“Campeão das Províncias” - 10/11/2022

Três locais da Baixa de Coimbra recebem festa do fim-de-ano

Depois

de dois anos de constrangimentos impostos pela pandemia, Coimbra vai proporcionar uma noite de muita música e animação neste fim-de-ano.

Para além dos já anunciados GIPSY KINGS by Diego Baliardo, com parte da formação original, Per7ume e Insert Coin são também atracções confirmadas para a grande noite de final de ano. Mas a festa não se esgota com estas propostas musicais. Há muito mais para ver, ouvir e dançar no coração da cidade, com os DJs Kiss Kiss Bang Bang, Code, Ky-MO, sem esquecer a muito animada Revival Music. Com entrada gratuita, trata-se de um programa delineado para chegar a todos. A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) apresentou, esta tarde (10), no Restaurante Passaporte, em Coimbra, o programa das festividades que, segundo Francisco Veiga, “vão valer muito a pena”. O vice-presidente da Câmara sublinha ainda que “temos [Coimbra] um excelente cartaz. Vai valer a pena vir a Coimbra no final de ano”. O investimento do Município foi de 246 mil euros (valor com IVA), traduzindo uma poupança de 40 mil euros face às festividades de 2019. Com expectativas altas, na ordem dos “200 mil visitantes”, Fernando Veiga afirmou que “conseguimos mais e melhor com menos orçamento”.

Para garantir a animação até de madrugada, a autarquia vai distribuir três palcos em diferentes locais icónicos da Baixa, nomeadamente no Largo da Portagem, Praça do Comércio e Praça 8 de Maio.

Espectáculos

Será ao som dos Gipsy Kings by Tonino Baliardo que Coimbra vai entrar em 2023. Este será um concerto que promete atrair milhares de pessoas (de várias gerações) ao Largo da Portagem. Aqui a música começa às 21h30 pela mão dos DJs Kiss Kiss Bang Bang, a que seguirá a actuação da banda Per7ume, que antecede um grandioso espectáculo piromusical que anuncia a entrada em 2023.

O itinerário desta que é uma das festas de fim-de-ano de referência do país prossegue na Praça do Comércio, onde, e à semelhança de anos anteriores, não faltam também excelentes motivos para brindar ao novo ano de 2023. Nesta emblemática praça da Baixa da cidade, transformada em discoteca a céu aberto, o palco é dedicado aos Djs,

sendo que a “pista de dança” abre às 00h15 – logo a seguir ao fogo de artificio - com a actuação de Cøde (projecto de música electrónica de um DJ de Coimbra).

Seguem-se os Insert Coin, entertainers, que protagonizam um espectáculo surpreendente, com grande animação e uma forte componente multimédia e vídeo. A programação deste palco fecha com o (também) conimbricense KY-MO, que levará a placo os grandes hits da música electrónica, entre as 3h00 e as 4h00. O trajecto desta grande festa contempla outra importante paragem, a Praça 8 de Maio, local onde decorrerá a Revival Music, espaço onde poderão ser revividos os maiores êxitos dos anos 80 e 90. Este palco encerrará às 6h00.

O fim-de-ano é um evento delineado a pensar em todos, que traz muita animação à Baixa da cidade e que faz desta uma das melhores e mais animadas festas de fim-de-ano do país. A noite terá também o habitual fogo-de-artifício sobre o rio Mondego que, ao longo de 15 minutos, vai assinalar a entrada no novo ano.

Programa completo:

Largo da Portagem

21h30: Kiss Kiss Bang Bang 22h30: Per7ume

00h00: Fogo de artifício 00h15: Gipsy Kings by Tonino Baliardo 1h45: Kiss Kiss Bang Bang 4h00: Fim

Praça do Comércio

00h15: Code 1h45: Insert Coin 3h00: KY-MO 4h30: Fim

Praça 8 de Maio

00h15: Revival Music (com Rui Tomé e Luís Pinheiro) 06h00: Fim

Sessenta mil euros, mais coisa menos coisa, é quanto a Câmara de Coimbra irá pagar aos Gipsy Kings para virem animar a passagem do ano em Coimbra. Irão actuar na Portagem, mas outras praças irão ser igualmente chamadas a acolher outras manifestações festivas alusivas à quadra natalícia: a Praça do Comércio seguramente, o Terreiro da Erva e a Praça 8 de Maio com certeza. A animação da passagem do ano é uma aposta forte do actual Executivo que, todavia, tem vindo a negociar as coisas de forma criteriosa por forma a não gastar mais do que pode, já que os gastos que tem pela frente nos próximos tempos não são de molde a abrir os cordões à bolsa de forma muito generosa. A Banda transporta consigo há muitos anos um elevado prestígio, cotando-se ainda hoje como uma das que mais poder de atracção tem junto das comunidades, agradando transversalmente à maioria das pessoas. Dos tempos iniciais (1979) restam apenas dois elementos, Tonino Baliardo e Nicolas Reys, mas o grupo musical não se ressentiu muito com a saída de alguns elementos, continuando a rumba flamenga, variante do flamengo tradicional, a marcar o estilo musical deste grupo formado à base de elementos da etnia cigana.

LOJA COM HISTÓRIA

As eleições para Reitor da Universidade de Coimbra estão já marcadas para 6 de Fevereiro de 2023 e a apresentação de candidaturas decorrerá até 2 de Janeiro. Conforme apurou o “Campeão”, o actual Reitor, Amílcar Falcão, irá recandidatar-se a um segundo mandato e até ao momento não se conhecem movimentações, no seio universitário, para surgir oposição.

Director da Biblioteca Geral da UC defende que é urgente a construção de um novo edifício

Ninguém saberá dizer ao certo quantos títulos a Biblioteca tem, mas calcula-se que sejam cerca de dois milhões. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias, João Gouveia Monteiro referiu que todos os anos só a chegada do depósito legal engole mais de 200 metros de estantes, daí a necessidade de ter que se começar a pensar seriamente na construção de um edifício de raiz para acolher a Biblioteca. PÁGINA 7

JOÃO GOUVEIA MONTEIRO EM ENTREVISTA

DE NOVEMBRO

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

www.campeaoprovincias.pt

10 DE NOVEMBRO DE 2022

APRESENTAÇÃO

REITOR DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA

grandes dificuldades na sua reeleição.

Aseleições para Reitor da Universidade de Coimbra (UC) estão já marcadas para 6 de Fevereiro de 2023 e tudo indica que o actual titular do cargo, Amílcar Falcão, vai recandidatar-se a um segundo mandato.

O Conselho Geral da UC já aprovou o calendário e o anúncio de abertura do processo eleitoral terá de ocorrer até dia 18 deste mês de Novembro, a nível nacional e internacional.

A partir daí decorrerá o prazo de apresentação de candidaturas, o qual só encerrará às 18h00 de 2 de Janeiro de 2023.

Amílcar Falcão foi eleito Reitor da Universidade de Coimbra a 11 de Fevereiro de 2019, à segunda volta, e tomou posse a 1 de Março desse ano. No seio universitário é considerada natural a recandidatura do Professor catedrático da Faculdade de Farmácia da UC, assim como não se espera que surjam muitos outros candidatos internos, pelo que Amílcar Falcão não deverá enfrentar

Com 57 anos, Amílcar Falcão tinha sido vice-Reitor nos anteriores mandatos reitorais (2011-2015 e 2015-2019) e director do Instituto de Investigação Interdisciplinar, tendo ganho as eleições para Reitor neste mandato de 20192023 com o programa de acção intitulado “Citius, Altius, Fortius” (inspirado no lema olímpico “mais alto, mais forte, mais longe”).

A eleição do Reitor da Universidade de Coimbra é feita, desde 2011, numa reunião plenária do Conselho Geral da instituição. O organismo é constituído por 35 membros: 18 representantes dos professores e investigadores, cinco representantes dos estudantes, dois representantes dos funcionários não-docentes e não-investigadores e 10 personalidades de reconhecido mérito, externas à Universidade.

No último acto eleitoral, para além de Amílcar Farcão, os candidatos foram dois Professores da Universidade de Coimbra,

os dados pessoais e contactos, curriculum vitae detalhado do candidato, acompanhado dos documentos considerados relevantes para a apreciação do mérito da candidatura, um compromisso de honra do candidato e o programa de acção que se propõe executar durante o quadriénio do mandato, redigido em língua portuguesa.

A Comissão Eleitoral é presidida pela Professora Doutora Gabriela Figueiredo Dias, presidente do Conselho Geral da Universidade de Coimbra e integrada quatro vogais escolhidos/as de entre os membros daquele órgão.

decorrerá a 23 de Janeiro, seguindo-se a audição pública dos candidatos no dia 30 de Janeiro e a audição dos candidatos pelo Conselho Geral no dia 31 de Janeiro de 2023.

PROTOCOLO

Ernesto

e José Pedro Paiva, e a Professora brasileira Duília Fernandes de Mello. Inicialmente tinha sido também aprovada a candidatura de Yang Chen, mas este acabou por a retirar.

NACIONAIS E ESTRANGEIROS

Podem candidatar-se a Reitor os professores e investigadores doutorados da

DIGITAL UC PROTEGE A CÂMARA DOS

Éumarelação de sinergia digital que se estabelece entre a Câmara de Coimbra e a Universidade, com vantagens para ambas as partes e também para os munícipes, os quais passam a ter mais acesso público à Internet através da rede Coimbra+.

O protocolo de colaboração entre as duas entidades tem por objecto a colaboração para o desenvolvimento de actividades conjuntas em diferentes domínios das tecnologias digitais e através de projectos específicos dentro de uma lógica de parceria.

Concretamente, o protocolo vai permitir ao Município de Coimbra a criação de um novo ‘ba-

ckup’ de dados externo à rede municipal, num ‘data center’ de excelência, do ponto de vista técnico e de segurança (acessos físicos, fontes de energia redundante, climatização, protecção de incêndio e catástrofes, etc.), incluindo o consumo de energia, numa entidade pública confiável e de proximidade como a Universidade de Coimbra.

Este passo vai permitir ainda a expansão da rede municipal de acesso público (Coimbra+) à Internet, mediante os equipamentos da UC que disponibilizam a rede académica europeia Eduroam.

Em contrapartida propõe-se que o Município também disponibilize a rede Eduroam nos seus

equipamentos actualmente dedicados à rede Coimbra+, bem como apoie a UC na interligação dos seus edifícios, designadamente mediante a disponibilização de condutas municipais para passagem de cabos, eventual articulação com operadores de telecomunicações (se necessário e possível) e isenção de taxas para criação de condutas no espaço público, caso não haja alternativa, de acordo com os regulamentos e legislação aplicáveis e após aprovação do Município.

O protocolo foi assinado na terça-feira pelo presidente da Câmara, José Manuel Silva, e pelo Reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão.

Universidade de Coimbra ou de outras instituições de ensino superior universitário ou de investigação nacionais, assim como estrangeiras, que não se encontrem na situação de aposentado ou jubilado e que não estejam abrangidos por qualquer das situações de inelegibilidade previstas na lei.

Para formalizar a candidatura é preciso enviar carta de apresentação, com

O calendário da eleição do Reitor da UC marca para 4 de Janeiro a reunião da Comissão Eleitoral para verificação da existência de eventuais irregularidades de candidaturas, assim como para 19 de Janeiro o prazo limite para interposição de recurso para o Conselho Geral relativo às decisóes da Comissão Eleitoral.

A reunião plenária do Conselho Geral para análise de eventuais recursos

Na eleição do Reitor, a 6 de Fevereiro, considera-se eleito/a o/a candidato/a que obtenha os votos favoráveis da maioria absoluta dos membros do Conselho Geral em efectividade de funções. Se nenhum/a candidato/a obtiver, na primeira votação, a maioria absoluta dos votos dos membros do Conselho Geral seguem-se as seguintes situações: Havendo apenas um/a candidato/a a sufrágio, não há lugar a segunda votação; Havendo dois/duas candidatos/ as a sufrágio, a segunda votação incide apenas sobre o/ mais votado/a na primeira; Havendo mais de dois/duas candidatos/ as a segunda votação incide apenas sobre os/as dois/duas mais votados/ as na primeira; A terceira votação, se necessária, incide apenas sobre o/a candidato/a mais votado/a na votação anterior.

ESPECTÁCULO DECORRE NESTE SÁBADO

Coimbra” que celebra este ano o seu 10.º aniversário.

Ogrande

auditório do Convento São Francisco, em Coimbra, vai receber, no sábado (12), pelas 21h30, a VI edição da Grande Noite do Fado e da Canção de Coimbra.

Organizada pelo Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra (UC), com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e de diversas entidades, a iniciativa assume-se como “uma viagem pela história do fado e da canção de Coimbra” que segundo o presidente da Direcção do Coro, Paulo Oliveira, está “já consolidada no panorama cultural da região”. A Grande Noite do Fado é baseada no CD “100 Anos de Fado de

“No fundo o que vamos querer tratar este ano é a reedição daquilo que foi um CD duplo que há 10 anos editamos, denominado “100 anos do Fado de Coimbra”. Por isso, o que vamos procurar fazer em palco é a apresentação de vários temas que esse CD ilustrou e apresentou”, afirmou o presidente durante a apresentação do evento que decorreu na terça-feira, na sede do coro.

