Efacec vai implementar sistema de controlo do MetroBus
AEfacec, empresa de referência na área da mobilidade eléctrica sustentável, conquistou um novo projecto em parceria com as Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) e a Metro Mondego, S.A. (MM), com o objectivo de contribuir para a descarbonização e a sustentabilidade da mobilidade local na região central do país.
O Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) consiste em um sistema de transporte público de passageiros chamado MetroBus, que funcionará em modo rodoviário totalmente eléctrico, em uma via própria. O sistema operará em áreas urbanas e suburbanas, reduzindo os níveis de ruído e melhorando a qualidade do ar em todo o entorno. A extensão total do projecto abrangerá 42 km nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, com duas linhas e 41 estações, com capacidade para atender até 13 milhões de viagens anualmente.
O contrato firmado prevê uma parceria de sete anos, que engloba o desenvolvimento tecnológico, construção e subsequente manutenção. Durante 22 meses, serão realizados a concepção e a construção de todos os sistemas de telemática, incluindo SAE (Sistema de Apoio à Exploração), rede de dados para suporte à operação, informação ao passageiro, sincronização horária, videovigilância, semaforização, sinalização rodoviária e sistemas de telemática embarcados
para 40 veículos. Os cinco anos seguintes serão dedicados à manutenção contínua do Sistema de Mobilidade do Mondego.
Ângelo Ramalho, Chairman e CEO da Efacec, expressou seu orgulho pela contribuição da empresa no desenvolvimento da mobilidade sustentável em Portugal, visando melhorar significativamente a qualidade de vida de milhões de portugueses. Ele destacou que a Efacec coloca seu conhecimento e experiência no desenvolvimento tecnológico em áreas estratégicas, como mobilidade, energia e meio ambiente, tornando-a verdadeiramente única em nível nacional e internacional.
Os sistemas de telemática desenvolvidos pela Efacec combinam tecnologias de telecomunicações com software próprio, permitindo uma gestão integrada, eficiente e segura da nova rede de MetroBus. Essa tecnologia proporciona ao operador controle total dos sistemas e se -
gurança para os usuários.
O projecto reforça o portfólio de soluções tecnológicas desenvolvidas pela Efacec para a Infraestruturas de Portugal, que já conta com mais de 50 anos de parceria e reflecte a confiança depositada na tecnologia e na capacidade de execução das equipes da empresa.
O fornecimento de soluções tecnológicas para projectos metro-ferroviários é uma das principais áreas de actuação da Efacec, que tem trabalhado em conjunto com importantes parceiros internacionais em diversos mercados, com foco especial na Europa do Norte.
Actualmente, a Efacec está envolvida em projectos como a Fase 4 do Metro de Bergen, na Noruega, a Linha Sydavnen do Metro de Copenhaga, na Dinamarca, a renovação do Centro de Comando do Metro de Dublin, na Irlanda, e a extensão da Linha Amarela e a nova Linha Circular do Metro do Porto.
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DAS PAREDES E DO PEITO
ODia Mundial Sem Tabaco assinala-se hoje numa altura em que o parlamento já recebeu o diploma do Governo para reduzir a venda e o consumo de um produto responsável pela morte de 13.500 pessoas em 2019.
Segundo o relatório do Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo da Direcção-Geral da Saúde, em 2019 morreram em Portugal mais de 13.500 pessoas por doenças atribuíveis ao tabaco, das quais 10.814 homens e 2.745 mulheres. Segundo os resultados do Inquérito Nacional de Saúde de 2019, 17% da população residente em Portugal com 15 ou mais anos era fumadora diária ou ocasional, menos três pontos percentuais do que em 2014.
Os dados do programa da DGS estimavam ainda que 1,3 milhões de pessoas fumavam diariamente e 248 mil faziam-no ocasionalmente em Portugal.
A actual lei do tabaco está em vigor deste 2017 e o Conselho de Ministros aprovou, em 11 de Maio, um novo diploma que pretende “ir mais longe” nas restrições à venda e nas limitações ao consumo, alegando que se trata de um “seríssimo problema de saúde pública”.
Uma das medidas previstas inicialmente na proposta de lei era a proibição da venda de tabaco nos
postos de abastecimento de combustível, que mereceu a contestação dos representantes do sector, e que o Governo deixou cair, com o argumento de que, em algumas localidades, “o sítio para comprar tabaco ficava demasiado longe”.
Com o diploma que já entrou na Assembleia da República, o Governo pretende uma “geração livre de tabaco até 2040”, tendo também em conta os novos padrões de consumo que surgiram com produtos como os cigarros aquecidos, sobretudo, entre os mais novos.
A nível mundial, a OMS estima que o tabaco seja responsável por oito milhões de mortes anuais e, este ano, está a pedir aos Governos que deixem de subsidiar o cultivo da planta do tabaco e apoiem as culturas de produtos alimentares.
A organização com sede em Genebra alerta que, enquanto mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentam a insegurança alimentar aguda, cerca de três milhões de hectares de terra são utilizados para o cultivo de tabaco, “mesmo em países onde as pessoas passam fome”.
O Dia Mundial Sem Tabaco, que se celebra todos os anos em 31 de Maio, foi adoptado em 1989 na 42.ª Assembleia Mundial da Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Dia Mundial Sem Tabaco assinala-se hoje com o país a debater restrições à venda e consumo
Hospital da Figueira da Foz assinala Dia Mundial da Esclerose Múltipla
No contexto do Dia Mundial da Esclerose Múltipla, que se assinalou ontem, o Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) destacou-se ao criar um canteiro/horta terapêutica no âmbito do tema do evento de 2020-2023, intitulado “Conexões”. A iniciativa visa promover a conexão com o próprio, com a comunidade e com cuidados de qualidade, desafiando as barreiras sociais que levam ao isolamento.
A equipa do Serviço de Medicina Física e Reabilitação (MFR) do HDFF, EPE, implementou o projecto no espaço exterior do Ginásio de Fisioterapia, com o objectivo de diversificar e integrar outras abordagens e planos de tratamento para os utentes. Através do envolvimento activo no cuidado de um projecto em crescimento, pretende-se contrariar o estigma associado a esse tipo de patologias, que muitas vezes são relacionadas com perda progressiva e negligência social.
