Confederação do Desporto de Portugal já revelou os candidatos a “Desportistas do Ano”
AConfederação do Desporto de Portugal (CDP) já revelou os nomes dos candidatos indicados pelas Federações desportivas para o prémio de “Desportista do Ano”nas diversas categorias a concurso e cujos os vencedores serão conhecidos na 26.ª Gala do Desporto, que decorrerá no Casino do Estoril, no próximo dia 1 de Fevereiro. Entre os vários nomes indicados estão muitos dos principais atletas e equipas nacionais portugueses da actualidade, como sejam vários campeões do mundo e da Europa, que serão agora objecto da votação de um júri, para eleger os cinco finalistas, por categoria, para “Desportista do Ano”. A concurso estarão como habitualmente as categorias de atleta masculino, atleta feminino, jovem promessa, treinador, equipa e a novidade para 2023, desporto adaptado. A nova categoria que a CDP decidiu adicionar, fê-lo, em nome da inclusão e igualdade, premissas base do desporto.
A região de Coimbra está bem representada na categoria de “Atleta Feminino” com Ana Catarina Jesus Ferreira, em hóquei em patins. A atleta é natural de Coimbra, tem 26 anos e representa o Clube Gijón HC. Dos vários prémios conquistados, destaque para o pódio de vice-campeã da Europa em 2021 e vice-campeã do campeonato nacional 2021/2022. Ainda a competir para “Atleta Feminino” do ano está Camila Rodrigues Rebelo, em natação. A jovem, de 19 anos, conimbricense representa a Associação Louzan Natação e já conquistou o primeiro
lugar nos Jogos do Mediterrâneo em 200 metros costas e 100 metros costas e foi a quinta classificada no Campeonato da Europa de 200 metros costas.
Gabriel José Lopes, natural da Lousã, é candidato a “Atleta Masculino” do ano na modalidade de natação. Representa a Associação Louzan Natação e foi terceiro classificado nos 200 metros Estilos no Campeonato Europeu Absoluto.
Também em natação, mas a concorrer para “Jovem Promessa” está Diogo de Matos Ribeiro. O jovem de 18 anos representa o Sport Lisboa e Benfica que de entre os vários pódios conquistados se destacam o título de Campeão do Mundo de Juniores nas provas de 50 metros e 100 metros de mariposa e 50 metros livres e ainda o título de Recordista do Mundo nos 50 metros de mariposa.
No dia 16 de Janeiro, na Praça Central do Centro Colombo, decorrerá a cerimónia de anúncio dos finalistas, que poderão vir a ser premiados no dia 1 de Fevereiro na 26.ª Gala do Desporto, após o apuramento dos resultados da votação online, aberta ao público em geral, e dos convidados presentes no evento. Este prémio é atribuído anualmente pela Confederação do Desporto de Portugal, no decorrer da Gala do Desporto, que aproveita o momento para ainda homenagear todos os campeões da Europa e do mundo da época finda, e as personalidades/entidades indicadas pelas federações desportivas.
Investigador da UC descobre fóssil de nova espécie de conífera
Um investigador do Centro de Ciências do Mar e do Ambiente (MARE) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) descobriu uma nova espécie de conífera atribuível à família Cheirolepidiaceae.
A nova espécie Pseudofrenelopsis zlatkoi foi identificada em flora do Cretácico Inferior do Juncal, no distrito de Leiria, tendo sido dedicada a Zlatko Kvaček, antigo professor da Universidade de Charles, Praga, República Checa.
De acordo com Mário Miguel Mendes, investigador do MARE/ UC, esta nova espécie assemelha-se bastante a uma outra cheirolepidiácea, Pseudofrenelopsis parceramosa, mas difere por apresentar cutícula mais fina, áreas nodais expandidas e entrenós sulcados. “Pseudofrenelopsis zlatkoi é caracterizada por apresentar entrenós sulcados e a sua morfologia é espelhada na disposição das estruturas epidérmicas, tendo geralmente cristas construídas por células epidérmicas ordinárias alongadas”, revela.
“A nova espécie Pseudofrenelopsis zlatkoi pertence a uma família de coníferas já extinta - Cheirolepidiaceae. Os frenelopsídeos são extremamente importantes porque, a par dos pólenes que produzem, atribuíveis ao género Classopollis,
dão indicações ambientais muito precisas, nomeadamente, a existência de ambientes secos e áridos”, afirma o cientista da FCTUC.
