“Campeão das Províncias” - 28/10/2022

Visitas guiadas promovem património edificado, natural e imaterial da cidade de Coimbra

ACâmara Municipal de Coimbra (CMC) promove cinco visitas guiadas temáticas no próximo mês de Novembro. A vida e obra de Rainha Santa Isabel e de Santo António, o contributo de José Saramago e de José Régio na literatura portuguesa do século XX e a “descoberta” das artes tipográficas são os temas dos itinerários, que vão permitir conhecer o património edificado, natural e imaterial da cidade.

Estas visitas convidam os participantes a revisitar locais percorridos por José Saramago, aquando da sua “Viagem a Portugal” (15), assim como os locais frequentados por José Régio (10). Já a vida e obra de Rainha Santa Isabel será conta no dia 3 e de Santo António a 29, figuras intimamente ligadas a casas monacais e a igrejas da cidade de Coimbra, para além de revelar os segredos das artes tipográficas, a sua evolução e a introdução da utilização do papel no nosso país (22).

As visitas temáticas, que decorrem às 15h00, são dirigidas ao público em geral, acolhendo um mínimo de seis e um máximo de 25 participantes. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia através do telefone 239702630, por email roteirosdecoimbra@cm-coimbra.pt ou, presencialmente, na Casa Municipal da Cultura, na Rua Pedro Monteiro. Serão consideradas apenas as inscrições até às 15h00 do último dia útil antes da data da realização das visitas.

Programação completa de Novembro:

Dia 3 Novembro | 15h00 | Era Uma

Vez… As Rosas de Isabel

Visita guiada centrada na história e na importância do legado da casa mo-

nástica refundada por Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade de Coimbra.

Custo: 2,50 euros (entrada no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova)

Ponto de encontro: Miradouro do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Dia 10 Novembro | 15h00 | José Régio (Presença) em Coimbra

Visita guiada a espaços (exteriores) que evocam na cidade de Coimbra a figura ímpar do escritor e do homem dedicado às artes, que deixou um legado inigualável. Durante o percurso serão lidos excertos da obra do autor, onde são feitas referências a Coimbra.

Gratuito

Ponto de encontro: Praça D. Dinis

Dia 15 Novembro | 15h00 | Na baixa de Coimbra, pela mão de Saramago

Visita integrada no conjunto de visitas sob o tema genérico “José Saramago, Viajante em Coimbra”. Em ano e mês do centenário do nascimento de José Saramago, esta visita guiada recria etapas do passeio feito pelo “viajante” na cidade de Coimbra, em janeiro de 1980, narrado na obra “Viagem a Portugal” que vai servir de guião do percurso ao longo do qual serão lidos

e descodificados excertos referentes aos locais visitados pelo autor na nossa cidade.

Gratuito

Ponto de encontro: Largo da Portagem

Dia 22 Novembro | 15h00 | Do Papel às Artes Tipográficas

Visita guiada focando a evolução das artes gráficas, a introdução e a utilização do papel em Portugal.

Gratuito

Ponto de Encontro: Em frente à Câmara Municipal de Coimbra

Dia 29 Novembro | 15h00 | Igreja de Santo António dos Olivais

Visita guiada à Igreja de Santo António dos Olivais. Pretende-se dar a conhecer a vida, a obra e o legado material e espiritual desta personalidade ímpar da história religiosa europeia da Idade Média. Coimbra, cidade refúgio religioso e espiritual, foi também, em inícios do século XIII, a Cidade do Conhecimento para Santo António, único Doutor Português da Igreja Católica.

Gratuito

Ponto de Encontro: Escadaria da Igreja de Santo António dos Olivais.

Associação Desportiva e Cultural de Almalaguês celebra noite de Halloween

AAssociação Desportiva e Cultural de Almalaguês acolhe, na próxima segunda-feira (31), às 21h00, um serão cultural motivado pela celebração do Halloween e pelo fomento das relações inter-geracionais entre os habitantes desta freguesia de Coimbra.

Prosseguindo com o sucesso das edições anteriores, após uma interrupção de dois anos devido à pandemia da COVID-19, a Câmara Municipal (CM) de Coimbra promove mais um serão cultural inter-geracional intitulado “(En)cont(r)o de tradições com bruxas, vassouras e foliões”.

Neste encontro entre gerações, que celebra o Halloween, vão ser apresentados à comunidade as tradições, histórias, jogos e alguns dos testemunhos recolhidos no decurso das tertúlias mensais, que decorrem na Biblioteca Anexa e que contam com a participação da população idosa, intituladas “Trico(n)tando estórias”.

Já os mais pequenos vão ter a oportunidade de partilhar com o público as vassouras criadas no âmbito do desafio “Zás, pás, trás e uma fantástica vassoura de bruxa/o criarás!” proposto pela CM de Coimbra, através da Biblioteca Municipal, às crianças que frequentam o ensino pré-escolar do Centro de Bem Estar Social, a escola do 1.º Ciclo do Ensino Básico e os leitores da Biblioteca Anexa Municipal de Almalaguês.

Como é noite de Halloween, as cerca de cinco dezenas de vassouras criadas no âmbito do desafio municipal vão acompanhar os seus criativos e empenhados autores de “palmo e meio” no desfile de Halloween para, depois, ficarem expostas na Biblioteca Anexa Municipal de Almalaguês.

Neste serão cultural a nar ração oral vai estar a cargo das contadoras de histórias Liliana Macha-

do e Helena Amaral e de um grupo de mulheres, entre os 60 e os 80 anos, que habitualmente participam na iniciativa “Trico(n)tando estórias”.

O palco da Associação Desportiva e Cultural de Almalaguês vai receber ainda momentos de dança, a cargo de Laura Rodrigues, de Gabriela Elias e de Matilde Duarte. A noite de Halloween vai tornar-se ainda mais assustadora, fruto das pinturas faciais que serão levadas a cabo por representantes da Associação de Pais da EB 1 de Almalaguês.