Segundo a Fisioterapeuta Maria José Caceiro, os benefícios associados a esse projecto são amplos e diversificados. Num contexto de aumento de doenças crónicas, degenerativas, patologias de neurodesenvolvimento e população geriátrica, torna-se necessário associar os benefícios motores e cognitivos a actividades funcionais e do quotidiano. Essas actividades, com impacto directo no bem-estar psicoemocional, frequentemente debilitado nessa população, incluem aspectos como mobilidade, coordenação, equilíbrio, destreza manual, controle motor e sequenciamento de tarefas, entre outros.
Estudos têm demonstrado que o contacto com a natureza reduz os níveis de estresse, baixa a pressão arterial, proporciona uma sensação de conforto e estabilidade psicológica, melhorando o estado de humor. Esses factores são essenciais para o envolvimento motivacional na intervenção terapêutica, como a fisioterapia e a terapia da fala. Ao cuidar da horta terapêutica, os utentes são incentivados a participar em actividades facilitadas por um terapeuta, que visam apoiar os objectivos do plano de reabilitação, ao mesmo tempo em que cultivam o sentimento de bem-estar e contribuem para o cuidado e crescimento contínuo do projec -
to.
No dia de ontem, a equipa do Serviço de MFR do HDFF inaugurou simbolicamente o canteiro, que foi “aberto” por dois utentes. A intenção é que essa estrutura, preparada com paletes e baseada em princípios ecológicos e de economia circular, represente não apenas a esclerose múltipla, mas também outras condições supra descritas.
Diplomado em Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior premiado por estudo sobre obra espanhola
César Santos, diplomado no Mestrado Integrado em Engenharia Civil da Universidade da Beira Interior (UBI), conquistou o “Prémio Apresentação”, do 2.º Simpósio de Engenharia Civil – 2SEC 2023, que decorreu no Instituto Superior Técnico. “Numerical analysis of the Ebro river meander flow field, upstream of the bridge pavillion”, é o título do trabalho vencedor, que resultou da dissertação apresentada para a obtenção do grau de Mestre, em novembro de 2022.
O estudante teve orientação da docente do Departamento de Engenharia civil e Arquitetura da Faculdade de Engenharia da UBI, Cristina Fael, e do docente da Universitat Politècnica de Catalunya, de Espanha, Juan Pedro Martín-Vide.
O trabalho faz uso do programa ANSYS Fluent “para analisar o campo de escoamentos do meandro do Rio Ebro e os efeitos causados pelo pilar complexo do Pavilhão-Ponte de Zaragoza”, refere o resumo da dissertação. O Pavilhão Ponte, da autoria da arquiteta Zaha Hadid, foi construído como porta de entrada da
Exposição Internacional de Zaragoza, em 2008, com um pilar sobre o Ebro, constituindo-se como espaço de exposição interativa e integrando uma ponte pedonal.
O 2.º Simpósio de Engenharia Civil – 2SEC 2023 teve como principal objetivo divulgar os trabalhos académicos de Dissertação, Projeto, Estágio, Seminário ou equivalente, concluídos em 2021 ou 2022, pelos estudantes finalistas ou recém-diplomados de Licenciatura ou Mestrado em Engenharia Civil.
O evento visou a mobilização e participação dos estudantes desta área, dando a conhecer os melhores trabalhos desenvolvidos em ambiente académico ou por
meio de parcerias entre a academia e a indústria. Pretendeu, ainda, proporcionar o contacto entre os finalistas e recém-diplomados e as empresas empregadoras. Além do “Prémio Apresentação”, o 2SEC 2023 atribuiu os galardões “+Sustentabilidade”, “Resumo – Licenciatura”, “Resumo – Mestrado” e “+Mérito”.
A organização foi encabeçada pelo Instituto Superior Técnico, em parceria com as Instituições Portuguesas de Ensino Superior Universitário e Politécnico. O 2SEC 2023 teve lugar no início de maio, em formato presencial e remoto.
CiRcoLando retoma espectáculo “Climas” e cria uma nova experiência transdisciplinar
André Braga e Cláudia Figueiredo, da companhia CiRcoLando, retomam parte da pesquisa iniciada com o espectáculo “Climas” e embarcam numa nova criação intitulada “Cratera”. Inspirados pelas propostas da Geopoética de Michael Taussig e David Abram, os artistas procuram vivenciar conexões intensas com a terra e a natureza, explorando formas de linguagem e lucidez diferentes.
A paisagem vulcânica, simultaneamente fértil e devastadora, é o território de pesquisa escolhido. Segundo os artistas, as ideias de taça, útero, rumores, línguas estranhas e imaginários intemporais têm um apelo sedutor que os atrai. “Cratera” reúne dança, teatro, som e vídeo em uma “dramaturgia da paisagem” transdisciplinar. A construção dessa experiência artística envolve a exploração da respiração topográfica, da etnoficção e dos arquivos biográficos inscritos no corpo de cada artista.
O espectáculo é uma co-produção entre a CiRcoLando, o Teatro Nacional São João, o Teatro Académico de Gil Vicente, o Cineteatro Louletano, o Teatro Aveirense e o São Luiz Teatro Municipal. A pesquisa e parte do processo de criação concentram-se nas ilhas do Fogo e São Vicente, em Cabo Verde.
As apresentações de “Cratera” acontecem em várias datas e locais, incluindo:
16 de Junho: Estreia absoluta no TAGV, em Coimbra
23 a 25 de Junho: São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa
6 a 9 de Julho: Teatro Nacional São João, no Porto
20 de Outubro: Teatro Aveirense, em Aveiro
Além disso, estão previstas leituras encenadas em locais como Porto, CACE Leitura Encenada, Cabo Verde, Centro Cultural Ildo Lobo Leitura Encenada, e Lisboa, São Luíz Leitura Encenada. André Braga e Cláudia Figueiredo são os directores artísticos da CiRcoLando - Central Elétrica, um centro de criação e residências sediado no Porto. O seu trabalho é caracterizado pela intersecção de disciplinas, com foco nas artes performativas. Eles
construíram uma linguagem única baseada no conceito de transdisciplinaridade, dialogando intensamente entre dança e teatro e incorporando contribuições de outros campos criativos, como poesia, artes plásticas, música e vídeo.