Em palco estarão mais de 40 intérpretes das diversas gerações aos quais se junta o Coro de Antigos Orfeonistas da UC. Segundo Paulo Oliveira vão estar presentes vários “herdeiros” de pessoas que marcaram a história do fado e da canção de

Coimbra. “Essas pessoas vão permitir rever e reencontrar aqueles que proporcionaram momentos extraordinários da música de Coimbra, tanto na sua vertente canção como na vertente fado”, sublinha.

Paulo Pires, director do Departamento de Cultura e Turismo da CMC e programação cultural do Convento São Francisco, que também marcou presença na apresentação, revelou que a autarquia pretende apoiar na reedição do CD “100 anos do fado de Coimbra” mostrando assim a importância cultural que o disco acarreta. Paulo Pires anunciou ainda que a autarquia “está a estudar novos tipos de apoios” para entidades que promovam a cultura.

LUÍS SANTOS

Costa

Amílcar Falcão deverá recandidatar-se a um segundo mandato

ANTÓNIO JOSÉ LARANJEIRO DEIXOU-NOS - Ex jornalista e sempre homem do mundo da comunicação, António José Laranjeiro, natural de Leiria, não resistiu há dias a um enfarte de miocárdio e caiu para o lado no decorrer da caminhada habitual que fazia de quando em vez. Foi o primeiro coordenador do Diário de Leiria mas trabalhou também noutros meios.

DE COOPERAÇÃO

CRISTIANA DIAS

EQUIPA DE ESTUDANTES DO ISEC PREPARA CARRO FÓRMULA 1 ELÉCTRICO

JOANA ALVIM

Racing, equipa de Formula Student do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), está neste momento a desenvolver um carro totalmente eléctrico, o qual será, segundo prometem, o carro mais competitivo até à data, de entre os produzidos pela equipa do ISEC. A Formula Student é considerada por muitos a maior competição para estudantes do ensino superior a nível mundial. Para competir nestes eventos, os alunos têm de projectar, construir, testar e competir com um pequeno carro do estilo Fórmula 1.

Esta competição é organizada pelo Instituto da Engenharia Mecânica, Reino Unido, em parceria com a organização mundial Sociedade de Engenheiros da Mobilidade.

A base da competição é a concepção, desenho e fabrico de um veículo do tipo Fórmula 1. O projecto é inteiramente gerido e realizado por alunos. No final de cada ano, o produto final participará no evento Formula Student que se desenrola em países como Alemanha, Itália ou Inglaterra.

A actual PHISEC está a desenvolver o Phi4e, este é o quarto carro que a PHISEC desenvolve, mas o primeiro desta equipa.

O Phi4e é um pequeno carro estilo fórmula 1, com uma unidade motriz 100% eléctrica, de reduzida distância entre eixos de forma a ter o melhor desempenho possível nas provas de autocross e endurance da competição.

FORMULA STUDENT FOI CRIADA EM 1979

A filosofia da competição de Formula Student é a de proporcionar, exclusivamente para Universidades, uma competição semelhante, mas reduzida à escala, a todas as grandes competições actualmente existentes no panorama automóvel mundial. Pretende-se que se construam os melhores e mais rápidos carros e estimular a tecnologia para obter soluções inovadoras, mas tudo isto tem que ser feito com um orçamento apertado, respeitando regulamentos complexos com base nas competições automóveis sob a égide da Federação Internacional do Automóvel (FIA), e ainda, tendo como finalidade a possibilidade de construção, com lucro, de 1.000 unidades por ano.

Se até 2009 o evento se dividia em quatro classes (apresentação do carro construído, veículos de anos anteriores com melhoramentos, apresentação do protótipo em tamanho real e apresentação do projecto em computador) a partir de 2010 reduziu-se a participação a três classes apenas que passam pela apresentação do projecto protótipo quase construído, à apresentação dinâmica e, finalmente, à apresentação de veículos movidos a energias alternativas.

Durante a competição existem duas provas: provas estáticas, que se realizam em todas as classes do evento, e provas dinâmicas, que se re-

alizam apenas nas classes de apresentação dinâmica e veículos movidos a energias alternativas.

Das provas estáticas fazem parte a Inspecção Técnica, a Análise de Custos e Fabrico, a Apresentação e o Design e podem valer até 325 pontos.

Nas provas dinâmicas são avaliadas a Aceleração, Skidpad (que corresponde a vários testes de manuseamento do carro. Por exemplo, testar a aceleração lateral, medida em metros por segundo ao quadrado (m/s) ou a unidade g-força de escala), Autocross (uma competição cronometrada em que os condutores navegam um de cada vez através de um curso definido sobre uma superfície selada ou não selada), Economia de Combustível e Resistência. Nestas provas os

competidores podem somar até 675 pontos.

PHISEC PREVÊ FICAR NO TOP 50 DA COMPETIÇÃO

Estão na fase final de design e têm o objectivo de, no próximo mês, dar os primeiros passos na manufactura, a nível de chassis e suspensão. O valor previsto para o desenvolvimento do Phi4e é de 70.000 euros e pretendem ficar no top 50 da competição, mas, para alem de resultados, “também temos o objectivo tornar a

equipa sustentável para os próximos anos” conforme avança Vitor Simões.

“A PHISEC é um projecto que arrancou há muitos anos e agora surgiu um conjunto de alunos com vontade e uma estratégia, além de que é nestas iniciativas que se ganham outras capacidades e competências que não se ganham nas aulas. É uma oportunidade de terem contacto com diversas e muitas áreas, em que todos os sistemas são desenvolvidos pelos alunos. Têm aqui a oportunidade de trabalhar as suas Soft Skills. Além do mais a

participação nestas competições e o desenvolvimento deste tipo de projectos serve de bandeira para divulgar a própria instituição, pelo que faz todo o sentido apoiar”, refere Mário Velindro, presidente do ISEC.

Recorde-se que a PHISEC foi fundada em 2006, e, desde então, marcou presença em três competições. A primeira em 2007 em fase de projecto, onde garantiu o 6.º lugar e posteriormente, durante dois anos consecutivos, em Classe 1, na Formula Student United Kingdom, em Silverstone.

QUEM É QUEM?

- Vitor Simões é o actual líder de equipa e conduziu o departamento de Suspensão e frequenta o 3.º ano de Engenharia Mecânica no ISEC;

- Leonel Monteiro - actual Chief Engineer e antigo líder de departamento de Powertrain. É engenheiro electrotécnico e está a frequentar o 2.º ano de mestrado na área de Especialização em Automação e Comunicações em Sistemas de Energia;

- João Coelho - Membro do departamento de Suspensão, frequenta o 4. ° ano de Engenharia Mecânica no ISEC e é criador de carros telecomandados em impressão 3D;

- Luís Carreira - Membro do departamento de Dinâmica de veículo, frequenta o 2.º ano de Engenharia Mecânica no ISEC e é Co-criador de um projecto com o objectivo de bater o recorde mundial do Caixote do lixo mais rápido do mundo;

- Pedro Santos - Actual líder do departamento de Chassis, frequenta o 3.º ano de Licenciatura em Engenharia Mecânica na Universidade de Coimbra e é pianista há 16 anos;

- João Costa - Responsável pelo departamento de gestão e logística, é Engenheiro em gestão industrial, está no 1. ano de mestrado em Engenharia e Gestão Industrial do ISEC e é trabalhador estudante como analista de dados industriais;

- Dinis Coelho - Membro do departamento de suspensão, frequenta o 3.º ano no curso de Engenharia Mecânica no ISEC e é um entusiaste do mundo Motorsport;

- Alexandre Amador – É o responsável do departamento de marketing e comunicação, está no 3. º ano de Engenharia Mecânica e é redactor de um site sobre cultura nerd e;

- Henrique Vaz - Membro do departamento de powertrain, responsável pelo drivetrain, frequenta o 2.º ano no curso de Engenharia Electromecânica no ISEC e é ex-militar.

APHISEC

Os nove elementos que integram a equipa da PHISEC

Modelos anteriormente desenvolvidos pela PHISEC

SÃO MARTINHO NA CASA DOS POBRES DE COIMBRA - Realiza-se, no sábado (12), a “Feira de S. Martinho” com a promessa de ser uma jornada de fraternidade. A partir das 12h00 haverá “porco à moda antiga” e tendinhas de venda solidária com arte-

10 DE NOVEMBRO DE 2022

DIRECTOR DA BIBLIOTECA GERAL DA UC DESEJA REORDENAMENTO DO FLUXO TURÍSTICO

JOÃO GOUVEIA MONTEIRO DEFENDE ENTRADA MAIS CARA NA BIBLIOTECA JOANINA

João Gouveia Monteiro é professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (UC). Entre as suas publicações mais recentes incluem-se as obras “Nuno Álvares Pereira, guerreiro, senhor feudal e santo. Os três rostos do Condestável” e “História Medieval de Portugal” (com António Resende de Oliveira). Ocupa-se actualmente do estudo da história das tradições religiosas mundiais, tendo dirigido a obra “História concisa das grandes religiões”. É, desde 2019, o director da Biblioteca Geral da UC (BGUC) e integra o actual Conselho Geral da Universidade, onde coordena a Comissão de Cultura, Património, Cidadania e Desporto.

Campeão das Províncias [CP]: Tem sob a sua responsabilidade um dos maiores tesouros de Coimbra. O que temos na Biblioteca Geral da UC?

João Gouveia Monteiro [JGM]: Eu penso que ninguém saberia dizer ao certo quantos títulos temos, mas calcula-se que sejam cerca de dois milhões. Temos um imenso tesouro à nossa guarda. Somos depósito legal, uma das poucas bibliotecas nacionais que têm esse estatuto, o que significa que recebemos tudo aquilo que se publica em Portugal e, depois, temos de cuidar também da parte patrimonial, sobretudo da Biblioteca Joanina.

[CP]: Está tudo à sua guarda?

[JGM]: Sim, no caso da Biblioteca Joanina trata-se de uma tutela partilhada com o Senhor Reitor, que superintende a divisão de Turismo.

[CP]: Qual é o livro mais antigo que lá está?

[JGM]: O nosso livro mais antigo é uma Bíblia. É a chamada Bíblia Atlântica, porque é um livro de grandes proporções, que só poderia ser carregado pelo gigante Atlantes, uma figura mitológica que foi castigada por Zeus, que o condenou a carregar a abóbada celeste às costas. Só ele teria força para transportar um livro daquele tamanho! É uma Bíblia do século XII, do tempo da fundação da nacionalidade portuguesa. Temos também uma primeira edição dos Lusíadas, uma primeira edição da Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, uma Bíblia hebraica dos finais do século XV e que se pensa que pertenceu à família de Isaac Abravanel, que foi uma figura importante da Península Ibérica na 2.ª metade do século XV. Temos também grandes obras de medicina (como a de Andreas Vesalius, considerado «o pai da anatomia moderna»), grandes

Praça

obras de botânica (como o «Livro das Ervas» de Pietro Mattioli), os desenhos de Giovanni Battista Piranesi, que no século XVIII desenhou monumentos romanos com um pormenor extraordinário, entre muitas outras... Na Biblioteca Joanina, só no piso nobre temos cerca de 1.200 metros lineares de estantes e quase 30.000 livros. Todos os anos, a chegada do depósito legal ao edifício da BGUC engole, só por si, mais de 200 metros lineares de estantes, portanto, o nosso problema não é falta de livros, é a falta de espaço para os acolher e daí a necessidade de ter que se começar a pensar seriamente na construção de um edifício de raiz para acolher uma biblioteca como esta.

[CP]: Essa hipótese está em cima da mesa?

[JGM]: Era o Professor Carlos Fiolhais director da BGUC e já se falava nisso, havia o projecto de a deslocalização do Estabelecimento Prisional de Coimbra poder abrir espaço para equipamentos culturais nessa zona nobre e muito próxima da universidade. Mas seja reactivando esse projecto, seja concebido outro, é importante perceber que dentro de não muitos anos estaremos completamente esgotados.

[CP]: Qual é a missão da BGUC?

[JGM]: A nossa missão é, por um lado, de serviço público de apoio ao estudo, por outro

Gestão Integrada das Bibliotecas da UC (ex-SIBUC). Mas há ainda um terceiro pilar, que passa pela dinamização da actividade cultural. Uma biblioteca não é um depósito de livros, é um centro de conhecimento vivo, que precisa de ser partilhado. Vamos fechar o ano de 2022 com mais de 40 iniciativas realizadas, ao longo de 60 sessões. Na nossa programação cultural, temos três eixos aos quais temos procurado manter-nos fiéis; a difusão do livro e da leitura, em especial entre os jovens; a promoção do diálogo intercultural e inter-religioso, e criámos para isso, em 2020, a Academia para o Encontro de Culturas e Religiões da UC (APECER-UC); e a sensibilização para a educação ecológica, isto é, a formação na área da protecção da Natureza.

[CP]: A propósito desses três eixos, está a decorrer o colóquio Religião e Alimentação, quais são as expectativas?

