“Campeão das Províncias” - 14/07/2022

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VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS QUINTA-FEIRA, 14 DE JULHO 2022 | N.º 557 | ANO 2

EDIÇÃO DIGITAL 31 PÁGINAS »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL

MONTAGEM DA EXPOFACIC EM CANTANHEDE DECORRE A BOM RITMO

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias

PAGINAÇÃO Grupo Media Centro


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QUARTA-FEIRA, 13 DE JULHO 2022

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Está tudo a ser preparado para a Expofacic abrir dentro de duas semanas A

duas semanas da abertura de portas, prossegue a bom ritmo a montagem das diversas infraestruturas da 30.ª edição da Expofacic, que decorrerá no Parque Expo-Desportivo de S. Mateus, em Cantanhede, entre os dias 28 de Julho e 7 de Agosto. As operações decorrem com a devida antecedência, para que esteja tudo pronto com a antecedência necessária para que as empresas e instituições presentes tenham o tempo necessário para instalar os seus produtos e decorar os stands. Os trabalhos decorrem nas diversas áreas temáticas, entre elas a zona de exposições, que este ano terá como grande aliciante os “Gigantes da Idade do Gelo”, mostra

que nos leva numa viagem pelo tempo a mundos distantes, desde as mais quentes e húmidas eras que a Terra conheceu, até uma das mais frias, a Idade do Gelo. Recorde-se que a área total de exposição da 30.ª edição da Expofacic é de 95.500 metros quadrados, onde estarão 500 expositores com áreas vocacionadas para empresas e negócios, alguns espaços institucionais, de artesanato, espaços dedicados à saúde, comércio, indústria e gastronomia (com 47 tasquinhas). Terá ainda a zona de insufláveis e divertimentos, sete palcos e 120 mil metros quadrados de parque de estacionamento. É de salientar também as infraestruturas com que a exposição estará

dotada e que serão uma mais-valia para quem visita a Expofacic: Um posto médico assegurado pela Sanfil, apoiado por ambulâncias dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, com tripulantes; Um espaço lúdico infanto-juvenil espalhado pelo relvado com insufláveis, ateliês de pintura e divertimentos; Circuito interno de televisão que efectuará o acompanhamento diário da feira e que ficará disponível na Internet no final de cada dia; Internet em toda a área de exposição; Fraldário de apoio; Duas caixas de multibanco e quatro bilheteiras. Na Expofacic existem ainda quatro portas de acesso e 12 saídas de emergência devidamente assinaladas. Cartaz musical O programa musical abre no dia 28 de Julho com Aragão e o artista espanhol Zzoilo e ao segundo dia apresenta Dino Santiago e Carlão. O cantor português José Cid actua ao terceiro dia do evento e, no dia 31, é a vez de Tony Carreira actuar. Já no mês de Agosto, Piruka, Jimmy P. (dia 1), Gipsy Kings, Quim Roscas e Zeca Estacionâncio (dia 2), Mariza (dia 3), MC Pedrinho, Mary N (dia 4), Chico da Tina, Profjam (dia 5), Gavin James e Kura (dia 6) são alguns dos artistas que passam pelo palco da Expofacic. No último dia, 7 de Agosto, sobem ao palco os Xutos & Pontapés.


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DECISÕES E SOLUÇÕES FIGUEIRA DA FOZ

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DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.pt SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA PREÇO 0,75€ | 2ª SÉRIE | ANO 22 | N.º 1118 | 14 DE JULHO DE 2022 telef. 239 497 750 | fax 239 497 759 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

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As opiniões dividem-se: não vão encerrar, ainda podem vir a fechar e é muito provável que isso ainda venha a acontecer. O “Campeão” foi saber junto dos agentes intervenientes na região Centro - a responsável pela Obstetrícia nas Maternidades de Coimbra e os dirigentes de médicos e enfermeiros - que condições reúnem a Bissaya Barreto e a Daniel de Matos para, pelo menos até agora, resistirem ao fecho. Entretanto, foi aprovado o novo estatuto do SNS que, embora aplaudido, carece de alguns ajustes e não terá, porventura, o efeito desejado logo no início. PÁGINA 3

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RUI AMARO, PRESIDENTE DA INSTITUIÇÃO RECENTEMENTE ELEITO, EM ENTREVISTA

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Quatro empresas da área florestal vão apoiar alunos da Agrária com bolsas de estudo

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Há carência no país de formação na área florestal. É essa a convicção do presidente, recentemente eleito, da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC). É por esse motivo que conta abrir, na Lousã, ainda este ano, um curso profissional em Operações Florestais. Na prossecução desse mesmo objectivo, Rui Amaro desvenda, ainda, que há quatro empresas da fileira florestal que vão apoiar, com bolsas de estudo, alunos das três instituições do país que dão formação na área. PÁGINA 7 PUBLICIDADE

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In Campeão das Províncias de 14/07/2022

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ACTUALIDADE

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PROPOSTA SOBRE REESTRUTURAÇÃO DA CÂMARA DE COIMBRA RETIRADA PARA NEGOCIAÇÕES

LUÍS SANTOS

INTERNALIZAÇÃO DOS SMTUC VIAJA ATÉ SETEMBRO

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coligação que tem a maioria na Câmara de Coimbra poderia ter aprovado a reorganização dos serviços municipais, que incluía a internalização dos SMTUC num departamento camarário a criar, mas não o fez porque perspectivou um “chumbo” na reunião da Assembleia Municipal da próxima semana. Após muita discussão com os quatro vereadores do PS e por sugestão do eleito da CDU, o presidente da Câmara acabou por retirar a proposta, no final da reunião da passada segunda-feira, com José Manuel Silva a justificar que foram levantadas questões e receios “completamente artificiais” que provocaram “preocupações”, nomeadamente nos trabalhadores e até nos seus familiares e nos conimbricenses.

O presidente da Câmara optou por “continuar com o diálogo para que não restem dúvidas nenhumas”, significando isto que a proposta de reorganização dos serviços municipais, que contempla a integração dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos (SMTUC) num departamento camarário, voltará em Setembro, para ser presente à reunião da Assembleia Municipal que se fará depois das férias. A coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RiR e Volt) que governa a Câmara não tem maioria na Assembleia Municipal e ficou avisada com as palavras do vereador Francisco Queiroz, da CDU: “Este processo de internalização suscita imensas dúvidas e quanto ao seu conteúdo é altamente duvidoso que seja benéfico para Coimbra, para os SMTUC, para os seus

trabalhadores e para os munícipes”. Outro dos motivos da sua posição prende-se com o facto do processo “não estar a ser bem conduzido”, pelo que o vereador comunista propôs que se retirasse a proposta da ordem de trabalhos, o que foi acolhido pelo presidente da Câmara. José Manuel Silva afirmou “a disponibilidade para o diálogo”, justificando: “Não temos nada a esconder, os objectivos são positivos para os Transportes Urbanos de Coimbra, para a Câmara e para a gestão das duas instituições, levando-nos a tomar esta decisão que foi sugerida pela oposição. E estamos disponíveis para todos os debates”. FRACTURANTE O adiamento da questão acabou por ser bem acolhida pelos vereadores do PS, com Regina Bento a considerar

que “após longas horas de reunião acabou por imperar o bom senso, dando a possibilidade de fazer um caminho que não foi feito até agora”. “Isto iria ser uma decisão muito fracturante, seria extinguir os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra, não tendo havido qualquer processo de debate público”, acrescentou. José Manuel Silva, no período de antes da ordem do dia, interveio durante uma hora, frisando que os munícipes “não irão sentir nenhuma consequência negativa” com a proposta de reestruturação orgânica nuclear dos serviços da Câmara Municipal de Coimbra. Num texto de 11 páginas, o autarca acusou de “teatral” a conferência de Imprensa do PS (na sexta-feira anterior) contra a integração dos Transportes Urbanos num departamento camarário.

O presidente do Município referiu que o Partido Socialista aproveitou o facto de os SMTUC serem internalizados no Departamento de Mobilidade da Câmara, a criar, como uma “oportunidade de fazer política do contra, com recurso a adjectivos, demagogias, lucubrações, fantasmas, teorizações catastrofistas, mas sem um único argumento válido que as sustente”. Já a vereadora Regina Bento, no final da reunião, disse que o autarca, na sua intervenção, foi “muito inconveniente” e até “muito pouco educado e muito pouco respeitoso com a oposição”. “Neste caso em concreto essa atitude só demonstrou a insegurança que ele tinha neste processo e que acabou por fazer com que retirasse o ponto da agenda, porque de facto não havia fundamentação credível para avançar nesta

fase com uma decisão destas de extinção dos SMTUC”, concluiu. Isto foi depois de o vereador da CDU ter dito que o assunto “não pode ser decidido sem um debate vasto entre todos os interessados (sim! os partidos políticos com representação municipal e os trabalhadores envolvidos) e, muito menos, ser lançada publicamente a poucos dias da data proposta para a decisão, sem que ninguém tivesse sido ouvido”. “Recordamos que a actual maioria, em mandatos anteriores, criticou sistematicamente - e bem - a ausência de diálogo com a oposição e a forma apressada como eram colocados processos importantes para a cidade, sem tempo bastante de análise, discussão e ponderação. Ora, é exactamente isso que agora faz” - considerou Francisco Queirós.

“O CONGELAMENTO NÃO FAZ QUALQUER SENTIDO”

PROPRIETÁRIOS PREOCUPADOS COM ACTUALIZAÇÃO DAS RENDAS EM 2023 CÁTIA BARBOSA

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o longo das últimas semanas, o debate já existente sobre as rendas, em Portugal, tem-se intensificado. Devido à inflação, o Governo mostra-se apreensivo com as consequências no agravamento das rendas anualmente actualizadas de forma automática. Estando ainda “em análise” a criação de uma medida que impeça um salto significativo na actualização das rendas no próximo ano, os proprietários estão preocupados com esta situação e garantem que, se a decisão do executivo passar pelo congelamento, “não faz qualquer sentido”. O director da Associação Nacional de Proprietários (ANP), Carlos Teixeira, revela ao “Campeão” que se esta hipótese se tornar uma realidade será

um duro golpe não só para o sector, mas para todos os cidadãos. “60% dos portugueses são proprietários. Este seria, portanto, um duro golpe para todos os proprietários que têm um imóvel a arrendar do qual advém um rendimento e que é alinhado pela inflação”, admite. A actualização automática das rendas é realizada com base na inflação média dos últimos 12 meses registada em Agosto. Recentemente, os inquilinos manifestaram-se, informando que não estão de acordo com um aumento de rendas para 2023 superior a 1% ou 2%. Já nessa altura, a ANP considerava que “congelar rendas não pode ser asolução”. “Qualquer investidor que queira investir em Portugal, não tendo previsibilidade fiscal, acaba por deixar de querer investir. Não podemos trabalhar

com um volume de incerteza desta forma”, sublinha Carlos Teixeira. “NÃO EXISTE SEGURANÇA” PARA INVESTIR EM PORTUGAL No que diz respeito ao actual investimento em Portugal, o director da ANP garante que “não existe segurança e, por isso, os volumes de investimento são muito baixos”. Além disso, “não existe oferta de habitação para a classe média. O mercado de arrendamento é, sobretudo, para alojamento local e habitação universitária. Construir para arrendar não estou a ver a acontecer por causa desta imprevisibilidade que existe no sector”. A ANP nega ainda que o alojamento de estudantes esteja a contribuir para inflacionar o mercado.

“Cada vez mais, as universidades estão a atrair estudantes estrangeiros com necessidade de habitação e a oferta que existia era inexistente e pouco qualificada. O que está a acontecer é uma profissionalização do sector”, esclarece Carlos Teixeira. O director da associação de proprietários realça ainda que o Estado não consegue dar resposta a esta procura e, por isso, tem de ser o privado a agir. “Existem 48 mil famílias que precisam de habitação. O governo só conseguiu auxiliar mil. A este ritmo, só daqui a 48 anos é que temos casas suficientes para as necessidades que foram levantadas em 2021”. “POSIÇÃO CLARA” EM RELAÇÃO AO NOVO ACÓRDÃO DO STJ No passado mês de

Maio, o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) determinou um acórdão que uniformiza a jurisprudência sobre a possibilidade de coexistirem, no mesmo prédio, habitação permanente e habitação temporária para fins turísticos. No acórdão, publicado em Diário da República, lê-se que “no regime da propriedade horizontal, a indicação no título constitutivo, de que certa fracção se destina a habitação, deve ser interpretada no sentido de nela não ser permitida a realização de alojamento local”. Questionado sobre o que é que esta decisão por parte do STJ poderá significar para o sector, Carlos Teixeira afirma que a ANP tem uma posição muito clara em relação ao tema. “Achamos que o alojamento local é uma actividade atractiva, contudo, já vinha a acontecer em vá-

In Campeão das Províncias de 14/07/2022

rios condomínios muitas queixas face a situações de conflito”, revela. Nesse sentido, o director da ANP acredita que “os proprietários que investiram em fracções dispersas vão sentir o impacto deste acórdão”, todavia, “as pessoas que têm a sua moradia constituída em 2 ou 3 fracções não vão ter qualquer tipo de impacto”. Relativamente a possíveis investidores, os proprietários frisam que “o mercado do alojamento local veio trazer investidores para o sector imobiliário que não lhe pertenciam. Esses vão ser afastados”. Do lado oposto, estão os investidores que procuram investir num prédio na sua totalidade. “Esses não se vão afastar, porque este continua a ser um mercado muito atractivo”, conclui Carlos Teixeira.

