“Campeão das Províncias” - 2/12/2022

Napróxima segunda-feira (5), a Misericórdia Obra da Figueira completa 183 anos de vida. A efeméride será assinalada no dia 7 e vai contar, entre outros convidados, com a presença de Aníbal Cavaco Silva. Trata-se de uma cerimónia simples, que se inicia às 11h30 com uma Missa Solene, na Igreja de Santo António, seguindo uma hora depois o baptismo de uma nova viatura (eléctrica), finalizando com um almoço.

Cavaco Silva já havia visitado a Instituição em meados de 2007 na qualidade de Presidente da República, o mesmo acontecendo com a esposa Maria Cavaco Silva, que tinha estado na Figueira da Foz em Maio de 2009 para inaugurar a Creche e Jardim-de-Infância António Biscaia, tendo também visitado os Lares Costa Ramos e Silva Soares. A Misericórdia Obra da Figueira é uma Instituição de Solidariedade com inegáveis serviços prestados à comunidade figueirense, que dispõe de várias valências sociais e que apoia directamente mais de 580 pessoas, gerindo três lares, creche/jardim-de-infância, Centro de Dia e de Noite, além de prestar apoio domiciliário e possuir outros equipamentos.

JORGECONDE EMENTREVISTA

ÁGUEDA FAZ DO NATAL ORGULHO DE CIDADE

Águeda volta este ano,

Uma nova maneira de pensar o Politécnico de Coimbra

Em Entrevista concedida esta semana à Rádio Regional do Centro, Jorge Conde assumiu estar satisfeito com o trabalho que tem vindo a desenvolver enquanto presidente do Instituto Politécnico de Coimbra. No final deste mandato, o segundo e último, tenciona voltar à instituição que dirigia, a Escola Superior de Tecnologias da Saúde, uma das seis em que o Instituto se desdobra. Mas vem aí uma sétima a implantar no Campus da Bencanta, dirigida ao Ensino Técnico Profissional Superior. O respectivo edifício, bem como a Residência prevista para o mesmo espaço e ambos já com apoio aprovado pelo PRR, arrancarão logo a Câmara Municipal dê luz verde, o que Jorge Conde espera aconteça muito em breve. A Entrevista está publicada, nas suas linhas gerais, na página 7 desta edição do Campeão e pode ser ouvida em diferido na Rádio às 11 horas do próximo sábado.

Dinâmica

As 50 maiores empresas do concelho de Arganil superaram em 16 milhões de euros o volume de negócios do ano económico anterior, traduzindo um dinamismo do tecido económico numa importante zona do interior do distrito de Coimbra. Arganil tem agora ainda mais argumentos para atrair investimentos, com uma nova área de acolhimento empresarial que permitiu a criação de 23 lotes com todas as infraestruturas.

empresarial é relevante em Arganil PÁGINAS 10 A 12

O Executivo felicita as Empresas da Freguesia pelo sucesso alcançado. Desejando também a

Boas Festas

DAS

COIMBRA PERDEU DOIS HABITANTES A CADA TRÊS DIAS

De acordo com os resultados definitivos do Censos 2021, Portugal perdeu 2,1% da população nos últimos 10 anos (entre 2011 e 2021) e Coimbra - distrito e concelho - também segue esta tendência de decréscimo de habitantes.

Os números dizem-nos que o concelho de Coimbra perdeu 2.583 residentes (de 143.396 baixou para 140.816), o que em termos estatísticos representa menos dois habitantes em cada três dias. Mas os dados até não são maus, atendendo a que é o concelho que percentualmente (com -1,8%) perde menos população no distrito e está abaixo da média nacional (-2,1%).

Quanto aos dados totais do distrito, o Censos 2021 revela que existem 408.551 habitantes, menos 21.553 do que em 2011, quando contabilizava então um total de 430.104 residentes. Esta perda de população é significativa e representa que o distrito de Coimbra ficou, em média, sem seis habitantes por dia.

Os dados referentes a cada concelho encontram-se no quadro que publicamos, sendo de salientar que Penacova (-14%), Góis

(-10,5%) e Soure (-10,3%) foram os concelhos do distrito que registaram os decréscimos mais acentuados, a nível percentual.

Por outro lado, Coimbra (-1,8%), Condeixa-a-Nova (-2%), Mira (-2,8%) e Lousã (-3,4%) foram os concelhos que tiveram uma menor redução da sua população, ficando os quatro abaixo da média do distrito.

Em termos absolutos, a Figueira da Foz, o segundo concelho mais populoso do distrito, foi o que mais residentes perdeu (3.174), seguindo-se Coimbra (2.583) e Cantanhede (2.383). Também em termos absolutos, as menores perdas foram registadas nos concelhos de Penela (143) e de Condeixa-a-Nova (346).

AVEIRO, LEIRIA E VISEU CRESCERAM

No distrito de Aveiro também se regista uma diminuição de 13.413 pessoas, passando de uma população de 714.200 habitantes para 700.787, mas há concelhos que tiveram um crescimento. Aveiro aumentou os residentes na ordem dos 3,19%, passando de 78.450 habitantes, em 2011, para 80.954, em 2021. S. João da Madeira (1,98%), Ílhavo (1,65%), Oliveira do Bairro

(0,45%) e Vagos (0,15%) foram os outros quatro concelhos do distrito que também registaram um crescimento da população.

Ainda na região Centro, os concelhos de Viseu e de Sernancelhe conseguiram aumentar a sua população nos últimos 10 anos, num distrito que perdeu 26.361 residentes, segundo os resultados dos Censos 2021.

A taxa de variação da população residente nos dois concelhos mostra que, em Sernancelhe, o aumento foi de 0,37%, ou seja, 21 pessoas (passou de 5.671 para 5.692). Já em Viseu, o aumento foi de 0,28%, tendo os residentes passado de 99.274 para 99.551 (mais 277 pessoas).

Já o distrito de Leiria perdeu 12.317 habitantes (baixou de 470.922 para 458.605) numa década, mas três dos 16 concelhos ganharam residentes. Leiria (1,35%), Óbidos (1,27%) e Marinha Grande (0,84%).

A capital de distrito tem 128.603 habitantes, enquanto Óbidos 11.922 e Marinha Grande 39.024.

O distrito da Guarda contabilizou em 2021 um total de 142.974 residentes, o que significa que perdeu 17.965 pessoas relativamente aos Censos de 2011, que registou um total de 160.939

habitantes. Todos os concelhos do distrito perderam habitantes, sendo que o de Almeida, localizado junto da fronteira com Espanha, foi o que perdeu o maior número percentualmente (-18,71%), seguindo-se Figueira de Castelo Rodrigo (-17,76%) e o de Aguiar da Beira (-4,42%).

O distrito de Castelo Branco registou um decréscimo de 18.783 habitantes (196.264 em 2011 e 177.481

em 2021), com todos os 11 concelhos, incluindo a capital de distrito, a verem a sua população reduzir na última década. Penamacor (-16%), Oleiros (-14,2%) e Idanha-a-Nova (-14%) foram os concelhos que registaram os decréscimos mais acentuados, a nível percentual.

De acordo com os resultados definitivos do Censos 2021, Portugal perdeu 2,1% da população entre 2011 e 2021. Residiam em Por-

tugal, à data do momento censitário (dia 19 de Abril de 2021) 10.343.066 pessoas (4.920.220 homens e 5.422.846 mulheres). De acordo com o INE, essa redução constitui uma inversão na tendência de crescimento da população que se verificou nas últimas décadas e representa a segunda quebra populacional registada desde 1864, ano em que se realizou o I Recenseamento Geral da População.

Apesar de Guimarães ser a cidade que presta o culto mais vivo e intenso a D. Afonso Henriques, desde logo porque até o representa no emblema do Vitória Sport Clube, a verdade é que as cidades de Zamora e Coimbra representam o Alfa e Ômega da vida e obra de D. Afonso Henriques, uma vez que marcam o princípio e o fim da sua vida política como fundador do estado-nação português.

O primeiro rei de Portugal está sepultado em Coimbra, no Mosteiro de Santa Cruz (oficialmente Panteão Nacional), e no próximo domingo, dia 4, será alvo de uma homenagem

por parte da Grã Ordem Afonsina - uma associação cultural vimaranense dedicada ao estudo e divulgação da vida e obra de D. Afonso Henriques.

A inciativa parte desta associação de Guimarães e decorre por ocasião da passagem do 837.º aniversário do falecimento de D. Afonso Henriques, ocorrido em Coimbra no dia 6 de Dezembro de 1185.

Essa homenagem, que terá a presença de cerca de 80 pessoas vindas de Guimarães, consta de uma celebração litúrgica dominical, às 11h30, na Igreja de Santa Cruz, animada pelo grupo coral denominado Chorus Anima Populi, de Guima-

rães, que cantará as quatro composições da autoria do maestro Júlio Dias (Kyrie, Gloria, Sanctus e Agnus Dei) integrantes da chamada Missa da Fundação de Portugal.

Para as 15h00 está programada uma conferência

na Sala do Capítulo, onde estarão presentes diversas individualidades para falar sobre o recente desígnio de comemoração do 9.º centenário da Fundação de Portugal no ano de 2028 e, bem assim, da criação da Rota da

Narrativa Afonsina. Trata-se de uma iniciativa que prevê a criação de relações de amizade e cooperação com entidades e colectividades nacionais e estrangeiras interessadas em aprofundar o conhecimento histórico sobre a vida e obra de D. Afonso Henriques, em especial aquelas que se situam em cidades, vilas e aldeias que foram palco dos principais factos históricos por ele protagonizados.

De recordar que no passado dia 5 de Outubro aconteceu em Guimarães a primeira iniciativa deste projecto, com a reunião entre a Fundação Rei D. Afonso Henriques, de Zamora e Bragança, e a Sociedade Históri-

ca da Independência de Portugal, de Lisboa, tendo resultado a ideia de instalação de uma estátua de D. Afonso Henriques em Zamora, no dia 28 de Maio de 2023, obra essa que será executada pelo escultor Dinis Ribeiro e que tem já assegurado o patrocínio de três importantes empresas vimaranenses. É desejo da Associação Grã Ordem Afonsina, com a aquiescência do Mosteiro de Santa Cruz e da Diocese de Coimbra, que esta celebração de homenagem a D. Afonso Henriques se repita nos próximos anos, no primeiro domingo de Dezembro, e se transforme num evento de interesse nacional.

LUÍS SANTOS

TODOS OS CONCELHOS DO DISTRITO VIRAM DIMINUIR POPULAÇÃO EM 10 ANOS

FIGURAS a s c e n s o r A SUBIR

JORGE ALMEIDA – A Águeda, concelho de Aveiro a 40 difíceis kms de Coimbra e pujante foco empresarial que coloca na beira das estradas tabuletas a pedir pessoal, há três coisas diferentes que lhe acontecem praticamente todos os anos: cheias que inundam de forma rápida os seus campos de agricultura que ladeiam o rio bem como a parte baixa da cidade; incêndios de grande dimensão nos espaços florestais que a circundam, consumindo um denso eucaliptal que se recupera em meia dúzia de anos, para se deixar consumir de novo; e a afirmação, todos os últimos anos repetida, de conferir ao Natal um toque de distinção que torna a cidade cada vez mais visitada, à imagem do que já acontece no Verão onde a animação, de tão intensa e garantida qualidade, atrai milhares de visitantes que ali apreciam a especificidade do embelezamento dos espaços públicos, onde os dependurados chapéus se tornaram elemento identificativo. Assumida esta forma de se assumir como destino turístico já há uns anos, tem o actual presidente da Câmara, Jorge Almeida, apostado com força nesta vertente turística a que a região e o país têm correspondido com aplauso.

A descer

SANTANA LOPES – Político inteligente, astuto e sagaz, sabe-se que é temperamental e às vezes arde em pouco lume. Ninguém se molda a jeito de cada circunstância, pelo que na vida, e na política em particular, temos que saber fazer rupturas – é com elas que o mundo mais pula e avança – mas também temos que aceitar fazer pontes. Interromper há dias a reunião do Executivo camarário da Figueira da Foz, e sair sem explicar no tempo certo por que o fazia, não terá passado dum amuo do momento, mesmo assim a não primar pela elegância. Santana Lopes tem capacidade para mexer com a Figueira, que disso bem precisa. Repare-se que é o concelho do distrito que mais gente perdeu no último censo e anda há anos a deixar-se decair sem capacidade de reacção. Santana veio e tem animado as hostes. Um ano apenas não dá para virar o mundo mas as medidas anunciadas e em preparação – acreditamos que se venham a concretizar quando for o tempo disso – são de molde a acreditar num bom mandato que chame gente à Figueira, que acelere o desenvolvimento empresarial do concelho, que acabe com a pouca vergonha do Governo com tanta promessa não cumprida relativamente ao porto, que “estique” a Universidade de Coimbra para a beira mar e o mais que as circunstâncias proporcionarem. Figueira da Foz é muito mais que um concelho. É um ponto central do desenvolvimento, pelo que ser presidente da Câmara é mais do que isso. É o representante de toda a região para que nos devolva a Figueira doutros tempos e lhe acrescente o muito mais que ele merece e pode proporcionar. Isso faz-se com tempo e com um bom Executivo, é verdade. Mas também se faz com uma Oposição atenta, interventiva e não acanhada. Os vereadores socialistas não só têm o direito de conhecer os assuntos como têm mesmo a obrigação de deles se inteirarem. Têm é que o fazer com a elegância e a transparência que se exige a todos. Ademais, quando em cima da mesa estão assuntos importantes para o futuro do concelho , ainda por cima melindrosos.

MARCELO REBELO DE SOUSA Ir ou não ir ao Catar ver o primeiro jogo de Portugal não tem importância nenhuma, quando de Marcelo Rebelo de Sousa se trata. A sua forma um pouco folclórica de estar com todos e em toda a parte, de andar sempre dum lado para o outro, já habituou o povo português a um tipo de presidência a que não estava habituado, sobretudo depois Cavaco Silva e Jorge Sampaio, circunspectos por natureza mas também reservados por entendimento pessoal do cargo. Se o senhor queria ver o jogo, mesmo passando por cima de apreciações já tardias sobre a natureza do regime político nada respeitador dos direitos humanos que vigora no Catar, que o faça. Dada a forma como desempenha o cargo, ir ou não ir nem tira nem acrescenta. Foi, ponto. O que já não cai tão bem é dizer antes de ir que vai e em lá chegando não deixará de falar dos direitos humanos, tentando assim lavar resquícios de consciência que na sua sensibilidade possam ficar. Fazer isso é deselegante. Ou vai e aceita a hospitalidade, calando-se. Ou, se quer falar, e o quer fazer como Presidente da República dum Estado soberano, fale donde deve e não onde não deve. O Catar reagiu e chamou o nosso embaixador a quem transmitiu o ter-se apercebido da deselegância, repetindo-se aqui algo a fazer lembrar o que já acontecera no Brasil. Gestos que não acrescentam nada ao prestígio do país.

