Figueira da Foz terá o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal
Um fundo de investimento dinamarquês pretende investir oito mil milhões de euros num projecto de energias eólicas no mar ao largo da Figueira da Foz, com capacidade de produção de 2 Gigawatts, foi hoje anunciado.
Designado de Nortada, o projecto será o primeiro parque eólico offshore de grande escala em Portugal, refere um comunicado do fundo de investimento Copenhagen Infrastructure Partners (CIP).
“As actividades relacionadas com a eólica offshore em Portugal, assim como o projecto Nortada, estão a cargo da Copenhagen Offshore Partners (COP), empresa líder no desenvolvimento, construção e operação de projectos de energia eólica offshore, e parceiro exclusivo para o desenvolvimento, construção e operação de parques eólicos ‘offshore’ da gestora de fundos CIP”, refere a nota.
Segundo Afonso César Machado, responsável da COP pelo mercado português, o projecto pretende acelerar a transição energética portuguesa, de forma que seja “um exemplo na produção de energia limpa, pensado de forma holística em todas as suas componentes, e que simbolize uma aposta na reindustrialização e no crescimento económico do país”.
A expansão da presença em Portugal para o mercado eólico offshore “surge na sequência das ambições reveladas pelo Governo português na área das energias eólicas “offshore”, assim como dos resultados preliminares dos grupos de trabalho instituídos para o efeito”, adianta o comunicado.
“A energia eólica offshore tem um enorme potencial de crescimento e evolução e, como tal, represen-
ta uma colossal oportunidade para o país. Com a materialização deste projecto, pretendemos colocar Portugal na linha da frente da transição energética a nível mundial”, acrescenta Afonso César Machado.
De acordo com o comunicado, a CIP e a COP pretendem envolver nas suas actividades “o maior número possível de parceiros industriais, académicos, ambientais e do sector da economia azul portugueses”, com o objectivo de criar emprego qualificado a nível local e promover um desenvolvimento económico sustentável no país.
“Estamos muito satisfeitos por fortalecer a nossa presença em Portugal, em particular no mercado da energia eólica offshore. O projecto Nortada tem um enorme potencial e é um importante marco que contribuirá para o crescimento desta indústria em Portugal, assim como para a criação de emprego e de crescimento económico sustentável”, afirma Michael Hannibal, da CIP.
A consulta pública da proposta que cria cinco áreas de exploração de energias renováveis no mar, ao largo de Viana do Castelo, Leixões, Figueira da Foz, Ericeira-Cascais e Sines, começou no dia 20 de Janeiro e termina em meados de Março.
O período de audição pública, segundo despacho do Governo de sexta-feira, é de 30 dias úteis, e destina-se a formulação de “sugestões e recolha de contributos” sobre a proposta preliminar das áreas espacializadas para o planeamento e operacionalização de centros electroprodutores baseados em fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânica.
A Figueira da Foz é proposta para a maior área de instalação de parques eólicos, com 1.237 quilómetros quadrados (km2) e potencial para até quatro gigawatts de capacidade, seguida por Viana do Castelo (663km2 e 2GW), Sines (499km2 e 1,5GW) e Ericeira e Sintra/Cascais (300 km2 e 1GW).
Coimbra é a próxima paragem da iad Open Session Tour
Depois do Porto, Funchal e Ponta Delgada, a iad Open Session Tour já tem novo destino: Coimbra. A cidade dos estudantes irá receber o evento desenvolvido pela iad Portugal que tem como objectivo apresentar o seu modelo de negócio inovador a quem tiver interesse em empreender no ramo imobiliário. O momento acontece já no dia 16, às 18h00, no Hotel Tivoli Coimbra. Líder na transformação digital do imobiliário, a iad proporciona uma nova forma de olhar o mercado imobiliário tornando-o mais próximo, competitivo e eficaz. Com ou sem experiência neste ramo, os participantes da Open Session poderão conhecer gratuitamente e em detalhe o modelo disruptivo proposto pela iad, que já conquistou perto de mil consultores em Portugal e 18 mil em toda a Europa.
