“Campeão das Províncias” - 8/8/2022

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DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS SEGUNDA-FEIRA, 08 DE AGOSTO 2022 | N.º 574 | ANO 2

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MUNICÍPIOS DA REGIÃO DE COIMBRA AMEAÇAM NÃO PAGAR O TRATAMENTO DE RESÍDUOS

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias

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Autarcas da Região de Coimbra querem revisão dos custos de gestão e tratamento de Resíduos Urbanos

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s autarcas dos municípios da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra instam o governo a rever o aumento excessivo dos custos de gestão e tratamento de Resíduos Urbanos. A temática foi abordada na última reunião do Conselho Intermunicipal da Região de Coimbra. Os autarcas consideram estes aumentos “incompreensíveis” no actual contexto e alertam que os mesmos estão a ter impactos “dramáticos” nas contas dos municípios agravando o actual contexto já por si difícil. «A título de exemplo, a tarifa da ERSUC aumentou 53% em 2022 para 44,54 euros por tonelada tratada, a que acrescem os custos com a recolha. Além disso, a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR) aumentou 100% de 2020 para 2021 e até 2025 vai aumentar 218% (em cinco anos, com-

parando 2025 com 2020). Ou seja, até 2025 o custo total de tratamento de resíduos vai aumentar 98,90%, entre taxa e tarifa. Este aumento poderá contribuir para uma alteração do caminho até aqui conseguido no que toca à gestão de resíduos por força dos encargos tendencialmente incomportáveis que estão em causa. Os autarcas temem, ainda, que esta problemática poderá colocar grandes desafios ao sector dos resíduos, com consequências para todos os cidadãos, nomeadamente com aumento da factura dos consumidores», alertam os edis, afirmando que têm no centro das prioridades o serviço público, a qualidade de vida e o desenvolvimento dos concelhos e da região. Os autarcas da Região de Coimbra solicitam, por isso, que o Governo crie medidas correctivas, uma vez que a aplicação do actual regime ta-

rifário no presente contexto revela-se “inadequado”, porque os cidadãos, empresas e os municípios já estão “penalizados” pelo acréscimo de despesas. “As autarquias têm, neste momento, um fardo enorme com esta tarifa. O valor é excessivo e tem de ser recalculado e revisitado. Exigimos que o Governo tome medidas para baixar este custo, porque senão corre o risco de os municípios deixarem de pagar o tratamento de resíduos”, reiteram, expressando a sua total discordância por esta opção que consideram “abusiva”, sem justificação económica ou de melhoria da qualidade do serviço, pugnando pela sustentabilidade de um serviço essencial para as populações. O Conselho Intermunicipal da CIM Região de Coimbra vai avançar com pedido de reunião urgente com o Ministério do Ambiente e da Acção Climática, com o objectivo de solicitar medidas para mitigar o impacto brusco no aumento dos custos com o tratamento de resíduos (TGR e tarifa das entidades gestoras em alta) e solicitar a prorrogação do prazo para os municípios garantirem a implementação das redes de recolha selectiva de bio resíduos (31 de Dezembro de 2023 é a data limite definida actualmente) para amenizar o impacto que os aumentos sucessivos podem vir a ter no erário dos municípios e, principalmente, nos munícipes.


3 Atletas do Fluvial representam Coimbra em três palcos internacionais da canoagem www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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élgica, França e Polónia são os destinos onde nove atletas do Clube Fluvial de Coimbra irão participar ao mais alto nível da canoagem. No primeiro destino, Bélgica, partcipam o Gekko International Tournment nos dias 13 e 14 de Agosto. Logo depois, rumam ao Mundial de Kayak Pólo em França, de 16 a 21 de Agosto, e no mês de Setembro, na Polónia, o Campeonato Mundial Universitário, de 16 a 18, na cidade de Bydgoszcz. Vitor Assunção, Pedro Assunção, Sérgio Bento, Francisco Correia, Pedro Abreu, Henrique Marques, Bernardo José e João Rodrigues são os elementos do Clube Fluvial de Coimbra (CFC) convocados para as selecções Sub-21 e Sénior de kayak pólo. Depois de vários estágios de preparação e da conclusão do campeonato nacional 2022 onde se sagraram vice-campeões, a convocatória por parte da Federação Portuguesa de Canoagem, confirmou a forte presença de Coimbra nas selecções nacionais de kayak pólo. A prova internacional na cidade belga de Gent, servirá para aquecer os motores das selecções nacionais que, dois dias após o seu final, estarão em representação de Portugal no Mundial de Kayak Pólo a decorrer na cidade francesa de Saint-Omer.

Depois do kayak polo, o CFC estará a competir em canoa com Diogo Evangelista no Campeonato Mundial Universitário de 16 a 18 de Setembro na Polónia. O atleta e treinador do Fluvial de Coimbra, está na Selecção Nacional Universitária onde irá competir em C2 200, 500 e 1000 metros. Depois de um estágio que decorrerá de 29 de Agosto a 10 de Setembro, Diogo Evangelista seguirá com a restante seleção universitária para a cidade de Bydgoszcz onde permanecerá de 13 a 19 de Setembro.

Sérgio Bento, vice-presidente do CFC e elemento da selecção nacional sénior de kayak pólo, enaltece outro facto. “Para além destas participações que elevam o historial do clube, não posso deixar de mencionar que é que com muito orgulho que temos quatro treinadores do CFC a participar em mundiais de canoagem neste ano de 2022”. João Rodrigues, Sérgio Bento, Pedro Assunção e Diogo Evangelista são os referidos treinadores que orientam várias classes de treino no CFC.


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JOAQUIM NORBERTO PIRES

Missa de aniversário da sua morte Na próxima quarta-feira, 10 de Agosto de 2022, pelas 18h30 será celebrada na Sé Velha de Coimbra a missa de aniversário do falecimento do Professor Doutor Joaquim Norberto Pires, falecido nas condições de todos conhecidas. Será celebrante o Padre Rodolfo Leite. A família agradece a participação das pessoas que possam estar presentes. Muito obrigado.

