“Campeão das Províncias” - 5/1/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 | N.º 676 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 24 PÁGINAS DEZEMBRO ATINGIU MÁXIMO HISTÓRICO DE COMPRAS DE NATAL POR SEGUNDO

Atingido recorde de compras por segundo na antevéspera de Natal

A 23 de Dezembro, registou-se o maior número de compras por segundo de sempre. Foram contabilizadas 365 transacções, atingindo, assim, um máximo histórico no que diz respeito às compras de Natal. A informação é avançada pelo SIBS Analytics, em comunicado, que adianta que “o consumo em Portugal, no mês de Dezembro de 2022, aumentou face ao ano anterior, registando-se um crescimento de 20%. O avanço foi, contudo, mais expressivo nas compras online: aumentaram 31%, em 2022, enquanto as compras físicas registaram uma subida de 19% face ao período homólogo de 2021”.

O valor médio por compra física e online registou “um decréscimo de 2,6% face a 2021, situando-se nos 36,30€”. A mesma análise indica ainda que o comércio online continua a crescer, sendo que “os pagamentos online já pesam 15% do total de pagamentos verificados em Dezembro de 2022, mais um ponto percentual do que no ano anterior”.

Neste sentido, na hora de pagar as suas compras, os portugueses continuam a optar pelo MB WAY. “No último mês de 2022, um período tipicamente marcado por um número elevado de transacções, os pagamentos em loja através do MB WAY cresceram 5 vezes face ao período homólogo de 2020 e as compras online registaram um incremento de 3 vezes face ao mesmo período”, avan-

ça o SIBS Analytics.

Jogos e Brinquedos (3,2%), Perfumaria e Cosmética (2,3%) e Casa e Decoração (2%) foram os sectores que mais viram aumentar o número de pagamentos e, consequentemente, registaram uma maior variação do número de compras em Dezembro face ao resto do ano.

“Os dados do SIBS Analytics permitem ainda aprofundar a análise do consumo fora de casa, com o número de compras físicas realizadas pelos portugueses no estrangeiro durante o mês de Dezembro a registar um crescimento de 57% face ao período homólogo. Já o número de compras com cartões estrangeiros em Portugal cresceu 60% em relação a Dezembro de 2021”, conclui o SIBS Analytics.

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Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

OBRAS DO METROBUS AO LONGO DE 10 KM DENTRO DE COIMBRA

de Coimbra, o que já se nota nos condicionamentos de trânsito. As dificuldades de circulação vão aumentar com o avanço dos trabalhos, que se estendem por 10 km dentro da cidade. Os conimbricenses que se preparem, porque as obras vão chegar durante os próximos meses a pontos mais nevrálgicos, como a Rua General Humberto Delgado, a Avenida Emídio Navarro, a zona de Celas e a Avenida Sá da Bandeira. PÁGINA 12

Entrevista a Costa Carvalho:

A rudeza não fica bem no jornalismo

Um dos decanos do jornalismo, que dirigiu os três principais jornais do Porto, refere em entrevista ao “Campeão” que “o sacerdócio da profissão está em saber da importância da palavra e da justeza da sua aplicação”. Costa Carvalho entende que “a rudeza não fica bem” no jornalismo. PÁGINA 9

3 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf DE09042014RL/RCMC DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.pt PREÇO 0,75€ 2ª SÉRIE ANO 22 N.º 1140 5 DE JANEIRO DE 2023 SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA telef. 239 497 750 | fax 239 497 759 e-mail: campeaojornal@gmail.com PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS AUTORIZADO A CIRCULAR EM INVÓLUCRO FECHADO DE PLÁSTICO OU PAPEL PODE ABRIR-SE PARA VERIFICAÇÃO POSTAL TAXA PAGA PORTUGAL CCE TAVEIRO SEMANÁRIO NO PAPEL (QUINTAS-FEIRAS)... DIÁRIO ONLINE (WWW.CAMPEAOPROVINCIAS.PT)... VESPERTINO DIGITAL (DE SEGUNDA A SEXTA) | AUDIÊNCIA QUALIFICADA PUBLICIDADE www.clinicajoaquimmira.com ACORDOS: ADSE - ADM - SAD-GNR - SAD-PSP - SAMS CENTRO - SAMS QUADROS - S AMS SIB - ADVANCECARE - MÉDIS - MULTICARE - EDP - CGD - Sãvida CLÍNICAS MIRA Clínica Oftalmológica J. Mira 45111 COIMBRA Rua S. Teotónio, Lote 12 R/C - 3000-377 Telef.: 239 488 020 . Fax 239 488 029 . Telm: 937 463 036 Email: geral@clinicajoaquimmira.com BATALHA Telef.: 244 766 444 . Fax 244 766 464 Telm: 939 980 426 Email: batalha@clinicajoaquimmira.com OURÉM Telef.: 249 543 665 . Fax 249 545 760 Telm: 932 296 628 Email: ourem@clinicajoaquimmira.com CORRECÇÃO POR LASER (LASIK): OU LENTE INTRAOCULAR MIOPIA, ASTIGMATISMO E HIPERMETROPIA CIRURGIA DA CATARATA COM LENTE MULTIFOCAL
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Este novo ano de 2023 começa com todos os quatro troços do MetroBus em obras, na zona
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ACTUALIDADE

UMA LEITURA DIFERENTE, COMPROM SOBRE O FECHO DO ATRIUM DENTRO

Esclarecimento prévio: O autor do texto que se segue, eu próprio, foi ao longo de muitos anos muito amigo, e amigo dedicado, de Patrocínio Tavares, empresário do ramo da construção civil muito conceituado e que toda a Coimbra conheceu seguramente. Fui amigo dele e pela sua memória tenho um profundíssimo respeito e sou também, com idêntica honra, amigo da família. O texto que se segue, em que pela primeira vez o Campeão das Províncias se pronuncia sobre a polémica instalada à volta da compra do Atrium Solum pela Mercadona é um texto a que emprestei o melhor do que fui capaz em termos de verdade, de rigor e de isenção, no cumprimento dos deveres deontológicos a que a minha profissão me recomenda e a minha formação moral me exige. Mas sou humano e posso não ter cumprido aqui e ali, na perfeição, esse propósito de isenção. Se assim for, penitencio-me e peço desculpa desde já. Prevenidos que estão os leitores, aconselho a que as notas que se seguem sejam lidas apenas por quem me conhece profissionalmente e em mim confia. Respeitarei todas as divergências que houver e apenas peço que idêntico respeito seja dispensado à verdade que aqui assumo exactamente por ser isso mesmo: verdade. Obrigado

NOTA 1 – O Atrium

Solum foi concebido e construído pelo empresário Joaquim Patrocínio Tavares e à altura constituía uma grande obra, das maiores de Coimbra especificamente pensada para o fim a que se destinava: centro comercial, que na altura Coimbra não tinha às mãos cheias como depois veio a acontecer. O projecto foi complicado, Patrocínio Tavares endividou-se no banco para a compra do terreno que foi naturalmente caro dada a localização. Mais caro ficou, e muito, porque a complexidade da obra levou a que o projecto andasse cerca de 10 anos a arrastar-se pelos Gabinetes da Câmara Municipal até ser aprovado. Quando arrancou, o Centro Comercial, pensado como segurança do futuro da família, já levava atrás de si muitos milhares gastos. Muitos mesmo. O investidor suou ali as estopinhas e sofria profundamente com toda e qualquer chinesice que afectasse o andamento dos trabalhos.

NOTA 2 – Patrocínio Tavares fizera quase toda a sua vida em Moçambique para onde emigrara em jovem ainda. Aí casou, aí fez vida, aí se afirmou, na então Lourenço Marques, como um investidor em larga escala, um investidor com um jeito muito particular na escolha dos locais onde construir e passados

anos eram da sua iniciativa alguns dos maiores prédios da capital moçambicana. Com um jeito muito natural para se relacionar com a sociedade, em cada conhecido fazia um amigo, em cada amigo descobria um potencial cliente. Esse relacionamento que mantinha com os clientes, maioritariamente encontrados entre a imensa e sempre crescente rede de amigos, mais lhe exigia que construísse em qualidade, que cumprisse escrupulosamente os acordos de palavra (era homem que selava grande parte dos contratos com um aperto de mão), se afirmasse socialmente como uma pessoa de inteira confiança e imaculada seriedade. Veio a independência de Moçambique que apanhou Patrocínio Tavares a meio de um prédio construído em altura, com vários pisos. A sua reconhecida idoneidade abriu-lhe as portas a que acordasse com o Governo de então (da Frelimo, está claro) que levasse o prédio até ao fim que em nada os seus direitos seriam beliscados e que teriam muito gosto que continuasse a fazer a sua vida no país novo que ali nascia. Ele acreditou e assim fez, cumprindo a parte dele e continuando a meter dinheiro naquela prédio que era a sua coroa de glória (onde funcionou muitos anos o Cinema de Maputo) e por isso por ali se manteve mais de ano após a independência. Manteve-

-se até deixar este prédio pronto. Respeitou a sua palavra, exactamente o que o Governo moçambicano não fez. Vive ainda hoje em Coimbra bastante gente que conhece a história bem melhor do que eu. Concluído o prédio, Patrocínio Tavares teve de fazer a trouxa, pegar nos dois filhos então crianças ainda, deu a mão à esposa e, com o irmão José Tavares com quem trabalhava, tiveram de regressar a Portugal, com uma mão à frente e outra atrás, como acontecera a milhares de portugueses um ano antes. Para não passar fome, valeram a Patrocínio Tavares, a ele e à família, uns poucos dólares que protegera em depósitos na América, onde tinha família que visitava de quando em vez.

NOTA 3 – Chegou a Lisboa num dia e ao outro pôs-se a palmilhar a cidade à procura de bons terrenos para construir. Não era homem para estar parado. Andou nisto duas ou três semanas. Tudo muito caro, acima das suas hipóteses, mas sobretudo numa cidade que não conhecia e onde não tinha relacionamentos que lhe pudessem dar dicas que seriam muitas vezes o suporte das suas decisões. Essas dicas, o seu “faro” natural para o sector, a sua perspicácia para o negócio, a capacidade de relacionamento e a seriedade que emprestava a todos os seus gestos, eram o cardápio de

que se servia para tomar decisões, às vezes de milhões, tomadas tanta vez na solidão das suas caminhadas em busca de terrenos aptos a receberem construção nova. Terreno descoberto, era certo e sabido que, concluídos os projectos necessários, levavam cimento e tijolo assim que fosse possível. Confiava em si, na sua capacidade, no seu faro empresarial neste sector, na sagacidade com que se entregava ao trabalho.

