Parque Ecovia da Casa do Sal disponibiliza 71 lugares de parqueamento
Na próxima segunda-feira, dia 3 de Abril, vai ser aberto ao público o requalificado parque de estacionamento do Sistema ECOVIA na Rua do Padrão, da responsabilidade dos Serviços Municipalizados Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC).
Esta medida pretende dar resposta à supressão de lugares de estacionamento e condicionamentos de trânsito, no âmbito das obras do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) a decorrer no interior do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
O novo Parque da Casa do Sal (norte) vai disponibilizar 71 lugares de parqueamento, sendo quatro destinados a cidadãos portadores de deficiência, e funcionando aos dias úteis das 6h45 às 19h15 (excepto Agosto).
O Parque será servido pela Linha Vermelha do Serviço ECOVIA assegurando as ligações entre a Casa do Sal (Jardim) e os CHUC (Pr. Mota Pinto), passando pela Estação de Coimbra-B (Rua do Padrão), Hospital Pediátrico, CHUC (Avenida Bissaya Barreto) e IPO/Escola de Enfermagem.
Esta medida visa, primordialmente, criar uma alterna-
tiva eficaz para todos aqueles que pretendem deslocar-se para Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), Hospital Pediátrico, Hospital CUF Coimbra, Instituto Português de Oncologia e Escola Superior de Enfermagem de Coimbra.
Tal como nas restantes linhas do Sistema “Park & Ride” ECOVIA, são válidos os seguintes Títulos de Transporte: Bilhete de Motorista (vendido a bordo da viatura) 1,70 euros (Válido para toda a rede SMTUC, apenas na própria viatura e para o percurso para que foi adquirido); 2 Deslocações + Estacionamento 2,75 euros (Válido para toda a rede e no serviço de transporte do sistema ECOVIA que confere o direito ao estacionamento gratuito nos parques afectos a este sistema); 4 Deslocações + Estacionamento 4,50 euros; 2 Deslocações / Acompanhante 1,60 euros; 2 Deslocações + Estacionamento 2,00 euros; 4 Deslocações + Estacionamento 3,35 €; Passe Rede Geral 30 euros e Passe Entidade 25 euros.
Em reunião entre os serviços da autarquia e os Conselhos de Administração do CHUC e do Hospital da Luz, houve consenso quanto
ao papel fundamental dos transportes públicos no alívio da pressão do estacionamento nas zonas hospitalares.
Nesta fase inicial, os SMTUC vão manter a monitorização da procura desta linha do Sistema ECOVIA, podendo proceder ao reforço da mesma caso assim se justifique.
JORGE VELOSO: PS E PSD
A Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), presidida por Jorge Veloso, constata que a comissão parlamentar que está a tratar da desagregação das Freguesias “só está a complicar”. O autarca, que também é o presidente da
União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e de Ribeira de Frades, diz que a ANAFRE não foi informada do número concreto de freguesias que pediram ao Parlamento para reverter a reforma da chamada “lei Relvas” e lamenta que
Carlos Lopes em Entrevista Coligação está a resolver problemas concretos dos munícipes de Coimbra
Carlos Lopes é vereador da Câmara de Coimbra com os pelouros do Desporto, Ambiente, Juventude, entre outros. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias aborda questões relacionadas com o desenvolvimento sustentável e a importância de atingir as metas ambientais europeias. Em relação ao envelhecimento da região e a questões habitacionais, o autarca destaca a necessidade de soluções específicas para a cidade, considerando as particularidades e problemas de Coimbra. PÁGINA 7
a Associação não tenha sido informada sobre “a decisão de qual era o prazo que estavam a considerar”. Jorge Veloso considera mesmo que “nem PS, nem PSD querem desagregar nada”, pois demonstram “pouca vontade”. PÁGINA 3
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FERNANDA PAÇÓ
AUniversidade de Coimbra
(UC) tem vindo a acolher cada vez mais estudantes de diversas nacionalidades e os dados mais recentes disponíveis indicam que dos 25.580 alunos que a frequentam os estudantes estrangeiros são 4.351, representando 17% do total, englobando 98 nacionalidades.
O elevado número de um grupo específico de estudantes conferiu à UC o título de “maior universidade brasileira fora do Brasil”. A opção destes 2.432 alunos brasileiros em virem para Coimbra é motivada por diversos factores, como a busca por novas experiências, ou pela vontade de viver noutro país com quem o Brasil tem evidentes afinidades.
Esta aventura, que se desenvolve de forma única para cada estudante, tem sido uma “montanha-russa” de emoções, como eles mesmos relatam ao “Campeão”.
Mariana Dares Estudante de Direito na UC
Foi através de um teste de vocação que Mariana Dares, natural do Rio de Janeiro, Brasil, ficou inclinada a frequentar Direito. Começou a pesquisar sobre o curso e descobriu que essa é a sua paixão. Actualmente, no seu último ano da licenciatura, está completamente satisfeita com a sua decisão, não apenas com o curso de Direito, mas de o fazer na Universidade de Coimbra.
Escolher esta cidade universitária e a sua mais famosa instituição foi uma decisão tomada há três anos, quando ainda frequentava o 12.º ano.
“Eu sempre tive vontade de estudar fora. Soube que a UC estava a aceitar a nota do Enem [Exame Nacional do Ensino Médio, uma prova brasileira de acesso ao Ensino Superior] para o ingresso e eu logo vi isso como uma grande oportunidade para mim”, conta.
Mariana relembra os conselhos do seu tio, que é português, de que a universidade em Portugal para se cursar Direito não poderia ser outra se não a UC.
“Hoje eu vejo que Coimbra é a nata do pensamento jurídico português. É aqui que a jurisprudência portuguesa inteira é formada. Quando descobri isso, fiquei muito feliz com a minha decisão”.
Agora, já há três anos na cidade universitária, Mariana conta que um dos pontos negativos da decisão é a saudade da família e do conforto
que tinha no Brasil. Os pontos positivos, entretanto, passam pelo processo pessoal de amadurecimento e pela qualidade do ensino que, segundo a estudante, é “óptima”.
Nesse tempo que passou no país lusitano, o grupo de brasileiros que encontrou em Coimbra, bem como as “tertúlias” proporcionadas pela própria Faculdade, foram uma grande rede de apoio, que a fizeram ter “o melhor dos dois mundos”: amizades tanto com brasileiros, para amenizar um pouco a saudade de casa, como com portugueses, que lhe apresentaram a rica cultura do país.
Emanuelle DelluEstudante de Línguas Modernas na UC
Mudar para Coimbra e estudar na UC não tinha sido programado
por Emanuelle Dellu, natural de São José dos Campos, São Paulo. Quando concluiu o secundário, tirou um ano sabático para decidir o que estudar no Ensino Superior.
Depois de descobrir que ingressar na UC era uma possibilidade, abraçou a ideia e fez as malas. “Eu relembrava dos meus antigos professores da escola [no Brasil] a falar que grandes nomes haviam estudado em Coimbra. E então eu pensei, por que não?” conta. Então, iniciou a licenciatura de Línguas Modernas em 2021 e, actualmente, está muito feliz de o ter feito. “Gosto muito de Coimbra e recomendo esta experiência para todos. Tenho saudades do Brasil, mas gosto de onde estou a viver”. De entre os diversos encantos que a cidade possui, o clima e o facto de ser um local “relativa-
mente pequeno” foram os responsáveis por ganhar o coração de Emanuelle. Já a Universidade conquistou pelos próprios docentes que, segundo a estudante, fazem um “óptimo trabalho”.
Cassimiro Scheid
Estudante de Arquitectura na UC
Mudar de país tem sempre pontos positivos e negativos. Para Cassimiro Scheid, a saudade da família é uma das desvantagens, mas, no geral, a experiência “vale a pena”.
Natural de São José dos Campos, São Paulo, Cassimiro conta que a influência de estudar em outro país veio de seus pais, já que eles também frequentaram cursos no estrangeiro. Nesse período conheceram um português, com quem criaram uma grande ligação. Anos
mais tarde, em uma viagem de férias para reencontrar o amigo, trouxeram o filho para conhecer Portugal. E foi neste momento que Cassimiro teve o seu primeiro contacto com a Universidade de Coimbra.
No entanto, foi em São Paulo que iniciou o curso de Arquitectura. Insatisfeito com os estudos, resolveu experimentar outra universidade, dessa vez em terras lusitanas. “Os estudos no Brasil eram muito técnicos e eu queria algo mais artístico. Encontrei aqui em Coimbra o que buscava”, afirmou.
Cassimiro mudou-se para Portugal em 2016 e actualmente está no mestrado de Arquitectura. Desde então, sente que já amadureceu muito como pessoa e que esta experiência o fez “sair da caixa” onde vivia. O universitário não planeia ficar em Coimbra (embora já se considere um conimbricense e goste da cidade) depois de finalizar o mestrado, mas não descarta a ideia de permanecer em Portugal. As outras opções de destino incluem voltar para o Brasil, ou ir para a Itália.
Sophie Ganeff Estudante de Direito na UC
Sophie Ganeff define a permanência em Coimbra e na UC como um “mix de sentimentos”.
Quando mudou para a cidade universitária em 2021, a estudante natural de São Paulo, Brasil, sentiu orgulho de ingressar na Universidade e a emoção de estar num local novo. No entanto, com o tempo esses sentimentos esvaíram-se.“Coimbra não me agrada mais. Já me diverti muito e sou extremamente grata pela cidade. Actualmente, no entanto, me incomoda ser um local pequeno e a falta do que fazer”.
Outro ponto de descontentamento é o próprio curso de Direito, que segundo Sophie utiliza métodos de aprendizagem muito antigos e “difíceis para além do necessário”.
“Eu queria mais inovação [na licenciatura] e sinceramente acho que é até necessário. O curso de Direito parou no tempo. Nós só temos avaliação final e frequências, quase não realizamos debates ou trabalhos”, explica.
Sophie vai regressar ao Brasil este mês para o lançamento do seu segundo livro de crónicas, chamado “As Vozes da Minha Cabeça” e, embora o objectivo seja terminar a licenciatura em Portugal, a estudante e autora quer voltar a viver em terras brasileiras.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 30 DE MARÇO DE 2023
PRRESIDENTE DA ANAFRE LAMENTA RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELO PARLAMENTO CONCELHO DE COIMBRA EM BRANCO
LUÍS SANTOS
No concelho de Coimbra nenhuma freguesia avançou no processo de desagregação até à data fixada pela Assembleia da República, apesar de alguns (poucos) movimentos terem manifestado interesse em vir a apreciar o assunto para um momento posterior.
Acontece que das 1.168 freguesias, a nível nacional, agregadas em 2013, só 185 tinham pedido ao Parlamento para se desagregarem, no âmbito do mecanismo especial criado para reverter a chamada “lei Relvas”.
Através do seu presidente, José Veloso, a Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) lamentou a decisão do Parlamento apenas analisar os pedidos de desagregação entregues até 21 de Dezembro de 2022, adiantando ter opiniões jurídicas que permitem ainda a freguesias concluírem processos já a decorrer.
