“Campeão das Províncias” - 10/5/2023

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RALI DE PORTUGAL ARRANCA AMANHÃ DE COIMBRA DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 10 DE MAIO 2023 | N.º 761 | ANO 3 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS PÁGINA 2 (CHAMADA PARA A REDE FIXA NACIONAL)

Lousã, Arganil, Góis e Figueira da Foz são destaque na primeira etapa do Rali

ORali de Portugal está de volta e a cidade de Coimbra será o ponto de partida da 56.ª edição desta competição. A primeira etapa terá lugar na sexta-feira e incluirá oito especiais, incluindo a super especial final na Figueira da Foz.

As equipas enfrentarão duplas passagens por Lousã, Arganil e Góis, bem como uma visita a Mortágua, que será a Power Stage elegível para o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR). A grande novidade desta edição é a estreia de uma super especial na Figueira da Foz, no final da sexta-feira.

Na manhã de sexta-feira, os concorrentes partirão de Coimbra para competir em Lousã, Góis e Arganil, antes de se dirigirem para Mortágua e a super especial de Figueira da Foz. No sábado e domingo, a competição desloca-se para o norte do país, com duplas passagens em Vieira do Minho, Amarante e Felgueiras,

antes de encerrar o segundo dia com a popular super especial de Lousada. No domingo, haverá um troço em Paredes, seguido da primeira passagem pela especial de Fafe e a classificativa de Cabeceiras de Basto. A derradeira especial, em regime de Power Stage, acontecerá em Fafe.

O Rali de Portugal percorrerá um total de 1.636,25 quilómetros, com 329,06 quilómetros cronometrados, ao longo de 19 classificativas. Esta competição, organizada pelo Automóvel Club de Portugal (ACP), tem a maior lista de inscritos do Campeonato do Mundo de Ralis (WRC), com cerca de 90 equipas a participar. A sessão de autógrafos dos pilotos terá lugar em Coimbra na quinta-feira às 18h00, seguida da partida oficial do rali às 20h30 na Porta Férrea da Universidade de Coimbra. A competição terminará na marginal de Matosinhos, perto do centro operacional do rali, na Exponor.

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Programa de 12 Maio 9h05 SS1 Lousã (12,03 km) 10h05 SS2 Góis (19,33 km) 11h05 SS3 Arganil (18,72 km) 13h35 SS4 Lousã 2 (12,03 km) 14h35 SS5 Góis 2 (19,33 km) 15h35 SS6 Arganil 2 (18,72 km) 17h05 SS7 Mortágua (18,15 km) 19h05 SS8 Figueira da Foz - SSS (2,28 km)

»» TRÂNSITO CORTADO NA ZONA DO ESTÁDIO DE COIMBRA PARA OS COLDPLAY

»» MAIS DE 430 PESSOAS RECEBEM NUM MÊS SENHAS PARA A COZINHA ECONÓMICA

»» MANUAL PÕE TÉCNICOS DA CÂMARA DE COIMBRA A VEREM OBRAS COM CRITÉRIOS IGUAIS

»» MANUEL ANTUNES: A FORÇA QUE MOVEU CORAÇÕES

»» JORGE VELOSO: O LÍDER QUE NÃO DESISTE DE LUTAR

PELOS INTERESSES DAS FREGUESIAS

»» HERÓIDES: O CLUBE DO LIVRO FEMINISTA DE SARA BARROS LEITÃO

»» LARGO DOS OLIVAIS VOLTA A RECEBER ROMARIA DO ESPÍRITO SANTO

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Por ocasião dos 75 anos do nascimento de José Mariano Gago, a editora Gradiva e o LIP-Laboratório de Instrumentação e Partículas reeditam o ensaio Manifesto para a Ciência em Portugal, publicado em 1990 pelo fundador do LIP e primeiro dos ministros da ciência em Portugal. O lançamento, sob o mote “Na reedição do ‘Manifesto’, relancemos o debate”, far-se-á com três mesas redondas simultâneas em Lisboa, Coimbra e Braga, que contarão com um painel de convidados, a participação do público e uma conclusão conjunta online. Será no dia 16 de Maio, dia nacional do Cientista e data do aniversário de José Mariano Gago.

O ensaio Manifesto para a Ciência em Portugal, da autoria de José Mariano Gago, foi publicado pela primeira vez em 1990 pela Gradiva, e há muito que se encontrava esgotado. A editora lança agora, com o apoio do LIPLaboratório de Instrumentação e Partículas, uma pequena reedição de 500 exemplares. Numa nota prévia à nova edição, Mário Pimenta, actual presidente do LIP e professor catedrático do Instituto Superior Técnico, que teve Mariano Gago como orientador do seu doutoramento e como colega no LIP, explica da seguinte forma o propósito desta nova edição:

A 16 de Maio de 2023, o José Mariano Gago faria 75 anos. Passaram já oito anos desde a sua morte, e 33 desde a publicação do seu Manifesto para a Ciência em Portugal. Contudo,

o seu pensamento e acção continuam a ser de extrema actualidade: não há desenvolvimento científico sustentado numa sociedade sem cultura científica, ou em que confunda ciência e tecnologia, reduzindo a primeira a um instrumento da segunda, ouvi-lhe muitas vezes. Mais do que uma homenagem, a presente reedição do Manifesto para a Ciência em Portugal é o nosso contributo para que cada um, na construção da sua visão própria, possa a ele ter acesso.

