Campeão Digital - 24/04/2020

EDIÇÃO COM 16 PÁGINAS DIRECTOR LINO VINHAL www.campeaoprovincias.pt | telef. 239 497 750 | e-mail: campeaojornal@gmail.com

SEXTA-FEIRA, 24 DE ABRIL 2020

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Coimbra tem AQUI! “pandemia” P de obras or forma a melhorar o caudal informativo nesta altura tão atípica da nossa vida colectiva, o “Campeão das Províncias” inicia, hoje, a publicação de um Jornal digital, em formato PDF, que actualiza diariamente e que pode ser consultado gratuitamente.

Tem a matriz de um Jornal tradicional, várias páginas e a mais diversa informação, seja de carácter noticioso, seja publicitário.

Estas edições podem ser consultadas no nosso site, em www.campeaoprovincias.pt, e nas nossas plataformas digitais.

Esta edição do Jornal complementa a informação que a todo o momento actualizamos online na nossa página da Internet, e a que, com a regularidade possível nesta altura, publicamos na edição em papel, às quintas-feiras.

A pandemia afectou severamente todos os sectores da sociedade e os meios de comunicação não foram excepção. Se a nível nacional o panorama não é bom e não se avizinha fácil, num patamar regional o dia-a-dia não é melhor, mas tem-se combatido com a determinação que é característica deste sector.

A certeza de que o jornalismo é essencial à democracia, a um povo informado com a verdade e à construção de uma sociedade que, naturalmente, será diferente daqui em diante, tem garantido aos jornalistas e aos jornais o seu papel imprescindível.

A CIDADE ESTÁ A SER TODA “REMEXIDA”

Com as ruas desertas pelo confinamento devido à pandemia da covid-19, a Câmara Municipal de Coimbra tem aproveitado para dar “gás” a várias empreitadas. São ao todo oito obras de vulto que irão surpreender os conimbricenses quando chegar a hora da sair de casa, regressar ao trabalho e já dar alguns passeios.

PÁGINAS 4, 5, 6 e 7

FICHA TÉCNICA: EQUIPA DO CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS Lino Vinhal, Luís Santos, Diana Baptista, Sónia Pereira, Nádia Moura, Luís Carlos Melo

DESIGN GRÁFICO Jorge Capelo

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ARQUITECTO FORMADO EM COIMBRA CONTINUA EM DESTAQUE

O que se faz numa quarentena... na China

Luís Marques é o autor das duas torres em curva previstas para serem construídas numa das zonas onde começou o coronavírus

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urante a sua quarentena em Xangai, na China, o arquitecto Luís Miguel Marques concebeu mais um imponente projecto, que já aparece em destaque a gerar grande consenso entre os promotores.

O arquitecto que se formou em Coimbra, natural de Buarcos (Figueira da Foz) e que cresceu em Leiria, tem o seu projecto em primeiro no top três, depois de terem sido preteridos outros três concorrentes.

A quarentena de Luís Marques revelou-se bastante criativa e produtiva, revelando que se pode aproveitar bem o tempo que para alguns parece de reclusão e perdido.

Recorde-se que as duas torres em curva, que vão ser construídas na cidade chinesa de Hengyang, na província de Hunan, onde surgiu o novo coronavírus (covid-19) foram projectadas por Luís Marques.

Arquitecto na RMJM Shanghai, o jovem já leva oito anos de actividade profissional fora de Portugal. Mundo fora, começou pelo Japão, no ateliê Kengo Kuma, e saltou para Inglaterra. Ainda se aventurou por Nova Iorque (EUA), saltou para Singapura e aceitou uma proposta de trabalho, durante um ano, no Dubai, até que rumou a Taiwan, onde cumpriu o sonho de trabalhar no ateliê de arquitectura de Zaha Hadid.

Luís Miguel Marques concebeu o Portão de Xiangjiang, na cidade de Hengyang, localizada na província de Hunan, na zona central da China, na zona onde surgiu o vírus que deu origem aà actual pandemia.

Trata-se de um edifício, com 177 metros de altura, com um design arrojado que se afasta da visão tradicional de pórtico e se move em direcção a uma representação entre cultura, sustentabilidade e modernidade.

Este é um projecto icónico que incluirá um museu, um centro cultural, uma plataforma panorâmica e um restaurante, sendo uma referência na região e atraindo visitantes de todo o mundo.

Assim passe a pandemia, para poder ser concretizado.

O projecto desta nova urbanização, em Xangai, está a recolher as preferências

3 Festa do Queijo da Serra está nas “7 Maravilhas” A SEXTA-FEIRA, 24 DE ABRIL 2020

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OLIVEIRA DO HOSPITAL

Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital e os ‘Verbos dos Arguinas” são dois marcos da cultura popular, agora nomeados para as “7 Maravilhas da Cultura Popular”.

A Festa do Queijo, que este ano, devido à pandemia de covid-19 decorre online, está nomeada na categoria de “Festas e Feiras”; já os ‘Verbos dos Arguinas’ insere-se na categoria de “Rituais e Costumes”.

As duas candidaturas foram apresentadas, recentemente, pelo Município de Oliveira do Hospital, esperando assim “promover o património cultural, elevando a nossa cultura popular a um patamar de causa pública”, revela a autarquia.

“Fruto do nosso desenvolvimento social e cultural, Oliveira do Hospital afirma-se hoje pelos seus valores únicos e pela dimensão da sua multi-culturalidade, onde a expressão e força da sua autenticidade se encontra em cada um de

nós, em cada aldeia, vila ou cidade”, nota a Câmara Municipal, sublinhando que a importância da “manutenção e a afirmação inequívoca desta genuinidade, com manifestações em múltiplas categorias culturais”.

