“Campeão das Províncias” - 22/2/2023

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DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com QUARTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2023 | N.º 709 | ANO 2 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL DE SEGUNDA A SEXTA, ÀS 17:00 / 18:00 HORAS EDIÇÃO DIGITAL FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Joana Alvim, Luís Carlos Melo e Cristiana Dias PAGINAÇÃO Grupo Media Centro De 2.ª a 6.ª-Feira, às 17:00 horas vá a na barra lateral encontra “Campeão Digital”. CLIQUE E LEIA! Pode também encontrar o link de ligação no Facebook do Campeão em www.campeaoprovincias.pt www.facebook.com/campeaodasprovincias 20 PÁGINAS REGIÃO DE COIMBRA PÁGINA 2 PÁGINA 15

CIM da região de Coimbra investe 220 mil euros em promoção turística

AComunidade Intermunicipal (CIM) da região de Coimbra apresenta-se na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), de 1 a 5 de Março, com um expositor totalmente sustentável e digital.

Nesta edição de 2023, a CIM da região de Coimbra estará no pavilhão dois, com um ’stand’ “sem papel, com materiais reutilizáveis e com uma abordagem muito responsável do ponto de vista ambiental”, disse hoje, em conferência de imprensa, o presidente da CIM da região de Coimbra, Emílio Torrão.

O expositor, com 360 metros quadrados, inclui três espaços, com uma ‘Black-Box’ onde será possível fazer uma “viagem sensorial” pelo território, do mar à serra, e ainda um pequeno anfiteatro com programação calendarizada, nas traseiras da ‘Black-Box’.

Além disto, haverá um balcão digital, com toda a oferta dos municípios que integram a região de Coimbra, através de código QR.

Na edição de 2023, o expositor da região de Coimbra não incluirá folhetos nem autocolantes.

“Aquilo que esperamos, com esta abordagem, é suscitar sucessivamente a vontade a quem tiver estes momentos a vir visitar o nosso território e a querer mais daquilo que, efectivamente, irá ali encontrar”, frisou o secretário executivo da CIM, Jorge Brito.

O objectivo da presença da CIM na Bolsa de Turismo de Lisboa é afirmar o destino “região de Coimbra”, promover o desenvolvimento do turismo sustentável na região e ainda dinamizar a cooperação intermunicipal na promoção do território como um todo.

Todos os municípios foram convocados para estruturarem o produto, de modo a serem promovidos durante os cinco dias do evento.

Serão apresentadas 19 experiências de cada município da região de Coimbra, assim como promovidas escapadinhas de três dias.

“Vão poder experienciar com o vosso telemóvel, algo que é incrível, que é a descoberta de destinos e de produto estruturado. Saber quanto é que vão gastar, saber se podem levar crianças, que tipo de roupa têm de utilizar para fazer os percursos”, explicou Emílio Torrão.

Com um investimento de cerca de 220 mil euros, esta iniciativa enquadra-se na Estratégia Turismo 2027,

que assenta na afirmação do “Turismo como hub para o desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território, posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo”.

A CIM, além deste ‘stand’, estará presente no espaço da Turismo do Centro na BTL.

Integram a CIM região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, do distrito de Coimbra, e Mealhada e Mortágua, dos distritos de Aveiro e de Viseu, respectivamente.

A região de Turismo do Centro é o destino nacional convidado da BTL 2023.

Para Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, “as expectativas são bastante elevadas. Pretendemos com a nossa participação, captar cada vez mais operadores e público ao nosso espaço, gerando notoriedade à marca e promovendo os nossos produtos turísticos mais maduros, assim como, as mais recentes novidades, como turismo industrial ou o nomadismo digital.”

A Bolsa de Turismo de Lisboa realiza-se de 1 a 5 Março na FIL- Parque das Nações. Os primeiros dois dias são dedicados exclusivamente aos profissionais do sector e, os dias de fim-de semana, ao público em geral, para dar a conhecer as ofertas turísticas das regiões de Portugal e dos destinos internacionais presentes.

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QUARTA-FEIRA,
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Via Central acolhe Feira de Velharias já este sábado

AVia Central (junto à Loja do Cidadão) volta a acolher, já este sábado, dia 25, mais uma edição da Feira de Velharias, entre as 9h00 e as 18h00. Um certame organizado pela Câmara Municipal de Coimbra, que junta vendedores provenientes de vários pontos do país na Baixa da cidade. O evento, que conta com mais de 31 anos de existência, realiza-se todos os meses, nos quartos sábados de cada mês.

