Castelo Mágico volta a trazer a magia do Natal a Montemor-o-Velho
De 1 de Dezembro a 8 de Janeiro de 2023, o Castelo Mágico, em Montemor-o-Velho, volta a abrir as suas portas para levar a magia do Natal a todos os visitantes. O evento, que este ano conta a sua quinta edição, vai ter muitas novidades que se vão estender à vila de Montemor-o-Velho, extravasando assim as muralhas do Castelo.
A apresentação do programa decorreu hoje (23), na casa de chá do Castelo de Montemor-o-Velho, onde estiveram presentes o presidente da Câmara Municipal, Emílio Torrão, o director de Marketing da empresa de produção de eventos MOT – Memories of Tomorrow, Romeu Alves, e o director do Exploratório Centro Ciência Viva de Coimbra, Paulo Trincão.
“Tínhamos uma grande ambição que era fazer transbordar a alegria do Castelo e tudo aquilo que acontece dentro dele para fora das muralhas”, sublinhou Emílio Torrão durante a apresentação do evento. O edil acrescentou ainda que este ano o Castelo Mágico terá mais dias e pretende “dar resposta aos interesses das pessoas
de alargar o evento até ao Dia de Reis”.
Ao todo serão 19 dias de actividades de muita animação e com um programa preparado para miúdos e graúdos que, de acordo com o autarca espera “trazer até Montemor-o-Velho, tal como nas edições anteriores, entre 30 a 40 mil visitantes”. Contudo, adianta ainda que é ambição “chegar às 50 mil ou mais, se as condições climatéricas assim o permitirem”.
Para subir até ao Castelo e usufruir de toda a programação os visitantes poderão apanhar a boleia do Comboio Mágico até à entrada do evento. No centro da vila estarão localizadas estações, nomeadamente, junto à Câmara Municipal, junto ao Largo da Feira, no Largo do Convento de Nossa Senhora dos Anjos e à porta do Castelo.
Ao longo da viagem os visitantes terão a oportunidade de conhecer, explorar e aproveitar o centro histórico de Montemor-o-Velho.
No que diz respeito ao programa, este será preenchido com diversas actividades e diversões que vão desde uma pista de patinagem no gelo (artificial), a um carrossel Parisiense, insufláveis, Ice Tu-
bing até à casa do Pai Natal. Mas as diversões não se ficam por aqui pois, este ano, vão haver novidades tais como a Realidade Virtual, o Vídeo Booth 360º e a exposição do Exploratório Ciência Viva de Coimbra “Há ciência nos bichos”.
Para além destas acções, o Castelo Mágico vai ser palco também de diversos espectáculos diários como contos encenados, flashdances e peças de teatro das quais se destacam Hakuna Matata, Capuchinho Vermelho, Um sonho de Natal ou a Carochinha.
Também nesta quinta edição os sabores ganham dois novos palcos: um na entrada do Castelo com os Food Trucks e outro no Mercadinho, junto ao Largo da Feira. Vários produtos locais, como o arroz doce, doces de Natal, doçaria tradicional, artesanato, entre outros, vão estar em destaque no Mercadinho que vai funcionar aos fins-de-semana e nos feriados de 1 e 8 de Dezembro.
No dia de Reis as ruas da vila vão ser invadidas com a King´s Magic Run & Party que levará os participantes a andar (ou correr) num percurso de quatro quilómetros pelo centro histórico de Montemor-o-Velho.
De salientar que o Castelo Mágico volta a ser um EcoEvento e, pela primeira vez, vão ser utilizados copos descartáveis no sentido de reduzir o plástico descartável ou de uso único.
O evento é organizado pela Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, em parceria com a Comunidade Intermunicipal (CIM) da região de Coimbra e do Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra. Para este ano, segundo Emílio Torrão “conta com um investimento de cerca de 320 mil euros”.
Quanto aos bilhetes para o Castelo Mágico, estão disponíveis na Blueticket e nos locais habituais.
Relativamente aos horários de funcionamento, este ano foram alargados para mais uma hora durante a noite. Pode visitar e usufruir do Castelo Mágico às sexta-feiras, sábados, domingos e feriados das 10h00 às 21h00, nos dias 24 e 31 das 10h00 às 16h00 e no dia 1 de Janeiro das 16h00 às 21h00.
Águas de Coimbra integra consórcio que vai gerir fundo de 4 milhões de euros
Aempresa municipal Águas de Coimbra recebeu ontem a visita técnica de algumas das entidades europeias que integram o projeto H2OforAll.
Este projecto de inovação e desenvolvimento mereceu a atribuição de um fundo de quatro milhões de euros, no âmbito do programa de financiamento europeu Horizon.
Num processo conduzido pela Universidade de Coimbra, através do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), foram 18 as entidades europeias, públicas e privadas, a participar nesta candidatura que obteve o apoio da União Europeia.
O consórcio reúne universidades, empresas e centros de investigação de Portugal, Espanha, Reino Unido, Dinamarca, Países Baixos, Chipre, Polónia e Suécia.
O projecto H2OforAll consiste em identificar e estudar os subprodutos que se formam nos processos de desinfecção da água para consumo humano. Os protocolos de desinfecção que são seguidos são cruciais para garantir a segurança da água para consumo humano. No entanto, a crescente contaminação dos solos e das fontes de água constituem actualmente uma preocupação acrescida. Os subprodutos que resultam da reacção do cloro em contacto com matéria orgânica presente na água podem ter um impacto negativo no ambiente e
na saúde humana, que urge identificar, avaliar e eliminar.
Este projecto visa identificar as principais fontes destes subprodutos potencialmente nocivos e desenvolver uma tecnologia capaz de detectar e monitorizar a forma como eles se espalham ao longo da cadeia de fornecimento de água. O objectivo é, ainda, o de se criarem tratamentos de água que sejam eficazes a eliminar estes subprodutos e até mesmo a impedir que eles se formem.
