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SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA

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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10| Nº 489| 17 DE SETEMBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com

Campanha para as legislativas

Ex-fiscal-residente alertou para problemas alegadamente graves, ARS afirma estar tudo bem

Imbróglios continuam a brotar da “caixinha de surpresas” do Pediátrico Virada uma página sobre o insondável «mistério» da existência de água no subsolo do local onde estão a ser erguidas as futuras instalações do Hospital Pediátrico de Coimbra, episódio que pôs a obra a marcar passo no segundo semestre de 2005, eis que desponta novo imbróglio. O outrora fiscal-residente, João Costa da Silva, renunciou à função, tendo alegado falta de condições para a desempenhar, como revelou o “Campeão”, em primeira-mão, através da sua edição electrónica. A Administração Regional de Saúde do Centro afirma estar tudo bem. Página 4

No areal da Praia de Mira

Proprietário contesta demolição de casa Página 3

José Sócrates e Ferreira Leite cruzam-se em Coimbra O PS e o PSD escolheram o próximo sábado para acções de campanha para as legislativas no distrito de Coimbra. Para o mesmo dia estão agendados encontros com os militantes dos dois partidos, que contarão com a presença de José Sócrates e Manuela Ferreira Leite, a par de outras personalidades importantes de cada uma das forças partidárias. José Sócrates vai estar em acção de campanha, logo de manhã, na “Baixa” de Coimbra, seguindo à hora de almoço para a Figueira da Foz. Manuela Ferreira Leite começará o dia em Arganil onde, pela última vez, presidirá à Assembleia Municipal, seguindo-se uma arruada, ainda de manhã, na “Baixa” conimbricense. Durante a tarde, o secretário-geral do PS regressa a Coimbra, com passagem da caravana pelos concelhos de Soure e Montemor-o-Velho, enquanto a líder do PSD almoça em Cantanhede, faz uma incursão pela Figueira e, pelas 19h00, reúne-se com militantes socialdemocratas no Pavilhão Centro de Portugal (Coimbra). O encontro de José Sócrates com os militantes socialistas decorrerá na praça da República, pelas 18h00, e contará com intervenções de Manuel Alegre e Ana Jorge, cabeça de lista por Coimbra.

Local de treino: Estádio Cidade de Coimbra (Sala de Judo) Telef./Fax:239 724 240-Coimbra E-mail: mail@judoclubedecoimbra.pt Site do JCC: www.judoclubedecoimbra.pt

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O Executivo da Freguesia de S. João do Campo convida a visitar a sua freguesia e a conhecer as recentes obras de saneamento

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“Dois dedos de conversa” com Ricardo Castanheira

Coimbra lida mal com o sucesso L.S.

“Em Coimbra procurase sempre encontrar uma razão oculta para explicar quem tem sucesso empresarial ou profissional”, considera Ricardo Castanheira, advogado e quadro da Microsoft, para comentar que a cidade “lida mal com o êxito”.

Referindo existir um “espírito coimbrinha” que se caracteriza “pela incapacidade de as pessoas se juntarem por uma causa, excepto quando é para ser contra”, assim como a atitude de “endossar as responsabilidades dos falhanços sempre para terceiros”, Ricardo Castanheira declarou, ainda, que o

tecido empresarial “é relativamente fraco, pouco ambicioso e não tem uma voz que se ouça a nível nacional”. Actualmente com 36 anos e recentemente reconhecido como um dos melhores profissionais da multinacional Microsoft, Ricardo Castanheira, que aos 21 anos foi o mais jovem deputado

da Assembleia da República, esteve no primeiro programa “Dois dedos de conversa” depois do período de férias, transmitido no passado domingo, entre as 12h00 e as 13h00, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM) e que é realizado semanalmente na Góis Joalheiro, à rotunda das Palmeiras, na Solum, em Co-

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imbra. Sobre o sucesso da Microsoft, Ricardo Castanheira destaca que a empresa “tem um modelo organizativo fascinante”. “O segredo é escolher as melhores pessoas para as funções, com um grande nível de exigência no recrutamento, e dar-lhes condições para melhorarem a performance”, explicou, comentando que “há muitos empresários a apostarem no barato, mas, como na velha máxima... acaba por sair caro”. Segundo o advogado, “na Microsoft existe o que falta à maioria das empresas e na administração pública portuguesa - a avaliação permanente”. “São definidos objectivos para os funcionários de todos os níveis e, a partir daí, está estabelecido um guião. A meio do ano faz-se uma avaliação, para corrigir o que for necessário, e no final há nova avaliação, num processo de 360 graus, onde todos são avaliados, mas também avaliam”, concretizou. Ricardo Castanheira destacou, ainda, que “no final conta muito o reconhecimento do mérito, com a recompensa por se atingir, ou ultrapassar, os patamares que as pessoas se propuseram”, e disse “não compreender que tanta gente se tenha manifestado na rua contra os

processos de avaliação”. O jovem, que foi deputado socialista entre 1995 e 2002, entende que “a política não é uma profissão” e considera importante “ter um quadro de valores e de princípios, não sendo subserviente”. Declarando que “não lhe agrada a forma como a vida partidária tem estado organizada”, Ricardo Castanheira sustenta que “os partidos não se adaptaram aos tempos modernos e, muitas vezes, funcionam em velocidades diferentes do que é a realidade”. “Estão fechados sobre si próprios e cada vez procuram menos pessoas com valor”, acrescentou. Sobre o PS, do qual é militante, disse “não concordar com muito do que tem sido a prática do partido em Coimbra, cidade e distrito”, pelo que “foi um processo natural” a dedicação à profissão de advogado e ter aceite a oportunidades de ingressar na Microsoft. “Não é uma segunda escolha, trata-se de uma opção profissional clara, um projecto de vida muito interessante e estou a aprender imenso para poder voltar com muito mais maturidade a fazer política num conjunto de projectos para a minha cidade e o país”, referiu.

A actualidade noticiosa em www.campeaoprovincias.com

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Semanário no papel... Diário online Na última edição do “Campeão das Províncias”, assumimos o compromisso de levar ao leitor informação cadenciada ao ritmo dos próprios acontecimentos e das nossas capacidades, fazendo da nossa página na Internet um jornal diário online. Essa é uma missão que encaramos e está já em prática, com o mesmo espírito que, semanalmente, nos motiva a levar ao leitor, em formato de papel, as notícias que traduzem o pulsar da cidade e da região, mas também do país e do mundo. O lema “Semanário no papel... Diário online” resume a essência do que pretendemos que seja o nosso serviço àqueles que nos honram com a sua leitura. À edição semanal do

jornal em papel junta-se, há vários dias, uma edição diária online, em www.cam peaoprovincias.com, a página que o leitor bem conhece, mas que agora explora as potencialidades da Internet por forma a que seja fácil acompanhar o ritmo informativo. À distância de um clique, a actualidade noticiosa em tempo útil e quase em tempo real. É isso que pretendemos e é esse o desafio que colocamos também aos nossos leitores e colaboradores. Fazer da edição electrónica um verdadeiro jornal diário online é uma missão que assumimos, mas para a qual contamos com todos, para que seja possível levar a bom porto este projecto.


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Processo arrasta-se há quase uma década

Botão

Proprietário contra expropriação de casa em Palheiros de Mira

Comissão vai levantar problemas sociais da freguesia

O proprietário de uma casa na zona costeira está contra a expropriação e demolição do imóvel, por considerar que ele constitui o último vestígio do núcleo original da povoação de Palheiros de Mira, apurou o “Campeão”. O processo foi desencadeado em 2001, opondo questões que relevam de direitos patrimoniais e pretensões edificatórias dos proprietários ao domínio público marítimo e ao estipulado no Plano de Ordenamento da Orla Costeira Ovar - Marinha Grande. A propriedade em causa, localizada no areal da praia de Mira, é composta por uma casa de habitação e logradouros. Construído em 1933, o imóvel foi recuperado posteriormente por Raul Lino, reputado arquitecto e membro fundador da Academia Nacional de Belas Artes, tendo servido durante quase 50 anos de posto e habitação da guarnição da Guarda Fiscal. O actual proprietário, Pedro de Sampaio Nunes, afirma que a expropriação e demolição configuram “um caso de lesão irreversível ao património cultural, histórico e arquitectural”. Diz ainda que, enquanto último vestígio do núcleo original da povoação de Palheiros de Mira, referenciado em livros, reportagens fotográficas e cartas topográficas datadas de 1866, 1914, 1948 e 1954, o imóvel deve ser preservado. O processo foi desencadeado em 1998, aquando da apresentação à Câmara Municipal de Mira de um pedido de licenciamento para obras. A autarquia submeteu o documento à apreciação do Ministério do Ambiente, e este, apesar de não se pronunciar contra a intervenção, considerou que a construção se situava no domínio público marítimo, o que impunha diversos condicionalismos legais, designadamente, a necessidade de licenciamento da ocupação dos terrenos ou o reconhecimento da propriedade, bem como a delimitação dos terrenos.

A acção de justificação judicial de posse apresentada pelos proprietários foi, no entanto, considerada como insuficiente para provar o alegado direito de propriedade, tendo sido exigido o licenciamento (e pagamento de taxa) com vista à utilização do terreno. Sampaio Nunes argumenta que a lei em questão – ao abrigo da qual o imóvel está sujeito à expropriação e demolição – não pode ser aplicada, pois aquando da construção e respectivo licenciamento da casa, em 1933, a legislação era outra, logo, o quadro legal agora em vigor não poderá ter efeitos retroactivos. Já em 2001, houve novo requerimento para o licenciamento de obras de reconstrução e ampliação, o qual, alegadamente, excedia o conceito de beneficiação e, por esse motivo, também foi indeferido. A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) considerou, na altura, que o imóvel, situado a menos de 50 metros do alcance das águas do mar, se inseria nos limites classificados pela Comissão do Domínio Público Marítimo. Segundo este organismo, a acção de justificação judicial de posse, apresentada por Sampaio Nunes, reconhece o direito de posse do autor para efeitos de registo, mas não confere posse nem desafecta os terrenos, logo, alega-se, torna a construção ilegal ao abrigo da lei vigente. É na sequência de participações da autarquia e da capitania que a CCDRC, por ofício do director regional do Ambiente, comunica então ao proprietário a decisão de demolição da moradia com base na falta de licença que permitisse a utilização privativa do terreno, situado no domínio público marítimo. Para esta decisão foi ainda considerada a inexistência de razões de interesse público para a manutenção da construção, enquadráveis no plano de ordenamento da orla costeira

aplicável, e razões de degradação e insalubridade, referidas em auto de notícia levantado pela Polícia Marítima. Direitos patrimoniais e domínio público

O actual proprietário admite que, “se fosse hoje, por imperativos legais, não seria possível construir a casa onde ela está”, contudo, argumenta que “a lei não se pode aplicar com efeitos retroactivos”, com a agravante de que, neste caso, se estaria a cometer um atentado contra o património histórico e cultural. Na sequência de uma providência cautelar, o Tribunal Administrativo decretou, em 2002, a suspensão do processo enquanto a questão de fundo, relativa à validade do licenciamento da ocupação dos terrenos e do reconhecimento da propriedade, não estivesse resolvida. Contudo, o efeito suspensivo desta acção terminou, tendo sido retomadas as diligências de expropriação e demolição. Para além das ligações afectivas à casa, Sampaio Nunes considera que o

imóvel tem características arquitectónicas e históricas ímpares e a marcarem uma época. A indemnização de 30 000 euros proposta é, para o proprietário, “uma questão secundária”. Preocupado em “preservar a memória da população de Palheiros de Mira” e impedir “um atentado cultural e civilizacional”, Sampaio Nunes pondera apresentar nova providência cautelar para impedir que a demolição vá avante. Desde que o processo tendente à expropriação e demolição do imóvel foi iniciado, o dono do imóvel contactou vários organismos, tentando travar uma decisão que considera de “injusta, iníqua e arbitrária”. Opondo a situação de facto e de direitos existente com as normas e princípios do sistema de ordenamento do território, um parecer homologado pelo ministro da tutela, Nunes Correia, admite, em conclusão, que, “se tal se mostrar adequado, pode o Estado recorrer à expropriação por utilidade pública da referida construção, com o dever de indemnizar o particular”.

A Freguesia de Botão, uma das mais periféricas do concelho de Coimbra, acaba de formar a respectiva Comissão Social, uma das 12 que estão já formadas no concelho. Catorze entidades, com a Junta à cabeça, têm a partir de agora a incumbência de partilhar, umas com as outras, os problemas sociais que conhecem, de modo a fazerem um levantamento, o mais exaustivo possível das carências e dificuldades dos moradores da freguesia. Segundo disse o presidente da Junta, Júlio da Costa Retroz, o trabalho da comissão permitirá definirem prioridades para que a freguesia possa ser contemplada com o que mais precisa, no plano social. Presente na singela cerimónia realizada na sede da Junta, a título simbólico, como o próprio disse, o director da Segurança Social, Mário Ruivo, considerou o trabalho em pequena escala o melhor caminho para identificarem os problemas. Defendeu, por outro lado, que em alguns casos seria preferível criarem comissões interfreguesias. As comissões sociais são uma das peças fundamentais para o desenvolvimento do Programa da Rede Social, uma iniciativa do Conselho de Ministros que a Câmara Munici-

pal de Coimbra está a dinamizar. Definem-se como “plataformas de planeamento e coordenação da intervenção social a nível de freguesia” e orientam-se segundo regulamento próprio. “Temos de saber quem precisa de nós”, disse o presidente da autarquia aos representantes das instituições que compõem a nova Comissão Social de Botão, sensibilizandoos para a necessidade de estarem atentos e a darem a conhecer a quem de direito, e em tempo útil, os problemas dos cidadãos e as carências da freguesia. “Não gostaria nunca de ser o último a saber”, sublinhou Carlos Encarnação, sabendo, no entanto, que a “radiografia” da freguesia é muito marcante, reveladora de atrasos significativos, devido em parte à sua condição de periferia. A Comissão Social é composta por representates da Junta, Centro Social Cultural e Recreativo de Botão, Centro de Recreio e Cultura de Larçã, Associação Cultural e Recreativa “Encontre o Futuro” (Mata S. Pedro), escolas EB 1 de Larçã, Botão e Paço, Jardim de Infância de Larçã, Centro Distrital de Coimbra do Instituto de Segurança Social, IP, Fábrica da Igreja Paroquial, Centro de Saúde, Agrupamento de Escolas da Pedrulha e Santa Casa da Misericórdia.

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EDITAL N.º 329/09 Propostas de classificação como Imóvel de Interesse Público do edifício do Hotel Astória, sito em Coimbra, na Avenida Emídio Navarro, n.º 21, e na Rua da Sota, freguesia de São Bartolomeu, concelho e distrito de Coimbra, e de delimitação da respectiva Zona Especial de Protecção (ZEP). João José Nogueira Gomes Rebelo, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Coimbra, nos termos dos artigos 1.º e 3.º (n.os 1 e 2) do Decreto-Lei n.º 181/70, de 28 de Abril, e do artigo 27.º da Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, FAÇO PÚBLICO QUE, por despacho de 2009.07.15 do Ex.mo Senhor Director do IGESPAR, I.P., exarado no parecer do Conselho Consultivo de 2009.07.15, foram aprovadas as propostas de classificação como Imóvel de Interesse Público do edifício do Hotel Astória, sito em Coimbra, na Avenida Emídio Navarro, n.º 21, e na Rua da Sota, freguesia de São Bartolomeu concelho e distrito de Coimbra, e de delimitação da respectiva Zona Especial de Protecção (ZEP), conforme planta anexa. Mais faço saber que, o imóvel em causa e o os imóveis localizados na respectiva Zona Especial Protecção, se encontram abrangidos pelas disposições legais em vigor, designadamente a Lei n.º 107/2001, de 8 de Setembro, o Decreto-Lei n.º 205/88, de 16 de Junho, o Decreto-Lei n.º 42/96, de 7 de Maio, o Decreto-Lei n.º 96/2007, de 29 de Março, a Portaria n.º 376/2007, de 30 de Março, o Decreto Regulamentar n.º 34/2007, de 29 de Março e a Portaria n.º373/2007, de 30 de Março, pelo que: a) a transmissão depende de prévia comunicação ao IGESPAR, I.P.; b) os comproprietários, o Estado (através do IGESPAR, I.P.) e o Município gozam, pela ordem indicada, do direito de preferência em caso de venda ou dação em pagamento; c) não poderão ser concedidas pelo Município nem por outra entidade licenças para obras de construção e para quaisquer trabalhos que alterem a topografia, os alinhamentos e as cérceas e em geral a distribuição de volumes e coberturas ou o revestimento exterior dos edifícios sem prévio parecer favorável do IGESPAR, I.P., emitido através da Direcção Regional de Cultura do Centro, conforme resulta do disposto na alínea e) do n.º 2 do art.º 21.º do Decreto-Lei n.º 215/ 2006, de 27 de Outubro; d) ficam suspensos os procedimentos de concessão de licenças bem como os efeitos das licenças eventualmente já concedidas para os imóveis; e) são da responsabilidade de arquitecto todos os projectos de arquitectura referentes a obras no local. Convidam-se, assim, os interessados, a apresentar quaisquer reclamações, no prazo de TRINTA DIAS, que tenham por objecto a ilegalidade ou inutilidade da constituição ou alteração da servidão ou a sua excessiva amplitude ou onerosidade.

E, para constar, se publica este e outros de igual teor, que vão ser afixados nos lugares de estilo. Paços do Município de Coimbra, 10 de Setembro de 2009 O Vice-Presidente João José Nogueira Gomes Rebelo

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IOLANDA CHAVES


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Administração Regional de Saúde do Centro afirma estar tudo bem

“Caixinha de surpresas” do Pediátrico de Coimbra continua a dar que falar A Comissão de Utentes do Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) recomenda a chamada da Polícia por causa da obra das futuras instalações. O Ministério Público (MP), interpelado pela Comissão, já tinha chamado a Judiciária. O outrora fiscalresidente da obra renunciou ao seu papel, há meses, tendo alegado “impedimento para executar cabalmente as funções”. A Administração Regional de Saúde (ARS) afirma estar tudo bem. R.A.