A Feira de Velharias exibe uma pluralidade de produtos que perduraram no tempo e que fazem parte da memória colectiva, constituindo uma iniciativa de eleição para apreciadores e coleccionadores de antiguidades e velharias. Lá, é possível encontrar peças de cerâmica, joalharia, ourivesaria, latoaria e variadíssimos utensílios domésticos, mas também

medalhas, selos postais, discos de vinil, máquinas fotográficas, rádios antigos e livros de alfarrabista.

A Feira de Velharias é, pois, um evento de referência para coleccionadores e um importante contributo para a revivificação da Baixa da cidade. Uma mostra com especial importância para a animação urbana, quer pelo seu papel de dinamização cultural, enquanto repositório de memórias, quer pelo seu papel económico, por permitir a venda e a compra de objectos de colecção.

As próximas edições do evento, que até Outubro já vão decorrer no horário alargado, das 9h00 até às 19h00, estão previstas para os dias 25 de Março, 22 de Abril, 27 de Maio, 24 de Junho, 22 de Julho, 26 de Agosto, 23 de Setembro, 28 de Outubro, 25 de Novembro e 23 de Dezembro.

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Casa de Chá reabre e comemora 12 anos com novidades

mental. O que não se conhece não se pode incluir.”

Miriam Bernardino é a monitora da Casa de Chá e fala de benefícios não apenas intelectuais, mas também físicos. “Tivemos aqui uma jovem com 26 anos de idade que tinha o corpo de uma menina de 12 anos. Ela tinha muitas dificuldades motoras e, ao trabalhar aqui, acabou por ganhar uma grande destreza e agilidade.”

ACasa de Chá da APPACDM Coimbra, situada no Jardim da Sereia, reabriu esta segunda-feira, após a fase mais rigorosa do Inverno e numa altura em que comemora 12 anos de existência. Em concreto, a antiga casa do guarda foi inaugurada como Casa de Chá a 12 de Fevereiro de 2011, fruto de uma parceria entre a APPACDM e a Câmara Municipal de Coimbra.

A acompanhar a reabertura há algumas novidades à disposição dos frequentadores da Casa de Chá, como é o caso do reforço das opções vegan, que incluem mini pizzas, tostas, sopa, panquecas ou papas. Outra das novidades é o sumo ou batido de abacaxi e gengibre, enquanto o chá de gengibre e canela, que

era vendido apenas frio, agora também pode ser apreciado quente. A oferta da casa inclui ainda bebidas alcoólicas, da cerveja ao vinho, passando pelas espirituosas.

“Pode ser uma pequena casa em termos de área, mas é enorme por aquilo que faz pela inclusão das pessoas com deficiência intelectual”, afirma Helena Albuquerque, presidente da APPACDM Coimbra. “É como se a beleza e serenidade do Jardim da Sereia acabasse por influenciar os óptimos resultados que aqui obtemos”, acrescenta. A líder da APPACDM Coimbra destaca a via dupla que torna a Casa de Chá especial. “É boa para os jovens que aqui trabalham, mas também para os frequentadores conhecerem a deficiência

Depois de ir à mesa anotar o pedido de duas jovens, Mónica, 37 anos, pede ao balcão um café cheio e outro curto. “Amo e adoro estar aqui, é descontraído e faz-me bem”, diz. O sentimento é partilhado pela colega, Mariana, de 22 anos. “Já trabalhava em cozinha e é o que eu mais gosto, trabalhar em cozinha e servir às mesas”, assegura.

Na Casa de Chá continua a ser possível trocar livros. Além disso, o espaço está disponível para eventos como aniversários, festas, conferências de imprensa ou tertúlias. A própria APPACDM Coimbra irá, em breve, assinar lá um protocolo para o tratamento dos espaços verdes do Conservatório de Música de Coimbra e da Escola Secundária da Quinta das Flores. Em troca do trabalho da empresa de jardinagem da instituição, a APPACDM ganha a possibilidade de utilizar o auditório do Conservatório.