A toxicidade e o impacto ambiental destes possíveis contaminantes serão aspectos a estudar neste projecto e, consequentemente, serão propostas medidas para que se consiga proteger eficazmente a qualidade da água ao longo de toda a cadeia de abastecimento.
Depois de desenvolvido o conceito pelas universidades e centros de investigação e de produzida a tecnologia necessária pelas empresas, à Águas de Coimbra caberá o papel de testar a sua aplicabilidade e eficácia. Foram atribuídos cerca de 210.000 euros à empresa municipal, no âmbito deste fundo.
O projecto que mereceu o apoio da União Europeia pretende, por fim, que se constitua uma plataforma com informação credível acerca da possível presença destes subprodutos na água e dos potenciais riscos que isso acarreta, com o objectivo de sensibilizar os cidadãos europeus para este tema e de alertar as entidades governamentais para que se tomem as medidas adequadas.
Refugiados ucranianos recebidos na Universidade de Coimbra
Um grupo de 30 refugiados ucranianos visitou ontem (22) a Universidade de Coimbra, por iniciativa da Câmara Municipal da Mêda, cidade onde foram acolhidos e agora residem.
Os visitantes foram acompanhados pelo presidente daquela autarquia, João Mourato, e por ou-
tros elementos da Câmara Municipal, tendo visitado alguns dos principais locais históricos da Universidade.
Ao fim da manhã foram recebidos pelo vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva, numa sessão que decorreu na Casa da Lusofonia, onde estiveram também o vice-Presidente da Faculdade
de Letras, João Luís Fernandes, a chefe da Divisão de Relações Internacionais da UC, Liliana Moreira e o presidente da Associação dos antigos Estudantes de Coimbra, Jorge Castilho.
Estiveram presentes ainda estudantes refugiados de outros países, com os quais os visitantes depois confraternizaram.
Campus da UC na Figueira da Foz confirma pós-graduações e cursos de Verão
Oano lectivo 2022/2023 do campus da Universidade de Coimbra (UC) na Figueira da Foz, cuja inauguração deverá ocorrer antes do Natal, vai ter uma oferta pedagógica assente em pós-graduações, formações curtas e cursos de Verão.
“O Campus da Figueira da Foz vai enquadrar, no ano lectivo 2022/2023, diversas iniciativas de debate e de articulação da ciência com o território, bem como uma oferta formativa periódica (pós-graduações, formações curtas e cursos de Verão)”, referiu a UC, numa comunicação escrita.
Segundo a Universidade de Coimbra, as diversas iniciativas e oferta formativa estão enquadradas no projecto Living the Future Academy, destinados a jovens STEAM [estudantes de Ciência, Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática] e a adultos.
O projecto está focado na promoção de programas e cursos de formação inovadores, adaptados a diferentes segmentos da população e em coordenação com empregadores e organizações económicas, sociais, políticas e territoriais da região Centro.
A Universidade de Coimbra ambiciona diplomar, em quatro anos, entre 8.000 e 12.000 pessoas no âmbito do Living the Future Academy, financiado com 16,5 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Recorde-se que o protocolo de cooperação para a criação, instalação e funcionamento de um campus naquela cidade foi assinado em Setembro entre as duas entidades, pelo reitor da UC, Amílcar Falcão e pelo presidente da Câmara, Santana Lopes.
Ciclo “Conferências de Outono” chegou ao fim com balanço positivo
Odebate em torno da Economia Circular e da Descarbonização encerrou o ciclo de “Conferências de Outono”, promovido pelo Município de Anadia, em parceria com a FNWay Consulting. A última sessão decorreu, no passado dia 18, com a presença do ex-ministro do Ambiente, Carlos Borrego, a jurista e gestora Paula Policarpo e a engenheira Ana Maria Couras como oradores principais. A moderação esteve a cargo de Luís Mira Amaral, ex-ministro da Indústria e Energia. Para Luís Mira Amaral “a economia circular vai criar novas cadeias de valor que irão permitir desacoplar o crescimento económico”. Por sua vez, Carlos Borrego considera que “não é só falar sobre as alterações climáticas, é necessário melhorar o uso dos recursos”, sublinhando que “Portugal tem uma economia pouco eficiente e pouco produtiva”. Paula Policarpo referiu que “as respostas para mudar já existem. Falta agora implementá-las”. Ana Maria Couras abordou a questão da economia circular, salientando que “a circularidade da economia vai impor uma reflexão do que é a sociedade”. A presidente da Câmara Municipal de Anadia, Maria Teresa Cardoso, faz um balanço global “positivo” da iniciativa, considerando que o mundo vive hoje “um período particularmente difícil”, face a um conjunto de constrangimentos derivados da inflação, da instabilidade dos mercados e da questão das energias, com um forte reflexo no quotidiano das pessoas e das empresas.
“Esta foi uma tentativa de fazer uma reflexão à volta destas matérias e, obviamente tentar sensi-
bilizar para trabalharmos em alternativas”, afirma a autarca. O ciclo “Conferências de Outono” iniciou-se com a temática da energia, a que seguiu o crescimento económico e a produtividade, terminando com a economia circular e a descarbonização.“Tratam-se de temas actuais, com que nos debatemos no nosso dia-a-dia, e que merecem uma reflexão mais aprofundada”, explica.
Maria Teresa Cardoso refere ainda que a iniciativa pretendeu também “sensibilizar os nossos governantes da importância, cada vez maior, de se olhar para o reflexo que estes temas, nomeadamente o da energia, têm na indústria e na economia em geral”.