Renovação da ETAR do Choupal em Coimbra avança pelo valor base de 37 ME
AÁguas do Centro Litoral (AdCL) aprovou ontem o lançamento de um novo concurso de requalificação da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) do Choupal, em Coimbra, cujo valor ronda os 37 milhões de euros (ME).
“Focado na política de requalificação preventiva e efectiva em manutenção de activos, este investimento, com valor base de 36,85 milhões de euros, incorpora novas exigências de tratamento impostas pela nova licença de descarga, emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA)”, informou a AdCL.
A remodelação da ETAR do Choupal, na margem direita do rio Mondego, “vai permitir uma maior resiliência do sistema de saneamento, um serviço essencial para a comunidade”, acres-
centou a empresa, registando que, “após um longo processo, (…) consegue autorização para o lançamento de concurso, no valor de 36,85 milhões de euros.
“Regozijamo-nos com este novo concurso, difícil de alcançar, visto que necessitou de diversas autorizações por parte da tutela”, afirmou o presidente do conselho de administração da AdCL, Alexandre Oliveira Tavares.
Na sua opinião, trata-se de “uma empreitada fundamental para modernizar esta importante infra-estrutura ambiental para a região e criar resiliência para o tratamento de cerca de 21,5 milhões de m3/ano de saneamento doméstico e industrial tratado, em tempo húmido”.
“É fundamental o envolvimento de todos os actores do território para sensibilizar as entidades
públicas para a necessidade de co-financiamento desta importante intervenção e investimento no ciclo urbano da água”, referiu.
A AdCL já tinha lançado um concurso público internacional em Fevereiro de 2021.
“Em Julho de 2021, verificou-se que todas as propostas foram excluídas, entre outros motivos, por ultrapassarem o preço base proposto a concurso, que era de 21,5 milhões de euros”, recordou.
A empresa encetou depois “as diligências necessárias para conseguir as devidas autorizações para este investimento”.
“Os 36,85 milhões de euros hoje aprovados serão divididos pela parte de concepção e construção, de exploração e reaproveitamento eléctrico, através da produção de biogás e de energia fotovoltaica”.
A ETAR remodelada do Choupal, com aproveitamento de “boa parte das infra-estruturas actuais”, servirá uma população de 200 mil pessoas da zona de Coimbra “no ano horizonte de projecto”.
“A linha de tratamento proposta (…) tem em consideração as preocupações ambientais inerentes à descarga dos efluentes tratados na massa de água, o rio Mondego, mas também objectivos de melhoria da eficiência energética e de valorização de subprodutos, alinhados com as estratégias e compromissos nacionais em termos de neutralidade energética e carbónica e de economia circular”.
Câmara de Coimbra aplica taxa turística na melhoria das condições para os turistas
nimo entre duas a três noites na cidade”, acrescentou.
Já o vereador da Câmara Municipal de Coimbra Miguel Fonseca, que tem a seu cargo as Finanças, informou que Coimbra foi o 13.º município do país a implementar esta taxa, com o valor de um euro por dormida, num máximo de três dormidas.
os empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local situados na área geográfica do município, até um máximo de três noites seguidas, por pessoa e por estadia.
A taxa incide sobre hóspedes com idade igual ou superior a 16 anos, sendo aplicada apenas entre os meses de Março e de Outubro.
Ovice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Francisco Veiga, garantiu ontem que a receita da taxa municipal turística, em vigor desde Abril, vai ser aplicada na melhoria das condições de acolhimento e atractividade a quem visita a cidade.
“O compromisso da Câmara Municipal de Coimbra é que a receita da taxa turística reverta para a melhoria, a implementação e a atractividade daquilo que é o turismo na cidade de Coimbra. A receita da taxa turística deve reverter para a melhoria das condições do turista que nos visita”, destacou.
Durante a sessão de apresentação da ferramenta informática que gere a cobrança da taxa municipal turística, Francisco Veiga disse aos proprietários de empreendimentos turísticos, estabelecimentos de alojamento local e outras entidades do sector, que encheram o salão nobre, que lhes cabe exigir ao Município de Coimbra que crie melhores condições para que o turista permaneça mais do que 1,2 noites em média na cidade.
“[A Câmara Municipal de Coimbra] deve fazer tudo para que um turista que nos visite fique no mí-
“O nosso regulamento tem o maior número de excepções a nível nacional, fomos os mais generosos nas isenções ou reduções”, acrescentou.
A apresentação da ferramenta informática que gere a cobrança da taxa municipal turística e que entra em funcionamento a 1 de Junho, coube a Cláudia Ribeiro, chefe de divisão da Modernização Administrativa, que explicou como os operadores devem registar-se, comunicar as dormidas e proceder à liquidação e entrega da taxa.
Os operadores apresentaram diversas dúvidas em relação à forma como devem cobrar a taxa, como devem aplicar as isenções ou até que comprovativo podem dar aos turistas.
Depois de algumas explicações, o vice-presidente da Câmara Municipal de Coimbra prometeu resposta, da autarquia, a todas as dúvidas que fossem remetidas por escrito.
“Assim, é mais confortável para vocês e o ónus fica do lado da Câmara”, sustentou.
A taxa municipal turística de Coimbra entrou em vigor em 5 de Abril, sendo de um euro por pessoa e por dormida, cobrada em todos
A mesma não se aplica a hóspedes cuja estadia seja motivada por tratamento médico, estendendo-se a um acompanhante, desde que seja apresentado documento comprovativo de marcação/prestação de serviços médicos ou documento equivalente.
A mesma isenção é aplicada a hóspedes com incapacidade igual ou superior a 60%, desde que apresentem documento comprovativo dessa condição, extensível a um acompanhante; e a hóspedes que se encontrem alojados por indicação da Segurança Social, consequência de situações sociais graves ou na sequência de realojamentos provocados por catástrofes e intempéries declaradas.
A isenção também se aplica a estudantes nacionais e estrangeiros que ingressem no ensino superior em Coimbra, bem como bolseiros de investigação que utilizem empreendimentos turísticos e estabelecimentos de alojamento local no início de cada ano lectivo, até ao máximo de 60 dias seguidos.
