“Campeão das Províncias” - 17/3/2023

Universidade de Coimbra promete continuar a preservar património classificado

OReitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, garantiu hoje que vai continuar a preservar e a desenvolver o património desta instituição de ensino superior conimbricense, classificada há dez anos como Património Mundial da UNESCO.

“A Universidade de Coimbra irá cumprir o seu papel, como sempre faz, e estaremos, naturalmente no âmbito da [Associação] Ruas, a preservar, a proteger e a desenvolver o património classificado, porque é uma classificação muito relevante para a cidade, para a região e para o país”, alegou.

Durante a apresentação do programa comemorativo dos 10 anos da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), Amílcar Falcão realçou que está concluída a intervenção de parte do Colégio da Graça.

“Andamos há anos a tentar conseguir ficar com o resto do Colégio da Graça, que está na posse do Ministério da Defesa, para requalificação. Com algumas mudanças nos ministérios e nas pessoas que tomam decisões, não tem sido fácil, mas quero acreditar que dentro de algum tempo, não muito, consigamos ter o Colégio da Graça connosco e ficar com o Pólo 0 completo”, referiu.

O Reitor da Universidade de Coimbra destacou que também o Paço das Escolas e a Biblioteca Joanina vêm sendo alvo de obras de preservação, demonstrando que “já se fez bastante” em termos de preservação de património, embora ainda haja “bastante mais para fazer”.

Na sua intervenção, Amílcar Falcão

recordou também que a Universidade de Coimbra é a única de cinco universidades classificadas pela UNESCO, reconhecida tanto pela sua componente material como imaterial.

Ao vice-Reitor Alfredo Dias coube aludir a parte do programa comemorativo dos 10 anos da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO, que irá contemplar colóquios e debates, bem como a apresentação de alguns projectos, fomentando a discussão e o envolvimento da comunidade.

Entre estes exemplos estará o projecto para a requalificação e funcionalização de toda a zona da Associação Académica e Jardins da Associação até ao Colégio de São Jerónimo, bem como o Projecto global do Colégio das Artes.

Sobre o programa das comemorações, disse ainda que este estará organizado em três momentos, sendo que o primeiro corresponde ao início das comemorações, o outro à data de classificação (mês de Junho) e o último

momento ocorrerá no quarto trimestre do ano, com a apresentação do Plano de Gestão, que corresponderá à estratégia para a gestão do Bem nos próximos anos.

Já o vice-reitor Delfim Leão indicou que as comemorações arrancam dia 22 de Março, com o lançamento do livro “Cinco Jóias de Coimbra: Património Mundial da Humanidade”, na Capela de São Miguel da Universidade de Coimbra.

Do programa destacou o Concerto Comemorativo do 10.º Aniversário da Classificação UNESCO intitulado “No Princípio Era o Fado”, que terá lugar a 22 de Maio, no Pátio das Escolas da Universidade de Coimbra, bem como um debate, no dia 5 de Junho, que tem como tema central a Canção de Coimbra.

Destaque ainda para o Colóquio Internacional - Gestão Sustentável de Bens do Património Mundial, no dia 21 de Junho, e para o IV Encontro Nacional Universidade e Cultura, no dia 16 de Novembro.

Governo acelera pagamentos do programa “Garantir Cultura”

Com o objectivo de acelerar os pagamentos aos agentes culturais, o governo ajustou o programa “Garantir Cultura”, “o que irá permitir às empresas beneficiárias dos apoios concedidos ao abrigo deste programa, e cujos projectos já se encontrem física e financeiramente realizados, receber uma nova tranche, no valor de 10%, a ser paga nos próximos dias”, adianta, em comunicado, o executivo.

De acordo com o Secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, esta medida permite “responder às necessidades das empresas do sector e acelerar um processo que, lamentavelmente, se tinha arrastado. Serão cerca

de 3,5 milhões de euros a serem pagos nos próximos dias que, sem esta alteração, somente seriam pagos após a análise do pagamento final”. O mesmo responsável acrescenta que “é de inteira justiça que tudo se faça para que rapidamente os agentes culturais e as suas empresas possam ter acesso às verbas deste programa. É o que estamos a procurar fazer”.

Assim, as empresas apenas vão ter de esperar pela análise ao pedido de pagamento final que, com esta alteração, se fixa nos 5%. De recordar que o programa “Garantir Cultura” tem como intuito mitigar os efeitos negativos provocados pela pandemia por COVID-19 na actividade cultural. Dos 29,5 milhões de euros aprovados, “já foram pagos, até à data, 22,6 milhões de euros. Nos próximos dias, o Turismo de Portugal assegurará o pagamento de cerca de 3,5 milhões de euros”, lê-se ainda no comunicado.

Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)

Pedro Santana Lopes quer arranjar largo de Santo António

Opresidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz visitou ao final da tarde da passada quarta feira, o Largo de Santo António, com vista a ultrapassar o desleixo e abandono em que está há muitos anos.

Há décadas que o Largo Silva Soares (Largo de Santo António/Misericórdia Obra da Figueira) aguarda por um arranjo urbanístico bem como substituir todo aquele muro que mais parece uma fortaleza e que regresse à beleza e simplicidade do que existiu até ao final dos anos 40.