[JGM]: São boas. É uma iniciativa muito fora do vulgar. A maioria das pessoas tem um compromisso religioso, mas tem também curiosidade pelas tradições gastronómicas. A religião é uma parte importante da expressão cultural dos povos. No caso do Judaísmo, essa relação é evidente na alimentação

O nosso problema não é falta de livros, é a falta de espaço para os acolher

de boa gestão e classificação do nosso espólio e de preservação do património à nossa guarda. A BGUC coordena o repositório «Estudo Geral», onde se reúnem todas as dissertações de mestrado e doutoramento produzidas na UC; coordena também o serviço de apoio a todas as bibliotecas da Universidade, através da Área de Serviços e Sistemas de

kasher, que é a dieta que cumpre as regras descritas no Torá. Os Hindus, pelo seu lado, na sua «lei» («Sanâtana Dharma») defendem que o divino está presente em todas as criaturas e que por isso não se deve fazer mal a nenhuma delas, daí serem vegetarianos. Já no caso dos Budistas (que, contrariamente ao que se pensa, não são necessariamente

vegetarianos), eles também têm as suas normas, que estão prescritas nos Sermões de Sidhârta Gautama. É isso que vamos apresentar neste colóquio, as regras e os princípios alimentares das diferentes religiões. Mas vamos também apreciar alguns dos seus sabores, pois quisemos que esta não fosse uma iniciativa meramente teórica! Por isso, para além das tertúlias, vamos ter também provas gastronómicas, numa iniciativa que é feita em parceria com o Instituto Universitário Justiça e Paz e também com o Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos da nossa Faculdade de Letras (a que pertence a coordenadora científica do evento, a Prof.ª Paula Barata Dias).

[CP]: A iniciativa “Bibliotecas Icónicas da Humanidade” correu bem?

[JGM]: Correu muito bem! Foi a nossa iniciativa mais importante de 2022. Reunimos directores e altos quadros de bibliotecas históricas de várias épocas e tipologias. Foi deslumbrante, os conferencistas prepararam apresentações de enorme qualidade e proporcionaram uma reflexão inédita sobre algumas das livrarias mais emblemáticas da história da humanidade de três continentes diferentes. Tivemos a conferência de encerramento pelo Dr. Alberto Manguel, que foi director da Biblioteca de Buenos Aires e que trabalhou directamente com o escritor argentino Jorge Luís Borges, a quem prestou, aliás, homenagem no final da sua apresentação. O evento serviu para conhecer o passado, o presente e o futuro de cada uma daquelas bibliotecas e espero que possa gerar um intercâmbio entre os respectivos bibliotecários. Hoje em dia estamos

todos à distância de um clique, também por isso criámos, há já vários anos, a biblioteca digital «Alma Mater», que reúne imagens e metadados sobre um grande número de obras, não apenas da BG e Joanina, mas de toda a UC.

[CP]: A Biblioteca Joanina, como é que ela está? [JGM]: Está neste momento sob um programa de protecção patrimonial. O Senhor Reitor apontou para Janeiro o arranque da obra de requalificação integral da cobertura, das fachadas e do próprio quadro eléctrico, creio que se aguarda apenas o visto final do Tribunal de Contas. Isto é fundamental que aconteça e eu acrescento que deve ser combinado com um reordenamento do fluxo turístico. Cerca de 1700 pessoas por dia impede as condições ideais de preservação do patri-

[CP]:

[JGM]: Tudo o que nós fazemos está na nossa página web, temos também uma Liga de Amigos (a LIBUC) que garante aos seus associados uma informação privilegiada: eles são os primeiros a ser informados e convidados para os nossos eventos. A quota anual desta liga é quase simbólica e é a forma mais fácil de se estar sempre a par das nossas iniciativas.

[CP]: Escreveu um livro sobre Nuno Alvares Pereira… [JGM]: Foi uma viagem muito interessante escrever esta biografia. É uma figura polifacetada, simultaneamente guerreiro, senhor feudal e que tem também uma importante faceta religiosa. Cumpriu os últimos anos da sua vida no mosteiro que ele próprio fundou

Vamos fechar o ano de 2022 com mais de 40 iniciativas realizadas

mónio bibliográfico, artístico e mobiliário que ali temos. Nós queremos os turistas, precisamos deles, temos orgulho em exibir o nosso património, mas dizemos que isso tem de ser feito dentro de uma lógica de sustentabilidade. E, felizmente, a Reitoria pensa da mesma forma. Há muitas medidas que podem ser estudadas com este objectivo. Por exemplo, eu defendo que a entrada para a Biblioteca Joanina tenha um bilhete separado do resto do circuito turístico e que seja mais caro do que é hoje.

[CP]: Está prevista outra iniciativa “Portugal 50 anos (1973-2023)”, do que se trata?

[JGM]: É uma forma de assinalar os 50 anos do 25 de Abril, uma homenagem onde vamos recordar as grandes transformações que ocorreram no país ao longo destes anos. A programação vai decorrer de Janeiro a Julho de 2023, temos já programados sete debates, um por mês, sempre à quinta-feira, cada um com dois convidados. O primeiro vai ser no dia 5 de Janeiro, com Eduardo Anselmo de Castro, professor da Universidade de Aveiro e vice-presidente da CCDRC, e com o Pof. Diogo de Abreu, geógrafo conceituado de Lisboa e que tem também estudado as questões do reordenamento do território. Este primeiro debate vai ser sobre o que nos diz a demografia sobre o nosso país, e sobre o que deve ser um ordenamento harmonioso do território nacional.

da República aos sábados entre as 11 e as 12 horas na Rádio Regional do Centro.

em Lisboa e que, mesmo em ruínas, ainda nos impressiona pela sua monumentalidade –o Mosteiro do Carmo. Num país que tinha não mais que seis títulos de nobreza, ele tinha os três mais preciosos nas suas mãos, era claramente o homem mais rico de Portugal. Ele acabou, de certo modo, por expiar os seus pecados com as doações espirituais que fez no final da sua vida. Estudei durante muito tempo a história de Nuno Alvares Pereira, mas mesmo assim fui surpreendido nesta parte religiosa, ao perceber a enorme influência que os eremitas exerceram sobre a sua consciência religiosa.

[CP]: Como hobbies, cultiva o estudo da música e das línguas.

[JGM]: Aprendi a tocar piano em miúdo, mas só em 2012 regressei a essa paixão, que cultivo diariamente. Tento passar o amor pela música aos meus descendentes, o meu filho mais velho é um excelente guitarrista de Bossa Nova e o meu neto Afonso, que tem 9 anos, está no segundo ano do Conservatório de Lagos e vai ser, penso eu, um bom violencista. As línguas clássicas surgiram também por necessidade: o latim, assim que fui contratado como assistente da Faculdade de Letras, para trabalhar na Idade Média; e o grego, porque quis alargar os meus horizontes na direcção do estudo da história do mundo bizantino, que é um Império de língua grega.

LINO VINHAL / JOANA ALVIM

E como é que se pode acompanhar a actividade da BGUC?

PATROCÍNIO:

João Gouveia Monteiro pretende criar um intercâmbio de bibliotecários nas Bibliotecas Icónicas Mundiais

DE NOVEMBRO DE 2022

Todos os anos a Associação do Comércio e da Indústria de Panificação (ACIP) leva a concurso os Bolos Rei de Portugal. Este ano, na nona edição deste concurso, que se realizou, no mês passado, na Exponor, em Matosinhos, estiveram a votação 220 bolos. O Melhor Bolo-Rei foi fabricado em Lisboa na Padaria da Né , na Damaia, mas é de Coimbra o Melhor Bolo-Rainha, apresentado pela Pastelaria Visconde , e a Melhor Inovação é da Pastelaria Moinho Novo , em Tentúgal. Se o leitor preferir o Bolo escangalhado a melhor escolha é a Padaria Fazendense , em Almeirim, enquanto que a melhor Trança de Natal foi preparada em Leiria, na BrisaNorte

O Campeão das Províncias quis tirar a prova dos nove e foi até à Pastelaria Visconde, na Rua Visconde da Luz, em Coimbra, ver como confeccionam o Bolo-Rainha. Conversámos com Idalinda de Oliveira, proprietária da Pastelaria, que revelou ser um orgulho receber este galardão e que é merecido por toda a equipa, pois é um trabalho que vão desenvolvendo ao longo do ano e em que todos participam.

A Inovação significa criar algo novo e mesmo numa época de tradições é muito bem-vinda, por isso não po-

Os adeptos das tranças de Natal vão ter de rumar a Leiria, à Pastelaria BrisaNorte. Abertos desde 1993 são já vários os prémios conquistados, desde o melhor gelado, ao melhor bolo-rainha, em 2018 e, agora, melhor trança de Natal. Asseguram que o mais importante é o respeito pelas receitas tradicionais, os ingredientes frescos e a paixão que a equipa deposita em cada fornada.

Aqui na zona de Coimbra ainda foi arrecadado um terceiro prémio de Melhor Bolo-Rei, pela Pousadinha - Doçaria Conventual, de Tentúgal. O Bolo Rei é um produto de excelência da pastelaria, a receita é a tradicional, mas sempre com matéria prima de qualidade e o saber das pasteleiras.

Hélio Esteves, da Padaria da Né , na Damaia, revelou-se muito feliz com este reconhecimento (Melhor Bolo-Rei), logo na primeira vez que concorreu, e confidenciou-nos que não tem nenhum segredo especial, apenas mantem a tradição nesta empresa familiar que também já foi reconhecida, no ano passado, com o galardão de Melhor Pastel de Nata de Lisboa.

díamos deixar passar a oportunidade de provar aquele que ganhou este prémio – Pastelaria Moinho NovoDoçaria Conventual, Tentúgal. Vencedores, em 2021, do Melhor Bolo-Rei, este ano apostaram na introdução de alguns ingredientes que o torna verdadeiramente especial e capaz de despertar os nossos sentidos. José Carlos garante não ter nenhum segredo a não ser o amor pelo que faz.

Maria do Rosário Maurício, proprietária da Padaria Fazendense, em Almeirim, assumiu-se satisfeita com este prémio (Melhor Bolo-Rei Escangalhado) tendo sido a primeira vez que o estabelecimento concorreu. Assegura que são muitos anos de trabalho e dedicação para chegar ao resultado deste Bolo Escangalhado.

JOANA ALVIM

Pastelaria Visconde recebeu o galardão do melhor Bolo-Rainha

50 MAIORES EMPRESAS DE SOURE

EMPRESAS DE SOURE COM NEGÓCIOS QUE VALEM 116 MILHÕES DE EUROS

As50 maiores empresas do concelho de Soure tiveram um volume de negócios total de 116 milhões de euros, no ano económico de 2021, e empregaram um total de 950 trabalhadores, de acordo com a prestação de contas apresentada no corrente ano e que consta da listagem elaborada pela Informa para o “Campeão” (ver página 17).

Este valor representa uma ligeira baixa de 6 milhões de euros realtivamente ao período anterior (2020), mas demonstra que o tecido empresarial de Soure aguentou os tempos de pandemia, com todas as restrições conhecidas, quer na actividade laboral, quer ao nível dos mercados.

Esta listagem referente ao concelho de Soure confirma, pelo segundo ano, consecutivo o primeiro lugar da empresa Frutorra - Pimenta, Lda, com sede em Degracias, de descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis, que teve um volume

de negócios de 27 milhões de euros, mais 3,5 milhões do que no ano anterior (e que já tinha crescido 4,8 milhões de euros).

Com 85 trabalhadores, esta é a segunda empresa com maior número de empregados do concelho de Soure e os seus produtos fazem a delícia de muitos, com amendoins, caju, amêndoas, pistácios, pinhões, figos, noz e milho frito, entre outros snacks, estando presente como Frutorra, ou nas marcas próprias das maiores cadeias de supermercado.

Para o segundo lugar regista-se a entrada da empresa Vieira Cordeiro, SA, com um volume de negócios de 8,5 milhões de euros, que com 167 trabalhadores é a maior empregadora do concelho de Soure e fabrica máquinas para as indústrias e a construção.

A ascensão ao terceiro lugar acontece com a empresa TMIP - Transportes e Logística, Lda, com um volume de negócios de 6,7 milhões

de euros (mais 1,2 milhão de euros do que no ano anterior), que está estrategicamente colocada na estação ferroviária de Alfarelos/Granja do Ulmeiro e para além desta plataforma utiliza o transporte rodoviário e marítimo.

Nesta listagem está ausente a Omya, SA, de fabricação de produtos minerais não metálicos, que em 2020 tinha um volume de negócios de 21,8 milhões de euros. Esta será a segunda maior empresa do concelho, mas, segundo a Informa à data de referência para a inclusão de dados para o presente ranking, a entidade ainda não disponível as contas de 2002.

O mesmo acontece com a que empresa que estava no ano anterior em terceiro lugar, a Alcino Martins, Unipessoal, Lda, de Vinha da Rainha, de comércio por grosso de animais vivos, que em 2020 tinha facturado 6,8 milhões de euros.