A presidente da Câmara Municipal assegurou que iniciativa é para ter continuidade no próximo ano, abordando outros temas pertinentes. A autarca deixou uma palavra de agradecimento a todos os oradores que aceitaram este desafio, bem como às pessoas que participaram nas conferências.
Região de Coimbra destaca importância do projecto da bacia do Ceira face às alterações climáticas
Ovice-presidente da Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC), Raul Almeida, disse, esta terça-feira (22), que o projecto de “Gestão da Bacia do Rio Ceira face às alterações climáticas”, apoiado pelo EEA Grants, tem uma “importância muito grande” para a região.
“[É um projecto que] tem uma importância muito grande, porque foram utilizadas novas técnicas, técnicas inovadoras, nomeadamente na fixação das margens e das galerias ripícolas”, disse Raul Almeida, durante uma visita da embaixadora da Noruega a locais da intervenção. O projecto, que abrange todo o vale do Ceira e os municípios de Pampilhosa da Serra, Arganil, Góis e Lousã, é realizado em cooperação com a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e as quatro autarquias, com o apoio do EEA Grants 2014-2021, mecanismo financeiro do Espaço Económico Europeu.
A CIM-RC promoveu, ontem (22), uma visita às obras com a presença da embaixadora da Noruega em Portugal, Tove Bruvik Westberg, do presidente da APA,
“Para nós [o projecto], também foi bom, para aprendermos com estas novas técnicas e com estas novas metodologias de trabalho que, obviamente, também terão muita importância depois no dia-a-dia do rio Ceira e na manutenção deste importante rio da nossa região”, sublinhou Raul Almeida.
Segundo a CIM-RC, a acção inclui várias intervenções na bacia do rio Ceira, como a instalação de estações de monitorização hidrológica e monitorização e avaliação de vazões e níveis de água e a reabilitação de equipamentos e estruturas do património histórico identificado no curso de água, como moinhos, azenhas e levadas. Contempla também a criação de rotas e percursos de visitação, a implementação de acções de sensibilização voltadas para os utilizadores da água, a orientação sobre medidas de adaptação às mudanças climáticas em nível de bacia e municipal e o desenvolvimento e implementação de protocolos para lidar
com situações de desastre. Prevê, ainda, um manual para implementação de boas práticas em projectos de reabilitação de rios, a implementação de produtos e serviços que promovam acções que valorizem o corredor fluvial, a regeneração da galeria ripícola, a contenção de espécies exóticas invasoras e melhoria da heterogeneidade de habitats e do corredor ecológico. Aumentar a resiliência da flora e fauna indígenas às mudanças climáticas e a reabilitação da infra-estrutura do rio e a melhoria da sua conectividade, são outras das vertentes do projecto.
A visita às obras incidiu sobre o território dos municípios de Arganil e de Pampilhosa da Serra (Vale Pardieiro, Quinta da Mata e Poço da Cesta).
Foram visitadas acções realizadas, em realização e a realizar no âmbito das actividades de reabilitação da infra-estrutura e melhoria da conectividade do rio, regeneração da galeria ripícola e de contenção de espécies invasoras, aumento da resiliência da flora e fauna e reabilitação de infra-estruturas socioculturais.
As intervenções visitadas “foram realizadas com base em técnicas de engenharia natural e com o intuito de preservar e intervir com a menor pegada possível. Não são intervenções de grande visibilidade, mas que têm grande impacto na vivência do rio Ceira”, referiu a CIM-RC.
O projeto, que representa um investimento dos municípios e da CIM-RC no valor de 1,3 milhões de euros e é apoiado pelo EEA Grants 2014-2021, decorre até final de 2023 e é liderado pela APA, com a participação da CIM-RC e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.
Professor da Universidade do Minho lança livro sobre as mulheres na química
Universidade do Minho
Sabia que só oito mulheres receberam o Prémio Nobel da Química, criado em 1901, e que nesse restrito grupo não está incluída, por exemplo, a alemã Lise Meitner, nomeada 48 vezes para o Nobel (19 delas para o da Química)? As contribuições femininas para a química mundial são destacadas dia 22 de Novembro no lançamento do livro “Irmãs de Prometeu”, de João Paulo André, professor da Escola de Ciências da Universidade do Minho. A obra é apresentada às 16h30, na biblioteca geral do campus de Gualtar, em Braga, pelos professores Carlos Fiolhais (Universidade de Coimbra) e Raquel Gonçalves-Maia (Universidade de Lisboa), sendo a entrada livre. A sessão tem apoio da Casa do Conhecimento da Universidade do Minho (UMinho) e vai ser transmitida online. O livro de 664 páginas é editado pela Gradiva.
“A antiga opinião de as mulheres não se adequarem à investigação dificultou a sua caminhada, mas não obstou a que várias brilhassem num mundo da ciência dominado por homens – e este livro dá muitos e bons exemplos de figuras, factos e histórias curiosas, numa leitura acessível a todos”, frisa João Paulo André. Há um século, ainda acontecia a assistentes e colaboradores, que faziam amiúde a maioria do trabalho e até a descoberta principal, não serem reconhecidos, tendo as mulheres sido especialmente vítimas de tais “esqueci-
mentos” e mesmo usurpações, nota o autor. O título do livro compara-as com Prometeu, o titã que roubou o fogo (conhecimento) aos deuses e deu-o aos humanos, embora como castigo divino tenha sido preso.
A obra, ilustrada com excertos de correspondência e de obras da literatura mundial, perfaz uma viagem de vários milénios, desde as primeiras mulheres dedicadas a processos físico-químicos, como a manipulação e conservação de alimentos ou a perfumaria das primeiras civilizações. Depois, é focado o pensamento greco-romano da Antiguidade, a alquimia de Alexandria, a vida monástica, os “livros de segredos” (receituários de medicina caseira e cosmética, populares no Renascimento) e as raras obras escritas por mulheres até ao século XIX.