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6 ‘Direito à reparação’: universal panaceia ou torpe mistificação? SEGUNDA-FEIRA, 08 DE AGOSTO 2022

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Mário Frota* O direito à reparação de bens de consumo permanece na ordem do dia. A propósito do Fair Repair Act de Nova Iorque, recentemente adoptado, os media encheram-se de referências que nem sempre primaram pelo rigor, na forma ligeira como certos articulistas tratam determinados temas de interesse manifesto. Ao invés do que se vem asseverando em círculos menos bem documentados e, consequentemente, menos esclarecidos, não se trata de uma realidade palpável, entre nós, na Europa, antes de um projecto em progressão [?]. O Parlamento Europeu estima, em proposta de Resolução de 30 de Março do ano em curso que pende seus termos no areópago europeu, que: § 79 % dos cidadãos da UE consideram que haveria que impor os fabricantes propiciassem a reparação dos dispositivos digitais ou a substituição das suas peças individuais; § 77 % dos europeus preferem reparar os seus dispositivos em vez de os substituir [há patente contradição nos desenvolvimentos subsequentes…]; § as empresas do mercado da reparação poderiam garantir de forma considerável emprego a nível local e, como se sustenta, competências específicas a nível europeu. Daí que considere fundamental se outorgue aos consumidores um ‘direito à reparação’ de molde a incrementar a transição industrial da Europa, reforçando resiliência e autonomia estratégica. Reconhece que o estímulo a uma cultura de reparação [que não de descarte e consequentemente de acumulação de resíduos imprestáveis] oferece inegavelmente oportunidades económicas e sociais em termos de empreen-

dedorismo e criação de distintos programas de actuação. Sem eventual referência a antecedentes, que o espaço escasseia, situemo-nos na Resolução do Parlamento Europeu de 4 de Julho de 2017 Eis parte das recomendações endereçadas à Comissão Europeia: § Promoção da possibilidade de reparação e projecção da durabilidade dos bens de consumo § Garantia de uma melhor informação dos consumidores § Adopção de medidas atinentes à obsolescência programada § Reforço do direito à garantia legal de conformidade Em 2019, adoptou-se um sem-número de medidas de execução ao abrigo da Directiva Concepção Ecológica [com o tónus na eficiência energética], a saber, · período obrigatório para o fornecimento de peças sobresselentes e · prazos máximos de entrega, · requisitos de concepção em matéria de desmontagem/montagem de componentes. O novo Plano de Acção para a Economia Circular de 11 de Março de 2020, promove um sem-número de iniciativas específicas tendentes a combater a obsolescência precoce e promover a durabilidade, propiciar a reparação e a acessibilidade dos produtos, bem como A “Capacitação dos Consumidores para a Transição Ecológica ter-se-á como essencial para conferir deveras aos consumidores um direito efectivo à reparação. A revisão da Directiva Venda de Bens (de novo na calha quando os diplomas de transposição entraram em vigor, nos Estados-membros, a 1 de Janeiro pretérito) proporcionaria uma oportunidade para analisar o que mais pode ser feito ainda de modo relevante para promover a reparação e incentivar produtos circulares e mais sustentáveis. A análise incidirá sobre pontos essenciais, a saber: a preferência pela reparação em detrimento da substituição, o alargamento do período mínimo de garantia para os bens novos ou em segunda mão, ou um novo período de garantia pós-reparação (que já existe em vários ordenamentos dos Estados-Membros da União, aliás, em dados termos, como ocorre no ordenamento jurídico pátrio, entre outros). O Parlamento Europeu, por Resolução de 25

de Novembro de 2020, conferiu particular relevo ao “Direito à Reparação dos Produtos” (intentando, ao que parece, uma estratégia fulcral em matéria de reparação de bens de consumo). Amplo leque de medidas permitiu-se propor: A outorga de um «direito à reparação» aos consumidores; A promoção da reparação em vez da substituição; A normalização das peças sobresselentes susceptível de promover a interoperabilidade e a inovação; O acesso gratuito às informações necessárias para a reparação e a manutenção Um cacharolete de informações que aos produtores incumbe em matéria de disponibilidade de peças sobresselentes, actualizações de «software» e a faculdade de reparação de um produto, nomeadamente acerca de: · o período estimado de disponibilidade a partir da data da compra, · o preço médio das peças sobresselentes no momento da compra, · o prazos aproximados recomendados de entrega e reparação e · informações sobre os serviços de reparação e manutenção O período mínimo obrigatório para o fornecimento de peças sobresselentes e consonância com a duração de vida estimada do produto após a colocação no mercado da última unidade; A garantia de preço razoável para as peças sobresselentes; A garantia legal para as peças substituídas por um reparador profissional quando os produtos já não estiverem cobertos pela garantia legal ou comercial; A criação de incentivos, como o «bónus do artesão», susceptíveis de promover as reparações, em particular após o fim da garantia legal. A 30 de Março de 2022, na proposta de Resolução sobre o Direito à Reparação, o Parlamento Europeu ensaia propor à Comissão: a. Se confira à massa anónima de consumidores um direito efectivo à reparação susceptível de abarcar distintos aspectos do ciclo de vida dos produtos: abordagem que decorreria de diferentes domínios políticos interligados, vidando designadamente a concepção dos produtos, os princípios éticos fundamentais da produção, a normalização, a informação dos consumidores [a rotulagem sobre a possibilidade de reparação] no que tange à vida útil dos produtos e, sempre que possível e adequado, os direitos e garantias que aos consumidores se reconhecem; b. Que o ‘direito à reparação’ seja propor-


7 ‘Direito à reparação’: universal panaceia ou torpe mistificação? www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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cionado, baseado em dados concretos e eficientes no tocante aos encargos emergentes e se revele susceptível de proporcionar o equilíbrio entre os princípios da sustentabilidade, da protecção dos consumidores e de uma economia social de mercado altamente competitiva; c. Que o ‘direito’ efectivo ‘à reparação’ crie vantagens competitivas significativas para as empresas europeias, abstendo-se de lhes impor encargos financeiros desproporcionados, inspirando a inovação e incentivando o investimento em tecnologias sustentáveis; d. Conquanto, no quadro actual, os consumidores tenham o direito de escolher entre a reparação e a substituição de bens não conformes, ao abrigo da Directiva Venda de Bens de 20 de Maio de 2019, a reparação pode, em muitos casos, ser uma escolha mais eficiente em termos de recursos e com impacto neutro no clima; e. Observa, porém, que, na prática, os consumidores optam geralmente pela substituição em detrimento da reparação, o que pode dever-se ao elevado custo da reparação; f. Frisa que a substituição do produto deve continuar a ser uma alternativa se o consumidor e o fornecedor nisso acordarem, atendendo a que a reparação pode ser, a um tempo, demasiado morosa quão onerosa; g. A Comissão Europeia que proponha, na iniciativa alusiva ao direito à reparação, uma série de medidas destinadas a promover e incentivar os consumidores, os produtores e os fornecedores a optarem pela reparação em detrimento da substituição h. Que a próxima revisão da Directiva Venda de Bens inclua, entre outras, medidas destinadas a incentivar os consumidores a optar pela reparação em detrimento da substituição, tais como a obrigação de fornecer um produto de substituição enquanto determinados produtos estão a ser reparados; i. O Parlamento Europeu entende que, para incentivar a reparação dos produtos, devem ser oferecidos incentivos aos consumidores que optem por reparar em vez de substituir; j. E considera que uma garantia alargada poderia constituir um incentivo para optar pela reparação em detrimento da substituição; acrescenta que os fornecedores devem informar sempre os consumidores de todas as opções à sua disposição, de forma equitativa, designadamente sobre os direitos de reparação e de garantia conexos; k. Sublinha, enfim, que a garantia renovada – os dois (2) anos -, em 2019, constitui uma regra de harmonização mínima e que apenas escasso número de Estados-membros vai para