Quando foi retirado o freixo bicentenário (que ainda lá poderia estar!), foi prometido pelo presidente da autarquia na época que

iria lá ser colocado outro em substituição daquele, mas até hoje nada foi alterado a não ser a degradação de todo aquele espaço.

Perante a situação e alertado para a perigosidade daqueles muros, Pedro Santana Lopes quis ver a situação e inteirar-se do problema. No local, acompanhado pelo vereador Manuel Domingos, foram recebidos pelo provedor Joaquim de Sousa e outros mesários da Instituição que explicaram, detalhadamente, todo o desenvolvimento daquele processo entregando, inclusive, toda a documentação/ dossiê que inclui projectos, sugestões e gravuras que mostram a beleza daquele largo até final dos anos 40.

Santana Lopes apreciou a situação e manifestou não ter gostado do que viu, dizendo mesmo que aquele muro “mais parecia uma fortaleza do passado” e que os sinais de ruina eram mais do que evidentes, deixando alguma esperança de que ia rapidamente analisar e tentar ultrapassar a questão. Porque ia ter outra reunião, com os comerciantes da baixa da cidade, prometeu para breve uma visita à Misericórdia Obra da Figueira, uma Instituição com um conjunto de valências e capacidades filantrópicas que se houver um bom entendimento e cooperação entre as duas Instituições, todos ficam a ganhar, sobretudo os mais necessitados e a Figueira da Foz.

Circuito Nacional NGPS chega a Montemor-o-Velho para percorrer a Rota do Arroz Carolino

Amanhã, dia 18 de Março, Montemor-o-Velho vai receber a segunda etapa do Circuito Nacional NGPS. Este momento desportivo, organizado em parceria com a entidade técnica responsável por este Circuito, a Cabreira Solutions, conta com dois percursos circulares que vão explorar a Rota do Arroz Carolino.

A prova vai contar com a participação de cerca de 450 cicloturistas que poderão escolher entre a versão longa com 68 kms (1296 m d+) ou a versão curta com 44 kms (821 m d+), em função da sua preparação física ou tempo disponível para o cumprimento da respectiva distância. Os participantes vão poder escolher comodamente o seu horário de partida, sem pressões, explorando assim o conceito NGPS, de navegação por GPS.

A partida e chegada serão no Largo da Feira, junto ao Festival do Arroz da Lampreia, que continua a promover as riquezas do concelho. As associações concelhias - Grupo Recreativo Revelense e o Clube União Musical Recreativo Gatoense (CMURG) - vão assegurar os reabastecimentos aos participantes e promover também momentos de convívio com animação.

Esta iniciativa do Município de Montemor-o-Velho pretende incentivar a prática desportiva e dar a conhecer a Rota do Arroz Carolino, um produto endógeno de grande importância na região. Com a realização desta prova, a autarquia espera também dinamizar o turismo na região e promover a cultura e a gastronomia local.

Líder da Nova Direita apresenta ideias em Entrevista à Rádio Regional do Centro

Esteve esta sexta-feira em Coimbra a doutora Ossanda Liber, líder da Nova Direita, nova força política que aguarda aprovação formal pelo Tribunal Constitucional. As ideias/força da Nova Direita apresentou-as em Entrevista à Rádio Regional do Centro.

Ossanda Liber estudou Direito em Paris e mudou-se para Portugal em 2004. O partido que agora criou procura preencher um espaço político à direita do PSD e à esquerda do Chega. Ossanda

Liber ganhou destaque durante a pandemia de COVID-19 ao se candidatar à Câmara Municipal de Lisboa pelo movimento independente “Somos Todos Lisboa” e tornou-se vice-presidente do partido Aliança antes de renunciar e desfiliar-se em Fevereiro de 2022. As assinaturas do novo partido foram entregues ao Tribunal Constitucional em Março de 2023, e ainda há passos a serem dados, como a aprovação do Tribunal e a definição do programa eleitoral.

Obras do MetroBus condicionam trânsito na Av. Emídio Navarro em Coimbra

Uma nova fase do condicionamento da circulação na Avenida Emídio Navarro, entre o Largo da Portagem e a rotunda que confina com a Rua do Brasil e a Avenida da Lousã, em Coimbra, entrou em vigor esta sexta-feira.

Este condicionamento diz respeito à continuidade dos trabalhos de construção do troço urbano Alto de São João - Portagem do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), a cargo da Infraestruturas de Portugal (IP).

A especificidade dos trabalhos a realizar, aliada à densidade do tráfego rodoviário da Avenida Emídio Navarro, determinam que a prossecução das operações se desenvolva de forma faseada.

Assim, nesta nova fase, com uma duração previsível de quatro meses, serão executados trabalhos nas vias junto ao Parque Manuel Braga em todo este troço da Avenida Emídio Navarro, permanecendo disponíveis as duas vias do lado contrário, adquirindo estas, provisoriamente, um perfil de duplo sentido.

