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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10| Nº 493 | 15 DE OUTUBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com

SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA

Ministério Público debruça-se sobre suspeita acerca de alegado “caso bicudo”

Com Alberto Ruço na Relação

Gabinete Jurídico da Câmara de Coimbra investigado pelo DIAP

Luís Vilar responde perante colectivo presidido por juíza

O Ministério Público abriu um inquérito destinado a deslindar suspeitas acerca do desempenho do Gabinete Jurídico e de Contencioso (GJC) da Câmara Municipal de Coimbra, soube o “Campeão”. A investigação, que poderá compreender a constituição de arguidos, será encerrada através de um despacho final, podendo este consistir no arquivamento dos autos ou na dedução de acusação. Como noticiou o nosso Jornal, a 06 de Agosto de 2009, a jurista Eliana Pinto sugeriu que a directora do GJC é conivente com a alegada adulteração de uma informação prestada por aquela ex-funcionária da autarquia. Página 20

Houve de tudo nas eleições autárquicas

Confirmações, mudanças e surpresas No distrito de Coimbra, foi nos concelhos da Figueira da Foz, Oliveira do Hospital e Penacova que o PS conquistou câmaras ao PSD. Para além dos estreantes João Ataíde, José Carlos Alexandrino e Humberto Olivei-

ra, há a destacar uma segunda presença feminina numa presidência de Câmara, Maria de Lurdes Castanheira (PS), eleita em Góis. No global, as vitórias mais expressivas foram obtidas pelos candidatos do PSD de Cantanhede e

Penela, e pelo reeleito presidente da Lousã (PS). A coligação “Por Coimbra”, liderada por Carlos Encarnação, conseguiu manter a maioria na Câmara, mas perdeu-a na Assembleia Municipal. Páginas 5, 6 e 7

Mostra nacional abre hoje no Expocentro

Festa da queijada e de reelevação a vila

Gastronomia e artesanato à prova em Pombal

Freguesia de Pereira inaugura nova sede da Junta

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O colectivo de juízes incumbido de julgar Luís Vilar, ex-vereador da Câmara de Coimbra, será presidido por uma mulher, apurou o “Campeão”. A titularidade do processo na fase de audiência de julgamento, que decorrerá na Vara Mista de Coimbra, coubera a Alberto Ruço, mas este magistrado acaba de ser promovido a juiz desembargador. A comparência em Tribunal do anterior líder concelhio do PS/Coimbra esteve prevista para 22 de Maio, mas o início da audiência foi adiado “sine die” (sem data alternativa) devido à realização de uma perícia às contas do arguido. Antes do Verão, Alberto Ruço deferiu um requerimento do advogado Alfredo Castanheira Neves no sentido de o arranque do julgamento só ocorrer após a conclusão da perícia de natureza tecnico-jurídica. Nos termos do Código de Processo Penal, o intervalo entre duas sessões da audiência não pode ser superior a um mês, condição que não estava acautelada perante a realização da diligência. O caso de Luís Vilar, alvo de dedução de acusação proferida há dois anos pelo Ministério Público (através do Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra), foi objecto de despacho de pronúncia, a cargo do Tribunal de Instrução Criminal. O arguido está sob suspeita pela presumível autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito (a denominada corrupção própria), de dois de abuso de poder, de um tráfico de influências e de outro de financiamento partidário ilícito.

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Mostra nacional é inaugurada hoje e decorre até domingo

Tasquinhas e artesãos divulgam saberes e sabores tradicionais G. B.

A gastronomia e o artesanato são, entre outras vertentes de interesse, o cartão de visita da mostra que é inaugurada hoje no Centro Municipal de Exposições de Pombal – Expocentro. A XVI Feira Nacional de Artesanato, Design e Tasquinhas decorre até ao dia 18 de Outubro e conta com a presença de uma centena de artesãos oriundos de vários pontos do país. Na 16.ª edição do certame promovido pelo Mu-

nicípio de Pombal e que, todos os anos, conta com milhares de visitantes, manda a tradição que as várias tasquinhas, dinamizadas por mais de uma dezena de associações culturais e desportivas do concelho, constituam um dos maiores factores de atracção da feira. À volta da mesa e entre amigos, com os saberes e sabores a preencherem as ementas de pratos típicos, o espaço de restauração serve de ponto de encontro para o convívio. Em parceria com o Município, cabe às várias

Programa Hoje (dia 15) 18h30 – Inauguração oficial da XVI Feira Nacional de Artesanato, Design e Tasquinhas 21h00 – Actuação do grupo Acordeonistas de Pombal Sexta-Feira (dia 16) 21h00 – Início do encontro de folclore, com actuação dos grupos CERCIPOM (Pombal), APPACDM (Soure), ARCIL (Lousã), CERCILEI (Leiria) e CERCICAPER (Castanheira de Pera) 23h00 – Baile popular Sábado (dia 17) 17h00 – Actuação do grupo Cantar d’Amigos (Silveirinha Grande) 21h00 – Actuação do grupo musical Ex-Libris 23h00 – Baile popular Domingo (dia 18) 16h00 – Actuação do rancho infantil “As Pedrinhas da Sicó” 19h00 – Actuação do grupo musical “Os Trovadores da Valdeira”

colectividades dar testemunho do seu saber e mestria na confecção das iguarias. A divulgação da gastronomia, patente nas tasquinhas, conta este ano com a presença da A. D. C. R. Ramalhais (Abiul), Arcuda (Albergaria dos Doze), Associação de Moradores do Paço (freguesia de Almagreira), A. C. Carnide (Carnide), G. D. Guiense (Guia), G. D. Ilha (Ilha), Rancho Folclórico de Mata Mourisca (Mata Mourisca), G. D. Pelariga (Pelariga), Associação Recreativa e Cultural Ranha de Baixo (Pombal), Estrela Poiense A. C. R. (Redinha), Dino Clube (Santiago Litém), Associação Desportiva de Caça e Pesca (S. Simão de Litém), Atlético Clube de Vermoil (Vermoil) e Centro Cultural e Recreativo de Vila Cã (Vila Cã). A par da doçaria tradicional e dos produtos que testemunham a mais-valia das várias regiões do país, representadas na Feira Nacional de Artesanato, Design e Tasquinhas de Pombal, o certame conta com um programa de animação diversificado, que integra a actuação de grupos de música tradicional portuguesa, ranchos folclóricos,

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jogos populares e outros eventos que contribuem para que esta seja uma feira com contornos de festa popular. A feira conta com artesãos cujo trabalho é representativo das várias regiões do país

Música popular em destaque

No âmbito da XVI Feira Nacional de Artesanato, Design e Tasquinhas de Pombal, hoje, pelas 18h30, está prevista a actuação do grupo “Acordeonistas de Pombal” pelas 21h00. Amanhã, sexta-feira, a partir das 21h00, há um encontro de folclore que contará com a presença dos grupos da CERCIPOM (Pombal),

APPACDM (Soure), ARCIL (Lousã), CERCILEI (Leiria) e CERCICAPER (Castanheira de Pera), prolongando-se o serão com baile popular, a partir das 23h00. A animação da tarde de sábado está a cargo do grupo “Cantar d’Amigos”, de Silveirinha Grande e a partir das 21h00, a banda “Ex-Li-

bris” abre a componente musical que se prolongará noite fora com baile popular. O último dia do certame, domingo, conta ainda com a presença do rancho infantil “As Pedrinhas de Sicó”, a partir das 16h00, e do grupo musical “Os Trovadores da Valdeira”, que actua no Expocentro pelas 19h00.

Espaço de exposições preparado para grandes eventos

Certame decorre no Expocentro Inaugurado em 23 de Julho de 2004, após obras de remodelação do pavilhão construído em 1993 para servir de entreposto de transportes internacionais, o Expocentro – Centro Municipal de Exposições de Pombal, localizado no parque industrial de Manuel da Mota, tem vindo a ser o palco de vários eventos, sendo o mais importante a Feira Nacional de Artesanato e Tasquinhas. Inicialmente de 5 000 metros quadrados, a área coberta de exposições é actualmente de 8 000, com capacidade para acolher eventos de carácter económico, desportivo, cultural e lúdico. Dispõe, adicionalmente, de um amplo parque de estacionamento para automóveis e autocarros.

Localizado na intersecção de importantes vias rodoviárias e ferroviárias nacionais, a menos de um quilómetro da A1 e a distância semelhante de Lisboa e Porto, o Expocentro é servido ainda pelo IC8, que liga à Figueira da Foz e pela AutoEstrada do Atlântico, que se

encontra a poucos minutos de distância. Sensivelmente a meia hora de Leiria e de Coimbra, o Centro Municipal de Exposições dista apenas cinco quilómetros da estação de comboios de Pombal, servida por vários comboios, nomeadamente, o Alfa Pendular.

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“Dois dedos de conversa” com Miguel Silvestre

Plural demonstra que o associativismo está vivo L.S.

“Individualmente não conseguimos chegar aos objectivos e a união de três cooperativas farmacêuticas na Plural demonstra que as pessoas têm procurado resolver os problemas através do associativismo, de parcerias, de fusões, trabalhando em rede”. Esta opinião é de Miguel Silvestre, presidente da Direcção da Pural, com sede em Coimbra, que sublinha o facto de apesar da empresa ter a forma societária de cooperativa, onde cada pessoa tem um voto, “tem os mesmos padrões de exigência de uma sociedade anónima ou limitada”. Convidado do progra-

ma “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido no passado domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM), o gestor destacou que a união em torno da Plural foi “um processo bem pensado, a opção certa no momento certo e com enorme sucesso”. “A Plural tem um nome feliz e nasce da diversidade de ideias, de empresas e de pessoas, incorporando três cooperativas: Farbeira, Cofarbel (ambas de Coimbra) e Farcentro (da Covilhã)”, referiu, acrescentando que se tratou de um processo de mudança de nome e de imagem “assimilado”. Com mais de 600 sócios, e com um processo

O presidente da Direcção da Plural, à conversa com Carlos Góis, sublinhou o sucesso da fusão de três cooperativas

de fusão aprovado pela Autoridade da Concorrência, a Plural “faz a aquisição de medicamentos aos laboratórios, o aprovisionamento, o armazenamen-

to e a entrega diária às farmácias”, conforme descreveu Miguel Silvestre, garantindo “existir uma distribuição homogénea em Coimbra, ou na Pampilhosa da

Serra, como em todo o país”. “Há 25 anos, as farmácias estavam descredibilizadas e foram ganhando respeito e estabilidade com a criação de cooperativas e uma associação, tudo fruto da organização dos 1.700 estabelecimentos que permitiu, igualmente, uma economia de custos”, sublinhou o director da Plural. Segundo Miguel Silvestre, a Plural é uma central de compras e “não condiciona” o que as farmácias querem adquirir, tendo medicamentos sujeitos a receita médica e de venda livre, genéricos, produtos de ortopedia, suplementos alimentares e veterinária. Como farmacêutico

refere que a sua primeira escolha, quando tem de tomar um medicamento, é pelo genérico. “Logo à partida tem um preço 35 por cento mais barato, por lei, porque já não incorpora os custos da investigação da indústria farmacêutica, e é igual ao medicamente original”, garantiu. “Na maioria dos países evoluídos - como a França, a Alemanha, a Inglaterra e os EUA - mais de 50 por cento do mercado de medicamentos é constituído por genéricos e Portugal vai tender para essa percentagem”, explicou Miguel Silvestre, que também é presidente da delegação do Centro da Associação Nacional de Farmácias.

Mathnasium de Coimbra reforça oferta educativa ao 12.º ano

Motivação é fundamental para aprender matemática G. B.