Foi engelhando o nariz a Lisboa e decidiu-se vir espreitar a Coimbra, a ver como seriam as coisas por aqui. Sem se fazer anunciar mas com aquele ar pachorrento que o caracterizava, bateu à porta da Redacção do Diário de Coimbra, onde eu começara a trabalhar uns dois anos antes e assumira já responsabilidades editoriais e de gerência repartida. “Quero falar consigo”, disse, com a voz grossa e forte que era a sua. Eu não fazia ideia nenhuma de quem se tratava, mas aquele ar decidido como se anunciou não me deixou qualquer hipótese de recusa. Com certeza, disse-lhe. Mas que teria de ser em local reservado. Fomos os três (eu, ele e o irmão) para o meu gabinete que utilizava mais como espaço de algum recato do que como local de trabalho. Queria saber o que eu pensava de Coimbra e as hipóteses que teria de desenvolvimento futuro em termos de capacidade de investimento no imobiliário. Eu, então como hoje, não percebia nada do sector e refugiei-me nessa circunstância dizendo que pouco ou nada sabia, tanto mais que eu andava ali pelos vinte e poucos anos, ignorante em muita coisa e sabedor em coisa nenhuma. Calou-me logo: não se preocupe com isso. De construção percebo eu; eu quero saber é o que você pensa do potencial de crescimento de Coimbra enquanto cidade. E informou-me que estava a falar comigo, que já falara com outros mais e com mais iria falar ainda. Feito consultor de meia tigela dei-lhe alguns palpites que, saído de Abril um ano e tal antes e numa Coimbra em que eu acreditava, lhe recomendei

como perspectiva da cidade para a qual eu via (ou desejava) um futuro airoso. Que sim, que acreditava em Coimbra, que era terra de dinheiro com muita gente séria, com um sector público fortíssimo que empregava muita gente com bons vencimentos. Nunca mais saiu daqui, deste potencial de ser Coimbra uma terra com dinheiro. Quando lhe descrevi a componente da saúde, do ensino, da Sá da Bandeira e da Baixa cheias de médicos e advogados, ele convidou-me logo para almoçar uns dias depois.

Nascia aí, nesse primeiro encontro, uma relação de surpresa pelo perfil de homem decidido, de estima e admiração pela frontalidade e humildade de vir falar com um rapazola que começara a fazer a barba poucos anos antes , começava ali uma amizade que eu nunca supus que fosse para a vida e tão forte se mantenha ainda tantos anos para além dela. Foram longos anos de cumplicidade, de partilha de momentos, de má língua, de bitaites políticos, de ombros feitos colo de mágoas repartidas.

NOTA 4 – Veio o Atrium, depois de muitos outros imóveis, todos de apreciada e reconhecida qualidade. A demora da aprovação dos respectivos projectos causou muito sofrimento a Patrocínio Tavares, até porque a inflação ía comendo ano atrás de ano as hipóteses de negócio bem sucedido. Quando o Atrium veio já outros grandes centros comerciais tinham agarrado na ideia, fazendo-o com o à vontade que os milhões dos grandes grupos económicos têm e o investidor particular não tem. Mas a obra foi para a frente e transformou-se no que ali está ainda hoje, decorridos estes anos todos. Por cima do espaço comercial construiu-se um grande bloco residencial, com várias dezenas de tipologias diferentes, rapidamente vendidas, com centenas de residentes. A ele, ao arrojo e à visão de Patrocínio Tavares, se deve aquele final da rua Elísio de Moura que ainda hoje se apresenta

como um espaço residencial de belíssimo recorte, de qualidade construtiva assegurada, continuando a ser, muitos anos depois, uma zona de excelência.

O Centro Comercial, que fora pensado para um espaço comercial de dimensão adequada, nem grande nem pequeno demais, sofreu a erosão dos anos que demorou a construir e quando chegou já a realidade económica se alterara. Sabendo de outros projectos concorrentes, a chegar ou ainda em planificação, potenciais lojistas reservaram-se para investirem em superfícies doutras dimensões, onde os grandes supermercados garantiam uma afluência de pessoas que o Atrium não comportava. Isso obrigou a que os preços do arrendamento das lojas do Atrium se contivesse muito abaixo do necessário para garantir o pagamento das despesas do centro comercial no seu todo e cedo o negócio calculado à nascença se revelou de rentabilidade não garantida. Lojistas houve, e bastantes, que começaram a atrasar o pagamento das suas rendas, exigiram mesmo o seu abaixamento, outros desistiram e foram-se embora sem pagar. Ajudaram a manter o barco três ou quatro unidades económicas ainda hoje fáceis de identificar (Banco, Vasco da Gama, Sarmento, minimercado Pérola e poucas mais) mas sempre em níveis insuficientes. Numa palavra: cedo o Atrium começou a dar prejuízo, prejuízo crescente, prejuízo insuportável pela empresa proprietária.

NOTA 5 – É certo que o espaço de convívio é excelente e se tornou uma esplanada coberta, de muita comodidade, ponto de encontro para uma boa conversa. Mas até isso jogou contra a rentabilidade do Centro comercial. Esse aconchego, que permitia aos poucos clientes, levava a que os que o frequentavam ao longo dos anos por ali se mantivessem horas seguidas, tardes inteiras, fazendo o consumo correspondente as mais das vezes ao preço de uma bica. Por 50/ 60/ 70

QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 4 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 2 5 DE JANEIRO DE 2023

DAS PROVÍNCIAS

ETIDA

cêntimos as pessoas (incluindo alguns dos habitantes do bloco residencial) ali se mantinham horas seguidas, sem lhes passar pela cabeça (acreditamos) que já há muitos anos havia cafés em Coimbra que até proibiam que os estudantes ali se mantivessem a estudar, porque a rentabilidade dos espaços comerciais assenta muito na rotatividade dos clientes e não enquanto sofá de uma sala de estar colectiva, onde se está utilizando os equipamentos essenciais, consumindo um café e bebendo um copo de água. Dimensão do Centro Comercial que se tornou desadequada com os anos, poucos clientes e clientes consumidores do aconchego do espaço que não dos produtos à venda, tiraram toda e qualquer hipótese do espaço se manter. Desculpem a ousadia da afirmação, mas não a podemos calar: não foi a má gestão do Atrium que o inviabilizou. Foram aquelas circunstâncias atrás referidas, nas quais se inclui o olhar para o lado dos residentes do prédio que ali íam tomar a bica sem praticamente sair de casa, sem apanhar chuva, sem outros incómodos que não fosse descer o elevador. Mas para almoçar já íam a outros restaurantes, para fazer compras já íam a outros centros comerciais e o Atrium ficava ali como se tivesse de se acomodar a um destino que o tornara num mero espaço de con-

vívio para escassas centenas de pessoas.

NOTA 6 – Na semana passada, um residente num dos apartamentos do imóvel insurgia-se contra este desfecho (venda do espaço do Centro Comercial à Mercadona) dizendo que lhe íam tirar o seu Centro de Dia. Pedimos desculpa mas temos de dizer que uma das causas do que está a acontecer é exactamente esta maneira de pensar que respeitamos mas não nos parece correcta. Por os clientes – já de si insuficientes – terem transformado aquele espaço em centro de dia é que tudo isto aconteceu, a par dos outros factores atrás referidos. Desculpem-me de novo: mas acham que um privado investiu ali milhões e tantos anos de vida para fazer daquilo um centro de dia a custo zero? Acham mesmo? Não acredito que efectivamente seja essa a sua visão das coisas. Então a empresa proprietária tem que suportar prejuízos de milhares, se não de milhões, anos seguidos para não afectar a comodidade dos residentes, seja no prédio seja nas imediações? Isso seria justo?

Mas, dir-se-á: e então as expectativas de quem ali comprou apartamento, que não terá sido barato, onde ficam e como ficam? A ninguém terá sido afiançado que o Centro Comercial, enquanto unidade económica perfeitamente autó-

noma, se iria manter para o resto da vida. Uma unidade económica tem o seu percurso: se dá resultado tudo bem; não dando sujeita-se às regras do mercado e ninguém pode insurgir-se contra isso, por muito bem que saiba a bica tomada num espaço acolhedor, porventura com amigos de longa data. Sendo assim, todavia, compreende-se que custe sacrificar e prescindir de uma certa qualidade de vida, de uma pequena vertente de conforto residencial que se manteve durante anos. Esse custo, esse eventual decréscimo de conforto, a confirmar-se (e veremos adiante que poderá não ser assim), é isso mesmo: um sacrifício, por suportável que seja. Mas é uma resultante da natureza das coisas, do crescimento das grandes cidades, desta exigência moderna de termos de viver uns em cima dos outros. Mas esse custo é infinitamente menor, infinitamente repetimos, que serem os investidores a terem de suportar prejuízos sucessivos, inevitáveis e sem outra solução à vista que não seja darem outro destino ao espaço.

NOTA 7 – Outro residente no mesmo imóvel disse também há dias: isto vai ser assim porque o Patrocínio Tavares já cá não está, porque senão ele não permitiria esta solução. Por razões óbvias também nós lamentamos que ele já cá não esteja. Mas nada

O centro comercial não teve nunca uma afluência que lhe garantisse a rentabilidade. Poucas pessoas geravam vendas nas lojas e poucas vendas levaram à baixa de algumas rendas e até à desistência de alguns lojistas. Sem rendas dos espaços comerciais o centro comercial no seu todo estaria a prazo

mais injusto do que dizer isto. Por esta razão: este desfecho vinha a desenhar-se há muitos anos e só pelos montantes envolvidos e pela complexidade de soluções alternativas é que o Atrium se foi mantendo com um elevadíssimo sacrifício da empresa proprietária, de que são gerentes os dois filhos de Patrocínio Tavares, administradores do Atrium. O próprio Tavares se deu conta da inevitabilidade de um desfecho desta natureza e sobre ele falou variadíssimas vezes com os filhos, aconselhando-os. As coisas são ao contrário do que foi dito por aquele estimado residente: este desfecho já teria acontecido se o pai tivesse vivido mais anos, este

desfecho ou outro qualquer que tivesse surgido. Os filhos prolongaram enquanto puderam este tempo de agonia exactamente em respeito à memória do pai e sou testemunha do desgosto e do custo afectivo que representa para eles esta solução em termos da memória do pai. Foi, ainda que possa parecer o contrário, em respeito a essa memória e a essa relação afectiva fortíssima entre a família, que o Atrium se manteve estes anos todos, quando o negócio já deixara de o ser para se transformar num poço sem fundo. Se há sacrificados aqui, sejamos capazes de avaliar a dimensão do sacrifício de cada um. Mas façamo-lo com rigor e sem emoção.

NOTA 8 – Pelas razões atrás expostas, compreende-se perfeitamente o relativo desconforto inicial que esta situação possa causar aos utentes daquele espaço maravilha. Mas em nome da verdade e da defesa da honorabilidade (nunca posta em causa) da família de Patrocínio Tavares, figura que Coimbra tanto respeitou e admirou, pais e filhos, teríamos de vir a terreiro dar o nosso testemunho, que aqui fica. Que se outro mérito não tiver, e com certeza não terá, terá o de não me acobardar atrás da memória de Patrocínio Tavares, calando o que sei e deixar passar para a história realidades truncadas. Apesar disso as minhas desculpas e um abraço a todos.