Segundo o vereador Miguel Fonseca, a Câmara Municipal de Coimbra estima ultrapassar, este ano, as mais de 700 mil dormidas registadas em 2019.
Faleceu o padre António Sousa, capelão da Rainha Santa e ex-director da Cáritas
Opadre António Sousa, que faleceu esta quarta-feira, aos 86 anos, era o capelão da Confraria da Rainha Santa Isabel e foi, durante mais de três décadas o director da Cáritas de Coimbra.
Nascido a 29 de Maio de 1937, fez 86 anos no passado dia 29 de Maio e faleceu hoje, dia 31 de Maio, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, conforme informa a Confraria da Rainha Santa.
“A cidade de Coimbra perdeu um ser humano e um amigo verdadeiramente inspirado e inspirador e que deixa uma extensa obra para nos fazer
lembrar da sua importância. Que a Rainha Santa o receba nos seus braços e o acompanhe na chegada ao Céu”, refere a Confraria na nota em que expressa “profundo pesar”.
O velório do padre António Sousa é realizado na Igreja da Rainha Santa Isabel, a partir das 17h00, onde será celebrada uma missa de corpo presente às 18h00. O funeral será amanhã (quinta-feira), com missa na Igreja da Rainha Santa Isabel, às 11h00, presidida pelo bispo de Coimbra, Virgílio Nascimento Antunes, seguindo-se o funeral para o Paião, Figueira da Foz, sua ter-
ra natal.
De 1967 a 2005, o padre António Sousa foi grande impulsionador da Cáritas Diocesana de Coimbra, primeiro como seu assistente eclesiástico e depois como presidente da Direcção.
Segundo a Cáritas de Coimbra, a ele se deve a multiplicação de campos de intervenção social desta instituição, a animação pastoral das comunidades, a promoção comunitária, alfabetização, saúde, acção social com crianças, jovens, idosos, mulheres em risco, migrações, etnias, entres outras áreas.
Turismo do Centro homenageou personalidades e instituições da região
ATurismo Centro de Portugal homenageou nove personalidades e instituições que têm contribuído para o desenvolvimento e notoriedade do turismo na região Centro de Portugal.
A homenagem aconteceu, ontem, durante o jantar oficial que teve lugar no Hotel Dona Maria, na Covilhã, num dos momentos altos do 9.º Fórum de Turismo Interno “Vê Portugal”.
Após discursos de boas-vindas, por parte de Vítor Pereira, presidente da Câmara Municipal da Covilhã, e de Pedro Machado, presidente do Turismo Centro de Portugal, foram revelados os homenageados. As homenagens foram entregues pela Comissão Executiva do Turismo Centro de Portugal e pela ministra Ana Abrunhosa.
Os homenageados foram:
Personalidade - três presidentes das Entidades Regionais de Turismo que terminam este ano os seus mandatos, nomeadamente João Fernandes (ERT Algarve), Victor Costa (ERT Lisboa) e Vítor Silva (ERT Alentejo); Personalidade / Reconhecimento - Alexandre Patrício Gouveia (a título póstumo);
Sustentabilidade - Chão do Rio, Turismo de Aldeia em Travancinha, Seia;
Hotelaria - Casa Grande de Loureiro, em Tábua; Restauração – Restaurante Vallécula, em Valhelhas, na Guarda:
Marca - Água de Luso, na Mealhada; Eventos - Boom Festival, em Idanha-a-Nova, e Festa dos Tabuleiros, em Tomar.
Pedro Machado foi igualmente homenageado por parte dos três presidentes das ERT cessantes, uma vez que o presidente da Turismo Centro de Portugal também termina funções este ano.
Prémios empreendedorismo e teses académicas
No decorrer do jantar oficial foram também entregues os Prémios do Concurso de Empreendedorismo Turístico “José Manuel Alves”, instituídos pelo Turismo Centro de Portugal. O júri final desta oitava edição, composto por Miguel Mendes (Turismo de Portugal) e Guilherme Fonseca (Portugal Ventures), premiou os seguintes projectos: 1.º classificado - “O Nosso Fado” (Ricardo Cunha e Romane Forgue); 2.º classificado -
“Coimbra Experiences Hub” (Portugal Green Travel); 3.º classificado - “Vista da Torre” (Daniela Batista, Mark McClure e Adriana Mesquita).
No Concurso de Teses Académicas o júri final da sétima edição, composto por Alexandra Rodrigues (CCDRC) e Adriano Costa (Escola Superior de Turismo e Hotelaria do Instituto Politécnico da Guarda), distinguiu as seguintes teses: Doutoramento - “A co-criação enquanto impulsionadora de experiências enogastronómicas” (Mariana Sousa e Silva Cabral de Carvalho); Mestrado - “A regeneração do património olivícola em Portugal com suporte no Turismo Criativo“ (Inês Costa Soares).
Houve ainda tempo para a atribuição dos prémios “Best of Responsible Trails”. Estes são promovidos pela A2Z Consulting e distinguem anualmente os percursos ao ar livre (walking e cycling) que se destacaram no ano anterior pelas melhores práticas, com a atribuição dos “Best of Responsible Trails”, em três categorias (Inteligente, Conservação e Comunidade).
Venceram, na categoria Comunidade, a caminhada PR 1 LRA - Rota do Vale do Lapedo, em Leiria; na categoria Conservação, a caminhada PR17 CVL - Rota das Pontes, na Covilhã; e na categoria Inteligente, a Grande Travessia Montanhas Mágicas em BTT.
Mundial do Ambiente
no território da AdCL
ODia Mundial do Ambiente celebra-se na próxima segunda-feira, 5 de Junho, e a Águas do Centro Litoral assinala uma das efemérides mais relevantes do sector com a concretizações de diversas actividades.
“No Lado Certo da História” continua a ser o mote das campanhas promovidas pela Empresa que dará continuidade à sua estratégia de reforço da proximidade com o público servido.