Com entrada livre, nesta iniciativa cruzam-se em palco miúdos e graúdos, numa acção protagonizada por gente da terra.

André Sardet assinala 25 anos de carreira com novo álbum “a olhar para a frente”

André Sardet, o cantor e compositor de Coimbra, editou esta sexta-feira “Ponto de partida”, álbum que assinala os 25 anos de carreira “a olhar para a frente” e inclui duetos com Jorge Palma, Carolina Deslandes e Bianca Barros.

“Se analisarmos o alinhamento [composto por 11 canções], só tem três temas revisitados. O resto é um álbum com inéditos, que eu quero que seja visto como uma prova de vitalidade criativa, e não o contrário. Não a olhar para trás, mas a olhar para a frente, daí o nome ‘Ponto de partida’”, afirmou André Sardet, em entrevista à Lusa.

Para o músico “é muito bom chegar aqui”. André Sardet acredita que conseguiu ter uma relação com a música “de muita tranquilidade e muita paz”. “O que faz com que não seja necessário correr atrás do calendário, porque tenho que gravar um álbum, ou lançar uma música de ‘x em x’ tempo, e isso faz com que eu tenha uma regularidade bastante baixa de lançamento de músicas, mas ao mesmo tempo faz com que eu só lance os álbuns quando sinto quando o devo fazer”, disse.

O álbum mais recente do músico de Coimbra, “Pára, escuta e olha”, data de 2011. Depois disso foi “lançando temas avulso, em 2014, 2015 e 2020”, mas “a comemoração dos 25 anos de carreira justificava o lançamento de um álbum novo”.

No novo “Ponto de partida”, André Sardet sentiu que “fazia sentido voltar um bocadinho” à sua sonoridade tradicional,

acústica, mas ao mesmo tempo “precisava de o fazer inovando, e atualizando” essa sonoridade.

“Foi por isso que me rodeei de músicos e de um produtor, o Diogo Clemente, que percebeu exatamente onde é que eu queria chegar, e o resultado é de facto um André Sardet mais atual em termos de sonoridade”, partilhou.

Ao longo da carreira, André Sardet tem escrito ou coescrito a maioria dos seus temas, mas também para outros músicos. “E outras pessoas têm composto também para mim”, lembrou. “Ponto de partida” não é exceção e na ficha técnica surgem como autores Agir, Diogo Clemente ou Carolina Deslandes.

“Acho que foi um ato de muita generosidade das pessoas. As músicas saem de dentro de nós, são filhos que entregamos a outros. Tentei tratar bem as músicas que me confiaram”, afirmou.

Aos temas inéditos, juntam-se quatro já bem conhecidos do público, mas com novas versões: “Foi feitiço”, “Quando eu te falei de amor” e “O azul do céu”.

“Foi feitiço” foi editado há 20 anos, no álbum “André Sardet” e teve “grande sucesso”. “Sinto que há novas gerações que não o conhecem e acho que pode ganhar uma nova vida, porque a Carolina [Deslandes, que participa na nova versão] trouxe todo o seu talento e todo o seu esplendor e fez com que a música subisse uns patamares muito interessantes”, contou.

Uma razão bem diferente levou André Sardet a decidir revisitar “Quando eu te falei de amor”, que fez parte do álbum “Agitar antes de usar”, de 1998.

“Confesso que não estava muito satisfeito com a gravação de 1998. Há uma outra versão, de piano e voz, do álbum ‘Acústico’ [de 2006], mas as pessoas andavam a ouvir mais a de 1998 e achei que o tema justificava uma nova sonoridade, completamente diferente, mais atual”, explicou, acrescentando achar que “vai surpreender”.

“O azul do céu” é outro dos temas mais populares de André Sardet, integrado no álbum de estreia, “Imagens”, de 1996. “No ‘Imagens’ gravei uma versão do ‘Frágil’ do Jorge Palma, e daí convidá-lo para estar neste dueto [na nova versão de ‘O azul do céu]”, justificou.

Além de duetos com Carolina Deslandes e Jorge Palma, “Ponto de partida” contém ainda um outro tema em dueto, “Pudesse eu mudar”, com Bianca Barros.

“Como não me esqueci como foi começar, como foi estar a meio da carreira e chegar a esta fase, achei que devia ter estas três fases representadas através dos meus convidados. São pessoas com quem me cruzei ao longo destes anos todos, com quem estabeleci uma relação de amizade, de proximidade, e de respeito musical”, afirmou.

André Sardet vai levar “Ponto de partida” ‘para a estrada’, de Norte a Sul de Portugal, no próximo ano. O músico tem já “concertos programados para o início de 2023”, cujas datas serão entretanto anunciadas.

Coimbra: Município realiza acção de colheita de sangue na próxima segunda-feira

Na próxima segunda-feira, dia 31 de Outubro, decorre a campanha “Seja o herói na vida de alguém”, no edifício da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, na Praça do Comércio.

O desafio, lançado no âmbito dos 25 anos da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis (RPMS), que o Município de Coimbra integra desde 2018, resulta de uma campanha de sensibilização levado a cabo pelo Departamento de Desenvolvimento Social, Saúde e Ambiente (DDSA) da CM de Coimbra para a necessidade de ser dador de sangue.

A colheita vai decorrer entre as 10h00 e as 18h00, no edifício da CM de Coimbra na Praça do Comércio, nº 65, em parceria com o Instituto Português do Sangue e Transplantação, IP (IPST, IP).

Com o objectivo de sensibilizar a população para a dádiva de sangue, também, neste dia e de forma simbólica, vai estar hasteada a bandeira da RPMS nos Paços do Concelho, entre as 9h00 e as 12h30.

“Diariamente, são necessárias entre 900 e 1.000 unidades de sangue nos serviços hospitalares portugueses, sendo que, pela legislação actual, a compra e venda de sangue é proibida. Ao longo dos últimos dois anos, o IPST, IP tem alertado diversas vezes para as dificuldades em repor os níveis satisfatórios de unidades de sangue para fazer face às necessidades, em parte fruto da pandemia de Covid-19 e, também, por falta de conhecimento em relação à dádiva”, pode ler-se na informação técnica, citando relatório do IPST, IP.