Estas sessões são habitualmente conduzidas por Nelson Ferreira, Head of Network da iad Portugal, que explica: “No âmbito da nossa estratégia de crescimento, liderança e diferenciação ao nível do mercado imobiliário digital, estaremos presentes um pouco por todo o país, nos próximos meses, para apresentar o nosso modelo de negócio. Pela curio-
sidade que a iad tem vindo a despertar e pelo crescimento notável que teve nos últimos anos, prevemos salas cheias de empreendedores, que encontram na iad a possibilidade de fazerem prosperar o seu negócio a nível internacional e lhes permite a criação de um património, que pode depois vir a ser transaccionado ou herdado”, explica o responsável. “Esta proposta de valor é absolutamente única e assenta na igualdade de oportunidades para que todos possam alcançar a sua liberdade financeira”, conclui.
Já Alfredo Valente, director executivo da iad Portugal, refere que “as Open Sessions são para a iad uma oportunidade privilegiada de dar a conhecer a nossa proposta ao maior número de pessoas possível. Já mudámos a vida a milhares de pessoas nos seis países onde estamos presentes e acreditamos que podemos mudar a vida de muitos mais. A iad é verdadeiramente uma oportunidade para todos, independente da origem ou experiência, pelo que gostávamos que aceitassem o convite e se juntassem a nós numa Open Session”.
Destacando-se no universo das Propetch (empresas que combinam e adicionam a tecnologia ao negócio imobiliário), a iad tem-se revelado um fenómeno nos vários mercados onde está presente, rompendo com o modelo das agências tradicionais. Elevando o sector imobiliário para a esfera digital, a iad propõe um modelo win-win que vem beneficiar todos os intervenientes no negócio: consultor, vendedor e comprador, e uma distribuição de rendimentos mais justa e equitativa.
As inscrições estão em curso, pelo que os interessados poderão efectuar registo na página oficial do evento.
Ceira: Calçada de Nossa Senhora de Fátima com trânsito condicionado
ACalçada de Nossa Senhora de Fátima, na freguesia de Ceira, Coimbra, vai estar com o trânsito cortado até à próxima quinta-feira (9), entre as 8h00 e a 18h00, devido a trabalhos de conservação e de manutenção da via. Esta é uma intervenção integrada na operação de requalificação da rede viária concelhia, que vai obrigar ao desvio de trânsito da Calçada de Nossa Senhora de Fátima previsivelmente durante dois dias.
Esta intervenção enquadra-se na ampla operação de requalificação da rede viária do concelho, que representa um investimento global superior a cinco milhões de euros. Recorde-se que esta empreitada abrange toda a área geográfica do município e a contratação foi realizada por lotes, que são: União de Freguesias (UF) de S. Martinho de Árvore e Lamarosa, Freguesia de S. Silvestre, Freguesia de São João do Campo e UF de Antuzede e Vil de Matos (lote 1); UF de Trouxemil e Torre de Vilela, UF de Souselas e Botão e Freguesia de Brasfemes (lote 2); UF de Eiras e S. Paulo de Frades e UF de Coimbra (lote 3); Freguesia de Santo António dos Olivais (lote 4); UF de Taveiro, Ameal e Arzila e UF de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades (lote 5); UF de Santa Clara e Castelo Viegas
e UF de Assafarge e Antanhol (lote 6); Freguesia de Cernache e Freguesia de Almalaguês (lote 7); e Freguesia de Torres do Mondego e Freguesia de Ceira (lote 8).
Os lotes foram definidos mediante critérios de proximidade geográfica, homogeneidade nas características das plataformas viárias e semelhança entre as áreas de pavimentos existentes no lote e também entre as necessidades já identificadas, que irá representar uma área de pavimentações betuminosas de cerca de 360 mil m2. Os lotes 1, 2 e 7 foram adjudicados à empresa Civibérica – Obras Civis, S.A, e os lotes 3, 4, 5, 6 e 8 à Prioridade – Construção de Vias de Comunicação, S.A..
Esta é uma operação que visa a conservação da rede viária de todo o concelho, com maior incidência na requalifi-
cação dos pavimentos rodoviários betuminosos, mas que inclui também a conservação e requalificação de diversos outros elementos que integram a plataforma viária, designadamente pavimentos em calçada, passeios, bermas, valetas, drenagens, taludes, mutos de suporte, guardas de segurança e sinalização horizontal.
O objectivo é manter o estado de conservação e funcionamento dos elementos existentes, tendo sido ainda equacionada a execução de novas construções quando estas se enquadrem em medidas que se venham a revelar urgentes face à alteração de circunstâncias por ruína ou perda de condições de segurança ou, ainda, por delas resultarem melhorias notórias nas condições de conservação futura dos elementos envolvidos.