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Investigação explora a invisibilidade do activismo bissexual

Um estudo realizado no Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte) alerta para a discriminação de pessoas bissexuais na comunidade LGBTIQ+, bem como para a dificuldade de organização do ativismo bissexual, que condiciona a sua visibilidade.

No capítulo de um livro publicado em acesso aberto dedicado ao tópico das intimidades LGBTQ+ no Sul da Europa, a investigadora Mafalda Esteves apresenta parte dos seus estudos de doutoramento acerca da cidadania íntima e bem-estar psicossocial na bissexualidade.

A doutoranda do Iscte – Instituto Universitário de Lisboa, investigadora também no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, explica que “o conceito de cidadania íntima está relacionado com as decisões que as pessoas tomam em relação ao seu corpo, sentimentos e relações, bem como com as escolhas sociais acerca de identidades, experiências de género e experiências eróticas”. Por outras palavras, o conceito engloba os diversos discursos públicos sobre como viver a vida pessoal numa sociedade pós-moderna, não se limitando à orientação sexual.

Na sociedade a norma social dominante não é só a heterossexualidade, mas também a monossexualidade (isto é, atração apenas por um sexo ou género). A discriminação surge da crença subjacente de que tudo o que se desvia desta norma é uma transgressão e, portanto, inválido. Por isso, e uma vez que a bissexualidade consiste na atração por dois ou mais sexos ou géneros, esta é frequentemente invalidada não só pela população heterossexual, mas também pelas comunidades LGBTIQ+, resultando em discriminação dupla. “Relativamente à bissexualidade, parece haver uma certa invisibilidade que está presente também nas comunidades LGBTIQ+”, diz Mafalda, referindo-se ainda aos dados da sua investigação e da sua experiência como psicóloga trabalhando com a comunidade.

Ao entrevistar oito pessoas envolvidas em ativismo bissexual, Mafalda explorou as perceções internas do ativismo bissexual, perceções sobre a relação com o ativismo LGBTQI+, perceções sobre a relação com a cultura domi-

nante e a relação com o Estado. De uma forma geral, os resultados indicam dificuldades na coesão da comunidade bissexual em Portugal, com baixa visibilidade na esfera pública, apesar de diversas iniciativas articuladas em rede e demonstradas em marchas do orgulho LGBTIQ+. Apesar das pessoas entrevistadas em Portugal considerarem positivos os avanços legislativos referentes aos direitos sexuais relacionados com aspetos identitários e relacionais, relatam que estes não atendem às necessidades específicas traduzindo-se na falta de compromisso e de proteção político-legal.

A investigadora explica que os dados apontam para a importância de tornar claras as necessidades da comunidade bissexual, propondo que a adoção de uma perspetiva de diversidade sexual e de género, como a fluidez sexual e relacional nas suas múltiplas formas, por parte do Estado, possa ser um ponto de partida. “A educação para a diversidade parece ser crucial para ultrapassar o discurso da rigidez e imutabilidade da identidade e da orientação sexual na sociedade, e é importante reconhecer a interseccionalidade que marca as experiências bissexuais”, o que pode ajudar a reduzir a discriminação de que pessoas bissexuais são alvo. Por último, parece ser essencial para a comunidade bissexual portuguesa “trabalhar a capacidade de se organizar politicamente de forma a tornar-se visível na esfera pública e não ver a sua voz dispersa noutros grupos”, conclui.

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Pedro Simão Mendes Comunicação de Ciência (CIS-Iscte)

A ‘CAÇA’ AOS LIVROS: CTT E AT MANCOMUNADOS EM EXIGÊNCIAS ESPÚRIAS

Mais do que injúria

Um qualquer cidadão recebe de um país estranho ao Espaço Económico Europeu, a título de oferta, um livro. E está sujeito a que os CTT, por si e como intermediários da AT - Autoridade Tributária e Aduaneira, lhe exijam arbitrariamente:

. nota de encomenda (!),

. factura emanada do expedidor (!!)

. documento de quitação (!!!), para além de outras solicitações outras, inconcebíveis, em vista do respectivo desalfandegamento.

E cobram, para além de dados montantes para que os livros sejam libertados, o IVA, ainda que dele isentos, como o revelou, recriminando-os a preceito a Provedora de Justiça.