Esta investigação, centrada no estudo das floras do Cretácico português no sentido de compreender a composição florística existente à época e, consequentemente, as condições paleoclimáticas que presidiram à radiação e diversificação das angiospérmicas, tem vindo a ser desenvolvida em parceria com diversas instituições internacionais, designadamente o Swedish Museum of Natural History de Estocolmo (Suécia), a Universidade de Aarhus (Dinamarca), a Universidade de Yale (Estados Unidos da
América) e o National Museum Prague (República Checa).
“Os nossos trabalhos prendem-se, fundamentalmente, com o estudo da evolução das angiospérmicas (plantas com flor) e Portugal tem uma geologia com características únicas que possibilitam acompanhar as principais etapas de evolução da flora, pois, salvo algumas lacunas, estão representadas rochas com registo fossilífero desde o Proterozóico Superior até ao período actual”, conclui Mário Miguel Mendes.
Este estudo teve o financiamento das instituições internacionais envolvidas, bem como, da sua unidade de I&D, o MARE/ARNET da Universidade de Coimbra.
Peparação do Fim de Ano em Coimbra já começou com trânsito condicionado
ACâmara de Coimbra já informou que no âmbito da preparação do programa de Fim de Ano vão ocorrer condicionamentos de trânsito e de estacionamento, desde esta segunda-feira, dia 26, no Largo da Portagem e artérias envolventes.
Até sexta-feira, dia 30 de Dezembro, entre as 8h30 e as 20h00, vai ser suprimida a via Bus, na Avenida Emídio Navarro. Esta supressão mantém-se ainda entre as 8h30 de 31 de Dezembro e as 10h00 do dia 1 de Janeiro.
Por sua vez, no sábado, dia 31 de Dezembro, a partir das 20h30, decorrem, gradualmente, os principais condicionamentos. Assim, a partir das 21h30 de dia 31 de Dezembro e até às 5h00 de 1 de Janeiro, o trânsito vai estar interdito nos seguintes locais: Rotunda da Rua do Brasil/Rua da Alegria com a Avª. Emídio Navarro; Rua da Alegria com Rua de Olivença; Couraça da Estrela com Rua da Alegria; Avª. Inês de Castro com Avª. João das Regras (acesso à Ponte de Santa Clara); Avª. Conimbriga com Ponte de Santa Clara; Rua António Granjo (junto à Estação Nova); Largo das Ameias com Rua da Sota e Rua Adelino Veiga. Já entre as 10h00 de 31 de Dezembro e as 10h00 de 1 de Janeiro, a Couraça da Estrela estará também cortada.
Interdições de estacionamento
Vão decorrer interdições no estacionamento em várias zonas: Praça do Comércio (Praça do Comércio - entre as 00h00 de 26 de Dezembro e as 20h00 de 2 de Janeiro; Rua Sargento Mor, Rua dos Gatos, Adro de Cima, Rua Adelino Veiga e largo do Paço Conde, no período compreendido entre as 00h00 de 26 de Dezembro e as 20h00 do dia 2 Janeiro; Adro de Cima
- entre as 00h00 de 31 de Dezembro e as 6h00 de 1 de Janeiro; Rua da Sota - entre as 00h00 de 26 de Dezembro até às 20h00 de 2 de Janeiro); Largo da Portagem (Avª Emidio Navarro - entre o Hotel Astória e a Estação de Coimbra A - das 00h00 de 31 de Dezembro às 5h00 de 1 de Janeiro; Avª Emídio Navarro - entre o entroncamento coma Rua da Alegria e o Burguer King e parque de Estacionamento frente ao Hotel Astória - das 00h00 de 31 de Dezembro e as 7h00 de 1 de Janeiro); e Couraça da Estrela (sem estacionamento entre as 00h00 de 31 de Dezembro e as 7h00 de 1 de Janeiro e sem circulação de veículos, no período compreendido entre as 14h00 de 31 de Dezembro e as 5h00 de 1 Janeiro).
Estacionamento para visitantes
Em alternativa, a Câmara de Coimbra concentra ainda uma lista de vários parques de estacionamento, que podem ser utilizados pelos visitantes.