Sendo assim, na listagem

que se publica o quarto lugar é do Supersoure - Supermercados, Lda, uma unidade comercial sob a insígnia do Intermarché, com um volume de negócios de 6,5 milhões de euros e que tem ao seu serviço 33 trabalhadores.

Os cinco primeiros lugares fecham com a empresa Perfume Arte - Comércio de Artigos Cosméticos do Centro, Lda. com vendas de 5,7 milhões de euros (mais 600 mil euros do que no ano anterior) e a terceira maior empregadora com 51 trabalhadores. Com sede em Soure e lojas de Norte a Sul do país é uma das principais redes de perfumaria no mercado, com representação das principais marcas.

Na casa de um volume de negócios no patamar dos três milhões de euros temos duas empresas, a Vasco Figueiredo, Lda, de comércio por grosso de produtos químicos, e a IHT, Lda, de fabricação de chapas, folhas, tubos e perfis

de plástico.

Na faixa dos dois milhões de volume de negócios temos três empresas: um lacticínios, a Queijaria da Licícia, uma Farmácia, da empresa Castro Gonçalves, Unipessoal, e uma de comércio automóvel, a Kikocar.

No patamar de um milhão de euros de facturação estão 23 empresas (mais oito do que no ano anterior), de vários sectores de actividade, desde a indústria passando pela construção, comércio por grosso e a retalho, até à agricultura.

MAIS COMÉRCIO

São 17 as empresas com um volume de negócios abaixo de um milhão de euros, com a listagem a terminar com uma Farmácia, propriedade de MJA, Lda, que factura 577.884 euros.

O maior número de maiores empresas é do sector do comércio (20 de retalho

e quatro grossistas), mas a indústria transformadora marca posição importante com 12 empresas. O sector dos transportes tem cinco empresas, sendo uma importante a nível de logística ferroviária, rodoviária e marítima, merecendo realce, igualmente, três dedicadas à agricultura e uma com espaço de pastelaria e padaria.

Nesta listagem destaca-se a entrada de nove empresas, de vários ramos de actividade, entre as quais um viveirista, de reciclagem e valorização de resíduos, de fabricação de redes, de tratamento e revestimento de metais, fabricação de mobiliário de cozinha e uma empresa de serviços empresariais.

Em relação à listagem anterior verifica que quatro empresas saíram do ranking das 50 maiores do concelho de Soure, dado que o volume de negócios é inferior ao da empresa que ocupa a última posição.

Nosúltimos 10 anos, segundo o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes, o sector empresarial tem mostrado bastante interesse e qualidade, resultando num aumento de 200% no sector das exportações,

o que faz disto, nas suas palavras, um “facto de significativa importância”.

A cumprir o seu último mandato (2021-2025), o edil continua de olhos postos num dos objectivos a que se propôs nas suas campanhas anteriores – a ampliação de áreas de localização empresarial.

De forma a “afirmar

WORKSHOP “REGIÃO DE COIMBRA EMPREENDE+” NO DIA 14

OEdifício

INES, da Associação Empresarial de Soure, vai receber, no dia 14, entre as 14h30 e as 16h00, o Workshop “Região de Coimbra Empreende+”.

Promovido pela CIM Região de Coimbra, em parceria com o Instituto Pedro Nunes, o “Região de Coimbra Empreende” + é um Programa de Estímulo ao Empreendedorismo Qualificado e Criativo de âmbito regional que visa apoiar o desenvolvimento de ideias de negócio, particularmente as que resultem das áreas do conhecimento, da tecnologia e/ou das indústrias criativas.

“A informação é um bem essencial que deve circular e ser acessível a todos e essa é uma das nossas principais preocupações”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Soure.

Mário Jorge Nunes realça que esta é uma formação complementar a muitas outras acções viradas para os empresários que pretende potenciar novos negócios.

“Explicar as ofertas e a forma como se deve construir um modelo de negócio e como se pode procurar financiamento é o objectivo porque é sempre esse o primeiro impacto para quem tem uma ideia de negócio para implementar”, assegurou.

Soure” neste sector, Mário Jorge Nunes tem em vista a aquisição de vários hectares de terreno para o aumento de zonas industriais, sendo este um processo que já resultou na compra de alguns terrenos.

“O Concelho de Soure está a adquirir terrenos para lançarmos, tão breve quanto possível, projectos de novas áreas de localização empresarial, que estão devidamente autorizados pela Assembleia Municipal”, começou por referir. Para o aumento dessas áreas foram, segundo o edil, comprados e pagos seis hectares localizados no eixo Alfarelos-Granja, sendo que estão ainda em negociações por mais 15 hectares. Para a área de localização empresarial do Baixo-Tapeus, junto ao IC2, a autarquia está em acordos com vários proprietários para, no conjunto, atingir os 20 hectares.

Já no que toca à área empresarial de Soure/Sul

foram comprados 20 hectares e estão em vista, até final do ano, adquirirem mais algumas parcelas para ir completando este espaço.

Mário Jorge Nunes acredita que o sector empresarial é fundamental para o progresso do concelho, no entanto, reconhece que a ampliação de espaços é “um processo demorado” a que o município tem dado a máxima atenção e que tem investido centenas de milhares de euros para proporcionar oferta no futuro.

“A aquisição de terrenos é um processo demorado, não se consegue criar infra-estruturas de acolhimento empresarial em condições de se oferecer aos empresários de um dia para o outro. Mas é por aí que dirigimos os nossos esforços, para que em breve haja enquadramento e possibilidade de ter áreas localizadas para que mais empresas se possam instalar”.

Para além destes projectos, a autarquia tem em vistas outras iniciativas em que acredita no seu sucesso. O presidente destaca o sector metalomecânica e metalúrgico que tem sido um dos mais importantes para o concelho. Neste momento aguarda-se a instalação de uma empresa na área da metalomecânica, que poderá decorrer ainda este ano, e que permitirá a criação de algumas dezenas de postos de trabalho. Para além disso o edil afirma que esta nova empresa terá um aumento de volume de negócios para as exportações o que é de extrema importância também para o país.

Também dentro de meses o presidente espera concluir um projecto na área das construções metálicas em inox, muito virada para a indústria farmacêutica e para a indústria alimentar que irá criar mais umas dezenas de postos de trabalho.

SECTORES VOLTAM A TER ESPERANÇA

Todos os sectores foram atingidos com a pandemia covid-19 durante os dois anos de forte impacto. Este ano a situação está mais controlada e os sectores voltaram a ter esperança de recuperar tudo o que perderam durante esse período.

Em Soure, o sector do comércio, principalmente o comércio local, passou por grandes dificuldades. Mário Jorge Nunes mostrou solidariedade ao comércio local e tentou inverter a situação criando mecanismos de apoio, no-

meadamente a isenção de taxas. Para além disso, em articulação com a Associação Empresarial de Soure, a Câmara Municipal apoia na promoção e divulgação das actividades locais e do respectivo comércio.

No sector do turismo, que também foi fortemente atingido no que toca ao alojamento local e restauração, o presidente da CM refere que aos poucos estão a recuperar e deixa uma saudação às empresas que vão sendo reconhecidas através de vários prémios. “É com bastante agrado que vejo empresas de Soure a receberem prémios de PME Líder, PME Excelência, Empresas Gazelas da região Centro e outros prémios à inovação que têm surgido”.

O presidente destaca ainda o sector dos lacticínios e dá realce ao queijo rabaçal, produzido na Serra de Sicó, afirmando que está confiante neste sector e que acredita que dará estabilidade nesta área.

Mário Jorge Nunes declara que após estabilizada a pandemia muitas novas empresas têm procurado Soure para se instalar, no entanto, há ainda algumas condicionantes. “Não podemos dizer que voltamos à normalidade no ponto de vista económico, porque a seguir à pandemia apareceu esta crise grave do ponto de vista financeiro e económico da energia que afecta todas as famílias e por consequentemente as empresas. O problema continua, embora não pela forma da covid-19, mas agora pela crise económica existente na Europa”, sublinha.

CRISTIANA DIAS

AEuropaatravessa

uma grave crise económica, muito à conta do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. A inflação disparou drasticamente e os preços dos combustíveis tornaram-se insuportáveis. Um pouco por todo o mundo, em especial na Europa, os efeitos da guerra começaram a sentir-se e estão a deixar as pessoas bastante preocupadas.

A AESoure – Associação Empresarial de Soure manifestou ao “Campeão”, através do presidente Carlos Cordeiro, o momento pelo qual os seus empresários estão a passar devido a esta situação.

As empresas que saíram da pandemia covid-19 encolheram volumes de trabalho e de facturação, mas tiveram, inicialmente, um crescimento e uma retoma na procura e na sua actividade. Contudo, estão a viver uma nova crise por conta da inflação.

“Os preços dos combustíveis é um dos maiores entraves ao crescimento porque algumas empresas dependem muito de combustíveis para produzir, quer a gás natural, quer a combustível líquido. As empresas estão com algumas dificuldades e vai ser uma incógnita”, começa por dizer Carlos Cordeiro.

O empresário realça que o actual momento é de “muita incerteza para o tecido produtivo” e que o futuro reserva muitas

dúvidas em relação ao negócio.

Com estes entraves a procura no sector empresarial começa a notar-se.

“A diminuição da procura está já aí porque se houve um crescimento no primeiro semestre acentuado derivado à abertura do mercado, agora está a abrandar bruscamente.

A partir de Agosto para cá já diminuiu bastante a procura, ou seja, está a haver um abrandamento no consumo, aliado a isso a inflação a subir, numa subida galopante. Isto está a levar com que as empresas olhem com uma incerteza e uma preocupação muito grande”, ressalta.

Carlos Cordeiro afirma que este “é o maior problema do momento” em que os empresários se sentem indignados com toda esta situação. Contudo, o empresário reconhece que é incapaz de fazer alguma coisa. “Infelizmente não somos nós que regulamos os preços.

A Associação Empresarial de Soure a única coisa que pode fazer nesta situação é dar apoio moral. Infelizmente não temos possibilidade de ajudar economicamente e não temos ferramentas para fazer alguma coisa por eles”.

Consciente de que “não há plano que resista numa empresa a estas oscilações”, o presidente acredita que esta instabilidade e incerteza poderá durar até meados do próximo ano. Caso a inflação não baixe e os preços dos

combustíveis não se estabilizem, Carlos Cordeiro receia que haja novamente uma onda de empresas a encerrar. “Se as coisas não se normalizarem vai haver empresas que não irão resistir a esta crise. As empresas que estão em situação mais frágil ou param ou entram em lay-off ou não é possível continuarem a trabalhar”, sublinha.

EMPRESAS NO IMPASSE

Ao abrigo do projecto SourePark, o concelho prepara-se para receber um grande investimento através da instalação de uma fábrica de vidro. Com terreno identificado e comprado, bem como o projecto e uma candidatura a Fundos Comunitários também aprovados, estavam reunidas as condições para que o negócio avançasse ainda este ano. No entanto, com toda esta situação da crise financeira, a nova empresa está agora num impasse a ver qual o melhor caminho para tomar.

“Os empresários estão a aguardar para ver o que acontece e se realmente vale a pena avançar”, conta Carlos Cordeiro. “Se o gás não baixar e a inflação não estabilizar o investimento vai ficar parado”, receia. O projecto SourePark procura dar apoio às empresas que queiram encontrar no concelho o espaço ideal para investir. Apesar de se encontrar

numa fase mais prudente continua a ser uma forte aposta. “Estamos em contacto com outras empresas para investir no concelho de Soure porque Soure tem a vantagem de estar em baixa densidade, ou seja tem benefícios fiscais que outros concelhos não têm aqui no litoral e por isso tem alguma procura de investidores para se instalarem no concelho”, ressalva.

Enquanto presidente da AESoure, Carlos Cordeiro deixa uma mensa-

gem aos empresários. “As crises sempre vão existir, mas elas não ficam cá para sempre. O que temos de tirar da crise é prepararmo-nos para quando ela passar tirarmos o melhor proveito dela. Então em tempo de abrandamento da economia e da crise vamos planear o pós-crise, vamos trabalhar para que assim que os juros abrandarem ou baixarem, os preços estabilizarem e a economia volte à normalidade cada empresário possa estar preparado, e

bem preparado, para tirar o melhor proveito do momento de crescimento”.

INES CONTINUA A SER UM SUCESSO

A INES - Incubadora de Negócios e Empresas de Soure criada em 2017 por iniciativa da AESoure e da Câmara Municipal de Soure tem ao longo destes anos contribuído para o desenvolvimento de várias empresas.

Com o objectivo de apoiar todas as empresas e empreendedores, com ideias e projectos com potencial económico, interesse para o desenvolvimento e competitividade da região, de carácter inovador e mais-valia regional, bem como a criação líquida de postos de trabalho e fixação de quadros, o espaço tem actualmente 12 empresas instaladas e que dá suporte durante os dois primeiros anos de vida.

Fruto do investimento municipal na requalificação do antigo edifício INTEP, a INES oferece condições que facilitam o acesso ao sistema científico e tecnológico e de um ambiente que proporciona o alargar de conhecimentos em matérias como a qualidade, gestão, marketing e o contacto com mercados nacionais e internacionais.