Marie Curie inspiradora
Seguem-se as primeiras mulheres nas universidades, na investigação e em carreiras na química, a trabalhar com homens (como suas assistentes, colegas e até esposas), e, por fim, as nobelizadas da Química. São elas Marie Curie (1911), por descobrir o polónio e o rádio; a sua filha Irène Juliot-Curie (1935), pela radioactividade artificial; Dorothy Hodgkin (1964), pela determinação das estruturas da penicilina e da vitamina B12; Ada Yonath (2009), pelo estudo da estrutura e da função dos ribossomas (estruturas celulares); Frances Arnold (2018), pela evolução
dirigida de enzimas;
Charpentier e
Doudna (ambas em 2020), por novos métodos na edição do genoma. Sucedeu-lhes Carolyn Bertozzi, em 2022, pelo desenvolvimento da químico bio ortogonal.
“Irmãs de Prometeu” lista ainda todas as nomeadas para esse Nobel, bem como outras cientistas “que o poderiam ter também ganho”, como Lise Meitner, que descobriu a fissão nuclear. Por curiosidade, o Prémio Nobel foi no global concedido a 894 homens, 60 mulheres e 27 entidades.
João Paulo André doutorou-se na Universidade de Basileia (Suíça) e é professor de Química na UMinho. É também autor do livro “Poções e Paixões –Química e Ópera” (Gradiva, 2018), que a Biblioteca Nacional produziu depois em braille e em áudio para invisuais. Mantém uma intensa actividade na divulgação da ciência e um forte interesse pela música e literatura, sendo comentador de ópera na rádio Antena 2.
QUARTA-FEIRA, 23 DE NOVEMBRO 2022
Os crimes de lesa-cooperação cultural Brasil/Portugal em nome da Europa
A história é simples. E simples de contar.
Um publicista brasileiro, Marcos Dessaune, do Espírito Santo, autor, entre outras, da obra “Teoria do Desvio Produtivo do Consumidor”, pretendeu obsequiar quatro professores portugueses com exemplares da terceira edição da sua concelebrada monografia. Remeteu-as via postal, em meados de Setembro último, pelos meios mais expeditos. Os volumes terão chegado, ao mesmo tempo, a Lisboa. Um dos exemplares foi de pronto entregue em mão no domicílio de um dos catedráticos de Lisboa. Os outros ficaram a marcar passo sem se saber bem porquê. Os restantes destinatários tiveram de cumprir um sem-número de diligências burocráticas para que os volumes fossem desalfandegados. Nem assim.
O autor, prevenido do facto, tirou-se dos seus cuidados e entrou em contacto com os Correios de Portugal. Volvidas as diligências que empreendeu e o mais que se não relata, em finais de Novembro, das obras… “nem novas nem mandados”!
Eis a reclamação ora deduzida pelo autor e de que nos deu nota, profundamente decepcionado:
“A despeito dos esclarecimentos técnicos pormenorizados trazidos em vosso e-mail abaixo, para mim (consumidor leigo nesses procedimentos administrativos e alfandegários) não ficou claro, objectivamente, se ainda falta alguma providência de minha parte ou, ao contrário, se os três objectos postais (livros) em questão apenas aguardam, no presente momento, análise e liberação da autoridade competente.
Essa dúvida se soma ao fato de que
o fluxo de etapas dos objectos postais exibidas no site dos CTT (página de “acompanhamento de processo”) é extremamente confuso, visto que tais etapas não estão dispostas em ordem cronológica e os símbolos (em verde/ vermelho) apresentam explicações desactualizadas que nada auxiliam.
Assim sendo, SOLICITO que os CTT verifiquem internamente os três processos relativos aos objectos postais RR010361542BR, RR010361525BR e RR010361556BR e me informem, objectivamente, se ainda falta alguma providência de minha parte ou, ao contrário, se os referidos objectos apenas aguardam, no presente momento, análise e liberação sine die da autoridade competente.
Para não deixar dúvida quanto à cabal regularização da importação dos três livros que enviei de presente para os outrora nominados professores juristas portugueses (operação não comercial entre particulares de valor inferior a 45€), reenvio em anexo os comprovativos de quitação dos encargos aduaneiros e serviços que me foram apresentados no site dos CTT para os três desalfandegamentos que realizei há um mês, em 22/10/2022 (mediante o pagamento via Multibanco dos encargos aduaneiros e serviços CTT de desalfandegamento dos 03 livros, no valor unitário de 15,41 euros…).
Registro que o presente e-mail segue com cópia para simples acompanhamento dos professores juristas destinatários dos objectos, bem como para que percebam o cabimento e aplicação prática, também em Portugal, da teoria do desvio produtivo do consumidor – que é o tema dos livros em apreço, cuja via crucis de entrega em terras lusas já merece grandes
matérias jornalísticas tanto no Brasil quanto em Portugal, o que oportunamente providenciarei. Afinal, só e-mails para os CTT eu já enviei 15 (vários deles não respondidos), adicionalmente às quatro reclamações formais no “Fale Connosco” e no “Livro de Reclamações” dos CTT desde 10/10/2022 – o que até o momento (ainda) não levou à liberação e entrega dos livros autografados que enviei de presente, mediante postagens internacionais registradas antecipadamente pagas no Brasil.”
A apDC vai oficiar à Provedora de Justiça, aos Ministros da Cultura, das Finanças, da Economia (que detém teoricamente a pasta do Consumo) e ao Regulador das Comunicações, a ver se ‘dão uma mão’ neste encorajador processo de intercâmbio cultural Brasil / Portugal.