E nós temos em nosso poder documentos comprovativos de tais cobranças ilícitas, de livros de oferta, procedentes de um autor brasileiro que obsequiou cinco professores portugueses com a última edição da sua obra (“Teoria Ampliada do Desvio Produtivo”) e que se viu, em relação a quatro deles, em palpos de aranha para que os livros lhes chegassem às mãos… quatro meses depois, tendo “tempestivamente” satisfeito, ele, autor, encargos pecuniários indevidos aos Correios e à Autoridade Aduaneira, neste que é um “fartar, vilanagem!” a que as fileiras públicas nos vêm estranhamente habituando, esportulando todos e cada um, a seu bel talante!

De novo acontecem as coisas com um docente universitário de Aveiro que viu os anais de um Congresso promovido em Taiwan devolvidos,

após um braço de ferro inacreditável que nem sequer o Regulador, a que recorreu, conseguiu dirimir.

Mas há notícia de desvarios análogos que vêm acontecendo, um pouco por toda a parte, a muita gente.

Houve (e há, decerto) dissertações de pós-doutoramento (!!!) dirigidas sobretudo, que tenhamos conhecimento, à Universidade de Lisboa (Faculdade de Direito) devolvidas à procedência porque as exigências de desalfandegamento são análogas (com documentação inadmissível exigida para o desembaraço aduaneiro…).

Como ‘anedota’ para “brazuca” se divertir da suma inteligência lusa, não haverá decerto melhor!

Reclama-se e não há sequer qualquer repercussão no seio das entidades visadas, do Ministério das Finanças ao das Infra-estruturas, do da Economia e do Mar [Consumidores (?)] ao da Cultura, passando pelo Parlamento e pelas Comissões Parlamentares a tal adstritas.

A burocracia, hoje tratada por “máquinas” não tão “inteligentes” como se pretende, projecta-se nos homens e mulheres aos serviço de tais departamentos e os cidadãos “esbarram” num muro de incompreensões e silêncios…

Um desvario total!

Um desnorte!

Uma vergonha!

Estamos, no que se prende com os livros, perante autênticos crimes de lesa-cultura e uma rasoira que tende a cortar cerce os laços de intercâmbio cultural, mormente com os países de língua portuguesa, com especial destaque para o Brasil, sem que os empedernidos burocratas que nos couberam em sorte e quem lhes apara o jogo, pelo silêncio, a nível político, se movam ou sequer se preocupem porque tudo é feito me-

canicamente e de forma menos inteligente perante os termos de uma directiva europeia que nem sequer é convenientemente interpretada, já que transposta para o ordenamento pátrio.

Parece que os Correios de Portugal, pelos seus homens de mão no departamento visado, não sabem o que são obras de oferta, livros com que os autores brindam colegas, amigos, pessoas com afinidades culturais ou de outra ordem. Como se os destinatários das obras emitissem uma nota de encomenda e pagassem pelas obras ofertadas…

Mas quem é que, na esfera do Estado, se permite instruir estes indivíduos (ou afeiçoar os suportes lógicas das máquinas…) para se cessem estes atentados à inteligência dos cidadãos e às normas de conduta a que os departamentos oficiais se devem afeiçoar?

Já só falta reclamar perante o Chefe do Estado, tal como as coisas se apresentam ou rogar então a jornalista amigo que lhe suscite a questão um dia destes, à saída de uma qualquer cerimónia…

O poder caiu na rua?

Quem nos acode, quem?

À consideração já nem se sabe de quem!

Valha-nos Santa Engrácia!

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Exigência
Dinheiro
Mais que atentado
espúria
embolsado!
Mário Frota Presidente emérito da apDC Direito do Consumo - Portugal

Coimbra recebe Taça de Portugal de Ginástica Rítmica

Acidade de Coimbra irá receber, nos dias 25 de 26 de Fevereiro, a Taça de Portugal de Ginástica Rítmica no Pavilhão Multidesportos Dr. Mário Mexia. A Associação Cristã da Mocidade e a Associação de Ginástica do Centro (AGDCentro) aliaram forças com a Federação de Ginástica de Portugal para abrir as portas da cidade a uma das mais preponderantes competições no calendário nacional da modalidade que contará com a presença de 15 clubes e 138 ginastas de todos os pontos do país, para além dos numerosos acompanhantes.