Parque de Estacionamento do Parque Verde – Margem Direita: - Acesso livre das 00h00 de dia 31 de Dezembro até às 7h00 de dia 1 de Janeiro
Parque de Estacionamento da Praça da Canção: - Acesso livre das 00h00 de dia 31 de Dezembro até às 7h00 de dia 1 de Janeiro
Parque de Estacionamento do Convento São Francisco: Parque gratuito a funcionar ininterruptamente até às 7h00 de dia 1 de Janeiro
Parque de Estacionamento do Mercado Municipal D. Pedro V: -Acesso livre das 21h00 de dia 31 de Dezembro até às 7h00 de dia 1 de Janeiro
Restrições à Ocupação do Espaço Público e ao exercício da actividade de venda ambulante e de restauração e/ou bebidas de carácter não sedentário: Entre as 18h00 de 31 de Dezembro e as 6h00 de 1 de Janeiro.
Programa de Fim de Ano
A festa arranca às 21h30 no palco da Portagem, com a actuação dos djs entertainers Kiss Kiss Bang Bang, seguindo-se a banda Per7ume até aos últimos minutos deste ano. No final das duas primeiras actuações da noite, chega a contagem decrescente para a transição de ano, que será acompanhada por um countdown exibido nos ecrãs led do palco principal.
A entrada em 2023 é assinalada com um espectáculo de fogo de artifício e, logo a seguir, a festa fica por conta dos Gipsy Kings. Ao palco regressam os djs Kiss Kiss Bang Bang quando forem 1h45, terminando a actuação às 4h00.
António Zambujo, Camané e Ricardo Ribeiro juntos em Coimbra
Apartir de uma encomenda do Convento São Francisco juntam-se em palco, de forma inédita, numa estreia mundial em Coimbra, os três mais aclamados intérpretes vocais masculinos da música portuguesa da actualidade: António Zambujo, Camané e Ricardo Ribeiro.
Acompanhados por um ensemble de cordas da Orquestra Clássica do Centro e por uma banda de apoio, esta iniciativa marca a celebração da multiculturalidade e realiza-se a 6 e 7 de Janeiro de 2023, pelas 21h30, no palco do Grande Auditório do Convento, no âmbito da abertura da sua nova temporada artística.
Neste espectáculo, os três cantores revisitam, com novos arranjos, nomes maiores da poesia e da composição musical brasi-
leiras, inserindo-se no ciclo programático “Saudades do Brasil em Coimbra”, que a Câmara Municipal encetou em Setembro deste ano nas comemorações do bicentenário da independência do Brasil.
O concerto com António Zambujo, Camané e Ricardo Ribeiro, em que as interpretações vocais vão variar entre solos, duetos e trios, conta com produção do reconhecido Renato Júnior e com a direcção musical de Hélder Godinho. A banda que acompanha o trio de cantores e o ensemble de cordas da Orquestra Clássica do Centro é formada por Hélder Godinho no piano, Pedro Pinto no baixo, Ricardo Barriga nas guitarras, David Jerónimo na bateria, José Conde nos clarinetes, Sérgio Charrinho no fliscorne e
André Conde no trombone. Esta equipa completa-se com mais três nomes: Nelson Carvalho no som de frente, Marco Batista no som de palco e Anabela Gaspar no desenho de luz.
O espectáculo, que conta com duas sessões (sexta-feira e sábado, ambas às 21h30), tem os bilhetes à venda nos locais habituais, podendo os interessados saber mais informações através dos seguintes meios: 239 857 191 (segunda-feira a domingo, das 15h00 às 20h00), bilheteira@coimbraconvento.pt ou na bilheteira online: www.bol.pt.
Os detentores do Cartão de Amigo do Convento São Francisco, recentemente criado, usufruem de um desconto directo de 40% no valor do ingresso a este concerto.
Receita perdida de “Bacalhau à Coimbra” vai ser destaque nos restaurantes da cidade
Orestaurante Solar do Bacalhau recebeu a apresentação de uma receita tradicional, esquecida há gerações e que foi agora redescoberta: o “Bacalhau à Coimbra”.
Este prato, desconhecido de muitos, vai passar a ter o destaque que merece e integrar as ementas dos principais restaurantes da cidade, fruto de uma parceria entre a Câmara Municipal de Coimbra e a AHRESP - Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, com o apoio da Turismo Centro de Portugal e da Lugrade - Bacalhau de Coimbra.