Bombeiros Sapadores debatem matérias perigosas e descontaminação no Convento São Francisco
Sensibilizar os bombeiros para os temas da saúde ocupacional e fomentar a construção e a implementação de protocolos de segurança ocupacional no teatro de operações e no quartel são alguns dos objectivos do seminário “Intervenções AZMAT/Descontaminação”, que vai decorrer no próximo dia 25, das 9h00 às 16h45, na Sala Mondego do Convento São Francisco (CFS). Um evento organizado pela Companhia Municipal de Bombeiros Sapadores (CMBS) de Coimbra, com o apoio da Câmara Municipal, dirigido a bombeiros, elementos de Grupos de Intervenção e Protecção e Socorro (GIPS), sapadores florestais e outras entidades com interesse especial na temática.
Aos interessados, a inscrição, obrigatória, deverá ser efectuada para o email: seminario.cbs@cm-coimbra.pt.
O encontro começa com a intervenção do presidente da CM de Coimbra, José Manuel Silva, às 9h15, e encerra com a intervenção do vereador responsável pelo pelouro da Protecção civil, Carlos Matias Lopes, às 16h30.
O seminário vai ser dividido em dois painéis. O primeiro, com o tema “A exposição a
contaminantes no combate a incêndios”, tem início às 9h30, vai ser moderado por Xavier Viegas, da Universidade de Coimbra (UC), e tem como oradores Maria Feio (INEM Porto), António Jorge (Faculdade de Medicina da UC) e Simone Morais (Instituto Superior de Engenharia do Porto). Já o segundo, sobre “A prevenção e segurança na saúde dos bombeiros à exposição
dos contaminantes”, começa às 14h00, vai ser moderado pelo comandante Paulo Palrilha (CMBS Coimbra) e conta com a participação de Szymon Kokot (Serviço dos Bombeiros do Estado em Nidzica), José Antunes (CBS Coimbra), José Primo (CBS Coimbra), Cristina Colaço (Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil | ANEPC) e Bruno Vaz (ANEPC).
Investigadora da UC estuda desenvolvimento cerebrovascular neonatal
Ainvestigadora do Centro de Imagem Biomédica e Investigação Translacional (CIBIT) do Instituto de Ciências Nucleares Aplicadas à Saúde (ICNAS) da Universidade de Coimbra (UC), Vanessa Coelho-Santos, conquistou uma bolsa Junior Leader, atribuída pela Fundação La Caixa. Este financiamento de 300 mil euros (mais precisamente 305.100 euros) permitiu o regresso da investigadora a Portugal para estudar o desenvolvimento cerebrovascular de recém-nascidos. Através do uso de técnicas de imagem cerebral funcional de ponta, e também de microscopia de alta resolução, a investigação pretende aprofundar o conhecimento sobre o desenvolvimento da unidade neurovascular durante o período neonatal, que pode contribuir para melhorar o diagnóstico e tratamento de patologias cerebrais em recém-nascidos.
Em concreto, o projecto de investigação “Desvendar a mudança neonatal no acoplamento neuro-
vascular: uma abordagem multimodal” foca-se no estudo do desenvolvimento da comunicação entre os vasos sanguíneos e os neurónios, necessária para a obtenção de energia e oxigénio, cruciais para o bom funcionamento cerebral. Esta investigação pré-clínica vai ser realizada em murganhos recém-nascidos, através da “análise da resposta cerebrovascular após estimulação neuronal, recorrendo a várias metodologias de neuroimagem que irão ser complementadas com análise molecular”, contextualiza Vanessa Coelho-Santos.
A imagem cerebral funcional é “uma valiosa ferramenta não invasiva amplamente utilizada em estudos do cérebro na área da saúde, que se baseia no fluxo sanguíneo e no estado de oxigenação para fornecer informações sobre a função cerebral, e desempenha um papel importante para detectar problemas e lesões no cérebro do recém-nascido e na previsão de alterações do neurodesenvolvimento a longo prazo associadas a essas lesões”, explica a investigadora da UC.
“Curiosamente, em recém-nascidos, há uma discrepância na resposta cerebrovascular quando comparada com adultos, o que dificulta muitas vezes o diagnóstico e caracterização de patologias”, elucida Vanessa Coelho-Santos. Até ao momento, “existe uma lacuna no conhecimento para explicar esta discrepância que precisa ser
abordada para uma melhor compreensão dos dados de imagem cerebral funcional”, contextualiza a investigadora. Explicar o que está na origem desta mudança pode vir a permitir “intervir em patologias quando este acoplamento neurovascular fica comprometido não só durante o desenvolvimento, mas em outras patologias tais como na doença de Alzheimer ou num Acidente Vascular Cerebral”, acrescenta.