Então o que vai acontecer? Isto: o espaço que o Atrium Solum prometeu vender à Mercadona e esta prometeu comprar vai entrar em obras lá para meados deste ano (Junho talvez), altura em que os actuais lojistas terão de entregar os espaços que têm arrendados. Acaba aí o Centro Comercial e começa a nascer uma nova superfície comercial, a Mercadona que, antes disso e ainda neste ano de 2023, abrirá uma outra loja na Figueira da Foz, zona das Abadias, onde dará trabalho a 65 trabalhadores, que, comos os de Coimbra um ano depois, terão contrato fixo desde o início e uma remuneração um pouco acima do praticável na altura. Mas voltemos a Coimbra, para dizer que a Mercadona não tem escondido estar sensibilizada para a especificidade do espaço do Atrium que vai ocupar, mormente no que respeita à relação de afectividade com os moradores no

edifício e zonas vizinhas. Estudou essas circunstâncias e propõem-se preparar todo o espaço de modo a que o trabalho desenvolvido não seja incomodativo para os vizinhos, garantindo de igual modo a insonorização necessária para que as descargas sejam silenciosas e não agressivas para o ambiente. Além das diversas secções naturais de uma superfície desta natureza (talho, peixaria, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, frutas e legumes e outras mais) terá um espaço franco de pronto a comer com self-service, com pratos alternativos que podem ser consumidos no local depois de aquecidos ou então levados para casa. Esta zona será maior do que é habitual nas outras 39 lojas de que já dispõe espalhadas pelo país de modo a assegurar que se mantenha o espaço de convívio que era matriz do Atrium e que a Mercadona se propõe manter. Todos estes serviços ocuparão uma galeria de cerca

de 400 m2 com luz natural. O estacionamento manterá os 100 lugares actuais e de entre os fornecedores estarão alguns produtores locais, de que o Maçarico e a Nutriva são apenas exemplos. O Banco Santander manter-se-á e nada obsta a que entre os fornecedores futuros estejam incluídos alguns dos lojistas actuais.

Então toda a comodidade actual vai manter-se na mesma? Não sejamos ingénuos. A circulação automóvel vai crescer, todo o movimento circundante vai aumentar, mas isso acontece sempre que na nossa zona mais serviços ou pessoas se instalem. Não será só ali. É em todo o lado. Tudo está na seriedade com que as indispensáveis modificações irão ser feitas e nada nos surpreenderá que alguns dos residentes agora preocupados venham a reconhecer mais tarde que ainda bem que as coisas aconteceram assim.

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ACTUALIDADE CAMPEÃO
www.campeaoprovincias.pt 5 DE JANEIRO DE 2023
O Museu Municipal de Coimbra inaugura a 14 de Janeiro, no Edifício Chiado, uma exposição colectiva de pintura de José Fonte e Márcio Costa, com o título “2 Pernas de Uma mesma Cadeira”
ATRIUM FECHARÁ DAQUI A MEIO ANO E MERCADONA PODERÁ ABRIR DENTRO DE ANO E MEIO OU MENOS
MEIO ANO
MAS ISENTA DE
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 6 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf nós podemos ajudá-lo! FALE CONNOSCO. a sua empresa PROMOVAAQUI CONTACTE-NOS: 239 497 750 // 917 039 033 jornalcp.adelaidepinto@gmail.com

FIGURAS a s c e n s o r A SUBIR

JOÃO FRANCISCO CAMPOS – No presidente da União de Freguesias de Coimbra se podem rever muitos outros autarcas do país que não se pouparam a esforços para que o Natal e festas de fim de ano devolvessem às comunidades regionais a folia que as caracteriza, a alegria que as anima e que os tempos que correm pouco têm permitido e muito menos estimulado. Quase não houve concelho ou freguesia que não tivesse aproveitado a quadra para iniciativas de aproximação social, para trazer as pessoas para a rua, para reforçar os laços sociais que dão forma e sentido a essas comunidades. Em Coimbra, o Mercado da Praça Velha terá resultado em pleno, pelo agrado manifestado pelos feirantes e artesãos, pelo público que participou de forma estimulante, em moldes que apontam para que a iniciativa continue em termos semelhantes, com as melhorias que eventualmente lhe possam ser acrescentadas. Para além disso, este evento confirmou que Coimbra continua a gostar da sua Baixa e a procura e frequenta se quem a “governa” conseguir acrescentar-lhe o perfume que este espaço citadino sempre teve mas que a partir de certa altura se perdeu por falta de mãos hábeis para a trabalhar, de sensibilidade para a entender e de jeito para com ela conversar.

A descer

COMEÇA A SER DIFICIL FAZER GOVERNO SEM GENTE COM RABOS DE PALHA – A senhora secretária de Estado do Tesouro (ex) lá foi à vida e que Deus a leve em bem. Arrastou com ela o ministro Pedro Nuno dos Santos, deixando ficar todavia Fernando Medina que, por muita lixivia que utilize, não sai disto de mãos imaculadas. Era inevitável e factos destes começam a ser tão frequentes que não demora nada entram na normalidade da vida política. Parece que os líderes governamentais passaram a ter um universo muito reduzido onde recrutar pessoas sérias e competentes para o Governo, assegurando o normal funcionamento do Estado. Há cada vez mais gente com rabos de palha e quem convida, seja o Primeiro Ministro sejam os ministros, não recorre a critérios de competência e ética, antes os seleciona de entre aquela faixa de pessoas a que poderemos chamar de incondicionais deste ou daquele partido político. Essa fatia de gente selecionável tem é de obedecer ao critério hoje eleito como decisivo: navegar à sombra dos dirigentes do partido do Governo. Se sim, é recrutável; se não, fica em casa. E os tachos onde ficam? Subdividem-se entre assessor, adjunto, chefe de gabinete, subsecretário, secretário e por aí adiante. Qualquer destes cargos faz curriculum e garante para cima de 4000 euros mensais, enquanto que dois terços dos nossos presidentes de Câmara soam as estopinhas o ano todo, sem fins de semana, sem vida pessoal, esfarrapam-se para servir o povo e levam bem menos do que isso e do que levam ainda gastam parte dele ao serviço da sua função. Democracia sem voto livre não há, é verdade. Mas só votar de vez em quando não assegura o sistema. Voto isolado em governação sem ética é uma fantochada transvestida de democracia.

LUIS MONTENEGRO – Murcho. Não arranca, não descola. Provavelmente mais por culpa da apatia em que o PSD parece ter caído do que por culpas próprias. Seja o que for, a sua liderança tarda a fazer chama, é lenta na motivação, frouxa nas expectativas. Não vai aqui nenhuma apreciação à pessoa em causa, por todos respeitada e tida em boa conta. Vai-se é perdendo a motivação que a sua liderança terá trazido quando entrou, já de si pouca, e que com o passar do tempo se arrasta num deixar correr que não faz nada o perfil do partido que até certa altura se distinguia exactamente pelo contrário: por gerar emoções, por defender as suas convicções de forma partilhada e audível, pela ousadia e coragem de pensar diferente, de defender alternativas, de ser capaz de dizer não, se necessário e muitas vezes o fez. Na linha do PSD dos últimos anos, Montenegro mantém o seu espaço eleitoral em lume brando e apesar das muitas “deixas” que António Costa vai desfiando, parece que nada acontece no panorama político-partidário do país. Luís Montenegro é o Fernando Santos da política: joga para o empate ou para perder por poucos. Quando assim é, outros mais afoitos festejam os êxitos que os adversários lhe permitem por incapacidade própria. O PSD precisa de mais Montenegro, o país precisa de mais PSD e Montenegro precisa de mais gás.

figura da semana

NUNO DOS SANTOS SAIU DO GOVERNO E DEMITIU-SE DE ANTÓNIO COSTA

Tivesse, ou tenha, o ex-ministro Pedro Nuno dos Santos ousadia e faro político e ter-lhe-á surgido uma oportunidade que, se bem aproveitada, lhe poderá ter aberto as portas de uma carreira política interessante. Para isso precisará, todavia, de muito bom senso e muita coragem para se libertar daquele caldo pantanoso em que se tem vindo a deixar cair uma larga faixa do mundo político lisboeta, onde os eleitos recrutam a maior parte dos seus colaboradores governamentais, alguns dos quais meia dúzia de dias depois lhes sujam as barbas. Nunca o país mudará, seja qual for o partido de Governo, se não se libertar daquelas teias de favorecimento, pessoal e de grupo, que vêm desde as juventudes partidárias e se prolongam vida fora. Os líderes, que comem, bebem e convivem com gente dessa faixa, muita da qual nunca fez nada na vida que não fosse manter-se na sombra do poder, nem se apercebem que há mais gente e há mais país para além desse mundo de baixa qualidade política. Mais do que isso: não se dão conta que há outra realidade, outra verdade, muita gente honesta e trabalhadora que suporta o país e sem a qual nunca deixaremos de viver na cauda do desenvolvimento europeu. Os tempos actuais, que já levam uns anitos de vivência neste arrastar caudaloso que puxa o país para os mais baixos índices do desenvolvimento, com a inaceitável pobreza de uma vasta camada da população portuguesa que se calcula andar na casa dos dois milhões de pessoas, estes tempos e com o país entregue quase em exclusivo àquela faixa de políticos incapazes, nunca deixarão de ser o que têm sido desde os primeiros anos do século, aí por volta de 2007/8: o país arrasta-se, consome tudo o que produz e produz cada vez menos, vive dos fundos europeus e de uma carga fiscal sobre as empresas e pessoas verdadeiramente imoral face aos rendimentos que têm. Os tempos de hoje assemelham-se perigosamente daqueles outros que no final da primeira República escancaram a porta aos Gomes da Costa a quem, meio destemperado é certo, bastou mudar de botas para acabar com a bagunça, lançando o país numa ditadura que se deve a uns e outros e que os políticos de então provocaram para depois lavarem as mãos. Se se libertar desse mundo, se passar uns tempos a apanhar sol no litoral aveirense, Nuno dos Santos talvez ganhe coragem e audácia para libertar o país desses donos do regime e envolver os portugueses numa motivação colectiva que recuperasse a liberdade que se vai perdendo (com fome ninguém é livre, sem trabalho compensador ninguém é livre, sem meios para construir o futuro ninguém é livre) e devolvesse aos partidos políticos, PS incluído, o sentido de dever que lhes anda associado. Ouça Nuno dos Santos os líderes regionais do seu partido, ouça os autarcas eleitos, ouça Portugal e verá que não tem andado nas melhores companhias.

BRUNO GONÇALVES – O dirigente associativo e do programa do Conselho da Europa ROMED, destinado a promover políticas de inclusão da comunidade cigana foi distinguido pelo Observatório das Comunidades Ciganas, uma das estruturas que integra o Alto Comissariado para as Migrações, com o prémio Pessoa de Mérito. Bruno Gonçalves, natural de Coimbra, mas residente na Figueira da Foz, foi o mentor do projecto OPRE Chavalé (ciganos no ensino superior) que anos mais tarde se tornou política pública.

INÊS NUNES – Aluna do doutoramento em arquitectura da Universidade de Coimbra ganhou o prémio para o melhor artigo apresentado no International Association for the Study of Traditional Environments (IASTE) Congress 2022, em Singapura, e ainda uma Attendence Grant de incentivo à sua investigação. O artigo intitulado “Female Disruptions Tropical Modernism” aborda a função social de duas arquitectas, de formação moderna, que souberam desafiar os paradigmas internacionalistas e tropicalistas do Movimento Moderno, através do seu trabalho realizado no Oriente: Jane Drew, na Índia, e Minnette da Silva, no Sri Lanka. Inês Nunes recebeu um apoio de mil dólares, 500 dólares pelo artigo premiado e o restante como Attendence Grant.