O Ministério Público abriu, há um ano, uma averiguação cautelar acerca da obra das futuras instalações do Hospital Pediátrico de Coimbra, desconhecendo-se ainda se a mesma dará lugar à instauração de um processo do foro criminal. A averiguação cautelar ou preventiva pode ditar a abertura de um inquérito ou nem sequer corresponder a uma fase embrionária de investigação, funcionando como meio

de recolha de informação destinada a aferir se há indícios da prática de crime. A diligência foi desencadeada pouco depois de o “Campeão” ter divulgado um dossiê sobre os imbróglios da obra (publicado a 28 de Agosto de 2008). A 10 de Setembro de 2009, através da edição electrónica, o nosso Jornal deu nova achega acerca do caso ao revelar o teor da carta com que o antigo fiscal-residente renunciou à função. A coadjuvar o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra (MP), a PJ já pediu esclarecimentos e documentação à ARS do Centro, sucessora da Direcção-Geral de Instalações e Equipamentos de Saúde (DGIES), em 2005, como dona da obra. Contudo, a avaliar pela indicação facultada ao nosso Jornal por uma fonte da Inspecção-Geral de Saúde, é provável que a averiguação cautelar não dê lugar a inquérito. Há um ano, o “Campeão” dedicou um dossiê ao assunto, onde assinalava que a construção poderá custar mais 20 milhões de euros (derrapagem de 53 por cento sobre o montante da adjudicação). Antes, a 24 de Abril, o

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nosso Jornal aludiu a um documento da empresa Planege, cujo teor apontava para um desvio de 25,30 por cento. A ARS admitiu, na altura, que a derrapagem do valor dos encargos em relação ao montante da adjudicação era de “cerca de 18 por cento”. Chamada a assessorar a DGIES na fase que precedeu a abertura do processo concursal, a Planege interveio, posteriormente, na revisão de fundações e estruturas e, mais tarde, foi incumbida de fiscalizar a empreitada. O concurso foi lançado em 27 de Abril de 2004 e a adjudicação ocorreu em 18 de Janeiro de 2005 (a um mês das eleições legislativas). Em relatório enviado à Planege, o empreiteiro alertou para a “ocorrência futura de possíveis patologias (maleitas) na obra”, fazendo notar que elas poderão apresentar “uma tendência de agravamento com o normal desenrolar dos trabalhos”. “É de uma patente anormalidade que um concurso desta dimensão e relevância tenha sido lançado com base num projecto de execução tão insuficiente e deficiente”, alega o Agrupamento Construtor do Hospital Pediátrico (formado pelas empresas Somague e Bascol). “Novela mexicana”

CONDEIXA-A-NOVA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE PAIS E AMIGOS DO CIDADÃO DEFICIENTE MENTAL Bairro do Ciclo - 3150-122 Condeixa-a-Nova Telef.: 239 942 898 / 8846 Fax: 239 942 884 E-mail: appacdmcondeixa@gmail.com

Aviso Nos termos do nº1 do Art.º 39.º dos Estatutos da APPACDM de Condeixa-aNova, torna-se público que durante o prazo que decorre de 18 a 23 de Setembro poderão ser apresentadas na sede desta Associação, sita no Bairro do Ciclo em Condeixa-a-Nova, durante as horas de expediente, listas concorrentes à Eleição dos Corpos Sociais para o triénio 2010/2013. As Listas apresentadas a sufrágio têm que ser compostas somente por Sócios Efectivos ou Honorários, em pleno gozo dos seus direitos (ponto 1, do Art.º 15.º e ponto 2 do Art.º 19 dos Estatutos). Condeixa-a-Nova, 15 de Setembro de 2009 O Presidente da Direcção (Joaquim Augusto Simões) Campeão das Províncias, n.º 489 de 17 de Setembro de 2009

Argamassa de que nem o fornecedor dá garantias face à utilização, betonagem feita num dia e descofragem lateral executada no dia seguinte, tijolos de qualidade inferior e aplicados por molhar, uso de préaros de portas em madeira alegadamente atingida pelo fogo e supressão de trabalhos com pagamento ao empreiteiro de metade do valor dos mesmos, eis, em síntese, a narração de um documento a que o nosso Jornal teve acesso. Novo imbróglio eclodiu, sexta-feira, quando o “Campeão”, através da edição elec-

trónica, noticiou o teor da carta com que João Costa da Silva renunciou à função de fiscal-residente. Embora o anúncio da renúncia tenha ocorrido há 10 meses, só agora foi possível ao nosso Jornal inteirar-se dos contornos do episódio. A Comissão de Utentes do HPC, através de Francisco Queirós (candidato da CDU à presidência da Câmara de Coimbra), desafiou a ministra Ana Jorge (cabeça da lista de candidatos do PS a deputados ao Parlamento pelo círculo conimbricense) a dizer se algo foi feito para “parar com a pouca vergonha”. Queirós, que louvou”a coragem” de João Costa da Silva, fez um apelo ao MP no sentido de o DIAP de Coimbra “actuar rapidamente”. “Estranho se o Ministério da Saúde não se queixou ao MP”, afirmou.

Instado a dizer se o protelamento da inauguração das futuras instalações do HPC se prenderá com a situação para que alerta a referida missiva, Queirós comparou o historial das obras a uma “autêntica novela mexicana”. Silêncio(s)

A alegada existência de água no subsolo do local da obra veio a revelar-se um insondável «mistério», mas, ainda assim, pôs a empreitada a marcar passo no segundo semestre de 2005 e impediu o cumprimento do cronograma a prever a conclusão dos trabalhos em Setembro de 2007. O arquitecto Matos Veloso (cujo ateliê formou um consórcio com o de Francisco Conceição e Silva para elaboração do projecto inicial) disse ao “Campeão” nunca ter havido um volume de água ca-

paz de justificar os problemas invocados pelo empreiteiro. Por razões que nunca foram postas a claro, o anterior gestor do Gabinete do Novo Pediátrico, António Gomes, pediu a demissão a 30 de Março de 2007, tendo sido substituído (volvido um ano) por José Varandas. Embora tenha reagido a uma notícia publicada a 24 de Abril de 2008, pelo “Campeão”, Gomes entendeu não dever pronunciar-se sobre “a matéria do artigo”, e também não quis tecer comentários quando voltou a ser instado nesse sentido. Quem assumiu papel preponderante em relação à obra, tendo substituído António Gomes por ocasião dos respectivos impedimentos, foi a engenheira civil Sónia Correia, que também descartou prestar declarações ao nosso Jornal.

Ex-fiscal-residente adverte e a ARS replica A carta com que João Costa da Silva renunciou à função de fiscal-residente da obra do HPC (vide www.campeaoprovincias.com) é um documento demolidor e incómodo para a tutela. Instada pelo nosso Jornal, a ARS/Centro indicou que os relatórios entregues pelo outrora fiscal foram “objecto de análise e tratamento” pelo Gabinete de Gestão do Novo Pediátrico. Segundo este organismo desconcentrado do Ministério da Saúde, “todos os procedimentos relativos à construção (...) foram devidamente verificados por entidades competentes”. A ARS assinala, por outro lado, que a recepção definitiva da obra só ocorrerá dentro de cinco anos, pelo que, até lá, “qualquer situação anómala que venha a verificar-se será da responsabilidade do empreiteiro”. Sem que tenha sido feita qualquer adenda ao contrato do então fiscal-residente com a ARSC, a avaliar pela carta dele, Costa da Silva passou a exercer a função à distância. Contactado pelo “Campeão”, o gestor do Gabinete do Novo Pediátrico, José Varandas, contrapôs que Silva foi transferido, a 30 de Abril de 2008, para o Departamento de Instalações e Equipamentos. Segundo Varandas, a mudança por este

alegada prendeu-se com “a necessidade de sujeitar João Costa a uma cadeia hierárquica”. O gestor acrescentou que, à luz da Lei nº. 12-A/2008 (regulamentadora dos regimes de vinculação), João Costa estava impedido de continuar a prestar serviços à ARSC. Ao abrigo daquele diploma, ficou bastante condicionada a prestação de serviços em regime de avença por parte de pessoas singulares, sendo privilegiado o recurso a pessoas colectivas. A 29 de Janeiro de 2009, Costa da Silva enviou a José Varandas um relatório em que sublinha ter alertado, durante três anos, para “a inobservância das mais elementares regras de bem construir” e para “graves consequências em patologias (maleitas) de toda a ordem”. “A qualidade da obra está definitivamente comprometida, porque a fiscalização externa não actuou (...), pactuando conscientemente com o empreiteiro (...), com a conivência expressa, por negligência, incompetência ou inexperiência, dos representantes da dona da obra”, advertiu Silva. Ouvido pelo “Campeão”, o gestor do Gabinete do Novo Pediátrico afirmou haver “coisas que estão a ser corrigidas”, admitindo que João Costa “teve razão em relação a alguns aspectos”, e considerou que as advertências do ex-fiscal-residente foram feitas tardiamente.

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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com:

Jorge Catarino Administrador do Grupo Catarino Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com


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Para travar o desemprego

União de Sindicatos de Coimbra prepara pacote de soluções BENEDITA OLIVEIRA

A União de Sindicatos de Coimbra (USC) vai organizar uma espécie de tribuna pública após as eleições legislativas. O objectivo é apresentar um “caderno reivindicativo” ao próximo Governo com um conjunto de soluções e propostas de intervenção no aparelho produtivo, com o enfoque no desemprego de longa duração. O distrito de Coimbra conta actualmente com cerca de 18 000 desempregados, 6 000 dos quais sem qualquer apoio social. O coordenador da USC, António Moreira, está apreensivo com a situação laboral no distrito, sobretudo porque “as empresas que em 2009 dispensaram trabalhadores eram aquelas em que menos se esperaria este desfecho [o encerramento]”. Os mais recentes encerramentos devem-se, considerou, fundamentalmente “a questões de gestão e não só a encomendas, mercado ou tecnologia”. Passivos de milhões de euros e dívidas ao Estado são, notou por outro lado António Moreira, um entrave para a captação de investidores, sobretudo numa altura em que a sua disponibilidade financeira é mais reduzida. “Há que descodificar a questão dos apoios às PME, porque as empresas que necessitam são precisamente aquelas que não podem recorrer a eles, uma vez que não têm a situação regularizada junto do fisco ou da segurança social”, apontou, considerando que com os mais recentes encerramentos “Coimbra sofreu golpes profundos e irreversíveis no campo económi-

O distrito de Coimbra conta actualmente com cerca de 18 000 desempregados

co”. “Temos 6 000 desempregados de longa duração, muitos com mais de 45 anos, que já esgotaram o subsídio de desemprego, mas não se podem reformar nem têm outra fonte de rendimento. Isto é realmente desolador”, comentou. O Governo liderado por José Sócrates prometeu criar 150 000 novos postos de trabalho, no entanto, no espaço de quatro anos, o distrito de Coimbra viu o desemprego agravar-se, passando dos 14 000 para os 18 000 desempregados. Os mais recentes encerramentos no distrito de Coimbra – Real Cerâmica (sector cerâmico artístico e porcelana), Poceram (sector da cerâmica industrial), Tipografia Pais Martins (sector gráfico), Batista Pratas (sector das madeiras), EGRAM (sector mármores e granitos), Transportes Cardoso, Mármores Batanete (sector

da cerâmica e construção) – deixaram 400 trabalhadores sem posto de trabalho, sendo que, e segundo expectativas da organização sindical, até ao final do ano mais de 1 000 postos de trabalho estão em risco devido a dificuldades laborais de várias empresas. Enquanto no caso da Real Cerâmica e Poceram, duas emblemáticas empresas do sector cerâmico de Coimbra, o Tribunal já declarou inclusive a insolvência, a cessação da actividade da Marcopolo foi posta em causa pelo poder judicial. A fabrica de montagem de carroçarias de autocarros está impedida, pelo Ministério do Trabalho, de fechar como estava previsto, renascendo a esperança para os 180 trabalhadores. O grupo brasileiro pretendia cessar os contratos de trabalho esta terça-feira, pagando o correspondente ao aviso prévio de despedimen-

to. A medida foi considerada ilegal e, agora, a empresa é obrigada a manter a fábrica até 30 de Novembro. Segundo António Moreira, os operários com menos anos de serviço cessam os contratos até ao próximo dia 30, mas “o grosso dos trabalhadores dia 30 de Novembro”. Reunidos em plenário, os trabalhadores ficaram a saber que ainda não chegou à Marcopolo qualquer proposta para dar continuidade à empresa. O investidor belga Patrick Jonckheere fez, entretanto, saber que precisava de garantias concretas de apoio do estado português para avançar com uma proposta de compra da unidade brasileira. O Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras está também a procurar encontrar uma solução alternativa ao encerramento da Marcopolo.

Águas de Coimbra

Abalada de Jorge Temido surpreende Dias Pacheco O jurista João Dias Pacheco disse ao “Campeão”, esta semana, ter sido surpreendido com a notícia da iminente desvinculação de Jorge Temido da presidência da empresa municipal Águas de Coimbra (AC). O nosso Jornal indicou, sexta-feira, através da edição electrónica, que o gestor irá abandonar, em breve, a rua da Alegria, independentemente do desfecho das eleições autárquicas e da conclusão de um inquérito a cargo

do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra. Dias Pacheco regista que Temido saia do Conselho de Administração da AC antes de o Ministério Público (MP) pôr termo ao inquérito, cujo encerramento pressupõe o arquivamento dos autos ou a dedução de acusação (sendo que esta poderá abranger um ou mais arguidos). A situação processual a que o administrador foi sujeito compreende mais três

gestores, mas apenas um, Joaquim de Sousa, continua a ser membro do CA da Águas de Coimbra. A constituição de Jorge Temido como arguido ocorreu na sequência de uma busca à empresa municipal, feita pela Polícia Judiciária, há 17 meses, em articulação com o DIAP. Co-autor de uma participação ao Ministério Público – em que dá conta de eventuais más práticas de gestão, alegadamente compro-

metedoras para Jorge Temido e Paulo Canha, anterior presidente da empresa municipal –, o jurista lamenta “a demora” subjacente à conclusão do inquérito (aberto no início de 2008). João Dias Pacheco, exdirector da AC nas áreas de Recursos Humanos e Serviços Jurídicos, encontra-se «emprateleirado» há mais de ano e meio, sem sequer ter sido sujeito à mais recente avaliação de desempenho a que tem direito.


ACTUALIDADE

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QUINTA-FEIRA

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C O M E N T Á R I O

RUI AVELAR

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SNS instituído há 30 anos

António Arnaut envelheceu “a defender” um imperativo

RUIDAVELAR@GMAIL.COM

Portugal adiado Inesperadamente, num instante, ouvi duas notícias que mostram à saciedade a vocação de Portugal como país adiado. Num instante, escutei que o Jornal Nacional apresentado por Manuela Moura Guedes na TVI tinha sido cancelado e que o empresário Alexandre Relvas, director de campanha do candidato presidencial Cavaco Silva, não comentava eventuais pressões, alegadamente exercidas sobre ele por colaboradores do primeiro-ministro. Podemos (e devemos) ser críticos do estilo da jornalista, que há muito tinha mandado às urtigas a busca de objectividade e de imparcialidade. Contudo, parafraseando José Pacheco Pereira, o Jornal Nacional da TVI às sextas-feiras “tinha (…) notícias certas no lugar certo do alinhamento”. A «sentença de morte» que recaiu sobre aquele espaço noticioso é um brutal ataque à liberdade de expressão; ainda por cima, infligido de forma torpe e soez, pois, à luz da lei, o cancelamento do Jornal é da competência da Direcção de Informação da estação televisiva e não da Administração. Ora, para quem, como eu, até acha que podem soprar bons ventos de Espanha, a decisão da principal accionista da Media Capital, proprietária da TVI, faz-me lembrar a imposição da Dinastia Filipina, nos idos de 1580. Tem-se discutido muito até que ponto a inadmissível ingerência na liberdade de expressão em Portugal, por parte da empresa espanhola Prisa, é susceptível de prejudicar o PS, cujo líder nunca escondeu a sua aversão a tal espaço noticioso.

O poder político é, frequentemente, medíocre e parte das elites privilegia o cinzentismo A resposta é linear: José Sócrates teria mais a perder até 27 de Setembro com três edições do Jornal Nacional emitido de Queluz, às sextas-feiras, do que com o seu cancelamento. Não quero com isto significar que houve dedo do primeiro-ministro na barragem feita a Manuela Moura Guedes. E Sócrates também não pode arcar com toda a culpa por os seus conterrâneos desprezarem tanto a liberdade de expressão. Entre os «estragos» que o Jornal faria em mais três edições e os «custos indirectos» sofridos pelo PS devido ao enceramento, alguém entendeu optar pela jogada de risco. Creio que José Sócrates foi alheio ao lance. Os finais dos ciclos de governação têm destas coisas: a autoridade do chefe, por muito que ele se tenha esforçado a exercê-la, entra numa fase de declínio e passa a haver quem se atreva a «puxar cordelinhos» nas costas dele. Quanto a Alexandre Relvas, fiquei perplexo com o seu calculismo. Instado acerca da revelação feita pelo advogado Jorge Bleck, de que ele tinha sido advertido a pensar o que diz, sob pena de a empresa Logoplaste sofrer percalços nos negócios com sociedades detidas pelo Estado, Relvas enredou-se na típica opção de rejeitar misturar a sua dimensão de empresário com a vida pessoal. O poder político é, frequentemente, medíocre, o chicoespertismo impera (até entre as classes média e alta) e parte das elites privilegia o cinzentismo. Com o enraizamento destes vícios, não há inglês técnico que nos safe, nem Magalhães (refiro-me aos computadores) que nos ponham na crista da onda para cavalgarmos a globalização.

António Arnaut, 73 anos de idade, emocionou-se, na semana passada, em Coimbra, ao reconhecer ter “envelhecido a defender” o Serviço Nacional de Saúde (SNS), grande causa da sua vida. “Trinta anos de resistência” em prol do Serviço, cuja criação ele comparou ao seu melhor poema, estão evocados num livro da autoria do advogado, poeta, antigo deputado e ex-ministro dos Assuntos Sociais. Se se trata de um direito e não de um privilégio, a saú-

de tem de ser de todos, advertiu. Manuel Alegre, cujo texto alusivo à apresentação do livro de Arnaut sobre o SNS foi lido por Teresa Alegre Portugal, felicitou o antigo ministro por ter dado “outro sentido e outro conteúdo à democracia portuguesa”. “Não é aceitável que, a pretexto da sustentabilidade, se procure, constantemente, arranjar subterfúgios para descapitalizar o Serviço Nacional de Saúde em favor do sector privado”, opinou Manuel

Alegre, em cujo ponto de vista o SNS é “um imperativo patriótico, democrático e humanista”. Segundo o poeta, devese a António Arnaut “a medida mais socialista tomada até hoje pelo PS” (de que o ex-ministro foi co-fundador). Para António Almeida Santos, ex-presidente da Assembleia da República, o SNS foi criado, por generosidade, através de um “acto de saudável loucura”. “Que seria de Portugal sem o Serviço Nacional de

Saúde”?, questionou o jurista ao assinalar que o Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama, está “a copiar” Arnaut. Criador, segundo Alegre, do “maior símbolo social” de 25 de Abril de 1974, António Arnautestevenaiminênciadesobraçar a pasta da Justiça, há mais de 30 anos, a pedido de Mário Soares, para “acabar com a corrupção na Polícia Judiciária”. Para aceitar a troca de Ministério, o advogado fez questão de assumir a paternidade do SNS.