A matemática não tem de ser um bicho de sete cabeças. Pode até ser um desafio divertido. É essa a lógica do Mathnasium de Coimbra, criado em 2004, um centro que, à semelhança de um ginásio, onde se treina o corpo, leva as crianças e jovens a exercitar o raciocínio. Exclusivamente dedicada ao ensino da matemática, o Mathnasium segue uma metodologia americana, com um currículo próprio adaptado ao português. O centro de Coimbra proporciona aos estudantes dos vários níveis de ensino a oportunidade de reforçarem os seus conhecimentos e desenvolverem as capacidade de raciocínio, fundamentais para o seu futuro. Enquanto centro especializado, o Mathnasium opera através de um programa de treinos personalizado, construído a partir de um diagnóstico inicial

As crianças e jovens são individualmente acompanhadas pelos vários colaboradores

individual, que permite a cada estudante reforçar os seus conhecimentos em matemática e, simultaneamente, a sua confiança e auto-estima. Obter resultados positivos torna-se assim mais fácil. Localizado na rua dos Combatentes da Grande Guerra, 67, loja 1, o Mathnasium de Coimbra foi o segundo a ser criado em Portugal, integrando uma rede de franchising internacional que conta actual-

mente com 38 centros no nosso país. Crianças e jovens, com idades compreendidas entre os 7 e os 16 anos, trabalham os vários conteúdos programáticos da disciplina de matemática de forma diferente, adaptada ao seu ritmo de aprendizagem mas, sobretudo, seguindo um processo onde a motivação desempenha um papel fundamental. Uma equipa de cinco colaboradores segue

individualmente cada aluno, estimulando e ajudando a ultrapassar as dificuldades. Catarina Bastos e Maria do Carmo Bastos, responsáveis pelo centro Mathnasium de Coimbra, acreditam que a partir do ensino da matemática e seguindo um método de aprendizagem onde o aluno é o centro de todo o processo, é possível “valorizar a auto-estima, a autonomia, a capacidade de tra-

balho e a concentração” dos jovens. “Na nossa opinião, nenhum aluno detesta realmente a matemática. O que não gostam é de se sentirem frustrados, embaraçados e confusos com esta disciplina. Ter sucesso é a melhor forma de ultrapassar este tipo de problemas”, explica Catarina Bastos. Ultrapassada a barreira que os números representam para muitos dos estudantes que entram pela primeira vez na Mathnasium de Coimbra, os resultados obtidos posteriormente demonstram avanços significativos tanto na matemática como nas restantes disciplinas. Encarada como um desafio, possível de ultrapassar, a matemática acaba por se tornar na matéria preferida de muitos alunos. Preparado para dar resposta a crianças e jovens que frequentam o 1.º, 2.º e 3.º ciclo do Ensino Básico, bem como ao Ensino Se-

cundário, no início do presente ano lectivo o centro de Coimbra ampliou a sua oferta educativa ao 12.º ano de escolaridade, reforçando a componente “Mathnasium Secundário”, iniciada já no último ano lectivo. Para além da normal actividade de ensino, durante o período escolar, e dos programas específicos, com actividades diversificadas baseadas no exercício da mente potenciado para a matemática, o centro de Coimbra proporciona um conjunto de actividades educativas adicionais, simultaneamente, de carácter lúdico, durante os períodos de férias, no Natal e na Páscoa. O objectivo passa por nunca descurar o treino de matemática. O centro Mathnasium de Coimbra está aberto de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 13h00 e das 15h00 às 19h30, e aos sábados entre as 10h00 e as 13h00.

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Ré sob gerência de António Calvete

Lusa/Coimbra em polvorosa

Sociedade condenada por despedir professora

Jornalistas receiam fecho de escritório

A Sociedade Difusora de Ensino (SODENFOR), instituidora da Escola de Formação Profissional da Figueira da Foz, acaba de ser condenada a pagar a uma professora mais de 20 000 euros por despedimento ilícito, soube o “Campeão”. A sentença, proferida pelo Tribunal do Trabalho da Figueira, ainda não transitou em julgado, podendo a ré recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra. O Tribunal figueirense negou provimento a acções de duas outras docentes, mas o advogado Carlos Felício vai interpor recurso por entender que havia uma relação jurídica de emprego. A diferença subjacente às decisões do Tribunal do Trabalho, que condenou a ré num caso e a absolveu em relação a outros dois, prende-se com a circunstância de o juiz ter considerado nula a justificação dada pela SODENFOR para celebrar com Cristina Martins um contrato de trabalho a termo certo.

As outras professoras, à semelhança do que tinha acontecido com Cristina Martins numa primeira fase, prestaram serviço à entidade instituidora da Escola de Formação Profissional da Figueira da Foz (EFPFF) em regime de avença. Para o juiz, a ré incorreu na prática de despedimento ilícito, feito sem instauração de procedimento disciplinar e, alegadamente, sem justa causa. A professora sustentou que o motivo invocado pela ré no contrato a termo “serve apenas para iludir as disposições que regulam o contrato sem termo”, razão por que entendeu ter havido a conversão do contrato a prazo em contrato sem termo. A demandante foi prestadora de serviços à Sociedade Difusora de Ensino nos anos lectivos de 2005/06 e 2006/07, tendo as partes celebrado um contrato de trabalho a termo certo para vigorar em 2007/08. A SOENPROL – So-

ciedade de Ensino Profissional, por quotas, maioritariamente detida pela «holding» GETAP do empresário António Calvete – é proprietária de perto de 75 por cento do capital social da SODENFOR. António Calvete é gerente da SOENPROL e da Sociedade Difusora de Ensino. O empresário António Abrantes, director do diário As Beiras, é dono de um terço da SOENPROL. Uma quinta parte da SODENFOR pertence à Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF) e seis por cento do capital são detidos pela Associação Comercial e Industrial figueirense. A Sociedade Difusora de Ensino passou de unipessoal, criada pela CMFF, a sociedade por quotas, tendo sido objecto, em 2005, de um aumento de capital (de 5 000 euros para 50 000). A Sociedade de Ensino Profissional (SOENPROL), cujo capital social é de 75 000 euros, é a instituidora do Instituto Tecno-

lógico e Profissional (INTEP), tendo sido criada, há vários anos, por António Abrantes, António Padrão, Paulo Pereira Coelho (exvice-presidente da Câmara da Figueira) e Maria José Freitas. António Calvete comprou as quotas de António Padrão e Paulo Pereira Coelho, sendo que o negócio teve o condão de desapontar, na altura, António Abrantes, na medida em que o patrão da GETAP assegurou o controlo da SOENPROL através da referida «holding» (sociedade gestora de participações sociais). Perto de dois terços do capital de outra sociedade por quotas incumbida de gerir o Centro de Formação Profissional da Figueira da Foz, sob a forma de cessão de exploração, também pertencem à Sociedade de Ensino Profissional. A partir do ano lectivo de 2006/07, o INTEP e a EFPFF passaram a funcionar no Centro de Formação Profissional figueirense.

Hospitais da Universidade de Coimbra

Culpas atribuídas a funcionária indignam familiar de doente IOLANDA CHAVES

O familiar de um utente dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) não aceita que seja atribuída a uma funcionária as culpas que, no seu entender, são apenas imputáveis ao médico que era suposto ter atendido o doente à hora marcada, e não o fez. O caso passou-se em Maio deste ano, quando António Pinto foi a uma consulta no serviço de Urologia. Segundo relatou ao “Campeão” o sobrinho, Eduardo Nabais, a funcionária tinha ordem para chamar o médico mal o doente chegasse, pois tratava-se de alguém com 97 anos de idade, com uma sonda na uretra, que exigia alguma atenção. Ao contrário do que

era previsto, o doente esteve “três horas deitado numa maca gemendo de dores” à espera de ser atendido pelo médico que, alegadamente, se ausentara para uma reunião. A família assegura que a funcionária procurou avisar o clínico da chegada do doente, mas todas as tentativas revelaram-se infrutíferas. Mesmo depois de António Pinto ter sido atendido, por um outro médico do mesmo serviço, o sobrinho preencheu uma reclamação endereçada ao presidente do Conselho de Administração dos HUC, Fernando Regateiro, apontando “falta de humanidade” para com o idoso. A resposta do responsável máximo pelos HUC chegou em meados de Setembro e suscitou, de ime-

diato, a indignação do queixoso perante o facto de atribuir toda a responsabilidade pelo sucedido à funcionária, ilibando assim o médico. De acordo com a carta de resposta à qual o “Campeão” teve acesso, Fernando Regateiro diz ter sido informado pelo director do Serviço de Urologia e Transplantação dos HUC de que “houve uma falha de informação da funcionária referida que se esqueceu” de avisar o médico. Em reacção a esta resposta, Eduardo Nabais entregou, esta semana, no Gabinete do Utente dos HUC, uma outra carta na qual expressa a sua indignação e sai em defesa da funcionária visada. “Transferir para uma funcionária a responsabili-

dade do ocorrido deixoume indignado, pois essa funcionária, da qual não sei o nome, foi incansável telefonou, correu o hospital por tudo quanto era sítio, ligoulhe para o telemóvel [do médico em causa] e nunca atendeu”, refere o cidadão na sua nova missiva. Na resposta do presidente dos HUC consta ainda um pedido de desculpas e a disponibilidade do serviço em causa para atender o doente “mesmo sem consulta marcada”. Ainda que sensibilizado com o lamento e com a oferta, Eduardo Nabais acrescenta na carta que o tio faleceu poucos meses depois do sucedido, nos HUC, precisamente, mas não atribui qualquer relação causa-efeito entre uma história e a outra.

Há jornalistas da Lusa receosos de que a destituição de Casimiro Simões seja prenúncio do encerramento do escritório de Coimbra afecto à Delegação regional do Centro da agência noticiosa, apurou o “Campeão”. Casimiro Simões foi exonerado da chefia da Delegação, na semana passada, a poucos dias de proceder ao lançamento de um livro intitulado “Com as botas do meu pai - pegadas do poder autárquico na vila de Vale Tudo”, cujo teor constitui “uma sátira ao exercício do Poder Local em Portugal”. O director de informação da agência, Luís Miguel Viana, que minimiza a destituição, declarou ao nosso Jornal ser-lhe “completamente indiferente” a Lusa possuir escritório em Coimbra ou haver jornalistas a trabalhar nas respectivas residências. “Pelo contrário”, acrescentou, o director até prefere a segunda hipótese. Acerca da exoneração, Viana disse ter-se tratado de uma “adaptação da coordenação editorial à realidade”, sustentando que, “na prática”, Casimiro Simões não exercia funções de chefia. Simões, 49 anos de idade, é o marido da recente candidata do Bloco de Esquerda, Ana Filomena Amaral, à presidência da Câmara lousanense. Interpelado pelo “Campeão”, Luís Miguel negou que

haja qualquer ligação entre a destituição e o lançamento (a 31 de Outubro, na Lousã) do referido livro, em cuja contracapa é feita alusão a “aventuras do autarca Fanfarrão”, aspirante a deputado da Nação, “e do vereador Franganito”, cujo sonho consiste em “suceder ao pai” na presidência da fictícia Câmara de Vale Tudo. Fontes da agência assinalam que houve jornalistas a estranhar um eventual empenho da mesma na cobertura de actividades da campanha de Pina Prata, independente que se perfilou para a presidência da Câmara de Coimbra. Contactado pelo nosso Jornal, o director de informação considerou a interpelação ofensiva. As referidas fontes aludem a alegadas relações de amizade entre o consultor de comunicação José Diogo, excolaborador de Pina Prata, e Luís Miguel Viana, no contexto de um grupo com afinidades de ordem profissional do qual também faz parte o director-adjunto do Diário de Coimbra João Luís Campos. De resto, há quem garanta que Campos terá estado na iminência de ingressar na Lusa. O eventual encerramento da Delegação da agência a funcionar em Coimbra já tinha causado polémica no Verão de 2007 (vide a nossa edição de 26 de Julho de 2007).

Morte de Jorge Teixeira

HUC garantem consentimento para exame A Direcção Clínica dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) garantiu, na semana passada, ao “Campeão”, que Jorge Teixeira, outrora candidato à presidência da Câmara de Soure, tinha concordado ser sujeito a uma colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE). “Todos os doentes internados nos HUC [onde Jorge Teixeira faleceu] assinam um consentimento informado, este não constitui excepção”, declarou o médico Óscar Gonçalves. Uma filha do outrora candidato do CDS/PP, Ana Maia Teixeira, disse duvidar

que o pai tenha prestado tal consentimento a fim de ser sujeito à CPRE. Interpelada pelo nosso Jornal, a Direcção Clínica dos HUC respondera de forma equívoca, como consta da edição impressa do nosso Jornal datada de 08 de Outubro de 2009, tendo alegado que todos os pacientes “assinam um consentimento informado não respresentado o doente em causa, sendo uma excepção”. Perante a ambiguidade da mensagem, a nossa Redacção insistiu com um pedido de clarificação, mas este só foi satisfeito volvidas quase 24 horas sobre a solicitação.


