“Campeão das Províncias” - 9/11/2022

“Engenharia é a maior aliada de Portugal no combate à seca e na gestão da água”

Numa altura em que a seca severa atinge 32% do país, o Instituto Superior de Engenharia de Coimbra – ISEC vai reunir, amanhã, entidades gestoras da água, empresas tecnológicas, consultores e investigadores para apresentarem as soluções mais eficientes e realistas para a gestão hídrica e o combate à escassez de água.

O congresso “Urban Water Summit” vai mostrar como é que a Engenharia está a combater escassez de recursos hídricos em Portugal.

Autarcas, empresários, técnicos, consultores e investigadores irão apresentar os melhores produtos, serviços e práticas para promover uma utilização mais eficiente da água nos sectores urbano, agrícola e industrial.

“A Engenharia é a maior aliada de Portugal e da Europa no combate à seca e na gestão da água”, afirma Joaquim Sousa, professor coordenador do ISEC da área hidráulica e organizador do congresso.

O encontro sobre recursos hídricos é organizado pelo ISEC em parceria com a tecnológica Enso Origins e a empresa de consultoria Boldie. Serão debatidas questões relacionadas com perdas de água nos sistemas de abastecimento público, com afluências indevidas aos sistemas de saneamento e, também, com a eficiência energética dos dois tipos de sistemas.

“A Engenharia tem contribuído para a gestão de recursos hídricos através de sensores de detecção de fugas, softwares de gestão ou redes de comunicação”, afirma Joaquim Sousa. “Todos os projectos que serão apresentados neste encontro têm na sua base alguma área de Engenharia, seja Informática, Civil ou Electrotécnica. As engenharias têm permitido criar produtos e serviços que ajudam a combater a seca e promovem uma utilização mais eficiente da água tanto de utilização urbana, como agrícola e industrial”.

O “Urban Water Summit” abrirá com as intervenções de Mário Velindro, presidente do ISEC, Emílio Torrão, presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, Pimenta Machado, vice-presidente do Conselho Directivo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA),

e Nuno Campilho, vice-presidente da Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA).

“Quando se fala em eficiência hídrica, em sustentabilidade dos serviços de águas e em identificar oportunidades de melhorias mais adequadas, temos de pensar nos contributos decisivos que os engenheiros poderão dar, tendo em conta a evolução tecnológica e as investigações em curso nesta área nas instituições de ensino superior”, afirma Mário Velindro, presidente do ISEC.

O ciclo de conferências terminará com um debate entre Nuno Campilho, diretor Geral da ABMG, Alfeu Sá Marques, presidente do Conselho de Administração da Águas de Coimbra, Miguel Baptista, presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, e Ricardo Grazina, diretor Regional Sul da Indaqua.

A última intervenção será de Nuno Campilho, vice-presidente da APDA. A iniciativa encerrará com uma sessão de networking que visa fomentar a troca de experiências e contactos.

Convento São Francisco recebe Grande Noite do Fado

Ogrande auditório do Convento São Francisco, em Coimbra, vai receber, no sábado (12), pelas 21h30, a VI edição da Grande Noite do Fado e da Canção de Coimbra.

Organizada pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra (UC), com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e diversas entidades, a iniciativa decorre desde 2016, tendo não se concretizado apenas um ano por conta da pandemia Covid-19. Este espectáculo assume-se como “uma viagem pela história do fado e da canção de Coimbra” que segundo o presidente da Direcção do Coro, Paulo Oliveira, está “já consolidada no panorama cultural da região”. A Grande Noite do Fado é baseada no CD “100 Anos de Fado de Coimbra” que celebra este ano o seu 10.º aniversário.

“No fundo o que vamos querer tratar este ano é a reedição daquilo que foi um CD duplo que há 10 anos editamos, denominado “100 anos do Fado de Coimbra”. Por isso, o que vamos procurar fazer em palco, numa produção a cargo do nosso maestro e director artístico Rui Paulo Simões, é a apresentação de vários temas que esse CD ilustrou e apresentou, e teremos várias gerações em palco”, afirmou o presidente durante a apresentação do evento que decorreu ontem (8), na sede do coro. Posto isto, esta será uma viagem pelas mais representativas obras da guitarra e da Canção de Coimbra, de Hilário a Luís Goes e José Afonso, de Paredes a Octávio Sérgio e Rui Pato.