além desse período [Portugal e Espanha alargaram a 3 anos…]; l. O Parlamento entende ainda, por conseguinte, que a revisão da Directiva Venda de Bens, ora na forja, como se anunciou, deve também propor a prorrogação da garantia legal para além de dois anos para algumas categorias de produtos; observa, ainda, a importância da plena harmonização do período de garantia legal [algo de que se tem fugido como o diabo da cruz…]; De um comunicado emanado do Gabinete de Imprensa da Comissão Europeia a 31 de Março de 2022, realce para: “A Comissão Europeia apresentou hoje, 31 de Março de 2022, um pacote de propostas centradas no Pacto Ecológico Europeu para que os produtos sustentáveis se tornem a norma, para impulsionar os modelos empresariais circulares e para capacitar os consumidores para a transição ecológica. Como anunciado no Plano de Acção para a Economia Circular, a Comissão propõe novas regras para que quase todos os bens físicos no mercado da UE se tornem mais amigos do ambiente, mais circulares e mais energeticamente eficientes ao longo de todo o ciclo de vida, desde a fase de concepção até à utilização diária, reafectação e fim de vida. A Comissão Europeia apresenta hoje também uma nova estratégia para tornar os têxteis mais duradouros, reparáveis, reutilizáveis e reci-

cláveis, lutar contra a moda rápida, os resíduos têxteis e a destruição de têxteis não vendidos e garantir que a sua produção seja consentânea com o pleno respeito dos direitos laborais. Uma terceira proposta visa promover o mercado interno dos produtos de construção e assegurar que o quadro regulamentar em vigor é adequado para permitir que o ambiente construído cumpra os nossos objectivos em matéria de sustentabilidade e clima. Por último, o pacote inclui uma proposta sobre novas regras destinadas a capacitar os consumidores para a transição ecológica, de modo a que os consumidores estejam mais bem informados sobre a sustentabilidade ambiental dos produtos e mais bem protegidos contra o branqueamento ecológico.” Daí que se estime ainda um largo percurso, por entre ‘trancos e barrancos’, como sói dizer-se, até que o “direito à reparação” “qua tale” se inscreva de modo fundante na Carta de Direitos do Consumidor Europeu. Não vale ‘dourar a pílula’ e aparecer em escritos de distintas latitudes como se havendo instituído, na Europa, um autêntico, autónomo e genuíno “direito à reparação”, quando tal é ainda uma miragem… e não passa deveras do papel! A aguardar para ver… * Presidente emérito do apDC – DIREITO DO CONSUMO - Portugal


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9 Restaurantes da região de Centro distinguidos na Mealhada com diplomas SGV www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

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oram distinguidos 39 restaurantes da região Centro, ao abrigo do Programa Selecção Gastronomia e Vinho (SGV). A cerimónia decorreu na sexta-feira (5), às 16h00, no Cineteatro Municipal Messias, na Mealhada. A presidir a sessão estiveram Rita Marques, Secretária de Estado do Turismo, Raul Almeida, vice-presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, Jorge Loureiro, vice-presidente da Turismo Centro de Portugal e da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Presentes estiveram também a vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Filomena Pinheiro, com um agradecimento inicial a todos os presentes, o vice-presidente da Universidade de Coimbra, Alfredo Dias, e o vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, José Gaspar. Também o Turismo Centro de Portugal se fez representar, na pessoa de Ana Paula Pais, assim como o Secretário Executivo da CIM da Região de Coimbra, Jorge Brito, e Guilherme Duarte da Fundação da Mata do Bussaco. Aos 79 restaurantes já integrantes do Guia de Restaurantes Selecção Gastronomia e Vinhos (SGV) da Região de Coimbra, juntam-se agora mais 39. A cerimónia que teve lugar no Cineteatro da Mealhada serviu de congratulação a todos estes espaços, com a entrega de diplomas e placas SGV a cada um. A entrega destas distinções foi feita pela AHRESP, a Turismo do Centro de Portugal e a CIM Região de Coimbra, com co-organização da Câmara Municipal da Mealhada. Os restaurantes distinguidos nesta fase do Programa foram os seguintes: D’Aqui e D’Acola – Produtos Regionais, Vinhos e Petiscos (Arganil), Sombrinha – Restaurante & Petiscos (Arganil), O Fontinha (Piódão – Arganil), Restaurante Adiafa (Cantanhede), Café Barreira Restaurante (Condeixa-a-Nova), Luz & Vida (Condeixa-a-Nova), Manjares d’Avó (Condeixa-a-Nova), Museu de Conimbriga (Condeixa-a-Nova), No Tacho (Coimbra), Palácio São Silvestre – Boutique Hotel (Coimbra), O Sargento (Coimbra), Terraço Bairrada (Coimbra), Petisqueira Portuguesa – Restaurante Casa de Fado (Coimbra), Devaneio Gastropub (Coimbra), Cataventos (Figueira da Foz), Tapas Bar (Figueira da Foz), Casa dos Papagaios (Figueira da Foz), Gastrobar Acrópole (Figueira da Foz), Olaias

(Figueira da Foz), Pé na Areia – Bar Restaurante (Figueira da Foz), O Silvério (Góis), À Terra Bar & Canteen (Lousã), Restaurante Típico da Bairrada (Mealhada), Grande Hotel de Luso (Mealhada), Couceiro’s dos Leitões (Mealhada), Taberna Belo (Mealhada), Restaurante Pedra de Sal (Mealhada), Restaurante O Cesteiro (Mealhada), Rei dos Leitões (Mealhada), Restaurante Pic Nic dos Leitões (Mealhada), Pedro dos Leitões (Mealhada), Burguezia do Leitão (Mealhada), Restaurante Salgáboca (Mira), Varandas Verdes (Oliveira do Hospital), Roots Restaurant & Bar (Oliveira do Hospital), As Beiras (Pampilhosa da Serra), Vimieiro – Food, Drinks & Friends (Penacova), Xisto Restaurante (Penela) e Restaurante Oliva By Hotel Luna de Tábua (Tábua). Participativos na entrega de cada diploma estiveram, também, os autarcas de cada Município. Assim, são já mais de 100 restaurantes que integram o Programa Selecção Gastronomia e Vinhos – selo que garante a excelência tanto dos produtos como do serviço. A região de Coimbra detém o maior número, a nível nacional, de restaurantes integrados no programa. São diferentes espaços de restauração que - espalhados pelo território e com conceitos que variam entre o tradicional, familiar e contemporâneo -, têm em comum a determinação de preservar os receituários ancestrais e a qualidade da cozinha da região de Coimbra.