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Ronda pelo novo panorama autárquico no distrito de Coimbra

Mudanças e surpresas IOLANDA CHAVES

Mais do que as europeias ou as legislativas, as eleições autárquicas mexem de forma muito intensa com as expectativas e sentimentos dos cidadãos. Talvez por aí, se possa reflectir acerca do inexplicável crime de Ermelo, o qual manchou o terceiro e último acto eleitoral de uma maratona de promessas e trocas de galhardetes entre partidos, este ano significativamente ensombrados pela pressão de movimentos independentes. No distrito de Coimbra, foi nos concelhos da Figueira

da Foz, Oliveira do Hospital e Penacova que os corações, porventura, terão batido com mais força. Três câmaras do PSD são conquistadas pelo PS; duas delas, com a responsabilidade de gerirem cidades. Na Figueira da Foz, Duarte Silva (PSD) cede lugar ao juiz Ataíde das Neves (independente proposto pelo PS) e, em Oliveira do Hospital, Mário Alves (PSD) é sucedido por José Carlos Alexandrino (PS). Num e noutro concelhos, o PSD arrancou para a batalha autárquica fraccionado e o PS reinou. À beira-mar, as águas agitaram-se para os la-

Coligação “Por Coimbra”

Festa do “tri” teve expectativa LUÍS SANTOS

A vitória da presidência da Câmara Municipal já estava certa, mas foi preciso esperar quase pelas 23h00, no domingo, para que a coligação “Por Coimbra” ficasse com a certeza de que tinha obtido a maioria (6 mandatos, contra 4 do PS e 1 da CDU). Só com os resultados completos das freguesias urbanas de Santo António dos Olivais e da Sé Nova é que se conseguiu ter a certeza de que na vereação os social-democratas, populares e monárquicos não iria ficar empatados (5-5) com os socialistas. Lançada a mão da máquina de calcular para aplicar o método de Hondt, a coligação conseguiu meter o sexto vereador (no caso, uma mulher, Maria João Castelo Branco) por apenas uma vantagem de 17 votos em relação ao PS (4 892 contra 4 875). A força política que ficou mais próxima de se estrear na edilidade foi o Bloco de Esquerda, por uma diferença de 758 votos (4 134). Pina Prata, o ex-PSD que concorreu como independente, estava claramente arredado, com um total de 3 282 votos. A perda de apenas uma freguesia (Lamarosa, para o PS) não fez arrefecer os ânimos no Rock Café, nas “Docas” no Parque Verde do Mondego, local também escolhido há 4 anos para seguir a par e passo os resultados eleitorais por parte dos apoi-

antes da candidatura, onde social-democratas e centristas conviveram, mas com os mais entusiastas – nomeadamente as juventudes partidárias – mantiveram alguma distância. “Por cada uma das três netas recebi um mandato”, começou por declarar Carlos Encarnação, ao discursar como presidente reeleito da Câmara Municipal de Coimbra. O número três parece dar sorte ao autarca, que na alocução falou de uma “tripla vitória”. “Mantivemos a maioria absoluta, a esquerda não subiu e ficou à porta quem queria entrar”, numa referência ao candidato independente Pina Prata, que foi vice-presidente da Câmara. Dirigindo-se à população do concelho, Carlos Encarnação referiu que Coimbra pode esperar dele “a mesma seriedade e entrega”, como presidente da Câmara e prometeu trabalhar para “fazer uma Coimbra maias forte no tecido nacional”. O autarca reeleito para o terceiro mandato agradeceu o empenho de todos na campanha, na qual disse ter participado “com força e emoção”, tendo nomeado, sem esquecer a JSD, Manuel Porto, Manuel Antunes, João Gabriel Silva, Manuel de Oliveira (líder concelhio do PSD), Luís Providência e Miguel Pignatelli, respectivamente presidentes das concelhias do CDS/PP e do PPM, que com os social-democratas reeditaram um acordo eleitoral.

dos do PSD quando Daniel Santos, vice-presidente “laranja” no mandato de Santana Lopes, manifestou intenção de se candidatar, contestando a recandidatura de Duarte Silva. Rejeitado pelo partido, como candidato, liderou um movimento independente. Para os lados da Serra da Estrela, José Carlos Mendes (homónimo do presidente eleito) encabeçou um movimento independente, sob o lema “Oliveira do Hospital, Sempre”, depois de o seu nome ter sido “chumbado” pelos órgãos distritais e nacionais do PSD, pois preferiram dar a primazia a Mário Alves na recandidatura à Câmara. Somando os mandatos conquistados pelo PSD com os mandatos conquistados pelos movimentos independentes, o Partido Socialista, sem demérito para a vitória alcançada, provavelmente teria tido alguma dificuldade em cantar vitória se tivesse havido coesão entre os social-democratas. Na Figueira da Foz, o PS conquistou quatro mandatos, mas a oposição elegeu cinco.

O PSD, que tinha o poder desde 1998, terá três vereadores e o movimento de cidadãos “Figueira 100 por cento”, encabeçado por Daniel Santos terá dois mandatos. Em Oliveira do Hospital, o PS conquistou três vereadores, o PSD elegeu dois e a candidatura independente outros dois. Oito excluídos

Em Penacova, a derrota social-democrata tem outros contornos, sendo de assinalar o facto de Maurício Marques não se ter recandidatado. O então presidente da Câmara cedeu o lugar na lista ao estreante Luís Morgado, depois de lhe sido vetado o ingresso na lista para a Assembleia da República, na posição que ele queria. Candidatou-se como cabeça de lista para a Assembleia Municipal, mas não levou a melhor, com o PS a conquistar este órgão. Humberto Oliveira, economista, é o novo presidente da autarquia penacovense. Em Pampilhosa da Serra, depois de ter perdido por um voto para PSD, nas legislativas, o PS ainda acalentou a esperança de uma vitória, que a acontecer significaria o regresso a um lugar que apenas

saboreou um vez (em 197679). Em 2013, por força da lei, alguns dos actuais presidentes reeleitos estarão, impossibilitados de se recandidatarem, entre eles Jaime Soares, que entra no 10.º mandato (um recorde de longevidade autárquica que faz dele um dos chamados autarcas “dinossauros” existentes no país). O carismático autarca está na liderança da Câmara de Vila Nova de Poiares desde 25 de Abril de 1974, iniciando tão longa caminhada à cabeça da Comissão Administrativa. Sendo o limite três mandatos, também Carlos Encarnação (PSD, Coimbra), Jorge Bento (PS, Condeixa), Ivo Portela (PS, Tábua), João Gouveia (PS, Soure), Fátima Ramos (PSD, Miranda do Corvo), Luís Leal (PSD, Montemor-o-Velho) e Fernando Carvalho (PS, Lousã) não poderão recandidatar-se. Vão para o segundo mandato Ricardo Alves (PSD, Arganil), Paulo Júlio (PSD, Penela), João Reigota (PS, Mira), João Moura (PSD, Cantanhede) e José Brito (PSD, Pampilhosa da Serra). Duas mulheres

Para além dos estreantes, João Ataíde (PS, Figueira da

Foz), José Carlos Alexandrino (PS, Oliveira do Hospital) e Humberto Oliveira (PS, Penacova), há a destacar no panorama autárquico distrital uma segunda presença feminina numa presidência de câmara, Maria de Lurdes Castanheira (PS), a eleita de Góis. Esta foi também uma eleição que mereceu alguma expectativa. O principal rival da candidata socialista, era, nem mais nem menos, o antigo vice-presidente da autarquia, Diamantino Garcia, eleito no anterior mandato pelo PS e agora candidato à presidência pelo PSD. Em Miranda do Corvo, o PSD reelegeu Fátima Ramos, mas, ao contrário de 2005, inverteu-se o resultado para a Assembleia Municipal por um mandato (PS fica com 11 e PSD com 10). No global, as vitórias mais expressivas foram obtidas pelos candidatos do PSD de Cantanhede (66,80 por cento dos votos) e Penela (62,49 por cento). Em Arganil (PSD), Montemor-o-Velho (PSD), Soure (PS), Condeixa (PS), Lousã (PS), Pampilhosa da Serra (PSD), Mira (PS), Tábua (PS), Penacova (PS), Vila Nova de Poiares (PSD) e Góis (PS) as listas vencedoras obtiveram mais de 50 por cento dos votos.

Presidentes de juntas de Coimbra e mandatos Almalaguês Ameal Almedina Antanhol Antuzede Arzila Assafarge Botão Brasfemes C. Viegas Ceira Cernache Eiras Lamarosa R. de Frades S. A. Olivais Santa Clara Santa Cruz S. Bartolomeu S. J. do Campo S. M. de Árvore S. M. do Bispo S. P. de Frades S. Silvestre Sé Nova Souselas Taveiro T. do Mondego Torre de Vilela Trouxemil * Vil de Matos

Por Coimbra Victor Costa (5) 1 Palmira Pedro (4) José Filipe (6) 2 3 4 3 2 1 Jorge Vicente (5) 1 Emília Santos (5) 4 1 Francisco Andrade (10) José Simão (7) Pinto dos Santos (6) 2 1 Peixoto Ferreira (6) Antonino Antunes (7) Hélio Paulino (4) 3 Helder Abreu (8) João Pardal (5) José Barroca (6) 3 Ricardo Rodrigues (7) Artur Ferreira (4) 2

PS CDU BE 3 1 3 Jorge Mendes (5) 2 3 2 0 1 Diamantino Jorge (5) 2 Nuno Silva (3) 1 Alfredo Pereira (5) 0 Júlio Retroz (6) 0 Arménio Ferraz (6) 1 2 Carlos Ferreira (6) 4 0 2 Vítor Carvalho (6) 0 4 3 1 Manuel Costa (5) 0 Jorge Veloso (8) 0 0 6 2 1 4 1 1 4 2 1 Carlos Clemente (4) 0 1 3 José Pimenta (5) 1 0 5 1 0 3 2 José Cortesão (6) 0 3 1 1 3 1 3 0 3 Firmino Victor (3) 2 0 3 1 Fernando Pardal (5) 0 * O Movimento de Cidadãos por Trouxemil obteve 1 mandato


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Álvaro Maia Seco só reagiu depois de confirmada a derrota

Noite de nervoso miudinho entre socialistas G. B.

Os humores alteramse conforme a sorte favorável ou desfavorável anunciada pelas sondagens, projecções e apuramento de resultados. São 20h00, domingo de noite eleitoral e a TVI dá a vitória à coligação “Por Coimbra” e ao social-democrata Carlos Encarnação. No Hotel D. Inês, temporariamente transformado na sede de candidatura de Álvaro Maia Seco, juntam-se militantes, simpatizantes e outras forças vivas que animam a máquina partidária socialista. Ninguém quer comentar. Os resultados ainda não são definitivos. Alimentase a esperança de uma vitória. “É prematuro co-

Vencedores Carlos Encarnação – Teve perto de 10 000 votos a menos do que os averbados há oito anos, mas estancou as perdas no último quadriénio comparativamente às do anterior. Com Pina Prata à ilharga, limitou-se a perder cerca de 2 000 votos. Dir-se-á, até, que, sem a oposição de Prata, Encarnação poderia ter obtido mais votos do que em 2005. Correu o risco de ser obrigado a governar na praça de 08 de Maio sem desfrutar de maioria na vereação. Encarou o risco e superou o desafio. João Ataíde – Chegou, viu e venceu. Era, até há pouco tempo, juiz desembargador. Aceitou o desafio do PS para se candidatar à liderança da Câmara Municipal da Figueira da Foz e, num ápice, apeou o PSD do patamar alcançado por Santana Lopes em 1997. Fernando Carvalho – Garantiu terceira vitória consecutiva na Lousã e, caso queira, governará a Câmara durante 14 anos. O PS tem na pessoa do autarca lousanense um candidato à altura de suceder a... Carlos Encarnação.

mentar” é a combinação de palavras mais utilizada para fugir às perguntas dos jornalistas. Contudo, a desilusão de uma provável derrota, anunciada sob a for ma de sondagem, é apenas atenuada pela azáfama com que, de imediato, todos se desdobram em telefonemas para saber mais resultados. Ganhamos ou perdemos? A resposta de quem está do lado de lá do telefone tanto é motivo para gritos de vitória e abraços como dá origem a um pesado silêncio, apenas quebrado pela palavra “perdemos”. Ainda sobre a sondagem, que dá vantagem a Encarnação, aos jornalistas, Álvaro Maia Seco quase diz o que lhe vai alma, mas é prontamente interrompido por António Vilhena,

candidato a vereador. Diz que o cabeça-de-lista só falará quando forem apurados os resultados em todas as freguesias. A comitiva sobe até ao primeiro piso e aí se mantém, longe dos jornalistas até ao final da noite. Longe das perguntas a que ninguém quer responder. Não agora. Não já. Relutantes em comentar as sondagens e o apuramento dos resultados nas várias freguesias que, durante algum tempo, chegaram a colocar o PS à frente do PSD, todos esperam com expectativa que chegue ao fim a contagem dos votos das freguesias de Santo António dos Olivais, Sé Nova e Santa Clara. No concelho de Coimbra, é aqui que se vai jogar a vitória ou a derrota e os socialistas estão,

à partida, em desvantagem. Carlos Cidade, atarefado, escada acima, escada abaixo, divide-se entre o bar onde estão alguns militantes e o primeiro piso, onde Álvaro Maia Seco está reunido com as gentes mais próximas. O candidato a vereador, atende o telemóvel. Pede os últimos números. Diz aos jornalistas que Maia Seco só falará quando todas as freguesias estiverem contabilizadas. E que nessa altura o candidato descerá para o discurso. O tempo passa. Devagar. E ao fim de algumas horas de espera, os últimos resultados são conhecidos. É oficial. A reencarnação da coligação “Por Coimbra” é uma realidade que cai como um balde de água fria e deixa

todos os militantes socialistas de semblante carregado. A hora vai longa. São quase onze da noite e a primeira declaração de Álvaro Maia Seco, vencido nesta batalha, é aguardada com expectativa. De improviso, militantes, simpatizantes e apoiantes preparam a sala para a comunicação do candidato. Afinal, Álvaro Maia Seco vai falar aos jornalistas mas não na entrada do hotel. A sala do fundo, maior, demasiado grande para aqueles que ali marcam presença, é rapidamente reorganizada. Muda-se o púlpito de sítio para melhor enquadramento e são penduradas à frente duas bandeiras do PS. Atrás, a moldura humana serve de apoio ao candidato socialista, independente, Álvaro Maia

Seco. Sereno, este assume a derrota. Diz estar de consciência tranquila e deseja a Encarnação a melhor das sortes. Disponível para dar corpo a quatro anos de oposição crítica, avisa, no entanto, que não está disposto a ser mais um a falar para os peixes. Duas notas, breves. Helena Freitas, candidata à presidência da Assembleia Municipal pelo PS, foi presença simpática, sempre, ao longo da noite, junto dos jornalistas, embora avisasse que não queria comentar resultados até estes terem carácter definitivo. A outra, para Henrique Fernandes, o presidente da Concelhia, cuja ausência, tão incontornável como inconveniente, foi notada por todos, apesar de ninguém querer tocar nesse assunto.