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ACTUALIDADE

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CRISE NAS URGÊNCIAS DAS MATERNIDADES PARECE (AINDA) NÃO TER CHEGADO À BISSAYA BARRETO E DANIEL DE MATOS

EVENTUAL ENCERRAMENTO DA OBSTETRÍCIA EM COIMBRA DIVIDE OPINIÕES Nos últimos tempos, têm-se multiplicado os constrangimentos e casos de encerramento de serviços de ginecologia e obstetrícia, uma realidade que levou o Governo a criar uma comissão de acompanhamento de resposta aos problemas. Mais recentemente, a ministra da Saúde, Marta Temido, anunciou a aprovação, em Conselho de Ministros, do novo Estatuto do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Uns aplaudem a medida, outros mostram-se cépticos. Certo é que a opinião de uns e outros tem um ponto em comum: o SNS não está bem e algo tem de ser feito. O “Campeão” foi saber, junto dos agentes intervenientes da região Centro, o que pensam desta medida mas, sobretudo, fez a derradeira pergunta: como é que as Maternidades de Coimbra estão a “escapar” a este drama que leva ao encerramento das urgências de Obstetrícia? NÁDIA MOURA

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e Norte a Sul do país, os casos dramáticos de encerramento das urgências em Obstetrícia multiplicam-se, mas as duas Maternidades de Coimbra – Bissaya Barreto e Daniel de Matos – mantêm-se abertas. A justificação para esta realidade é dada de forma objectiva e directa por Teresa Almeida Santos: “Temos, tal como outros serviços de urgência obstétrica do país, profissionais cansados, com idades avançadas, mas a vantagem é que dependemos muito pouco de serviços externos. Portanto, não encerrámos nem vamos encerrar”. Em declarações ao “Campeão”, a directora do Departamento de Ginecologia, Obstetrícia, Reprodução e Neonatologia do CHUC, garante que “as urgências são asseguradas por profissionais do CHUC que «vestem a camisola» e que estão empenhados em assegurar os serviços” assumindo, no entanto, que, com o encerramento das urgências de Obstetrícia de Aveiro, há uma maior afluência. Ainda assim, sublinha, “o serviço está assegurado”. Teresa Almeida Santos diz que há um plano de contingência “para o caso de existir alguma situação impre-

vista, o qual prevê concentrar o atendimento numa só das Maternidades”, no entanto, é um plano para ser accionado apenas em casos extremos, o que não se afigura ser neste momento. CHUC É SEGUNDO NAS RECLAMAÇÕES DE UTENTES No final de Junho, o Portal da Queixa deu a conhecer que as reclamações dos utentes em relação a hospitais e maternidades aumentaram 33% nos primeiros cinco meses do ano face ao período homólogo. A maior parte das queixas (74%) diz respeito à falta de qualidade no atendimento pelos profissionais de saúde e há ainda a registar reclamações contra serviços de Ginecologia e Obstetrícia sendo que, das cinco unidades hospitalares com maior número de queixas, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) ocupa a segunda posição do pódio, superado (pelas piores razões) apenas pelo Hospital Beatriz Ângelo, em Loures. Esta é uma realidade que vai ao encontro da posição da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) que se

mostra preocupada com a situação vigente e não descarta a hipótese de encerramento também das - ou de alguma das - Maternidades de Coimbra. “Não fecharam mas têm imensas dificuldades, portanto pode vir a acontecer, refere Carlos Cortes. O presidente da SRCOM esclarece que, no caso de Coimbra em particular, existem 10 obstetras de serviço, quatro em cada uma das Maternidades e dois no pólo dos HUC, mas salvaguarda que é “sempre muito difícil ter as escalas completas”. “Coimbra serve toda a região Centro, sendo que as situações mais complicadas e diferenciadas vêm para aqui por causa dos equipamentos disponíveis e diferenciação técnica”, sublinha, acrescentando que “ter uma nova Maternidade em Coimbra não é um capricho, é um acto de boa gestão”. Já a Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros (SRCOE) é peremptória naquilo que acredita ser a causa destes encerramentos. “É devido à má gestão das escalas médicas. “Em Aveiro a urgência obstétrica tem encerrado porque, dos 19 obstetras que o departamento tem, só seis fazem noite e, desses

seis, o director de serviço permitiu, deliberadamente, que três fossem de férias ao mesmo tempo, portanto, obviamente que a escala não se consegue realizar”, sublinha Ricardo Matos. O presidente da SRCOE diz ter “dúvidas quanto à legalidade jurídica do encerramento das urgências obstétricas sendo que existe uma equipa multidisciplinar lá dentro” afirmando que “uma coisa é o hospital encerrar formalmente porque não tem profissionais de saúde, outra é o hospital informar a população que o serviço está encerrado, mas a terminologia da palavra está errada, porque o que eles estão a dizer é «não venham cá porque a equipa que que vão cá encontrar não é capaz de satisfazer as vossas necessidades. No caso das Maternidades deveria existir uma responsabilização das causas que levam a este tipo de encerramento porque uma coisa é fazermos greves, dentro da lei, outra é fechar serviços hospitalares porque não há médicos porque foram de férias”. Parece-me que estes encerramentos são planeados, ainda não chegou a vez de Coimbra, mas acredito que vai chegar”.

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HOSPITAL DE BRAGA Encerrou entre as 8h00 desta terça-feira e as 8h00 de quarta-feira. É o oitavo encerramento da urgência no espaço de três semanas

HOSPITAL DA GUARDA Bloco de partos esteve encerrado na quinta-feira (7)

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HOSPITAL DE AVEIRO Urgência de Obstetrícia esteve encerrada à noite de 1 a 5 de Julho

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CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DA COVA DA BEIRA O bloco de partos não funcionou a 30 de Abril e a 1 de Maio

HOSPITAL DE CALDAS DA RAINHA Após a morte de um bebé num parto por cesariana, a 8 de Junho, a Urgência de Obstetrícia encerrou

HOSPITAL GARCIA DE ORTA, ALMADA As urgências de Obstetrícia encerraram temporariamente em Junho

HOSPITAL DE PORTIMÃO As urgências de Obstetrícia estiveram encerradas uma semana em Junho e no primeiro fim-de-semana de Julho

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HOSPITAL DE FARO Reabriram no domingo (10), depois de terem estado encerradas desde as 21h00 de quinta-feira (7)

De Norte a Sul do país são vários os casos de encerramento das Urgências Obstétricas. Estes são apenas alguns exemplos.

NOVO ESTATUTO SNS: BOA MEDIDA MAS TEM ARESTAS A LIMAR

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novo Estatuto será uma “primeira dimensão do nível de organização” dos serviços públicos de saúde, explicou a ministra da Saúde, na passada semana, ao dar conta da aprovação do mesmo em Conselho de Ministros. Marta Temido anunciou a mudança a nível jurídico dos agrupamentos de saúde que “deixam e ser concentrados nas Administrações Regionais de Saúde”, sendo que os hospitais e unidades de saúde terão maior autonomia para contratação de recursos humanos.

“Hoje é um dia importante para o SNS e, sobretudo, para o seu desenho no futuro”, adiantou Marta Temido. A ministra recordou que, em 2019, foi aprovada uma nova Lei de Bases da Saúde, que incorpora um conjunto de prioridades e de “escolhas políticas” relacionadas com as taxas moderadoras, com a dedicação plena, a prioridade à gestão pública e o relacionamento entre os setores público e privado. O actual estatuto do SNS, em vigor desde 1993, “não respondia a essa nova Lei de Bases da Saúde”,

adiantou a governante, ao avançar que a versão agora aprovada recebeu, na fase de consulta pública, mais de 150 contributos “que foram incorporados”. Quanto a este ponto, ambas as secções regionais estão de acordo: o novo estatuto do SNS é uma boa medida mas há arestas a limar. “É muito importante para adaptar e reorganizar o SNS às novas contingências. O facto de haver uma Direccão Executiva é muito positivo porque é o que tem faltado ao SNS, nomeadamente durante a pandemia porque

houve uma falta de articulação entre os hospitais. O que ainda não sabemos é que pessoa será escolhida, e como será escolhida, porque se for só por nomeação política em que não haja critérios de competência técnica então não servirá de nada”, adianta Carlos Cortes. Um dos pontos mais aplaudidos deste novo estatuto, que se espera entrar em vigor antes do final do ano, é a autonomia que os hospitais ganham para contratar, uma “vitória” que pode não surtir o efeito desejado. “Há hospitais que estão muito mal ge-

ridos e se damos mais autonomia não vai servir de nada porque além dela tem de haver um acompanhamento daquilo que os hospitais fazem. É importante a conexão entre os vários hospitais, sou a favor da autonomia de cada um mas não sou a favor que não comuniquem entre eles”, conclui o presidente da SRCOM. Já Ricardo Matos congratula-se pela medida e acredita que possa ser “uma porta para a profissionalização do sector” mas tem dúvidas quantos aos seus efeitos. “Uma boa medida,

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a ser implementada num contexto tão difícil, poderá não surtir o efeito desejável. É uma medida completamente extemporânea na sua aplicabilidade porque aquilo que é necessário dar ao sector neste momento é o reconhecimento dos profissionais de saúde”. O presidente da SRCOE diz que o novo estatuto “não vai resolver o problema actual do SNS” e, quanto à autonomia dada aos hospitais e centros de saúde, é clara a sua posição: “Não nos deixemos enganar, vão existir muitas limitações”.


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FIGURAS ascensor A SUBIR

ANA ABRUNHOSA É a ministra do povo e do Portugal interior, onde vivem, resistindo ao abandono, umas quantas e tão poucas famílias envelhecidas que se ocupam em pequenas tarefas essencialmente rurais e disso vivendo, sempre de olhos e coração postos na proximidade do Natal ou do Verão que lhes hão-de trazer de visita filhos e netos a quem o interior, em abandono progressivo, roubou futuro e matou ambição. Anterior presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro e ela própria nascida nesse mesmo Interior, Ana Abrunhosa conseguiu durante esse tempo, e continua a manter, uma relação amiga e colaborante com o poder autárquico que muito aprecia. Não há por essas Beiras fora, por esse país desguarnecido, presidente de Câmara que não aprecie a ministra da Coesão Territorial e a não convide para participar – inaugurando, estimulando e motivando – realizações que os municípios promovem e com as quais afirmam a sua existência e abraçam as suas gentes. Aconteceu isso de novo há dias em Oliveira do Hospital onde Ana Abrunhosa participou na entrega dos prémios “Vale Pastor”, que visam incrementar a produção de leite e queijo nas regiões da Beira Baixa, Rabaçal e Serra da Estrela, com vista à sua valorização. Prémios de 5.000 euros a empreendedores já instalados ou que queiram instalar-se. JORGE ALMEIDA Presidente da Câmara de Águeda há cinco anos, depois de ter sido vereador mais alguns, tem motivos de sobra para se sentir satisfeito com o patamar de notoriedade e de atracção que a cidade tem conseguido desde o início deste século. A Agitágueda, duas semanas de animação que agora terminam e que se realiza todos os anos, tornou-se num evento que mexe com toda a região, mesclando o divertimento das crianças com a animação dos adultos, a gastronomia com o desporto, fazendo do espaço à beira rio uma bela sala de convívio ao fim da tarde que as pessoas aproveitam e apreciam. Sucedeu na presidência da Câmara a Gil Nadais, outro bom autarca e repartiram entre si a liderança do concelho de Águeda nestes últimos 20 anos, solidificando também a vertente empresarial que fez sempre parte da matriz de Águeda, onde as empresas nascem como cogumelos e se afirmam como unidades económicas bem sucedidas. Andam Águeda e Aveiro atrás de uma ligação rápida entre as duas cidades há quase 50 anos. Agora o Governo (o ministro das Infraestruturas é daqueles lados e conhece bem esta antiga ambição e necessidade) voltou a levantar a tampa da esperança. Espera a região que agora vá para a frente. Razões tem, pois, Jorge Almeida para andar satisfeito com o rumo que tem ajudado a dar à sua terra e que, com a história dos chapeuzinhos suspensos nas ruas, este ano acrescentados de novos motivos, tornaram conhecida a cidade em todo o país e mesmo fora dele. Mais conhecida, mais frequentada, sempre respeitada, Águeda é um dos motivos de orgulho da região e do país.

A descer LUIS MONTENEGRO Um sério candidato a primeiro-ministro tem de ter determinadas qualidades, de que salientamos apenas algumas: competente, honesto, trabalhador, determinado sem deixar de ser humilde, transparente e suficientemente franco par dizer ao que vem, com que vem e aquilo a que se propõe. Ir decidindo ao sabor dos ventos, sem um pilar de convicções e estratégias assumidas, acaba sempre por dar em coisa pouca. Pensamos que Luís Montenegro poderia ter sido mais claro quando a encerrar o recente Congresso da sua entronização falou da regionalização, dizendo que não apoiará o referendo de que António Costa muito fala e bastante propala para 2024. Sejamos claros: ninguém acredita que estejam reunidas as condições para que haja referendo daqui a dois anos para tão complexa matéria. Nisso compreende-se Montenegro. Mas não teria ficado mal dizer a posição de fundo que tem sobre a regionalização que, pensamos, não defende. Sejamos claros outra vez: numa dimensão temporal de uma boa dúzia de anos todos sabemos e sentimos que não haverá regionalização em Portugal, apesar de vermos cair o país por uma ribanceira de desequilíbrio territorial e demográfico que nos vai levar muito fundo. Está aos olhos de quem quiser ver e basta ler o desenrolar do nosso desenvolvimento nas últimas dezenas de anos. Apesar disso há quem não queira a regionalização e há mesmo quem a abomine. Entre estes, há quem dela discorda por legítimas convicções pessoas e há uma vastidão de pessoas entre a classe política a quem isso não convém. Claros pela terceira vez: a regionalização não convém aos políticos de segunda e terceira linhas e só interessa ao país e ao povo português, para que sejam também decisores de parte do seu destino. E como o país é uma realidade que, de tão concreta, a tratamos como abstracta e a qualidade de vida do povo não é prioridade para quem concentra em si os poderes de decisão, a regionalização será sempre aquela moça linda e airosa que alguns cobiçam e por aí se ficam. Teria ganho pontos, poucos, e perdido muitos Luís Montenegro se dissesse ao que vinha nesta assunto. Mas teria ganho em credibilidade e transparência.

