Hospital de Cantanhede destaca-se por práticas de saúde amigas do Idoso
OHospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, integra, a partir de hoje (20), a lista internacional de participantes em Sistemas de Saúde Amigos do Idoso, intitulada “Age friendly healthsystem”.
O Hospital de Cantanhede foi desta forma reconhecido, a nível internacional, por práticas de saúde amigas do Idoso.
O HAJC foi avaliado por um consórcio de entidades ligadas ao sector social e da saúde, tornando-se “a primeira instituição portuguesa a constar desta lista de organizações reconhecidas por promover o respeito pelos direitos da pessoa mais velha”, afirmou o HAJC.
A Age-Friendly Health Systems é uma iniciativa da Fundação John A. Hartford e do Institute for Healthcare Improvement, em parceria com a American Hospital Association (AHA) e a Catholic Health Association of the United States, Age friendly healthsystem.
O objectivo é o de adequar a “resposta às necessidades específicas” dos cidadãos e desenvolver “práticas para Sistemas de Saúde Amigos do Idoso”.
A metodologia deste sistema parte de uma abordagem geriátrica multidimensional, baseada em quatro elementos, os 4M, sendo eles a “Motivação”, ajustando os cuidados prestados ao resultado esperado por cada doente, assim como a “Medicação”, adequando a medicação ao doente e ao seu estado.
Outro dos elementos é “Estado Mental”, ou seja, prevenir, identificar e tratar a demência, depressão e estados confusionais, bem como a “Mobilidade”, incentivando a mobilidade e a funcionalidade no idoso.
Para a presidente do conselho directivo, Diana Vilela Breda, este reconhecimento é “um grande orgulho”, que se junta a “outros nacionais e internacionais”.
“Ser o primeiro hospital em Portugal e o segundo da Europa a participar neste modelo de boas práticas de prestação de cuidados a pessoas mais velhas, sustentado na metodologia 4M, é um justo reconhecimento do trabalho que os nossos profissionais desenvolvem”, frisou.
O HAJC deu ainda nota de que, segundo o Plano Nacional de Saúde 2021-2030, nas últimas duas décadas a esperança de vida à nascença aumentou 4,5 anos, sendo de 81,1 anos (2018-20).
Estudos recentes apontam para que a população com mais de 65 anos quase duplique nos próximos 30 anos.
No que respeita ao índice de envelhecimento, do concelho de Cantanhede foi, em 2021, de 270, valor mais elevado do que a média nacional que se cifra em 183, acrescenta a mesma nota.
Também a percentagem de idosos em Cantanhede é mais elevada, já que 30,4% da população é idosa, sendo que o total da população portuguesa idosa é de 23,5%.
Recorde-se que o Hospital de Cantanhede tem estado na ordem do dia com a discussão da integração desta Unidade no Centro Hospitalar Universitário de Coimbra. Regina Bento, em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias, referiu estar expectante e que as suas reservas “têm que ver com as experiências que conhecemos, nomeadamente, o caso do Hospital dos Covões”. A administradora hospitalar afirmou, no entanto, ter esperança que se tenha aprendido com os erros e que esta integração se faça melhor.
Cerca de dois milhões de pessoas em risco de pobreza em 2021
Onúmero de pessoas em risco de pobreza diminuiu em 2021, revela hoje o Instituto Nacional de Estatística, segundo o qual a taxa de risco de pobreza é agora de 16,4%, menos dois pontos percentuais do que em 2020.
O Inquérito às Condições de Vida e Rendimentos do INE realizado em 2022, sobre rendimentos do ano anterior, revela também que cerca de dois milhões de pessoas encontravam-se em risco de pobreza ou exclusão social
A taxa de pobreza ou exclusão social (pessoas em risco de pobreza ou vivendo em agregados com intensidade laboral per capita muito reduzida ou em situação de privação material e social severa), foi 19,4%, menos três pontos percentuais (p.p.) do que no ano anterior indicam os dados do INE.
Segundo o INE, a diminuição da pobreza abrangeu todos os grupos etários, embora tenha sido mais significativa para a população idosa (menos 3,1 p.p.).
O risco de pobreza dos menores de 18 anos diminuiu 1,9 p.p. e o dos adultos em idade activa 1,6 p.p., precisam os dados, explicando que “a taxa de risco de pobreza correspondia, em 2021, à proporção de habitantes com rendimentos monetários líquidos anuais (por adulto equivalente) inferiores a 6.608 euros (551 euros por mês)”.