Daniel Santos e José Carlos Mendes – Protagonizaram candidaturas independentes às câmaras municipais da Figueira da Foz e de Oliveira do Hospital, respectivamente, e amealharam votações talvez inesperadas.

maioria das presidências dos municípios do distrito. Em 2001, o PSD arrebatara 12 lideranças e, em 2005, 11. “Trata-se de um desafio ganho”, comentou o presidente da Federação de Coimbra do PS, em cujo ponto de vista reside em resultados a “melhor resposta” para quem tanto critica a sua liderança distrital.

desfecho das eleições em Góis.

João Gouveia – Outrora autarca eleito pelo PSD, tinha reconquistado, em 2005, a liderança da Câmara de Soure para o PS. Foi reconduzido para quinto mandato consecutivo.

gressar na vereação da Câmara de Coimbra, mas faltou-lhe um punhado de votos.

João Moura, Paulo Júlio e Ricardo Alves – Tinham ascendido, há quatro anos, às presidências das câmaras municipais de Cantanhede, Penela e Arganil, respectivamente. Foram reconduzidos com assinaláveis margens de votação.

João Reigota – Autarca socialista, cumprirá segundo mandato consecutivo na presidência da Câmara Municipal de Mira.

Francisco Queirós – Deste candidato à presidência da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) esperavam os comunistas que assegurasse a representação da CDU na praça de 08 de Maio. Cumpriu. Rodrigo Santiago – A eleição do advogado para ingressar no órgão fiscalizador da edilidade é uma mais-valia para o Poder Local. Se houver convergência por parte das oposições à coligação “Por Coimbra”, Rodrigo Santiago até poderá ser eleito para presidir à Mesa da AM. Victor Baptista – O Partido Socialista voltou a conquistar, domingo, a maioria das presidências das câmaras municipais do distrito de Coimbra. Cabem àquele partido as lideranças de nove das 17 edilidades da sub-região conimbricense, por via da reconquista das presidências da Figueira da Foz, de Oliveira do Hospital e de Penacova. O PS tinha conquistado em 1997, pela última vez, a

Fátima Ramos e Luís Leal – Ela em Miranda do Corvo e ele em Montemor-o-Velho, lideram municípios onde o PS representa uma real alternativa ao PSD (mesmo com os social-democratas coligados com o CDS/PP). Irão cumprir o último mandato de um ciclo de três. Lurdes Castanheira – Tinha pela frente o desafio de manter a presidência da Câmara de Góis na órbita do PS, procurando suceder a José Girão Vitorino. Com o seu ex-camarada Diamantino Garcia a perfilar-se para o cargo, em representação do PSD, gerou-se expectativa acerca do

Jorge Bento – Manteve intacta a hegemonia socialista em Condeixa-aNova. O PS sempre triunfou naquele concelho na disputa de eleições locais, tal como o PSD sempre venceu em Penela e Vila Nova de Poiares.

José Carlos Alexandrino – Foi o trunfo do PS para a reconquista da presidência da Câmara de Oliveira do Hospital. José Brito – Sucedeu a Hermano Almeida, a meio do quadriénio 2006/ 09, na liderança da Câmara de Pampilhosa da Serra e ela permaneceu sob a órbita do PSD. Humberto Oliveira – Protagonizou a vitória mais inesperada no distrito de Coimbra. O jovem economista (PS) arrebatou ao PSD a presidência da Câmara de Penacova. Jaime Soares – Palavras para quê? O vetusto autarca social-democrata triunfou pela 10ª. vez consecutiva em Poiares.

Ivo Portela – Já presidiu aos destinos de Tábua em representação do PSD e acaba de conquistar nova vitória para o PS.

Vencidos Duarte Silva – Tinha recebido de Santana Lopes o «testemunho» inerente à presidência da Câmara da Figueira da Foz e foi apeado por João Ataíde. Henrique Fernandes – São-lhe imputáveis responsabilidads como líder concelhio do PS/Coimbra pela terceira derrota consecutiva do seu partido. Pina Prata – Gerouse expectativa acerca da eventual eleição do candidato independente para a vereação da praça de 08 de Maio, mas os resultados ficaram aquém daquilo que a visibilidade da campanha sugeria. Catarina Martins – O Bloco de Esquerda parecia estar na iminência de in-

Mário Alves – A recandidatura do presidente cessante da Câmara de Oliveira do Hospital foi imposta pela Comissão Política Distrital e por órgãos nacionais do PSD, mas isso não bastou para lhe proporcionar nova vitória. José Manuel Simões – Ao invés de Fátima Ramos em relação à Câmara, o autarca não logrou conferir maioria ao PSD e ao CDS/PP na Assembleia Municipal de Miranda do Corvo. Pedro Machado – Foi sob a sua liderança que o PSD deixou de ser maioritário no distrito de Coimbra em matéria de conquista de presidências de câmaras municipais. De uma assentada, perdeu três em prol do PS. Paulo Pereira Coelho – Para quem foi responsável pela escolha de Duarte Silva, há oito anos, tentou concertar com ele a revisão do Plano de Urbanização da Figueira da Foz e esteve perto de 20 meses sem pôr os pés nas reuniões da Câmara, a saída de cena devia ser mais discreta e pautada pela coerência.


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Pina Prata

Coimbra

Apoiantes esperançados num resultado mais favorável

Carlos Encarnação iguala Manuel Machado

B.O.

O nervosismo miudinho e confiança dominavam o ambiente na sede da candidatura independente liderada por Pina Prata, na noite de domingo. Após uma campanha a medir o pulso e a ouvir os desabafos dos conimbricenses, a equipa estava moralizada. O desencanto com a governação autárquica parecia ser aliado suficiente para fazer projectar a candidatura do vereador desavindo com o presidente da edilidade, Carlos Encarnação. A bondade das propostas avançadas e o crédito de algumas das figuras de proa da lista eram outras das razões apontadas para o sucesso da candidatura independente. Não havia festa, nem roer de unhas à vista de-

sarmada, mas a expectativa era grande. Estava estampada nos rostos dos correligionários e simpatizantes do projecto, que com o passar das horas, convergiram para a sede da campanha “Agora Sim”, na avenida de Fernão de Magalhães. Aquela era uma noite decisiva. A hora da verdade. Na ânsia de saber os resultados, um pequeno grupo acaba mesmo por apossar-se do computador da assessora de Imprensa, acompanhando o apuramento das votações em tempo real. A esperança de eleger o cabeça-de-lista no escrutínio para o município residia sobretudo nas freguesias urbanas, cujos resultados, devido ao elevado número de eleitores, reme-

teram, naturalmente, qualquer reacção para o final da noite. Quanto mais o tempo passava, mais a comitiva se manifestava confiante na expectativa de eleger pelo menos um deputado à Câmara de Coimbra, calculando percentagens tendo em conta os resultados apurados e a sua proporção relativamente a outras listas minoritárias. Ainda os apoiantes de Pina Prata mantinham acesa a esperança, já o mentor do projecto dava a mão à palmatória, felicitando Carlos Encarnação por conquistar o terceiro mandato autárquico. Só largos minutos depois surgiu a confirmação de que o primeiro nome proposto pela lista à Assembleia Municipal, Rodri-

go Santiago, garantira o mandato. Perante a não penalização da gestão de Carlos Encarnação por parte dos cidadãos, alguns elementos da lista manifestaram-se entristecidos, afirmando que os resultados acabaram até por fortalecer a estratégia autárquica do social-democrata. Após entrar em rota de colisão com Carlos Encarnação e propor-se liderar uma lista alternativa à liderança da autarquia, Pina Prata foi expulso do PSD, congregando à sua volta outras figuras ligadas ao partido social-democrata. O projecto independente concorreu apenas à autarquia e à Assembleia Municipal, não apresentando qualquer proposta para as Juntas de Freguesia do concelho.

Repete-se o cenário de 2002/05

Coligação “Por Coimbra” sem maioria na Assembleia A coligação “Por Coimbra” é detentora de 30 dos 64 assentos da Assembleia Municipal (AM). Prevalece, assim, o cenário registado por ocasião do primeiro mandato do actual presidente da Câmara (2002/05). Catorze mandatos correspondem à eleição directa daquele órgão fiscalizador da Câmara Municipal e 16 são inerentes às presidências de outras tantas juntas de freguesias. No quadriénio 2006/ 09, a coligação formada pelo PSD, CDS/PP e PPM desfrutou de metade dos assentos da AM, situação que lhe conferia vantagem tangencial devido ao voto de qualidade de Manuel Porto. A coligação de Centro-Direita perdeu a liderança da Junta de freguesia de Lamarosa para o PS e também conquistou menos um mandato na eleição directa dos membros da Assembleia Municipal.

O Partido Socialista usufrui de mais dois assentos, a CDU perdeu um (tendo mantido a liderança em cinco juntas de freguesias), o Bloco de Esquerda manteve os dois mandatos que possuía e o advogado Rodrigo Santiago (associado à candidatura de Pina Prata à Câmara) ingressa pela primeira vez na Assembleia Municipal. A distribuição dos assentos na AM confere 30 à coligação “Por Coimbra”, 22 ao PS, nove à CDU e dois ao Bloco. A coligação de Centro-Direita manteve as presidências das seguintes juntas: Santo António dos Olivais, São Martinho do Bispo, São Martinho de Árvore, Taveiro, Trouxemil, Souselas, Torre de Vilela, São Paulo de Frades, Eiras, Antanhol, Almalaguês, Ceira, Santa Clara, Santa Cruz, Sé Nova e Almedina. O PS juntou à de Lamarosa as que já detinha (São Silvestre, Arzila, Ri-

beira de Frades, Antuzede, Vil de Matos, Botão, Brasfemes, São Bartolomeu e Assafarge). A CDU manteve as presidências das juntas de Ameal, São João do Campo, Cernache, Castelo Viegas e Torres do Mondego. Nos actos eleitorais de 2001 e 2005, o PS, sob a liderança de Luís Vilar, perdeu 60 por cento das presidências de juntas de freguesias de Coimbra conquistadas em 1997. Com Manuel Machado na liderança da Câmara, a partir de 1990, o Partido Socialista desfrutou de 23 presidências de juntas no quadriénio 1998/ 2001. Membros da AM

São 33 os autarcas eleitos, de forma directa, para a Assembleia Municipal de Coimbra (onde também têm assento os presidentes das 31 juntas de freguesias do concelho). “Por Coimbra”: Ma-

nuel Porto, António Maló de Abreu, Anabela Ponces, Carlos Nunes da Silva, Miguel Pignatelli Queiroz, Helena Moura Ramos, Vasco da Cunha, Moisés Geraldes Silva, Olinda Rio, Filipe Vítor, Paulo Almeida, Joana Martins, Miguel Fonseca e João Francisco Campos. PS: Helena Freitas, Luís Marinho, Paulo Penedos, Isabel Vargues, Jorge Lemos, José Manuel Ferreira da Silva, José Silva, Milene Cunha, André Oliveira, Mário Carvalho, Maria do Céu Fialho e Carlos Pinto. CDU: Fernando Martinho, João Pinto Ângelo, Isabel Fonseca e Isabel Pimenta e Melo Bloco de Esquerda: Serafim Duarte e José João Lucas. O advogado Rodrigo Santiago, cuja candidatura estava associada à de Pina Prata, é um dos novos rostos do órgão fiscalizador da Câmara de Coimbra.

Carlos Encarnação (PSD) acaba de igualar Manuel Machado (PS) no número de mandatos (três) na presidência da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). A proeza de Machado correspondeu a três quadriénios consecutivos (1990/93, 1993/97 e 1997/2001) e a de Encarnação, permitindo-lhe governar o município conimbricense entre 2002 e 2103, está no patamar do ex-autarca socialista. Carlos Encarnação perfilara-se, pela primeira vez, em 1982, para a liderança, mas perdeu, na altura, perante Fernando Mendes Silva (independente eleito pelo PS). Realizados 10 actos eleitorais para a Câmara de Coimbra, Partido Socialista e PSD (coligado com o CDS e com o PPM) repartem o número de triunfos. Álvaro Maia Seco (independente proposto pelo PS) averbou mais 4 375 sufrágios do que os alcançados, há quatro anos, por Victor Baptista. É compreensível que o Partido Socialista esperasse a obtenção de melhor resultado por parte da candidatura independente encabeçada por Horácio Pina Prata (3 282

votos); se prevalecesse esse cenário, a lista do PS aproximar-se-ia da de Carlos Encarnação. Mas ainda que Pina Prata tivesse duplicado a votação (e fosse eleito vereador), o prefeito não seria apeado por Maia Seco. A CDU perdeu mais de 2 000 votos, comparativamente a 2005, mas nem por isso deixou de fazer eleger um vereador, Francisco Queirós, que sucede a Jorge Gouveia Monteiro. O crescimento eleitoral do Bloco de Esquerda ficouse pelo meio milhar de sufrágios (insuficiente para assegurar o ingresso de Catarina Martins na vereação). Composição da CMC

Presidido por Carlos Encarnação, o próximo executivo camarário conimbricense terá como vereadores João Paulo Barbosa de Melo, Maria José Azevedo Santos, Paulo Leitão e Maria João Castelo-Branco (social-democratas), Luís Providência (CDS/PP), os socialistas Maia Seco, Fernanda Maçãs, António Vilhena e Carlos Cidade e o comunista Francisco Queirós.