Na apresentação, seguida de degustação, estiveram presentes José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal, Jorge Loureiro, vice-presidente da AHRESP, José Madeira, presidente da delegação de Coimbra da AHRESP, e os irmãos Vítor e Joselito Lucas, da Lugrade, entre outras individualidades.
Na ocasião, José Madeira, presidente da Delegação de Coimbra da AHRESP, realçou que “o ‘Bacalhau à Coimbra’ é um prato há muitos anos esquecido, que faz parte do nosso legado gastronómico”. “Queremos que volte a ser, a partir de agora, uma referência da gastronomia coimbrã e que venha reforçar a muita oferta de qualidade que há hoje em Coimbra”, referiu.
Jorge Loureiro, por seu lado, destacou o apoio dos “parceiros e patrocinadores, que permitem alavancar iniciativas como esta”. “O ‘Bacalhau à Coimbra’ é uma iniciativa da delegação de Coimbra da AHRESP, uma de muitas que realizou ao longo de 2022. Apesar do momento difícil e das nuvens cinzentas que ameaçam o sector, os empresários desta actividade demonstram, mais uma vez, que têm a resiliência necessária para superar os obstáculos. Os empresários do Turismo estão absolutamente determinados em contribuir para a recuperação nacional” - sublinhou.
Para Vítor Lucas, “este prato fará todo o sentido para a restauração da cidade. Promover o ‘Bacalhau à Coimbra’ é promover a cidade e os estabelecimentos de restauração de Coimbra vão seguramente sair a ganhar com esta recuperação”.
Pedro Machado recordou que o “turismo é um extraordinário instrumento, uma indústria que é capaz de fazer mover os territórios”. “O turismo representa em receitas um PRR todos os anos, cerca de 18 mil milhões de euros anuais. É uma verba demasiado importante para que os
governos nacionais, regionais e locais não olhem para esta indústria como um poderoso instrumento de criação de riqueza e da distribuição dessa riqueza para as economias”, frisou. “A opção pela gastronomia assenta no facto de que é um produto que gera valor e que agrega vários sectores. Recuperarmos um prato de bacalhau numa época tão festiva e tão importante para os portugueses é um casamento perfeito”, acrescentou Pedro Machado.
José Manuel Silva lembrou que, “havendo mais de 1000 maneiras de fazer bacalhau, estávamos a esquecer a nossa maneira de o fazer em Coimbra. Nós próprios não dávamos o devido valor à nossa gastronomia”. “Esta receita tradicional de ‘Bacalhau à Coimbra’ vai contribuir para afirmar a qualidade da gastronomia de Coimbra e para passarmos a ser também reconhecidos como uma cidade de destino para os apreciadores de bacalhau. Que este seja mais um dos muitos motivos de atração de Coimbra, uma cidade e uma região que está no bom caminho, no caminho do crescimento acelerado e sustentável”, concluiu.
Metalpoint encerra depois de 15 anos de actividade
Na sexta-feira (23), a Metalpoint realizou o seu concerto de despedida intitulado “Not A Xmas Fest”. Em causa está o encerramento da sala localizada no Centro Comercial STOP, no Porto. Com o fim da Metalpoint, deixa de existir um espaço 100% dedicado ao metal na invicta.
A notícia sobre este fecho foi avançada há cerca de um mês pelo responsável pela Metalpoint, Hugo Louro de Almeida, que justificou esta decisão com “motivos pessoais”.
O projecto era, para o seu fundador, um segundo emprego, que, em noites mais movimentadas, o levava a acumular funções, nomeadamente, de técnico de som, barman, assistente de palco e mestre de cerimónias. Hugo Louro de Almeida salientou, assim, no comunicado, que “não existem muitas formas de explicar ou comunicar este desfecho porque se trata de uma questão de força maior a nível pessoal”.
A Metalpoint é uma das salas mais emblemáticas do circuito musical alternativo português, com um legado de 15 anos de actividade. Por
esse motivo, e em declarações ao Jornal Público, o seu fundador refere que “ponderei todos os factores. Isto não foi uma decisão tomada de um dia para o outro e não foi uma decisão fácil de tomar. Mas, uma vez na vida, tive de optar pela vida pessoal e prescindir do motivo que me levou a criar a Metalpoint”.