Esta iniciativa enquadra-se, ainda, na Estratégia Municipal de Saúde (EMS), um instrumento de planeamento estratégico no domínio da saúde a nível local, que visa a promoção da saúde, bem-estar e qualidade de vida da população residente no município, assim como procura estratégias para diminuir

as desigualdades e injustas associadas às características dos locais de residência, trabalho e ensino, onde as populações nascem, vivem, trabalham e envelhecem.

A EMS é constituída por dois volumes: o Perfil Municipal de Saúde e o Plano Municipal de Saúde. O Perfil faz um diagnóstico das condições que afectam a saúde e a doença dos munícipes, residentes ou não, relevando a influência do contexto social, económico, físico e construído, na saúde individual e colectiva dos cidadãos e no Plano definem-se as prioridades e acções a desenvolver no município de acordo com os problemas e necessidades sentidas.

Coimbra: Festival Caminhos do Cinema Português exibe 162 filmes

OFestival Caminhos do Cinema Português vai exibir 162 filmes entre o Teatro Académico de Gil Vicente, a Casa do Cinema de Coimbra, Auditório Salgado Zenha e o Convento de São Francisco.

“Alma Viva”, o filme que vai representar Portugal nos Óscares, integra o cartaz do Festival Caminhos do Cinema Português, que decorre em Coimbra de 5 a 19 de Novembro.

No cartaz constam também os filmes “Fogo Fátuo”, de João Pedro Rodrigues, “Mato Seco em Chamas” (Joana Pimenta e Aderley Queirós), recentemente premiados no Festival de Cinema do Rio de Janeiro.

Realizado pela luso-francesa Cristèle Alves Meira, “Alma Viva” passa-se em Trás-os-Montes (onde a realizadora tem raízes) e envolve temas como a emigração e as diferenças sociais. Ana Padrão, Pedro Lacerda, a francesa Jacqueline Corado e a belga Catherine Salée integram o elenco do filme que estará em exibição no Teatro Académico de Gil Vicente a 17 de Novembro.

“Mato Seco em Chamas”, a exibir a 18 de Novembro, venceu o Prémio Especial do Júri e o de Direcção de Fotografia, para Joana Pimenta, no Rio de Janeiro. Já “Fogo Fátuo”, que estará em exibição a 12 de Novembro, recebeu uma menção especial do júri dos prémios Félix, que reconhecem obras com a temática LGBTQI+, no mesmo evento.

Da Selecção Caminhos fazem ainda parte outros filmes premiados internacionalmente, como “Ice Merchants”, animação de João Gonzalez, que venceu, este ano, o Prémio de Melhor Curta-Metragem da Semana Crítica do Festival de Cannes.

A Selecção Ensaios este ano irá pela primeira vez ser exibida no Teatro Académico de Gil Vicente. A organização aposta em dar o maior palco do festival ao futuro do cinema português que competirá com estudantes de escolas de todo o mundo. Portugal está representado com 22 filmes em 53, numa selecção onde estão presentes realizadores já consagrados como Leonardo Martinelli ou Jakub Prysak.

As sessões das Selecções Caminhos e Ensaios decorrerão de 12 a 18 de Novembro no TAGV.

Na Selecção Outros Olhares destacam-se os documentários “Cesária Évora”, em que é mostrado o impacto da

doença bipolar na cantora cabo-verdiana, “Um Corpo Que Dança”, de Marco Martins, e ainda “Onde fica Esta Rua? ou Sem Antes nem Depois”, de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata. Esta secção tem exibições de 6 a 11 de Novembro, na Casa do Cinema de Coimbra, às 21h30.

Já a Secção Filmes da Lusofonia é dedicada aos 200 anos da independência do Brasil, tendo as películas um retracto diverso da sociedade e história brasileira. As curtas “Saindo com estranhos da Internet”, “Sideral” ou “Portugal Pequeno” e as longas “Alan”, “Kevin”, “O Bom Cinema” ou “Do Amor ninguém escapa” integram esta selecção.

O Festival Caminhos do Cinema Português abre a 5 de Novembro, com a estreia mundial de “Histórias Selvagens”, de António Campos, (1978) no ano do centenário do seu nascimento. “Histórias Selvagens”, exibido em cópia restaurada pela Cinemateca Portuguesa, conta no elenco com actores como Márcia Breia, Cremilda Gil e João Lagarto, tendo sido filmada na região de Montemor-O-Velho.

Outros destaques do festival passam pela projecção de várias cópias restauradas como “A Praga”, de José Mojica Martins, “Eles não usam black tie” de Leon Hirszman, ou Pixote, de Hector Babenco.

No total, serão exibidos 162 filmes, seleccionados entre cerca de 700 candidatos, num festival que, nos últimos cinco anos, teve uma média de 15.000 pessoas a participar nas diversas actividades.

Candidato à Ordem dos Médicos do Centro defende análise à fusão de Maternidades

Omédico Manuel Teixeira Veríssimo, candidato à presidência da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM), defende que deve ser reavaliado o processo de concentração de Maternidades na região Centro.

Na apresentação da sua candidatura, ao final da tarde de quinta-feira, o ex-director do Hospital Distrital da Figueira da Foz salientou que, neste processo, será necessário ter “sempre presente o princípio da acessibilidade da população a uma Medicina de qualidade”.

O candidato especificou que eventuais fusões no interior da região Centro “de que se fala, Guarda, Covilhã e Castelo Branco, devem ser muito bem estudadas, sem olhar aos aspectos economicistas e de falta de profissionais”.

“Não deve haver prejuízo para as populações e qualquer fusão deve ter em conta a qualidade da assistência às grávidas”, sublinhou o médico, Professor da Faculdade de Medicina pela Universidade de Coimbra.

