Raul Almeida disponível para ser candidato ao Turismo do Centro
Opresidente social-democrata da Câmara Municipal de Mira, Raul Almeida, anunciou esta quinta-feira que está disponível para ser candidato à liderança da Região de Turismo do Centro (RTC) nas eleições que irão realizar-se durante o Verão.
O actual presidente da entidade regional de Turismo, Pedro Machado, termina em Junho o seu segundo mandato (2013/2018 e 2018/2023) e não se pode recandidatar.
Raul Almeida fez questão de anunciar em primeira mão a sua intenção de se candidatura à presidência da Região de Turismo Centro Portugal aos outros presidentes de Câmara que se reuniram em Conselho Intermunicipal da CIM da Região de Coimbra.
O autarca deu conta que tem uma equipa e um projecto para a Região de Turismo do Centro, com o actual presidente Pedro Machado a encabeçar a lista para a Assembleia-Geral. “Depois de ouvir muitas pessoas da área do turismo, dispus-me a dar seguimento ao bom trabalho que tem sido desenvolvido”, referiu. Raul Almeida diz estar também assegurado o trabalho e os projectos no Município de Mira, o que o faz estar disponível para a Região de Turismo.
O presidente da Câmara de Mira deseja ser o candidato da área do PSD, não se perspectivando que haja uma lista de consenso com os socialistas, como aconteceu há cinco anos aquando da reeleição de Pedro Machado.
Da área do PS, segundo soube o “Campeão”, ainda se perspectivou a candidatura do presidente
da Câmara da Lousã, Luís Antunes, mas este manifestou o desejo de avançar apenas com uma lista única entre as duas principais forças partidárias (PS e PSD) o que não se vislumbra desta vez ser possível. Sendo assim, da área do PS poderá avançar a candidatura de Bruno Paixão à presidência da Região de Turismo do Centro, doutorado com formação na área da comunicação, escritor e que actualmente lidera a Fundação INATEL de Coimbra.
Recorde-se que a Região de Turismo Centro de Portugal não se liomita ao distrito de Coimbra, integrando também os de Aveiro, Leiria, Viseu, Guarda e Castelo Branco, incluindo as regiões do Médio Tejo e do Oeste.
Quem é Raul Ameida
O presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, está no seu terceiro mandato, não se podendo recandidatar em 2005, mas se for agora eleito para a liderança da Região de Turismo terá de cessar funções no Município, o que acontecerá dois anos antes das eleições autárquicas.
Raul José Rei Soares de Almeida nasceu em Moçambique, passou a infância e juventude em Vagos, mas foi em Mira que se realizou a nível pessoal e profissional. Reside na freguesia da Praia de Mira, neste concelho de que é presidente da Câmara Municipal, em representação do PSD, força política que ganhou as eleições autárquicas desde 2013.
Licenciado em Direito (aos 24 anos) pela Universidade Lusíada do Porto, Raul Almeida exerceu advocacia - dedicando-se, já integrado numa sociedade de advogados em Lisboa, ao domínio do Direito Informático - até “abraçar” o desafio de presidir a Câmara Municipal mirense, cargo político que assume ter-lhe dado alguma “visibilidade”.
Aos 28 anos foi mandatário da campanha de Mário Maduro e em 2005, com 33 anos, candidatou-se à Assembleia Municipal de Mira e foi nesse período que começou a interessar-se de modo mais aprofundado pelos assuntos e problemas do Município, o que o levou em 2013 a aceitar o desafio de se candidatar à presidência da autarquia.
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As madrugadas da Queima têm sido mais ou menos assim: por volta das seis horas da matina a parte musical faz a trouxa e carrega as malas do equipamento. A cerveja já esgotou ou está em vias disso e a malta, grande parte dela, já deu o berro: as pálpebras ficam pesadas e a cabeça baloiça entre um ombro e outro, até que uma colega solidária lhe ofereça o seu próprio ombro. E arrancam a caminho de casa uns, a caminho de algures outros. Começam a abandonar a Praça da Canção e a ponte de Santa Clara está entre 30 a 40 minutos de encarreirar jovens da margem esquerda para a Portagem. Aos magotes, pelo passei a montante, enquanto que muitos outros ficam do lado de lá à espera de transporte ou que os estabelecimentos da bucha abram. Muita, muita gente. Ordeira, a demonstrar que a Queima deste ano teve mais
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músculo e não se assustou com o brilhantismo conseguido pelos Coldplay. Que mais viessem. Queima é Queima e os sentimentos que vêm do peito, nascidos e cultivados em Coimbra, do peito não sairão nunca mais. Não sendo ainda hora de balanço, um dado é certo. A Queima das Fitas deste ano mostrou-se muito bem estruturada, não se assustou com a vinda dos Coldplay e não se deixou diminuir. Esta Queima é Coimbra no seu melhor. E esta quinta-feira temos a Ivete Sangalo a mostrar ao que vem (qual chuva, qual carapuça!) e os Antigos Estudantes ainda não disseram o que vêm fazer no próximo sábado. Mas não costumam deixar a sua condição por coisa pouca. E não esquecer que amanhã, sexta, teremos ainda o Kevinho e Mizzy Miles. Mais informação na PÁGINA 6
Vera Costa
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26 de Maio
18:30 - Abertura da Feira
19:15 - Festa da Primavera
A APPACDM de Coimbra é uma instituição com mais de 50 anos de existência que dá voz e vida às pessoas com deficiência intelectual, através de diferentes valências e serviços. Helena Albuquerque está à frente desta Associação há cerca de 20 anos, causa que abraçou por motivos vocacionais e familiares. Mas a sua dedicação vai muito além disso. Em Entrevista à Rádio Regional do Centro e ao Campeão das Províncias, Helena Albuquerque partilha as suas inquietudes, as vitórias e os desafios diários que trava para conseguir uma sociedade mais inclusiva. PÁGINA 7
Milho do Baixo Mondego aflito por água
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VIII ENCONTRO DAS COLETIVIDADES
27 de Maio
09:00 - Abertura da Feira
10:00 - Torneio de futebol “Zé Maria”
28 de Maio
09:30 - Abertura da Feira
10:00 - Chegada dos gaiteiros “Os Katembas”
(CASS e Biblioteca anexa de Souselas)
22:00 - Espetáculo com “Leonor Quinteiro”
23:00 - Espetáculo com “RMusic”
02:00 - Dj DC
(ADS - Campo do Calvário)
12:00 - Chegada dos gaiteiros “Os Ciprigaitas”
17:00 - Jogos Sem Fronteiras (com equipas das Coletividades)
22:00 - Espetáculo com “Ús Sai de Gatas”
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14:00 - Espetáculo com “Onda Musical”
16:00 - Animação com “Grupo de bombos Vai a todas”
18:00 - Espetáculo com “Orquestra Casinu’s”
22:00 - Encerramento da Feira
Recinto de Festas de Souselas
25 DE MAIO 2023
LOJAS DE COIMBRA COM MEMÓRIA 2 25 DE MAIO DE 2023
OURIVESARIA COSTA: TRADIÇÃO E REFERÊNCIA DESDE 1936
UMA HISTÓRIA DE OURO NA BAIXA DA CIDADE
FERNANDA PAÇÓ
Ahistórica Baixa de Coimbra está repleta de estabelecimentos que cresceram junto com a cidade e tornaram-se um ponto de referência, seja pela sua longevidade, seja pela particularidade dos serviços oferecidos. A ilustrar isso mesmo, o “Campeão” contactou alguns desses estabelecimentos mais antigos, para com eles constituir um pouco da história comercial da cidade.
Um desses comércios, em particular, tornou-se uma verdadeira jóia para a região: a Ourivesaria Costa.
Fundada em 1936, a loja vai completar, em Novembro, 87 anos de existência. Ao longo dessas quase nove décadas, esta Ourivesaria ficou conhecida por diversos aspectos, como os anéis de curso, os acessórios em ouro e prata e os relógios.
Como explica o conhecido proprietário, José da Costa, este estabelecimento foi fundado por três senhores, sendo um deles profissional da ourivesaria: Manuel da Costa.
“O senhor Manuel da Costa foi um óptimo profissional e foi com ele que eu aprendi tudo que diz respeito à profissão. Ele era amigo do meu pai, mas não era nosso parente, por isso os nomes iguais foram apenas uma coincidência”, explica.
A trajectória de José da Costa com a Ourivesaria é quase tão antiga quanto a própria loja: começou a trabalhar no estabelecimento em 1943, quando tinha 12 anos. E, no dia 8 de Agosto, vai celebrar 80 anos neste espaço.
“Estas oito décadas foram boas. Comecei como marçano, um miúdo que ia ao correio, ao banco e fazia todas essas coisinhas. Passei do mais insignificante empregado para principal e, depois, do mais insignificante sócio para sócio principal”.
Por conta de todo o trabalho desenvolvido e por todo o percurso deste estabelecimento, a Ourivesaria Costa foi classificada, em 2022, como “Loja com História”, pela Câmara Municipal de Coimbra.
Nesse âmbito, o “Campeão” conversou com José da Costa para saber um pouco mais sobre a Ourivesaria mais antiga de Coimbra.
A Ourivesaria e a Universidade
Quando falamos sobre Coimbra não podemos deixar de mencionar a vida académica, um traço tão marcante e tão característico da cidade. Muitos espaços
dicina tem um desenho, Letras tem outro, etc) e, por fim, temos a pedra”.
Os anéis de doutoramento
Como explica José da Costa, o anel de doutoramento é diferente do de curso: não tem desenhos, leva apenas uma pedra com a cor da área de formação (a mesma dos anéis de curso) e é mais grosso.
“Essa peça chama-se anel de doutoramento; tem o mesmo ouro e a mesma pedra, mas não é gravado com desenhos”. Esta jóia, como conta o proprietário da Ourivesaria, tem ainda menos saída que o anel de curso. Antigamente ainda eram mais raros, porque poucas pessoas se doutoravam.
relacionam-se, de forma directa ou indirecta, aos estudantes. Com a Ourivesaria Costa não poderia ser diferente: uma das principais peças da loja são os anéis de curso.
A tradição de utilizar esses anéis depois de finalizar a licenciatura é conhecida não apenas em Coimbra, como em Portugal no geral, embora actualmente não se siga tão à risca esse costume.
“Na Ourivesaria, dedicamo-nos e continuamos a fazer os anéis de curso. No entanto, há uma menor procura nos dias de hoje, porque actualmente as pessoas já não pensam tanto nisso”, conta José da Costa. Entretanto, explica que ainda vende este tipo de artigo, sob encomenda, porque muitos familiares continuam a querer presentear os filhos, ou os netos, por exemplo, com os anéis.
Como manda a tradição, “o anel define o curso e o lugar onde foi feita a graduação”, explica José da Costa. Assim, a peça deve conter um desenho que represente a Universidade onde foi conncluído o curso (Coimbra é representada pela Torre) e, do outro lado, marcas que representem a licenciatura (Direito, por exemplo, é caracterizado com uma espada e uma balança). Depois, na parte de cima, é colocada uma pedra e, mais uma vez, a cor depende de qual foi a área da Licenciatura (azul escuro é para Letras, vermelho para Direito, amarelo para Medicina, e assim por diante).
“Os detalhes evidenciam a formação académica, se aconteceu no Porto, em Lisboa, Braga, ou Faro, entre outros locais. Em Coimbra, por
utiliza-se a
Em relação aos anéis de mestrado, José da Costa revela que “nunca apareceu ninguém a dizer que gostaria de um desse tipo, ou pedem para a licenciatura, ou para o doutoramento”.
Uma variedade de produtos Como conta José da Costa, “em Coimbra não se fabrica ourivesaria”. Esta arte é apoiada por terras específicas, como Lisboa e Porto, duas cidades “indiscutivelmente” fortes nessa área.
No entanto, “hoje em dia há outras terras que fabricam, também, muito material”.
Há, por exemplo, Gondomar, situado próximo do Porto, que é uma importante produtora de objectos de prata e de ouro. “Existem algumas outras regiões, mas estas três são as principais [Lisboa, Porto e Gondomar]”.
No entanto, há mais um local que merece destaque: o Minho. Esta região do Norte de Portugal é a responsável pela confecção de muitas peças tradicionais do país, como os corações minhotos e a filigrana (um trabalho feito com fios muito finos, normalmente de ouro ou de prata).
Assim sendo, a Ourivesaria Costa não produz as peças que estão à venda na sua loja, mas tem à disposição dos clientes uma grande variedade de objectos, como brincos, colares, pingentes, talheres (colheres, garfos, facas), bandejas, relógios (embora não seja o forte da casa) e muitos outros artigos.
Os que desejam (re)visitar este importante estabelecimento comercial podem fazê-lo, na conhecida rua Ferreira Borges, n.º 153, de segunda a sexta-feira, entre as 9h30 e as 13h00, e depois das 15h00 às 19h00. No sábado, o estabelecimento funciona apenas durante a manhã (9h30 às 13h00).
Governo deixa de nomear vice-presidentes para CCDR’s a partir de Outubro de 2025, passando estes a serem eleitos por elementos que estejam no Conselho Regional, em representação de associações económicas, ambientalistas ou culturais, das universidades e politécnicos.