PS/Coimbra

Concelhia sob a mira de Cidade e Santarino Carlos Cidade e Luís Santarino estão a movimentar-se no sentido de se perfilarem para suceder a Henrique Fernandes na presidência da Comissão Concelhia do PS/Coimbra, soube o “Campeão”. Eleito, domingo, para a vereação da praça de 08 de Maio, Carlos Cidade disputou, há ano e meio, com Henrique Fernandes, a liderança local do PS. Por outro lado, fontes partidárias opinam que a iniciativa de Luís Santarino poderá consistir numa forma de “arranjar espaço” para outro potencial candidato. Em declarações ao “Campeão”, o ex-autarca assinalou não estar “a correr” por quem quer que seja. “Se a grande maioria dos socialistas acreditar nas propostas que poderei fazer-lhes, então, nesse caso, e só nesse caso, estarei para

liderar a Concelhia”, precisou. Crítico do desempenho do seu camarada Fernandes, Santarino tinha-se insurgido contra a composição das listas do seu partido para a Câmara e para a Assembleia Municipal. Por outro lado, o futuro vereador eleito enviou, segunda-feira, a dezenas de camaradas, uma mensagem destinada a agradecer-lhes “o esforço” exigido pela recente campanha eleitoral e a louvar “quantos foram à luta, dignificando o PS e as suas causas e valores”. Neste contexto, Cidade estranha que “outros desistam”. “Há projectos por concretizar e, como não devemos desistir, contem comigo, como sempre, e eu conto convosco”, acentua.


FIGURAS E FACTOS

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A S C E N S O R A

S U B I R

António Costa – Conseguiu conquistar a maioria absoluta na Câmara de Lisboa e na Assembleia Municipal, um resultado que muitos julgaram impossível de atingir mas que ganha particular relevo tendo em conta que o PS só conseguiu tal feito, sem coligação, em 1976 e em 2007, em condições excepcionais, motivadas por uma divisão de votos do PSD. Em nome da pluralidade, mas sabendo de antemão que isso o poderia beneficiar nas urnas, António Costa abriu a sua lista a Helena Roseta e a José Sá Fernandes, obtendo daqui dividendos consubstanciados sob a forma de votos, que de outra forma dificilmente conseguiria. Macário Correia – Por um voto se ganha, por um voto se perde. Em Faro, uma escassa margem de cento e trinta votos valeu a Macário Correia, candidato da coligação PSD/ CDS-PP, a vitória sobre o candidato independente José Apolinário, que tinha ganho as últimas eleições autárquicas a José Vitorino, do PSD, por cerca de mil votos. Rui Rio – Na Invicta, segue vitorioso o candidato do PSD. Rui Rio não só conquista a maioria absoluta na Câmara Municipal do Porto, como obtém um resultado superior ao das anteriores eleições. A

D E S C E R

José Mota – O PSD conquistou a Câmara de Espinho, infligindo uma derrota difícil de digerir ao sindicalista José Mota, que há 16 anos presidia aos destinos da edilidade pelo PS. O povo é soberano. No rescaldo dos resultados do último domingo, há quem arrisque que o volte-face eleitoral é sintomático do voto de penalização a algumas decisões do autarca, relacionadas com planeamento territorial. Fátima Felgueiras – O facto de ter sido absolvida no mediático processo em que foi arguida e de ter avançado com uma candidatura independente à Câmara Municipal de Felgueiras não foi suficiente para a salvar do castigo popular. Terá o eleitorado acusado a falta de paciência para os episódios mediáticos da candidata? Provavelmente, uma vez que nas urnas, Fátima não foi além de 25 por cento de votos. Isabel Damasceno – A derrota do PSD em Leiria, bastião social-democrata, ultrapassa o mero resultado eleitoral. A candidata propunha-se renovar o mandato, contudo, foi o candidato do PS, Raul Castro, quem, à terceira tentativa, conseguiu conquistar a autarquia. Clivagens dentro da estrutura partidária e a falta de apoio do presidente da Comissão Concelhia são apontadas como justificações para que Damasceno não tenha conseguido atingir o objectivo e tenha permitido ao PS alcançar em Leiria um resultado sem precedentes. Manuela Ferreira Leite – Menos mandatos e menos votos, a nível nacional, traduzem-se na perda de pujança do PSD. Apesar de manterem mais autarquias do que os socialistas, os social-democratas desbarataram uma oportunidade para se afirmarem. Perante este cenário, agravado pelo facto de 27 autarquias terem mudado de mãos para o PS, Manuela Ferreira Leite é uma líder a prazo e a perder capital de liderança a cada dia que passa. Valentim Loureiro – O major ganhou apenas meia batalha, mas o resultado permite-lhe continuar no terreno. Valentim Loureiro mantém a presidência da Câmara mas perde a maioria absoluta, folgadamente conquistada há quatro anos. Candidato independente de Gondomar e aparentemente preparado para novos confrontos políticos, Valentim manteve o tom belicista no discurso de vitória. PUBLICIDADE

Seabra Santos A Universidade de Coimbra (UC) foi considerada, pelo quarto ano consecutivo, a melhor instituição de ensino superior portuguesa no ranking do jornal britânico “The Times”, que elege a Universidade de Harvard (EUA) como a melhor do mundo. A UC, que tem Seabra Santos como reitor, subiu do 387.º para o 366.º lugar a nível mundial, e de 169.º para 166.ª a nível europeu, sendo considerada como a terceira melhor universidade do espaço lusófono (a seguir às de São Paulo e de Campinas, ambas no Brasil) e a sexta melhor da Península Ibérica. A UC é também a única portuguesa referenciada em três dos rankings por área científica: Tecnologia (230.º lugar), Ciências Sociais (231.º) e Ciências Naturais (239.º). A melhor classificação parcial obtida pela Universidade de Coimbra é, porém, na área de Artes e Humanidades, em que surge no 143.º lugar. Os critérios para a elaboração do ranking são bastante abrangentes, tendo em conta a qualidade da investigação, a empregabilidade dos graduados, a internacionalização das instituições e a qualidade pedagógica dos cursos.

Walter de Sousa Medeiros, Américo da Costa Ramalho e Maria Helena da Rocha Pereira – Com o mote “Três Pessoas, Três Mestres, Três Caminhos”, o Rotary Club de Coimbra homenageou, como Profissionais do Ano, Walter de Sousa Medeiros, Américo da Costa Ramalho e Maria Helena da Rocha Pereira (na foto) – três professores e investigadores que no mester da sua profissão honraram a Universidade e a cidade, marcaram muitos alunos, abriram novos caminhos nos estudos com três novas linhas de investigação e contribuíram para a renovação e divulgação dos Estudos Clássicos. Os diplomas de Mérito Profissional foram entregues aos três nomeados “pelos valores humanos, pela alta craveira científica e cultural, pela sua estatura ética e cívica, pela doação e espírito de servir a comunidade”, que os “elevaram a verdadeiros paradigmas e figuras incontornáveis”, justificou José Ribeiro Ferreira, presidente do Rotary Club de Coimbra. Filipe Reis – Tomou ontem posse como admi-

nistrador dos Serviços da Presidência do Instituto Politécnico de Coimbra, sucedendo no cargo a Artur Furtado. Manuel Filipe Mateus dos Reis, 45 anos de idade, licenciado pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, é assistente no Instituto Superior de Contabilidade e Administração, tendo acumulado funções na Escola Superior de Educação. É vogal do Conselho Fiscal do Clube de Empresários de Coimbra e membro da Direcção da associação Agir pelos Animais. Evolução e guerra dos sexos – No ano em que se comemoram os 200 anos do nascimento de Darwin, o biólogo Paulo Gama Mota revela no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra os últimos avanços no estudo da selecção sexual. A sessão decorre hoje, pelas 15h00, com entrada gratuita. Secção de Filatelia da AAC premiada – A Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra (SFAAC) ganhou uma medalha de prata na exposição internacional Lubrapex 2009, realizada em Évora entre 2 e 11 de Outubro. A página web da secção, que pode ser visitada em http://filatelica. aac.uc.pt/, foi galardoada na categoria de literatura filatélica. Além do prémio da própria Secção, os sócios da mesma estiveram muito bem representados com

medalhas de ouro e prata, entre eles as colecções “Portugal Clássico - Emissões Borja Freire” e “D. Luis I Emissões de Relevo - Fita Curva e Fita Direita”, do sócio Alexandre Santos, que na classe Tradicional ocupou dois dos três primeiros lugares (2.º e 3.º). Realce ainda para a edição conjunta da SFAAC e do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, com o livro “A ideia de Europa nos selos portugueses”, dos filatelistas e investigadores João Rui Pita, Ana Isabel Martins e Isabel Maria Valente, que ganharam uma medalha de prata.

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po de Gaiteiros do Grupo Folclórico Camponeses do Mondego e, às 11h00, do Grupo Xipanepane, de Moçambique. De tarde, além dos passeios de burro e dos jogos tradicionais, actuará nas artérias da “Baixa”, a partir das 14h30, o Grupo de Bombos Eradense e, pelas 15h30, o Rancho Folclórico e Etnográfico Rosas do Mondego do Casal da Misarela.

Investigadores da FCTUC vencem competição – Um modelo computacional capaz de prever, com uma hora de antecedência, episódios de hipotensão arterial em doentes internados nos cuidados intensivos, desenvolvido pelos investigadores Jorge Henriques e Teresa Rocha, venceu uma competição científica internacional, promovida pela PhysioNet, organização do MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) que gere uma das maiores bases de dados clínicas do mundo para fins de investigação. Os investigadores da FCTUC desenvolveram o melhor algoritmo computacional para predição de episódios de hipotensão arterial. Em segundo lugar ficou um investigador da Universidade de Michigan, dos EUA, e em terceiro um investigador da Universidade Marquette Milwaukee, Wisconsin, também dos EUA.

Livro sobre protocolo – Um livro intitulado “Protocolo autárquico”, da autoria do vereador Lídio Lopes, irá ser lançado na próxima semana. O primeiro acto está previsto para segunda-feira (19), pelas 18h30, em Lisboa (na Alêtheia Editores, à rua do Século), e o segundo ocorrerá no dia seguinte, à mesma hora, na Figueira da Foz (no Sweet Atlantic Hotel & spa, sito na avenida de 25 de Abril, nº. 21). Segundo o autor, a obra consiste num indispensável instrumento de trabalho. Como linguagem universal, para além de código de conduta, assinala Lopes, o protocolo é um conjunto de preceitos e de formalidades a observar no relacionamento entre entidades. Vereador cessante da Câmara Municipal da Figueira da Foz, Lídio Lopes preside à Sociedade Portuguesa de Protocolo Cerimonial.

Exposição de espantalhos – Coimbra volta a acolher, pelo sexto ano consecutivo, e fruto de uma organização do Departamento de Cultura da Câmara Municipal, a Exposição Colectiva de Espantalhos, iniciativa que decorrerá sábado, entre as 10h00 e as 17h30, na Praça do Comércio. A mosta servirá, ainda, de cenário à entrega da Medalha de Mérito Cultural, às 11h00, ao Grupo Folclórico Ceifeiros da Corujeira, criado em 1977 e o quarto mais antigo do concelho de Coimbra. A exposição inclui, a partir das 10h30, a actuação do Gru-

Torneio de golfe da Góis – A Góis Joalheiro promoveu, sábado, no campo da Curia, o “HM Golf Trophy”, que contou com mais de três dezenas de participantes. A prova foi ganha por Francisco Ferrer, do clube da Quinta do Fojo, ficando em segundo lugar António Pinho Figueiredo (Quinta das Lágrimas) e em terceiro Cristóvão André Rocha (clube do Centro). O quarto classificado foi Arsénio Almeida (Centro) e o quinto Carlos Santos (Viseu). Registe-se a participação de uma mulher, Lilia Alves Martins, do clube do Centro.


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Falta eleger directores da FCTUC e de Farmácia

José Reis é o novo director da Faculdade de Economia José Reis, antigo secretário de Estado do Ensino Superior (1999-2001) e candidato a reitor da Universidade de Coimbra (UC) em 2003, é o novo director da Faculdade de Economia da UC (FEUC). O também antigo presidente da Comissão de Coordenação da Região Centro (1996-1999) e presidente do Conselho Científico da

FEUC (1992-1994 e 20022004), era candidato único, tendo sido eleito com 13 votos a favor e dois em branco. Por eleger estão os directores das faculdades de Ciências e Tecnologia e de Farmácia. No primeiro caso, o único candidato assumido até ao momento é o actual presidente do Conselho Directivo, João Gabriel, e em Far-

mácia perfila-se o catedrático Adriano Barbosa de Sousa. Numa e noutra faculdade, não há ainda data marcada para a eleição. Até ao momento, tomaram posse no cargo de directores das respectivas faculdades, os catedráticos António dos Santos Justo (Direito), Manuel Amaro Rosa (Medicina), Carlos André (Letras), Maria Luís Morga-

do (Psicologia e Ciências da Educação) e José Pedro Leitão Ferreira (Ciências do Desporto e Educação Física). Os directores das faculdades, eleitos pelas assembleias de faculdade, são também, de acordo com os actuais Estatutos da Universidade de Coimbra, presidentes do Conselho Científico e do Conselho Pedagógico.