Nesta panóplia de iniciativas destacam-se as visitas às nossas estações de tratamento de águas residuais, a realização de mais um webinar, desta feita centrado na temática relacionada com a preservação dos recursos hídricos, e, ainda, o reforço da parceria com a organização ColorAdd, que resultará na implementação de um sistema de identificação de cores para daltónicos que tornará as nossas praias em lugares mais acessíveis e inclusivas, e finalmente na concretização de duas parcerias, que pretendem comunicar e transmitir a actividade da AdCL como prestadora de um serviço público essencial junto da população.
Celebrado a 5 de Junho, o Dia Mundial do Ambiente foi instituído pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, em 1972, na Conferência de Estocolmo, na Suécia, cujo tema central foi o Ambiente Humano. Esta efeméride é assinalada nos quatro cantos do planeta, motivando inúmeras actividades alusivas a matérias ambientais. Este ano, o tema do Dia Mundial do Ambiente é sobre soluções para a poluição plástica.
Ciclo de webinares de regresso
Intitulado “Cuidamos do rio como cuidamos da vossa saúde”, este webinar, agendado para as 16h30 do dia 5 de Junho, segunda-feira, apresenta a AdCL no Lado Certo da História, assumindo a (re)criação de um momento ímpar de partilha, com parceiros estratégicos, entre eles, a ABAE, o Município de Góis e a ColorADD. Como habitualmente, o webinar será transmitido em directo nas redes sociais da AdCL, podendo posteriormente ser consultado ou revisto nas contas das plataformas digitais da Empresa.
Neste evento, a AdCL pretende evidenciar os benefícios da sua missão como de uma “mão invisível” se tratasse, fazendo a diferença na vida das pessoas, com recurso à valorização da protecção da saúde pública, bem-estar e qualidade de vida da população e do ambiente.
Parceria torna praias da região mais inclusivas
A Águas do Centro Litoral reforçou a sua ligação com a ColorAdd, ONG cuja missão incide no apoio e inclusão de pessoas com daltonismo. Esta parceria prevê a implementação do sistema de identificação de cores para daltónicos em 19 praias costeiras e fluviais da região já na época balnear que se avizinha.
Estas praias, que agora se destacarão como espaços mais acessíveis e inclusivos, distribuem-se pelos concelhos de Cantanhede, Espinho, Góis, Leiria, Lousã, Marinha Grande, Ourém, Penela e Vagos.
O código universal de cores para daltónicos apoia-se nas cores primárias como ponto de partida (ciano, magenta e amarelo), às quais foram acrescentadas o preto e o branco. Para cada uma destas cinco cores foi criado uma forma geométrica básica. A conjugação destes símbolos básicos permite representar simbolicamente todas as cores existentes.
Assim, considerando a importância e utilidade deste código, a acção vai traduzir-se na instalação de autocolantes com os símbolos ColorAdd nos ecopontos espalhados pelas praias enquadradas no projecto. Os pontos de recolha de lixo contarão, a partir de agora, com o código de identificação de cores, permitindo que daltónicos consigam realizar a separação de resíduos.
Os símbolos serão, ainda, colocados nas bandeiras convencionais que sinalizam as condições do mar e rios portugueses. Dessa forma, a identificação da bandeira hasteada em cada momento será efectiva junto da população daltónica.
Com esta parceria, a AdCL contribuirá para o cumprimento da Estratégia Nacional para a Inclusão de Pessoas com Deficiência assumida pelo Governo português que se propõe a que, em 2024, todas as praias nacionais contem com um sistema de identificação de cores para daltónicos.
O daltonismo, recorde-se, afecta cerca de 10% da população masculina mundial, sendo que 1 em cada 200 mulheres é daltónica. Estima-se a existência de 350 milhões de pessoas que sofrem de daltonismo em todo o mundo. CONTINUA NA PRÓXIMA PÁGINA...
Dia
comemorado
Várias iniciativas estão a ser preparadas para a efeméride
CONTINUAÇÃO...
Semana dedicada à Sensibilização Ambiental
A AdCL vai receber perto de 500 alunos na sua ETAR do Juncal, em Porto de Mós. Inserida na Semana da Educação 2023 – “Sentir a Vila do Juncal”, estas visitas destinam-se aos alunos do 5o e 6o ano do município, onde poderão ver ao vivo o processo de tratamento de águas residuais e perceber que todas as nossas acções têm influência na rede de saneamento, mas, também, nos rios e mares.
Também a ETAR das Olhalvas vai abrir as suas portas à população em geral, no dia 3 de junho, às 10h30. Inserindo-se nas comemorações do GreenWeek, a AdCL e Centro de Interpretação Ambiental (CIA) de Leiria convidam todos os interessados a conhecer o que acontece ao esgoto depois de sair das nossas casas. Esta visita é realizada mediante inscrição no CIA.
Sensibilizar através da arte
A Águas do Centro Litoral e o Orfeão de Leiria marcam dia 30 de Maio, terça-feira, no Centro de Interpretação Ambiental (CIA) de Leiria, o início da parceira entre as duas entidades através da apresentação do Festival Beira Rio, que irá decorrer nos dias 3 e 4 de Junho. Esta apresentação conjunta surge de uma parceria entre as duas entidades, cujo objectivo é sensibilizar a comunidade através da música.
A partir do livro “Será o Mar o meu lugar?”, de Sarah Roberts, sugerida pela AdCL, foi criado um Musical, sob a forma de Concerto Didáctico, dedicado à protecção dos Oceanos, com música, letra e coreografia inéditas do compositor Mário Nascimento, da letrista Maria Helena Vieira e do coreógrafo Luís Sousa, cujo a estreia é no dia 3 de Junho no Teatro José Lúcio da Silva, em Leiria.
Este musical pretende Educar para a necessidade urgente da preservação e sustentabilidade do meio ambiente, sensibilizando a comunidade sobre as consequências dos nossos actos ao colocarmos indevidamente os resíduos na rede de saneamento.
Nesta edição, ao abrigo da parceria com a AdCL, está também prevista uma caminhada, no dia 4 de Junho, pelas 9h10, com partida no jardim St. Agostinho e términus na ETAR das Olhalvas, com possibilidade de visita à instalação. Uma caminhada que conta, também, com a colaboração do CIA de Leiria que
irá promover a observação e identificação de plantas autóctones e invasoras, as aves, insectos e outras espécies presentes no ecossistema ribeirinho do percurso Polis, e ainda instalar dois hotéis de insectos na ETAR das Olhalvas, com o objectivo de promover lugares de refúgio para estas espécies polinizadoras e fomentar a biodiversidade deste local.