25 DE MAIO DE 2023
NUM SÓ DIA ENTRARAM NA CIDADE 90 MIL VEÍCULOS COIMBRA
CONSEGUIU LIBERTAR 50 MIL PESSOAS EM DUAS HORAS
LUÍS SANTOS
Os quatro concertos dos Coldplay, que no total tiveram mais de 200 mil espectadores, vieram provar que a circulação de pessoas e viaturas em Coimbra faz-se sem elevados constrangimentos quando há organização.
Os dados provisórios apurados dão conta de que foi possível registar entre as 13h00 e as 19h00 da passada quarta-feira (primeiro dia do concerto dos Coldplay) a entrada de mais de 90.000 veículos em Coimbra, sem qualquer bloqueio ou constrangimento.
Para que a cidade não “entupisse” contribuiu a disponibilidade de 18 parques de estacionamento, a que foi possível afectar, em cada dia, entre 33 a 50 veículos para ligação ao Estádio (ida e volta), com frequências próximas dos 15 minutos, com quatro circuitos especiais dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC).
Nestes dados transmitidos pela vereadora Ana Bastos, na reunião do Executivo camarário, na passada segunda-feira. Destaca-se que foi possível evacuar as mais de 50.000 pessoas do Estádio e repor a normalidade na circulação urbana em cerca de 2h00 (na quinta-feira em 1h45min, pior dia domingo, 2h15).
“Para este resultado contribuiu significativamente o desempe-
nho do nó da Casa do Sal, onde a introdução, a título piloto, de fluxo continuo na subida da Casa do Sal para o Açude-Ponte garantiu um aumento substancial de capacidade”, explica a vereadora, adiantando que esta solução, já anteriormente proposta pela Câmara às Infraestruturas de Portugal, “será agora objecto de monitorização para eventual concretização futura”.
O exercício diário foi desafiante, com os maiores constrangimentos a aconteceram no final dos espectáculos, com a saída em massa de dezenas de milhares de pessoas do Estádio. “Podemos afirmar que, com esta acção conjunta, foi possível garantir que todos aqueles que se fizeram transportar pela CP conseguissem, através do circuito 1 (linha vermelha), chegar a tempo à Estação B para apanharem os comboios”, refere Ana Bastos.
A vereadora assegura que esse circuito, assumido como prioritário na resposta, transportou em média 1.400 pessoas/dia num total de 275 viagens de ida e 155 de regresso, destacando, igualmente, que “o êxito da operação também se deveu ao sistema de CCTV, instalado na PSP, e que foi alargado através da colocação de mais oito câmaras de vídeo em locais estratégicos da rede viária, que permitiu que a gestão do trânsito fosse assegurada em tempo real”.
Ana Bastos recordou, ainda,
que a operação foi mais desafiante devido aos constrangimentos provocados pelas obras da Metro Mondego e pelo facto de a Queima das Fitas estar a decorrer em simultâneo, o que levou a fortes condicionamentos no Largo da Portagem e na Av. Inês de Castro, com milhares de jovens a circular no espaço público.
Trotinetes bateram recorde
Com a maioria a pé, ou de autocarro, para chegar ou sair do Estádio Cidade de Coimbra, destacou-se também outro meio de locomoção: a trotinete. As empresas destes veículos de duas rodas reforçaram a oferta,
com a disponibilização de 1.600 trotinetes (1.304 da Bolt e 297 da Link).
Naqueles quatro dias foram efectuadas 14 283 viagens e percorridos 24.838 quilómetros, o que equivale à poupança de 4 toneladas de CO2, caso a distância tivesse sido percorrido por um carro a gasolina. e dariam para fazer o percurso de ida-e-volta Coimbra-Berlim cinco vezes (!).
Nestes dias, a utilização das trotinetas da Bolt bateu todos os recordes e colocou Coimbra no top 3 de viagens em cidades dos países do sul da Europa (40 cidades em 8 países) e introduziu 1.598 novos utilizadores à micromobilidade.
Recolhidas 32 toneladas de resíduos
O ambiente e a sustentabilidade foram, também, dois conceitos que estiveram em destaque nos concertos dos Coldplay, de acordo com a filosofia da tour “Music of the Spheres”. A Câmara Municipal de Coimbra empenhou-se, de forma singular, no reforço da componente ambiental ao longo de toda a preparação do evento e durante os dias dos concertos. A estratégia utilizada pelo Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da autarquia de Coimbra permitiu classificar os concertos como ecoevento.
No que diz respeito à produção de resíduos, as equipas do serviço de limpeza urbana e gestão de resíduos da Câmara Municipal recolheram cerca de 11 toneladas de embalagens, 4 toneladas de papel e cartão e 17,4 toneladas de resíduos indiferenciados. Estes são ainda resultados provisórios, mas, de acordo com o levantamento, cerca de 45% dos resíduos produzidos poderão vir a ser valorizados.
Estes números decorrem principalmente das actividades de recolha no exterior do Estádio Cidade de Coimbra, que teve a participação dos trabalhadores do Departamento do Ambiente e Sustentabilidade e de um grupo de 12 voluntários formado no âmbito da classificação como ecoevento, como sublinhou o vereador Carlos Matias Lopes na reunião camarária.
AQUELA ESTAÇÃO RODOVIÁRIA IMPROVISADA DEBAIXO DO IC2 É PARA FICAR?
Está a improvisar-se, ali num dos espaços que ficam debaixo da passagem superior do IC2, entre a Fernão de Magalhães e a linha do comboio, uma estação rodoviária que carece de uma solução diferente, a nosso ver.
As empresas privadas de transportes rodoviários de passageiros, de que se destaca a maior do mundo, a Flixbus (empresa alemã proprietária de uma das gigantes ferroviárias europeias, a DB/Alemanha, além de detentora de camionagem por toda a Europa e, também, nos USA, Canadá e Brasil) que tem uma enorme frota alugada ao Grupo de Autocarros “Feirense” e “MonduBus”, têm várias carreiras a passar em Coimbra.
Problema: a Rodoviária, que é “dona” do terminal na Av. Fernão de Magalhães, a antiga “estação de
autocarros”, alega que não tem espaço para albergar os expressos da Flixbus de outras operadoras…
Assim, mais de duas dezenas (ou mais de três) de autocarros, da Flixbus e de outras companhias, são obrigados a fazer a sua paragem, em Coimbra, debaixo do viaduto, na zona da Casa do Sal. Nota-se, pela dimensão do número de pessoas, um elevado movimento de passageiros nessa zona. Todos os dias, das 6h30 às 23h30, aglomeram-se nesse local, sem abrigo e sem condições, centenas de passageiros.
Não haverá em Coimbra muitos outros locais que se possam destinar àqueles autocarros, cujos serviços são mais baratos, cómodos e de indiscutível utilidade. Mantê-los é um imperativo. Mas, que raio, não haverá mesmo nenhum outro local mais indicado para o efeito? Que permita maior
comodidade aos passageiros que, mesmo de Inverno e ao frio, ali permanecem por vezes horas seguidas? Não existindo por ali nenhuma casa de banho utilizável, já pensaram no que aquele espaço se transformará muito em breve, por cuidadosos que os passageiros em espera possam ser? Com certeza que as autoridades municipais já se debruçaram sobre o assunto e poderão não ter encontrado alternativa. Mas terá de haver. Aquela solução não serve, tenha embora a vantagem de ser um local coberto, uma vez que fica debaixo do tabuleiro do IC2. Para quando chove é melhor que ficar ao descoberto. Mas, se outro espaço não houver, talvez seja de pensar em dotar o actual com alguma comodidade e assegurar condições de higiene.
25 DE MAIO 2023
FIGURAS 4 25 DE MAIO DE 2023
Figura da Semana
JOSÉ MOURINHO – O que aqui se quer relevar não é tanto, ou apenas, o treinador português que tão bem sucedido tem sido no espaço europeu onde o futebol arrebata multidões, movimenta fortunas colossais e, por isso mesmo, mais desenvolvido está. Mourinho tem conseguido isso tudo como o demonstram as seis finais já conquistadas entre as mais importantes provas disputadas nos países/rei do futebol europeu: Espanha, Inglaterra e Itália. Neste treinador, que se destacou ainda muito jovem, reside mais que um técnico, um artista na arte de conseguir bons resultados, mesmo quando disputa os jogos com equipas aparente e formalmente melhor servidas em termos de atletas. Mourinho reúne em si essas qualidades mas acrescenta-lhes uma valia rara enquanto homem que lhe permite estabelecer com os seus jogadores um relacionamento que potencia o atleta, lhe faz acreditar valer mais do que pensa, lhe transmite confiança e faz acreditar tudo ser possível. Mais ainda do que isso, como agora foi reconhecido em Itália onde o Roma anda a patinar há muito tempo: José Mourinho fez da equipa um bloco onde cada qual sabe o que deve fazer, sabendo também o que ao colega do lado também compete, criando no colectivo uma individualidade e uma identidade que resuluam na maior parte das vezes em bloco, como de um motor muito bem afinado se tratasse. Nenhum outro treinador português conseguiu estes feitos no estrangeiro. Nenhum outro treinador português, pese embora os muitos e bons que labutam nos quatro cantos do mundo, faz e fez sentir às gentes do seu país um orgulho tão assumido como consegue Mourinho, um treinador que estuda o seu trabalho com rara perspicácia, como porventura apenas Pedroto terá conseguido nas circunstâncias do seu tempo.
LÈLITA SANTOS - A professora da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC) e directora do Serviço de Medicina Interna do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) foi eleita “Honorary Fellow” do American College of Physician. A distinção foi entregue em San Diego, Estados
Unidos. Especialista em Medicina Interna, de cujos Serviços nos HUC é Directora, Lèlita Santos é também coordenadora do Curso de Especialização em Nutrição Clínica. Todas estas distinções não acontecem por acaso. Muito longe disso. Reconhecida pelos profissionais de saúde e pelos seus alunos como senhora de uma formação e perspicácia médicas invulgares, Lèlita Santos acrescenta a essa condição uma também invulgar forma de lidar com os doentes que em pouco tempo passa a ser olhada como se à família pertencesse. Humilde, discreta, de uma superior elegância no relacionamento com os demais, a Professora Lélita transmite confiança, saber e tranquilidade a quem aos seus serviços recorre. A quem com ela algum dia lidou, fica para sempre um inapagável sentimento de reconhecimento e gratidão.
PAULO JACOB - “Hey, Coldplay, nós somos a 5.ª Punkada e achamos que nos devíamos conhecer”, foi desta maneira que a banda punk rock, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra (APCC), um projecto coordenado por Paulo Jacob, se destacou, nas redes sociais e conseguiu chegar, no domingo passado (21), ao palco do Estádio Cidade de Coimbra para realizar o sonho de actuar ao lado da banda de Chris Martin. Sonho que o foi para este grupo de jovens e menos jovens, como o seria também para quaisquer outros que tivessem idênticas limitações, físicas ou mais graves ainda. Fundado em 1993, o quinteto já percorreu vários palcos de Norte a Sul de Portugal e também já viajou para vários países como a Inglaterra, Alemanha, Bélgica, França, Grécia, Espanha, Itália e Finlândia, num total de mais de 300 concertos. O musicoterapeuta Paulo Jacob, de 45 anos, faz parte da banda desde 2001 e até então tinha feito um pouco de tudo. Formado em música, mas sem ambição de dar aulas, chegou a ter a sua banda, a trabalhar na Rádio Universidade de Coimbra e acabou a fazer um pouco de tudo. Até foi carteiro. Mas já diz o ditado “quando o homem sonha, a obra nasce” e Jacob fez acontecer uma grande obra. Com o apelo lançado nas redes sociais, a mensagem chegou aos Coldplay e o resultado não podia ter corrido melhor.
“Foram extremamente simpá-
ticos, acolhedores e calorosos, cinco estrelas, desde o momento que chegámos até agora. Não há palavras para descrever”, notou o coordenador sobre a postura da banda britânica. Os 5.ª Punkada contam com três álbuns de originais: “Live in Germany”, “5.ª Punkada” e “Somos Punks ou Não?” e levaram ao palco para mais de 50 mil pessoas a música “Metade de mim” que vibraram e cantaram todos juntos. O 5ª Punkada são bem o exemplo de um trabalho digno e de largo alcance social que em primeira linha a Paulo Jacob, ele próprio um sonhador que também faz parte da banda.
CLARA ALMEIDA SANTOS
CÔNSUL HONORÁRIA DE CABO VERDE – O cargo de Cônsul Honorária da República de Cabo Verde em Coimbra vai ser exercido por Clara Almeida Santos. Segundo o Embaixador da República de Cabo Verde em Portugal, Eurico Correia Monteiro, a cerimónia de entrega da Carta Patente da acreditação como Cônsul Honorária decorrerá amanhã (sexta-feira), pelas 17h00, no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova. Clara Almeida Santos vai assim ocupar um cargo que durante vários anos foi desempenhado por seu pai, o Professor da Faculdade de Medicina Agostinho Almeida Santos (que faleceu em 2018). Clara Almeida Santos (nascida em1977) é Professora auxiliar no Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. É doutorada em Ciências da Comunicação, mestre em Comunicação e Jornalismo e licenciada em Jornalismo pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Exerceu funções como vice-Reitora, com os pelouros da Cultura, Comunicação, Património e Antigos Estudantes na Universidade de Coimbra, entre 2011 e 2018. Fundou a UCV - Televisão web da Universidade de Coimbra - em Novembro de 2010 e foi editora e directora adjunta da revista Rua Larga. Trabalhou como jornalista no Canal de Notícias de Lisboa e na SIC, onde exerceu funções fundamentalmente na SIC Online. Tendo participado em diversos projetos europeus relacionados com o diálogo intercultural e com os media, foi consultora do Conselho da Europa no âmbito da campanha “Speak Out Against Discrimination”.