A via que será segregada para a execução dos tra-

balhos contempla em cada uma das suas extremidades paragens de autocarros que serão desactivadas, passando as paragens do lado da Portagem a funcionar da seguinte forma:

- Linha Botânico, 10A – Parque/Sobral Cid, 38 –Santa Clara/Polo II e 41 – Alqueves/Vale das Flores: passam a parar no local assinalado à saída da Ponte de Santa Clara

- As restantes linhas passam a utilizar a zona de paragens da Portagem, em frente ao Hotel Astória.

Os trabalhos programados para este troço compreendem, nomeadamente, a retirada dos carris preexistentes, a instalação de condutas adutora e de saneamento, a realização de infra-estruturas de drenagem e telecomunicações e os acabamentos necessários para o futuro canal do MetroBus.

De forma a garantir a segurança de peões e trabalhadores, a Metro Mondego apela à necessidade de cuidados redobrados na circulação na área intervencionada e ainda ao respeito da sinalização colocada, em particular no que concerne aos limites de velocidade.

Transportes Urbanos de Coimbra alugam seis autocarros por 150 mil euros

Os Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) investiram cerca de 150 mil euros no aluguer de seis autocarros seminovos à Guimabus, única empresa que concorreu ao concurso público lançado.

O contrato, de 6 de Março, refere que a Guimabus irá fornecer seis autocarros ‘standard’ aos SMTUC durante o período de cinco meses, por 150 mil euros.

Aquela empresa nortenha integra o grupo privado Vale do Ave Transportes e começou a actividade após vencer a concessão do serviço de transporte público colectivo de passageiros de Guimarães, em 2021.

Em resposta escrita enviada à agência Lusa, a Câmara de Coimbra esclareceu que os seis autocarros “são seminovos e ainda estão na garantia”.

Questionada sobre a possibilidade de renovação do aluguer, fonte

oficial do Município referiu que, “caso haja necessidade, deverá ser feito um novo procedimento”.

“Aguarda-se a chegada de novos autocarros, adquiridos pelos SMTUC, durante o presente ano, pelo que se entendeu que este período temporal seria o adequado, podendo haver, contudo, a necessidade de ser efectuada uma nova contratação”, acrescentou a Câmara de Coimbra.

Em declarações à Lusa, a Câmara frisou que o recurso ao aluguer de autocarros é entendido como “uma medida de recurso”, esperando que, futuramente, “haja a possibilidade de recorrer a programas de financiamento para aquisição de novos autocarros”.

No início de Fevereiro, a Câmara de Coimbra apresentou um “plano de salvação” para os SMTUC, que prevê a renovação da frota até 2030, num investimento total de 40 milhões de euros (ME).

Na altura, a vereadora da Câma-

ra Municipal de Coimbra Ana Bastos, que é também a presidente do Conselho de Administração dos SMTUC, informou que este plano, a concretizar até 2030, tem três cenários possíveis, no entanto, optaram por apresentar publicamente o “mais realista e exequível”.

“Esta proposta prevê a aquisição de 15 novos autocarros por ano e a diminuição da taxa de imobilização na ordem dos 5%”, num custo total de 40 milhões de euros, revelou.

Na apresentação do plano, a autarca admitiu que estava também previsto, no imediato, o aluguer de cinco a dez autocarros ‘standard’ com dois a três anos.

Em Janeiro, a Câmara Municipal de Coimbra divulgou uma análise técnica onde indicou que os SMTUC têm mais de um quarto dos autocarros da sua frota com 20 ou mais anos de idade. A média de idades actual da frota é de cerca de 16 anos.

Coimbra ambiciona ser um dos ecossistemas de saúde mais competitivos da Europa

Opresidente do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) afirmou que o sector da saúde em Coimbra tem condições para ser mais competitivo do que a maioria dos ecossistemas que existem em Portugal e na Europa.

“Acho que não é demasiado ambicioso dizer que o que temos em Coimbra - com toda esta rede que envolve Universidade, CHUC, Instituto Politécnico, empresas da área farmacêutica, base tecnológica, Instituto Pedro Nunes e laboratórios de investigação, tudo numa área tão pequena e com facilidade de comunicação - não existe noutras latitudes europeias e mundiais”, disse Carlos Santos.

O responsável falou no final da sessão de abertura do VI Meetup do Digital Health Portugal– Bio Banks and Health Research, dedicado ao tema “Desafios e Oportunidades”, a propósito do biobanco criado em Coimbra, num consórcio que integra o Centro Académico e Clínico de Coimbra, CHUC e Universidade de Coimbra (UC).

Segundo Carlos Santos, o biobanco “é uma estrutura extraordinária”, que tem potencial para “alavancar projectos de investigação que criam impacto na cadeia de valor em saúde e na investigação clínica e translacional”.

Para o presidente do CHUC, o objectivo é fazer “deste ecossistema em Coimbra um ecossistema transformador desta realidade e com impacto em tudo aquilo o que é apresentado aos cidadãos como solução para os seus problemas”.

“Temos condições para sermos muito mais competitivos do que aquilo que temos sido e mais competitivos do que a maioria dos ecossistemas que existem em Portugal e na Europa”, enfatizou.