A Festa do Queijo Serra da Estrela de Oliveira do Hospital – considerada como a maior feira do queijo de Portugal – é um certame com várias décadas, que tem como objectivo principal “promover o Queijo Serra da Estrela e outros produtos endógenos da região”. Constitui-se como um evento com grande capacidade de atracção turística e que se diferencia pela sua grandeza, mas especialmente pela sua autenticidade. É, por isso, realça a autarquia “uma das grandes alavancas da economia local, estimando-se que tenha um impacto económico de sensivelmente 2,5 milhões de euros e um retorno mediático superior a 40 milhões de euros”.

Este ano, o certame estava agendado para o fim-de-semana de 14 e 15 de Março,

contudo foi cancelado devido à pandemia, decorrendo agora online, na plataforma ‘Dott’.

Já “Os Verbos dos Arguinas”, com a sua história de séculos, “ocupam um lugar muito especial na cultura oliveirense, sendo motivo de orgulho e indo para além das comunidades onde foi criado”, afirma a Câmara Municipal.

“Muito havia para dizer da pitoresca linguagem – usada pelos arguinas –, enquanto expressão do poder criador e expressivo da cultura do povo, do espírito corporativo-social, gregário e da solidariedade duma classe laboral escalonada em mestres-de-obras, pedreiros, aprendizes ou serventes, chamados morrões dos arguinas em sua gíria”, realça.

O município tem, assim, vindo a “preocupar-se em revitalizar esta herança linguística, através de iniciativas para a sua promoção e divulgação, no sentido de a dar a conhecer e ensinar aos mais jovens” e esta candidatura é exemplo disso mesmo.

A Festa do Queijo deste ano, devido à pandemia de covid-19, decorreu online

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CÂMARA TEM EM CURSO OITO GRANDES EMPREITADAS

Quando Coimbra acordar verá 7,7 milhões em obras

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om as ruas desertas pelo confinamento devido à pandemia da covid-19, a Câmara Municipal de Coimbra tem aproveitado para dar “gás” a várias empreitadas. São ao todo oito obras de vulto que irão surpreender os conimbricenses quando chegar a hora da sair de casa, regressar ao trabalho e já dar alguns passeios. A Câmara presidida por Manuel Machado está a conseguir concretizar no terreno obras no valor total de 7,7 milhões de euros, que estarão prontas durante este ano e no próximo, conforme a seguir se indica. Cabe à oposição, representada por várias forças políticas, ir exercendo a sua função de renovar propostas e tomar posição sobre o que se está a fazer. Deste assunto trataremos em próxima edição.

PARQUE VERDE Estão em curso as obras de requalificação e ampliação dos edifícios de restauração do Parque Verde do Mondego, popularmente conhecidos como “docas”, com a construção de quatro novos módulos na cobertura do actual edifício, que passa a ser duplex e que já começa a ganhar forma. Depois da betonagem do piso superior, está agora em curso a montagem da estrutura metálica. Tudo custa um milhão de euros.

PEDALAR NAS CICLOVIAS Está em curso a empreitada de construção de cerca de 15 quilómetros de ciclovia na cidade, num troço que irá ligar Coimbra B a Vale das Flores e à Portela, num investimento global superior a 2,2 milhões de euros. Esta rede viária liga pólos importantes da cidade, como estabelecimentos de ensino, de saúde e zonas comerciais, entre outros serviços.

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CRUZ DE CELAS Aproveitando o pouco trânsito devido à situação actual, foram repavimentadas as vias na zona da Cruz de Celas, incluindo a Alameda Calouste Gulbenkian. Seguiu-se a D. Afonso Henriques, desde o cruzamento da Rua Gomes Freire até à intercepção com a Rua Dr. Henriques Seco. O investimento da Câmara na manutenção e requalificação da rede viária concelhia no âmbito desta empreitada geral é superior a um milhão de euros.

SÉ VELHA E QUEBRA-COSTAS Reabriu ao trânsito a Rua do Colégio Novo, que foi requalificada no âmbito de uma empreitada que engloba também as ruas dos Coutinhos, da Fonte Nova e Joaquim António de Aguiar, e que representa um investimento de cerca de 680 000 euros. Vão também entrar em obras o Largo da Sé Velha, a Rua e Largo do Quebra-Costas e as Escadas e Beco da Carqueja, investimento de 1,6 milhões de euros.

NOVO MIRADOURO Já está em construção o Miradouro da Bela Vista, na Rua Vale de Canas, na Freguesia de Santo António dos Olivais, representa um investimento de cerca de 260 000 euros. A empreitada engloba a melhoria da circulação pedonal, a remodelação da iluminação pública e o alargamento da via para criação de estacionamento e de integração da paragem de autocarros. O novo miradouro tem uma vista sobranceira da cidade, no Picoto dos Barbados, com um ângulo Nascente-Poente.

A pérgola terá vegetação trepadeira, por forma a criar alguma sombra, e dois tipos de iluminação.

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PISTA DE ATLETISMO Avança a reabilitação da pista de atletismo do Estádio Cidade de Coimbra, para dotar este equipamento das condições adequadas à prática desportiva de acordo com os normativos nacionais e internacionais. A pista passa a ser certificada para acolher competições oficiais e treinos de alto rendimento e a obra representa um investimento de 530 000 euros. Tinha sido construída há 20 anos e na altura foi pioneira, contando com a colaboração de Carlos Lopes e Rosa Mota.