HELENA FREITAS – A directora do Parque de Serralves e Professora Catedrática na área da Biodiversidade e Ecologia no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra está a coordenar um projecto europeu que conta com um investimento superior a seis milhões de euros para apostar no desenvolvimento de ferramentas para o uso mais sustentável dos ecossistemas. Intitulado “Towards Sustainable Land-use Strategies in the Context of Climate Change and Biodiversity Challenges in Europe (Europe Land)” o projecto centra-se “na integração de recursos das ciências naturais e sociais para identificar, desenvolver, testar e implementar ferramentas integradas para melhorar a compreensão dos factores subjacentes às decisões de uso do solo, bem como a consciencialização e envolvimento das partes interessadas em termos de mudanças climáticas e desafios da biodiversidade”. Helena Freitas desempenhou o cargo de vice-Reitora da UC, entre 2011 e 2015, é detentora da Cátedra Unesco em Biodiversidade e Conservação para o Desenvolvimento Sustentável, presidiu à Liga para a Protecção da Natureza, de 1999 a 2002, e dirigiu o Jardim Botânico da Universidade de Coimbra de 2004 a 2012.

JOÃO NUNO CALVÃO DA SILVA – A Associação dos Antigos Estudantes de Coimbra (AAEC) deliberou distinguir o vice-Reitor João Nuno Calvão da Silva com o título de Sócio Honorário. A entrega do respectivo di-

ploma foi feita no Casino Estoril, no decorrer da festa comemorativa dos 102 anos da “Tomada da Bastilha” promovida pela Associação dos Antigos Estudante de Coimbra em Lisboa. Na oportunidade, o presidente da AAEC, Jorge Castilho, salientou “a justiça desta homenagem ao vice-Reitor da Universidade de Coimbra responsável pelas Relações Externas e Alumni, que tem desempenhado essas funções com insuperável dedicação e competência, muito contribuindo para reforçar o prestígio internacional da Universidade de Coimbra, ao mesmo tempo que vem estimulando e apoiando a rede de antigos estudantes desta Universidade”.

DIOGO RIBEIRO – O nadador já está focado nos Jogos Olímpicos de 2024, depois de se ter tornado um fenómeno com as conquistas e recordes alcançados em 2022. Aos 18 anos, detém um recorde mundial na categoria de júnior, nos 50 metros mariposa, obtido nos Mundiais da categoria, em Setembro, no Peru, local onde também arrecadou a medalha de ouro nas provas de 100 metros mariposa e de 50 metros livres. Diogo Ribeiro conta ainda com medalhas internacionais em provas absolutas, como os Europeus de Roma, bronze nos 50 metros mariposa, e os Jogos do Mediterrâneo, com ouro nos 50 metros mariposa e prata nos 100 metros livres. O conimbricense é candidato ao título de Jovem Promessa, prémio que é atribuído anualmente pela Confederação do Desporto de Portugal e que será revelado a 1 de Fevereiro na 26.ª Gala do Desporto.

ANDRÉ PESTANA – O líder do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.T.O.P) é o novo rosto da luta dos professores. Professor contratado há 21 anos, começou como estudante de Bioquímica, em 1995, mudando depois para o curso de Biologia na Universidade de Coimbra. Filho de professores, o conimbricense já deu aulas em Serpa, Cascais, Lisboa, Oeiras, Montemor-o-Velho, entre outras. O S.T.O.P nasceu em 2018 e tem estado na origem da maioria das acções de protesto dos professores deste ano lectivo. Uma das suas primeiras lutas foi a tentativa de acabar com o amianto nas escolas.

CÂNDIDO FERREIRA – O médico e escritor, natural do concelho de Cantanhede e que já foi candidato à Presidência da República, aceitou o convite para presidir ao Conselho Ético-Científico do Movimento de Cidadania Democrática (MCD) e do Grupo de Reflexão e Inovação para a Cidadania (GRIC), órgão consultivo do MCD. O novo Conselho tem como vice-presidentes a Professora Doutora Maria Elvira Callapez e o Professor Doutor Clemente Pedro Nunes. O MCD é presidido por Fernando Pereira, sendo um movimento que se “solidariza com a defesa dos direitos dos cidadãos, reflectindo e apresentando propostas para a solução dos problemas”.

7 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023
CAMPEÃO
www.campeaoprovincias.pt 4
candidatura apresentada por
a Eleição de
foi a única aceite pela
Eleitoral. Este órgão excluiu uma outra
não
A eleição será feita
6
DAS PROVÍNCIAS
5 DE JANEIRO DE 2023 A
Amílcar Falcão para
Reitor da Universidade de Coimbra, para o mandato 2023-2017,
Comissão
candidatura por
cumprimento dos requisitos formais estipulados.
a
de Fevereiro.

COSTA CARVALHO, DECANO DOS JORNALISTAS EM PORTUGAL

SACERDÓCIO DO JORNALISTA ESTÁ EM SABER A JUSTEZA DA APLICAÇÃO DA PALAVRA

Éum dos decanos do jornalismo em Portugal. Um dos poucos, senão o único, que assumiu funções de chefia nos três principais periódicos do Porto (Jornal de Notícias, O Primeiro de Janeiro e O Comércio do Porto). Ao longo dos mais de 40 anos dedicados à profissão, ajudou a fundar o Centro de Formação de Jornalistas e a Escola Superior de Jornalismo, na mesma cidade. Nascido em Amarante, em 1934, Costa Carvalho é uma figura incontornável do jornalismo português da segunda metade do século XX. Ao “Campeão” conta como mantém viva a lucidez do pensamento num mundo cada vez mais “subvertido”. Apesar de tudo, “não tem receio do futuro” e, já retirado dos jornais, continua a acreditar no jornalismo, essa arte onde que funde a literatura com a ética profissional.

Campeão das Províncias [CP]: A idade traz liberdade de pensamento?....

Costa Carvalho [CC] - Encontro-me na fase que considero a melhor da minha vida, que me permite brincar com as palavras. Para mim o sentido da liberdade é aquele dos gregos, em que ser livre é ser só. É pensar pela própria cabeça. Não é andar aí em grupos de reflexão... Defendo a independência a todos os níveis.

[CP]: Essa independência foi adquirida no jornalismo?

[CC] - Há quem diga que nasceu para isto e para aquilo. Nesse caso, tendo em conta que a minha mãezinha me dizia que estava sempre com a cabeça na lua, devia ter sido astronauta... (risos). O Pullitzer dizia e com muita razão: “A única profissão que se pode admitir pelo simples facto de ter nascido é ser ou não idiota”. O resto somos nós que fazemos. É um trabalho, um esforço pessoal e não porque se nasceu prendado para isto ou para aquilo. No caso do jornalismo, a relação entre a palavra e a personalidade da pessoa faz-se numa luta diária, é desenvolvida ao longo do tempo e creio que depende de cada pessoa.

[CP]: O que o atraiu no jornalismo?

[CC] - Foi por acidente. Já lá vão tantos anos... Foi em 1955. Tive aquelas crises que todos têm na adolescência que é sonhar em escrever.

A escrita era assim uma espécie de levitação. Ia-se ao sétimo céu, batia-se com a cabeça e voltava-se à terra rodeado de anjos...

[CP]: Há diferenças entre o jornalismo de antigamente e o de hoje?

[CC] - Não. Sempre houve bons jornalistas e hoje, felizmente, há muito bons jornalistas, tal como na minha época também os havia. Alguns que ainda agora são apontados como referências da classe. Mas também havia na minha época aqueles que eram fracos. A diferença é que temos que aprender a lidar com a nova época e hoje estamos todos baralhados. Dou-lhe um exemplo: diz-se que antigamente saíam menos gralhas. Pois saíam, mas as pessoas esquecem-se que estávamos protegidos por três revisões. A do chefe de secção, que lia. A da chefia da Redacção e depois a revisão final. Agora não, o desgraçado do jornalista tem que tratar de tudo. Ele tem que entregar o original, rever, paginar. Isso é cansativo. Ele não tem ajuda, está entregue a si próprio. Consequentemente, fica mais exposto.

Posso dizer as maiores barbaridades da maneira mais subtil. A rudeza não fica bem. Posso ser incisivo, posso atacar de frente, mas nunca afrontando as palavras

tem que ser respeitado. O importante no jornalismo é que consigamos entrar no miolo da palavra. Escarolar a palavra, como se usássemos um canivete, para ver o que a palavra tem lá dentro. O nosso sacerdócio está em saber da importância da palavra e da justeza da sua aplicação. Saber julgar o respeito que as palavras devem merecer, sabê-las utilizar. Posso dizer as maiores barbaridades da maneira mais subtil. A rudeza não fica bem. Posso ser incisivo, posso atacar de frente, mas nunca afrontando as palavras. Falam em liberdade de expressão e eu estou de acordo, mas porque não falamos da expressão da liberdade? Como é que expressamos a liberdade? Esse é o grande conflito da nossa época. Não podemos dizer tudo.

sociais]. Vão buscar fotografias imaginárias. Deve ser um gozo íntimo. Eu tomo aquilo como uma espécie de humor, das pessoas a divertirem-se às custas dos outros. Mas o que me aflige é que há pessoas que escrevem num português terrível. Como diria o Alves dos Santos, um comentador de desporto que chefiava a delegação em Lisboa d’O Comércio do Porto, “há tipos que pensam com os pés e escrevem com os cornos”. Rimo-nos, mas o jornalismo é uma profissão divertida só para quem não está metido nela...

[CP]: Mas o facto de existir esse espaço virtual onde toda a gente partilha ideias, onde toda a gente opina, isso cria problemas ao jornalista?

própria televisão, utilizam muitos vídeos de amadores. A grande questão é também essa: quem é que pode ser jornalista? Felizmente que toda a gente. Não é uma classe fechada. Estamos no capítulo da arte. E não só da arte, também no capítulo da ciência. Estamos no capítulo da constitucionalidade. Todos podem ser, haja capacidade para o ser. É preciso ser alguém para o qual se olhe com respeito, que esteja ao

sua seriedade e competência. E para tal tem que haver uma formação especial, sobretudo de economia da comunicação que hoje, mais do que nunca, é importante. Saber fazer um estudo de mercado. Um plano que leve em consideração custos, etc. Isso acho que ainda vou ver: um jornalismo em que cada um assume a sua criação própria, e em que cada um é assinante de um jornalista em particular, que

Como é que expressamos a liberdade? Esse é o grande conflito da nossa época. Não podemos dizer tudo

serviço de uma profissão que merece respeito. Que confira a informação, que se certifique que os seus dados estão correctos. Hoje em dia, com a Internet, os motores de busca, é fácil. O primeiro princípio é: nunca nos é permitido dizer coisas que não possamos escrever como cavalheiros. O segundo: nunca induzir as pessoas em erro. Só porque temos o capricho ou porque queremos dar a notícia primeiro do que os outros a todo o custo, sem interessar se é verdade ou não. A verdade, ninguém a tem. Ainda andamos todos à procura da verdade.

[CP]: Como é que o jornalismo vai ser no futuro?

tem que criar a sua rede de informadores, a sua rede de correspondentes. Isso pode ser feito, haja capacidade e crédito bastantes para ter quem lhe pague pelos seus serviços.

[CP]: Como foi lidar com a censura enquanto jornalista?

[CP]: Mas o que faz a diferença entre o bom e o mau jornalismo?

[CC] - Para mim, jornalismo é algo de altíssima importância. É literatura e

[CP]: Como vê o impacto das redes sociais, não só no jornalismo mas também nessa dimensão mais criativa do ser humano?

