“Campeão das Províncias” - 2/1/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com SEGUNDA-FEIRA, 2 DE JANEIRO 2023 | N.º 673 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS CHUC DEU AS BOAS-VINDAS A MAIS DE 200 NOVOS MÉDICOS

Futuro da saúde passa pela formação no CHUC de novos médicos

OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) deu, hoje (2), as boas-vindas a mais de duas centenas de novos médicos internos que irão iniciar já amanhã (3) uma nova fase nas suas vidas.

O Auditório Principal no Pólo HUC-CHUC acolheu, durante a manhã, precisamente 207 jovens, 98 médicos internos que iniciam o ano de Formação Geral e 109 Internos de Formação Especializada, que se preparam para um período de formação naquela que é uma das “maiores instituições formadoras a nível nacional”.

Durante a cerimónia de acolhimento várias foram as figuras da área que marcaram presença e quiseram deixar uma palavra de coragem e esperança aos novos médicos.

Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração do CHUC, afirmou tratar-se “de um dia muito importante” tanto para a unidade hospitalar como para os jovens médicos. “O CHUC, além de uma unidade de excelência clínica, é também uma unidade de referência na formação pré e pós graduada, um hospital universitário com grandes responsabilidades na formação dos jovens médicos”, sublinhou. O presidente destacou ainda que estes jovens “são no fundo o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sendo, por isso, da responsabilidade das várias equipas do CHUC apoiar e assegurar “a qualidade da sua formação e a qualidade dos serviços de saúde que serão prestados no futuro”.

João Porto, director do Serviço de Urgência dos HUC, também marcou presença no evento e afirmou que esta “é uma fase crucial para estes jovens, onde irão aprender tudo o que lhes será útil para o futuro”.

O director reforça a importância de trabalhar em equipa e lembra que em Portugal “temos um serviço que assen-

ta muito no serviço de urgência, que é a porta de entrada do SNS”. Adianta ainda que o serviço de urgências encontra-se muitas vezes em situações complicadas e por isso será necessário “fazer um esforço extra para tentar conciliar, por um lado nunca descorar a assistência adequada aos doentes que vêm ao serviço de urgência e por outro lado ter algum tempo para dar formação e ensinar os mais novos”.

Contudo, João Porto apela aos jovens médicos que “não tenham medo de questionar e perguntar”. “Esta é a altura fundamental para perguntar, questionar e não ter medo de mostrar a falta de conhecimento. Estamos numa curva de aprendizagem e por isso não há que ter medo de perguntar tudo, pois é assim que se aprende”.

Aos 207 novos médicos internos foram dados vários conselhos para este ano de internato. “É muito importante que os jovens médicos em formação sejam pró-activos, que pro-

curem apoio, que se interessem, que não tenham uma atitude passiva, que ouçam e sigam os mais velhos e que respeitem todos os profissionais e todos os doentes porque é assim que se constrói a relação médico/doente que tão importante é para o diagnóstico, prognóstico e para o tratamento clínico”, destacou o presidente Carlos Santos.

Rita Góis é uma das jovens médicas internas de Formação Especializada. Colocada em anestesiologia afirma que está preparada para começar uma nova fase na sua vida, embora ainda seja tudo muito novo para ela. “Ainda não sei bem o que me espera porque é um mundo novo para mim. Eu fiquei colocada em anestesiologia, não é propriamente uma cadeira que tenhamos tido durante a Faculdade, portanto vai ser tudo muito novo e muito diferente, mas espero aprender, que corra tudo bem e que se crie um bom grupo. Estou optimista”.

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Coimbra deu as boas-vindas a 2023 com milhares de pessoas

Foram milhares as pessoas que escolheram Coimbra para abraçar o novo ano, uma escolha que se revelou certeira, primeiramente pelo programa de festas, dividido por vários pontos da cidade, e em segundo, porque se em Coimbra correu tudo bem o mesmo não se pode dizer da Figueira da Foz ou de Mira, onde os festeiros viram os seus planos irem por água abaixo, literalmente.

