"Campeão Digital" - 03/07/2020

VESPERTINO

DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

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DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 16:00 / 17:00 HORAS Ŷ EDIÇÃO DIGITAL COM 24 PÁGINAS SEXTA-FEIRA, 3 DE JULHO 2020

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COIMBRA PÕE ARTE

NAS FESTAS DA CIDADE

De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a www.campeaoprovincias.pt na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.facebook.com/campeaodasprovincias FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Diana Baptista, Sónia Pereira, Nádia Moura, Luís Carlos Melo e Zilda Monteiro

DESIGN GRÁFICO Jorge Capelo

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DIA DA CIDADE DE COIMBRA

está rodeado de festas suas casas, pel’ O CUBO, com apresentações no Vale das Flores e Bairro Norton de Matos.

Este evento vai prolongar-se por vários dias, percorrendo as várias freguesias do concelho.

A noite continua com o concerto de “Os Quatro e Meia”, a partir das 22h00, na Praça das Bandeiras. Este é um espectáculo também com público sentado e que terá transmissão online.

SÁBADO, DIA DA CIDADE

O programa começa logo de manhã com a visita à ciclovia na margem esquerda

&

oimbra está em festa de hoje a 12 e Julho. As celebrações surgem diferentes este ano, fruto dos condicionalismos impostos pela pandemia da covid-19, mas pretendem dignificar a cidade, honrar a sua Padroeira, promover a economia e transmitir também uma mensagem de esperança e alegria a todos os conimbricenses.

Apesar dos tempos exigirem cuidados especiais e redobrados, há momentos que não podem ser esquecidos. As festas da Cidade e da Rainha Santa são um deles e a autarquia preparou um programa extenso e atractivo que convida a celebrar Coimbra no mês de Julho.

Centrado em artistas locais e num conceito diferente, aposta sobretudo em eventos culturais ao ar livre, apresentando, nos dois primeiros fins-de-semana de Julho, inúmeras iniciativas culturais, como exposições, programação infantil, mini-concertos em simultâneo em vários locais, vídeo mapping nas fachadas das casas num espectáculo itinerante denominado “Festival à Janela” por várias freguesias do concelho, serões nas casas de fado e quatro espetáculos com plateia sentada, lotação adequada e transmissão online.

Além da aposta na retoma cultural, esta edição das festas surge, como realça o Município, com “o objectivo de reanimar social e economicamente o concelho, em especial dos sectores da hotelaria, restauração e comércio”.

“Sabemos que será diferente do habitual, mas Coimbra quer devolver a normalidade possível e o contacto com a cultura aos cidadãos, garantindo ao mesmo tempo um ambiente seguro e de conforto”, reforça a autarquia, explicando que o programa foi pensado para que os eventos possam chegar ao maior número de pessoas, presencialmente (sempre com lotação limitada) ou através de transmissões online pelas redes sociais do Município.

PROGRAMA HOJE As festividades começam hoje (3 de Julho), às 18h00, com Fado ao Centro. Este é um espectáculo gratuito, com público sentado (máximo e 25 pessoas) e transmissão online. Está, contudo, sujeito a reservas até 24h00 de antecedência, através do telefone 239 405 105 ou do e-mail reservas@fadoaocentro.com.

Também hoje, às 21h30, há novo espectáculo de fado, na Casa de Fados - Centro Cultural “à Capella”. Este é também um espectáculo gratuito, limitado a 30 pessoas, e mediante reserva até 24h00 de antecedência, através do telefone 239 833 985 ou do e-mail acapella@gmail.com. À mesma hora começa o Festival à Janela - vídeo mapping itinerante, com público em

O programa de amanhã (4 de Julho) vai ficar marcado pelas celebrações do Dia da Cidade, que começam, às 10h30, na Praça das Cortes, com a visita às obras da ciclovia e com o lançamento do programa “Pedalada de ciência”. Continuam, às 11h00, com a inauguração do Largo do Chafariz, em S. Martinho do Bispo, e à tarde, às 15h00, é inaugurado o Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, junto à Porta de Barbacã, na Rua Ferreira Borges, na Baixa, cerimónia que contará com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca. O público vai poder visitar este novo Centro entre 18h00 e as 20h00.

Destaque ainda para a realização, às 16h00, da visita guiada “A Heráldica Municipal”, um percurso pedonal limitado a 10 pessoas e sujeito a inscrição prévia na Casa da Cultura ou através do telefone 239 702 630. Os participantes têm que usar máscara e devem reunir-se à entrada da Câmara Municipal.

O fado continua em destaque, com um espectáculo no Fado ao Centro, às 18h00, e outro no “À Capella”, às 21h30. À mesma hora segue o Festival à Janela, no Solum e Cidral, e às 22h00 há concerto no Jardim da Sereia que, como adianta a Câmara, contará com a presença de “uma lenda viva da música portuguesa” - Rui Veloso.

DOMINGO No dia 5 de Julho o programa começa às 15h00, com a visita guiada “Tradições Académicas e a Canção de Coimbra”. Segue-se, uma hora depois, a abertura de exposições do Prémio Estação Imagem, na Sala da Cidade, Museu Municipal de Coimbra - Edifício Chiado, Galeria Pinho Dinis, Galeria Pedro Olayo, Centro Cultural do Penedo e Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. Às 18h00 o Grande Auditório do Convento São Francisco recebe “O Melhor dos Musicais”, dirigido por Nuno Feist, e há fado na Fado ao Centro. À noite, a partir das 21h30, continua o Festival à Janela, em Celas e nos Olivais, e há mais um espectáculo de fado “À Capella”.