PISTA DE BMX Com um investimento de cerca de 300 000 euros, a pista municipal de BMX localiza-se nos Campos do Bolão, a Norte do parque de estacionamento da estação ferroviária de Coimbra B. Os aspectos técnicos do traçado foram discutidos com diversos especialistas e clubes, bem como com a Federação Portuguesa de Ciclismo. A infraestrutura tem uma pista principal, com respectiva rampa de saída de cinco metros de altura, três curvas, quatro rectas (sendo a segunda recta dupla), meta e zona de desaceleração.

PISCINA OLÍMPICA Aproveitando o encerramento ao público do Centro Olímpico de Piscinas Municipais, devido à pandemia da covid-19, são renovados os blocos de largada e o respectivo sistema tecnológico.O investimento é de cerca de 67 000 euros e inclui a aquisição do sistema Omega da Swiss Time Ltd, utilizado em provas de natação pura reguladas pela Federação Internacional de Natação.

Estes blocos trazem maior estabilidade, o que garante que o nadador tenha uma largada mais explosiva.

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As três maiores que aí vêm ascendem a 16 milhões

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juntar a todas as obras que já estão em curso (ver notícias nas páginas anteriores), Coimbra vai ter nos próximos tempos o início de três grandes empreitadas de enorme monta, que totalizam 16,3 milhões de euros. Segundo a Câmara Municipal estão prontas para começar, aguardando algumas apenas formalidades legais.

Vamos conhecê-las:

~ Mercado D. Pedro V ~

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Mercado Municipal D. Pedro V, na Baixa de Coimbra, vai receber obras de requalificação, com o objectivo de o modernizar e adaptá-lo a novas dinâmicas de funcionamento, nomeadamente através da criação de uma praça de restauração e de um miradouro. O investimento da Câmara de Coimbra é de 1,5 milhões de euros e a empreitada já foi consignada. No Mercado haverá espaço para refeições, com a criação de uma zona central comum com mesas, a praça de restauração. Nesta zona está prevista a criação de 12 espaços de serviço de refeições, mas na área central do 1.º piso também vão nascer outros espaços. Um que servirá de ponto de encontro (meeting point), outro vocacionado para pequenas feiras temáticas (Largo da Feira) e eventos de animação, e um outro dirigido aos produtores agrícolas, que prevê a criação de bancas amovíveis adaptáveis às diversas solicitações para vender no Mercado. No andar superior da galeria do Mercado do Peixe está prevista a criação de um espaço de restauração individualizado, com entrada também a partir do estacionamento superior (o que lhe permitirá funcionar mesmo com o restante mercado fechado), apoiado com instalações sanitárias e uma cozinha de confecção, com entrada própria para cargas e descargas. A galeria superior será fechada com uma cortina predominantemente de vidro. O Mercado vai ganhar, ainda, um “condomínio criativo” com três espaços amplos para lojas, ateliês e cowork; e um miradouro na antiga “casa dos frangos”, que vai constituir um espaço exterior aprazível, com esplanada, árvores e espaço relvado.

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~ Parque da Cidade ~

Câmara de Coimbra também já adjudicou a requalificação do Parque Dr. Manuel Braga (conhecido como Parque da Cidade) por 4,8 milhões de euros. Esta obra visa a melhoria do estado de conservação do jardim, a qualificação e relocalização dos espaços de estar e circulação e a estabilização dos muros da orla ribeirinha, em toda a extensão do Parque, que é um dos espaços verdes mais emblemáticos da zona histórica da cidade de Coimbra, mas que apresenta, actualmente, sinais de desgaste. O Parque Dr. Manuel Braga é um jardim público característico do início do século XX, da autoria do eng.º Jorge Lucena e do paisagista Jacintho de Mattos.

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~ Muros do Mondego ~

Câmara de Coimbra aprovou, recentemente, a adjudicação da conclusão da requalificação do espaço público na margem direita do rio Mondego, entre a Ponte de Santa Clara e o Açude-Ponte, por cerca de 10 milhões de euros e com um prazo de execução de 540 dias (18 meses). Este concurso público, lançado em Novembro de 2019, surge depois de a empresa que venceu o primeiro procedimento concursal não ter cumprido com os prazos contratualmente previstos, o que levou a autarquia a rescindir o contrato, tomar posse administrativa da obra e a aplicar uma sanção de 1,158 milhões de euros à empresa Opway Engenharia.

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propósito de obras que têm sido anunciadas pela Câmara Municipal, a Comissão Política Concelhia de Coimbra do PSD diz observar “a publicitação, a propaganda do valor, a divulgação da fase em que se encontra”, mas “a data objectiva da conclusão fica sempre nebulosa”.

Para o presidente concelhio do PSD Carlos Lopes, “há sempre uma justificação para transformar Coimbra num estaleiro e, com isso, evidenciar a capacidade de obra de um Executivo Municipal que mais parece o encarregado das obras de Santa Engrácia”. “O PSD de Coimbra tem assistido, ao longo dos anos de governação camarária do Partido Socialista, com a complacência objectiva do Partido Comunista, à prepotência nunca vista, à navegação à vista mais atordoada e ao desvelo particular das políticas municipais”, refere o líder partidário social-democrata. “Carecem as gentes de Coimbra que lhes seja dada explicações tácitas porque é que as docas há quatro verões que não funcionam? Porque é que a requalificação dos muros do Mondego está atirada à sorte na vida de um empreiteiro? Porque é que o Complexo Desportivo e Centro Olímpico de Ginástica está em permanente flic-flac?” - questiona Carlos Lopes. O líder concelhio do PSD questiona, por outro lado, “qual tem sido a resposta da Câmara ao desiderato financeiro das freguesias, num tempo em que estão numa situação de ‘endividamento acrescido’ causado pelo aumento de despesas devido à pandemia da covid-19, como o investimento na desinfecção e a compra de máscaras”. “Será que um presidente de Junta do nosso concelho terá que pregar eternamente a outra freguesia, porque na Praça 8 de Maio ninguém o ouve?” - pergunta Carlos Lopes.

