To Good To Go em Portugal, Nuno Plácido salienta que “este é, sem dúvida, um período complexo, e quando os preços sobem e impactam algo tão básico e fundamental como a alimentação, é natural que, enquanto consumidores, procuremos formas de optimizar o nosso orçamento familiar”. O mesmo responsável considera ainda que “o nosso utilizador sempre esteve ciente da importância de um consumo mais consciente e sustentável, mas este aumento de procura leva-nos a crer que somos cada vez, também, uma oferta com benefício de custo, também ele muito relevante. Uma forma simples e prática de adquirir produtos de qualidade a preços muito mais acessíveis, algo que faz hoje, mais do que nunca, uma diferença considerável no orçamento das famílias”.

Mais de um terço da comida produzida é desperdiçada De acordo com a To Good To Go, “mais de um terço de toda a comida produzida é desperdiçada”. A aplicação alerta para o impacto ambiental deste problema, já que “o desperdício alimentar é responsável por 10% das emissões dos gases de efeito estufa no mundo (mais do que toda a indústria de aviação)”. Em Portugal, esta app contabiliza mais de um milhão de utilizadores, tendo já salvado mais de 1,6 milhões de refeições de serem desperdiçadas, “o equivalente a 4.000.000 kg de CO2 - o mesmo que é emitido por 10.478 voos Lisboa-Londres”. De recordar que a taxa de inflação nacional acelerou para 8,7% em junho, representando um recorde desde 1992. Sondagens recentes apontam a alimentação como o sector em que as famílias portuguesas mais sentem essa inflação.


26 Livros de ciências para as férias QUINTA-FEIRA, 7 DE JULHO 2022

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s férias são sempre um bom tempo para ler. E os livros de ciência também têm um lugar nesse tempo estival. Escolhi dez livros de ciências que saíram recentemente em português, tendo-os ordenado por alfabética do apelido do autor. 1-CORREIA, Mário, A Grande Aventura. Gago Coutinho e Sacadura Cabral na primeira travessia aérea do Atlântico Sul, Oficina do Livro. Passou este ano o centenário dessa proeza da aviação que foi a travessia do Atlântico empreendida pelo piloto Sacadura Cabral e pelo navegador Gago Coutinho. Este livro de um historiador que é também aviador (e que foi conservador do Museu do Ar) descreve a aventura, fornecendo ampla iconografia. 2- CRAWFORD, Paulo, O Universo, Do Big Bang aos Buracos Negros, Fundação Francisco Manuel dos Santos O cosmólogo e professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e um dos primeiros cosmólogos portugueses deixa, neste ensaio da Fundação, que é curto e barato, uma descrição da estrutura e da escala do Universo. São tratados temas ainda por esclarecer como a matéria escura e a energia escura, para além evidentemente dos buracos negros, sobre os quais já sabemos mais. 3- GATES, Bill, Como prevenir a próxima pandemia, Ideias de Ler. O multimilionário que fundou a Microsoft e uma fundação de beneficência que tem o seu nome, depois de um livro sobre alterações climáticas (Como evitar um desastre climático?), escreveu um livro sobre o que aprendemos com a actual pandemia de COVID-19 para podermos aplicar em próximas ocasiões. Sim, o mais certo é haver novas pandeias. 4—MANCUSO, Stefano. A Planta do Mundo. Aventuras de Plantas Pessoas, Pergaminho.

O professor de Neurofisiologia Vegetal da Universidade de Florença é autor de uma teoria polémica sobre a sensibilidade das plantas. Que tem jeito para escrever para o grande público já se sabia de títulos como A Nação das Plantas e A Revolução das Plantas. Neste novo título, com belos desenhos do autor, entrelaça a história humana com a história das plantas. 5- ORLANDO, Ludovico, O ADN Fóssil. Uma máquina para viajar no tempo, Guerra & Paz. O autor, cientista francês especialista em Paleogenética, que dirige o Centro de Antropologia e Genética de Toulouse depois de ter trabalhado na Dinamarca, conta como se conseguiu sequenciar o Homem de Neandertal e outros hominídeos, para além de toda uma variedade de seres vivos antigos, como animais e plantas domésticas. Hoje a genómica faz maravilhas para decifrar o nosso passado. 6- PAGE, Lyman. O Pequeno Livro da Cosmologia, Gradiva. Um professor de Astrofísica da Universidade de Princeton, uma universidade que se tem distinguido pela produção de Prémios Nobel, especialista na detecção e análise das mais antigas imagens do Cosmos, fornece um resumo bastante actualizado das origens de tudo. Para quem queira saber mais e tenha pressa em saber… 7- PRINGLE, Heather. O Delírio Nazi. Os académicos de Himmler e o Holocausto. Entre a superstição, a ciência e o terror, Casa das Letras. Uma jornalista canadiana especializada em ciência faz, nesta obra de quase 600 páginas, uma descrição do que foi a pseudociência na Alemanha no tempo de Hitler. A pretensa superioridade da raça ariana levou a teorias e experiências sem qualquer base