[CC] - As pessoas recusam-se a ler, porque dá trabalho. Gostam de pôr muitas fotografias [nas redes

[CC] - Cria, mas são manifestações de crise, crises momentâneas que o jornalista tem que vencer. Fazê-lo de uma maneira subtil. Atrair o leitor. Saber orientá-lo também, porque as missas sagradas acabaram. Esse altar divino em que estava o jornalismo. Era o jornalista que sabia, que dava a benção, que despachava o pessoal, que remia os pecados. Agora todos podem fazer o que o jornalista faz. Podem até fazer mais. A prova disso é que os meios, inclusive a

[CC] - Vai continuar a ser aquilo que o jornalismo sempre foi. É preciso ter em consideração a data da invenção da prensa. Gutenberg aproveita-se dos materiais da natureza para fazer uma liga que os chineses não conseguiram fazer. O diácono da igreja de Natre-Dame, na altura, disse que o livro ia matar a catedral, porque toda a gente ia passar a penetrar nos mistérios da Igreja. Passados anos veio a electrónica e matou o que vinha antes. Com o que nós temos hoje vai acontecer o mesmo.

[CP]: Estamos a regressar a esse período?

[CC] - Os jornalistas de hoje são obrigados a fazer o mesmo trabalho desse tempo. É o novo jornalismo. Com base em sociedades individuais cada jornalista vai disputar a realidade ao outro jornalista, através da

[CC] - Um dia, num suplemento juvenil do Jornal de Notícias, saiu uma pequena biografia da Indira Gandhi. Do presidente do Conselho de Ministros veio a ordem para o despedimento imediato da pessoa responsável pela publicação. O director, Manuel Vaz Pacheco de Miranda, chamou-me ao gabinete e perguntou-me se tinha havido qualquer intenção na publicação da peça. Eu respondi que não: “A secção é de mulheres ilustres, é uma mulher ilustre”. Ele disse que não precisava de mais nada. Vim depois a saber que o director tinha avisado que se tivesse que me despedir também ia junto. Isto marcou-me. É este o esforço que faço hoje em dia, cada vez mais, que é o de ser leal para com a minha profissão. [No JN] fizemos pastas em que se guardava o que era pedido pela censura, o que ia receber cortes. Penso que tudo isso deve ainda existir. Quando fui para os outros jornais foi já depois da censura. Cheguei tarde de mais... Não havia nada. Isto é das coisas que mais lamento na profissão. Uma vez disse mesmo a um administrador: “Os jornais são instituições da cultura, sem cultura”. [Versão completa da entrevista será publicada no “Campeão” online durante o fim-de-semana]

QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 8 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023 9 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 5 DE JANEIRO DE 2023 ENTREVISTA
MIGUEL MARQUES RIBEIRO (Jornalista do “Campeão” no Porto) Costa Carvalho dirigiu os três principais jornais do Porto

ACTUALIDADE

O DOENTE NO CENTRO DO CUIDAR NOS 60 ANOS DO IPO DE COIMBRA

OInstituto Português de Oncologia (IPO) de Coimbra, que completou 60 anos a 29 de Dezembro, vai durante todo este ano de 2023 assinalar a efeméride com um programa co-

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memorativo subordinado ao lema “Construindo o presente entre o passado e o futuro”, que traduz uma passagem de testemunho entre gerações e “a busca da excelência no cuidar”.

Para a presidente do

Conselho de Administração do IPO de Coimbra, Margarida Ornelas, esta instituição continua a transmitir a todos os profissionais de saúde os valores de colocar “o doente no centro do cuidar”, assi-

nalando que é um Centro de Referência de Oncologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e está em linha com os centros congéneres europeus.

Margarina Ornelas recordou a história do IPO

de Coimbra, que começou com a aquisição de uma vivenda, em 1953, e iniciou a actividade em 29 de Dezembro de 1962, acentuando o contributo de todos aqueles que ajudaram a traçar este caminho, num percurso que “dignifica a saúde e que a todos deve orgulhar”. Recordou Francisco Gentil Martins, que criou as unidades oncológias em Portugal, assim como o fundador do IPO de Coimbra, o médico Luís Raposo, e um dos presidentes do Conselho de Administração que “mais tempo se dedicou a esta casa”, o médico Manuel António.

Margarida Ornelas considerou esta data que assinala 60 anos um momento “muito importante”, não só para o IPO mas também para a população de Coimbra e da região Centro, daí que as celebrações procurem “envolver todos”.

As comemorações procuraram evidenciar que o IPO “é feito de pessoas” e que são os profissionais que “fazem a diferença e tornam esta casa tão especial e de que todos se orgulham”. O programa comemorativo é coordenado pela médica Regina Silva, esposa de Manuel António, ex-presidente do IPO de Coimbra, e está repartido por seis eixos - pessoas; comunidade; cuidado; memória, ciência; e futuro - sendo que cada um terá uma ou mais actividades, que incluem conferências, exposições e sessões de trabalho, entre outras.

Durante este mês de Janeiro realiza-se um almoço de Ano Novo que reunirá colaboradores e doentes que não tenham restrições alimentares, enquanto que para 4 de Fevereiro, Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, está marcada a caminhada “Por uma vida saudável”.

Para o encerramento das comemorações, em Novembro, está previsto a colocação de uma cápsula do tempo, com testemunhos representativos de cada grupo profissional, com a finalidade de serem lidos futuramente, a

realização de uma gala no Convento São Francisco e a inauguração de uma peça escultória, coordenada pelo pintor Vítor Costa, que vai envolver artistas nacionais e internacionais.

MODERNIZAÇÃO

Margarida Ornelas sublinhou que o IPO de Coimbra, que tem 181 camas e emprega mais de um milhar de pessoas, “tem crescido e modernizado”, salientando os investimentos em curso de requalificação e ampliação do edifício da cirurgia e imagiologia, cuja conclusão está prevista para Novembro.

A empreitada, no valor de 27,9 milhões de euros, que começou no final de 2021, “marcará o futuro não só do IPO de Coimbra, como da própria região Centro, por permitir melhorar a qualidade e segurança dos cuidados prestados, em condições hoteleiras mais alinhadas com os actuais padrões”.

“Sendo um investimento imprescindível e estruturante em áreas clínicas, permitirá a gestão dos recursos disponíveis, alicerçada em critérios de eficácia e eficiência, numa perspectiva de obtenção de valor, permitindo reforçar a confiança, quer dos doentes, quer dos profissionais”, reforçou a presidente do Conselho de Administração.

No início do ano passado, a unidade hospitalar concluiu a instalação de dois aceleradores lineares, num investimento global de 5,83 milhões de euros.

Segundo Margarida Ornelas, neste momento encontra-se em fase de concurso a aquisição de dois equipamentos de tomografia computorizada e uma câmara gama com tecnologia híbrida de tomografia computorizada, num investimento previsto de 2,1 milhões de euros.

Desde o início do ano até ao passado mês de Novembro, o IPO de Coimbra realizou 24.869 primeiras consultas médicas e 133.526 consultas subsequentes e contabilizou 4.771 doentes saídos do internamento.

9 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023
DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 10 5
2023
CAMPEÃO
DE JANEIRO DE
FORTE APOSTA NA CIRURGIA E NA IMAGIOLOGIA A Biblioteca / Ludoteca de Lagares da Beira, em Oliveira do Hospital, acolhe a exposição “Presépios do Mundo”, da colecção privada de José Amaro, até amanhã. A entrada é gratuita.
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 10 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf POR 50 EUROS ANUAIS RECEBA: - A EDIÇÃO IMPRESSA EM PAPEL, ENVIADA ATRAVÉS DOS CTT - A EDIÇÃO EM PDF NO SEU E-MAIL, HORAS ANTES DO JORNAL SAIR PARA A RUA; - O VESPERTINO “CAMPEÃO DIGITAL” NO SEU ENDEREÇO ELECTRÓNICO (www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf) DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, QUE SAI POR VOLTA DAS 17 HORAS. LEIA-NOS TAMBÉM NO SEU TELEMÓVEL. Apoie-nos, na nossa forma diferente e educada de comunicar. Apoie a imprensa respeitadora dos direitos das Pessoas, dos Animais e das Coisas. Exija-nos qualidade, rigor, isenção e respeito pela verdade. Faça de nós um projecto editorial colectivo. Exija de nós um Jornal que melhore todos os dias. Ajude-nos a cumprir dois desígnios editoriais que nos esforçamos por cultivar a cada instante: RESPEITO PELA VERDADE. RESPEITO POR SI. O B R I G A D O ! FAÇA-SE ASSINANTE DO “CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS” E APOIE A LIBERDADE DE IMPRENSA RESPONSÁVEL! 1 1 Contactos: Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D - Eiras 3020-430 Coimbra 2 3 2

Já estão a decorrer em Coimbra as quatro empreitadas lançadas pela Infraestruturas de Portugal relativas à construção do Sistema de Mobilidade do Mondego, o MetroBus, e durante este ano de 2023 todos irão sentir mais os condicionamentos das obras.

O “Campeão”, em colaboração com a Metro Mondego, faz o ponto da situação dos trabalhos e perspectiva o seu avanço.

O ponto de situação em relação a obras no terreno é o seguinte:

SERPINS - ALTO DE SÃO JOÃO: Foi a primeira empreitada a iniciar-se e será a primeira a ficar concluída. Está a ter intervenções em toda a sua extensão (30 km). No âmbito desta intervenção vão ser adaptadas ou construídas 17 estações, requalificadas 13 pontes e pontões, reabilitados 7 túneis, interven-

cionados 75 taludes e 25 intersecções rodoviárias e pedonais.

ALTO DE SÃO JOÃO-PORTAGEM: Este troço está ter intervenções em grande parte da sua extensão (5,2 km), nomeadamente nas zonas da Av. da Lousã, Arregaça, Praça 25 de Abril e ao longo de toda a Avenida Fernando Namora. Em 2023 deverão iniciar-se as intervenções na Avenida Emídio Navarro, Rua D. João III e Rua General Humberto Delgado. Esta empreitada inclui também intervenções das empresas Águas de Coimbra e Águas do Centro Litoral, nomeadamente nas redes de abastecimento de água, nas redes de saneamento de águas residuais e a construção da estação elevatória do Parque.

PORTAGEM-COIMBRA B: É um troço de 1,85 km e estão neste momento

a iniciar-se os trabalhos de remodelação e adequação das vias na zona (nascente) da estação de Coimbra B que será dedicada ao novo serviço de transporte de passageiros.

AVENIDA AEMINIUM-HOSPITAL PEDIÁTRICO: Neste troço de 3,5 km estão a decorrer intervenções na Rua Olímpio Nicolau Rui Fernandes e no interior dos HUC. Em 2023 devem iniciar-se as intervenções na zona de Celas e Avenida Sá da Bandeira. Esta empreitada inclui a remodelação das redes de abastecimento de água e de drenagem de águas residuais domésticas e pluviais por parte da Águas de Coimbra. Neste troço decorre também a empreitada de abertura do canal na Baixa de Coimbra, com a construção por parte da Metro Mondego do edifício-ponte na Rua da Sofia.

Zonas em obras e com condicionamentos de trânsito: 1 – Todo o troço Alto de S. João-Serpins; 2 – Avenida Fernando Namora; 3 – Rua Tomé Rodrigues Sobral; 4 – Rua Fonte do Bispo; 5– Avenida da Lousã; 6 – Rua Nicolau Rui Fernandes;

OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem por estes dias mais 207 novos médicos internos. Ao todo são 98 médicos internos que iniciam o ano de Formação Geral e 109 internos de Formação Especializada que se preparam para um período de aprendizagem naquela que é uma das “maiores instituições formadoras a nível nacional”.