Especialista em Medicina Interna, Manuel Teixeira Veríssimo salientou que, neste processo, será necessário ter “sempre presente o princípio da acessibilidade da população a uma Medicina de qualidade”.

Quanto à fusão das duas Maternidades de Coimbra, Bissaya Barreto e Daniel de Matos, prometida há vários anos e com local definido desde 2021, que o novo ministro da Saúde anunciou para avançar em 2023, o candidato considera que o processo está bem estudado.

Sob o lema “Ser Médico Hoje, Pensar o Amanhã”, o programa apresentado pelo antigo presidente da Sociedade de Medicina Interna salvaguarda a qualidade da prática médica, apoia os médicos e defende os doentes, numa linha de continuidade da atual direção da SRCOM liderada por Carlos Cortes, que esteve na apresentação da candidatura.

Manuel Teixeira Veríssimo enumerou cinco compromissos: defesa da qualidade da saúde, defesa da qualidade da formação, defesa das carreiras médicas, afirmação da liderança médica e promoção da saúde e bem-estar dos médicos.

O candidato - que tem como mandatário o director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Carlos Robalo Cordeiro - considera que é necessário

analisar as causas da progressiva deterioração do Serviço Nacional de Saúde (SNS), potenciada pela pandemia covid-19, “que veio agravar as condições de trabalho, onde os médicos sobrecarregados, mal remunerados, sem perspectiva de evolução na carreira e pouco reconhecidos, se sentem cada vez menos motivados”

O especialista adiantou que “a actividade privada dos médicos e das instituições privadas de saúde, que tem cada vez mais peso no sistema, devem merecer a atenção da Ordem dos Médicos, garantindo que a qualidade da Medicina prestada estará presente também no setor privado e social da Saúde da Região Centro”.

Manuel Teixeira Veríssimo pretende atribuir o papel de Provedora da Saúde e do Doente à Ordem dos Médicos, organismo que, segundo o candidato, deve constituir-se como representante por excelência da classe médica junto da tutela, nomeadamente no âmbito das reformas estruturais a implementar na região Centro.

“Vamos acompanhar de muito perto o trabalho a desenvolver pela Direcção Executiva do SNS, bem como as alterações decorrentes da aprovação do estatuto do SNS”, afirmou o candidato à presidência do Conselho Regional da SRCOM. As eleições realizam-se em Janeiro de 2023.

Teatrão: “Os cadáveres são bons para esconder minas” em cena até 13 de Novembro

Está em cena, na Oficina Municipal do Teatro, a peça “Os cadáveres são bons para esconder minas”.

Esta peça encerra a narrativa que o Teatrão construiu desde 2018 denominada CASA e que enquadrou A Casa Portuguesa, A Casa do Poder e A Casa Fora de Casa, os ciclos de criação dedicados ao Estado Novo, à Europa, à Família e à Guerra.

A CASA foi o motor para investigar, discutir e criar artisticamente objectos que discutam o presente e o lastro histórico que carregamos sem discutir e superar. Com dramaturgia original de Jorge Palinhos, a ficção apoia-se numa pesquisa documental baseada em testemunhos de soldados mobilizados para a Guerra do Ultramar, feita em parceria com o Nú-

cleo de Coimbra da Liga dos Combatentes e o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Até dia 13 de Novembro as sessões decorrem às terças, quartas e domingos às 19h00, e de quinta-feira a sábado às 21h30. Vão realizar-se sessões acessíveis no dia 30 de Outubro e 5 de Novembro com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

ISMT promove aula aberta sobre intervenção com vítimas de violência doméstica

O Instituto Superior Miguel Torga, através da Unidade Curricular Seminário de Estudos Sociais III - Cidadania, Violência e Serviço Social do curso do 1.º Ciclo em Serviço Social, promove no dia 31 de Outubro, às 10h00, uma Aula Aberta com o título “Intervenção com vítimas de violência doméstica - a experiência no distrito de Aveiro”.

A Aula Aberta terá como conferencista Patrícia Pinho que exerce as funções como técnica de apoio a vítimas (TAV) e psicóloga no Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Doméstica (NAVVD) do distrito de Aveiro. Integra a equipa de assessoria (GIAV) do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Aveiro e é perita forense no Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses – Gabinete Médico Legal e Forense do Baixo Vouga. Tem formação especializada na intervenção com agressores conjugais,

com vítimas de violência doméstica e crimes sexuais. É formadora especializada em Igualdade de Género.

Este evento realiza-se no âmbito da Licenciatura em Serviço Social na Unidade

Curricular “Seminário de Estudos Sociais III - Cidadania, Violência e Serviço Social”, leccionada por Sónia Ribeiro, e vai ter lugar na sala RALINF3 do edifício da Rua Augusta, nº 46, Coimbra.

Rede Social de Coimbra promove diversas iniciativas e acções em Novembro

Durante

o mês de Novembro vão decorrer, em Coimbra, diversas iniciativas que abrangem as diferentes áreas da Rede Social de Coimbra (RSC).

O programa, preparado pelo Núcleo Executivo do Conselho Local de Acção Social de Coimbra (CLAS/C), sob a responsabilidade dos vários grupos de trabalho que compõem a Rede, tem início no dia 2 de Novembro, com a realização do plenário do Conselho Local de Acção Social de Coimbra, na Casa Municipal da Cultura, na Rua Pedro Monteiro, entre as 9h30 e as 12h30.

Sob responsabilidade do grupo de trabalho Crianças e Jovens, vão decorrer duas acções: de 3 a 14 de Novembro estará patente, nos claustros do Convento de São Francisco (CSF), entre as 9h30 e as 18h00, uma exposição intitulada “Convenção sobre os direitos da Criança” e no dia 8 de Novembro, também no CSF, na Sala Almedina, os interessados podem participar numa tertúlia com o tema “Criança hoje… Estratégias e desafios”, a partir das 14h30 e até às 16h30.

No dia 10 de Novembro, o grupo trabalho “Pessoas Idosas” está encarregue da apresentação pública, pela primeira vez, da Comissão Municipal de Protecção ao Idoso de Coimbra (CoMPIC), no Salão Nobre da Câmara Municipal de Coimbra, entre as 9h30 e as 12h00.