Eventual privatização do fornecimento de água

Autarca do Bloco lança repto a candidatos à liderança da CMC O Bloco de Esquerda acaba de lançar um repto a Carlos Encarnação (PSD), Álvaro Maia Seco (PS) e Pina Prata, tendo por base um cenário de alegada privatização do fornecimento de água ao domicílio. A candidata do BE à principal cadeira da praça de 08 de Maio, Catarina Martins, desafia os opositores, excepção feita a Francisco Queirós (CDU), a dizerem se dos respectivos programas consta a privatização da empresa municipal Águas de Coimbra (AC). Catarina Martins, membro da Assembleia Municipal cessante, afirmou, na semana passada, ter chegado “o momento de travar o processo”. Candidato à reeleição, Carlos Encarnação fez saber, através do vereador cessante Marcelo Nuno, que a disponibilidade da Câmara para estabelecer uma parceria com

a sociedade Águas de Portugal (AdP) não significa que a autarquia se tenha vinculado ao que quer que seja. “Uma decisão definitiva só será tomada dentro de cinco meses”, indicou o edil. Presente numa conferência de Imprensa convocada pelo BE, Francisco Louçã disse que o PSD “insinua a venda” da empresa Águas de Portugal e considerou que o PS “já a admitiu”. “Os portugueses mais pobres e os residentes no interior do país serão os primeiros a sofrer”, caso se concretize o negócio, advertiu o coordenador do Bloco. A 30 de Julho [de 2009], o “Campeão” indicou que, ao abrigo de uma parceria com o Grupo AdP, a referida empresa municipal poderá vir a concessionar o fornecimento do precioso líquido. A medida inserir-se-ia na

génese de um novo figurino para o abastecimento de água ao domicílio. O chamado sistema “em baixa”, assegurado em Coimbra pela AC, poderá vir a ser confiado a outra empresa , desconhecendo-se se sob a forma de concessão. A parceria encarada pelo Grupo AdP contempla nove municípios do distrito conimbricense, quatro do leiriense e um concelho do distrito de Santarém: Ansião, Arganil, Batalha, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Góis, Leiria, Lousã, Miranda do Corvo, Ourém, Penacova, Penela, Porto de Mós e Vila Nova de Poiares. Para Catarina Martins, está a perspectivar-se a criação de “monopólios regionais em torno de um bem público essencial”. “As infra-estruturas, equipamentos e recursos huma-

nos são incorporados nos activos do Grupo AdP, significando isso que os investimentos realizados nos municípios (com dinheiro público) serão entregues, de mão beijada, ao sector privado”, vaticinou a autarca. Segundo o BE, há câmaras municipais a justificarem a eventual adesão à parceria com o facto de só assim poderem apresentar candidaturas ao Fundo de Coesão; mas Catarina Martins alega tratarse de uma “chantagem do Governo” a que várias autarquias terão cedido apesar de haver alternativas. Por ocasião da criação da sociedade Águas do Mondego, maioritariamente detida pela AdP, ficou consignado que, num cenário de privatização da empresa-mãe, mais de 50 por cento do capital social da AdM deverá ser subscrito por municípios.

Bairro da Misericórdia já tem inquilinos

Moradores regressam à Conchada I.C.

Urbano Pinto e Maria Isabel Camões receberam as chaves da casa nova, no Bairro da Misericórdia, na Conchada. Ao longo dos anos em que viveram no Bairro da Relvinha, a título provisório, ele nunca perdeu a obra de vista, tal era o desejo de voltar à antiga morada, agora com incomparável melhoria de habitabilidade.

Este casal é um dos 30 inquilinos da Câmara Municipal de Coimbra que esta semana estão a estrear os apartamentos que substituem as habitações demolidas há seis anos. Um a um, assinaram os contratos com o presidente da autarquia e receberam as chaves. Se para a maioria, este momento significa um regresso à Conchada, muito ansiado, para outros esta é uma morada

completamente nova, daí que o vereador da habitação, Gouveia Monteiro, tenha pedido aos antigos moradores para que acolham bem os novos vizinhos. Não houve festa, mas houve gente que chorou de felicidade pelo regresso e pela perspectiva de vida nova, numa casa, com vista, acabada de construir. Houve também quem chorasse de saudade e de

mágoa, por quem não teve tempo de viver para estrear a casa. A obra custou cerca de dois milhões de euros e, segundo admitiu Carlos Encarnação demorou mais tempo do que o necessário. Ao entrar numa das casas, habitada por um casal jovem, a mulher do presidente da autarquia, Filomena Encarnação, desejou à família “que Deus lhes dê sorte e saúde”


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POLÍTICA

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AM de Coimbra

Infantário e creches põem autarcas em rota de colisão A CDU e o Bloco de Esquerda lamentam que a Câmara de Coimbra ceda um jardim-de-infância à Fundação de Bissaya Barreto (FBB) para funcionamento de uma creche e reclamam novas salas para infantário no futuro Centro Educativo da Solum; Carlos Encarnação promete empenhar-se para que, em matéria de creches, a oferta duplique em quatro anos.

Com tal oferta a dar satisfação a pouco mais de 30 por cento das necessidades sentidas no concelho, havendo pais a pagar “centenas de euros por mês”, o presidente da Câmara espera que a mesma se cifre em 70 por cento até 2013. “Não tenho memória de ter havido, em Coimbra, durante oito anos, tão grande esforço” em prol do parque

escolar, afirmou o edil na última reunião da Assembleia Municipal. Serafim Duarte (BE) nega que Carlos Encarnação tenha razão ao dizer que a edilidade está impedida de gerir creches. Segundo o autarca do Bloco, em 13 freguesias de Coimbra (todas rurais) falta

qualquer oferta no âmbito deste tipo de valência. Entretanto, a construção de quatro creches, por iniciativa de instituições particulares de solidariedade social, vai beneficiar de um incentivo que consiste na possibilidade de obtenção da cedência do direito de superfície sobre terrenos do domínio privado da Câmara.

Quanto ao contrato de comodato a celebrar com a FBB, cuja natureza e função Carlos Encarnação enalteceu, o edil indicou tratar-se de uma cedência feita nos moldes de outras. A cedência, ao abrigo de um contrato de comodato, é efectuada por um prazo de 40 anos, re-

novável por períodos de 20. Margarida Fonseca (CDU) estranhou a inexistência de concurso público para o efeito e a omissão em matéria de consulta à Assembleia Municipal. Para Serafim Duarte, tratou-se de um “favor clientelar” feito pela Câmara à Fundação.

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Câmara Municipal

Vereadores votam contra documentos do PDM I.C.

No âmbito da revisão do PDM (Plano Director Municipal), o executivo da Câmara Municipal de Coimbra aprovou, na penúltima reunião antes das eleições autárquicas de 11 de Outubro, a Planta de Ordenamento e Regulamento (proposta de revisão dois) e a Carta de Estrutura Ecológica Municipal. Pina Prata e os vereadores socialistas presentes na reunião, Álvaro Seco e Jorge Lemos, votaram contra, não tanto pelo teor dos documentos levados à consideração dos vereadores, mas pelo “timing” da votação. Impossibilitado pelo presidente de fazer uma declaração de voto, Pina Prata (candidato intdependente às próximas autárquicas) explicou a sua atitute aos jornalistas, fora da sala de reuniões. “Lamento que o presidente da Câmara de Coimbra tenha posto à votação um documento feito à pressa, sem critérios de “timing” e técnicos, tanto mais que a Câmara devia só estar a praticar actos de gestão”, declarou o vereador, considerando que a autarquia “não devia estar a aprovar um documento tão condicionante para o futuro

como é o PDM”. Segundo disse “houve uma reunião de acompanhamento sem quórum” para a qual não foi convocado. Perante a informação de que só estiveram na reunião dois vereadores de um total de 11, Pina Prata considera que “houve uma atitude discriminatória”. “É gravíssimo para a cidade estarmos a tomar decisões sem legitimidade, já que estamos a menos de um mês de um novo executivo”, sublinhou.Jorge Lemos e Álvaro Seco criticaram também o momento da votação relacionada com o PDM. “Custa-me imenso, a um mês das eleições, tomar decisões de grande responsabilidade”, declarou Álvaro Seco. Para as fases seguintes de revisão do PDM ficaram questões como as áreas a sujeitar a estudos de maior detalhe; a norma relativa à celebração de contratos de planeamento; a nova gare intermodal de Coimbra; a expansão do metro ligeiro para Norte e Sul/Poente; e o IC2 para Sul, no troço entre a Cruz dos Morouços e Condeixa, em concreto a concretização de um novo traçado ou o aproveitamento/melhoramento do canal existente.

Legislativas

Os líderes do CDS-PP e da CDU marcaram presença, ontem, em Coimbra. Jerónimo de Sousa esteve nas Escadas Monumentais, num comício que contou com as intervenções de Mário Nogueira, mandatário distrital da candidatura e Manuel Rocha, primeiro candidato da CDU. Paulo Portas almoçou com militantes e sim-

patizantes e reuniu com representantes da Associação de Agricultores do Baixo Mondego. Ana Jorge, cabeça de lista do PS pelo Círculo Eleitoral de Coimbra, apresentou-se como candidata e declarou suspensa a sua actividade como ministra da Saúde, reservando uma excepção à pandemia da gripe A.

ABC

Partidos em campanha


FIGURAS E FACTOS

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A S C E N S O R A

S U B I R

Armindo Araújo – Auxiliado pelo co-piloto Miguel Ramalho, o piloto português acaba de sagrar-se campeão mundial de ralis, na classe de produção. O quarto lugar obtido no Rali da Austrália dá, matematicamente, o título a Armindo Araújo. O piloto de 32 anos aguarda apenas que o Tribunal de Apelo da Federação Internacional do Automóvel se pronuncie sobre o recurso apresentado por AlAttiyah, piloto desclassificado no Rali da Grécia. Caso o recurso não seja aceite, como tudo indica, Armindo Araújo torna-se no primeiro português a ser campeão numa prova com estes moldes, depois de Rui Madeira ter vencido, em 1995, a Taça FIA do Grupo N. Durão Barroso – Depois de um caminho que acabou por ser mais tortuoso do que estaria à espera, conseguiu finalmente assegurar a recondução na presidência da Comissão Europeia. Terá sido preponderante o apoio dos chefes de Estado e de governo dos 27 países da União Europeia, contudo, as divisões internas dentro dos vários grupos parlamentares, hesitantes perante o apoio à sua recandidatura, quase deitaram por terra as expectativas do antigo primeiro-ministro português. Ana Jorge – Enquanto prossegue a campanha de sensibilização para os cuidados a ter para evitar a propagação da gripe A, as vacinas contra esta patologia estão já disponíveis para mais de metade dos portugueses. De igual forma, também a profilática contra a gripe comum pode ser administrada desde a última terça-feira, estando a vacina já à venda nas farmácias. Transparente no esclarecimento das dúvidas e acentuando a tónica do seu discurso na pedagogia da prevenção, Ana Jorge tem sabido estar à altura da responsabilidade exigida pelo cargo que desempenha. Júlio Magalhães – O novo director de informação da TVI tem pela frente uma tarefa exigente. Escolha da administração do canal de televisão para substituir João Maia Abreu, que se demitiu em solidariedade com Manuela Moura Guedes, Júlio Magalhães, que até aqui estava ligado à TVI Porto, passa agora a assumir um papel de maior preponderância dentro do canal. O jornalista já disse, entretanto, que resolver o “caos instalado” é a prioridade. A

D E S C E R

Gilberto Madail – Falar de um prémio pecuniário como incentivo maior para que os jogadores que integram a selecção nacional se empenhem na representação das cores lusas é de mau gosto, sobretudo quando a maioria dos portugueses atravessa momentos difíceis e as exibições da equipa nacional estão longe convencer. E por falar em dinheiro, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol devia era estar preocupado com os 100 milhões de euros de prejuízo estimado do eventual não apuramento da selecção para o Mundial da África do Sul, devido a perda de retorno publicitário dos patrocinadores da equipa. Lurdes Rodrigues – Ao longo da governação, o primeiro-ministro teve pretextos de sobra para, sem grande alarido, substituir a ministra da Educação. Não o fez e caracterizou até de fundamental o papel de Maria de Lurdes Rodrigues na luta contra as corporações em nome do interesse geral, leia-se, na implementação de decisões que colidiam com os privilégios da classe docente. No entanto, foi fraco gesto de gratidão que, em fim de mandato e em directo na televisão, durante o debate televisivo com a líder do PSD, José Sócrates tenha anunciado a saída da ministra se ganhar as eleições. Lurdes Rodrigues torna-se assim em mais uma vítima da governação de José Sócrates. PUBLICIDADE

João Mendes Ribeiro “Arquitectura e espaço cénico” foi a tese com que João Mendes Ribeiro se doutorou, segunda-feira, na Universidade de Coimbra, tendo sido aprovado, por unanimidade. O docente do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, desde 1991, abordou as relações entre aquela disciplina, o teatro e a dança, sendo a cenografia uma área de actividade onde se tem destacado. Inúmeras vezes premiado a nível nacional e internacional, com grande reputação no estrangeiro, este profissional de Coimbra tem desenvolvido um trabalho que cruza vários campos: arquitectura, cenografia, património, escala urbana e mobiliário. Em 2006 foi distinguido, pela Presidência da República, com a comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Agostinho Almeida Santos – O antigo presidente do Conselho de Administração dos HUC, Agostinho Almeida Santos, tomou posse esta segunda-feira como membro efectivo do Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra viu assim renovada a confiança da Assembleia da República para voltar a desempenhar as funções de conselheiro. Agostinho Almeida Santos – que participou recentemente em Roma numa conferência sobre “Estratégias de gestão de um hospital público em tempo de crise económico-financeira”, integrada no VII Congresso da Sociedade Europeia de Ginecologia – e André Dias Pereira são os dois únicos conselheiros de Coimbra, num total de 19. Mário Mendes – O secretário de Estado da Saúde em 1978, Mário Mendes, foi homenageado, esta terça-feira, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, no âmbito das comemorações do 30.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde. Na cerimónia, que contou com a presença de familiares, amigos e profissionais de saúde, o presidente do Conselho de Administração dos HUC, Fernando Regateiro, destacou que esta é uma homenagem “justíssima ao cidadão, médico, professor e secretário de Estado da Saúde em 1978”. Em colaboração com António Arnaut, na altura Ministro dos Assuntos Sociais, Saúde e Segurança

Social, Mário Mendes implementou uma das mais importantes reformas nacionais, considerada uma conquista da democracia. Enquanto director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Mário Mendes realizou o primeiro protocolo de colaboração entre os HUC e a faculdade. António Arnaut referiu, por sua vez, que Mário Mendes “esteve na origem das carreiras médicas”, o que contribuiu decisivamente para o reconhecimento de mérito na profissão e para a progressão de carreira. Seabra Santos – O reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, defendeu o novo modelo de gestão na cerimónia de abertura solene das aulas, que decorreu esta quarta-feira. A reestruturação no ensino superior português e a gestão das várias faculdades são, segundo o reitor, os grandes desafios da UC e do ensino superior em geral. O presidente da Direcção Geral da Associação Académica de Coimbra, Jorge Serrote, afirmou estar também disponível para trabalhar na reestruturação, embora se tenha demonstrado preocupado nomeadamente com o facto de a representatividade dos alunos ter diminuído. Santos Rosa – O professor de Imunologia, Santos Rosa, venceu as eleições para o cargo de director da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, obtendo a maioria dos votos dos alunos, funcionários

e investigadores. No total, Santos Rosa conseguiu nove votos, enquanto Carlos Oliveira obteve seis votos (de entre os nove docentes presentes na Assembleia de Faculdade). Santos Rosa apresentou-se ao sufrágio como independente; já Carlos Oliveira contava com o apoio de uma das listas de docentes candidata à Assembleia de Faculdade. O professor de Imunologia defende o aumento da qualidade de ensino e uma maior aposta no campo da investigação. “Queremos uma faculdade de vanguarda, que seja a melhor do país”, referiu o docente, adiantando que a estratégia passará pela criação de consórcios e parcerias inter-institucionais. Basquetebol da AAC capta jovens - A Secção de Basquetebol da Associação Académica de Coimbra está a promover, até ao próximo dia 17 de Setembro, um jornada de captação de jovens com idades entre os 5 e os 12 anos, ao mesmo tempo que aproveita para divulgar toda a sua actividade. Luís Viegas, presidente da Direcção, afirma que este projecto “está inserido num dos eixos estratégicos de desenvolvimento da Académica Basquetebol e que pretende divulgar a modalidade, atrair um maior número de atletas e sobretudo afirmar a modalidade como um desporto de excelência”. Até 17 de Setembro, todos os jovens interessados podem deslocarse ao último piso do Dolce Vita e aí jogar basquetebol ou recollher autógrafos e conviver com os atletas sénior da Académica, entre eles, Manuel Johson, Quin Humphrey, AJ Jackson, Bruno Costa, Daniel Caluíco, Tiago Saraiva. Rotary promove hoje debate – “Coimbra uma cidade criativa da Unesco, para quando?” é o mote do jantar-debate promovido hoje, às 20h30, no Hotel D. Inês, no Rotary Club de Coimbra. A palestra, proferida por Isabel de Carvalho Garcia, baseia-se no trabalho apresentado na primeira reunião do Conselho Consultivo do Clube de Empresários de Coimbra, em Junho último. Isabel de

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Carvalho Garcia vai destacar as vantagens de colocar Coimbra num roteiro internacional. CES distingue trabalho sobre o PCP – O Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (CES) atribuiu, esta segundafeira, o prémio para jovens cientistas sociais de língua portuguesa ao investigador José Neves, pelo seu trabalho de investigação sobre a história do Partido Comunista Português (PCP) até ao 25 de Abril de 1974 e sobre o trajecto da resistência política e cultural ao Estado Novo – que se encontra publicado em livro com o título “Comunismo e Nacionalismo em Portugal: Política, Cultura e História no Século XX”. José Neves nasceu em Lisboa, em 1978, doutorou-se em História da Cultura no Período Contemporâneo, no ISCTE, em 2008, e ao longo dos últimos anos tem-se interessado sobretudo por três áreas de debate e de estudo: a história do comunismo, os estudos sobre nacionalismo e a história do desporto. O júri deliberou ainda atribuir menções honrosas às investigadoras Alice Cruz Pereira, Lígia Mori Madeira e Susana Manuela Ribeiro Dias da Silva. Feira de Artesanato Urbano de Coimbra – A Câmara Municipal de Coimbra organiza a quarta Feira de Artesanato Urbano de Coimbra no domingo, no Parque Dr. Manuel Braga. A mostra e venda de produtos de artesanato nacional de cariz urbano e contemporâneo conta com a participação de cerca de 100 artesãos de vários pontos do país e decorre entre as 10h00 e as 19h00. Às 15h00, o Grupo Fonte da Pipa actuará no espaço que circunda a iniciativa. Há ainda oficinas de trabalho para quem quiser aprender ou aperfeiçoar técnicas de produção em bijuteria e trapilhos. A mostra integra acessórios de moda, trabalhos em feltro, técnica do guardanapo, trabalhos em madeira, trabalhos em trapilho, eco-artesanato, pintura, biscuit, origami (técnica japonesa de dobragem de papel), fimo, bijuteria, fusão de vidro e vestuário.


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SOURE

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José Cid, Deolinda e Toy são cabeças de cartaz D.R.