De acordo com o INE, o risco de pobreza diminuiu tanto para a população empregada, de 11,2% em 2020 para 10,3% em 2021, como para a população desempregada, de 46,5% em 2020 para 43,4% em 2021.
Apesar de em geral o risco de pobreza ter diminuído para todos os agregados familiares, as famílias constituídas por dois adultos e duas crianças viram o seu risco de pobreza aumentar de 11,8% para 12,8%.
As transferências sociais, relacionadas com doença e incapacidade, fa-
mília, desemprego e inclusão social contribuíram para a redução do risco de pobreza em 5,1 p.p. (de 21,5% para 16,4%), um contributo superior ao do ano anterior (4,6 p.p.).
A desigualdade também diminuiu em 2021, refere o INE, adiantando que o Coeficiente de Gini (indicador habitualmente utilizado para sintetizar o grau de desigualdade de uma distribuição de rendimentos) registou um valor de 32%, menos um ponto percentual do que em 2020 (33,0%), e o rácio S80/S20, que compara a soma do rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com maiores recursos com a soma do rendimento monetário líquido equivalente dos 20% da população com menores recursos, diminuiu, de 5,7 em 2020 para 5,1 em 2021.
Em 2021, considerando o limiar de pobreza nacional, o risco de pobreza diminuiu nas regiões Norte, Centro, Área Metropolitana de Lisboa e Alentejo e aumentou na região do Algarve (mais 0,5 p.p.) e nas regiões autónomas (mais 3,2 p.p. na Região Autónoma dos Açores e mais 1,7 p.p. na Região Autónoma da Madeira).
A sobrelotação da habitação afectava principalmente os residentes nas regiões do Algarve (13,5% dos residentes), Açores (13,5%) e Madeira (13,0%).
Em 2022, o indicador relativo à proporção da população residente que
vive sem banheira, duche e retrete no interior do alojamento aumentou para 0,4% da população em geral (0,3% em 2021) e para 1,3% da população em risco de pobreza (0,7% em 2021).
O INE afirma que “esta evolução reflecte uma inversão de sentido em relação à tendência de melhoria desta condição habitacional, em especial no caso da população em risco de pobreza”.
A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social considerou que os números divulgados são “históricos” e demonstrativos de um trabalho colectivo, comprometendo-se a manter a meta de retirar 660 mil pessoas da pobreza até 2030.
“São números históricos, do ponto de vista de capacidade colectiva de redução de pobreza em Portugal e que reflectem o facto de conseguirmos ter retomado a trajectória positiva de melhoria dos rendimentos, de condições de vida e, acima de tudo, de combate à pobreza, depois do ano difícil que tivemos durante a pandemia”, disse Ana Mendes Godinho, numa conferência de imprensa, no Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, em Lisboa.
“Estes números divulgados hoje pelo INE apresentam a maior redução de sempre num ano da taxa de risco de pobreza em Portugal”, salientou a ministra.
Extraterrestres imaginários ajudam a aprender sobre o Sistema Solar e a vida fora da Terra
“E.T. chama casa”. Neste jogo, a frase do icónico filme de Steven Spielberg não funciona. Terão de ser os jogadores a levar as dezasseis criaturas de outros mundos, perdidas no Sistema Solar, até às suas casas. É este desafio que o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA) propõe a todos, mas em particular àqueles entre os 8 e 12 anos, para em conjunto se entusiasmarem com factos sobre planetas e luas do nosso bairro cósmico, e sobre as condições necessárias à vida fora do nosso planeta azul.
“ET - Uma Aventura no Sistema Solar” é um jogo de tabuleiro, lançado online no dia 17 de Janeiro em português e inglês, e que se apresenta como um recurso educativo, gratuito, e validado cientificamente por uma unidade de investigação nacional. “O objetivo deste jogo é criar interesse nos jovens pelo Espaço e pela procura de vida fora da Terra, a astrobiologia. Usámos como estratégia um tema já popular entre o nosso público-alvo: os extraterrestres”, diz Catarina Leote, do Grupo de Comunicação de Ciência do IA e coordenadora do projeto que, em colaboração com o Grupo de Sistemas Planetários do IA, levou à conceção e produção do jogo.