Também no dia 5 de Junho, às 15h00, no Exploratório - Centro Ciência Viva de Coimbra, a AdCL assina o protocolo de colaboração regional com o Exploratório de Coimbra, cujo objectivo é comunicar a essencialidade do serviço diário prestado pela AdCL, através da exposição ÁGUA - uma exposição sem filtro. Esta mostra convida pequenos e graúdos a lutar contra o stress hídrico e a escassez de água, por um futuro com água para todos. Composta por 30 módulos, a exposição desafia o visitante a assumir com empenho um compromisso pela água, através de quatro áreas temáticas que exploram os contrastes entre a vida com e sem acesso a água.
Antiga Estação Elevatória do Parque aposta na divulgação de ciência
educativo dirigido às escolas, recebendo centenas de alunos de dentro e fora do concelho de Coimbra, mas também deslocando-se aos estabelecimentos de ensino para dinamizar acções pedagógicas que ensinem os mais novos a utilizar a água de modo mais eficiente e sustentável.
AÁguas de Coimbra reestruturou o conceito do espaço que até aqui foi conhecido como Museu da Água, no Parque Dr. Manuel Braga. A agora designada Antiga Estação Elevatória do Parque (AEEP) é um espaço de conhecimento, participação pública e responsabilidade social, que aposta essencialmente na divulgação de conteúdos de base científica.
A antiga estação de captação de água, datada de 1922, continua a ser um espaço de encontro da Águas de Coimbra com a comunidade; o lugar onde a empresa municipal exerce a actividade de responsabilidade social, sensibilizando a população para a preservação da água, um recurso cada vez mais valioso e escasso.
Até ao dia 16 de Junho, está patente neste espaço a “EDURRIO - Educar para a preservação e sustentabilidade dos rios e ribeiras urbanas e dos seus recursos - da biodiversidade aos serviços do ecossistema”. Entre o Jardim Botânico e a Antiga Estação Elevatória do Parque estão instalados 28 painéis que revelam os ecossistemas
das ribeiras escondidas de Coimbra, chamando a atenção do público para a necessidade da sua preservação.
Também no mês de Junho, entre os dias 1 e 24, a Antiga Estação Elevatória vai acolher o 28.º CineEco - Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela. Através de uma parceria estabelecida com o Município de Seia, foi possível trazer a este espaço um dos mais singulares festivais de cinema em Portugal, de prestígio internacional, dedicado à temática ambiental.
No final de Junho, dia 30, a AEEP irá exibir a instalação “Cuidado! Invasoras Aquáticas!”, exposição científica desenvolvida pelo Museu de Ciências Naturais de Madrid, no âmbito do projecto Life INVASAQUA. Terá como propósito mostrar espécies aquáticas invasoras da Península Ibérica, o seu grau de ameaça à fauna e flora autóctones, bem como as consequências e o impacto ambiental, socioeconómico e sanitário que estas espécies causam.
A par desta programação, a AEEP continua a desenvolver o serviço
Foi também no âmbito da reestruturação deste espaço de conhecimento que a Águas de Coimbra estabeleceu, há cerca de seis meses, um protocolo de colaboração com o Exploratório - Centro de Ciência Viva, que visa uma estreita colaboração na promoção da exposição Água - Uma Exposição sem Filtro.
Inaugurado a 22 de Março de 2007, este edifício tem, desde o início da sua actividade, uma missão de educação ambiental. Ali funcionou, recorde-se, a Provedoria do Ambiente e Qualidade de Vida Urbana, da Câmara Municipal de Coimbra, bem como um Centro de Interpretação Ambiental, com informação permanente sobre a qualidade do ar, do ruído, da água e do tráfego da cidade.
A recuperação da antiga estação de captação de água conseguiu preservar boa parte do património industrial que ali havia, como tubagens, alavancas, antigos contadores e outros equipamentos relacionados com o abastecimento de água.
Durante o mês de Junho, no âmbito da extensão oficial do 28.º Festival Internacional de Cinema Ambiental, a AEEP funciona de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
Feira do Livro de Leiria já decorre no Mercado de Sant’Ana
Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)
A Feira do Livro de Leiria tem início hoje (31) e decorre até dia 4 de Junho, no Mercado de Sant’Ana - Centro Cultural. Sob o tema “Com livros somos sustentáveis”, o evento pretende promover a literacia como base para a cidadania, nomeadamente, no que diz respeito à diminuição da pegada carbónica e ao combate às alterações climáticas. Durante os próximos cinco dias são esperadas centenas de crianças que vão visitar a Feira do Livro através de visitas escolares e/ ou na companhia dos seus familiares. Como forma de introduzir hábitos de leitura nos mais jovens, a iniciativa tem planeadas diversas actividades, entre as quais, apresentações de livros com posteriores sessões de autógrafos. Estão ainda previstas uma oficina de ficção, a exposição GEOTA “Renature: Restauro Florestal em Portugal”, concertos e animação infantil.
Além disso, a Feira do Livro de Leiria 2023 vai assinalar o centenário do nascimento dos escritores Eugénio de Andrade, Natália Correia e Eduardo Lourenço através do momento “GRADIVA”. A sessão realiza-se no sábado (03), às 21h00, e conta com a presença de Teresa Carvalho, crítica literária, ensaísta e professora, José Carlos de Vasconcelos, director do Jornal de Letras, Artes e Ideias, e Anselmo Borges, padre católico, professor universitário e ensaísta.
Nesta edição do evento vão estar presentes as livrarias Americana, Arquivo, Bertrand, Boa Leitura, FNAC, Gráfica de Leiria, Letras e Livros e Note. Os visitantes podem usufruir da iniciativa entre as 10h00 e as 19h00, hoje
(31) e amanhã (01), das 10h00 às 23h00, na sexta-feira (02), das 14h00 às 23h00 no sábado (03) e das 14h00 às 19h00 no domingo (04).