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Entre as composições mais célebres contam-se “Uma rosa que te dei” – com a qual concorreu ao Festival RTP da Canção de 1974 – e “Ontem, hoje e amanhã”, com a qual recebeu um dos prémios de “composição notável” no Festival Yamaha de Tóquio, em 1975, certame a que já concorrera em 1971, com “Ficou para tia”. Em 1978, José Cid, que fixou morada em Mogofores, concelho de Anadia, lançou o álbum “10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, um marco na história do rock progressivo, que viria a obter mais tarde reconhecimento a nível internacional. No Festival da OTI de 1979, ficou em 3º lugar com “Na cabana junto à praia”. Com a canção “Um grande, grande amor”, venceu o Festival RTP da Canção em 1980, com 93 pontos. No Festival Europeu da Canção conquistou um honroso 7º lugar, com 80 pontos, entre 19 concorrentes. Lançou temas como

“Como o macaco gosta de banana” e “Portuguesa Bonita”. Em 2004 deu um espectáculo no Coliseu dos Recreios, que foi gravado pela RTP. Dois anos depois, o teclista e compositor impulsou de novo a carreira ao actuar nos palcos do bar Maxime, em Lisboa, em dois espectáculos com bilhetes rapidamente esgotados e um mar de gente eufórica a assistir. Entretanto lançou um novo disco, “Baladas da minha vida”, com velhas canções regravadas de forma acústica sem recurso a computadores e dois temas novos, “O melhor tempo da minha vida” e “Café contigo”. Em 2007 actuou no Campo Pequeno, em Lisboa, para 4800 espectadores, com convidados especiais como André Sardet, Luís Represas e os elementos do Quarteto 1111. No domingo, a animação fica a cargo dos Deolinda, grupo que prima por uma música irreverente. O quar-

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teto composto pela vocalista Ana Bacalhau e por Luís José Martins, Pedro da Silva Martins e Zé Pedro Leitão canta despreocupadamente fado e temas da música popular portuguesa, cultivando um estilo muito próprio, diferente, autêntico e, de certo modo, caricatural. Com um sucesso fulminante, o álbum de lançamento, “A Canção ao Lado”, é uma lufada de ar fresco na discografia portuguesa. Na noite de segunda-feira, dia 21, feriado municipal, é a vez de actuar Toy, nome

artístico de António Manuel Neves Ferrão. Natural de Setúbal, Toy é um dos mais populares cantores portugueses, sendo presença assídua em diversos programas televisivos. Depois de passar uma temporada imigrado na Alemanha, onde lançou o seu primeiro trabalho discográfico com a banda de músicos alemães Prestige, Toy regressou às origens, editando, desde meados da década de 80, diversos discos a solo, o último dos quais intitulado de “Recordações”.

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As festas do concelho de Soure estão de volta. De amanhã e até terça-feira, animação e diversas feiras de cariz comercial marcam a vivência na vila, atraindo milhares de pessoas não só de Soure como dos concelhos limítrofes. Este ano, o cartaz de espectáculos conta, mais uma vez, com nomes sonantes do panorama musical portugu-

ês, com destaque para José Cid, Deolinda e Toy. A primeira das noites das festas de S. Mateus é dedicada ao rock e música electrónica, sendo que a animação começa às 21h30 com o grupo musical Escala 1, seguindo-se a actuação das bandas EDJ, Straight Beyond Last, Tales for the Unspoken e DJ. Já no sábado, dia 19, a noite tem como protagonista principal José Cid, cujo espectáculo (às 22h30) é precedido pela actuação dos grupos Thema 1 e Rockluso (a partir das 21h30). Com uma carreira que remonta a 1956, José Cid é um dos artistas portugueses mais conhecidos. O cantor do tema “Nasci para a música” gamou fama como teclista e vocalista no conjunto Quarteto 1111, com o qual obteve grande êxito com a canção “A lenda de El-Rei D. Sebastião”. Ainda com o grupo, concorreu ao Festival RTP da Canção de 1968, com a “Balada para D. Inês”. O seu primeiro álbum a solo surgiu em 1971, seguindo-se uma vasta discografia.

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José Cid, Deolinda e Toy são os cabeças de cartaz das festas anuais do concelho de Soure que decorrem de sexta a terçafeira. Organizadas pela Associação Empresarial de Soure, com o apoio da Câmara Municipal local, as festas de S. Mateus contam ainda com as tradicionais feiras da madeira, cebola e nozes, bem como com a Fatacis – Feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Indústria de Soure.

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SOURE

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Associação Empresarial de Soure

Recinto fechado aumenta centralidade Um novo figurino marca a Feira de S. Mateus de Soure desde há um par de anos. Em recinto fechado, a Fatacis ganhou novo alento, afirmando-se como uma feira comercial da região. A mudança, reconhece o presidente da Associação Empresarial de Soure, não agradou a toda a gente, mas, segundo Carlos Mendes, “a feira de S. Mateus ganhou uma maior centralidade”. BENEDITA OLIVEIRA

Campeão das Províncias (CP) – Este ano, a Fatacis vai decorrer sobre o signo da crise. Quais são as expectativas? Carlos Mendes (CM) – Penso que vai mais ou menos igual a 2008. O ano passado foram alugados 86 stands, tivemos 80 expositores e esta edição mantemos o mesmo número. CP – E em termos de afluência de público? CM – Haja bom tempo para que as pessoas saiam de casa e venham à festa. A maior variável é o tempo, mas nesta altura do ano é sempre imprevisível.

CP – A Associação Empresarial de Soure organiza a Fatacis desde 2007. Que mudanças implementou? CM – Este é o terceiro ano. Diversificámos o número e tipo de expositores e temos mais empresas. Por outro lado, e antes não havia, temos também tasquinhas e um espaço para crianças com insufláveis. CP – As tasquinhas são exploradas por quem? CM – Por particulares ou empresas. Temos seis tasquinhas que apostam em comida regional e internacional. Temos leitão, marisco, carne de porco no espeto... este ano temos um espaço com carne barrosã e outro com especialidades árabes. CP – E por que é que fecharam o recinto? CM – Durante 20 anos as entradas eram gratuitas, mas para rentabilizar a parte financeira tivemos de cobrar entradas. Como a festa é bas26668

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CP – Os preços dos bilhetes mantêm-se ou há mudanças? CM – Aceder à feira custa um euro, já para os espectáculos as entradas custam três euros na sexta-feira e na segunda-feira e seis euros no domingo e no sábado. A entrada na feira é igual, o preço dos espectáculos é que variam de ano para ano, porque os artistas também são muito diferentes.

tante dispendiosa, essas receitas permitem equilibrar financeiramente o evento. CP – Também houve a preocupação de melhorar a organização do espaço... CM – Nós trabalhamos para isso. Para que haja uma diversificação de empresas e para que seja mais bem organizada. CP – Os sourenses renderam-se ao novo formato ou ainda recordam com saudade o tradicional figurino? CM – Há sempre críticas, mas construtivas também. As pessoas gostaram da nova organização do evento. Desde o primeiro ano em que organizámos a festa, ela ficou muito mais colorida. No entanto, é certo que o novo figurino não agradou a todos os comerciantes da vila. Mas julgo que a feira de S. Mateus ganhou uma maior centralidade. Sempre houve bares ambulantes e espaços de restauração na feira, simplesmente complementámos com mais tasquinhas, que eu penso que é um nicho de mercado face aos restaurantes que existem em Soure, sendo que alguns optam mesmo por se instalarem no recinto. E primeiro estão sempre os de Soure. CP – Os expositores são maioritariamente de Soure? CM – De Soure temos cerca de 40 por cento, o resto é de fora, sobretudo dos concelhos limítrofes, como Condeixa, Pombal e Figueira da Foz. Depois também temos casos isolados do Norte, por exemplo.

Paulo Simões, Joaquim Figueiredo, João Rodrigues e Carlos Mendes

CP – Quais são as principais áreas de actividade representadas? CM – Este ano vamos ter duas empresas de energias renováveis, mas também temos novas tecnologias, como seja da área informática. O sector automóvel e o agrícola, que tem sempre muitas máquinas e alfaias agrícolas, continuam a ser fortes na Fatacis. Há também roupas, calçado e carteiras... O artesanato é que está cada vez menos representado. É cada vez mais difícil atrair os artesãos. Aliás, a autarquia noutros eventos só os garante, porque os subsidia, se não não vêm. CP – Tendo em conta o cenário de crise decidiram diminuir os custos para os expositores... CM – Não tem propriamente a ver com a crise, não gosto de falar em crise. Diminuímos os preços do aluguer dos stands para incentivar as pessoas a expor os produtos e o portfólio das suas empresas. Nós apostamos num bom certame de empresas.

Queremos fazer mesmo uma feira comercial. Apostamos na parte empresarial que é a que nos interessa. CP – Mas o sucesso faz-se da conjugação da vertente económica e da animação... CM – Sim, mas é complicado, porque metade dos custos da feira é relativa aos espectáculos. Tudo que tem a ver com os espectáculos é muito caro e isso é que nos estraga o orçamento. CP – Este ano, como é o cartaz de espectáculos? CM – O ano passado tivemos cá os UHF, Quim Barreiros, uma noite de fado e DJ. Este ano temos outra vez DJ na sexta-feira (designada de Noite Branca e que é mais para os jovens) e no sábado temos José Cid que é um cantor português intemporal. Depois temos os Deolinda, que é um grupo que a maior parte dos jovens conhece e que está muito na moda, e uma noite de música popular

portuguesa com o Toy na segunda-feira. Acho que, dentro do nosso limite orçamental, conseguimos atingir vários públicos. Se tivéssemos mais orçamento teríamos artistas com mais peso. CP – Qual é o orçamento da Feira de S. Mateus para este ano? CM – Temos previsto gastar entre 140 000 a 150 000 euros. Nós gerimos o evento S. Mateus como a nossa empresa. Temos de reduzir custos e aumentar os proveitos, de modo a que se consiga equilibrar as contas. Em termos de orçamentos, nós temos das festas mais contidas da região. O ano passado S. Mateus já teve saldo positivo. CP – A Câmara comparticipa a feira com algum subsídio? CM – Se tivermos o azar de ter prejuízos, temos um protocolo com a Câmara que cobre essa situação ou pelo menos parte. A Câmara assegura ainda toda a parte de logística.

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Associação com novo alento A Associação Empresarial de Soure ganhou novo alento sob a presidência de Carlos Mendes. A Feira de S. Mateus é, porventura, a iniciativa de maior visibilidade, mas a instituição empresarial tem procurado dinamizar ao longo de todo o ano a actividade económica. “Os primeiros três anos foram difíceis porque a associação não tinha qualquer funcionário. Todo o trabalho dependia de nós, pelo que tínha-

mos de despender o tempo que devíamos dedicar às nossas empresas – que é extremamente importante – a favor da associação. A partir do momento em que criámos um posto de trabalho, um administrativo, começámos a fazer cursos de for mação, iniciativas como o do cabaz de Natal. É importante ter uma pessoa a tratar toda a parte burocrática, lidar com os sócios... é importante te uma pessoa dinâmica

a cativar os sócios da associação, que no fundo são os nossos clientes”, referiu o presidente da Associação Empresarial de Soure, reconhecendo que “nos primeiros anos as coisas não evoluíram muito porque não podíamos simplesmente abdicar do nosso tempo”. Segundo Carlos Mendes, a associação tem primado a sua actividade pela “interacção activa entre instituições do nosso país, como o Centro de

Emprego ou as Finanças, de modo a ajudar os empreendedores a lançar os seus negócios e empresas”. Incentivar o consumo de produtos da região é outra das apostas da instituição. “O consumidor também tem de ser responsável, tanto a nível da região como a nível nacional”, considerou Carlos Mendes, destacando que o “grande trunfo desta direcção é o espírito de união e de grupo”.

Empresário defende criação de uma incubadora Empresário há 12 anos, Carlos Mendes lidera a direcção da Associação Empresarial de Soure desde há quatro anos. Apesar das dificuldades, a actividade empresarial, salienta Carlos Mendes, é fundamental para a riqueza da região e para a

criação de postos de trabalho, defendendo, por isso, a aposta em mais iniciativas de cariz empreendedor. “Faz falta aqui um pulmão de industria para ganhar riqueza. O concelho tem duas grandes empresas, com muitos postos de trabalho, mas julgo que

seria importante haver mais e de grande dimensão, porque representa riqueza para a região”, nota, defendendo que há espaço para a coexistência de grandes e de micro-empresas. O empresário considera que é urgente estimu-

Actividades tradicionais no centro da vila A Feira das Cebolas e a Feira das Nozes voltam a animar o centro da vila

de Soure, mantendo o espírito antigo da feira franca. Lado-a-lado com os

pequenos produtores da terra vão estar ainda os artesãos com alguns dos mais típicos produtos produzidos à mão. A excepção este ano é a Feira da Madeira que passou para dentro do recinto. “Tivemos também a sensibilidade de, juntamente com a Câmara Municipal de Soure, promover mais espectáculos culturais no centro da vila, de modo a manter atractiva esta parte de Soure”, referiu o empresário responsável pela Associação Empresarial de Soure.

lar, a nível local, o comércio, a indústria e os serviços, sugerindo a criação de um pólo de atracção de empresas, como uma incubadora de empresas. “Uma incubadora permitiria criar mais riqueza para o concelho e postos de trabalho”, salienta. A falta de acessos às principais vias rodoviárias que atravessam a região é outra das fragilidades apontadas pelo empresário.

Origens da feira remonta à época medieval As cebolas, nozes e madeira são dos produtos mais simbólicos da feira de S. Mateus. Com origens que remontam à época medieval, a feira franca de Soure mantém o cariz tradicional, com a venda de produtos pelas ruas da própria vila. Este ano, a feira da madeira realizase dentro do recinto da Fatacis, sendo substituída pelo artesanato. Por estes dias, a vila é também palco dos ranchos folclóricos e filarmónicas concelhias, bem como de outros grupos e músicos locais. As festas de S. Mateus são o maior cartaz turístico da vila e do concelho de Soure e todos os anos propicia o reencontro dos munícipes e demais sourenses. Esta grande festa atrai ainda muitas pessoas dos concelhos limítrofes, quer pelo cartaz profano das festas, quer pela romaria a S. Mateus, cujos devotos vêm, por vezes de muito longe, pagar as suas promessas e fazer as suas orações. A Fatacis é outro grande motivo de atracção, divulgando primordialmente as actividades económicas concelhias, mas também outros agentes económicos, fazendo deste certame um evento de escala regional. Os divertimentos e comes e bebes estão igualmente em destaque nas festas anuais de Soure. A feira popular potencia, com efeito, a deslocação familiar ao evento, havendo diversos e muitos carrosséis. A par dos tradicionais bares ambulantes, há a destacar a aposta gastronómica nas tasquinhas que permitem saborear petiscos e especialidades quer regionais quer internacionais.

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Junta de Freguesia de Soure

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Convida toda a população a visitar a Fatacis por altura das Festas de S. Mateus 2009!

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MIRANDA DO CORVO

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Feira decorre na Praça de José Falcão

Na Quinta da Paiva, do dia 21 a 27

Mel vai adoçar o domingo

Restaurante Museu da Chanfana dedica semana ao javali

A realização da Feira do Mel tem assumido um sucesso crescente no concelho de Miranda do Corvo e espera-se que no próximo domingo, dia 20, o certame seja um êxito, tendo como “pano de fundo” a bonita área ajardinada da Praça José Falcão. A realização de feiras deste tipo contribui para a promoção de produtos do concelho e da região, sendo o mel um dos mais significativos, conforme sublinha a entidade organizadora, a Câmara Municipal. A região da Serra da Lousã, onde Miranda do Corvo se insere, é uma área privilegiada para a apicultura, pela sua grande diversidade florística, onde abundam as espécies melíferas. Para esta edição da Feira do Mel já estão confirmados 32 produtores, no entanto as inscrições continuam abertas até amanhã, dia 18. Para além de apicultores do município de Miranda do Corvo estão também representados apicultores dos con-

Na Feira do Mel do ano passado (na foto) participaram cerca de 30 apicultores, número que vai ser ultrapassado nesta edição

celhos vizinhos da Lousã, Penela, Pedrógão Grande e Góis. Entre os apicultores presentes alguns irão também apresentar, além do mel, outros derivados, como é o caso dos licores e aguardente de mel e alguns utensílios. Para além do mel, estarão ainda presentes no evento artesãos com os seus produtos nomeadamente cestaria e brinquedos em madeira. Mas o certame não se fica apenas pela venda e exposição de mel, podendo os visitantes assistir, ainda, a vá-

rios concertos, a partir das 11h30, que durante todo o dia animarão o certame. Durante a tarde, pelas 15h00, no auditório municipal, está

também previsto o lançamento do novo livro de Edgar Panão, intitulado “Comentário – o outro lado da coisa”.

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Além do mel pode-se apreciar no certame outros derivados, como é o caso dos licores e aguardente

O Restaurante Museu da Chanfana, localizado na Quinta da Paiva, Miranda do Corvo, irá promover, de 21 a 27 de Setembro, a “semana do javali”. Esta iniciativa irá permitir ao visitante uma mostra e prova variada de pratos confeccionados à base de carne de javali, espécie característica da fauna nacional e muito presente na gastronomia regional. No que diz respeito aos pratos, a escolha será variada associando sabores tradicionais a pitadas de gosto contemporâneo: costeletas de javali na grelha com cogumelos selvagens, lombo de javali no forno com maçã reineta caramelizada, naco de javali em molho mostarda Dijon e/ou medalhões de javali pingados no seu molho com aroma de frutos silvestres. Como complemento dos pratos principais, onde reina a carne de javali, poderão ser saboreadas diversas entradas, tais como canja de aves com hortelã, fígados de pato salteados em vinagre de framboesa e paté de coelho sobre pão

torrado e alfaces variadas. Estas especialidades, que marcam a “semana do javali”, poderão ser apreciadas ao jantar, nos dias úteis, de 21 a 25, e ao almoço e jantar no fim-desemana, de 26 e 27. A “semana do javali” será a primeira de muitas iniciativas de gastronomia temática a realizar no restaurante Museu da Chanfana, dotado de um serviço requintado, com uma excelente relação preçoqualidade. O restaurante Museu da Chanfana beneficia de estar localizado na Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo, possuindo uma envolvência onde predomina a natureza e a tranquilidade. Trata-se de um dos elementos do projecto da Quinta da Paiva, que inclui vários equipamentos de recreio e lazer, como a piscina ao ar livre, circuito de manutenção, parque de merendas e o Parque Biológico da Serra da Lousã, com o centro hípico, quinta pedagógica, labirinto de árvores de fruta e expo da vida selvagem portuguesa.