Em palco estarão mais de 40 intérpretes das diversas gerações aos quais se junta o Coro de Antigos Orfeonistas da UC. Segundo Paulo Oliveira vão estar presentes vários “herdeiros” de pessoas que marcaram a história do fado e da canção de Coimbra. “Essas pessoas vão permitir rever e reencontrar aqueles que proporcionaram momentos extraordinários da música de Coimbra, tanto na sua vertente canção como na vertente fado”, sublinha.

“Acreditamos que vai ser um grande espectáculo, que irá trazer ao Convento São Francisco uma moldura humana que Coimbra e a sua região já nos habituou com aquelas pessoas que realmente gostam da música, da canção e do fado de Coimbra”, finalizou Paulo Oliveira.

Paulo Pires, director do Departamento de Cultura e Turismo da CMC e programação cultural do Convento São Francisco revelou que a autarquia pretende apoiar na reedição do CD “100 anos do fado de Coimbra” mostrando assim a importância cultural que o disco acarreta. Paulo Pires anunciou ainda que a autarquia “está a estudar novos tipos de apoios” para entidades que promovam a cultura.

Santos Cabral e Manuel Rebanda, ex-responsáveis pelo Coro de Antigos Orfeonistas e membros activos na realização do evento, destacaram a importância que a Grande Noite do Fado tem para Coimbra e também dos executantes que irão marcar presença no grande auditório do Convento São Francisco.

Os bilhetes têm um custo de oito e dez euros e já se encontram à venda.

ISEC recebe hoje o Seminário da Talkdesk

Seminário “Escolhe um trabalho de que gostes e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida” vai realizar-se hoje, pelas 21h00, no A1.1 do Departamento de Engenharia e de Sistemas do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra.

A apresentação está a cargo de Carlos Ribeiro que depois de construir uma carreira internacional em gestão de projectos, decidiu abandonar a Comissão Europeia para se dedicar a construir equipas de engenharia de alta performance em scale-

-ups, em Coimbra, primeiro na Feedzai e actualmente na Talkdesk onde é director de Engenharia na unidade de Inteligência Artificial.

A Talkdesk é uma das tecnológicas portuguesas com estatuto de unicórnio, tendo sido nomeada líder no Quadrante Mágico da Gartner de 2022 na categoriaContact Center as a Service.

Esta é a quarta vez consecutiva que a startup recebe a distinção, que este ano resultou de uma análise rigorosa de nove fornecedores de contact centers globais

para avaliar a totalidade da sua visão e a sua capacidade de execução.

Este seminário vai decorrer de forma presencial, sendo realizado no âmbito da Unidade Curricular de Seminários Industriais do Mestrado em Engenharia Informática e a participação é livre.

Resumo: Como alavancar um ambiente de trabalho saudável e assente em equipas motivadas e autónomas para entregar produtos inovadores que os clientes adoram.

Ginastas da Académica convocados para o Campeonato do Mundo de Trampolins

AAssociação Académica de Coimbra (AAC) vai participar no Campeonato do Mundo de Trampolins, que decorre em Sofia, na Bulgária, entre os dias 16 e 19 de Novembro.

A ginasta Rita Abrantes vai participar em Duplo Mini-Trampolim. Para a ginasta, nesta estreia, o principal objectivo passa por “executar as séries da melhor maneira possível, ter aquele sentimento de dever cumprido, ajudar a minha equipa a tentar alcançar umas possíveis finais e, claro, desfrutar desta competição, a qual é um sonho e objectivo pessoal desde há muito, rodeada dos melhores de Portugal e do mundo”.

Já para João Saraiva, que compete pela equipa nacional em Tumbling, as expectativas são grandes para a prova, realçando que “ambiciono passar às semifinais e passar à final de equipas, possivelmente ganhar uma medalha”.

O trio fica concluído com Francisca Pinto, a competir igualmente em Tumbling, e que foi convocada muito recentemente para competir no escalão sénior por lesão de uma outra ginasta. Francisca Pinto, que originalmente iria competir na Competição Mundial por Grupo de Idades, refere que “neste campeonato quero apenas fazer as minhas séries o melhor possível para conseguir marcar presença nas semifinais, já que foi uma preparação um pouco apressada visto que soube que ia participar nesta prova há duas semanas”.

Para João Saraiva, a preparação foi mais atempada. “Foi uma preparação de 3 meses que iniciou em Agosto com treinos físicos e a partir de Setembro, treinos técnicos.

Para Rita Abrantes, “a preparação para uma

competição desta importância é sempre muito trabalhosa. Assim, ao longo dos últimos meses, o importante foi recuperar a forma física, rotinar séries e afinar alguns pormenores. Mas é claro que para uma perfeccionista como eu, a pressão e o stress levam sempre a que alguns erros sejam cometidos e que os treinos tenham de ser consistentes”, explica a ginasta.