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Os 75 anos do nascimento de José Mariano Gago e o relançamento do Manifesto para a ciência em Portugal

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A nova edição inclui ainda um prefácio escrito por três investigadores do LIP pertencentes a uma geração que se apresenta como beneficiária das diferentes estratégias de internacionalização e de promoção da ciência postas em prática por Mariano Gago: Joana Gonçalves de Sá (investigadora principal de duas bolsas do European Research Council), Nuno Castro (professor da UMinho) e Patrícia Gonçalves (professora do Instituto Superior Técnico). Citamos aqui o seu ponto de partida: O ensaio Manifesto para a Ciência em Portugal foi publicado pela primeira vez no final de 1990, pouco depois de José Mariano Gago ter deixado a presidência da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT). Portugal tinha entrado na CEE em 1986 e a palavra de ordem era “convergência”: era urgente que o país pudesse recuperar dos seus enormes atrasos, um dos quais, científico. Este ensaio foi fundamental para lançar o debate sobre como e que ciência deveria ser feita em Portugal e terá sido importante na hora da escolha, menos de cinco anos depois, de Mariano Gago como ministro de um novo ministério inteiramente dedicado à ciência e tecnologia. (…) Reler o Manifesto, passados mais de 30 anos, ajuda a perceber o quanto a ciência portuguesa tem progredido, mas também o tanto que ainda está por cumprir. Feliz ou infelizmente o Manifesto continua actual. (…) Também em modo ensaístico, optámos por destacar três ideias fundamentais.

O desenho das sessões de lançamento partiu do espírito da obra tal como está explicado no prefácio da primeira edição, que apresenta o Manifesto como um livro de acção:

Este manifesto é um ensaio. Propõe uma análise

de estratégias de desenvolvimento científico baseadas na renovação da educação, na criação de cultura científica, na ruptura do isolamento científico português — isolamento face ao estrangeiro mas, igualmente, isolamento social e cultural, económico e político, da ciência no próprio país. (…) Este livro visa, pois, a acção prática. É seu propósito suscitar a construção de estratégias para o desenvolvimento científico português.

Ao relançar o manifesto relança-se, pois, o debate. No dia 16 de Maio, terça-feira, às 17h30, nas três cidades em que existem pólos do LIP (Lisboa, Coimbra e Braga) decorrerão mesas redondas sobre o tema. Foi pedido a cada participante que contribua com uma ideia para o futuro da ciência em Portugal. À apresentação das ideias seguir-se-á um período de discussão, com a participação do público e, a terminar, uma sessão conjunta, online, sintetizando as ideias surgidas nas três mesas redondas realizadas nas três cidades, com moderação de Joana Gonçalves de Sá.O debate para o qual queremos contribuir com esta iniciativa não pode deixar de ser feito com todos, e esse debate é indissociável do papel da comunicação social, que convidamos a estar presente nas sessões de lançamento, disponibilizando-nos também para ajudar a pôr em prática outras ideias e acções que vos parecerem pertinentes.

Informações sobre os locais de realização das sessões e a composição e moderação das mesas redondas em: www.lip.pt/manifesto-jmg

Livro disponível aqui - Manifesto para a Ciência em Portugal (gradiva.pt)

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Primeira edição do Manifesto foi publicada no final de 1990

‘Pérolas a porcos’…

Em tom meio grave, no termo de recente conferência, alguém se acerca, vituperando:

“já não há quem o queira ouvir, os consumidores estão cansados dessa ‘lenga-lenga’ que para nada serve; mude de vida, que com isso ‘não diverte nem converte ninguém’ ”… “e é tudo em pura perda, são ‘perolas a porcos’!“

Por um instante, a reacção exigível, que se pretenderia pronta, não surgiu. Um breve hiato para recuperar o fôlego e objectar: “ se cada um fizer o que lhe compete…”.

“Recorda-se da lenda do colibri, do beija-flor, que quando indagado das razões por que pretendia à viva força, com a gotícula de água que transportava no seu minúsculo bico, num vai-e-vem constante, apagar o gigantesco fogo que lavrara na floresta amazónica, se limitou a articular: “eu faço a minha parte”?

“Pois é essa a nossa postura”!

Com efeito, nesta sociedade desestruturada (em que o Estado é o eterno omisso na formação e informação do consumidor), desenvolver uma qualquer actividade “estimulada por sentimentos que não por vencimentos”, em defesa de um Ideal, pode, na realidade, confundir-se com algo de desprezível, de utópico, sem préstimo porque sem palco nem público…

São, com efeito, mais de 40 anos de actividade, na Academia como nos mais meios. Com os desconcertos susceptíveis de ocorrer.

Foi a 23 de Abril de 1981 que o Semanário ’Tempo’, de Nuno Rocha, acolheu um consultório jurídico nosso que levaria o Direito a Todos, como se pretendia. Com forte animadversão da Ordem dos Advogados para a qual a informação jurídica à população seria monopólio seu e, em consequência, nos instaurou um processo disciplinar. Contra

o que se insurgiram, aliás, prestigiosos nomes como os de Eduardo Correia, Carlos Mota Pinto, Francisco Pereira Coelho, insignes Mestres de Direito da Escola de Coimbra.

Não menos grave foi a perseguição movida em razão da ousadia da preparação, em Agosto de 1986, do I Congresso Internacional Das Condições Gerais dos Contratos, sob a égide da Comissão Europeia de Jacques Delors, que acolhera com louvor a iniciativa que a Coimbra traria, em 1988, 750 congressistas das sete partidas do globo…

Comemora-se, aliás, agora o 35.º aniversario desse memorável evento (de 18 a 21 de Maio de 1988): o honroso patrocínio do Presidente da República e do Reitor Honorário da Universidade de Coimbra, António de Arruda Ferrer Correia, presidente da Fundação Calouste Gulbenkian; e a feroz oposição da Reitoria de Rui de Alarcão e dos Conselhos Directivo e Científico de Direito, capitaneados por Orlando de Carvalho e Rogério Soares.