Jorge Veloso, que também é presidente da Junta da União de Freguesias de S. Martinho do Bispo e de Ribeira de Frades, no concelho de Coimbra, reiterou ao “Campeão” que os autarcas estão desagradados com a
decisão do grupo de trabalho parlamentar responsável pela análise dos pedidos de desagregação de freguesias.
“Quando havia opiniões contrárias sobre qual o prazo limite para que os processos decorressem, decidiu que apenas seriam considerados os pedidos de reversão da reforma administrativa de 2013 que respeitaram o prazo de entrada no Parlamento até 21 de Dezembro de 2022”, explica.
As críticas vão directas para aquele grupo de trabalho da Comissão de Poderes Locais, liderado por Pedro Cegonho, que foi presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique e presidente da ANAFRE, com Jorge Veloso a considerar que o ex-autarca e agora deputado “está a estragar tudo”.
O presidente da ANAFRE diz não se conhecer a relação de freguesias que pediram a desagregação e considera mesmo que “nem PS, nem PSD querem desagregar nada” e “só estão para complicar”.
O autarca socialista Jorge Veloso reitera que a ANAFRE tem um parecer e opiniões de juristas “que entendem que o período a considerar é de facto 21 de Dezembro, mas como início
E OLIVEIRA DO HOSPITAL
São três os concelhos da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra em que houve Freguesias que entregaram o processo de desagregação. No concelho da Figueira da Foz, a Assembleia Municipal deu parecer favorável à desagregação das antigas freguesias de Brenha, Santana, Borda do Campo e São Julião, que tinham sido agregadas na reforma administrativa de 2013.
Na reorganização administrativa do território executada no período da ‘troika’ pelo Governo de Passos Coelho (PSD/CDS-PP), as então freguesias de Brenha, Santana, Borda do Campo e São Julião da Figueira da Foz foram agregadas a Alhadas, Ferreira-a-Nova, Paião e Buarcos, respectivamente. No concelho de Cantanhede, a Assembleia Municipal também deu parecer positivo à desagregação das União de Freguesias de Cantanhede e Pocariça e de Portunhos e Outil. No concelho de Oliveira do Hospital, o parecer positivo da Assembleia Municipal foi para a proposta de desagregação da União das freguesias de Ervedal e Vila Franca da Beira.
do processo nas Assembleias de Freguesias”, bastando para tal que, até essa data, “tenha surgido um pedido para o presidente da Assembleia marcar uma Assembleia Extraordinária no sentido de apreciar um processo de desagregação”.
Audição a 4 de Abril
“Estamos aqui em contradição com o grupo de trabalho parlamentar, tendo o Conselho Directivo da ANAFRE decidido, por unanimidade, que, na nossa audição do dia 4 de Abril, no Parlamento, transmitiremos efectivamente essa situação”, refere Jorge Veloso, realçando que “há neste momento Assembleias Municipais que estão a debater pedidos de desagregação que já foram aprovados em Assembleia de Freguesia”.
O autarca diz que a ANAFRE não foi informada do número concreto de freguesias que pediram ao Parlamento para reverter a reforma da chamada “lei Relvas”, apesar de o ter pedido à Assembleia da República, e lamenta que a Associação não tenha sido informada sobre “a decisão de que era esse o prazo que estavam a considerar”, o que “foi um pouco desrespeitar
REABILITAÇÃO DE EDIFÍCIOS PARA RENDA ACESSÍVEL
um parceiro que o Governo teve e que a Assembleia teve para a apreciação da reforma”.
“A nossa previsão apontava para que 300/400 freguesias - no máximo - pudessem desagregar-se, mas o que estamos a ver neste momento é que há pouca vontade para desagregar”, considerou.
Em 22 de Dezembro do ano passado, fonte parlamentar disse à Lusa que, até ao dia anterior, pelo menos 185 freguesias agregadas em 2013 tinham pedido ao Parlamento para se desagregarem, no âmbito do mecanismo especial criado para reverter a chamada “lei Relvas”.
O regime jurídico de criação, modificação e extinção de freguesias, que entrou em vigor em 21 de Dezembro de 2021, prevê um mecanismo transitório que dava um ano às freguesias agregadas em 2013 para pedirem a reversão da fusão ao Parlamento, depois de cumpridos formalismos nas Assembleias de Freguesia e Municipais.
Em 2013, Portugal reduziu 1.168 freguesias, de 4.260 para as actuais 3.092, por imposição da ‘troika’ em 2012, quando era responsável o ministro Miguel Relvas no Governo PSD/CDS-PP.
CÂMARA DE COIMBRA PROMETE DEDICAR 15 MILHÕES
ACâmara de Coimbra tenciona gastar cerca de 25% dos 60 milhões de euros que vai ter para habitação a renda acessível na Baixa da cidade, para levar novas famílias a viver naquela zona, o que representa 15 milhões de euros.
Na semana passada foi assinado o protocolo de colaboração para habitação a custos acessíveis, entre a Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra e o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), estando previsto a Câmara de Coimbra receber cerca de 60 milhões de euros.
“Tencionamos gastar cer-
ca de 25% deste montante na Baixa da cidade, na aquisição e reabilitação de edifícios e disponibilização com arrendamento acessível, o que representará um forte contributo para trazer novas famílias para viverem na Baixa e dar mais um forte impulso à reabilitação e revivificação da Baixa”, disse o presidente da Câmara, José Manuel Silva, durante a reunião do Executivo de segunda-feira.
No final da reunião, a vereadora com a pasta da Habitação Social, Ana Cortez Vaz, afirmou que o resto do investimento neste programa será “disperso por todo
o concelho”, referindo que a Baixa será a zona da cidade para reabilitar e trazer novas pessoas”. Segundo a autarca, todos os prédios que estarão abrangidos por este programa são privados e estão devolutos, “a necessitar de reabilitação”.
O investimento total prevê a constituição de 303 fogos no concelho, para dar resposta às necessidades habitacionais de agregados cujo nível de rendimentos não esteja em situação de carência, mas cujos rendimentos não são compatíveis com os valores praticados no actual mercado de arrendamento privado.
Residência estudantil
Também na segunda-feira, o presidente da Câmara de Coimbra afirmou que pretende avançar com a construção de uma residência de estudantes na Baixa, tendo apelado ao Ministério das Finanças para desbloquear o processo. “Estamos preparados para iniciar a construção de uma residência de estudantes na Baixa, através do fundo Coimbra Viva, detido maioritariamente pela Câmara de Coimbra, mas estamos desde o ano passado a aguardar uma resposta do Ministério das Finanças para autorizar o
IHRU [Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana] a acompanhar o necessário aumento de capital deste fundo”, disse José Manuel Silva, que falava durante o período antes da ordem do dia da reunião do Executivo.
Segundo o presidente da Câmara de Coimbra, o principal esforço financeiro “até cabe à Câmara de Coimbra”, mas não pode avançar sem uma autorização das Finanças para o IHRU, que participa no fundo, possa acompanhar o “aumento de capital” do Coimbra Viva.
“É impressionante a retórica nacional de se querer aumentar as residências de
estudantes, a custos controlados, mas quando queremos fazê-lo em Coimbra, o Ministério das Finanças bloqueia a resposta”, criticou o autarca.
José Manuel Silva vincou que o Município não irá “aceitar passivamente que assim seja”, tendo lançado “um forte apelo público ao ministro Fernando Medina para que rapidamente despache a autorização” para o IHRU acompanhar o aumento de capital. “Queremos iniciar o mais rapidamente possível a construção desta residência de estudantes na Baixa da cidade, declarou.
FIGURAS 4 30 DE MARÇO DE 2023
a s c e n s o r A SUBIR
JOSÉ CORDEIRO – Numa carta publicada na passada quinta-feira na página da Arquidiocese (23), o arcebispo de Braga, José Cordeiro, admitiu que, perante os indícios ou provas de abusos sexuais na Igreja, houve desvalorização ou encobrimentos. Acrescentou ainda que esses abusos “não foram tratados como prioridade, arrastando consigo erros, omissões e negligência”. Apesar de José Cordeiro utilizar o documento para pedir perdão às vítimas, garante saber que isso não é suficiente. Revela, por isso, que será disponibilizado um serviço de acompanhamento psiquiátrico e psicoterapêutico para quem o desejar. Além disso, a Arquidiocese de Braga vai também elaborar um “Directório para um Ambiente Seguro”, onde constam boas práticas éticas e profissionais, dirigido a todos os que trabalham na Igreja e suas instituições. Uma atitute notável por parte de José Cordeiro, uma vez que o relatório da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, em Portugal, menciona oito nomes de alegados abusadores na Arquidiocese de Braga.
BRUNO PAIXÃO – Há cerca de um mês, Bruno Paixão lançou um livro com trabalhada circunstância e também um tanto de pompa. Orgulhoso da obra que meses antes tinha ganho um prémio literário, terá querido apresentar a Coimbra, há muito assumida como a sua terra, os caminhos literários por onde tem andado e que desenvolve a par da liderança da Inatel de Coimbra. Doutorado em Comunicação Social, foge-lhe o pé para as letras, tarefa em que se desenvencilha muito bem, a ponto da Porto Editora - uma das mais prestigiadas do país - o ter assumido como autor a apoiar e a editar. Decorrido o primeiro mês “Os Segredos de Juvenal Papisco” entrou na segunda edição. Não são assim tantas as obras que em tão pouco tempo se esgotam no mercado da leitura que, como se sabe, anda pelas ruas da amargura. É para aqui, para a aceitação do seu livro, que Bruno Paixão deve olhar e ouvir os ecos da sua obra literária. O resto, muito provavelmente, não passará do latir de quem nem sempre consegue uivar.
ROBERTO MARTINEZ – A estreia do treinador na Selecção Portuguesa de Futebol não podia ter sido mais bem sucedida. Desde a sua liderança, Portugal já conta com duas goleadas: uma, frente ao Liechtenstein, por 4-0; e outra, contra o Luxemburgo por 0-6. No total, são 10 golos da equipa portuguesa, ao comando de Roberto Martinez, no apuramento para o Campeonato da Europa. Duas vitórias que destacam o trabalho do treinador espanhol. As expectativas são, agora, altas no que diz respeito ao próximo jogo. Portugal volta aos relvados a 17 de Junho para defrontar a Bósnia e Herzegovina, a partir das 19h45.