Foram de elevado nível artístico os concertos que os Coldplay deram em Coimbra na semana passada, geradores de invulgar envolvimento com mais de 50 mil pessoas que em cada noite se focalizaram no que consideraram ser o grande espectáculo das suas vidas. Esta aproximação com o público, este envolvimento humano e afectivo, só os grandes artistas conseguem e longe de serem todos. Mas Chris Martin, o vocalista/líder da Banda é, para além de um grande artista, um senhor de rara sensibilidade que sabe avaliar e bem julgar cada gesto do público que, uma vez agarrado, não solta mais até que as vozes se calem. Para além do músico de invulgar capacidade artística, Chris é também - e comprovou-o em Coimbra - um profissional de rara dimensão que conhece na perfeição o caminho mais curto e mais directo entre a voz que emite e o coração que ouve e entende. Chris não se limita a cantar. Acrecenta mensagem à sua voz e fá-lo de tal forma que quem ouve e se sente tocado pela mensagem recebida. Isto, esta simbiose, esta identificação, só os melhores conseguem e é por aqui algures que os bons deixam de o ser para ascenderem ao patamar dos verdadeiramente excepcionais. Aqueles simples gestos de arriscar cantar a canção de Coimbra, com a sonoridade que só a ela pertence, arriscar fazer isto perante aquela mole imensa de pessoas extasiadas, esses gestos, longe de serem saltos no escuro, são das mais lindas forma de dizer obrigado e requerem muito profissionalismo. E todos nós, na condição de visitados, apreciamos estas pequenas coisas de que a sensibilidade de cada um se alimenta.
ANA JOÃO FOLGADO, DIOGO CANELAS E JOÃO TOMÁS –Os atletas sub-15 da Académica foram convocados para o Torneio OIST (Observação, Identificação e Selecção de Talentos) de Hóquei em Patins, que vai ter lugar no Pavilhão do Hóquei Clube de Turquel, Alcobaça, nos dias 29 a 30 de Maio.
RODRIGO ROQUE – O aluno da Escola Secundária D. Duarte, em Coimbra, venceu o 16.º concurso “Chinese Bridge” para estudantes do Ensino Secundário de Língua Chinesa a nível mundial, fase de pré-selecção em Portugal. O jovem fez um discurso sobre a sua experiência de aprendizagem de mandarim, respondeu a várias questões de cultura chinesa, tocou e interpretou uma canção popular chinesa. Tendo vencido a fase de pré-selecção em Portugal ganhou o direito de representar Portugal na fase final que deverá ocorrer em Agosto, na China, reunindo os vencedores nacionais de cada país, apurados nas pré-eliminatórias organizadas nos respectivos países.
ANDRÉ MADALENO – O figueirense, contador de histórias e autor do “Livro com Fome “, apresentou, ontem (24), às crianças do pré-escolar e 1.º CEB do concelho da Figueira da Foz, a sua
mais recente obra infantil “O livro com frio”. A obra, com chancela da editora Jacarandá, do Grupo Editorial Presença, e ilustração de Patrícia Furtado, é um livro que “precisa urgentemente de se aquecer, mas parece que ninguém sabe como o fazer!”, sublinha o autor.
ANA MONIZ – A professora portuguesa venceu, na passada sexta-feira, o Global Teacher Prize Portugal, um prémio que visa distinguir o desempenho de docentes. Ana Moniz é professora de educação especial no Bombarral e trabalha com alunos do pré-escolar ao 12.º ano, em particular com jovens com autismo que frequentam o centro de apoio à aprendizagem. De acordo com a organização promotora do Global Teacher Prize Portugal, Mentes Empreendedoras, a docente terá contribuído para a “dinamização de técnicas multissensoriais e para a criação de espaços de aprendizagem activos e diferenciadores”. Exemplo disso é uma quinta pedagógica desenvolvida a pensar nestes jovens e com vista a promover o contacto com a natureza. O prémio Global Teacher Prize Portugal é a versão portuguesa do Global Teacher Prize, uma iniciativa que marca presença em mais de 120 países.
ACTUALIDADE 6 25 DE MAIO DE 2023
IVETE SANGALO SOBE AO PALCO HOJE
COLDPLAY NÃO TRAVOU EUFORIA DA QUEIMA DAS FITAS
Oentusiasmo pelos espectáculos dos Coldplay já lá vai, agora a grande atracção é mesmo a Queima das Fitas que está a decorrer no Parque da Canção, em Coimbra, até sábado.
Embora tenha causado bastante discussão a escolha dos dois eventos, por coincidirem praticamente na mesma semana, a verdade é que os espectáculos foram um sucesso, tanto a nível de espectactivas como de logistica, o que deixou todos os que se deslocaram a Coimbra contentes com a organização que a cidade teve para receber realizações de tamanha envergadura.
“Demonstrámos que somos capazes de responder a grandes desafios e de organizar grandes e complexos eventos coincidentes no tempo. A cidade acolheu, praticamente na mesma altura, a abertura do rali, o arranque da Queima das Fitas e os concertos dos Coldplay”, afirmou José Manuel Silva, na reunião de Executivo de segunda-feira, destacando ainda que esta foi uma “prova superada”.
Apesar de tudo isto, a Comissão Organizadora da Queima das Fitas (COQF’23) mostrou não ter medo da loucura dos Coldplay, arregaçou mangas e, contra todos, foi à luta para proporcionar uma semana inesquecível a milhares de estudantes e provar o prestígio da Queima mais antiga do país.
As portas do recinto abriram no dia 19 com os portugueses Linda Martini e os africanos Calema a chamarem milhares de estudantes
Queima das Fitas de Coimbra optaram por mensagens políticas. O boneco de António Costa (primeiro-ministro) esteve na dianteira de muitos carros alegóricos onde se apresentava ora fosse a tocar uma ou de mão dada com o ministro das Infraestruturas, João Galamba e Christine Ourmières-Widener. Nas laterais da maioria dos carros estiveram presentes mensagens sobre a falta de condições laborais e salariais num futuro próximo, a crise da habitação, ou a perspectiva de
e a levar o Parque ao rubro, mas foi precisamente o segundo dia, no sábado, que se notou maior afluência, tendo sido uma noite verdadeiramente portuguesa e da casa. Os Anaquim e Os Quatro e Meia subiram ao palco Forum Coimbra e mostraram que Coimbra também faz boa música e conquista muitas gerações.
Este ano a COQF’23 surpreendeu toda a cidade com o espectáculo de fogo-de-artifício, não
ESPAÇO COM 12 CAMAS
OServiço de Cardiologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) reiniciou, na sexta-feira, no Hospital dos Covões, a actividade electiva invasiva de ambulatório, com camas de recepção e de recobro.
O momento do reinício da actividade foi assinado com a presença do Director do Serviço de Cardiologia do CHUC, Lino Gonçalves, do Director Clínico e da Enfermeira Directora do CHUC, Nuno Deveza e Áurea Andrade,
anunciado, que foi para o ar à meia-noite do primeiro dia de certame.
Já cortejo da Queima das Fitas, que decorreu na terça-feira, foi também um dos pontos altos desta festa. Com a mudança para um dia da semana isso não evitou atrair milhares de pessoas e familiares até Coimbra para assistir ao percurso feito por carros alegóricos decorados com as respectivas cores e símbolos dos cursos da Universidade de Coimbra e Politécnicos.
Coimbra “levanta o pé”
hoje com Ivete Sangalo
Apesar da ameaça do mau tempo nos últimos dias, nem isso tem abalado o espírito dos mais jovens e as noites no Parque da Canção têm sido um sucesso.
Mas a noite mais aguardada é mesmo a de hoje (quinta-feira) com a presença da Ivete Sangalo. Uma referência da música brasileira, a artista levou a uma procura repentina de bilhetes e espera-se o recinto praticamente lotado para um espectáculo com muita alegria, dança e energia. A lotação máxima do recinto da Queima das Fitas de Coimbra é de 25 mil pessoas e só para o dia 25, data em que actua a cantora brasileira, foram vendidos mais de oito mil bilhetes
AMBULATÓRIO DE CARDIOLOGIA ABRE NO HOSPITAL DOS COVÕES
respectivamente.
O Serviço de Cardiologia reinicia assim, no Hospital dos Covões, a actividade electiva invasiva de ambulatório, “passado que foi o período pandémico de SARS-Cov2 e após obras de requalificação profundas no pólo Hospital Geral do CHUC, que respondem aos standards mais modernos e elevados da medicina cardiovascular internaciona”.
Lino Gonçalves, Director do Serviço de Cardiologia do CHUC, dá conta que “a requalificação des-
Forças de segurança: impecáveis
Nestes últimos dias tão movimentados em Coimbra, que têm decorrido muito bem a ponto de muitos de nós termos ficado surpreendidos com a quase normalidade como tudo decorreu, sobretudo nos dias de actuação dos Coldplay, os de maior movimento, alguém se lembrou de agradecer às forças de segurança, PSP, polícia municipal (PM) e outras, a eficácia do seu trabalho, a forma discreta como actuaram, a superior educação como lidaram com tanta gente, a forma como previamente prepararam o seu trabalho. Até a tranquilidade que quiseram transmitir através das redes sociais, dizendo às pessoas “venham que nós já cá estamos para vos receber com toda a segurança.” Tanta polícia e a cidade quase não deu por ela. A cidade agradeceu com certeza e as instituições não iriam esquecer-se desse gesto. Mas não vá o diabo tecê-las e aqui fica a lembrança. Da nossa parte: muito bem!
pontuais. Ivete Sangalo deve trazer até Coimbra alguns dos seus êxitos mais tocantes, como “Eva”, “Arerê”, “Sorte Grande”, “Quando a chuva passar”, entre outros. Amanhã (26) sobem ao palco o também brasileiro Kevinho e ainda Mizzy Miles.
te pólo foi feita com base numa estratégia de complementaridade com os HUC-CHUC, pólo onde preferencialmente serão admitidos os doentes agudos e complexos, dada a sua proximidade com o Serviço de Cirurgia Cardiotorácia”.
Para o Hospital dos Covões serão encaminhados “os doentes de ambulatório, que necessitem de realizar técnicas diferenciadas e inovadoras, de baixo risco, nas áreas da cardiologia de intervenção estrutural e da arritmologia”, explicou Lino Gonçalves.
O Director do Serviço de Cardiologia deu ainda nota de que “o Serviço passa a dispor no pólo HG-CHUC de sete camas de recobro para uso após os procedimentos invasivos, cinco camas de recepção antes dos procedimentos e, ainda, de duas salas totalmente renovadas, uma para ecocardiografia avançada (transesofágico, ecocardiografia de sobrecarga, speckle tracking, strain e 3D) e uma segunda sala para recobro após estes procedimentos de imagem diferencia-
da, o que significa que todos os doentes estarão continuamente monitorizados durante a sua permanência no Serviço”.
“Estas obras de requalificação, para além de permitirem a redução da lista de espera para a realização de procedimentos invasivos e diferenciados de cardiologia no CHUC, vão contribuir para melhorar a qualidade do atendimento e a segurança dos doentes e dos profissionais de saúde”, refere o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.
HELENA ALBUQUERQUE E A APPACDM
UMA JORNADA DE AMOR E DEDICAÇÃO
LUÍS SANTOS/JOANA ALVIM
Helena Albuquerque é presidente da APPACDM (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Coimbra há mais de 20 anos. A professora de Matemática, na Universidade de Coimbra, abraçou esta causa por ter um filho com síndrome de Down e, como mãe, deseja um mundo justo e verdadeiramente inclusivo. Após todos esses anos à frente da instituição, a sua luta não é apenas pelo próprio filho, mas também por todos os outros. Tem dedicado a vida à luta pelos direitos humanos e por uma sociedade mais tolerante.
Campeão das Províncias [CP]: Como surgiu a APPACDM de Coimbra?
Helena Albuquerque [HA]: A APPACDM de Coimbra é uma instituição que tem mais de 50 anos e estamos a caminho do 55.º aniversário, em 2024.
A APPACDM de Coimbra abrange neste momento 4 concelhos: Arganil, Montemor-o-Velho, Cantanhede e Coimbra. O movimento parental de apoio à deficiência entrou em Portugal em 1962 com a criação da APPACDM de Lisboa que logo se ramificou pouco a pouco por todos os concelhos do país. A certa altura, havia tantas “APPACDM´s” espalhadas pelo país, que Lisboa deu autonomia às suas várias delegações. É importante destacar que na região de Coimbra há outras APPACDM completamente autónomas, nomeadamente Condeixa, Soure, Poiares e Penacova.
[CP]: Em que consistia esse movimento parental?