1 DE DEZEMBRO DE 2022

figura da semana FERNANDO SANTOS TEM A SALVAÇÃO A PRÉMIO

Os adeptos ferrenhos do futebol, que agora esgotam os stocks de ansiedade com o campeonato do mundo, baloiçam os níveis de irritação entre os golos falhados da selecção portuguesa e a postura do treinador Fernando Santos que quase sempre se movimenta no espaço que lhe está destinado de mãos nos bolsos, aparentando uma calma como se aquilo não fosse nada com ele. Aquela serenidade exterior ainda enerva mais os adeptos que lhe imputam as falhas que acontecem dentro do campo. Mas Fernando Santos tem por si os resultados conseguidos, ainda que as exibições estejam a ficar aquém do esperado. São já vários anos de treinador nacional, bastantes mais do que é usual. Os resultados obtidos não desqualificam o treinador e a conquista de um título europeu aqui há anos, com um golo a saber a Coimbra, é sucesso que nenhum outro conseguiu. Neste campeonato do mundo, assim como quem não quer a coisa e sem alardes das exibições de encher o olho, a selecção portuguesa lá vai levando a água ao moinho, muito ao jeito do treinador

acredita numa estrelinha que o há-de levar pelo menos até aos quartos de

JOSÉ ALEXANDRE CUNHA – Licenciado em ciências farmacêuticas pela Universidade de Coimbra, com pós-graduação em gestão, começou a sua carreira como gerente de projectos médicos em Paris nos Laboratórios Servier. Liderou e fundou várias empresas e foi consultor e membro do conselho de vários grupos de saúde. É fundador do Grupo IGHS que estabeleceu, recentemente, com a Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (ESTeSC-IPC), um protocolo de parceria internacional. Este protocolo prevê assegurar os enquadramentos nos quais, especiais condições serão dadas aos alunos da ESTeSC-IPC para mobilidade internacional, participando em projectos de carácter inovador quer de investigação aplicada quer em treino especializado, de formação profissional e pedagógica nas suas unidades hospitalares: Oman International Hospital (Muscat, Omã), Globallmed Medical Centre (Macau, China), e futuramente nos Hospitais Haif (Riade, Arábia

FERNANDO GOMES É HOJE UM SÍMBOLO DO CLUBE E DA CIDADE DO PORTO

Fernando Gomes faleceu, este sábado (26), vítima de doença prolongada. O antigo jogador do Futebol Clube do Porto (FCP) tinha 66 anos. A notícia da morte de bibota, - como era conhecido -, deixou o país em lágrimas, sobretudo, a cidade que o viu nascer e, agora, partir. O Porto chorou e chora por Fernando Gomes, o homem para lá do futebolista.Nasceu na invicta, na freguesia de Campanhã, a 22 de Novembro de 1956 e por lá se manteve até ao dia em que ascendeu para os céus. Descobriu a paixão pelo futebol em tenra idade e, depois de passar pelas camadas jovens do FCP, chegou à equipa profissional em 1974. Conquistou três títulos: dois Campeonatos e uma Taça de Portugal. Nessa altura, já se adivinhava uma carreira frutífera e marcada pelo sucesso. Entre 1977 e 1979, bibota foi considerado o Melhor Marcador da Primeira Divisão por três vezes consecutivas, tendo marcado 125 golos nas seis épocas em que esteve no clube azul e branco. Passou por Espanha mas, como “bom filho a casa torna”, acabou por regressar aos dragões dois anos mais tarde (1982), onde permaneceu até 1989. Com a camisola do FCP, Fernando Gomes voltou a ser Campeão Nacional mais três vezes e conquistou novamente o título de Melhor Marcador do Campeonato Português por mais três anos, somando, assim, seis Bolas de Prata de Melhor Marcador Nacional. Da lista de vitórias de bibota fazem ainda parte os gloriosos anos de 1983 e 1985, onde venceu por duas vezes a Bota de Ouro da UEFA. Antes de deixar os relvados, cumpriu duas épocas ao serviço do Sporting Clube de Portugal. Terminado o seu percurso enquanto jogador, Fernando Gomes manteve-se no clube que considerava a sua casa desempenhando funções de dirigente. A propósito da morte do ex-avançado dos azuis e brancos, o presidente do FCP, Jorge Nuno Pinto da Costa, sublinhou que “Fernando Gomes tinha um amor ao FCP que ultrapassava o normal”. Realçou ainda, em entrevista ao Porto Canal, que “no ano passado tive a felicidade de lhe entregar o Dragão de Ouro como dirigente do ano  - para além de atleta de eleição e grande portista era também dirigente”. As palavras, entretanto, cessaram e deram lugar à emoção. Lágrimas que são de Pinto da Costa, mas que representam todos os portuenses que viram partir um filho da invicta.

Saudita), assim como, no Hospital Universitário de Fujeira, (Fujeira, Emirados Árabes Unidos) actualmente em desenvolvimento.

VÍTOR ALMEIDA – o médico anestesiologista e também artista plástico apresentou esta segunda-feira (29), na Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, uma exposição de pintura, da sua autoria, intitulada “Retrospectiva 2002-2022”. Nesta exposição, que está patente na Sala Miguel Torga, em Coimbra, até ao dia 12 de Janeiro do próximo ano, pretende mostrar a versatilidade e reúne trabalhos em diversas técnicas tais como o acrílico, gouache, tinta da China, aguarelas, lápis, aerógrafo e outras técnicas mistas. Ao levar a cabo esta retrospectiva, o autor desenvolve o tema em duas partes distintas: estruturas celulares/biológicas abstractas e exploração espacial.

PORTO CHORA A MORTE DE BIBOTA

A permanência no FCP representou também a estadia na cidade que acolheu Fernando Gomes em vida e que foi o seu leito até ao dia da sua morte. O Porto chora por bibota e são muitos os que lhe querem prestar homenagem. O presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Moreira, recorda o antigo jogador como “uma pessoa encantadora e um jogador de eleição”. Em declarações ao Porto Canal, o autarca assumiu ainda que “era um prazer ver futebol com Fernando Gomes (...). Era um jogador que às vezes se transformava num fantasma (…) os defesas que o tentavam marcar não sabiam onde é que ele estava (...) Era um matador com fairplay”. O presidente da CMP revelou a intenção de sugerir um voto de pesar na próxima reunião da autarquia. “Vou falar com as forças políticas e seguramente que será aprovado, na próxima reunião de Câmara, um voto de pesar como portuense e campanhense que era. A Campanhã é uma freguesia especial na cidade do Porto”, salientou, este sábado, em declarações para a RTP. Portuense de gema, é na invicta que Fernando Gomes vai permanecer pela eternidade. O incontornável bibota faleceu, este sábado, depois de três anos de luta contra um cancro no pâncreas. Tinha 66 anos. O funeral realizou-se neste domingo (27), na Igreja S. António das Antas, no Porto. O último adeus a Fernando Gomes ficou marcado pelo cortejo, debaixo de chuva, com passagem pelo Estádio do Dragão. Centenas de pessoas aplaudiram e entoaram vários cânticos naquela que foi a despedida do melhor marcador da história do FCP.

cuja postura parece indicar que

final. Sem ser brilhante já seria honroso.

VICE-REITOR CALVÃO DA SILVA PARTICIPOU EM MAIS UMA CONFERÊNCIA EM MOÇAMBIQUE -- OVice-ReitordaUniversidadedeCoimbraJoãoNunoCalvãodaSilvafoiumdos11oradoresparticipantesnaConferência“Responsabilidade

miranteGouveiaeMeloeMiaCouto.

FACTOS

COIMBRA CORRE ENTRE PARQUES

A Câmara Municipal de Coimbra, a União de Freguesias de Coimbra e a Associação Desportiva 4 Estações promovem hoje, dia 1, a Corrida Entre Parques. Com início marcado para as 10h30, nos Arcos do Jardim, a corrida propõe um percurso de sete quilómetros cheio de história, a passar por locais emblemáticos da cidade tais como o Jardim da Sereia, Penedo da Saudade, Jardim Botânico, Universidade de Coimbra e os 125 degraus das Escadas Monumentais. A corrida termina, por volta das 13h00, na Rua do Arco da Traição.

RÓMULO CELEBROU 14 ANOS

O Centro Ciência Viva da Universidade de Coimbra – O Rómulo celebrou, no passado dia 24, o seu 14.º aniversário com um magusto, bolo de aniversário e uma “Mesa Redonda”, com o tema “Os prémios Nobel da Medicina, Física e Química explicados”. A “Mesa Redonda” contou com a participação dos cientistas João Teixeira, Helena Alberto, Marta Piñeiro e moderação de Rui Travasso. A comemoração, que assinalou também o dia do nascimento de Rómulo de Carvalho e o Dia Nacional da Cultura Científica, decorreu no átrio Sul do R/C do Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), junto às instalações do Rómulo.

PSICANALISTA CARLOS AMARAL DIAS VAI SER HOMENAGEADO NO SÁBADO

O psicanalista, pedagogo, universitário e investigador Carlos Amaral Dias vai ser homenageado em Coimbra, três anos após a sua morte, numa jornada pensada por antigos colegas e amigos, que propõem uma combinação de diferentes palcos e ambientes. A jornada de homenagem a Carlos Amaral Dias, intitulada “A estranheza da verdade nas veredas do inconsciente”, está agendada para sábado (3), no auditório do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ) de Coimbra. O professor universitário Carlos Farate explicou que esta é a primeira homenagem prestada a Carlos Amaral Dias, estando prevista a presença de pessoas de todo o país. No dia em que se assinalam os três anos da partida de Carlos Amaral Dias, um conjunto de personalidades destacadas de diferentes áreas profissionais vão juntar-se em Coimbra para homenagear aquela que foi uma “personalidade ímpar e de legado indelével para a psicanálise, para o ensino superior e universitário e para a saúde mental em Portugal”.

CM DE COIMBRA GANHA “PRÉMIO INCLUSÃO PELO DESPORTO”

O “Prémio Inclusão Pelo Desporto” foi, na quinta-feira (24), atribuído pelo Comité Paralímpico de Portugal (CPP) à Câmara Municipal (CM) de Coimbra. O prémio foi entregue ao vereador do Desporto, Carlos Matias Lopes, na Gala do CPP, que decorreu em Lisboa, e deve-se ao trabalho que tem sido desenvolvido pela CM de Coimbra nesta área. Destacam-se as celebrações oficiais em Coimbra do Dia Nacional do Paralímpico – no âmbito da Expo Desporto #Coimbra, que contou também com uma mostra de desporto inclusivo –, uma homenagem recente aos atletas e treinadores olímpicos e paralímpicos de judo, entre outros.

CAMPANHA DE NATAL DO CCI OFERECE BRINQUEDOS ÀS CRIANÇAS

O Centro Comunitário de Inserção (CCI), da Cáritas Diocesana de Coimbra, tem a decorrer, até dia 10, a campanha “Este Natal coloque um presente no meu sapatinho”, que tem como finalidade a angariação de brinquedos e jogos lúdicos e pedagógicos para oferecer às 60 crianças que acompanha. Esta iniciativa é realizada em parceria com a Academia de Música de Coimbra, a pastelaria Vasco da Gama, a Home work Out - PT Fábio Oliveira, a Decisões e Soluções – Consultoria Imobiliária e a Imobiliária Lux Properties. Com esta campanha de angariação de brinquedos e jogos, pretende-se dar continuidade ao projecto “Somos Família”, proporcionando um Natal diferente às crianças destas famílias, oferecendo-lhes um objecto de entretenimento adaptado à sua idade (dos 0 aos 12 anos). A distribuição dos brinquedos será efectuada no dia 14 de Dezembro.

O PALCO QUER SER RESTAURANTE “QUILÓMETRO ZERO” DA ZONA CENTRO

Abriu oficialmente, esta terça-feira (29), em Coimbra, o restaurante O Palco. Trata-se de um projecto, imaginado pelo chef Marco Almeida, que procura “dar palco” aos melhores produtos da região e transformá-los nos “protagonistas dos

facto da semana

SEXTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO 2022

1 DE DEZEMBRO DE 2022

“CIDADÃOS POR COIMBRA” DEFENDEM TRANSPORTES SUSTENTÁVEIS

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

www.campeaoprovincias.pt

A qualidade, a mobilidade e a sustentabilidade dos transportes públicos são pontos essenciais na óptica do Movimento “Cidadãos por Coimbra” (CpC), preocupados quando ouvem dizer que vamos ter défice com o sistema do Metro Mondego, pois com os SMTUC já se sabe que necessitam de uma injecção anual de 9 milhões de euros por parte da Câmara. O plenário do CpC, dedicado ao tema “Mobilidade Sustentável, Cidade Verde”, começou com o coordenador do movimento, Jorge Gouveia Monteiro, a salientar que se tem procurado manter uma linha muito coerente em defesa da qualidade da mobilidade e dos transportes públicos em Coimbra, sem diabolizar o MetroBus. Mas há questões a ter em conta, conforme referiu o Professor e arquitecto Adelino Gonçalves: “Uma cidade verde não é igual a plantar árvores a metro, mas sim gerir equilibradamente o actual PDM e pôr em prática um paradigma de desenvolvimento sustentável, porque a cidade não pode crescer sem ordem e uma estratégia de mobilidade tem de ser pensada articuladamente”. Já Carlos Gaivoto, engenheiro e mestre em Sistemas de Transporte, declarou que, em Coimbra, deu em “águas de bacalhau” o modelo TREM-TREM, que “poderia ter sido uma excelente solução para todo o Baixo Mondego e para as ligações à Lousã, Miranda do Corvo, Condeixa, Cantanhede, Soure e outras localidades”. Daí que, segundo ele, foi “uma má decisão a suspensão do projecto do Metro Mondego”, declarando, ainda, não acreditar que o sistema de MetroBus evite o automóvel na cidade. O debate estendeu-se à plateia, tendo alguns interveniente salientado que o problema de Coimbra reside precisamente nesta falta de planeamento e na incapacidade para ouvir as sugestões críticas dos munícipes. Foi ainda salientado que falta na cidade uma verdadeira rede de transportes escolares e que Coimbra dever ser uma cidade apelativa e amiga do peão, sendo também urgente pensar a nova Estação como uma oportunidade de desenvolvimento de Coimbra.

pratos”. O Palco procura explorar as raízes da zona Centro através de uma “cozinha de autor”. Com uma equipa jovem, o projecto inova na relação directa que Marco Almeida tem vindo a desenvolver com 17 produtores da zona Centro, que fornecem todos os alimentos usados no restaurante. O objectivo do chef é criar o primeiro “restaurante zero” da zona Centro, conceito ainda pouco explorado na restauração em Portugal. Os produtos mais distantes provêm de Oliveira do Hospital, Aveiro e Ílhavo e os mais próximos de Anadia, Mealhada, Cantanhede, Montemor-o-Velho, Antanhol e Ansião. O Palco tem, para já, um menu definido e procura “tirar o maior proveito da sazonalidade dos produtos”.

EHTC CELEBROU O 33.º ANIVERSÁRIO

A Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra (EHTC) comemorou, esta terça-feira (29), o 33.º aniversário, com uma cerimónia que decorreu no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra. Na cerimónia, entre outras actividades, foram entregues certificados e diplomas aos alunos das sete turmas que terminaram a formação no ano de 2022, dos cursos de Técnico/a de Cozinha/Pastelaria, Técnicas de Serviço de Restauração e Bebidas e Técnicas de Cozinha/Pastelaria (ambos no modelo On The Job), Gestão e Produção de Cozinha, Gestão de Restauração e Bebidas, Turismo Cultural e Património, Gestão Hoteleira e Alojamento e Turismo de Natureza e Aventura, que irão receber estes certificados e diplomas. Para além disto, foram distinguidos os melhores alunos de cada curso e foi ainda atribuído o galardão “aluno modelo”, além do aluno de mérito ambiental.

MERCADO DE NATAL ESTÁ DE VOLTA AO SEMINÁRIO MAIOR DE COIMBRA

O Mercado de Natal regressa, no dia 4 de Dezembro, ao Seminário Maior de Coimbra. Esta segunda edição vai contar com momentos musicais, artesanato, diversas bancas com opções de presentes de Natal para toda a família, doces, biscoitos, bolos, e um cheirinho a vinho quente para afastar o frio. O mercado realiza-se entre as 10h00 e as 18h00 e estão a decorrer as inscrições para visitas guiadas ao Seminário Maior de Coimbra, para o atelier de enfeites de Natal em macramé e atelier de presépios e enfeites de Natal com espátulas de madeira. Mais informações em https://www.seminariomaiordecoimbra.com ou através do email eventos.seminariomaiordecoimbra@gmail.com

BOTÂNICO DA UC INAUGURA EXPOSIÇÃO QUE MARCA OS 250 ANOS DE HISTÓRIAS

“A imagem do Jardim” é o nome da exposição de fotografia que celebra os 250 anos do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra (JBUC) e da reforma pombalina da Universidade de Coimbra (UC), que vai ser inaugurada na segunda-feira (5), pelas 14h00. A mostra pretende apresentar aos visitantes um resumo da longa história do JBUC através de 20 fotografias dispostas ao ar livre. A fotografia mais antiga da exposição foi captada por Antero Frederico de Seabra, em 1859. A imagem integra a colecção de Alexandre Ramires e revela espaços e estruturas já esquecidas, como a antiga estufa. A abertura da sessão de inauguração, que decorre na Estufa Tropical, vai

ser conduzida por Teresa Girão. A exposição “A Imagem do Jardim” vai estar inserida no espaço natural do JBUC até ao dia 10 de Março de 2023. Pode ser visitada gratuitamente, de segunda a domingo, entre as 9h00 as 17h30.