Para Mariana Pombo, treinadora na AAC, a convocatória dos ginastas do clube conimbricense para o Campeonato do Mundo é algo muito especial “que não deve ser banalizado só porque tem sido comum.

Cada apuramento é um grande feito e deve ser visto por todos os intervenientes desta forma. A Secção de Ginástica da AAC tem vindo a fazer um percurso notável ao nível das Selecções Nacionais e isso só tem sido possível graças ao empenho de ginastas e técnicos, que apesar das adversidades têm sido persistentes na persecução dos objectivos”.

QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO 2022

FCTUC recebe conferência internacional sobre incêndios florestais de 11 a 18 de Novembro

Mais de três centenas de investigadores e técnicos operacionais de todo o mundo vão participar na IX Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais que vai ter lugar, em Coimbra, entre os dias 11 e 18 deste mês.

Organizada pelo Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais (CEIF) da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial (ADAI), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), esta edição da Conferência vai focar-se nos principais temas relacionados com a gestão dos incêndios florestais, na perspectiva da investigação científica, nomeadamente a gestão do risco, a redução e a adaptação ao risco, o comportamento do fogo e a segurança, os incêndios na interface urbano florestal e os sistemas de apoio à decisão.

A Conferência é estruturada por uma Comissão Organizadora, presidida por Domingos Xavier Viegas, professor catedrático da FCTUC, e co-presidida pelo Mestre Luís Mário Ribeiro. O Coordenador salienta que “será prestada uma atenção particular à investigação em curso na Europa e à necessidade de promover uma maior cooperação entre os diversos programas de investigação, a nível nacional, europeu e internacional. Haverá uma sessão dedicada a apresentar os principais projectos em curso na União Europeia, a fim de incentivar o reforço de redes já existentes entre os vários grupos e projectos de investigação, dentro e fora da Europa”.

O programa da IX edição inclui sete conferências plenárias sobre temas de interesse geral, proferidas por cientistas convidados de renome internacional, bem como apresentações relativas à mais recente investigação na área produzida em todo mundo, pelos respectivos autores, vindos de cerca de 30 países.

Segundo o especialista em incêndios florestais, considerando a relevância dada, “desde a primeira edição da Conferência, aos temas do comportamento do fogo e da segurança pessoal, esta será precedida de dois cursos especializados, tirando partido da presença no nosso país de um conjunto de especialistas com uma importante e reconhecida actividade nas respectivas áreas”.

Assim, no dia 11 terá lugar o Curso de Segurança Pessoal, coordenado pelo Professor Jason Sharples, da Universidade de Canberra, na Austrália, e presidido pela Secretária de Estado da Protecção Civil, Patrícia Gaspar. Este curso destina-se sobretudo a técnicos, agentes operacionais e a investigadores da temática da segurança nos incêndios. A IX edição terá várias lições dedicadas ao bem-estar físico e mental dos Bombeiros, bem como ao importante tema da prestação de socorro e apoio médico e psicológico aos Bombeiros, em condições de emergência.

O segundo curso, nos dias 12 e 13 de Novembro, é dedicado ao Comportamento do Fogo, coordenado pelo Professor Albert Simeoni, do Worcester Polythecnic Institute, dos Estados Unidos da América. É dirigido essencialmente a investigadores e técnicos operacionais envolvidos neste tema, que é um dos tópicos fundamentais da gestão dos incêndios.

A IX Conferência Internacional sobre Incêndios Florestais

conta ainda com a principal associação internacional de investigadores e técnicos operacionais em incêndios florestais, que decidiu associar-se, sendo também uma das entidades patrocinadoras, integrando a reunião anual 17th International Wildland Fire Safety Summit, na edição deste ano.

No âmbito da Conferência, está prevista uma homenagem ao investigador norte-americano Richard Rothermel, por ocasião do seu 50º aniversário, da publicação do seu importante trabalho sobre modelação do comportamento do fogo, o qual teve grande influência no trabalho de investigação e de aplicação operacional da previsão da propagação do fogo, em todo o mundo.

Destaque ainda para a realização de uma visita ao Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais, situado na Lousã, na qual serão apresentados os principais trabalhos realizados naquela infra-estrutura pelo CEIF, incluindo a actividade de formação que é realizada, em colaboração com diversas entidades, nomeadamente a Escola Nacional de Bombeiros.