Com esta investigação, que vai estar em curso até ao final de 2025, a equipa coordenada por Vanessa Coelho-Santos pretende “avançar com conhecimento que pode abrir caminho para estudos de biomarcadores para uma eficaz identificação de lesões ou outros processos adversos que podem inviabilizar o desenvolvimento normal do cérebro, podendo vir a ter impacto num diagnóstico precoce e tratamento de patologias cerebrais neonatais, como a paralisia cerebral ou doenças do neurodesenvolvimento, como autismo”, destaca a investigadora.
Com recurso a metodologias de imagem cerebral de ponta, complementadas por uma abordagem molecular, este estudo laboratorial vai envolver uma equipa multidisciplinar. O financiamento competitivo conquistado por Vanessa Coelho-Santos vai ainda permitir a integração de novos elementos na equipa de investigação.
Executivo Municipal de Poiares quer requalificação da Estrada da Beira
OExecutivo Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou na sua última reunião, por unanimidade, uma Tomada de Posição em defesa da Estrada da Beira (EN17), o principal e o mais utilizado eixo rodoviário de ligação a Coimbra, por milhares de pessoas, tanto para exercício das suas actividades profissionais, escolares, de acesso a serviços centrais do Estado, como em matéria de socorro e emergência.
Esta posição agora assumida, como referido no documento, resulta entre outos factores do completo e total esquecimento e marasmo a que a EN17 tem sido votada, em matéria de obras de conservação e manutenção.
Esta Tomada de Posição vem, assim, reclamar que a Estrada da Beira, em particular no troço que liga o Concelho de Vila Nova de Poiares a Coimbra seja requalificada e intervencionada, no sentido de assegurar a melhoria das condições do pavimento, com
a necessária reparação e substituição do asfalto que há muito já não serve as condições de circulação.
Também a sinalização – vertical e horizontal - carece de uma imperiosa melhoria, em particular as marcações rodoviárias, que na sua grande maioria estão completamente apagadas, colocando em perigo os seus utilizados sobretudo nos períodos de visibilidade reduzida, nomeadamente à noite ou aquando dos frequentes nevoeiros.
Por fim, o Município de Vila Nova de Poiares destaca a necessidade urgente de intervir nos taludes ao longo deste troço da EN17, cuja instabilidade já resultou em inúmeros desabamentos, com a resposta a limitar-se a “remendos” como a colocação de baias de protecção que, para além de não solucionar o problema base, estreitam e condicionam ainda mais o fluxo de tráfego, de uma estrada cada vez mais congestionada e uma ameaça à segurança dos seus utilizadores.
Projecto propõe residências, roteiros e oficinas em territórios do interior Centro
Oprojecto Landscape Together, lançado esta terça-feira, junta 17 parceiros internacionais e vai dinamizar residências artísticas, roteiros culturais e mais de 70 oficinas em cinco municípios do interior da região Centro.
O projeto vai centrar a sua atuação nos municípios de Proença-a-Nova, Oleiros, Sertã, Pedrógão Grande e Idanha-a-Nova, envolvendo diversos parceiros, como a Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC), o Instituto Politécnico de Castelo Branco, as Universidades do Porto e de Coimbra, dois colectivos da Alemanha e França e a Turismo Centro, entre outras entidades.
A iniciativa, financiada com cerca de um milhão de euros da Europa Criativa 2022 (o único projecto de média dimensão coordenado por Portugal no âmbito deste programa), vai concretizar-se entre 2023 e 2026, propondo encontrar respostas para questões urgentes, como o despovoamento, a partir da arte e da cultura, foi anunciado em conferência de imprensa, que decorreu no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra.
A directora da DRCC, Suzana Menezes, salientou que este programa é “mais um passo” no desenvolvimento do Experimenta Paisagem, projecto que surgiu após os incêndios de 2017, no âmbito do programa de revitalização das comu-
nidades por intermédio da cultura. Aos três municípios na altura envolvidos no projecto desenvolvido pelo escritório de arquitectura Marques de Aguiar a partir de 2019 (Oleiros, Sertã e Proença-a-Nova, no distrito de Castelo Branco), juntam-se agora Pedrógão Grande (Leiria) e Idanha-a-Nova (Castelo Branco).