Até ao final deste ano, pretende-se que este programa inclua cerca de 400 restaurantes, estando já a ser desenvolvido pela AHRESP um outro projecto, desta vez destinado aos vinhos – o programa Best Wine Selection. O objectivo é dignificar e promover os vinhos portugueses, em particular a oferta vinícola da região. Relembre-se que o Programa Selecção Gastronomia e Vinhos resulta de uma parceria estratégica entre a Comunidade Intermunicipal (CIM) Região de Coimbra, a Entidade Regional de Turismo do Centro de Portugal (ERTCP) e a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP). Este visa dignificar e promover a Gastronomia Património Cultural de Portugal, criando uma rede que garanta a satisfação dos seus clientes, através da adopção do receituário tradicional português, da utilização preferencial dos produtos portugueses, da execução de boas práticas em higiene e segurança alimentar e da oferta de uma qualidade de serviço irrepreensível. Através do envolvimento de empresários e restaurantes aderentes ao programa, pretende oferecer vantagens na dinamização de um conjunto de acções ao nível da melhoria de processos, valorização dos serviços e qualificação das empresas do sector da Restauração, enquanto agentes preponderantes no desenvolvimento e melhoria da oferta turística nacional e na promoção gastronómica de Portugal.


10 Biblioteca de Coimbra com iniciativas para promover leitura durante o Verão SEGUNDA-FEIRA, 08 DE AGOSTO 2022

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Biblioteca Municipal de Coimbra está a promover várias iniciativas dirigidas a diversas faixas etárias, com maior enfoque no público infanto-juvenil, durante o Verão. “Saldos de Verão”, “Exposição de Livros Animados”, “Oficinas de Verão”, “Loto da Leitura” e “Contos à Varanda” têm o objectivo de promover a leitura durante o Verão. “Saldos de Verão”, uma acção que decorre até 15 de Setembro, é dirigida a todas as faixas etárias e consiste no alargamento do prazo de empréstimo domiciliário e do número de documentos emprestados para

leitura e audição. Assim, passa a ser possível o empréstimo máximo de seis livros, três DVDs e quatro CDs, durante 28 dias. Já a “Exposição de Livros Animados” decorre até 30 de Setembro, junto à Biblioteca Infantil e consiste na mostra de livros infantis pop-up de reconhecidos autores da literatura infanto-juvenil. Já “Oficinas de Verão” é um programa de promoção da leitura, da imaginação e da criatividade, que inclui a realização de oficinas de trabalhos manuais inspiradas por contos de todo o mundo. Destina-se a crianças

dos seis aos nove anos de idade e decorre até 15 de Setembro, às segundas, terças e sextas-feiras. Já o “Loto da Leitura”, até 17 de Setembro, destina-se a todas as crianças que utilizarem o serviço de empréstimo domiciliário de livros durante as férias escolares e vai atribuir prémios, à medida que sejam completadas as linhas horizontais do cartão do jogo Loto. Podem participar as crianças e jovens com menos de 15 anos, com cartão de leitor e serviço de empréstimo domiciliário da Biblioteca Municipal de Coimbra. A cada participante será atribuído um cartão do Loto onde serão registados os livros que leu durante o período do jogo. O cartão será carimbado sempre que sejam devolvidos os livros requisitados. Por fim, o programa “Contos à Varanda” consiste em horas do conto, destinado a pré- leitores, entre os três e os cinco anos de idade, acompanhados por um adulto. O objectivo é promover o livro e a leitura em ambiente familiar. A iniciativa decorre nos dias 11 e 25 de Agosto e 9 de Setembro, na varanda exterior da biblioteca infantil, virada para o Jardim da Sereia.


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Mealhada vai espalhar jazz pelas ruas no início de Setembro

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Mealhada quer transformar-se na capital do jazz nos dias 2 e 3 de Setembro, propondo um festival com um programa de qualidade diferenciadora que vai do jazz mais puro ao mais irreverente. “A nossa meta é fazer da Mealhada, durante os dias deste festival, uma capital, ainda que transitória, do jazz em Portugal”, disse o vereador da Cultura da Câmara Municipal da Mealhada, Gil Ferreira. Durante a conferência de imprensa de apresentação da 5.ª edição do Meajazz, que irá decorrer no Luso, o autarca indicou que é pretensão deste município constituir este festival como uma referência nacional ao nível do jazz. “Procurámos balancear duas dimensões, de um jazz mais acessível com um jazz que corresponda às tendências e próprias dinâmicas do jazz de hoje no panorama nacional”, sublinhou. De acordo com Gil Ferreira, o programa foi ainda pensado para envolver a comunidade no ambiente de festa proporcionado pelo festival,

enquanto espectador, mas também como participante. Para os dois dias do MeaJazz, promovido pela Câmara Municipal da Mealhada e com entrada gratuita, as propostas incluem três projectos musicais portugueses e um luso-alemão. No dia 2 actua o quarteto “Coisas do Jazz”, seguindo-se “Suzie and the boys”. Já para o dia 3, está previsto um ‘workshop’ de dança jazz, com a professora Carolina Piedade, para além de animação de rua com Dixie Gringos. À noite, terá lu-

gar a actuação do quinteto Inquiet’Ensemble, seguindo-se a trompetista Jéssica Pina. A vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Filomena Pinheiro, destacou, que este será “um grande momento cultural na vida da Mealhada”. O MeaJazz é já uma “marca importante para o mundo da cultura, em especial da música. Com este programa pretendemos desafiar e motivar os que estão no território e podem fazer igual ou melhor no futuro”, concluiu.


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JMS - Justificações: (as) Mesmas (de) Sempre E

ntrámos na “silly season”, uma época propícia a balanços. Passado cerca de nove meses da tomada de posse do actual executivo camarário de Coimbra é o momento indicado para uma primeira análise do que tem feito o Doutor José Manuel Silva (JMS). É verdade que algumas coisas foram alteradas positivamente ou, pelo menos, iniciou-se um processo neste sentido. A transmissão das reuniões on-line, que possibilita uma maior transparência e escrutínio das decisões do executivo por parte da cidadania conimbricense, possibilitando o aprofundamento democrático, a diminuição da burocracia municipal e um maior dinamismo no núcleo central da nossa cidade são alguns exemplos. Há, no entanto, um longo caminho a percorrer, mas “o caminho faz-se caminhando”. No entanto, nestes últimos nove meses, não nasceu uma nova política para cidade, permanecendo velhos hábitos com as justificações de sempre. Vejamos dois casos concretos: a construção de mais um prédio para habitação social no Planalto do Ingote (a somar às centenas já existentes naquela zona da cidade) e a destruição dos últimos plátanos históricos sobreviventes na avenida Emídio Navarro para a passagem do metro bus. Nos dois casos, foram apresentados inúmeros argumentos sólidos e factuais de diferentes grupos da sociedade civil que contrariam as decisões do Executivo. O senhor presidente da Câmara veio a terreiro dizer que até concorda com as críticas, mas não há nada a fazer já que os projectos vêm do mandato anterior (factualmente verdade) e que qualquer alteração implicaria automaticamente a perda de financiamento. Porém, em outros casos, a Câmara mudou, interrompeu ou simplesmente eliminou projectos herdados do anterior executivo. E, em momento algum, apresentou documentos que comprovem a eventual perda de financiamento, que impossibilite alterações, reajustes ou transferências da verba para outros projectos. O próprio presidente da Câmara manifestou, no seu programa político sufragado no mês de Outubro por uma ampla maioria de conimbricenses que era possível rever o projecto do MetroBus “dentro do que ainda se revelar possível, em particular levando-o até ao Pólo I/Praça D. Dinis”. Ou seja, era viável rever o projecto propondo uma mudança tão significativa, mas já não é viável encontrar uma solução técnica para a preservação de árvores tão importantes na nossa cidade? Ou ainda, sobre a política habitacional, propôs o “alargamento da disponibilidade de habitação social (…) e de uma forma descentralizada”, e a primeira coisa que fez foi avançar para a concretização de um projecto que agravará a concentração