A descer
GOUVEIA E MELO – Considerações disciplinares à parte, não parece muito evidente que o Chefe do Estado Maior da Armada tenha acrescentado curriculum e prestígio a uma carreira militar que tem sidodizem os entendidos - verdadeiramente exemplar. Exemplar mais ainda com o desempenho desenvolvido aquando da Covid, onde prestou relevantes Serviços no combate à pandemia, tarefa onde outros, mais próximos com a problemática da saúde, metiam as mãos pelos pés. Vejamos, ainda muito ao de leve, a alegada indisciplina ocorrida no navio NRP Mondego para que o erro de uns não apague o erro dos outros. Não deveriam os 13 militares agido daquela maneira? Certo. Mas o que estava a fazer ali um navio reduzido na sua capacidade, calmo e tranquilo à espera que alguém lhe reparasse um dos motores, lhe consertasse o gerador, lhe prestasse os demais cuidados de que precisava? Então não é suposto que um equipamento militar que está dado como operacional e tem atribuídas missões esteja nas devidas condições? Se as avarias estavam identificadas, se depois do acto de indisciplina foram logo reparadas, porque o não foram antes? Então o nosso equipamento militar dado como operacional trabalha a meio gás? Não se repara de imediato? É deixando andar que a hierarquia militar se faz obedecer e conquista autoridade perante os seus subordinados? Será com este deixa correr que as forças armadas - que tão mal tratadas têm sido desde há décadas - conquistam o respeito e o apreço do país? Não é aqui também nesta matéria que o senhor almirante deveria ter feito sentir a sua presença enquanto Chefe do ramo a que pertence? Os praças e sargentos terão sido pouco sensatos em termos disciplinares. Mas há quem tenha sido também imprevidente e com mais pesadas responsabilidades na hierarquia.
Figura da Semana
JORGE MOREIRA DA SILVA NA ONU
Há mais uma personalidade portuguesa num cargo importante a nível mundial e o destaque ainda é maior porque a selecção para essas altas funções foi efectuada por concurso público internacional, num processo bem competitivo e ao qual o candidato concorreu individualmente.
Estamos a falar de Jorge Moreira da Silva, que vai ser director executivo da Agência da ONU para as infra-estruturas e gestão de projectos (UNOPS) e secretário-geral-adjunto das Nações Unidas (under secretary-general), trabalhando com o presidente, ele também português, António Guterres. “Estarei, nos próximos anos, totalmente focado nesta missão de liderar, no terreno, a construção e a gestão das infra-estruturas essenciais ao desenvolvimento sustentável, à segurança e paz, e ao combate às desigualdades e às alterações climáticas”, assegurou Jorge Moreira da Silva, afastando qualquer ligação à actividade político-partidária em Portugal. É que, recorde-se, em Abril do ano passado o antigo dirigente do PSD anunciou a sua demissão das funções de director da Cooperação para o Desenvolvimento na OCDE, cargo que ocupava desde 2016, para se candidatar à liderança do PSD, eleição que disputou e perdeu para Luís Montenegro, no final de Maio. Antes de ingressar na OCDE, Moreira da Silva, que é licenciado em Engenharia Electrotécnica (área de Energia), foi ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia entre 2013 e 2015 e, entre 2003 e
JOÃO RASTEIRO – O escritor, juntamente com José Rui Teixeira, Ana Paula Inácio e Rosa Alice Branco, vai lançar, dia 1 de Abril, o livro de poesia QUARENTENA (Ao Desconcerto do Mundo). Esta é uma obra que foi escrita a quatro mãos durante o 1.º confinamento da Covid-19 pelos respectivos autores. O livro conta ainda com o Posfácio de Valter Hugo Mãe e desenhos e capa, de Agostinho Santos. A obra, publicada pela editora Exclamação, será apresentada por Teresa Carvalho, na Bertrand do Alma Shopping, pelas 16h00.
ALFREDO STOFFEL – O figueirense radicado na Alemanha, que é conselheiro das Comunidades Portuguesas, é o novo presidente do Conselho Regional da Europa do Conselho das Comunidades Portuguesas (CCP), substituindo Pedro Rupio, que cessou funções. Alfredo Stoffel considera que o voto electrónico é uma metodologia a seguir e contesta a decisão do Partido Socialista “que andou a prometer o voto electrónico e agora decidiu pôr de parte esta metodologia”. “Estão a brincar connosco” disse o agora presidente do CCP, que foi candidato na lista de Paulo Pisco e de Nathalie de Oliveira nas últimas eleições para a Assembleia da República. O Conselho das Comunidades Portuguesas é o órgão de consulta do Governo em matéria de Comunidades e tem a alteração à sua Lei em discussão no Parlamento.
GABRIELA DINIS E GUILHERME RIBEIRO
– Os surfistas conquistaram o Allianz Figueira Pro, primeira etapa do circuito português de surf, derrotando nas finais Francisca Veselko e Afonso Antunes, respectivamente, na Praia do Cabedelo, Figueira da Foz. Gabriela Dinis ganhou pela primeira vez uma etapa da Liga MEO Surf, marcando 10,50 pontos nas duas melhores ondas (7,50 e 3) da final, em 20 possíveis, contra os 10,25 pontos de Francisca
2005, foi secretário de Estado da Ciência e Ensino Superior e secretário de Estado do Ambiente e do Ordenamento do Território, além de deputado na Assembleia da República e deputado europeu. Agora, ficam também em pausa as funções de Jorge Moreira da Silva como professor catedrático convidado na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto, professor convidado no Instituto de Estudos Políticos de Paris (Sciences Po) e Senior Advisor da ONG norte-americana Fourth Sector Group, assim como de presidente da Plataforma para o Crescimento Sustentável, que fundou em 2011. Apesar de serem de áreas políticas diferentes, ficaram bem as saudações a Jorge Moreira da Silva por parte de António Costa e de Augusto Santos Silva, primeiro-ministro e presidente do Parlamento, respectivamente, em nome do país e salientando o seu elevado desempenho profissional.
Veselko (5,75 e 4,50), actual campeã mundial júnior e campeã portuguesa em 2021. Já no quadro masculino, o campeão em título Guilherme Ribeiro fez 11,65 pontos (6,25 e 5,40) face aos 10,50 (5,25 e 5,25) de Afonso Antunes, que carregou o vencedor da bateria decisiva aos ombros à saída da água, numa rara demonstração de desportivismo. A primeira divisão do surf português arrancou com esta prova na Figueira da Foz e termina no final de Outubro em Peniche, com passagens pelo Porto (Abril), Ericeira e Açores (ambas em Junho).
IGNACIO CASTRO - O atleta do Esperança Atlético Clube, internacional Peruano, foi convocado para se juntar aos trabalhos da Selecção A do seu país. O jogador que integrou esta época o clube de S. Martinho do Bispo juntou-se à sua Selecção para integrar os trabalhos da selecção A do Peru. Ignacio Castro joga pela equipa Junior do Esperança AC e integra com regularidade os trabalhos da equipa sénior do Esperança AC tendo já entrado na convocatória da referida equipa apesar da sua constante utilização na equipa júnior.
LUÍS TRINDADE – É o autor do livro “Silêncio Aflito” (Tinta da China), promovida Por Mão Própria, que será apresentado hoje (30), pelas 17h15, no Café Santa Cruz. A cerimónia conta com a presença de Rui Pato (músico) e Filipa Queiroz (jornalista). Luís Trindade é professor de História Contemporânea na Faculdade de Letras e vice-coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares da Universidade de Coimbra. Tem desenvolvido investigação na área da história cultural, em particular sobre o nacionalismo, a imprensa, o cinema, o neorrealismo, a música popular e os intelectuais em Portugal no século XX. Entre as suas principais publicações, contam-se O Estranho Caso do Nacionalismo Português: O salazarismo entre a literatura e a política (Imprensa das Ciências Sociais, 2008).
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 30 DE MARÇO DE 2023
VEREADOR DA CÂMARA DE COIMBRA AFIRMA QUE “EM TEMPOS DIFÍCEIS, A CRIATIVIDADE FAZ MILAGRES”
Carlos Lopes é licenciado em Geografia e possui uma pós-graduação em Ordenamento e Desenvolvimento do Território, ambas obtidas na Universidade de Coimbra. Actualmente, é vereador em regime de permanência, responsável pelos pelouros do Desporto, Ambiente, Clima, Energia e Sustentabilidade, Juventude, Protecção Civil, Bombeiros, Orçamento Participativo e Associativismo Desportivo e Juvenil. Além disso, é um atleta federado na modalidade de Remo da Secção de Desportos Náuticos da Associação Académica de Coimbra. Também ocupou o cargo de presidente da Junta de Freguesia de Almedina, em Coimbra, entre 2009 e 2013 e foi presidente da Concelhia de Coimbra do PSD, de 2019 a 2021.
LUÍS SANTOS/JOANA ALVIM
Campeão das Províncias [CP]: Este mês realizou-se a Gala do Desporto e foram centenas os distinguidos. Como correu?
Carlos Lopes [CL]: Correu muito bem, foram entregues cerca de 300 prémios a atletas e clubes de várias modalidades desportivas individuais e colectivas. Quisemos homenagear os atletas campeões nacionais e vencedores de provas internacionais, não esquecendo as equipas que se têm revelado pela excelência dos seus resultados e pelo seu profissionalismo. É isso que ambicionamos, queremos em Coimbra equipas cada vez mais capazes de competir com os melhores e é esse o caminho que temos definido. O número de atletas homenageados é a prova de que os nossos Clubes e Associações estão a fazer um trabalho meritório.
[CP]: Que apoios têm sido dados?
[CL]: Em tempos de crise, a criatividade é essencial, e temos procurado ser inventivos para maximizar os recursos disponíveis. Recentemente, aprovámos diversos apoios em reunião de Câmara, num valor total de cerca de 15.000 euros, para diversas iniciativas que serão realizadas nos próximos 2 meses. Estamos a fazer verdadeiros milagres e a trabalhar arduamente para continuar a atrair eventos desportivos de qualidade. Temos tido grande apoio e compreensão das federações nacionais que desejam vir
e permanecer em Coimbra. Isso tem garantido que mesmo em tempos difíceis, somos capazes de trazer bons eventos para a cidade, e temos tido sucesso nessa empreitada.
[CP]: Que provas desportivas de grande nível vamos ter em Coimbra?
[CL]: Vamos ter várias, algumas que já se podem anunciar e outras que estão na calha. Na próxima semana, vamos ter em Coimbra a Taça de Portugal de Tripulações de Fundo, estando já confirmados mais de mil atletas a competir nesta prova, e será um momento espectacular para Coimbra. A prova contará com a presença de Fernando Pimenta, o atleta mais medalhado internacionalmente de Portugal e que acabou de conquistar o título nacional, pela 15.ª vez, no último fim-de-semana em Mirandela. Será um privilégio receber um atleta tão consagrado na nossa cidade.
Quanto ao rally, teremos a Partida em Coimbra, e embora não tenhamos a Super Especial, sentimos regozijo que a mesma se vá realizar na Região. Coimbra não tinha condições este ano. Realizámos a Super Especial em Coimbra pela primeira vez, com um grau de espectacularidade enorme que ficou na memória colectiva. É isso que queremos, criar e receber eventos que fiquem na memória das pessoas.
[CP]: A regionalização é solução para o país?
[CL]: Nós já temos mecanismos para descentralizar efectivamente, mas não estamos a saber aproveitá-
-los adequadamente. Os municípios estão a assumir responsabilidades, mas não recebem os meios necessários para as cumprir adequadamente. Não conseguimos definir um caminho claro, pois alternamos entre acabar com ou criar freguesias e conceder ou retirar competências das câmaras municipais. Isto não é uma questão partidária, mas sim um problema transversal à sociedade portuguesa e ao seu sistema político.