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Obras de Paula Rego e Júlio Pomar

abrem Centro

de Arte Contemporânea

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Centro de Arte Contemporânea de Coimbra é inaugurado amanhã (sábado) com uma exposição que dá a conhecer parte da Colecção BPN, na qual figuram obras de Paula Rego, Júlio Pomar, Amadeo Souza-Cardoso e Maria Helena Vieira da Silva.

A Colecção BPN (ex-Banco Português de Negócios), que foi adquirida pelo Estado por cinco milhões de euros, vai ficar instalada em Coimbra, no Centro de Arte Contemporânea, situado para já num edifício junto ao Arco de Almedina, que é inaugurado sábado, Dia da Cidade.

Para dar a conhecer a colecção do antigo banco, foi criado um ciclo de exposições, intitulado “De que é feita uma Colecção?”, elaborado pelo curador do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, José Maçãs de Carvalho, e pelo curador da Colecção de Arte Contemporânea do Estado, David Santos.

A primeira, de nome “Corpo e Matéria”, revela 27 das quase 200 obras da Colecção

BPN que vão ficar na cidade pelo prazo de 25 anos (renovável por igual período pelas partes envolvidas - Câmara de Coimbra e Ministério da Cultura).

Nesta primeira exposição vão estar expostas obras de fotografia, pintura e escultura. Amadeo de Souza-Cardoso, Eduardo Batarda, Julião Sarmento, Ana Vidigal, Maria Helena Vieira da Silva, Paula Rego, Rui Chafes ou João Louro são alguns dos nomes representados, numa exposição que conta também com a participação de artistas estrangeiros, como Allan Sekula, Douglas Gordon ou Paul Morrison.

“A colecção não tinha um curador específico e o que estamos a fazer é a tentar dar uma forma narrativa e interpretativa a um conjunto de obras que, neste momento, estão numa espécie de vizinhança súbita”, explicou o curador do Centro de Arte.

José Maçãs de Carvalho salientou o desafio que foi pegar nessa colecção “em potência” e tentar “encontrar sinais perdidos no tempo” - quase uma espécie de “arque-

ologia da colecção” para tentar criar uma narrativa.

De acordo com David Santos, a Colecção BPN compreende quase 200 peças de arte moderna e contemporânea, que dão “um panorama da arte portuguesa na segunda metade do século XX”, com excepção da obra que estará presente na primeira exposição de Amadeo de Souza-Cardoso.

Para o Curador da Coleção do Estado, um dos ‘ex libris’ da coleção será a pintura de Souza-Cardoso, destacando também “Les Berges”, de Vieira da Silva, e uma escultura em ferro de Rui Chafes da série “Da Vida Monástica”, para além de obras de Eduardo Batarda e José Loureiro.

O presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado, considera que a vinda da Colecção BPN para Coimbra “é muito importante” para a cidade, permitindo também criar “mais um ponto atractivo para a visita”, em pleno coração da cidade, onde se pode “apreciar o antigo e o novo”.

O Centro de Arte Contemporânea de Coimbra, instituído pelo Ministério da Cultura em articulação com o município, fica, para já, em três dos quatro pisos de um edifício junto ao Arco de Almedina.

As instalações definitivas do Centro serão, após obras de requalificação, na antiga sucursal da Manutenção Militar em Coimbra (cujo imóvel passou do Ministério da Defesa para Câmara de Coimbra em maio de 2017), na Avenida Sá da Bandeira, a algumas centenas de metros do edifício que recebe provisoriamente a Colecção BPN. Questionado pela agência Lusa, Manuel Machado referiu que, logo a seguir à abertura do Centro, a autarquia vai “intensificar o trabalho para reunir fontes de financiamento” de forma a avançar com a intervenção na Manutenção Militar.

O destino da Colecção BPN aguardava decisão do Governo desde a nacionalização daquela instituição bancária, em 2008.

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Devoção à

Rainha Santa Isabel prossegue com Eucaristias A

s celebrações em honra da Rainha Santa Isabel prosseguem, hoje e amanhã (04), na Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Nova.

Para esta noite, às 21h30, está prevista a oração de Vésperas, que contará com pregação do padre Prior Claro mas cânticos pelo Coro de Santo Agostinho da Paróquia de Santa Cruz.

Já amanhã, Dia da Cidade de Coimbra, o programa é mais extenso e inclui uma Eucaristia pelas 09h00, celebrada pelo padre António Sousa e o canto pelo Coro da Igreja da Rainha Santa; segue-se a Missa de Solenidade de Santa Isabel, às 11h00, presidida pelo Bispo de Coimbra, Virgílio Antunes. Ainda nesse dia, às 17h00, celebra-se nova Missa com o padre Prior Claro e, uma vez mais, com o Coro de Santo Agostinho. Às 18h30, realizam-se as II Vésperas, estando os cânticos a cargo do mesmo grupo coral.

Com autorização do Bispo de Coimbra, Vírgilio Antunes, a Mesa Administrativa da Confraria da Rainha Santa Isabel, organismo que promove as festas, propõe realizar as procissões agendadas para o corrente ano, “calendarizando-as excepcionalmente para 2021 (ano ímpar), em que a Confraria continuará a celebrar os 750 anos do nascimento de Santa Isabel de Portugal”.

Nas celebrações dos próximos dias, a Igreja irá apenas acolher 100 pessoas, sendo que para permitir que mais pessoas possam assistir à cerimónia, vão ser colocados ecrãs em alguns locais, como no Coro Baixo e Claustros, onde serão disponibilizados bancos. Haverá, também, um ecrã no adro, podendo os fiéis levar bancos ou assistir à celebração da Eucaristia em pé.

Em todas as celebrações, recorda-se, é obrigatório o uso de máscara e de higienização das mãos.