Congresso que teve o suporte dos estudantes de Direito (notável o secretariado que se constituiu e pedia meças a qualquer empresa promotora de eventos) e da Associação Académica, sob a presidência da indefectível Ana Paula Barros.

Com personalidades como o saudoso conselheiro Neves Ribeiro, figura grada do Ministério da Justiça, e Manuel Lopes Porto, professor da Faculdade de Direito, como aliados, na Comissão Executiva, ousando desafiar os seus pares, perfilando-se ao lado de quem se dispusera a assumir a iniciativa, como autêntica pedrada no charco…

E o que de benéfico, em consequência, daí adveio: a pedra angular da AIDC, a sociedade científica internacional de Direito do Consumo e, na sua esteira, da antena nacional, a apDC, ora na iminência de

completar 34 anos.

E tratava-se de um candente tema que mister seria “pôr em agenda”: o dos contratos de adesão, os das letras miudinhas que geravam e geram abundantes cláusulas abusivas…

E o afã com que a partir de então se adentrou a formação e a informação do consumidor, designadamente na Televisão Pública, pela mão de Coelho Ribeiro, antigo Bastonário da Ordem dos Advogados e seu presidente do Conselho de Administração. E, mais tarde, numa centena de rádios e em centena e meia de jornais.

Se todo este pecúlio foi, ao longo de mais de quatro décadas, este permanente lançar de “pérolas a porcos”, é porque o País, quantas vezes padrasto para iniciativas de real valia, como as que viram a luz do dia, mas pródigo no esbanjamento dos dinheiros de todos, de todo se desmerece.

Mais de 40 anos de informação ao consumidor pode ser missão desgastante… mas algo terá ficado e não poderá ser havido, de nenhum modo, como se de ‘pérolas a porcos’ se tratasse, na expressão chocarreira e aviltante de um interlocutor de ocasião!

Neste quase inglório fechar de página, que o julgue quem quiser, com mais isenção do que o real interlocutor que nos afrontou no termo de mais uma acção de formação/informação, no fecho de uma conferência… em Lisboa, a capital de um Império de que nada resta, afinal, senão os deserdados da fortuna ante as nascentes e fáceis fortunas que vão medrando pelas ínvias veredas da corrupção…

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Mário Frota presidente emérito da apDC DIREITO DO
CONSUMO - Portugal

Cientista de Coimbra distinguida por trabalho sobre glaucoma

danificado e permita recuperar a visão.

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversível e caracteriza-se pela “perda substancial” de células ganglionares da retina e por danos no nervo óptico, que é constituído pelos prolongamentos destas células, os axónios. É o nervo óptico que transmite a informação visual ao cérebro.

do as mais jovens e promissoras cientistas, em início de carreira, a realizarem estudos avançados na área das ciências, engenharias e tecnologias para a saúde ou para o ambiente”. O júri foi presidido pelo biofísico Alexandre Quintanilha.

As investigadoras Raquel Boia, Andreia Pereira, Joana Sacramento e Sara Peixoto são as premiadas das Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência 2022, por projectos relacionados com glaucoma, dispositivos cardíacos, diabetes e recuperação de solos.

Raquel Boia (iCBR - Instituto de Investigação Clínica e Biomédica da Universidade de Coimbra), Andreia Pereira (i3S - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto), Joana Sacramento (Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa) e Sara Peixoto (Universidade de Aveiro) vão receber, cada uma, uma bolsa de 15 mil euros, segundo a organização da iniciativa.

Raquel Boia, do iCBR de Coimbra, propõe-se desenvolver uma nova terapia para o glaucoma, actualmente sem cura, recorrendo a um implante intraocular capaz de libertar um medicamento que regenere o nervo óptico

“Na prática vai ser utilizado um implante intraocular biodegradável para a libertação de um fármaco que activa o receptor A3 de adenosina que está presente nas células ganglionares da retina e que já sabemos que quando é activado lhes confere protecção”, assinala Raquel Boia, acrescentando que a estratégia vai ser testada em células e animais.

No futuro, se for bem-sucedido, este implante intraocular biodegradável poderá substituir “as múltiplas injecções intravítreas necessárias no tratamento de doenças crónicas da retina”.

As Medalhas de Honra L’Oréal Portugal para as Mulheres na Ciência são uma iniciativa conjunta da empresa de cosmética L’Oréal Portugal, que financia as bolsas, da Comissão Nacional da Unesco e da Fundação para a Ciência e Tecnologia, que designa o júri que avalia as candidaturas.

As bolsas, atribuídas anualmente a quatro investigadoras de entre 31 e 35 anos, visam “promover a participação das mulheres na ciência, incentivan-

Andreia Pereira, investigadora do i3S do Porto, está envolvida num projecto que pretende “estudar o uso de uma fonte de energia alternativa inesgotável, nomeadamente através da transformação da energia mecânica do doente em energia eléctrica para alimentar dispositivos cardíacos electrónicos implantáveis”.

Já a investigadora Joana Sacramento, da Universidade Nova de Lisboa, refere que o seu projecto visa desenvolver um algoritmo que “permita modular selectivamente e em tempo real” a actividade do nervo do seio carotídeo para tratar a diabetes tipo 2, sem afectar outras funções desempenhadas por este órgão, como o controlo dos níveis de oxigénio no sangue.