A acção prevê abordar o património natural dos cinco concelhos, o património cultural e artístico e o património humano, explicou Suzana Menezes, realçando que estão previstas dimensões como a mediação cultural e a criação artística, tendo como foco o problema da “falta de energia demográfica na região Centro”.
Ao longo de quatro anos, serão desenvolvidos quatro cursos de Verão, mais de 70 oficinas, 16 eventos interdisciplinares, oito roteiros
culturais, 18 residências artísticas, duas obras de arte permanente, oito exposições em seis países, entre outras iniciativas.
O Landscape Together prevê ainda a cooperação e mobilidade entre mais de 90 artistas europeus e dos seus trabalhos.
Segundo Marta Aguiar, do escritório Marques de Aguiar (MAG), que promove a iniciativa, realçou que este novo projecto dá seguimento ao Experimenta Paisagem, que deixou obras de arte permanentes em diálogo com as paisagens dos territórios, promovendo a “usufruição de arte contemporânea e da paisagem cultural”.
A iniciativa pretende envolver as comunidades locais, dialogar e criar com elas, havendo, ao mesmo tempo, um trabalho de mediação junto das escolas dos cinco municípios envolvidos, realçou.
Bonifrates, de Coimbra, adapta ao teatro “As intermitências da morte”
ACooperativa Bonifrates estreia, dia 14, em Coimbra, a peça de teatro “As intermitências da morte”, baseada no romance de José Saramago, anunciou a companhia.
Com adaptação teatral de João Maria André e encenação de João Paulo Janicas, o espectáculo, financiado pela Câmara de Coimbra, estará no palco do Teatro Estúdio Bonifrates (Casa Municipal da Cultura), a 14, 16, 22, 24 e 28 de Fevereiro, sempre às 21h30.
“Em ‘As intermitências da morte’, Saramago apresenta-nos um impreciso país em que a morte deixa de matar. Obviamente, as estruturas da sociedade, da economia, de toda a cultura são abaladas e têm de enfrentar a inédita situação”, afirmou o encenador da peça.
Segundo João Paulo Janicas, “a encenação é atravessada por estas ideias fortes: a realidade, a aparência, a
metamorfose – isso que a televisão se especializou em servir-nos em tela e tapume, como a luz aos prisioneiros na caverna de Platão”.
A peça conta com cenografia de José Tavares, figurinos de Cristina Janicas, desenho de luz e vídeo de Nuno Patinho, cartaz de Ana Biscaia e fotografias de Tiago Mota, além de um elenco constituído por Alexandra Silva, Beatriz Ferreira, Carla Mariana Pinto, Cristina Janicas, Francisco Paz, João Maria André, João Damasceno, José Castela, José Manuel Carvalho, Maria José Almeida, Maria Manuel Almeida, Mariana Abrunheiro, Paula Santos, Rui Almeida e Vítor Carvalho
A temporada da peça será acompanhada de um conjunto de actividades paralelas, como um ciclo de filmes sobre o tempo e a morte, uma “jornada” sobre o teatro de Saramago e uma conferência sobre a arte e a morte.
Em 2022 foram reciclados mais 40% de equipamentos electrónicos do que no ano anterior
Em 2022, o Electrão reciclou mais 40% de equipamentos electrónicos usados do que no ano anterior. A informação é avançada pela empresa que, em comunicado, adianta que, no ano passado, foram enviadas para reciclagem “23.934 toneladas de equipamentos eléctricos usados, mais 40% do que em 2021, ano em que foram recolhidas 17.083 toneladas”.
A mesma entidade revela ainda que, do total de equipamentos, “13 mil toneladas são grandes equipamentos eléctricos, como máquinas de lavar e frigoríficos, e cerca de 10 mil toneladas são pequenos equipamentos, que vão desde pequenos electrodomésticos para preparação de alimentos, higiene pessoal e bricolage até equipamentos informáticos e tecnológicos. 315 toneladas são lâmpadas”.
O CEO do Electrão, Pedro Nazareth, explica que este aumento se deve “à continuidade da expansão do número de locais da rede de recolha do Electrão, ao comprometimento e profissionalização dos diferentes parceiros que nos permitem servir melhor o cidadão português e ao contributo específico dos operadores de gestão de resíduos com quem reforçámos a
colaboração em 2022”.