O concerto que marca a despedida da emblemática sala situada na Rua do Heroísmo, no Porto, realizou-se na noite de sexta-feira. O evento, que esgotou, contou com actuações de Holocausto Canibal, Anifernyen, Inhuman Architects e Morto.
Morreu o escritor e jornalista António Mega Ferreira, aos 73 anos
António Mega Ferreira, escritor, gestor e jornalista, nasceu em Lisboa em 1949. Estudou Direito e Comunicação Social, foi jornalista no Jornal Novo, no Expresso, em O Jornal e na RTP, onde chefiou a redacção da Informação do segundo canal. Foi chefe de redacção do JL — Jornal de Letras, Artes e Ideias. Fundou as revistas Ler e Oceanos. Chefiou a candidatura de Lisboa à
Expo’98, de que foi comissário executivo. Foi presidente da Parque Expo, do Oceanário de Lisboa e da Atlântico, Pavilhão Multiusos de Lisboa. S.A. De 2006 a 2012, presidiu à Fundação Centro Cultural de Belém. De 2013 a 2019, desempenhou as funções de director executivo da AMEC/Metropolitana.
“Esteta, entusiasta, erudito, conviviam na persona-
lidade de Mega Ferreira o comprometimento cívico e a distância irónica. Foi um dos melhores da sua e minha geração no campo da cultura. Presto-lhe a minha homenagem sentida”, refere a nota da Presidência. Marcelo Rebelo de Sousa descreve António Mega Ferreira como “uma das figuras mais dinâmicas da cultura portuguesa do último meio século”.
Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra mostra “A Ilha dos Amores”
Começa esta segunda-feira uma série de visitas guiadas à exposição “A Ilha dos Amores e outros lugares imaginários das literaturas portuguesa e brasileira”, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC).
A iniciativa surge no âmbito da exposição organizada como homenagem ao “Dicionário de Lugares Imaginários” de Alberto Manguel, aquando da sua passagem por Coimbra no Colóquio das Bibliotecas Icónicas da Humanidade, organizado pela BGUC em Outubro.
Tendo em conta que o acesso à exposição é restrito aos utilizadores da Sala de Leitura da BGUC, irão realizar-se três visitas guiadas pelo director-adjunto da BGUC, António E. Maia do Amaral, esta segunda-feira, dia 26, terça-feira e quarta-feira, dias 27 e 28 de Dezembro, às 17h30. O acesso é gratuito mediante inscrição prévia em https://forms.
gle/sa793Kvq7RRN8Jzd6.
Com a exclusão de céus e infernos, de lugares extraterrestres, sonhados, futuros ou bidimensionais (ou nomes ficcionados para lugares reais, como Tormes), fizeram-se entradas geográficas para “lugares visitáveis”, literariamente. São 32 países, cidades ou apenas casas descritas nas literaturas portuguesa e
brasileira, em obras publicadas entre 1572 (“Os Lusíadas”, de Camões) e 2021 (“Hífen”, de Patrícia Portela). Junto de cada entrada está a referência bibliográfica, a imagem da capa e a cota da obra, para se poder requisitar.
Colocar a exposição em coberturas das mesas, directamente sob os olhos dos utilizadores da Sala de Leitura, foi uma forma de a tornar mais interactiva: no sentido de suscitar a leitura dos livros que se apresentam e de solicitar sugestões para inclusão de outras obras, romances, contos ou até poesia. Uma exposição como esta nunca está terminada porque as literaturas de que se pode alimentar não terminam nunca.
Fotos: Paulo Amaral – UCRecorde histórico de 2,161 milhões de toneladas movimentadas no Porto da Figueira da Foz
OPorto da Figueira da Foz alcançou, ontem (25), o seu melhor ano de sempre com a marca de 2,161 milhões de toneladas movimentadas.
Tendo em conta a carga movimentada nos últimos meses este era um resultado esperado, tendo sido alcançado com a entrada de um navio que descarregou vidro e se encontra a carregar 4.500 toneladas de argila e que tem como destino Espanha. Embora os valores ainda sejam provisórios,
o crescimento da movimentação dos produtos de vidro (+74%) e dos minerais não metálicos (+ 29%) deram um forte contributo para este recorde.
Até ao dia de ontem escalaram o Porto da Figueira da Foz 465 navios, traduzindo-se num aumento de 18% face ao período homólogo.
O melhor ano de sempre do Porto da Figueira da Foz tinha-se registado em 2014 com a marca de 2,156 Milhões de toneladas movimentadas.