O director da Faculdade de Medicina da UC salientou o “potencial enorme” devido às diversas áreas de investigação “muito fortes na área das neurociências, cardiovascular, ciências da visão, oncologia, transplantação e em muitas áreas muito inovadoras que estão a emergir e que podem resultar numa utilização muito mais alargada”.

Salientando que o biobanco “é uma base fantástica

de trabalho, Carlos Robalo Cordeiro frisou que o futuro Instituto Multidisciplinar do Envelhecimento, que está a ser construído no perímetro do CHUC, vai ser “um enorme fornecedor de material nas diversas áreas em que vai desenvolver investigação”.

“Se começarmos a estruturar projectos que tenham a ver com o envelhecimento, com recolha de amostras em população que hoje não é idosa, mas que o vai ser daqui a 30 ou 40 anos, isso poderá ser uma importante base de recolha de informação, estudo, pesquisa e, sobretudo, na promoção dos melhores cuidados de saúde”, sublinhou.

O especialista realçou ainda que o biobanco pode permitir “a conversa entre as diversas instituições, maior articulação hospitalar, universitária e de laboratórios de investigação, que pode ser o ponto de encontro, já que está muito bem equipado e tem todas as condições”.

Promovido pelo Digital Health Portugal, em colaboração com o Health Data Forum e o CHUC, o VI Meetup do Digital Health Portugal– Bio Banks and Health Research contou com a participação de oradores nacionais e estrangeiros que abordaram os principais desafios que se colocam aos biobancos, como questões éticas, governança, envolvimento da comunidade, confiabilidade e subutilização das amostras, entre outros.

Quando os brócolos conversam: Estudo investiga como o cérebro processa frases ficcionais

Um novo estudo sugere que os nossos cérebros processam informação inconsistente com o conhecimento prévio do mundo de forma diferente. O estudo, conduzido por uma equipa de investigadoras do Centro de Investigação e Intervenção Social (CIS-Iscte) e da Universidade de Maastrich (Países Baixos), descobriu que frases que descrevem alimentos com características inanimadas eram mais facilmente recordadas do que as que descrevem alimentos com características animadas, tanto num contexto do mundo real como num contexto ficcional.

O estudo, realizado no Laboratório de Psicologia Social e das Organizações do Iscte, utilizou eletroencefalografia (EEG) para medir a atividade cerebral dos participantes enquanto liam frases sobre alimentos, ou num cenário do mundo real ou num cenário fictício. No cenário fictício, os alimentos possuíam características animadas, tais como ser mal-humorado ou capaz de falar. “O nosso cérebro processa a linguagem muito rapidamente”, explica a autora principal Sara Soares, doutoranda no Iscte, acrescentando que “as dificuldades levantadas por informações incongruentes são normalmente

observadas através de EEG aproximadamente 400 ms após a palavra crítica da frase ser apresentada”. As investigadoras descobriram que quando os participantes liam frases sobre alimentos com características animadas no contexto do mundo real, os seus cérebros mostravam uma maior amplitude da componente N400, indicando que o processamento da frase era mais difícil. No entanto, no contexto ficcional, não houve diferença significativa na atividade cerebral entre frases sobre alimentos com características animadas e inanimadas.

De forma geral, os resultados sugerem que uma descrição mínima sobre um contexto ficcional é suficiente para o nosso cérebro se adaptar a informação inconsistente com o conhecimento prévio acerca do mundo. “A maioria dos estudos anteriores indicava que a informação inconsistente é mais fácil de processar após uma longa explicação contextual, como se as dificuldades desaparecessem. No nosso estudo, oito frases sobre uma realidade alternativa em que os alimentos tinham características humanas foram suficientes para mudar a capacidade das pessoas no processamento deste tipo de informação”, explica Sofia Frade (CIS-Iscte). Além disso, as pessoas

lembraram-se melhor das frases que descreviam os alimentos sem características semelhantes às humanas. Segundo a investigadora Rita Jerónimo do CIS-Iscte, “descrever alimentos em termos de características inanimadas alinha-se com o nosso conhecimento prévio do mundo, o que parece facilitar a recuperação dessa informação”. De acordo com a investigadora Sonja Kotz “este estudo contribui para perceber como o nosso cérebro processa informação inconsistente com o conhecimento prévio do mundo, e como o contexto pode influenciar esse processo.” A investigadora Sara Soares acrescentou que “estes resultados podem ter implicações para a compreensão de como processamos e recordamos a informação linguística em diferentes contextos, tais como em materiais educativos ou na publicidade”. As autoras salientam ainda como este estudo pode informar modelos teóricos sobre a linguagem, mas alertam para a necessidade de mais investigação que considere características individuais, tais como propensão para a fantasia, ou capacidade de flexibilidade cognitiva, por exemplo.

Pedro Simão Mendes Comunicação de Ciência (CIS-Iscte)

ESEnfC lidera projecto para melhorar currículos de enfermagem na América Latina

“Prevê-se melhorar os currículos e a qualidade do ensino” nas instituições parceiras, “fomentar o desenvolvimento profissional contínuo dos professores e a cooperação interinstitucional, aumentar o nível de competências dos estudantes, adequando-as às necessidades do mercado de trabalho e da sociedade, bem como promover a prevenção e controlo de IACS e da RAM, melhorando, de um modo global, a segurança e qualidade nos cuidados de saúde”, lê-se na ficha do projecto liderado pela ESEnfC, estabelecimento português que já interveio, neste mesmo âmbito, com universidades do continente asiático no projecto PrevInf.