No último dia da Conferência realiza-se uma visita à Serra da Estrela, para conhecer os principais factos associados ao maior incêndio ocorrido este ano em Portugal, assim como para perceber a metodologia de gestão dos impactos decorrentes. Nesta visita, em associação com o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), irá proceder-se a uma plantação simbólica de árvores, a qual pretende representar a reflorestação de áreas queimadas que a ADAI irá promover, integrado no Projeto ICFFR Zero Carbon Footprint. Este projecto tem como objectivo minimizar as emissões de dióxido de carbono equivalente resultantes das actividades associadas à realização deste evento, tais como as viagens dos participantes.

A Conferência conta com o apoio e patrocínio das seguintes entidades Projecto Firelogue, Projecto FirEUrisk, ambos financiados pela Comissão Europeia; International Association of Wildland Fire; Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT); REN; LEITEK; Universidade de Coimbra; FLAD; Menzio; e AGIF.

Alentejo, Centro e Extremadura renovam Protocolo de Cooperação

Aregião Centro recebe, amanhã (10), em Proença-a-Nova, o IV Plenário da Comunidade de Trabalho Transfronteiriça da EUROACE – Eurorregião Alentejo, Centro e Extremadura.

Este encontro, que será marcado pela assinatura de um novo Protocolo de cooperação e pela apresentação da Estratégia de Cooperação Territorial Transfronteiriça para o período 2021-2027, conta com a participação da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira. A Estratégia de Cooperação Territorial Transfronteiriça para o período 20212027, EUROACE2030, servirá de enquadramento às actividades de cooperação, não só da Comunidade de Trabalho, mas do conjunto das entidades públicas e privadas do território, procurando deste modo conduzir a acções concertadas que produzam resultados mais significativos no seu conjunto.

O novo Protocolo de Cooperação Transfronteiriça da Comunidade de Trabalho da Eurorregião EUROACE, que actualiza o Protocolo assinado a 21 de Setembro 2009, em Vila Velha de Rodão, reafirma a vontade das três regiões presentes de continuar a trabalhar em prol do desenvolvimento do território partilhado que constitui a EUROACE.

Nesta sessão proceder-se-á à transferência da presidência desta Comunidade de Trabalho da região Centro, que assume a liderança desde o Plenário de 2018, para a região da Extremadura.

Programa completo:

10h30 Sessão de abertura

João Lobo, Presidente da Câmara Municipal de Proença-a-Nova

Isabel Ferreira, Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional

10h45 Apresentação da Estratégia EUROACE2030

Ana Cirera, CONSIDERA

Rosa Balas, Directora Geral da Acção Exterior da Junta da Extremadura

11h00 Intervenções oficiais dos Presidentes das regiões EUROACE e Transferência da Presidência da EUROACE do Centro para a Extremadura

António Ceia da Silva, Presidente CCDR Alentejo

Isabel Damasceno, Presidente CCDR Centro Guillermo Fernández Vara, Presidente Junta da Extremadura

11h30 Assinatura do novo Protocolo de Cooperação Transfronteiriça da Comunidade de Trabalho da Eurorregião EUROACE

11h45 Mesa Redonda “Aldeias Bauhaus EUROACE”

Rui Simão, Vereador da Câmara Municipal da Pampilhosa da Serra

Eulalia Moreno, Directora Geral Urbanismo e Ordenamento do Território da Junta da Extremadura

Alexandra Libânio, Estação Cooperativa CRL

Moderador: Eduardo Anselmo Castro

12h40 Programa Interreg VI Espanha-Portugal (POCTEP) 2021-2027

Raquel Rocha, Coordenadora do Núcleo de Cooperação Territorial - AD&C

João Bule, Núcleo de Cooperação Territorial - AD&C

QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO 2022

Estudo indica que comparar preços permite poupar até 50%

Cátia Barbosa (Porto)

Um estudo realizado pela empresa KuantoKusta revela que comparar preços permite poupar até 50%. De acordo com a análise divulgada esta segunda-feira (7), “a variação dos preços dos artigos é cada vez mais significativa, com os valores dos mesmos produtos a registarem diferenças de quase 50% em diferentes lojas”.

O estudo surge numa altura em que a inflação bate recordes e o aumento dos preços preocupa os portugueses. O director de marketing da KuantoKusta, Ricardo Pereira, explica que comparar os valores praticados pelas lojas permite ao consumidor alcançar poupanças significativas. “Só em Outubro, e olhando para os principais produtos das subcategorias mais procuradas, sabemos que, ao comparar, há oportunidades de poupança superiores a 17% sobre o preço médio”, refere.