Exposição do CAPC evoca Rainha Santa no ‘Museu’ de Francisco Tropa A partir de amanhã (04), o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) promove uma “exposição dinâmica” sobre a procissão da Rainha Santa e apelou à participação do público com fotografias de anteriores celebrações.

Num ano em que o famoso culto à Santa não acontece, Carlos Antunes, director do CAPC, disse que “esta é uma obra de arte co-

letiva e dinâmica” ao esclarecer que “cidadãos de Coimbra e do mundo” podem enviar à organização, até ao final do mês, registos fotográficos de anteriores procissões em honra de Isabel de Aragão.

Inseridas no programa das Festas da Cidade, a cargo da Câmara Municipal de Coimbra, também as festas religiosas, que incluem as duas procissões, foram este ano canceladas pela Confraria da Rainha Santa Isabel devido à Covid-19.

Segundo Carlos Antunes, as procissões da Rainha Santa são “um acontecimento suprarreligioso que pertence à cidade, a Portugal e ao mundo” e que a iniciativa, intitulada “Rainha Santa in Absentia”, visa colmatar simboli-

camente “uma ausência brutal”.

Acrescenta ainda que “trata-se de uma das maiores procissões do país” e pretende “reapresentar e garantir, através da arte, uma presença na ausência de todo esse cerimonial do imaginário colectivo”.

Os interessados em participar na iniciativa poderão enviar fotografias para o endereço de correio eletrónico geral@capc.com. pt, que serão depois expostas no ‘Museu’, na praça das Cortes (em Santa Clara).

O evento inclui, ainda, a exposição de uma escultura relacionada com o “Milagre das Rosas”, atribuído à padroeira de Coimbra, da autoria do já falecido Armando Azevedo, antigo director da associação cultural.

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Condenado por agredir mulher e maltratar os pais

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Tribunal de Coimbra condenou, hoje, um homem de 67 anos a cinco anos e seis meses de pena de prisão efectiva, por crimes de violência doméstica contra a sua mulher e maus tratos contra os seus pais.

O Tribunal de Coimbra deu como provados a maioria dos factos presentes na acusação, que referia que o arguido, que esteve casado 45 anos com a vítima, agredia de forma regular a sua mulher, com bofetadas, murros ou cabeçadas.

O colectivo de juízes também deu como provados os maus tratos contra os seus pais, ambos com mais de 90 anos, e com diversos problemas de saúde - a mãe era hipertensa, tinha uma doença crónica renal e estava acamada, e o pai era cego, diabético e movimentava-se com uma cadeira de rodas.

Para além de pressão que exerceu junto dos dois, o arguido terá ordenado ao seu pai que assinasse uma procuração para aceder e movimentar as contas bancárias dos seus progenitores, sendo que, depois de ter visto negado esse pedido, o arguido sacudiu a vítima “com movimentos violentos” e empurrou-o e pressionou-o contra a cabeceira da cama, referia a acusação do Ministério Público a que a agência Lusa teve acesso.

O Tribunal de Coimbra considerou como credível e coerente as declarações da mulher do arguido, bem como de outras testemunhas.

Já sobre as declarações do arguido, o colectivo de juízes considerou que a sua história “não fazia qualquer sentido”, sendo contrariada por toda a prova documental e testemunhal.

“O Tribunal não acreditou na sua versão de factos, as situações são graves e a pena pareceu justa e adequada”, afirmou o presidente do colectivo de juízes, dirigindo-se ao arguido, que apenas abanava a cabeça, em desaprovação, enquanto era lido o acórdão.

Ainda dirigindo-se ao homem, o presidente do colectivo salientou que “não vale apena agora o senhor tentar fazer qualquer coisa contra a sua esposa ou outras pessoas”.

O arguido continua com as mesmas medidas de coacção, que consistem em apresentações semanais, proibição de contacto com a sua mulher e proibição de adquirir ou obter uma arma.

O Tribunal de Coimbra condenou ainda o arguido a frequentar um programa específico de prevenção de violência doméstica e ao pagamento de indemnizações de 10 000 euros à sua mulher e de 5 000 euros ao seu pai (a mãe do arguido faleceu em 2019).

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SEGUNDA-FEIRA, SEXTA-FEIRA, 3 DE22JULHO DE JUNHO 2020 2020

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‘I Festival de Sopas da rua Direita’ começa hoje

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‘I Festival de Sopas da rua Direita’, que tem como objectivo dinamizar o comércio e restaurantes daquela zona da Baixa de Coimbra, já arrancou, hoje (03), pelas 17h00.

Esta é uma iniciativa dos próprios comerciantes e do Centro Comunitário de Inserção da Cáritas (CCIC) de Coimbra, também instalado naquela rua da Baixa de Coimbra.

“Esta é uma acção preventiva. Não queremos que os comerciantes desta rua sejam os nossos próximos utentes”, afirmou Helena Palrinhas, do Centro Comunitário, ao “Campeão”, explicando que o CCIC é o responsável pela decoração da rua que inclui um “caminho” de pedras decoradas pelos utentes do Centro simbolizando que “uma pedra sozinha não faz nada mas todas juntas formam um caminho”.

O evento decorre até às 23h00 de hoje, retomando amanhã pelas 12h00 novamente até às 23h00. Neste período os visitantes podem saborear as sopas em seis estabelecimentos: Carmina de Matos; Pet & Tea; O Boteco; O Sérgio; Capas Negras e a Churrasqueira da Baixa.