Assim a modos de “uma cunha” para libertar as obras das garras da mais nefanda burocracia lusa e da mais abjecta incompetência funcional…
Góis pretende reafectar verbas do programa Valorizar para construir centro de BTT
OMunicípio de Góis pretende construir um centro de BTT e capacitar o Parque da Monteira com a reafectação de verbas do programa Valorizar, que estavam alocados a projectos concelhios que não foram executados.
Depois de uma reunião no Turismo de Portugal, em Outubro, a autarquia liderada por Rui Sampaio recebeu a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, que deixou antever uma resposta positiva, embora a resposta oficial do Turismo de Portugal apenas seja conhecida na próxima semana.
“O Turismo de Portugal está a analisar e, numa primeira análise, sem prejuízo de uma análise mais técnica, parece-me que estas duas componentes podem substituir a componente que não foi executada”, disse a governante, na sua intervenção, no Salão Nobre da autarquia.
O projecto Góis SmartLand, constituído por vários subprojectos, foi aprovada pelo programa Valorizar, com um apoio de 400 mil euros, dos quais foram executados 68.754 euros. Para isso, contribuiu o facto de a requalificação e musealização da Casa
Alice Sande ter obtido parecer favorável condicionado da Direcção Regional da Cultura do Centro, que impossibilita, para já, o avanço do projecto, que contava com um apoio de 327 mil euros.
“Deste modo, foi solicitada a possibilidade de análise de reajuste financeiro em dois projectos, que se considera irem ao encontro da estratégia delineada pelo Turismo de Portugal, com impacto no território, que possuem um enquadramento à escala intermunicipal”, explicou o presidente da Câmara de Góis, Rui Sampaio.
O autarca pretende, com a reafectação das verbas, construir o Centro BTT/Centro Cyclin Portugal Góis, no Parque do Baião, e capacitar o Ciclo da Truta (aquicultura para fins técnicos e pedagógicos no Parque da Monteira), que representam investimentos superiores a 300 mil euros.
A secretária de Estado do Turismo estimou hoje que Portugal atinja até ao final do ano um novo recorde de receitas turísticas, ultrapassando os 18 mil milhões de euros contabilizados em 2019.
“Continuamos muito entusiasmados com os resultados que teremos até final do ano e perspectivamos que vamos novamente quebrar um novo recorde nas receitas turísticas”, salientou Rita Marques, em Góis, durante uma visita de trabalho.
A governante frisou que Portugal terminou o ano de 2019 com 18 mil milhões de receitas “e este ano provavelmente ficar-se-á acima desse número, quiçá chegando aos 20 mil milhões de euros”.
A secretária de Estado do Turismo considerou que estes números serão “um motivo de orgulho” e mostrou-se muito grata ao sector, desde os empresários e autarcas que trabalharam com a tutela, “no sentido de garantir que o país tem todas as condições, depois da pandemia [covid-19], para continuar a acolher bem quem o quer visitar”.
Num balanço ao programa Valorizar, que, entretanto, foi substituído pelo programa Transformar, Rita Marques salientou o apoio a mais de 750 projectos, num investimento do Turismo de Portugal que ultrapassou os 100 milhões de euros a fundo perdido.
Enchente de pessoas na Feira do Mel e da Castanha na Lousã
Durante três dias, de 18 a 20 de Novembro, o recinto da Feira, que englobava o Parque Municipal de Exposições e duas tendas anexas, esteve sempre repleto de visitantes, de norte a sul do país, que procuravam o Mel DOP Serra da Lousã, a castanha, os produtos endógenos, a gastronomia local, mas também a diversão, garantida por um programa de animação para todas as idades.
Para o presidente da Câmara Municipal, Luís Antunes “esta edição da Feira marca o regresso de um evento marcante do calendário regional e nacional, foi um grande desafio e é com satisfação que registamos, quer
pela presença massiva de público, quer pela avaliação recolhida junto dos participantes, que o certame cumpriu todos os seus objectivos”.
Luís Antunes afirmou ainda que “o sucesso da aposta no regresso da melhor Feira do Mel e da Castanha do país comprova a capacidade da Lousã para a organização de grandes eventos, sendo que avançamos já para um novo desafio, a realização do Mercado de Natal, a 10 e 11 de Dezembro, que contará com artesanato, produtos endógenos, doçaria e muita animação de Natal”. O Mercado de Natal realizar-se-á no Parque Municipal de Exposições.
Mira planta mais de um milhão de árvores para reflorestar pinhal ardido em 2017
ACâmara Municipal de Mira vai plantar mais de um milhão de árvores, com o intuito de reflorestar uma área de 1.500 hectares, que tinha sido destruída nos incêndios de Outubro de 2017. Esta candidatura pretendia “fazer uma reflorestação de parte da nossa área que ardeu. Em 2017 arderam 6.800 hectares de floresta. Nós com este projecto vamos reflorestar 1.500 hectares. Vamos plantar 1.625.000 árvores”, disse o presidente da Câmara Municipal, Raul Almeida.
Em 2021 foi feito um protocolo entre a Câmara Municipal de Mira, no distrito de Coimbra, e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), em função do qual a autarquia passou a poder “fazer aquela reflorestação”.
O projecto, submetido em Dezembro de 2020 ao Programa de Desenvolvimento Regional (PDR) 2020, foi aprovado e está já em execução desde o mês de Outubro. Trata-se de uma candidatura no valor de cerca de 2,3 milhões de euros, que teve o apoio de fundos comunitários no valor de cerca de 1,8 milhões de euros.
A área para executar estava anteriormente ocupada por povoamentos de pinheiro-bravo, tendo sido destruído todo o arvoredo, pelo incêndio florestal que ocorreu em 15 de Outubro de 2017.