No sábado de manhã, dia 25, estarão em prova os dois conjuntos juniores de Ginástica Rítmica, que se apresentarão no âmbito da observação para o Campeonato da Europa de Juniores de 2023. O sábado de tarde e todo o domingo serão dedicados à Taça de Portugal propriamente dita, com a cerimónia protocolar a acontecer no final da tarde de domingo.

Os bilhetes para cada um dos dois dias estarão à venda na plataforma online Ticketline, sendo que a manhã de sábado tem entrada livre. A organização oferece ainda 50 entradas gratuitas para a tarde de sábado, manhã ou tarde de domingo a todos os estudantes com cartão válido que queiram assistir à prova.

Para tal, deverão dirigir-se à porta do Pavilhão Mário Mexia e mostrar o cartão de estudante no controlo de acesso, recebendo em

troca um convite válido.

A AGDCentro reforça “ a importância deste evento nacional na nossa região, prova não só da ex-

celente relação com a Federação de Ginástica de Portugal, como da força que a ginástica tem na região centro nas suas várias disciplinas”.

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Festival da Chanfana na Lousã com adesão muito elevada

Oprimeiro fim-de-semana do XI Festival Gastronómico da Chanfana tem contado com uma adesão muito elevada, registando-se turistas do norte ao sul do país que escolhem a Lousã como destino gastronómico.

Além da forte adesão às unidades de restauração, também as unidades de alojamento registam taxas de ocupação elevadas - algumas mesmo lotadas - com os turistas a aproveitarem as mini-férias de Carnaval para uma visita ao concelho, juntando assim também um período de lazer à degustação da Chanfana.

Para esta atractividade contribuiu, também, as promoções do comércio local associadas ao Festival, enriquecendo assim a experiência da visita ao concelho, a que se junta o património natural e edificado, as Aldeias do Xisto, o Castelo da Lousã e o Turismo de Natureza e Despor-

tivo.

Para Luís Antunes, presidente da Câmara Municipal, “quem nos visita pode desfrutar de uma experiência diferenciadora, com a gastronomia - e em particular a Chanfana - como motivador, e que é complementada pela oferta turística de qualidade e diversificada que a Lousã, nomeadamente com a sua Serra, tem para oferecer”.

Luís Antunes afirmou, ainda, que “pelo contacto com as unidades de restauração a adesão ao Festival tem sido muito elevada e que no final conseguiremos avaliar isso mesmo, até com recurso ao inquérito que estamos a promover e que permite aos comensais ganhar prémios constituídos experiências e produtos locais”.

O XI Festival Gastronómico da Chanfana decorre em até 26 de Fevereiro, em 19 restaurantes aderentes.

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Centenas de pessoas visitaram 4.ª Exposição de Orquídeas em Cantanhede

A4.ª edição da Exposição de Orquídeas, que decorreu no salão dos Bombeiros Voluntários de Cantanhede, foi visitada por centenas de pessoas no fim-de-semana.

A iniciativa decorreu no âmbito de uma parceria entre o Município de Cantanhede, através do Gabinete Municipal de Apoio ao Agricultor, e a Associação Portuguesa de Orquidofília (APO).

A mostra reuniu as melhores orquídeas, por expositores e coleccionadores privados que, ao longo dos anos, cultivam com todo o cuidado e afinco uma grande variedade de espécies e híbridos de orquídeas.

“Ficou provado, uma vez mais, que esta é uma aposta ganha. Para além de se tratar de uma iniciativa singular, resulta também numa

oportunidade de negócio para os produtores”, resumiu o vereador Adérito Machado, congratulando-se com a presença em Cantanhede de coleccionadores e apaixonados das orquídeas oriundos de outros pontos do país.

A grande novidade na edição deste ano foi a apresentação de Bromélias, plantas epífitas que na natureza vivem em simbiose com as orquídeas, numa mostra em que os visitantes tiveram, uma vez mais, a oportunidade de contatar com um variado leque de orquídeas, tillandsias e suculentas.

Os visitantes tiveram ainda a oportunidade de aprender mais sobre orquídeas, no decorrer da palestra “Cultivo do género Paphiopedilum”, por José Costa, da APO.

Também Nuno Raposo, da Tillan-

vis, apresentou o colóquio “Tillandsia, a evolução de uma Bromélia”.