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MÁRIO VELINDRO “LEVA” O SEU ISEC MUNDO FORA

Tem hoje o Politécnico de Coimbra nas suas diversas Escolas – e são seis ao todo – quadros de valia reconhecidamente elevada que muito têm contribuído para a afirmação de Coimbra como uma cidade de conhecimento universitário internacionalmente reconhecida e apreciada. São cada vez mais os países, sobretudo países de expressão portuguesa, que contratualizam com Coimbra acordos de cooperação no domínio da formação que são reciprocamente úteis. Tem sido assim – e assinalámo-lo aqui neste mesmo espaço na semana passada com a Universidade – e assim é também com algumas Escolas do Politécnico, um dos quais (o ISEC, Instituto Superior de Engenharia de Coimbra) tem dedicado a essa vertente da internacionalização especial atenção. Com Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e, há dias, até o ministro da Presidência do Brasil, Luiz Eduardo Ramos, aqui esteve em Coimbra (ver página 8) para melhor conhecer o funcionamento do ISEC, superiormente conduzida pelo seu presidente Mário Velindro, um eterno insatisfeito nesta área de projectos da “sua” Escola que tanto ama e em cujos afirmação e desenvolvimento sublima, com enormes ganhos para a comunidade, algumas coisas com que a vida nos tenta travar a passada da motivação. Para Mário Velindro, o ISEC prossegue, assim, esforços para que os seus estudantes e também estudantes brasileiros se diplomem simultaneamente em Coimbra e no Brasil. Os cursos de Engenharia Civil e de Engenharia Mecânica estão na primeira linha deste projecto, caminhando-se no sentido que os estudantes frequentem aulas presenciais, quer no ISEC quer nas respectivas universidades no Brasil, tendo aulas online em comum. O ISEC criou há poucos anos um dos primeiros cursos de aeronáutica em Portugal e esse facto acrescentou-lhe franca notoriedade, pelo que esta Escola se tem vindo a transformar num parceiro desejado por outras Escolas e outros países no domínio da formação académica e profissional. ABEL CARAPÊTO O autor, de Vila Nova de Outil, concelho de Cantanhede, apresentou o livro de poesia “À beira do mar espero por ti”, a sua primeira obra, na Associação Cultural e Recreativa – Alegria do Zambujeiro. O livro vai ser apresentado na Expofacic e, no dia 15 de Agosto, no Festival Catraia, na Praia da Tocha. Este livro tem um carácter solidário sendo que a maior parte das verbas angariadas vão reverter para a Cooperativa Arco-íris Brilhante, uma associação que apoia crianças com paralisia cerebral. ANA RITA RORIZ, MARTA SANTOS E DANIELA NETO A estudante de Medicina, estudante de Engenharia Informática e a estudante do doutoramento em Sociologia, respectivamente, foram distinguidas como as Embaixadoras do Ano da 6.ª edição do Académica Start UC – Rede de Embaixadores para o Empreendedorismo. As estudantes recebem como prémio uma formação internacional, na área da Inovação e Empreendedorismo. Este é um projecto de sensibilização, educação e formação dos estudantes para a inovação e empreendedorismo, criado pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Associação Académica de Coimbra (AAC), com o apoio do Santander Universidades. ANA OLIVEIRA A ex-deputada social-democrata foi eleita, sábado, presidente da Comissão Política Concelhia da Figueira da Foz do PPD/PSD, em lista única que obteve 115 votos a favor, três brancos e três nulos. Ana Oliveira tem Manuel Rascão Marques e Margarida Viana como vice-presidentes, Maria Isabel Sousa como secretária, João Maltez como tesoureiro e mais oito vogais. A Mesa da Assembleia é presidida por Paulo Pinto. A nova dirigente diz que está acompanhada de “uma equipa de trabalho dinâmica e disponível em prol do concelho da Figueira da Foz” onde, recorde-se, o PSD elegeu apenas um vereador para o Executivo Municipal (concorreu com Pedro Machado), com Pedro Santana Lopes a conquistar a presidência da Câmara eleito por uma lista independente. STELA FERNANDES E TIAGO RAMOS Os atletas da Gira Sol, de Cantanhede, estiveram em destaque no Campeonato Nacional Olímpico Jovem, que se realizou na cidade de Lousada. A jovem sagrou-se campeã nacional, alcançando a medalha de ouro nos 800m (2m15s95), enquanto que o iniciado Tiago Ramos alcançou o primeiro lugar no Lançamento do Dardo (45.01). O atleta participou ainda no Lançamento do Disco (34.22), onde alcançou um brilhante 5.° lugar. VINICIUS BERETA O atleta brasileiro do Ginásio Figueirense sagrou-se Campeão da Europa de Kickboxing, no passado sábado, em Londres. O desportista, que chegou à Figueira da Foz há dois anos, venceu Yves Brusnello, actual Campeão do Reino Unido, sagrando-se Campeão da Europa em K1-70 Kg. Vinicius Bereta é treinado por Nelson Afonso e representa o Ginásio como profissional. LUCAS COSTA O aluno, de 18 anos, da Escola Básica e Secundária Escalada, em Pampilhosa da Serra, foi o único estudante a fazer exame nacional de Física e Química, colocando a escola no topo do ranking. Natural de Aldeia Cimeira, o jovem conseguiu 17,5 valores no exame. Lucas Costa propôs-se a realizar o exame de Física e Química por ser a prova de que necessitava

para, juntamente com Matemática, poder concorrer ao curso de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências Tecnologia da Universidade de Coimbra. LUÍS MENEZES LEITÃO O bastonário da Ordem dos Advogados (OA) preside, hoje (14), à cerimónia de homenagem aos advogados de Coimbra que completam, este ano, 35 anos de exercício da profissão. A sessão decorre a partir das 16h00, na Sede do Conselho Regional de Coimbra da OA. GABRIEL CORDEIRO E DAVID PEREIRA Os alunos do Conservatório de Música David de Sousa, da Figueira da Foz, venceram o prémio “Apresentação” e a Menção Honrosa na categoria de Eufónico Juvenil do III Concurso da Associação Portuguesa de Tubas e Eufónicos. Os alunos da Classe de Eufónico, do docente Renato Serra, elevaram o nome da região e do concelho da Figueira a nível nacional no que respeita a instrumentos que integram maioritariamente as orquestras sinfónicas. ANA CORTEZ VAZ A vereadora de Acção Social e Educação da Câmara Municipal de Coimbra vai estar presente, hoje (14), pelas 20h00, na reunião de jantar do Rotary Club de Coimbra, que decorre no Hotel D. Inês, para apresentar uma palestra subordinada ao tema “A Acção Social da Câmara Municipal de Coimbra”. Esta iniciativa, organizada pelo Rotary, enquadra-se no lema deste ano rotário: “Imagine o Rotary–Diversidade, Equidade e Inclusão”. PUBLICIDADE

COIMBRA

Gonçalo de Almeida Quadros MISSA DE 7º DIA E AGRADECIMENTO 6HXV ¿OKRV H GHPDLV )DPtOLD SDUWLFLSDP D WRGDV DV SHVVRDV GDV VXDV UHODo}HV H DPL]DGH TXH PDQGDP FHOHEUDU DPDQKm VH[WD IHLUD GLD SHODV K QD ,JUHMD GRV )UDQFLVFDQRV $Y 'U 'LDV GD 6LOYD D 0LVVD GH GLD VXIUDJDQGR D VXD DOPD 1D LPSRVVLELOLGDGH GH R ID]HUHP SHVVRDOPHQWH YrP SRU HVWH PHLR DJUDGHFHU PXLWR FRPRYLGDPHQWH D WRGDV DV SHVVRDV TXH GH DOJXP PRGR OKHV PDQLIHVWDUDP R VHX VHQWLPHQWR H SHVDU $ WRGRV D VXD SURIXQGD JUDWLGmR

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ENTREVISTA

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PRESIDENTE DA INSTITUIÇÃO, RUI AMARO, FRISA A CARÊNCIA NO PAÍS DE FORMAÇÃO NESTA ÁREA

ESAC CONTA ABRIR ESTE ANO UM CTESP EM OPERAÇÕES FLORESTAIS NA LOUSÃ

Licenciou-se em Engenharia Zootécnica pela Universidade de Évora em 1986 e concluiu, em 1991, o mestrado em Produção Animal pela Escola Superior de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa. Em 2020, Rui Amaro obteve o Título de Especialista em Produção Agrícola e Animal, pelo consórcio dos Institutos Politécnicos de Coimbra, Santarém e Castelo Branco. Entre outras funções, foi vice-presidente e membro do Conselho Administrativo da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) de 2010 até tomar posse, em Maio deste ano, como presidente da instituição. Foi ainda, por duas vezes, membro do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC). LINO VINHAL / NÁDIA MOURA

Campeão das Províncias [CP]: Como está a ESAC? Rui Amaro [RA]: Está bem e recomenda-se. É um espaço muito diverso que não é fácil de manter nas condições actuais, mas que tem conseguido manter as actividades fundamentais onde o ensino agrícola é secular. Estamos a falar de uma escola com 135 anos, que veio de Sintra para aqui em 1887, sempre vocacionada para o ensino em diferentes áreas da agricultura. [CP]: Como está o ensino da agricultura em Portugal? [RA]: Eu diria que há um exagerado número de instituições a fazer ensino agrícola. No ensino superior há dois subsistemas que é o universitário e o politécnico, no primeiro temos um conjunto respeitável de instituições e no politécnico ainda são em maior número porque houve, a certa altura, um crescimento do número de escolas superiores agrárias. Actualmente, para além da Agrária de Coimbra, existem em Ponte de Lima, Bragança, Santarém, Castelo Branco, Viseu, Portalegre e Beja... há, depois uma nuance que é preciso considerar: mercê desta diversidade de escolas, quando se começaram a sentir dificuldades na atracção dos jovens por esta área, houve uma necessidade de diversificar a oferta, pelo que, apesar de serem escolas agrárias, muitas vezes têm outras áreas de formação conexas à própria agricultura. Nós fizemos igualmente esse

caminho e temos, por exemplo, cursos na área do turismo (turismo em espaços rurais e naturais), da gestão ambiental, da biotecnologia e, mais recentemente, na enfermagem veterinária, para além de participamos no curso da gastronomia. [CP]: Como se aprende agricultura nestes cursos? [RA]: Começa, desde logo, por ser fundamental uma boa formação na área da Biologia. O aumento da

culturas. O estudo do solo é outro elemento fundamental para se fazer agricultura, portanto, a seguir à Biologia é o ponto importante existindo alternativas que vão no sentido de que podemos pensar em tentar fazer produção animal e agrícola de uma forma menos agressiva. Estou a falar, por exemplo, daquilo que se pode fazer no domínio da agricultura biológica. [CP]: No caso do nosso Vale do Mondego, as alterações das culturas de produção deve-se a quê? [RA]: Não sendo especialista na área das culturas arvenses, diria que não é pelo tema solo que se distinguem ou formulas as opções «aqui planta-se arroz e ali milho». Creio que as opções têm a ver mais com as economias de escala e os rendimentos que se conseguem tirar, com as dimensões da propriedade, o que faz com que o milho se tenha generalizado. Houve uma evolução grande no Baixo Mondego na cultura do

A diversidade é importante para o ensino e devemos tirar partido de um recurso que é ter uma quinta com múltiplas funcionalidades.

produção é um objectivo, mas vivemos um tempo em que não pode ser o mais relevante. Hoje em dia há outras mais-valias inerentes à própria actividade da agricultura que não são tão mensuráveis assim, como são os serviços que a própria agricultura presta à sociedade. A sustentabilidade, termo tão comum nos dias de hoje, tem de ser encarada numa perspectiva de deixar para as gerações vindouras os recursos pelo menos no mesmo nível em que os encontrámos e, se nos centrarmos demasiado na produtividade, podemos não ter uma produção suficientemente sustentável e estar a comprometer gerações futuras. Também deve ser dito que a intensificação das culturas, em si mesma, não é necessariamente um mal, porque se faz hoje em dia recorrendo a tecnologias assertivas que doseam a utilização dos factores de produção àquilo que é são as necessidades reais das

milho e este já não é o que se produzia antigamente. Mesmo em termos de variedades, é importante preservarmos os recursos genéticos associados a esta e a outras culturas, sendo que na ESAC temos uma linha de investigação com essa preocupação da preservação das variedades regionais, nomeadamente as que se utilizavam para fazer a broa. [CP]: Objectivos da ESAC? dar a cara e levar a que vos queiram conhecer e outro é ter mais alunos... [RA]: Sim, até diria que punha o ter mais alunos em primeiro lugar porque nesta área do ensino agrícola – e, volto a dizer, não temos só cursos focados nesta área – a diversidade é importante para o ensino e devemos tirar partido de um recurso que é ter uma quinta com múltiplas funcionalidades. A área da agricultura sofreu alguma falta de interesse das camadas mais jovens, mas é

um facto que temos vindo a recuperar, e temos atualmente na ESAC na ordem dos 1200 alunos. É importante reforçar que a agricultura de hoje não é a agricultura que se fazia há 20 ou 30 anos, e a questão da tecnologia faz com que os jovens possam perceber que se pode tirar partido dessas tecnologias porque com elas temos acesso a um conjunto de dados relevantes. É por isso que o ensino da matemática, da física da estatística e das aplicações informáticas acabam por ser importantes na formação do agricultor hoje em dia. Esta área da produção de alimentos e muito importante e com a realidade do mundo de hoje, temos a prova de que deveremos ser capazes de pensar em termos de auto-suficiência a um nível maior do que a que temos. [CP]: É fácil gerir um espaço tão grande quanto a ESAC? [RA]: Não é fácil. Temos cerca 140 hectares divididos entre área de campo e área da cidade, aqui são cerca de 90 hectares e depois temos mais cerca de 50 hectares no Baixo Mondego. Nestes 90 ha que falei temos cerca de 40 edifícios, muitos deles seculares, que é um desafio permanente manter. E temos conseguido fazer algumas melhorias. Como todas as outras escolas, a nossa principal fonte de receitas é o orçamento do Estado, mas o dinheiro que recebemos da tutela não paga os vencimentos de docentes e não docentes. Temos que recorrer às receitas próprias, nomeadamente, as propinas