Livre-se das dores nas articulações

DR.ª INÊS VEIGA FARMACÊUTICA

À medida que envelhecemos, a cartilagem das articulações começa lentamente a degradar, causando dor e dificultando os movimentos. Investigadores descobriram que existe uma forma de reverter este processo, estimulando os processos biológicos responsáveis pela reparação da cartilagem. Uma parte do processo de envelhecimento envolve a deterioração sistemática do revestimento cartilagíneo que protege as articulações e evita que os ossos friccionem um contra o outro. Quando a erosão do tecido cartilagíneo começa, instala-se dor e des-

conforto. Existe uma forma de evitar que isto aconteça, ou pelo menos de limitar os danos. Investigadores conseguiram extrair do marisco algumas substâncias capazes de, segundo estudos clínicos, prevenirem a perda progressiva de cartilagem e até reparar uma parte da cartilagem já danificada. Até recentemente, o sulfato de glucosamina, nome pelo qual o extracto de marisco é conhecido, era desconhecido pelo público. Hoje, a maioria das pessoas com osteoartrose (nome clínico da doença degenerativa que afecta as articulações) estão familiarizadas com os benefícios desta substância que se encontra disponível em farmácias. Não reduz apenas a dor mas estimula os processos biológicos envolvidos na manutenção e reparação da cartilagem articular, permitindo a reconstrução do tecido danificado. Pode substituir o tratamento convencional A terapêutica utilizada na osteoartrose passa normalmente por analgésicos ou ibuprofeno, além de outros antiinflamatórios não esteróides (AINE), sendo a cirurgia de substituição por prótese articular a última opção. No entanto, a descoberta do sulfato de glucosamina oferece aos reumatologistas e outros médicos uma nova alternativa que tem os mesmos benefícios dos fármacos sintéticos mas sem efeitos secundários. Os estudos com sulfato de glucosamina (e já existem bastantes neste momento) documentam que a sua capacidade de reduzir a dor articular é tão, e por vezes até mais, eficaz quanto os AINE. Estes estudos documentam também a capacidade de melhorar a mobilidade articular ao fim de 8 a 12 semanas de tratamento. Adicionalmente, é o único tratamento capaz de travar a progressão da osteoartrose. Um “bloco de construção” biológico A função principal da glucosamina no organismo é participar no fabrico de glucosaminoglicanos (GAGs) que mantêm o funcionamento saudável do tecido articular. Também conhecidos

como mucopolissacáridos, os GAGs são cadeias complexas de carboidratos que formam a estrutura da cartilagem, tendões e liquido sinovial. Promovem a saúde das articulações e são essenciais para a sua reparação e regeneração. Uma vez que a glucosamina é o bloco de construção dos GAGs, a sua presença é essencial na manutenção de uma cartilagem saudável. Sem sulfato não há efeito A glucosamina encontra-se comercialmente disponível sob 3 formas: cloridrato de glucosamina (HCl), sulfato de glucosamina e N-acetilglucosamina. A única forma que demonstrou ter efeitos fiáveis foi o sulfato de glucosamina. A explicação é a seguinte: a glucosamina necessita do grupo sulfato (que contém enxofre) para funcionar. Sulfato de condroitina para mais benefícios Outra substâncias natural é o sulfato de condroitina. Tipicamente extraída da cartilagem de tubarão ou bovina, a condroitina também participa na construção da cartilagem pois é necessária na síntese de GAGs, que formam o tecido conectivo e a cartilagem articular. Estudos mostram que os efeitos do sulfato de condroitina são sentidos ao fim de 8 a 16 semanas. Quando tomado em combinação com o sulfato de glucosamina, é possível observar mais benefícios. A combinação de sulfato de glucosamina e sulfato de condroitina encontra-se disponível em farmácias.


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Corporação festeja 83 anos, sábado e domingo

Crianças vão sentir-se bombeiros por uma hora Ser bombeiro quando for grande é o sonho de muita criança, mais dos meninos do que das meninas, ainda que estas, hoje, também tenham bons exemplos a seguir, como é o caso da corporação dos Bombeiros Voluntários da Pampilhosa, na qual prestam serviço três dezenas de mulheres. I.C.

Se pensarmos no fascínio que a actividade de bombeiro exerce nos mais novos, os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa (Mealhada) vão proporcionar às crianças das escolas da freguesia uma volta inesquecível pela vila, a bordo das diversas viaturas da corporação. O desfile, marcado para este sábado, dia 17, às 15h00, é uma das iniciativas que assinala a comemoração dos 83 anos da Associação Humanitária, e culmina com um lanche no quartel. No domingo, a festa

de aniversário prossegue com o hastear das bandeiras, às 9h00, seguido de uma romagem aos cemitérios em homenagem aos directores e bombeiros falecidos. Por volta das 11h00, há beberete para todos os convidados. Uma das particularidades desta corporação é o facto de ter no seu corpo activo três dezenas de mulheres, prontas para todo o tipo de missão, seja combate a incêndios, prestação de primeiros socorros e outras para as quais os bombeiros são chamados Entre estas mulheres, destacamos Paula Ramos, que aos 18 anos de idade escolheu seguir as pisadas do pai (já falecido) como bombeira. Ela é exemplo de alguém que ainda muito jovem sonhou vestir a farda da corporação que tão abnegadamente via trabalhar em prol da comunidade. Singrou na escolha e aos 35 anos tem responsabilidades acrescidas como segundo comandante. Pensa que há um “espírito de grande camaradagem e de entreajuda” entre os homens e as mu-

lheres operacionais, e que, independentemente do género, todos cumprem as missões. A existência de mulheres nas várias corporações de bombeiros é um facto que assinala com naturalidade, como algo perfeitamente integrado no dia-adia. Paula Ramos não sabe dizer se esta será ou não a corporação com mais mulheres. A sua experiência profissional no distrito de Aveiro, ao ser viço do CODU, diz-lhe que naquela zona do país há “muita mulher bombeira”. Mulheres ao comando é que não haverá muitas e isso não deixa de ser um aspecto digno de relevo. O primeiro comandante é Faustino Agante Pinho dos Santos e a direcção da Associação Humanitária é, actualmente, presidida por Rogério Vieira da Silva.

D.R.

Brincar aos bombeiros é algo que atravessa gerações, como documenta esta foto extraída do livro que assinalou os 75 anos da corporação D.R.

D.R.

D.R.

O actual quartel, inaugurado em 2000, tem um pavilhão, um campo desportivo e um café

Evolução

O segundo quartel, em 1940

Foto Nogueira Fotografia e DVD em Digital

os Congratula os Bombeiros Voluntári rio da Pampilhosa pelo seu 83.º Aniversá 26785

A Freguesia do Botão congratula os Bombeiros Voluntários da Pampilhosa pela passagem do seu 83.º Aniversário

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Telef./Fax: 231 949 464 - Telem.: 914 220 074/ 914 972 190 C.C. do Mercado Municipal, Loja 7 - 3050-445 Pampilhosa foto.nogueira@hotmail.com

dada a conhecer a história dos bombeiros da Pampilhosa, ilustrada com fotos dos primeiros corpos de voluntários, dirigentes, algum equipamento e os edifícios que lhe deram guarida. A assinalar a evolução, nomeadamente ao nível das instalações, publicamos a título de curiosidade as fotos dos três quartéis que testemunharam a história desta abnegada corporação, de homens e mulheres norteados pelo lema “Vida Por Vida”. PUBLICIDADE

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O primeiro quartel dos Bombeiros da Pampilhosa teve instalações cedidas por Joaquim Cruz, em 1930

A publicação de um livro assinalou em 2001 as “bodas de diamante” da instituição. Nessa publicação, da autoria de Alice Godinho Rodrigues, é-nos


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Banda irlandesa actua em Coimbra em 2010

Bilhetes para concerto dos U2 à venda a 17 de Outubro G. B.

Os bilhetes para o espectáculo dos U2 em Coimbra vão ser colocados à venda no próximo sábado, dia 17 de Outubro. Os cerca de 45 000 ingressos, com preços entre os 32 e os 125 euros, vão estar disponíveis em www.blueticket.pt, na rede multibanco, no Estádio Cidade de Coimbra e nos restantes locais habituais, que serão anunciados em breve pela produtora Ritmos e Blues (R&B). A venda dos bilhetes está limitada a oito unidades por pessoa. A banda irlandesa, que se encontra a promover o último álbum de originais, intitulado “No Line on the Horizon”, actua no Estádio Cidade de Coimbra a 2 de Outubro de 2010. A vinda do grupo liderado por Bono Vox a Portugal, no decorrer da digressão U2 360.º, é organizada pela Live Nation Global Touring, em parceria com a R&B, produtora que trouxe

ao mesmo espaço os concertos dos Rolling Stones e de George Michael. Os bilhetes mais caros custam 260 euros e, por questões de segurança, vão estar à venda apenas na Internet, em www.blueticket.com. Limitados a apenas 800 pessoas, estes ingressos permitem o acesso à “Red Zone”, uma área restrita localizada junto do palco. Em conferência de imprensa, Nuno Braamcamp, da R&B, afirmou a sua convicção de que este concerto, devido às características inovadoras do palco e do próprio espectáculo, será seguramente, “o maior de sempre em Portugal”. O concerto no Estádio Cidade de Coimbra será o quinto da banda em Portugal, depois de terem actuado no Festival Vilar de Mouros (1982), duas vezes no antigo Estádio de Alvalade (1993 e 1997) e, por último, em Alvalade XXI (2005), ocasião em que foram condecorados pelo Presidente

Feira decorre em Cantanhede

Oferta de 150 empregos e 340 cursos de formação De amanhã até domingo, na Praça Marquês de Marialva, em Cantanhede, realiza-se a Feira do Trabalho e Formação, com a presença de duas dezenas de empresas e instituições. Organizado pela Associação Empresarial de Cantanhede (AEC), o certame tem disponíveis 150 ofertas para trabalho em várias áreas (produtivas/administrativa), estágios, consultores, formadores, vendedores, etc. Na feira são também divulgados 340 cursos, desde formação modelar certificada, educação e formação de adultos com equivalências a 9.º e 12.º ano, cursos de educação e formação, até outras formações com atribuição de certificado de aptidão profissional (formação de formadores, técnico de higiene e segurança no trabalho). O objectivo desta feira é oferecer diversas iniciativas ligadas ao emprego e formação profissional, aproximando as entidades empregadoras e formadoras com ne-

cessidades de recrutamento de candidatos. O certame, que está aberto amanhã, das 19h00 às 22h00, e no sábado e no domingo das 15h00 às 22h00, conta com a presença dos gabinetes de inserção profissional de Cantanhede, Mealhada e Anadia; Câmara de Cantanhede; Associação Nacional de Jovens Empresários; ABC – Escola de Cabeleireiros; Competir – Formação e Serviços; Decisões e Soluções (Cantanhede); Escola Profissional de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Vagos; Escola Secundária de Cantanhede; Escola Técnico Profissional de Cantanhede; Exército; Fococonsultores – Formação e Consultoria Empresarial; Centro Interdisciplinar de Tecnologia Avançada; IPJ; Município de Mira; Oriflame; Profiforma – Consultoria e Formação Profissional; UIPSS – Curso EFA – Educação e Formação de Adultos; Vedior – Recursos Humanos.

da República, Jorge Sampaio. Formada em Dublin (Irlanda) em 1976, a banda é composta por Bono (vocalista e guitarrista), The Edge (guitarrista, pianista e backing vocal), Adam Clayton (baixista) e Larry Mullen Jr. (baterista e percussionista). PUBLICIDADE

Os bilhetes custam entre 32 e 260 euros, conforme os lugares no Estádio Cidade de Coimbra


EMPRESAS & NEGÓCIOS

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Localizada no Condomínio Zen, em Coimbra

Loja Míele é a nova aposta do grupo empresarial Matobra ABERTURA 2007 RAMO Comércio MORADA R Combatentes Grande Guerra 6-r/c, 3030-181 Coimbra CONTACTOS 239 241 151

Estúdio Míele Coimbra é a coqueluche do grupo empresarial Matobra. A nova loja está localizada no Condomínio Zen, numa zona de expansão da cidade, servida pela circular externa. No interior, o cliente é surpreendido com uma gama de soluções em cozinhas e electrodomésticos, funcionais e tecnologicamente avançados. Fruto de um relacionamento comercial de longa data com a marca alemã, a Matobra é agora Agente Certificado Míele (ACM), um estatuto, decorrente de uma nova estratégia de comercialização, adoptada em Julho pela Míele, que permite oferecer ao cliente a confiança de manter uma ligação muito próxima ao fabricante, desde o momento da compra até à assistência técnica, passando pela facturação e pela instalação dos equipamentos. Os produtos Míele são, há muito tempo, reconhecidos pela qualidade, inovação e funcionalidade, requisitos que muito têm contribuído

para o selo “Marca de Confiança”, que ostenta, e que podem, agora, ser comprovados no Estúdio Míele Coimbra. Abrir uma loja numa conjuntura de crise é na opinião de José Carlos Martins, presidente do Conselho de Administração da Matobra, um desafio próprio de empresário. Não quis esperar, preferiu avançar, no pressuposto de que “deve ser o mercado a procurar o cliente”. Para além de estar localizado numa zona de expansão da cidade, servida pela circular externa, e ter facilidade de estacionamento, o estabelecimento está inserido num condomínio de luxo – o Zen -, que assim o é também por estar equipado com cozinhas Míele; o melhor no melhor. O Estúdio Míele Coimbra abriu sem inauguração, sem champanhe ou outros floreados, mas, oportunamente será falado quando começar a promover acções de formação para clientes e utilizadores da marca, ou receber um conhecido chefe de cozinha, que fará uma demonstração dos equipamentos.