PSD vê obras de “Santa Engrácia”

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PANDEMIA APANHOU-OS E PAROU OS ESPECTÁCULOS

Circo parado na Figueira da Foz vive da solidariedade

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Circo Nederland chegou à Figueira da Foz no início de Março para animar a Páscoa, mas ficou parado à espera que a pandemia acabe. É a solidariedade de quem por lá passa que permite aos artistas sobreviver por estes dias.

Instalados junto ao Ginásio Clube Figueirense, as 12 pessoas deste circo chegaram àquela cidade, a 06 de Março, contando fazer o fim-de-semana seguinte, de 13 a 15. Porém, a declaração de estado de emergência deixou-os parados, sem sítio para onde ir.

“A nossa casa é isto”, diz Eva Van den Berg Monteiro, apontando para os camiões parados num terreno de brita do Ginásio Clube Figueirense que, face à situação, abdicou do pagamento da sua ocupação.

Sem “casa de pedra” ou “terreno” próprio, vivem e trabalham no circo, explicou a mulher de 59 anos, “mais portuguesa que holandesa”, que fundou o Circo Nederland com o seu marido há cerca de 40 anos.

“Antes de virmos para aqui as pessoas já estavam com medo de ir ao circo. Por isso, há quase três meses e meio que não tínhamos dinheiro de bilheteira. O poucochinho que tínhamos guardado foi embora”, conta.

Sem sítio para onde ir e sem rendimentos, valeu ao circo a solidariedade das pessoas da Figueira da Foz, após a situação ter sido relatada na imprensa local e nas redes sociais.

Há quem traga leite, arroz ou carne, caixas de peixe da lota, ração para os seus cães e gatos ou até “bolinhos de côco e doces da Páscoa”, conta Eva Monteiro, num momento em que chegava um carro ao local com mais um saco com comida.

“Estamos a viver do que as pessoas nos trazem. O circo é alegria, é brilho, é luz, é sorrisos e aplausos. E agora o circo está nesta situação em que tem que viver do que as pessoas nos dão. É triste, mas por outro lado fico feliz por sentir esta onda de solidariedade”, salienta.

Apesar de preocupada com o futuro, Eva Monteiro realça que a vida para as pessoas do circo nunca foi fácil e que, infelizmente, “sempre passaram por crises”, embora nenhuma como esta. “Isso faz das pessoas do circo pessoas fortes e positivas”, vinca a agora apresentadora do circo, que já não tem idade para “andar lá em cima”.

No entanto, não sabe quando poderá abrir o circo e também não sabe se as pessoas estarão dispostas a ir àquele espaço. “Quando abrirmos, haverá muitas pessoas que perderam o trabalho, pessoas que estão a pensar como vão manter o seu negócio. Isso tira-me um pouco o sono.

Tenho medo do que vai acontecer no futuro” - admite.

Também Cláudio Custódio, que faz “um pouco de tudo” - desde palhaço a malabarista -, mostra receio em relação aos próximos meses. “Será que vamos sair no Verão? Eu não tenho conseguido dormir. Ando para cá e para lá a pensar se isto vai abrir, se vai sobreviver”, desabafa, referindo que este tempo parado é também “aborrecido” para quem está habituado “à adrenalina de montar, dar o espectáculo e viajar”.

Porém, quando se pergunta se há a possibilidade de o Circo Nederland fechar, Eva Monteiro é perentória: “Não, não, não”. “O circo nunca termina. Infelizmente, já não há tantas crianças a dizer que querem ir ver os palhaços e muitas companhias fecharam, por isso é preciso ter muito amor para continuar a lutar. Agora, enquanto conseguirmos retirar um sorriso e umas palminhas, estaremos aqui para continuar” - considera.

Também Cláudio Custódio vinca que enquanto “houver crianças o circo existirá sempre” e assume esperar por melhores dias para voltar a pintar a cara de palhaço.

Por agora, as 12 pessoas deste circo apenas podem esperar, tendo já como certo que, quando o estado de emergência for levantado e puderem voltar a fazer espectáculos irão fazer “uma bonita festa, aqui na Figueira, para agradecer às pessoas que trazerem comida, apoio e um abraço”.

As 12 pessoas do circo prometem fazer uma festa para agradecer a quem lhes tem dado comida e apoio

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Como tem a Cáritas de Coimbra combatido o isolamento em fase de pandemia?

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om a declaração do estado de emergência, em Março passado, a Cáritas de Coimbra teve que encerrar os seus Centros de Dia, o que implicou que mais de 200 pessoas idosas tenham ficado sem a possibilidade de usufruir desta resposta que frequentavam diariamente.

Destas, 140 não têm retaguarda familiar próxima, pelo que a Cáritas providencia-lhes um serviço alternativo de alimentação e higiene pessoal, assegurando assim também visitas regulares. À distância de uma chamada estão igualmente os colaboradores dos Centros de Dia, que se mantêm contactáveis e que vão efectuando contactos regulares aos seus utentes para saber se estes se encontram bem e com o máximo de conforto possível.

No entanto, as Estruturas Residenciais para Idosos continuaram a funcionar com cuidados redobrados. Sendo a idade um dos principais factores de risco e o distanciamento social essencial, os utentes destas valências estão sem visitas há mais de um mês. Para colmatar esta distância, a Cáritas de Coimbra

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Os equipamentos digitais permitem realizar “Visitas Virtuais” e manter assim a comunicação entre os utentes e as suas famílias

realocou equipamentos digitais para realizar “Visitas Virtuais” e manter assim a comunicação entre os utentes e as suas famílias.