Rui Amaro diz que qualidade do ensino na ESAC é a melhor forma de cativar novos alunos A nossa exploração constitui um laboratório vivo que é útil à sociedade e temos todo o interesse em passar o nosso saber-fazer. No ano passado tivemos cerca de 50 contratualizações que geram as suas receitas e que são resultado de trabalho dos docentes e dos técnicos. Devo salientar que uma escola não são só docentes e alunos. É importante valorizar todos os elementos, nomeadamente os trabalhadores não docentes até porque somos a escola do IPC com mais pessoal não docente, o que é natural face às actividades que desempenhamos. [CP]: Na ESAC também temos a componente animal. [RA]: Sim e fazemos questão de nos diferenciarmos nessa área. A questão dos equinos sempre foi uma área muito trabalhada e característica da ESAC e não tendo um grande efectivo continuamos a tê-lo com elevado nível de

Seremos das primeiras escolas a avançar com um [doutoramento] na área das Ciências Agrárias.

e a prestação de serviços à comunidade, e a maximização desta última componente é o que nos faz conseguir fazer alguma diferença para manter, ou melhorar, as infraestruturas. Fazemos desde as mais vulgares análises no laboratório, até aos trabalhos mais diferenciados de consultoria, muito na lógica de dar sequência aos trabalhos desenvolvido na investigação.

qualidade genética. Temos um CTESP - Curso Técnico Superior Profissional - na área da equitação, do maneio dos cavalos e da equitação terapêutica, o que exige que tenhamos um conjunto de animais operacionais. Os nossos alunos têm formação e quando acabam o curso sabem montar a cavalo. Relativamente á área florestal, vamos tentar abrir,

Praça da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro. In Campeão das Províncias de 14/07/2022

ainda este ano, na Lousã, um CTESP em Operações Florestais, procurando dar resposta àquilo que são as necessidades do território. A área florestal é muito relevante e no nosso país só existem três escolas a dar formação nesta área, em Coimbra, no Instituto Superior de Agronomia e em Vila Real. Esta área passou por momentos conturbados no que concerne ao número de alunos, mas conseguimos sobreviver. Hoje em dia estamos todos estabilizados e o reconhecimento de que é importante esta área no país é que há um grupo de quatro empresas da fileira florestal que vai apoiar com bolsas de estudo alunos destas três instituições reconhecendo a necessidade de promover a necessidade da formação nesta área. [CP]: Foi uma vitória a aprovação das iniciativas legislativas que defendem que os Politécnicos passem a designar-se Universidades Politécnicas? [RA]: Foi, mas isto vai descer à especialidade e vamos ver... estou em crer que vai correr bem. Na ESAC já temos a capacidade de leccionar doutoramentos e, quando for possível, seremos certamente das primeiras escolas a avançar com um na área das Ciências Agrárias. Sabemos e concordamos que teremos de competir de igual para igual e temos de ser capazes de cumprir o grau de exigência. Vamos em frente com qualidade. PATROCÍNIO:


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ACTUALIDADE ISEC APOSTA EM CURSOS DE DUPLA TITULAÇÃO

PORTUGAL E BRASIL CRIAM SINERGIAS ADELAIDE MARTINS

“ACORDO É UMA MINA DE OURO”

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“q u a l i d a d e d o ensino superior p or tu g u ê s” foi destacada, na quinta-feira (7), pelo ministro da Secretaria Geral da Presidência da República do Brasil, Luiz Ramos, na sua visita ao Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC). O ministro referiu que existe um “campo muito vasto na área do ensino entre Portugal e Brasil” vincando que, no Brasil, “a Universidade de Coimbra (UC) tem a mesma fama de universidades como Oxford (Reino Unido), Princeton (EUA) e Harvard (EUA)”. A parceria entre os dois países está cada vez mais sedimentada e foi reforçada por Mário Velindro, presidente do ISEC, que visou o desenvolvimento de novos cursos (a somar aos já existentes) que permitam “aos alunos portugueses e brasileiros adquirirem o que se chama de dupla titulação”. Segundo o responsável pela instituição, o ensino que o ISEC desenvolve é “cada vez mais atractivo” porque dá respostas “àquilo que as universidades procuram e que as empresas anseiam: formar profissionais com experiência”. O objectivo

Mário Velindro e Luiz Ramos honram compromisso no ISEC maior é que os alunos tirem os seus cursos e possam dar respostas às necessidades das empresas o quanto antes. Neste sentido, Mário Velindro recordou a analogia feita pelo ministro brasileiro de que “não vale a pena formar engenheiros para serem motoristas da Uber”. Segundo o presidente do Instituto, existe a “obrigação de fazer o melhor” que estiver ao seu alcance, reforçando que a instituição sempre teve esta preocupação. Desmistificando o que lhe parece ser a interpretação comum, Mário Velindro explicou que “dupla titulação é a possibilidade

de um engenheiro mecânico adquirir também, por exemplo, uma licenciatura em gestão”. Paralelamente, todas as questões relacionadas com equivalências intercontinentais e reconhecimento entre os países também está a ser devidamente cuidada e trabalhada. Além da possibilidade de um aluno se licenciar em duas áreas distintas, a dupla titulação prevê também que os alunos possam ser certificados pela mesma área em estabelecimentos de ensino distintos, simultaneamente em Portugal e no Brasil. Segundo o responsável, os alunos procuram cada vez mais uma formação transversal.

Na visita do representante do Brasil ao Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Mário Velindro aproveitou para dizer que está a trabalhar avidamente na “transição digital”, à imagem do que de melhor se faz no mundo. Assim, espera que Portugal “acorde” no sentido de acompanhar esta evolução. Na sessão, foi recordado também o já celebrado centenário do ISEC para explicar que este “se encontra ao serviço da região e do país para contribuir com a qualidade dos seus cursos quer em Portugal quer no Brasil”. Mário Velindro recordou ainda o interesse no aprofundamento das relações internacionais e afirmou que, “muito em breve, teremos novidades”, adiantando estar a desenvolver outros projectos. Além da visita ao ISEC, Luiz Ramos esteve também na Câmara Municipal de Coimbra e na Reitoria da UC mostrando que “o acordo entre os dois países é uma mina de ouro” e deve ser aproveitado. O ministro brasileiro reconheceu “em Coimbra - e a Coimbra uma capacidade enorme na área ensino superior, na indústria e no comércio”, declarou Mário Velindro.

ENTRE SEXTA-FEIRA (15) E DOMINGO (17) SE OS INCÊNDIOS O PERMITIREM

SANTIAGO DA GUARDA RECEBE FESTA DA AMIZADE E FEIRA DE ARTESANATO

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Festa da Amizade e Feira de Artesanato regressam, esta sexta-feira (15), a Santiago da Guarda, em Ansião. A decorrer até domingo (17), o evento é organizado pelo Centro de Amizade e Animação de Santiago da Guarda (CAAS) e conta com o apoio da Junta de Freguesia. Revelando ser uma das mais emblemáticas festas da freguesia, vai desenvolver uma série de actividades culturais, etnográficas, desportivas, solidárias e recreativas com o mote da celebração da amizade. Depois de dois anos de paragem obrigatória, os festejos apresentam um cartaz diversificado e atractivo. Do programa vai fazer parte o

Festival de Folclore com a participação de grupos locais, nacionais e internacionais, nomeadamente de Viana do Castelo, Abrantes e do México. A edição deste ano vai contar, ainda, com espectáculos musicais de nomes como Gabriel Gonçalves, Sem Batuta, Orquestra Ligeira da Sociedade Filarmónica Ansianense Santa Cecília, André Cardoso, Só Ritmo, DJ Littux e AF Band. Vão somar-se, ainda, dois momentos relacionados com desportos motorizados e automóvel com uma demonstração ‘freestyle’ do conhecido “Humberto” e uma demonstração todo-o-terreno em pista de obstáculos. É de referir, ainda, a pre-

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saúde CUF COIMBRA DISPONIBILIZA CUIDADOS DOMICILIÁRIOS A CUF Coimbra tem, desde o início de Julho, disponível o serviço de Cuidados Domiciliários à região. A valorização dos cuidados de proximidade, o envelhecimento da população com doenças crónicas associadas e outras necessidades de saúde que possam ser acompanhadas no conforto de casa, incentivaram a CUF a alargar este serviço a toda a comunidade de Coimbra. Este novo serviço do Hospital CUF Coimbra possibilita o acompanhamento dos doentes no domicílio, com prestação de cuidados de rigor e segurança clínica, idênticos aos prestados nas unidades CUF. Com uma equipa de profissionais experiente e diferenciada, os Cuidados Domiciliários CUF prestam uma resposta ajustada às necessidades de cada pessoa e sempre em articulação com o médico assistente e a totalidade dos recursos existentes no Hospital CUF Coimbra. A actividade iniciou com a prestação de consultas médicas ao domicílio e a prestação de cuidados de enfermagem, incluindo apoio clínico, sempre que necessário, nomeadamente nas áreas de reabilitação, oncologia, saúde materna e infantil, cuidados pós-cirúrgicos, cuidados a idosos, cuidados paliativos, cuidados na doença neurológica, bem como serviços de Patologia Clínica e testes Covid-19. Os cuidados de saúde e horários são estabelecidos e planeados de acordo com as necessidades individuais, considerando as expectativas do doente e da sua família. Os serviços estão disponíveis 24h/ dia, todos os dias do ano.

EQUIPA DA UC DESENVOLVE AEROGEL PARA APLICAÇÃO MÉDICO-FARMACÊUTICA A Universidade de Coimbra (UC) através de uma equipa de investigadores, desenvolveu um novo aerogel a partir de polímeros naturais, com aplicações na área médico-farmacêutica, especialmente em medicina regenerativa. Segundo Mara Braga, coordenadora do projecto, o “SterilAerogel” tem como grande objectivo dar resposta a um problema de saúde que afecta cada vez mais a população mundial, especialmente a população idosa, que sofre com maior frequência fraturas ósseas e de problemas degenerativos e inflamatórios. Esta resposta chega através “do desenvolvimento de aerogéis inovadores à base de polímeros naturais, prontos a ser usados na regeneração de tecidos, mas também em pensos para tratar feridas”, revelou. Este estudo foi desenvolvido durante os últimos quatro anos no Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). O projecto foi financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia com 230 mil euros. Embora se tenha focado na área da saúde, o novo aerogel tem potencial para outras aplicações, por exemplo, como adsorventes para tratamento de águas residuais.

UC PROMOVE ESCOLA DE VERÃO NA ÁREA DAS NEUROCIÊNCIAS

A Festa, se os incêndios o permitirem, decorre no Complexo Monumental de Santiago da Guarda sença da Feira de Artesanato, com bancas de bijuteria, calçado, pinturas, tapeçarias, cestaria e peças de decoração confeccionados em materiais diversos como cortiça, vime, madeira, barro, pele, tecido ou vidro. Para a manhã de domingo está prevista a realização da primeira edição

do “Passeio de Motorizadas” solidário, cujas receitas revertem para os Bombeiros Voluntários de Ansião. Para a realização desta 28.ª edição, o certame conta com o trabalho de centenas de sócios e amigos que, de forma voluntária, vestem a camisola pela festa.

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A Universidade de Coimbra (UC) vai promove, entre os dias 26 e 29, a escola de Verão “Volta ao Cérebro em 4 dias!”. Esta iniciativa é destinada a estudantes de licenciatura e de mestrado das áreas da Biomédica, Engenharia, Psicologia, Física, Medicina, Biologia ou Bioquímica, entre outras. Promovida pelo Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da UC, a escola de Verão é também aberta a estudantes de outras instituições de ensino superior e é gratuita, mas carece de inscrição prévia até dia 21. A decorre no pólo III da UC, a iniciativa tem foco nas neurociências, dará a oportunidade de aproximar a investigação que se faz no CIBIT/ICNAS da comunidade académica, no contexto da translação da ciência básica para a aplicação.