EXPOSIÇÃO “ARTE CHAIR” NO PORTUGAL DOS PEQUENITOS

A exposição “Arte Chair – Aquecimento Global – Não fiques sentado”, inaugurada, ontem (30), no Pavilhão do Alentejo, do Portugal dos Pequenitos, em Coimbra, vai estar aberta ao público até Fevereiro do próximo ano. O projecto, que é uma parceria e acolhimento da Fundação Bissaya Barreto / Serviço Educativo do Portugal dos Pequenitos, decorre no âmbito do Projecto Cultural do Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste e está integrado no Plano Nacional das Artes. Resultado de um trabalho colaborativo – coordenado na Escola EB 2,3 Inês de Castro (Agrupamento de Escolas Coimbra Oeste), pelo professor Fernando Teixeira –, a exposição procura, entre as diversas escolas nacionais e internacionais, sensibilizar para a problemática do aquecimento global e problemas associados e motivar os alunos e a comunidade escolar na defesa do Planeta. De salientar que o projecto envolveu 26 escolas de sete países de língua oficial portuguesa, em quatro continentes. Assim, em Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, 40 professores motivaram e orientaram nesta actividade 2.193 alunos. A mostra estará patente até às 17h00 do dia 28 de Fevereiro.

FUNDAÇÃO BISSAYA BARRETO COM TRÊS NOVOS CURADORES

O Conselho de Curadores da Fundação Bissaya Barreto tem desde segunda-feira três novos elementos: António Bagão Felix, José Cruz Vilaça e Margarida Mano. O Conselho de Curadores é um órgão consultivo, presidido por José Manuel Moreira Cardoso da Costa, apoiando o Conselho de Administração da Fundação Bissaya Barreto no desempenho das suas funções. António Bagão Felix foi ministro das Finanças, da Administração Pública e da Segurança Social e do Trabalho, assim como vice-governador do Banco de Portugal. José Cruz Vilaça foi Juiz do Tribunal de Justiça da União Europeia e presidiu ao Conselho de Disciplina da Comissão Europeia, enquanto Margarida Mano é vice-Reitora da Universidade Católica Portuguesa e presidente do Fórum de Gestão do Ensino Superior nos Países e Regiões de Língua Portuguesa, tendo sido ministra da Educação e da Ciência, deputada e, ainda, vice-Reitora, pró-Reitora e administradora da Universidade de Coimbra.

UF DE S. MARTINHO DO BISPO E RIBEIRA DE FRADES ENTREGA BOLSAS DE ESTUDO

A União de Freguesias (UF) de S. Martinho do Bispo e de Ribeira de Frades realiza hoje (quinta-feira) a Gala de atribuição dos prémios de mérito e bolsas de estudo, no auditório da Casa do Juiz, em Bencanta, pelas 16h00. Esta Gala distingue os melhores alunos residentes na União de Freguesia, que terminaram o 1.º,2.º e 3.º ciclos e o secundário, assim como atribui 21 bolsas de estudo a alunos que ingressem e/ou frequentem o ensino secundário.

POLITÉCNICO PRONTO A INVESTIR

24 MILHÕES NA BENCANTA

LINO VINHAL / JOANA ALVIM

Jorge Conde é presidente do Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) desde 2017, tendo sido reeleito para o quadriénio 2021-2025 o que significa que este será o seu último mandato. Doutorado em Ciências do Desporto, ramo de Actividade Física e Saúde, professor especialista em Cardiopneumologia. É professor coordenador na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra (IPC-ESTeSC), conta com mais de 100 artigos publicados e de 200 comunicações em congressos. A recandidatura à presidência do IPC deveu-se a querer levar mais longe as suas metas e o traçar novos objectivos.

Campeão das Províncias [CP]: Esteve agora há dias em Cabo Verde e não foi em férias?

Jorge Conde [JC]: Estivemos lá na 12.ª conferência

Forges que terminou a 25 de Novembro. É um fórum de gestão do ensino superior que tem por objectivo promover a aproximação de toda a comunidade académica, em especial os decisores da política educativa, os membros dos órgãos de gestão das instituições, os docentes e investigadores do mundo lusófono.

Hoje as instituições do ensino superior medem-se também pela sua capacidade de internacionalização e há várias formas e mercados para o fazer. Nós optámos pelo mercado lusófono pela facilidade da língua. Neste momento temos entre 800 a 900 alunos estrangeiros no IPC.

[CP]: O futuro das instituições passa por aí?

[JC]: Tentamos contrariar a baixa natalidade, que se faz sentir no ensino com a falta de alunos, com a captação de jovens para Portugal.

A verdade é que sem este movimento de imigração não vamos conseguir formar jovens para manter muitas empresas. Estamos a assistir a isso, muitas estão a reduzir a capacidade de produção por falta de mão de obra. A grande maioria destes alunos vem estudar por sua conta. Estamos a tentar estabelecer protocolos nos

países de origem de forma a garantir a sua estadia sem privações de maior. Já aconteceu no passado alguns não terem meios de subsistência e tentamos fazer para que não se repita.

[CP]: É o seu último mandato. Satisfeito com este serviço cívico?

[JC]: Sim. Se não tivesse ficado satisfeito com os primeiros quatro anos não me tinha recandidatado. Também me recandidatei

A

porque a maioria dos projectos, não apenas por força da COVID, mas também, se atrasaram. Genericamente estou satisfeito com o trabalho que temos realizado. Ao contrário do que se diz, as escolas do IPC têm mais autonomia agora. A visão que implementei no IPC não foi inventada por mim, é a visão que existe em 12 dos 15 politécnicos e em todas as universidades, que têm esta estrutura definida desde sempre. A excepção eram os Politécnicos de Lisboa, Porto e Coimbra, que se têm ajustado. Aqui foi mais difícil implementar e durante mais de 30 anos fizemos isto mal. Prova disso é que fomos ultrapassados

por Leiria em quase todos os indicadores. Se formos capazes de verticalizar (juntar) o que deve ser verticalizado, vamos ser muito mais eficientes. Por outro lado, há sectores, como o pedagógico e o científico, que podendo trabalhar em conjunto se devem manter identitários de cada escola. Se o IPC recuar neste caminho de identidade conjunta, voltará a ser uma instituição de que não se falará. Temos que ter noção que uma comunidade

Oliveira do Hospital. Em Coimbra vamos fazer uma residência com 400 camas em Bencanta e vamos também fazer a recuperação das actuais, porque há uma dificuldade cada vez maior de bom alojamento a preços acessíveis. Vamos fazer aí um complexo com três edifícios residenciais e uma escola, é um investimento que ronda os 18 milhões de euros de fundos PRR, dos quais cerca de 14 milhões de euros são para a residência e 4 milhões de euros para a escola de cursos técnicos superiores profissionais.

[CP]: Prevê que o arranque deste complexo ainda seja no seu mandato?

perior de Saúde. A ideia de um Campus é muito mais do que juntar as escolas num espaço, é a criação de uma identidade.

[CP]: O IPC está a investir nos alunos vindos das escolas profissionais…

de 12.000 pessoas é obrigatoriamente mais importante que uma comunidade com 2.000, ou 3.000. A escola Agrária que é talvez a marca mais identitária do nosso Politécnico, é um bom exemplo. Esta escola é talvez a mais forte do País, na sua área. Nos últimos quatro anos, talvez fruto desta estratégia de comunicar, muito ligada à marca Politécnico de Coimbra, duplicou o número de alunos colocados na primeira fase de acesso. Digo talvez porque esse estudo está por fazer.

[CP]: Em Oliveira do Hospital a realidade é semelhante?

[JC]: O que nós fizemos

com a marca Oliveira do Hospital foi potenciá-la e hoje a escola, quando comparada com há cinco anos atrás, duplicou o número de alunos. Eu diria que, fazendo a residência que está prevista; a Câmara Municipal avançando com o projecto da nova escola, poderemos ter a partir de 2025 uma estrutura sólida. A escola é a âncora da cidade e tenho noção que a Câmara tem isso presente, ainda que ao longo de 20 anos não tenha sido a sua primeira prioridade, daí que, a escola não tenha ainda umas instalações compatíveis com a sua importância. A escola passou de 200 alunos a 700. Vamos, por isso mesmo, investir 4,5 milhões de euros, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), em Oliveira do Hospital para a construção de uma residência.

[CP]: O IPC vai contruir uma residência para os alunos que frequentam a escola de Oliveira do Hospital. E em Coimbra?

[JC]: Sim, vamos construir uma residência com 98 camas. Pretendemos com esta construção resolver o problema de alojamento dos nossos alunos e também resolver um problema urbano, recuperando um imóvel que está fechado há anos no melhor sítio da cidade de

[JC]: Eu prevejo que se a Câmara Municipal de Coimbra nos ajudar com a agilização dos licenciamentos, possamos começar a obra antes do Verão do próximo ano. O projecto está a ser concluído, entrará na Câmara ainda neste ano civil. A nossa expectativa é que a obra inicie até ao verão porque se não o fizermos a probabilidade de não o con-

[JC]: Já há provas adaptadas para estes alunos ingressarem no ensino superior, seja politécnico ou universitário. Estamos a negociar com a própria tutela no sentido de melhorar esta via, torná-la mais prática, de forma a agilizar o processo. A ideia de que só ingressava no ensino profissional quem não tinha condições para continuar os estudos por outra via neste momento já não se verifica. O mercado de trabalho mudou, valoriza-se o saber fazer por isso temos cada vez mais estudantes do ensino secundário a optar por este ensino. A vantagem do ensino politécnico, para os alunos que vêm destes cursos, é que oferece cursos superiores técnicos profissionais que são um espaço entre o ensino secundário e as licenciaturas. Pela im-

As escolas do Politécnico têm mais autonomia agora

seguirmos concluir em tempo de PRR é muito grande. O IPC vai investir no concelho cerca de 24 milhões em obras novas e em reabilitação de edifícios existentes. Mas, este investimento com prazos muito curtos só será possível de concretizar, com a colaboração da Câmara Municipal na agilização das burocracias associadas.

[CP]: O espaço da Bencanta é o futuro do politécnico?

[JC]: As instituições que se agruparam em Campus foram aquelas que criaram maior dinamização e rentabilidade. Temos o exemplo de Aveiro e Tomar. É isso que faz sentido, não ficarei tempo suficiente para o concretizar, mas a minha ideia sempre foi essa. Propusemos no Conselho Regional do Centro, no quadro 2030, um investimento numa nova Escola Superior de Educação, que seria também colocada no Campus de Bencanta. Ficaria por levar para o novo Campus o Instituto Superior de Engenharia e a Escola Su-

portância que damos a esta área, vamos criar a sétima escola do IPC, também em Bencanta, só dedicada a estes cursos.

[CP]: Mantém a sua luta pela equivalência entre ensino politécnico e ensino universitário?

[JC]: Eles já são equivalentes, mas diferentes. Apesar de cada vez menos diferentes. Esta causa está na Assembleia da República, temos feito trabalho, quase diariamente, no sentido de mostrar que não só os politécnicos têm capacidade para dar doutoramentos, como a alteração da designação para Universidade Politécnica beneficia o País, não prejudicando ninguém. Na prática nós já fazemos doutoramentos, mas com o favor das universidades. Há doutoramentos em parceria e há muitos alunos de doutoramento, que desenvolvem a sua investigação nos nossos laboratórios, mas o diploma é passado exclusivamente pelas Universidades.

Jorge Conde: “o Politécnico vai construir uma sétima escola dedicada aos cursos superiores técnicos profissionais”

02 DE DEZEMBRO 2022

ACTUALIDADE /SAÚDE

DE DEZEMBRO DE 2022

ISEC VAI ENCERRAR O CENTENÁRIO COM A APRESENTAÇÃO DE UM LIVRO

OInstituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) vai apresentar, no dia 6 de Dezembro, pelas 17h00, no auditório principal das suas instalações, um livro sobre os 100 anos da engenharia em Portugal.

Da autoria do historiador José Amado Mendes, a obra, intitulada “100 anos de Engenharia em Portugal, 1921-2021”, vai encerrar o centenário do ISEC.

Acerca deste livro, Mário Velindro, presidente do ISEC, referiu que “este livro comemorativo do centenário da instituição, da qual o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra descende, mostra bem, e com rigor histórico, quais eram as aspirações que presidiram ao lançamento do ensino da engenharia em Coimbra”.

Ainda de acordo com Mário Velindro, “nesta passagem dos 100 anos, os grandes activos do ISEC continuam a ser a ciência que produz, os seus projectos pedagógicos, o seu

prestígio, os seus cursos, as suas licenciaturas e os seus mestrados”.

Recorde-se que foi a 5 de Dezembro de 1921 que o Instituto Industrial e Comercial de Coimbra lançou o que viria mais tarde a tornar-se no ISEC e no ISCAC – Coimbra Business School, dotando a cidade de Coimbra de competências para modernizar a economia empresarial e a administração pública da região e do país.

“A investigação feita pelo historiador José Amado Mendes comprova que o ISEC foi, é e será

uma máquina produtora de futuro”, sublinhou Mário Velindro. O presidente reforçou ainda que a instituição “é hoje um agente activo de mudança no ensino superior em Portugal, na transformação e modernização do país, graças ao trabalho e à autonomia dos seus departamentos e dos seus orgãos de gestão”.

O livro resulta da investigação, recolha de testemunhos e organização de elementos da memória colectiva, desde a criação do instituto até ao momento actual.

Luís Miguel Castro,

actual presidente do Conselho Técnico-Científico e também professor no ISEC há mais de 25 anos, afirmou o seu testemunho no que diz respeito a um “esforço contínuo do ISEC em acompanhar a evolução da sociedade e a transformação tecnológica, inovando na sua oferta formativa e actualizando-se em termos tecnológicos”.

Relativamente ao orgão que preside, Luís Miguel Castro acrescentou que tem “promovido a adaptação dos cursos às necessidades dos estudantes e da sociedade e à internacionalização do ensino, tendo-se lançado nos últimos anos novas formações em áreas da gestão sustentável das cidades, da gestão de activos físicos, da bioengenharia e da engenharia biomédica, bem como assegurado a oferta de cursos internacionais como o Curso Europeu em Engenharia Informática e o Erasmus Mundus em Mobilidade Eléctrica e Sistemas de Energia”.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

CRI DE PSIQUIATRIA ABRE ESPAÇO “CASA DE ARTES”

O Centro de Responsabilidade Integrada (CRI) de Psiquiatria abriu, no dia 29, um novo espaço - “Casa de Artes”. Com o objectivo de desenvolver várias actividades em prol da promoção da Saúde Mental e do Bem-estar, o Centro assume a utilização da arte como grande importância nestes aspectos, pois permite o desenvolvimento de capacidades da pessoa, a melhoria da relação inter-pares e a preparação para a integração social. Desta forma, o CRI de Psiquiatria instalou um projecto de intervenção pela arte, no Pavilhão 9 do Hospital Sobral Cid, designado por “Casa de Artes” onde vai ser estabelecido um programa de participação e desenvolvimento artístico com os residentes e de aprendizagem dos técnicos, com orientação da equipa “Nós os loucos aqui vos Esperamos – Manicómio e Viarco”, possibilitando, assim, a continuação deste projecto no futuro. Esta edição do projecto “Nós os Loucos aqui vos Esperamos” é financiada pelo programa PARTIS da Fundação Calouste Gulbenkian.