A CoMPIC pretende, através de uma equipa multidisciplinar e interinstitucional, garantir os direitos das pessoas idosas residentes no município de Coimbra, prevenindo e intervindo nas situações que coloquem em risco o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, privilegiando a informação, a promoção e a cooperação.

Conjuntamente, os grupos de trabalho “Pessoas em situação de sem-abrigo” e “Pobreza e Exclusão Social” vão organizar um encontro subordinado ao tema “Habitação, Pobreza e Exclusão Social: Realidades e Desafios”, dia 18 de Novembro, na Casa Municipal da Cultura, entre as 9h30 e as 17h30.

No dia 24 de Novembro, o grupo da “Saúde” vai levar a cabo um rastreio “Mais vale saber que esconder. Teste-se”, como forma de sensibilização para as infecções sexualmente transmissíveis, no Mercado D. Pedro V, entre as 9h30 e as 12h30.

Do programa consta, também, o encontro da RSC, organizado pelo grupo de trabalho “Rede Social e Comunidade”, a 25 de Novembro, dia em que se comemora os 19 anos da RSC, no Conservatório de Música de Coimbra, entre as 9h30 e as 17h30.

A última iniciativa deste programa cabe ao grupo de trabalho “Pobreza e Exclusão Social” e trata-se de uma ação de formação e informação, “Procura Activa de Emprego”, que vai decorrer dia 29 de Novembro, das 10h00 às 12h30, na Casa Municipal da Cultura.

Em Coimbra, o Programa Rede Social foi criado em Novembro de 2003, contando, actualmente, o CLAS/C com 315 entidades parceiras (entidades públicas, privadas, instituições particulares de solidariedade social (IPSS), entre outras), cuja intervenção passa por múltiplas áreas do sector social e que têm contribuído, de forma activa, para a dinamização e desenvolvimento social local.

CIM Região de Coimbra dinamiza mercados e feiras nos 19 concelhos

Sob o mote “do mercado ao prato”, a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra inicia, no dia 1 de Novembro, pelas 16h00, o programa de dinamização dos mercados e feiras da região de Coimbra, na Feira Semanal integrada na “Feira dos Santos, do Mel e da Castanha”, no Município de Góis.

Desta forma, um mercado ou feira por Município irá, pela mão de um Chef local ou da região, ter uma iniciativa de sensibilização do público em geral para a importância do consumo de produtos sazonais e locais, comprados directamente nos produtores nos mercados e feiras, que serão confeccionados e provados no local.

Este projecto pretende ainda valorizar o receituário tradicional, parte do qual já se encontra compilado na Carta Gastronómica da Região de Coimbra, bem como o consumo saudável e sustentável dos produtos endógenos.

“Do mercado ao prato” leva-nos num itinerário gastronómico pelos 19 municípios da região de Coimbra, com 19 propostas diferentes para confeccionar iguarias com os produtos da nossa terra. As datas e locais dos próximos eventos podem ser consultadas na página de Facebook “Região de Coimbra // Região Europeia de Gastronomia 2021-2022”.

Este projecto, financiado pelo Centro 2020, faz parte da Rota dos Mercados da Região de Coimbra, que será lançada brevemente.

Mealhada vai ter espaço jovem “autocarro zona 231”

ACâmara da Mealhada vai criar o Autocarro Zona 231, um espaço dedicado à juventude do concelho que funcionará como uma extensão das actividades e políticas de juventude, no âmbito do recém-criado Gabinete de Inovação e Juventude.

A criação da imagem gráfica do autocarro é um desafio lançado à comunidade através de um concurso que vai decorrer até dia 12 de Dezembro.

O Autocarro Zona 231 vai ficar instalado no Parque da Cidade e será criado a partir da reutilização e adaptação de um autocarro municipal em fim de vida, um pouco à semelhança da BiblioMealhada, que se transformou numa biblioteca sob rodas a percorrer aldeias e vilas do Município.

Na parte da frente, no lugar do condutor, existirá um pc gamming e um local destinado a exposição e experimentação de robótica e programação, com uma mesa central e bancos móveis ao seu redor. Na parte de trás, terá um mini-auditório multiusos, insonorizado, com projecção de filmes e playstation. A bagageira do autocarro servirá para guardar algum material para actividades, como por exemplo, jogos de tabuleiro e material que será colocado na parte exterior do autocarro para uma zona de convívio com mesas e cadeiras para esplanada, puffs, chapéus de sol e paletes.

A candidatura, para criação da imagem gráfica, é individual e as propostas devem ser apresentadas, através da ficha de candidatura disponibilizada num formulário on-line (bit.ly/ autocarro231) entre os dias 1 de Novembro e 12 de Dezembro (12h00). O prémio será um Kit 231 bem como a assinatura do trabalho.

Os trabalhos serão avaliados por um elemento do Gabinete de Inovação e Juventude, por

um elemento do Gabinete de Comunicação e Imagem, por um convidado externo ligado ao design, por um representante do Agrupamento de Escolas da Mealhada e por um representante da Escola Profissional Vasconcellos Lebre, considerando a originalidade, a criatividade e a qualidade da imagem, bem como a adequação do trabalho ao objectivo definido.

O apuramento do resultado será a ponderação entre a avaliação do júri e a votação do público na rede social Instagram Zona 231.

“Na linha do que tem sido a nossa política de juventude damos a palavra aos jovens. Queremos envolve-los nas iniciativas, mas também nas decisões e é por isso que os desafiamos a criarem a imagem gráfica, bem como a participarem, depois, no apuramento da proposta vencedora através de votação”, sublinha Hugo Silva, vereador do pelouro da Juventude.

Oliveira do Hospital abre candidaturas a bolsas de estudo do ensino superior

Os alunos do ensino superior, residentes no concelho de Oliveira do Hospital, podem candidatar-se às bolsas de estudo disponibilizadas pela Câmara Municipal.