As apresentações assumiram diversas formas, com destaque para as acções práticas de cultivo de orquídeas, temperatura ideal para o seu plantio, humidade desejada por este tipo de plantas, substrato adequado, ou mesmo doença e praga que afectam o seu desenvolvimento.

A exposição contou ainda com dois espaços dedicados à venda de produtos regionais, designadamente A Lojinha da Quinta d’ Igreja, com vinhos, produtos alimentares, entre eles frutas e legumes da época, biscoitos, queijos, compotas, azeite, café e o famoso pão de trigo, folar da Póvoa da Lomba, e os Sabores Perfeitos, com a apresentação de frutos secos, biscoitos, compotas, mel e azeite.

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Enfermeiros concentram-se em Coimbra contra decisão que afecta progressão salarial

Cerca de duas dezenas de enfermeiros concentraram-se esta quarta-feira em frente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro exigindo pagamento de retroactivos em falta e correcta aplicação de pontos, que tem implicação na progressão salarial.

“ARS Centro paga o que deves”, “Progressão não pode ser uma ilusão”, “Enfermeiros motivados têm de ser valorizados”, eram algumas das inscrições nos cartazes que os enfermeiros empunharam junto à ARS Centro, onde entregaram uma moção reivindicativa.

Segundo o coordenador da Direcção regional de Coimbra do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Paulo Anacleto, a ARS Centro “é uma das múltiplas instituições do SNS (Serviço Nacional de Saúde) que não está a aplicar corretamente a atribuição de pontos aos enfermeiros”.

Na perspe tiva do SEP, a “incorrecta interpretação” por parte da ARS Centro nos pontos relativos à avaliação de desempenho tem consequências na progressão salarial dos enfermeiros.

“Os enfermeiros não veem a sua progressão salarial concretizada”, disse à agência Lusa Paulo Anacle-

to, adiantando que é necessária uma “clarificação” por parte do Ministério da Saúde, já que “as diferentes instituições têm leituras diversas sobre a atribuição de pontos”, havendo “dois pesos e duas medidas, consoante o que cada uma interpreta”.

De acordo com Paulo Anacleto, o problema inicial era a não contabilização dos pontos, e agora, há contabilização de pontos, mas sem consequências na progressão. “Agora, contabilizam mas não pagam”, frisou.

Os enfermeiros exigem o pagamento dos retroactivos em falta desde 2018, a correcta aplicação dos pontos e os correspondentes reposicionamentos remuneratórios.

Na moção entregue à ARS, o SEP defende ainda a vinculação de todos os enfermeiros em situação precária, a admissão de mais enfermeiros, a abertura de concurso para fixação de todos os enfermeiros em regime de mobilidade.

“Se o Ministério da Saúde não agendar uma reunião, nós - mais do que equacionamos - estamos determinadíssimos para avançar com novas formas de luta”, realçou Paulo Anacleto.

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Melhores iniciativas de limpeza urbana vão ser premiadas

A Associação de Limpeza Urbana (ALU) está a organizar um projecto cujo objectivo passa por premiar as melhores iniciativas de limpeza urbana. Os “Prémios Cidade +” vão ser atribuídos em quatro categorias distintas: “Inovação & Conhecimento”; “Participação Pública & Cidadania”; “Estratégia para a sustentabilidade”; e “Equipas felizes”.

A ALU revela que o propósito desta acção passa por “dar a conhecer projectos, iniciativas e investigação na área da limpeza urbana, que tenham alcançado um impacto significativo a nível nacional ou nas comunidades em que estão inseridos”. As candidaturas começaram no passado dia 16 de Fevereiro e estendem-se até 31 de Julho, podendo participar “Municípios, Juntas de Freguesia, empresas municipais, ou serviços

municipalizados; empresas prestadoras de serviços, consultoras e fabricantes ou distribuidores de equipamentos; pessoas em nome individual ou colectivo, associação e ONG; e ainda universidades e outras entidades que promovam investigação e desenvolvimento”, lê-se no documento da ALU.

O vencedor de cada categoria vai receber um prémio monetário no valor de 5 mil euros e um galardão. Além destes, vão ser ainda atribuídos Prémios Especiais a quem demonstre um contributo único na área da limpeza urbana.

“Personalidade do Ano”, “Equipamento/Tecnologia do Ano” e “Campanha do Ano” são as categorias que vão definir os vencedores destes prémios.