AEscola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) lidera um projecto, financiado com quase 800 mil euros, para melhorar qualidade dos currículos de enfermagem na América Latina e ainda contribuir para a prestação de cuidados de saúde seguros.

O projecto coordenado pela ESEnfC, até Dezembro de 2025, vai envolver pelo menos 600 estudantes de enfermagem, 60 docentes e 100 enfermeiros dos contextos da prática clínica, referiu a ESEnfC.

O projecto, intitulado “HAInnovPrev – Empowering Nursing High Education with Innovative Healthcare-Associated Infection Prevention and Control Practices in Latin américa”, beneficia do apoio da União Europeia e nele participam mais cinco instituições de ensino superior - Universidade de Salamanca, em Espanha, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade Federal de Viçosa, no Brasil, Universidade Andina del Cusco e Universidade Nacional Autónoma de Chota, no Peru.

O consórcio propõe-se desenvolver um “inovador modelo pedagógico de ensino-aprendizagem, ajustado ao contexto da América Latina (modelo HAInnovPrev), sustentado em investigação, com o foco na prevenção e controlo de infecções associadas aos cuidados de saúde (IACS) e da resistência aos antimicrobianos (RAM)”.

Além do modelo pedagógico HAInnovPrev, vão ser produtos deste projecto um conjunto de cenários de simulação para aprendizagem clínica e um e-Book, adaptados ao contexto cultural da América Latina.

De acordo com a fundamentação do projecto, “as infecções associadas aos cuidados de saúde e a resistência aos antimicrobianos constituem um problema de saúde e um desafio a nível global, com elevados custos e impacto nos resultados para os clientes, para os profissionais e para os sistemas de saúde”, sendo que “esta problemática, acentuada pela pandemia de covid-19, reveste-se de particular importância na América Latina, que enfrenta dificuldades decorrentes da pressão contínua das organizações de saúde, para garantir o acesso a cuidados de saúde com segurança e qualidade”.

A equipa da ESEnfC que integra o projecto é composta pelos professores Anabela Salgueiro Oliveira, Maria da Conceição Bento, João Graveto, Pedro Parreira, Manuel Chaves e a coordenadora Teresa Neves.

O HAInnovPrev é ainda constituído pelos investigadores Paulo Costa e Filipe Santos e, ainda, pelos técnicos João Pardal e Rita Gonçalves.

O projecto tem um financiamento de 799.566 euros, proveniente da União Europeia.

A ESEnfC refere ainda que 18 professores das seis instituições participantes no projecto estiveram, durante esta semana, em Coimbra, para o primeiro encontro transnacional do HAInnovPrev.

Soluções para sobreviver à crise

No Dia Mundial dos Direitos do Consumidor, que se comemora todos os anos a dia 15 de Março, a DECO lançou um Roteiro para sobreviver à crise, com reivindicações e medidas para melhorar a condições de vida dos consumidores.

Diariamente são relatados à DECO, muitos casos paradigmáticos de crise que os cidadãos enfrentam no nosso país. São estes casos vividos que motivam a ação reivindicativa da DECO e impulsionaram a redação do ROTEIRO

PARA SOBREVIVER À CRISE (consulte em www.deco.pt).

Com este roteiro, a DECO pretende incentivar o debate público sobre as difíceis condições de vida dos consumidores e assegurar a tomada de decisões que possam promover o bem-estar social e económico dos cidadãos.

A DECO reivindica soluções em vários setores, destacando algumas:

- Alimentação:

. Constituição de um Observatório dos Preços que fiscalize a evolução dos preços dos bens, bem como das práticas comerciais.

. Criação de legislação que reforce a transparência e a obrigação de informação ao consumidor em produtos alvo de reduflação.

- Habitação:

. Incentivos fiscais, financeiros e sociais que garantam um verdadeiro equilíbrio e oferta no mercado.

. Criação de programas inclusivos e adaptados às necessidades de todos os consumidores que incluam o arrendamento e a aquisição de habitação própria e permanente.

- Energia:

. Redução de IVA para 6% em todas as componentes da fatura de eletricidade e gás natural.

. Reavaliação dos critérios da tarifa social tendo em consideração o atual contexto da inflação e alargamento dos beneficiários relativamente ao gás natural.

- Água e Resíduos:

. Aplicação obrigatória da Tarifa Social por todas as entidades gestoras e em todas as vertentes: abastecimento, saneamento e resíduos.

. Aprovação do Regulamento da Qualidade do serviço.

. Tarifas de Resíduos que premeiem quem separe para reciclar.

- Mobilidade

. Direito ao reembolso por parte de titulares de passes em caso de greve.

. Criação de tarifa social para os transportes públicos coletivos.

A DECO acredita que com a aceitação das soluções preconizadas, as famílias conseguirão ultrapassar a crise, assegurando a salvaguarda dos seus direitos e interesses por todos os setores da economia nacional. Consulte o roteiro em www.deco.pt.