O número de locais de recolha deste tipo de equipamentos para reciclagem registou um crescimento de 22% no último ano. Actualmente, existem, assim, 9000 locais disponibilizados pelo Electrão onde podem ser colocados todos os equipamentos electrónicos usados. “Também em 2022 o Electrão desenvolveu e implementou uma nova política de incentivos à actividade de recolha e reciclagem desenvolvida de forma autónoma pelos operadores de gestão de resíduos, cujo sucesso está já reflectido nos resultados de 2022”, salienta a empresa.
Este reforço permitiu, até ao momento, a recolha e reciclagem de 6.665 toneladas de equipa-
mentos usados, na sua maioria, provenientes de empresas. “Queremos assegurar uma validação independente do desempenho ambiental das empresas de reciclagem que acedem aos nossos concursos e uma concorrência justa entre estas”, acrescenta Pedro Nazareth.
O Electrão é a unica entidade, em Portugal, na área da responsabilidade alargada do produtor, a assumir a gestão de 3 fluxos de resíduos: equipamentos eléctricos e electrónicos, resíduos de pilhas e acumuladores e resíduos de embalagens. Actualmente, conta com cerca de 2000 empresas aderentes, que colocam no mercado nacional cerca de 200 mil toneladas anuais de produtos.
2023
Associação Música Portuguesa a Gostar Dela Própria inaugura espaço na Lousã
CURA é o nome dado ao espaço que a Associação A Música Portuguesa a Gostar Dela própria vai inaugurar em Março, no concelho da Lousã, e que serve para celebrar 100 anos de tradição oral portuguesa.
Com sede em Serpins, no concelho da Lousã (distrito de Coimbra), o espaço físico d´A Música Portuguesa a Gostar Dela própria - que vem gravando, desde 2011, canções, músicas, práticas religiosas, artesãos, histórias de vida, sempre na primeira pessoa a cidadãos que nasceram entre 1920 a 1990 -, será inaugurado em 25 de Março.
“Com mais de 7.000 vídeos que podem ser agora vistos e ouvidos no mesmo espaço, em Serpins, colocamos todo o mapa de Portugal nesta pequena vila do concelho da Lousã. Onde estamos à mesma distância do
Algarve e de Trás-os-Montes”, indica a Associação.
Aqui nascerá uma “Tasca Digital”, um espaço com chão de azulejo, um balcão, mesas de taberna e uma mesa digital interactiva, onde se pode assistir aos vídeos do espólio da associação, enquanto se provam vinhos e queijos de várias regiões, “permitindo uma fruição e um conhecimento interactivo do país”. Já o espaço multifunções será equipado com sistema de som e projector de vídeo, onde se poderão assistir a filmes, debates, espectáculos de música ou de dança, bem como participar em oficinas.
De acordo com A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, este espaço físico vai permitir “o contacto com o outro lado menos visível da associação, as suas edições, uma revista semestral,
Serpins Magazine, que pode ser lida e adquirida, tal como os mapas ilustrados por diversos ilustradores”.
Vai possibilitar também o contacto com “os discos editados e produzidos por Tiago Pereira, “TOMO 1” de Sílvio Rosado e em breve “O Bombo” do percussionista Tiago Sami Pereira, ou ainda os documentários realizados e produzidos, as memórias da Mina da Panasqueira ou as Polifonias de Arouca, a Música Invisível sobre a música cigana em Portugal e muitos mais”.
CURA tem o apoio da Fundação Inatel, da Junta de Freguesia de Serpins e da Câmara Municipal da Lousã. Para a sua inauguração, foi agendado um programa de três dias, de 24 a 26 de Março, onde se destaca uma Parada Musical, com mais de 300 músicos de todo o país (dia 25 de Março).
Aplicações de saúde ganham terreno no dia-a-dia dos consumidores
Atividade física, sono, alimentação, ciclo menstrual ou meditação são algumas das monitorizações possíveis de fazer através das aplicações ou aparelhos eletrónicos
Segundo um questionário do Grupo Euroconsumers, organização europeia que agrega várias organizações de defesa do consumidor, incluindo a DECO PROTESTE, e que reuniu mais de quatro mil respostas, um terço dos inquiridos afirma que tem um estilo de vida mais saudável devido à utilização de aplicações e dispositivos eletrónicos, que ajudam na monitorização da saúde e da condição física.
Nos últimos dois anos, o confinamento fez com que as aplicações dedicadas a um estilo de vida mais saudável ganhassem destaque nas listas de downloads dos consumidores. Aproximadamente metade dos portugueses, durante esse período de tempo, tentaram melhorar os seus hábitos alimentares (58%), a sua condição física (48%) e os seus hábitos de sono (31%).