científica. Como foi possível essa tenebrosa deriva da ciência? 8- ROVELLI, Carlo. O Abismo Vertiginoso. Um mergulho nas ideias da Física Quântica, Objectiva. O professor de Física Teórica italiano que surpreendeu o mundo com Sete Breves Lições de Física e que depois continuou a estimular o nosso cérebro com livros como Anaximandro de Mileto e E se o tempo não existisse? conta-nos aqui o que é a física quântica, a partir da história da descoberta da mecânica de matrizes pelo jovem Werner Heisenberg na ilha da Heligolândia, no norte da Alemanha. 9- SOBRAL, David, Qual é o nosso lugar no Universo? Planeta. O astrofísico português que é professor na Universidade de Lancaster, no Reino Unido, e que descobriu uma brilhante galáxia nos confins do Universo a que deu o nome de CR-7 (CR de Cosmos Redshift) faz aqui uma brilhante incursão na astronomia, a partir da sua já rica experiência pessoal. Revela-se aqui em livro um divulgador talentoso. 10- TYSON, Neil deGrasse, STRAUSS, Michael A., e GOTT, J. Richard, Uma Breve Visita ao Universo, Edições 70 O primeiro autor, grande divulgador científico norte-americano (autor de Astrofísica para gente com pressa) juntou-se a dois professores da Universidade de Princeton para darem um curso de Introdução à Astronomia. O curso deu um livro grande, do qual este é um resumo para leigos, já que não contém fórmulas. Os primeiros capítulos são mais fáceis. E, como extra, recomendo a espantosa banda desenhada A Bomba dos argumentistas Alcante e Bollée e do desenhador Rodier, que acaba de sair na Gradiva. É a história da primeira bomba atómica como nunca se viu. Boas leituras! Carlos Fiolhais (Físico)


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Foram criadas mais de 25 mil empresas no primeiro semestre deste ano N

os primeiros SEIS meses de 2022, nasceram em Portugal 25.355 novas empresas, mais 19% que no mesmo período em 2021, o que traduz uma aceleração neste indicador após a forte queda verificada em 2020, fruto da pandemia. Nos últimos nove meses, desde Outubro de 2021, o ciclo de crescimento apenas foi interrompido em Abril deste ano. A criação de empresas no primeiro semestre está muito próximo de atingir os valores do mesmo período em 2019, antes da pandemia.

O sector dos Transportes e, em termos de regiões, a Área Metropolitana de Lisboa concentram uma percentagem significativa do crescimento na constituição de empresas. Os Transportes foram o sector que mais contribuíram para o crescimento das constituições no 1.º semestre, com 999 novas empresas, que correspondem a um aumento de 120%. Igualmente em destaque estão os Serviços gerais (+889 constituições, +33%), os Serviços empresariais (+644 constituições, +17%); Alojamento e Restauração (+542 constituições, +29%), e Actividades Imobiliárias (+506 constituições, +22%). Retalho (-13%) e Agricultura e outros recursos naturais (-1,9%) são os únicos sectores com descidas no nascimento de empresas face a 2021.No Retalho, o recuo é transversal a todos os subsectores, com especial destaque para o Retalho de Têxtil e Moda, Generalista e Outros. Apenas o Retalho Automóvel regista maior número de novas empresas nos primeiros seis meses de 2022 face ao período homólogo. Quando comparado com o período anterior à pandemia, a criação de empresas mantém-se abai-

xo na maioria dos sectores, com a excepção das Tecnologias de informação e comunicação (+27%), das Actividades imobiliárias (+20%) e da Agricultura e outros recursos naturais (+0,6%). Os Serviços empresariais, que é o sector com maior número de novas empresas em termos absolutos, já está muito perto dos valores de 2019 (-1,1%). A aceleração na criação de empresas é transversal a quase todas as regiões e distritos, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (+2 495 constituições, +33%), com o contributo muito significativo do subsector do transporte individual de passageiros. Bragança, Horta e Viana do Castelo são os únicos distritos abaixo de 2021, mas com diferenças pouco significativas. Encerramentos e Insolvências mantêm descida No primeiro semestre de 2022 encerraram 5.915 empresas, menos 2,6% que no período homólogo, que corresponde a menos 158 encerramentos, com a maioria dos sectores a registar valores inferiores a 2021. Com mais encerramentos surgem apenas os sectores do Retalho (+71 encerramentos, +8,1%), das Indústrias (+25 encerramentos, +4,5%) e Actividades imobiliárias (+9 encerramentos, +2,3%). No mesmo período 845 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 19% face a 2021 (menos 201 novos processos). Indústrias, Alojamento e restauração e Retalho são os sectores com maior número de insolvências, mas são também aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo.


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