[HA]: Esse movimento apareceu em meados do séc XX por reação às principais correntes que existiam desde o início do século, que defendiam a institucionalização das pessoas com deficiência a qualquer custo. Estas eram institucionalizadas em grandes edifícios, sem as mínimas condições de acolhimento e de dignidade. Eram simplesmente abandonadas aí pelos seus
familiares, muitas vezes desde o seu nascimento. Isso agravou-se ao longo da primeira metade do século XX, em que surgiram algumas correntes extremistas, nomeadamente, o que aconteceu com o nazismo e com Hitler, onde todas as pessoas com deficiência eram simplesmente mortas, porque, mais uma vez, não prestavam, tinham que ser afastadas da sociedade, eram seres imperfeitos. O movimento parental surge com uma postura activa dos pais relativamente à vida dos filhos. Os pais tomaram conta da vida dos filhos. Reuniam-se com este propósito: exigir para os seus filhos os mesmos direitos dos outros.
É de notar que as pessoas com deficiência ao longo da história, foram sempre “demonizadas”, como costumo dizer, ou “santificadas” e ainda hoje notamos essa dupla perspectiva. Sempre foram consideradas ou como pessoas que não prestavam e que deviam ser banidas ou por outro lado enviados do céu, seres puros e sem pecados. Claro que qualquer das perspectivas está errada e não leva decididamente à dignificação e valorizaçao da pessoa com deficiência.
[CP]: Qual é a vossa missão?
[HA]: É dar voz às pessoas com deficiência intelectual e seus familiares. Resumidamente, a nossa missão é empoderar as pessoas com deficiência intelectual, incluí-las cada vez mais socialmente, dignificá-las e valorizá-las. As nossas respostas devem ser predominantemente respostas de inclusão, ou seja, nós, enquanto instituição, devemos ser um meio de inclusão e não de exclusão. A inclusão tem uma perspectiva muito mais abrangente, ou seja, a própria comunidade deve-se transformar para acolher dignamente a pessoa com deficiência de modo a que esta nunca sinta as suas incapacidades.
[CP]: Que respostas têm para concretizar essa missão?
[HA]: Nós temos várias valências. A Equipa de Intervenção Precoce é cons-
tituída por profissionais de saúde, segurança social e educação, que sinalizam e criam conjuntamente planos individuais de desenvolvimento para cada criança com algum tipo de problema. Trabalhamos em escolas, creches e famílias, com crianças desde os três meses de idade. É muito importante a nossa acção precoce, porque está provado que, quanto mais cedo agirmos depois de detectado o problema, menor será o grau de deficiência que esse adulto atingirá. Temos também a Creche e Jardim-de-Infância Dandélio que oferece uma resposta integrada nos serviços normais de atendimento.
Após os 6 anos, começa a escolaridade obrigatória. Defendemos a educação inclusiva, mas as escolas precisam ter condições para receber as crianças com deficiência, o que nem sempre acontece. Temos uma equipa de Recursos para a Inclusão que trabalha nas escolas com alunos com problemas de desenvolvimento, dinamizando, consciencializando, e sensibilizando as nossas comunidades educativas para uma verdadeira inclusão.
Após os 18 anos temos dois caminhos possíveis. Centros de Actividades e Capacitação para a Inclusão, que oferecem resposta para a deficiência moderada e profunda e aí se realizam actividades de reabilitação, desenvolvimento cognitivo e actividades socialmente úteis dentro e fora da instituição.
Para aqueles com deficiência mais ligeira, encaminhamos para Centros
alguns anos e tem sido um sucesso, mas também o Centro de Medicina Física e Reabilitação de São Silvestre, que fornece serviços nesta área aos utentes do Serviço Nacional de Saúde e ainda uma empresa de jardinagem que cuida dos espaços verdes da Universidade de Coimbra, da Câmara Municipal e outras instituições.
de Formação Profissional, onde recebem as ferramentas necessárias para exercer futuramente a sua profissão numa integração plena no mercado de trabalho.
[CP]: Mas para além dessas valências externas também têm lares residenciais. São para que situações?
[HA]: Neste momento, as pessoas com deficiência têm uma esperança de vida muito maior, o que é uma boa notícia, mas não deixam na sua maioria de envelhecer precocemente. Por isso, a maioria delas chega a um estado de envelhecimento quase em simultâneo com os pais.
Para lidar com essa realidade, temos três Lares Residenciais e uma Residência Autónoma, onde as pessoas com deficiência vivem connosco. Além disso dispomos também de Serviço de Apoio Domiciliário e Serviço Temporário de Apoio a Famílias, que fornecem apoios temporários.
[CP]: Como é que se consegue manter uma casa destas?
[HA]: A primeira coisa que se precisa é ter um grande amor pela causa. Esta casa é especial e é uma causa pela qual lutamos, porque é fácil lutar por eles. As pessoas que passam por esta Casa nunca mais a deixam. Claro que houve certas opções da Direcção que mantiveram a casa com energia, vivacidade e frescura. Uma das opções que tomámos foi desenvolver o sector empresarial, especificamente os serviços. Posso referir a Casa de Chá no Jardim da Sereia, um projecto que começou há
Foi uma escolha da Direcção para dar oportunidade de empregar as pessoas que acompanhamos e também uma forma de gerar receitas. Isso é fundamental para uma instituição como esta, porque o que o Estado nos fornece não é suficiente para dispensarmos o apoio de excelência.
[CP]: Para além disso têm outros projectos?
[HA]: Actualmente, estamos a trabalhar num projecto relacionado com os direitos das pessoas com deficiência e estamos a desenvolvê-lo com eles. Isso faz toda a diferença. Acreditamos que são eles que se devem expressar, que devem escolher os apoios que desejam, que devem fazer escolhas nas suas vidas. Também temos investido muito em infra-estruturas para atender às necessidades que surgem. É uma gestão complicada, mas temos conseguido um equilíbrio. Temos um orçamento anual de 6 milhões de euros, mais de 250 funcionários e apoiamos mais de 1200 pessoas.
[CP]: Os pais como reagem a esta realidade dos filhos?
[HA]: Ter um filho com deficiência não é fácil! E é uma realidade que nos marca durante toda a nossa vida. A forma como vivemos essa experiência depende de cada um. Primeiro, depende
muito se é algo congénito ou se surge durante a vida - isso faz toda a diferença. Ter um filho com deficiência não é o mesmo que ter um filho considerado normal. É uma vida inteira com perguntas, algumas das quais nunca teremos respostas. Não são apenas os condicionamentos, é a própria perspectiva com que os pais encaram o futuro. E depois, cada um vive a realidade à sua maneira: uns vão fazendo muitos pequenos lutos, outros fazem poucos grandes lutos. Há mães que começam a viver para aquele filho. E essas só acabam o luto quando o filho falece. E aí, de facto, é muito penoso, porque quando o filho morre, elas não têm mais nada. Depende também das várias fases da vida dos pais: pais jovens de filhos criança, investem, lutam porque cada muro que transpõem é uma vitória, aumentando a perspectiva da normalidade.
Os pais idosos de pessoas adultas com deficiência já se conformaram e habituaram à ideia de que a normalidade lhes está distante.
[CP]: Entretanto realizaram a vossa gala, no Teatro Académico Gil Vicente, que foi dedicada ao ambiente.
[HA]: Normalmente, fazemos esta gala todos os anos e, este ano teve mais sentido, visto estarmos a comemorar a concretização de um projecto que temos há mais de uma década: a construção da Casa dos Afectos. É um lar residencial para pessoas com deficiência em Arganil. Vamos iniciar a construção da Casa dos Afectos em breve, pois obtivemos financiamento. Fomos contemplados pelo programa PARES. Será um esforço muito grande, uma vez que os preços aumentaram e a obra, que estava orçada em 800.000 euros, agora está em 1.100.000 euros. A Casa dos Afectos tem sido muito acarinhada por todos, não só como um projecto nosso, mas como um objectivo a alcançar por toda a população de Arganil, incluindo a Câmara Municipal, outras instituições e as Juntas de Freguesia.
“É uma vida inteira com perguntas, algumas das quais nunca teremos respostas”Helena Albuquerque: “temos um orçamento anual de 6 milhões de euros, mais de 250 funcionários e apoiamos mais de 1200 pessoas”
ESPECIAL MILHO 8 25 DE MAIO DE 2023
BAIXO MONDEGO O MILHO DOS CAMPOS ESTÁ CHEIO DE SEDE
REPORTAGEM DE CRISTIANA DIAS
Omilho é, nesta época do ano, a cultura rainha nos campos do Baixo Mondego, dando um toque de verde a uma imensidão de espaço a perder de vista. Nascido há poucas semanas ainda, um mês ou pouco mais, a força de crescimento da planta nota-se de dia para dia e esta fase do ano é a mais esperada pela grande parte dos produtores, para quem a produção do milho constitui a base principal do seu trabalho agrícola e também o produto que alimenta as expectativas de devolver alguma rentabilidade ao forte investimento que este sector exige, ano após ano. Investimento em sementes de qualidade que, a par das excelentes condições do Baixo Mondego, confirmam ser esta uma das principais zonas agrícolas do país para a produção do milho, na sua grande parte destinado ao fabrico de rações para animais. Investimento também – e aqui de muitos milhares de euros, embora não repetido todos os anos – em maquinaria multifuncional que é caríssima, ainda que também de longa durabilidade, pelo que não se compram todos os anos. Investimento em mão de obra também, recorrendo hoje a alguns produtores de mão de obra estrangeira, porque a nacional escasseia.
No Baixo Mondego o perfil do produtor mudou muito nos últimos anos, sobretudo a partir das alterações introduzidas nos campos a partir dos anos 60 do século passado que deram origem à implantação do sistema de rega controlado que hoje vigora e permitiram também o sistema de emparcelamento que alterou por completo o modelo de trabalho e se reflectiu muito positivamente na rentabilidade dos campos.
Até meados do século passado, o vale do Mondego, a jusante de Coimbra, era uma imensidão de espaço à mercê do bom ou mau “feitio” das águas do rio Mondego, umas vezes de águas simpáticas, controláveis e bem-vindas, enquanto que noutros anos descia descontrolado Penacova abaixo, raivoso, indiferente aos estragos que ia provocando pelo caminho, incluindo a destruição completa das sementeiras feitas no Vale, onde então predominava o arroz.
“Campeão” já chamou aos quilómetros de ninhos de cegonha nos postes de energia que existem no Baixo Mondego “Urbanização de Cegonhas”. Eis aqui a mais recente foto, que tem dois dias. No solo o milho em crescimento constitui um quadro natural belíssimo, com um verde que só a natureza sabe pintar
São escassas as culturas alternativas
cultiva intensamente lá mais para baixo, nos terrenos de Montemor. Neste momento a sementeira do milho já está praticamente concluída à excepção de meia dúzia de hectares mais tardios. Os campos estão bonitos e carregados de um verde atraente mas os produtores (mais de 350 na área da Cooperativa Agrícola de Coimbra, que são os terrenos mais encostados a montante, logo após Coimbra e até à zona de Montemor-o-Velho) estão a ficar seriamente preocupados porque o ano vai muito seco. Não é que falte água no vale do Mondego, porque essa não falta nem costuma faltar. Só que o sistema de rega instalado nos campos só pode funcionar a partir de certa altura, quando as plantas já têm um crescimento que permita a abertura dos regos através dos quais a água abastece as áreas semeadas. A rega do milho não é feita na sua maior parte por aspersão (com jactos de água lançados por aspersores que vão rodando), diferentemente do que acontece, por exemplo, com as hortícolas. Neste momento o milho já está a precisar de ser regado porque não tem chovido nada de jeito e o calor tem sido intenso. Não podendo ser regado por aspersão nem pelos sulcos cavados entre as leiras de milho, a planta dá sinais de que precisa de ajuda e, se chuva não vier por estes dias, vai ter de aguentar até final deste mês/princípios de Junho quando atinge já uma altura adequada a esse efeito.
A quase totalidade deste milho destina-se à composição de rações para animais
O milho aqui semeado destina-se essencialmente à preparação de rações e apenas uma pequeníssima parte se destina à panificação. Exceptuando a falta de água que os produtores aguardam com ansiedade, o ano está com razoáveis perspectivas.
Falta
de água
começa a preocupar produtores
Hoje o milho ocupa cerca de 80% da área semeável do Baixo Mondego nos terrenos mais chegados a Coimbra, enquanto que o arroz se
A par do milho que ocupa, de longe, a maior parte dos campos da área da Cooperativa de Coimbra, outras culturas ali são produzidas embora em pequena escala. Batatas (recorde-se que em Tentúgal há uma fábrica de batata frita) será uma das mais significativas a seguir ao milho, mas hortícolas diversas também, ervilha de grão e outras mais. Mais lá para baixo, na zona dos produtores
ligados à Cooperativa de Montemor-o-Velho, já é o arroz a cultura âncora que se espalha também pelo concelho de Soure e toda aquela zona que o rio Pranto alimenta de água, essencial para que a planta cresça e produza. Por ali se dá muito bem o arroz carolino que, como se sabe, é a espécie de arroz mais conceituada e mais apreciada pela restauração.
O campo e respectivas culturas vivem sempre com o credo na boca por dois motivos que lhes andam associados: a seca e as cheias. Basta uma delas para deitar o ano a perder mas no vale Mondego não raras vezes as duas se casam no mesmo ano e quando assim acontece resta começar de novo no ano seguinte, até porque as entidades governamentais raramente se disponibilizam para ajudar os produtores agrícolas, sobretudo quando lhes sai na rifa uma ministra da Agricultura como a actual, pouco conhecedora do sector e sem sensibilidade para as respectivas dificuldades.