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14 DE JULHO DE 2022

ACTUALIDADE

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O INTERIOR RESISTE E A SERRA DA ESTRELA $*$55$˨6( ­ 3$6725Ì&,$

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otam-se alguns sinais, poucos ainda mas geradores de alguma expectativa e esperança, de que se começa a reparar na pastorícia com outro olhar, focando naturalmente a produção de queijo, de que Portugal tem algumas qualidades internacionalmente apreciadas. Das melhores do mundo. O Queijo da Serra da Estrela lidera a lista. É inquestionável. Mas há outros, o do Rabaçal por exemplo, se bem produzido e cuidado, não deixa ficar mal nem quem o produz nem a região que ainda o cuida, se bem que em quantidades cada vez mais pequenas. Nas últimas dezenas de anos, bastantes, o Queijo da Serra da Estrela, o autêntico, foi bastante mal tratado. A pastorícia nunca foi vista pelos responsáveis do país como uma actividade a incentivar e os rebanhos foram diminuindo, ficando os sobrantes a cargo de iniciativas individuais deste ou daquele pastor, de entre os alguns que calcorreiam quilómetros e quilómetros por aquela serra da Estrela fora, tendo apenas o cão e o desânimo

por companheiros. Era na casa desses resistentes, portanto em regime de produção familiar, que – se bem procurados – se conseguia ir encontrando belos queijos da Serra da Estrela, feitos por mãos experimentadas. Mas a produção foi diminuindo e do bom queijo pouco havia e quase desapareceu durante alguns anos. ATÉ LEITE EM PÓ DE ESPANHA SE CHEGOU A IMPORTAR PARA SE FAZER FALSO QUEIJO DA SERRRA DA ESTRELA

Surgiram entretanto algumas iniciativas de rosto empresarial que, apesar de reduzida dimensão, tentavam a todo o custo manter a produção do queijo que, sem norte, sem apoios e sem orientação de entidades competentes que poucas ou nenhumas havia, cometeram-se – e comentem-se ainda – verdadeiros atentados à qualidade do produto. Sejamos mais claros: o leite próprio para fazer queijo da Serra da Estre-

la é um só, aquele que a ovelha Bordaleira produz. Como os rebanhos foram diminuindo, cada vez havia menos ovelhas dessa raça e portanto menos leite. Isso levou a que alguns produtores, já não os artesanais, mas outros já com um certo sentido para o negócio começassem a utilizar outros leites e – pasme-se – até a importar de Espanha leite em pó para fazer queijo da Serra da Estrela. Às tantas já havia queijo em todo o lado e os diversos concelhos deixavam anunciar o produto como se autêntico fosse. Abandalhou-se a produção, a qualidade veio por aí abaixo, e ainda hoje para encontrar um bom queijo da Serra da Estrela é preciso andar de nariz no ar e ter bom faro. Faça-se aqui justiça a Oliveira do Hospital, o concelho de Coimbra mais a interior. O seu anterior presidente, hoje deputado, Carlos Alexandrino, lutou contra isso (foi dos poucos, se não o único) durante vários anos e promoveu a maior feira de queijo da Serra anos seguidos, promovendo uma iniciativa que muito ajudou a denunciar os maus tratos

dados ao produto e a criar uma nova cultura de exigência e qualidade entre os produtores, incentivando-os. Os sinais de melhoria que atrás referimos a nível de pastorícia terão vindo também daí, desse incentivo, depois continuado com a “Escola de Pastores” de que adiante

de maior dimensão que têm aparecido nos últimos anos e alguns empreendimentos de natureza turística têm aproveitado também essa fileira de interesse e nota-se que começa a haver bons sinais de recuperação. Até algumas empresas Queijeiras de grande porte surgiram nos

Há rios na Beira? Descem da Estrela. Há queijo na Beira? Faz-se na Estrela. Há roupa na Beira? Tece-se na Estrela. Há vento na Beira? Sopra-o a Estrela. Tudo se cria nela. Miguel Torga

falaremos. Estamos certos que o actual presidente de Oliveira do Hospital, José Francisco Rolo, que foi vice-presidente nos Executivos de Alexandrino, irá manter este mesmo caminho e faça do seu concelho (onde existe um organismo que muito tem ajudado nesse sentido também, a Ancose, a grande defensora da ovelha Bordaleira) uma zona tampão à produção de queijo que não seja de boa qualidade. Este esforço de recuperar o produto tem-se notado na nova cultura que está a influenciar positivamente os produtores, poucos ainda,

últimos anos e os leitores recordar-se-ão com certeza que até o antigo político e ministro Jorge Coelho, falecido de forma repentina há poucos anos, fizera ali na zona de Mangualde uma grande empresa produtora do Queijo da Serra da Estrela. DA ESCOLA DOS PASTORES AOS PRÉMIOS VALE PASTOR Mas há mais e outros sinais: na semana passada foram entregues em Oliveira do Hospital os prémios Vale

Pastor, pelo segunda vez. Prémios no valor de 5.000 euros a cada empreendedor distinguido cujo objectivo é incrementar a produção de leite e queijo nas chamadas regiões DOP da Beira Baixa, Rabaçal e Serra da Estrela, com vista à sua valorização. O Vale Pastor visa atribuir aquele prémio monetário a produtores já instalados ou que queiram instalar-se na actividade da agropastorícia para produção de leite e seu fornecimento a queijarias que produzam queijos com qualidade (DOP) na região Centro. Presidiu a essa cerimónia de entrega dos prémios a ministra Ana Abrunhosa (que outrem haveria de ser?) que bem conhece toda esta problemática em redor do Queijo da Serra da Estrela. Estes empreendedores, ou alguns deles, já haviam frequentado e concluído formação adequada na chamada “Escola de Pastores” que tem sido – dizem os entendidos – um “importante instrumento de qualificação” que muito contribui para a valorização económica da fileira dos queijos DOP na região Centro.

LINO VINHAL

/É (0 &,0$ 1$ 7255( $&$%$ '( 1$6&(5 UM NOVO MOTIVO DE INTERESSE

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as doutro sinal credível queremos ainda dar conta aos nossos leitores, até para justificar o relativo optimismo com que se aguarda este movimento de recuperação de produzir muito mais e cada vez melhor Queijo da Serra da Estrela. Um empresário de Seia, António Quaresma; fez um apreciável investimento na Serra da Estrela, na Torre, para valorizar e revitalizar o sector da pastorícia. Inaugurou-o há dias e nessa cerimónia participaram diversas entidades, entre as quais o bem conhecido presidente do Turismo do Centro, Pedro Machado Trata-se de uma loja de apreciável dimensão dedicada aos produtos de ovelha típica da região, a bordaleira como já se disse atrás. O propósito do investidor é, além da parte comercial, homenagear

Fachada principal da Loja recentemente inaugurada e, em baixo, o pintor plástico Herculano da Costa que foi convidado para animar a cerimónia com quadros que retratam o percurso da lã

também os pastores da região. Este espaço comercial de apreciável dimensão ocupa a antiga Casa do Guarda e é uma iniciativa do grupo

“O Valor do Tempo”, grupo empresarial com origem em Seia liderado pelo empresário António Quaresma e que conta com a colabora-

ção da Ancose –Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela e outras entidades do sector, a Estrelacoop e a AASE, por exemplo. Este espaço criou 10 postos de trabalho directos, destaca a importância da ovelha de raça bordaleira e evidencia dois dos ciclos que permite aproveitar: a lã (muito utilizada no fabrico de almofadas totalmente em lã de ovelha bordaleira) e o queijo, quer seja em separado (35 euros o kg) quer seja misturado com bacalhau que dá origem a um original bolo de bacalhau criado pelo investidor para dar mais saída ao queijo. No fundo, está aberta a porta para a partir daqui se criarem novos e derivados produtos, tendo em vista recuperar a Serra para aquilo que ela melhor serve: criar rebanhos e a partir daí produzir bom leite e bom queijo.

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á hoje 236 pastores registados na Associação Nacional dos Criadores de Ovinos da Serra da Estrela. Referimo-nos a rebanhos de ovelhas bordaleiras, a raça/estrela do Queijo da Serra da Estrela certificado. Destes 236 pastores, 51 são mulheres e distribuem-se por 17 concelhos que têm a ver com a Serra: Celorico da Beira, Oliveira do Hospital, Fornos de Algodres, Trancoso, Penalva do Castelo, Guarda, Arganil, Tábua, Tondela, Carregal do Sal, Covilhã, Nelas, Manteigas, Viseu, Mangualde, Seia e Gouveia. Nos anos 80 do século passado havia na Serra da Estrela cerca de 200 mil ovelhas bordaleiras. Hoje há menos de 25 mil. Exactamente 24.419, há dois dias atrás. Queijarias há hoje 28, mas destas nem todas trabalham apenas com leite de ovelhas bordaleira. Algumas recorrem a leite misto, provindo portanto de raças diferentes.

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REPORTAGEM

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DINAMIZAÇÃO CULTURAL E CRIAÇÃO ARTÍSTICA

JAZZ AO CENTRO CLUBE É MUITO MAIS DO QUE O NOME DEIXA TRANSPARECER ADELAIDE MARTINS

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associação nasceu em Abril de 2003, num ano muito especial para Coimbra porque, à data, era a primeira Capital Nacional da Cultura. Apesar de ter surgido em 2003 enquanto associação cultural, era já um desígnio por parte de dezenas de homens e mulheres que trabalhavam a ideia de chegar a um modelo que pudesse agregar pessoas em torno daquilo que era o objectivo: ter mais concertos de jazz em Coimbra. Esta iniciativa permitiu que, mesmo antes de haver um clube formalizado, houvesse um Festival. Assim surgiu um caso singular de uma associação que nasceu a partir da dinâmica criada por um Festival: o Jazz ao Centro Encontros Internacionais de Jazz de Coimbra. Apesar de ver realizada a sua primeira edição em 2003, o Festival teve alguns eventos preparatórios de apresentação no ano anterior, integrando posteriormente o programa de música da iniciativa “Coimbra, Capital Nacional da Cultura”. Pode dividir-se a história do JACC em dois períodos, sendo os primeiros 10 anos de trabalho maioritariamente externo, em que não tinha uma “casa” em Coimbra e ao longo dos quais manteve activo o Festival. O segundo momento assinala-se a partir de Outubro de 2012 com

a entrada do Salão Brazil - espaço icónico da cidade na equação abrindo, assim, um novo ciclo na sua vida. 20 ANOS DE DESAFIOS O projecto artístico da associação é bastante amplo e contempla diferentes frentes, desde a programação e dinamização cultural, passando pela criação artística, até à edição. Com reconhecimento na área das artes do espectáculo, o JACC apresenta também um trabalho vasto na área da educação não formal de mediação e criação com o projecto de Serviço Educativo. Nas criações próprias, traçou um caminho vincado em dois braços editoriais, através da revista Jazz.pt e da editora JACC Records. Ao longo dos anos, veio a desenvolver projectos como o Festival Itinerante Portugal Jazz, Xjazz - Ciclo de Jazz das Aldeias do Xisto, Arquivo Sonoro do Centro Histórico de Coimbra, O Jazz é Fixe!, Perder o Chão, Boca de Incêndio e o “Sons da Cidade”, pensado para celebrar a inscrição da Universidade de Coimbra – Alta e Sofia na Lista de Património Mundial da UNESCO. Segundo José Miguel, a associação destaca-se com “um trabalho de fortalecimento e envolvimento comunitário em dinâmicas construídas na Baixa de Coimbra”. Do leque de ac-

E O FUTURO? P

erspectivando o futuro, José Miguel diz querer “consolidar alguns dos projectos que tem vindo a desenvolver, alguns com mais de 15 anos, como é o caso da Jazz.pt”, desenvolver e capacitar novas estratégias numa vertente local “com especial enfoque na região de Centro”, o trabalho realizado com o Festival e o desenvolvimento do espólio discográfico da JACC Records. Nos próximos anos serão feitas parcerias de criação, começando com “um projecto conjunto com a Banda Sinfónica da Filarmónica União de Taveirense, a apresentar nos Encontros Internacionais de Jazz”, habitualmente realizado no mês de Outubro.

tividades, o presidente da JACC destaca dois projectos que “à partida podem ser um pouco distantes daquilo que é o seu core fundacional”. Um deles é o “Fora dos Eixos” que “visa promover as práticas artísticas de proximidade, indo ao encontro de pessoas nas freguesias não urbanas do concelho”, explica. Outro é o “Casa Comum” que procura “aumentar a participação das pessoas através das práticas artísticas” para melhorar e dinamizar a Baixa e o Centro Histórico como um todo. VIRAGEM DE PARADIGMA A entrada no Salão Brazil foi uma “viragem territorial”. No ano em que o JACC adquiriu o seu trespasse, foram feitos “esforços para juntar meios e recursos necessários para iniciar aquilo que foi e que, hoje em dia, se reconhece”. Ao longo dos anos, o Salão Brazil tem vindo a afirmar-se no panorama nacional, mostrando ser uma das “salas mais importantes dentro da sua escala” com um papel preponderante na programação musical de Coimbra (e do país). Mas até chegar ao que é hoje “não foi fácil”, afirmou José Miguel, referindo que, para além da aquisição do espaço, “foram necessárias uma série de obras para o dotar das condições necessárias para que este arrancasse”. Hoje em dia, o Salão Brazil tomou uma grande parte daquilo que é a identidade do Jazz ao Centro Clube. No entanto, e uma vez que mostra ser uma “marca tão forte na vida da cidade”, a Direcção preocupa-se em assegurar que quem o visita aprecia cada momento, mostrando que o Jazz ao Centro é o rosto por detrás da dinâmica “da casa”. Segundo disse, há muitas pessoas que, ao subir as escadas, dizem que “já não entravam aqui [no

Foto: João Duarte

Trata-se de uma associação sem fins lucrativos, financiada pela Direcção-Geral das Artes, criada em 2003 com o objectivo de dinamizar concertos de jazz em Coimbra. Actualmente, com quase duas décadas de existência, o Jazz ao Centro Clube (JACC) demarca-se como uma das referências do panorama cultural de Coimbra e não só, com particular destaque para a programação, criação artística e edição discográfica.