Soluções combinadas para quem quer gratinar, assar, saltear, entre muitas outras coisas

Rui Rodrigues mostra a António Leitão e a José Carlos Martins algumas das funcionalidades de uma cozinha Míele

Cabe a Carlos Paiva (responsável pela loja) e Fábio Oliveira acolherem os clientes e guiá-los pela diversificada gama de produtos Míele. As cozinhas, em módulos, podem ser projectadas à medida do espaço disponível, mais um aspecto positivo que permite adequar o sonho à realidade. O cliente escolhe os equipamentos e o orçamento é gratuito. Cozinhas funcionais q.b.

Na apresentação da loja à imprensa conimbricense, Rui Rodrigues, representante da Míele na Região Centro, falou das principais características dos equipamentos em exposição e do quanto a marca faz ponto de honra no que respeita à qualidade e inovação. Aparelhos intuitivos, que praticamente dispensam manual de instruções; gavetas e portas que se abrem e fecham com um simples toque; placas de indução, que ajudam a poupar energia e são seguras para as crianças; fornos para cozinhas muito pequenas e fornos para lau-

tas refeições; exaustores potentes e silenciosos; armários garrafeira e refrigeradores de vinhos, que garantem a acomodação dos vinhos no ambiente certo; máquina de café de encastrar com sistema de cápsulas Nespresso; máquinas de lavar roupa que doseiam o detergente consoante a necessidade da lavagem e aspiradores para quem sofre de alergias ou tem cães e gatos a vaguearem pela casa são apenas alguns dos predicados da nova geração de produtos Míele. Uma outra particularida-

de, vincada na decoração da loja (a cargo da Matobra), é a preocupação da marca em conjugar a cozinha com a sala de estar e de jantar; um conceito de globalidade adequado a casas modernas, dotadas de espaços abertos, funcionais e, simultaneamente, acolhedores. Para além dos móveis e eletrodomésticos, nas prateleiras da loja o cliente encontrará os consumíveis de que precisa para um correcto funcionamento e manutenção dos equipamentos, nomeadamente produtos de limpeza.

Empresas familiares À semelhança da Matobra, que é uma empresa que preza as suas raízes familiares, também a Míele continua nas mãos das famílias fundadoras: Míele e Zinkaan. Fundada em 1899, a empresa alemã centra a sua atenção na qualidade dos produtos, numa filosofia de investimento com efeito duradouro e na responsabilidade de todos os intervenientes na cadeia de produção, comercialização e assistência técnica. A título de curiosidade, e conforme é referido numa das brochuras de apresentação da empresa, nas primeiras máquinas de lavar roupa, os dois fundadores da Míele gravaram as duas palavras “Immer besser”, que querem dizer “sempre melhor”.

AIRV apoia criação de empresas inovadoras Apoiar a criação de empresas inovadoras é o que principal objectivo do Prémio Inovação e Empreendedorismo 2009, promovido pela Associação Empresarial da Região de Viseu (AIRV). Com candidaturas em aberto até 31 de Janeiro de 2010, a iniciativa vai premiar a melhor ideia

de negócio com 15 000 euros, a segunda com 5 000 e a terceira com 2 500. A competição está aberta aos cidadãos com mais de 18 anos que tenham por objectivo implementar um novo negócio ou desenvolver projectos diferentes em empresas constituídas há menos de

três anos. O apoio não é apenas monetário, uma vez que todos os projectos mais bem classificados vão beneficiar de apoio técnico, administrativo e de consultoria durante um ano. Os projectos vencedores têm também lugar garantido no Centro de Incubação de Empresas

da AIRV durante 12 meses e receberão ainda ajuda promocional por parte da associação, que se propõe assim a auxiliar os projectos em matéria de angariação de financiamento junto da banca e da comunidade empresarial. Através desta competição, a AIRV pretende, de

resto, potenciar e facilitar a criação de novas empresas com potencial inovador e diferenciador, que venham a contribuir positivamente para a actividade empresarial, científica e tecnológica da região de Viseu. O formulário para as candidaturas estão disponíveis online em www.airv.pt.

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B R E V E S

ViagensMondego prepara visita à Índia A agência Viagens Mondego está a preparar uma viagem de dez dias à Índia. De 31 de Outubro a 9 de Novembro, a agência propõe um percurso pelos principais marcos da história e enigmas daquele país oriental. A viagem prevê a visita a Delhi, Sikandra Agra, Gwalior, Fatehpur Sikri, Jaipur, Amber e Samode, entre outros locais. Entre os monumentos de interesse turístico incluemse o Qutub Minar, o Forte de Agra, o Forte Vermelho, o Forte de Gwalior, o templo SasBahu, o Gujrai Mahal, o Palácio e Museu Jai Vilas, o grandioso Taj Mahal, o Palácio de Jaipur, o Observatório Astronómico, o Palácio dos Ventos e o Palácio de Samode. Na modalidade de pensão completa, a viagem inclui avião, circuito de autocarro, acompanhamento por um responsável da agência e visitas com guia local.

Ramos Catarino Espanha parceira da Petro Continental A Ramos Catarino Espanha, empresa do grupo de engenharia e construção Catarino, conseguiu nova obra de dimensão considerável: a reabilitação de um centro de armazenagem e distribuição de combustíveis da Petro Continental, empresa distribuidora de combustívei. Localizada na capital madrilena, a obra engloba trabalhos de construção civil e instalações mecânicas e deverá ser executada no prazo de apenas dois meses. A Ramos Catarino Espanha já construiu mais de 150 estações e áreas de serviço para petrolíferas como GALP, CEPSA, REPSOL, BP, SHELL, TOTAL, AGIP e ESSO, o que coloca a empresa do grupo de Febres uma das maiores especialistas no sector das estações de serviço e distribuição de combustíveis. A conquista sucessiva de obras em Espanha permitiu à empresa registar um volume de negócios na ordem dos 70 milhões de euros em 2008. Os excelentes resultados alcançados permitem à empresa encarar 2009 com optimismo, sendo que a estimativa é aumentar o volume de facturação para os 5 milhões de euros. O Grupo Catarino, um dos grupos empresariais mais dinâmicos da região Centro, conta com 60 anos de experiência e integra um conjunto de 16 pequenas e médias empresas com actividades em áreas tão diversas como a construção, decoração de interiores, imobiliário, floresta e paisagismo, indústria, hotelaria, consultadoria e trading, ourivesaria e joalharia.


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OPINIÃO

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“Prata da casa”! “Tudo (quase) como antes”. Era o entendimento generalizado – após o conhecimento dos resultados eleitorais autárquicos – de muitos cidadãos. “De gente simples cá do nosso bairro”! Do anónimo eleitor. Atento e interessado. Abdicamos de apresentar os números resultantes do acto eleitoral em apreço, dado ser do conhecimento de todos. E, seria exaustivo, pois teríamos de apresentar um “rol sem fim”. Como frisámos na pretérita semana, neste espaço, as eleições “locais” são as mais “genuínas”. Por ser notória a “cumplicidade” e maior proximidade entre candidatos e eleitores. “Visitámos” – se bem que discreta e apressadamente – alguns concelhos do norte e centro do país, naquela”longa” noite. Se-

des de campanha “apinhadas” de pessoas (onde “residia” a vitória) contrastavam com um “vazio tétrico” (onde “campeava” a derrota). “Normal”! Expressão usada assiduamente por um amigo do norte, que “joga noutro campeonato”. Todos “ganharam” ! Como sempre, neste tipo de eleições, em particular, dada as inúmeras “leituras” que se podem fazer. Contudo, temos para nós, que o partido socialista foi o mais ganhador. Não só obteve o maior número de votos, como diminui o “fosso” em relação aos social democratas, no que concerne ao número de municípios. Contudo, os de “laranja” continuam a “dominar” no mundo autárquico. Por margem curta. Diríamos que nos encontramos (quase) perante a versão autárquica do

“mapa cor-de-rosa… e laranja” . Mas… nem todos ganharam! Houve, salvo respeitável opinião, um claro derrotado. O Bloco de Esquerda! Que nos perdoe o “nosso” – eleito, recentemente – deputado José Pureza. Que respeitamos e reconhecemos a sua elevada estatura moral. Docente renomado. Inteligente. Será, de certo, um excelente deputado. Contudo, 3,02% em votos? Não tem, de facto, implantação nacional. “Parece” (e em política…) um partido vocacionado ao “voto de protesto” . Para não sermos mais cáusticos – e com respeito pelos seus militantes e dirigentes – não poderá ser tido como o “partido de Louçã”. Como ouvimos – da parte de alguns – após o “desfecho” eleitoral. Que não subscrevemos! De

todo! “Conservar” a única autarquia conquistada há quatro anos, … “é curto”! Nota a salientar, foi a “queda” de 25 autarcas, apelidados de “dinossauros”. Que segundo a Lei n.º 46/2005 podem ser “sufragados” nas próximas eleições de 2013. Acresce referir que dos actuais 308 presidentes de Câmara, apenas se poderão recandidatar 142 em 2013. Mas, pese o Partido Social Democrata manter o maior número de Câmaras, não se vislumbra “bonança”. Sinais já os houve. De certo, pese o interesse “desinteressado”(?) de Marcelo Rebelo de Sousa ao defender que a actual direcção deva cumprir o seu mandato, pelo que nos “habituou” o PSD… Não é partido para “jogar” para o 2.º lugar. Entendemos MRS. Como

Pedro Sousa Lopes

Belém “fechou” as portas… seria na sua opinião, (porque não classificar de estratégia), que as futuras eleições no PSD não se realizem brevemente. Existe, ao que nos chegou, alguma “comichão”. Sabemos bem que o partido “laranja” é um partido de poder. Do qual está arredado há anos. Não acreditamos que a actual se mantenha. O tempo se encarregará de dar-nos ou não razão. Um Conselho Nacional será agendado. Pelo que foi afirmado. Vere-

mos… Aos autarcas reeleitos (a maioria) ou “debutantes” , que cumpram com zelo e dedicação o que prometeram ao eleitorado. Aos que irão cumprir o seu último mandato – por força da lei – o desempenhem a justificar a confiança dos seus munícipes. Aos munícipes e “oposições” cumpre “vigiar” e o estrito e cabal exercício dos eleitos. REGISTO: O Nobel da Paz atribuído a Barack Obama.

Desabafo do dia

Na cidade do conhecimento falta humanitarismo Há pouco [quinta-feira, dia 8], vinha eu a sair da Loja do Cidadão de Coimbra quando me deparo com num homem estendido numas escadas. Sigo em frente, mas a consciência não me deixa seguir muito mais. Sem telemóvel, para ligar ao 112, vou bater à porta da AMI – Assistência Médica Internacional, a poucos metros do local, no Terreiro da Erva, em busca de auxílio. Sou atendida por um senhor, simpático no trato, mas pouco consequente na acção. Diz-me que por ser hora de almoço não se encontra nenhuma das doutoras e que não está autorizado a usar o telefone. “Ordens, são ordens”, penso e viro-me para outro lado com um “isto não é normal” a darme a volta à cabeça. Volto ao Bota Abaixo, aonde permanece o homem, estendido nas esca-

FICHA TÉCNICA EDIÇÃO COIMBRA www.campeaoprovincias.com

das. Dá para ver que era novo, talvez na casa dos 30/40, respira, mas tem as mãos inchadas e as calças molhadas. Urinara-se,

muito provavelmente. Pergunto a uns senhores se o conhecem. Dizem-me logo que não. Um deles tem a coragem de

Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497

dizer que ele já ali estava “há uma data de tempo”. Peço ao homem da mercearia que deixe ligar ao 112, mas ele encaminhame para o vizinho do lado, “O Manel”. Digo-lhe que a chamada é gratuita, mas, tal como eu, ele podia não ter telefone. No restaurante, sou atendida, finalmente. A senhora ainda vai às escadas ver o que se passa ou se conhece a pessoa, e regressa ao estabelecimento, directa ao telefone, para pedir uma ambulância. Ao verem-me parada no local, à frente do homem caído, outros cidadãos vão-se juntando, perguntando e dizendo que “é normal”, que “é mais um que se meteu no vinho”, que “aquilo incha, desincha e passa”, entre outras coisas que tais; ressalvo aqui uma ou outra excepção. A ambulância chega e

IOLANDA CHAVES

o homem é assistido por um jovem, enfermeiro, médico, socorrista, seja o que for, que cumpre o seu papel, com a ajuda de outros dois profissionais, e segue caminho já com o “Sr. Amaral” a bordo, amparado. Chocou-me a indiferença de quem passa. Eu própria, segui em frente, não parei logo. Valeu-me um peso na consciência que não me deixou prosseguir; acabara de passar por um ser humano estendido numas escadas a precisar de auxílio! Este caso passou-se numa semana em que ci-

dadãos, agrupados nos seus credos políticos, se batiam pela gestão do concelho e das respectivas freguesias, e todos os outros ponderavam e reflectiam sobre qual a melhor proposta a sufrágio para o progresso da cidade. Não seria de todo impensável continuarmos a reflectir também acerca da nossa vivência em comunidade. Sendo o conhecimento coisa de humanos, sendo Coimbra a cidade que se quer capital do conhecimento, da saúde e de outros epítetos que tais, haja mais humanitarismo.