ESTESC E GRUPO IGHS GARANTEM ESTÁGIOS EM OMÃ

A Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC) e o Idealmed Group of Healthcare Services (IGHS) estabeleceram um protocolo de cooperação que vai permitir aos recém-diplomados da Escola realizar estágios em regime de mobilidade nos hospitais do grupo, nomeadamente no Oman International Hospital e no Globalmed Medical Center (Macau). O acordo prevê ainda a colaboração das duas instituições em projectos de investigação e no desenvolvimento de programas de formação especializada. Graciano Paulo, presidente da ESTeSC, garante que esta parceria abrirá a oportunidade aos estudantes de todos os cursos da Escola de realizar estágio em contexto internacional – e em unidades de saúde de referência –, beneficiando das novas regras do programa Eramus e das estruturas de apoio do grupo IGHS. Já o grupo IGHS acredita que os diplomados da ESTeSC-IPC representarão uma mais-valia para as instituições onde vierem a ser colocados.

CHUC ORGANIZA CONGRESSO INTERNACIONAL DE RADIOLOGIA

AUniversidade de Coimbra recebeu, esta semana, a cerimónia de entrega dos conceituados prémios Albert Einstein, José Vasconcelos e Leonardo da Vinci, atribuídos pelo Conselho Cultural Mundial. Os galardões foram entregues, ontem (30), a partir das 10h00, na Sala dos Capelos, durante a 37th World Cultural Council Award Ceremony.

Esta foi a primeira vez que uma universidade portuguesa recebeu a cerimónia de entrega de prémios do Conselho Cultural Mundial – que já foi organizada por instituições como o Massachusetts Institute of Technology, a Universidade de Oxford ou a Universidade de Princeton. Foi também a primeira ocasião em que os três galardões foram atribuídos no mesmo evento – até aqui, o Prémio Albert Einstein era entregue anualmente, enquanto os

restantes eram concedidos alternadamente (o Prémio José Vasconcelos nos anos pares e o Leonardo da Vinci nos anos ímpares) –, tendo sido nesta edição todos atribuídos a mulheres.

Victoria M. Kaspi, professora da Universidade McGill (Montreal, Canadá), viu ser-lhe atribuído o Prémio Mundial de Ciências Albert Einstein “como reconhecimento das suas contribuições fundamentais para a compreensão dos ‘magnetares’, estrelas de neutrões com os campos magnéticos mais elevados que se conhecem no Universo”.

Claudia Mitchell, professora na Universidade de McGill (Canadá), foi distinguida com o Prémio Mundial de Educação José Vasconcelos “pelo seu empenho na educação, enquanto professora entusiasta e defensora apaixonada da juventude, transformando as vidas de milhares de jovens oriundos

de meios marginalizados, com um impacto profundo e duradouro no bem-estar e auto-estima das raparigas em muitos países”.

E J. Meejin Yoon, arquitecta e directora da Faculdade de Arquitectura, Arte e Planeamento de Gale e Ira Drukier, na Universidade de Cornell (EUA), recebeu o Prémio Mundial de Artes Leonardo da Vinci “pelos seus feitos no mundo académico e pela sua contribuição única para a disciplina de arquitectura, em particular a concepção inovadora e ponderada de memoriais, instalações e estruturas públicas, inspiradas por um profundo sentido de contexto histórico e cultural, proporcionando lugares de recordação e reflexão geradores de esperança”.

Desde 1984, o Prémio Mundial de Ciência Albert Einstein, o Prémio Mundial de Educação José Vasconcelos e o Prémio Mundial

de Artes Leonardo da Vinci foram concedidos a dezenas de cientistas, educadores e artistas ilustres que alcançaram conquistas marcantes nos seus campos de acção e têm trabalhado para promover a tolerância, paz e conhecimento para o bem-estar da humanidade e do meio ambiente.

Na cerimónia deste ano, o Conselho Cultural Mundial também distinguiu jovens investigadores com ligação à Universidade de Coimbra que desenvolveram trabalhos notáveis nas áreas da ciência, da educação e das artes. Os laureados foram Filipa Bessa, Joana Ferreira, João Peça, Paulo Rocha e Sérgio Domingos (Ciência), Ana Dias Fonseca, Hugo Gonçalo Oliveira, Rui Cardoso Martins (Educação), Edicleison Freitas, Joana Antunes, Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral (Artes).

A sala D. Afonso Henriques, no Convento de São Francisco, em Coimbra, vai receber, de 24 e 25 de Março de 2023, o Congresso Internacional de Radiologia de Coimbra (CIRC). O evento decorre de uma organização dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica do Serviço de Imagem Médica do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). O evento foi concebido, tendo em conta quatro princípios: unir todos os organismos públicos que oferecem serviços de radiologia; internacionalizar as áreas de radiologia; tornar o evento uma referência no panorama nacional e internacional, pela qualidade científica; trazer novos projectos à cidade de Coimbra e promover a envolvência com os decisores públicos. Com a organização deste congresso pretende-se potenciar a produção de conhecimento e de valor tecnológico na área da radiologia a nível nacional e internacional, reunindo peritos na área e criando uma rede de troca de conhecimento.

CHUC APOSTA NA CAPACITAÇÃO DO CUIDADOR INFORMAL

O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) desenvolveu o projecto “Cuidadores Infor+” que visa o empoderamento dos cuidadores informais, tendo por base as boas práticas de literacia em saúde. Neste projecto é assegurada diversa informação ao cuidador informal, mormente sobre os direitos de que pode usufruir, os recursos comunitários disponíveis para o apoiar e as estratégias promotoras do seu bem-estar, contribuindo, assim, para facilitar o seu desempenho, reduzir a sobrecarga e promover a satisfação. Os cuidadores informais capacitados nos vários serviços do CHUC têm a possibilidade de usufruir deste espaço para acompanhamento e apoio personalizado, assegurado pelo Grupo Institucional “Literacia para a Segurança dos Cuidados de Saúde de Enfermagem”, após referenciação efectuada pelos respectivos Serviços Clínicos.

DAS PROVÍNCIAS

ATELIER INICIOU FORMAÇÃO A 22 DE NOVEMBRO

COIMBRA PASSA A TER UM NOVO ‘PÓLO’

ESPECIALIZADO EM FOTOGRAFIA

ADELAIDE MARTINS

Para ficarmos a conhecer o novo Atelier de Coimbra, devemos começar com uma pequena viagem no tempo que nos remete para a cidade de Lisboa. Em Alvalade, no ano de 2006, nasceu o Atelier de Lisboa: um Centro de Artes Visuais e Escola de Fotografia vocacionada para o trabalho fotográfico numa perspectiva autoral. Com uma estrutura modular e um ensino tutorial e personalizado, o Atelier de Lisboa tem como principal actividade o apoio ao desenvolvimento de projectos, produção e realização de exposições e produção de livros de fotografia. Este ano, Lisboa mobiliza-se para a região Centro e o Atelier ganha também o nome de Coimbra, ao fixar-se num novo pólo na cidade.

A funcionar em parceria com a Associação “Há Baixa”, HAB, (1) o Atelier de Coimbra vai ser coordenado por Bruno Pelletier Sequeira e Sofia Pratas Morais e vai contar, desde já, com um corpo docente de excelência, nomeadamente com a presença e mestria de António Júlio Duarte, Alexandre Magalhães, Martim Ramos, Miguel Rodrigues e Tito Mouraz. Além do domínio da área, todos os professores foram seleccionados pela sua aptidão e motivação para o ensino e pela questão da proximidade à cidade.

A parceria com a HAB surgiu por intermédio do fotógrafo de Coimbra João Duarte que encaminhou o contacto até Catarina Pires, responsável pela Associação. Esta dedica-se à inclusão social através de projectos artísticos, denominação esta em que o Atelier se insere.

COORDENAÇÃO

Sofia Pratas Morais, coordenadora do projecto, é natural de Coimbra, mas viveu e trabalhou em Lisboa na área de gestão de desenvolvimento de software, entre 2006 e 2020. Depois de 15 anos a viver na capital do país, Sofia está já há dois de regresso à sua terra-natal e frequenta o Mestrado de Estudos Curatoriais (na Universidade de Coimbra) com os professores José Maçãs de Carvalho e Ana Rito. A sua paixão por fotografia começou “há cerca de dez anos enquanto via o meu avô a desvanecer atrás do Alzheimer”. Curiosamente, “até então não percebia o porquê de fotografar”, confessou. Também ela aluna do Atelier de Lisboa, em Projecto com o fotógrafo António Júlio Duarte e o editor Pedro Alfacinha, terminou, em 2021, o projecto e construção de um livro com o fotógrafo Bruno Pelletier Sequeira e participou no workshop e masterclasse de Filme e Fotografia I e II com o fotógrafo Daniel Blaufuks. Em 2019, completou o Curso Profissional de Fotografia na Associação Portuguesa de Arte Fotográfica com o fotógrafo António Lopes. Sofia dedica-se a temas autobiográficos com origem em desconfortos, desvios

ou perturbações, resultando em trabalhos de cariz íntimo.

Quando regressou a Coimbra decidiu deixar a sua marca na cidade, ajudando a cultivá-la. Por não encontrar nenhuma escola de fotografia dedicada à componente autoral e artística, viu-se obrigada a fazer viagens regulares a Lisboa para poder continuar os seus estudos. Assim nasceu a ambição de criar “um novo ecossistema em torno da fotografia autoral e artística (2) em Coimbra, através de uma dinâmica de cursos, workshops, conversas, exposições e outros eventos que incidem boas conversas e que permitam que pessoas apaixonadas por fotografia – como eu – possam progredir umas com as outras”, referiu.

FORMAÇÃO

Miguel Rodrigues, artista plástico, vive e trabalha entre Lisboa e, mais recentemente, Tomar. Mestre em Audiovisuais pela Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, fez uma pós-graduação em Fotografia, Projecto e Arte Contemporânea. É professor de fotografia no Atelier de Lisboa e vem, agora, partilhar o seu conhecimento com Coimbra, ao leccionar o Curso Completo de Fotografia e o Curso

de Projecto, ambos com a duração de um ano. Quando questionado pelo momento em que a fotografia passou a fazer parte da sua vida, Miguel Rodrigues recordou três momentos. “O meu pai tinha uma máquina fotográfica avariada e deixava-me brincar com ela. Sentava-me numa bicicleta na varanda lá de casa e fingia que andava por aí a fotografar”. Mais tarde, na adolescência, “o pai de um amigo próximo, o Kotowicz, que era fotógrafo na revista Volta ao Mundo, fez-me alimentar a ideia de fazer da fotografia um modo de vida”. O outro marco foi o seu primeiro curso, com Bruno Pelletier Sequeira. “A visão do que é a prática autoral em fotografia e o espírito empático aliado ao rigor técnico e artístico na sua atitude pedagógica são, ainda hoje, elementos marcantes na forma como desenvolvo o meu trabalho artístico e pedagógico”, confessou.

Os cursos pelos quais vai ser responsável “estão vocacionados para a prática autoral/artística” e estão divididos em dois níveis. “O curso completo representa o nível de iniciação, em que são abordadas as questões mais técnicas do manuseio da máquina e dos softwares de pós-produção, primeiro, e de

1 Sediada no número 38 da Rua Eduardo Coelho, “Há Baixa” (HAB) é uma associação cultural sem fins lucrativos que tem como missão o desenvolvimento de projectos artísticos e comunitários multidisciplinares, fruto do cruzamento entre a participação cívica e a criação artística. Dos inúmeros projectos desenvolvidos pela HAB destacam-se os mais recentes: “O Saco da Baixa” e “BAIXaVOZ”, o novo coro de amadores da Baixa e Centro Histórico, apresentado no domingo (27).

2 Fotografia autoral aponta para um trabalho em que o autor se expressa através das imagens, através de ideias ou temas que lhe são caras, em contraponto com seleções das “melhores imagens” ou de ideias mais genéricas.

linguagem fotográfica e iniciação ao projecto, depois. O curso de projecto é inteiramente dedicado ao desenvolvimento de ideias e conceitos através da prática fotográfica”, explicou. Ambos os cursos vão culminar numa exposição final.

FUTURO

Quando debruçados sobre expectativas futuras, Sofia e Miguel cruzam naturalmente as suas opiniões. A coordenadora diz esperar que “se crie na cidade uma comunidade de pessoas que se interessem pela fotografia autoral e que possam progredir umas com as outras, e também trazer novas pessoas e ligações fortes à cidade através de workshops com artistas como o António Júlio Duarte, o Martim Ramos e o Tito Mouraz”. Sofia Morais acrescenta ainda que veria “a missão cumprida” ao finalizar o ano com um conjunto de alunos que pretendessem

continuar a desenvolver trabalho e professores motivados em continuar a leccionar no Atelier de Coimbra, “de forma a podermos continuar para um segundo ano”.

Miguel Rodrigues diz que “como responsável pelos dois primeiros cursos de longa duração no Atelier de Coimbra, tenho o privilégio de poder contribuir para o desenvolvimento da capacidade de expressão pessoal e autoral dos alunos”. Para si, poder passar um pouco da herança que recebeu “desta casa” é uma responsabilidade que o motiva. Cumprido o ano lectivo, Miguel Rodrigues espera ter “condições para que haja um segundo ano”. O primeiro ano de um projecto “é sempre muito delicado”. Neste caso, “pelo projecto e visão do Bruno Pelletier Sequeira sobre o que é o Atelier, pelo que este representa para mim e pelo esforço e dedicação da Sofia Pratas Morais em trazer o projecto para Coimbra”, concluiu.

OFERTA FORMATIVA

CURSO COMPLETO DE FOTOGRAFIA

Miguel Rodrigues

Início: 22 Novembro 2022

1 ano lectivo / 1 aula semanal

Preço: 8 mensalidades de 95 euros Local: Associação Há Baixa

CURSO DE PROJECTO

Miguel Rodrigues

Início: 22 Novembro 2022

1 ano lectivo / 1 aula semanal (pós-laboral)

Preço: 9 mensalidades de 110 euros Local: Associação Há Baixa

PROCESSOS EXPERIMENTAIS EM FOTOGRAFIA

Alexandre Magalhães 4 sábados [datas a definir]

Preço: 1 mensalidade [a definir]

O ACTO DE CAMINHAR COMO METODOLOGIA E PRÁTICA ARTÍSTICA E FOTOGRÁFICA

Martim Ramos

Início: Abril 2023 [a definir]

3 sábados

Preço: 1 mensalidade [a definir]

WORKSHOP DE PROJECTO

Tito Mouraz Início / Preço [a definir]

WORKSHOP DE PROJECTO António Júlio Duarte

Início: Junho 2023 [a definir] 5 sessões em dias seguidos (pós-laboral)

Preço: a definir

Miguel Rodrigues e Sofia Morais apresentaram o Atelier na Livraria Bruaá

EMPRESAS DE ARGANIL AUMENTARAM 16 MILHÕES O VOLUME DE NEGÓCIOS

LUÍS SANTOS

As 50 maiores empresas do concelho de Arganil atingiram um volume total de negócios de 132,9 milhões de euros em 2021, superando em 16 milhões de euros o montante do ano económico anterior e traduzindo um dinamismo do tecido económico numa importante zona do interior do distrito de Coimbra.

De acordo com a listagem elaborada pela Informa para o “Campeão”, que publicamos nesta página, o concelho de Arganil manteve, de 2020 para 2021, o mesmo número de empresas (21) entre as 700 maiores do distrito de Coimbra, mas desceu do 7.º para o 9.º lugar ao ser ultrapassado pelos concelhos de Penacova e Mira que conseguiram colocar mais empresas com maior volume de negócios.

Relativamente aos postos de trabalho a dinâmica empresarial de Arganil fica também confirmada, com 1.119 empregados nas 50 maiores empresas, mais 62 trabalhadores do que no

ano anterior, o que também confirma a perspectiva do presidente da Câmara que vai no sentido da necessidade de captar mais investimento para o concelho, o que agora se torna possível com a ampliação do Parque Industrital em Sarzedo.