O prazo para apresentação das candidaturas decorre até 6 de Dezembro de 2022 e podem concorrer os alunos oliveirenses que frequentam os estabelecimentos de ensino superior público, particular ou cooperativo, sediados dentro e fora do Município.

Para apoiar o prosseguimento de estudos aos alunos do concelho de Oliveira do Hospital, no ensino superior, o executivo deliberou também que o valor orçamental para este programa de atribuição de bolsas é de 50.000 euros.

As bolsas previstas pelo actual regulamento visam apoiar a prossecução dos estudos a alunos de cariz social que, apesar do aproveitamento escolar, por falta de meios, se vêem impossibilitados de o fazer. Assim, os concorrentes que preencham cumulativa-

mente os requisitos constantes do regulamento em vigor devem submeter a sua candidatura – até 6 de Dezembro – através de impresso próprio datado e assinado devidamente instruído com todos os documentos solicitados, sob pena de exclusão. As candidaturas podem ser formalizadas via CTT endereçadas ao Município de Oliveira do Hospital, através do site http://siga. edubox.pt (para ter acesso às credenciais de acesso à plataforma SIGA deverá preencher

o formulário do pedido de bolsa e entregar o mesmo no Gabinete de Educação ou enviar por e-mail para gabinete. educacao@cm-oliveiradohospital.pt) ou presencialmente no Balcão Único do Município.

O regulamento e o formulário de candidatura podem ser consultados no site do Município (https://tinyurl.com/ y8oqpz6x), nos serviços administrativos da Câmara Municipal e demais locais onde se encontra afixado o respectivo edital.

Falta de cultura em saúde

O Acidente Vascular Cerebral continua a ser a principal causa de morte e incapacidade no nosso país. É fundamental que a população perceba que o mais importante para evitar ter um AVC é cuidar bem da sua saúde modificando o seu estilo de vida para hábitos de vida saudáveis que incluam uma alimentação equilibrada com pouco sal e gorduras, a prática regular de exercício físico, não fumar, evitar bebidas alcoólicas e tomar sem falhas os medicamentos prescritos pelo médico assistente. A população portuguesa tem taxas de hipertensão arterial e níveis altos de colesterol muito elevadas, assim como uma percentagem muito baixa de pessoas a fazer exercício físico com regularidade. Estou certa que se os portugueses tomassem melhor conta da sua saúde, o AVC não seria o flagelo que é na nossa sociedade.

Outro problema em Portugal é a falta de cultura em saúde, embarcando os portugueses com frequência em comportamentos não comprovados pela ciência que não têm benefícios e que, por vezes, têm inclusivamente malefícios. É fundamental saber que aos primeiros sinais de um AVC – boca ao lado, dificuldade em falar, falta de força num braço – se deve ligar imediatamente o 112, de forma a que o CODU possa orientar a pessoa para o hospital que está mais perto e que está organizado para tratar o doente com AVC. Muitos hospitais em Portugal não têm esta capacidade, portanto é fundamental deixar que seja o CODU a orientar o doente para o hospital que tem capacidade para tratar. O tratamento emergente é fundamental porque a recuperação do doente está diretamente relacionada com a rapidez do tratamento.

Quanto mais depressa o doente iniciar tratamento, melhor será a sua evolução. É importante que se perceba que mais do que a própria morte, o que o AVC traz é uma incapacidade muitas vezes para a vida toda, com repercus-

são tanto na vida pessoal, familiar, profissional e social. Embora a vida na sua plenitude não acabe após um AVC, a adaptação é frequentemente muito difícil especialmente por não termos em Portugal cuidados de reabilitação com capacidade para abranger com qualidade todos os doentes. Seria muito importante que os portugueses exigissem o acesso a estes cuidados.

Portanto, neste Dia Mundial do AVC, as minhas recomendações para todos nós são:

- Cuidar da nossa própria saúde;

- Perante sinais de alerta de AVC (3F – FACE: boca ao lado, FALA: dificuldade em falar,

FORÇA: falta de força num braço) devemos ligar imediatamente o 112;

- Exigir cuidados de reabilitação de qualidade.

Ana Paiva Nunes , coordenadora-adjunta do Núcleo de Estudos da Doença Vascular Cerebral da SPMI

DO AVC – 29 DE

TAGV recebe “O Significado de Tudo” da Marionet

OTeatro Académico de Gil Vicente vai receber, nos dias 4 e 5 de Novembro, a encenação de Mário Montenegro para a Marionet ““O Significado de Tudo”.

O Significado de Tudo é a terceira criação de um tríptico dedicado ao tema-chapéu Sistemas, após A Glândula Secreta (2017) e O Limbo Empático (2018). O primeiro espetáculo incidiu sobre o tema dos sistemas corporais, o segundo sobre sistemas de inteligência artificial, este terceiro é sobre sistemas de conhecimento do mundo.

Nascida em 2000, a Marionet é uma companhia de teatro de Coimbra com um trabalho continuado de cruzamento das artes performativas com a ciência. Desenvolve criações artísticas originais a partir de temas científicos, realiza investigação na área da intersecção artes performativas-ciência, promove trabalhos artísticos colaborativos com cientistas, participa em projectos de formação avançada em centros de investigação científica e está envolvida em projectos de ciência participativa.

Em 2010 foi seleccionada para companhia residente, durante sete meses, no Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra, no âmbito do Programa Rede de Residências da DGArtes e Agência Ciência Viva. Desde então a companhia tem colaborado com este centro de investigação em actividades de promoção da ciência, no seu programa de formação avançada em biologia experimental e biomedicina na área de comunicação da ciência, assim como em vários projectos artísticos.

Em 2012 iniciou o Centro de Documentação em Artes Performativas e Ciência, um repositório de peças teatrais e ensaios sobre o cruzamento entre estas duas áreas do conhecimento.