O autarca deu ainda nota de que foi assinado, esta terça-feira (22), um protocolo de acompanhamento deste projecto com o ICNF, já que este Instituto tem técnicos especializados para ajudar a fazer esse trabalho.
A intervenção começou no mês de Outubro e está prevista terminar em Outubro de 2024. De acordo com a Câmara de Mira, a operação caracteriza-se pela recuperação do perímetro florestal, a preparação do terreno para acomodar a plan-
tação, com operações de corte e redução da estilha, e deposição no solo da vegetação arbustiva constituída por matos e acácia de espigas dentro da área de intervenção. A plantação vai ser em pinheiro-bravo na maior parte da área, e de pinheiro-manso, nas áreas identificadas da rede primária.
As áreas envolventes das linhas de água vão ser alvo de trabalhos de limpeza e desmatação moto-manual, mantendo as espécies ripícolas autóctones.
O projecto prevê ainda uma replantação de uma percentagem das árvores que não sobreviverem.
“Existe ainda espaço para uma retancha, que é cerca de 20% da área total do projecto de reflorestação”, afirmou o vereador com o pelouro das florestas, Bruno Alcaide.
Para a directora regional do Centro do ICNF, Fátima Reis, esta iniciativa vem “contribuir para a mitigação das alterações climáticas. Tudo isto vai também potenciar o aumento da conservação da natureza, o aumento da biodiversidade nas nossas áreas”.
Real Confraria da Matança do Porco revive gastronomia tradicional em Miranda do Corvo
OXII capítulo da Real Confraria da Matança do Porco teve início logo pela manhã, no domingo (20), com a recepção aos confrades e confrarias convidadas, onde puderam degustar o “Desjejum”, um pequeno-almoço recheado de iguarias relacionados com o porco e que chama à atenção para uma gastronomia tradicional que apela ao aproveitamento integral do mesmo.
De seguida, pelas 10h30, decorreu a tradicional missa na Igreja Matriz de Miranda do Corvo, presidida pelo Padre Quirino Cândido, seguindo-se um desfile até ao centro da vila e jardins da Praça José Falcão.
A recriação da matança tradicional, momento alto do evento, decorreu no Parque Biológico da Serra da Lousã, a partir das 11h30, numa parceria com a Fundação ADFP, entidade impulsionadora desta confraria, e com colaboradores do Parque Biológico e Museu de Artes e Ofícios Tradicionais.
A cerimónia de entronização integrou cinco novos confrades, e de seguida decorreu uma visita guiada ao Ecomuseu “Espaço da Mente”, que faz parte do Trivium em conjunto com o Parque Biológico e Tem-
plo Ecuménico Universalista.
O “Jantar da Matança” começou depois, pelas 14h00, no Hotel Parque Serra da Lousã, com uma ementa tradicional e com base na carne de porco, composta por sopa do campo com enchidos, bochechas de porco com batata e migas, acompanhadas dos medalhados vinhos da Fundação ADFP: Rabarrabos, Monte Isidro, e Paixão Natural, marcas nacionais da FADFP.
No final da entronização dos novos confrades, foram relembradas as origens da Real Confraria da Matança do Porco, que surgiu para lutar contra o fundamentalismo da ASAE, que na altura pretendia acabar com a matança do porco tradicional.
“A Real Confraria da Matança do Porco, surge em 2007, numa altura em que a ASAE pretendia impedir práticas culturais em Portugal, como a da matança. No sentido de enfrentar esse fundamentalismo, nasceu a Confraria, em defesa da matança como festa pagã, e que só pode ser efectuada por religiões em que se come carne de porco”, salientou o patrono da Real Confraria da Matança do Porco, Jaime Ramos, por ocasião do último Capítulo.
Neste capítulo estiveram pre-
sentes membros das confrarias do concelho de Miranda do Corvo: Confraria dos Ungulados, Javali e Castanha, Real Confraria da Cabra Velha, Confraria dos Amigos da Jeropiga de Moinhos e Arredores, Confraria do Vinho de Lamas. Além destas, foram recebidos vários visitantes e membros da Confraria Enogastronómica Sabores do Botaréu (Águeda), da Federação Portuguesa de Confrarias Gastronómicas e Confraria dos Gastrónomos da Região de Lafões, Confraria Gastronómica “O Galo de Barcelos”, Confraria Gastronómica dos Enófilos e Gastrónomos da Beira Serra (Guarda).
JUDO DA ACM DE COIMBRA
Campeonato nacional de equipas seniores e campeonato nacional universitário
Coimbra recebeu no passado fim-de-semana (19 e 20), duas importantes provas uma do Calendário Nacional Federativo, a outra da FADU. No Sábado, após doze anos de interregno, a ACM de Coimbra regressou ao Campeonato Nacional de Equipas, seniores, com uma equipa integrada por três juniores, um sénior e dois veteranos. Pela competição, mas sobretudo pela participação num evento que corresponde sempre a uma festa dos judocas e a um momento de confraternização e aproximação entre os elementos da Equipa. Um bom reencontro com um evento de grande espírito de grupo.
O inesperado bem-vindo
No tempo que antecedeu as finais a Federação Portuguesa de Judo, em colaboração com a CERCIAG Águeda e os treinadores António Costa e Alexandre Vieira, criou seguramente, o momento de maior elevação do evento. Bonito e de grande dimensão humana.
Duas equipas se defrontaram, uma composta por João Pires, Ricardo Nascimento, homens que acompanham os jovens da outra equipa e pelo campeoníssimo Jorge Fonseca, bicampeão do mundo.
A outra equipa constituída pelo António, o André e o Paulo, jovens de sorriso aberto e contagiante, de afectos profundos, alegres e judocas por gosto.