DECO CENTRO

Conte com o nosso apoio através do número de telefone 239 841 004, ou do endereço eletrónico deco.centro@ deco.pt. Siga-nos nas redes sociais Facebook, Twitter, Instagram, Linkedin, Youtube e no nosso site DECO.

Lançada plataforma multilíngue de partilha de conhecimento com contributo da UC

AUniversidade de Coimbra (UC) integrou um projecto europeu que permite desenvolver e lançar uma plataforma digital multilíngue para partilha de conhecimento, que abrange 11 idiomas e 27 disciplinas das áreas das ciências sociais e humanidades.

A UC afirma que a plataforma digital multilíngue GoTriple, uma ferramenta inovadora de partilha de conhecimento, foi desenvolvida no âmbito do projecto europeu TRIPLE (Transforming Research through Innovative Practices for Linked Interdisciplinary Exploration).

“A plataforma, alojada em https:// gotriple.eu, é o resultado de um intenso trabalho de colaboração entre 22 instituições de 15 países (em grande parte, integrantes do consórcio OPERAS – Open Scholarly Communication in the European Research Area for Social Sciences and Humanities), que receberam um financiamento europeu de 5,6 milhões de euros, no âmbito do programa-quadro de investigação e inovação Horizonte 2020”, informa.

De acordo com o vice-Reitor da UC para a Cultura, a Comunicação e a Ciência Aberta, Delfim Leão, esta ferramenta reúne, na fase de lançamento, “mais de sete milhões de documentos e quase seis milhões de perfis”, sendo já “o maior serviço de descoberta europeu relativo a produção académica específica da área das Ciências Sociais e Humanidades”.

“O contributo da Universidade de Coimbra para o seu desenvolvimento está perfeitamente alinhado com as políticas institucionais de promoção da Ciência Aberta, do multilin-

guismo e da salvaguarda da língua portuguesa como idioma central na comunicação de ciência”, sublinha.

A UC indica que o desenvolvimento desta ferramenta multidisciplinar e multilíngue vinha sendo realizado desde 2019, com o intuito de se poderem partilhar artigos e resultados de publicações científicas, além de projectos e perfis de investigadores, que ficassem disponíveis para cidadãos, empresas e toda a sociedade – cumprindo os princípios da ciência aberta e facilitando a interação e a oferta/procura de financiamento para a investigação científica.

A GoTriple, integrada no portfólio de serviços da infraestrutura OPERAS, engloba funcionalidades como “um sistema de recomendação que sugere publicações, autores e projectos com base em consultas de pesquisa anteriores” e “um Trust Building System, que permite

que os utilizadores conectem os seus círculos sociais”.

Integra ainda um serviço de financiamento colaborativo científico, que “ajuda os investigadores a desenvolverem estratégias de comunicação e a obterem financiamento inicial para os seus projectos”.

“A plataforma disponibiliza duas opções inovadoras de visualização dos mapas de pesquisa (Streamgraph e Knowledge Map) e uma ferramenta de anotação online (Pundit) para o utilizador anotar publicações online e compartilhar as suas anotações”, destaca.

Segundo a UC, a GoTriple também apoia a construção de redes académicas, permitindo que cada utilizador publicite os seus conhecimentos e os projectos em que está envolvido, entrando em contacto com os congéneres através de uma funcionalidade de ‘chat’.

Cantanhede acolhe pós-graduação em Comunicação Estratégica para as Autarquias

OInstituto Politécnico de Coimbra (IPC) apresentou esta quarta-feira, 15 de Março, em Cantanhede, a pós-graduação em Comunicação Estratégica para as Autarquias, que vai decorrer nas instalações da Cantanhede Creative School, antiga escola primária Conde Ferreira.

Este curso vem materializar o protocolo de colaboração celebrado em Agosto de 2022 entre a instituição de ensino superior e a Câmara Municipal, com vista à instalação de um pólo de ensino superior em Cantanhede focado na área das artes e da criatividade.

A sessão de acolhimento da referida pós-graduação, que será coordenada e ministrada pela Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), contou com a presença da presidente e do vice-presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio e Pedro Cardoso, respectivamente, do pró-presidente do IPC, Carlos Veiga, e do

presidente da ESEC, Rui Antunes, para além de outros responsáveis da instituição de ensino superior.

Para Helena Teodósio, “esta pós-graduação abre uma nova janela no projecto educativo do Município, com a feliz coincidência de proporcionar aos formandos as ferramentas fundamentais para uma boa comunicação das autarquias locais”.

A presidente da autarquia cantanhedense espera que “este seja o ponto de partida para uma parceria profícua com uma instituição de ensino superior de prestígio, como é o caso do Instituto Politécnico de Coimbra”.