Na categoria de produtos mais procurados pelos

portugueses estão os smartphones. Neste caso, e em comunicado, a empresa afirma que “na compra de um exemplar de gama média alta como o Xiaomi 12T Pro, o consumidor conseguirá poupar 26,26 euros (-3,17%) se recorrer ao vendedor com o melhor preço, comparativamente ao preço médio das lojas portuguesas”.

Já no caso de outros produtos com uma procura elevada, “a diferença de preço pode ser ainda maior (...) Os

consumidores podem poupar 58,94 euros em monitores para PC, 287,99 euros em portáteis, 14,17 euros em cremes de rosto, 65,63 euros em ‘smartwatches’ e 9,28 euros em máquinas de café”, pode ler-se ainda no comunicado.

A análise da KuantoKusta revela a diferença entre o preço mais baixo e o preço médio praticado pelas lojas dos produtos mais procurados em cada categoria, calculada no dia 20 de Outubro.

QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO 2022

Legislar menos, legislar melhor: por um Código de Direitos do Consumidor

midores com os Fornecedores: em que, ao revogar um artigo da Lei-Quadro de Defesa do Consumidor, por dúvidas interpretativas acerca de “tarifa base” e “tarifa de base”, se deu à luz um diploma legal com 11 artigos, numa imensa perturbação dos quadros normativos. E no afã de legislar, legislar, legislar muito, mal, e sem sentido.

Com a perturbação que tudo isso causa. Já sem falar das linhas para contactos com os serviços da Administração Pública… e do seu regime!

Esta é a imagem de marca do legislador português: a de um relapso e contumaz agente que se está ‘borrifando’, passe o termo, para os direitos das gentes… Mas fixemo-nos agora na Lei que cria a Comissão das Cláusulas Abusivas. O Parlamento deu 60 dias, por lei de 27 de Maio de 2021, para que o Governo pusesse de pé a Comissão das Cláusulas Abusivas.

O legislador pátrio tem sido omisso no legislar, nestes domínios, por iniciativa própria. Quando o faz, fá-lo menos bem: prolífero nas normas, prolixo nos conteúdos!

Sob a batuta da União Europeia [que continua a legislar muito e mal, valha a verdade] assinale-se, sem se pretender ser exaustivo, o que a lume veio nos últimos tempos, com alterações pontuais:

Lei-Quadro de Defesa do Consumidor

Lei das Condições Gerais dos Contratos

Lei dos Contratos à Distância e Fora do Estabelecimento

Lei das Práticas Comerciais Desleais

Lei dos Preços

Lei das Vendas com Redução de Preços

E a Directiva Omnibus, de que as alterações são mera decorrência, só foi parcialmente transposta. Prosseguem os mais trabalhos preparatórios.

Mas em razão de directivas outras, tivemos novidades legislativas no domínio das Garantias dos Bens de Consumo, nas Comunicações Electrónicas, na Carta dos Direitos Fundamentais na Era Digital…

E o legislador interveio, autonomamente, um bom par de vezes na Lei das Condições Gerais dos Contratos que, de forma tão atabalhoada, de cada vez que o fazia não sabia se era a quarta, a quinta ou a sexta das alterações introduzidas…

A Lei da Comissão das Cláusulas Abusivas, necessária, mas muito mal ‘amanhada’ no Parlamento, deixou de todo a ideia da ignorância sobre leis com que se cosem os da Casa. E ainda no que tange à Lei das Linhas Telefónicas para Contacto dos Consu-

Quando seria fácil encetar-se a via para a criação de um Código de Direito do Consumo, o mais abrangente possível, cujas alterações pontuais se introduziriam no seu próprio texto à medida que fossem surgindo, como o fazem, aliás, os franceses no seu “code de la consommation”. Houve uma iniciativa gorada no tempo de Elisa Ferreira, como ministra do Ambiente, e um aborto legislativo saído das mãos de não especialistas que toda a comunidade jurídica abjurou, e a que Fernando Serrasqueiro, ao tempo Secretário Adjunto da Economia e da Defesa do Consumidor – e bem – fez um veto de gaveta. E nunca mais se pensou em algo que não pode ser feito por amadores, mas por especialistas e escassos são os que se exibem entre nós por negligência da própria Universidade… que parece não cultivar regular e consequentemente o direito do consumo, com uma excepção, porém, ao que se julga saber, no panorama jurídico nacional.

Antes de nos fixarmos na Lei das Condições Gerais dos Contratos, convém dizer que Portugal terá de transpor até ao Dia de Natal a Lei da Acção Colectiva Europeia para tutela dos interesses individuais homogéneos dos consumidores, dos interesses colectivos em sentido estrito e dos interesses difusos.