A Incubadora presta apoio durante a fase nascente de novos projectos empresariais inovadores e/ ou de base tecnológica e de serviços avançados.

CRISTIANA DIAS

Carlos Cordeiro, presidente da AESoure, mostra-se preocupado com futuro dos empresários

ACTIVIDADE EMPRESARIAL PRESENTE EM TODO O MUNICÍPIO

Setedas 50 maiores empresas estão na Zona Industrial de Soure, mas a actividade económica está presente em todos o concelho, como se pode constatar pela localização indicada na listagem publicada nesta página.

A Zona Industrial de Soure está situada junto à sede de concelho e disponibiliza 42 lotes de terreno com áreas entre os 880 e 38.000 metros quadrados.

O concelho de Soure tem outra Zona Industrial, a de Queitide, na freguesia de Vinha da Rainha, com proximidade a um nó de acesso à A17 e que se encontra em fase de expansão.

Há também a destacar, no concelho de Soure, o Terminal Ferroviário

de Alfarelos/Granja do Ulmeiro, localizado na freguesia de Granja do Ulmeiro. É um dos principais terminais ferroviários do país e encontra-se em fase de expansão.

A intermodalidade rodoferroviária assume-se cada vez mais como um factor de competitividade no sector logístico e a Interface de Alfarelos, que funciona como ponto de entroncamento do Ramal de Alfarelos na Linha do Norte, apresenta conectividade viária e ferroviária com os principais eixos de comunicação da região: A1, A14, IP3, IC2 (rodoviária), Linha do Norte e Ramal Ferroviário da Figueira da Foz (ferroviária).

Esta interface apresenta as condições necessárias

para o transporte de passageiros e mercadorias, potenciando o desenvolvimento empresarial do território, sendo suportada por um conjunto alargado de empresas da área da logística e transporte.

Destaca-se a empresa TMIP, com uma oferta de logística integrada, na medida em que utiliza o modo ferroviário (acordos com Renfe e a CPCarga), o modo rodoviário (transportes terrestres na Europa comunitária) e o modo marítimo (estabelecidas parcerias com armadores e operadores portuários).

A sede do concelho continua a ser importante e aí estão oito das maiores empresas, ultrapassando em uma unidade as que estão na Zona Industrital. A terceira localização mais empresarial, no ranking das 50 maiores, é em Granja do Ulmeiro, a que se juntam duas empresas não muito longe, em Alfarelos.

A acessibilidade de Soure é uma vantagem competitiva: tem a pouca distância o Porto da Figueira da Foz, a Linha do Norte, a A1 e a A13

1 1FRUTORRA - PIMENTA, LDA DEGRACIAS Descasque e transformação de frutos de casca rija comestíveis 8527 044 986,49 2-VIEIRA CORDEIRO, S.A.

NOVA DE ANÇOS Fabricação de máquinas para as indústrias extrativas e para a construção1678 574 119,77 35TMIP - TRANSPORTES E LOGÍSTICA, LDA GRANJA DO ULMEIRO Organização do transporte 166 748 868,45 44SUPERSOURE - SUPERMERCADOS, LDA SOURE Comércio a retalho em supermercados e hipermercados 336 530 783,02 56PERFUME-ARTE - COMÉRCIO DE ARTIGOS COSMÉTICOS DO CENTRO, LDA SOURE Comércio a retalho de produtos cosméticos e de higiene, em estabelecimentos especializados515 707 228,96 67VASCO FIGUEIREDO, LDA SOURE Comércio por grosso de produtos químicos 93 365 321,56 79IHT, LDA SOURE Fabricação de outros artigos de plástico, n.e. 283 228 085,04 811QUEIJARIA DA LICÍNIA, LDA POMBALINHO SRE Indústrias do leite e derivados 332 730 239,12 910CASTRO GONÇALVES, UNIPESSOAL, LDA SOURE Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados152 618 996,80 10-KIKOCAR, UNIPESSOAL, LDA

VINHA DA RAINHA Comércio de veículos automóveis ligeiros 22 328 867,23 1113EB, UNIPESSOAL, LDA SOURE Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados91 999 067,14

1214CRUZ & CRUZ, LDA

VINHA DA RAINHA Fabricação de outros produtos metálicos diversos, n.e. 341 995 023,13

1316ARMINDO DE FREITAS CARREGADO, LDA SOURE Fabricação de artigos têxteis confecionados, exceto vestuário 471 927 765,78

1412ANDRÉ PEDRO RODRIGUES DOS SANTOS, UNIPESSOAL, LDA SOURE Comércio de veículos automóveis ligeiros 21 921 254,85

1517GUARDADO & MARTINS, LDA

16-LE MARSOUIN - REDES DE PESCA, LDA

17-DECRIATIVOS, S.A.

1815PSIPNEUS, LDA

VINHA DA RAINHA Reparação e manutenção de máquinas e equipamentos 221 869 781,19

SOURE Fabricação de redes 441 804 618,30

GRANJA DO ULMEIRO Outras atividades de consultoria para os negócios e a gestão 391 762 490,37

TAPÉUS Comércio por grosso de peças e acessórios para veículos automóveis51 643 955,61

VILA NOVA DE ANÇOS Comércio a retalho por outros métodos, não efetuado em estabelecimentos, bancas, feiras ou unidades móveis de venda221 552 527,37 2021P.A.C. VALE MONDEGO - POSTO ABASTECEDOR DE COMBUSTÍVEIS, LDA GRANJA DO ULMEIRO Comércio a retalho de combustível para veículos a motor, em estabelecimentos especializados51 528 165,60 2120GIL DOS LEITÕES, LDA VINHA DA RAINHA Comércio por grosso de carne e produtos à base de carne 51 507 298,88

1919CORDEIROVENDING - SERVIÇOS DE VENDING, LDA

228MÓVEIS TRALHÃO, LDA

SOURE Comércio a retalho de mobiliário e artigos de iluminação, em estabelecimentos especializados221 470 802,72 2324MODERNAÇÃO - GESSO DECORATIVO, LDA SOURE Comércio a retalho de material de bricolage, equ. sanitário, ladrilhos e materiais similares, em estabelecimentos especializados81 418 538,47 2429UNISSIMA HOME COUTURE, LDA SOURE Comércio a retalho de mobiliário e artigos de iluminação, em estabelecimentos especializados121 414 834,96 2518TRANSPORTES DE MERCADORIAS DA SERRA DO SICÓ, LDA SOURE Transportes rodoviários de mercadorias 101 281 327,05 2631PERFILTECTO - FABRICO E COMÉRCIO DE PERFIS DE PLÁSTICO, LDA SOURE 71 236 097,54 2725AGRISOURE - PEÇAS E MÁQUINAS AGRÍCOLAS, LDA PELARIGA Comércio por grosso de máquinas e equipamentos, agrícolas 81 230 755,73 2836RUI MECO, UNIPESSOAL, LDA ATALAIA VNB Cerealicultura (exceto arroz) 11 145 152,62 2932MATIAS & DOMINGUES - CONSTRUÇÕES, LDA POMBALINHO SRE Construção de edifícios (residenciais e não residenciais) 201 055 100,23 3028NUTRISOURE - COMÉRCIO DE ALIMENTOS, LDA SOURE Comércio por grosso de outros produtos alimentares, n.e. 81 054 648,67 3127LUZ DO CAMPO, UNIPESSOAL, LDA ALFARELOS Culturas de produtos hortícolas, raízes e tubérculos 211 049 018,37 32-ALPHA COATING, LDA SOURE Tratamento e revestimento de metais 41 026 595,27 3335AZULEJIBÉRICA - COMÉRCIO DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LDA SOURE Comércio a retalho de material de bricolage, equip. sanitário, ladrilhos e materiais similares, em estabelecimentos especializados31 004 632,80 3433JETROMER - TRANSPORTES

017,40 3734MATERFREITAS - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, LDA

ALFARELOS Comércio a retalho de material de bricolage, equ. sanitário, ladrilhos e materiais similares, em estabelecimentos especializados6936 988,29 3830SUPER TALHO MARTINS, LDA

FIGUEIRÓ DO CAMPO Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados5866 949,85

VINHA DA RAINHA Comércio a retalho de carne e produtos à base de carne, em estabelecimentos especializados7930 333,75 39-HELENA PIMENTEL, LDA

4037CARPISOURE - CARPINTARIA E ALUMINIOS, LDA

SOURE Instalação de climatização 9802 244,04

VINHA DA RAINHA Fabricação de outras obras de carpintaria para a construção 11864 133,17 41262CLIMAS, LDA

4240VERDALGORITMO, UNIPESSOAL, LDA

VINHA DA RAINHA Instalação de climatização 10783 153,81 4338LAPO & TEMIDO, LDA

SOURE Comércio a retalho não especializado, sem predominância de prod. alimentares, bebidas ou tabaco, em grandes arm. e similares10 719 746,91 44-MÓVEIS PIQUETE, LDA

4539TRANSPORTES CANELAS & PINA, LDA

4647TRANSLAPO - TRANSPORTES, LDA

GESTEIRA Fabricação de mobiliário de cozinha 11683 490,77

SOURE Transportes rodoviários de mercadorias 12678 630,55

FIGUEIRÓ DO CAMPO Transportes rodoviários de mercadorias 7675 326,90

SOURE Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados3628 611,90 4848NUNES E SILVA - PASTELARIAS E PANIFICAÇÃO, LDA

4741FARMÁCIA JACOB, UNIPESSOAL, LDA

SOURE Pastelarias e casas de chá 26597 490,53 4942PEREIRA COELHO, LDA

GRANJA DO ULMEIRO Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados6597 166,56 5045MJA, LDA VILA NOVA DE ANÇOS Comércio a retalho de produtos farmacêuticos, em estabelecimentos especializados3577 842,72

Tel.: 213

Esta listagem foi elaborada pela empresa , sediada em Lisboa (Edifício Atrium

www.informadb.pt, E-mail: vipclientes@informadb.pt), com quem trabalhamos há vários anos. Os dados respeitam ao ano económico de 2021. Eventuais imprecisões, de que nos penitenciamos desde já, não são, pois, da nossa responsabilidade directa.

TRABALHADORES VOLUME NEGÓCIOS

sediada em Soure, actua no mercado há 34 anos e é, neste momento, a empresa que lidera, pelo segundo ano consecutivo, o volume de negócios do sector empresarial de Soure.

Desde a sua fundação, o posicionamento da marca centrou-se na qualidade e processo de transformação dos seus produtos, permitindo, nos dias de hoje, ser uma das marcas mais prestigiados no mercado.

Com uma estrutura de cerca de 88 trabalhadores, a empresa produz anualmente 5.500 toneladas de frutos secos e sementes, aproximadamente. Com frota própria e mão de obra qualificada, a empresa sublinha que conseguiu fazer face às necessidades dos grandes grossistas e retalhistas, permitindo

construir uma relação de confiança.

AFrutorra,Líder entre as 50 maiores empresas de Soure, a Frutorra distribui por todo o país a sua marca e tem apenas o mercado nacional como foco principal. “Fizemos um ”rebranding” à marca em 2020, essa mudança ajudou-nos a posicionarmo-nos no mercado de uma forma mais distintiva, com uma presença mais activa e uma comunicação diferenciadora que realça a portugalidade da marca. Para além disso e, apesar da crise pandémica, conseguimos a confiança dos nossos clientes, através da qualidade dos nossos produtos e inovação de novos produtos”, sublinha Andreia Agostinho, da Direcção Comercial e Marketing da Frutorra, para justificar a sua liderança.

Durante os dois anos

de pandemia a empresa orgulha-se do trabalho realizado numa altura de maior adversidade, tendo conseguido crescer tanto em vendas como em volume, concluindo como um “balanço bastante positivo”.

“Este ano 2022 recebemos o prémio “Marca Escolha do Consumidor” na Categoria de Frutos Secos que reforça a confiança dos portugueses na nossa marca. Estamos orgulhosos do trabalho que temos vindo a desenvolver todos estes anos e esperamos continuar com o mesmo ritmo”, reforça.

Entre uma vasta selecção de produtos secos disponíveis diariamente, a Frutorra lançou este ano a gama de Mixes Especial para Saladas, com três misturas de frutos secos, com distintos perfis de sabores, que complementam facilmente qualquer salada. Segundo

Andreia Agostinho, estas novas misturas “procuram dar resposta às necessidades nutricionais diárias de alimentação, sendo fonte de ferro, zinco, fósforo, vitamina E, proteína, fibra e tendo alto teor em magnésio”.

Para a Frutorra a qualidade das matérias-primas é a grande diferenciadora que marca a alta posição no mercado. “Uma vez que trabalhamos com produtores certificados, garantindo as melhores condições de fornecimento em toda a cadeia de valor”, aponta. Para além disso, a marca trabalha com “um portfólio bastante alargado de produtos, e procura inovar através do desenvolvimento de novos produtos, alinhados com as tendências de mercado, potenciando os diversos momentos de consumo, numa categoria que continua a apresentar um crescimento dinâmico”.