Na sequência das palavras de boas-vindas pelo presidente da ESEC, Rui Antunes, na abertura da sessão de acolhimento aos alunos, o vice-presidente com o pelouro da Educação, Pedro Cardoso, felicitou, por seu lado, os alunos “pela escolha de uma formação desafiante”, desejando “os maiores sucessos para esta pós-graduação”. “Registo com agrado

a qualidade do painel de docentes que vão marcar este percurso formativo, o que associado à ESEC, fica garantida a chancela de qualidade. O que é tanto mais importante quanto este curso de pós-graduação marca o início desta aposta de uma escola que se constituirá como um pólo do Instituto Politécnico, Cantanhede Creative School, criada com o objectivo de promover a oferta de um vasto leque de possibilidades formativas em variadas áreas”, sustentou.

A pós-graduação em Comunicação Estratégica para as Autarquias decorre até Julho próximo, com nove sessões presenciais e a restante formação em formato online, e pretende dotar os formandos de ferramentas para estruturar, planear e actuar nas diferentes valências da comunicação autárquica. Deste modo, será dada especial relevância a técnicas e instrumentos que capacitem os municípios para uma escuta atenta das suas populações e respectivas necessidades para uma maior, e melhor, participação cidadã.

Este curso decorre ao abrigo da candidatura do IPC à medida “Impulso Adultos”, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, à qual a Câmara de Cantanhede aderiu, e que apoia a conversão e actualização de competências de adultos activos, através de formações de curta duração no ensino superior, de nível inicial e de pós-graduação, em todas as áreas do conhecimento, assim como a formação ao longo da vida.

Castelo de Soure celebra doação à Ordem dos Templários com iniciativas culturais e lançamento de livro histórico

No próximo dia 19 de Março, o Município de Soure, em parceria com a Associação Ordem dos Pobres Cavaleiros do Templo de Jerusalém – OPCTJ, a Associação Thomar Honoris e a Next Solution – Agência de Design e Comunicação, irá realizar uma iniciativa para assinalar a doação do Castelo de Soure à Ordem dos Templários por D. Teresa, em 1128.

A programação tem início com o hastear da bandeira no castelo templário de Soure e, ao longo de todo o dia, os visitantes poderão participar de diversas actividades, como mostra dos ofícios, recriação histórica, esgrima e danças medievais. Além disso, o comércio local irá promover os produtos endógenos da região.

A iniciativa também contará com a participação de nomes sonantes na temática das Ordens do Templo e de Cristo, como Paula Pinto Costa (professora investigadora CITCEM e directora FLUP), Joana Lencart (investigadora FLUP/CITCEM) e José Manuel Anes (antropólogo e escritor), na rubrica “À conversa com…”, com abertura do presidente da Câmara Municipal de Sou-

re, Mário Jorge Nunes. Destaque para o lançamento da primeira edição do livro “A Ordem do Templo e a Ordem de Cristo na Obra de Pedro Álvares Seco no Século XVI”, da autoria de Joana Lencart, edição Zéfiro, uma obra que reúne informação sobre as Ordens Militares do Templo e de Cristo.

Esta iniciativa faz parte da estratégia do Município de Soure para a valorização dos territórios e das comunida-

des de herança templária, procurando melhorar a experiência de visitação, com o objectivo de captar a procura turística. Soure é um local de grande importância histórica, cultural e militar para o tema “Templários”, e a Autarquia tem procurado investir na promoção do território e da temática templária, com a dinamização de diversas actividades e iniciativas culturais, potenciando o turismo nacional e internacional.

Filme da Turismo Centro de Portugal premiado no Japão

“Centro de Portugal, Um Destino e Tanto”, filme promocional da Turismo Centro de Portugal, foi premiado pelo júri internacional do 5.º Festival Mundial de Filmes de Turismo do Japão, que decorreu na cidade de Shiga.

O filme da região Centro de Portugal conquistou um “Silver Award”, equivalente a um segundo lugar, na categoria Região Turística.

“Centro de Portugal, Um Destino e Tanto” foi produzido para a Turismo Centro de Portugal pela Lobby Films and Advertising, no âmbito da campanha promocional com o mesmo nome, lançada em Junho de 2022.

“Este prémio conquistado pelo ‘Centro de Portugal, Um Destino e Tanto’, num destino tão longínquo como o Japão, é uma evidência de que a notoriedade do Centro de Portugal é cada vez mais abrangente, chegando a mercados de longa distância. Temos expetativas elevadas em relação ao mercado asiático, que estava a crescer no Centro de Portugal antes da pandemia e que acreditamos que seja cada vez mais importante para

a região nos próximos anos”, destaca Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal.

“Com este filme promocional, apresentamos o Centro de Portugal como um destino diversificado, que oferece experiências para todos os gostos e para todos os perfis de turistas. Os números positivos de visitantes em 2022 demonstram que este é o caminho certo”, acrescenta. O Festival Mundial de Filmes de Turismo do Japão é, desde 2021, membro do Comité Internacional de Festivais de Filmes de Turismo (CIFFT) e integra o Circuito CIFFT, a maior competição de filmes publicitários e promocionais de turismo, que todos os anos determina quais são os melhores filmes do mundo nesta área.

A 5.ª edição do festival japonês contou com a participação de 1418 filmes, representando mais de 100 países. O vencedor do prémio máximo foi um filme promocional da Indonésia. A cerimónia de entrega de prémios aconteceu no Santuário Izukanda, templo tradicional de Shiga, onde foram homenageados os melhores filmes em competição.