Adjudicada a segunda fase

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Moinhos com mais saneamento A Câmara Municipal de Miranda do Corvo continua a apostar fortemente na execução de redes de saneamento e remodelação de redes de água, tendo consignado a execução da 2.ª fase do saneamento de Moinhos. A autarquia elaborou o projecto para a totalidade do lugar dos Moinhos, tendo já sido executada a 1.ª fase. O investimento da 2.ª fase, para além de contemplar a execução da rede de saneamento e rede de água, abrange também os problemas das águas pluviais. O posterior desenvolvimento do processo fica-

rá dependente da empresa “Águas do Mondego, SA” a quem foram atribuídas responsabilidades ao nível do tratamento de esgotos em alta, competindo a esta empresa a construção da ETAR. A 1.ª fase abrangeu essencialmente o arruamento que serve de ligação entre Miranda e Coimbra em toda a extensão do lugar, bem como vários outras pequenas ruas ao longo do referido arruamento que foram também repavimentadas. Esta 2.ª fase vai incluir a rua da Lapa e a rua da Liberdade. A variante aos Moi-

Fátima Ramos, presidente da Câmara, lançou a obra, que contemplará também as águas pluviais

nhos, que se encontra a concurso no âmbito do processo da Metro Mondego, irá facilitar a construção da rede de água e do saneamento nas ruas não contempladas nesta fase, no-

meadamente a rua de Nossa Senhora da Conceição. A empresa Águas do Mondego será responsável pela construção da ETAR que irá tratar os efluentes dos Moinhos.

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XII Mostra Gastronómica da Região da Gândara

Artesanato e sabores típicos animam Largo da Barrinha G. B.

Quatro dias dedicados à valorização dos saberes e sabores genu-

ínos da r egião. Eis a proposta da mostra gastronómica que decorre a partir de hoje e até ao próximo domingo no

No cardápio, para além dos pratos de peixe e de carne, pontuam também as sobremesas

Largo da Barrinha, na Praia de Mira. A XII Mostra Gastronómica da Região da Gândara, certame dinamizado pela Câmara Municipal de Mira, decorre até ao dia 20 de Setembro e aposta sobretudo na valorização e preservação do património cultural, gastronómico, antropológico e social da região da Gândara, através da defesa e promoção de receitas antigas e do artesanato, manifestações populares dos saberes e sabores locais. O evento conta ainda com a colaboração Junta de Freguesia da Praia de Mira e da Unidade de Acompanhamento e Coordenação de Condeixa-a-Nova e Mira que, em conjunto com os restaurantes e

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A vista privilegiada da Praia de Mira serve de cenário à mostra

associações locais, pretendem divulgar a riqueza gastronómica e a qualidade dos produtos locais. Objectivos desta mostra que, nos próximos quatro dias, promete dar vida ao Largo da Barrinha, são também a qualificação da restauração e hotelaria. Numa altura em que se aproxima o fim do Verão, o Município pretende desta forma contribuir para a animação cultural e turística da Praia de Mira, zona balnear muito procurada nos meses de veraneio. O convite para desfrutar de um cenário privilegiado onde o artesanato e a gastronomia podem ser apreciados, tendo como plano de fundo o areal e o oceano, é ainda valorizado por um programa de espectáculos musicais. Segundo a organização, “a grande espla-

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nada comum, a procura do petisco desejado e o amigo que se encontra, serão os motivos para não descurar a visita” à Praia de Mira nos próximos dias. Para além dos petiscos variados, a canja de galinha e a sopa de peixa abrem a ementa e preparam o estômago para melhor apreciar as iguarias que se seguem. No cardápio, no que aos pratos de peixe diz respeito, é proposta a degustação do pitéu de raia, do bacalhau com grelos, da tradicional sardinha assada, dos “jaquinzinhos” com arroz de tomate, da caldeirada e ensopado de enguias, do bacalhau com grão de bico, da macarronada de tremelga, o polvo à lagareiro e várias outras receitas de fazer crescer água na boca. Admitindo que, à beira-mar, o palato possa ainda pender para os pratos de carne, então as propostas podem passar pelos rojões com grelos, o

sarrabulho, a feijoada, o arroz de galo, o cozido à portuguesa ou o leitão à Bairrada, entre outros. A fechar, uma nota doce, consubstanciada no leite creme, filhós, fatias douradas, arroz doce, aletria, pudim e queijadas, que constam na carta de sobremesas. A preparação de todos os pratos que integram a mostra gastronómica bem como várias especialidades à disposição dos comensais está este ano a cargo da Confraria Nabos e Companhia e dos restaurantes Twins, Ninho dos Pescadores, Bar das Piscinas de Mira, A Petisqueira, Maré Cheia, Pensão Residencial Maçarico, O Cuco e Jôbaló. Em representação dos municípios de Cantanhede e Vagos, participam ainda os estabelecimentos O Cantarinho e Jardins da Boa Vista. Hoje, a XII Mostra Gastronómica da Região da Gândara abre as suas portas ao público a partir das 19h00 e até às 24h00. Sexta e sábado, o espaço está em funcionamento entre as 12h00 e a 01h00 e, no domingo, das 12h00 às 24h00.


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Sabores da Fraga

B R E V E S

Aposta pioneira em turismo rural em Miranda do Corvo ABERTURA 30 de Maio de 2009 MORADA Rua do Fundo do Lugar, Souravas, 3220-513 Coimbra CONTACTOS 239 538 088 / 966 929 048 ENDEREÇO ELECTRÓNICO www.saboresdafraga.com BENEDITA OLIVEIRA

Em dias de céu limpo, não há serra no horizonte cujo recorte não se vislumbre. Da Serra da Boa Viagem à do Caramulo, a vista a partir da casa de turismo rural Sabores da Fraga é de parar a respiração. Há dias, conta a mentora do espaço, que até se vê o espelho da água do mar. Do alto dos seus 586 metros, a meio da encosta da Serra da Lousã, a casa cuidadosamente recuperada é uma das poucas que mantém a traça original na parte velha do lugarejo de Souravas, a aldeia mais a Sul na Serra da Lousã do concelho de Miranda do Corvo. Entre o casario de pedra, são muitas as casas com as entranhas graníticas à vista – foram poucos os habitantes que resistiram ao apelo da imigração ou emigração. Outras, poucas, deram sim-

plesmente lugar a casas de tijolo e cimento. Algo impensável para Luísa Carrilho e marido que se apaixonaram por este pequeno povoado há nove anos. Adepta dos ambientes serranos, a família Carrilho descobriu o lugarejo, com cerca de 100 moradores, por mero acaso. “Passámos por esta aldeia conduzidos por um mediador imobiliário para ir ver uma casa noutra aldeia, mas achámos muito isolada, e, à vinda, decidimos parar e perguntar a uma senhora se havia alguma por aqui à venda”, recorda a exeducadora de infância, comentando que a família rendeu-se logo à “casa do alpendre”, actual residência da família. “Foi chegar, ver e comprar”, diz. Seguiu-se depois a recuperação, que envolveu todos os membros familiares. A intervenção, rara por aquelas bandas, motivou in-

A casa de turismo rural Sabores da Fraga está localizada na aldeia de Souravas

Luísa Carrilho preteriu Coimbra para viver num lugarejo, da freguesia de Vila Nova, com cerca de 100 habitantes

clusivamente uma visita do núcleo duro do executivo autárquico, que quis dar, pessoalmente, as boas-vindas aos mais recentes investidores do concelho. “Ficámos admirados por a presidente da Câmara Municipal dirigir-se a nós para nos dar os parabéns por termos escolhido Miranda para restaurar uma casa serrana”, confessa Luísa Carrilho, mostrando-se extremamente sensibilizada com o gesto. A intenção inicial era passar os fins-de-semana e férias na serra, mas, nota, “gostávamos tanto de cá estar que, muitas vezes, vínhamos também dormir durante a semana”. Entretanto, o casal adquiriu ainda dois terrenos contíguos, onde mantém uma horta e alguns animais. A ideia de apostar no turismo rural surgiu só o ano passado. “Em 2006, por sugestão dos nossos filhos, decidimos comprar uma habitação vizinha que estava muito degradada. Tivemos uma sorte incrível porque os herdeiros já tinham feito as par-

tilhas. Na altura tivemos de pôr logo o telhado, mas não tivemos pressa no restauro”, refere, adiantando que, só um ano depois, já na iminência de ficar sem emprego é que o negócio começou a ganhar forma. “O desemprego para mim não dá. Por isso, quando fui tratar do subsídio já tinha em mente apostar no turismo rural”, conta, criticando toda a burocracia inerente à criação do próprio emprego. “Estas coisas deviam ser mais facilitadas, até porque ninguém deu nada a ninguém. O investimento foi todo nosso. A casa já estava pronta quando recebi o dinheiro correspondente ao desemprego, a que tinha direito pelos muitos anos de desconto”, acrescenta. Com dois quartos com camas de casal, Sabores da Fraga é o primeiro espaço de turismo rural do concelho de Miranda do Corvo. A casa, totalmente equipada, tem duas salas de jantar, com capacidade para 12 e seis pessoas, podendo servir, também mediante marcação,

refeições – o preço é fixo (12 euros por pessoa) e tem sempre entradas, sopa, prato principal, sobremesa, bebida e café. “Como toda a comida é confeccionada na hora, a fogão a lenha, optámos pela marcação prévia, até para se saber se a casa está ocupada ou não”, justifica a responsável, considerando que “com a porta fechada o espaço torna-se mais familiar”. Seja para passar uns dias longe do bulício da cidade ou para usufruir da serra, a casa Sabores da Fraga é uma excelente alternativa para quem aprecia o contacto com a natureza. A par da grande variedade de fauna (entre os quais se conta veados, esquilos, texugos e javalis) e flora (onde predomina o castanheiro, carvalhos e fetos reais), esta região tem, entre outros motivos de atracção, um cemitério pré-histórico, o Observatório Astronómico António dos Reis, a Praia Fluvial da Louçainha, duas barragens de nascentes e o parque merendeiro da Mestrinha.

ACEGE disponibiliza bolsa de emprego Promover o encontro entre quem procura emprego e as necessidades de uma vasta rede de empregadores é uma das mais recentes missões da Associação Cristã de Empresários e Gestor es (ACEGE), que, entre os seus vários projectos de âmbito social, conta agora tam-

bém com uma bolsa de emprego. Através dos seus associados, a instituição disponibiliza-se para fazer chegar junto dos seus associados os currículos dos desempregados. O projecto agora designado “Objectivo Trabalho, metas para o Futuro” foi inicialmente concebido

pela Companhia das Obras, uma associação empresarial sem fins lucrativos que desafiou a ACEGE a associar-se à iniciativa. A bolsa de emprego conta à partida por uma rede de empresas composta por mais de mil associados da ACEGE, assim como com os contac-

tos da Companhia das Obras. O número de currículos já é superior à oferta, mas esta é uma aposta de médio e longo prazo que visa contribuir para a empregabilidade de pessoas que se debatem com dificuldades pelo facto de não terem trabalho. Partilhando entre si os

valores cristãos, os associados da ACEGE procuram aplicar os ensinamento da doutrina social da Igreja no desenvolvimento da sua vida profissional e empresa. Fortalecer a sociedade civil, ajudando a difundir uma cultura de responsabilidade, é uma das missões da ACEGE.

Termas de Monte Real reabrem As novas Ter mas de Monte Real, no concelho de Leiria, reabriram ao público na segunda-feira depois de terem assegurado com êxito todas as etapas para o nor mal funcionamento. A unidade termal junta-se ao Palace Hotel Monte Real e ao Spa inaugurados no passado mês de Julho. As Termas passam a estar em funcionamento durante todo o ano, disponibilizando aos seus utentes 21 tratamentos diferentes para problemas nos aparelhos digestivo, musculo-esquelético e respiratório. Uma grande variedade de massagens, duches e banhos proporcionam igualmente benefícios em afecções de carácter geral e estético como excesso de peso, ansiedade e de pressão. O novo balneário dedicado ao ter malismo clínico ocupa 5 000 metros quadrados, tem 99 cabines para terapêutica termal, podendo realizar até 1 700 tratamentos por dia (600 clientes). Trata-se de um espaço inserido no Parque das Termas de Monte Real, que se estende por 24 hectares.

Ciência Divertida no Atrium Solum O Atrium Solum arrancou este mês com mais uma série de ateliers infantis. Até Novembro, todos os sábados a partir das 15h30 os mais pequenos poderão usufruir das mais variadas actividades, desde contos a jogos tradicionais, oficinas de música, workshops e muita diversão.

Bem-Me-Quero abre com o apoio da DNA Saúde Coimbra conta com um novo espaço dedicado ao corpo e mente. Localizado na rua de Augusto Marques Bom, o projecto Bem-Me-Quero abriu com o apoio da DNA Saúde de Coimbra, que colaborou na elaboração do plano de negócios e prospecção de mercado. O espaço disponibiliza actividades de ioga, pilates, massagens de relaxamento aulas pré-parto, pós-parto e ginástica para bebés, assim como diversas terapias e aconselhamento familiar.


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Técnica cirúrgica contra a surdez terá dado azo a compras de favor

Para maiores de 50 anos

Médicos sob suspeita devido a alegado esquema de viagens

Câmara de Penela cria Universidade Sénior

Para a titular do Tribunal de Instrução Criminal (TIC), um arguido deixou claro que a empresa por ele representada tinha interesse em que o Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) comprasse implantes cocleares a determinada sociedade. R.A.

O TIC acaba de reiterar a acusação deduzida a sete arguidos sob suspeita de estarem implicados nos desfechos de concursos, efectuados a partir de 2000, ganhos por uma empresa fornecedora de implantes cocleares ao CHC. Segundo a juíza Rosa Pinto, autora de um despacho de pronúncia a corroborar a acusação proferida pela procuradora Rosa Amélia (do Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra), há indícios, nos autos, de todos os elementos típicos, objectivos e subjectivos, dos crimes imputados aos arguidos. A titular do TIC assinala que, em muitos aspectos, a prova indiciária subjacente à fase de instrução reforça os indícios apurados no âmbito do inquérito (a cargo do Ministério Público). Neste contexto, a magis-

trada judicial alude a declarações de Rui Nunes, audiologista, alegadamente susceptíveis de “deixar claro” que a empresa por ele representada (Widex) tinha interesse em que o CHC comprasse implantes cocleares à sociedade Cochlear. Três médicos de Coimbra, dois deles irmãos, irão responder judicialmente, sob suspeita de autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito, como revelou o “Campeão”, na semana passada, em primeiramão, através da sua edição electrónica. A decisão de remessa dos autos para audiência de julgamento foi tomada, quinta-feira, pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) de Coimbra, na sequência de uma participação do antigo presidente do CHC António Veiga e Moura. Os três médicos e outros quatro arguidos continuam a desfrutar da presunção de inocência. O advogado Rodrigo Santiago, defensor dos irmãos otorrinolaringologistas, opinou, em declarações ao “Campeão”, que os sete réus estão “manifestamente limpos” (inocentes). A Manuel Filipe Rodrigues, 74 anos de idade, aposentado desde 2005, é imputada a autoria, em concurso real, de um crime de corrupção passiva para acto ilí-

cito, de outro de corrupção passiva para acto lícito e de um crime de falsificação de documento. Fernando Rodrigues, 70 anos, foi pronunciado pela eventual autoria, em concurso real, de um crime de corrupção passiva para acto ilícito e de um de corrupção passiva para acto lícito. A um terceiro médico, José Manuel Bastos Santos, 56 anos, foi deduzida acusação por presumível prática de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. Viagens para familiares?

A dedução de acusação está relacionada com a compra de implantes cocleares – um procedimento cirúrgico feito no CHC nos últimos 20 anos e que subtraiu muitas pessoas à surdez – e com a alegada oferta de viagens. Segundo o DIAP de Coimbra, os médicos aceitaram que deslocações de recreio fossem pagas pela empresa Cochlear e pela firma Widex, que é distribuidora daquela sociedade em Portugal. Ao abrigo de um concurso, realizado em 2004, as duas empresas entregaram ao Centro Hospitalar material no montante de 1,16 milhões de euros. Nos quatro anos imediatamente anteriores, o Hospital dos Covões (uma

das unidades do CHC) motivou o encargo de 2,90 milhões de euros em implantes cocleares. Sobre os três arguidos recai a suspeita de terem intercalado um documento numa proposta da Cochlear, alegando o DIAP que a falta do mesmo implicaria a exclusão da referida firma de um concurso público. A corrupção passiva para acto ilícito (chamada corrupção própria) é punível com pena de um a oito anos de prisão e a activa, imputável a supostos corruptores, é punível com pena de seis meses a cinco anos (sendo o limite máximo compatível com a suspensão da execução de pena). As viagens presumivelmente comprometedoras para os otorrinolaringologistas consistiram em deslocações ao estrangeiro dos três arguidos e de familiares de dois deles, concluiu o inquérito aberto pela Polícia Judiciária em 2004. A um gestor da Cochlear, Dieter Roth, e a um audiologista ligado à Widex, Rui Nunes, é imputada a presumível autoria de um crime de corrupção activa com prejuízo do comércio internacional. Sobre uma assistente administrativa, Aldina Santos, e um funcionário público, José Aires, recai a suspeita de falsificação de documento.

Condeixa

Jorge Bento satisfeito com projecto de alargamento do IC2 O secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, presidiu na quintafeira, dia 10, em Condeixa, à cerimónia de assinatura do contrato do alargamento do IC2. Reivindicada há 16 anos, a obra era uma das condições impostas pelo presidente da Câmara Municipal, Jorge Bento, para se recandidatar ao cargo. A solução para o troço que atravessa a vila, com cerca de 2 500 metros, vai custar 6 milhões de euros. “Ao longo dos últimos 15 anos, o tráfego, sobretudo o pesado, aumentou brutalmente, o que acabou por criar problemas de congesti-

onamento”, comentou o edil, regozijando-se com a obra que melhorará sobremaneira a qualidade de vida da população de Condeixa. “Se resolvermos este problema, Condeixa poderá dar um grande salto para o seu desenvolvimento”, acrescentou Jorge Bento. Numa fase inicial, o nó existente a Sul do concelho (Nó de Faia) será transformado numa rotunda ovalizada, afastada do actual traçado do IC2. Numa segunda fase, as obras aumentarão as áreas de aceleração e desaceleração da EN1, eliminando os cruzamentos. Só posteriormente será construído o Nó do “Paul” (a Norte), sendo que sobre a EN1

nascerá um viaduto para a entrada em Condeixa. Outras mudanças deverão ser implementadas nos vários acessos à vila, sendo que a rotunda da Barreira, que dá acesso a Taveiro, deverá ser eliminada. O itinerário vai ainda ser alvo de beneficiação entre o distrito de Leiria e o concelho de Condeixa e entre Condeixa e Coimbra. Com 13,8 quilómetros, a empreitada entre Leiria e Condeixa custa 5,2 milhões de euros e deverá estar concluída dentro de um ano. Já as obras entre Condeixa e Coimbra têm uma extensão de 6,2 quilómetros, um custo estimado em 3,1 milhões de euros e deverão

estar concluídas no final de 2010. Na ocasião, Paulo Campos criticou a “política do pára, suspende, adia” da líder do maior partido da oposição, Manuela Ferreira Leite, reconhecendo que Coimbra era um dos distritos com mais baixa taxa de execução do plano rodoviário nacional. Tratam-se de “investimentos de proximidade” que visam encontrar soluções para as populações e contribuir para o aumento da qualidade de vida, comentou Paulo Campos, sublinhando que o Governo tem apostado fortemente na conservação e requalificação das estradas existentes.