Coimbra atraiu ao coração da cidade uma imensidão de gente e não faltaram motivos, o cartaz juntou propostas eclécticas, numa programação que conjugou projectos musicais de grande qualidade e que foi pensada para agradar a todos. Foram oito horas e meia de música consecutiva, três palcos distribuídos pela Baixa da cidade, oito concertos, inúmeros estilos musicais e o tão aguardado espectáculo piromusical.

O mau tempo levou ao cancelamento de festejos de Fim de Ano na Figueira da Foz e Mira. A Câmara Municipal da Figueira da Foz enviou um comunicado em que dava nota do cancelamento do primeiro concerto da noite, marcado para as 22h30, mas não tardou a que viesse um segundo comunicado que informava do cancelamento de toda a programação, inclusive do fogo de artificio. O concerto dos “Os Quatro e meia” irá ser remarcado, em data a anunciar. O mesmo sucedeu com os D.A.M.A que iriam actuar no Reveillon de Mira. A chuva forte que se fez sentir durante toda a noite, obrigou o Município a cancelar todas as

festividades. O concerto e o fogo de artificio foram reagendados para as Festas de S. Tomé, que acontecem no Verão de 2023.

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Tomada de Posse para o Quadriénio 2023-26 da Misericórdia – Obra da Figueira

Os Órgãos Sociais da Misericórdia – Obra da Figueira tomam posse para o mandato 2023-2026 na próxima sexta-feira (6), pelas 17h00. A sessão será conferida pela presidente da Assembleia Geral, Teresa Machado. Recorde-se que a Assem-

bleia Geral da Misericórdia – Obra da Figueira reuniu no dia 14 de Dezembro, sob a presidência de Teresa Machado, para eleger os Órgãos Sociais da Instituição. A única lista concorrente registou 39 votos favoráveis e um nulo. Relativamente à composi-

ção do quadriénio anterior, a lista eleita inclui oito novos membros, num total de 16. Presidem aos novos Órgão Sociais Teresa Machado (Assembleia Geral), Joaquim de Sousa (Mesa Administrativa) e António Luís Alves (Conselho Fiscal).

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Lousã conquistou o galardão

“Autarquia + Familiarmente Responsável”

AAutarquia da Lousã conquistou o galardão “Autarquia + Familiarmente Responsável”, fruto da estratégia implementada pela Autarquia, que dá expressão à prioridade definida de investimento no Capital Humano – nomeadamente mais de 7,5 milhões de euros nas funções sociais - e à aposta sustentada na coesão social.

A candidatura vencedora incluiu vários projectos e iniciativas implementadas, onde se destacaram as medidas de apoio a situações de emergência social, através do apoio financeiro pontual a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconómica e de saúde, que se destina ao apoio na renda, consumos domésticos, atribuição de alimentos ou vales de compras, o apoio à aquisição de medica-

mentos através do cartão ABEM, este, no âmbito do protocolo com a Dignitude, ou o programa de apoio a intervenção em habitações degradas, um conjunto de medidas que se traduzem num investimento de mais de cem mil euros.

Foram, ainda, implementadas ou reforçadas medidas especificas, onde se conjugam, simultaneamente, três níveis de intervenção: individual, familiar e dos serviços de combate ao isolamento, concretizadas com a criação de linhas de apoio de emergência e de saúde, reforçadas com o apoio ao domicílio.

Para esta candidatura contribuíram também as diversas iniciativas na área da educação, nomeadamente o reforço da Acção Social Escolar, atribuição de Bolsas aos alunos do Ensino

Superior, reforços alimentares, medidas de conciliação da vida profissional com a familiar como as férias activas, actividades de animação e apoio à família, estágios de Verão para jovens; na área do desporto, com a aposta no desporto informal e adaptado com o projecto Lousã a Mexer+; na área da habitação, com o programa “Lousã Reabilita”, o qual contempla a atribuição de benefícios fiscais e de incentivos financeiros para a reabilitação urbana, bem com o início da implementação da estratégia local da habitação, na área da natalidade, com o programa “Primeiros Passos”, de apoio às famílias durante a gestação e primeiro ano dos bebés e de apoio na adopção, e na área da inclusão com a adesão ao Balcão de Inclusão.