A saúde no seu todo mantém-se igualmente como uma preocupação: 37% admitem que fazem, no mínimo, 30 minutos de exercício físico três dias ou mais por semana, contra 19% que afirma nunca o fazer.
Segundo os dados do inquérito, as aplicações de saúde e fitness integradas no smartphone (64%) e as aplicações dedicadas à prática de exercício físico são as preferidas dos portugueses (59%).
A DECO PROTESTE identificou a Garmin Connect, a Nike Run/Training, a Adidas Run/Training e a Stra-
va como as favoritas dos inquiridos para a realização de atividade física e a Samsuns Fit Health, FitBit, Zepp, Google Fit/Heath e Apple Fit/Health, como as preferidas dos inquiridos quanto à monotorização da saúde em geral.
Além das aplicações de exercício físico, as aplicações de saúde e de nutrição também têm registado uma procura elevada. Com efeito, 43% dos inquiridos que usam estes três tipos de aplicações afirmaram que estas os ajudam bastante a alterar alguns hábitos pouco saudáveis na sua rotina diária, como forma de atingir um estilo de vida mais equilibrado.
As pulseiras de fitness e os relógios inteligentes também começaram a ser mais utilizados mas, ainda assim, apenas 29% dos inquiridos afirmou usar aparelhos para monitorizar a saúde ou a condição física. Motivos como o preço (30%), ou o facto de não precisarem de equipamento eletrónicos para terem hábitos saudáveis (47%), foram apresentados como fatores para não os usarem.
Como a oferta deste tipo de aplicações é, regra geral, gratuita, a DECO PROTESTE considera que se deverá experimentar várias aplicações até que se encontre a que melhor responde às necessidades de cada individuo. Mas, no final, antes de remover a aplicação, deverá apagar a sua conta e respetivos dados pessoais.
Muitas são as aplicações que permitem monitorizar vários aspetos relacionados com o bem-estar de cada um. Independentemente do que se usa (smartphone, relógio ou pulseira) o importante é procurar seguir um estilo de vida saudável.
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Leitores promovem partilha de experiências na Biblioteca Municipal de Coimbra
ABiblioteca Municipal de Coimbra (BMC) volta a realizar, este ano, a Comunidade de Leitores, uma actividade que promove a partilha mensal de experiências de leitura, através de conversas informais sobre um conjunto de livros previamente seleccionados. As reuniões da Comunidade de Leitores decorrem na última quinta-feira de cada mês, pelas 18h30.
A próxima está marcada para o dia 23 de Fevereiro e é sobre o “Memorial do Convento”, de José Saramago.
Os participantes podem inscrever-se na iniciativa, presencialmente na BMC, através do email biblioteca@cm-coimbra. pt ou do telefone 239 702 630.
Esta iniciativa pretende promover a partilha do prazer da leitura com outros leitores, descobrindo e confrontando os pontos de vista dos participantes sobre aquilo que leram.
As obras escolhidas previamente são: “Memorial do Convento”, de José Saramago (23 de Fevereiro); “A condição humana”, de André Malraux (30 de Março); “Os versículos satânicos”, de Salman Rushdie (27 de Abril); “Persuasão”, de Jane Austen (25 de Maio); “Cemitério de pianos”, de José Luís Peixoto (29 de Junho); “O adeus às armas”, de Ernest Hemingway (27 de Julho);
“O físico prodigioso”, de Jorge de Sena (31 de Agosto); “Jane Eyre”,
de Charlotte Brontë (28 de Setembro); “A Balada da Praia dos Cães”, de José Cardoso Pires (26 de Outubro); “Doutor Fausto”, de Thomas Mann (30 de Novembro); e Três Contos de Machado de Assis (14 de Dezembro).
A Biblioteca Municipal fica situada na Casa Municipal da Cultura, na Rua Pedro Monteiro, e funciona de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 19h30 e sábados das 11h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00.
Coimbra celebra nascimento de Carlos Paredes na Casa da Escrita
ACâmara Municipal de Coimbra vai evocar a data do nascimento de Carlos Paredes (16 de Fevereiro) no próximo dia 18, pelas 17h30, na Casa da Escrita, com o visionamento do filme “Os Verdes Anos”, de Paulo Rocha, cuja banda sonora é inteiramente composta por temas de Carlos Paredes. O programa evocativo conta, ainda, com um concerto de interpretação da banda sonora do filme por Bruno Costa e Hugo Gamboias (guitarra portuguesa), acompanhados por Nuno Botelho (guitarra clássica). A cantora Inês Graça junta-se, depois, aos músicos, para a interpretação do tema “Os Verdes Anos”. A entrada é livre, mas limitada às vagas disponíveis.