Com o objectivo de proporcionar aos munícipes com mais de 50 anos diversas actividades sociais e formativas, a Câmara Municipal de Penela procura professores voluntários para a criação de uma bolsa de docentes da futura Universidade Sénior do concelho. A bolsa de docentes tem como requisitos conhecimentos nas áreas de português/literatura, matemática, inglês/francês, história, saúde, psicologia/dinâmicas de animação, cultura geral/assuntos da actualidade/cidadania, informática, música/canto, teatro, pintura/artes decorativas e danças. Segundo uma nota do Município de Penela, “a bolsa de docentes vai servir a Universidade Sénior, que deverá entrar brevemente em funcionamento, em prol da

melhoria da qualidade de vida da população sénior do concelho”. A Universidade Sénior de Penela é “a resposta sócioeducativa que visa criar e dinamizar regularmente actividades sociais, culturais, educacionais e de convívio, preferencialmente para e pelos maiores de 50 anos. Quando existirem actividades educativas será em regime não formal, sem fins de certificação e no contexto da formação ao longo da vida” - refere a autarquia. Para obter mais informações ou efectuar inscrições pode ser contactado o Gabinete de Acção Social da Câmara Municipal de Penela, através do telefone 239 561 180, do fax 239 560 400, ou dos e-mail: leonor.francis co@cm-penela.pt ou dina. mendes@cm-penela.pt.

Iniciativa, hoje, no Mercado de Poiares

Chanfana “é fixe” para as crianças A Confraria da Chanfana, em parceria com a Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares e o agrupamento de escolas, realiza hoje mais um evento de gastronomia, desta vez dirigido às crianças e jovens do concelho. A iniciativa, denominada “A Chanfana é Fixe”, decorre no Mercado Municipal e ao todo são cerca de 500 as crianças que participam (desde o primeiro ciclo ao ensino secundário) nas oficinas de cozinha, no peddypaper e ainda numa sessão prática de técnicas de bar e confecção de bebidas sem álcool. As oficinas de cozinha decorrem sob a orientação de quatro grandes chefes de cozinha, Albano Lourenço, Hélio Loureiro, Luís Lavrador e Lurdes Silva, que ensinam às crianças como se pode usar a chanfana como base para confeccionar os mais variados tipos de pratos, em especial aqueles que eles mais gostam, nomeadamente, crepes, empadas, patina, lasanha e até pizza. O objectivo desta iniciativa é divulgar a chanfana junto das camadas mais jovens, normalmente voltada para outros tipos de gastronomia, como o “fast food”, demonstrando-lhes “a diversi-

dade e versatilidade deste excelente prato gastronómico que é a Chanfana, contribuindo assim para uma reeducação dos hábitos alimentares dos mais pequenos, ao mesmo tempo que se aposta na divulgação e preservação das tradições gastronómicas”, conforme refere a Confraria. Promover hábitos alimentares saudáveis e reforçar a necessidade de prevenção do alcoolismo são, ainda, objectivos desta iniciativa, que sob a orientação de profissionais de bar ensina a confeccionar bebidas sem álcool. Porque este evento também tem objectivos pedagógicos, as actividades, que vão decorrer das 10h00 às 12h00 e das 14h00 às 16h00, incluem também um peddypaper alusivo ao evento, em que as crianças das escolas também vão participar, interagindo com o comércio local. Refira-se ainda que, para as 12h00, está programado um almoço, para o qual é convidada a comunicação social, algumas instituições locais e também empresários, onde todos poderão provar e comprovar o produto final destas oficinas de cozinha, degustando os pratos confeccionados pelos mais pequenos.


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Ano Internacional da Astronomia As Nações Unidas elegeram 2009 como o Ano Internacional da Astronomia. Celebração sob a responsabilidade da ONU para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da União Astronómica Internacional, que nos convida a reflectir nos contributos e conquistas da astronomia para a humanidade. Comemoram-se também os 400 anos das primeiras observações do espaço, feitas por Galileu Galilei (1564-1642). Com o tema “O universo para você descobrir”, objectiva-se estimular a curiosidade, principalmente de crianças e jovens.

Astronomia e Mundo Espiritual Numa entrevista à repórter Ana Serra, aqui de Portugal, ao falar da realidade da vida após o fenómeno chamado morte, ressaltei o excelente desafio às gerações de astrónomos que se sucederão no decorrer do Terceiro Milénio. Inspirados na coragem desbravadora de Galileu, que eles possam um dia mostrar a todos a verdadeira face do cosmos.

Pontuei que o Mundo Espiritual, como gosto de lembrar, não é algo abstracto, indefinido. Ele realmente existe, pleno de vibração e trabalho. Não o vemos ainda por uma questão de frequência, obstáculo a ser desvendado pela actividade científica e suplantado pela evolução dos sentidos físicos, que se abrirão para novos céus e novos mundos. (...) Quando o notável filho de Pisa quis corrigir — comento-o em forma de bom humor — a inclinação da famosa torre no território da astronomia, ao declarar, reiterando o polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), que a Terra nunca foi o centro do universo, quase o mataram, porque ele, por amor à verdade, atreveu-se a quebrar alguns conceitos “inamovíveis” de ilustres do saber daquele tempo. Entretanto, com Galileu firmou-se a ciência experimental moderna. (...) Depois de Einstein, os pensadores não mais buscam diferenças entre massa e energia. A massa se vê, a energia se sente. O espaço parece vazio, mas lá está a energia

em vigor. Astronomia e evolução Segundo me relata a professora Simone Barreto, da LBV no Rio de Janeiro, o renomado astrónomo e conselheiro do Fórum Mundial Permanente Espírito e Ciência, da LBV, dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, nos estúdios da Boa Vontade TV, ao dissertar sobre o Ano Internacional da Astronomia, afirmou com propriedade que “nós não somos o último estágio da civilização. Essa evolução tem de ser permanente”. Eis um estado de consciência que nos pode levar mais adiante do que registra a percepção humana.Durante o colóquio, o célebre cientista disse que “a LBV está sempre acompanhando os acontecimentos importantes da astronomia e da ciência em geral. É um momento para divulgar mais a astronomia, a ciência, mostrar a sua importância no quotidiano, a contribuição que foram as pesquisas espaciais e também a defesa do céu; momento para lutar contra a poluição que impede de ver a beleza do firmamento que

tem inspirado tantos cantores, pintores... Os 40 anos do homem na lua, 90 anos da confirmação da Teoria da Relatividade, 400 anos da primeira observação telescópica por Galileu Galilei, apresentando um novo panorama do universo que nós não tínhamos conhecimento, além dos 400 anos da astronomia nova de Kepler. “O líder da LBV sempre promove essas reuniões (como as do Fórum Mundial Espírito e Ciência). Sempre defendo que ele também aceita que nós [seres humanos] não somos os únicos no universo; que há outros planetas habitáveis e, talvez, com uma civilização mais avançada do que a nossa ou mais atrasada. Nesses Fóruns da LBV, todas as religiões são reunidas. Há uma grande liberdade de opinião, que, exactamente, caracteriza a mente do jornalista Paiva Netto, uma mente aberta a todas as religiões. É o que aprecio nele”. Simone Barreto encerra informando que - “O dr. Ronaldo Mourão continuou discorrendo sobre o valor de respeitáveis astrónomos

JOSÉ DE PAIVA NETTO *

para a evolução teórica e a comprovação científica, como Galileu Galilei, Kepler, Copérnico, promovendo uma mudança de concepção do universo. Enfatizou que a ciência avança e tem de se adaptar aos processos de conhecimento, como o telescópio, que é recente. Hoje, temos o Hubble, os satélites espaciais, as sondas, como meios de aumentar a capacidade de ver e compreender o universo, que está sempre em expansão. Nesses dez anos, os cientistas estão vivendo uma revolução: a descoberta da energia escura e da matéria escura. E a aceleração constante no universo só pode ser explicada por essa energia. A astronomia contribuiu muito para a criação do calendário, a contagem do tempo, as efe-

mérides, as posições dos astros no tempo e no espaço. Agora, é utilizada para calcular as órbitas dos satélites artificiais. As pesquisas científicas estão bastante avançadas, tanto na telecomunicação - as observações são muito mais precisas - quanto para a meteorologia, na qual se tem uma visão melhor do nosso planeta. Tudo isso e muito mais pode ser conferido na íntegra no programa Boa Vontade, “Portugal é Uma Paixão!”, diariamente na Rádio Festival (94.8 FM), entre as 23h00 e as 24h00, Rádio Regional Centro (96.2FM), entre as 07h00 e as 08h00, e na Rádio Kiss (93.7 FM), entre as 21h00 e as 21h50. (*)Presidente da LBV, jornalista, radialista e escritor

“Debate e foge”! Assistimos a todos os debates dos líderes dos partidos com assento parlamentar. Um, após, outro. “Os frente a frente” pautaram-se pela elevação e urbanidade. Que foi salutar. Todos os protagonistas foram cautelosos. “Esgrimindo” os respectivos argumentos. Que “traduziam” as políticas insertas nos seus programas eleitorais. Aqui ou ali, uma “picardia”. O que é natural. Ouvidos analistas e comentadores, a reacção dos mesmos não contradiz o que supra referimos. Eventualmente, os portugueses que tiveram o ensejo de visualizar aqueles debates, aguardavam mais “conflitualidade”. Esta foi a sensação e o entendimento que extraímos. Por parte da esmagadora maioria de putativos eleitores ao

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próximo acto eleitoral legislativo, que nos foi dado ouvir. Não vamos curar – aqui e agora – de avaliar “quem ganhou a quem”! Pese este artigo ser de cariz opinativo, entendemos que numa matéria tão susceptível, não seria elegante, fazê-lo. Que a nossa opinião, de certo, não iria alterar o juízo que cada leitor teve sobre os debates. Pela razão acima invocada e, fundamentalmente, pelo respeito que nos merece e obriga a opinião dos leitores. Apenas, e tão só, faremos eco do que ouvimos em amenas “cavaqueiras” com amigos. Com “simpatias” políticas diversas e diferenciadas. Opinião, quase, generalizada, no que à condução dos debates concerne,

Clara de Sousa terá colhido a preferência. Assertiva, eficiente e eficaz – predicados a que já nos habituou – recolhe, também, o nosso voto. Particularmente, o último. Que não era fácil de “conduzir”. Convenhamos! Pese, acima, termos referido de não nos “debruçarmos” de eventual vencedor nos diversos debates, cumpre-nos, transmitir – por ser da mais elementar justiça – o que ouvimos, quase, unanimemente. E, provindo de eleitores tidos por “insuspeitos” e outros. Independentemente, de todos se apresentarem bem conhecedores das “políticas” que os seus partidos defendem, Paulo Portas terá sido, no decurso dos debates em que interveio, “o mais incisivo”. Não nos surpreende,

pois é o seu estilo. E, fá-lo, bem! Este entendimento foi corroborado por muitos com que dialogámos. A campanha eleitoral está aí. Muitos dos eleitores portugueses já terão decidido a escolha que, democraticamente, irão fazer. De certo, “as máquinas partidárias” – de há muito – estarão bem “oleadas”. O tempo é escasso para “convencer” os indecisos. Que – uma vez mais – podem decidir os resultados eleitorais. José Sócrates, Manuela Ferreira Leite, Jerónimo de Sousa, Francisco Louçã e Paulo Portas, são os “timoneiros” das principais forças políticas. Cumpre-lhes esclarecer o eleitorado com clareza e persuasão. Impõe-se, uma palavra

PEDRO SOUSA LOPES

para os líderes dos partidos – sem assento parlamentar – mas, que a nossa consciência cívica “convida” a lembrar. Sem os “holofotes” das televisões e pouca visibilidade, genericamente, nos demais órgãos de comunicação social, merecem o nosso respeito. Donde, pese “as desigualdades” patentes entre “grandes e pequenos”, que todos pugnem por uma campanha “limpa de insultos”.

“Os estudos de opinião”, vulgo, sondagens, háas “para todos os gostos”. Mas, consabidamente, a sondagem final será a 27 de Setembro. “Vamos votar! “É um Direito e um Dever de Cidadania”! REGISTO: Barack Obama defende uma nova regulação do sistema financeiro, alertando Wall Street que não permitirá um regresso aos excessos que conduziram à Crise.

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O novo livro de Job(s) 1 – Job era um abastado homem que vivia feliz com os seus “teres e haveres”, com a sua família e filhos, com a sua saúde. Possuía bens, usufruía de boa saúde, gozava a sua vida pacata familiar, desfrutava a companhia dos amigos. Enfim, Job tinha todas as condições para ser um homem feliz e levar uma vida despreocupada. Era aquilo que hoje em dia se designaria por um “homem de sucesso”(!) Era crente e temente a Deus de quem se não esquecia nas suas preces quotidianas. Mas já lá diz o povo “que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe”… e sucedeu que os insondáveis desígnios da Providência “atasanados” ( curioso anagrama de Satanás ) desta feita, precisamente, por aquele “anjo negro” decidiram pôr à prova a fé deste servo rico, saudável e feliz. Aconteceu, então, que todas as famigeradas crises económicas, financeiras e outras que se possam imaginar começaram a abater-se sobre

aquele infeliz crente. Primeiro foram os negócios que começaram a correr mal a ponto de chegar a uma situação de penúria extrema (nos dias de hoje dir-se-ia que Job seria insolvente); depois foram os filhos que o abandonaram, fiéis àquele princípio universal e actual de que “em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão”. Por último foi a saúde que começou a escassear ao ponto de o infeliz Job ser molestado por uma peste que o atormentou em sofrimento e fealdade até ao desespero. A todas estas provações o sofredor Job resistiu mantendo sempre a sua crença em Deus todo poderoso. É certo que atravessou momentos de profundas dúvidas e incertezas místicas e teológicas mas sempre concluía que se acreditara em Deus quando este lhe havia proporcionado os bens, a saúde e a felicidade também confiaria no mesmo Deus que lhe enviara o sofrimento, as dores, a infelicidade e a doença. Job permaneceu crente e fiel ao seu Deus, não

obstante os padecimentos, as dores, a doença, a infelicidade… e as recriminações de amigos e até da própria mulher. E tamanha era a sua fé em Deus (que nunca atraiçoou) que este o retribuiu com o ulterior regresso dos bens, da prosperidade, da família e da saúde. A história de Job é um clássico bíblico, objecto de muitas e muitas reflexões e de outras tantas obras filosóficas, poéticas, romanceadas. Job não renegou o seu Deus pelo que veio a ser recompensado por ele. 2 – Assim como a origem etimológica do nosso vocábulo “trabalho” remonta ao “tripalium” que não passava, na Idade Média, de um simples instrumento de tortura; também quero crer que o equivalente job ( trabalho ) anglo-saxónico terá ido buscar as suas raízes etimológicas ao nome deste infeliz crente – Job – de quem relatámos (com suavidade) os padecimentos, as agruras, as dúvidas e os medos. Ora, nos dias de hoje os “ jobs “ são fundamen-

tais e determinantes na vida, para a vida, nas convicções e para as convicções das pessoas. Já não é suficiente a fidelidade às convicções. Já não é bastante a fé nas pessoas e nas crenças. Já nem sequer é importante a confiança e a esperança em caminhos, projectos, ideias. O que conta, de facto, não é a lição de Job ou a palavra de Job ou a fé como a de Job – aquilo que é determinante, aquilo que é crucial, aquilo que orienta as decisões, os caminhos, os percursos … (os votos) são, outrossim, os “jobs” (for the boys and girls) (!) Não precisamos de fazer um grande esforço de memória para, apreciando os anos mais recentes do nosso (também) sofredor País, constatarmos que os “ Jobs” actuais até conseguiram resistir fiéis ao aumento dos impostos levados a efeito pelos todos poderosos e grandes líderes, até souberam suportar as repetidas investidas contra as suas liberdades essenciais, até resistiram estoicamente às intromissões nas vidas

CÉSAR TOMÉ AUGUSTAPERANGUSTA.CALT@GMAIL.COM

privadas das pessoas, até aguentaram impávidos ao desabar de maledicências, suspeições, alegadas corrupções, até toleraram escândalos financeiros e bancários – tudo ou quase tudo suportaram; todavia, só não conseguiram manter-se fiéis quando começaram a ver perderem-se os famigerados e imprescindíveis jobs. A quase todas as contrariedades, dificuldades, padecimentos os Jobs modernos conseguem resistir pacientemente. Esta nossa recente e actual vida de Job só não consegue manter a fidelidade e a fé quando se começam a desvanecer os “jobs” (!). A manutenção dos jobs é, de facto, crucial para a manutenção intangível da

fidelidade(!). Só quando desaparecem os jobs é que tudo ou quase tudo se torna instável; até a fé(!) Daqui que à laia de profecia – muito pragmática - arrisquemos prever uma grande profusão de renúncias e de novas conversões lá para os próximos meses do Outono… A ver vamos… Como diriam os antigos - absque argenta omnia vana. P.S. – O Livro de Job é um dos livros que integram o Antigo Testamento e que faz parte conjuntamente com o Livro dos Provérbios, o Livro da Sabedoria e as Cartas Apostólicas do grupo dos denominados Livros Sapienciais.