Os novos médicos iniciaram na passada terça-feira (3) este trajecto, mas antes disso foram recebidos, por partes de várias entidades da área, numa Cerimónia de Acolhimento, que decorreu no dia 2, no Auditório Principal do Pólo dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Entre as várias figuras que marcaram presença esteve Carlos Santos, presidente do Conselho de Administração do CHUC, que destacou a importância do dia, tanto para a unidade hospitalar como para os jovens médicos. “O CHUC, além de uma unidade de excelência clínica, é tam-

bém uma unidade de referência na formação pré e pós graduada, um hospital universitário com grandes responsabilidades na formação dos jovens médicos”, sublinhou. O presidente destacou ainda que estes jovens “são, no fundo, o futuro do Serviço Nacional de Saúde (SNS)”, sendo por isso da responsabilidade das várias equipas do CHUC apoiar e assegurar “a qualidade da sua formação e a qualidade dos serviços de saúde que serão prestados no futuro”.

João Porto, director do Serviço de Urgência dos HUC, também marcou presença no evento e afirmou que esta “é uma fase crucial para estes jovens, onde irão aprender tudo o que lhes será útil para o futuro”.

O director reforça a importância de trabalhar em equipa e lembra que em Portugal “temos um serviço que assenta muito no serviço de urgência, que é a porta de entrada do SNS”. Adianta ainda que o serviço de urgências encontra-se muitas vezes em situações complicadas e por isso será necessário “fazer um esforço extra para tentar conciliar,

por um lado nunca descorar a assistência adequada aos doentes que vêm ao serviço de urgência e por outro lado ter algum tempo para dar formação e ensinar os mais novos”.

APOSTA NA FORMAÇÃO

Carlos Santos sublinha que o principal foco é a aposta na formação destes jovens médicos e não reforçar as equipas e os recursos humanos no diagnóstico e tratamento de doentes. “Acho que é muito importante nesta fase de formação que nos foquemos no que é essencial que é a formação dos jovens médicos e as suas qualificações para o desem-

penho do futuro. Naturalmente que à medida que a formação especializada vai avançando, esse contributo é claramente um apoio de maior relevância, mas nesta fase o foco é fundamentalmente na formação”.

Por sua vez, João Porto apela aos jovens médicos que “não tenham medo de questionar e perguntar”. “Esta é a altura fundamental para perguntar, questionar e não ter medo de mostrar a falta de conhecimento. Estamos numa curva de aprendizagem e por isso não há que ter medo de perguntar tudo, pois é assim que se aprende”.

Aos 207 novos médicos internos foram dados vários conselhos para este ano de

internato. “É muito importante que os jovens médicos em formação sejam pró-activos, que procurem apoio, que se interessem, que não tenham uma atitude passiva, que ouçam e sigam os mais velhos e que respeitem todos os profissionais e todos os doentes porque é assim que se constrói a relação médico/ doente que tão importante é para o diagnóstico, prognóstico e para o tratamento clínico”, destacou o presidente Carlos Santos.

A integração dos novos médicos internos nas equipas de trabalho e nas suas funções específicas reveste-se de grande importância para as organizações e visa potenciar a performance e o desempenho, promover a

satisfação pessoal e profissional e sensibilizar para as questões da humanização na prestação dos cuidados de saúde.

Rita Góis é uma das jovens médicas internas de Formação Especializada. Colocada em anestesiologia afirma que está preparada para começar uma nova fase na sua vida, embora ainda seja tudo uma novidade. “Ainda não sei bem o que me espera porque é um mundo novo para mim. Eu fiquei colocada em anestesiologia, não é propriamente uma cadeira que tenhamos tido durante a Faculdade, portanto vai ser tudo muito diferente, mas espero aprender e que se crie um bom grupo. Estou optimista”.

11 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023
DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 12 5 DE JANEIRO DE 2023 ACTUALIDADE CENTRO HOSPITALAR É UMA DAS MAIORES INSTITUIÇÕES A DAR FORMAÇÃO A NÍVEL NACIONAL CHUC FORMA MAIS DE 200 NOVOS MÉDICOS Iniciaram 98 médicos internos de Formação Geral e 109 internos de Formação Especializada
da área deram vários conselhos aos novos médicos
COIMBRA COMEÇA A SENTIR OS EFEITOS NOS CONDICIONAMENTOS DE TRÂNSITO
METROBUS JÁ
CAMPEÃO
Profissionais
7 – Hospitais da Universidade de Coimbra; 8 – Alto da Estação de Coimbra B
OBRAS DO
EM QUATRO FRENTES
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 12 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fração D, Eiras | 3020-430 Coimbra OUÇA A www.radioregionalcentro.pt

CLEANWATTS INSTALA-SE NA INCUBADORA DO INSTITUTO PEDRO NUNES

AIncubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN) vai acolher já este ano a sede da Cleanwatts, uma empresa portuguesa recente da área da tecnologia de energia limpa e renovável, que desenvolve soluções inovadoras no âmbito da transição energética para empresas e comunidades locais de todo o mundo.

A Cleanwatts é uma empresa climate tech que tem como objectivo melhorar a relação da sociedade com a energia, onde ela é mais precisa: localmente. Ao simplificar, amplificar e acelerar a transição energética para as comunidades locais, a

Cleanwatts aborda o trilema mais urgente do nosso tempo: descarbonizar a rede, enquanto reforça a segurança energética e reduz os altos custos da energia. A empresa cria e gere Comunidades de Energia Renovável (CER) e fornece energia como um serviço, sem investimento inicial. Recentemente conseguiu obter 25 milhões de investimento privado internacional, o que mostra bem a valia da sua tecnologia.

“O IPN, enquanto incubadora de empresas, desempenha um papel vital na crescente cena tecnológica de Coimbra e nós estamos muito satisfeitos por ter a nossa equipa a

trabalhar neste ambiente colaborativo e inovador”, anunciou Soma Demeny, director de Recursos Humanos da Cleanwatts. “Espero que o espírito inovador, empreendedor e transformador do IPN possa inspirar ainda mais a equipa da Cleanwatts a continuar o seu trabalho na aceleração da transição energética, uma missão tão urgente e de futuro”, acrescenta o responsável.

O presidente do IPN, João Gabriel Silva, também se mostrou satisfeito com a integração da empresa na Incubadora. “Estamos entusiasmados por acolher a Cleanwatts na nossa incubadora. A tecnologia

de energia limpa da Cleanwatts é uma adição valiosa à nossa comunidade de empresas emergentes e estamos ansiosos para contribuir para o seu desenvolvimento. A transição para as energias renováveis é essencial para a nossa sociedade, como bem mostram as alterações climáticas, bem como a invasão russa da Ucrânia. Ora, a tecnologia que a CleanWatts disponibiliza é decisiva para permitir um recurso acelerado a esse tipo de energia”.

A Cleanwatts junta-se, assim, a uma lista crescente de empresas que escolheram a incubadora do IPN para acelerar o seu crescimento e promover a

inovação em Portugal.

A incubadora do Instituto IPN é um espaço privilegiado de apoio ao empreendedorismo e à inovação, que visa ajudar startups e empresas em fase de crescimento a desenvolver os seus negócios de maneira mais rápida e eficiente. Apoia as mesmas a superar os desafios iniciais de desenvolvimento e crescimento, e a tornarem-se empresas de sucesso a longo prazo. A incubadora é uma oportunidade para os empreendedores aproveitarem o conhecimento e as capacidades do IPN e da sua rede de parceiros, e impulsionarem o crescimento dos seus negócios.

PLURAL+UDIFAR FEZ DONATIVO A TRÊS INSTITUIÇÕES

APlural+Udifar, cooperativa de distribuição farmacêutica com sede em Coimbra, cumpriu a tradição de Natal de entrega de donativos a instituições, sendo este ano contempladas a Quercus, a Plataforma Saúde em Diálogo e as Aldeias de Crianças SOS.

Para além dos apoios que ao longo do ano vai efectuando, a Plural+Udifar concretiza na época natalídia, desde há mais de 15 anos, um substancial donativo no âmbito da política de responsabilidade assu-

mida por esta empresa que se enquadra no sector da economia social.

O gesto solidário, em nome das 1.500 farmácias associadas, foi concretizado por Miguel Silvestre, presidente da Administração, acompanhado por Humberto Gameiro e Sara Terra, perante as entidades beneficiárias, nas instalações da empresa que recuperou os antigos edifícios da Fábrica da Cerveja.

Para além de prosseguir com os projectos da Quercus e da Plataforma Saúde em Diálogo, a Plural+Udifar

contemplou também as Aldeias de Crianças SOS Portugal, que tem espaços em Bicesse, Gulpilhares e Guarda, acolhendo 80

crianças e jovens.

Conforme sublinharam os responsáveis da agora Plural+Udifar, ao longo dos 48 anos de exis-

tência a cooperativa sempre privilegiou as relações humanas, no estabelecimento de laços com os seus cooperadores, fornecedores ou parceiros, para uma intervenção junto das comunidades onde estão inseridos. A Plural+Udifar faz parte da chamada “economia social” devido à sua natureza jurídica, pelo que para além do desenvolvimento de uma actividade inserida no sector da distribuição farmacêutica, tem uma responsabilidade social acrescida que exerce com vocação e entusiasmo.

breves

CONCLUSÃO ABRE NOVOS CURSOS JÁ ESTE MÊS

Técnico Auxiliar de Farmácia, Técnico de Logística e Técnico de Segurança no Trabalho são os cursos que a Conclusão irá abrir, no dia 13, em Aveiro, Leiria e Viseu. Estas formações destinam-se a jovens com idades entre os 18 e os 29 anos, que possuam entre o 9.º ano e o 12.º ano não concluído. No final é obtida uma certificação escolar e profissional, possibilitando ainda o prosseguimento de estudos de nível superior, Os cursos são 100% financiados, com apoios até 450 euros/mês por via de subsídios de refeição, acolhimento e transportes.

CRITICAL SOFTWARE REALIZA GESTÃO DE PROJECTOS DE SOFTWARE NA ÁREA AEROESPACIAL

A Critical Software apresentou, ontem (4), o seminário intitulado “A Gestão de Projectos de Software para o desenvolvimento de sistemas de controlo de bordo de naves espaciais”. A sessão teve como base descrever como são geridos projectos de software na exigente área aeroespacial, com foco na missão ClearSpace-1, da Agência Espacial Europeia. O seminário decorreu no âmbito da unidade curricular de Gestão de Projectos de Software, da Licenciatura em Engenharia Informática do ISEC.

ACIFF ENTREGA PRÉMIOS DAS MONTRAS DE NATAL

Para assinalar a época festiva, associada ao consumo de doces tradicionais, a Critical Software anunciou um total de 25.300 horas realizadas pelos seus colaboradores e da Critical TechWorks, no âmbito da Critical Fit - uma iniciativa que os desafia a cuidar do seu bem-estar físico e mental, ao mesmo tempo que ajudam quem mais precisa.

Com a cooperação de 500 colaboradores transformados em atletas foi possível criar um impacto positivo em 25 associações. Desde a protecção animal ao combate da pobreza, em 2022, estas organizações contaram com este apoio devido ao esforço feito pelos colaboradores para cumprir a meta estabelecida mensalmente.