numa zona que já tem 60% de toda habitação social do Concelho? O presidente JMS foi eleito para executar o seu programa político ou apenas para concretizar os maus planos, por ele criticado, que já vinham do mandato anterior?! Depois do clamor público, o senhor presidente promete, agora, que 90% da habitação social a ser construída vai ser fora do Planalto e que por cada árvore cortada vai plantar três. Mas a sociedade conimbricense não quer mais promessas, e sim medidas concretas. O presidente JMS não apresentou qualquer plano para a construção de habitação social em outras áreas e insiste num plano de arborização claramente insuficiente que nunca reparará os danos causados pelo corte destes plátanos históricos. Em suma, utiliza a mesma e velha tática: faz algo que vai contra o programa que o elegeu, refugia-se nos planos do executivo anterior e/ou levanta “fantasmas” de perda de financiamento. E, mais grave, para tentar acalmar a população, anuncia com grande “pompa e circunstância” promessas que, até a este momento, não tiveram qualquer materialização. Este executivo está no início do seu mandato e ainda está a tempo de “arrepiar caminho” basta, para isso, ter coragem política de concretizar o seu programa que foi redigido tendo amplo conhecimento do que já estava planeado e não se refugiar nas justificações de sempre. Será que o senhor presidente da Câmara quer ficar conhecido na história como o presidente JMS - Justificações: (as) Mesmas (de) Sempre?! Fica a questão… Artigo de opinião de Rui Manuel Costa Calado


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Cientistas da UC estudam novos planos de emergência em caso de incêndio E

m caso de incêndio florestal, é altamente complexa a missão de decidir quando e como retirar as pessoas em risco, pois implica múltiplos factores. Para ajudar as entidades competentes, uma equipa da Universidade de Coimbra (UC), em colaboração com a Escola Nacional de Bombeiros (ENB) e o Centro de Inovação e Competências da Floresta (SERQ), está a estudar novos planos de emergência para as comunidades, considerando os mais diversos cenários. Trata-se do projecto “EVACUAR FLORESTA - Decisões e Planos de Evacuação em Cenários de Incêndio Florestal”, que tem como objectivo principal criar um sistema de apoio à tomada de decisão, «para a protecção da comunidade em risco em caso de incêndio rural e ainda mitigar problemas no contexto de uma evacuação. Para os incêndios urbanos já existem planos de evacuação desenvolvidos, mas o mesmo não acontece nos incêndios florestais», diz Aldina Santiago, coordenadora do estudo e docente da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC). Actualmente, fundamenta, o que existe para o suporte à tomada de decisão «é muito reduzido em termos técnicos e científicos e depende em muito da sensibilidade do comandante no teatro das operações. Muitas das vezes, esta escolha é criticada, ou porque é feita de forma muito antecipada ou porque é feita de forma tardia». Assim, o resultado final do projecto, que conta com 270 mil euros de financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), é apoiar as entidades governamentais e locais «na protecção das pessoas envolvidas, criando indicações específicas sobre a forma e mecanismos a utilizar para proteger e tornar mais resiliente cada uma das comunidades, face às suas particularidades e desenvolvimento do incêndio. A protecção das pessoas de uma determinada comunidade tem de ser pensada e discutida muito antes dos incêndios; as possíveis soluções têm de estar acauteladas através de planos de emergência e evacuação; a evacuação parcial ou, em casos extremos, total é uma dessas soluções, mas não é a única». Numa primeira fase do projecto, iniciado há um ano e que se estende até 2023, os cientistas focaram-se na caracterização e estudo do que já existe no que respeita a estratégias associadas à protecção das pessoas em cenário de incêndio rural, não só em Portugal, mas também em outros países que são fustigados pelos fogos florestais, como, por exemplo, Espanha, Itália, Grécia, Austrália e EUA (Califórnia). Nesses estudos, os cientistas observaram que «se antigamente a política era “ficar em casa e esperar”, actualmente começa a optar-se por evacuações preventivas. Portugal começa também a seguir esta estratégia, ou seja, nos últimos anos, a estratégia de protecção tem vindo a alterar, em resultado do paradigma dos incêndios atuais (incêndios de grandes proporções e que facilmente se propagam à interface urbano-floresta)», indica Aldina Santiago. A equipa tem, também, efectuado trabalho de campo junto das

comunidades escolhidas para casos de estudo, nos concelhos da Lousã e Sertã. No caso do município da Lousã, foram escolhidas as localidades de Cerdeira e Cabanões. Segundo a coordenadora do projecto, estas escolhas não foram «aleatórias, foram consideradas as suas especificidades. Cabanões é uma localidade isolada, de difícil acesso, com uma população reduzida (menos de 25 pessoas), envelhecida e com algumas limitações de mobilidade; já a Cerdeira, é uma localidade com componente turística significativa, com uma população muito variável, tanto ao longo da semana, como ao longo do ano. É difícil saber quantas e onde as pessoas estão nesta localidade e na sua envolvente; esta incerteza é sem dúvida um dos factores que dificulta a protecção destas pessoas em caso de incêndio». Em paralelo, com recurso a métodos numéricos avançados, a equipa está a trabalhar em modelos que permitem simular a propagação do incêndio e a evacuação das pessoas. «Estas simulações estão a ser calibradas com dados de incêndios reportados na literatura, mas esperamos vir brevemente a simular os incêndios ocorridos nas últimas semanas em Portugal. Cruzando resultados, conseguimos estudar o impacto de possíveis soluções, possíveis alternativas para protecção», esclarece Aldina Santiago. Os sistemas de modelação e simulação de evacuação «são ferramentas essenciais para planeamento e tomada de decisão. Durante a evacuação e o incêndio, o comportamento das pessoas também é um factor determinante; o que as pessoas fazem, e quando o fazem, depende muito da distribuição no espácio-temporal dos eventos num cenário de catástrofe, sendo a educação da população para esta temática igualmente determinante para o sucesso deste processo», conclui.