[CP]: Coimbra está no bom caminho quanto a metas ambientais? O que tem a dizer sobre a polémica dos abates das árvores?
[CL]: A questão das árvores não é gerida no âmbito dos meus pelouros. No entanto, qualquer pessoa minimamente formada e informada é contra o abate de árvores. Estamos perante uma questão de otimizarmos e minimizarmos os estragos, atendendo às obrigações já contratualizadas pelas empresas responsáveis pelos projectos. Temos de criar mecanismos de compensação. Foi apresentado nos últimos dias o plano
“Estamos a fazer verdadeiros milagres e a trabalhar arduamente para continuar a atrair eventos desportivos de qualidade”, garante Carlos Lopes
Em relação às metas ambientais, destaco que a cidade de Coimbra tem um plano municipal de adaptação às alterações climáticas, que será revisto para se adaptar às mudanças que vão acontecendo no-
para estas questões com a transversalidade que elas têm. Obviamente que quando falamos do problema da habitação que enfrentamos, a solução não pode passar só por injetar milhões do PRR e construir, porque de facto,
“Estamos a fazer verdadeiros milagres”
meadamente a existência de uma nova Lei de Bases do Clima que obriga a ter um Plano de Ação para o Clima até final de 2024. Esta iniciativa permitirá ir ao encontro das próprias metas europeias e atingir os indicadores de média da União Europeia até 2035. O plano de ação climática vai incidir sobre diversos domínios, nomeadamente na área da eficiência energética. Neste contexto, desenvolvemos também um referencial para a eficiência energética. Este plano, que vai estar em discussão pública durante 30 dias, inclui várias medidas para melhorar a eficiência energética. São estes peque-
“O importante é que no final os nossos munícipes tenham melhores condições do que tinham”
municipal de arborização. Este ano não conseguimos cumprir com a plantação de árvores que estavam previstas, mas a intenção é duplicar a plantação e no final deste ano, voltaremos a fazer as contas e ver se conseguimos cumprir com esse objectivo. A ideia é por cada árvore abatida, plantar três.
Praça da República
acompanhar esta matéria. O presidente da Câmara, bem como todo o executivo do qual faço parte, está empenhado em encontrar soluções aos mais variados níveis, estando-se a criar uma task force que englobe todos os interessados para junto do poder central se encontrar uma solução. Estamos a falar de espaços históricos e emblemáticos há muito inseridos na área de protecção do património imaterial da humanidade e obviamente que ninguém está interessado em que as repúblicas acabem. Estamos todos interessados, isso sim, em criar mecanismo e condições que dignifiquem estes espaços únicos e de relevante interesse municipal.
[CP]: Tem sido um dos mais visados pela oposição socialista na Câmara. Têm razão para isso?
os problemas que nós, por exemplo, observamos numa cidade como a Amadora não são necessariamente iguais aos problemas de Coimbra. Cada cidade tem os seus problemas específicos e têm de ser pensadas soluções para cada uma especificamente.
[CP]: Mas Coimbra tem tido sérios problemas relativamente à habitação para estudantes?
[CL]: Não vejo as coisas dessa forma. As minhas áreas de atuação têm despertado mais interesse e penso que as críticas têm sido construtivas, representando apenas diferentes pontos de vista. Os vereadores da Oposição são pessoas que naturalmente respeito, pessoal e politicamente. Portanto, encaro essas críticas com normalidade.
nos passos que depois nos vão ajudar a criar o melhor plano possível para atingirmos os objectivos.
[CP]:O envelhecimento da região e as questões da habitação são preocupações do Executivo?
[CL]: É claro que é uma preocupação para o Executivo, mas temos de olhar
[CL]: Isto está relacionado com a problemática da habitação e que em Coimbra é muito específico. As grandes cidades têm casas de estudantes, residências universitárias, mas não são propriamente repúblicas, nem têm uma história como a de Coimbra. Claro que este é um problema a que estamos atentos. Os anos vão passando, os edifícios vão-se degradando. Não faz sentido o poder central anunciar que ira construir residências universitárias e deixar desaparecer centenas de camas. Claro que também temos a obrigação de estar atentos e tentar arranjar soluções. No último Conselho Municipal de Juventude tivemos a oportunidade de criar um grupo de trabalho para
aos sábados entre as 11 e as 12 horas
RÁDIO REGIONAL DO CENTRO
PATROCÍNIO:
[CP]: Como está a correr a liderança da coligação “Juntos Somos Coimbra”?
[CL]: A coligação tem um ano e meio de mandato. É nossa obrigação procurar soluções para resolver os problemas concretos das pessoas. Foi para isso que fomos eleitos. É isso que a coligação está a fazer, ultrapassando e resolvendo muitos problemas herdados, arrumando a casa, e preparando o futuro que prometemos e queremos para os nossos munícipes. Obviamente com altos e baixos, como qualquer empresa ou qualquer família, mas o importante é que no final deste caminho os nossos munícipes tenham melhores condições do que tinham e que nós, à nossa escala, tenhamos contribuído para isso.
ACTUALIDADE/SAÚDE 8
HOMENS MAIS AFECTADOS DO QUE AS MULHERES
QUINTA-FEIRA, 30 DE MARÇO 2023
30 DE MARÇO DE 2023
MENOS CASOS DE TUBERCULOSE
CÁTIA BARBOSA
(JORNALISTA DO “CAMPEÃO” NO PORTO)
Onúmero de casos de tuberculose por 100 mil habitantes diminuiu, em 2021, em Portugal. Contudo, o diagnóstico da doença ainda é tardio. A informação é avançada pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) que adianta que “os homens continuam a ser mais afectados do que as mulheres (66,4% dos 1.513 casos notificados em 2021), especialmente na idade adulta. Em 2021, 2,8% do total de casos ocorreram em crianças e adolescentes com idade inferior a 15 anos”.
Os dados constam no “Relatório de Vigilância e Monitorização da Tuberculose em Portugal de 2022” e indicam que, apesar da descida generalizada de casos, algumas regiões viram os seus números aumentar.
“As regiões do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo continuam a ter as incidências mais elevadas”, explica a DGS. A mesma entidade sublinha ainda que “a popu-
A população imigrante mantém-se como de maior vulnerabilidade (3,8 vezes superior à média nacional)
lação imigrante mantém-se como a população de maior vulnerabilidade, com uma taxa de notificação 3,8 vezes superior à média nacional (55,8 por 100 mil em 2021) embora se tenha verificado uma redução na proporção de casos em comparação com 2020”.
Após a divulgação do relatório, a DGS identifica a prioridade de intervenção que assenta na “identificação dos mais vulneráveis”, nomeadamente, dos que têm risco acrescido de exposição ou dificuldade de acesso a cuidados de saúde. “A sua priorização permitirá acelerar a redução da incidên-
cia da doença e apostar no tratamento preventivo, evitando futuros novos casos”, admite. Nesse sentido, foram abertos concursos para apoio financeiro às organizações comunitárias, com o intuito de promover o “rastreio e apoio na administração da medicação nos grupos vulneráveis, em áreas geográficas de maior incidência”.
O NÚMERO 1513
Outra prioridade passa por reduzir o tempo de diagnóstico que se mantém tardio. “A demora em dias foi, em dois terços dos casos, associada à procura tardia de cuidados de saúde, apresentando o seu valor máximo nas pessoas em situação de sem-abrigo, o que reforça a necessidade de facilitar o acesso aos cuidados de saúde nos mais vulneráveis e a importância do apoio das estruturas sociais e comunitárias”, expõe a DGS.
É, no entanto, de realçar que se verificou um ligeiro decréscimo na demora de diagnóstico pelos cuidados de saúde. “A maior suspeição clínica da doença por parte dos profissionais de saúde, bem como o papel das diferentes ferramentas laboratoriais, podem ter contribuído para o decréscimo”, lê-se no comunicado.
Recorde-se que “a aposta na investigação e tecnologia inovadora, nos fármacos e na produção de uma nova vacina” são considerados, pela DGS, “pontos fundamentais” no plano estratégico mundial até 2030.
SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE TRATAMENTOS PREVENTIVOS
CÁTIA BARBOSA
No ano passado, mais de 70% dos tratamentos realizados em consultas de saúde oral nos Centros de Saúde foram tratamentos preventivos. O balanço é feito pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) que adianta que se registou “uma progressiva diminuição dos tratamentos curativos em crianças e jovens de 7, 10 e 13 anos”.
A DGS explica que os dados do Programa Nacional da Promoção de Saúde Oral revelam que “a taxa de tratamentos preventivos realizados subiu mais de 10% nos últimos cinco anos, resultando em ganhos elevados em saúde para a população jovem”. Assim, a taxa de
cobertura de consultas de saúde oral, a nível nacional, nos Agrupamentos de Centros de Saúde é de 94%.
A cobertura é ainda mais elevada no Norte, Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, onde a taxa atinge os 100%.
“Em 2022 registou-se o maior número de sempre de referenciações emitidas para consulta de medicina
dentária - 78.702 -, tendo sido utilizadas 23.929. As consultas de higiene oral registaram 18.833 referenciações, tendo sido utilizadas 10.146”, expõe a DGS.
A mesma entidade salienta ainda que “os grupos com acesso a consulta de higiene oral nos Centros de Saúde são as crianças e jovens com 4, 7, 10 e 13
FUTURO DA HEPATOLOGIA EM PORTUGAL DISCUTIDO NA FIGUEIRA DA FOZ
O Hotel Eurostars Oasis Plaza, na Figueira da Foz, vai receber, nos dias 13, 14 e 15 de Abril, o Congresso Português de Hepatologia, organizado pela Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF). Esta iniciativa tem como objectivos discutir e partilhar a actualização de conhecimentos científicos recentes, e debater os desafios na área da Hepatologia, em Portugal. “Neste Congresso Português de Hepatologia todos os momentos são altos pela sua programação de elevado nível científico, sendo um momento de actualização, visto que a hepatologia é tão vasta, o conhecimento gerado é tão rápido, que se torna difícil estar actualizado em todas as áreas”, explica José Presa, presidente da APEF. O Congresso Português de Hepatologia assinala também a 26.ª Reunião Anual da APEF e contará com a participação de especialistas de renome, nacionais e internacionais, que apresentarão comunicações orais e pósteres, partilhando experiências e debatendo vários assuntos da área da hepatologia.
NÚCLEO DE ESTUDANTES DE MEDICINA PREPARA II EDIÇÃO DA CORRIDA SOLIDÁRIA
anos. No grupo com acesso a consulta de estomatologia ou medicina dentária através da emissão de cheque dentista incluem-se as grávidas, crianças e jovens dos 2 aos 18 anos, beneficiários do complemento solidário, portadores de VIH/SIDA e utentes com lesões suspeitas de cancro oral”.
Com o objectivo de reforçar a utilização do cheque dentista, a DGS informa que vão ser enviados SMS que permitirão alertar para a necessidade de utilizar o cheque antes do fim da validade. Já ao nível das escolas, deverão continuar a ser transmitidas diversas práticas promotoras da saúde oral, nomeadamente, manter uma alimentação equilibrada e escovagem dos dentes.