Não há notícia de eventuais avanços nesse particular. E seria uma óptima oportunidade para se regulamentar a Acção Inibitória Geral, que a Lei-Quadro de Defesa do Consumidor prevê desde 31 de Julho de 1996, e jamais se regulamentou, já lá vão mais de 26 anos… Por culpa de sucessivos Governos e, em particular, de Vera Jardim, enquanto ministro da Justiça de um deles.

A Comissão deveria estar estruturada e instalada a 26 de Julho de 2021. Para que pudesse entrar plenamente em funcionamento a 25 de Agosto de 2021, data em que a lei começaria a vigorar, segundo dispositivo próprio.

Passou um mês, passaram dois e o Secretário de Estado, iludindo a realidade, dizia – com enorme desfaçatez e suma incompetência - que o prazo de 60 dias só principiaria da data do começo de vigência da lei.

Nem sessenta dias nem seis meses e, pelos vistos, nem 600 dias… chegam para pôr cá fora a Comissão das Cláusulas Abusivas.

Com os Serviços de Injunção em Matéria de Arrendamento sucedeu algo semelhante. A Lei 13/2019, de 12 de Fevereiro, criou no seio da DGAJ, o Serviço de Injunção em Matéria de Arrendamento (SIMA), destinado a assegurar a tramitação da injunção em um tal domínio.

E nela se estabelecia que “no prazo de 180 dias, o Governo aprovaria por decreto-lei o regime do procedimento de injunção em matéria de arrendamento…” O que apontaria para que o Serviço estivesse instalado e a funcionar nos primeiros dias de Agosto de 2019.

O tal diploma só veio a ser editado em 2021… E em nota, o Ministério da Justiça, com algum despudor, dizia a 10 de Dezembro de 2021:

A implementação integral deste serviço só estará concluída no próximo ano, tendo sido estabelecido até 1 de Abril de 2022 um regime transitório para tramitação deste procedimento…”

O “Dia das Mentiras” sempre como marco! E em Terras de Santa Maria… a cidadania “nem tugia nem mugia”! E exalte-se a autocracia!

*presidente emérito da apDC – DIREITO

Mário Frota*

QUARTA-FEIRA, 9 DE NOVEMBRO 2022

Músicos, Câmara do Porto e proprietários não se entendem e STOP deverá mesmo encerrar

As lojas do antigo Centro Comercial STOP, no Porto, são alugadas há décadas por músicos oriundos das regiões norte e centro do país. O espaço deverá ser encerrado em breve por falta de condições de segurança, anunciou a autarquia.

O edifício localizado junto ao Campo 24 de Agosto, no Porto, é utilizado por cerca de 500 músicos para ensaios e criação artística, mas não reúne as condições mínimas de segurança para obter o respectivo licenciamento. Falta instalar um sistema de detecção de incêndios, extintores automáticos e saídas de emergência. O prazo para a realização de obras termina a 30 de Novembro e a hipótese mais provável é que posteriormente se proceda ao encerramento definitivo.

O presidente da autarquia, Rui Moreira, anunciou em reunião de executivo realizada na passada segunda-feira (7), que foi oferecida aos músicos a relocalização no parque-estacionamento Silo-Auto, que é central na cidade, mas estes recusaram.

Rui Guerra, presidente da Direcção da Acmstop - Associação Cultural de Músicos de Stop, em declarações ao Campeão das Províncias, nega que os músicos tenham recebido qualquer proposta: “Soube através da comunicação social. Ninguém da Câmara nos disse nada. Nas reuniões da Câmara em que eu estive ninguém nos informou que o Silo-Auto seria uma hipótese”. Falou-se, é certo, de uma “transferência de músicos”, e várias hipóteses foram ventiladas nos últimos anos, entre elas o Silo-Auto, o Edifício Transparente, situado na marginal de Matosinhos, o CACE cultural e até o antigo Matadouro, que está a ser entretanto objecto de intervenção por parte da Câmara. Contudo, nunca foi proposta uma solução concreta, assegura o dirigente. Rui Guerra queixa-se mesmo que “a Câmara podia ser transparente connosco e não foi. Saber através da comunicação social não é muito elegante”.

A associação foi constituída em Maio último para defender os interesses dos músicos que ocupam actualmente cerca de 70 salas nas instalações do Centro Comercial STOP, pelas quais pagam um valor de aluguer muitas vezes reduzido ou mesmo simbólico. Até ao momento, a Acmstop reúne cerca de 60 associados, mas a tendência é para juntar mais músicos: “Há muita gente a querer associar-se para nos unirmos”, assegura Rui Guerra.