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Câmara transfere mais de 400 mil euros para os 3 agrupamentos escolares

Apresidente da Câmara Municipal de Cantanhede recebeu os directores dos três agrupamentos de escolas do concelho – Lima-de-Faria, Gândara Mar e Marquês de Marialva -, com os quais contratualizou a delegação de competências para 2023, cujo envelope financeiro ascende a 400 mil euros.

Helena Teodósio manifestou-se confiante de que, “com serenidade, diálogo e um trabalho articulado”, o compromisso assumido no âmbito da delegação de competências resultará em benefícios para a comunidade escolar.

Dirigindo-se aos directores João Gomes (Gândara-Mar), José Soares (Lima-de-Faria) e Fátima Gomes (Marquês de Marialva), a autarca pediu uma concertação de posições “para que se tomem

as decisões correctas” e garantiu que da parte do Município “existirá sempre uma porta aberta para o diálogo, acompanhamento permanente e a disponibilidade para encontrar as melhores soluções tendo em vista o melhor para a educação no concelho”.

Para o vice-presidente Pedro Cardoso, esta delegação de competências, plasmada nos contratos agora assinados, “é um processo dinâmico, desenvolvido através de uma permanente e estreita colaboração e articulação entre cada unidade de gestão e a Câmara Municipal, tendo sempre em conta identidade e particularidade de cada Agrupamento”.

No âmbito dos contratos de delegação de competências para o ano de 2023, o Agrupamento

de Escolas Gândara-Mar vai receber 152.683 euros, o Agrupamento de Escolas Lima-de-Faria 138.326 euros e o Agrupamento de Escolas Marquês de Marialva 117.041 euros.

Nesta delegação de competências, os agrupamentos de escolas ficam responsáveis pelo pagamento das despesas de manutenção e conservação dos edifícios, pela aquisição e pagamento de bens e serviços referentes a limpeza e material de escritório, pela organização do processo de cada aluno do ensino básico para acesso aos benefícios decorrentes dos apoios no âmbito da acção social escolar (excepção feita no pré-escolar e 1.º ciclo, cuja responsabilidade pertence à Câmara Municipal), bem como pela gestão dos refeitórios escolares.

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PMEs devem ter facturação electrónica a partir do início deste ano

Aobrigação para as PMEs e microempresas de enviar facturas electrónicas às Administrações Públicas começou a 1 de Janeiro de 2023. Desta forma, as pequenas e medias empresas começam a cumprir a obrigação de utilizar a facturação electrónica no Sector Público estabelecido pela União Europeia.

Segundo a SERES do grupo Docaposte, a partir de 1 de Janeiro, todas as facturas electrónicas devem incluir o código ATCUD ou “Código Único do Documento”, que deve aparecer em todas as páginas do documento se este tiver mais do que uma página. A fim de incluir este código, as empresas devem ter uma solução de facturação electrónica aprovada pela Autoridade Tributária.

“A rapidez de processamento, a detecção e redução de erros através da automatização de processos de facturação, a retroalimentação de estados de facturas em minutos, a redução da pegada ecológica, são apenas algumas das vantagens da factura electrónica

que culminam numa cobrança das facturas em tempo recorde”, explica Tiago Cancela, Sales Manager & Corporate Liaison da SERES Portugal.

O objectivo é que a implementação da facturação electrónica entre PMEs e microempresas seja levada a cabo gradualmente, pelo que o Governo estabeleceu que, até ao final de 2023, as empresas poderão utilizar o formato PDF, com o objectivo de assegurar que todas as empresas se adaptem ao formato de facturação electrónica da melhor forma possível.