O Núcleo de Estudantes de Medicina da Associação Académica de Coimbra (NEM/AAC) vai realizar, no dia 15 de Abril, a II Edição da Corrida Solidária NEM/ AAC. O objectivo passa por dinamizar e potenciar a actividade física, bem como alertar a população Coimbrã para a importância desta prática. “Queremos voltar a presentear aos conimbricenses um momento lúdico e marcante, ao prepararmos uma corrida não só desafiante e estimulante, como também uma que fique guardada no coração e na memória daqueles que a nós se queiram juntar”, afirma o NEM/AAC. O evento conta como embaixadores a banda portuguesa Os Quatro e Meia, assim como nomes ilustres do desporto nacional, nomeadamente: Rafael Lisboa (basquetebolista da selecção nacional), Marta Paço (bicampeã mundial de surf adaptado), Camila Rebelo (recordista nacional e medalha de ouro nos 200m costas dos Jogos do Mediterrâneo Oran 2022), entre outros. Este ano será apadrinhada a Sorriso - Associação dos Amigos do Ninho dos Pequenitos, pelo que a totalidade do valor angariado na corrida será devidamente doada.
UC PREPARA PROGRAMA DESPORTIVO PARA JOVENS SOBREVIVENTES DE CANCRO
Vários doentes e sobreviventes de cancro, familiares e amigos, uniram-se à iniciativa “FCDEF Com Vida”, que decorreu no Estádio Universitário de Coimbra, para experienciarem várias modalidades desportivas. Esta actividade serviu como base para a construção de um programa desportivo semanal e gratuito para sobreviventes de cancro. A iniciativa decorreu no âmbito do projecto europeu “Outdoor Against Cancer Connects Us” (OACCUs), que a Universidade de Coimbra (UC) integra e coordena em Portugal, que pretende apoiar jovens sobreviventes de cancro através da criação de ferramentas para a promoção de um estilo de vida saudável e quebrar o estigma associado a sobreviventes desta doença. “Com esta actividade, a Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra pretende oferecer uma mostra de actividades desportivas que podem ser praticadas pelos sobreviventes de cancro e pelas suas famílias e amigos, dando assim, também, o suporte social e familiar para uma vida melhor e mais saudável”, explicou a docente da UC e coordenadora do OACCUs em Portugal, Paula Tavares.
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS 30 DE MARÇO DE 2023
CRUZ E IMAGEM DA JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE RAINHA SANTA VAI SAIR À RUA
PARA RECEBER SÍMBOLOS DA JMJ
Os Símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) chegam à diocese de Coimbra no próximo domingo, dia 2 de Abril, sendo a vez da cidade acolher a Cruz Peregrina da JMJ e a imagem de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que chegarão de comboio à estação de comboios de Coimbra A, cerca das 14h44.
A passagem dos símbolos pela diocese de Coimbra, vindos de Aveiro, decorrerá até ao dia 30 de Abril, data na qual será feita uma cerimónia de entrega à diocese de Leiria-Fátima, na cidade de Pombal. No caso da diocese de Coimbra, o primeiro evento mais marcante será a recepção dos símbolos que, José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal, deseja que “contribuam para renovar a fé e a esperança num mundo melhor, de paz e harmonia, livre dos ideais belicistas”.
Os ícones sairão da estação de comboios de Coimbra A rumo ao início da Calçada Santa Isabel, transportados num carro de Bombeiros Sapadores, que será acompanhado por um grupo de motards.
Chegados ao terreiro da Igreja da Rainha Santa, haverá lugar para um momento de acolhimento e oração, animado pelo coro da comunidade das 11 do Seminário Maior de Coimbra, com a presença da imagem
da Rainha Santa Isabel, que, pela primeira vez, sai à rua fora da procissão que acontece por ocasião das Festas da Cidade de Coimbra.
“Dentro do seu espírito de missão é com a maior alegria e gratidão que a Confraria da Rainha Santa Isabel aceita participar na recepção aos símbolos da Jornada Mundial da Juventude pela diocese de Coimbra, no Santuário de Santa Isabel de Portugal, na cidade que a elegeu como padroeira”, afirma Joaquim Costa e Nora, presidente da Confraria da Rainha Santa Isabel.
Costa e Nora deseja, ainda, que “o exemplo da Rainha Santa Isabel, concretizado na sua promoção da paz entre todos e no seu amor aos mais necessitados (…) possa incentivar os jovens a descobrir em si as sementes de bem, presentes na sua vida”. Em suma, o referido confrade espera que a padroeira de Coimbra possa ser uma inspiração para os jovens, tornando-os “pessoas cujo olhar seja o olhar de Deus”, na construção de um mundo melhor”.
Em todo o percurso de recepção, que culminará com a passagem pela Câmara Municipal de Coimbra, os símbolos da JMJ serão transportados por diversas entidades de segurança e protecção. Além dos Bombeiros do concelho de Coimbra também vão marcar presença membros da
NA RECOLHA SELECTIVA
Polícia de Segurança Pública (PSP), Guarda Nacional Republicana (GNR), Exército e Polícia Municipal.
Estarão também presentes grupos etnográficos e folclóricos do concelho de Coimbra que, frente ao Portugal dos Pequenitos, vão apresentar um momento cultural, assim como estudantes, que também vão brindar os presentes com momentos musicais, escuteiros e membros da equipa do Comité Organizador Diocesano (COD) de Coimbra. Para embelezar o percurso vão estar presentes a Banda Filarmónica União Taveirense e a Associação Recreativa e Musical de Ceira.
Segue-se um momento especial de oração na Igreja de Santa Cruz, animado pelo Coro COD Coimbra, para depois terminar este percurso na Câmara Municipal, onde o respectivo presidente receberá com toda a solenidade os símbolos JMJ, na companhia do bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, do bispo auxiliar de Lisboa e presidente da Fundação JMJ 2023, Américo Aguiar, e do bispo de Aveiro, António Moiteiro, entre outras figuras.
A diocese de Coimbra inaugura assim, de forma oficial, os preparativos para a JMJ, que decorrem em Lisboa de 1 a 6 de Agosto, e, mais concretamente, para os Dias na Diocese, que decorrem de 26 a 31 de Julho.
EMPRESA DE MIRANDA DO CORVO JÁ FOI DISTINGUIDA SEIS VEZES COMO PME EXCELÊNCIA
CRISTIANA DIAS
Sediada em Miranda do Corvo, a Piclima, empresa de referência no sector da climatização, celebra neste mês de Março 18 anos de muito sucesso.
Com o objectivo de satisfazer as necessidades do mercado no projecto e instalação de sistemas de climatização e energia, a Piclima preza-se acima de tudo em valores como a ética, rigor, simplicidade, dinamismo, criatividade e honestidade.
Celebrada a maiorida-
de a 7 de Março de forma interna, a empresa prepara ainda, como acontece todos os anos, o Dia Piclima, que pretende proporcionar um dia diferente, de formação, convívio e confraternização entre todos os trabalhadores. “A Piclima já atingiu os 18 anos e estamos cá para continuar o nosso caminho”, destaca Hugo Serra, fundador da empresa.
A Piclima recebeu, pelo quarto ano consecutivo, a distinção PME Excelência.
Com início da sua actividade em 2005, já conquistou
pela sexta vez este prémio, mas o reconhecimento do seu trabalho árduo não se fica por aqui, é também PME Líder pelo 12.º ano consecutivo.
“A Piclima nestes 18 anos pode-se orgulhar de já ter sido distinguida como PME Excelência por seis vezes, fomos empresa Gazela, somos PME Líder há 12 anos consecutivos, felizmente temos alcançado isso fruto de muito trabalho e com forte sentido de responsabilidade, dedicação, transparência, e honestidade”, reforçou o gerente.
A Piclima disponibiliza diversos serviços aos seus clientes, desde a consultadoria, estudos e projectos, orçamentação e execução das instalações, percorrendo todo o país com as suas ofertas.
Com cerca de 50 trabalhadores, a Piclima está vocacionada e preparada para abordar uma obra desde a sua fase de projecto até à completa execução da instalação, possibilitando assim um serviço chave na mão aos seus clientes. Conta no seu quadro com técnicos especializados nas áreas de
AERSUC - Resíduos Sólidos Do Centro, registou em 2022 um aumento na recolha selectiva de embalagens (de plástico, metal, cartão e vidro) de 5% face a 2021, num ano em que também registou um decréscimo na recepção de resíduos urbanos indiferenciados de 1%.
Em 2022, a ERSUC recebeu 48 078 toneladas de recicláveis provenientes da recolha selectiva de ecopontos, da recolha porta-a-porta em comércios e serviços, das entregas em ecocentro e das recolhas em ecoeventos, o que traduz um aumento de recicláveis de 5% face a 2021. Parcelarmente recebeu 20 389 toneladas de vidro, representando um aumento de 5% face a 2021, 15 789 toneladas de papel/cartão, representando um aumento de 3% face a 2021 e 11 900 toneladas de embalagens de plástico e metal, representando um aumento de 8% face ao ano anterior.
ar condicionado, ventilação, aquecimento central, energias renováveis e outras ligadas ao sector.
Hugo Serra afirma que estes 18 anos “têm sido um percurso de desafios”, mas que apesar disso “fomos fazendo crescer a equipa, fomos tendo o nosso mercado e os nossos clientes cada vez mais fidelizados, fomos crescendo de uma forma sustentável e hoje cá estamos com uma equipa própria, com uma posição no mercado considerável e por tudo isso há que seguir em frente”.
Cada habitante da área de intervenção da ERSUC contribuiu para que no final de 2022 tenha sido possível enviar para reciclagem materiais que permitem produzir ou poupar recursos muito significativos, em termos de papel/cartão traduzem-se na poupança de 237 mil árvores e no vidro a quantidade que permite produzir cerca de 58 milhões de garrafas de 0,75 litros. A maior participação por parte da população, as acções dos municípios e o investimento consistente em viaturas, contentores, instalações e educação ambiental, tem permitido à ERSUC aumentar a quantidade de materiais valorizados e encaminhados posteriormente para a indústria recicladora.
No terreno a ERSUC dispõe de uma rede de 5 732 ecopontos distribuídos pelos seus 36 municípios, alcançando uma densidade de 161 habitantes por ecoponto, complementada com um serviço de recolha porta-a-porta em estabelecimentos de comércios e serviços, assim como programas de incentivo à separação e reciclagem junto das escolas e instituições.
FIGUEIRA DA FOZ 12 30 DE MARÇO DE 2023
CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Vera Correia
41 anos, empregada de balcão
Aquilo que mais gosto na Figueira da Foz é a praia, mas também o peixe e a qualidade de vida que esta cidade proporciona pelo ambiente. É uma cidade tranquila e segura. Faz falta mais divertimento, não apenas à noite mas também de dia, porque se no Verão temos bastante oferta, durante o Inverno já não é bem assim. Também sinto que falta emprego, apesar de não sentir isso na pele, oiço muita gente a queixar-se.