ESTRUTURA VAI NECESSITAR DE OBRAS FECHO DE PONTE EM ALFARELOS ADIADA PELOS MUNICÍPIOS

APiscina

Municipal Coberta de Vila

Nova de Anços, localizada no concelho de Soure, reabriu ao público, no passado dia 2, depois de ter estado encerrada durante quase quatro anos.

Com problemas já existentes nas suas condições de funcionamento e depois de ter passado o Furacão Leslie em 2018, onde agravou significativamente a estrutura, o espaço sofreu obras de conservação e reabilitação para repor e modernizar toda a infra-estrutura, permitindo agora abrir portas ao público.

Com um investimento de 1,1 milhão de euros, que contou com o apoio

do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional), através do Centro 2020, e do município de Soure, o espaço contou com a remodelação do sistema energético, desde o aquecimento, iluminação, cobertura, instalação de fontes de energia renovável - como painéis fotovoltaicos e painéis de aquecimento solar -, bom-

bas de calor, entre outras ferramentas.

“Tivemos de reformular todo o projecto para que hoje possamos dizer que abrimos umas piscinas novas”, realçou o presidente da Câmara Municipal de Soure, Mário Jorge Nunes.

Até ao próximo dia 19 de Novembro, a utilização da piscina será efectuada exclusivamente em

regime livre, sempre sob a vigilância de um nadador-salvador, creditado para o efeito, e que estará em permanência.

A Piscina de Vila Nova de Anços está agora em funcionamento de segunda-feira a sábado, entre as 10h00 e as 21h00, excepto feriados e outros dias previamente identificados.

A frequência do espaço está sujeita a inscrição, realizada através do preenchimento de um formulário disponível nas respectivas instalações e no site do Município. Após a respectiva inscrição, será atribuído um Cartão de Utente, que permite o acesso e utilização.

Situada na estrada nacional 347 (EN 347), a ponte de Alfarelos sobre o rio Mondego, que liga os municípios de Soure e Montemor-o-Velho, deveria ter sido cortada ao trânsito, na segunda-feira (7), para obras de requalificação.

A Infraestruturas de Portugal (IP) já tinha informado que para a execução dos trabalhos havia a “necessidade de se proceder à interdição de tráfego, com corte integral”, que se prolongará por 12 meses. O corte estava agendado para segunda-feira (7), mas foi adiado devido às exigências dos municípios de Soure e Montemor-o-Velho, apoiadas pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), que pedem à IP que encontrem “alternativas credíveis” que beneficiem tanta a população como as empresas do território.

Com um investimento associado de cerca de 2,4 milhões de euros e um prazo de execução de aproximadamente um ano, esta intervenção, que é considerada “imperiosa”, tem como objectivo a “reabilitação e o reforço da ponte, de forma a aumentar a sua durabilidade estrutural, prolongando a sua vida útil”, informou o organismo público.

A IP referiu ainda que serão realizados “trabalhos de reforço das fundações dos pilares, prolongamento dos maciços de encabeçamento e construção de uma estrutura de suporte para as cargas verticais e transversais transmitidas pelo tabuleiro”.

A empreitada inclui também a limpeza geral das superfícies do tabuleiro e dos pilares, reparação e pintura de guarda-corpos metálicos, substituição das juntas de dilatação e dos aparelhos de apoio, incluindo abertura de troços na laje do tabuleiro e nos encontros, bem como a reabilitação e revestimento dos passeios.

Américo Nogueira, vice-presidente da Câmara Municipal de Soure, garantiu que o encerramento da ponte, conforme estava planeada, iria “prejudicar milhares de pessoas” e que embora a autarquia concordasse com o encerramento da mesma por necessitar de obras, era necessário encontrar alternativas e realçou que a IP tem rejeitado as várias opções apresentadas. Uma das alternativas viáveis seria a utilização da estrada da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) onde muitos automobilistas a utilizam para se deslocarem de Coimbra para a Figueira da Foz ou vice-versa.

A Infraestruturas de Portugal referiu que o constrangimento do trânsito no local “é indispensável para garantir a segurança dos trabalhadores e utilizadores da EN 347”. No entanto, também Emílio Torrão, presidente da CIM-RC e de Montemor-o-Velho, garante que o município está disposto a “fazer parte da solução”, designadamente assumindo a requalificação e manutenção da Estrada do Campo, que servirá de trajecto alternativo, desde que as contrapartidas financeiras sejam suportadas.

CRISTIANA DIAS

OBJECTIVO É DINAMIZAR O ECOSSISTEMA NACIONAL DO SECTOR

COIMBRA RECEBE FILIAL DE REDE EUROPEIA DE INOVAÇÃO EM SAÚDE

ACTUALIDADE

s a ú d e

RASTREIOS ONCOLÓGICOS SÃO MENOS PROCURADOS POR MULHERES COM BAIXO RENDIMENTO

Coimbra

recebeu, na segunda-feira (7), uma filial da rede europeia EIT Health InnoStars com o objectivo de dinamizar o ecossistema nacional do sector e projectar Portugal no mercado europeu.

“A rede pretende juntar parceiros em grandes projectos de inovação, capacitação e formação para os profissionais de saúde, estudantes e pessoas líderes na área da saúde, para tornar a Europa mais competitiva, preparando-os para a transição digital e para novos desafios dos sistemas de saúde”, referiu a directora da EIT Health InnoStars Portugal.

Com cerca de 150 parceiros da área da saúde e apesar da já estar presente em Portugal, com vários projectos, a presença física da rede em território na-

cional, com a inauguração de uma filial no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, dá “um passo decisivo para desenvolver ainda mais e impulsionar o ecossistema de inovação do país”, frisou Marta Passadouro.

“O objectivo da rede é fazer com que os nossos parceiros entrem em grandes consórcios internacionais que são competitivos para levar produtos ao serviço que já estão muito próximos do mercado e dar-lhes o impulso final para chegarem mais rapidamente ao mercado e com uma taxa de mercado maior”.

“Estar em Portugal com gabinete físico chama mais a atenção para o EIT Health e conseguimos atrair mais pessoas a trabalhar connosco, além de estarmos entre Lisboa e Porto, no centro do país, e podermos fazer uma

ponte muito rápida entre os parceiros”, disse.

Para além desta visão, o criação da filial passa também por“dar voz aos parceiros no ecossistema nacional de saúde e projectar os parceiros da rede”.

Segundo a directora da EIT Health InnoStars Portugal, a rede portuguesa passa agora a estar preparada para estabelecer novas parcerias com os intervenientes e decisores nacionais, contribuindo para a evolução do sistema de saúde.

Marta Passadouro sublinhou ainda o facto de a região Centro ser uma referência para o envelhecimento saudável “e o foco da rede ser também promover vidas mais longas e mais saudáveis e um envelhecimento mais activo”.

Em Portugal, o EIT Health já se encontra a desen-

volver quatro projectos, tendo como parceiros de maior dimensão da zona centro a Universidade de Coimbra, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, e o Instituto Pedro Nunes.

A rede, de acordo com Marta Passadouro, “trabalha também muito na vertente de aceleração de negócio, completando o triângulo da inovação, da formação e aceleração de criação de negócio”.

“Estamos a planear acompanhar os parceiros do InnoStars a estarem cada vez mais em consórcios mais competitivos, ajudá-los a preparar propostas mais competitivas e integrar outros parceiros, até fora da rede, que tornem estas propostas mais competitivas para poderem ir buscar financiamento externo”, salientou.

OURIVESARIA COSTA EM COIMBRA ASSINALA 86 ANOS

AOurivesaria

Cos-

ta, situada na porta 153 da Rua Ferreira Borges, na Baixa de Coimbra, comemora, amanhã (11), 86 anos e é com orgulho que continua a servir várias gerações e a tornar cada momento ainda mais especial na vida das pessoas.

O dia é de festa para este espaço emblemático da cidade que devido à sua formosa idade lhe atribui o estatuto de ourivesaria mais antiga de Coimbra. No entanto, para o proprietário, José da Costa, não há festejo nenhum melhor do que “dizer que estamos cá”. É desta forma que o empresário, de 91 anos, quer assinalar mais um ano de vida da sua loja.

Com enorme prestígio, a Ourivesaria Costa foi, recentemente, considerada como uma loja com história, estatuto atribuído por unanimidade pelo executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). “É muito bom receber este reconhecimento e é sobretudo um

orgulho. Comecei aqui em miúdo, é evidente que fico contente que a Ourivesaria Costa seja considerada com história”, frisou o proprietário do estabelecimento que assume este cargo há 79 anos.

Fundada em 1936, a Ourivesaria encontra-se em actividade, ininterrupta, e tem como objectivo o comércio de ouro, prata e relógio. Reconhecida pelos seus anéis de curso, a Ourivesaria Costa forneceu gerações de pessoas licenciadas e doutoradas com anéis e pastas de luxo.

O estabelecimento tem uma matriz muito própria na cidade dos estudantes. José da Costa afirma que sempre manteve uma liga-

ção muito forte à Universidade de Coimbra (UC), tendo por isso como logotipo a Torre da UC, que torna uma marca identitária facilmente reconhecida.

José da Costa lamenta os impactos negativos que a pandemia da Covid-19 deixou e assume que os tempos não são fáceis. “A partir da pandemia, com a falta de turismo e falta de poder de compra das pessoas, atravessamos uma fase difícil que ainda está longe de ser recuperada. Estamos longe de atingir a média que tínhamos antes da pandemia”, sublinha.

Contudo, apaixonado pela sua cidade, o empresário reconhece que “há momentos altos e baixos”

e que há que continuar a lutar. “Somos pessoas de Coimbra, gostamos da nossa cidade, gostamos que ela seja prestigiada”.

José da Costa afirma que é “um gosto” trabalhar naquilo que sempre gostou e alude que pretende continuar à frente do negócio e que se sente bem a ir todos os dias para a loja. Garante que um dos grandes sucessos da casa é o atendimento que tem para com os seus clientes, reconhecendo que tem muitas pessoas estrangeiras que o visitam devido à sua simpatia e do seu funcionário, Adérito Cioga, que também trabalha no estabelecimento há mais de 30 anos. “Não fazemos mais do que a nossa obrigação. Temos de ficar gratos aos nossos clientes e aos nossos amigos por nos dar oportunidade de continuarmos aqui. É a eles que agradecemos a nossa existência”, realça, declarando ainda que os 86 anos de existência da Ourivesaria Costa são fruto da “dedicação, trabalho e competência” de quem trabalhou e trabalha no estabelecimento.

Um estudo da Universidade de Coimbra (UC) revelou que as mulheres europeias com menor rendimento continuam a participar menos em rastreios oncológicos do cancro da mama e do cancro do colo do útero. O estudo analisou a participação de mulheres de 30 países europeus em rastreios oncológicos do cancro da mama (com realização de mamografia) e do cancro do colo do útero (através de citologia), tendo as investigadoras Carlota Quintal e Micaela Antunes concluído que continua a haver “grande desigualdade na realização destes rastreios entre mulheres com maior e menor rendimento”. A investigação revela também “situações de sobreutilização (realização excessiva de exames) e de subutilização extrema (ausência de qualquer exame), em mulheres que integram os grupos-alvo que devem ser sujeitos a rastreamento com regularidade”.

UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA DO CHUC RECEBERAM 155 DOENTES

A Unidade de Hospitalização Domiciliária do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) atendeu 155 pessoas no seu primeiro ano de actividade, mas o objectivo da administração é aumentar o número nos próximos anos. O presidente do conselho de administração, Carlos Santos, salientou que esta linha de serviço “vem ao encontro [da vontade] dos doentes”, retirando-os do hospital e tratando-os em casa, com maior conforto e com menor risco de infecções. O administrador salientou que “existem enormes ganhos qualitativos”, desde logo a redução de risco de infecção associado aos cuidados hospitalares, a satisfação do doente e a libertação de camas para os doentes que não têm condições para serem atendidos em casa. Segundo Carlos Santos, o objectivo dos CHUC é aumentar, “em pelo menos 50%, o número de doentes e ir consolidando, de forma consistente”.

ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE FERTILIDADE LANÇA CAMPANHA NACIONAL

A Associação Portuguesa de Fertilidade lançou, recentemente, uma campanha intitulada “Preservação da Fertilidade em Doença Oncológica” que decorre a nível nacional e surge no âmbito da Semana Europeia da Fertilidade que iniciou-se no dia 7 e vai até dia 13 de Novembro. O objectivo desta iniciativa passa por sensibilizar e informar a população e profissionais de saúde de que os tratamentos contra doenças oncológicas podem não impedir a concretização de um projecto de parentalidade. Entre os esclarecimentos a prestar estão os efeitos que um tratamento por radioterapia ou quimioterapia podem ter de imediato e de futuro. Um dos riscos possíveis é o impacto possível na fertilidade. É neste ponto que se foca a campanha “Preservação da Fertilidade em Doença Oncológica”.