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s artistas Carlão e Emanuel vão actuar nas festas da Pampilhosa da Serra, que é o ponto de encontro das famílias e dos seus habitantes, num concelho que em Agosto quintuplica a sua população. A XXIII Feira de Artesanato e Gastronomia decorre de 14 a 18 de Agosto, na Praça do Regionalismo, com um programa que o presidente da Câmara considera “feito à dimensão do concelho, mas sobretudo para dar alegria às nossas gentes depois destes dois anos que tivemos interregno”. “A população durante o mês de Agosto quintuplica, e, de facto, durante este período temos aqui o reencontro das famílias e dos amigos, de pessoas que, apesar de poderem estar em Lisboa, é aqui que têm o ponto de encontro e é aqui que seguramente matam saudades do seu canto”, sublinhou Jorge Custódio. O autarca salientou ainda que as festividades, que costumam ser sempre na altura do 15 de Agosto, foram propositadamente “empurradas” mais para o meio da semana para não colidir com as festas que se realizam nas aldeias e nas colectividades no fim-de-semana que antecede aquele dia de feriado nacional. As festas têm início no dia 14 com a inauguração do certame e um concerto à noite da Filarmónica Fraternidade Pampilhosense e do Coro Gospel, seguido do Festival Meu Querido Mês de Agosto, com a actuação dos Broa de Mel,

Ana, José Reza e João Marcelo, que vão interpretar temas “que chamam a atenção para tempos idos do mês de Agosto”. Para o dia 15 estão reservadas as cerimónias religiosas e um espectáculo com o cantor Emanuel, além da actuação de um dj para encerrar a animação da noite. Carlão actua no dia 16, à noite e, no dia 17, é a vez dos Sons do Minho e do Tiago Silva, cantor natural da Pampilhosa da Serra, que ficou em segundo lugar no concurso televisivo The Voice. Para encerrar os festejos, no dia 18, o destaque dos festejos vai para o espetáculo com os Marotos do Minho. Segundo Jorge Custódio, os serviços do município estão preparados, à semelhança dos anos anteriores, para o aumento de cinco vezes da população residente. “Temos carros da recolha do lixo, por exemplo, que estão parados praticamente o ano todo só

para trabalharem agora nesta altura”, salientou Jorge Custódio, a propósito das preocupações municipais com esta área e também com o abastecimento de água, serviços que agora estão entregues à APIN – Empresa Intermunicipal de Ambiente do Pinhal Interior. “Pampilhosa da Serra é seguramente dos concelhos da região Centro que tem maior preponderância de pessoas a visitar-nos durante o Verão, porque há 30/40 anos, quando houve essa maior desertificação do interior, e este concelho não foi excepção, a maior parte das pessoas acabou por se deslocar para Lisboa”, refere o autarca. De acordo com os Censos de 2021, o município da Pampilhosa da Serra contabiliza uma população residente de 4.067 habitantes, o que representou mais um decréscimo de quase 10% em relação à década anterior.


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Infraestruturas de Portugal apresentou linha de alta velocidade em Cantanhede

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ma delegação da Infraestruturas de Portugal esteve, na quinta-feira (4), em Cantanhede, para apresentar à Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra o projecto da Linha Ferroviária de Alta Velocidade, que ligará Lisboa ao Porto e atravessará diversos municípios da região. Recorde-se que o Executivo liderado por Helena Teodósio tomou recentemente uma posição inequívoca sobre a necessidade de se optar pela adopção do Eixo 5 para esta nova ligação ferroviária entre Porto e Lisboa, uma vez que qualquer outra solução teria um impacto muito negativo no território que, de resto, já é atravessado, numa grande extensão, pela A1, com todas as condicionantes que daí decorrem. Na ocasião, a autarquia cantanhedense disse ser demasiado penalizante ter duas infra-estruturas de transportes tão marcantes na parte nascente do concelho, até porque o efeito conjugado de uma com a outra tenderia a exponenciar os efeitos nefastos ao nível ambiental, sem esquecer as irremediáveis alterações que provocaria numa estrutura agrária absolutamente consolidada como uma das zonas mais produtivas da região.

A presidente da Câmara Municipal reiterou esta posição na reunião com os dirigentes da Infraestruturas de Portugal, sublinhando que “a autarquia não pode deixar de vincar a sua posição em defesa do interesse das populações”. Na reunião, o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, Carlos Fernandes, apresentou uma versão do projecto, alertando para o facto de a actual Linha do Norte ter atingido a sua capacidade máxima, com a circulação demais de 700 comboios por dia. O responsável salientou ainda

o facto de não ser fácil articular a nova infra-estrutura com a linha convencional, nomeadamente de Soure para Norte, face à elevada ocupação do território. É, de resto, no troço de aproximadamente 65 quilómetros entre Soure e Oiã (Aveiro) que se centram as preocupações dos autarcas da região, mas o traçado final ainda não é conhecido. Com uma implementação faseada até 2030, a Linha Ferroviária de Alta Velocidade será construída em bitola ibérica e diminuirá o tempo de ligação entre Lisboa e Porto para 1 hora e 15 minutos.


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Criação de empresas cresceu 17% nos primeiros sete meses do ano E

ntre o início do ano e 31 de Julho foram criadas em Portugal 28.989 novas empresas, o que representa um crescimento de 17% face ao mesmo período de 2021. No entanto, no mês de Julho a criação de empresas caiu quase 7% em relação a Julho de 2021, com menos 236 constituições, quebrando um ciclo de crescimento que vinha desde outubro passado e que só tinha sido interrompido em Abril. Esta descida no mês de Julho está concentrada nas regiões do Norte e Centro, influenciando significativamente o decréscimo total.

Tecnologias de Informação e Comunicação (+27%) e das Actividades Imobiliárias (+18%).

A subida das constituições no período de Janeiro a Julho deste ano é também transversal a todas as regiões, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (+2 700 constituições, +31%). Encerramentos e insolvências mantêm descida No acumulado desde Janeiro até Julho de 2022, a maioria dos sectores regista um aumento na constituição de empresas face a 2021, com maior destaque para os Transportes (+1 228; +124%), Serviços Gerais (+936 constituições, +30%), Serviços Empresariais (+582 constituições, +13%); e Alojamento e Restauração (+551 constituições, +25%). Do lado das descidas, Retalho (-13%) e Agricultura e outros recursos naturais (-1,6%) são os únicos sectores com menos nascimentos neste período. A descida no Retalho ocorre há já cinco meses e é transversal a quase todos os seus subsectores, sobretudo o Retalho de Têxtil e Moda, Generalista e Outros. Apenas o Retalho Automóvel e o Retalho Casa e Materiais de Construção sobem neste período de 2022 face ao período homólogo. Face ao mesmo período de 2019 (antes da pandemia) a criação de novas empresas mantém-se abaixo em quase todos os sectores de actividade, com a excepção das

Entre Janeiro e Julho de 2022, encerraram 6.815 empresas, menos 2,5% que no período homólogo, equivalente a uma descida de -178 encerramentos de empresas. A maioria dos sectores de actividade registam valores de encerramento inferiores a 2021. Mas alguns sectores apresentam subidas, como o Retalho (+89 encerramentos, +8,9%), Actividades Imobiliárias (+24 encerramentos, +5,2%) e Indústrias (+13 encerramentos, +2%). No mesmo período, 962 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 21% face a 2021 (menos 257 novos processos), aumentando assim a descida ocorrida em 2021. Indústrias, Alojamento e restauração e Retalho são os sectores com maior número de insolvências, mas são também aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo. O sector dos transportes tem também destaque por ser o único sector que regista um aumento no número de processos de insolência neste período (+16 processos; +31%).