O Salão Brazil situa-se no Largo do Poço, em plena Baixa de Coimbra, e apresenta uma programação cultural regular Salão Brazil] há 40 anos e lembro-me disto assim”. Para José Miguel, “a questão da memória é muito forte na construção de uma marca identitária”, tornando-a muito própria. O trabalho que desenvolve no Salão Brazil procura fazer jus à sua história, conhecido em tempos por ser um restaurante e, posteriormente, uma icónica sala de bilhares. José Miguel afirma, assim, que quer criar e juntar “novas camadas de memória”, em regime de continuidade, tornando-o parte da comunidade da Baixa e do Centro Histórico. Em 2020, com a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) a exercer do seu direito de preferência na aquisição do edifício, a Direcção do JACC viu o seu trabalho uma vez mais reconhecido. Por sua vez, a CMC justificou a sua decisão com a actividade socio-cultural que ali tinha vindo a ser desenvolvida até então. Neste sentido, o responsável pela associação reconhece que “o edifício não é do JACC, é património municipal”. Sem tomar nada por garantido, afirma que “hoje estamos ali mas no futuro podemos não estar”, reforçando que “cabe-nos a nós [cidadãos de Coimbra] lutar para que haja cada vez mais um maior aproveitamento sócio-cultural”, ajudando a transformar algumas zonas da cidade

que “efectivamente precisam do contributo que a cultura pode dar”. Estes 20 anos foram marcados, segundo José Miguel, por algumas decisões que mudaram o ciclo daí em diante. Uma delas foi o optar por não restringir a ideia somente a um clube de jazz. Coimbra mostra ser uma força pulsante no plano musical com o aparecimento frutífero dos mais diversos projectos. Aos olhos de José Miguel, o Salão Brazil teve e tem um papel primordial na sua evolução, com um apoio que lhes confere “visibilidade e legitimidade ao trabalho que desenvolvem”. O segundo ponto refere-se à evolução da “cena jazzística, que é riquíssima em Coimbra”. Salientando que o trabalho do JACC “é apenas uma parte dela”, destaca ainda o Curso Profissional de Jazz do Conservatório de Música de Coimbra como “merecedor de elogios”, bem como do trabalho do QuebraJazz e do Liquidâmbar. CRISES E CRENÇAS José Miguel acredita que o aparecimento e desenvolvimento do Jazz ao Centro ajudou a que outros espaços e entidades surjam, uma vez que demonstra que “é possível fazer coisas em Coimbra”. E se o Salão Brazil conseguiu vingar - em plena cri-

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se internacional em 2012 e entrada da Troika em Portugal - e garantir o apoio da CMC oito anos depois da sua génese, isto é o espelho de que “é possível vencer, com esforço e dedicação”. Tudo isto, a seus olhos, legitima as práticas artísticas e o aparecimento de “novos actores que a cidade precisa”, referindo ainda, “o papel importante da recente plataforma Blue House na produção e criação artística”. José Miguel reitera que Coimbra “não pode ser apenas um ponto de passagem de propostas culturais, tem de ser motor de produção e criação das suas próprias propostas”. Os dois últimos anos foram especialmente difíceis devido à pandemia. Sendo este um sub-sector da economia que depende maioritariamente de espectáculos ao vivo, pôde resumir o interregno vivido a uma paragem abrupta da ordem de trabalhos. Com “perdas na ordem dos 90%, deixou simplesmente de gerar riqueza”. Neste caso em particular, o Salão Brazil valeu-se da nobre medida da CMC de isentar o valor das rendas a todos os seus arrendatários. José Miguel diz sair deste ciclo convicto de que “a actividade do Salão Brazil vai ter continuidade” e que o Município “mostra a clara vontade de dotar o edifício de melhores condições para o trabalho que fazemos”.


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FIGUEIRA DA FOZ

FIGUEIRA DA FOZ FESTIVAL DAS FRANCESINHAS REGRESSA AO CASINO O Festival da Francesinha está de regresso ao Casino da Figueira da Foz para a sua 15.ª edição. A decorrer desde terça-feira (5), até 3 de Setembro, o Festival vai ter lugar na Galeria Casino (no 1.º andar), entre as 19h30 e as 22h30. A iguaria tipicamente nortenha está disponível em diferentes versões (carne de novilho, frango ou vegetariana) e tem o custo de 9,20 euros. Este valor inclui a francesinha, duas cervejas (20 cl) e um café. Como alternativa, existe a Burguesinha Black Angus (pão

de brioche clássico, queijo cheddar, hamburger de novilho angus, cogumelos trufados, toucinho fumado, salsicha toscana e molho de francesinha) por 12,50 euros, que inclui ainda uma cerveja Selecção 1927 (de 25cl) e um café. As Francesinhas podem ainda ser acompanhadas com batata frita e ovo, ingredientes com um custo adicional de 1,20 por cada um. Para as crianças está disponível um Menu Infantil, que inclui um bitoque de frango com batata frita e ovo estre-

lado ou douradinhos de pescada com batata frita e salada fresca, uma bebida (refrigerante de pressão ou água 33cl), pelo valor de 9,50 euros. O Festival das Francesinhas apresenta, ano após ano, uma forte adesão. Em 2021, e apesar da pandemia, aderiram mais de 6,500 pessoas, com mais de seis mil francesinhas, numa média de 200 francesinhas diárias. Também na edição passada foram servidos mais de 240 menus infantis, mostrando a forte adesão familiar.

JOSÉ EDUARDO AGUALUSA E MIA COUTO PARTICIPAM NAS “5AS DE LEITURA” José Agualusa e Mia Couto são os convidados da próxima sessão do projecto “5as de Leitura”, que terá lugar no Auditório Municipal, no dia 21 de Julho, às 21h30. José Agualusa vai participar presencialmente enquanto Mia Couto participará via ‘livrestream’, a partir de Maputo. Moderada por Teresa Carvalho e com entrada gratuita, a sessão an-

tecede a apresentação, dia 23 de Julho, pelas 22h00, da peça de teatro “Chovem amores na Rua do Matador” que resulta da adaptação de Mia Couto do conto com o mesmo título, assinado por ele e por José Agualusa, e o qual integra o livro “Terrorista Elegante e outras histórias”, a primeira obra escrita em conjunto pelos dois escritores. “Chovem

Amores na Rua do Matador” é uma co-produção da Fundação Fernando Leite Couto e da Direcção de Cultura da Universidade Eduardo Mondlane (Moçambique), que conta com encenação de Clotilde Guirrugo e Vitor Gonçalves e um elenco composto por estudantes e docentes da Escola de Comunicação e Arte da Universidade Eduardo Mondlane.

MAIORCA RECEBE FESTIVAL DE FOLCLORE DO MUNDO

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omeça este sábado (16), até dia 21, a 46.ª edição do Festimaiorca Festival Internacional de Folclore de Maiorca. Com organização a cargo pela Casa do Povo, a sessão solene que abre o Festival tem lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal, às 17h00 de sábado, seguindo-se os desfiles do traje da Esplanada Silva Guimarães ao Jardim Municipal (18h00), em Maiorca (21h30). Este ano, além de Portugal, vão haver representações de Ballet Folclórico Municipal de Rancagua (Chile), Companhia Artística Danzar (Colômbia), Folk Ensamble Bystrina (Eslováquia), Grupo Netos de Bandim (Guiné-Bissau), Ballet Folklórico del instituto Tecnológico de Celaya (México) e Ballet Folklórico Sabor Boricua de Elmyrba (Porto Rico). São, ao todo, 190 pessoas e vão ficar alojadas no Colégio de Quiaios. Depois do interregno provocado pela pandemia, o festival

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MUNICÍPIO PROPÕE ESTUDO DE MONITORIZAÇÃO DE ODORES

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Figueira da Foz propôs-se a efectuar a monitorização de odores na zona Sul do concelho, através do Instituto do Ambiente e Desenvolvimento (IDAD). Os trabalhos iniciaram com a realização do Diagnóstico Qualitativo da Incomodidade de Odores que se desenvolve em duas fases: a auscultação das partes interessadas e um estudo de circulação atmosférica. O Município, as empresas e a população estiveram em contacto, em Março, num workshop destinado à identificação das principais fontes emissoras existentes na área sul do concelho. A informação obtida foi analisada pelo IDAD que proce-

deu à delimitação das zonas em causa e, assim, identificou a população exposta. A avaliação da incomodidade de odores será feita através de questionários que têm em conta as complexidades da relação existente entre a emissão de odor e a consequente incomodidade. É de referir que, além da emissão de odor, existem factores de contexto e factores pessoais que podem atenuar ou amplificar o incómodo sentido. Em curso estão já as fases que integram o estudo de circulação atmosférica (avaliação das condições de dispersão atmosférica na região e identificação dos potenciais receptores afectados)

e o inventário de emissões (identificação das fontes de emissões atmosféricas e de odores). Para a concretização do inventário, as empresas identificadas no workshop foram convidadas (via e-mail) a identificar as fontes de emissão presentes nas suas instalações. A última fase do estudo de monitorização incide sobre a delimitação das áreas afectadas pelos odores através da medição dos penachos de odor. Esta determinação será realizada através de medições em campo com recurso ao olfacto humano. Os trabalhos de campo tiveram início a 6 de Julho, e vão decorrer até Setembro.

MUNICÍPIO RECEBE ENCONTRO DE CAPOEIRA A Figueira da Foz acolhe esta sexta-feira (15) e sábado (16), o 16.º Encontro Ibero-Brasileiro de Capoeira. O programa conta com a participação de mestres, professores e praticantes desta modalidade em Portugal, Espanha e Brasil, num total de 120 atletas que realizarão,

em vários locais da cidade, apresentações, performances e workshops de capoeira. É de referir que esta prática se traduz na expressão cultural afro-brasileira que mistura arte marcial, desporto, cultura popular, dança e música. Os workshops vão estar abertos à participação gratuita de

crianças, jovens e adultos, promovendo a interacção cultural, desportiva e recreativa com a comunidade. O Encontro tem o apoio da Câmara Municipal e é organizado pela Desperta Capacidade – Associação Desportiva, Recreativa, Cultural e Social.

FREGUESIA DE BOM SUCESSO CELEBRA 37.º ANIVERSÁRIO Este sábado (16), a freguesia de Bom Sucesso comemora o seu 37.º aniversário. O programa vai ter início às 17h30, com concentração no Salão Nobre da Assembleia. Segue-se, às 18h00, a sessão solene com reconhecimento de mérito a Círito

das Neves Simões e a título póstumo a Manuel Augusto de Azenha, com distinção no serviço à causa pública. Às 19h00, segue o convívio com sardinhada e muita animação, aberto à população. Quase no encerramento das festividades, às 21h00, há um

desfile de trajes gandareses e, às 21h30, uma sessão de fados com o grupo Palhoça e Amigos. O evento conta com o apoio da Associação Vela Pravida, Associação Clube Z, Centro Social Vela Azul e do Vespa Club Bom Sucesso.

CAE RECEBE ORQUESTRA SINFÓNICA MARIA FERNANDA ROVIRA

O acesso ao festival é gratuito regressa agora com a de honra. Estão previstas promessa de muita cor, galas nas freguesias com luz, dança e animação. organização das Juntas O programa deste ano de Freguesia de Alhaapresenta algumas no- das, Quiaios e Maiorca. vidades, nomeadamente Em Buarcos e São Julião que as actuações deixam estão previstos pontos de ser no espelho de de animação na Rua da água junto ao Forte de República, Bairro Novo e Santa Catarina, passan- nas muralhas de Buarcos. do a ser no Jardim Mu- No decorrer dos dias, a nicipal. Outra mudança animação de rua tem inísignificativa nesta 46.ª cio às 17h00, seguindoedição diz respeito ao -se habitualmente a Gala fim da participação dos Festimaiorca, Alhadas, ranchos nacionais, tendo Quiaios e Maiorca com apenas “As Salineiras de actuações dos grupos Lavos” como convidado participantes.

O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz realiza este domingo (17), pelas 22h00, no Grande Auditório, um concerto com a Orquestra Sinfónica Maria Fernanda Rovira. O espectáculo vai ser realizado no âmbito das cerimónias de celebração da elevação da Figueira da Foz à categoria de Vila e Cidade. O concerto vai reunir alunos das Escolas

Artísticas Especializadas, nomeadamente Conservatório das Caldas da Rainha e Bombarral, Conservatório Regional de Coimbra e Conservatório de Música da Figueira da Foz e Pombal. Estes alunos, acompanhados por músicos profissionais e com experiência sinfónica, propõem para o concerto uma viagem que se inicia no romantismo e que se estende

até aos dias de hoje, com o revisitar de temas actuais de compositores como Luísa Sobral e The Black Mamba. A orquestra será dirigida pelo Maestro César Ramos, e conta com a participação do tenor Carlos Guilherme e das sopranos Joana Ferreira, Nathalie Gal e Cristiana Carvalho. A entrada é gratuita, mediante levantamento dos bilhetes na bilheteira do CAE.

GINÁSIO FIGUEIRENSE APRESENTA “ROWING TOUR MONDEGO” EM TÁBUA O Ginásio Clube Figueirense conta, anualmente, com o apoio do Turismo Centro de Portugal para a organização do “Portugal Rowing Tour”. Realizado desde 2008, este é um evento de remo que atrai a Portugal remadores de várias nacionalidades. Durante

vários dias, os participantes aliam a prática do remo ao convívio e à descoberta do património natural e cultural da região. Este ano, vai realizar-se em várias localidades banhadas pelo Rio Mondego. Os pormenores do evento serão dados a conhecer, dia 19, pelas 11h30,

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no Luna Hotel de Tábua e que contará com intervenções de Ricardo Cruz, presidente da Câmara Municipal de Tábua, Joaquim de Sousa, presidente da Assembleia Geral do Ginásio Clube Figueirense, e Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal.


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ÚLTIMA

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EVENTO CONTA COM 130 INSTITUIÇÕES DO ENSINO SUPERIOR

ENCONTRO NA UC ENTRE UNIVERSIDADES E INSTITUTOS POLITÉCNICOS ENALTECE A LÍNGUA PORTUGUESA

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ermina hoje (14), na Universidade de Coimbra (UC), o XXXI Encontro da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP) que tem como tema este ano a “Globalização e Saúde”. Ao todo são cerca de duas centenas de participantes, oriundos de mais de 130 entidades que estão reunidas, desde terça-feira, para debater este tema, considerado “relevante e actual”. João Nuno Calvão da Silva, presidente da AULP e vice-Reitor da UC para as Relações Externas e Alumni, realçou, na sessão de abertura, que é “uma grande honra” para a UC presidir “à maior rede de instituições de ensino superior do espaço da língua portuguesa” e destacou que o tema faz todo o sentido face ao contexto geo-estratégico em que a guerra na Ucrânia poderá produzir uma crise alimentar levando a provocar crises sanitárias.