Em Buarcos, Quiaios, Góis, Pombeiro da Beira e Coimbra estas visitas virtuais através de tablets ou smartphones são efectuadas com muita regularidade e segundo as técnicas que as acompanham, não podiam estar a correr melhor. Os familiares foram informados sobre esta nova forma de visitarem os seus familiares e foram disponibilizados números ou emails para efectuarem as chamadas. Esta é uma forma de tranquilizar utentes e famílias e garantir que os utentes recebem afecto ainda que não presencial e sem contacto físico.

APOIO A FAMÍLIAS Por outro lado, a Cáritas de Coimbra não deixou de estar atenta a famílias que se encontram em situação de vulnerabilidade económica e social, agravadas com a pandemia de covid-19. Assim, através do seu Centro Comunitário de Inserção, lançou

duas campanhas que permitirão apoiar 20 famílias já assinaladas, num total de 51 pessoas incluindo crianças.

Através da campanha Máscara Solidária, que consiste na venda de máscaras sociais não cirúrgicas, será possível comprar produtos frescos como iogurtes, carne, peixe, legumes e frutas para as famílias referidas. Paralelamente, também o projecto Somos Família, lançado pelo mesmo equipamento social, tem como objectivo angariar famílias da sociedade civil que “adoptem” famílias que estão a passar por momentos difíceis e às quais deverão entregar um cabaz por mês, recheado com produtos essenciais.

Também com estas iniciativas, a Cáritas de Coimbra pretende garantir que estas famílias se sintam acompanhadas e que ultrapassem de uma forma mais confortável o período de pandemia. Com o apoio da comunidade, fornecedores e empresas, será possível ainda alargar o número de famílias apoiadas.

FLÁVIA RODRIGUES CÁRITAS DIOCESANA DE COIMBRA

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INQUÉRITO DA NERC SOBRE A ECONOMIA E A PANDEMIA

85% das empresas da região de Coimbra

QUEREM REABRIR!

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Associação Empresarial da Região de Coimbra (NERC) apresentou as principais conclusões de um inquérito ao Contexto Empresarial sobre a crise covid-19, real-

çando: • 85 % das empresas da Região de Coimbra querem regressar à actividade económica; • 24% em risco de perda potencial de emprego na Região.

Este inquérito às empresas da Região de Coimbra foi feito numa primeira fase a 2.750 empresas de diferentes sectores económicos por correio electrónico e contacto telefónico. Esta fase foi reforçada com um inquérito complementar dirigido a 360 associados dando como resultado final 144 respostas completas, sobre questões como a situação da empresa face à pandemia COVID 19 e qual a perspectiva de voltarem à actividade económica.

Os resultados do inquérito permitem-nos melhorar a visão sobre a situação das empresas da Região de Coimbra, de onde destacamos: Qual a situação das empresas face à pandemia COVID-19?

• 20% das empresas da Região de Coimbra, com incidência em actividades económicas essenciais, conseguiram manter a actividade em regime de trabalho total; • 34% das empresas asseguram a continuidade da actividade em trabalho parcial e/ou teletrabalho demonstrando capacidade de inovação e flexibilidade com recursos a reengenharia de processos e apoio em meios tecnológicos; • 46 % das empresas pararam ou estão em encerramento com layoff, parcial ou total e fechadas por imposição do governo bem como outras situações; • 24% dos trabalhadores estão em situação de potencial perda de emprego implicada por abrandamento da actividade, comparando-se com os 31% identificados a nível nacional.

encerraram total ou parcialmente pretendem retomar a actividade económica, comparando-se com a mesma intenção de 76% das empresas a nível nacional de acordo com o estudo e inquéritos elaborados pela AIP. A NERC irá proceder a uma análise mais aprofunQual a perspectiva de regresso à actividade dada dos dados recolhidos com vista à elaboração económica? de um Plano Estratégico de Apoio à Retoma da • 85% das empresas da Região de Coimbra que Actividade Económica e de um Programa de Acção

“Retomar para Competir” para apresentação na próxima semana aos diversos parceiros implicados no desenvolvimento da Região, incluindo Governo, outras entidades públicas e sector privado, de uma proposta que atenda às especificidades sentidas em toda a Região de Coimbra.

Perante uma crise, mais do que nunca, “Juntos Somos Mais Fortes”, refere a Direcção da NERC, presidida por Horácio Pina Prata.

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25 de Abril... na Internet MUNICÍPIOS OPTAM POR COMEMORAÇÕES DIGITAIS

Ao contrário do que acontecerá na Assembleia da República, em Lisboa, com cerimónias presenciais, as Câmaras Municipais da região de Coimbra promovem neste sábado, mas pela Internet, as comemorações do 46.º aniversário do 25 de Abril (Feriado Nacional). O estado de emergência e as medidas de contenção devido à covid-19 ainda estão em vigor.

Eis alguns das iniciativas que nos chegaram.

ARGANIL

Transmissão, às 16h00 de sábado, pelo Município, via Internet, da varanda da Escola de Música Pauta em Movimento, dos temas musicais “E depois do Adeus”, “Grândola Vila Morena” e o Hino Nacional. Salva de palmas para homenagear todos os profissionais que estão a trabalhar.