Portugal é um dos países europeus que tem sofrido mais atrasos na implementação da facturação electrónica no sector público. Países como a Itália implementaram-no em 2014, Espanha em 2015, França e Bélgica em 2017 e Alemanha em 2018. Além disso, tal como estabelecido nos regulamentos europeus, o prazo de implementação era Abril de 2020, o que significa que Portugal está três anos atrasado em relação ao previsto.

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Psicologia foi o serviço mais procurado em Portugal em 2022

Apsicologia foi o serviço mais procurado, em Portugal, em 2022. A conclusão é da Fixando, APP que liga clientes e especialistas de todas as áreas de actividade, depois de uma análise a mais de 170 mil pedidos que foram registados na plataforma ao longo do ano. O reultados, agora divulgados, indicam que “o serviço mais procurado em Portugal, em 2022, incidiu nas consultas de psicologia”, revela a Fixando, em comunicado.

O estudo indicou ainda que, para além da procura por psicó-

logos, os portugueses também recorreram ao aluguer de espaços para eventos e a serviços associados a cães. Estes serviços ficaram em 2º e 3º lugar, respectivamente, no ranking dos mais procurados a nível nacional. No que diz respeito à localização geográfica, “é no distrito de Lisboa que se concentram 31% dos pedidos registados na Fixando em 2022. Seguem-se os distritos do Porto (17%), Braga (7%), Aveiro (6%), Leiria e Faro (5%) e Santarém (4%)”, lê-se ainda no comunicado.

Para o ano de 2023, a Fixando identificou as áreas e categorias com maior potencial de negócio, sendo as principais: hotel para animais; local para eventos; treino de cães; catering

para festas e eventos; babysitter e especialista em piercings. “Estas oportunidades revestem-se de especial potencial no online, onde muitos portugueses passaram a procurar especialistas e profissionais para as mais diversas necessidades”, explica a plataforma.

A directora de novos negócios da Fixando, Alice Nunes, salienta também que os clientes usam cada vez mais o digital para a contratação de serviços. “Se em anos anteriores o mercado da oferta ainda não tinha feito uma transição sólida para o online, 2022 foi o ano em que os prestadores de serviços investiram no digital para expandir os seus negócios”, conclui.

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Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)
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Contribuir para um sistema de saúde ágil e moderno

Oano de 2022 foi de muitas esperanças e desilusões. A esperança mais concreta foi a do fim da pandemia Covid-19. Tivemos ainda a esperança de mudanças estruturais na Saúde, a esperança na recuperação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e, mais importante, a esperança de melhoria da qualidade assistencial à população com melhor acesso aos cuidados. Afinal, não se deu a recuperação do SNS e foram muito visíveis e mediáticas as dificuldades estruturais e na organização do SNS com alguns serviços de urgência fechados, outros com muitas horas de espera para atendimento e longas filas para marcações de consultas nos Centros de Saúde.

Durante o ano de 2022 foram reconhecidas e discutidas as fragilidades do SNS que, aliás, já estavam bem diagnosti-

cadas e apenas aguardavam e aguardam o devido tratamento. É bem conhecida uma das dificuldades mais graves, a falta de recursos humanos a todos os níveis assistenciais e em todos os grupos dos profissionais de saúde e sabe-se que, no que diz respeito aos médicos, isso condiciona o excesso de horas de trabalho, somado à falta de reconhecimento que inclui a baixa remuneração, às tarefas não clínicas que os desgastam, à falta de equipamento moderno e à organização deficitária do sistema. Estas situações conduzem a desmotivação, desanimo e cansaço, culminando na tão falada falta de atratividade da profissão, ou será do SNS?

A especialidade de Medicina Interna, é a especialidade médica mais versátil e aquela que possui a capacidade de visão integradora e global centrada no doente. É uma especialidade eminentemente hospitalar e a que melhor consegue agregar e gerir equipas multidisciplinares e multiprofissionais, mas é também, por isso, uma das que mais sente todas estas dificuldades.

A Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI) é uma sociedade científica com um longo percurso de

71 anos. Tem atualmente cerca de 3 mil associados com vontade de, no ano de 2023, contribuir para que o SNS se reorganize e saiba atrair os seus profissionais e dar-lhes estabilidade e condições de trabalho. Como resultado final, o que de bom for feito, vai sempre melhorar as condições assistenciais e a saúde dos portugueses. O nosso foco é contribuir no avanço para um sistema de saúde ágil e moderno.

Os internistas têm feito propostas para a organização do SNS e têm dado corpo a novas formas de exercer medicina, sempre no sentido da proximidade e da disponibilidade assistencial. Todos sabemos que as respostas têm de ser integradas entre hospitais, cuidados primários e setor social e que os serviços de saúde devem ter mais autonomia, por exemplo, para a contratação de profissionais e também para se reorganizarem após a pandemia.

Esperamos que o ano de 2023 seja, para o SNS, o ano da verdadeira retoma. Todos podemos ajudar com propostas concretas e realistas. Os internistas estarão, como sempre, presentes.

A SPMI deseja a todos um excelente Ano Novo!

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Lèlita Santos Presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna
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Biblioteca da Universidade de Coimbra debate o Portugal do pós-25 de Abril

Demografia e ordenamento são o tema, na quinta-feira (5), do primeiro de sete debates sobre o que mudou no Portugal democrático do pós-25 de Abril, organizados pela Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC).

“O objectivo da iniciativa é promover a discussão sobre as transformações ocorridas em Portugal, no último meio século, em diversos sectores: demografia, cidadania, juventude, cultura, comunicação social, saúde mental, envelhecimento, velhas e novas utopias”, informa a organização.

O director da BGUC, João Gouveia Monteiro, afirma que “é importante dar profundidade às comemorações dos 50 anos do 25 de Abril”.

“A festa deve aliar-se à reflexão e esta deve centrar-se em aspectos cruciais da vida dos portugueses e do desenvolvimento do país. Talvez não sejam os temas mais fáceis, nem mais populares, mas parecem-nos os mais necessários”, defende.

O historiador e professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra adianta que o ciclo de tertúlias mensais, que se prolonga até Julho, é o contributo da BGUC para as celebrações dos 50 anos da Revolução dos Cravos, que se completam em 2024.

“Em cada tertúlia, vamos poder contar com dois convidados de altíssimo nível, que o país conhece e reconhece. Coimbra e Portugal merecem”, sublinha

João Gouveia Monteiro.

Intitulada “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?”, a série decorrerá na Sala de São Pedro, no segundo piso da BGUC, e será transmitida em directo pela Biblioteca Geral e pela Comissão Comemorativa dos 50 Anos do 25 de Abril.

A iniciativa “Portugal 50 Anos (1973-2023): O que mudou? O que falta fazer?”, integrada no programa oficial de comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, começa na quinta-feira, às 18h00, com uma conversa sobre as tendências ao nível da demografia e do ordenamento do território, com a participação de Eduardo Anselmo de Castro e Diogo de Abreu.

Segue-se, no dia 9 de Fevereiro, uma tertúlia sobre “Cidadania e direitos individuais”, com Boaventura de Sousa Santos e Cristina Roldão.

No dia 9 de Março, o debate, com a participação de Helena Roseta e Paulo Marques, será centrado nas questões da habitação e da precariedade laboral juvenil.

No dia 13 de Abril, Abílio Hernandez Cardoso e Maria Vlachou intervirão sobre “Literacia, cultura e artes”, enquanto, a 4 de Maio, a conversa será dedicada ao tema “Jornalismo, ‘fake news’ e redes sociais”, com Joaquim Furtado e Clara Almeida Santos.

Para 1 de Junho, está marcado o debate “Saúde mental e envelhecimento”, com António Leuschner e Margarida Pedroso de Lima.