“Tanto a Arte como a Ciência constituem siste-

mas complexos que vão evoluindo com o tempo. Neste momento do mundo em que a produção de conhecimento de um e outro sistema ainda têm limites relativamente bem estabelecidos, importa-nos pesquisar (como já temos vindo a fazer) os pontos em que esses limites se esbatem, onde as fronteiras são menos definidas. A partir de pequenas experiências realizadas em palco, tentamos contribuir para o conhecimento de partes do todo de que compõem o mundo e as nossas existências. A nossa pesquisa focou-se (de modo pouco original, mas urgente) na nossa percepção das transformações aceleradas que o planeta em que vivemos está a atravessar, e de como estamos a reagir a essas mudanças. Olhamos para o passado, o presente, o futuro, para o temporário e o intemporal, o humano e o não humano. Falamos de enciclopédias, sobrescritos, argila, CO2, criptomoeda, dinossauros, bicicletas, linguagem, e de muitas outras coisas que constroem e destroem”, referem em comunicado.

A peça vai ter sessões no dia 4 de Novembro, às 15h00 e 21h30, e no sábado (5) às 21h30.

Infra-estrutura de investigação sediada na Universidade do Minho reconhecida pela Comissão Europeia

Universidade do Minho

A Infra-estrutura de Investigação em Recursos Microbianos (MIRRI), sediada na Universidade do Minho, recebeu hoje a placa de European Research Infrastructure Consortium (ERIC) da Comissão Europeia. É a primeira infra-estrutura liderada por Portugal com estatuto legal de consórcio, após uma década de trabalho, e a 24.ª na Europa. A MIRRI-ERIC possui mais de 50 parceiros numa dezena de países e vai preservar, pesquisar e valorizar os recursos microbianos e a biodiversidade, servindo a biociência e a bioindústria.

O reconhecimento de consórcio foi anunciado recentemente e entregue formalmente a Marta Abrantes, delegada de Portugal para este tipo de infra-estruturas e membro da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT). A cerimónia decorreu durante a Conferência ICRI 2022, em Brno, República Checa, contando com a directora-geral adjunta da Direcção-Geral de Investigação e Inovação da Comissão Europeia, Joanna Drake, e o presidente do Fórum ERIC, Francisco Colomer. A placa recebida ficará na nova sede da MIRRI-ERIC, no campus de Gualtar, Braga, a inaugurar no próximo dia 14 de Dezembro.

“Este é um momento marcante para a MIRRI, para Portugal e destaca também o papel da FCT no apoio a infra-estruturas de investigação de interesse estratégico que sustentem os avanços científicos e tecnológicos e reforcem o ecossistema de investigação e inovação”, referiu Marta Abrantes. O administrador executivo da MIRRI, Luís Soares, e o co-fundador do projecto e director da Micoteca da Universidade do Minho, Nelson Lima, elogiaram “esta nova e promissora fase, como ponto de encontro entre a biodiversidade microbiana, a biotecnologia e a bioeconomia”.

Já a representante espanhola no Fórum de Coordenadores Nacionais da MIRRI-ERIC, Rosa Aznar, realçou o “momento simbólico” do percurso, que iniciou em 2010 como “Projecto” no Roteiro do Fórum Estratégico Europeu sobre Infraestruturas de Investigação e que em 2021 foi considerado “Landmark” naquele Roteiro. “A Espanha está forte-

mente comprometida e orgulha-se de co-sediar o hub da MIRRI-ERIC, na Universidade de Valência”, disse.

Sobre a MIRRI

Esta infra-estrutura pan-europeia tem cinco fundadores (Portugal, Espanha, França, Bélgica, Letónia), quatro potenciais membros (Grécia, Itália, Países Baixos, Polónia), a Roménia como observadora e países terceiros a ponderarem participar. Agregando os principais centros de recursos microbianos, institutos e colecções de culturas daqueles territórios, a MIRRI-ERIC facilita o acesso a partir de um único ponto à mais ampla gama de microrganismos de alta qualidade e seus derivados, além de dados e serviços especializados, com foco nas áreas de saúde, agro-alimentar, meio ambiente e energia.

O seu novo estatuto legal confere autonomia de gestão e capacidade de participar e até liderar projectos em conjunto com outros consórcios, entre outros aspectos. Colabora igualmente com diversas redes, autoridades públicas e decisores políticos. Pretende ser um motor no Espaço Europeu de Investigação e contribuir para acelerar os avanços nas ciências da vida e na biotecnologia, bem como para uma bioeconomia circular sustentável, competitiva e resiliente.

Coimbra: Teatro da Cerca apresenta mostra dedicada ao coreógrafo Francisco Camacho

Uma mostra dedicada ao coreógrafo Francisco Camacho vai decorrer no Teatro da Cerca de São Bernardo (TSCB), em Coimbra, de 3 a 13 de Novembro, onde irá também estrear o espectáculo “Assemblage”.

Durante estes dias o bailarino e coreógrafo apresentará em conjunto com a estrutura da qual é fundador, a Eira, três espectáculos, três filmes, uma exposição e uma oficina.

O programa vai ainda incluir dois momentos de debate e uma oficina, dedicada às crianças, de construção de instrumentos musicais dirigida pelo músico turco Berke Can Ozcan, que participa num dos espectáculos da Eira.

No âmbito da mostra, o coreógrafo estreia em Coimbra “Assemblage”, no dia 4 de Novembro, um espectáculo que resulta do projecto “Viagem Sentimental”, que começou em 2017 e que consiste em várias viagens a zonas geográficas delimitadas, para criar espectáculos com base nos elementos que recolheu do local.

Para além deste espectáculo, serão também apresentados “O Rei no Exílio - Remake”, no dia 10 de Novembro, antecedido da exibição do filme “O Rei no Exílio”, e “The Things We Carry”, nos dias 11 e 12 de Novembro.

O programa dedicado ao coreógrafo e bailarino português começa com uma exposição em torno dos seus 40 anos de carreira, com recurso a fotografias, textos, material de divulgação e objectos cenográficos.