Conforme explicou Helena Palrinhas os visitantes podem degustar qualquer uma das seis sopas as vezes que desejarem bastando, para isso, adquirir o kit (tijela + colher), que pode, depois, ser utilizado em todos os estabelecimentos. “O kit será, no fundo, o passaporte para provar as sopas do festival”. Os espaços comerciais têm outros pratos disponíveis, assim como bebidas e sobremesas, mediante pagamento.

Um kit tem o valor de cinco euros; três kits são 12 euros; e cinco ficam a 15 euros. As sopas que os visitantes podem apreciar são: caldo verde, sopa de queijo, sopa de grão, sopa de peixe, sopa da pedra, sopa à lavrador. Cada estabelecimento terá à entrada qual a sopa que pode ser degustada.

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Observatório da UC reabre amanhã

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Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra (OGAUC) reabre ao público amanhã (04), às 10h30, com a sessão de planetário “Buracos Negros num Universo de Energia”.

A iniciativa marca o regresso dos eventos de divulgação científica do OGAUC, após mais de três meses em suspenso devido às medidas de prevenção e contenção da pandemia de covid-19.

A sessão das 10h30 já está esgotada,

mas uma sessão extra foi marcada para as 11h30. As inscrições, obrigatórias, podem ser realizadas através do endereço https:// bit.ly/planetariodezetrinta.

O evento terá lugares marcados e seguirá as recomendações das autoridades de saúde, sendo obrigatório o uso de máscara e cumprimento das normas de distanciamento social. A organização recomenda a chegada antecipada ao local para efectuar o pagamento na bilheteira do planetário.

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Depois dos Covões Maló de Abreu visita os HUC

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ntónio Maló de Abreu, deputado do PSD, no âmbito do relatório da Comissão de Saúde da Assembleia da República sobre o Hospital dos Covões, vai visitar, segunda-feira, os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Depois de ter estado no Hospital dos Covões, na passada segunda-feira, Maló de Abreu, na qualidade de deputado relator da petição apresentada,

visitará no dia 06 de Junho, pelas 11h00, os Hospitais da Universidade de Coimbra, acompanhado de outros parlamentares de diversos partidos.

Na terça-feira, 07 de Julho, às 11h00, na Assembleia da República, prosseguem as audições parlamentares, sendo desta vez ouvida a Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), sobre o tema constante da petição.

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Cantanhede com 95% de rede de fibra óptica em 2021

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Câmara Municipal e a Altice Portugal assinaram, ontem, o protocolo de cooperação que prevê o alargamento da área de cobertura com rede de fibra óptica no concelho de Cantanhede.

No protocolo ficou estabelecido que a Altice Portugal assume o compromisso de executar do alargamento da rede de fibra óptica no concelho da Cantanhede, tendo como objectivo alcançar 95% da taxa de disponibilidade para as habitações do território.

O procedimento, que tem como prazo previsto de 18 meses para a sua execução, contempla também as zonas comerciais e industriais do concelho, apresentando-se como um importante reforço para a actividade económica, estabelecendo ainda um compromisso de cooperação em processos de gestão de inovação e partilha de know-how que venham a ser acordados.

A cerimónia decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho e contou com a presença de Helena Teodósio, presidente do Município de Cantanhede, Luís Alveirinho, Chief Technology Officer e Alexander Freese, Chief Operations Office, ambos em representação da Altice Portugal.

Ainda antes da assinatura do protocolo, a presidente da Câmara Municipal, Helena

Teodósio realçou que “um concelho para ser considerado desenvolvido tem de estar equipado com energia eléctrica, água canalizada, saneamento básico entre outras infraestruturas, e Cantanhede, embora seja o maior município da CIM Região de Coimbra, com cerca de 400 k2, tem asseguradas, e bem, as coberturas nessas importantes áreas”.

“Contudo, é fundamental em termos de futuro, a assinatura deste protocolo de expansão de rede de fibra óptica funciona também como um outro importante pilar para o desenvolvimento de Cantanhede e da região” referiu a autarca, que salientou, ainda, “a importância do alargamento de rede de fibra óptica, nomeadamente nos tempos de pandemia que actualmente atravessamos em todo o país e no mundo, que demonstrou claramente o peso que as novas tecnologias na sociedade actual”.

A presidente da Câmara destacou, também, “o elevado investimento e o esforço muito significativo da empresa, que irá trazer ao concelho um importante impacto, com benefícios não só para todos os habitantes, como também para o tecido empresarial”.

“De há uns anos a esta parte optamos por investir numa área muito virada para a tecnologia, e aqui, como concelho desenvolvido,

inovador, empreendedor e em crescimento que somos, congratulamo-nos pela Altice reconhecer este nosso esforço e contribuir de forma extraordinária com a cobertura rede de fibra óptica atingir os 95% do nosso território até 2021”.

Helena Teodósio aproveitou ainda para destacar a “valor deste projecto para atractividade do Município, quer em termos empresariais, quer em termos turísticos, de forma a que Cantanhede seja cada vez mais um concelho com qualidade de vida e onde seja um prazer viver”.

Já após a assinatura do documento, Luís Alveirinho, Chief Technology Officer da Altice Portugal destacou “a relevância do contacto com os autarcas locais, seja Câmaras ou Juntas de Freguesia, como parte integrante na escolha das prioridades de expansão, pois são quem conhece extremamente bem o terreno”.

Luís Alveirinho, a terminar, afirmou que “numa altura em que a economia está a recomeçar lentamente e que muitas empresas vão revelando dificuldades no regresso à actividade, este tipo protocolos é uma forma de dizer presente, ao lado dos autarcas e criar as condições de maior atractividade de desenvolvimento local”.

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Cientista da UC participa em descoberta de dois exoplanetas

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lexandre Correia, cientista da Universidade de Coimbra, integra uma equipa internacional que descobriu um sistema planetário “particularmente interessante em torno da estrela WASP-148”.