No concelho de Arganil, os quatro primeiros lugares da tabela não apresentam alterações, com as empresas que os ocupam a serem as mesmas do ano anterior, verificando-se apenas uma troca de posições entre o 5.º e o 6.º lugar.

Como maior empresa continua a Pinewells, SA, de produção de pellets de madeira através de biomassa e que pertence ao grupo Visabeira, estando sediada na Zona Industrial da Relvinha, em Sarzedo, e com um volume de negócios de 19,9 milhões de euros, 18,5 milhões de euros, mais 1,4 milhões do que no ano anterior.

No segundo lugar da lista está a empresa Eólica das Serras das Beiras, SA, localizada na Serra do Açor, em Piódão, que apresenta um volume de negócios de 19,1

milhões de euros (mais dois milhões de euros do que em 2020), sendo o caso de uma empresa que è comandada à distância e não apresentam quaisquer posto de trabalho local.

O terceiro lugar do pódio continua a pertence à empresa Sulpasteis - Comércio e Indústria de Produtos Alimentares Congelados, Lda., que se encontra, também, na Zona Industrial da Relvinha e se dedica ao fabrico de salgados, refeições pré-cozinhadas, preparados de carne e alguma pastelaria. Esta firma apresenta 12 milhões de euros de volume de negócios (um

aumento de dois milhões) e tem 118 trabalhadores, sendo a segunda maior empregadora do concelho, apenas abaixo da AMMA 1981 -. Têxtil SA, que tem 166postros de trabalho.

16 empresas na casa de um milhão de euros

Depois das três primeiras são 16 as empresas (mais cinco que no ano anterior) que estão no patamar entre 6,4 milhões de euros (InterArganil - Supermercados, Lda) e os 2 milhões de euros (a empresa de construção Prieto & Reis, Lda), envolvendo também actividades

como a avicultura, construção civil, comércio de combustíveis, fabricação de componentes e acessórios para veículos, produção de energia eólica, fabricação de aparelhos não eléctricos, confecção de vestuário e uma farmácia.

No patamar do volume de negócios de um milhão de euros estão 16 empresas, que abrangem actividades desde os transportes rodoviários, avicultura, passando pela construção, quer de edifícios, quer de estruturas metálicas, portas, mobiliário e climatização, até ao comércio por grosso de madeiras.

ACTIVIDADE

Entre um volume de negócios de 998.921 euros (Construções Alfredo Rodrigues José, Lda) e a última da tabela (Movialva – Móveis e Decoração, Lda, com 635.936 euros) estão 15 empresas, menos cinco que no ano anterior, o que traduz um acréscimo de vendas que elevou o último patamar da tabela. Estão aqui, essencialmente, empresas de construção, de exploração florestal e de comércio.

Quantos aos sectores de actividade das 50 maiores empresas do concelho de Arganil, a indústria transformadora está em evidência, com 11 empresas, o maior número em termos sectoriais, seguindo-se o comércio a retalho, com 9 empresas, e o comércio por grosso com 8. A construção civil está presente com sete empresas, seguindo-se a exploração florestal (4 emoresas), a avicultura (duas). Presente no leque de actividades económicas estão também duas serrações de madeira, uma empresa de transportes, e uma de venda de automóveis.

56CENTRODEPNEUSECOMBUSTIVEISAM&GMP,LDASÃOPEDROComércioaretalhodecombustívelparaveículosamotor,emestabelecimentosespecializados134629342,64 65CONSTRUÇÕESCASTANHEIRA&JOAQUIM,LDAMALADÃOConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)333699602,20 718FÁBRICADERADIADORESDOALVA,LDASARZEDOFabricaçãodeestruturasdeconstruçõesmetálicas343604135,62 817RAMALPOMBEIRO-CONSTRUÇÕES,LDARAMALDEPOMBEIROConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)253385101,01 99T&D-AUTOMÓVEIS,LDASÃOPEDROComérciodeveículosautomóveisligeiros43336276,92 1011ANTONINODIASFERNANDES,LDASARZEDOFabricaçãodeaparelhosnãoelétricosparausodoméstico452839467,43 1114EUROMADEIRA-EMPRESADEMADEIRASINDUSTRIAIS,LDACOJASerraçãodemadeira322661042,66 1210PARQUEEÓLICODEVALEGRANDE,S.A.TEIXEIRAProduçãodeeletricidadedeorigemeólica,geotérmica,solaredeorigem,n.e.02613483,47 138SALSICHARIASOARES&DAMIÃO,LDAVILARINHODOALVAFabricaçãodeprodutosàbasedecarne232518441,22 147SOLALVA-MECÂNICADEPRECISÃO,S.A.CARVALHASDESÃOPEDROFabricaçãodeoutroscomponenteseacessóriosparaveículosautomóveis492481196,68 1521ADVANCEDGREEN-ENGENHARIANATURALEURBANA,LDAARGANILConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)72411221,14 1613AMMA1981-TÊXTIL,S.A.SARZEDOConfeçãodeoutrovestuárioexterioremsérie1662221919,11 1712PAULAINÊSMOREIRADINIS,LDACOJAComércioaretalhodeprodutosfarmacêuticos,emestabelecimentosespecializados102206605,51 1815CONFRIOVO,S.A.COJAAvicultura112105618,30 1916PRIETO&REIS,LDAARGANILOutrasinstalaçõesemconstruções382005907,58 2020CASADOAPICULTOR-CARPINTARIA,PRODUÇÃOECOMERCIALIZAÇÃODEMEL,LDASARZEDOFabricaçãodeoutrasobrasdemadeira291858430,87 2119N.F.PEGADO-EMPRESADESINALIZAÇÃOEPUBLICIDADE,UNIPESSOAL,LDARAMALDEPOMBEIRO141747556,16 2224VIASOLAR-ENERGIASOLAREAQUECIMENTOS,LDACOJAInstalaçãodeclimatização161646663,73 2323TIMBERPOR,LDAARGANIL201598127,90 2428GRAJOMARCO-FABRICOECOMÉRCIODEMÓVEIS,LDACASALDESÃOJOSÉFabricaçãodeoutrasobrasdecarpintariaparaaconstrução291367437,96 2536TUBIMPER-TUBOSEREVESTIMENTOS,LDACOJAComércioporgrossodemateriaisdeconstrução(excetomadeira)eequipamentosanitário41289311,14 2629VALOVOII-AVICULTURA,LDACOJAAvicultura91278369,58 27-ARGOCONSTRUTORA-CONSTRUÇÃOCIVIL,LDAARGANILConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)101229207,61 2822MADELJOR-METALÚRGICASARAIVARIBEIRO,LDAPÓVOADEFOLQUESFabricaçãodeportas,janelaseelementossimilaresemmetal201197006,85 2925FORMAPERFEITA,LDASARZEDOFabricaçãodemobiliáriodecozinha181195634,62 30-IMPONENTURBO,LDAOLIVEIRADOCONDEComércioporgrossodesucatasededesperdíciosmetálicos131187204,58 3142ANTÓNIOCARLOSNOGUEIRA-COMÉRCIOMADEIRAS,LDAFRONHASComércioporgrossodemadeiraembrutoedeprodutosderivados31110860,66 3230RAULCORREIA-REPRESENTAÇÕES,LDACATRAIADOSPOÇOSComércioporgrossodeferragens,ferramentasmanuaiseartigosparacanalizaçõeseaquecimento91103406,19 3331ARGOCOJA-COMÉRCIODEMATERIAISDECONSTRUÇÃO,LDAARGANILComércioaretalhodematerialdebricolage,equip.sanitário,adrilhosemat.similares,emestabelecimentosespecializados81102748,25 3426EXPOFLORCORP-SUCURSALEMPORTUGALVALEDOMATOUCOComércioporgrossodemadeiraembrutoedeprodutosderivados71078876,66 3533TOREXTRANS-TRANSPORTESINTERNACIONAIS,LDAVILARINHODOALVATransportesrodoviáriosdemercadorias131045421,36 3645CONSTRUÇÕES-ALFREDORODRIGUESJOSÉ,LDARAMALDEPOMBEIROConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)12998921,35 37-SOLPRAIA-CONFECÇÕES,S.A.CASALDESARZEDOComércioporgrossodevestuárioedeacessórios94949138,72 3839VITORMANUELMENDESSIMÕES,UNIPESSOAL,LDAPOMARES10948911,06 39-GESTIFLORA,LDAVALEDOMATOUCO3896716,48 4038CERCOL-COMÉRCIODEMATERIAISDECONSTRUÇÃODECOJA,LDACOJAComércioporgrossodemateriaisdeconstrução(excetomadeira)eequipamentosanitário4828697,56 4137FEITEIRA&CA.,LDACOJAComércioaretalhoemoutrosestab.nãoespecializados,compredominânciadeprodutosalimentares,bebidasoutabaco7799425,64 4234M.T.A.-MOVIMENTODETERRASDOALVA,LDACHÃSGRANDES11795731,85 4335ALFREDOPINTOMORGADO-MADEIRAS,UNIPESSOAL,LDAPOMBEIRASComércioporgrossodemadeiraembrutoedeprodutosderivados5700154,62 4450M.CASTANHEIRA,UNIPESSOAL,LDAARGANILConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)8683966,94 45-CORCEAL-COMÉRCIOEDISTRIBUIÇÃODEGÁS,LDABARROCADABORRALHEIRAComércioaretalhodecombustíveisparausodoméstico,emestabelecimentosespecializados4682130,41 4649MADIBEIRAS-SOCIEDADEDEMADEIRAS,UNIPESSOAL,LDAMALHADINHA14673556,40 47-JOSÉMANUELNUNESLOPES,UNIPESSOAL,LDASÃOPEDROConstruçãodeedifícios(residenciaisenãoresidenciais)5673481,32 4847GLOBALGEL-COMÉRCIOPRODUTOSALIMENTARESCONGELADOS,LDACA

ecializados9635936,84

Estalistagemfoieleboradapelaempresa,sediadaemLisboa(EdifícioAtriumSaldanha,PraçaDuquedeSaldanha,1-3A,1050-094Lisboa,Tel.:213500300,www.informadb.pt,E-mail:vipclientes@informadb.pt),comquem trabalhamosháváriosanos.Osdadosrespeitamaoanoeconómicode2021.Eventuaisimprecisões,dequenospenitenciamosdesdejá,nãosão,pois,danossaresponsabilidadedirecta.

orgulhar-se de apresentar uma nova área de acolhimento empresarial com 600 mil metros quadrados, onde cabem 60 campos de futebol. A comparação desportiva traduz o imenso tamanho da ambição arganilense em dar oportunidade a investidores no concelho.

A nova Área de Acolhimento Empresarial de Arganil, localizada na Relvinha, Sarzedo, foi inaugurada pela ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no passado dia 18 de Novembro, com o presidente da Câmara a fazer as honras da casa e a dar a conhecer este “investimento de futuro”, que envolveu 6,5 milhões euros (dos quais 4,2 milhões de fundos comunitários) e que para além da ampliação do pólo Oeste envol-

veu a qualificação do pólo Este do Parque Industrial da Relvinha.

A ampliação levada a cabo pelo Município de Arganil permitiu a criação 23 lotes devidamente infraestruturados, com áreas a variar entre os 6.500 m2 e os 37.500 m2, num total de 600 mil metros quadrados.

“Cabem nesta nova área empresarial 60 campos de futebol, mas cabem, também, as ambições dos arganilenses e as nossas aspirações em tornar Arganil num concelho de mais e melhores oportunidades para as pessoas e para as empresas; para as que cá estão instaladas e para as que pretendem aqui iniciar e expandir os seus negócios”, referiu Luís Paulo Costa.

“Trata-se de uma obra que representará - considera o presidente da Câmara - um marco in-

contornável no desenvolvimento e progresso do concelho, pela clara aposta que assume na criação de novas oportunidades para os arganilenses e para o território e pelo papel que assumirá na captação de investimento, na criação de emprego e fixação de pessoas”.

“Pretendemos que os mais jovens que saem para estudar regressem depois de concluir os estudos e que encontrem as melhores condições para aqui trabalhar, para crescer profissionalmente, para se fixarem no concelho e formar família”, referiu o autarca, sublinhando que “a criação de valor e riqueza passa pela captação e retenção de jovens e talentos especializados”.“Seremos um concelho cada vez mais competitivo; mais desenvolvido e com mais para oferecer a quem cá reside, a quem cá investe e a quem nos visita” - sustena Luís Paulo Costa.

Antes de descerrar a placa inaugurativa e percorrer a pé parte do novo espaço empresarial, a ministra da Coesão Territorial enalteceu a “excelente localização”, que favorecerá a actividade das empresas e lhes “permitirá serem competitivas para os mercados internacionais”.

O parque industrial da Relvinha é atravessado pela Estrada Nacional 342-4, destacando-se pela proximidade ao IC6, IP3, A1 e A25 e pelo fácil acesso a todo o país e à Europa, através da fronteira de Vilar Formoso.

Ana Abrunhosa revelou-se convicta de que mesmo em contexto de guerra, de inflação, a nova área empresarial vai permitir um salto qualitativo em termos de competitividade, inovação e atractividade do território. “Arganil está mais bem preparada para acolher novas empresas e para fazer crescer as que já cá estão”, sublinhou a represente do Governo, notando que há “falta de zonas de qualidade como esta” no território do Interior.

A sessão de inauguração terminou com a visita ao lote adquirido pela Grajomarco, onde vão decorrendo as obras de instalação desta empresa arganilense, que viu na nova Área de Acolhimento Empresarial uma oportunidade para expandir a sua unidade de actividade.

EXEMPLO NA CRIAÇÃO DE OPORTUNIDADES

Ana Abrunhosa apontou Arganil como “um

exemplo” no aproveitamento dos fundos europeus que permitem a criação de novas oportunidades, tendo em vista a atracção de investimento, a fixação de pessoas e o aumento da qualidade de vida dos arganilenses. “Celebramos hoje uma infraestrutura que visa criar melhores condições para atrair novas empresas e que dá resposta a uma necessidade que é deste Município, mas é também do país”, acrescentou.

“Saúdo a capacidade do Município não só na captação de fundos europeus como na sua realização”, sublinhou a ministra da Coesão Territorial, anunciando que Arganil “tem uma taxa de realização de 87 por cento”, o que “infelizmente não está ao alcance de todos os municípios”. Em projectos desta natureza, “é talvez o melhor exemplo que nós temos no aproveitamento da disponibilidade dos fundos europeus”.

Defendendo que coesão territorial passa por proporcionar igualdade de oportunidades, Ana Abrunhosa garantiu que o objectivo passa por cuidar das empresas que já cá estão e atrair novas unidades empresariais.

“O Quadro Comunitário PT 2030 é o que mais apoio tem para as empresas”, anunciou, destacando duas modalidades distintas.

Por um lado, um “sistema de incentivo às empresas com uma determinada dimensão, para inovarem e exportarem”, por outro, “incentivos de base local, para apoiar investimentos vocacionados para as empresas que temos neste território”. Ao mesmo tempo, mantém-se o programa de apoio à contratação e de apoio ao próprio negócio, bem como os projetos de parceria entre as empresas e as universidades e politécnicos, concluiu a ministra da Coesão Territorial.

Luís Paulo Costa, presidente da Câmara de Arganil, abre o concelho ao investimento

A ampliação permitiu a criação de 23 lotes com todas as infraestruturas

MATA DO BUSSACO PRESENTEIA VISITANTES COM PROGRAMA ESPECIAL DE NATAL

CRISTIANA DIAS

Durante o mês de Dezembro, e até dia 8 de Janeiro, a Mata Nacional do Bussaco, no concelho da Mealhada, vai ser um verdadeiro ‘presente’ de Natal para todos os visitantes.