Nos dias 7 e 8 de Novembro, haverá uma oficina para estudantes e profissionais de artes performativas, em horário pós-laboral.

Pela mostra, serão também exibidos os documentários “Gust - Os Ensaios”, sobre o processo de criação do espectáculo “Gust”, de 1997, e “Dança sem idade”, impulsionado pelo projecto “VELHOS”, de 2019. Estes dois documentários serão também pretexto para dois debates.

A

Segundo o TCSB, esta mostra “retoma um dos eixos principais da programação” do teatro iniciado em 2009 e que permitiu “ao público da cidade aprofundar o contacto com os percursos criativos de artistas e estruturas na área da dança e do teatro, como Olga Roriz, Vera Mantero, Joana Providência, Teatro Meridional e Teatro O Bando”.

O TCSB realçou ainda que “o convite a Francisco Camacho ocorre no âmbito da programação financiada pelos apoios da Rede de Teatros e Cine-Teatros Portugueses, que o Teatro da Cerca de São Bernardo integra”.

ISCAC recebe cerimónia da Ordem dos Contabilistas

Certificados

AOrdem dos Contabilistas Certificados (OCC) organiza, na próxima quinta-feira, 3 de Novembro, pelas 18h00, no Coimbra Business School (ISCAC) - Bencanta, a cerimónia de entrega de medalhas aos membros do distrito de Coimbra que este ano completam 25 anos de inscrição na Ordem.

A atribuição de medalhas a quem completa 25 anos de inscrição teve o seu ponto alto no dia 21 de Setembro, Dia Nacional do Contabilista e o primeiro dos três dias do 7.º Congresso dos Contabilistas Certificados, que decorreu de 21 a 23 do mesmo mês, na Altice Arena, em Lisboa, e que reuniu cerca de sete mil profissionais.

Dado o enorme êxito da iniciativa e porque nem todos se puderam deslocar até à capital - uma das palavras de ordem do Conselho Directivo presidido por Paula Franco,

desde 2018, tem sido o de estar o mais perto possível dos contabilistas”, a Ordem decidiu realizar estas cerimónias em todos os distritos e regiões autónomas, o que acontecerá até 9 de Novembro.

No distrito de Coimbra há cerca de 2.700 contabilistas certificados registados na OCC, sendo que, depois de

retirados aqueles que receberam a medalha no decorrer do congresso, existem ainda 686 membros passíveis de receber o galardão, ou seja, com 25 anos de inscrição na Ordem.

Esta iniciativa vai contar com a presença de Paula Franco, bastonária da OCC e restante Conselho Directivo.

Lousã distinguida como um dos municípios mais sustentáveis do país

ALousã foi, esta quinta-feira (27), distinguida como um dos municípios mais sustentáveis do país, com um índice superior a 80%, estando no “top 8” das autarquias com melhores índices de sustentabilidade municipal. O galardão de Bandeira Verde ECOXXI foi entregue numa cerimónia que decorreu no Fórum Cultural de Ermesinde.

O ECOXXI é um Programa implementado desde 2005 pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE), que visa reconhecer as melhores práticas de sustentabilidade ao nível municipal, através da avaliação, por um conjunto de peritos, de 21 indicadores e 70 subindicadores nas áreas ambiental, social e económica.

A avaliação destes indicadores permite aferir a grande maioria das metas estabelecidas nos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), incidindo no planeamento e gestão de

recursos, bem como na protecção e salvaguarda do património cultural e natural, dando particular ênfase ao cumprimento do ODS de Cidades e Comunidades Sustentáveis e ao da Produção e Consumo Sustentáveis.

Para a edição deste ano foram apresentadas 59 candidaturas e a Lousã destaca-se pelas boas práticas, com um índice superior a 80% no conjunto dos indicadores em avaliação.

Depois de escrutinado por aquele grupo de peritos que

integram a Comissão Nacional (envolvendo 34 entidades, entre as quais se contam a Agência Portuguesa do Ambiente, a Agência para a Energia, Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional, entidades reguladoras e universidades), a Lousã ficou posicionada num grupo restrito de 10 municípios que obtiveram mais de 80%, constituído por Pombal, Santo Tirso, Torres Vedras, Águeda, Braga, Oeiras, Sintra, Leiria e Valongo.

Maria João Melo é a nova directora-delegada dos SMTUC

Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) vão ter, a partir da próxima quarta-feira, dia 2 de Novembro, uma nova directora-delegada, na sequência da cessação da comissão de serviço de Ana Braga.

A nomeação é justificada com a necessidade de “se imprimir um novo rumo aos serviços municipalizados” e Maria João Melo, que desempenha funções de administradora no Hospital Distrital da Figueira da Foz desde 2018, vai assumir agora o cargo de direcção intermédia de 1.º grau nos SMTUC, em regime de substiuição.

Por deliberação do Conselho de Administração dos SMTUC, datado de quinta-feira, dia 27, a decisão é justificada por “urgente conveniência de serviço, de prover o cargo de director-delegado dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra”, considerando “a adequação do perfil, a aptidão, a experiência e o curriculum”, a que se associa “a vantagem de uma visão externa aos serviços municipalizados”.

Maria João Melo é licenciada pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e pós-graduada em Administração Hospitalar pela Escola Nacional de Saúde Pública. Foi administradora no Hospital de Guimarães de 1991 a 1995, ano em que assumiu o cargo de administradora hospitalar da ARS do Centro. Em 1996 assumiu a administração hospitalar do Hospital Dr. Francisco Zagalo - Ovar e, em 1999, tornou-se administradora hospitalar no Hospital Pedro Hispano, posteriormente integrado na Unidade Local de Saúde de Matosinhos.

Já em 2004, Maria João Melo assume a adminis-

tração hospitalar no Hospital de São Sebastião, em Santa Maria da Feira, e em 2005 torna-se administradora hospitalar nos Hospitais da Universidade de Coimbra, posteriormente integrados no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), cargo que assumiu até 2018, quando se tornou administradora hospitalar na Figueira da Foz, cargo ocupado até agora.