Sara Peixoto, da Universidade de Aveiro, vai testar em laboratório a aplicação de bioestimulantes em amostras de solos degradados por incêndios florestais e agricultura intensiva e avaliar diferentes parâmetros, como a quantificação de nutrientes, que permitam “confirmar o possível restabelecimento da funcionalidade e vitalidade desses solos”, na presença ou ausência de plantas como o trigo e o pinheiro.

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Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz apresenta o filme “Amadeo”

em Manhufe e as festas em Paris, e Amadeo pinta incessantemente, lançando planos para o futuro. A sua vida é intensa e repleta de dor e amor.

Inspirado na vida e obra de Amadeo de Souza-Cardoso, o filme conta com os actores Rafael Morais, Ana Lopes e Raquel Rocha Vieira, e é uma produção portuguesa de 2022, com a duração de 1h38, para maiores de 12 anos.

Esta sessão faz parte das comemorações do 21.º aniversário do CAE e os bilhetes estão à venda por 4 euros (público geral) e 2,50 euros (estudantes) na bilheteira do CAE e na Ticketline.

OCentro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz irá apresentar, no dia 1 de Junho, pelas 21h30, no Auditório João César Monteiro, uma sessão de cinema com o filme “Amadeo”, realizado por Vicente Alves do Ó. A sessão contará com a presença do realizador.

O filme retrata a grande história de amor entre Amadeo e Lucie, num período em que a Europa é fustigada pela Primeira Guerra e pela Gripe Espanhola. Amadeo, um pintor inspirado, busca reter o futuro que sonha pintar através de momentos do seu quotidiano, como paisagens, cães, bailaricos e beijos. O mundo vive uma fase de mudança, entre o estúdio

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Hospitais de Coimbra homenageiam enfermeiros com 35 anos de serviço

OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) homenageia na sexta-feira (12) os enfermeiros com 35 anos de serviço, numa cerimónia no pólo principal dos Hospitais da Universidade, no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro.

A homenagem vai decorrer numa sessão solene em que participam Carlos Santos, presidente do conselho de administração, Áurea Andrade, enfermeira directora, e Ricardo Matos, presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Enfermeiros.

Na sexta-feira, as cerimónias têm início pelas 10h00, no auditório principal dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), com a conferência “Liderança e Motivação de Equipas”, proferida por Alexandre Lourenço, administrador hospitalar do CHUC.

A sessão encerra cerca das 12h00, com a assinatura da adenda ao contrato das promoções de “Novos Enfermeiros Gestores e Novos Especialistas do CHUC”.

As comemorações do Dia Internacional do Enfermeiro têm início na quinta-feira, pelas 15h00, no anfiteatro II

dos HUC, com a apresentação do livro “A última Solidão”, de Cármen Garciai, que aborda “uma temática importante e, múltiplas vezes, depreciada em Portugal: a velhice, recordando o privilégio que é, para qualquer ser humano, alcançar esse marco importante”.

A obra será apresentada por Diana Breda, presidente do Conselho Directivo do Hospital Arcebispo João Crisóstomo, de Cantanhede, e conta com o comentário de Lucília Nunes, professora coordenadora principal da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Setúbal.

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Região e Politécnico de Coimbra formam técnicos em Cadastro Predial

AComunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra assinou um protocolo com o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC) para a criação do Curso de Formação Complementar em Cadastro Predial, que dispõe de 40 vagas na primeira edição.

O acordo foi assinado no âmbito do Centro de Competências para a Informação Geoespacial e a formação foi desenvolvida no domínio do “Projecto Impulsionar as Pessoas e o Território”, do Politécnico.

O curso, que terá a duração de um semestre, é direccionado a dois tipos de formandos - tipologia B, dirigido a pessoas com cursos em Ciências Geográficas e Engenharias, e tipologia E, dirigido a profissionais na área das Ciências Geográficas.

Estão disponíveis 40 bolsas de 80% do valor da propina, atribuídas pelo Projecto “Impulsionar as Pessoas e o Território” aos estudantes que se diplomarem, de acordo com o regulamento aprovado.

A formação ‘online’ vai ser realizada pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH).

O curso tem como objectivo “dotar os formandos de um conjunto de competências que lhes permita desenvolver, de forma autónoma, a actividade de Técnico de Cadastro Predial, designadamente através da realização dos trabalhos respeitantes à recolha e tratamento dos dados que caracterizam e identificam cada um dos prédios existentes em território nacional e à alteração, actualização ou rectificação dos dados”, explicou a comunidade.

Todas as informações estão estipuladas na Portaria n.º 380/2015, de 23 de Outubro, disponíveis através do ‘link’ https://dre.pt/dre/detalhe/portaria/380-2015-70790242.

A data de início do curso está prevista para dia 29 e as inscrições podem ser feitas até sexta-feira, através da plataforma https://inforestudante.ipc. pt/.

“Agrada-me saber que estamos a contribuir para colmatar uma necessidade há muito sentida no nosso território e, sobretudo, fico feliz por sermos

parceiros do IPC numa iniciativa que irá contribuir para o sucesso do cadastro predial da Região”, disse, citado num comunicado, o presidente da CIM da Região de Coimbra, Emílio Torrão.

O presidente do IPC, Jorge Conde, referiu que esta formação “cumpre integralmente o desígnio do Projecto Impulsionar as Pessoas e o Territórioa capacitação dos recursos humanos partindo de uma necessidade identificada pelos agentes do território”.

O responsável destacou que o programa em execução conta com uma dotação de cerca de 8,5 milhões de euros e envolve, actualmente, cerca de 700 pessoas em formação, distribuídas por 20 cursos a decorrer.