A finalizar o ciclo, a 6 de Julho, os oradores serão André Barata e Manuela Cruzeiro, numa sessão intitulada “Utopias. A liberdade. O tempo”, em que falarão “sobre o imaterial e sobre a dimensão mais existencial e emocional das pessoas, num questionamento sobre quais as utopias, as expectativas, as preocupações e as lutas das gerações”, de 1973 a 2023.

Com entrada livre sujeita a confirmação antecipada, devido à lotação limitada do espaço, as sete sessões, sempre à quinta-feira, às 18h00, já estão todas esgotadas, mas vão ser difundidas em directo.

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Ginásio Clube Figueirense cumpriu tradição com 128 anos

Foi a 1 de Janeiro de 1895 que o primeiro sócio, Pedro Augusto Ferreira, hasteou a Bandeira Nacional, um gesto simbólico que assinalou a fundação do clube, na altura Club Gimnástico Velocipédico Figueirense (CGV) na primeira sede – Rua Tenente Valadim.

Para celebrar os 128 anos, o Ginásio Clube Figueirense realizou no domingo (1) a cerimónia comemorativa que teve início com o Hastear da Bandeira, cumprindo-se a tradição, seguindo-se a apresentação do calendário para 2023, que também celebrou 60 anos, do boletim informativo do ginásio e o lançamento do número 12 da 6.ª série da revista anual “Vai d’arrinca!...”

Nos finais de 1896 o Clube possuía já cinco secções: Gi-

nástica, Velocipedia, Esgrima, Tiro, Dança e Dramática. Os primeiros estatutos do clube foram elaborados em 1896, por uma comissão composta por Manuel Gonçalves Santiago, Pedro Augusto Ferreira, Dr. Filipe Nery da Silva Pinto, Hen-

rique de Barros, José Camolino de Sousa e José Carlos da Silva Pinto, tendo sido aprovados em Outubro do mesmo ano. É de salientar que se devem a estes Estatutos a nova designação do clube: Ginásio Clube Figueirense.

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O céu de janeiro de 2023

Este ano tem a particularidade de começar com todos os planetas do sistema solar acima do horizonte ao anoitecer. No entanto por estes dias Mercúrio encontra-se tão perto da direção do Sol, que este não permitirá uma boa observação de Mercúrio.

A seu turno, na primeira noite do ano a Lua irá passar numa direção tão próxima da do planeta Úrano, que no Reino Unido e no norte da Europa quem tiver binóculos ou um pequeno telescópio (este planeta não é visível a olho nu) poderão presenciar a ocultação de Úrano pela Lua.

Já em Portugal, a primeira efeméride significativa terá lugar na terceira madrugada de 2023, aquando da passagem da lua junto do aglomerado estelar das Plêiades (o famoso Sete-Estrelo).

Ao início da noite seguinte a Lua estará tão próxima da direção do planeta Marte que na África Austral assistirão ocultação de Marte pela Lua. Outra ocultação semelhante terá lugar na madrugada de dia 31, mas essa apenas será visível na América central e Caraíbas.

Na madrugada de dia 4 terá lugar o pico de atividade da chuva de estrelas Quadrântidas, pequenas rochas e poeiras que se pensa terem sido libertados pelo asteroide 2003 EH1, o qual em tempos terá sido um cometa. Embora possam surgir em qualquer parte do céu todos parecerão irradiar de uma parte do céu (o radiante) outrora ocupada pela constelação do Quadrante Mural, uma constelação criada em 1795, mas que hoje em dia não é reconhecida pela União Astronómica Internacional. As chuvas de estrelas Quadrântidas tendem a ser particularmente fortes, podendo superar a centena de meteoros por hora no seu pico de atividade. No entanto, este ano o pico de atividade calha demasiado perto da

Lua Cheia (já no dia 6), sendo de esperar que o número de meteoros observados seja uma ordem de grandeza inferior ao normalmente previsto.