Segundo o presidente, “a nossa língua é um activo fundamental” e a AULP “tem desenvolvido uma intensíssima actividade ao longo da sua história”. Para o encontro em Coimbra, o responsável acredita que “o tema não podia ser mais oportuno”. “Presidir este triénio à maior rede de instituições de ensino superior do espaço da Língua Portuguesa é uma grande honra para a Universidade de Coimbra. Trata-se do reconhecimento do nosso prestígio histórico e da nossa importância presente e para o futuro da lusofonia, sublinhou Amílcar Falcão, Reitor da UC, que também marcou presença na abertura, enalteceu a iniciativa e referiu que “é com particular agrado que a Universidade de Coimbra, que durante séculos foi a única instituição de ensino superior do espaço Lusofonia, recebe esta edição do

Na sessão de abertura estiveram José Manuel Silva, João Nuno Calvão da Silva, Amílcar Falcão e Maló de Abreu Encontro da Associação de Universidades de Língua Portuguesa”. UC “MÃE” DA LÍNGUA PORTUGUESA Enquanto “universidade global por vocação”, a Universidade de Coimbra assume-se como “a Alma Mater da Língua Portuguesa”. “Estamos conscientes que o inglês é incontornável, mas temos absolutamente claro que o eixo essencial da nossa internacionalização é a Língua Por-

tuguesa”, assumiu o Reitor. Para o responsável, “o denominador comum é sempre a Língua Portuguesa” recordando que a UC é uma Universidade Global, aberta ao mundo, em que 80% dos estudantes internacionais são brasileiros. Entre os 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, há um dedicado em concreto à saúde”, recordou António Maló de Abreu. “Sendo a saúde a base de sociedades mais resilientes e justas, temos de a enfrentar a nível global, e temos de o fazer em conjunto,

garantindo mecanismos de cooperação entre Estados”, sublinhou o presidente da Comissão Parlamentar de Saúde e deputado da Assembleia Parlamentar da CPLP. “É em rede e em conjunto que podemos ser mais fortes, mais capazes e mais interventivos”, acrescentou José Manuel Silva. O presidente da Câmara Municipal de Coimbra afirma que “está nas mãos de todos este trabalho contínuo de eliminar barreiras”. Neste encontro estão presentes vários especialis-

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14.07 - 01.10 | 2022 21H30 | PRAÇA DO COMÉRCIO QUINTAS-FEIRAS

FADO

SEXTAS-FEIRAS

BANDAS

SÁBADOS

FOLCLORE E OUTROS RITMOS

In Campeão das Províncias de 14/07/2022

tas dos oito países de língua oficial portuguesa – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor – e da Região Administrativa Especial de Macau. Fundada em 1986, a AULP é uma ONG (Organização Não Governamental) composta por mais de 130 membros e tem como missão “promover a colaboração multilateral entre as Universidades e Institutos Superiores dos países de expressão portuguesa”.


17 Coro Sinfónico Inês de Castro lança CD/DVD no seu 10.º aniversário www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Coro Sinfónico Inês de Castro vai lançar, amanhã (15), pelas 19h00, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em Coimbra, o CD+DVD Requiem de Mozart. Este é o mais recente trabalho do Coro e para além da sua divulgação, o evento assinala os 10 anos do grupo. A cerimónia é aberta a parceiros culturais, entidades de apoio e público do Coro e contará ainda com a presença de vários convidados e com o apoio e mensagem especial da Confraria da Rainha Santa Isabel, entidade parceira cultural da Associação Ecos do Passado e do seu Coro. A apresentação da obra e do CD/DVD estará a cargo do Maestro Artur Pinho Maria. Requiem de Mozart, agora em CD/DVD gravado ao vivo em Coimbra, num concerto esgotado, na majestosa Igreja da Rainha Santa Isabel, Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, é interpretado pelo Coro Sinfónico Inês de Castro, pelos solistas Leonor Barbosa de Melo (Soprano), Gisela Sasche (Mezzo Soprano), Marco Alves dos Santos (Tenor) e Pedro Telles (Barítono), acompanhados pela Orquestra Inês de Castro, sob a direção artística do Maestro Artur Pinho Maria. Para além do CD+DVD, que será posto à venda nesse dia, no local, o Coro tem disponível um e-book (https://online.fliphtml5.com/edkl/ djot/ ) sobre a obra, os intérpretes e a direcção, Neste e-book encontra-

-se a ficha técnica do concerto e do CD+DVD e as entidades parceiras de apoio a este trabalho. No dia do lançamento as pessoas que adquirirem ou reservarem um CD/DVD ganham a oferta de lançamento: um ingresso para um concerto do Coro Sinfónico Inês de Castro. O Coro, nos seus 10 anos de vida, interpretou a obra Requiem de Mozart catorze vezes, em vários palcos, acompanhado de diversas orquestras e direcções artísticas. “O CD/DVD é uma oportunidade de reviver o Requiem de Mozart ou

de ficar a conhecer o trabalho cultural e musical do Coro Sinfónico Inês de Castro que ao longo de 10 anos tem organizado o Ciclo de Requiem de Coimbra, trazendo à cidade de Coimbra e outras cidades portuguesas, por ocasião da Páscoa, a interpretação de obras de música que apelam à paz, dos vivos e dos mortos, cantando obras de grandes compositores clássicos e contemporâneos, apresentadas em grandes concertos corais sinfónicos, uma oferta cultural única na cidade de Coimbra”, sublinha o Coro.


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Meo Marés Vivas está de regresso a Vila Nova de Gaia M

eo Marés Vivas tem início amanhã (15), em Vila Nova de Gaia, e prolonga-se até domingo (17). Considerado um dos maiores festivais do Norte do país, o evento recebe alguns dos melhores artistas pop e rock a nível mundial. O programa do festival começa amanhã à noite, sendo que o palco MEO abre às 17h30 com The K’s e tem como cabeça de cartaz Bryan Adams, que deverá actuar às 23h00. Já no dia 16, à mesma hora, milhares de festivaleiros vão poder ouvir Maluma, um dos nomes mais

aguardados do evento. O último dia de festival, domingo, reserva uma actuação da artista brasileira Anitta que, depois do NOS Alive, em Oeiras, ruma a Vila Nova de Gaia para, mais uma vez, surpreender o público português. A nível nacional, Miguel Araújo, Dino D’Santiago, Bárbara Tinoco, Rita Rocha, Fer Lemos, Diogo Piçarra e a vencedora do Festival da Canção, Maro, são nomes que também vão marcar presença na 14.ª edição do Meo Marés Vivas. Depois de dois anos de interregno por

conta da covid-19, 2022 marca o regresso deste evento que, de acordo com a organização, já está esgotado desde o início deste mês. De recordar que, este ano, o festival vai mudar de localização, passando agora a realizar-se no Antigo Parque de Campismo da Madalena, em Vila Nova de Gaia, que “apresenta mais espaço, lotação e disponibilidade de estacionamento”, referiu a organizadora do evento, PEV Entertainment. O Meo Marés Vivas abre as portas ao público às 16h00.


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Projecto europeu sobre indústrias culturais e criativas em áreas não urbanas O Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra viu aprovada a sua candidatura do projecto ‘IN SITU - Inovação local das indústrias culturais e criativas em áreas não urbanas’, financiado pela Comissão Europeia no âmbito do Programa Horizonte Europa. Apesar do aumento da visibilidade e importância das indústrias culturais e criativas (ICC) sediadas em áreas não urbanas da União Europeia (UE) na última década, é notória a falta de atenção da investigação e das políticas às suas necessidades, caraterísticas, e potenciais específicos. Nesse sentido, o IN SITU apresenta-se como uma oportunidade de estudar o potencial instalado de competitividade e inovação nesta área, e de contribuir para aumentar a capacidade das ICCs de atuarem como impulsionadores de inovação, competitividade e sustentabilidade nos contextos não-urbanos onde se localizam. O IN SITU procurará fornecer co-

nhecimento aprofundado sobre os efeitos, diretos e indiretos, das conexões intersectoriais, estratégias e sistemas inovadores e necessidades dos profissionais de ICCs em áreas não urbanas, tentando complementá-lo com propostas de políticas culturais e de inovação e estruturas que ajudem a contextualizar e a viabilizar esse trabalho. O projeto, que se iniciou a 1 de Julho, e que decorrerá ao longo dos próximos quatro anos, recebeu um financiamento total de quatro milhões de euros, cuja pedra de toque é a interligação da investigação e de aplicações práticas, que combinarão pesquisa com ações experimentais, através dos IN SITU Labs, hubs de projetos em 6 regiões não urbanas europeias, localizados em Portugal, Irlanda, Islândia, Finlândia, Letónia e Croácia. O consórcio coordenado pelo CES, e apoiado por um Conselho Científico Internacional, reúne 13 parceiros institucionais em 12 países: o Centro de Estudos Sociais

(CES) da Universidade de Coimbra (coordenador); Universidade Nacional da Irlanda - Galway (Irlanda); Rede Europeia de Centros Culturais (Bélgica); Universidade de Utrecht (Holanda); Instituto Nacional de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente (França); MONDRAGON Inovação & Conhecimento (Espanha); Fundação Kultura Nova (Croácia); Universidade dos Açores (Portugal); Universidade de Turku (Finlândia); Academia Letã de Cultura (Letónia); Universidade Bifröst (Islândia); Academia Nacional de Artes Teatrais e Cinematográficas “Kr. Sarafov” (Bulgária); e Universidade de Hildesheim (Alemanha). A equipa de investigação multidisciplinar do CES é coordenada por Nancy Duxbury e integra Antonieta Reis Leite, Cláudia Pato de Carvalho, Hugo Pinto, Lorena Sancho Querol, Paula Abreu e Sílvia Ferreira. Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra


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21 Festival das Artes QuebraJazz estreia este fim-de-semana em Coimbra www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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Festival das Artes QuebraJazz estreia a sua 13ª edição com um concerto gratuito apresentado pela Orquestra de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC) no sábado (16), pelas 22h30, nas Escadas do Quebra Costas, em Coimbra.

Os finalistas do curso profissional de instrumentista de Jazz da EACMC, apresentam o espectáculo intitulado “Jazz” na cerimónia de abertura do festival. O repertório construído em contexto escolar, contém referências histórico-culturais que definiram as “Big Bands” deste género musical.

O Festival das Artes QuebraJazz decorre de 16 de Julho a 27 de Agosto. Os bilhetes estão à venda na entrada Sul da Quinta das Lágrimas, na FNAC Coimbra, na Livraria Almedina Estádio Coimbra e online, em https://www. eventbrite.es/e/bilhetes-festival-das-artes-quebrajazz-mitos-293711317457.


22 Politécnico de Coimbra acolhe 1.º encontro de doutorandos e pós-doutorados do CERNAS QUARTA-FEIRA, 13 DE JULHO 2022

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niciativa enfatiza a importância de implementação de estratégias para captação de financiamentos e do desenvolvimento de soluções com impacto no mundo rural da região centro. Decorreu no passado dia 8 de Julho, na Escola Superior Agrária do Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC), o 1.º Encontro de doutorandos e pós-doutorados do CERNAS – Centro de Estudos de Recursos Naturais, Ambiente e Sociedade, realizando-se também em formato online. A iniciativa surge como oportunidade para o reconhecimento dos jovens investigadores com ligação ao Centro de Investigação que estão a realizar ou terminaram doutoramentos, parte deles, nas mais conceituadas Universidades Europeias, apresentando os seus trabalhos num ambiente de reflexão. A sessão de abertura contou com a presença dos presidentes dos três institutos politécnicos envolvidos, Jorge Conde (IP Coimbra), António Fernandes (IP Castelo Branco) e José Costa (IP Viseu), que se manifestaram disponíveis para apoiar candidaturas de planos doutorais a apresentar no âmbito do CERNAS. Com a dinamização do i2A – Instituto de Investigação Aplicada do Politécnico de Coimbra e o apoio da FCT – Fundação para a Ciência e Tecnologia, o evento reuniu investigadores dos três pólos do Centro de Investigação. António Dinis Ferreira, coordenador científico do CERNAS e investigador da ESAC- IPC, refere que a iniciativa pretende demonstrar a capacidade de formação de quadros ao mais alto nível, nas áreas da Agricultura e da Agroindústria, que se revelam essenciais para a economia da região centro. Para o coordenador, o encontro “enquadrou-se na estratégia do CERNAS para criar massa crítica que permita a captação de financiamentos e do desenvolvimento de soluções com impacto no mundo rural da região”, e testemunhou a “capacidade que os Politécnicos têm de conseguir organizar e gerir programas doutorais”. Após a introdução do Centro de Investigação, seguiu-se a apresentação de 27 tra-

balhos pelos doutorandos e pós-doutorados nos domínios da Engenharia Alimentar, Ciências Agrícolas, Ambiente e Sociedade, dando lugar a duas mesas redondas que marcaram o propósito do evento, através da explanação do ecossistema de investigação criado, a forma como este pode ser usado para aumentar a probabilidade de sucesso e o impacto da investigação, da identificação dos constrangimentos que os jovens investigadores encontram na sua vida profissional e ainda da análise dos factores críticos para o êxito numa carreira de investigação. Segundo Marta Henriques, directora do Instituto de Investigação Aplicada | i2A do IPC, este encontro pretendeu afirmar a relevância da investigação realizada nos Institutos Politécnicos de Coimbra, Viseu e Castelo Branco, junto da sociedade e do sector empresarial, realçando que o i2A, como Unidade Orgânica de Investigação do IPC de apoio à gestão do CERNAS tem por missão

“aumentar a coesão em termos de investigação, tornando-a de excelência e facilitando o desígnio da inovação”. Tópicos como a estratégia para captação de financiamento, quer ao nível dos projectos de Investigação e Desenvolvimento quer das bolsas de doutoramento e contratos para jovens investigadores, a interacção pessoal e tecnológica com as organizações e o impacto gerado pelas soluções apresentadas na afirmação das instituições politécnicas e respectivos centros de investigação constituíram os maiores captadores de atenção do encontro e a prova da qualidade do Ecossistema de Investigação nos Politécnicos. Com sede no Politécnico de Coimbra e polos nos Politécnicos de Castelo Branco e de Viseu, o CERNAS é o único Centro de Investigação no domínio das Ciências Agrárias na região Centro, financiado e avaliado pela FCT com a classificação de Muito Bom.