Pela primeira vez, a Fundação da Mata do Bussaco preparou um programa de Natal, que inclui várias iniciativas, entre elas uma exposição com 200 presépios.

Guilherme Duarte, presidente da Fundação, afirmou ao “Campeão” que o motivo pelo qual decidiram apostar este ano numa programação diversificada foi para “tentar diminuir a sazonalidade dentro da Mata”. “Numa altura em que temos muito menos visitantes, queremos que mais pessoas venham visitar a Mata do Bussaco e que não seja apenas nos dias de sol. Acima de tudo queremos que as pessoas venham ao Bussaco de uma forma mais ou menos contínua ao longo do ano”, sublinhou. De forma a que isso aconteça, o presidente refere que é necessário criar “diferentes estímulos” e que o Natal é um óptimo acontecimento para proporcionar isso.

Ao longo de mais de um mês vai ser possível desfrutar de momentos únicos que vão desde a contemplação de presépios expostos no Convento de Santa Cruz, passando pela música e oficinas mági-

cas, até à iluminação das três portas de entrada na Mata e zona envolvente ao Palace Hotel. Todas estas actividades são integradas no encanto e na beleza natural e edificada que a Mata proporciona aos seus visitantes.

PROGRAMA

O programa vai iniciar-se no dia 2 de Dezembro, pelas 17h00, com a inauguração da exposição de presépios, instalada junto ao presépio do Convento de Santa Cruz do Bussaco, que conta com mais de 300 anos. Segundo Guilherme Duarte, os presépios são o resultado de obras da professora Maria Cavaco Silva e de artesãos regionais. “É composta por uma colecção com cerca de 130 presépios, da professora Maria Cavaco Silva, para além de ter ainda presépios de coleccionadores regionais. Ao todo, estarão expostas cerca de duas centenas de presépios”, adiantou.

Os presépios da coleccionadora são originários de países da América do Sul e da Europa, estando mais de 15 países representados nesta exposição. O presidente da Fundação da Mata do Bussaco afirmou que esta exposição contém “algumas peças valiosíssimas” e por isso foram feitos todos os procedimentos de segurança, nomeadamente seguros.

Logo de seguida à inauguração da exposição de-

corre a apresentação da iluminação de Natal na zona envolvente ao palácio, que também acontece pela primeira vez.

No dia 4 e 18, entre as 10h00 e as 12h00, são feitas as Oficinas Mágicas em Família, que permite a participação de toda a família.

No dia 17 de Dezembro decorre ainda a Tarde de Fados e Guitarradas. A Mata Nacional do Bussaco acolhe no dia 7 de Janeiro de 2023 o Cantar dos Reis, pelas 15h00, através do Grupo Regional da

Pampilhosa. Pelas 16h30 é apresentado o Recital Gospel com Coimbra Gospel Choir. Para além de todas estas acções, que são gratuitas ao público, necessitando apenas das Oficinas Mágicas a inscrição antecipada, vai haver, também, outros concertos com artistas locais.

Guilherme Duarte afirma que “a calendarização dos eventos foi feita em articulação com a Câmara Municipal da Mealhada e a Junta de Freguesia do Luso, de forma que não se sobreponham eventos”.

Sem entrar em números concretos, o presidente da Fundação ressaltou que o programa de Natal tem um investimento de “muitos muitos milhares de euros”.

MELHOR ANO DE SEMPRE

Com o objectivo claro de atrair pessoas à Mata do Bussaco durante esta quadra natalícia, Guilherme Duarte sublinha que a expectativa é elevada na resposta das pessoas. “Vamos tentar melhorar a visitação nesta altura do ano, esse é o nosso grande objectivo. Queremos fazer cada vez

mais. Queremos fazer mais actividade e proporcionar mais condições de apoio à visitação, de forma a que as pessoas também possam vir ao Bussaco sem ser num dia de calor”.

Apesar de nesta altura as visitas serem bastante reduzidas, o presidente da Fundação não tem dúvidas que este ano bateu recordes. “Os números que temos são os melhores de sempre. Tivemos um número muito próximo da casa do meio milhão de visitantes. Sabemos que quando apresentarmos os resultados de final de ano de 2022 o número de visitantes deste ano foi o melhor de sempre e ainda falta um mês para acabar o ano, que esperamos que continue a ajudar a melhorar”, destacou. O presidente faz o balanço comparando o actual ao de 2019, que é o que considera como referência, sendo que os últimos dois foram de pandemia covid-19.

HISTÓRIA DA MATA DO BUSSACO

A Mata Nacional do Bussaco ocupa 105 hectares e possui uma das melhores colecções dendrológicas da Europa, com cerca de

250 espécies de árvores e arbustos com exemplares notáveis. É uma das matas nacionais mais ricas em património natural, arquitectónico e cultural, podendo ser dividida em três unidades de paisagem: Arvoredo, Jardins e Vale dos Fetos e Floresta Relíquia.

A origem da Mata deu-se pela Ordem dos Carmelitas Descalços no primeiro quarto do século XVII, encontrando-se delimitada pelos muros erguidos para limitar o acesso à mata. Os Carmelitas construíram também aí o Convento de Santa Cruz do Buçaco, destinado a albergar essa ordem monástica, que existiu entre 1628 e 1834, data da extinção das ordens religiosas em Portugal. Em 1888 foi iniciada a construção do Palácio Real (actualmente Palace Hotel do Buçaco) no local do convento, sendo este parcialmente demolido para o efeito.

Com 549 metros de altitude, a sua localização geográfica confere-lhe um microclima muito particular, com temperaturas amenas, elevada precipitação e frequentes nevoeiros matinais, que favorecem a ocorrência de elevada biodiversidade. Assim, nas encostas expostas a Sul sobressai uma vegetação potencial perenifólia tipicamente mediterrânica e nas encostas mais a Norte uma vegetação caducifólia, característica de clima temperado.

O seu conjunto monumental é classificado como Imóvel de Interesse Público e engloba o Palace Hotel do Bussaco, o Convento de Santa Cruz, as ermidas de habitação, as capelas de devoção e os Passos que compõem a Via Sacra, a Cerca com as Portas, o Museu Militar e o monumento comemorativo da Batalha do Bussaco, os cruzeiros, as fontes (destaque para a Fonte Fria) e as cisternas, os miradouros (o da Cruz Alta oferece vista privilegiada sobre toda a região) ou as casas florestais.

A Mata Nacional do Buçaco está classificada como Monumento Nacional desde 2018.

Estarão em exposição 200 presépios de Maria Cavaco Silva

ÁGUEDA RECUPERA NATAL COMO APOSTA TURÍSTICA

Águeda volta a ser o palco de todos os sonhos. Em cada canto a magia do Natal está presente e é difícil ficar indiferente a tanto brilho. Ano após ano, a cidade, localizada no distrito de Aveiro, é um postal de visita a milhares de turistas provenientes de várias partes do país, e até do estrangeiro, para vir conhecer o local onde habita o “Maior Pai Natal do Mundo”.

Com cerca de 21 metros de altura e iluminado com mais de 250 mil LED, o senhor de barbas brancas pode ser visitado no Largo 1.º de Maio, no centro da cidade. Ao redor do Pai Natal encontra-se um Mercado de Natal com barraquinhas de

comida, onde é possível deliciar-se com as tradicionais tripas de Aveiro. Para além disso, há também carrosséis para os mais pequenos, um jardim com luzes coloridas, duas casas do Pai Natal, e muitas outras atracções.

A música natalícia também está bem presente. All I Want For Christmas Is You, Last Christmas, Feliz Navi-

dad, e muitos outros êxitos da época vão passando nos megafones para ajudar a criar um ambiente de festa mais acolhedor e propício ao momento.

Mas não só do “Maior Pai Natal do Mundo” vive Águeda. A cidade tem também o “Menor Pai Natal do Mundo”, que cabe no buraco de uma agulha e está ex-

posto no Posto de Turismo de Águeda. Este só é visível através de microscópio.

Como se já não houvesse motivos suficientes para visitar a cidade, ela proporciona uma vasta oferta de recantos natalícios. Cada rua e cada esquina está decorada com enfeites de Natal, seja com presépios, com bonecos de neve, com

luzes, com árvores de Natal e até com guarda-chuvas feitos propositadamente para a época. No Verão a cidade é muito visitada devido aos guarda-chuvas coloridos nas ruas que é já uma tradição.

Este ano uma das grandes novidades é o Parque da Alta Vila que recebe também iluminação e actividades de Natal.

Todas as iniciativas, incluindo a visita ao “Menor Pai Natal do Mundo” são gratuitas.

Com o slogan “Águeda é Natal”, a autarquia espera receber este ano cerca de 200 mil visitantes ao longo dos 51 dias de festa, sendo que todas as iniciativas

vão decorrer até 8 de Janeiro. O orçamento global que alberga a iluminação, decoração e animação de rua está na ordem dos 300 mil euros.

Muitos são os curiosos que se deslocam até Águeda para conhecer o famoso Pai Natal. A divulgação, ano após ano, acaba por chegar a quilómetros de distância e traz muitos turistas a desfrutarem de uma tarde de passeio pela cidade. Foi o caso de Pili Gareia e do seu marido que vieram da Corunha, cidade espanhola, de propósito para conhecer o Natal de Águeda. “Ouvimos na nossa cidade uns portugueses a falar disto e depois também vimos na internet, então decidimos vir conhecer”, revelou a espanhola. Ao depararem-se com o Pai Natal, o casal ficou surpreendido com a altura. “Estamos realmente

impressionados. É muito grande e tudo é muito bonito”.

Já em território nacional, muitos são os portugueses que também têm curiosidade em conhecer a cidade nesta altura de Natal.

Vanessa Correia e Ivo Gonçalves são de Lisboa e aproveitaram a viagem com destino a Mondim de Bastos, Vila Real, para fazer um desvio e conhecer as decorações que o Município de Águeda proporciona. “Já tínhamos ouvido falar dos guarda-chuvas na altura do Verão, agora do Pai Natal e quisemos aproveitar a viagem para vir ver”, revelou ao “Campeão” Ivo Gonçalves. Também impressionado com o Pai Natal, o jovem considera “muito interessante a ideia para atrair visitantes” e revela que “acaba por valorizar estas cidades que no fundo não são tão conhecidas. É de salutar estas iniciativas para trazer pessoas de fora”.

De Vila Verde, distrito de Braga, veio o casal Rosa Nascimento e Carlos Abreu. Já

tinham ido à cidade num Verão para conhecer as ruas decoradas pelos guarda-chuvas, e agora surgiu a oportunidade para conhecer na altura de Natal. “Já éramos para ter vindo antes da pandemia, mas não deu, aproveitamos o bom tempo para vir agora”. Tendo visto já imagens nas redes sociais, o casal ficou admirado com o tamanho. “Não sabíamos que era assim tão grande, pensávamos que era mais pequeno”.

Sónia Silva e Avelino Silva vieram de Matosinhos de propósito para conhecer o Pai Natal. Também com conhecimento através das redes sociais, o casal revela que “a cidade de Águeda está de parabéns, vale a pena vir visitar”.

De mais perto, da Praia da Vagueira, concelho de Vagos, veio Sónia Pinho com um grupo de amigas. Todos os anos vai até Águeda por esta altura e apesar de considerar que não muda muita coisa é “uma boa iniciativa que deve continuar”. “Apesar do gasto de luz, acho que nós devemos ter alguma coisa para ver todos os anos e acho que é importante para a diversão. Não pode ser só trabalho e aqui é uma boa forma de passar o tempo”, sublinhou.

Águeda preenche-se assim, por estes dias, com milhares de pessoas de todo o lado para conhecer o melhor do Natal.

CRISTIANA DIAS

Foto das últimas cheias em Águeda

NOVAS

SEXTA-FEIRA, 02 DE DEZEMBRO 2022

1 DE DEZEMBRO DE 2022

50

COIMBRA CRITICA AUSÊNCIA DE INVESTIMENTOS DA JUSTIÇA

ACâmara de Coimbra aprovou, na segunda-feira, uma moção onde critica a falta de investimento do Governo na área da Justiça na cidade, nomeadamente a ausência de quaisquer perspectivas de construção do novo Palácio da Justiça.

A moção foi aprovada em reunião do Executivo,

com votos a favor da coligação Juntos Somos Coimbra, que lidera a Câmara Municipal, e do vereador da CDU, e a abstenção dos quatro vereadores do PS, que concordam com os objectivos da tomada de posição, mas não se revêem no tom da mesma.

Através do documento critica-se a ausência de

perspectivas de construção no curto e médio prazo do novo Palácio da Justiça, há muito reivindicado por Coimbra (com terreno para a obra reservado há 50 anos), falta de dinheiro para obras de requalificação no Colégio (onde actualmente está o Palácio da Justiça) e o facto de não estar prevista pelo Governo a saída do

Estabelecimento Prisional para fora da cidade.

“Tínhamos esperança de que algo mudasse com o XXIII Governo Constitucional relativamente à forma como o Ministério da Justiça olha para Coimbra, mas estamos a ficar profundamente decepcionados”, refere a moção lida no início da reunião

pelo presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.

Para o Executivo, “é surpreendente” que o Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça “nem sequer tenha verba alocada à realização do projecto [de construção do novo Palácio da Justiça], demonstrando a total au-

sência de vontade política do Governo na sua concretização”.

Recorda-se ainda que o Governo pretende encerrar o Estabelecimento Prisional de Lisboa em 2026, enquanto o de Coimbra, situado no centro da cidade, continua sem perspectiva de construção de novas instalações fora do perímetro urbano.

Surgem também críticas pelo facto de o Ministério da Justiça não considerar Coimbra como local para o novo Tribunal Central Administrativo (TCA) do Centro, ou de um novo pólo do Centro de Estudos Judiciários (CEJ).

INSTALAÇÕES ESTÃO PREVISTAS DESDE HÁ

ANOS

Associação para a Inovação Digital para a Construção assinala 1.º ano de vida

OInstituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC) recebeu, no dia 29, o encontro da Associação para a Inovação Digital para a Construção (AIDC).

O evento assinalou o primeiro ano de vida da associação e teve por objectivo promover um espaço vivo de reflexão e troca de experiências sobre o processo de transição digital do sector da Construção em Portugal.

Estiveram presentes neste encontro representantes da administração pública, fabricantes de materiais de construção, académicos, projectistas e construtoras.

Todos os intervenientes concordam que as tecnologias digitais são indispensáveis para crescimento do sector que tem, nesta fase, objectivos ambiciosos num mundo cada vez mais competitivo e globalizado.

Concluiu-se ainda que a eficiência do sector depende de formação mais especializada, de atracção a mais profissionais e de mais investimento em novas tecnologias.

Um dos temas abordados com mais detalhe foi a implementação da metodologia BIM. Os desafios que se colocam passam por mais estratégia na indústria da construção, mais apoio e conhecimento “top management”, necessidade de alterações ao nível da estrutura empresarial, maior cooperação entre as partes envolvidas no projecto e mais experiência para a implementação desta metodologia.

Contudo, a falta de regulamentação governamental e a ausência de estratégia foi a questão mais apontada como factor desfavorável de desenvolvimento do sector da construção.

Para o presidente do ISEC, Mário

Velindro, este evento ajudou a definir novos caminhos e estratégias no sentido de se sensibilizar os organismos que têm responsabilidade neste tão importante setor em Portugal.

O presidente da AIDC, Mário Brandão deixou a nota final que sendo esta uma mudança que se precipi-

ta e que é largamente aceite como um input positivo à indústria da construção e a todos os stakeholders envolvidos, esta causa será apoiada de forma a ultrapassar os naturais obstáculos que se vão encontrando no percurso, sem perder de vista os benefícios colectivos que trará num futuro próximo.

DECO PROTESTE lança simulador de transferência de crédito à habitação

ADECO PROTESTE, organização de defesa do consumidor, acaba de lançar um simulador de transferência de crédito à habitação. Esta ferramenta online permite identificar qual é o melhor banco para o qual o consumidor pode transferir o seu crédito à habitação, analisando três factores: taxa variável, fixa ou mista.