A Comunidade Intermunicipal deu ainda nota de que a função de técnico de cadastro predial assume “grande relevância” no actual contexto de dinamismo do Balcão Único do Prédio (BUPi), já que a plataforma de registo e cadastro do território presente em todos os municípios da CIM da Região de Coimbra atingiu “um milhão de propriedades identificadas até ao final de 2022, com a participação de mais de 162 mil proprietários de prédios rústicos e mistos”.

Integram a Região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, do distrito de Coimbra, e Mealhada e Mortágua, dos distritos de Aveiro e de Viseu, respectivamente.

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Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho premiada pela Fundação “La Caixa”

ASanta Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho recebeu o Prémio Infância 2022 da Fundação “La Caixa” pelo seu projecto SER+FAMÍLIA 2.0. Este projecto é um programa de capacitação parental que visa proteger crianças e jovens que se encontram em situação de risco no concelho de Montemor-o-Velho.

O SER+FAMÍLIA 2.0 capacita os responsáveis parentais em todos os âmbitos de vida, garantindo a protecção e segurança dos menores. O programa garante também a reintegração segura da criança

na sua casa, após ter sido acolhida em instituição ou junto de outra pessoa cuidadora (Reunificação Familiar).

O projecto ainda oferece momentos de encontro gratificantes e supervisionados entre responsáveis parentais e filhos em situação de separação e conflito (Ponto de Encontro). Além disso, o SER+FAMÍLIA 2.0 previne e combate a pobreza e exclusão social, mobilizando os Bancos Solidários da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho para a entrega de alimentos, medicamentos,

produtos e equipamentos para bebés, grávidas, puérperas e ajudas técnicas.

O programa também disponibiliza consultas de avaliação e acompanhamento psicológico gratuitas para crianças, jovens ou responsáveis parentais em intervenção. O SER+FAMÍLIA é implementado por uma equipa multidisciplinar que intervém em contexto domiciliário e no Gabinete de Intervenção e Inovação Social da Santa Casa da Misericórdia de Montemor-o-Velho, em horário alargado.

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Federação Portuguesa de Columbofilia realiza a maior corrida da Europa

uma média de 1274,863 metros por minuto. Em Beja, a equipa “Asas do Enxoe” venceu, com o pombo-correio 0236780/20 POR, que obteve uma média de 1179,891 m/m. Em Braga, o melhor classificado foi o pombo de António Silva Campos (0320888/20 POR), com uma média de 1209,480 m/m. E em Coimbra, o melhor foi Emanuel Jorge Ventura, com o pombo 1234953/21 POR e uma média de 1218,813 m/m.

AFederação Portuguesa de Columbofilia (FPC) realizou no dia 6 de Maio a corrida nacional de longa distância Valência 2023, um dos eventos mais importantes no calendário deste desporto. Com a participação de cerca de 45.000 pombos-correio representando 14 associações de distrito, 400 clubes e 8.000 columbófilos, a corrida é considerada a maior da Europa. Os participantes viajaram através de parte da Península Ibérica, de Valência até aos seus pombais em vários pontos de Portugal, cobrindo em média 700 quilómetros num voo que em alguns casos durou mais de 10 horas.

Os pombos-correio deixaram Portugal no dia 4 de Maio em 14 camiões TIR devidamente equipados e preparados para garantir o bem-estar e a segurança dos “atletas”. Após chegarem a Valência no dia 5 e um período de descanso e recuperação, os pombos foram soltos no sábado às 6h35 (hora portuguesa). O primeiro pombo-correio chegou a Portugal às 14h33min55seg. O vencedor foi o pombo com anilha número 1333375/21 POR pertencente a Carlos Manuel Assis Caeiro, de Portalegre.

Segundo Almerindo Mota, o director desportivo da Federação Portuguesa de Columbofilia, “a corrida foi excelente e superou as expectativas”. O responsável faz “uma avaliação global muito positiva”, acrescentando que “as médias foram muito próximas em todo o país, os pombos-correio tiveram um bom desempenho, chegaram a um bom ritmo e o clima foi excepcional, o que também ajudou”.

Por questões de justiça e integridade desportiva, esta corrida tem um vencedor por distrito. Assim, no distrito de Aveiro, o grande vencedor foi o pombo-correio 1048535/21 POR, de Jorge Augusto Silva Lopes, com

A equipa “Os Gonçalves” destacou-se em Évora, com o pombo-correio 0418479/20 POR e uma média de 1210.897 m/m. Em Faro, José Rodrigues Gomes foi o primeiro classificado, com o pombo 1289146/21 POR, que conseguiu uma média de 1165.393 m/m. “Os Jacintos” ganharam em Leiria, com uma média de 1189.265 m/m alcançada pelo pombo 1302369/21 POR. Em Lisboa, sobressaiu a equipa “Paulo, Cesar & Morais”, com o pombo 1200237/21 POR (média de 1201.340 m/m).

Em Portalegre, o primeiro lugar foi para Luís Fernando Salgueiro, com o pombo-correio 1334558/21 POR que fez uma média de 1230.595m/m. No Porto, venceu uma mulher, Ana Maria Risca, com o pombo 1449089/21 POR a fazer uma média de 1255.999 metros/minuto. Luciano Conceição Martins destacou-se no distrito de Santarém com o pombo 8095024/18 POR a alcançar uma média de 1194.040 m/m. O atleta com a anilha 9023362/19 POR, pertencente à equipa “Sol Nascente” de Setúbal, foi o melhor do distrito ao conseguir uma média de 1149.935 m/m.