Mário Aveiro
29 anos, empregado de mesa
O que me faz gostar mais de viver na Figueira da Foz é a extensão desta praia! Temos uma das maiores praias da Europa, não temos que estar em cima de ninguém, temos espaço. Viver aqui é óptimo porque posso lá ir sempre que me apetece. Falta mais dinâmica, temos pouco que fazer para nos divertirmos, a cidade tem muita vida no Verão, mas no Inverno pára tudo.
Irene Charana
19 anos, estudante
Poder ver o mar todos os dias, respirar esta brisa, poder ir à praia no Verão e no Inverno é maravilhoso e é o que me faz gostar mais de viver aqui. Falta habitação, faltam condições para melhorar algumas vidas mais difíceis. Gostava que não se visse tantas pessoas a viverem na rua. Quanto ao emprego há muito, mas é precário. Gostava que esta cidade desse mais meios a quem cá vive o ano todo, para terem mais qualidade de vida.
24 anos, jurista
Acho que temos muita qualidade de vida, serviços públicos com qualidade e acessíveis e a beleza natural, é insubstituível. Acredito que seja necessário por um lado promover emprego mais qualificado para os jovens, por outro lado investir também em instalações de formação profissional e evidentemente melhorar os serviços públicos nas freguesias não urbanas e habitação a custos controlados, para a classe média e para os jovens.
Tainá Silva Lopes 18 anos, modelo
Gosto de morar aqui porque é um lugar tranquilo, não tem muito barulho nem confusão. É sossegado para viver e no Verão é divertido estar aqui. Sinto falta de autocarros, faltam transportes públicos para nos deslocarmos, principalmente ao fim-de-semana, já que não há muitas opções de transporte.
Marco Fontinha
29 anos, gerente de pastelaria
Gosto muito de viver na Figueira da Foz porque temos tudo, temos mar, temos serra e temos quase todos os serviços, penso que não falta nada. As pessoas são afáveis. Falta talvez um bocado mais de dinamismo. Temos muita coisa no Verão, mas no Inverno faltam iniciativas para atrair pessoas. Isso nota-se na quantidade de pessoas que por aqui andam, no Inverno é tudo muito mais parado.
18 anos, estudante
Eu moro em Maiorca, no concelho da Figueira da Foz. Gosto de viver aqui por causa do mar e porque temos tudo aqui perto. É um sítio seguro e tranquilo para viver. O que mais sinto falta é de estacionamento! Muitas vezes, desisto de ir a certos sítios porque não encontro lugar para estacionar.
Sónia Andreia
20 anos, empregada de balcão
Gosto de viver aqui porque moro ao pé da praia. Acho a Figueira bonita, é uma cidade segura, tranquila e as pessoas são simpáticas. Gostava que a Figueira tivesse um Fórum tipo o de Coimbra, é assim a única coisa que para mim faz falta.
Fernando Diogo Jesus
20 anos, operador de supermercado
As pessoas de cá são o que me faz gostar de viver aqui, tenho aqui a minha família e os meus amigos. Gostava que as estradas fossem melhores e que os transportes públicos fossem mais frequentes.
António Carraco dos Reis 30 anos, director de projectos
O que mais gosto na Figueira da Foz é a calma, a velocidade do tempo, a luz e a oportunidade da diversidade de sensações e ambientes. Faz falta o compromisso, o hábito e a naturalidade para o debate alargado, para uma reflexão conjunta. Falta a noção de coexistência, trabalho supra-quintais e a memória sobre a finitude de cada um e o que representa.
Quando pensamos na cidade da Figueira da Foz é inevitável associá-la ao mar, praia, sol e Verão. No entanto, o jornal “O Campeão das Províncias” decidiu entrevistar alguns residentes locais a fim de compreender as razões pelas quais eles gostam de viver ali e também descobrir o que acham que a cidade precisa. Joana Alvim êlh
Pedro Craveiro 23 anos, empregado de mesa
Gosto de morar na Figueira da Foz por causa do mar e da serra, mas falta melhorar os transportes públicos e as estradas.
Inês Carvalho 22 anos, estudante
A praia para mim é o mais importante, é o que me faz gostar mais de viver aqui. Ter sempre a praia por perto. O que acho que falta é mais cuidado com a limpeza, há falta de manutenção nas praias, há sítios que estão demasiado ao abandono, o que é pena.
Leonardo Manuel Cação 19 anos, desempregado
É um lugar atractivo, seguro e muito tranquilo para viver. Faz falta um Fórum, igual ao que tem Coimbra.
PEDRO SANTANA LOPES CRITICA OBRAS
O presidente da Câmara da Figueira da Foz considerou lamentável e uma falta de respeito o encerramento da ponte Edgar Cardoso para obras no período nocturno, sem a alternativa da portagem gratuita estar a funcionar. “É lamentável porque foi prometido logo no mandato anterior pela Infraestruturas de Portugal (IP) e continuou a ser garantido depois de contactar com o primeiro-ministro e o ex-
-ministro Pedro Nuno Santos, que garantiram que a obra não começaria sem essa situação estar resolvida”, disse Pedro Santana Lopes. Para Santana Lopes, agora só há uma hipótese: “Ser devolvido às pessoas aquilo que estão a pagar” de portagens para atravessar o concelho de uma margem para a outra. O presidente da Câmara da Figueira salientou que a IP teve “tempo mais do que suficiente” para encontrar
MUNICÍPIO ASSINALA EM 2024
No próximo sábado, dia 1 de Abril, o Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz irá apresentar o espectáculo “Gardunhos - Portugal Medieval em Canções”, no Grande Auditório, pelas 21h30. “Gardunhos - Portugal Medieval em Canções” é um projecto músico literário que tem como objectivo fundir a música tradicional portuguesa com a cultura, mentalidade, história e estética medievais. A apresentação con-
tará com um recital multimédia acompanhado de criações vídeo e sonoplastia, que produzem uma atmosfera de imersão evocativa desse período assombroso que é o do berço e da infância de um país chamado Portugal. A duração do espectáculo é de 90 minutos. Não perca a oportunidade de mergulhar na história de Portugal através da música e da cultura medieval com “Gardunhos - Portugal Medieval em Canções”.
NO MUSEU MUNICIPAL
O Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz, tem patente até ao dia 30 de Junho a exposição colectiva temporária intitulada “Ar(te) Livre-Os Pintores saíram à rua na Figueira da Foz”. Esta exposição reúne 26 trabalhos de um grupo de pintores apaixonados pela cidade, que retratam a Figueira da Foz em locais emblemáticos, tanto por dentro como por fora, trazendo uma nova e fresca perspectiva da mesma. Cosme, David Fernandes, José da Costa, Mário Silva (filho) e Victor Costa saíram à rua na Figueira da Foz e, em sete dias distintos, interpretaram/
pintaram sete espaços públicos, utilizando em cada dia o mesmo tipo de materiais e a abordagem obrigatoriamente sob o mesmo ângulo. O projecto foi adiado pela pandemia, mas agora é finalmente concretizado, com o objectivo de demonstrar que a abordagem artística é intrinsecamente individual, livre e libertadora. A exposição “Ar(te) Livre-Os Pintores saíram à rua na Figueira da Foz” pode ser visitada gratuitamente, na sala 2 do Museu Municipal Santos Rocha, de terça a sexta-feira das 09h30 às 17h00 e aos sábados das 14h00 às 19h00.
CELEBRA 95 ANOS
Hoje, dia 30 de Março, a freguesia do Alqueidão comemora 95 anos desde que se tornou oficialmente uma freguesia. Para celebrar o Dia da Freguesia, a Junta preparou um programa especial, para dia 2 de Abril. As comemorações começam às 9h30 com a celebração do Dia Internacional do Livro Infantil, seguido de Histórias de encantar com André Madaleno e Guida Guardado às 10h00. Às
14h30, será descerrado o painel de azulejos de Conceição Ruiva na sede da Junta da Freguesia. A partir das 15h00 terá lugar a Sessão Solene com a Sociedade Musical Recreativa do Alqueidão, onde serão entregues diplomas aos estudantes universitários, medalhas e será apresentado o Caderno Municipal por Conceição Ruiva. As comemorações terminam às 18h00 com um Porto de Honra.
DO NASCIMENTO DE
O município da Figueira da Foz vai assinalar em 2024 o centenário do nascimento do antigo Presidente da República e fundador do Partido Socialista (PS) Mário Soares. Para o efeito, o município vai constituir uma comissão coordenadora das celebrações que vai ser presidida pelo antigo deputado e governante António Campos, histórico dirigente socialista e amigo próximo de Mário Soares, e por outras personalidades que brevemente serão divulgadas. “Soares foi sempre muito bem recebido na Figueira da Foz e gostava muito de vir cá, sobretudo a Buarcos”, recordou Pedro Santana Lopes, que na sua primeira passagem pela Câmara (1997-2001) atribuiu o nome do antigo Presidente da República a uma das principais avenidas da cidade, como fez com Francisco Sá Carneiro, primeiro-ministro falecido em 1980. Nascido a 7 de Dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares foi fundador e primeiro líder do PS, e ministro dos Negócios Estrangeiros após a revolução do 25 de Abril de 1974. Primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, foi Soares a pedir a adesão à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e a assinar o respectivo tratado, em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
uma solução técnica para isentar os figueirenses de portagem na A17, entre os nós de Marinha das Ondas e da A14. Devido às obras de requalificação e reforço, a Ponte Edgar Cardoso, sobre o rio Mondego, vai encerrar no período nocturno dentro em breve, entre as 20h30 e as 6h30, com excepção para os veículos de emergência, e nas noites de sexta-feira para sábado e sábado para domingo.
ESTUDANTES DO 8.º E 9.º ANO
A Escola Profissional da Figueira da Foz - INTEP vai realizar a II Edição do “Dream Show”, um evento que realça a importância do lema da escola, “Sonhar, Focar, Concretizar”. Este evento, em formato de jornadas culturais, ocorre entre os dias 27 e 31 de Março, na escola, e tem como objectivo apresentar a oferta formativa para 2023-2024 e as
saídas profissionais dos diferentes cursos. Durante uma semana, haverá várias demonstrações das áreas profissionais, assim como actividades culturais e pedagógicas. O Dream Show destina-se a estudantes que frequentem o 8.º e 9.º ano do ensino básico e decorrerá todos os dias, das 10h00 às 16h30. O evento estará aberto ao público em geral.
DE ALTAS TECNOLOGIAS
Pedro Santana Lopes considera que a Figueira da Foz se está a transformar num centro de altas tecnologias com o caminhar do tempo e tudo o que se perspectiva no domínio da transição energética. O autarca falava, na terça-feira (28) na sessão de assinatura de um memorando de entendimento com a empresa Avesta Battery & Energy Engineering BV, sediada na Bélgica, que pretende criar na Figueira da Foz um centro de inovação e desenvolvimento de células de baterias de estado sólido.