“É através do site www. poupenocredito.pt que os consumidores ficam a saber se é vantajoso ou não pedir transferência do seu crédito habitação, e qual o melhor banco para o seu caso concreto nas diversas modalidades praticadas (taxa vari-

ável, fixa ou mista)”, refere a DECO PROTESTE, em comunicado. Para isso, basta introduzir o valor do imóvel, o capital em dívida o prazo remanescente e a prestação actual. Desta forma, o simulador vai indicar quais são as três melhores opções bancárias.

“Após a aprovação em Conselho de Ministros do diploma que prevê a renegociação dos bancos com os consumidores que contraíram créditos habitação, e num contexto europeu de enorme instabilidade económico-financeira, a nova ferramenta da DECO PROTESTE é de extrema importância não só para os consu-

midores que estão elegíveis pelo diploma, mas também para todos os outros que beneficiam com a transferência do seu crédito habitação”, esclarece a organização.

Soraia Leite, da DECO PROTESTE, conclui ainda que “o lançamento desta ferramenta neste momento é de extrema utilidade para os consumidores. É fundamental garantir que têm ao seu dispor informação que lhes permite tomar as melhores decisões financeiras. Num contexto de inflação generalizada, preparar as famílias para o impacto que os aumentos têm no seu orçamento é fundamental”.

Ginastas do Centro Norton de Matos Integram Quadro de Jovens Promessas

Aginástica rítmica do Centro continua a dar cartas no panorama nacional. A ginasta Gabriela Lucas, do Centro Norton de Matos (CNM), integra agora o quadro das Jovens Promessas, num grupo restrito de seis ginastas a nível nacional.

Os resultados obtidos na época 2021/2022 conferiram à ginasta a conquista deste passo importante na sua carreira gímnica que implica trabalho em proximidade com a seleccionadora nacional, Darina Vasileva. A ginasta Letícia Ribeiro, do mesmo clube, dados os resultados obtidos na Campeonato Nacional de 2021/2022, enquanto atleta Juvenil, foi uma das atletas nacionais que conseguiu atingir os critérios desse mesmo escalão para ser convocada para a Selecção Nacional. A ginasta, na presente época (2022/2023), passará a ser Junior, a que se seguirá o desafio para atingir os critérios

definidos neste escalão.

As duas ginastas mostraram o seu grande contentamento, cientes da responsabilidade que, apesar de muito jovens, esta distinção lhes devolve. Para Gabriela, “ser uma ginasta promessa significa muito para mim, e mostra que todo o trabalho e dedicação compensam”. Letícia Ribeiro mostra bem a sua ambição. “Fiquei muito feliz e sinto-me motivada a trabalhar e esforçar-me para ser uma das melhores ginastas de Portugal. Agradeço a minha treinadora Nina Shevts que, com muita dedicação e garra, me inspira a lutar pelos meus sonhos!”, diz a ginasta do CNM.

A Associação de Ginástica do Centro “parabeniza as duas ginastas, treinadoras e clube por estas distinções, acreditando que o excelente trabalho feito vai resultar em mais distinções e em presenças na Selecção Nacional, esperando-se grandes resultados”.

Missão Continente vai apoiar Sociedade Columbófila

Pretendendo proporcionar nesta quadra do Natal, através do projecto solidário “Presentes à Mesa”, que tem como principal objectivo garantir que as famílias conseguem ter uma mesa repleta do que é essencial, a Missão Continente que há 20 anos, trabalha no sentido de contribuir para o bem-estar da população, lançou esta campanha, que decorrerá de 13 de Novembro a 8 de Janeiro, na sua rede de lojas Continente Modelo, Continente Bom Dia e Continente Online.

A Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense, que ao longo dos últimos anos tem apoiado um conjunto significativo de famílias

e instituições, contribuindo dessa forma para atenuar as suas carências alimentares, irá beneficiar da campanha “Presentes à Mesa”.

Quem se queira associar e apoiar esta causa pode fazê-lo adquirindo vales de um euro ou cinco euros disponíveis em todas as lojas Continente, cujo valor reverterá integralmente para apoiar as instituições beneficiárias.

Para além da compra directa nas lojas Continente, poderá ser ainda efectuada a compra por transferência bancária pelo IBAN PT50 0010 0000 36428270002 25 (aplicável em transferências bancárias SEPA/Imediatas), ou por transferência para NIB 0010 0000 36428270002 25 (aplicável em transferências

via ATM), através do número valor acrescentado: 761 10 10 10, ou por último pelo MBWay: 937 07 07 07.

No final desta campanha solidária, que termina a 8 de Janeiro de 2023, a Associação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila Cantanhedense receberá 50% do valor dos vales adquiridos na Loja Continente, sedeada na cidade de Cantanhede, revertendo os restantes 50%, para REA - Rede de Emergência Alimentar.

Desta forma, ao adquirirem os respectivos vales, os clientes apoiam a REA, que funciona à escala nacional, mas também uma instituição local, contribuindo dessa forma directamente para apoiar a sua comunidade.

Arte-Via da Lousã participou em reunião mundial de encontros literários na Nigéria

ACooperativa Arte-Via, da Lousã partilhou na Nigéria alguns bons resultados obtidos com a organização, desde 2018, do Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo em vários municípios da região Centro.

Através da presidente da direcção da Arte-Via, a romancista Ana Filomena Amaral, Portugal foi o único país do espaço lusófono representado na II Conferência da Associação Global de Festivais Literários e no 10.º AKÉ Arts & Book Festival, cuja produção contou com uma equipa de cerca de 100 pessoas, dirigidas pela escritora Lola Shoneyin, co-adjuvada pelo médico Olaokun Soyinka, filho do dramaturgo nigeriano Wole Soyinka, primeiro Nobel da Literatura africano, em 1986.

A promotora do FLII – Palavras de Fogo participou como oradora convidada na conferência mundial, que decorreu durante dois dias, em Lagos, e a que se seguiu, até 26 de Novembro, o 10.º AKÉ Arts & Book Festival, no qual também interveio.

Ana Filomena Amaral explicou como nasceram a Arte-Via, em 1999, e as múltiplas realizações que tem desenvolvido nestes 23 anos, tendo sido apoiada de forma decisiva, no início, pelo poeta António Arnaut, criador do Serviço Nacional de Saúde, e pelo sindicalista Kalidás Barreto, um dos fundadores da CGTP, sócios honorários da instituição entretanto

falecidos.

Para uma plateia constituída por promotores culturais, escritores, músicos e cineastas de todos os continentes, enumerou também algumas dificuldades nas edições do FLII, que a organização, contudo, tem conseguido vencer.

“A aposta é sempre levar a literatura e múltiplas iniciativas a um número o maior possível de municípios do Centro de Portugal, nos distritos de Coimbra e Leiria, mas também alguns de Viseu e Castelo Branco”, esclareceu.

No FLII, a par do programa geral, “as autarquias e outras enti-

dades dos concelhos contribuem com iniciativas próprias”, afirmou a escritora, ao intervir num painel intitulado “O modelo híbrido: o melhor de dois mundos?”, com a britânica Lyndsey Fineran, responsável pelo festival literário mais antigo do mundo, criado há 70 anos, tendo cabido a moderação a Olaokun Soyinka.

O tanzaniano Abdulrazak Gurnah, agraciado com o Nobel da Literatura em 2021, foi o cabeça de cartaz do festival de Lagos, a que também se associou o Nobel Wole Soyinka no último dia, 26 de Novembro.

Ana Filomena Amaral com o Nobel Abdulrazak Gurnah

Marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” representada por 29 novos estabelecimentos

São 29 os novos estabelecimentos de hotelaria e restauração que vão representar a marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” nas categorias dos seus maiores ícones: a água, o pão, o vinho e o leitão.

A entrega das insígnias decorreu, esta quarta-feira (30), na Adega Rama, em Santa Luzia, na 9.ª edição da Gala 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada. A atribuição destas distinções foi o culminar de um rigoroso processo de selecção a que se submeteram restaurantes e cafetarias, produtores de vinho, padarias, assadores de leitão e o engarrafador da água mineral de Luso.

Na categoria mais completa, em que o estabelecimento fica avalizado a usar os quatro selos da marca – água, pão, vinho e leitão – foram distinguidos 11 restaurantes e um hipermercado, que irão ostentar as insígnias da marca e garantem ao consumidor padrões de qualidade nos quatro produtos. No que se refere ao leitão, foi premiado o assador “Leirão 100% Bairrada”. No sector do pão, são quatro as padarias distinguidas e que garantem o pão mais genuíno da Mealhada, de quatro bicos e cozido em forno a lenha. Na água, está a Sociedade Central de Cervejas, comercializadora da Água de Luso, água mineral que nasce, a 28º C de temperatura, no Luso a partir da água da chuva infiltrada na Serra do Buçaco, em rochas formadas, quase exclusivamente, por quartzo. Trata-se de

uma água hipossalina, isto é, muito pouco mineralizada, vulgarmente designada como levíssima. Os vinhos são outro elemento da marca que se quer à mesa da Mealhada. Oito produtores locais receberam as insígnias que reconhecem a qualidade e excelência dos seus vinhos, por natureza, encorpados, com predominância das castas consagradas ao longo dos anos – Baga, Touriga Nacional e Syrah e de Denominação de Origem Controlada Bairrada ou a indicação geográfica Beira Atlântico. Foram ainda distinguidos cafetarias ou restaurantes que, não dispondo de todos os ícones da gastronomia, garantem a qualidade de um, dois ou três produtos.

Além da entrega das insígnias da marca, a Gala 4 Maravilhas da Mesa da Mealhada contou também com a homenagem, póstuma, a dois empresários locais: Messias Baptista, fundador das Caves Messias, e Álvaro Pedro, fundador do restaurante Pedro dos Leitões.

A ambos foi atribuído o Prémio Grande Mérito Empresarial pelo relevante impulso na dinâmica empresarial no Concelho da Mealhada.

Presente na Gala, Filomena Pinheiro, vice-presidente da Câmara Municipal da Mealhada, disse ser um enorme orgulho perceber o Município e os seus agentes económicos estão “unidos neste projecto de salvaguarda e de preservação da genuinidade da nossa gastronomia”. A marca “4 Maravilhas da Mesa da Mealhada” nasceu há 15 anos, consolidou-se e, desta feita, “cres-

ceu com a confiança e dedicação de restaurantes, padarias, assadores de leitão, produtores de vinhos e da Sociedade de Água de Luso que souberam respeitar o legado que receberam dos antepassados, inová-lo e valorizá-lo”, acrescentou. Filomena Pinheiro fez ainda uso da palavra para agradecer a “a todos os que trabalham, desde o início, dia após dia, para a valorização do projecto”.

Criada pela Câmara Municipal, em 2007, com o intuito de valorizar e promover os quatro ícones gastronómicos de referência do concelho, a marca pretende garantir ao consumidor a autenticidade, tradição e qualidade destes quatro produtos, distanciando-os de outros que não são mais do que meras reproduções. “O projecto começou alicerçado no leitão, ícone maior da nossa gastronomia, mas soube valorizar outros recursos e produtos, como a água, o pão e o vinho que, em conjunto, nos permitem posicionar a Mealhada como o mais importante destino gastronómico do país. Tudo isto é fruto dos recursos naturais que temos, da água ao ‘terroir’ (extensão de terra cultivada), que nos dá vinhos únicos, mas também da excelência perseguida, diariamente, pelos nossos empresários e profissionais, desde a confecção do pão da Mealhada à excelência do leitão, amplamente reconhecido no país e fora de portas”, sublinhou António Jorge Franco, presidente da Câmara Municipal da Mealhada.

Lista completa dos novos membros da marca:

Água | Pão | Vinho | Leitão

Churrasqueira Rocha Restaurante Licínio Restaurante “O Castiço” Restaurante Típico da Bairrada Sociedade Hoteleira Pedro dos Leitões Meta dos Leitões Burguezia do Leitão Paulo Rama Eventos

Restaurante Couceiro dos Leitões Nelson FT Simões dos Leitões Restaurante Manuel Júlio InterMealhada

Água

Sociedade Central de Cervejas & Bebidas –Água de Luso

Pão Escola Profissional Vasconcellos Lebre Padaria e Pastelaria Regional a Madrugadora Padaria Manaia Padaria Nossa Senhora das Candeias

Vinho

António Assunção Coelho Selas Jorge Manuel Ferreira Rama J. Rama

Manuel Ferreira da Silva “Vinhais do Sabarrô” Adega Casa de Sarmento Sociedade Agrícola e Comercial dos Vinhos Messias, SA – Caves MESSIAS

António José Carvalho “Da Mina” Alberto Da Cruz Branco – “Pedra Lascada” Leitão Leitão 100% Bairrada

Água | Pão | Vinho Taberna Belo

Água | Vinho | Leitão

Restaurante Grande Hotel de Luso

Água | Vinho Tás Ca Larica

O Palco: o novo restaurante de Coimbra onde os produtos regionais ocupam o papel principal

Abriu oficialmente, esta terça-feira (29), no número 55 da Avenida D. Afonso Henriques, em Coimbra, o restaurante O Palco. Trata-se de um projecto imaginado pelo chef Marco Almeida que procura “dar palco” aos melhores produtos da região e transformá-los nos “protagonistas dos pratos”. Este novo espaço procura, assim, explorar as raízes da zona Centro através de uma “cozinha de autor” focada na temática da sustentabilidade.

Apaixonado pelo mundo rural e, acima de tudo, pela qualidade dos alimentos, Marco Almeida apresenta-se na companhia de Ana Vinagre (manager). Com uma equipa jovem, nos bastidores, faz-se acompanhar de Bruno Sousa (cozinheiro), João Martins (cozinheiro), João Santos (pasteleiro), Francisco Teodoro (empregado de mesa), Mariana Mendes (empregada de mesa) e Hugo Oliveira (aprendiz). Quando se pensa no ‘modus operandi’ do projecto, este inova essencialmente na estreita e directa relação que Marco Almeida tem vindo a desenvolver com 17 produtores da zona Centro, responsáveis por fornecer todos os alimentos utilizados no restaurante. O objectivo do chef é criar o primeiro “restaurante zero” da região, conceito ainda pouco explorado na restauração em Portugal. Aqui será garantido que todos os alimentos provêm, em média, de uma distância de até 39 quilómetros.

O azeite é o ingrediente que chega de mais longe. De “Azeites do Cobral”, provém de Lagares da Beira,

em Oliveira do Hospital. De Aveiro chega salicórnia (Horta da Ria), algas (Algaplus) e ostras (Ostras em Casa). De Ílhavo chegam as farinhas da Moagem Carlos Valente, moídas “à antiga”, em pedra, para fazer o pão de massa mãe disponível no restaurante. De Cadima, Cantanhede, vêm os tremoços de Isabel Ribeiro e os legumes da Quinta dos Sardões (Gesteira). De Montemor-o-Velho, os cogumelos do Cesto d’Alice e de Coimbra os produtos do Super Local e os microvegetais dos Verdes do Mondego (Antanhol), assim como o café FEB. Os caracóis servidos chegam de Ansião (Carakolandia) e as carnes do Grupo C’s, da Mealhada. A carta das bebidas é também totalmente da região e inclui cerveja Luzia, da Mealhada, vinhos da Adega de Cantanhede e das Caves São Domingos, de Anadia. O gin, Adamus, chega de Aveiro.

A relação directa do chef com os produtores gera ciclos de consumo mais curtos, o que reduz a pegada carbónica do transporte e apoia os pequenos produtores, contribuindo para a fixação das comunidades

rurais e do seu estilo de vida. “Tudo isto faz parte daquilo em que acredito e que é necessário para ter uma cozinha e uma vida com qualidade”, afirma Marco Almeida.

Ao momento, O Palco apresenta-se com um menu definido - Palco Principal, Palco Infantil e Palco Vegetariano -, no entanto, em breve, prevê-se ser um restaurante de carta fechada. “Queremos tirar o maior proveito da sazonalidade dos produtos e surpreender quem nos visita. Queremos que as pessoas se sintam em casa, que tenham uma experiência diferente e descontraída”, reforça.