O jogo, disponível em formato “Print and Play”, pode ser livremente descarregado e impresso. Depois, basta recortar e montar, faltando apenas peões e um dado para começar esta divertida aventura, na companhia das ilustrações dos extraterrestres criadas por Paulo Galindro e com o design do tabuleiro e demais acessórios por Sara Patinho. É uma atividade lúdica e educativa para famílias e uma útil ferramenta para professores que pretendam introduzir o mundo da astronomia aos seus alunos.
Quais são então os desafios colocados aos jogadores? Primeiro têm de conhecer o seu território, ou seja, os mundos do Sistema Solar – os planetas, mas também várias das suas luas, algumas delas alvos reais da atual procura de vida fora da Terra. Para isso, os jogadores têm de responder a perguntas, que lhes darão acesso a cartas com informação e a peças de mini-puzzles das ilustrações dos dezasseis E.T.s. Poderão negociar as peças com
os outros jogadores até obter a figura completa. Só então se podem lançar no objetivo final: adivinhar o mundo de origem do seu extraterrestre.
As criaturas que representam os E.T.s são todas imaginárias, mas a sua anatomia é fundamentada em factos científicos sobre diversos ambientes no Sistema Solar. Se estes extraterrestres de facto existissem, é quase certo que chamariam a esses locais de “lar doce lar”. “A discussão [sobre a criação dos E.T.s] foi de índole científica e portanto a informação veiculada, que está relacionada com os ambientes do jogo, é ciência boa e sólida. Os E.T.s foram um exercício de imaginação interessante”, diz Pedro Machado, investigador do IA e da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (Ciências ULisboa), e um dos investigadores que participou na criação de elementos para o jogo.
Este jogo de tabuleiro inclui ainda uma ajuda: um livreto com informação complementar sobre planetas, luas e pequenos corpos do Sistema Solar, assim como noções essenciais sobre a procura de vida fora da Terra, ou astrobiologia.
O aspeto gráfico foi outra prioridade, afirma Catarina Leote. “Criámos os E.T.s com base em características fisionómicas e fisiológicas necessárias para viverem adaptados aos seus planetas ou luas, e portanto havia condições de representação que tinham de ser cumpridas no desenho”, explica. “O resultado final foi uma combinação das nossas descrições com o talento e criatividade do Paulo Galindro.”
O jogo “ET - Uma Aventura no Sistema Solar” foi financiado pela Europlanet Society por ter sido uma das propostas vencedoras no concurso Europlanet 2020 RI Public Engagement Funding Scheme. Numa próxima fase terá versões noutras línguas, como o castelhano, francês e italiano.
Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço
Museu do Vinho Bairrada inaugura novo ciclo de exposições temporárias
OMuseu do Vinho Bairrada, em Anadia, vai inaugurar, no próximo sábado (28), pelas 15h30, o novo ciclo de exposições temporárias, “José d’Almeida - O Poeta da Luz” e “Artistas Portugueses na Tapeçaria de Portalegre”, que estará patente ao público até 31 de Maio, no âmbito das comemorações do 20.º aniversário daquele espaço museológico.
O núcleo “José d’Almeida - O Poeta da Luz” é uma homenagem póstuma que o Município presta ao artista plástico, falecido em Outubro de 2022. De salientar que, em vida, colaborou
diversas vezes com o Museu do Vinho Bairrada.
José d’Almeida nasceu, em 1965, em Lisboa, mas sempre se considerou um provinciano e um cidadão do mundo. Artista dos sete ofícios e multifacetado, frequentou design e artes gráficas na Escola António Arroio.
A exposição “Artistas Portugueses na Tapeçaria de Portalegre” é uma parceria com a Manufactura Tapeçarias de Portalegre.
Almada Negreiros, Joana Vasconcelos, Júlio Pomar, Manuel Cargaleiro, Maria Keil, Nadir Afonso, Vieira da Silva, Vítor Pomar, Carlos Botelho,
Eduardo Nery, Graça Morais, Júlio Resende, Menez, são alguns dos artistas cujas obras se encontram patentes neste núcleo expositivo.
Esta mostra conta ainda com a colaboração e parceria de vários coleccionadores, bem como destacadas instituições de âmbito nacional e local, nomeadamente o Museu da Presidência da República, Museu da Tapeçaria de Portalegre/Município de Portalegre, Fundação Mário Soares e Maria Barroso, Fundação Nadir Afonso e ainda a Associação Rota da Bairrada e a Comissão Vitivinícola da Bairrada.