Quatro agentes culturais de Coimbra juntam-se para novo projecto na área da dança
OConvento São Francisco, o Teatro Académico de Gil Vicente e as companhias de teatro A Escola da Noite e Teatrão juntaram-se para lançar um projecto de criação e formação, em articulação com escolas de dança de Coimbra.
Intitulado “RAMPA.0”, o projecto vai culminar com a criação de uma obra a apresentar no âmbito do festival Abril Dança em Coimbra, no Grande Auditório do Convento São Francisco,segundo a Câmara Municipal, acrescentando que a iniciativa visa promover a criação e formação artística para jovens intérpretes na área da dança.
As quatro estruturas de programação “pretendem apostar, numa lógica de continuidade e concertação colectiva, neste domínio artístico”, realça o Município, referindo que os interessados em integrar o projecto podem inscrever-se até 4 de janeiro de 2023, para participar numa audição marcada para dia 7 de Janeiro, no Convento São Francisco, espaço cultural gerido pela autarquia.
“Este projecto de audição para bailarinos e intérpretes
junta, pela primeira vez em Coimbra, quatro entidades que realizam uma programação cultural regular no concelho”, salienta o Município.
Na primeira edição do “RAMPA.0”, foi convidado o coreógrafo Rui Horta, “nome marcante na dança portuguesa, com um prestigiado percurso internacional, que vai trabalhar em colaboração com Miguel Oliveira, um dos bailarinos mais relevantes da sua geração, ex-membro do Ballet Gulbenkian e do Netherlands Dance Theatre”.
“Os destinatários deste projetco são jovens entre os 15 e os 25 anos – sediados na área da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coim-
bra – com entusiasmo, talento e determinação para abraçar uma intensa e transformadora experiência formativa na área da dança contemporânea”, vinca a autarquia.
Para a inscrição na audição, os candidatos devem enviar e-mail com nome, e-mail, idade, contacto e currículo através do endereço de correio electrónico abrildancacoimbra@gmail.com.
“Ao longo de quatro meses, de Janeiro a Abril, os ensaios vão decorrer no Convento São Francisco em dois dias por semana, com um período mais intenso durante as férias da Páscoa e subsequente semana da estreia, segundo um calendário predefinido”, esclarece a autarquia.
Autarcas de Cantanhede foram ao Parlamento reclamar reabertura da Consulta Aberta
Segundo anunciou no domingo a Câmara de Cantanhede, uma representação do Município esteve no dia 22 na Assembleia da República, onde apresentou à Comissão de Saúde os fundamentos da petição pública para reclamar a reabertura da Consulta Aberta.
Tal como tem defendido a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, pretende-se o regresso de uma Urgência Básica ao Hospital Arcebispo João Crisóstomo, mesmo que em horário reduzido, das 8h00 às 24h00.
A líder do Executivo camarário cantanhedense esteve acompanhada do presidente da Assembleia Municipal, João Moura, do vice-presidente da autarquia, Pedro Cardoso, dos vereadores Célia Simões e Sérgio Negrão e dos deputados municipais Carlos Fernandes (PSD), Abel Carapeto (PS) e Ulisses Salvador (Chega).
A audição no Parlamento começou com a intervenção de João Moura, que fez a contextualização histórica da criação da Consulta Aberta, desde 2007 a funcionar no Hospital Arcebispo João Crisóstomo das 8h00 às 24h00, nos termos que ele próprio, na altura presidente da autarquia, negociou com o Ministério da Saúde, por contrapartida ao encerramento da urgência daquela unidade hospitalar.
“Infelizmente o acordo nunca chegou a ser integralmente cumprido, nomeadamente porque os meios complementares de diagnóstico não funcionaram durante todo o horário protocolado, mas ainda assim o serviço cumpriu uma missão da maior importância no atendimento de doentes com situações agudas emergentes”, referiu o presidente da Assembleia Municipal, “lamentando profundamente o seu encerramento em Março de 2020, sem que a Câmara Municipal tivesse sido chamada a pronunciar-se ou sequer informada”.