A história dos músicos do STOP remonta há 25 anos atrás. Nessa altura o centro comercial parecia ter os dias contados. O encerramento das duas salas de cinema, em

1995, deu início a um processo de degradação acelerada e de fuga dos comerciantes. O fecho de portas parecia irreversível.

Contudo, à medida que as lojas ficavam vazias, alguns músicos começaram a alugá-las para ensaiar. O número foi crescendo, com músicos oriundos do Porto e arredores, mas também de Braga, Aveiro e outras cidades das regiões norte e centro, permitindo ao espaço manter-se em actividade.

Os Repórter Estrábico foram os primeiros a chegar, lembra Rui Guerra. Por ali passou também Manuel Cruz e bandas conhecidas como os Perfume ou os Trabalhadores do Comércio, ainda têm uma sala alugada no STOP. Acabou assim por se criar um verdadeiro “pólo cultural” que os músicos querem preservar, embora admitam que o espaço não está licenciado e é para todos os efeitos “ilegal”.

A situação é complexa, pois o edifício é privado e existem 152 proprietários, alguns de difícil localização. A renovação exige um investimento de 2 milhões de euros, explica o dirigente da Acmstop e “os proprietários não têm dinheiro”.

Recentemente, a CDU propôs que a Câmara tomasse posse administrativa do espaço: “essa é uma hipótese”, garante Rui Guerra, “mas o edifício é privado e há muitos interesses nisto. Toda a gente nos quer pôr daqui para fora. Está aqui um negócio de milhões”.

Resta assim a autarquia apresentar uma solução para os músicos: a “Câmara tem tido muita consideração por nós”, diz Rui Guerra, “porque isto à partida já devia ter sido fechado há dez ou quinze anos”. “Só a Câmara nos pode valer”, admite, “e acredito que nesta altura nos vai valer”.

Miguel Marques Ribeiro (Porto)

Município de Poiares quer diversificar o espaço florestal do concelho

ACâmara de Vila Nova de Poiares lançou uma nova edição do programa “A Nossa Floresta”, em que disponibiliza árvores de espécies autóctones para incentivar munícipes a criarem uma floresta mais diversificada no concelho.

Todos os proprietários ou arrendatários de parcelas no concelho de Vila Nova de Poiares com direitos sobre os terrenos florestais a plantar podem candidatar-se ao programa, afirmou hoje o município.

A candidatura não tem qualquer custo para os participantes e é possível pedir até um máximo de 300 plantas no âmbito do programa.

As árvores terão de ser plantadas até Fevereiro de 2023.

O programa procura “incentivar os proprietários florestais a criarem uma floresta mais resiliente e mais diversificada”.

“Este projecto assume um carácter fundamental para diversificar o nosso espaço florestal e combater a predominante monocultura

das espécies. Apesar da importância que o rendimento deste tipo de floresta tem para os seus proprietários, é crucial que consigamos diversificar as espécies, de forma equilibrada, com a perspectiva de criar maior diversidade e consequentemente maior sustentabilidade ambiental e económica, ao mesmo tempo em que se acrescenta resiliência a toda a área florestal”, salientou o presidente da Câmara, João Miguel Henriques.

Feira do Porco e do Enchido de Meruge decorre no fim-de-semana

Afreguesia de Meruge, em Oliveira do Hospital, vai receber, no fim-de-semana (12 e 13), a 19.ª edição da Feira do Porco e do Enchido.

Considerada “um palco natural sobre toda a aldeia”, a festa vai realizar-se na Lage Grande e durante estes dois dias vai contar com um vasto programa de actividades.

Afirmada nos últimos anos como uma referência cultural no país, a Feira tem como objectivo homenagear os “porqueiros” e dar a conhecer os produtos tradicionais da aldeia. Para isso o certame terá um catálogo gastronómico de qualidade e bastante atractivo. Entre as várias iguarias estão os tradicionais enchidos, como chouriças de carne e de bofe, morcelas de sangue, farinheiras, alheiras e presunto curado, o famoso Arroz de Suã que é muito procurado, o Porco no Espeto, Feijoada à Moda de Nogueirinha, entre muitos outros. Os queijos Serra da Estrela também não faltarão à mesa.

Mas não só da gastronomia se faz a Feira. Para além da mostra de sabores únicos da gastronomia local haverá espaço para actividades culturais, artesanato, animação infantil e de rua, mostra do porco bísaro, uma feira romana, um magusto na caruma e espectáculos musicais que prometem animar os visitantes durante estes dois dias de festa.