Susana Santos, Assisten-

te da People Team e Responsável pela Critical Fit, refere que “a Critical Fit se repete pelo segundo ano consecutivo com o objectivo de continuar a cumprir a missão incrível a que se compromete mensalmente. O mérito vai para os nossos atletas, que tomam conta do seu bem-estar ao mesmo tempo que criam um impacto positivo na sociedade. O exercício é

fundamental para uma boa saúde física e mental, com isto em mente, a Critical Fit junta o útil ao agradável”.

A Critical Fit é mais uma iniciativa, que está alinhada com outras dinâmicas levadas a cabo pela Critical Software que fazem da empresa uma citizen company, tais como a flexibilidade de horários, regime de part-time, dias de férias

extra a partir do primeiro ano de antiguidade, dois meses extra de licença parental para as mães e um mês para os pais suportados pela empresa, seguros de saúde e ainda snacks preparados pelas Masterchefs da Critical Software com ingredientes frescos e alguns deles provenientes das hortas comunitárias promovidas pela empresa.

A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) ditou, no âmbito do Passatempo de Montras de Natal, que decorreu entre 8 e 24 de Dezembro, a loja Óptica Morais como a grande vencedora do programa. Foram ainda atribuídas Menções Honrosas Prata à Alldresscode e á Primóptica. As Menções Honrosas Bronze foram atribuídas à Astoria, à Love Lãs e à Florista Nenufar. A concurso estavam ainda os Móveis Anilar, as Lojas Foto Braga 1 e 2, a Flora St Rita - loja 1, os Miúdos Giros, a Roupa Nova, a Marina Store, a Vaz Joalheiros, a Sapataria Quaresma, a Ideias à Medida, o Plano B, a Astoria Kids, a Little Chick, a Deniart e a Casa da Optica.

13 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf In Campeão das Províncias de 05/01/2023
EMPRESAS & NEGÓCIOS
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS www.campeaoprovincias.pt 16 5 DE JANEIRO DE 2023
Os donativos são entregues em nome das 1.500 farmácias associadas
COLABORADORES DA CRITICAL SOFTWARE EXERCITARAM MAIS DE 25 MIL HORAS EM 2022 TECNOLÓGICA FAZ BALANÇO DA INICIATIVA QUE PROMOVE A SAÚDE FÍSICA E MENTAL DOS PROFISSIONAIS
RECEBEU 25 MILHÕES DE INVESTIMENTO PRIVADO INTERNACIONAL
EMPRESA
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 14 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Winter Food Fest promove gastronomia dos 19 municípios da região de Coimbra

AMealhada foi o concelho escolhido para acolher um festival gastronómico que, ao longo de três dias, promete valorizar produtos diferenciadores dos concelhos que compõem a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, bem como estimular a sua venda.

“O Winter Food Fest vai ser um momento de festa, de alegria, de convívio e, sobretudo, de promoção da qualidade dos produtos endógenos. Neste certame, que visa promover e dar a conhecer a qualidade dos produtos endógenos da nossa Região, celebramos as cores e os sabores do Outono e do Inverno”, disse o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão.

Durante a conferência de imprensa sobre o Winter Food Fest, que terá lugar nos dias 13, 14 e 15 de Janeiro, em pleno coração da cidade da Mealhada, Emílio Torrão sublinhou que este evento visa também combater a sazonalidade dos eventos gastronómicos.

“Todas as câmaras municipais vão tendo os seus eventos gastronómicos e a CIM tem a obrigação de congregar todos num único propósito, que é sentar todos à mesma mesa: a mesa da Região de Coimbra, uma mesa. O nome do evento está escrito em inglês precisamente para atrair turistas estrangeiros”, explicou.

“Casamos a gastronomia com a tradição, com a identidade de cada lugar, com a identidade da região. E hoje, cada vez mais, temos uma identidade própria”, indicou.

“Este festival de gastronomia de Inverno tem a particularidade de, pela primeira vez, juntar 19 municípios, com uma mostra de cada um dos municípios, escolhida por

cada um dos municípios e que, estrategicamente, cada um de nós, enquanto presidentes de Câmara, vai tentar promover”, esclareceu.

Na sua intervenção, o também presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, evidenciou ainda que “a região metropolitana de Coimbra está viva e come bem à mesa da região”.

Para a realização do Winter Food Fest, será colocada uma tenda na rua Doutor José Cerveira Lebre, que acolherá ‘stands’ com produtos diferenciadores de cada um dos 19 municípios que integram a CIM Região de Coimbra e que estarão disponíveis para serem degustados e comprados pelos visitantes.

Também no Largo do Tribunal será montada outra tenda e um palco, sendo este o espaço onde terão lugar ‘showcookings’, animação cultural e espectáculos musicais.

Para o presidente da Câmara Municipal da Mealhada, António Jorge Franco, este evento é uma grande oportunidade para os 19 municípios da região de Coimbra darem a conhecer a excelência dos seus

produtos.

“É uma oportunidade para as pessoas virem aqui degustar e levar para casa uma grande variedade produtos da região”, sustentou.

De acordo com o autarca anfitrião, trata-se de uma iniciativa para atrair pessoas à região, levando também “vida” ao centro histórico da Mealhada e impulsionando as vendas do comércio local.

“Quem não gostar de leitão, poderá comer arroz de lampreia, por exemplo. Somos uma região muito rica em termos gastronómicos”, concluiu.

Este evento da Região de Coimbra encerra as iniciativas da distinção “Região Europeia de Gastronomia 2021-2022”.

Integram a CIM da Região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, no distrito de Coimbra, Mealhada (Aveiro) e Mortágua (Viseu).

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QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 16 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Ao anunciar a sua empresa nesta Rádio os produtos que fabrica e / ou os serviços que presta, bastam 20 segundos para que milhares e milhares de pessoas conheçam o seu trabalho e o contributo que dá à Região e ao nosso País! ACOMPANHE O PULSAR DA REGIÃO NO RÁDIO DO SEU CARRO SINTONIZADO EM 99.3 FM OU WWW.RADIOSOBERANIA.PT OU NA APLICAÇÃO PARA TELEMÓVEL (DISPONÍVEL PARA DOWNLOAD EM ) 234 602 133 radiosoberaniafm993@gmail.com

Plural+Udifar une farmácias em torno da sustentabilidade

uma preocupação constante da Plural+Udifar. No ano de 2022, implementou painéis fotovoltaicos na plataforma logística do Cacém, à semelhança do que já tinha sido feito em 2017 na sede, em Coimbra, contando agora com um total de 1200 painéis.

Para o ano 2023, esta Cooperativa tem já um leque de acções previstas e planeadas, nomeadamente no que diz respeito ao aumento do parque de painéis fotovoltaicos e acções associadas à reflorestação e compensação carbónica.

APlural+Udifar, no âmbito da sua política de responsabilidade social e ambiental, reforça o seu compromisso com a sustentabilidade ao estabelecer novas metas, com o objectivo de orientar e impulsionar acções no âmbito do ESG (Environmental, Social and Governance).

As novas metas para 2030 são um pilar fundamental da estratégia ambiental e social da Plural+Udifar, em linha comos objectivos da ADIFA e do projecto Green Deal. O sector assumiu o compromisso de atingir a neutralidade carbónica da actividade de distribuição farmacêutica de serviço completo em Portugal até 2040, um objectivo que prevê uma redução de 40% das suas emissões de CO2 já em 2030.

A cooperativa farmacêutica

prossegue assim com a ambição de ser cada vez mais sustentável, continuando a investir em soluções inovadoras, à semelhança do que tem vindo a acontecer nos últimos anos.

“Faça o seu papel que nós tratamos da papelada!”, este foi o mote da campanha de desmaterialização da Plural+Udifar, que conta já com a adesão de um elevado número de associados e clientes.

Com esta campanha, todos os aderentes passam a receber os documentos contabilísticos em formato electrónico, indo de encontro ao Decreto-Lei 28/2019 de 15 de Fevereiro e eliminando assim o envio de documentos impressos, contribuindo para a preservação da natureza e simplificando os processos administrativos na farmácia.

A sustentabilidade tem sido

Segundo o presidente do Conselho de Administração, Miguel Silvestre, “o nosso planeta enfrenta enormes desafios económicos, sociais e ambientais e o cumprimento da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável vai resultar de um trabalho conjunto de governos e cidadãos de todo o mundo para criar um novo modelo global para acabar com a pobreza, promover a prosperidade e o bem-estar de todos, proteger o ambiente e combater as alterações climáticas. A Plural+Udifar quer continuar a trabalhar diariamente de uma forma mais responsável e ecológica possível, comprometendo-se a alcançar novas metas e objectivos para ser cada vez mais verde, contribuindo assim fortemente para a preservação do meio ambiente. Atitudes Simples, Grandes Mudanças!”.

17 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 18 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf Rua Adriano Lucas, 216 - Fracção D, Eiras | 3020-430 Coimbra | Tel. 239 497 750 Mail mediacentro.grupo@gmail.com | radioregionaldocentro@gmail.com www.radiofadodecoimbra.pt | Director: Lino Vinhal FADOdeCOIMBRA RÁDIO

Montemor-o-Velho repara dois troços alternativos ao trânsito na ponte de Alfarelos

ACâmara Municipal de Montemor-o-Velho vai receber 750 mil para reparar dois troços de estrada, que servirão de desvio durante as obras na ponte em Alfarelos sobre o Mondego.

O município de Montemor-o-Velho, no distrito de Coimbra, aprovou ontem (4), por unanimidade, na reunião do executivo camarário, o protocolo de colaboração técnica e financeira para a conservação de dois troços da estrada marginal do leito central do rio Mondego.

“Houve um acordo entre o ministro das Infraestruturas e da Habitação [na altura, Pedro Nuno Santos], o ministro do Ambiente [Duarte Cordeiro], a APA [Agência Portuguesa do Ambiente], a Câmara de Montemor-o-Velho e Câmara de Soure, no sentido de reconstruir minimamente, temporariamente, estes dois troços das Estrada do Campo, destes caminhos agrícolas, por forma a desviar o trânsito de pesados por essas estradas”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho, Emílio Torrão.

Em causa estão os dois troços de estrada, com uma extensão total de 9.270 metros, correspondentes à margem esquerda da estrada de manutenção do leito central do rio Mondego entre a Estrada Nacional 341 (EN341), em Alfarelos, e a ponte de Verride.

O outro troço corresponde à margem direita entre a ponte de Verride e a passagem hidráulica no leito abandonado do Mondego, em Montemor-o-Velho.

Está também prevista a pavimentação da ponte de Verride e respectivos acessos das margens esquerda e direita.

“Como é urgente fazer essa obra, a Câmara de Montemor, que tem capacidade própria para fazer a obra, vai receber 750 mil euros para fazer a reparação desses dois caminhos agrícolas, desses dois troços em questão”, sublinhou o autarca.

Emílio Torrão deu ainda nota de que já se iniciaram os trabalhos de reparação dos troços e que a obra demorará três ou quatro meses.

Após as obras na ponte em Alfarelos, a estrada que merecerá agora intervenção por parte da autarquia “passa novamente a caminho agrícola”, já que esta intervenção é apenas uma “solução temporária”.

O tráfego na ponte sobre o rio Mondego em Alfarelos, no concelho de Soure, será cortado durante um ano para obras de reabilitação.

A Câmara de Montemor-o-Velho já tinha proibido a circulação de pesados de mercadorias nas freguesias de Pereira, Santo Varão, Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, que podiam servir de desvio da ponte.