A unidade de produção de baterias de ião de lítio vai ocupar uma área de 17 mil metros quadrados da zona de expansão do Parque
Industrial da Figueira da Foz, na Gala, que se encontra em obras e cuja conclusão está prevista para o final do ano. Com um investimento previsto de 70 milhões de euros, a Avesta Battery & Energy Engineering BV pretende que este seja o primeiro centro de investigação europeu da empresa, que tem unidades na Turquia, Roménia e Macedónia do Norte. A unidade da Figueira da Foz deverá estar concluída em 2025 e, na primeira fase, que consiste na criação da tecnologia, vai criar 200 postos de trabalho, sendo que, na segunda fase, naquela em que terá início a produção de baterias, pode criar 2.000 empregos.
O Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz irá apresentar uma sessão de cinema no próximo dia 31 de Março, sexta-feira, pelas 21h30, no Auditório João César Monteiro. O filme em exibição será “Toda a Beleza e a Carnificina”, um emocionante documentário sobre a vida da artista e activista Nan Goldin, realizado por Laura Poitras. “Toda a Beleza e a Carni-
ficina” recebeu o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Veneza em 2022 e foi nomeado para Melhor Documentário para os Óscares de 2023. O filme é dos Estados Unidos e tem uma duração de 1h53. Está classificado para maiores de 12 anos. Os bilhetes para a sessão têm um preço de 4 euros por pessoa e podem ser adquiridos na bilheteira do CAE e na Ticketline.
30 DE MARÇO DE 2023
CÂMARA CELEBROU PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO
ACâmara de Coimbra celebrou, esta segunda-feira, os protocolos de cooperação com as cinco entidades que vão assegurar o Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social (SAAS) numa parte do concelho.
As entidades são o Centro de Apoio Social de Souselas, a Cáritas Diocesana de Coimbra - Centro Comunitário S. José e Centro Comunitário de Inserção, a delegação da Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa e o Centro de Assistência Paroquial de Santa Cruz que, no total, vão receber, este ano, a verba de 351 mil euros.
Considerando que a entrada em vigor do protocolo é a 3 de Abril, a verba diz por isso respeito aos meses que faltam para terminar o ano. A comparticipação anual prevista para a totalidade dos acordos é,
contudo, de 468 mil euros.
Estes protocolos decorrem no âmbito da transferência de competências para a autarquia no domínio da Acção Social, que deverá estar concretizada até ao próximo dia 3 de Abril de 2023, e a cerimónia, que decorreu no Salão Nobre dos Paços do Concelho, teve a presença do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, e da vereadora da Acção Social, Ana Cortez Vaz.
A Câmara Municipal é, ao abrigo da descentralização de competências no domínio da Acção Social, a entidade promotora do SAAS, que presta apoio a pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, incluindo beneficiários de Rendimento Social de Inserção, além de dar resposta a situações de emergência social.
O SAAS assegurará,
assim, o atendimento e acompanhamento social de pessoas e famílias em situação de vulnerabilidade e exclusão social, um serviço que funcionará entre as 9h00 e as 12h30 e as 14h00 e as 17h00 de segunda a sexta-feira.
Tendo em conta os pressupostos legais que permitem a celebração de protocolos específicos de cooperação no âmbito do SAAS, bem como a importância e a eficiência do trabalho em parceria que já se desenvolve no território e que garante respostas céleres e de maior proximidade aos cidadãos, a Câmara Municipal decidiu adoptar um sistema misto de concretização das competências em matéria de Acção Social.
As cinco entidades
O Centro de Apoio Social de Souselas, representado pelo presidente da Direc-
O objectivo é apoiar pessoas e famílias em vulnerabilidade e exclusão social
ção, Joaquim Manuel Correia Gonçalves, vai ficar responsável pela área de intervenção que contempla a freguesia de Brasfemes, a União das Freguesias (UF) de Antuzede e Vil de Matos, a UF Souselas e Botão e a UF Trouxemil e Torre de Vilela.
O Centro Comunitário de São José, através da Cáritas Diocesana de Coimbra, representada pelo presidente da Direc-
ção, Manuel de Jesus Antunes, vai assegurar a área correspondente à UF de Eiras e São Paulo de Frades.
O Centro Comunitário de Inserção, também através da Cáritas Diocesana de Coimbra, vai garantir o acompanhamento das antigas freguesias da Sé Nova, Almedina e São Bartolomeu, da UF de Coimbra.
Já a antiga freguesia de Santa Cruz, também da UF Coimbra, ficará à responsa-
bilidade do Centro de Assistência Paroquial de Santa Cruz, representado pelo presidente da Direcção, Sertório Baptista Martins).
O acompanhamento na freguesia de Santo António dos Olivais será garantido pela delegação de Coimbra da Cruz Vermelha Portuguesa, representada pelo presidente da Direcção, Severino Carvalho Oliveira.
Já a autarquia, através da Divisão de Acção Social, vai assumir com recursos próprios a área de intervenção correspondente às freguesias de Almalaguês, Ceira, Cernache, São João do Campo, São Silvestre, Torres do Mondego, e ainda à UF Assafarge e Antanhol, UF Santa Clara e Castelo Viegas, UF São Martinho de Árvore e Lamarosa, UF São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades e UF Taveiro, Ameal e Arzila.
com arroz de miúdos e grelos com entrecosto e ovo escalfado
Folar da Páscoa Mousse de chocolate Leite-creme Arroz doce Tarte de amêndoa Fruta laminada
Vinho branco e tinto seleção do hotel Água Refrigerante Cerveja Café ou chá
Ameijoa à Bulhão Pato, mexilhão meia casca de escabeche, camarão cozido NOTAS:
vigor RESERVAS E INFORMAÇÕES: 239 802 120 ou comercial@hoteldluis.pt
Omovimento Coimbr’a Pedal, que esteve parado durante alguns anos, é reactivado no sábado, com o objectivo de organizar eventos regulares, mas, sobretudo de lutar pela mobilidade ciclável na cidade.
A comunidade estava mais ou menos adormecida há cerca de seis anos, mas decidiu relançar-se e vai dar-se a conhecer neste sábado, num convívio aberto a todos os adeptos de bicicleta na Feira Sem Regras, no Parque do Choupalinho.
No sábado, pelas 10h00, será apresentada uma nova imagem do Coimbr’a Pedal, um novo ‘website’ e será dinamizada uma cicloficina, local onde voluntários dão “uma mãozinha” para ajudar a reparar pequenos problemas em bicicletas, estando também previsto um almoço em piquenique pelas 13h00.
“A razão directa para reactivar é que a malta está com vontade e há malta nova também com vontade de puxar por isto”, disse Sérgio Santos, que está no movimento desde o seu início, apontando também o surgimento da associação Oficina, que também promove o uso da bicicleta em Coimbra, como outro contributo para a comunidade ser agora relançada.
A ideia passa agora por organizar algumas cicloficinas, promover ações de sensibilização, criar um programa de ‘bike buddy’ (um ciclista mais experiente acompanha as primeiras viagens de alguém que quer fazer o percurso até ao trabalho de bicicleta), e organizar um percurso pela cidade, ao final do dia, na última sexta-feira do mês, que junte os ciclistas da cidade, chamado de “Massa Crítica” (estando também a ser pensado um percurso parecido para crianças).
No entanto, para Sérgio Santos, o grande foco estará no “lobby pelas bicicletas”. “Queremos ter o máximo de pessoas a dar sugestões e propostas, para depois apresentarmos sugestões à Câmara ou a outras entidades, como a Metro Mondego”, salientou.
Para Sérgio Santos há muitas formas de combater a orografia acidentada da cidade, mas, mais importante do que isso, é ter um planeamento da malha urbana que dê prioridade à mobilidade suave, nomeadamente as bicicletas.
“Eu noto que há muito mais pessoas a andar de bi-
bicicletas
cicleta agora do que quando o movimento foi criado. Mas a cidade, em termos de planeamento urbano ainda não pensa na integração da bicicleta como meio de transporte, apenas como actividade de lazer”, afirmou à agència Lusa Bia Farão, que também está no Coimbr’a Pedal.
Bia Farão apontou para um caso muito concreto, pelo qual o movimento vai lutar, que é a intermodalidade associada ao Metro Mondego, procurando que seja possível transportar as bicicletas nos autocarros elétricos, quando aquele sistema funcionar, bem como estacionamento para as bicicletas nas estações do MetroBus.
“A primeira das razões passa por agregar as pessoas que andam de bicicleta ou gostavam de andar de bicicleta. Queremos perceber quem são e que percursos fazem […]. Tendo massa crítica, teremos as condições para, junto da Câmara e outras entidades, apresentar propostas e reivindicar melhorias”, salientou Duarte Miranda, outro membro da comunidade, que aponta para a possibilidade de serem definidos percursos mais utilizados ou elaborar um mapa de declives da cidade ou ainda criar uma rede de cafés ‘bike friendly’.
Movimento Coimbr’a Pedal é reactivado para fazer ‘lobby’ pelas
Portugal dos Pequenitos apresenta programa de actividades para férias da Páscoa
OPortugal dos Pequenitos volta a receber o programa de actividades para as férias da Páscoa, “Férias para que te quero”, promovido pelo Serviço Educativo do Parque. Este programa é destinado a crianças entre os 6 e os 12 anos e decorre de 10 a 14 de Abril, das 9h00 às 18h00.
Durante este período, as crianças poderão desfrutar de jogos, momentos de exploração, expressão plástica, fotografia e muitas outras actividades relacionadas com o tema do Portugal dos Pequenitos. O programa tem um custo de 110 euros, ao qual acresce um valor diário de cinco euros para almoço, sendo que para irmãos é aplicado um desconto de 10%.
As inscrições estão abertas até ao dia 3 de Abril, sendo que os interessados deverão entrar em contacto com o Serviço Educativo através do número de telefone 239 441 725 ou do email servicoeducativo@fbb. pt. Esta é uma excelente oportunidade para as crianças se divertirem e aprenderem num dos locais mais emblemáticos de Coimbra.
Taça de Portugal de BMX com 270 atletas no fim-de-semana em Coimbra
ACâmara de Coimbra apoia a realização da Taça de Portugal de BMX Race que, no fim-de-semana, dias 1 e 2 de Abril, vai realizar-se na Pista Municipal de Coimbra, organizada pela Federação Portuguesa de Ciclismo (FPC).
A competição onde são esperados 270 atletas, de entrada gratuita, foi apresentada na Pista Municipal de Coimbra de BMX, com a presença do vereador do Desporto da autarquia de Coimbra, Carlos Matias Lopes.
A Taça de Portugal de BMX vai ter uma jornada dupla, com a realização, na pista municipal de Coimbra, das etapas três e quatro da Taça de Portugal.
Esteve evento conta com a organização da FPC, juntamente com a Casa do Povo de Abrunheira, e com apoio da Câmara Municipal de Coimbra.
Coimbra acolhe, assim, pelo terceiro ano consecutivo, uma importante prova do calendário nacional, depois Campeonatos Nacionais em 2021 e final da Taça de Portugal em 2022.