O sistema descoberto possui dois planetas com massas semelhantes a Saturno e com períodos orbitais de apenas nove e 35 dias. Esta configuração origina variações nos períodos orbitais devido às interacções gravitacionais entre dois planetas. Estas variações foram observadas pela primeira vez a partir da superfície da Terra.

Desde a descoberta do primeiro exoplaneta (planeta em torno de uma estrela que não o Sol), em 1995, que o número de novos planetas conhecidos não pára de aumentar.

Quando existe um único planeta em torno da estrela, ele tem um período orbital bem definido, que não varia com o tempo. Sempre que o planeta passa em frente da estrela, “podemos detectar uma pequena diminuição na luz desta, fenómeno apelidado de ‘trânsito planetário’. Os trânsitos ocorrem em intervalos de tempo regulares, permitindo que o período orbital do planeta seja medido com bastante precisão. Se a estrela hospedar um segundo planeta, as interacções gravitacionais entre os dois planetas originam pequenas modificações das suas órbitas. Como consequência, os trânsitos planetários ocorrem um pouco adiantados ou atrasados entre duas passagens em frente

da estrela, um fenómeno chamado de ‘variações do tempo de trânsito’ [TTVs]”, explicam os autores do estudo, liderado pelo Instituto de Astrofísica de Paris (França).

Nesta descoberta, Alexandre Correia, investigador do Centro de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), esteve envolvido “na análise das interacções entre os planetas. Verificámos com simulações numéricas que o sistema é estável até inclinações de 35 graus, e que as TTVs observadas estão de acordo com o que seria de esperar para este tipo de sistema”.

O sistema planetário WASP-148 agora encontrado, salienta a equipa, “foi descoberto usando unicamente telescópios terrestres. O primeiro planeta, com uma massa semelhante a Saturno

e um período orbital de apenas cerca de 9 dias, foi observado pela primeira vez pelo instrumento SuperWASP, instalado no Observatório Roque de los Muchachos em La Palma, nas Ilhas Canárias, Espanha”.

Ao contrário do primeiro planeta a 9 dias, o segundo planeta a 35 dias não transita em frente da estrela. “Isto deve-se ao facto de os dois planos orbitais serem diferentes. Não é possível ainda sabermos exactamente qual a inclinação entre as duas órbitas, mas simulações em computador sobre o sistema WASP-148 mostram que para o sistema permanecer estável a inclinação poderá ser no máximo 35 graus”, esclarece Alexandre Correia.

A equipa sublinha que o resultado desta investigação constitui a “primeira detecção de TTVs a partir da superfície da Terra, obtida através de mais de dez anos de observações. Nos próximos anos, o sistema WASP-148 será objecto de numerosos estudos teóricos e observações adicionais, o que permitirá melhorar as medições das suas propriedades e melhor compreender a sua estrutura e evolução”. Em particular, o sistema será observado em breve pelo telescópio espacial TESS da NASA (Transiting Exoplanet Survey Satellite). “Estas observações, com muito mais precisão que as efectuadas na Terra, irão medir nove trânsitos consecutivos do planeta a 9 dias, o que permitirá determinar a inclinação entre as duas órbitas”, concluem os investigadores.

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União 1919 de Coimbra com reforços para a nova época M

auro, Ronaldo, Curica e Amaral são as primeiras caras novas do plantel para a época 2020/2021.

Mauro Pereira, de 28 anos, ocupa a posição de defesa central e na época passada defendeu as cores do Oliveira do Bairro. Segundo a direcção do União o atleta apresenta um importante currículo, com passagens pela II Liga, onde representou o Mafra. Marcou presença, ainda, no Campeonato de Portugal pelo Sertanense, Fátima e Pampilhosa.

Ronaldo tem 27 anos, fez formação na Académica OAF e é médio centro. Passou pelo Campeonato de Portugal pelo Pampilhosa e tem uma larga experiência na divisão de honra da Associação de Futebol de Coimbra. Vem do Pampilhosense.

Outro dos reforços é Curica, avançado, tendo sido atleta do União de Coimbra nos escalões de formação com passagem pelos campeonatos nacionais.

O lateral esquerdo Amaral é um regresso ao clube, depois de passagens pelo Campeonato de Portugal. Com 29 anos, vem do Vigor da Mocidade.

“Estas aquisições são demonstração do nosso compromisso para a nova época.

Embora a nossa ideia seja de consolidarmos o lugar do União na Divisão de Honra, não escondemos a ambição de lutar pela melhor classificação possível e prepararmos o plantel desde já para a próxima época, onde a subida será uma aposta real”, afirma Fernando Soares, presidente do Clube e responsável pelo futebol sénior.

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Feira do Livro na Figueira da Foz arranca amanhã Sem as habituais sessões com autores e animações para os mais pequenos, a Feira do Livro da Figueira da Foz vai decorrer entre amanhã (04) e 31 de Agosto, das 10h00 às 24h00, na Praceta José Ledesma Criado.

Com uma oferta diversificada de livros para todas as idades e mais de 14 000 títulos e 60 editoras, o evento é organizado pela empresa “Ao Pé das Letras - Literatura e Outras Artes”, contando com o apoio do Município da Figueira da Foz. A iniciativa integrará ainda a mostra “Figueira com alma de gente”, composta por trabalhos de dois artistas plásticos figueirenses, Joaquim Manuel Parracho Alves (pintura) e Carlos Moço (escultura).

A entrada na Feira encontra-se condicionada ao cumprimento das normas de segurança sanitária da Direcção-Geral da Saúde e do Plano de Contingência aprovado pelo Serviço Municipal de Protecção Civil e Bombeiros.