Francisco Rolo e João Abreu, presidentes, respectivamente, da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital e da Junta de Freguesia de Meruge, optaram por realizar a apresentação do evento em Coimbra, ontem (8), na tasca Quebra o Galho, por considerarem que “é uma forma de convite” à cidade e à região para conhecerem e apreciarem

os produtos tradicionais de Meruge, e também uma forma de promover o território.

Francisco Rolo realçou que Meruge é “conhecida como terra dos porqueiros e de produtos de qualidade” e por isso esta Feira é uma “óptima oportunidade para experimentar sabores únicos e também para descobrir Oliveira do Hospital”.

O evento vai contar ainda com um Forno Comunitário que, segundo João Abreu, vai cozinhar as famosas bôlas de carne, bacalhau ou sardinha mas também a broa de milho.

Uma novidade este ano é os tuk-tuk que farão a ligação desde o parque de estacionamento, que está assegurado e é gratuito, até à feira.

Ambos os presidentes têm expectactivas altas para o evento e esperam atrair “milhares de visitantes”.

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Luminárias na Baixinha de Coimbra substituídas por LED vão poupar 66%

ACâmara Municipal de Coimbra, em parceria com a E-Redes, está a substituir, nas ruas da Baixinha, 124 luminárias do tipo lanterna por tecnologia LED.

A substituição, desenvolvida no âmbito do projecto piloto “FlexIP”, vai implicar uma redução directa de consumo total de cerca de 66%.

A vereadora Ana Bastos, acompanhada por Edite Silva, da E-Redes, e por Orlanda Duarte, em representação da Agência de Promoção para a Baixa de Coimbra (APBC), visitou, esta quarta-feira, a Baixa, onde decorre ainda a implementação das luminárias, que é o primeiro projecto piloto nacional implementado em centro histórico.

As novas luminárias têm um sistema (“cut off”) que permite rentabilizar o seu funcionamento, emitindo luz somente para onde ela é necessária, ou seja, para o pavimento e não para os edifícios. As luminárias são também dotadas de um sistema de controlo (ponto-a-ponto) que permite comandar cada luminária individualmente. Ao que acresce ainda o facto de a tecnologia LED ser radicalmente menos poluidora do ponto de vista luminotécnico relativamente à tecnologia actual de vapor de sódio de alta pressão.

Esta substituição insere-se no piloto “FlexIP”, desenvolvido no âmbito do laboratório vivo de inovação tecnológica #CoimbraCityLab, que pretende criar nesta zona um laboratório vivo com vista à criação de mais uma rede inteligente. Recorde-se que, já em Julho deste ano, a Câmara de Coimbra apresentou o projecto de iluminação inteligente na Quinta de S. Jerónimo.

Sobre as restantes luminárias instaladas que ainda não são de tecnologia LED, além do plano de substituição acordado com a E-Redes, o Município está a avaliar com empre-

sas de serviços energéticos a forma mais rápida e eficiente de conseguir maiores poupanças energéticas e consequentemente redução de custos.

Realça-se, no entanto, que por questões de segurança pode ser necessário reajustar pontualmente o posicionamento de algumas luminárias, ou também colocar luminárias adicionais para alargar o sistema a zonas onde atualmente não existe. Já para 2023 está prevista uma outra fase de substituição de um número idêntico de luminárias na zona da Alta.

“O Município de Coimbra continua, assim, a desenvolver projectos em distintas áreas de trabalho que desenvolvem conceitos e novas abordagens na gestão urbana sustentável e inteligente, nomeadamente através do seu laboratório vivo de inovação tecnológica, #CoimbraCityLab”, refere a autarquia.

Os dois pilotos, conjuntamente com outros projectos em curso, reforçam Coimbra como “um laboratório vivo para experimentar a inteligência da cidade, promovendo não só o desenvolvimento de novas parcerias, mas também novas tecnologias, soluções e ideias que apoiam a gestão inteligente e sustentável de uma cidade do futuro”.

Além da iluminação, pretende-se também testar vários sensores no universo da “IoT” (Internet das Coisas), nomeadamente rega inteligente (smart irrigation), contagem de veículos, temperatura, humidade, medição de CO2, partículas (PM2,5 e PM10), volume percentual de resíduos sólidos urbanos em cada contentor, entre outros. O objectivo é analisar os dados obtidos pelos sensores e avaliar como estes dados podem ser utilizados para apoiar a decisão de implementar medidas mais eficientes e sustentáveis.