Antiga escola em Penacova vai ser transformada em alojamento temporário
ACâmara Municipal de Penacova vai transformar a antiga escola primária de Chelo, na freguesia de Lorvão, num espaço de “alojamento urgente e temporário”, um investimento que ultrapassa os 200 mil euros.
O projecto prevê a divisão do velho edifício escolar em dois apartamentos de transição, com capacidade para alojar oito pessoas, em quatro quartos duplos para o mesmo agregado familiar, distribuídos por dois fogos independentes, de tipologia T2.
O vereador da Acção Social, Carlos Sousa, justifica o investimento na necessidade de dar resposta às situações de vulnerabilidade que têm vindo a ser detectadas, com frequência, pelos serviços municipais. “Temos de relançar a política social da habitação no concelho, uma carência há muito identificada, e salvaguardar habitação para todos, acautelando possíveis catástrofes sociais e/ou ambientais, para casos de respostas públicas rápidas, claras e substantivas”, afirma o autarca.
O projecto de requalificação e reconversão da antiga escola de Chelo resulta de uma candida-
tura, entretanto aprovada, submetida pelo Executivo de Álvaro Coimbra, em colaboração com a Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, à “Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário”, do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
A Bolsa Nacional de Alojamento Urgente e Temporário,
sublinha o presidente da Câmara de Penacova, “tem como objectivo dar resposta, de forma estruturada e transversal, a pessoas que carecem de soluções de alojamento de emergência, por força de acontecimentos excepcionais ou imprevisíveis, em situações de risco iminente ou de transição”.
Câmara atribui subsídio superior a 55 mil euros ao Clube de Golfe de Cantanhede
OExecutivo Municipal aprovou a atribuição de um subsídio de 55.784,70 euros ao Clube de Golfe de Cantanhede para manutenção do relvado natural da Academia Municipal de Golfe, assim como para a intervenção nos relvados da zona de treino, com troca de relva sintética por natural.
Este apoio surge na sequência de alguns problemas identificados pelo Clube de Golfe de Cantanhede –que assumiu em 2010 a utilização e gestão das instalações desportivas da Academia Municipal de Golfe -, mas que por falta de disponibilidade financeira, não consegue resolver.
Um deles, sinalizado de resto por muitos golfistas que visitam a infra-estrutura, prende-se com as condições de prática desportiva, nomeadamente a alteração para relva natural dos campos.
Em comunicação enviada ao Município, o Clube refere que após a mudança dos relvados sintéticos para naturais no Campo de Golfe, se constatou uma grande diferença na qualidade do jogo e, consequentemente, maior interesse de todos os jogadores.
Todavia, o relvado da zona de treino continua em piso sintético, cuja manutenção é, de ano para ano, cada vez mais inócua. Além disso, e especialmente nos torneios mais importantes, os jogadores apenas criticam a existência de greens sintéticos na zona de
treino, onde a bola assume um comportamento totalmente diferente em comparação com os relvados naturais da zona de jogo.
A par disso, a manutenção da relva natural do campo implica um trabalho permanente, desde a limpeza e recolha de resíduos, à gestão e manutenção do sistema de rega, corte da relva e outros tratamentos, que o Clube de Golfe não consegue assegurar.
“Mesmo nas actuais condições, o Clube de Golfe de Cantanhede, tem registado uma evolução significativa tanto em qualidade como em quantidade de jovens jogadores que participam e vencem competições distritais, zonais, nacionais e internacionais, e este subsídio poderá alavancar a qualidade do ensino, principalmente na vertente competitiva, mas também elevar a procura do Campo Municipal de Golfe”, justifica o vereador do Desporto, Adérito Machado.
O autarca recorda, por outro lado, que a construção deste equipamento “resultou de um considerável investimento do Município de Cantanhede, com vista à criação de condições para uma promoção de uma prática desportiva de qualidade e diferenciada, com elevado impacto positivo no desenvolvimento económico e social do concelho e que importa agora promover e dinamizar”.
SPZN pede adesão massiva à iniciativa “Nota Zero - D€ixar de pagar para trabalhar”
OSindicato dos Professores da Zona Norte (SPZN) acaba de lançar um repto aos seus associados, apelando a uma adesão massiva à iniciativa “Nota Zero - D€ixar de pagar para trabalhar”. Em causa está uma forma de luta pela valorização da carreira docente.