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Festival Catraia vai integrar feira da troca na Praia de Tocha em Cantanhede

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quarta edição do festival Catraia, que decorre de quinta-feira a domingo, na Praia da Tocha, no concelho de Cantanhede, vai integrar uma feira da troca, que pretende promover o comércio local e economia circular. Neste certame “a moeda de troca passa a ser os pertences das pessoas”, disse Mariana Andrade, da organização do evento. “As pessoas levam X produtos de diferentes categorias, que são sempre verificados à entrada, e recebem senhas pelas quais podem trocar pelo mesmo número de produtos. É uma troca de roupa, livros e brinquedos”, explicou. O festival inclui música, exposições, ‘workshops’, instalações, conversas e oficinas, que visam a consciencialização ambiental através da arte. O evento vai contar também com uma peça artística, feita com fatos de surf antigos, das escolas de surf da Praia da Tocha. O programa musical é “vasto”, indo desde ‘world music’ ao ‘jazz’. A edição de 2022, conta com nomes como Terra Livre, Baleia Baleia Baleia, Ana Lua Caiano, Barananu, Santi Lesca, Rossana, Mazela e The Winery Bastards. Os visitantes mais novos podem participar em oficinas de reciclagem e actividades na floresta e os mais velhos em oficinas de compostagem, criação sonora e expressão dramática, assim como aulas de ‘yoga’ e desportos de mar, apoiados pelas escolas locais. “Em termos de oficinas e

‘workshops’, vamos ter uma oficina de criação sonora, com um músico argentino. A peça vai ser criada durante o festival”, adiantou. Consiste em “reutilizar materiais” para depois “criar uma instalação sonora interativa com os participantes”, acrescentou. Para “sensibilizar para a questão ecológica”, está preparada uma conversa com a investigadora Filipa Bessa, para expor a problemática do lixo marinho e microplásticos. O evento conta ainda com um sarau poético, cuja ideia “vai ser um escritor da nossa região apresentar o seu trabalho” seguido de um momento “para os participantes trazerem a sua poesia”, sublinhou Mariana Andrade. Segundo a organização, o projecto Catraia surgiu em 2019, da “emer-

gência” de criar uma nova geração de gente que “anda à catraia”. Através da arte e da acção em comunidade, o evento pretende “reflectir sobre os modelos de consumo que moldaram os hábitos da sociedade nos últimos anos, celebrar a cultura da região e trabalhar em conjunto para construir um futuro mais sustentável e solidário”. A programação detalhada pode ser consultada na rede social ’Facebook’ ou no ‘site’ oficial do festival. O evento, gratuito, é realizado por um grupo de jovens voluntários inseridos no núcleo da Associação de Moradores da Praia da Tocha e conta com o apoio da Junta de Freguesia da Tocha e da Câmara Municipal de Cantanhede, no distrito de Coimbra.


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“A Cor do Meu Medo”: o e-book que explica às crianças a guerra na Ucrânia

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arina é uma criança que se apercebe que ela e a sua mãe têm de fugir de casa por força de uma guerra que está a acontecer no seu país. O curto espaço de tempo com que ambas têm de abandonar a cidade natal obriga a que só levem consigo uma mala e poucas outras coisas. Pelo caminho, vão encontrando diferentes pessoas e vivendo situações que lhes permitem passar do estado de medo que estão a sentir para alguma confiança na caminhada que vão enfrentando. É este o mote da obra “A Cor do Meu Medo”, um e-book desenvolvido pela Betweien, uma empresa educacional da Universidade do Minho, que tem como objectivo explicar às crianças a guerra na Ucrânia. “A associação à cor surge porque, na própria história, a criança associa uma série de desenhos que vai fazendo ao longo da viagem a uma cor específica”, explica Narciso Moreira, fundador da Betweien, em declarações ao “Campeão”. O e-book infantil, que pode ser descarregado gratuitamente através do site oficial, nasceu como forma de auxiliar os professores e educadores a explicar aos mais pequenos o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. “Consideramos que era nossa responsabilidade social desenvolver um livro que explicasse que contributo é que podemos dar, enquanto cidadãos, para que as consequências da guerra sejam minimizadas”, conta Narciso Moreira. Deste modo, “A Cor do Meu Medo” assume também um papel fundamental no que diz respeito à integração dos refugiados no nosso país. “Tendo em consideração que milhões de pessoas estão a sair da sua terra natal e, muitas delas, vêm para Portugal, é importante percebermos que contributo podemos dar para integrar essas pessoas”, acrescenta o fundador da Betweien. “Pintar o mundo” Ao livro “A Cor do Meu Medo” está ainda associada a música “Pintar o mundo”, cujo videoclipe alerta para a necessidade de sermos capazes de receber de braços abertos aqueles que estão afastados das suas casas.

Segundo Narciso Moreira “o livro é um elemento muito importante para transmitir uma mensagem pedagógica, mas a música dá uma vida diferente à história”. A trabalhar em vários projectos pedagógicos, a Betweien está presente em Braga e Lisboa, desde 2011. A empresa aposta na inovação educativa em quatro áreas: Betweien Capacitar, Betweien Edições, Betweien Produções e Betweien Mais. O projecto sensibiliza para vários temas, entre eles, a violência no namoro e a educação ambiental. Conta ainda com parcerias de vários actores, youtubers e cantores como, por exemplo, Carlão, Diogo Piçarra, Filipe Pinto, Ana Bacalhau, Cifrão, entre outros. Narciso Moreira não tem dúvidas de que, cada vez mais, é essencial implementar a consciência de cidadania nas gerações futuras. “Temos de fazer a nossa parte para que a sociedade continue a evoluir. É isso que também tentamos transmitir através dos nossos projectos”, salienta. O e-book “A Cor do Meu Medo” foi lançado em março deste ano e já é utilizado por milhares de pessoas, o que, para o fundador da Betweien, se traduz numa sensação de missão cumprida. “A receptividade tem sido muito boa. Sabemos que milhares de crianças tiveram acesso ao conteúdo e, para nós, isso é muito importante”, conclui.