A MAIS NOBRE FUNÇÃO DO MUNDO: PRODUZIR ALIMENTO
Ser presidente da Cooperativa Agrícola de Coimbra deve ser uma permanente dor de cabeça. Ficam na sua área as grandes extensões de milho do Vale Mondego e esta planta quer muitas vezes uma coisa e o seu contrário. Quer água e calor e nem sempre se conseguem reunir estas duas condições. Por exemplo este ano, têm calor mas não têm tido água. Outros anos tiveram água a mais e calor a menos. Os produtores andam por isso com o coração na boca, tantas vezes de olhos no horizonte na busca de sinais meteorológicos que os tranquilizem. O “Campeão” pediu ao presidente da Cooperativa, Eng.º Pedro Pimenta, que nos fizesse um breve retrato da situação de momento da cultura do milho na nossa zona. Fê-lo com simpatia e
é essa conversa que a seguir reproduzimos: Campeão das Províncias [CP]: Como está a correr a cultura do milho este ano?
Pedro Pimenta [PP]: A instalação da cultura do milho este ano está a bom ritmo, o facto de termos tido um Abril seco permitiu que as sementeiras se realizassem mais cedo que o normal.
[CP]: Qual a área para a produção de milho este ano?
[PP]: A área de milho não altera muito significativamente de ano para ano na região, sendo cerca de 6.000 hectares desta cultura no Vale Mondego.
[CP]: A falta de água é uma preocupação?
[PP]: Será sempre uma preocupação junto dos agricultores. As alterações
climáticas são uma evidência e este ano em particular que nos permitiu antecipar as sementeiras praticamente um mês. Necessariamente vamos ter que nos
adaptar a novas épocas de sementeira e colheita, novas técnicas agronómicas, variedades melhor adaptadas, sermos mais eficientes no uso da água e utilizar técnicas de rega mais ajustadas a esta preocupação em torno da utilização da água. Mas do lado do poder político terá necessariamente de haver uma estratégia de investimentos em torno da armazenagem deste recurso (água), vital á sobrevivência humana, que nos permita armazenar no Inverno para poder utilizar no Verão, sem esta visão estratégica/ política, não haverá certamente sustentabilidade económica, social e ambiental dos territórios rurais.
[CP]: Quantos produtores há na região?
[PP]: Na Cooperativa Agrícola de Coimbra há
cerca de 300 produtores de milho
[CP]: A produção do milho é uma actividade lucrativa?
[PP]: Ser Agricultor é uma forma de estar na vida muito diferente das demais actividades, e a prova disso mesmo é o que se tem vindo a constatar desde 2022, que sofreu o maior aumento de custos de produção deste século, desde fertilizantes, combustíveis, energia, equipamentos, com subidas que foram vertiginosas. Foi o caso de alguns fertilizantes com aumentos na ordem dos 80%. E as razões são por demais conhecidas, iniciaram em 2020 e 2021 com a instalação a nível global da pandemia Covid-19 e que culminou com a guerra instalada na Europa a 24 de Fevereiro
de 2022, entre as maiores potências (Ucrânia/Rússia) de produção de cereais e fertilizantes do Continente Europeu. Apesar de todos estes constrangimentos de aumentos de custos de produção, que no caso do milho grão, representou investir na instalação da cultura (Abril/Maio) mais cerca de 1.000 euros/ha que os anos anteriores, ultrapassando os 2.500 euros/ ha de custo de instalação. No entanto sem qualquer certeza de que quais serão os preços de venda dessa cultura, onde inevitavelmente a ansiedade reina e a pergunta mais comum é, “e se o preço do milho não cobre os nossos custos?”. Apesar destas dificuldades os agricultores não se inibem da sua função mais nobre que é produzir alimento para uma sociedade em constante crescimento, num ato de grande coragem e risco, mas também de confiança nas Organizações de Agricultores que os apoiam.
[CP]: O Estado dá apoios compensadores?
[PP]: Os apoios são essencialmente da PAC (Política Agrícola Comum), transversais a todos os agricultores europeus, que visam fundamentalmente obter uma alimentação segura, com os mais altos padrões de qualidade, em abundancia e a preços condignos para os cerca de 500 milhões de cidadãos do nosso Continente Europeu.
FIGUEIRA DA FOZ INSCRIÇÕES ABERTAS PARA O PROGRAMA DE OCUPAÇÃO DE JOVENS
O Município está com inscrições abertas para o Programa de Ocupação de Jovens (POJ), destinado a jovens entre os 15 e os 20 anos de idade. Este ano, o Município disponibilizará 50 vagas, distribuídas em quatro turnos com duração de 10 dias cada, com uma folga semanal e cinco horas diárias. Os períodos são os seguintes: de 3 a 16 de Julho, de 17 a 30 de Julho, de 31 de Julho a 13 de Agosto e de 15 a 27 de Agosto. Após a submissão da candidatura, os jovens serão convocados para uma entrevista, que será realizada nos dias 15, 16, 19 ou 20 de Junho, no Paço de Tavarede. A selecção dos candidatos será baseada em dois critérios prin-
cipais: adequação do perfil individual do jovem às actividades propostas e respectivo horário, e proximidade da residência do jovem ao local de desenvolvimento das actividades, caso seja relevante para o programa. Os participantes seleccionados terão direito a uma bolsa de participação no valor de 2,5 euros por hora, desde que cumpram, no mínimo, 75% dos dias previstos para a actividade. Além disso, será oferecido um seguro de acidentes pessoais e um certificado de participação, que será entregue ao final do programa.
LÍDIA JORGE EM DESTAQUE NAS “5AS DE LEITURA”
MISERICÓRDIA OBRA DA FIGUEIRA REALIZA FESTA DE SANTO ANTÓNIO JORGE
A Misericórdia Obra da Figueira realiza as tradicionais Festas de Santo António no Largo de Santo António, e, como sempre, Quim Barreiros estará presente. As celebrações ocorrem de 1 a 13 de Junho de 2023, oferecendo uma variedade de actividades. As festividades começam no primeiro dia de Junho (quinta-feira) com o início da Trezena, um período de treze dias de oração e devoção, na Igreja de Santo António. No dia 12 de Junho (segunda-feira), o evento principal acontece no Pátio de Santo António (Largo
Silva Soares), com um arraial festivo. A noite começa às 20h00 com música de dança animada interpretada por Carlos Rodrigues. Em seguida, às 22h30, o público será agraciado com a presença do renomado Quim Barreiros, que subirá ao palco e animará todos com a sua boa disposição e simpatia. No dia seguinte, 13 de Junho realiza-se uma missa especial às 15h30, contando com a participação do Grupo Coral da Paróquia de Buarcos. Após a missa, haverá uma bênção simbólica e distribuição de pães e cravos.
AUTARQUIA GARANTE PARQUE
ENCONTRO COM
A ESCRITORA E ARTISTA PLÁSTICA HELENA ROSO NA BIBLIOTECA IDALÉCIO CAÇÃO
No dia 28 de Maio, às 15h30, a Biblioteca Idalécio Cação (BIC), localizada na Sede da Junta de Freguesia de Moinhos da Gândara, será palco de um encontro com a escritora e artista plástica Helena Roso. O evento tem como objectivo apresentar ao público algumas das suas obras literárias dedicadas ao público infantil, como “A Sereia e o Pigmeu”, “O Juca Hipopótamo” e “A Viagem da Guiomar e outros contos”. O encontro é aberto ao público em geral, sendo a entrada livre. No entanto, a lotação da sala é limitada, portanto é importante chegar
com antecedência para garantir o lugar. Helena Maria Alves Roso nasceu em Lisboa, em 5 de Julho de 1967, e cresceu em Vila Nova de Anços, no concelho de Soure. Formou-se em Serviço Social em 1990 na cidade de Coimbra e iniciou a sua carreira na Segurança Social na ilha da Madeira, onde trabalhou por quatro anos. Posteriormente, retornou ao continente e continuou a sua actuação na Segurança Social em Coimbra. Actualmente, é presidente da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens da Figueira da Foz (CPCJFF).
VISITANTES TERÃO QUE PAGAR
TAXA TURÍSTICA DE DOIS EUROS
POR NOITE A PARTIR DE JULHO
A Câmara Municipal da Figueira da Foz aprovou o projecto de regulamento da taxa turística, que será cobrada aos visitantes alojados nas unidades hoteleiras do concelho, a partir de Julho. O regulamento foi votado por unanimidade na sessão do Executivo e será submetido à reunião ordinária da Assembleia Municipal em Junho, antes de ser publicado no Diário da República. Conforme explicado pela vice-presidente da autarquia, de Abril a Setembro de cada ano, será cobrada uma taxa de dois euros por cada noite de estadia até sete noites seguidas para pessoas com 16 anos de ida-
de ou mais. De Outubro a Março, a taxa será reduzida para 1,5 euros. Os residentes na Figueira da Foz e os hóspedes com deficiência, com uma incapacidade igual ou superior a 60%, estarão isentos da taxa, desde que apresentem comprovativo dessa condição. De acordo com a vice-presidente Anabela Tabaçó, o estudo financeiro indica que a receita municipal até o final do ano será de cerca de 118 mil euros. No próximo ano, quando a taxa turística estiver plenamente implementada, espera-se que gere uma receita líquida de aproximadamente 400 mil euros, informou a autarca.
A Biblioteca Municipal Pedro Fernandes Tomás recebe, hoje (25), às 21h30, um evento especial na sala de leitura. Em comemoração ao seu 113.º aniversário, o encontro intitulado “5as de Leitura” contará com a presença da renomada escritora Lídia Jorge, que recentemente recebeu o prestigioso Prémio Vida Literária Vítor Aguiar e Silva. A escritora foi agraciada por unanimidade do júri, que reconheceu os méritos excepcionais e o seu papel de destaque na actividade cultural. Lídia Jorge estará acompanhada pela editora Cecília Meireles durante o evento. A sessão será conduzida pela moderadora habitual, Teresa Carvalho, e terá entrada livre, no entanto, estará sujeita à lotação da sala. Essa é uma oportunidade única para o público em geral conhecer e interagir com uma das escritoras mais influentes da atualidade. A Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás espera receber uma plateia entusiasmada para celebrar a literatura e a carreira impressionante de Lídia Jorge.
CAE RECEBE ESPECTÁCULO “AUTO DA BARCA DO INFERNO”
O Centro de Artes e Espectáculos, na Figueira da Foz, vai receber, no dia 7 de Junho, às 11h00, uma sessão da peça “Auto da Barca do Inferno”, realizada pela companhia de teatro “O Sonho”. A iniciativa, direccionada aos alunos do 9.º ano, tem entrada gratuita, mas sujeita a marcação prévia. Para a companhia de teatro, este é um espectáculo “de riqueza excepcional, desenrolando-se em vários planos e dilatando-se em várias dimensões. É uma evocação de certos tipos sociais do Portugal quinhentista, que, ainda hoje, se mantêm actuais”. Numa “sátira feroz contra os grandes poderosos”, esta peça é uma “meditação terrificante” sobre os mistérios do “além”, construída com cenas de “franca comicidade”. Esta iniciativa do Município, através da Biblioteca Pública Municipal Pedro Fernandes Tomás e da Rede de Bibliotecas Escolares, pretende possibilitar aos alunos uma maior proximidade e compreensão de textos que integram os programas curriculares, através de espectáculos “apelativos e interativos”, afirma a autarquia.
O presidente da Câmara da Figueira da Foz anunciou que, após o Verão, serão iniciados os procedimentos para o lançamento do concurso de construção de um parque de estacionamento junto ao Mercado Municipal da cidade. Pedro Santana Lopes revelou que a opção escolhida é a construção de um parque subterrâneo, com cerca de 100 lugares. Estima-se que o município invista cerca de 1,5 milhão
de euros na construção do parque de estacionamento, embora o valor final dependa de alguns detalhes da obra. O presidente da autarquia mencionou a possibilidade de o estacionamento subterrâneo ser gratuito, caso a Câmara obtenha financiamento para a construção, ou então será pensada uma forma de pagamento que não inclua os clientes do Mercado durante um determinado período.
3 DE JUNHO É DIA DO GINÁSIO
No dia 3 de Junho celebra-se o Dia do Ginásio, um evento tradicionalmente dedicado a atletas, treinadores, dirigentes, familiares e amigos. O objectivo é fortalecer os laços entre praticantes da mesma modalidade e de modalidades diferentes, assim como entre as estruturas directivas do Clube e as famílias. Este ano, o evento terá um formato diferente. Apesar do sucesso das edições anteriores, que incluíram caminhadas e passeios de bicicleta, o Ginásio decidiu apostar num modelo menos visível nas ruas da cidade, mas mais inclusivo para a comunidade ginasista. Todas as instalações do Clube estarão abertas, incluindo o Pavilhão Galamba Marques Marques, o Centro Náutico e a Piscina, para que todos possam participar na modalidade da sua escolha. Também será possível visitar a Sala-Museu para aqueles que preferem actividades mais calmas. O programa terá início às 9h30 no local escolhido por cada participante. A participação é
gratuita e não requer inscrição prévia. Como é habitual, será oferecida uma T-shirt a todos os participantes. Às 12h30, as actividades desportivas terminarão e haverá uma concentração nos jardins do Palácio Sotto-Mayor para uma breve sessão comemorativa do 128.º aniversário do Clube, seguida de um almoço. As senhas para o almoço serão distribuídas pelos responsáveis de cada secção no dia do encontro. Mas há outros motivos de celebração: em basquetebol, João Mota foi convocado para os Treinos de Observação da Selecção Nacional Sub-18 Masculinos, com vista ao Campeonato da Europa. Também o kickboxing teve bons resultados na etapa da Liga FNKDA em Carcavelos, com destaque para os 1.ºs lugares de Luka Vilarinho e David Konkevych.