Equipas orientadas pelo Treinador da Selecção Nacional Sénior Masculina, Pedro Soares, a que integrava o campeão Jorge Fonseca e pelo Treinador Fausto Carvalho, Presidente da Comissão Nacional de Graduações, a que integrava os jovens António, André e Paulo.
Grande Alegria. As medalhas do carinho e de um mundo sem preconceitos. Momento de enorme sentido humanista que vivemos.
Bernardo Tralhão Fernandes: Campeão Nacional Universitário
No Domingo (20), os jovens juniores Acemistas, João Amaro Martins, Bernardo Tralhão Fernandes e Alexandre Soares participaram no Campeonato Nacional Universitário, prova que alcançou o maior nú-
mero de participações, até ao momento. Acreditamos que, pelo facto da organização técnica estar ao cuidado da Federação Portuguesa de Judo.
Alexandre Soares, representou a Universidade de Porto, estudante de Belas Artes, João Amaro, representou o Instituto Politécnico de Coimbra, Escola Agrária e Bernardo Tralhão, a Universidade de Coimbra, estudante de Engenharia Química.
Universidade do Porto e Politécnico de Coimbra aceitaram, com naturalidade a inscrição dos judocas acemistas, enquanto alunos dos respectivos Estabelecimentos de Ensino Superior.
Na antevéspera da prova, o Bernardo, aluno da Universidade de Coimbra, ainda não tinha a sua inscrição, feita semanas antes, confirmada. Uma qualquer estrutura da AAC, pretendia que o Bernardo Tralhão fosse sujeitar-se a uma avaliação à sala de judo da AAC e durante o treino dos judocas da Secção de Judo da AAC.
Para se ver o absurdo, Bernardo Tralhão é Campeão Nacional de Seniores, Campeão Nacional de SUB-23, atleta Internacional.
Quem e porque se fazia a avaliação para poder entrar no Campeonato Nacional Universitário? Haverá alunos de primeira e alunos de segunda ou outra plataforma na Universidade de Coimbra?
Bernardo Tralhão, 66 Kg, demonstrou que o seu trabalho diário continua a dar frutos. Venceu os seus combates, pela pontuação máxima, IPPON. Na final, disputada contra o judoca francês Jourdan Viceent, a representar, CESPU, atleta que evidenciou grande experiência, o Bernardo realizou uma prestação de muita qualidade, sagrando-se Campeão Nacional Universitário.
João Amaro: vice-Campeão Nacional Universitário
João Amaro, 60 Kg, realizou uma prova de muita qualidade, alcançando a final, com vitórias pela pontuação máxima, nos três combates realizados nas eliminatórias.
Na final, quando dominava o combate, desde o início, uma desatenção permitiu ao seu opositor, Ricardo Pires, judoca experiente, que não enjeitou o momento e saiu vencedor. O João Amaro é um digno vice-campeão Nacional Universitário.
Alexandre Soares, 90 Kg, venceu os seus dois primeiros combates com bons momentos técnicos, alcançando a meia-final da categoria, onde em perfeita desconcentração se lançou para os braços do opositor que não enjeitou a ocasião e marcou para a vitória. Situação semelhante aconteceu no combate de acesso ao terceiro lugar do pódio, pelo que se quedou no quinto lugar. Uma jornada desportiva e social muito significativa para o judo da ACM e para a ACM de Coimbra que contou, no sábado e no domingo com o apoio de judocas acemistas mais jovens, pais, familiares e amigos.
EPTOLIVA é vencedora da competição nacional de turismo
“Tomorrow Turism Leaders Super School”
AEscola Profissional de Oliveira do Hospital, Tábua e Arganil (EPTOLIVA) é a escola vencedora do “Tomorrow Tourism Leaders (TTL) Super School”, uma competição nacional de turismo promovida e organizada pela Associação Fórum Turismo em colaboração com a Travel Generation e com o apoio da Super Bock Group.
Esta competição visa incentivar o empreendedorismo criativo e social e fomentar a geração de ideias e de negócios inovadores através do Turismo.
Foi disputada por várias escolas do País e Instituições de Ensino Superior, tendo a grande final, com a selecção das dez escolas finalistas, acontecido no Convento de São Francisco em Coimbra, com a EPTOLIVA a receber o prémio de vencedora do TTL Super School com o projeto “From Wool to Yarn Festival”.
Pela originalidade, qualidade e impacto positivo no turismo, o projeto “From Wool to Yarn Festival”, orientado pelas professoras Gina Sousa e Cláudia Carvalho e desenvolvido pelos alunos, Ana Martins, Camila Alves, Lara Madeira e Luís Cruz, que consiste na criação de um super evento onde a atracção principal será a lã da ovelha Bordaleira Serra da Estrela, mereceu a unanimidade e o reconhecimento do júri, por divulgar a recuperação e valorização de uma matéria-prima numa perspectiva de desenvolvimento sustentável do turismo para a região e para o país.
Os vencedores foram contemplados com a oportunidade de realizar uma visita à Feira Internacional de Turismo (FITUR) 2023, uma das maiores feiras de Turismo do mundo, que acontecerá em Madrid.
“Mais um prémio nacional que muito orgulha e
honra a EPTOLIVA”, refere o presidente da escola, Daniel Dinis Costa, congratulando-se com mais este reconhecimento público. “A EPTOLIVA mantém a sua estratégia vencedora de participar com as suas ideias e os seus projectos em concursos e competições nacionais. Este prémio é demonstrativo da abrangência e da qualidade dos projectos que são realizados pelos alunos desta Escola, conseguindo através da valorização do património local e dos produtos endógenos da Região, obter reconhecimentos e prémios, em áreas de formação de topo na escola, como é o caso particular do turismo. O dinamismo, a inovação, a qualidade do ensino/aprendizagem e a diversidade das actividades desenvolvidas continuam a fazer da EPTOLIVA uma escola diferenciadora no ensino profissional na Região Centro, tornando-a também hoje, um agente activo de promoção cultural e turística do território”, concluiu o presidente, Daniel Costa.