PANORAMA

Números que assustam “Debater a realidade com verdade” é título do artigo de opinião de Henrique Neto, publicado no Diário de Coimbra de 3 de Setembro. Naquela peça jornalística sobressai a preocupação do seu autor, naturalmente partilhada por muitos portugueses, pelo futuro do nosso país, perante a situação económicofinanceira descrita por Medina Carreira, num artigo publicado no Correio da Manhã, titulado por “Portugal à deriva. Quem nos acode?”, que cita, transcrevendo algumas passagens, com números que são terrificamente assustadores. Sempre que há eleições, as pessoas mais optimistas ajuízam que, mercê das virtudes da democracia, a alternância traz consigo um sorriso de esperança. Sucede, porém que muitos dos males que afli-

giam os portugueses, no anterior regime, continuam a afligir os mesmos ou outros portugueses, sem que tivesse surgido o remédio para esses males. Admitimos que muitas figuras que abraçam a política, fazem-no com sentido patriótico, animadas dos melhores propósitos mas, iniciadas as funções, logo surgem os detractores, os que nada fazem e têm como móbil o minar do ambiente para desfrutarem de todos os privilégios e benefícios de ocasião, porque a sua competência é nula, e o oportunismo está na ordem, protegido pelo compadrio que conseguiram à custa de habilidades ou de insondáveis trabalhos de sapa, enganosos e traiçoeiros. A determinado passo do seu artigo, Henrique Neto diz:” como sempre, Medina Carreira fala da realidade portuguesa

transposta em números que não enganam. Em percentagem do PIB a dívida pública cresceu de 55% em 2000 para 66% em 2008. A taxa do desemprego era de 3,9% em 2000 e de 7,6% em 2008. O endividamento externo líquido em percentagem do PIB era de 38% em 2000 (4400 euros per capita) e passou para 97% em 2008 (16100 euros per capita). A carga fiscal em percentagem do PIB cresceu de 34,9% em 2000 para 37,5% em 2008. Estes são dados que não enganam e, por isso, os ilusionistas do costume tudo farão para evitar o debate da realidade portuguesa durante a campanha(…)” Com tantos subterfúgios para esconder o mal que corrói, a situação não se resolve, antes cria mais complicações que os políticos não enten-

dem, ou fingem não entender, enquanto que os desfavorecidos, a aumentarem assustadoramente vão sentindo na carne os efeitos de tanta injustiça que a democracia condena mas a política insiste em manter Henrique Neto, em face deste panorama, termina assim o seu artigo: “Acontece que a verdade e a realidade não desaparecem e mais tarde ou mais cedo os portugueses compreenderão os números com que Medina Carreira nos confronta há muitos anos. De alguma forma já os começaram a compreender na pelo, através do empobrecimento crescente e da ausência de oportunidades de emprego e de progresso, em particular para os mais jovens. Os estrangeiros saem de Portugal com as suas empresas para outros lugares e cada vez mais portugueses,

ANÍBAL DUARTE DE ALMEIDA

desesperados, votam com os pés e emigram. Outros escondem a sua miséria ou enveredam pela criminalidade. Suponho que a todos José Sócrates chamará de pessimistas e de miserabilistas. Dentro de um mês a campanha eleitoral terá terminado, mas os problemas e os números que relatam esses problemas permanecerão sem resposta, porque não se pode resolver aquilo que se ignora ou se recusa debater.” Nesta Pátria consumida por oportunismos, qual “fartai vilanagem” de Alfar-

robeira, no grito do Conde de Avranches, demos a palavra a Luis de Camões (“Fala do Velho do Restelo” - Lusíadas): “Dura inquietação da alma e da vida, Fonte de desamparos e adultérios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de impérios: Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vitupérios; Chamam-te Fama e Glória soberana, Nomes com quem se o povo néscio engana”.


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A 22.ª edição do Open de Xadrez de Montemoro-Velho realiza-se sábado, dia 19, a partir das 10h00, no Pavilhão Municipal, sendo uma prova aberta à participação de jogadores de todas as idades. Organizado pelo Círculo de Xadrez de Montemor-o-Velho e integrandose nas tradicionais festas da vila, o torneio tem as inscrições abertas até hoje, sendo de salientar que a competição do ano passado reuniu cerca de 150 xadrezistas. A prova será disputado em sistema suíço a nove sessões (20 minutos por jogo/jogador), sendo utilizado o programa Swissmanager para o cálculo dos emparceiramentos, classificação e desempates.

A taxa de inscrição será de 12 euros para os sub20 e de 9 euros para os sub-18, com os sub-16 e os sub-14 a terem de pagar 6 euros, enquanto que para os sub-12, sub-10 e sub-8 fica em 2 euros. Os jogadores do concelho de Montemor-o-Velho, não filiados no CXM, beneficiam de um desconto de 50 por cento. Se o pagamento só for efectuado no dia do campeonato haverá a aplicação de uma sobretaxa de 2 euros. A Direcção da prova estará a cargo de Carlos Mendes, sendo árbitros Manuel Duque Rodrigues e Carlos Galvão Mendes. Para mais infor mações pode ser contactado Carlos Mendes (239 689 703 ou 934 785 233).

Certificação de qualidade

APCC a caminho da excelência A Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, instituição particular de solidariedade social com mais de 30 anos ao serviço do cidadão com deficiência e sua família, vê reconhecida pela APCER (Associação Portuguesa de Certificação) o trabalho desenvolvido no âmbito do seu Centro de Formação. Apostando na qualificação e inserção sócio-profissional, o Centro de Formação da APCC apoia anualmente mais de 200 formandos, abrangendo um número significativo de serviços especializados, a vários níveis. O presidente do conselho de administração e o director de marketing da

APCER estivderam na cerimónia de atribuição da certificação da qualidade do Centro de Formação da APCC, ao abrigo da Norma ISO 9001-2008, que decorreu, no passado dia 9, na Quinta da Conraria, e contou com a presença de algumas entidades relevantes no sistema de formação profissional a nível regional e local. Com esta certificação a APCC considera que “aumenta o seu nível de exigência, relativamente à qualidade dos serviços de formação prestados, e garante a utentes/clientes uma resposta cada vez mais adequada às suas expectativas e necessidades”.


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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 137

SEIS MAMÍFEROS

Tema de hoje – MAMÍFEROS

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PROBLEMA N.º 137/A

Utilizando todas as sílabas constantes do “quadro”, formar o nome de seis mamíferos. HORIZONTAIS 1 – Mamífero. Mamífero. 2 – Por exemplo (abr. latina). Mamífero. Mamífero. 3 – Mamífero. Solicitas. Deste lado. 4 – Acalente. Conjunto de móveis caseiros de pouco valor. 5 – Seguir. Estás. Barbatana. Contracção. 6 – Pequena. Bigorna de aço, sem hastes, usada pelos ferradores. 7 – Cada. Contracção de a + os. Coloca. Prefixo de negação. 8 – Nome próprio masculino. Mamífero. Mamífero. 9 – Pegadeira. Enganavas. Mamífero. VERTICAIS 1 – Mamífero. Mamífero. 2 – Nota musical. Mamífero (pl). 3 – Recorda. Marchava. 4 – Mamífero. Contracção de em + as. 5 – Mamífero. 6 – Azedos. Serviço de Higiene e Limpeza (abr). 7 – Contracção. Seja. 8 – Associação Brasileira de Gás (abr). Ordem dos Médicos Dentistas (abr). 9 – Símbolo de rádio. Eis. 10 – Raça. Programa Mundial da Alimentação (abr). 11 – Mamífero. 12 – Mamífero. Associação Europeia de Golfe (abr). 13 – Barcos de pesca usados em Setúbal. Prefixo de oposição. 14 – Beberete. Sufixo com sentido diminutivo. 15 – Mamífero. Adorai.

PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de ÁGUIA; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 129: Miguel José Pessanha, de Lisboa, com livro da PORTO EDITORA; e Adriano Rodrigues Gomes, de Coimbra, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.

HORIZONTAIS 1 – Parlamentar eloquente. Puxador. 2 – Seis. Ternura. 3 – Concluo. Temperatura. 4 – Vossemecê. Nome próprio masculino. 5 – Tampouco. Setes. 6 – Arruamento. 7 – Desmonto. Rapaz. 8 – pondere. Utilizar. 9 – Ovacionado. Avarento. 10 – Verifica. Acrescentado. 11 – Prego. Desmaiado. VERTICAIS 1 – Esguelha. Fruto. 2 – Partido. Obrigação. 3 – Nome próprio masculino. Trabalhoso. 4 – Pequerruchos. Desejo veemente. 5 – Que é só um. Tempo. 6 – Símbolo de sódio. Suporta. Símbolo de amerício. 7 – Marchavam. Nome próprio feminino. 8 – O que vem depois da morte. Escutar. 9 – Camaradas. Cicatrize. 10 – Adições. Casal. 11 – Altares. Dinheiro.

SOLUÇÕES

ENIGMA FIGURADO

Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-á uma conhecida expressão popular.

Palavras Cruzadas – Problema n.º 129: Horizontais – 1 – Pedro, Gil, Bento. 2 – alia, Félix, real. 3 – u, n, gulosas, s, a. 4 – Luís, s, l, CTCV. 5 – o, SIAC, égua, o. 6 – t, NRA, sob, b. 7 – Jorge, ena, piora. 8 – amor, Amaro, cras. 9 – Zé, orla, asco, sa. Verticais – 1 – Paulo, jaz. 2 – el, u, Tomé. 3 – Dinis, ro. 4 – ra, singro. 5 – o, g, are, r. 6 – fusca, al. 7 – gel, ema. 8 – ilo, na. 9 – Lis, ara. 10 – xales, s. 11 -b, s, GOP, c. 12 – er, cúbico. 13 – nesta, or. 14 – ta, c, Brás. 15 – Olavo, asa. Problema n.º 128/A: Horizontais – 1 – Vítor, temor. 2 – idos, semana. 3 – tom, cem, pus. 4 – isolar, sas. 5 – mas, p, pis, a. 6 – as, sa, im, em. 7 – s, faz, s, ama. 8 – mel, saltar. 9 – sol, les, ale. 10 – imitam, aval. 11 – cozer, aparo. Verticais – 1 – vítimas, sic. 2 – idosas, momo. 3 – tomos, feliz. 4 – os, l, sal, te. 5 – r, capaz, lar. 6 – ser, sem.7 – tem, pisas, a. 8 – em, sim, l, ap. 9 – mapas, atava. 10 – ónus, emalar. 11 – ras, amarelo. Cinco santos: João, Tiago, António, Bartolomeu, Martinho. Enigma figurado: Todos os santos têm pés de barro.

ACTUALIDADE Parque Biológico da Serra da Lousã

Apadrinhe um animal por 60 euros O Parque Biológico da Serra da Lousã, em Miranda do Corvo, vai aceitar padrinhos para os animais, podendo qualquer pessoa, por 60 euros anuais, ajudar a cuidar da vida selvagem. As pessoas que apadrinhem um dos animais do parque beneficiarão de um livre-trânsito anual, que lhe permitirá visitar este espaço e observar os animais sempre que desejar. Proximamente será também dada a possibilidade de as empresas poderem colaborar monetariamente, com os objectivos de promover a biofilia e a paixão pela natureza. Segundo o médico Jaime Ramos, presidente da Fundação ADFP (Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional), que promove o parque biológico, “os padrinhos não só contribuirão para o bem-estar dos animais como apoiarão um inovador projecto de integração social, que visa tam-

bém criar empregos e actividades ocupacionais para pessoas vítimas de deficiência, doença mental ou exclusão social”. Recorde-se que, em 2008, o projecto da Quinta da Paiva, com o Parque Biológico da Serra da Lousã, recebeu o 1.º prémio nacional de empreendedorismo na classe de investimento humano, atribuído pelo IAPMEI/ Ministério da Economia tendo representado Portugal a nível europeu no European Enterprise Awards. “Não pretendemos ser mais um zoo, mas sim o local onde, em ambiente natural, se pode observar e estudar a vida selvagem de Portugal. Não queremos ser um espaço onde há animais de outros continentes, mas sim um projecto genuinamente português, com animais que habitam, ao nosso lado, o nosso território”, explica Jaime Ramos. O dirigente da Fundação

Um bebé gamo (bambi) já nasceu no Parque, o que demonstra haver um bom ambiente

ADFP acrescenta que o nascimento recente de ninhadas de javalis, patos-reais e gamos “são o comprovativo do bem-estar sentido pelos animais do parque”, sublinhando que para uma melhoria do projecto foram estabele-

cidas parcerias com as universidades de Coimbra e Aveiro, no sentido de “contribuir para a melhoria do conhecimento científico relacionado com a vida selvagem nacional”. O Parque Biológico da

Serra da Lousã pretende ser um espaço lúdico-pedagógico, proporcionando não só momentos de lazer às famílias, da infância à terceira idade, mas também fomentando a aprendizagem e o contacto com a nature-

za e a fauna e flora portuguesa. O espaço, em ambiente natural, possui mamíferos representativos da vida selvagem portuguesa: lontras, raposas, javalis, gamos, veados, garranos, muflões, esquilos, ginetas, sacarrabos. Aposta, também, numa colecção de animais de raças autóctones ligadas à agro-pastorícia, tais como burros, várias raças de vacas (cachena, minhota, marinhoa, barrosã), porcos bísaros ou pretos alentejanos, ovelhas da Serra da Estrela e cabras bravias e serranas, entre muitos outras espécies. No parque existe, ainda, um labirinto de árvores de fruto, um roseiral, um fluviário com espécies da bacia hidrográfica do Mondego e um centro hípico, para além de outros equipamentos de lazer, tais como uma piscina municipal ao ar livre, circuito de manutenção, campos de jogos, parque de merendas e parque infantil.


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DESPORTO

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Palpitando

Académica e Naval esperam recuperar A jogarem em casa, no próximo fim-de-semana, as equipas da Académica/OAF e da Naval esperam começar a amealhar pontos para se libertarem da posição de últimas classificados da Liga de futebol, perspectiva que é partilhada pelos elementos

PALPITANDO

deste painel de prognósticos. O clube da Figueira da Foz já mudou de treinador (Augusto Inácio sucede a Ulisses Morais), com o Vitória de Setúbal (que igualmente com um empate e três derrotas partilha o fundo da tabela com a Académica e a Na-

JOSÉ M. CANAVARRO

FÁTIMA RAMOS

val) a negociar a saída do técnico Carlos Azenha. Na equipa de Coimbra ainda se mantém Rogério Gonçalves, mas o plantel não se livrou de ouvir uma prelecção do presidente da Direcção, José Eduardo Simões. No “Palpitando”, relati-

MÁRIO CAMPOS

MÁRIO NOGUEIRA

FRANCISCO ANDRADE

vamente à passada ronda do campeonato, registe-se a ascensão ao pódio do médico Mário Campos, uma glória dos tempos áureos da Académica, e a recuperação do presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação, que deixou a última

JOSÉ ALBERTO COELHO

posição e subiu para o 7.º lugar. O calendário da 5.ª jornada da Liga é o seguinte: sexta-feira, dia 18 – Leixões-Guimarães, às 20h15 (SportTv); sábado, dia 19 – Paços Ferreira-Rio Ave, às 18h00, Braga-Porto, às 21h15

CARLOS ENCARNAÇÃO

ÁLVARO AMARO

MIGUEL CORREIA

JOSÉ M. PUREZA

(SportTv); domingo, dia 20 – Académica-Belenenses, às 16h00, Naval-Setúbal, às 17h00, Nacional-Marítimo, às 18h00 (SportTv), LeiriaBenfica, às 20h15 (RTP1); segunda-feira, dia 21 – Sporting-Olhanense, às 20h15 (SportTv).

MARTA BRINCA

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ACADÉMICA X BELENENSES

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Judo é a primeira modalidade a integrar o futuro centro

Campeonato da Europa de Juniores em Judo

Coimbra aposta em alto rendimento

Jorge Fernandes falhou o pódio

O judo é a modalidade que inaugura o Centro de Alto Rendimento Desportivo – Coimbra Elite, cuja criação foi anunciada, no dia 10, pelo vereador Luís Providência, estendendo-se progressivamente a outras modalidades que utilizam o conjunto de infraestruturas existentes, como o complexo de piscinas, o rio Mondego, o pavilhão multidesportos, os campos relvados, a pista de atletismo e o centro hípico. “Esperamos que com o Coimbra Elite o município seja, cada vez mais, uma opção de referência, com elevada qualidade, como destino a utilizar pelo desporto de alto rendimento a nível nacional e internacional”, referiu o autarca, que estava acompanhado de João Neto, judoca campeão europeu e atleta duplamente olímpico, assim como de Amândio Santos, responsável do Laboratório de Análise Biocinética do Treino da Faculdade de Ciência do Desporto da Universidade de Coimbra, e de Jorge Abrantes, chefe

João Neto, Luís Providência, Jorge Abrantes e Amândio Santos comungam a aposta no desporto de excelência

da Divisão de Gestão Desportiva da Câmara. Luís Providência deu conta de conversações com a Federação Portuguesa de Futebol, no sentido de Coimbra acolher estágios de futebol de 11 e futsal, com a Câmara Municipal a disponibilizar-se para construir dois campos relvados naturais, um pavilhão e um edifício residencial, investimento na ordem dos 4 milhões de euros. Para o vereador, “há poucas cidades como Co-

imbra que se podem orgulhar de ter atletas olímpicos e um campeão europeu, uma boa oferta de logística para o desporto de alto rendimento, todos os níveis de ensino e um laboratório de análise e avaliação do treino intensivo”, pelo que “estão reunidas as condições para o acompanhamento dos atletas no percurso de alta competição”. Na apresentação do “Coimbra Elite”, o judoca João Neto destacou o apoio que a Câmara Mu-

nicipal tem dado à modalidade e considerou este projecto como “inovador a nível nacional”. O atleta considerou que o objectivo deverá ser a obtenção de resultados internacionais, trabalhando num horizonte de oito anos. Para o docente Amândio Santos, o país “tem queimado gerações de atletas ao desperdiçar os instrumentos científicos existentes”, realçando que na alta competição “não se pode estar limitado ao ‘olho’ do treinador”.

Jorge Fernandes, atleta do Judo Clube de Coimbra, classificou-se no 7.º lugar no Campeonato da Europa de juniores. Na prova realizada em Yerevan, na Arménia, o conimbricense entrou bem na competição, alcançando dois triunfos nos combates iniciais. A lutar na categoria de -73 quilogramas, Fernandes começou por vencer o suíço Dominik Sommer no primeiro combate, seguindo-se o triunfo sobre o francês Arnaud Janvier. No combate que decidia o triunfo da “pool” C e o consequente acesso às meiasfinais da competição, o internacional português, que chegou à Arménia no 5.º lugar do “ranking” europeu júnior da categoria de -73 quilogramas, encontrou pela frente Artyom Baghdasaryan. A lutar em casa, o arménio levou a melhor sobre Jorge Fernandes, que, sublinhe-se, foi derrotado pelo judoca que acabou por se sagrar campeão da Europa. Na repescagem que podia dar acesso às medalhas, nomeadamente ao 3.º lugar,

o judoca de Coimbra não conseguiu superiorizar-se ao russo Eldar Bayramukov, razão pela qual não foi além da 7.ª posição. Um lugar de honra que, recorde-se, foi assumido por Jorge Fernandes, antes da viagem para a Arménia, como o mínimo a alcançar. “O objectivo é sempre tirar uma medalha. Para ficar satisfeito, mesmo satisfeito, é uma medalha, mas o 5.º lugar já é bastante bom. O mínimo, mínimo é chegar aos quartos-de-final e, assim, ficar nos sete primeiros, num lugar de honra”, tinha afirmado. Jorge Fernandes, actualmente com 19 anos, já tem o pensamento virado para o próximo Mundial, agendado para Paris, em França, entre 21 e 25 de Outubro. “São provas diferentes, porque um Mundial tem japoneses e brasileiros, mas, por outro lado, tem judocas de países mais fracos, enquanto no Europeu todos os atletas são bons”, explicou o aluno da Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física da Universidade de Coimbra.

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FUTEBOL

Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...

Académica - Belenenses DOMINGO, DIA 20, ÀS 16H00 Comentários: Francisco Andrade

Relato: Luís Carlos Melo

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CULTURA

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Encontros Mágicos em Coimbra A cidade de Coimbra acolhe, até ao dia 20 de Setembro, a 13.ª edição do Festival Internacional de Magia de Coimbra – Encontros Mágicos. Organizado pelo Departamento de Cultura do Município com produção de Luís de Matos, o evento conta este ano com a presença de 12 mágicos de renome internacional, provenientes de nove países, designadamente, Canadá, Espanha, Suíça, EUA, Inglaterra, França, Alemanha, Japão e Portugal. Ao longo dos cinco dias em que decorrem, os encontros mágicos integram 67 apresentações de magia em vários locais de Coimbra. Para além das sessões de rua na Baixa da cidade, no âmbito do festival internacional de magia produzido por Luís de Matos estão previstos espectáculos no Hospital Pediátrico e no Estabelecimento Prisional de Coimbra. A 18 e 19 de Setembro, o Teatro Académico de Gil Vicente acolhe as duas galas internacionais de magia que constituem ponto alto da 13.ª edição dos Encontro Mágicos.