O espaço encontra-se dotado de álcool gel, circuito de circulação interna e os visitantes vão ter de utilizar, obrigatoriamente, máscara e cumprir com o distanciamento social.

O controle de entrada será efectuado através de um dispositivo electrónico, que irá garantir que a lotação prevista para o espaço é cumprida.

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Penacova cria rede de anéis de segurança

contra incêndios O Município de Penacova vai investir 40 000 euros por ano na criação de uma rede de anéis de segurança para proteger aldeias dos fogos florestais na próxima década.

No âmbito do projecto “Melhor ordenamento, menos risco” foi já concluída uma experiência piloto em redor do lugar de Sanguinho, freguesia de Penacova.

“Agora que o anel de Sanguinho está terminado, avançamos para a freguesia do Carvalho. Demos o primeiro passo, mas este é um trabalho que não tem fim, não tem prazo”, afirma Humberto Oliveira, presidente da Câmara de Penacova.

Este projecto local de segurança contra incêndios, tirando partido das vias florestais existentes, foi desenvolvido pelo Serviço Municipal de Protecção Civil e conta com o envolvimento dos Bombeiros Voluntários e juntas de freguesia de Penacova.

“Fizemos previsões de custos a 10 anos, mas eu diria que daqui a 100 quem cá estiver continuará a fazer anéis de segurança nas nossas aldeias e a mantê-los”, refere Humberto Oliveira, indicando que o projecto avança com “recursos humanos do Município e máquinas alocadas” à Associação de Desenvolvimento Regional da Serra do Açor (ADESA).

Além da criação e manutenção

dos anéis de segurança, o projecto “Melhor ordenamento, menos risco” contempla a aprovação de um “regulamento de apoio aos proprietários de terrenos localizados dentro das faixas de gestão de combustível, que prevê o abate das espécies existentes”, e a preparação dessas parcelas para acolherem espécies autóctones resistentes ao fogo.

“O nosso objectivo é trabalhar em parceria com os proprietários dos terrenos, permitindo-lhes valorizar as suas propriedades, geri-las de acordo com a legislação em vigor, mas obter também algum benefício que permita alavancar a

economia rural”, defendeu o presidente da Câmara.

Para Vasco Morais, da Protecção Civil do concelho, o projecto passa por “dar coerência à rede de caminhos florestais existentes, melhorar as acessibilidades, aumentar a segurança no teatro de operações para operacionais e para as populações, e reconverter a floresta dentro dos anéis”, que estarão sinalizados.

Por sua vez, o comandante dos Bombeiros de Penacova, António Simões, disse que o projecto traduz uma estratégia do Município que importa “ver replicada em muitas outras localidades”.

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‘i9social’ promove

evento online para estimular empreendedorismo A incubadora ‘i9social’, cujo investidor é a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, está a organizar o “e-Bootcamp Empreendedorismo Social”, entre os dias 13 e 15 de Julho.

Os participantes têm a possibilidade de desenvolver, em equipa e através de canais online, o conceito e desenho de novas iniciativas de empreendedorismo e inovação social de elevado impacto, definirem os seus modelos de negócio, planos de implementação e prepararem comunicações fortes.

O objectivo “passa por construir modelos sustentáveis capazes de resolver/

atenuar problemas sociais relevantes, incluindo os efeitos relacionados com a pandemia covid-19”.

Após a experiência, a iniciativas e projectos apresentados vão poder candidatar-se aos serviços de incubação ‘i9social’.

As candidaturas estão abertas a empreendedores sociais e outros agentes envolvidos na inovação social. A participação é gratuita e limitada, sendo a selecção efectuada com base nos critérios definidos no formulário de pré-inscrição, assim como ordem de chegada dos mesmos, disponível em https://bit.ly/2YtU8Vm .

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ABMG inaugura balcão de atendimento em Soure A ABMG – Águas do Baixo Mondego e Gândara, também já tem balcão de atendimento em Soure, na avenida Conselheiro Matoso.

O novo espaço foi inaugurado na quarta-feira (01), onde estiveram presentes os presidentes que constituem o Conselho de Administração da empresa intermunicipal, Mário Jorge Nunes (que é, simultaneamente, o presidente da Câmara de Soure), e o director-geral.

Os clientes podem tratar, presencialmen-

te, de assuntos relacionados com a água e saneamento, como questões sobre contratos de água – alterações e pedidos, efectuar pagamentos, adesão ao débito directo, factura digital, ramais e esclarecimentos sobre facturação.

O atendimento ao público decorre das 09h00 às 13h00 e das 14h00 às 16h00.

A ABMG assegura o abastecimento de água e o saneamento de águas residuais a cerca de 53 000 habitantes nos municípios de Mira, Montemor-o-Velho e Soure.

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VINAGRETAS É BOM DEIXAR COMIDA NO PRATO... E COMER DEVAGAR

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s pais já podem deixar de se procupar! Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluíram, com base num estudo que envolveu quase 3.000 crianças, que as que deixam comida no prato e comem devagar têm melhor saúde cardiometabólica. Sarah Warkentin, primeira autora do estudo, publicado na revista Nutrition, Metabolism & Cardiovascular Diseases, explicou que o propósito era avaliar o quanto os comportamentos alimentares das crianças aos 7 anos influenciavam o risco cardiometabólico aos 10 anos, isto é, o desenvolvimento de doenças como a obesidade, diabetes e hipertensão arterial. Segundo Sarah Warkentin, a associação entre os dados recolhidos mostram que as crianças que manifestam “uma melhor resposta à saciedade”, isto é, deixam mais comida no prato ou comem mais devagar, apresentam “melhor saúde cardiometabólica”.