A equipa de Masters de Natação do Ginásio teve uma excelente prestação no VI Troféu Internacional de Natação Master do FCPorto, com destaque para os pódios de Hugo Ramos, Manuel Maduro, Pedro Guedes, Carolina Guedes e Ana Gonçalves.
QUINTA-FEIRA, 25 DE MAIO 2023
EMPRESAS & NEGÓCIOS 16 25 DE MAIO DE 2023
SECTORES
MENOS TRADICIONAIS SÃO MUITO RELEVANTES PARA A ECONOMIA DE REGIÃO
INSOLVÊNCIAS EM COIMBRA RECUAM 10%
EM 2022 E NOVAS EMPRESAS SOBEM 15%
Em Coimbra as insolvências de empresas recuaram 10% em 2022 face a 2021, tendo as dissoluções aumentado 4% e as novas empresas criadas subido 15%, segundo dados obtidos pela Iberinform.
De acordo com o relatório “Insight View” da Iberinform, uma filial da Crédito y Caución, no ano passado foram constituídas 1.266 empresas novas no distrito de Coimbra, o que representa um aumento de 15% em relação a 2021, destacando-se os serviços como o principal sector de actividade das empresas existentes na região, com uma quota de 44%.
As empresas constituídas nos últimos cinco anos representam 31% do total de empresas de Coimbra, mas facturam apenas 5% do volume total de negócios,
sendo que as criadas há entre seis e 10 anos contabilizam 18% do total, com uma facturação de 12% do total do distrito. Por sua vez, as empresas que têm entre 11 e 15 anos constituem 13% das empresas de Coimbra, totalizando 15% do volume de negócios, as com 16 a 25 anos correspondem a 20% e facturam 21% do total do distrito e as companhias com mais de 25 anos correspondem a 18% e apresentam uma facturação de 47% do volume total de negócios.
Composto por 17 concelhos, o distrito de Coimbra representa, com o seu tecido empresarial, cerca de 4% do total de empresas portuguesas que apresentaram as suas contas.
Entre os vários concelhos do distrito, Coimbra lidera em número de empresas, com 42% do
total, seguida pela Figueira da Foz (13%), Cantanhede (8%), Oliveira do Hospital (5%), Lousã (4%) e Montemor-o-Velho (4%). Os restantes concelhos somam os 24% das empresas remanescentes.
A Iberinform apurou ainda que “a distribuição de empresas por dimensão é bastante dispersa, sendo que 89% das empresas são microempresas”. Contudo, “estas apenas representam 13% do total do volume de negócios das empresas de Coimbra”.
Já as pequenas empresas representam cerca de 10% do total de empresas do distrito (24% da facturação), enquanto as empresas médias são cerca de 1% do total (com 21% da facturação).
“Embora haja um número muito reduzido de empresas de grande dimensão, elas facturam 42% do
volume total de negócios”, destaca o relatório.
Da análise resulta ainda que “a distribuição por sector de actividade das empresas de Coimbra também apresenta uma elevada dispersão”, com 44% das empresas a actuarem no sector de serviços, mas a contabilizarem apenas 15% do volume total de negócios do distrito. Os sectores em destaque são a indústria, que representa apenas 7% do total de empresas de Coimbra, mas totaliza 35% do volume de negócios, e os sectores denominados como “outros” (30%), que lideram em volume de negócios com um total de 37%.
“Este dado demonstra que os sectores menos tradicionais na análise são muito relevantes para a economia de Coimbra”, conclui a Iberinform.
PREOCUPAÇÃO DO LABORATÓRIO DE CANTANHEDE SÃO OS COLABORADORES E CLIENTES
CRIOESTAMINAL IMPLEMENTA SEMANA DE QUATRO DIAS
ACrioestaminal vai participar no projecto-piloto da semana de quatro dias de trabalho, promovido pelo Governo. Durante seis meses, os colaboradores do laboratório líder em Células Estaminais, sediado em Cantanhede, vão passar a trabalhar menos horas semanais, mantendo os seus salários e benefícios.
Esta decisão reflecte o compromisso da Crioestaminal em inovar não só no que respeita aos serviços prestados aos seus clientes, mas também naquilo que são as condições de trabalho dos seus colaboradores. Desta forma, a medida representa um passo importante em direcção a um ambiente de trabalho saudá-
breves
É ENTIDADE CREDENCIADA PARA O EMPREENDE XXI
A Novotecna – Associação para o Desenvolvimento Tecnológico foi considerada uma entidade de acompanhamento credenciada pelo Startup Portugal e pelo IEFP - Instituto do Emprego e Formação Profissional para o programa Empreende XXI, em toda a região Centro. Enquanto entidade de acompanhamento, a Novotecna vai acompanhar pedidos de apoio prévio na criação e estruturação do projecto de forma completamente gratuita, assim como emitir os pareceres da viabilidade económico-financeira das candidaturas que lhes sejam atribuídas e prestar apoio de mentoria e consultoria especializada a promotores, entre outros.
FORUM COIMBRA PROPORCIONA EXPERIÊNCIAS ÚNICAS AOS ESTUDANTES
vel pautado pelo equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, onde os colaboradores podem prosperar e entregar ainda mais aqueles que neles confiam “A flexibilidade no trabalho faz, desde sempre, parte da cultura da empresa. Este projecto aparece na altura certa. A Crioestaminal completa 20 anos em 2023 e consideramos que estamos na altura de dar o salto para uma nova forma de trabalhar, que acreditamos ser o futuro no mercado de trabalho. Uma forma que dê mais tempo livre aos colaboradores, para fazerem o que desejarem”, afirma Alexandra Mendes, diretora de Recursos Humanos da Crioestaminal.
A transição para a redução de horas semanais vai implicar a revisão completa dos processos de trabalho dentro da empresa, o que pode incluir medidas simples, como a optimização da duração das reuniões e do número de participantes, a criação de métodos de trabalho que evitem interrupções ou a adopção de novas tecnologias /softwares. Contudo, é necessário repensar e restruturar a forma como o trabalho é realizado para garantir que a mudança para uma semana de trabalho mais curta seja efectiva e sustentável, embora a Crioestaminal continue a funcionar de acordo com uma escala que garante a disponibilidade,
NO TOTAL FORAM INSTALADOS MAIS DE DOIS MIL HOSPITAL DE GAIA
ASunEnergy, com sede em Coimbra, instalou 2.027 painéis solares fotovoltaicos de 455W, no Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, E.P.E. Este é um dos maiores projectos de autoconsumo em hospitais no país.
Com a instalação destes painéis solares fotovoltaicos em vários edifícios desta unidade de saúde conseguiu-se obter uma potência muito próxima do limite máximo de potência permitido para este
durante todos os dias da semana, para receber e criopreservar as amostras dos bebés que nascem.
“Para os nossos clientes nada mudará. Ou, se calhar, muda tudo. Quem guarda as células estaminais na Crioestaminal sabe que está a guardar as células numa empresa que considera que o mais importante são as pessoas e que, ter colaboradores satisfeitos e motivados garante um serviço de qualidade”, acrescenta Alexandra Mendes.
A Crioestaminal acredita que esta iniciativa pode trazer benefícios significativos quer para os colaboradores, quer para a empresa ao nível da produtividade e atração e retenção de novos talentos.
RECEBE PAINÉIS SOLARES DA SUNENERGY
tipo de projectos, uma potência total próxima de um MW.
A concretização deste projecto vai permitir, por um lado, diminuir a factura energética do Hospital na ordem dos 200 mil euros por ano, e, por outro, vai permitir igualmente reduzir significativamente as emissões de CO2, estando prevista uma diminuição anual das emissões de CO2 em 300 toneladas.
Para Raul Santos, director executivo da especialista em soluções
de produção de energia eléctrica a partir do sol afirma que “este é mais um projecto de referência no panorama nacional do autoconsumo, que posiciona a Sunenergy como um dos principais players na área da energia solar em Portugal. O Hospital de Gaia, sendo um dos maiores hospitais do país, tem um grande consumo energético e muito regular, pelo que, a aposta na instalação de painéis solares fotovoltaicos para autoconsumo como forma de reduzir
a sua factura energética e também a sua pegada ecológica faz todo o sentido e foi com enorme orgulho e satisfação que a SunEnergy aceitou este desafio”.
Este projecto surgiu no seguimento de um concurso público lançado pelo Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho, E.P.E. e no qual a SunEnergy, não só cumpriu todos os requisitos do Concurso, como também conseguiu apresentar a proposta mais competitiva
O Forum Coimbra tem a decorrer, até dia 26, a campanha “Fome de Queima” que consiste em oferecer 50 bilhetes diários às primeiras pessoas que se dirijam ao Balcão de informações com um talão de refeição igual ou superior a sete euros, do próprio dia a partir das 19h30. Pelo 11.º ano consecutivo, o Forum Coimbra volta a associar-se a esta grande festa da cidade e vai permitir aos visitantes usufruir de uma refeição no recentemente renovado espaço de restauração do centro comercial, com mais de 326 lugares, e com isso habilitarem-se a uma entrada gratuita na Queima das Fitas.
NAVIGATOR É A 2.ª MELHOR EMPRESA INDUSTRIAL PARA TRABALHAR
Segundo os prémios “Randstad Employer Brand Research 2023”, a The Navigator Company é a 2.ª empresa industrial mais atractiva para trabalhar em Portugal. A Navigator posicionou-se no top 20 deste ranking, ocupando a 11.ª posição entre as melhores empresas para trabalhar. Este estudo analisa as percepções relativamente ao mercado de trabalho e aos 150 maiores empregadores em Portugal e revela, anualmente, as empresas e sectores mais atractivos para trabalhar no país, assim como os factores determinantes na decisão de emprego.
DECORRE DE 2 A 10 DE JUNHO NO ESPAÇO DA FEIRA DOS 23
SÃO MARTINHO DO BISPO FAZ APOSTA MUITO FORTE NA SEMANA CULTURAL
CRISTIANA DIAS
Com uma forte aposta no cartaz musical e gastronomia, a XIX Semana Cultural de São Martinho do Bispo vai decorrer de 2 a 10 de Junho e promete trazer muita animação e dinamismo a quem se deslocar até à margem esquerda do rio Mondego.
Pelo segundo ano consecutivo, o certame vai acontecer no requalificado espaço da feira dos 7 e 23, pelo que não se realizará a primeira feira. Segundo Jorge Veloso, presidente da União de Freguesias (UF) de São Martinho do Bispo e de Ribeira de Frades, este é um espaço que reúne todas as condições para a realização deste evento e devido ao sucesso do ano passado optaram por dar continuidade.
São Martinho do Bispo tem ali um local para fazer desta realização um evento em crescendo que muito pode centralizar a freguesia nas proximidades do espaço urbano.
A Semana Cultural foi feita para todas as idades, tendo este ano uma grande aposta na juventude, razão pela qual a autarquia quis trazer grandes nomes da música nacional. O cantor Ivandro é o nome mais sonante do cartaz musical e vai actuar no dia 3 de Junho. O artista luso-angolano tem estado debaixo dos holofotes
Cultural e notou-se-lhes vontade de defender a margem
pelo sucesso das suas músicas e até subiu a palco com os Coldplay, no Estádio Cidade Coimbra, a convite da artista portuguesa Bárbara Bandeira, com quem tem uma música. Quim Barreiros, no dia 7 de Junho também promete contagiar com boa animação tanto pequenos como graúdos.
No ano passado, só numa noite houve quatro mil entradas no recinto, um resultado que a autarquia gostaria de repetir este ano ou até mesmo de ultrapassar, tendo em conta os artistas convidados.
Para além destes cantores,
CRISTIANA DIAS
mostra de Artesanato e Gastronomia, dois concessionários de automóveis e um de máquinas e alfaias agrícolas. Ao todo serão seis tasquinhas e sete bares, a que se junta uma mostra/venda de artesanato, nove expositores de associações e colectividades e 15 espaços de empresas de comércio e serviços. Muitas das tasquinhas servem almoços ou jantares o que permite ir até ao recinto e desfrutar de uma refeição com muito entretenimento.
AJunta de Freguesia de Almalaguês, em Coimbra, vai voltar a realizar, nos dias 26, 27 e 28 de Maio, a 6.ª Edição da Feira de Gastronomia e Artesanato da Freguesia de Almalaguês.
Este certame regressa agora ao fim de três anos, tendo estado sem efeito durante o tempo de pandemia.