Transporte Flexível a Pedido apresentado no CLAS de Montemor
OSIT Flexi - Transporte Flexível a Pedido foi apresentado, esta terça-feira (22), na reunião do CLAS - Conselho Local de Acção Social de Montemor-o-Velho.
“A implementação, no concelho, da segunda fase do projecto da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra vem dar mais um contributo no combate ao isolamento da população sénior e melhorar o acesso à rede de transportes públicos”, referiu Diana Andrade, vice-presidente da
Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, no final da apresentação do projecto aos diversos representantes concelhios, públicos e privados, com responsabilidades na área social.
“Foram desenvolvidas mais rotas que permitem, por exemplo, assegurar que quem requisita o serviço tenha acesso à rede de saúde de cuidados primários de todo o concelho, sendo um projecto que vem reforçar a mobilidade no concelho”, reforçou Diana Andrade.
Recorda-se que o SIT Fle-
xi funciona às segundas, quartas e sextas-feiras e a reserva deve ser feita através de uma chamada gratuita para o telefone 800 200 201 (de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 15h00).
Realizado com recurso aos operadores locais (táxi), o projecto é financiado pelo PART - Programa de Apoio à Redução, permitindo que o utilizador pague um valor mais reduzido pelo serviço, sendo o restante suportado pelo Município de Montemor-o-Velho.
Santana Lopes interrompe sessão de Câmara da Figueira da Foz e fica sem quórum
Opresidente do Município da Figueira da Foz interrompeu esta quarta-feira a sessão de Câmara em protesto contra a atitude de “suspeição” da oposição, em maioria no Executivo, que acabou por abandonar a reunião e deixar o órgão sem quórum.
Discutia-se a aquisição do Cabo Mondego, cuja proposta já tinha sido adiada na última sessão, quando Pedro Santana Lopes interrompeu os trabalhos irritado com o tipo de questões levantadas pela líder da vereação socialista, Diana Rodrigues.
No momento da interrupção, o autarca disse que seria sem hora marcada, mas de seguida um dos vereadores informou a oposição de que a suspensão seria de 30 minutos, embora sem sucesso, já que os quatro elementos do PS e um do PSD abandonaram de seguida o edifício dos Paços do Concelho.
“O tipo de questões colocadas passa, na minha opinião, os limites. Há uma série de questões novas, que terá a ver, provavelmente, com as substituições no PS, em que as pessoas não estariam à espera de ter de assumir este tipo de responsabilidades e que as levam a colocar perguntas que não devem ser colocadas numa reunião de Câmara, como, por exemplo, quem redigiu a minuta de um contrato”, disse aos jornalistas Santana Lopes.
O presidente da autarquia figueirense considerou “muito grave” o que se passou com a discussão da aquisição do Cabo Mondego, salientando que “não vai continuar com a proposta se a posição do Par-
tido Socialista for esta”.
“Como se recordam, Carlos Monteiro [ex-presidente da Câmara e vereador socialista] disse várias vezes que o PS apoiava a aquisição do Cabo Mondego e a contração de um empréstimo e agora viram o que se passou, com tantas perguntas e tantas dúvidas”.
Salientando que à sessão foi o “acordado entre quem quer vender e quem quer comprar”, Santana Lopes reiterou que quando “as perguntas parecem traduzir determinado tipo de suspeição, que não se compreende, acho que se atinge um nível que, pessoalmente, não se admite, porque algo que tenha a ver com honestidade pessoal e de procedimentos está fora dos limites admissível para qualquer reunião”.
“Não consigo compreender [o abandono da oposição] e a atitude fala por si quanto ao respeito pelo Município”, disse o autarca, esperançado que a reunião de Câmara “retome a sua normalidade e que as pessoas tratem dos assuntos”.
Em declarações aos jornalistas, a vereadora Diana Rodrigues disse que os eleitos do PS olham para a aquisição do Cabo Mondego “com toda a responsabilidade que o exercício autárquico exige, já que se está a falar de um compromisso financeiro na ordem dos dois milhões de euros”.
“Sentimos que temos de obrigação de esclarecer todas as dúvidas. É um processo complexo, que, em termos de ordenamento do território, congrega uma série de restrições e condicionantes, pelo que temos várias questões do ponto de vista também administrativo que são legítimas”, sublinhou.
Para a autarca, que se manifestou a favor da aquisição, por ser um
ponto “absolutamente estratégico” para o Município, “é saudável que a oposição coloque questões, esclareça, até para que os próprios munícipes percebam exactamente o que se está a tratar”.
Segundo Diana Rodrigues, o PS não “tem nada a opor [à aquisição], pelo contrário, tem de ser é de uma forma que seja mais vantajosa, mais transparente e clara possível e que salvaguarde o interesse do M unicípio em toda a linha, essa é a única preocupação” do partido.
“Não estamos a pôr em causa nada nem ninguém, nem a fazer nenhum tipo de juízo de valor quando questionamos”, frisou a vereadora, que considerou incompreensível a “atitude excessiva do presidente e o que a motivou”.
O único vereador do PSD, Ricardo Silva, salientou que a reunião estava a “decorrer dentro da normalidade democrática” quando o presidente da Câmara suspendeu os trabalhos “de forma agressiva e por tempo indeterminado”, pelo que as explicações pelo episódio cabem a Santana Lopes.
Os assuntos da agenda desta quarta-feira que não foram discutidos [a maioria] passam para reunião de 7 de Dezembro.