Anadia inserida na Jornada Mundial da Juventude

Os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegam a Anadia amanhã (18), pelas 19h00 e permanecem na cidade até terça-feira (21).

A festa de acolhimento vai decorrer na Praça do Município, com a presença da presidente da Câmara, Maria Teresa Cardoso. De seguida, os Símbolos serão transportados até à Igreja Matriz de Arcos, onde, pelas 20h00, decorrerá a cerimónia de acolhimento.

Pelas 21h30, avança a procissão das velas até à Igreja Matriz da Moita, onde terá lugar a iniciativa “Nove horas para o Senhor”.

Durante estes dias em que os Símbolos da JMJ permanecem no Arciprestado, vão percorrer várias Paróquias (Aguim, Tamengos, Avelãs de Cima, Vila Nova de Monsarros, São Lourenço do Bairro, Óis do Bairro, Paredes do Bairro, Ancas e Vilarinho do Bairro).

No dia 19 de Março, pelas 15h00, haverá uma Eucaristia Arciprestal, junto à Quinta do Encontro, em São Lourenço do Bairro.

A JMJ, que reúne jovens de todo o mundo, com o Papa Francisco, vai ter lugar entre 1 e 6 de Agosto, em Lisboa. “O evento procura promover a paz, a união e a fraternidade entre os povos e as nações de todo o mundo”, refere a autarquia.

Vendas de produtos farmacêuticos atingem 3.220 milhões de euros em 2022

As vendas de produtos farmacêuticos cresceram 9,2% em 2022 no mercado português, atingindo os 3.220 milhões de euros (avaliado a preços de venda ao público), confirmando uma tendência que se verifica desde 2015, de acordo com o estudo que a Informa D&B realizou a este sector.

No mesmo ano, o valor das vendas de medicamentos genéricos cresceu 9,5%, com o seu peso no valor total do mercado de medicamentos a manter-se próximo dos 21%.

O número de embalagens comercializadas também cresceu nesse exercício, confirmando a evolução positiva registada em 2021. Quando consideradas as encomendas do Sistema Nacional de Saúde, em 2022, esse valor rondou os 180 milhões (+7,1%).

No sector de distribuição de produtos farmacêuticos predominam as empresas de reduzida dimensão, sendo apenas sete as que empregavam mais de 50 trabalhadores em 2021.

O conjunto dos 36 principais operadores mantiveram em 2021 a tendência de crescimento do emprego iniciada em 2018, totalizando 2 028 trabalha-

dores, mais 1,7% do que em 2020.

Entre as principais empresas evidencia-se uma grande concentração da oferta no distrito de Lisboa, que acolhe 17 das 40 principais empresas, cerca de 43%, à frente do Porto, com 7 (17,5%). Em relação à forma jurídica, entre as 40 principais empresas do setor há apenas duas cooperativas, predominando entre as restantes as sociedades limitadas (21) sobre as sociedades anónimas (17).

António Miguel Maia Lé homenageado com Medalha de Mérito Comercial

Na manhã de hoje (17), António Miguel Maia Lé foi homenageado no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Figueira da Foz, com a atribuição da Medalha de Mérito Comercial, grau Prata Dourada, distinção que foi aprovada por unanimidade após ter sido proposta pelo actual executivo em sede de reunião de Câmara.

A atribuição da medalha deve-se aos prémios recebidos por António Miguel Maia Lé e entregues em Lisboa a 30 de Janeiro, nas comemorações do Dia da Docapesca, que elevaram o nome da cidade. A embarcação “Mar Eterno” foi agraciada com o 1.º prémio na categoria “Embarcações - Arte do Cerco (Maior volume de vendas em 2022)”, enquanto a empresa “Simplesmente Mar, Lda” recebeu o prémio na categoria “Armadores - Arte do Cerco (Maior valor de vendas em 2022)”.

Durante a cerimónia, que contou com a presença de várias entidades nacionais, regionais e concelhias, o presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Pedro Santana Lopes, enalteceu o espírito aguerrido e determinado de António Miguel Maia Lé, realçando o seu carácter e o seu inesgotável apego à terra que o viu nascer, à família e ao mar. O presidente da Câmara Municipal também agradeceu o empenho e dedicação de António Lé e destacou que a cidade precisa dele.

Teresa Coelho, secretária de Estado das Pescas, também prestou homenagem a António Miguel Maia Lé, destacando a sua contínua preocupação com o mar e a importância que a cidade representa para o sector das pescas. Teresa Coelho também anunciou que o governo irá investir dois milhões de euros no porto de pesca da Figueira da Foz.

António Miguel Maia Lé ficou visivelmente emocionado com a homenagem e agradeceu a toda a sua equipa empenhada e entregue à vida do mar. O homenageado prometeu conti-

nuar a defender com todas as suas forças o mar, que representa um sector estratégico para a economia nacional.

A cerimónia foi marcada pela chegada de algumas embarcações do homenageado, conduzidas pelos respectivos mestres que, numa combinação de apitos longos e curtos, se fizeram ouvir entoando os sons que acompanham a vida diária da faina marítima.