O pombo-correio com a anilha 1257827/21 POR, do columbófilo José Rui Fernandes Pinheiro, conseguiu uma média de 1196.580 m/m, ficando à frente no distrito de Viana do Castelo. Já em Viseu a vitória foi para o pombo-correio com a anilha 2488500/22 POR, de Simão José Ligeiro Geraldo, que voou a uma média de 1245.013 m/m.

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Manutenção Militar acolhe exposição do Colectivo Pescada Nº 5

No próximo fim-de-semana, dias 13 e 14 de Maio, o edifício da antiga Manutenção Militar (sito na Rua da Manutenção Militar, Coimbra), vai estar de portas abertas - no sábado, das 15h00 às 22h00, e no domingo, das 15h00 às 18h00, - para a apresentação da exposição “O Sal Que Não Salga”, organizada pelo Colectivo P5 (Pescada n.º5), que tem promovido iniciativas semelhantes, de entrada livre, dirigidas a todos os públicos, desde o ano de 2009.

A Câmara de Coimbra é, nesta edição e pela primeira vez, co-organizadora do evento. Destacam-se, ainda, as parcerias com a Biblioteca Geral e o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, com o Centro Hospitalar dos Covões e com cidadãos da região das Marinhas de Sal-Gema, de Rio Maior.

Nesta mostra, de características únicas, com uma dimensão colectiva de dedicação e de partilha do gosto da arte pela arte, os visitantes podem cruzar-se com 64 obras, performances, instalações e objectos descobertos durante a preparação do sítio para a exposição.

A leitura do Sermão de Santo António aos Peixes, de António Vieira, e a reflexão sobre ques-

tões de relações laborais, constituíram o ponto de partida do projecto. No intuito de estabelecer um elo entre passado, presente e futuro, o Colectivo traz, ainda, ao edifício da antiga Manutenção Militar, obras que dialogam, tanto com o passado do edifício como com o futuro do mesmo, enquanto parte de uma futura escola de artes, in-

tegrada no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra.

O Colectivo P5 é constituído por um grupo de cidadãos que, desde 2002, se tem dedicado à arte, entendida como instrumento de intervenção social, em torno de projectos que valorizam tanto a obra individual como a interacção colectiva com o meio e a comunidade.

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Ciclo de teatro e artes da Universidade de Coimbra com cerca de 40 iniciativas

Cerca de quatro dezenas de iniciativas compõem o programa do Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis, que ao longo de um mês irá decorrer em Coimbra, estendendo-se ainda à Figueira da Foz, revelou hoje a Universidade de Coimbra.

“Temos os meses de Maio e Junho particularmente intensos em Coimbra, mas mesmo assim os parceiros culturais aderiram em massa a esta proposta, que nos vai permitir apresentar uma programação que não andará longe das 40 iniciativas”, anunciou o vice-reitor da Universidade de Coimbra para a Cultura, a Comunicação e a Ciência Aberta, Delfim Leão.

O 4.º Ciclo de Teatro e Artes Performativas Mimesis é organizado pela Universidade de Coimbra (UC) e vai decorrer de 15 de Maio a 15 de Junho, maioritariamente na cidade de Coimbra, levando ainda um espectáculo e algumas actividades à Figueira da Foz.

Durante a conferência de imprensa de apresentação do programa do Ciclo Mimesis, na manhã de hoje, no Colégio das Artes, em Coimbra, Delfim Leão evidenciou que estão previstos 28 eventos performativos, “com uma grande tónica no teatro”.

Terão ainda lugar outro tipo de performances, com “actividades de vários tipos e oito eventos convergentes”.

Entre os eventos convergentes destacam-se

“alguns exemplos de actividades para crianças e ‘workshops’, que, de alguma maneira, permitem reflectir sobre o processo que levou precisamente à construção do espectáculo”.

De acordo com o vice-reitor da UC, o programa foi pensado para agradar a um público lato e para “reforçar a centralidade de Coimbra”.

“Vamos ter sete grupos, com sensibilidades várias, que realmente mostram a sua dinâmica na actividade artística, sobretudo, mais ligada à performance teatral”, descreveu. O responsável

disse ainda que a maioria dos espectáculos será de fruição gratuita.

“Haverá em um ou outro caso pagamento, mas estamos a falar do que ocorre no Teatro Académico [Gil Vicente], até por questões de sustentabilidade básica da própria actividade. Mas, por norma, são a preços obviamente muito contidos”, justificou.

O programa do Ciclo Mimesis inclui cerca de 40 actividades, entre teatro, dança, performance e actividades para crianças, subordinadas ao tema “Horizonte”, que procuram valorizar a criação e a prática artísticas, promover a investigação especializada, aprofundar a formação e qualificação na área das artes e contribuir para a diversidade e qualidade da programação cultural, ao estimular o diálogo entre a UC, a cidade, a região e o país.

Entre os destaques, figura, no dia 25 de Maio, a mostra de teatro universitário “Medeia”, levada pela Associação Cultural Thiasos ao Teatro Académico Gil Vicente. No mesmo dia, a Real República Pra-Kys-Tão apresenta “Horizonte Submisso”. Já “Pulsam os Papiros”, da Associação Cultural Tarrafo, sobe ao palco do Salão Brazil a 7 de Junho.

De referir ainda a performance “Sounds of Travel”, numa organização do Centro de Investigação da Terra e do Espaço da UC (CITEUC), que marcará presença no Auditório Municipal da Figueira da Foz a 15 de Junho.