Por sua vez, as crianças que manifestam um “maior prazer em comer” e pedem mais comida, apresentam “pior saúde cardiometabólica”. Mas, atenção! “É importante referir que estas associações dependem muito do peso da criança, isto porque, a partir do momento em que incluíamos o peso da criança nos modelos estatísticos, essas associações perdiam-se”, salientou a investigadora, acrescentando que a saúde cardiometabólica “depende muito mais do peso do que dos comportamentos alimentares”.

FRANÇA FICOU SÓ COM O PRESIDENTE...

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primeiro-ministro francês, Édouard-Philippe (na foto), apresentou ontem de manhã a demissão do seu Governo acelerando o calendário da remodelação do Executivo, que já estava em curso informalmente, e a escolha do seu sucessor deve ser conhecida nas próximas horas. Segundo o Palácio doEliseu, o Presidente deverá nomear um novo primeiro-ministro e pedir-lhe que forme um novo Governo, que se espera que tome posse até ao final da próxima semana. Alguns dos nomes avançados para o lugar de primeiro-ministro incluem Jean-Yves Le Drian, actual ministro dos Negócios Estrangeiros, ou Florence Parly, actual ministra da Defesa, mas outros podem surgir.

Para substituir as várias baixas, o Presidente terá em mente perfis próximos da esquerda, nomeadamente personalidade envolvidas nos combates ecológicos e também tentará trazer mais mulheres com papéis de maior destaque para o Executivo. A mudança de Governo era esperada após a segunda volta das eleições municipais de 28 de Junho, marcada por uma forte abstenção, um revés para o partido presidencial e um impulso dos ecologistas nos centros urbanos.

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ALGUÉM DISSE

“É

sempre melhor um acordo do que um contencioso. Ninguém teria vantagem se houvesse uma solução que implicasse um contencioso com os diferentes sócios privados. Felizmente houve acordo [que] leva à saída de um dos sócios [a parte de David Neeleman], mas permite a manutenção do sócio nacional, com quem tivemos sempre uma relação muito construtiva e que tem dado uma contribuição muito positiva à empresa. Agora, na relação societária que manteremos com o senhor Humberto Pedrosa e com o seu grupo, a TAP tem condições não só para estabilizar, mas também para recuperar e relançar-se.”

António Costa, primeiro-ministro

“P

or ter tido contacto direto com uma pessoa infetada pelo novo coronavírus, e apesar do resultado negativo do teste, o SNS pede-me que fique em casa durante 14 dias, coisa que cumprirei com todo o sentido de responsabilidade” “Foi-me recusado um requerimento no qual solicitava ao Presidente da Assembleia da República a participação via videoconferência nos trabalhos em plenário, para poder votar iniciativas legislativas e marcar presença, tal como já acontece nas Reuniões Ordinárias das Comissões Parlamentares” Joacine Katar Moreira, deputada independente na AR (ex-Livre)

“A

intervenção do Estado procura viabilizar a continuidade da empresa, garantindo a estabilidade do seu valor financeiro e operacional e permitindo a salvaguarda dos cerca de 2.500 postos de trabalho.”

Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência, sobre o processo de nacionalização de 71,73 por cento do capital da Efacec, pertencentes a Isabel dos Santos

“É

muito importante ter projectos âncora, que têm de estar interligados de forma a construir uma narrativa comum, que é um desiderato que existe para manter uma certa permanência do turista nas diversas regiões e em Portugal como um todo.”

Rita Marques, secretária de Estado do Turismo

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QUE...

“O

primeiro-ministro tem de cuidar da governação e da coordenação do Governo e estar permanentemente a ser chamado ao parlamento prejudica esse trabalho, sem prejuízo de ter de prestar contas. Tudo isto tem de ser com equilíbrio: a mim agora dava-me jeito que passasse a ser todas as quartas ou quintas e tínhamos montado o circo montado todas as quartas ou quintas a desgastar o primeiro-ministro e o PSD a subir. Se trocarmos e daqui a uns anos eu for primeiro-ministro, deixaria de gostar nessa altura.”

Rui Rio, líder do PSD, sobre os debates quinzenais no Parlamento

“S

ei que a pressão social tem sido muito forte para que o Ministério avance com aquilo que é a determinação das condições de abertura do próximo ano lectivo, mas também devia ter promovido essas reuniões de audição e a participação dos parceiros sociais.”

João Dias da Silva, secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE)

“P

arece que há um género de colaborações patrióticas que mais parecem coligações exóticas e que o braço da geringonça está cada vez mais largo. Como não sou conselheiro sentimental do bloco central, a única garantia que posso dar é que, da parte do CDS, queremos mais e melhor oposição, não queremos menos nem pior oposição ao governo socialista” Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS-PP

VIROSE HUMORÍSTICA

'

entro da desgraça há sempre alguém que resiste, que procura animar os mais circunspectos.

O coronavírus tem sido pretexto para tiradas cheias de imaginação e que nos fazem sorrir. Aliado às palavras há também as imagens que nos reforçam o contexto.

23 TODAS AS SEXTAS-FEIRAS NO SEU CAMPEÃO DIGITAL

2004

[PUBLICADO EM 08/01/2004] P E R F I L

O pioneiro das Capitais Nome Abílio Hernandez Idade 62 anos 3UR¿VVmR Professor, presidente da Coimbra Capital Nacional da Cultura 3DVVDWHPSRV Literatura e cinema Signo Balança | Rita Basílio

S

egura com firmeza o leme da primeira Coimbra Capital Nacional da Cultura, agora atracada ao largo da aritmética do balanço. A bordo, permanece uma equipa reduzida que, a 30 de Abril, seguirá caminho.