O Teatrão inicia nova temporada

Depois de “O Circulo de Giz Caucasiano”, o grupo cénico O Teatrão volta a um texto de Bertolt Brecht para iniciar a nova temporada na Oficina Municipal de Teatro de Coimbra. Proposta da encenadora holandesa Corrina Manara, que a companhia convidou para uma colaboração, a peça a partir do texto “A Boa Alma de Setzuan” está em cena a partir de hoje e até 18 de Outubro, de quarta a sábado, às 21h30 e aos domingos, às 17h00. Reflexão sobre o estado de crise que afecta a sociedade contemporânea e das estratégias que cada um de nós tem de adoptar com vista à sobrevivência, a peça conta a história de Shen-Té, antiga prostituta, que ao receber um presente dos Deuses, que lhe permitirá fazer o bem e ser boa para muita gente, vê a sua bondade explorada no pior sentido. O preço dos bilhetes varia entre os quatro euros (para grupos com mais de 10 pessoas), cinco euros (estudantes e maiores de 65 anos) e 10 euros (bilhete normal).

António Torres expõe na Casa Municipal da Cultura A arte de António Torres pode ser apreciada na Casa Municipal da Cultura de Coimbra onde, até ao dia 20 de Setembro, está patente ao público uma mostra deste artista plástico, a residir na vila de Pereira (Montemor-o-Velho). Coimbra, Figueira da Foz, Soure, Aveiro, Leiria e Lousã são alguns dos con-

celhos onde, desde 1999, o pintor tem vindo a participar em exposições individuais e colectivas. O horário da exposição é de segunda a sexta-feira, das 09h00 às 19h30 e aos sábados, das 13h30 às 19h00.

FNAC com exposição sobre desportos de combate “Arena #1 – Antes do Combate” é o título da exposição de fotografias da autoria de António Júlio Duarte, que pode ser visitada até 05 de Novembro no espaço FNAC do Fórum Coimbra. A mostra reúne uma selecção de imagens captadas em 2006 pelo fotógrafo durante um trabalho sobre a “Arena” de Matosinhos, um recinto inaugurado em 2004 e dedicado à dinamização, ensino e treino de desportos de combate. “Arena #1 – Antes do Combate” encerra em Coimbra um circuito expositivo que, ao longo de um ano, levou esta exposição às várias galerias FNAC, em Braga, Lisboa, Porto e Matosinhos. Membro do júri do “Prémio Novo Talento FNAC Fotografia” desde 2007, António Júlio Duarte nasceu em Lisboa em 1965. Formado no Ar.Co (Lisboa), estudou no Royal College of Art. Centro Português de Fotografia (Porto), Museum fur Photographie (Braunschweig, Alemanha) e o Tokyo Photographic Center são, entre muitos outros, alguns dos locais onde já esteve presente através de projectos individuais e colectivos.

Rão Kyao e Yanan actuam no CAE da Figueira da Foz Temas originais, reportório do folclore chinês e português, bem como a incursão pelo fado e a improvisação colectiva com-

põem o espectáculo “Porto Interior”, que Rão Kyao e Yanan levam no próximo sábado, pelas 22h00, ao palco do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Patrocinado pela Fundação Jorge Álvares, esta é uma produção que pretende celebrar, através da música, a convivência de vários séculos entre Portugal e a China. Local histórico na cidade de Macau, Porto Interior dá nome a este encontro musical entre dois instrumentos, respectivamente, a Pi’pa e a flauta de bambu, tocadas por Yanan e Rão Kyao. Os bilhetes têm o custo de cinco euros e estão à venda no CAE, FNAC Coimbra e em www.cae.pt.

Luísa Prior expõe na Galeria Minerva

Patente ao público na Galeria Minerva, a exposição de pintura “Sentidos em Transparência” integra um conjunto de obras de Luísa Prior, elaboradas a partir de técnica mista sobre madeira, tela e papel. “Caminhos Cruzados”, “Linhas de Luz”, “Sagrada Ascensão”, “Montanhas”, “Olho de Fogo”, “Olho de Água”, “Vale de Luz” e “Tempestade” são os temas dos quadros que fazem parte desta exposição, nos quais a pintora faz uso das ideias, formas, técnicas e estilos para recriar lugares e estado de espírito onde a beleza e a paz são nota dominate. Esta mostra pode ser visitada até ao dia 14 de Outubro, das 10h00 às 13h00 e das 14h30 às 19h00.

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V I N A G R E T A S

(In)conformidade – Na mesma semana em que se soube que um empresário corria o risco de ver as suas contas bancárias congeladas por uma dívida de 40 cêntimos às finanças – sendo que, entre portes de envio da notificação e o trabalho do(s) funcionário(s), o saldo era notoriamente negativo para as contas públicas –, é noticiado que o erário público pode ficar “a ar” em 8 milhões de euros. O empresário José Veiga, que agencia jogadores de futebol, deve metade da quantia, enquanto a sua empresa deve outro tanto, mas, ao que consta, o senhor não tem bens em seu nome nem declara rendimentos. É a irracionalidade do sistema, compreende-se a justificação, mas depois da constatação, o que se exige é actuação em conformidade. É a (sor)rir que a gente se entende – Uma companhia de caminhos de ferro japonesa resolveu implementar um método alternativo para aumentar a satisfação dos clientes. A empresa arranjou um aparelho para testar o sorriso dos funcionários. Todos os dias, os trabalhadores têm de testar o seu sorriso antes de entrarem em contacto com os clientes. É caso para se dizer que o contacto com o público é levado bem a sério lá para os lados de Tóquio. Digerir trabalhos? – No número 2 do artigo 4.º do regulamento da Comissão Social da Freguesia do Botão, lê-se que compete ao presidente da freguesia “abrir e encerrar as reuniões e digerir os respectivos trabalhos”. Digerir trabalhos? Ora, parece-nos que este regulamento se adequa mais a uma comissão concelhia de um partido do que a uma comissão social que vai tratar de assuntos que têm mais a ver com a fome do que propriamente com barrigas cheias...

“Disse esmiuçar?” Ao intervir na sessão de constituição da Comissão Social da Freguesia de Botão, Carlos Encarnação pronunciou a determinada altura a palavra “esmiuçar”. Atento, e quiçá ainda a recordar a prestação do primeiro-ministro no “conhecido” programa humorístico que estreara na véspera, Mário Ruivo vira-se para o presidente da autarquia pergunta-lhe: “Ouvi bem? Disse esmiuçar?”. Ouviu, ouviu e o próprio Carlos Encarnação disse que da parte da manhã esteve para dizer algo em espanhol, mas acabou por travar a tempo. Casa cheia – António Arnaut (PS), antigo ministro dos Assuntos Sociais, teve casa cheia, na semana passada, por ocasião do lançamento de um livro alusivo ao 30º. aniversário do Serviço Nacional de Saúde (por ele criado). Além do reitor da Universidade de Coimbra, Fernando Seabra Santos, e do bastonário da

Ordem dos Advogados, António Marinho e Pinto, marcaram presença na Quinta das Lágrimas, entre outros, António Barbosa de Melo (antigo presidente da Assembleia da República), José Martins Nunes (secretário de Estado da Saúde no último Governo de Cavaco Silva), Carlos Encarnação (presidente da Câmara de Coimbra), José Manuel Pureza, António Rodrigues e João Semedo (candidatos do Bloco de Esquerda ao Parlamento) e Fernando Martinho (candidato da CDU à presidência da Assembleia Municipal de Coimbra). Henrique Fernandes (governador civil), Fernando Regateiro (presidente dos HUC), Rui Alarcão, Manuel Antunes, Joaquim Piçarra (presidente do Tribunal da Relação de Coimbra), Santos Cabral (juiz conselheiro), José Manuel Silva (presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos), Faria e Costa, Paiva de Carvalho, Rui Pato (presidente do CHC), João

Prevenção exemplar – O Centro Comercial Forum resolveu instalar doseadores com uma solução antiséptica de base alcoólica nos acessos em que é imprescindível o contacto físico com as superfícies, revelando estar atento à actualidade e simultaneamente preocupação com a saúde e bem-estar dos clientes. Assim, a prevenção está mesmo nas mãos de cada um.


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QUINTA-FEIRA

VINAGRETAS

DE SETEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

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www.campeaoprovincias.com V I N A G R E T A S

Silva, João Trindade (juiz desembargador), Gomes Canotilho, Manuel António Leitão da Silva (presidente do Centro Regional de Oncologia de Coimbra), João Pimentel (presidente da ARS/Centro), Jacob Simões (presidente do Conselho de Deontologia de Coimbra da Ordem dos Advogados), Campos Coroa, Victor Baptista, Lucas da Silva, Belmira Gil, Meliço Silvestre, Vital Moreira, Teles Grilo, Fernando Gomes, Maria do Rosário Gama, João Fernandes, Carlos Sá Furtado, Arménia Coimbra, Massano Cardoso, Amaro Jorge, Manuel da Costa, João Rui Almeida, Amaro da Luz e Valdemar Andrade são outras das personalidades que compareceram. Ana Jorge, a ministra que encabeça a lista de candidatos do PS à AR pelo círculo conimbricense, tinha

Que filhos tens e onde... – Um presidente de Câmara (PSD), citado em recente edição do diário As Beiras, manifestou-se contra as «cunhas» e chegou a invocar os nomes dos filhos “para clarificar recusar-se a fazer o que acontece noutras autarquias”. Segundo o edil, há presidentes de câmaras municipais que abrem concursos para meter os filhos, mas os dele são iguais aos outros munícipes. Para contextualizar o episódio, cabe ao “Campeão” fazer notar que uma filha do tal autarca celebrou contrato com a Câmara de Coimbra, mediante concurso.

A L H E I A

“Há comunistas e trotskistas que continuam a sonhar com a ditadura do proletariado, a unicidade sindical e o partido único, no plano político. E dirigentes de Direita que continuam a defender – em plena crise global – a mão invisível do mercado, sem regras éticas e menos Estado, para privatizarem, a seu gosto, a saúde, a educação e a segurança social...”. Mário Soares, Visão de 10/09/2009

assento à mesa, na companhia dos camaradas António Arnaut, José Niza, Teresa Alegre Portugal e António Almeida Santos.

Touros “laranja” – As festas de Montemor-o-Velho, sempre muito animadas e concorridas, não se esquecem de incluir iniciativas relacionadas com a tradição no Baixo Mondego de criação de touros e cavalos. Este ano, aquando da tourada, uma das bancadas foi o palco privilegiado para os políticos e candidatos se mostrarem. Os do PSD, o partido que tem maioria no executivo camarário, marcaram forte presença, podendo observar-se, na foto, o actual e o anterior líder distrital do partido, Pedro Machado e Jaime Soares, o presidente do Município montemorense, Luís Leal, entre outros. Como a campanha eleitoral não é “pêra doce”, será que os candidatos foram observar como se lida com o “gado bravo”? PUBLICIDADE

S E A R A

“Tal como existe um PS arrogante, sem cultura democrática e com tentações controleiras próprias do terceiro mundo, também existe um PSD com exactamente os mesmos tiques. (...) É vital compreender que é a ocasião que faz o ladrão. E que é da ocasião que temos de tratar”. Pedro Norton, Visão de 10/06/2009

O último a rir... – No centro da vila da Tocha, a implantação de cartazes de campanha dos dois principais candidatos à presidência da Câmara Municipal de Cantanhede revelou-se desastrosa para as aspirações de Manuel Ruivo (PS). O lema do candidato socialista, “Do seu lado”, é manifestamente contraproducente em matéria de apelo ao voto quando o respectivo cartaz surge a poucos metros do do social-democrata João Moura, cuja palavra de ordem é “No rumo certo”. O adágio popular segundo o qual ri melhor o último a fazê-lo aplica-se, com pertinência, à situação retratada. Ao esperar pela divulgação da palavra de ordem de Manuel Ruivo, sustentando João Moura que está “No rumo certo”, o candidato do PSD fez uma aposta em cheio.

“Os programas eleitorais, com a dimensão que têm, são uma falcatrua. São como as apólices de seguro: feitos para o eleitor nunca ter razão”. Medina Carreira, Visão de 10/06/2009 “Os empresários são sempre incompetentes, os advogados uns gatunos, etc... Tudo isso tem uma parcela de verdade, todos nós temos um certa «rasquice» incorporada... Temos de viver com ela. Mas devemos criar condições para que quem queira investir, invista”. Idem, Ibidem “O primeiro-ministro não sabe quem é que está à frente da estação que mais odeia? Obviamente, tem de saber. E tem de saber que Pina Moura já deixou a TVI. Admitir o contrário seria tomá-lo por tonto”. Editorial da revista Sábado de 10/09/2009 “Quem é eleitor «praticante» sabe que, muitas vezes, precisa, precisa de escolher o mal menor, ao adoptar o método do sufrágio «útil». A ideia foi comum, à «esquerda» e à «direita». (...) E se morrer o «voto útil», e o povo escolher os partidos de que verdadeiramente gosta?”. Nuno Rogeiro, revista Sábado de 10/09/2009

Candidato motard – O cabeça-de-lista de candidatos a deputados do CDS/PP pelo distrito de Coimbra tem revelado estar em forma e conseguiu, mesmo no período de pré-campanha, fazer passar a sua mensagem e também a sua imagem na comunicação social. Se a foto de uma caravana que ficou danificada ao tentar passar no túnel da Estação Velha resultou de um acidente, já o atravessar o rio Mondego a pé, para mostrar o assoreamento, constituiu um momento bem programado. Contudo, apesar da exigência própria da campanha para as eleições legislativas, Serpa Oliva não deixou de exercer a sua profissão, como médico, nem as tarefas como director clínico da Sanfil – Clínica de Santa Filomena. Valeu-lhe, para poder chegar rapidamente aos locais e não ter dificuldades de estacionamento, sem faltar aos compromissos, o facto de ser amante das motas e, assim, é vê-lo por aí entre os automóveis a circular num veículo de duas rodas.

“Não vale a pena verter lágrimas de crocodilo. Ainda bem que aquilo [Jornal Nacional de sexta-feira, na TVI] acabou. O que se lamenta é que tenha sido de forma tão destrambelhada e em plena campanha eleitoral. Sendo que há também a suspeita de que tenha sido uma decisão ilegal. Porque uma administração não pode interferir em conteúdos editoriais”. Rafael Barbosa, no Jornal de Notícias de 07/ 09/2009 “Tudo ficará na mesma enquanto a Justiça não perceber em definitivo que o contrário de ser ineficiente é ser injusta. É não servir os cidadãos. É negar a sua própria condição. É ser cega não pelo dever de imparcialidade a que está obrigada, mas cega porque não consegue distinguir o certo do errado”. Pedro Ivo Carvalho, Jornal de Notícias de 11/ 09/2009 “Sendo de procura quase inelástica, a água é um negócio altamente apetecível e, porque ninguém pode viver sem água, uma responsabilidade social elementar de que o Estado não pode demitir-se”. Manuel António Pina, no Jornal de Notícias de 11/09/2009


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QUINTA-FEIRA

DE SETEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

Engenheiro invoca justa causa

CMC demandada por ex-grevista de fome A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) começou a responder, anteontem, no Tribunal do Trabalho, sendo demandada por um ex-técnico superior, que pretende ver reconhecida, judicialmente, a justa causa por ele invocada na resolução do contrato. PUBLICIDADE

Fernando Ventura Luís, licenciado em Engenharia Mecânica, foi protagonista de uma greve fome, em Fevereiro de 2008, e coordenou uma Unidade de Gestão Técnica no âmbito do Departamento camarário de Desporto, Juventude e Lazer. A poucos dias do termo do último contrato de trabalho a termo certo – o engenheiro só poderia continuar ao serviço da autarquia mediante a celebração de contrato individual –, Fernando Ventura quebrou o vínculo e alegou justa causa para o efeito. Alvo de um processo disciplinar, na sequência de uma alegada altercação com o vereador Luís Providência, o trabalhador foi punido com suspensão por um período de 20 dias (sem direito a remuneração). Após o cumprimento da punição, Fernando Ventura foi transferido para a Divisão de Viaturas e Máquinas (sob a alçada do Departamento de Ambiente e Qualidade de Vida), mas a Câmara invoca o teor do contrato para sustentar a legalidade da mudança e faz notar que o trabalhador sempre foi tratado como técnico superior.

Representado por Ricardo Cid, da sociedade de advogados JPALMS, o demandante reclama uma indemnização de 5 104 euros e 5 000 euros a título de créditos laborais. A Câmara, representada pelo advogado Bruno Martelo, manifestou-se perplexa e reputou de absurdos os argumentos do engenheiro. O início da audiência de julgamento, cuja próxima sessão ocorrerá em meados de Março de 2010, ficou marcado por dois incidentes processuais. O primeiro prendese com o facto de a ré ter prescindido do testemunho de Maria João Monteiro, chefe da Divisão de Recursos Humanos, sendo que Ricardo Cid pretende vê-la comparecer em Tribunal. Por outro lado, o representante de Fernando Ventura também quer ver a instrutora do processo disciplinar, Ana Teresa Marques, a dar testemunho, mas a jurista invocou a qualidade de advogada para se negar a materializar a pretensão do colega Cid. Neste contexto, o juiz entendeu pedir ao Conselho de Deontologia de Coimbra da Ordem dos Advogados um parecer sobre se Ana Teresa Marques está dispensada de testemunhar.

Passeio inaugural decorre no próximo domingo

Município de Águeda abre novo trilho pedestre Na zona nascente do concelho de Águeda, estendendo-se pelas aldeias de Macieira de Alcôba, Carvalho, Urgueira e Hortas, o trilho pedestre Terras de Granito abre ao público a partir de domingo. Os 10 quilómetros de extensão deste novo percurso representam uma mais-valia significativa na valorização da rede de trilhos pedestres que o Município de Águeda tem vindo a implementar no concelho, contribuindo assim para promover a divulgação do património natural e, simultaneamente, fomentar a prática de actividade física. A igreja matriz da freguesia de Macieira de Alcôba serve de ponto de

encontro no próximo domingo, de onde, pelas 9h30, sairá um grupo que vai fazer o percurso inaugural do trilho Terras de Granito. O passeio tem a duração estimada de quatro horas e terminará com um almoço/convívio oferecido pelo município. As inscrições para participar neste primeiro passeio pelo trilho Terras de Granito ainda podem ser feitas até amanhã, sexta-feira, através do endereço de correio electrónico percursosdeagueda@cmagueda.pt, pelo telefone 234 610 070 ou, presencialmente, junto do Gabinete de Atendimento ao Munícipe e no restaurante “A Escola”, em Macieira de Alcôba.


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