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junta-se

contra o cancro digestivo em campanha de angariação de fundos

AEuropacolon Portugal, Associação de Apoio ao Doente com Cancro Digestivo, realiza de 19 a 21 de Maio o Peditório Nacional nos distritos de Bragança, Vila Real, Viana do Castelo, Braga, Porto,

Aveiro, Guarda, Viseu, Coimbra, Castelo Branco, Leiria, Lisboa, Santarém, Setúbal, Beja, Évora, Portalegre e Faro.

Voluntários estarão nas ruas destes distritos devidamente identificados com

caixas mealheiro, onde é possível deixar um donativo. A associação conta também com o apoio de empresas, câmaras municipais e juntas de freguesia para promover a sua missão.

O presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves, afirma que os donativos permitem à associação dar continuidade aos serviços que presta, tais como a linha de apoio, consultas de psicologia e nutrição, apoio domiciliário, segunda opinião médica ou acções de rastreio e sensibilização. Vítor Neves alerta ainda para a necessidade premente da implementação de um rastreio de base populacional, uma vez que o número de doentes continua a aumentar e o apoio nos hospitais é insuficiente.

O apresentador Fernando Mendes é o embaixador desta campanha e enaltece os objectivos da Associação: “Só com literacia em saúde é possível salvar vidas!”. O cancro colorretal é o cancro digestivo mais comum na Europa e em todo o mundo são diagnosticados cerca de 1,4 milhões de novos casos anualmente. Somente em Portugal existem mais de 80 mil doentes activos.

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Coimbra
à luta

Instituições de Coimbra celebram Noite Europeia e Dia Internacional dos Museus

À noite, entre as 21h00 e as 22h00, acontece uma visita guiada multidisciplinar em torno do impacto das alterações climáticas na ruína de Santa Clara-a-Velha.

No Dia Internacional dos Museus, 18 de Maio, são repostas a diferentes horas algumas das iniciativas do dia 13, com exclusão da oficina “Horta monástica sustentável”.

OMosteiro de Santa Clara-a-Velha e o Museu de Machado de Castro vão comemorar a Noite Europeia e o Dia dos Museus, em Coimbra, nos dias 13 e 18 de Maio, dedicados ao tema da sustentabilidade.

Em comunicado, o Mosteiro de Santa Clara-a-Velha convida “todos os interessados a celebrar a Noite Europeia dos Museus e o Dia Internacional dos Museus neste local histórico e emblemático da cidade”, realçando que será “uma experiência cultural única e inesquecível”.

No sábado (13), ao longo do dia, no perímetro do monumento, na margem esquerda do rio Mondego, são realizadas duas oficinas, uma intitulada “Horta monástica sustentável”, para crianças dos 6 aos 12 anos, seguida de outra sobre “O saber dos nossos avós”.

“Através de sementes e pólenes foi possível descobrir algumas espécies de plantas aqui cultivadas [na Idade Média], como a camomila, o tomilho e os orégãos, usadas na confecção de alimentos ou na botica”, salienta na nota a Direcção Regional de Cultura do Centro, dirigida por Suzana Menezes.

Por sua vez, o Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) começa a celebrar a Noite Europeia dos Museus às 15h00 do dia 13, com a iniciativa “Incursão num arquivo fotográfico: Coimbra e o MNMC em meados do século XX”, promovida pela Liga dos Amigos da instituição.

Às 17h30, na estufa do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, o MNMC organiza a conversa “Museus, sustentabilidade e bem-estar. Desafios e oportunidades”.

A partir das 16h00 e pelo serão fora, até 23h30, para crianças até aos 12 anos, decorre o programa “Pintura de ‘Pedrinhongos’ e colagens tridimensionais”, da responsabilidade da Cooperativa Pedrinhas, nascida na Lousã em memória póstuma de Pedro Brasião Rodrigues.

Às 21h30, o artista plástico Victor Costa pinta um ‘Pedrinhongo’, inspirado nos desenhos deixados pelo menino Pedro Brasião Rodrigues.

A noite, a partir das 20h30, inclui ainda desenho de perfis caricaturais e um recital de piano por Klaudia van Eenbergen.

Para assinalar o Dia internacional dos Museus, 18 de Maio, o MNMC, entre outras iniciativas, promove às 16h00 o Sarau Cultural Fragosiano, com exibição da peça “Nocturno” e do documentário “A vida breve de António Fragoso”, enquanto decorrem mais sessões de caricatura ao vivo.

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Criador ucraniano estreia em Coimbra peça que imerge na vida marcada pela guerra

Oencenador ucraniano Pavlo Yurov estreia na sexta-feira, em Coimbra, “Silence, Silence, Silence, Please”, uma peça que mergulha nos vários momentos e estados psicológicos e físicos das pessoas que vivem a invasão russa da Ucrânia.

O espectáculo, inicialmente criado em 2020, antes da invasão russa, era sobre como os habitantes de Kiev viam a guerra que decorria no leste da Ucrânia, na altura “muito distante”, mas após uma conversa de Pavlo Yurov com o director do Teatro Nacional D. Maria II, Pedro Penim, (instituição que co-produz a peça) o texto foi quase integralmente reescrito, quando os bombardeamentos deixaram de ser apenas o quotidiano daqueles que viviam na região oriental do país, disse o encenador ucraniano.

Para a peça que irá ser apresentada em data única na sexta-feira no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV), Pavlo Yurov socorreu-se da sua experiência como ‘fixer’ (pessoa que actua como intérprete e fonte de conhecimento local para jornalistas estrangeiros) desde o início da invasão.

Durante esse período “intenso” e com um fluxo de eventos e informação “alucinante”, foi ouvindo histórias e testemunhos que contribuíram para o processo de escrita meses mais tarde, que acabou por complementar com entrevistas a pessoas que viveram debaixo da ocupação militar russa no último ano.