O Palco vai funcionar todos os dias, de segunda a domingo, excepto terças e quartas-feiras. O horário de funcionamento é das 12h30 às 14h30 e das 19h30 às 22h30 e, ao domingo, das 12h30 às 15h00. O espaço é pequeno e acolhedor, pelo que é dado destaque à marcação prévia de mesa. A mesma poderá ser feita no website do restaurante, via e-mail (reservas@o-palco.pt) ou via telefone (938451205).

Navigator lidera consórcio com 103 milhões em soluções inovadoras de base florestal

AThe Navigator Company, juntamente com um conjunto alargado de entidades, vai investir 103 milhões de euros na investigação, desenvolvimento e comercialização de soluções de embalagem inovadoras que substituam as actuais embalagens de plástico de origem fóssil, nomeadamente as de uso único, por materiais de base renovável e biodegradável a partir da floresta de eucalipto, contribuindo para a construção de um futuro sustentável.

A Empresa é a promotora e líder do consórcio de 27 parceiros nacionais - entre os quais se contam 16 empresas e 11 Universidades e Centros de Investigação, que cobrem toda a cadeia de valor desde a matéria-prima ao produto final - da Agenda Mobilizadora “From Fossil to Forest – Produtos de Embalagem Sustentáveis para Substituição do Plástico Fóssil”, que integra a componente C5 do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com um investimento global de 103 milhões de euros, dos quais 80

milhões de euros se destinam a Investimento Produtivo e 23 milhões a Investigação & Desenvolvimento, esta agenda vem confirmar e reforçar o valor acrescentado da floresta de eucalipto para a economia nacional. A Agenda “From Fossil to Forest” vai traduzir-se no desenvolvimento de 11 novos produtos inovadores de base sustentável, na criação de mais de 100 postos de trabalho directos e num volume de negócios anual que ultrapassará os 120 milhões de euros.

Este é um projecto que extravasa as fronteiras da economia, aportando claros benefícios para o ambiente, contribuindo positivamente na luta contra as alterações climáticas e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas, nomeadamente a redução das emissões de gases com efeito de estufa pelo efeito de substituição de plástico de origem fóssil por um material celulósico com maior capacidade de reciclagem e biodegradável.

Este projecto irá também contribuir decisivamente para o reforço da capacidade nacional nas áreas

da investigação, desenvolvimento e inovação (I&D&I), prevendo que possa dar origem a, no mínimo, 12 novas patentes.

No domínio dos novos bioprodutos, são vários os exemplos  de produtos alternativos aos produtos de origem fóssil previstos: pastas de celulose não branqueadas de alto rendimento com menor utilização de madeira, embalagens de papel flexíveis para a indústria alimentar  e para o retalho, embalagens em celulose rígidas também para a indústria alimentar e indústria electrónica, compósitos de celulose e bioplásticos para a produção de filamentos para a impressão 3D e de produtos termomoldados para a área da saúde ou outro tipo de utilizações.

Dos esforços desenvolvidos pelo consórcio, que reuniu recentemente na Figueira da Foz, espera-se também a criação de sensores de papel para serem incorporados nas embalagens com o objectivo de monitorar o estado de condição dos alimentos e interagir de forma inteligente com o consumidor.

Universidade de Coimbra aprofunda cooperação com Moçambique

Entre os dias 28 e 30 de Novembro, uma comitiva da Universidade de Coimbra (UC), liderada pelo vice-Reitor para as Relações Externas e Alumni, João Nuno Calvão da Silva, realizou uma visita de trabalho a Maputo com o propósito de aprofundar a cooperação académica, científica e cultural com instituições moçambicanas.

Destaca-se a intervenção pelo vice-Reitor na Conferência “Responsabilidade Social 2022”, organizada pela Câmara de Comércio Portugal-Moçambique, no painel “Sociedade, Talento & Empresas”, com o Almirante Henrique Gouveia e Melo (chefe do Estado-Maior da Armada), Mia Couto (escritor), Pedro Rebelo de Sousa (presidente do Conselho Geral da CCPM), entre outros. Também organizada pela Câmara de Comércio Portugal-Moçambique, no âmbito da 3.ª Conferência “Economia do Mar”, o vice-Reitor participou na entrega de prémios a estudantes moçambicanos juntamente com o antigo presidente Joaquim

Chissano, Doutor Honoris Causa da UC, na presença do Embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, entre outras individualidades.

Houve ainda uma reunião de trabalho com o Reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Manuel Guilherme Júnior, e no quadro do acordo com a Procuradoria-Geral da República de Moçambique, foi ministrada uma Aula Magna sobre o tema “Protecção e Garantia dos Direitos dos Cidadãos pelo Estado Administrativo” por Pedro Costa Gonçalves, Professor Catedrático da Faculdade de Direito da UC.

Segundo João Nuno Calvão da Silva, “a participação em iniciativas que envolvem os mais relevantes atores da vida universitária, cultural, política e económico-social de Moçambique prestigia a UC; a conferência na Procuradoria-Geral da República reforça a importância do nosso contributo para a consolidação do Estado de Direito democrático no mundo da língua portuguesa”.

Ginásio Clube Figueirense empossou seccionistas

Os Seccionistas e Membros de Comissões do Ginásio Clube Figueirense para o próximo biénio tomaram posse, no passado dia 30, numa cerimónia que teve lugar na sala Elísio Godinho da sua sede. Joaquim de Sousa, presidente da Assembleia Geral do Clube, presidiu a cerimónia. Esta estrutura intermédia de gestão é “considerada fundamental para o bom funcionamento do Clube”, explicou Joaquim de Sousa no início da cerimónia, que abrange secções desportivas (basquetebol, remo, futebol, ténis de

mesa, rugby, kickboxing, tiro, voleibol, ciclismo/BTT, natação e paddle), bem como comissões para as instalações, Gabinete de Comunicação e Imagem, Tertúlia Bento Pessoa e Arquivo Histórico/Museu do Ginásio, num total de 52 membros.

Esta é uma cerimónia que se tem realizado com regularidade desde 2000 - ano da remodelação dos Estatutos - abrangendo todos os colaboradores voluntários que diariamente contribuem para o bom funcionamento das 16 estruturas intermédias do Clube.

Misericórdia Obra da Figueira com gestão prudente e cautelosa para 2023

AAssembleia Geral da Misericórdia

Obra da Figueira reuniu, no passado dia 29, para analisar e aprovar a proposta de orçamento previsional para 2023, que deverá ultrapassar os três milhões e meio de euros. Numa reunião presidida por Teresa Machado, coube a Nuno Cordeiro, director financeiro, pormenorizar detalhadamente a execução do mesmo, mas foi o Provedor que explicou que a Instituição esteve condicionada mais de dois anos pelas restrições devidas à pandemia, tanto do ponto de vista operacional como financeiro, neste caso os custos acrescidos (mais de 250 mil euros) que a instituição “foi obrigada a suportar sem a devida compensação por parte do Estado”, pretende agora retomar a sequência do Plano aprovado para 2020, o qual só muito parcialmente foi possível concretizar.

Uma excepção, quase única, foi a instalação de painéis fotovoltaicos na cobertura do Lar Silva Soares, que permite reduzir substancialmente a factura energética. O Provedor Joaquim de Sousa explicou também que para 2023 está prevista a recuperação da rampa de acesso ao edifício “António Biscaia” e da fachada nascente do mesmo edifício, bem como o início da reconversão do sistema de aquecimento central com vista à redução do consumo de gás.

Quanto a números, segundo o Provedor, “a conta de exploração previsional para 2023 apresenta um total de 3.546.843,13 euros de gastos (mais 8,6% que no ano anterior), e 3.492.694,02 euros (mais 13,7% que no ano anterior) explicou. Lido o parecer do conselho fiscal, o orçamento previsional para 2023 foi aprovado por unanimidade.

Joaquim de Sousa reconhece que “é um plano modesto para uma gestão prudente e cautelosa”, perante as dificuldades financeiras provocadas pelo

agravamento do custo de vida, que está a ser difícil também para todas as misericórdias, que reivindicam o aumento das comparticipações do Estado, que “são claramente insuficientes”. O provedor salientou que a instituição e “muitas outras misericórdias, algumas com maiores problemas (do que a da Figueira da Foz), têm estado a recorrer ao seu património para conseguir suportar as despesas”.

De acordo com Joaquim de Sousa, a partir da pandemia, as despesas da Misericórdia – Obra da Figueira da Foz cresceram cerca de 250 mil euros por ano, “o que condiciona muito a actividade”.

Os aumentos da electricidade e do gás representam, segundo o dirigente, os maiores encargos para a instituição, que avançou para um projecto de energia renovável para baixar a factura

mensal da energia. “Desenvolvemos um projecto de painéis solares, já em funcionamento, que representou um investimento superior a 50 mil euros e que vai, felizmente, diminuir muito a nossa factura de energia”.

Joaquim de Sousa falou ainda da Pousada Senhora dos Navegantes, na Casa dos Pescadores em Buarcos, cuja primeira fase da obra “está praticamente concluída”, mas que devido às recentes obras da autarquia naquela zona da Rua 5 de Outubro,” cortaram os acessos e inviabilizaram o desenvolvimento daquela área”. O Provedor concluiu que perante a situação “a Instituição mandou parar as obras e o destino será a venda”, havendo até já interessados na compra. Se tal se vier a concretizar, a Misericórdia Obra da Figueira terá de repor os valores que recebeu do Fundo Rainha D. Leonor, para esse efeito.

“Meu Primeiro Festival” realiza-se este sábado no Altice Fórum Braga

Cátia Barbosa (Porto)

O “Meu Primeiro Festival” decorre, amanhã (3), no Altice Fórum Braga e é destinado a famílias com crianças até aos 10 anos de idade. A poucos dias do Natal, o evento reúne os super-heróis do céu, os Super Wings, que vão voar para perto do Pai Natal e dos seus ajudantes.

“Os nossos amigos Super Wings, vêm complementar o grupo de personagens mais conhecidas pelos mais pequenos. Esta confirmação mostra que o objectivo deste festival é proporcionar às famílias um evento sem dúvida memorável. Esperamos contar com a presença de muitos pequenos festivaleiros”, explica a CEO da Lemon, promotora do evento, Ana Villas Boas.

Além destes super-heróis vão também marcar presença no certame a Pocoyo, Ovelha Choné, Masha e o Urso, Coelho Simão e Patrulha Pata. A iniciativa “pretende oferecer às famílias uma tarde ou uma manhã repletas de energia, nas quais as crianças poderão assistir a diversas actuações musicais, desfrutar da excelente companhia das suas personagens animadas preferidas, e ainda participar em diversas actividades lúdicas: insufláveis, pinturas faciais, jogos tradicionais, tenda kids DJ e desfiles”, explica a organização, em comunicado.

O “Meu Primeiro Festival” é composto por duas sessões,

sendo que as portas do recinto abrem às 9h30 e encerram às 13h00 para as sessões da manhã; e abrem às 14h30 e e terminam às 18h00 para as da tarde. Os bilhe-

tes para o evento já estão à venda e podem ser adquiridos online na Meo Blue Ticket ou FNAC. Os preços variam entre os 14,90 euros e os 29,90euros por pessoa.

Lousã: Serpins recebeu seminário sobre projecto que decorreu na Mata do Sobral

Asede do Rancho Folclórico Flores de Serpins, na Lousã, recebeu, no dia 26, o seminário “O Papel das Políticas Públicas na Promoção da Conservação da Natureza da Mata do Sobral”, que abordou vários assuntos, nomeadamente, os trabalhos efectuados recentemente na Mata do Sobral, no âmbito da candidatura efectuada pela Câmara Municipal Lousã e pela Junta de Freguesia de Serpins ao POSEUR - Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo de Coesão.

Na sessão de abertura, Ricardo Fernandes, vereador da Câmara Municipal da Lousã explicou todo oprocessorelativoaoprojecto,destacando o potencial dos sobreiros, dos carvalhos e dos medronheiros que existem na Mata do Sobral. Já Paulo Simões, presidente da Junta de Freguesia de Serpins referiu que “este executivo apenas se limitou a dar continuidade ao projecto”, destacando, no entanto, “o trabalho em conjunto que tem vindo a ser efectuado em colaboração com a Comunidade Local dos Baldios de Serpins, em prol da freguesia”.

Por seu turno, Mónica Almeida, representante do ICNF referiu a importância desta iniciativa, referindo que este momento serviu para “ouvir e perceber os interes-

ses dos territórios e das pessoas”.

Entre os vários oradores, estiveram presentes Rita Rodrigues da Aflopinhal, Fernanda Vaz da Activar e José Silvestre do Grupo Reflorestar a Lousã, que abordaram alguns trabalhos efectuados, como por exemplo no controlo/erradicação da flora exótica invasora. Elisabete Marchante, da Universidade de Coimbra explicou várias metodologias para controlar as espécies invasoras, frisando que “é preciso continuar e não deixar perder o investimento efectuado nesta candidatura”.

Paulo de Carvalho da Universidade de Coimbra deu a conhecer o percurso interpretativo, assim como doGeocaching,quefoirecentemente colocado na Mata do Sobral e que

tem início junto à Casa do Guarda. Refira-se que a Mata do Sobral se encontra em plena Rede Natura 2000, com gestão partilhada entre o ICNF e a Comunidade Local dos Baldios de Serpins, apresentando-se como um refugio de alguns dos segredos mais bem guardados da floresta mediterrânea. A abundância de sobreiro no interior da mancha florestal, alguns com porte monumental, estará na origem da designação atribuída à Mata. E, fazendo jus ao conceito de biodiversidade, a estes somam-se relevantes elementos florísticos e faunísticos, constituindo ecossistemas prioritários para a conservação.

Olivais apresenta resultados do projecto “Samaritano”

Foram hoje (2) apresentados, no Auditório da Junta de Freguesia (JF) de Santo António dos Olivais, os resultados da parceria estabelecida entre a JF e a Casa de Saúde Rainha Santa Isabel - Instituto das Irmãs Hospitaleiras, de Condeixa, no âmbito da Saúde Mental - apoio aos seniores da Freguesia.

A parceria, que surge no âmbito do projecto “Samaritano” –nascido em 2011, apoiado pelo Programa BPI Sénior, Fundação

La Caixa e dinamizado pelo Instituto das Irmãs Hospitaleiras – teve como finalidade prestar apoio à população sénior, residente na área geográfica da Freguesia de Santo António dos Olivais, que apresenta uma situação de vulnerabilidade e isolamento social. Para além disto, o projecto pretendeu também, numa óptica de promover o envelhecimento activo e saudável, garantir a saúde mental, através de actividades terapêuticas que estimulem e mantenham as capacidades cognitivas, sensoriais e funcionais do idoso.

Neste sentido, foram realizadas pelos técnicos do projecto, na Freguesia de Santo António dos Olivais, várias intervenções

directas a cerca de 550 pessoas. Destaca-se as intervenções individuais; acções de sensibilização em instalações da comunidade; acções de sensibilização dirigidas à população; intervenção terapêutica de relaxamento; promoção de actividades terapêuticas e ocupacionais e intervenções realizadas em instituições (dirigidas a utentes, colaboradores e técnicos).

Na apresentação dos resultados do projecto, estiveram presentes várias entidades, nomeadamente Francisco Rodeiro, presidente da JF dos Olivais, que referiu que “a avaliação foi

muito positiva. Cerca de 85% das pessoas referiram ter tido ganhos com a intervenção dos técnicos”.

De acordo com o autarca, o balanço por parte dos participantes “tem sido extremamente positivo, tendo estes, inclusive, solicitado a continuidade da parceria pelos benefícios e impacto na vida de quem tem contactado com os profissionais”.

“Santo António dos Olivais tem intenção de prosseguir com a parceria durante o próximo ano, alargando também o projecto à comunidade escolar”, anunciou.