Ao longo destes três dias, as instalações do antigo Instituto de Almalaguês vão receber cerca de meia centena de expositores, quase todos da freguesia, que dão a conhecer os seus trabalhos. Haverá artesanato exclusivamente almalaguês onde pessoas das redondezas mostram peças origi-
com unhas e dentes destaca-se ainda o Avô Cantigas, Os Red, grupo Tradição D’Ouro, Banda Hidrogénio e Tiago Silva. Há ainda um dia também dedicado aos seniores. No dia 6 de Junho são convidadas todas as IPSS’s para um encontro com o artista Ruizinho de Penacova, que irá subir mais tarde ao palco para dar muita música. No dia 9 há também motivos para não faltar. Para além das actuações dos artistas há ainda a noite das marchas populares onde seis escolas irão desfilar pelo recinto. A Semana Cultural tem entra-
da livre excepto em três das nove noites agendadas, com preços de cinco euros para assistir ao espectáculo de Ivandro, quatro euros para Quim Barreiros e três para Tradição de Ouro e Os Red. Este ano, pela primeira vez, há um bilhete geral, com o preço de 10 euros.
O melhor da região
Durante os nove dias não só de música se faz a Semana Cultural de São Martinho do Bispo. O certame vai contar com a tradicional
CERTAME ACONTECE ESTE FIM-DE-SEMANA
Para as crianças há também muita diversão. Estão garantidos insufláveis, dois carrosséis e molas elásticas. A organização tem ao dispor também passeios e baptismos a cavalo, com a colaboração da Escola Superior Agrária de Coimbra e do Centro Hípico. Integrado também nesta festa vai decorrer de 3 a 9 de Junho o Kids Cup PorAkaso.
Jorge Veloso afirma que a XIX Semana Cultural de São Martinho do Bispo tem um investimento superior a 80 mil euros e que espera ainda contar com o apoio da Câmara Municipal de Coimbra. Na expectativa de atrair milhares de visitantes, o autarca afirma que “as duas maiores festas populares de freguesias de Coimbra realizam-se na margem esquerda, como é o caso da Feira Popular, pela sua antiguidade, e a Semana Cultural de São Martinho do Bispo, sendo que esta é a melhor”.
ALMALAGUÊS FEIRA DE GASTRONOMIA E ARTESANATO REGRESSA PARA 6.ª EDIÇÃO
nais. No entanto, segundo Jaime Silva, da Junta de Freguesia (JF) de Almalaguês, há também quem venha de fora para “complementar a feira” e que a freguesia não tem, é o caso, por exemplo, da tenda de ginjinha que vem de Pombal e já se tornou uma expositora frequente deste certame.
Com expectativas altas em relação a esta edição, o membro da JF afirma que “as pessoas estão à espera da feira para voltar ao convívio”.
O certame é já uma referência na zona e nas últimas edições conquistou muitos visitantes. Com o objectivo de valorizar, promover e divulgar o que de melhor têm e fazem as gentes de Almalaguês, a feira é um grande apoio para as associações que aca-
bam por angariar receita para as suas actividades anuais. Este ano estarão três associações recreativas e culturais de Almalaguês.
Ao longo dos três dias haverá uma mostra muito variada, onde a gastronomia mais típica, como o caso dos negalhos, o arroz-doce,
a chanfana e outras iguarias regionais, estão em destaque. Os espaços gastronómicos são, como é hábito, dinamizados pelas associações locais, com uma ementa rica e variada.
Amanhã (26), a feira inaugura, pelas 19h00, ao som dos
gaiteiros “Gaitar T”. Até às 24h00 irá decorre actuações do Grupo Folclórico “As tecedeiras de Almalaguês” e da banda “Anarquia”.
Já no sábado (27) o recinto abre portas pelas 15h00 e arranca com a abertura do espaço infantil. Ao longo do dia vai decorrer o workshop de arroz-doce e negalhos, desfile de gateiros, actuações e até passeio todo terreno nocturno. O último dia do certame começa logo pela manhã, às 9h00, com a preparação para uma caminhada. À tarde decorre o desfile do grupo de concertinas “vamos a elas”, pelo recinto da feira. Haverá ainda uma prova de vinhos.
A feira encerra pelas 21h00 e tem entrada livre todos os dias.
ARCOlisboa está de regresso com 84 galerias de 22 países
AFeira Internacional de Arte Contemporânea ARCOlisboa está de regresso, entre esta quinta-feira e dia 28 de Maio, à Cordoaria Nacional. Na sua 6.ª edição, o evento vai reunir 84 galerias de 22 países, sendo 26 delas portuguesas.
Este ano, o certame vai, assim, envolver 55 galerias no Programa Geral, 21 no Opening Lisboa e 8 na secção África em Foco. Em comunicado, a organização da ARCOlisboa destaca o “número recorde” de galerias que vão participar nesta edição, que se traduz num aumento de 29% face ao ano passado. A organização acredita que estes números se justificam pelo “interesse crescente das galerias internacionais na ARCOlisboa”.
Além das galerias portuguesas, a feira conta ainda com uma forte presença africana, nomeadamente, com galerias oriundas de Angola, Moçambique, Marrocos e África do Sul. Ainda em comunicado, a organização da iniciativa expõe a sua ambição em apresentar “um panorama da cena artística portuguesa, num amplo diálogo com a arte espanhola e europeia, acompanhada de uma selecção criteriosa de artistas africanos”.
Do Programa geral, fazem parte nomes como Elisabeth & Klaus Thoman e Fernando Pradilla ou
The Goma, a participar pela primeira vez no evento. Já a nível nacional, o destaque vai para Cristina Guerra - Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Miguel Nabinho, Pedro Cera, Vera Cortês, Quadrado Azul, Presença, Uma Lulik e Galeria 111. Dentro desta secção, e de acordo com a organização, haverá ainda espaço para os projectos SOLO, onde serão apresentados trabalhos de nove artistas nacionais: Mané Pacheco (Balcony), Nacho Criado (José de la Mano), Eugénia Mussa (Monitor), Túlio Pinto (Nosco), FOD (T20), Ana López (W-Galería) e Edin Zenun (Zeller Van Almsick).
Na Opening Lisboa, vão estar presentes 21 galerias, entre as quais, Anca Poterasu, Britta Rettberg, Livie Gallery, Menoparkas, Portas Vilaseca, Ravnikar, Artbeat, Atm, Foco, Rodríguez Gallery e The Ryder Projects. Por sua vez, o programa África em Foco vai incluir galerias de diversos países, nomeadamente, Marrocos (African Arty), África do Sul (Afronova e Guns & Rain), Moçambique (Arte de Gema), França (193 Gallery), Alemanha (Artco) e Portugal (Insofar e Perve).
A ARCOlisboa é organizada pela FEMA - Feiras de Madrid e pela Câmara Municipal de Lisboa. No ano passado, o evento reuniu 65 galerias de 14 países e recebeu cerca de 11 mil visitantes. Este ano, o certame volta à capital num programa que inclui inaugurações, museus, visitas a exposições e colecções privadas.
O oxigénio e a explosão da evolução da vida na Terra
Aevolução da vida na Terra foi marcada pelo aumento do oxigénio na atmosfera e nos oceanos.
No início da formação da Terra, há 4,6 mil milhões de anos, havia muito pouco oxigénio gasoso (oxigénio molecular, O2). O oxigénio então existente estava combinado com outros átomos, como o hidrogénio, formando a água que hidratou o planeta ao longo da sua evolução.
E foi em meio aquático, nas ondas dos oceanos primitivos, que as primeiras formas de vida surgiram. As evidências fósseis mais antigas de microrganismos têm 3,6 mil milhões de anos. Não quer dizer que a vida não existisse antes. Quer dizer apenas que ou não deixou rastos ou ainda não os encontrámos. Aquelas formas de vida unicelulares pertencem ao grupo designado por cianobactérias.
As cianobactérias primitivas possuíam a capacidade de usar a luz solar com fonte de energia para efectuarem a fotossíntese. Nesta, o oxigénio presente nas moléculas de água é combinado para dar origem à molécula de oxigénio que se difunde pelas águas dos oceanos e para a atmosfera. O aumento de
oxigénio molecular, produzido pela acção da vida, marcou a evolução da própria vida e mudou a química do planeta.
Há evidências geológicas que nos mostram como foi a evolução da concentração de oxigénio na história da Terra. Sabemos que o nível de oxigénio na atmosfera não aumentou linearmente. Muito pelo contrário. Durante os primeiros 3 mil milhões de anos depois do início da sua produção biogénica, a sua concentração na atmosfera permaneceu residual. Mas, há cerca de 2,4 mil milhões de anos, ocorreu o que é designado por primeiro grande evento de oxigenação (GOE, na sigla inglesa), e que é caracterizado por um primeiro aumento, mas tímido, no oxigénio atmosférico.
O oxigénio, produto da vida, foi-se primeiramente combinando com outras substâncias (como a pirite), presentes nos fundos oceânicos e na superfície dos solos terrestres. E este sequestro do oxigénio por diversas substâncias, ao longo de milhares de milhões de anos, impediu que ele estivesse disponível para ser usado para a complexificação da vida.
De facto, verificamos um longo “jejum evolutivo” durante cerca de
3 mil milhões de anos, com o surgimento de poucas novas formas de vida, que se mantiveram principalmente unicelulares ou vivendo em colónias.
Contudo, entre 850 a 550 milhões de anos atrás, algo mudou no planeta e a concentração de oxigénio disparou para cerca de 31% na atmosfera (10% a mais que o nível actual). E essa mudança oxidativa foi acompanhada por uma explosão evolutiva no horizonte da vida. No que é conhecido por explosão câmbrica, verificamos o surgimento de uma miríade de novas expressões de formas vivas muito diversas. Todos os antepassados das plantas e animais actuais surgiram nessa explosão, desencadeada pelo aumento brusco de oxigénio livre.
Não sabemos o que é que originou este grande aumento de oxigénio, designado por segundo grande evento de oxigenação. Mas geólogos da Universidade da Tasmânia, Austrália, descobriram que esse momento foi também acompanhado pelo aumento da disponibilidade de outros elementos e materiais para a vida nos oceanos.
Festival Spring Fest em Condeixa-a-Nova: concertos, oficinas e campismo
OFestival Spring Fest está de volta a Condeixa-a-Nova, trazendo consigo uma variedade de actividades para os participantes desfrutarem. Promovido pela Câmara Municipal em colaboração com jovens do concelho, este festival decorrerá entre os dias 2 e 4 de Junho, nas instalações da Associação de Arrifana, localizada na freguesia da Ega. Com um programa diversificado, o Spring Fest, que alcança já a sua quarta edição, promete três dias repletos de entretenimento e diversão. Sob o lema da identidade, inclusão, ambiente, cultura e sustentabilidade, a organização conta com a participação activa de uma rede de jovens voluntários, conforme referido num comunicado emitido pela autarquia liderada por Nuno Moita.
Após um hiato durante a pandemia da covid-19, o Spring Fest regressa em grande estilo, trazendo consigo uma programação rica em teatro e música. Ao todo, serão realizados dez concertos distribuídos por dois palcos, com géneros musicais tão diversos como rap, reggae, rock, folk e jazz.
Além dos concertos, o evento oferecerá uma ampla variedade de actividades, incluindo oficinas de danças do mundo, capoeira e yoga. Os participantes também poderão desfrutar de uma prova de obstáculos, passeios e até mesmo uma emocionante corrida de carrinhos de rolamentos, entre outras atracções.
O programa do festival inclui ainda várias actividades e sessões especiais. Na sexta-feira, primeiro dia do evento, haverá um Encontro Intergeracional e animação com Concertinas do Mondego, Fernando Santos e Grupo de Cantares de Vila Seca. Também estão previstas apresentações de Teatro de Improviso, Grupo & Cordas de Viseu, Coletivo Spring Fest
AMA & Colmeia, UXU Kalhaus, DJ João C e Cantigas & Poesia.
No sábado, dia 3, os participantes poderão desfrutar de uma prova de obstáculos militares, diversas oficinas e um concerto de jazz pelo Conservatório de Coimbra. Para animar ainda mais o público, estão programadas actuações de Dream On, Mc Ruze, Orquestra da AE Condeixa, On Drop Experience e DJ Kotas.
O domingo, dia 4, reserva um passeio interpretativo intitulado “Biótopo”, a 1.ª Descida de Carros de Rolamentos e um podcast chamado “Histórias & Retalhos”, em parceria com a Associação Sempre a Aprender e João Paulo Devesa.
A entrada no festival é gratuita e os participantes terão acesso livre à área de campismo. A organização assegura banhos quentes e disponibiliza diversos serviços de apoio, incluindo um bar e uma cantina.
“Descida da Serra da Lousã em Cadeira de Rodas” adiada devido ao mau tempo
Devido à previsão de mau tempo, a ARCIL (Associação para a Recuperação de Cidadãos com Incapacidades de Lousã) decidiu adiar a 15.ª edição da Descida da Serra da Lousã em Cadeira de Rodas, que estava inicialmente agendada para amanhã, dia 26 de Maio. O Instituto Português do Mar e da Atmosfera emitiu previsões que apontam para um agravamento das condições meteorológicas, levando à necessidade de adiar o evento. A nova data para a realização do evento será no dia 16 de Junho, mantendo o mesmo horário e programa.
Esta iniciativa, que consiste num passeio pela estrada nacional nº 236, terá início às 11h00 na pitoresca aldeia de
xisto do Candal e terminará por volta das 15h30 na Praceta Sá Carneiro, na vila da Lousã. O percurso, totalmente em alcatrão e com um declive médio de 3,5%, inclui uma paragem para almoço. Cerca de 60 pessoas utilizadoras de cadeira de rodas provenientes de diferentes instituições, incluindo a ARCIL, Santa Casa da Misericórdia da Lousã, APPACDM de Coimbra, APPACDM de Poiares, CERCI Penela e ADFP de Miranda do Corvo, participarão nesta actividade.