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Tábua assina auto de consignação para beneficiação do Trilho dos Gaios

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oi assinado hoje (8), pelo presidente da autarquia, Ricardo Cruz, o contrato para a execução da empreitada de “Trilho dos Gaios – Um Percurso com História”, adjudicado à empresa SOUDIAS – Carpintaria e Serralharia Sousa Dias, Lda., num investimento total de cerca de 250 mil euros. O contrato tem por objecto principal a beneficiação do Trilho dos Gaios, numa extensão de 17,3 quilómetros que percorre as Freguesias de Tábua, Midões, Candosa e União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha, visando a melhoria das condições de conforto e segurança dos utilizadores. A assinatura

teve lugar na localidade de Vale de Gaios e contou com a presença do vice-presidente e vereador do Turismo, António Oliveira e David Pinto, respectivamente, e dos presidentes das Juntas de Freguesias de Tábua, Midões, Candosa e União de Freguesias de Covas e Vila Nova de Oliveirinha. Para Ricardo Cruz este é um investimento há muito esperado e que concretiza uma intervenção ao longo do rio Cavalos. Num percurso entre Vale de Gaios e São Geraldo, através da recuperação das pontes existentes e construção de novas passagens e passadiços, permitirá usufruir das paisagens deste vale, valori-

zando o rio e o território, em total respeito pela natureza e pelas regras da Agência Portuguesa do Ambiente, o qual será potenciado pela integração num traçado sinalizado desde a Vila de Tábua a Vila Nova de Oliveirinha. O presidente agradeceu o trabalho efectuado, ao longo dos anos, pelas Associações MK Máquinas e BTT Tábua, bem como aos proprietários dos terrenos que autorizaram a passagem do percurso pelos seus terrenos. Sónia Oliveira, presidente da Junta de Freguesia de Midões, congratulou-se por este investimento, referindo a importância do mesmo para todos este território. O Projecto “Trilho dos Gaios: Um Percurso com História”, foi aprovado pelo Programa Operacional Regional do Centro (Centro 2020), sendo financiado a 85% do montante elegível. Com a concretização do “Trilho dos Gaios”, o Município de Tábua reforça a aposta na valorização turística do concelho, transformando o seu potencial em produto que atrai e fixa novos visitantes, num processo de valorização dos recursos naturais e de consolidação do concelho como destino de turismo de natureza, sendo este um dos objectivos estratégicos para a afirmação de “Tábua, O Encanto das Beiras”.


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Receita Verão com gelados saudáveis O Verão está aí, as férias na praia, na piscina ou no campo vão começar e os gelados, para nos refrescar num dia de muito calor, também! Existem vários tipos de gelado: o gelado de leite, de nata, de aromas, de fruta, de água, o sorvete ou o gelado Light (aquele que apresenta uma redução de 30% do seu teor calórico original. Do ponto de vista nutricional, a maioria dos gelados é rica em açúcares. No entanto, a indústria de gelados tem vindo a preocupar-se em melhorar o valor nutricional através da redução do teor de gordura e de açúcares, principalmente na gama dos produtos destinados às crianças, tendo como base as linhas de orientação da Organização Mundial de Saúde. Nos gelados de leite ou de natas, o teor proteico é considerável e de elevado valor biológico. Dos minerais presentes, destacam-se o cálcio, o fósforo, o sódio, o potássio e o magnésio e, entre as vitaminas, B1, B2, B3, A e D. Ainda assim, os gelados podem ser também uma fonte de gordura e de calorias extra. Consoante o tamanho e a composição, os gelados podem contribuir para o aumento de peso no verão. Se analisarmos à

lupa o rótulo de um gelado e de um iogurte de aroma, por exemplo, o iogurte tem aproximadamente 1,5 gramas(g) de gordura e 10g de açúcar e um gelado pode ter aproximadamente 20g de gordura e 25g de açúcar em 100g de produto. Se na sua composição ainda encontrarmos amendoins, amêndoas, caramelo, bolacha, caramelo e chocolate o valor calórico do gelado será ainda mais elevado. No entanto, os gelados podem ser integrados num estilo de vida saudável e numa alimentação equilibrada e consciente. Para que isso aconteça, a leitura dos rótulos dos gelados é obrigatória, assim como a sua escolha deverá ser bem pensada e ponderada. Para os amantes de gelado que preferem arriscar-se na cozinha e confecionar os seus próprios gelados, aqui fica uma receita bem fresquinha e mais saudável. Gelado de banana e manteiga de amendoim Ingredientes (4 porções): l3 iogurtes de 125g de aroma a banana l1 banana madura l2 colheres de sopa rasas de manteiga de 100% amendoim l1 colher de sobremesa de canela em pó (opcional) Preparação: 1.Triturar todos os ingredientes num robô de cozinha ou processador de alimentos; 2.Colocar numa única forma ou em formas individuais para gelado; 3.Deixar no congelador pelo menos duas horas ou de um dia para o outro; 4.Servir em bolas utilizando o utensílio próprio para bolas de gelado ou desenformar as formas individuais, passando primeiro por água morna e depois puxando delicadamente. Nota: Experimente, também, alterar o aroma do iogurte e variar a fruta! Ana Carolina Canelas, Nutricionista, Farmácias Holon


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GINÁSIO FIGUEIRENSE - CAMPO DE FÉRIAS

Encerramento da 5.ª semana de actividades No corrente ano já tiveram lugar três descidas, com dinamarqueses, holandeses e agora com espanhóis, estando prevista outra em Setembro, com austríacos.

No encerramento da 5.ª semana de actividades no Campo de Férias Multidesportivo, os participantes, acompanhados pelos seus monitores, deslocaram-se à sede da DAPAVAL num gesto de agradecimento à Empresa pelo patrocínio concedido à iniciativa. Os Campos de Férias deste modelo iniciaram-se no Verão anterior e sem qualquer espécie de dúvida foram os de maior dimensão e abrangência promovidos pelo Ginásio, lembrando os cursos de Iniciação Cultural e Desportiva de há mais de meio século. Sendo de inteira justiça salientar o papel decisivo do seu programador e coordenador, João Paiva, sem cujo trabalho esta iniciativa não teria sido possível. Espanhóis no Douro com o ginásio Terminou no sábado o DOURO TOUR proporcionado a um grupo de 16 turistas náuticos provenientes de Espanha (S. Sebastian). Estas descidas do Rio Douro, neste caso de Barca d’ Alva até à Régua, são promovidas pelo Remo de Lazer do Ginásio, destinadas a grupos privados de vários países que solicitam a respectiva organização.

Mais três semanas de remo nas férias Após uma semana de interregno por motivos logísticos, retomou na manhã de hoje (8) a actividade o programa Remo nas Férias, que se prolongará até ao dia 26. As inscrições, destinadas a jovens dos oito aos 18 anos, continuam abertas através do e-mail ginasiocf. remo@gmail.com ou do telm. 963710377 – Rute Costa, Directora da Secção de Remo. Realizado há 22 anos consecutivos, constitui o início da Formação rumo aos títulos de Campeão de Portugal que o Ginásio vem conquistando desde a instalação da modalidade no Centro Náutico da Fontela – 309 entre 2001 e 2022.


www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

SEGUNDA-FEIRA, 08 DE AGOSTO 2022

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