O Município de Coimbra vai apoiar em 2.000 euros a FPC para realização do evento, através da assinatura de um contrato programa, e isentar a FPC do pagamento de taxas, no valor de 865 euros, dada a importância desta competição para a dinâmica desportiva do concelho.
As duas etapas da Taça de
Portugal de BMX Race, que integram o Calendário Nacional de 2023, contam com a participação de atletas de todos os escalões: masculinos, Pupilos
-5/6 anos, Benjamins 7/8 anos, Iniciados 9/10 anos, Infantis
11/12 anos, Juvenis 13/14 anos, Cadetes 15/16 anos, Juniores
17/18 anos, Elite, Masters, Cruisers: 30/39 anos e Cruisers: +40 anos; femininos: -5/8 anos, 9/12 anos, 13/14 anos; 15 anos, Cruisers: 30/39 anos e +40 anos.
A Taça, com entrada gratuita, é a oportunidade para se poder assistir a um espectáculo inesquecível de uma prova de BMX, com os melhores corredores nacionais, sendo, nos dois dias, esperados cerca de 270 atletas.
A acção começa às 14h30 de sábado, com os treinos que antecedem a competição, marcada para as 16h30. As corridas da ronda de domingo acontecem a partir das 10h30.
A pista municipal de BMX fica
situada nos Campos do Bolão, próximo da estação de comboios de Coimbra B, e foi desenvolvida em colaboração com a FPC, de modo a garantir as condições adequadas à realização de provas oficiais.
A pista apresenta uma rampa de partida com 5 metros de altura, um traçado moderno com cerca de 350 metros de comprimento, três curvas revestidas em asfalto, e saltos desafiantes para os diferentes níveis de praticantes.
Para além do apoio através de contrato de programa desportivo e em forma de isenção de taxas, a Câmara de Coimbra vai colocar à disposição da FPC as instalações da Pista Municipal de BMX, vai regularizar a pista e marcar as linhas/traçados e vai facultar o apoio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, com duas ambulâncias e respectivo corpo de apoio no dia 1 de Abril.
CEARTE forma, em Semide, especialistas nacionais de “poda em altura”
OCEARTE - Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património, promoveu no Pólo de Formação de Semide, entre os dias 20 e 28 Março em horário laboral, uma acção de formação “Escalada a Árvores” com a duração de 50 horas, certificada no âmbito do Sistema Nacional de Qualificações.
Esta formação, pioneira no país, tem como objectivo dotar os formandos com competências para escalar árvores e efectuar deslocações sobre os ramos em torno da copa, abordando conteúdos ao nível de protecção individual, material de escalada e segurança, normas e regras de segurança, técnicas de ascensão/escalada em árvores e técnicas de progressão sobre os ramos em torno da copa.
É ministrada pelo formador Eng.º Francisco Caetano, licenciado em engenharia de recursos florestais um dos maiores especialistas do país nesta temática.
Formações deste nível de especialização aumentam a preparação e respectivas competências dos profissionais do sector, que procuram o CEARTE de vários pontos do Pais (Algarve, Sesimbra, Porto, Mafra, etc.) para uma contínua capacitação e actualização de competências para intervenções em situações mais específicas fortalecendo paulatinamente a sua preparação, desenvolvendo uma mestria actualizada, diversificada e especializada, podendo assim responder também de forma segura e eficiente a necessidades mais complexas e específicas que vão surgindo no mercado de trabalho.
O CEARTE contou a colaboração da União de Freguesias de Semide e Rio de Vide, que disponibilizou no Parque Verde de Semide para a realização da formação prática do Curso, uma grande mais-valia pois as árvores do
parque têm as características ideias para este tipo de formação.
O director do CEARTE, Luís Rocha, presente no encerramento da formação ouviu dos formandos, oriundos de todo o país, apreciações muito positivas à formação, ao formador e às condições proporcionadas pelo CEARTE, tendo sublinhado que “o esforço feito pelos profissionais para, ao longo de mais de uma semana se deslocarem ao Pólo do CEARTE em Semide para aprender e melhorar as suas competências numa formação fundamental para quem realiza “cirurgia” de árvores seculares e Património Arbóreo, e que necessita de competências específicas para desenvolver uma actividade considerada de alto risco”.
CES-UC desenvolve dossier temático sobre abusos sexuais na igreja
OObservatório do Trauma (OT) do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveu um dossier temático sobre os abusos sexuais na Igreja Católica Portuguesa, que compila várias notícias, documentos úteis e textos de opinião sobre o tema. Atento aos impactos da publicação do relatório final da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais contra as Crianças na Igreja Católica Portuguesa, o OT criou um espaço que, para além da partilha de recursos – como a Linha de Apoio do Observatório –, procura estimular a reflexão e o debate de ideias.
O dossier conta com análises exclusivas de investigadores do OT e do CES. Margarida Fi-
gueiredo-Braga (psiquiatra e professora Universitária) avalia as potenciais repercussões da mediatização de histórias de violência sexual; Aida Dias (Psicóloga) examina as possíveis consequências do abuso sexual na idade adulta das vítimas e João Veloso (Psicólogo) destaca a pertinência da disponibilização permanente de estruturas de apoio eficazes. Salienta-se ainda as observações de José Manuel Pureza (professor Universitário) sobre os desafios trazidos para a Igreja Católica em Portugal, o texto de Gonçalo Cholant (professor Universitário) sobre a importância da narrativização do trauma e o comentário de João Pedroso (jurista e professor Universitário) sobre a prescrição dos crimes de abuso sexual.
Academia CantanhedeGym em destaque no 11.º International Open Competition de Ginástica Aeróbica
Opavilhão “Os Marialvas”, em Cantanhede, recebeu, entre os dias 22 e 26 de Março, a grande festa mundial da Ginástica Aeróbica, com o 11.º International Open Competition e o 8.ª Taça do Mundo. Apesar desta última competição ter sido mais mediática, o Open conseguiu reunir centenas de ginastas de vários clubes espalhados pelo globo. A Associação de Ginástica do Centro (AGDCentro), esteve representada por um dos seus clubes associados - Academia CantanhedeGym (ACG) -, tendo obtido excelentes resultados. Destaque para o ginasta Miguel Reis, em Individual masculino escalão iniciados, que alcançou o 2º lugar. Semelhante classificação teve o par misto iniciado constituído por Lara
Cunha e Miguel Reis.
Por seu turno, as ginastas Maria Conceição/Júlia Domingos/Gabriela Ferreira/ Carolina Henriques/Isabel
Laranjo/Bruna Marques/ Júlia Pereira/Letícia Batista, em Aerodance juvenil, alcançaram o 3.º lugar. As
ginastas Juliana Moço/Beatriz Morais/Sara Ferreira (trio sénior) e Inês Miranda/ Ivo Lopes (par misto sénior) conseguiram o 4.º lugar. Igualmente na final, os ginastas Lara Cunha/Miguel Reis/Pilar Albuquerque, em trio iniciado, conquistaram o 6.º lugar, enquanto que o grupo juvenil constituído
pelas ginastas Júlia Domingos/Rafaela Matos/Irene Parreiral/Catarina Soares/ Maria Conceição conseguiram o 7.º lugar.
Por fim, desta que devido à ginasta juvenil Rafaela Matos, que alcançou o 23.º lugar em 50 ginastas com uma nota fantástica de 17,050 pontos.
Sociedade Columbófila recebe bens para ajuda social
AAssociação de Solidariedade Social Sociedade Columbófila de Cantanhede recebeu mais um conjunto de diversos bens do grupo “Os Mosqueteiros”, para o projecto de cooperação “. de Partida !”, que desenvolve em Cabo Verde.
“´Os Mosqueteiros` voltaram a reconhecer o trabalho desenvolvido pela Sociedade, doando mais uma vez um vasto conjunto de caixilharia, portas exteriores e interiores, além de material eléctrico, provenientes dos seus ramos de negócio e que se destinam ao apetrechamento e recupe-
ração de algumas habitações de famílias carenciadas da cidade do Tarrafal de Santiago e de S. Domingos, em Cabo Verde”, afirma a Sociedade.
A parceria estabelecida entre a Sociedade Columbófila e o grupo “Os Mosqueteiros” decorre já há alguns anos e tem “permitido continuar a cooperar com algumas instituições de Cabo Verde, nomeadamente autarquias e associações de base local, que no terreno conseguem, com estes apoios, acudir às necessidades das famílias mais vulneráveis e necessitadas das cidades da Praia, S. Domin-
gos e do Tarrafal”.
Para além do projecto de cooperação “. de Partida !”, estes bens têm possibilitado à Sociedade Columbófila alargar a sua base de apoio no trabalho de âmbito social que
vem desenvolvendo junto das famílias que acompanha e mais necessitadas do concelho.
“Para além destes envios, a Sociedade Columbófila, com estes apoios, têm também ´acudido` às necessidades de outras instituições de referência no acolhimento de crianças e jovens, no distrito, doando parte dos bens recebidos”.
O material doado, sem qualquer tipo de utilização anterior, será encaminhado para o Município do Tarrafal.
Como explica a Sociedade, esta nova parceria vem reforçar ainda mais a ligação que a empresa, sediada na zona industrial de Cantanhede, vinha mantendo nos últimos anos com a Sociedade Columbófila, permitindo, através da responsabilidade social da empresa, aprofundar ainda mais a colaboração já existente entre as duas entidades.
Festival do Pão-de-Ló está de regresso a Felgueiras
Entre sexta-feira, dia 31 de Março, e domingo, 2 de Abril, Felgueiras recebe a 13.ª edição do Festival do Pão-de-Ló, este ano num novo espaço - o edifício do Mercado Municipal. O evento reúne mais de 30 expositores, sendo cinco deles internacionais.
“A escolha do edifício do Mercado Municipal para acolher o evento resulta da preocupação em proporcionar melhores condições aos expositores e aos visitantes. O espaço permite dar uma nova roupagem ao certame, inovar e gerar curiosidade”, destaca a autarquia, na sua página oficial.
A programação do evento tem início esta sexta-feira (31), às 21h30, com um concerto no Mosteiro de Santa Maria de Pombeiro. Já nos dias 1 e 2 de Abril, o Mercado Municipal abre portas, pelas 10h00.
“Ao longo destes dois dias o público terá a oportunidade de vivenciar diversas actividades: desfile de doçaria tradicional pelas ruas da cidade, Showcooking com a presença da Chef Justa Nobre, concerto da conceituada banda portuguesa GNR, concerto da Banda de Música de Felgueiras, Flower Fest II, 2000’s by Comissão de Festas de São Pedro e ainda uma caça aos ovos para os mais novos”, descreve o Município.
O certame termina no Mosteio de Santa Maria de Pombeiro, onde se inicia, com a actuação do grupo “Cantusd’alma”. Durante o fim-de-semana em que decorre o Festival do Pão-de-Ló todos os visitantes têm descontos nas suas estadias em Felgueiras.
De recordar que o evento teve, pela primeira vez, destaque internacional, em 2019. Na sua 10.ª edição estiveram presentes dezenas de expositores de pão-de-ló de várias regiões do país e doçaria tradicional de 40 países da Europa, África, América e Ásia.