A Feira do Livro de Leiria é organizada pelo Município de Leiria em conjunto com a ACILIS - Associação de Comércio, Indústria, Serviços e Turismo da Região de Leiria. Toda a programação sobre o evento está disponível em https://leiriagenda.cm-leiria.pt/pt/agenda/feira-do-livro-de-leiria.
ESAC estabelece métodos para salvaguardar meio ambiente
ODia Mundial do Ambiente, que se celebra na segunda-feira (5 de Junho), procura divulgar e alertar para a importância dos cuidados que todos nós, enquanto cidadãos, devemos ter para com o planeta em que vivemos. Marta Lopes é docente e coordenadora da Licenciatura em Tecnologia e Gestão Ambiental da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC) e também investigadora no INESC Coimbra - Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores de Coimbra e falou ao Campeão das Províncias de como a ESAC prepara os seus alunos para uma melhor gestão do ambiente, bem como considera a região de Coimbra em termos ambientais.
1. O tema deste ano do Dia Mundial do Ambiente é sobre o combate à poluição plástica. Na sua opinião, quão importante é esta problemática?
O plástico desempenha uma função útil no nosso dia-a-dia, com aplicações importantes em várias actividades. Em 2021, em Portugal, foram produzidos cerca de 1,8 Mt de resíduos de plástico, tendo apenas cerca de 60% des-
sas sido recicladas. Estima-se que na União Europeia, 80-85% do lixo marinho seja constituído por plástico, representando um sério risco para os ecossistemas marinhos, a biodiversidade e a saúde humana, causando prejuízos a actividades como o turismo, as pescas e o transporte marítimo. A redução da poluição marinha requer ajustamentos nas opções de consumo individuais, de novas soluções baseadas no ecodesign de produtos e de políticas ambientais inovadoras.
2. Como considera que a região de Coimbra está a liderar com os microplásticos?
Estudos recentes comprovam a omnipresença de microplásticos no ambiente, incluindo rios, solo e ecossistemas marinhos. Estes resultam da degradação de partículas plásticas de maior dimensão, da abrasão de têxteis sintéticos durante o seu processo de lavagem, ou da utilização de produtos de higiene. Estima-se que 35% dos microplásticos nos oceanos sejam originados pela lavagem de têxteis sintéticos. Os microplásticos entram meio hídrico através da deposição atmosférica, do escoamento da água ou através das águas residuais urbanas, cujos sistemas de tratamento têm sido ineficazes, até ao momento, para os remover. É necessário promover políticas, regulamentação e incentivos que limitem a incorporação de microplásticos em produtos, promovam o desenvolvimento e adopção de novas tecnologias de tratamento de águas residuais e sensibilizem a sociedade para novos padrões de
consumo. Um exemplo em Coimbra é o projecto “Make water cleaner” que visa desenvolver uma tecnologia para remover microplásticos das águas residuais.
3. Considera a região de Coimbra com um bom ambiente?
A Constituição da República Portuguesa consagra que todos temos direito a um ambiente de vida humano, sadio e ecologicamente equilibrado, mas também o dever de o defender, preservar e de respeitar, de forma a assegurar o desenvolvimento sustentável a longo prazo para as gerações futuras. Mas o que é o ambiente?
A Lei n.º 19/2014, de 14 de Abril, estabelece as bases da política de ambiente e define que o ambiente inclui não só os componentes naturais, como o ar, a água e o mar, a biodiversidade, o solo e o subsolo, a paisagem, os recursos naturais em geral e os bens e serviços que os ecossistemas nos prestam (produção de oxigénio pelas plantas, por exemplo), mas também componentes associadas a comportamentos humanos, como as alterações climáticas, a produção de resíduos ou a emissão de ruído.
A Agência Portuguesa do Ambiente publica todos os anos o Relatório de Estado do Ambiente (https://rea.apambiente.pt/), onde apresenta indicadores de qualidade ambiental à escala nacional. Contudo, este tipo de estudos não existe à escala regional, o que seria determinante para uma resposta objetiva para avaliar com rigor a qualidade ambiental da região de Coimbra.
Marta Lopes da ESAC aborda temas sobre o ambiente
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4. Até que ponto a agricultura afecta o ambiente?
Nas últimas décadas a agricultura evoluiu de uma actividade local de subsistência para uma indústria global intensiva com o propósito de assegurar as necessidades alimentares do aumento exponencial da população. Em determinadas condições de produção, a agricultura pode gerar impactos ambientais negativos significativos, como a poluição do meio hídrico, a destruição da paisagem natural, a erosão e perda de solo fértil, a redução de biodiversidade, incluindo o declínio de insectos polinizadores. Contribui ainda para as alterações climáticas, sendo responsável pela emissão de 10% dos gases com efeito de estufa emitidos pela União Europeia.
Por outro lado, a agricultura está intrinsecamente associada a questões de segurança e soberania alimentar e os eventos geopolíticos mundiais recentes (como a invasão da Ucrânia pela Rússia) relançaram a discussão sobre a importância dessa soberania e da autonomia alimentar. Este é um desafio actual, sendo certo que a actividade agrícola, quando executada com recurso a técnicas mais sustentáveis, desempenha funções essenciais ao nível do ambiente, na promoção:
• da saúde dos ecossistemas, pela gestão da interface entre as áreas humanizadas e o território mais natural, promovendo a gestão da paisagem, a regeneração do solo, a recarga dos aquíferos e a promoção da biodiversidade;
• da qualidade ambiental e da mitigação das alterações climáticas, pela sua função essencial na captura de carbono e na produção de biomateriais;
• do bem-estar das pessoas, na valorização da cultura e das tradições locais.
5. Que soluções/projectos a ESAC oferece na sustentabilidade do sector agrícola?
Além do ensino, na Agrária de Coimbra desenvolvem-se outro tipo de actividades, nomeadamente, investigação, apoio à comunidade, produção agrícola, pecuária e florestal, bem como transformação agro-alimentar com produção de diversos produtos inovadores.