No dia 16 completa-se o 98.º aniversário do nascimento de Carlos Paredes. No final da sessão, Bruno Costa e Hugo Gamboias e Nuno Botelho, vão apresentar uma interpretação fiel e integral da banda sonora do filme. A cantora Inês Graça irá, ainda, juntar-se aos músicos
para a interpretação do tema “Os Verdes Anos”. A banda sonora que será interpretada na tarde de dia 18 conta ainda com temas como “Despertar”, “Raiz”, “Acção”, “Frustração”, “Serenata” e “Movimento Perpétuo”.
“Os Verdes Anos” é um longa-metragem de 1963, realizada por Paulo Rocha e escrita em parceria com Nuno Bragança. O filme conta a história de Júlio (Rui Gomes), um jovem que se muda para Lisboa para tentar a sorte como sapateiro e que acaba por se apaixonar por Ilda (Isabel Ruth), uma jovem empregada doméstica, que trabalha numa casa próxima da sua oficina. Os jovens começam a namorar, mas Júlio, ciumento, desconfia constantemente de Ilda e a sua impulsividade acaba por conduzir esta relação para uma tragédia. O filme, que conta com música original de Carlos Paredes e foi produzido por António da Cunha Telles, marcou o início do Cinema Novo português e tornou- se numa referência cinematográfica para as novas gerações.
Devo, Gang of Four e Black Lips actuam na estreia do Luna Fest em Coimbra
As bandas Devo, A Certain Ratio, Gang of Four, Black Lips, Martin Dupont e The Fleshtones vão actuar na primeira edição do festival de rock Luna Fest, que vai decorrer em Agosto, em Coimbra.
O festival, dedicado ao rock & roll, vai realizar-se de 16 a 20 de Agosto, com os dois primeiros dias a decorrerem na Praça do Comércio e os restantes na Praça da Canção, afirmou o músico Victor Torpedo, que criou o evento em conjunto com Tito Santana, responsável pelo bar de Coimbra Pinga Amor.
Os Devo, que irão tocar pela primeira vez em Portugal, vão subir ao palco da Praça da Canção no último dia do festival.
A comemorar 50 anos de existência, a banda norte-americana vai apresentar-se em Coimbra com três dos seus cinco elementos originais, os irmãos Mark e Bob Mothersbaugh e Gerald Casale, afirmou a organização.
Entre os nomes confirmados, estão também a banda de pós-punk britânica Gang of Four, os A Certain Ratio, conjunto formado nos anos 1980 e que junta pós-punk com funk e dance rock, e o grupo francês de new wave Martin Dupont.
O Luna Fest vai contar também com a presença dos americanos Black Lips, formados no final dos anos 1990 e que lançaram em 2022 o álbum “Apocalypse Love”, e dos The Fleshtones, que começaram em 1982, em Nova Iorque.
Victor Torpedo referiu que nunca esteve nos seus planos avançar com um festival “desta dimensão”, mas decidiu dar forma à insatisfação que ia ouvindo de pessoas, por não haver, em Portugal, “um festival
de rock, ligado à estética do rock”, e com um cartaz onde não há “bandas para encher chouriços”.
As discussões iniciadas no Pinga Amor, bar de Coimbra associado ao rock, desenvolveram-se e, juntamente com Tito Santana, decidiu avançar com contactos.
Segundo Victor Torpedo, foi também possível assegurar apoio logístico da Câmara de Coimbra, da Universidade e do Teatrão, estando também a tentar fechar parceiros e patrocinadores.
A experiência como músico, em Portugal e no Reino Unido, “ajudou muito”, admitiu, realçando que foi mais fácil chegar ao contacto com
os artistas ou os seus agentes.
“A beleza deste festival é que eu quero mesmo estas bandas. Eu quero os Devo, porque desde puto que conheço as músicas todas deles, dos Gang of Four ou dos A Certain Ratio é a mesma coisa. Acho que essa é a diferença do Luna Fest: há uma paixão na programação”, frisou.
Apesar de a maioria dos nomes agora confirmados terem começado na década de 1980, Victor Torpedo salientou que o festival pretende não se focar apenas numa determinada época e que abrace todos os subgéneros que cabem dentro do rock.
“O foco é em boas bandas”, resumiu.