O presidente da Direcção da ALU, Luís Capão, realça a importância desta iniciativa para “catapultar as actividades de limpeza urbana e todos os seus actores nacionais, acelerando a imple-

mentação da inovação, ao nível dos sistemas tecnológicos e da abordagem social”. O mesmo responsável sublinha ainda que esta é uma “oportunidade para reconhecermos as acções que, efectivamente, contribuem e impactam, de forma significativa, a vida dos cidadãos e a sustentabilidade.”

Na avaliação dos candidatos a concurso serão tidos em conta critérios como a inovação, sustentabilidade, impacto e replicabilidade. Os vencedores das várias categorias deverão ser conhecidos em Outubro de 2023, no V Encontro Nacional de Limpeza Urbana, a realizar-se em Cascais.

Todas as informações sobre as candidaturas aos “Prémios Cidade +” estão disponíveis em https:// www.associacaolimpezaurbana. org/ e devem ser submetidas, até ao dia 31 de Julho, através do email geral@associacaolimpezaurbana.org.

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Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

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Autarquia da Lousã aprova votos de reconhecimento

AAutarquia da Lousã aprovou, por unanimidade, nas Reuniões de Câmara, dos dias 6 e 20 de Fevereiro, vários votos de reconhecimento a munícipes e entidades que se destacaram nas suas áreas de actuação.

Paulo Manuel de Carvalho Tomás, professor doutorado da Universidade de Coimbra, foi distinguido pela conquista do Prémio Joaquim de Carvalho, com a obra “Walking & Cycling. Uma nova Geografia do Turismo”.

No desporto, foram distinguidas as atletas Beatriz Carinhas - que se sagrou Campeã Nacional e Campeã da zona Centro na categoria de -40kg em Judo - Ana Morais - que bateu o recorde distrital dos 60 metros W55, com o tempo de 9,45 segundos – e o atleta Frederico Curvelo, que conquistou a medalha de bronze no Astana Meeting Indoor Tour 2023.

A nível colectivo, foi, também, atribuído um voto de reconhecimento à Associação Louzan Natação, pelos resultados obtidos na XIII Meeting Internacional da Póvoa de Varzim, nomeadamente batendo o Record Nacional Sénior e Absoluto e o Record do Meeting nos 4x50 Estilos Mistos e obtendo o segundo lugar na estafeta 4x50 metros Livres Misto.

Foi, também, aprovado um voto de reconhecimento ao bailarino e coreógrafo Eduardo Neves, pela obtenção da Medalha de Ouro no Concurso Internacional “Ballet Beyond Borders Grand Prix Dance Challenge”.

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CIM de Coimbra e do Cávado exigem “justa renumeração” na produção de energias renováveis

As comunidades intermunicipais (CIM) da região de Coimbra e do Cávado querem criar condições para que exista uma “justa renumeração” aos municípios na produção de energias renováveis, “independentemente da sua origem”.

Ambas as comunidades intermunicipais estão também empenhadas em desenvolver condições para que haja “ofertas multimodais, sustentáveis e alternativas, em matérias relacionadas com as adaptações climáticas ou a potenciação da utilização das energias renováveis”, referem as CIM.

Tanto nos territórios de Braga como nos de Coimbra, com incidência intermunicipal, estão a ser implementados sistemas de ‘bus rapid transit’ (BRT), sendo que, “aumentam em todo o território redes de postos de carregamento eléctrico, multiplicam-se as ciclovias, estacionamento para bicicletas, sistemas de ‘bike sharing’, trotinetes ou percursos pedonais”.

Existe uma filosofia partilhada de trabalho, que tem na base o cumprimento dos objectivos de desenvolvimento sustentável, para que sejam promovidos os modos suaves de mobilidade como modelo de transporte prioritário, já que as alterações climáticas e o seu impacto na degradação do ambiente são uma “ameaça real” para o modo de vida dos europeus e de todo o mundo.

“Por isso, o empenho destas comunidades intermunicipais no que diz respeito à Carta de Missão de Adaptação às Alterações Climáticas, da qual são ambas signatárias, delineado no âmbito do Pacto Ecológico Europeu e da Estratégia de Adaptação Climática, que pretende transformar os nossos territórios em espaços modernos, eficientes, competitivos, mas sustentáveis”.