Nesta mesma quarta-feira a Terra chega ao seu periélio, o ponto da sua orbita mais próxima do Sol. No entanto como o hemisfério norte terrestre está voltado na direção contrária à do Sol, no nosso país continuaremos com os dias curtos e frios característicos do inverno.

Na noite de dia 14 para 15 a Lua será vista junto à estrela Espiga da constelação da Virgem, nesta mesma madrugada a Lua apresentar-se-á na sua fase de quarto minguante. Por sua vez, a Lua Nova irá coincidir com a chegada da Lua ao perigeu (ponto da sua orbita mais próximo da Terra), na noite de dia 21

No dia 22 dar-se-á a conjunção (maior aproximação no firmamento) dos planetas Vénus e Saturno ligeiramente à esquerda da Lua. Mas a maior aproximação da Lua a estes planetas dar-se-á pouco depois, mas já com estes astros abaixo do horizonte.

Na madrugada de dia 26 a Lua ter-se-á aproximado do planeta Júpiter, que por estes dias se encontra na constelação dos Peixes. Cerca de dias e meio depois terá lugar o quarto crescente.

No dia 29 comemorar-se-á o 25º aniversário do acordo internacional para o desenvolvimento, operação e ocupação da Estação Espacial Internacional. Esta estrutura ilustra bem que a humanidade consegue alcançar quando em vez de guerrear-se a humanidade decide trabalhar em conjunto.

Na madrugada de dia 30 teremos uma nova passagem da Lua pelo aglomerado estelar das Plêiades. Igualmente nesta madrugada o planeta mercúrio atinge a sua maior elongação (ou afastamento relativamente à direção do Sol) para oeste. Para os mais madru-

gadores esta é uma excelente oportunidade de observar Mercúrio antes do amanhecer, por ser uma das ocasiões em que este planeta se apresenta mais alto no céu.

Por estes dias o interior do sistema solar está a ser visitado pelo cometa C/2022 E3. Espera-se que no final deste mês o brilho deste cometa atinja o limiar do observável a olho nu, sendo a última oportunidade que teremos em muitíssimo tempo para o observar (mais precisamente cerca de cinquenta mil anos, correspondendo ao período orbital deste cometa).

Boas observações!

Fernando J.G. Pinheiro (CITEUC e FCTUC)

Figura 1: Céu a norte pelas quatro horas da madrugada de dia 4. Igualmente é visível o radiante da chuva de estrelas Quadrântidas e a posição do cometa C/2022 E3 nas noites de dias 23 e 28.

Figura 2: Céu a Sul pelas dezoito horas de dia 23. Igualmente é visível a posição de Vénus no dia 30 e da Lua nos dias 26, 28 e 30.

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Governo: João Galamba ministro das Infraestruturas e Marina Gonçalves ministra da Habitação

Oprimeiro-ministro, António Costa, propôs hoje os actuais secretários de Estados João Galamba e Marina Gonçalves, respectivamente para as funções de ministro das Infraestruturas e de ministra da Habitação.

“O Presidente da República aceitou a proposta do primeiro-ministro da criação do Ministério das Infraestruturas e do Ministério da Habitação, por divisão do Ministério das Infraestruturas e da Habitação, e aceitou a proposta do primeiro-ministro de nomeação de João Saldanha de Azevedo Galamba, como Ministro das Infraestruturas, e de Marina Sola Gonçalves, como Ministra da Habitação”, lê-se na página oficial da Presidência da República.

Com esta opção, o líder do executivo separa as pastas das Infraestruturas e da Habitação, áreas que até agora foram acumuladas pelo ministro cessante Pedro Nuno Santos.

Neste XXIII Governo Constitucional, João Galamba tem desempenhado as funções de secretário de Estado do Ambiente e da Energia, enquanto Marina Gonçalves tem exercido o cargo de secretária de Estado da Habitação.

Tanto João Galamba, como Marina Gonçalves, são destacados socialistas considerados próximos de Pedro Nuno Santos.