Em comunicado, o SPZN garante que o direito estatuário “não está a ser cumprido pelo Ministério da Educação, considerando que o pessoal docente tem direito aos recursos materiais necessários ao exercício da sua actividade educativa”. O sindicato critica o facto destes
profissionais se depararem, frequentemente, com “despesas incomportáveis, quer seja de luz e internet, papel e tinteiros, viatura e combustível, livros e materiais, entre outros, para a conveniente realização da sua actividade profissional”.
Para combater esta realidade, o SPZN criou o projecto “Nota Zero - D€ixar de pagar para trabalhar”, onde disponibiliza minutas de requerimentos ajustadas aos recursos materiais em causa para que os professores possam reclamar junto das direcções escolares as despesas resultantes do seu trabalho.
“Esta é uma iniciativa à qual nos propomos dar todo o nosso apoio jurídico, sem prejuízo de
outras formas de contestação e luta”, explica o sindicato, sublinhando ainda que “o direito profissional específico conferido aos docentes nos termos do constante no n.o 1 do artigo 44.o da LBSE, e alínea c) do artigo 4.o e artigo 7.o, do ECD, ganha expressão na medida em que traduz a obrigação do Estado de dotar o sistema com recursos educativos adequados, em dimensão e qualidade à realização da actividade educativa”.
Nesse sentido, o SPZN considera “inaceitável” a inacção por parte do executivo. “É, pois, mais uma injustiça entre tantas que pende sobre os docentes, tanto mais numa altura em que o custo de vida disparou”, remata.
Coimbra: Candidaturas ao Prémio de Fotografia Varela Pècurto terminam quarta-feira
As candidaturas à primeira edição do Prémio Varela Pècurto, Concurso de Fotografia promovido pela Câmara de Coimbra, terminam já na próxima quarta-feira, dia 25 de Janeiro.
O concurso, que vai ser bienal, é destinado a profissionais e amadores de fotografia, com mais de 18 anos, portugueses e estrangeiros residentes em Portugal. A participação é individual e gratuita.
Recorde-se que o concurso é uma homenagem e um reconhecimento do Executivo municipal de Coimbra a Eduardo Varela Pècurto, nome incontornável da fotografia.
Até à próxima quarta-feira, dia 25 de Janeiro, cada participante pode apresentar até um máximo cinco fotografias, a preto e branco ou a cores, entregues em formato digital (ficheiro TIFF sem compressão, dimensões de saída 30×40 cm a 300 DPI). Cada fotografia tem de ser inédita, não ter sido submetida a outro concurso de fotografia e enquadrar-se no tema e objectivos do concurso.
“Não são aceites fotografias manipuladas digitalmente, que incluam molduras, assinaturas, datas ou outros dados ou efeitos sobre a imagem, admitindo-se apenas ajustes, nomeadamente a remoção de pequenos spots ou reenquadramentos”, pode ler-se no regulamento.
“Os participantes devem assegurar que as imagens não contêm pessoas reconhecíveis, lugares privados, obras de arte, logótipos ou nomes de marcas, a menos que seja possível garantir que foram concedidas as autorizações necessárias para a utilização e publicação das fotografias no âmbito do concurso”, é ainda referido no documento publicado em Diário da República. O regulamento pode ser consultado na íntegra aqui.
Os prémios a atribuir em cada edição preveem um valor pecuniário de três mil euros ao autor da fotografia vencedora, um valor pecuniário de dois mil euros ao autor da fotografia que ficar em segundo lugar, de mil euros ao autor da fotografia que ficar em terceiro lugar e um certificado de participação ao autor da fotografia
distinguida com menção honrosa.
O júri do concurso vai ser constituído pelo presidente da CM Coimbra, com voto de qualidade em caso de empate, dois profissionais com conhecimentos na área da fotografia, um da CM Coimbra e outro externo; e um representante do Centro de Artes Visuais. Em caso de dúvida o júri poderá solicitar aos vencedores que disponibilizem as imagens originais.