Ao longo dos anos, a ESAC tem desenvolvido vários projectos que promovem a sustentabilidade da agricultura, sempre utilizando o seu campus como laboratório vivo de ensino, aprendizagem e investigação. Refere-se alguns exemplos:
• 17 hectares certificados em agricultura biológica;
• desenvolvimento de técnicas de compostagem e produção de materiais orgânicos fertilizantes do solo;
• desenvolvimento de técnicas de conservação e protecção da erosão do solo;
• utilização de pastagens biodiversas enriquecidas com leguminosas;
• selecção e conservação de variedades genéticas tradicionais e de animais de raças autóctones, perpetuando o património genético nacional;
• adopção de práticas de protecção integrada;
• desenvolvimento e utilização de técnicas 4.0 para optimizar a produção agro-pecuária;
• utilização de práticas eficientes na rega para poupança de água e energia;
• soluções de tratamento de efluentes inovadoras;
• desenvolvimento de sistemas agrovoltaicos e de novos serviços de flexibilidade para os mercados de energia;
• estreitamento da ligação da agricultura ao consumidor através de venda directa na Loja da Agrária e da promoção de circuitos curtos.
6. De que forma os cursos da ESAC preparam os estudantes para a protecção do meio ambiente?
A Agrária de Coimbra ministra actualmente cursos de nível superior (CTeSP, Licenciaturas e Mestrados) nas áreas de agricultura biológica, agro-pecuária, ambiente, biotecnologia, enfermagem veterinária, florestas, tecnologia alimentar, turismo em espaços rurais e naturais, caracterizados por uma forte componente profissionalizante e por uma ligação muito próxima ao tecido empresarial, a associações e cooperativas.
Embora a Licenciatura em Tecnologia e Gestão Ambiental e os Mestrados em Gestão Ambiental e em Desenvolvimento Sustentável sejam as ofertas mais relacionadas com as tecnologias de protecção ambiental, todos os cursos estão alinhados com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável e a adopção dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Além disso, acreditamos que a imersão dos estudantes num “campus sustentável”, certificado como “Eco-Campus”, reconhecido internacionalmente pelas boas práticas de gestão ambiental e alvo de vários projectos de eficiência energética co-financiados por programas públicos, que fazem deste espaço uma referência, induz toda a comunidade académica a adoptar práticas e comportamentos mais sustentáveis.
Investigadores de Coimbra obtêm modelo para estudar variações climáticas de Marte
Investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (UC) desenvolveram um modelo de precisão que possibilita a análise da evolução paleoclimática do planeta Marte.
O estudo, realizado por investigadores do Departamento de Ciências da Terra, pretendia identificar quais os mecanismos responsáveis “pela formação de ‘ripples’ eólicos em Marte, cartografando a uma escala global estas estruturas sedimentares e medindo o seu tamanho, de maneira a testar várias teorias de formação avançadas anteriormente”, referiu a UC, em comunicado enviado à agência Lusa.
“Os ‘ripples’ são ondulações que se formam em sedimentos por acção de um fluido em movimento. No caso dos ‘ripples’ eólicos, a ação do vento leva ao transporte de areia, o que origina pequenas ondulações na superfície das dunas, algo que todos já viram por exemplo na areia da praia”, explicou David Vaz, coordenador da investigação, citado na nota.
O investigador salientou que, no caso do planeta Terra, “os ‘ripples’ são de pequenas dimensões, com espaçamento de cerca de 10 centímetros”, mas que em Marte são muito maiores, “com espaçamentos de dois a cinco metros, devido às diferentes condições que existem na superfície do planeta”.
De acordo com David Vaz, o estudo permitiu con-
cluir “que existe uma relação entre o tamanho dos ‘ripples’ e a pressão atmosférica na superfície do planeta vermelho, como previsto por um dos modelos estudados”.
“Compreender de que forma é que os processos eólicos moldam a superfície de Marte hoje em dia e, em particular, como estes processos variam com a pressão atmosférica, permite interpretar e inferir as condições atmosféricas no passado”, revelou.
O coordenador da investigação frisou que, “graças aos métodos inovadores desenvolvidos, foi possível analisar com grande precisão uma extensão da superfície de Marte muito superior à de trabalhos anteriores”.
“Estes novos dados permitem resolver algumas das contradições que existiam, possibilitando testar as duas principais hipóteses que procuram explicar a existência de ‘ripples’ de grandes dimensões nas dunas marcianas”, sustentou.
Segundo o investigador, os dados e modelos apresentados nesta investigação permitem ainda interpretar o registo sedimentar, podendo vir a ser utilizados para saber quando e como Marte perdeu uma parte significativa da sua atmosfera.
“Tal mudança climática fez com que Marte tenha passado de um planeta com água na superfície para um planeta seco, frio e árido”, concluiu David Vaz.
Alunos da UTAD cozinham pratos típicos de 15 países
Cátia Barbosa (Jornalista do “Campeão” no Porto)
Esta quarta-feira (31), os alunos da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) vão reunir-se para cozinhar pratos típicos de 15 países. A iniciativa pretende assinalar o “International Day”, cujo propósito passa por valorizar os estudantes internacionais.
A UTAD adianta que o evento pretende promover as “partilhas multiculturais e experiências enogastronómicas” por parte dos alunos portugueses e estrangeiros. Desde o Brasil, à Turquia, Moçambique e Polónia são vários os países e diversas as culturas que, esta tarde, vão ser homenageados no Kitchen Lab da universidade. “O ‘UTAD International Day’ representa a valorização dos nossos estudantes internacionais e a promoção de um ambiente multicultural no nosso campus”, revela, tam-
bém em comunicado, o Vice-Reitor para a Internacionalização, Luís Ramos.
O mesmo responsável explica que o dia de hoje é “também uma ocasião especial para a comunidade académica e para a comunidade local se encontrarem e experimentarem pratos típicos de 15 países”. Caril de amendoim, pão de queijo, caldo mancarra, moamba de galinha, brigadeiro e tiramisu são apenas algumas das receitas a ser confeccionadas.
Como forma de animar o serão, a iniciativa conta ainda com actividades de animação cultural, demonstrações de capoeira e música étnica. “Esperamos que esta segunda edição do ‘International Day’ seja uma festa de partilha global de sabores e saberes, provando que a UTAD está cada vez mais multicultural, inclusiva e global”, frisa Luís Ramos.
No momento, a academia acolhe mais de mil estudantes provenientes de 54 países.