E, em terra, uma réstia do novelo da programação permanece por desenrolar.

Na verdade, Abílio Hernandez recupera da odisseia. Ainda antes do arranque do empreendimento, sentia-se um Bartolomeu Dias ressacado do Cabo das Tormentas: resistiu a dois governos, a dois executivos camarários, a um trio de ministros e sentiu na pele o exacto sentido do termo indefinição.

A epopeia não o livrou de novos martírios. Dos Velhos do Restelo. Dos agoiros de que o parto de risco acabaria em morte à nascença. Das polémicas que minaram a coesão entre a estrutura interna da Capital. Ou até da profícua escassez de verbas para apetrechar a cidade dos espaços culturais que continua sem ter.

Missão sagrada a actos heróicos? “Não”, responde sem hesitar um homem sensível às narrativas épicas. “O que aconteceu foi que Coimbra recebeu um desafio num contexto que estava longe de ser bom, mas que não podia de maneira alguma recusar”.

No seu barómetro, o balanço é “mesmo francamente positivo”. O evento “trouxe uma dinâmica nova – que a cidade deverá, de resto, alimentar”. E os profetas da desgraça se não se intoxicaram no seu próprio veneno, “acabaram por se tornar repetitivos”, incapazes de encontrar “novos alvos para criticar”.

“Com certeza que todas as vicissitudes desta Capital lhe deram, pelo menos, tantas dores de cabeça como me deram a mim”, graceja Celeste Amaro, delegada regional da Cultura, descartando-se de ajuizar a prestação do antigo pró-reitor da Universidade de Coimbra no mandato de Rui Alarcão.

“Essa apreciação cabe aos agentes culturais, cabe ao público”, insiste a outrora aluna do professor de Letras. “O que, a mim, me parece interessante é a reflexão sobre o que se passará a seguir. Será a cidade capaz de corresponder a um público mais exigente?”

Mais expansivo, Paulo Trincão ventila uma sentença: Abílio Hernandez “fez um enorme esforço”. Mas, “engoliu sapos e até elefantes”. O que, no entender do programador da área da Ciência da Capital, teve tanto de bom como de mau. “O modelo de organização, por exemplo, nunca funcionou”.

O ex-director do Museu Nacional da Ciência e da Técnica que, na década de 50, chegou a cruzar-se com Abílio nas tertúlias da Brasileira, chega a apontar o dedo à sua menor aptidão “para o diálogo”, mesmo tratando-se de um homem com perfil para “comunicar”.

Já o advogado Amaro Jorge, amigo desde os tempos em que ambos foram deputados municipais como independentes eleitos pela CDU, vaticina que desempenhou “um papel de excepção, levando em conta a conjectura difícil em que o projecto arrancou”. Independentemente, sublinha, “dos seus defeitos e virtudes”.

UM BOM REBELDE Abílio Hernandez nasceu e cresceu na Baixa coimbrã. Aos 17 anos, era já um assíduo frequentador das tertúlias da Brasileira, privando com homens das artes como o escritor João José Cochofel – cuja vivenda, situada na Alta da cidade, irá, em breve, dar lugar à Casa da Escrita –, José Cardoso Pires, Victorino Nemésio ou Paulo Quintela.

Ingressa na Universidade de Coimbra, no curso de Filologia Germânica, na tumultuosa década de 60, e passa mais tempo na Brasileira do que na Faculdade. As opções políticas ali tomadas trouxertam-lhe um punhado de dissabores, mas não era homem para recuar.

Decidiu o seu destino em 31 de Maio de 1958, ano de eleições presenciais.

Nesse dia, Humberto Delgado visitava Coimbra. Perante o insucesso das barragens da PIDE à comitiva, a polícia de choque afastou com violência a multidão que acorreu a ouvir o seu discurso inflamado e era ver o jovem Abílio a correr à frente dos bastões.

Esteve barricado, em 62, no Palácio dos Grilos. Foi, na crise seguinte, obrigado a demitir-se da presidência da Assembleia Magna. E, em finais da década, após terminar a licenciatura, viaja, contrariado para Moçambique para cumprir o serviço militar.

Era um alferes analista de transmissões, “frustado e envergonhado” por vestir uma farda por uma guerra injusta. “A sorte foi nunca ter tido que disparar nem um tiro para o ar” e, apesar da rebeldia e do seu nome figurar nas listas negras do regime, ter sempre sido “safado” das torturas no Tarrafal.

Mas, quando em 70, de regresso à cidade, o mestre Paulo Quintela o convida para assistente nas Letras, o “azar” bate-lhe à porta e o seu nome é recusado pelo Conselho da Faculdade. Indêntico destino teve outro convite, anos depois, na Universidade do Porto.

Pertenceu ao Movimento de Esquerda Socialista, por onde passaram o actual presidente da República, João Cravinho ou Ferro Rodrigues. E chegou a ser, mais do que uma vez, candidato por Coimbra à Assembleia da República.

Considera o cargo de deputado municipal, ocupado em finais de 80, como a sua última intervenção política. Os papéis que protagonizou em seguida, elaborando os estatutos da Universidade, assumindo a responsabilidade da primeira pró-reitoria da Cultura das instituições de ensino superior portuguesas ou ainda a direcção do Teatro Académico de Gil Vicente, são, para si, simplesmente de teor cívico.

Tal como a presidência da pioneira Coimbra Capital da Cultura. “Conduzia-a à sua maneira”, frisa Celeste Amaro. “Bem ou mal? Cada um dirá de sua justiça”, salienta Paulo Trincão. “Mas é preciso não esquecer”, resume o amigo Amaro Jorge, “que antes de responsável por esse evento, ele é um homem de mérito desta cidade”.

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