Com interpretação de cinco actores ucranianos (a peça tem legendas em português), “Silence, Silence, Silence, Please” fala da história de uma família ucraniana e dos vários estados psicológicos e físicos que essa vive durante a invasão.

Olhando para trás, Pavlo Yurov re-

conhece que nos primeiros meses após o início da invasão “não havia tempo para reflexão”.

“Eu não fiz muitas notas [no trabalho enquanto ‘fixer’], porque eu nem conseguia pensar em nenhuma peça de arte. Para mim, na altura, parecia-me impossível fazer arte. Eu não conseguia focar-me”, recorda, salientando que em parte valeu-se da sua experiência enquanto “testemunha e participante”.

O título é uma tentativa de tradução de uma entrevista, em que uma mulher clama por algum silêncio, “um pedido emocional”, de alguém que apenas quer “ter paz consigo própria”.

“A minha principal questão é: Porque é que tudo isto acontece? Li muito sobre guerras e nunca houve um dia em que não houve uma guerra no mundo. As pessoas matam pessoas a toda a hora e a humanidade não é capaz de domar esse ímpeto para a agressão”, afirmou Pavlo Yurov.

Inicialmente, estava previsto o encenador ucraniano estar com os restantes actores em Coimbra, a preparar a apresentação da peça, e participar numa conversa que haverá no final, em que também participa Pedro Penim, mas as próprias contingências da guerra trocaram-lhe as voltas.

Para viajar para fora, sendo um homem na Ucrânia com mais de 18 anos e menos de 60 anos, precisava de uma autorização do Exército.

“Fiz um exame médico e recebi, há quatro semanas, uma carta de mobilização”, disse, estando de momento num campo militar na região de Kiev, mas deverá ir em breve para a frente da guerra, no leste da Ucrânia.

Irá trabalhar no gabinete de im-

prensa do Exército, criando conteúdo, mas também ajudando jornalistas ucranianos e estrangeiros naquele contexto.

Videochamadas através da plataforma Zoom ou vídeos gravados dos ensaios permitem-lhe manter o contacto nas horas livres com os actores e preparar o espectáculo que estreia em Coimbra.

Sobre o futuro, não sabe como será, depois de um ano marcado por medo e esperança, conforme o evoluir das várias frentes da guerra.

Já sobre a peça, espera poder apresentá-la na Ucrânia, num teatro independente.

O espectáculo é apresentado em Coimbra no âmbito do projecto Odisseia Nacional, em que o Teatro Nacional D. Maria II programa fora do seu espaço, que está fechado para obras durante o presente ano.

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Universidade de Coimbra demite director do Centro de Estudos Russos

Os dois “activistas” acusam o director de utilizar símbolos conotados com a invasão do território ucraniano, como a fita de São Jorge (símbolo proibido em vários países na Europa de Leste), assim como de disponibilizar, no centro de estudos, uma série de fotografias de jovens com cartas onde se lê que são do “Sul da Ucrânia” ou da “República Popular de Donetsk”, como “entidades geográficas separadas e válidas”, sublinhando que a Ucrânia não surge como “país uno” nessas fotografias.

AUniversidade de Coimbra demitiu o professor e director do Centro de Estudos

Russos, Vladimir Pliassov, após verificar que as actividades daquela unidade “estariam a extravasar” o âmbito lectivo, foi hoje anunciado.

“Ao verificar que as actividades lectivas do referido Centro de Estudos Russos estariam a extravasar esse âmbito [ensino exclusivo de língua e literatura russa], a reitoria determinou a cessação imediata do vínculo com o Professor Vladimir Pliassov”, afirmou hoje a Universidade de Coimbra (UC), numa nota de esclarecimento.

A confirmação da demissão foi primeiramente avançada pela rádio Renascença, após uma acusação por parte dos ucranianos Olga Filipova e Viacheslav Medvediev, que residem em Coimbra, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença.

Os dois autores da denúncia acusam Vladimir Pliassov de “propaganda russa” na Universidade de Coimbra e de ser o principal representante em Portugal da fundação Russkiy Mir (instituição criada por Vladimir Putin e suportada pelo Governo russo que apoiou a criação daquele centro de estudos e que tem como principal objectivo a promoção da língua e cultura russas).

Segundo a Universidade de Coimbra, com a invasão russa da Ucrânia, a instituição cessou o vínculo que tinha com a fundação Russkyi Mir, “que até Dezembro de 2021 apoiava o ensino de língua e cultura russa no Centro de Estudos Russos da Faculdade de Letras”.

“Em respeito pelo povo e pela cultura da Rússia, após o corte dessa ligação contratual, o referido Centro de Estudos Russos foi mantido em funcionamento, com recursos próprios da UC, para ensino exclusivo de língua e literatura russa”, esclareceu.

Na mesma nota de esclarecimento, a Universidade de Coimbra salienta que é uma “instituição profundamente comprometida com os valores europeus e totalmente solidária com a Ucrânia no contexto da agressão russa”.

“A UC condenou e condena inequivocamente a invasão da Ucrânia pela Rússia. E desde o dia 24 de Fevereiro de 2022 associou-se a iniciativas de recolha de donativos financeiros para apoiar deslocados e refugiados da guerra, disponibilizou o Estádio Universitário e os seus recursos para apoiar a sociedade civil no acolhimento dos que chegaram a Coimbra, integrou no seio da sua comunidade estudantes refugiados aos quais ministrou curso de língua portuguesa, e reforçou os laços de cooperação com a Universidade de Lviv”, vincou.

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