IPO DE COIMBRA PREVINE INCÊNDIOS

O IPO de Coimbra efectuou o seu 17.º exercício no âmbito da prevenção de incêndios. O “fogo” deflagrou no Serviço de Especialidades Cirúrgicas 2, situado no Piso 2 do Edifício de Radioterapia, tendo-se testado a eficácia das Medidas de Auto-protecção - Plano de Emergência e a articulação entre as entidades internas e externas. O simulacro consistiu no combate ao incêndio que deflagrou no Secretariado Clínico do Serviço, obrigando à evacuação de um ferido inanimado e quatro doentes acamados. Neste exercício de simulação de incêndio, para além das equipas internas, estiverem presentes as seguintes entidades: Bombeiros Sapadores de Coimbra, Bombeiros Voluntários de Coimbra, Bombeiros Voluntários de Brasfemes, Polícia de Segurança Pública e INEM. O exercício contou, ainda, no papel de observadores, com o Serviço Municipal de Protecção Civil de Coimbra e a Administração Regional de Saúde do Centro. O IPO de Coimbra reconhece “a mais-valia destes exercícios de simulacro na formação e treino dos profissionais da instituição, bem como na articulação entre as equipas internas e as entidades externas”.

CRISTIANA DIAS

José da Costa é proprietário da Ourivesaria há 79 anos

COMBATE À ESCASSEZ DE ÁGUA EM DEBATE - O ISEC organiza, esta quinta-feira (10), o congresso Urban Water Summit que promete mostrar como a engenharia está a combater a escassez de recursos hídricos em Portugal. Ao longo do dia vai reunir

QUINTA-FEIRA, 10 DE NOVEMBRO 2022

10 DE NOVEMBRO DE 2022

DECORRERÁ DE 18 A 20 DE NOVEMBRO

FEIRA DO MEL E DA CASTANHA ESTÁ DE VOLTA À LOUSÃ

A “melhor Feira do Mel e da Castanha do país”, assim a caracteriza o presidente da Câmara Municipal Luís Antunes, está de regresso ao con-

celho da Lousã com a sua 31.ª edição, de 18 a 20 de Novembro, no Parque Municipal de Exposições.

Tasquinhas, produtos regionais, com especial destaque para o Mel da Serra da Lousã e para a

castanha, e animação vão marcar o certame que “se destaca pela qualidade dos produtos” e que regressa agora ao modelo tradicional, após um interregno de dois anos devido à pandemia da covid-19.

“É um evento que vai ao encontro da nossa identidade concelhia”, reforçou o autarca durante a conferência de imprensa que teve lugar na terça-feira, na Casa das Condessinhas, onde marcaram também presença Fernando Martins, da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, e a directora executiva da Cooperativa Lousãmel, Ana Paula Sançana.

Este ano, a Feira do Mel e da Castanha, “uma iniciativa de grande relevância para toda a região”, vai reunir 20 produtores de mel, 19 de castanha e dezenas de comerciantes de outros produtos endógenos, totalizando cerca de 60 participantes.

Além do mel e da castanha, os visitantes têm também oportunidade de apreciar outros produtos com representatividade nacional, como cerveja artesanal, queijos e enchidos de diversas regiões. Quem quiser pode ainda desfrutar de uma refeição completa numa das cinco tasquinhas disponíveis, onde não faltará a gastronomia típica da região, como o “Menu de Chanfana”, que terá um custo fixo de 12 euros. Pode ainda completar esta experiência gastronómica com um café na barraca da Delta e/ou brindar com o Licor Beirão, que também marca presença com um stand.

Durante três dias de festa vai também haver espaço para um programa de animação, “de qualidade e diversificado”, para toda a família. “Vamos contar com a participação da comunidade educativa, em articulação com o Agrupamento de Escolas da Lousã, que marca presença com 14 grupos que vão trazer alegria ao

evento”, adiantou Luís Antunes.

Na sexta-feira (18), pelas 18h00, será a inauguração oficial do certame, seguindo-se a actuação de Street Jazz Band (18h30), a performance

Teatral “Manel e Maria” (19h30) e a animação pela companhia Encerrado para Obras - Homem Orquestra (21h00). A noite termina com um DJ, após o conhecido artista Rouxinol Faduncho animar o recinto.

No sábado (19), a manhã é marcada pela animação, às 10h00, do Grupo de Concertinistas da Lousã, no Mercado Municipal e, pelas 11h30, na Feira Semanal, com passagem pela Feira do Mel. O Parque Municipal de Exposições vai ainda ser palco do programa “Aqui Portugal” da RTP1, a partir das 14h00. Ainda nesse dia haverá, pelas 16h00, um “showcooking” com o chefe Flávio Silva (“Rota dos Mercados”) e as actuações de CoimBrass Band (21h00), do Doutor e os Aflitos (21h30) e do artista Fernando Alvim (23h30).

No último dia (20) a animação está a cargo da Escola de Concertinistas da Lousã (11h00), da performance teatral “Manel e Maria” (15h00) e outro “showcooking” com Flávio Silva (16h00). Às 17h00 vai ter lugar a actuação de Encerrado para Obras - Chiclateira e da Orquestra Ligeira das Gândaras. O destaque para domingo vai para o tradicional magusto.

A Feira do Mel e da Castanha vai também apostar na sustentabilidade com a introdução do copo reutilizável que terá um custo de 50 cêntimos.

“Estamos a trabalhar para que esta edição seja um sucesso e uma verdadeira festa do território. Queremos que seja um momento de afirmação e de satisfação de todos os visitantes que desejamos captar”, salientou o presidente da Câmara da Lousã.

CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt

BIANCA DE MATOS

Fernando Martins, Luís Antunes e Ana Paula Sançana

Prémio de Inovação J. Norberto Pires distingue tubo-guia biodegradável para regeneração de nervo

Aprimeira edição do Prémio Inovação Joaquim Norberto Pires, criado pela Universidade de Coimbra (UC), distinguiu um projecto de tubo-guia biodegradável para regeneração de nervo periférico. O projecto denominado “NerveGen”, de produção de dispositivos médicos biodegradáveis para regeneração nervosa periférica, é o vencedor da primeira edição do prémio.

O galardão foi entregue a Jorge Coelho, responsável pelo projecto, docente e investigador do Departamento de Engenharia Química da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, durante o evento Inovação@UC, realizado no Convento São Francisco, em Coimbra.

Este projecto “procura dar resposta ao problema da perda de funções sensoriais e motoras de pessoas que sofreram lesões dos nervos periféricos devido, por exemplo, a acidentes rodoviários ou laborais, tumores ou infecções virais”, referiu a UC.

A equipa, liderada por Jorge Coelho, desenvolveu uma formulação revolucionária, entretanto patenteada, para a produção, por impressão 3D (três dimensões), de pequenos tubos-guia, de dimensão adaptável, que “fazem a ligação e permitem a reconexão das duas extremidades de um nervo lesionado [cortado]”.

Esta ideia de tubo-guia, já testada em animais, apresenta vantagens face às soluções existentes para dar resposta a lesões nervosas do género, já que “possui resistência estrutural à sutura, não produz subprodutos tóxicos, é flexível e tem excelente integridade estrutural, transparência, permeabilidade, facilidade de armazenamento à temperatura ambiente, e poderá ser produzida de acordo com as necessidades especificas de cada paciente”, explicou.

O “NerveGen” é um “exemplo claro do que deve ser a produção científica da Universidade de Coimbra: inovadora, distintiva e orientada para o bem comum”, disse, citado no comunicado, o reitor da UC, Amílcar Falcão, que presidiu ao júri. O prémio foi criado pela UC em homenagem a Joaquim Norberto Pires, professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia.

“É um enorme orgulho para o grupo de investigação receber este reconhecimento da Universidade de Coimbra, que reflecte o trabalho de um conjunto de investigadores durante vários anos. O desenvolvimento de projectos inovadores com impacto social é um pilar decisivo para a afirmação da Universidade”, frisou, Jorge Coelho.

O Prémio Inovação Joaquim Norberto Pires visa ainda “estimular e reconhecer iniciativas inovadoras concebidas e desenvolvidas por alunos, funcionários, docentes ou investigadores da Universidade de Coimbra (ou que apresentem qualquer tipo de vínculo académico ou funcional a esta instituição)”.

O galardão é entregue anualmente e contempla a atribuição de um diploma e uma recompensa no valor de seis mil euros.

Encontro de Investigação Clínica do Hospital Distrital da Figueira da Foz comemorou primeiro aniversário

Realizou-se, na quarta-feira (9), no Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE, o I Encontro de Investigação Clínica do HDFF, uma iniciativa do Centro de Investigação Clínica deste hospital que comemorou o seu primeiro aniversário. A primeira edição do evento, que reuniu especialistas com um extenso e nobre curriculum na área da investigação e da comunidade académica, contou com a presença de 70 participantes, profissionais de saúde, comunidade científica e profissionais da área da Investigação & Inovação.

Durante o período da manhã foram partilhadas experiências sobre a investigação e a inovação em hospitais, o papel da academia na investiga-

ção e a proximidade com a comunidade. Houve ainda lugar a uma reflexão sobre a importância da investigação.

Da parte da tarde, foi entregue o prémio “Professor Manuel Veríssimo”, prémio que foi lançado para estimular e reconhecer iniciativas de investigação concebidas por colaboradores da instituição, no contexto da sua actividade e que tem o nome do anterior Presidente do CA do HDFF, um dos impulsionadores na criação do Centro de Investigação desta Unidade Hospitalar.

O prémio foi atribuído ao Interno de Formação Especialidade de Ortopedia Alexei Buruian, pelo artigo científico com o título “Distal interlocking for short trochanteric nails: static, dynamic or nolocking? Review of the literature and decision algorithm”. Este encontro, que se pretende realizar anualmente, tem como objectivo o debate de algumas das questões e desafios mais prementes da investigação clínica nos hospitais e estimular a participação dos seus profissionais, pretendeu também abrir as portas do hospital aos parceiros para a aérea da inovação e investigação, a publicação de artigos científicos e incentivar a cooperação científica interinstitucional.

Município da Lousã reconhece resultados positivos

Cátia Barbosa (Porto)

O Município da Lousã reconhece resultados positivos. O Executivo Municipal “aprovou votos de reconhecimento aos atletas Diogo Cancela, Camila Rebelo, Gabriel Lopes, Inês Henriques e Afonso Costa que, no Torneio de Abertura organizado pela Associação de Natação de Coimbra, a 22 e 23 de

Outubro, obtiveram resultados desportivos relevantes”, adianta a autarquia.

De recordar que Diogo Cancela bateu o Record Nacional 400 metros Estilos, Camila Rebelo bateu o Record Regional dos 100 metros Estilos (Sénior e Absoluto), bem como dos 400 metros Livres (Sénior). Já Gabriel Lopes, Camila Rebelo, Inês Henriques e Afonso Costa

bateram os Records Regionais dos 4x100 metros Estilos Misto (Sénior e Absoluto) e 4x100 metros Livres Misto (Sénior e Absoluto).

A autarquia felicita ainda a Associação Louzan Natação/ Efapel, bem como os dirigentes e treinadores e “todos que, directa ou indirectamente, contribuíram para os excelentes resultados alcançados”.

Mealhada: Investimento na educação do concelho ronda 1,3 milhões de euros no corrente ano lectivo

ACâmara da Mealhada aprovou, em reunião de Executivo Municipal, um subsídio de 10.082 euros ao Agrupamento de Escolas da Mealhada para o 1.º Ciclo do Ensino Básico (CEB) e para os jardins-de-infância. Com este apoio, o investimento global no sector da educação ronda 1,3 milhão de euros no ano lectivo de 2022/2023. O investimento previsto para o sector da educação no concelho da Mealhada, no corrente ano lectivo, estima-se em 1.297.467,11 euros.

A maior fatia, que totaliza 605.154,95 euros, é relativa às refeições escolares, do pré-escolar ao 12.º ano, com 1741 alunos inscritos. Segue-se o investimento nos transportes escolares, que ascende a 302.500,00 euros, abrangendo 589 alunos.

A componente de Actividades de Animação e Apoio à Família, com 218 crianças inscritas, ascende a 260.369,13 euros, enquanto o custo com as Actividades de Enriquecimento Curricular, que são extensivas aos jardins-de-infância, está estimado em 82.001,63 euros. A este valor soma-se ainda o investimento em leite escolar, de 23.979,55 euros, e em fruta escolar, de 13.379,85 euros.

O apoio agora aprovado pelo Executivo Municipal, de 10.082 euros, destina-se à aquisição de material escolar e de apoio à actividade pedagógica no 1.º CEB, bem como à promoção e apoio ao desenvolvimento

de actividades lúdicas e pedagógicas nos jardins-de-infância. O valor foi alcançado a partir de uma fórmula que atribui 82,5 euros por turma, acrescidos de nove euros por aluno, no 1.º CEB, e atribui 55 euros por turma, acrescidos de seis euros por aluno nos jardins-de-infância.

“Com estes apoios e investimentos, a autarquia continua a sua acção numa das áreas mais importantes da actividade política, que aqui se traduz na valorização da escola e das aprendizagens. Esta é, sem dúvida, uma das mais importantes ferramentas para o desenvolvimento da nossa comunidade e, por inerência, do nosso país”, sublinha Gil Ferreira, vereador da Educação da Câmara Municipal da Mealhada.