Até à conclusão desta obra, de reparação destes dois troços, os veículos devem circular pelos percursos alternativos sinalizados pela Infraestruturas de Portugal (IP).

Os veículos ligeiros devem utilizar a EN341 e a M601, passando por Verride e Vila Nova da Barca, enquanto o trânsito de veículos pesados tem de fazer-se através da EN342, seguindo por Soure e Louriçal até à EN109 ou A17, ou utilizar a EN347, na direcção de Condeixa-a-Nova, até ao IC2 ou A1.

19 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Reis Magos vão presentear os animais no Parque Biológico da Serra da Lousã

Ecuménico respira-se paz, tolerância e é possível aprender um pouco mais sobre as principais religiões do Mundo.

Assumindo-se como uma das principais atracções da zona centro, este complexo turístico inclui ainda o Restaurante Museu da Chanfana e o Hotel Parque Serra da Lousã, encontrando-se abertos todos os dias do ano.

A cerca de 20 minutos, o Conimbriga Hotel do Paço e o Restaurante Gavius possibilitam também uma estadia nesta região, cada vez mais valorizada.

Acelebração do Dia de Reis, a 6 de Janeiro, encontra um lugar especial no Parque Biológico da Serra da Lousã e quem irá receber as prendas são os próprios animais. Entre os presenteados estarão exemplares como os linces, ursos e lontra que receberão o seu alimento diário em forma de prenda. O embrulho das prendas inicia-se às 10h30 seguido da entrega e distribuição dos mesmos pelos três Reis Magos.

A actividade de Reis conta já com várias edições no Parque Biológico e continua a ser uma das que mais desperta a curiosidade e a alegria dos visitantes, principalmente dos mais novos.

O Parque Biológico, que em conjunto com o Ecomuseu Espaço da Mente e o Templo Ecuménico Universalista forma o Trivium, conta já com quase 400 mil visitantes vindos de todo o país para conhecer aquela que é a maior amostra de fauna e flora selvagem de Portugal.

Ao percorrer o parque, podem observar de perto espécies únicas como o Urso Pardo, o Lobo Ibérico, o Lince, Veados, Gamos, Javalis, Raposas e muitos mais que habitam naturalmente as florestas de Portugal. No Templo

Propriedade da Fundação ADFP, instituição de solidariedade social sem fins lucrativos com sede em Miranda do Corvo, o Parque segue uma lógica de integração e cerca de 70% dos trabalhadores sofrem de algum tipo de doença, deficiência física ou mental. A instituição apoia mulheres/mães em situação de pobreza, crianças, jovens e adultos com deficiência ou doença mental, idosos doentes em fim de vida, refugiados, pessoas “sem-abrigo”. A FADFP tem vindo a investir nas áreas do turismo e agricultura contribuindo para o desenvolvimento regional e para a sustentabilidade das suas actividades sociais.

QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 20 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Cantanhede aprova Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação

OExecutivo Municipal aprovou o Diagnóstico e Plano Municipal para a Igualdade e Não Discriminação do Município de Cantanhede, documentos elaborados no âmbito do Projecto “Região de Coimbra com Igualdade”, desenvolvido pela Comunidade Intermunicipal em articulação com os 19 municípios que a integram.

O Plano Municipal de Igualdade e Não Discriminação de Cantanhede, que traça as linhas gerais da actuação do Município para os próximos três anos, reflecte os objectivos estratégicos definidos nos planos de acção da ENIND - Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação 2018-2030, nomeadamente as acções apoiadas em três planos de acção: igualdade entre mulheres e homens, prevenção e o combate à violência contra as mulheres e à violência doméstica e combate à discriminação em razão da orientação sexual, identidade e expressão de género.

A elaboração do documento esteve a cargo da Divisão de Acção Social e Saúde do Município de Cantanhede e teve por base a recolha de dados estatísticos, análise documental, inquéritos e reuniões, não apenas junto das organizações locais e da população, mas também sob uma perspectiva interna, junto dos

colaboradores da autarquia.

Entre os dados recolhidos no concelho de Cantanhede destaca-se o facto de as mulheres terem vencimentos médios mensais menores em comparação com os homens e a taxa de analfabetismo ter maior expressão no sexo feminino. Noutro plano, dados de 2022 revelam que as mulheres são vítimas de violência doméstica na maioria dos casos (79,46%).

Para a vereadora da Acção Social e Saúde, Célia Simões, “o Plano Municipal de Igualdade e Não Discriminação de Cantanhede é um ponto de partida para a elaboração de um conjunto de políticas sustentadas e participadas”, que resultem em “acções concretas em prol de uma sociedade mais justa e que

não estimule a discriminação sob qualquer perspectiva”.

Ainda de acordo com a autarca, o documento aprovado pelo Executivo Municipal e que segue para apreciação e votação da Assembleia Municipal, “é um instrumento dinâmico e flexível, aberto ao contributo de todos”.

A Estratégia Nacional para a Igualdade e Não Discriminação assenta em três linhas de actuação transversais: a interseccionalidade, dado que a discriminação resulta da intersecção de múltiplos factores; a territorialização, reforçando que as políticas públicas devem adequar-se às características e necessidades territoriais e as parcerias, numa lógica de partilha de práticas, de co-responsabilização e de optimização de meios e redes.

21 QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Pastoral do Turismo da Diocese de Coimbra promove Caminho dos Reis

ja da Rainha Santa Isabel onde haverá um momento musical, seguindo depois para a Igreja do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. O Caminho dos Reis segue para a Catedral de Santa Maria de Coimbra (Sé Velha) e para a Capela de Santo Agostinho do Colégio da Sapiência que pertence à Santa Casa da Misericórdia de Coimbra, instituição fundada em Portugal, a 1498, pela Rainha D. Leonor.

AComissão Pastoral do Turismo da Diocese da cidade do Mondego e a Confraria Rainha Santa Isabel vão realizar, no sábado (7), o Caminho dos Reis.  Uma iniciativa pensada para as crianças e jovens, assim como as famílias e que pretende levar à descoberta da cidade de Coimbra

O percurso vai iniciar, às 14h00, na Igre-

Antes de terminar o percurso, haverá a oportunidade de conhecer a história dos crúzios, um doce conventual, no café de Santa Cruz. O Caminho dos Reis termina na Igreja de Santa Cruz de Coimbra - Panteão Nacional, fundado, em 1131, para a Ordem de Santo Agostinho. Aqui os participantes vão encontrar o Presépio e os túmulos reais de D. Afonso Henriques e do seu filho e sucessor, D. Sancho I.

O percurso é especialmente pensado para crianças, mas é aberto ao público em geral.

QUINTA-FEIRA, 5 DE JANEIRO 2023 22 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf

Natal e Ano Novo com mais mortes nas estradas portuguesas

Em 2022, durante o Natal e o Ano Novo, foram registadas mais mortes e mais acidentes nas estradas portuguesas do que no ano anterior. O balanço foi, esta terça-feira (03), divulgado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Segundo a ANSR, entre 19 de dezembro e 2 de janeiro, em Portugal, registaram-se “5745 acidentes, mais 797 do que em igual período do ano passado, e 22 mortos, mais seis” do que em 2021.

Houve, contudo, uma diminuição no número de feridos graves (81) e ligeiros (1316), “menos dois e menos 62, respectivamente, em relação a período homó-

logo do ano passado”. Ainda de acordo com a ANSR, “o aumento da sinistralidade no Natal e Ano Novo traduziu-se num crescimento, face ao período homólogo, no número de vítimas mortais de 22,3% e no número de acidentes de 16,1%”.

As mortes foram provocadas por acidentes que ocorreram em vários locais do país, nomeadamente, “Porto (5), Lisboa (4), Faro (3), Aveiro (2), Setúbal (2), Beja (1), Coimbra (1), Leiria (1), Santarém (1), Região Autónoma dos Açores (1) e Região Autónoma da Madeira (1)”.

Os dados surgem como resultado da campanha de segurança rodoviária “O Melhor Presente é Estar Presente” e indicam ainda que, durante o período de festi-

vidades, as autoridades fiscalizaram “5,6 milhões de veículos” e registaram “51,4 mil infracções”. Foram ainda contabilizados “23,1 mil autos em veículos que circulavam em excesso de velocidade e 1.625 condutores apresentaram uma taxa de alcoolemia superior à máxima permitida, do que resultou um total de 811 detenções, mais 124 do que no ano anterior”, refere a ANSR.

A campanha “O Melhor Presente é Estar Presente” decorreu entre 19 de dezembro e 2 de janeiro e teve como objectivo apelar a uma condução responsável durante a época festiva. De recordar que, todos os anos, morrem 1,35 milhões de pessoas em todo o mundo em consequência de acidentes na estrada.

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Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

Serpente no céu capturada com telescópio ESO

Uma miríade de estrelas é revelada por detrás do fraco brilho laranja da nebulosa Sh2-54 nesta nova imagem infravermelha. Localizado na constelação da Serpente, este impressionante viveiro estelar foi capturado em todos os seus intrincados detalhes usando o Visible and Infrared Survey Telescope for Astronomy (VISTA) localizado no Observatório Paranal do Observatório Europeui do Sul (ESO), no Chile.

Quando os antigos olhavam para o céu nocturno, viam padrões aleatórios nas estrelas. Os gregos, por exemplo, nomearam uma destas “constelações” Serpente, devido à sua semelhança com uma serpente. O que eles não teriam sido capazes de ver é que na extremidade da cauda desta constelação existe uma riqueza de objectos astronómicos espantosos. Estes incluem a Águia, o Ómega e a nebulosa Sh2-54; o último destes é revelado, sob uma nova luz, nesta espectacular imagem infravermelha.

As nebulosas são vastas nuvens de gás e poeira das quais nascem as estrelas. Os telescópios têm permitido aos astrónomos identificar e analisar estes objectos bastante ténues em requintados detalhes. A nebulosa aqui mostrada, localizada a cerca de 6000 anos-luz de distância, é oficialmente chamada Sh2-54; o “Sh” refere-se ao astrónomo americano Stewart Sharpless, que catalogou mais de 300 nebulosas na década de 1950.

À medida que a tecnologia utilizada para explorar o Universo avança, o mesmo acontece com a nossa compreensão destes viveiros estelares. Um destes avanços é a capacidade de olhar para além da luz que pode ser detectada pelos nossos olhos, tal como a luz infravermelha. Tal como a serpente, o homónimo desta nebulosa, desenvolveu a capacidade de sentir a luz infravermelha para melhor compreender o seu ambiente, também nós desenvolvemos instrumentos infravermelhos para aprender mais sobre o Universo.

Enquanto a luz visível é facilmente absorvida por

nuvens de pó nas nebulosas, a luz infravermelha pode passar através das espessas camadas de pó quase desimpedidas. A imagem aqui revela, portanto, uma riqueza de estrelas escondidas atrás dos véus de poeira. Isto é particularmente útil, pois permite aos cientistas estudar o que acontece em viveiros estelares com muito mais detalhe, e assim aprender mais sobre como as estrelas se formam.

Esta imagem foi captada em luz infravermelha utilizando a sensível câmara de 67 milhões de pixels no telescópio VISTA do ESO no Observatório Paranal, no Chile. Este é um projecto plurianual que tem observado repetidamente uma grande parte da Via Láctea em comprimentos de onda infravermelhos, fornecendo dados chave para compreender a evolução estelar.

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