COIMBRA

MIRA

A Câmara vai assinalar a passagem de mais um aniversário da revolução de Abril com um mini-concerto nos Paços do Concelho, transmitido na página da Internet do Município. Marcado para as 21h00 do dia 25 de Abril, o mini-concerto será composto pela interpretação à viola, piano e voz, de diversos temas ligados à revolução, como‘Grândola Vila Morena’ ou o ‘Hino da Maria da Fonte’, por três jovens músicos locais.

Na página do Município na Internet e nas redes sociais vão ser divulgados vídeos com declarações dos presidente da Câmara e da Assembleia, Manuel Machado e Luís Marinho, respectivamente, assim como dos representantes das forças políticas representadas na AM. Durante o dia poder-se-à assistir a actuações de duas bandas de Coimbra, Anaquim e Os Quatro e Meia, que interpretarão um tema de cantautores de intervenção, reavivando memórias Ao longo do dia da Liberdade, a Câmara vai e despertando a curiosidades dos mais jovens. disponibilizar nos canais digitais do Município momentos musicais das quatro filarmónicas do concelho, o hastear da bandeira e mensagens dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipal.

Também pela Internet, a Câmara transmite as intervenções de todas as forças Montemor-o-Velho apela a que toda a população políticas com representação na Assembleia Municipal e dos presidentes da acompanhe as comemorações, a partir de casa.

Câmara e da Assembleia. Pelas 15h00 é lançado o desafio de cada um, em sua casa, participar no que já é um movimento a nível nacional - cantar à janela a canção Grândola Vila Morena.

No sábado, pelas 10h00, será transmitida no site da Município e nas redes sociais a intervenção do presidente da Assembleia Municipal, Fernando AnEntre as 12h00 de hoje e as 12h00 de amanhã será exibido no Facebook do tunes, seguindo-se os discursos dos representantes Centro de Artes e Espectáculos o filme “Operação Outono” de Bruno de Al- dos partidos políticos. Depois da intervenção do meida. No sábado estará disponível no Facebook do Município uma “visita” à presidente da Câmara, Luís Matias, a sessão encerra exposição fotográfica “O 25 de Abril de 1974 na Figueira da Foz”, que reúne 32 com testemunhos de alunos do Agrupamento de fotografias do espólio do Arquivo Fotográfico Municipal, da autoria de Jorge Escolas Infante D. Pedro.

Dias, à data furriel no Regimento de Artilharia Pesada 3 (RAP 3), na Figueira da Foz.

MONTEMOR-O-VELHO

CANTANHEDE

PENELA

FIGUEIRA DA FOZ

VILA NOVA DE POIARES

LOUSÃ

Hoje, pelas 21h30, será promovida na página de Facebook do Município a exibição integral da edição de 2017 do espectáculo “Sons de Abril”, que contou com a participação de 17 instituições e de 12 solistas locais que, através do teatro, da música, do vídeo e da dança, prestaram tributo a Zeca Afonso no ano em que se assinalaram os 30 anos da sua morte. No sábado, às 15h00, será transmitida a Sessão Solene do 25 de Abril, recorrendo a intervenções gravadas dos representantes dos partidos que integram a Assembleia, do presidente da Câmara e do presidente da Assembleia Municipal.

João Miguel Henriques, presidente do Município, Nuno Lima Fernandes, presidente da Assembleia Municipal, e representantes dos três partidos com assento naquele órgão vão falar, pelas 12h00, de sábado, discursos que serão transmitidos através do Facebook e Youtube da Câmara. A Companhia de Teatro Experimental de Poiares preparou um momento cultural que decorrerá no período da tarde, também com transmissões pelas mesmas plataformas, que contará com interpretação de um tema de Zeca Afonso e com a leitura de um poema de Manuel Alegre.

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CAMPANHA PARA A PRODUÇÃO E A VENDA

Bairrada incentiva sector do vinho

A

Comissão Vitivinícola da Bairrada (CVB) lançou uma campanha de incentivo “ao sector do vinho”, numa altura em que o mercado apresenta “sinais preocupantes de desaceleração na produção e comercialização”, disse Pedro Soares, presidente da CVB. A peça principal da campanha é um vídeo de dois minutos intitulado “No sector do vinho: fortes e unidos, vamos resistir”, que desde hoje de manhã está disponível em diversas plataformas‘online’, nomeadamente Instagram, Facebook, Youtube e nas páginas oficiais da CVB, Bairrada e Bairrada oficial.

O vídeo não se dirige apenas aos produtores da Bairrada, tendo imagens cedidas por regiões demarcadas de vinha e do vinho de todo o país, e será mais tarde divulgado, também, em plataformas do Ministério da Agricultura. “É uma mensagem de apoio e de esperança, num repto de união. A Bairrada ‘chama’ todo o sector do vinho, evocado de Norte a Sul de Portugal continental (Vinho Verde, Trás-os-Montes, Douro, Távora-Varosa, Dão, Bairrada, Beira Interior, Lisboa, Tejo, Setúbal, Alentejo e Algarve) e ilhas (Açores e Madeira), para uma onda de positividade”, resume a CVB. O mote da campanha é “Vamos resistir, unidos”, ao impacto da pandemia da covid-19 na produção e comercialização de vinho.

Pedro Soares adiantou que o impacto das medidas para conter a propagação da covid-19 começa a fazer-se sentir nas empresas de produção de vinhos, que na sua maior parte limitaram a actividade, negociaram férias com os funcionários, recorreram ao ‘lay-off’, ou “deslocalizaram” trabalhadores de produção para trabalhos no campo, preparando a nova safra.

A maior parte dos grandes produtores da Bairrada, região com 6 500 hectares de vinhas, que lidera destacada a venda de espumantes em Portugal,

optou por encerrar ao público, mantendo entre portas o engarrafamento de vinhos, a produção da próxima colheita e criando ou reforçando soluções de comércio electrónico.