Marina Gonçalves, natural de Caminha e licenciada em Direito, foi assessora de Pedro Nuno Santos quando este desempenhou as funções de secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares e foi vice-

-presidente do Grupo Parlamentar do PS na anterior legislatura.

João Galamba, natural de Lisboa, licenciado em Economia, tem doutoramento em Ciência Política na London School of Economics. No período de liderança de António José Seguro no PS, entre 2011 e 2014, fez parte do chamado grupo dos “jovens turcos”, juntamente com Pedro Nuno Santos, Pedro Delgado Alves e Duarte Cordeiro.

Pedro Nuno Santos, agora substituído por João Galamba e Marina Gonçalves, demitiu-se das funções de ministro das Infraestruturas e da Habitação na passada quarta-feira à noite para “assumir a responsabilidade política” do caso da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP à ex-secretária de Estado do Tesouro Alexandra Reis.

A demissão de Pedro Nuno Santos foi a terceira ocorrida no Governo

na última semana de Dezembro e a 11.ª a atingir um membro do executivo socialista de maioria absoluta.

Em 27 de Dezembro, o ministro das Finanças, Fernando Medina, demitiu Alexandra Reis das funções de secretária de Estado do Tesouro, menos de um mês depois de a ter convidado para este lugar no Governo e ao fim de quatro dias de polémica com a indemnização de 500 mil euros que esta gestora de carreira recebera da TAP, empresa então tutelada por Pedro Nuno Santos.

Desde o início de funções do actual Governo, em 30 de Março passado, a saída de Pedro Nuno Santos é considerada a mais relevante do ponto de vista político, não só por causa da complexidade das pastas sob a sua responsabilidade, como também pelas consequências na vida interna do PS.

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Município de Mira assina protocolo com a CEARTE

OMunicípio de Mira assinou um protocolo de cooperação com o Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE), tendo como objectivo uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) intitulada “Incentivo Adultos”.

O protocolo assinado entre as duas entidades tem como “obrigação” a divulgação da iniciativa “Projectos Locais Promotores de Qualificações de Nível B1/B2/B3”, tendo em vista a captação de públicos elegíveis; divulgar reciprocamente as actividades de cada entidade, sempre que estas se dirigirem aos públicos preferenciais previstos e colaborar reciprocamente em tudo o que seja vantajoso para os candidatos elegíveis, incluindo a identificação, encaminhamento e outras actividades que se venham a considerar importantes para a identificação de candidatos e/ou constituição de grupos elegíveis, desde que tal se integre na missão e estatutos de cada uma das entidades.

Este protocolo servirá, de igual modo, para mobilizar adultos de muito baixas qualificações, para integrarem modalidades que conduzam à ob-

tenção de uma certificação de B1, B2 ou B3; promover a oferta de educação de formação de nível B1/B2/B3, que melhor se ajuste às necessidades dos adultos; criar condições propícias à participação dos adultos em percursos de qualificação, tirando partido das parcerias estabelecidas; acompanhar de modo intensivo e articulado os adultos, desde a inscrição num Centro Qualifica à obtenção de uma certificação, minimizando riscos de desistência e optimizando taxas de certificação; potenciar a integração dos activos no mercado de trabalho e outras ofertas diferenciadoras para o público inactivo e promover outros projectos de apoio ao desenvolvimento da comunidade local, de acordo com as atribuições dos dois

outorgantes.

Para o presidente da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, “a autarquia vai fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que esta candidatura seja aprovada, uma vez que o seu objectivo é único e vai melhorar, sem a menor dúvida, o nível de literacia dos mirenses, nomeadamente os adultos que, pelas mais diversas razões, não tiveram a oportunidade de, na sua juventude, estudar e aprender um pouco mais nas escolas”.

A candidatura vai avançar nos próximos dias e as duas entidades envolvidas esperam uma aprovação por parte da equipa que coordena as verbas e candidaturas ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência.

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