João Moura não compreende como, “num país de direito, possa ser desrespeitado desta forma um acordo celebrado entre entidades públicas que perseguem os mesmos objectivos, ao nível central e ao nível local, neste caso o objectivo de proporcionar aos cidadãos cuidados de saúde qualificados. Isto não é correcto, mas foi o que fizeram o Ministério da Saúde e a Administração Regional de Saúde do Centro, ignorando completamente o Município e privando a população desses cuidados”, sublinhou.
Manifestando-se agastada com os contornos do processo, Helena Teodósio lembrou que logo no início da pandemia de covid-19 reuniu com “a presidente da Administração Regional de Saúde do Centro, que na ocasião transmitiu ao director do ACES que a Consulta Aberta era para manter, mas no dia seguinte ela fechou. Não sei de onde vem a autoridade ou a falta dela, mas desde essa altura temos andado continuamente a lutar pela manutenção de um serviço de saúde destinado a atender não só a população que vive nos 400 km2 do território de Cantanhede, mas também a de outros municípios que
fazem fronteira”.
A autarca entende que “esta é uma fase determinante para ser equacionada uma solução adequada para a resposta que é preciso dar às populações no Hospital Arcebispo João Crisóstomo ao nível da prestação dos cuidados de saúde em situações emergentes, tanto mais que, como é sabido, foi decidido, também unilateralmente, a sua integração no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC), tal como a do Centro de Medicina Física e Reabilitação da Região CentroRovisco Pais”.
Nós ainda não tomámos posição, pela simples razão de que ainda não fomos ouvidos, mas numa uma altura em que estamos ainda a negociar a transferência de competências nas áreas da acção social, da educação e da saúde, é preciso dizer que os Municípios não servem apenas para pagar aquilo que não interessa à Administração Central, não servem apenas para arranjar as janelas ou fazer o pagamento a assistentes operacionais” - afirmou.
Helena Teodósio quer ter uma palavra a dizer sobre o processo de integração daquelas unidades hospitalares no CHUC, como de resto já comunicou ao director executivo do Serviço Nacional de Saúde, “no sentido de ser encontrada uma solução para a lacuna grave que o encerramento da Consulta Aberta veio gerar ao nível da assistência médica em situações emergentes. As pessoas não escolhem a hora de ficar doentes, há ocorrências inesperadas e os serviços de saúde têm de estar capacitados para dar resposta a essas ocorrências em tempo útil”, considera a presidente da Câmara de Cantanhede, pelo que, salienta, “estando a ser implementadas alterações estruturais no funcionamento do SNS, esta é a altura certa para decidir sobre a Consulta Aberta ou a Urgência Básica no Hospital Arcebispo João Crisóstomo”, que é aquilo que defende, por ter a enorme vantagem diminuir a afluência à muito congestionada urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.
Câmara da Mealhada atribui 184.500 euros às corporações de bombeiros do concelho
ACâmara Municipal da Mealhada estabeleceu um protocolo de financiamento, no valor de 184.500 euros, para o triénio 2023/25, com cada uma das corporações de bombeiros do concelho, designadamente com a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Mealhada e com a Associação Humanitária dos Bombeiros da Pampilhosa.
“O objectivo deste protocolo é que todos saibam com o que podem contar, garantido assim uma melhor operacionalidade e eficiência no socorro e na protecção de bens”, referiu António Jorge Franco, presidente da Câ-
mara da Mealhada.
O protocolo define a atribuição máxima de 61.500 euros, a cada corporação, em cada ano de vigência, com montantes alocados a diversos tipos de despesas. Uma fatia de 20 mil euros será referente à actividade e apoio à Protecção Civil (excepcionando-se as despesas respeitantes às Equipas de Intervenção Permanente, que têm um protocolo específico). Igual montante será destinado a despesas de investimento em instalações, com a frota e outros equipamentos afectos à protecção e socorro. Fardamento, material de protecção individual e despesas de manutenção de instalações e da
frota terá um valor anual máximo de 15 mil euros. O protocolo estabelece ainda o valor de cinco mil euros para comparticipação de despesas de actividades de prevenção a eventos e simulacros e de 1.500 euros para acções de controlo da vespa velutina.
“É inquestionável o valor do serviço que as corporações de bombeiros prestam à comunidade e julgamos que, com este protocolo, estamos ao lado dos bombeiros, apoiando a sua actividade e dando resposta, na medida das nossas possibilidades, às suas dificuldades”, sublinhou o presidente da Câmara da Mealhada.