“Depois de um Março quase normal, começa a notar-se um decréscimo acentuado na certificação”, relata Pedro Soares, lembrando que a exportação de vinhos da Bairrada (e da produção nacional em geral) foi muito afectada pelo adiamento das feiras internacionais Vinexpo (Paris) e ProWein (Dusseldorf).

A CVB certifica em torno de nove milhões de garrafas de espumantes e vinhos tranquilos na Bairrada por ano.

O Selo de Garantia do Instituto da Vinha e do Vinho, que no caso da Bairrada é vendido pela CVB, certifica em cada garrafa a autenticidade e genuinidade do vinho das regiões demarcadas, garantindo a sua origem e o controlo rigoroso efectuado a todas as fases do processo de produção.

A CVB tem, neste momento, registados mais de 2 400 produtores de vinhos, que exploram 6 500 hectares de vinhas, mas Pedro Soares garante que o número de pessoas ligadas à cultura do vinho e da vinha há na região é “substancialmente” maior.

Pedro Soares defende que pode vir a ser necessária uma intervenção do Governo para garantir a sobrevivência do sector, lembrando que daqui a poucos meses será feita nova vindima. “É preciso que o Governo pense numa intervenção no mercado, nomeadamente para conseguir a destilação de vinho”, defende Soares. O objectivo será transformar o vinho que não foi escoado pelo mercado em álcool e álcool gel, que poderá ser usado em hospitais e outras unidades de saúde.

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RÁDIO

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COIMBRA REDUZ FACTURA PARA FAMÍLIA, EMPRESAS E IPSS

Câmara oferece

5 000 litros de água em Abril, Maio e Junho o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, determinou por despacho várias medidas extraordinárias que resultam na redução do preço da factura da água para as famílias, empresas de comércio, indústria e serviços, bem como às instituições particulares de solidariedade social.

Este é mais um apoio da autarquia perante os impactos negativos da pandemia da covid-19.

O Município de Coimbra não sobe o preço da água desde 2013, mas tendo em consideração o actual contexto vai reduzir o valor das facturas da água, nos meses de Abril, Maio e Junho, às famílias, empresas de comércio, indústria e serviços, e instituições particulares de solidariedade social (IPSS). Estas medidas terão um impacto financeiro de cerca de um milhão de euros.

O despacho do presidente da Câmara Municipal, depois de ouvido o Conselho de Administração

da Águas de Coimbra, E.M., determina a isenção do pagamento dos consumos mensais correspondentes ao 1.º escalão da tarifa variável de água a todos os cerca de 76 000 consumidores domésticos. Na prática, esta medida resulta na atribuição gratuita às famílias de 5 000 litros de água por mês, sendo facturada apenas a água que for consumida para além desta quantidade, de acordo com o tarifário em vigor.

Relativamente às empresas de comércio, indústria e serviços será aplicada a isenção do pagamento das tarifas fixas de água e saneamento, tendo também em consideração que parte considerável destas cerca de 7 000 empresas estão ou estiveram encerradas por determinação do estado de emergência.

Já para as cerca de 180 IPSS de Coimbra, para além de normalmente já usufruírem de um tarifário mais favorável, Manuel Machado determinou tarifa zero. Isto é, a isenção total do

pagamento da tarifa fixa e da tarifa variável de água e saneamento, como uma medida de apoio e incentivo ao trabalho que estas desempenham no apoio à comunidade mais idosa e com necessidades.

Estas medidas, que vão para ratificação à próxima reunião de Câmara de segunda-feira (dia 27), vão ser operacionalizadas pela empresa municipal Águas de Coimbra, sendo de ressalvar que as facturas já emitidas e eventualmente pagas relativamente ao mês de Abril vão ser regularizadas nos meses seguintes, aplicando-se na mesma a isenção determinada.

Recorde-se que, a 01 de Abril, Manuel Machado apresentou um pacote de 22 medidas municipais de emergência para apoiar as famílias, as associações e as empresas perante os impactos negativos da pandemia de COVID-19, sendo que posteriormente foram determinadas várias outras medidas.

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ESTÁGIOS AVANÇAM LOGO APÓS LEVANTAMENTO DO ESTADO DE EMERGÊNCIA

Aulas práticas presenciais no Politécnico no início de Junho O presidente do Politécnico de Coimbra adiantou hoje que o plano, ainda não “fechado”, estabelecido pela instituição para o regresso às aulas prevê uma “retoma progressiva”, apontando o período entre os dias 1 e 6 de Junho para o retorno a “uma actividade mais ou menor normal no que diz respeito às aulas práticas”.

“Se tudo correr normalmente, imediatamente após o levantamento do estado de emergência alguns alunos voltarão para os estágios que estavam a efectuar”, revelou também Jorge Conde, no Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), onde recebeu a visita dos ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, que tiveram oportunidade de assistir ao trabalho de produção de viseiras que está a ser feita naquele estabelecimento de ensino, para distribuir por centros sociais, lares de idosos, polícia, entre outros.

Sobre o envolvimento do Politécnico de Coimbra no combate à pandemia, aquele responsável salientou uma acção “em todas as frentes onde temos know-how para fazer isso”.