O objectivo da organização é proporcionar a estas pessoas a oportunidade de desfrutar de um passeio pela Serra da Lousã, apreciando a riqueza dos espaços naturais e entrando em contacto com a diversidade das suas paisagens. A
Serra da Lousã, conhecida por ser palco de várias actividades lúdicas e desportivas de aventura, oferece condições ideais para que as pessoas que utilizam cadeira de rodas possam usufruir de um passeio calmo e descontraído. Durante o percurso, haverá uma paragem para um almoço ao ar livre.
Apesar do adiamento, a expectativa e entusiasmo em torno deste evento permanecem elevados. A ARCIL e as restantes instituições envolvidas estão empenhadas em assegurar que a Descida da Serra da Lousã em Cadeira de Rodas seja um momento especial para todos os participantes, proporcionando-lhes uma experiência memorável numa das mais belas regiões de Portugal.
Triple Threat Yeoman vence torneio de Touch Rugby da Queima das Fitas em Coimbra
O2.º Torneio Internacional de Touch Ru-
da
das Fitas teve lugar no Estádio Universitário de Coimbra, no dia 13 de Maio. O evento, organizado pela secção de Rugby da AAC, trouxe novamente entusiasmo ao calendário desportivo da Festa Académica. Tal como na edição anterior, a competição contou com a participação de oito equipas, sendo três estrangeiras e cinco nacionais.
O lote de equipas estrangeiras foi constituído pelos Triple Threat Yeoman (Inglaterra), Triple Threat Bowmen (Inglaterra) e IT-Ouch (Itália), enquanto as equipas nacionais incluíam as Selecções Nacionais M40 e M50, que aproveitaram a oportunidade para rodar os seus jogadores, juntamente com as equipas da Académica, Braga e Lisbon Técnico Mix. Uma equipa de árbitros, totalmente dedicada à arbitragem, assegurou que os jogos fossem bem disputados, elevando o nível competitivo a um patamar exemplar.
O torneio consistiu num total de 20 jogos, divididos em duas fases, disputadas nos dois campos relvados do complexo universitário. A fase de grupos ocorreu durante a manhã, deixando as meias-finais e finais para a tarde. A equipa londrina Triple Threat Yeoman venceu todos os jogos em que participou, conquistando a final contra a equipa congénere Triple Threat Bowmen, com um resultado de 7-1. A terceira posição foi para a Lisbon Técnico Mix, que derrotou a Académica por 3-2 no jogo pelo terceiro lugar. Os Foxes M40 ficaram na quinta posição, seguidos pelos Foxes M50 em sexto lugar, o Braga Touch em sétimo lugar e a equipa italiana IT-Ouch em oitavo lugar.
Como seria de esperar, a terceira parte foi igualmente intensa e disputada. Após os jogos e a entrega de troféus, realizou-se um jantar onde jogadores e árbitros puderam conviver. A noite não terminou sem a tradicional animação no Clube de Rugby, que satisfez todos os participantes.
O torneio contou com o apoio dos patrocinadores da equipa de Touch da Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra, bem como o apoio da Câmara Municipal de Coimbra, Universidade de Coimbra, Comissão Organizadora da Queima das Fitas 2023, Associação Touch Rugby Portugal e do Rugby Clube de Coimbra.
CHUC debate resposta social fornecida aos cidadãos em contexto de doença
OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) vai realizar, amanhã (26), pelas 9h00, a 3.ª Jornada do Serviço Social.
Este evento, organizado pelo CHUC e pelas Faculdades de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra, tem como mote “Serviço Social, Ética e Diversidade num Mundo Global: (des)envolvimentos e (trans)formações”.
“O que se pretende reflectir com estas Jornadas e o que está em causa na acção social: pessoas e as suas condições para gerirem as mudanças naturais do ciclo da vida” afirma o CHUC.
Segundo este Hospital, os desígnios da acção social “vão para além de conhecer os processos que provocam a exclusão comunitária” e, sobretudo, “identificam, renovam ou criam os meios adequados de melhorar as condições de existência e de promover a autonomia das pessoas”.
Este evento promete criar oportunidades de debate e reflexão, para permitir novas formas de pensar em agir, relativamente à quais as respostas sociais para se resolver os desafios colocados aos
cidadãos em contexto de doença.
“Comprometidos com esta finalidade, juntam-se ao debate um leque de especialistas
que irão abordar, não apenas as questões éticas e políticas do serviço social na saúde, na proteção social e no poder local, mas, também, sobre a co-criação de acções e práticas baseadas na inclusão”, explica.
O programa foca, nas sessões da manhã, em temáticas que asseguram uma reflexão sobre ética e diversidade num mundo global e sobre as
políticas nacionais de saúde consideradas inovadoras. Já no período da tarde, destina-se a apresentação de projectos visionários no campo da proteção social a populações em situação de vulnerabilidade social.
Será ainda apresentada uma conferência sobre o papel da organização profissional dos assistentes sociais nos serviços de saúde, pela presidente da Comissão Instaladora da Ordem dos Assistentes Sociais, e haverá a entrega de prémios aos três melhores posters de investigação na área.
Docentes da Faculdade de Letras de Coimbra criticam demissão de professor russo
Cerca de 60 docentes da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) criticaram, num abaixo-assinado, a forma como o director do Centro de Estudos Russos foi demitido e defenderam um processo de averiguações pela reitoria.
Através do documento “Pelo direito ao contraditório e à presunção da inocência”, os docentes afirmaram que “foi com perplexidade” que tomaram conhecimento do “despedimento sumário” do director do Centro de Estudos Russos, Vladimir Pliassov, sem a realização de um inquérito “que lhe permitisse responder às acusações de que foi alvo”.
Vladimir Pliassov foi acusado de “propaganda russa” por dois activistas ucranianos, num artigo de opinião publicado no Jornal de Proença e depois replicado pelo jornal Observador, que alegaram posteriormente, na Rádio Renascença, que o docente russo seria um ex-agente do KGB.
“Independentemente de outros aspectos envolvidos, consideram os/as subscritores/as deste documento que a situação cria um precedente inaceitável, suscetível de comprometer a relação de respeito e confiança entre a Universidade de Coimbra e os/as seus/suas funcionários/as, para além de pôr em causa princípios nucleares de direito e de cidadania”, afirmaram os docentes.
O documento foi entregue na quarta-feira à reitoria da Universidade de Coimbra, com uma cópia endereçada também ao director da Faculdade de Letras.
Os docentes consideraram que o processo de despedimento, “pela gravidade das imputações em causa, exigiria, no mínimo, um processo de averiguações
e uma clarificação por parte da Universidade dos factos que estiveram na base da medida tomada”.
“A ausência de tais procedimentos cria um precedente inaceitável e viola o mais elementar direito de o docente ser ouvido e de ter oportunidade de rebater as acusações que lhe foram feitas, em praça pública, sem o mínimo contraditório e respeito pela presunção de inocência”.
Entre os subscritores, estão vários diretores de cursos (de licenciatura, mestrado e doutoramento) da FLUC, assim como da subdiretora da Faculdade de Letras, Ana Peixinho, da subdiretora do Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação, Inês Amaral, e da diretora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, Paula Barata Dias.
Os antigos vice-reitores Joaquim Ramos de Carvalho e Clara Almeida Santos, o escritor e tradutor Frederico Lourenço (que codirige o curso de Estudos Clássicos), o antigo diretor da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, João Gouveia Monteiro, o vice-coordenador do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, Luís Trindade, os subdiretores do Centro de Línguas da FLUC, Rute Soares e Alberto Sismondini, são alguns dos nomes que subscreveram o abaixo-assinado.
A agência Lusa tentou obter esclarecimentos do diretor da Faculdade de Letras, que se escusou a comentar o caso, depois de uma reunião do Conselho Científico daquela instituição, em que alguns membros também recusaram prestar quaisquer declarações sobre possíveis decisões daquele órgão.
Um dia após a demissão de Vladimir Pliassov, o reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, recusou divulgar os alegados factos que levaram à demissão daquele professor russo, referindo que o processo não teve nem teria de ter associado qualquer processo disciplinar.
“As minhas decisões são fundamentadas e têm sempre um tempo de amadurecimento. Portanto, aquilo que considero que seja essencial está no comunicado de imprensa da Universidade de Coimbra”, acrescentou.
A UC referia, nesse comunicado, que foi verificado que as atividades do Centro de Estudos Russos “estariam a extravasar” o ensino exclusivo de língua e literatura russa, sem explicar como.
Relação de Coimbra manda repetir julgamento de Fundação de Miranda do Corvo
de prevaricação o antigo vereador da Câmara Municipal daquele concelho Sérgio Sêco, que estava em funções quando a irmã de Jaime Ramos liderava o município.
ticulares, ou se a construção e implantação do Templo Ecuménico “tem ou não as medidas e áreas previstas no projecto”.
OTribunal da Relação de Coimbra ordenou um novo julgamento ao processo que tinha levado à condenação da fundação ADFP, de Miranda do Corvo, e do seu presidente, o antigo deputado do PSD Jaime Ramos.
O acórdão determina o “reenvio do processo para novo julgamento no que concerne aos crimes de prevaricação e violação das regras urbanísticas imputados aos arguidos”.
Jaime Ramos tinha sido condenado pelo Tribunal de Coimbra, em Setembro de 2022, a uma pena de multa de seis mil euros por um crime de violação de regras urbanísticas e a fundação ADFP – Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional, a pagar uma multa de 30 mil euros pela prática do mesmo crime.
O alegado crime tinha ocorrido nas obras do Templo Ecuménico, em Miranda do Corvo, num processo em que também foi condenado por dois crimes
O acórdão do Tribunal da Relação de Coimbra (TRC), publicado no dia 10, tinha como relatora principal a juíza Fernanda Ventura, que apontou vários vícios de contradição na fundamentação da sentença de Setembro de 2022 por parte do colectivo da 1.ª instância.
Para os juízes da Relação de Coimbra, “existe vício de contradição insanável da fundamentação, entre factos provados e não provados”, no que diz respeito aos crimes de prevaricação e violação de regras urbanísticas (não estão em causa os crimes de falsificação imputados a uma engenheira da ADFP e a um empreiteiro).
“Em suma, no que concerne aos crimes de prevaricação e violação das regras urbanísticas imputados aos recorrentes, face aos vícios referidos, não é possível decidir o presente recurso. Torna-se necessário proceder a novo julgamento, na sua totalidade, no que se reporta aos citados crimes”, concluiu o acórdão.
No documento consultado pela Lusa, o TRC dá vários exemplos dessas contradições, nomeadamente se o vereador agiu em defesa de interesse público ou de interesses par-
Segundo o acórdão, o mesmo facto (área de implantação e de intervenção diferentes) “é dado como provado e como não provado” pela 1.ª instância.
O colectivo de juízes “não fez uma análise conjugada e crítica dos respeitos depoimentos”, havendo omissão “de fundamentação em vários factos”, nem fica perceptível como é que conclui a “inquestionável conduta ilícita dos arguidos”.
Em Setembro de 2022, o juiz que presidiu ao colectivo vincou que os factos dados como provados estavam sustentados em prova documental.
O processo centrava-se nas construções do Templo Ecuménico Universalista, do Museu da Chanfana e do Hotel Parque Serra da Lousã, com o Ministério Público a alegar que, nessas obras, houve vários crimes no curso das empreitadas.
No âmbito do processo, foram ainda condenados uma engenheira da Fundação ADFP, por três crimes de falsificação de documento, e uma empresa de construção civil e dois dos seus responsáveis, todos a penas de multa.
Dias após a decisão, o presidente da Fundação ADFP acusou o colectivo de juízes de ser “conivente com uma farsa”.
Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho acolhe a Fase Nacional das Olimpíadas de Física
No próximo sábado, dia 27 de Maio, a Escola Secundária Dr. Joaquim de Carvalho será o palco da Fase Nacional das Olimpíadas de Física, um evento organizado pela Sociedade Portuguesa de Física com o apoio do Município da Figueira da Foz.
Nesta etapa final da competição, estarão presentes 84 alunos, previamente seleccionados na Fase Regional, distribuídos em dois escalões: o escalão A, que inclui estudantes do 3.º ciclo do ensino básico até ao 9.º ano (competindo em grupo), e o escalão B, destinado aos alunos do ensino secundário até ao 11.º ano (competição individual).
Durante a manhã, os alunos realizarão provas práticas e teóricas e, à tarde, terão a oportunidade de visitar dois espaços museológicos da cidade, o Museu Municipal Santos Rocha e o Núcleo de Arte Contemporânea Laranjeira Santos.
No final do dia, serão premiados os três melhores grupos ou alunos de cada escalão.
Esta Fase Nacional das Olimpíadas tem como objectivo seleccionar os vencedores para as Olimpíadas Internacionais de 2024, que serão realizadas em Julho no Irão, e para as Olimpíadas Ibero-americanas
de 2024, cujo local ainda está por definir e ocorrerão em Setembro.
As Olimpíadas de Física visam estimular e desenvolver o interesse dos alunos do en-
sino básico e secundário pela Física, considerando a sua relevância na formação dos jovens e o seu crescente impacto em todas as áreas da Ciência e Tecnologia.