O mais recente foco de colaboração entre estas CIM advém da exigência que tem de ser feita ao Estado português, para que seja “assegurada uma justa remuneração aos municípios com infra-estruturas de produção de energia eléctrica, independentemente da sua origem”.

As duas entidades tencionam que o pagamento de renda mensal, feito pela entidade receptora da energia eléctrica, seja aplicado não só à energia eólica, mas também à produção de outras energias renováveis, designadamente provenientes de energia renovável hídrica, solar ou origem/localização oceânica.

O regime legal em vigor estabelece a necessidade de pagamento de uma renda mensal, por parte das empresas detentoras de centrais eólicas aos municípios, em cujos territórios geográficos estejam instalados nas respectivas unidades de exploração.

Isto significa que, este pagamento de renda de 2,5% sobre o pagamento mensal aos municípios abrangidos é “aplicável exclusivamente aos parques eólicos, deixando de parte outras infra-estruturas instaladas e unidades de exploração de energias renováveis que não seja através da produção de energia eólica”, acrescentam.

No território da CIM do Cávado estão instaladas cinco centrais de energia renovável, porém, na região de Coimbra exis-

tem oito centrais hídricas em funcionamento.

“Analisando, apenas, a Central Hidroeléctrica de Caniçada, esta produzirá 345 Gigawatt-hora (GWh) anualmente o que poderá representar um encaixe de 62 milhões euros que com a aplicação da taxa de 2,5% supra exposta resultaria num valor anual de 1,5 milhões de euros para o município de Terras de Bouro”, exemplificou.

Deste modo, os conselhos intermunicipais do Cávado e da região de Coimbra aprovaram, por unanimidade, reivindicar aos órgãos competentes o pagamento das rendas mensais pela produção de energia eléctrica renovável, aplicado a toda a produção energética, independentemente da sua origem.

A CIM do Cávado engloba os concelhos de Amares, Braga, Barcelos, Esposende, Terras de Bouro e Vila Verde.

Integram da CIM região de Coimbra os municípios de Arganil, Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira da Foz, Góis, Lousã, Mira, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Oliveira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Penacova, Penela, Soure, Tábua e Vila Nova de Poiares, do distrito de Coimbra, e Mealhada e Mortágua, dos distritos de Aveiro e de Viseu, respectivamente.

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Colocação de implantes cocleares pode afectar o equilíbrio dos indivíduos

Inês Araújo, docente e investigadora da Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Politécnico de Coimbra (ESTeSC-IPC), concluiu que a colocação de implantes cocleares pode afectar o equilíbrio dos indivíduos.

No 27.º volume da colecção Ciência, Saúde e Inovação - Teses de Doutoramento, que foi publicado hoje (22), é possível ler a pesquisa feita pela investigadora, com o título “Os Efeitos da Cirurgia de Implante Coclear no Sistema Vestibular e no Equilíbrio Postural”.

“As pessoas que já apresentam alterações no sistema vestibular (responsável pelo equi-

líbrio e percepção de espaço, entre outras funções) antes da cirurgia podem piorar após a intervenção cirúrgica; já os indivíduos que não apresentam sintomas de vertigem antes da cirurgia revelam melhorias no equilíbrio após a colocação de Implante Coclear (IC)”, revelou o estudo.

Segundo a investigadora, os órgãos otolíticos são as estruturas mais afectadas com a intervenção cirúrgica. Ainda assim, a realização de reabilitação vestibular iniciada duas semanas após a cirurgia ajudou a melhorar o desempenho do equilíbrio e a qualidade de vida dos indivíduos, sugerindo que esta

terapia acelera os mecanismos relacionados com a compensação vestibular.

“A investigação permitiu confirmar que as pessoas que vivem com perda auditiva severa a profunda têm maior probabilidade de ter problemas de equilíbrio/vertigem”, afirmou o ESTeSC-IPC, responsável por publicar o material.

O implante coclear é uma via utilizada para reabilitar indivíduos com perda auditiva, que não beneficiam do uso de aparelhos auditivos convencionais, e que estimula directamente o nervo auditivo, com o objectivo de proporcionar sensação auditiva e compreensão da fala.

19 QUARTA-FEIRA, 22 DE FEVEREIRO 2023 »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL »» DIGITAL www.campeaoprovincias.pt/pdf/campeaodigital.pdf
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