“No ISEC, estamos com a produção de viseiras, na Escola Agrária e na Escola Superior de Tecnologia da Saúde (ESTS) temos produzido álcool gel. Também com a ESTS estamos a apoiar o projecto da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra de testar a população, tendo na semana passada já testamos cerca de 500 pessoas no

município da Lousã e iremos voltar para o terreno na próxima segunda-feira”, enumerou Jorge Conde, sublinhando ainda “um conjunto de trabalhos na Escola Superior de Educação e na ESTS, de análise científica das questões que a pandemia levanta, quer ao nível da saúde mental, quer das questões que se colocam com o confinamento”, procurando “manter a comunidade científica activa e o Politécnico, enquanto instituição de científica a colaborar com a resolução do problema”.

Por seu lado, o ministro Manuel Heitor elogiou a resposta dos institutos politécnicos perante a pandemia e a “capacidade técnica e tecnológica” demonstrada, destacando a participação destes no “esforço

colectivo para nos protegermos melhor”.

Antes da deslocação ao ISEC, os governantes apresentaram aos autarcas da região o projecto-piloto de metodologia de rastreio de colaboradores e utentes de estruturas residenciais para idosos, lares residenciais e colaboradores de serviços públicos essenciais.

Na Universidade de Coimbra, o reitor Amílcar Falcão e a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, assinaram um protocolo de apoio às populações mais vulneráveis no contexto da pandemia de covid-19.

A comitiva teve ainda oportunidade de visitar a unidade do Laboratório de Análises Clínicas da UC.

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VINAGRETAS

O FUTURO É EM CUBÍCULOS?

ESTE É OUTRO VÍRUS...

N

o apeadeiro da Espadaneira, na linha do Norte, no concelho de Coimbra, pode-se apreciar as melhorias introduzidas em mais um pedacinho da via férrea e em ambos os resguardos dos passageiros.

Assim as tão desejadas obras chegassem ao “apeadeiro velho” (Coimbra-B)... Na Espadaneira, a passagem-de-nível está vedada ao trânsito de veículos, mas para quem atravessa a pé tem o devido aviso. Só que este tem um “vírus” que ataca a língua portuguesa.

Com que então “ausênçia” com ç? Pede-se a ausência da cedilha!

Ou então esta “ausênçia de sinais” é “Forca Portugal!... não é?!

T

emos, agora todos, consciência de que o “normal” de antes não será o “normal” do futuro. Não pelo menos até se encontrar um tratamento, uma vacina ou, quem sabe, uma cura para o novo coronavírus. Mas, mais cedo ou mais tarde, a vida terá de continuar. Os cidadãos terão de voltar à sua nova normalidade e adaptar-se a ela para se proteger, não só a si, como também, e principalmente, aos outros. Assim sendo, parece que já circulam nas redes sociais várias alternativas para que possamos retomar as nossas vidas quotidianas de uma forma tão “normal” quanto possível, adaptando-nos às circunstâncias. A imagem ilustra o que poderá vir a ser a experiência de ir a um restaurante com amigos, mas cada um no seu cubículo. Outro exemplo semelhante é o de ir à praia, mantendo cada pessoa na sua espreguiçadeira/toalha, separadas pelos mesmos compartimentos.

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VINAGRETAS

OS CONSELHOS DOS CONCELHOS

O

ClimAgir é um programa da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, que intregra 19 concelhos, financiado pelo POSEUR, Portugal 2020 e Fundo de Coesão, e que visa o “Reforço das Capacidades de Adaptação às Alterações Climáticas - Acções de Comunicação e Sensibilização na CIM-RC”. Um dos recentes concelhos, em pelo Dia da Terra, foi: “Torne a quarentena/isolamento social mais sustentável! ”️Faça a sua própria horta!”. E diz-se (citando): “Os supermercados nesta época de quarentena acabam por ficar cheios e desabastecidos. Cultivar os nossos próprios alimentos, para além de mais sustentável, é uma forma de não faltar nada lá em casa”. Depois vem a sugestão: “Ervas aromáticas são a melhor escolha para iniciantes da jardinagem. Elas crescem rápido e têm cuidados simples. Recomendamos salsa, alecrim, coentros, oregãos, hortelã e manjericão”.

Assim vão os fundos europeus... com muitas ervas aromáticas!

VIROSE HUMORÍSTICA

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HUMOR NEGRO

entro da desgraça há sempre alguém que resiste, que procura animar os mais circunspectos. O coronavírus tem sido pretexto para tiradas cheias de imaginação e que nos fazem sorrir. Aliado às palavras há também as imagens que nos reforçam o contexto. Eis dois exemplos que retirámos das redes sociais.

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. ..

E U Q E S S I D M É U G AL “O

aumento de 0,3% devido aos profissionais de saúde será regularizado em Maio, porque não houve condições técnicas para o cumprir este mês.

Nós lamentamos esta situação, mas desde já que fique claro que esta situação será devidamente regularizada no próximo mês, com retroactivos, como é óbvio ao dia 01 de Janeiro.

”

António Lacerda Sales, Secretário de Estado da Saúde

“A

s reduções de rendimento verificadas no sector privado não têm ocorrido em situações análogas no sector público onde, pelo contrário, já depois do início da pandemia de covid-19 muitos funcionários serão aumentados.

”

João Cotrim Figueiredo, deputado da Iniciativa Liberal

“A

té os europeístas mais convictos se vão perguntar para que serve uma União Europeia se não serve sequer para responder a esta crise.

Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda

”

“É

inconcebível admitir que os adeptos ou simpatizantes do Sport Lisboa e Benfica, por mim julgados, sejam beneficiados por isso, ao mesmo tempo que os adeptos ou simpatizantes do Futebol Clube do Porto (ou de outro clube rival do Sport Lisboa e Benfica), sejam prejudicados por esse simples facto.

”

Paulo Registo, juiz

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SEXTA-FEIRA, 24 DE ABRIL 2020

SANTA ISABEL

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