A transparência dos sentimentos pelas mãos de uma desigual capacidade intelectual
Atransparência dos sentimentos pelas mãos de quem tem uma capacidade intelectual, traduzida em pinturas com inspirações sobre empregos de sonho e vidas completas. É isso que retrata a mais recente exposição do Núcleo de Aveiro da Associação Pais em Rede. Chama-se “Feelings - A transparência dos sentimentos” e foi inaugurada a 3 de Dezembro, na FNAC de Aveiro.
“Temos a ideia errada de que as pessoas com deficiência não sentem. Assim, esta exposição tem um impacto muito forte”, explica Vera Freitas, psicóloga da Associação Pais em Rede, em declarações ao “Campeão das Províncias”. Esta já é a segunda edição do evento e debruça-se sobre a vida adulta de pessoas com deficiência e incapacidade, em particular, incapacidade intelectual. O foco é, sobretudo, a inclusão no mercado de trabalho.
“Muitas vezes, esquecemo-nos de perguntar às pessoas com deficiência o que querem ser quando forem grandes”, lamenta Vera Freitas. Nesse sentido, os trabalhos que compõem a exposição mostram como, num tecido transparente, os jovens da associação pintaram os seus sonhos. “O conseguir exprimir coisas tão abstractas como são os nossos sentimentos e os nossos desejos torna tudo muito mais interessante”, sublinha a psicóloga. A mesma responsável salienta ainda que “através da Arte, podemos dar forma e cor àquilo que está na nossa cabeça e que, por vezes, é difícil de colocar em palavras”.
Além da exposição propriamente dita, a inauguração que se realizou na FNAC de Aveiro também teve espaço para várias palestras com mesas redondas onde foram debatidos temas como a educação, empregabilidade e direito à participação e vida autónoma. Este espaço possibilitou a partilha de experiências entre profissionais de diferentes áreas que abordaram, entre muitos outros assuntos, a dificuldade que as pessoas com deficiência sentem em entrar no mercado laboral.
“Enquanto existe o percurso escolar, há uma retaguarda e uma rede de segurança importante para estes jovens e para as suas famílias”, afirma Vera Freitas. Contudo, assim que o ensino termina, há uma outra caminhada que começa e que se adivinha dura. “Para os nossos jovens, é muito castrador. Há muitos que sonham com a universidade e encontram obstáculos. Isto porque o curso profissional deve ser adaptado e a oferta não é das maiores”, acrescenta a mesma responsável.
A psicóloga da Associação Pais em Rede alerta para a realidade dura no panorama profissional e garante que nem tudo o que parece é. “Há sondagens de que já há muitas
pessoas com deficiência incluídas no mercado de trabalho, mas são pessoas com deficiência física. Quando falamos de jovens com deficiência intelectual o caso muda de figura”, expõe.
Adesão “superou as expectativas”
A exposição “Feelings- A transparência dos sentimentos” foi e é motivo de orgulho para inúmeros jovens da Associação Pais em Rede. Vera Freitas revela que, todos eles, se mostraram felizes aquando da inauguração da iniciativa. “Primeiro, sentiram-se muito envolvidos, porque esta exposição foi feita por eles. Só este envolvimento já é muito capacitante e de autovalorização. Depois, o próprio dia foi maravilhoso, visto que pudemos transmitir a nossa mensagem a muitas pessoas”.
A responsável admite que a receptividade por parte da sociedade a esta exposição e às mesas redondas “superou as expectativas”. Um sinal positivo numa altura em que ainda há muitos estigmas em relação à incapacidade intelectual. “Já se houve falar muito da inclusão e da pessoa com deficiência, contudo, sentimos que está muito voltado para a deficiência física e não tanto para a intelectual. (...) Ainda há muitas crenças e mitos que precisam de ser desmestificados”, salienta a psicóloga.
Esta é a segunda edição da exposição que, a 3 de Dezembro de 2021, se realizou pela primeira vez a propósito do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Nessa altura, os jovens foram desafiados a falar sobre as suas emoções e sentimentos usando, para o efeito, a Arte. Num lençol branco, puderam, assim, desenhar a sua silhueta e exprimir o que sentiam.
Agora, fica o desejo de uma futura terceira edição. “Claro que, tendo em conta o sucesso da primeira e segunda exposições, certamente não será para ficar por aqui. Uma terceira edição é bem possível que venha a sair no próximo ano”, re-