23 “UC by Night” volta a animar as noites de Verão na Universidade de Coimbra www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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té 27 de Agosto, as noites de sábado vão ter uma animação especial no coração da Universidade de Coimbra (UC). Está de volta, a partir de 16 de Julho, o “UC by Night”, o programa de visitas noturnas aos espaços mais emblemáticos da instituição. De regresso, ao fim de três anos de ausência, a visita guiada – num registo diferente e intimista – aos es-

paços mais emblemáticos do Paço das Escolas inclui passagens pelo Palácio Real (que integra a Sala dos Capelos, a Sala do Exame Privado e a Sala das Armas), pela Capela de São Miguel, e pelo piso nobre da Biblioteca Joanina, terminando com uma subida à Torre da Universidade de Coimbra. O programa integra ainda um momento de animação musical.

O “UC by Night” vai decorrer todos os sábados, até 27 de Aosto (inclusive), com início às 21h00. A visita guiada tem o custo de 25 euros – 15 para estudantes, com menos de 26 anos, e entrada gratuita para crianças menores de 13 anos. Os bilhetes podem ser adquiridos online em visit.uc.pt ou presencialmente, na loja situada no Largo Marques de Pombal (Edifício do Colégio de Jesus).


24 Itinerários Napoleónicos dão mote para criação de agenda de eventos a nível nacional QUARTA-FEIRA, 13 DE JULHO 2022

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o âmbito do projecto “Itinerários Napoleónicos”, enquadrado na candidatura do Programa Valorizar do Turismo de Portugal, na qual a Comunidade Intermunicipal de Coimbra é a entidade líder, foi divulgada recentemente a Agenda “Itinerários Napoleónicos” – que convida à participação em diversas atividades, com o objectivo de revelar e promover o património cultural material e imaterial associado à história das invasões napoleónicas em Portugal. As actividades que integram esta Agenda são dirigidas a todos, incluindo às famílias que, entre Julho e Dezembro, poderão usufruir de experiências originais que terão palco em 13 diferentes concelhos deste País e que procuram contribuir para a diversificação da oferta dos territórios. A valorização turística do património histórico-militar, associado às invasões napoleónicas, é o mote para a realização destes eventos de re-

levância para a dinamização da oferta de turismo cultural no nosso país, bem como para o desenvolvimento de um produto turístico diferenciador. Recorde-se que esta já é a 2.ª edição da agenda de eventos deste projecto que, em 2021, lançou também o jogo “Napoleão Bonaparte – o princípio do fim”, desen-

volvido pela Science4you. O consórcio do projecto “Itinerários Napoleónicos” é composto por 13 parceiros: Almeida, Bombarral, Elvas, Lourinhã, Mealhada, Mortágua, Penacova e a rota Histórica das Linhas de Torres (que integra Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira).


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UC apoia dez eventos de promoção da cultura científica

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á são conhecidos os eventos ou actividades que vão ser apoiados pela Universidade de Coimbra no âmbito da iniciativa “Promoção da Cultura Científica 2022”. As dez acções, que vão decorrer até Maio de 2023, destacam-se pela originalidade e pelo cariz interdisciplinar, pondo em diálogo as áreas de saber dos centros de investigação da UC e transmitindo o seu conhecimento à sociedade civil. Lançada no seguimento da reformulação da Semana Cultural da Universidade de Coimbra, promovida em 2019 – com a criação do ciclo de teatro e artes performativas Mimesis e do ciclo de música Orphika e a reorganização dos eventos de promoção da cultura científica, sob a alçada do Instituto de Investigação Interdisciplinar da Universidade de Coimbra (IIIUC) –, a iniciativa “Promoção da Cultura Científica” tem em 2022 a sua terceira edição, apoiando – com um financiamento de até 750 euros por acção – dez eventos e actividades levadas a cabo pelos investigadores dos diversos centros de investigação e faculdades da UC.

“Um dos objetivos desta iniciativa é levar a ciência que se desenvolve na Universidade até às pessoas fora da academia. A adesão crescente do público tem mostrado o interesse da sociedade em temas científicos das mais variadas áreas do conhecimento. Também os centros de investigação da Universidade têm respondido com actividades cada vez mais variadas, interdisciplinares e inovadoras, o que nos faz querer continuar a desafiar quem faz ciência a mostrá-la à sociedade”, afirma a vice-Reitora da UC para a In-

vestigação e o 3.º Ciclo, Cláudia Cavadas. “Esta terceira edição de eventos direccionados para a Promoção da Cultura Científica mostra, de forma inequívoca, que há uma maturação crescente desta área de actuação, que por sua vez espelha uma abertura cada vez maior à permeabilidade entre saberes, com reflexos diretos sobre a forma de conceber o processo de investigação, em todas as fases do seu desenvolvimento”, aponta o vice-Reitor da UC para a Cultura e a Ciência Aberta, Delfim Leão.


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Águas do Centro Litoral constrói novos poços em alguns subsistemas

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sociedade Águas do Centro Litoral teve de construir novos poços em alguns subsistemas da sua área de intervenção face à redução da quantidade de água disponível motivada pela seca. “Em alguns subsistemas de pequena dimensão, com origens de água em bacias hidrográficas mais pequenas, tem-se verificado uma redução da quantidade de água disponível, tendo sido necessário construir novos poços para reforçar a capacidade desses sistemas”, afirmou a empresa, que assegura o abastecimento de água a mu-

nicípios dos distritos de Leiria, Coimbra e Aveiro. Apesar dessa situação, a Águas do Centro Litoral (AdCL) frisou que os níveis de captação de água “estão estáveis”, na sua maioria, nomeadamente nos pontos principais (Coimbra e Leiria), “não sendo expectáveis alterações à situação actual”. A AdCL frisou que tem sensibilizado “os seus clientes no sentido de reforçar a articulação entre as partes no acompanhamento e partilha de perdas e consumos anormais de água que possam vir registar, procurando melhorar a articulação

entre as partes, em prol de uma atitude preventiva na gestão dos consumos de água”. “Face à situação actual, não se prevê nenhum racionamento, sendo que o Plano de Contingência da Águas do Centro Litoral prevê medidas e acionamento de meios de acordo com restrições que possam a vir a ocorrer”, salientou. A empresa municipal Águas de Coimbra afirmou que não tem registado quaisquer problemas relacionados com a seca extrema. “Não há escassez de água. Desde que haja água na [barragem da] Aguieira, não haverá problemas, e dificilmente a barragem pode ficar sem água”, disse o presidente da Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, frisando que o Mondego “é muito rico, em termos de recurso hídrico”. Apesar de “água em quantidade”, a empresa municipal tem feito “um combate a fugas e perdas”. Já sobre um uso mais eficiente da água, Alfeu Sá Marques salientou que todas as casas novas construídas em Coimbra obrigam à criação de bacias de retenção de água, que pode ser “usada em regas de jardim e coisas desse tipo”.


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Equipa de Intervenção Permanente reforça Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital

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oi aprovada por unanimidade, em reunião de Câmara, a constituição de mais uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP) nos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital. O protocolo relativo às Condições de Contratação e Funcionamento das Equipas de Intervenção Permanente foi celebrado entre a Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), o Município e os Bombeiros. Assim, Oliveira do Hospital passa a dispor de cinco EIP, três delas a funcionar na Associação dos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital e duas na Associação dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira. Este é o Município do distrito de Coimbra com mais EIP aprovadas, reflectindo o empenho e investimento da autarquia na protecção de pessoas e bens. Recorde-se que o custo de cada EIP é comparticipado em partes iguais pela ANEPC e a autarquia de Oliveira do Hospital que investe cerca de 37 mil euros por ano para o funcionamento de cada uma delas. O presidente da Câmara Municipal, José Rolo, realça que este “é um investimento na Protecção Civil, na protecção dos cidadãos e que possibilita o reforço da capacidade operacional dos Bombeiros”. A constituição das EIP procura melhorar a eficiência da pro-

tecção civil e as condições de prevenção e socorro face a acidentes e catástrofes, mediante a valorização das associações e dos corpos de bombeiros voluntários, enquanto verdadeiros pilares do sistema de protecção e socorro, através do reforço dos incentivos ao voluntariado, do apoio ao funcionamento e ao equipamento e do pleno aproveitamento das capacidades operacionais e de comando. Assim, é valorizada e reforçada a profissionalização dos operacionais promovendo o desenvolvi-

mento das EIP em parceria com os municípios e com as associações humanitárias de bombeiros garantindo prontidão na resposta às ocorrências que impliquem intervenções de socorro às populações e de defesa dos seus bens. Com formação específica, cada EIP é constituída por cinco elementos e está vocacionada para a primeira intervenção, seja em incêndios ou acidentes de viação, melhorando a prontidão dos bombeiros, evitando muitas vezes a necessidade de accionar outros meios.


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Rapada Village promete refrescar Santo António do Alva com três dias de muita música

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festival Rapada Village de Santo António do Alva, em Oliveira do Hospital, acontece já amanhã (15) à beira do Rio Alva, num parque verde com muita sombra. Até domingo (17), o evento junta actividades culturais, concertos e desporto, com destaque para a actuação do DJ Overule, no sábado (16), e o concerto dos Funil e Abelhinha, no domingo. Amanhã, o programa arranca às 21h00, com o apuramento dos 5.º, 6.º, 7.º e 8.º lugares do Rapada Futsal Cup, seguido de um concerto da dupla Vinta’j, de Nogueira do Cravo, às 23h00. No sábado, as actividades iniciam-se às 13h00, com Desportos ao Ar Livre em parceria com a RD Sports, seguido por um ‘sunset’ que se prolonga das 16h00 até às 3h00, com actuações de DJ Kneder, DJs Gu & Sam, DJ Coragem e DJ Overule, que é o cabeça de cartaz deste momento de música electrónica. No sábado, haverá ainda lugar para os jogos do 3.º

e 4.º lugares e para a final do Rapada Futsal Cup, a partir das 18h00. O encerramento acontece no domingo com um programa cheio de diversidade. Às 9h00, a conhecida pista de obstáculos do OCR Police Challenge chega a Santo António do Alva, com actividades a decorrer até às 17h00. Às 18h00 chega o Clube de Ginástica de Oliveira do Hospital, para mais uma demonstração do talento das ginastas locais, e às 22h00 é a actuação do grupo Funil &

Abelhinha. O Rapada Village é uma iniciativa da Associação Progressiva de Santo António do Alva e foi o vencedor de 2022 do Orçamento Participativo Jovem do Município de Oliveira do Hospital. Tem entre os seus vértices a música, actividades culturais e desportivas, inclusão social e sustentabilidade. O evento conta com o apoio do Município, da União de Freguesias de Penalva de Alva e São Sebastião da Feira e do Turismo do Centro de Portugal.


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MARO actua amanhã na Casa das Artes de Miranda do Corvo A

lisboeta MARO, artista que representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção 2022, vai estar amanhã (15), às 21h30, na Casa das Artes de Miranda do Corvo. MARO vai dar um total de 17 concertos, sendo este o único a realizar no distrito de Coimbra. Os bilhetes oscilam entre os 15 e os 20 euros e podem ainda ser adquiridos na Casa das Artes e na Biblioteca Municipal Miguel Torga. A jovem é multi-instrumentista, vocalista, produtora e compositora. Depois de 14 anos de Conservatório de piano, a artista frequentou o Berklee College of Music nos EUA e é, actualmente, representada pela Quincy Jones Productions. Com mais de três milhões de ‘streams’ na plataforma de música Spotify, MARO obteve a sua legião de seguidores por conta própria, em menos de quatro anos. Só em 2018, lançou seis projectos de artistas, escritos e produzidos por ela mesmo. Em 2019, foi convidada para uma digressão ao lado do britânico Jacob Collier, na apresentação do álbum Djesse. Pelo meio, a artista assinou, no Youtube, a série “Calling” que contou com duetos, por meio de videochamada, com nomes como Eric Clapton, Sílvia Pérez Cruz, Maria Gadú ou Pablo Alborán.

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Pampilhosa da Serra aprova regulamentos de apoio ao empreendedorismo e recuperação do edificado

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oi dado o primeiro passo para a construção de dois regulamentos de apoio: um relacionado com o empreendedorismo e investimento, e outro com a recuperação do edificado no concelho. Este foi o resultado da última reunião de Câmara, na segunda-feira (11). O início dos procedimentos, aprovado por unanimidade na sessão, marca, no primeiro caso, a intenção de instaurar medidas de incentivo à fixação de novas empresas e empreendedores. Segundo Jorge Custódio, o que a Autarquia “quer fazer é incentivar financeiramente pessoas que criem a sua própria empresa, o seu próprio posto de trabalho”. Para o Presidente da Câmara Municipal, é essa “aposta” que “de facto traz riqueza ao concelho” e não apenas o “emprego que as instituições públicas possam dar às pessoas”. Depois de confirmado o arranque de um “bom caminho”, Jorge Custódio referiu que se seguirá um “percurso em termos de aprovação e

discussão pública”. Em simultâneo, há outro caminho já iniciado que visa a recuperação do edificado no concelho, traduzindo-se “num apoio a todos os proprietários que queiram dar um arranjo nas suas casas”, explicou, dando o exemplo das “segundas habitações” danificadas pelos últimos incêndios ou “alguns aglomerados de casas nas aldeias e na parte mais antiga da Vila”, onde há um “conjunto de edifícios” que carece de intervenção. “É mais uma ma-

neira de a Câmara Municipal poder apoiar”, acrescentou Jorge Custódio, referindo ainda que se definirá de seguida se este mecanismo assentará no “apoio financeiro” ou através de materiais. De uma forma ou de outra, a intenção é que este programa de incentivo à recuperação do edificado concelhio possa contribuir para a reabilitação da malha urbana e respectiva melhoria da qualidade de vida dos residentes e proprietários de segunda habitação.


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QUARTA-FEIRA, 13 DE JULHO 2022

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