Feira “Sabores da Terra” decorre de sexta a domingo em Penacova

AFeira “Sabores da Terra” vai abrir portas, amanhã (11), às 19h00, em Penacova. Durante três dias, o melhor da gastronomia regional vai estar disponível em mais de duas dezenas de expositores a comercializar produtos agrícolas. Vai haver também música popular a animar os dias e, no último, o certame vai disponibilizar também um showcooking e uma transmissão do programa “Aqui Portugal”, em directo na RTP1 e na RTP Internacional, a mostrar o património histórico e paisagístico e alguns dos artistas do concelho.

O cartaz de animação da Feira, que vai decorrer no Pavilhão Aniceto Simões, junto ao Agrupamento de Escolas de Penacova, começa às 22h00 com um espectáculo musical com o grupo FBI, que deve terminar por volta das 2h00 da madrugada. No sábado (12), o certame funcionará entre as 12h00 e as 2h00, contando, às 17h00, com o espectáculo do Rancho Folclórico, Cultural e Etnográfico de São Pedro de Alva. Às 22h00, subirá ao palco o artista Tiago Silva, o mais carismático finalista do programa “The Voice Portugal” da RTP. No domingo (13), o evento funcionará entre as 12h00 e as 19h00. Às 14h00, no interior do Pavilhão, haverá um showcooking com o chef Nuno Cordeiro, denominado “Do mercado ao prato”. É um programa de dinamização de 19 mercados e feiras promovido pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC) em parceria com a Câmara de Penacova e financiado pelo CENTRO 2020. Posteriormente, às 16h00, haverá um espectáculo com o Rancho Típico de Miro “Os Barqueiros do Mondego”. Às 20h00, subirá ao palco, numa aparição especial e muito aguardada, o “Saturno”, grupo musical da década de 70 e que promete encerrar a Feira.

Espectáculos, gastronomia e produtos da terra

Durante os três dias de certame serão dezenas os pequenos produtores locais que vão estar presentes para vender, em bancas tradicionais, as suas castanhas, mel, batatas, legumes, fruta, pão, broa, queijos, enchidos, tremoços, bolos caseiros, entre muitos outros.

O evento “Sabores da Terra” não se vai circunscrever apenas à Feira que irá decorrer no Pavilhão Aniceto Simões. Há um conjunto de restaurantes do concelho que, integrados num festival gastronómico com o mesmo nome, vão servir, até final de Dezembro, nos seus estabelecimentos de restauração, alguns dos pratos mais tradicionais desta época

do ano: arroz de míscaros, serrabulho, cabrito e chanfana.

“São quatro pratos da nossa cozinha tradicional que nos aquecem a alma. São receitas que passaram de geração em geração, que encaixam bem nesta época do ano em que as baixas temperaturas convidam a refeições mais quentes e prolongadas”, sublinha o presidente da Câmara Municipal, Álvaro Coimbra.

Para além dos espectáculos, da gastronomia e da exposição de produtos da terra, o programa da Feira integra também um trail (17,5 quilómetros) e uma caminhada (nove quilómetros), denominados “Sunset trail”. As inscrições podem ser feitas nas Piscinas Municipais de Penacova. Todas as entradas no certame são gratuitas.

Universidade de Coimbra lança programa para facilitar integração profissional

AUniversidade de Coimbra (UC) anunciou, esta quinta-feira (10), o lançamento de um programa para facilitar a integração dos estudantes finalistas de licenciaturas e mestrados de engenharias no mercado de trabalho, através de parcerias com empresas do sector.

Trata-se do UC Factory Academy, que visa, essencialmente, “contribuir para a crescente adequação entre as competências adquiridas em contexto académico e o que é exigido pelo mercado de trabalho, assim como assegurar transição e integração no contexto laboral dos melhores candidatos, em contextos empresariais de grande qualidade e em áreas tecnológicas distintas”, referiu a UC.

O programa envolve uma primeira fase (de descoberta e exploração), ainda em contexto académico, em que os estudantes das áreas de engenharia trabalham propostas de resolução de desafios reais da empresa parceira, enquanto recebem formações adicionais em “soft e hard skills”.

Numa segunda fase (de imersão), os alunos seleccionados são integrados no ambiente de trabalho empresarial e acompanhados por um mentor especializado, na empresa, e um tutor académico.

“Trata-se de um programa customizado, de forte colaboração entre academia e mundo empresarial, tendo em vista o incremento de oportunidades para os estudantes da UC e a formação de profissionais de excelência”.

Segundo a UC, serão atribuídos microcréditos no âmbito do programa, bem como bolsas e prémios a definir em função de cada UC Factory Academy. A primeira academia será dinamizada em associação com a empresa The Loop Company.

O programa insere-se no projecto Living The Future Academy, liderado pela UC, focado na promoção de programas e cursos de formação inovadores, adaptados a diferentes segmentos da população e em coordenação com empregadores e organizações económicas, sociais, políticas e territoriais relevantes da região Centro.

Financiado com 16,5 milhões de euros pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tem como parceiros a Universidade dos Açores, a Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, o Instituto Politécnico de Viseu e o Politécnico da Guarda,

além de 104 parceiros e nove ‘clusters’ envolvendo mais de 300 associados.

“As UC Factory Academies concretizam, de forma inequívoca, aquele que é o mote central do projecto Living the Future Academy: a preocupação com uma formação de qualidade, para jovens e adultos, que só é possível com uma cada vez maior abertura da academia aos contextos empresariais e territoriais”, afirmou a vice-reitora da UC Cristina Albuquerque.

A responsável sublinhou que “a parceria entre o mundo do trabalho e a oferta formativa (em particular em áreas tecnológicas, mas não só), ao potenciar a aprendizagem mútua e a criação de sinergias e oportunidades para os estudantes e profissionais, cria condições para a progressão efectiva do ensino superior, da inovação e da economia”.

Câmara de Coimbra cria Comissão Municipal para proteger a população idosa

ACâmara Municipal de Coimbra criou a Comissão Municipal de Protecção ao Idoso de Coimbra (CoMPIC) que, através de uma equipa multidisciplinar e interinstitucional, quer garantir os direitos das pessoas idosas residentes na área do município. “Estamos a formalizar, com esta apresentação pública, a constituição da Comissão Municipal de Protecção ao Idoso. As matérias relativas ao idoso são uma das nossas preocupações e, por isso, criámos nesta restruturação da Câmara uma estrutura flexível, pela primeira vez”, disse o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

De acordo com o autarca, a preocupação com a restruturação da Câmara Municipal, que não envolve o aumento de mapa de pessoal da Câmara, apesar de haver mais gabinetes, é “orientar os recursos humanos para que haja capacidade de resposta para os desafios actuais e futuros da sociedade e um deles é, naturalmente, a problemática do envelhecimento”.

A CoMPIC decorre no âmbito do programa “Novembro mês da Rede Social de Coimbra”, organizada pelo núcleo executivo do Conselho Local de Acção Social de Coimbra (CLAS/C). “Em 2011, o índice de envelhecimento era de 161,4%, em Coimbra, e, em 2021, era de 215,1%. Relembro os números nacionais para o índice de envelhecimento - 182,1%, ou seja, Coimbra está mais envelhecida do que a média do país, a média nacional”, notou, a vereadora com o pelouro da Acção Social, Ana Cortez Vaz.

Dada esta situação, a comissão tem como objectivo garantir os direitos das pessoas idosas, com 65 anos ou mais, prevenindo e intervindo nas situações que coloquem em risco o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, privilegiando a informação, a promoção e a cooperação.

A CoMPIC já estava prevista no Regulamento Municipal para a Atribuição de Apoios na Área Social (RMAAAS), que tinha sido aprovado pela Câmara Municipal de Coimbra e pela Assembleia Municipal em 2016.

“Depois de seis anos após esta deliberação, temos finalmente a CoMPIC”, frisou Ana Cortez Vaz. O objectivo é contribuir para a articulação entre o Município de Coimbra e as instituições com competência no apoio à população idosa, informar, sensibilizar e responsabilizar as famílias e a comunidade sobre os direitos dos idosos, agilizar os procedimentos para acesso a serviços disponíveis e intervir em situações que impliquem um perigo potencial para a concretização dos seus direitos, entre outros propósitos. Cabe à CoMPIC, designadamente, colaborar com as entidades competentes na formulação de respostas sociais alternativas e adequadas, incluindo o estudo e elaboração de projectos inovadores no domínio da prevenção, assim como elaborar propostas e recomendações à

Câmara Municipal e a outras instituições com competência no apoio à população idosa.

Para além do presidente da Câmara Municipal, que preside à comissão, faz ainda parte a vereadora com o pelouro da Acção Social, um representante dos serviços do Instituto de Segurança Social, um dos serviços de saúde, da Polícia de Segurança Pública (PSP) e da Guarda Nacional Republicana (GNR), entre outros membros.

A CoMPIC é um mecanismo “de grande importância para incrementar e melhorar a intervenção, apoio e protecção da população idosa de Coimbra, pela sua proximidade e conhecimento específico das problemáticas locais que a afectam” e, por isso, o “Ministério Público da Comarca de Coimbra manifesta a sua inteira disponibilidade para contribuir dentro das suas competências para o trabalho em rede, em parceria, que a implementação desta comissão implica”, sintetizou a coordenadora da Comarca de Coimbra, Ana Simões.

Iva Lamarão vai dar as boas-vindas à época natalícia no Fórum Coimbra

Éjá no próximo domingo (13), pelas 18h00, que o Fórum Coimbra, gerido pela Multi Portugal, se prepara para inaugurar, oficialmente, a época natalícia. Para tal, contará com a presença da sua embaixadora, Iva Lamarão. Cientes da importância de oferecer à cidade um Natal em segurança, mas que nos traz de volta os hábitos, costumes e boas tradições da época, o centro comercial dará a todos os visitantes três motivos para não faltar a esta chegada: o velhinho das barbas brancas está de volta à cidade para ouvir todos os desejos de miúdos e graúdos e distribuir a edição anual do Livro do Gui; Iva Lamarão junta-se a esta figura icónica para inaugurar a iluminação de Natal.

Tudo começará na Aldeia Natal, onde juntos, público e embaixadora darão as boas-vindas ao Pai Natal e ao seu trono – que ficará até 24 de Dezembro na Praça Água e

onde, de segunda a domingo, os mais novos poderão dirigir-se para tirar uma fotografia, pedir os seus desejos e levar para casa a edição anual do Livro do Gui. Este ano, o Gui e os Gomas vão partir “À Descoberta de Portugal”, numa edição coleccionável, onde à semelhança do ano anterior, os mais novos poderão ir reunindo, semana após semana, as figuras e monumentos destacáveis até completar o Mapa de Portugal. Nos primeiros três fins-de-semana de Novembro é entregue uma ficha com diferentes monumentos e personagens, de forma totalmente gratuita,

que poderão desafiar-se a compor em conjunto com amigos ou família no espaço exclusivamente criado para este efeito na Aldeia Natal.

Em linha com as directrizes do Governo e de acordo com a sua política de sustentabilidade, o centro comercial ligará diariamente as luzes apenas a partir das 18h00 e contará com a colaboração dos visitantes na gestão destes mesmos recursos.

Todos os horários das activações de Natal podem e devem consultados nas plataformas oficiais do Fórum Coimbra, onde a informação é actualizada diariamente.

Protocolos para realização da Figueira Champions Classic assinados esta quinta-feira

Dia 9 de Novembro passou a ser um dia histórico para o ciclismo português. O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Santana Lopes, e as forças políticas do Município uniram-se para aprovar, por unanimidade, na reunião do Executivo camarário, a realização da “Figueira Champions Classic”, prova classe 1.1 UCI, por um período de três anos.

Esta quinta-feira (10), pelas 12h00, decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a assinatura dos protocolos, entre o Município da Figueira da Foz e o Clube Desportivo Fullracing e entre este e a Sociedade Figueira Praia, S.A., aqui representados por Carlos Pereira – promotor do evento e

Fernando Matos e José Miguel Coelho – administradores da Sociedade Figueira Praia, S.A, respectivamente.

Após a assinatura dos protocolos, Santana Lopes proferiu algumas palavras: “Num tempo como aquele em que vivemos, no qual a pressão sobre os orçamentos é enorme, um evento desportivo com este relevo é uma aposta muito forte pelo quanto vai beneficiar a economia local e a notoriedade da cidade, ao abarcar todas as freguesias do concelho”.

A realização nos dias 11 e 12 de Fevereiro de 2023 da “Figueira Champions Classic, prova classe 1.1 UCI”, por um período de três anos, apresenta-se “como um grande desafio e compromisso de todos os envolvidos, naque-

le que é o maior patrocínio de sempre atribuído pela Sociedade Figueira Praia, S.A”, conforme declarou Fernando Matos “enquanto aposta galvanizadora da marca Figueira da Foz para o exterior, sem nunca esquecer os aportes ao nível da hotelaria e restauração”. E foi neste contexto que o promotor e director da prova, Carlos Pereira, referiu sentir-se “bastante honrado por trazer um evento desta natureza para uma cidade como a Figueira”.

O presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz rematou a sua intervenção, dirigindo uma palavra de apreço a todas as forças políticas que, unanimemente, votaram favoravelmente a realização deste evento.