Recorde-se que Coimbra é guardiã de um notável espólio de imagens de alguns dos mais importantes e reconhecidos fotógrafos, nomeadamente Varela Pècurto, Fernando Marques, David de Almeida Carvalho e António Pinto. “Esse acervo fotográfico, de reconhecido valor estético, artístico e documental, permite não só descobrir e construir a narrativa do que foi, e é, o território e as suas gentes, mas também promover o encontro ou o reencontro com o património material e imaterial que existiu e o que ainda persiste”, explana o preâmbulo do regulamento.
Museu do Caramulo lança programa de compensação de emissões de carbono para automóveis clássicos
OMuseu do Caramulo lançou o Zerar, um programa de compensação de emissões de carbono, destinado a todos os proprietários de automóveis clássicos e desportivos, que queiram fazer um uso responsável dos seus veículos.
A compensação das emissões é feita através do site www.zerar.pt, onde os proprietários podem adquirir os créditos de carbono necessários para anular a utilização de um veículo ao longo do ano. Para tal, o programa Zerar disponibiliza um simulador que indica as emissões geradas por tipo de veículo e quilómetros percorridos ao longo de um ano.
Para Salvador Patrício Gouveia, presidente da direcção do Museu do Caramulo, “a sustentabilidade é, cada vez mais, colocada no centro de tudo o que fazemos, e a utiliza-
ção de automóveis, sejam eles clássicos ou de competição, não deve ser uma excepção, principalmente se queremos que estas actividades se prolonguem no futuro. Temos todos que desempenhar o nosso papel, se queremos atingir as metas de descarbonização propostas, e o público em geral até já está bastante consciente desta tendência, mas muitas vezes não é claro como é que pode ou deve ser feito. O programa Zerar serve exactamente para facilitar e democratizar estes processos, assim como para conferir paz de espírito aos proprietários que querem desfrutar dos seus clássicos ou desportivos, de forma responsável e sustentável, nas suas deslocações ou provas”.
Para levar a cabo este programa, o Museu do Caramulo quis garantir os créditos com o melhor rating
no mercado, associando-se assim à Net-Hero, uma organização inglesa especializada na aquisição e negociação de carbono. O programa Zerar seleccionou os melhores projectos a serem financiados, permitindo, assim, garantir que cada crédito de carbono adquirido, representa efectivamente uma tonelada de dióxido de carbono que é removida da atmosfera.
O papel dos créditos de carbono de elevada qualidade é, por isso, uma ferramenta essencial para a redução de carbono até 2030 e chegar à compensação total até 2050. No cumprimento do disposto no Acordo de Paris, o planeta deve rapidamente reduzir as suas emissões de forma a limitar o aquecimento global a 1,5 graus celsius, tendo como referência os níveis pré-industriais.
Comissão Organizadora da Queima das Fitas de Coimbra já tomou posse
AComissão Organizadora da Queima das Fitas de Coimbra 2023 tomou posse ao final da tarde de quinta-feira, na Casa das Caldeiras, dando assim início aos trabalhos de preparação desta tradicional festa estudantil que irá decorrer de 19 a 26 de Maio.
Na sessão esteve o presidente da Assembleia Magna da AAC, Gonçalo Pardal, o Administrador da Direcção-Geral da AAC, Diogo Tomázio, e o Dux Veteranorum da Universidade de Coimbra, Matias Correia.
A equipa é constituída por:
Carlos Missel, Coordenador Geral Bruno Ferreira, Vice-Coordenador Geral
Comissão Central:
Filipa Mariana Carvalho Lima, FPCEUC, Bailes
Sara Alves Simões Rodrigues, FFUC, Cultura
Jorge Gabriel da Rocha Castelhano, FCDEF, Desporto Maria Carolina do Vale Folhas Da Silva Fernandes, FEUC Formação e Intervenção Cívica Catarina Rebelo Crespo, FCTUC, Logística Geral Vanessa Zagareanu, FLUC, Marketing e Divulgação
José Francisco Pimenta Caldeira de Matos Orfão, FMUC, Representação Institucional Flávia Cristina da Silva, FDUC, Tradição
Comissão Técnica
António Fernando Batista Alves, Administrativo e Financeiro
Ricardo Augusto Vieira Ferreira, Tesouraria
Pedro Miguel Valério Lopes, Alimentação
Diogo José Vaz Vieira, Comercial
Patrícia Beatriz Silva Costa, Comunicação e Imagem
Rodrigo dos Reis Marques, Credenciação
Catarina da Silva Costa Cardoso, Imprensa
Pedro Macieira Veiga, Infraestruturas
Luis Xavier Marcos Abrantes, Logística de Parque
Marta Cruz Grilo de Oliveira Garcia, Protocolo
Gabriel Ibérico Inácio Ferreira, Transportes
Emília do Carmo Simões Correia, Entidades
ICNF realiza acção de fiscalização no Sudoeste Alentejano
pécies exóticas”.
OInstituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) realizou uma acção de fiscalização no Sudoeste Alentejano. A acção, de grande dimensão, ocorreu no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (PNSACV) entre terça-feira, dia 17, e quinta-feira, dia 19 de Janeiro.
“Da fiscalização a 110 alvos – explorações agrícolas, estufas e viveiros - resultaram 82 participações, 12 autos de notícia e uma apreensão”, explica o ICNF, em comunicado. O instituto adianta ainda que “entre a tipologia de infracções detectadas incluem-se furos, charcas, agricultura intensiva, vedações ou edificações não autorizados, estufas fora do perímetro de rega, corte não autorizado de sobreiros (espécie protegida), resíduos fitofármacos indevidamente acondicionados, e produção e venda não autorizadas de es-
A acção de fiscalização foi coordenada pela Unidade de Coordenação Nacional de Vigilância Preventiva e Fiscalização do ICNF e envolveu cerca de 100 vigilantes da natureza e 20 técnicos superiores e dirigentes das cinco direcções regionais do Instituto. A operação “incidiu sobre alvos previamente identificados, para a verificação do cumprimento das normas legais e regulamentares do Plano de Ordenamento do PNSACV e dissuasão de práticas ilícitas”, revela o ICNF.
De recordar que, a 16 de Janeiro, o Tribunal da Relação de Évora considerou “improcedente o recurso da empresa Eurocitros, mantendo a decisão do ICNF que aplicou uma coima única de 50.000 euros, pela prática de três contraordenações ambientais muito graves por violação do Regulamento do Plano de Ordenamento do PNSACV e do Regime Jurídico da Conservação da Natureza e da Biodiversidade”, lê-se ainda no comunicado.
James Hype, Le Twins e Warface confirmados na Figueira da Foz
Aorganização do festival de música electrónica RFM Somnni, agendado de 7 a 9 de Julho, na Figueira da Foz, anunciou hoje mais três artistas do cartaz, um dos quais, o inglês James Hype, é um regresso ao evento da praia do Relógio.
James Hype foi apresentado como “um dos nomes fortes” da edição de 2023, com actuação marcada para 7 de Julho, depois de ter pisado o palco do Somnii em 2019.
Já a dupla mexicana Le Twins (8 de Julho) e o dj holandês Warface (9 de Julho) são uma estreia no festival.
Le Twins “tem vindo a ga-
nhar preponderância no cenário da música eletrónica mundial” e entrou em 2022 para o top 100 da DJ MAG, enquanto Warface é “um dos artistas de maior renome no mundo do ‘hardstyle’.
A MOT – Memories of Tomorrow, promotora e produtora do Somnii já tinha anunciado recentemente os nomes de Alok, D-Sturb e Oliver Heldens no cartaz do evento.
IPN é exemplo de boas práticas para Instituto de Energia da Lituânia
OInstituto Pedro Nunes (IPN), através do seu departamento de Valorização do Conhecimento e Inovação, conduziu, nos últimos dias, uma actividade de consultoria junto do Lithuanian Energy Institute (LEI) em Kaunas, Lituânia, “para aprofundar e implementar as boas práticas desenvolvidas pelo IPN, nomeadamente as relativas à promoção e avaliação de tecnologias, propriedade intelectual e criação de empresas spin-off”.
A actividade representou uma continuação de trabalhos desenvolvidos anteriormente com aquela instituição, entre Novembro de
2021 e Maio de 2022, e que incluiu o acolhimento, em Coimbra, de uma equipa de gestão de projectos lituana.
“Durante a actividade de consultoria desenvolvida em Kaunas, foi ainda possível avaliar pela equipa do IPN um conjunto de tecnologias desenvolvidas naquele Instituto, tendo em vista o seu potencial de mercado”, referiu em comunicado o IPN.
A colaboração prevê ainda uma nova visita de uma delegação do LEI ao IPN, em meados de 2023, envolvendo igualmente o ecossistema de inovação da região Centro.