750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares


OPINIÃO

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A redenção dos anjos É suficientemente conhecida a minha profunda divergência quanto ao que tem sido a gestão municipal do dr. Carlos Encarnação. Tenho-a expressado, repetidamente, e mantenho a opinião de que Coimbra foi mal servida nestes oito anos. Contudo, o dr. Carlos Encarnação voltou a ser escolhido, democraticamente, pelos seus concidadãos, para mais um mandato autárquico e, por isso, devo-lhe antes de mais uma palavra de parabéns e os votos de seja capaz, com a acrisolada expressão de amor que espalhou, de dar a Coimbra aquilo que ela merece e precisa. Afinal de contas, os cidadãos de Coimbra entenderam que perante os candidatos, as equipas e os programas que se apresentaram a sufrágio o dr. Carlos Encarnação protagonizava a melhor solução e isso deve merecer o maior respeito de todos. Também são bem conhecidas as minhas divergências com alguns dirigentes locais do meu partido – o PS –, nomeadamente com o presidente da Federação, Victor Baptista. São divergências quan-

Federação do PS/Coimbra precisa de um SUV

JOÃO SILVA

to à forma de estar e de fazer política, as quais considero não serem consentâneas com a História, os valores e os princípios do PS/Coimbra. Mas o Partido Socialista teve uma vitória significativa no distrito de Coimbra e o presidente da Federação, quer se queira quer não, teve responsabilidades nesse triunfo e, por isso, também merece os parabéns e os votos de que seja capaz de acrescentar PS ao PS/Coimbra e dar-lhe, de igual modo, o que ele merece e precisa. Digamos que, por estes dias, houve em Coimbra a redenção de dois anjos. Um do PSD, que salvou a honra do convento partidário dando-lhe a vitória salvífica na capital do distrito, outro do PS, que não ganhando a Câmara de Coimbra – por razões que deverá ponderar seriamen-

T R I B U N A

D O

te – arrebatou importantes câmaras ao PSD. No meio de tudo isto, o único que não terá redenção possível serei, porventura, eu próprio, porque não me conformarei com o silêncio hipócrita ou a bajulação de que os vencedores são normalmente alvo e porque sendo um cidadão que gosta da sua cidade e do seu partido entende, nesta miríade de novos direitos, que tem o direito de expressão sobre tudo o que aqui se passa. Aliás, desfeita a ideia de que no nosso país não existe asfixia democrática acredito que o presidente da Câmara de Coimbra e o presidente da Federação distrital do PS agradeçam as críticas e as sugestões porque isso os ajudará a melhor servir a cidade e a pôr ordem no partido o mais rapidamente possível.

L E I T O R

Eleições na ACM Dentro de aproximadamente dois meses, os sócios efectivos da ACM/ Coimbra vão eleger os novos dirigentes dos órgãos sociais para o triénio de 2010-2012. Para que os eleitos sintam o calor do interesse dos associados pela vida da associação, é necessário, porém, que exerçam o seu dever nas urnas, através do voto nos candidatos que julgam serem os melhores continuadores da filosofia original da associação: a promoção do homem em toda a sua plenitude.

GRACIANO MARQUES

Assim, se ainda não é sócio-efectivo mas tem mais de um ano de filiação na ACM, é maior de idade e está integrado no espírito acemista, não hesite em assinar a declaração de compromisso e

DE OUTUBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

tornar-se associado de pleno direito, para poder participar nas assembleias-gerais, eleger e ser eleito para o engrandecimento da nossa instituição. Associado n.º 1

O PS/Coimbra prec i s a d e u m S U V, u m carro de rodas altas para andar em todo o terreno, sendo que as recentes eleições demonstraram, mais uma v e z , n ã o p a s s a r, p o r ora, de um Jipe UMM. Ora, o jipe foi concebido para levar a cabo determinadas tarefas (duras é certo), mas para outras deixa muito a desejar, pois faltalhe versatilidade, flexibilidade, velocidade e brilho. O que isto quer dizer é que o Partido Socialista tem muitos homens e mulheres de terreno, gente que palmilha os concelhos, há muitos anos, e conhece como poucos as carências e as debilidades das mais recônditas aldeias e dos mais ínfimos lugares. Tratam até por tu as famílias de municípios como Penacova, Oliveira do Hospital ou Figueira da Foz e muitos outros do distrito. No entanto, isto é motivo que não dá para um sorriso de orelha a orelha, pois há uma outra verdade que é insuportavelmente triste. Em Coimbra, capital de distrito, e, naturalmente, da região Centro, o PS local não se constrói só com homens de terreno. As freguesias da área periurbana do concelho conimbricense validam todos os pressupostos anteriormente referidos. As áreas mais urbanas requerem outro tipo de tratamento, já não dá para reparar ou prometer reparar um pequeno muro, acenar com um jeito aqui e ali. Há muita gente que, muitas vezes, procura alguém que a faça sonhar com a Polis da cultura, educação, desporto do lazer, convívio

HUGO DUARTE

e qualidade de vida. Mesmo que este sonho seja frequentemente desmentido pelo cansaço do dia-a-dia, em que os cidadãos pouco tempo têm para usufruir das ofertas existentes. Não interessa o que se pode fazer ou não fazer, mas é preciso alguém que faça sonhar ser possível viver a tal polis da antiga Grécia. Ela, na realidade, nunca foi vivida como se imagina e as escassas mordomias da cidadania foram vividas por poucos, sendo que provavelmente a maioria da população seria escrava. O problema dos homens de terreno é que erguem mais muros do que os que deitam abaixo, limitam o nosso sonho ao concreto e exequível a curto prazo. Esta perspectiva é importante, mas isolada e não se coaduna com a governação das grandes cidades,corpos que se autonomizam de países e regiões e querem uma voz de comando, uma voz que saia dos muros, audível em toda a parte, visível em todo o lugar e que nos faça gente sentir como cidade do mundo e

para o mundo. Coimbra merece isso, mas mais do que merecer tem argumentos fortíssimos para isso. Carlos Encarnação não sai da mediania de quem pensa constantemente no senhor que se segue. O PS/Coimbra de Victor Baptista, Luís Vilar e Henrique Fernandes, entre outros, há muito deixa patente pelas actuações e resultados que não basta trabalho, é preciso talento, arte e engenho para criar e ir concretizando o sonho da polis, aquele a que os tais homens de terreno não conseguem a c e d e r. E s t e s o n h o nunca se constrói, vai se construindo todos os dias, mas precisa de perspectiva e voz de comando. Quando virá o dia em que essa voz se começará a ouvir? Não é preciso ser Deus, basta ser um homem como F e r n a n d o Va l e , e n t r e tantos outros que Coimbra se habituou a fornecer à vida política (nacional e local). Nos últimos anos, estes homens não aparecem. Não terá chegado o momento de saber porquê?

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Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio... FUTEBOL TAÇADE - Portimonense PORTUGAL Académica DOMINGO, DIA 18, ÀS 15H00 Comentários: Francisco Andrade

Relato: Luís Carlos Melo

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CHÃO DE LAMAS Na véspera há karaoke e festa com djs

Passeio equestre e garraiada no domingo Um passeio a cavalo e uma garraiada são pretexto para um fim-de-semana animado em Chão de Lamas, no concelho de Miranda do Corvo. O programa começa este sábado, a partir das 21h00, com karaoke e uma festa com djs.

No domingo, cavalos e cavaleiros concentram-se, às 9h00, no Largo para Fonte, de onde partem, às 10h30, pela “Rota da Água Pé”. Às 13h00, realiza-se um almoço aberto a toda a população, seguido da V Garraiada e do I Festival Taurino. Nestes espectáculos con-

tribuem a ganadaria Ricardo Pescante, a jovem cavaleira Cláudia Almeida e o Grupo Juvenil do Aposento de Tomar. Às 17h30, depois da entregua de lembranças aos cavaleiros, actua o Grupo de Trajes e Cantares de Tentúgal. Uma hora depois reali-

za-se um sorteio de rifas e a festa culmina com um magusto. A organização é da responsabilidade dos “Romeiros de Baco”, apoiados pela Câmara Municipal de Miranda do Corvo, da Junta de Freguesia de Lamas e algumas empresas locais.

PEREIRA Há ainda música, artesanato e teatro no programa

Junta de Freguesia inaugura sede e adoça a festa com queijadas A festa anual que assinala da reelevação de Pereira a vila realiza-se este fim-de-semana, com diversas motivos de interesse, entre os quais a inauguração da nova sede da Junta de Freguesia, no domingo, às 12h00. O programa comemorativo do 18.º aniversário da reelevação a vila, tem início esta sexta-feira, às 19h00, com a abertura da Festa da Queijada e da Exposição de Artesanato. Pelas 21h30, o grupo “O Celeiro” leva à cena a peça de teatro “A Viagem” e meia-hora depois é apresentado o audiolivro “O Abade João”, da autoria de Lurdes Breda, AndréCaetano e Jorge Brito. Sábado, às 14h00, um

grupo de gaiteiros espalha a festa pelas ruas e o recinto das queijadas e do artesanato abre ao público às 15h00. Às 18h00, a escola Capoeira Muzenza faz uma apresentação e às 21h30 há noite de fados. A partir da meianoite, o conjunto musical Walos anima a festa, havendo no recinto venda de petiscos e vinho regional. Domingo, os gaiteiros

começam a arruada às 8h00 e a partir das 9h00 abre a venda de queijadas e artesanato. Depois da inauguração da sede da Junta de Freguesia, realiza-se, no local, a cerimónia do aniversário de reelevação a vila. Às 15h30, há folclore com os grupos Rancho das Sargaceiras e Marítimos de Angeiras (Matosinhos), Rancho Regional de Argoncilhe (Feira) e Gru-

po Folclórico de Sanguinheira (Cantanhede). As festas encerram ao som do conjunto “Darpa & Dance”, cuja actuação está prevista para as 18h00. Estas iniciativas são organizadas pela Junta de Freguesia de Pereira, com o apoio da Câmara Municipal de Montemor-o-Velho e do Grupo Folclórico da Vila de Pereira.

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JUNTA DE FREGUESIA DE PEREIRA

O presidente da Junta e o seu executivo convida a população a visitar a nova sede de junta e a Feira de artesanato por altura das comemorações do aniversário de elevação a Vila. Rua da Torre - 3140-314 Vila de Pereira - Telef.: 239 645 533

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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 141

CINCO FRUTOS DA TERRA

Tema de hoje – FRUTOS DA TERRA

HORIZONTAIS 1 – Fruto da terra. Fruto da terra. 2 – Aguardente obtida da destilação do melaço. Latim (abr). Umas (arc). 3 – Que estão no lugar mais fundo. Fruto da terra. Fruto da terra. 4 – Petróleo. Conhece. Nota musical. Figura. 5 – Sufixo de actividade. Cento e quatro (numeração romana). Pratica. Nome de letra grega. 6 – Fogueira. Ultra. 7 – Fruto da terra. Piedade. Símbolo de actínio. Fruto da terra. 8 – Atado. Botequim. Cortina. Nome próprio masculino. 9 – Chega! Deste lado. Era. Nota musical. Consigo mesmo. VERTICAIS 1 – Fruto da terra. Tempo Médio de Greenwich (sigla inglesa). 2 – Tomar direcção. Embocadura. 3 – Nome próprio feminino (pl). Sustento. 4 – Luxúria. 5 – Quer. Chegar. Ama-de-leite. 6 – Fruto da terra. 7 – Olho sem fim. Além disso. 8 – Preguiça (mamífero). 9 – Estação de Tratamento de Lixos (abr). Antepassado. 10 – Fruto da terra. 11 – Avó. Associação Académica de Lisboa (abr). Qualquer. 12 – Patetas. 13 – Benzedores. Maior. 14 – Crédito (na escrituração comercial). Direito. 15 – Bacarija. Conselheiro.

Utilizando todas as sílabas constantes do “quadro”, formar os nomes de cinco frutos da terra. PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de ÁGUIA; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 133: José Horácio Barata Lourenço, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; e Vítor Manuel Seia Russo, de Peniche, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.

Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-á uma conhecida expressão popular.

ACTUALIDADE A nível nacional

Escolas de Coimbra entre as melhores res figuram apenas escolas privadas, nas dez piores posições estão sobretudo instituições públicas, sendo que entre estas consta a Escola Secundária de Montemor-o-Velho, com uma média de apenas 2 valores – que realizou apenas três provas. A escola com o inferior desempenho foi a Escola Secundária Monserrate, de Viana do Castelo, com uma média de 1,66 valores, a mesma média conseguida pela antepenúltima colocada, a Escola Secundária de D. Maria II, em Braga. O pior colégio privado é o Externato Fernando Pessoa, de Lisboa, com uma média de 1,81 valores. Das 1304 escolas básicas onde se realizaram exames nacionais do 9.º ano 92,3 por cento obtive média positiva nas provas, menos quatro pontos

percentuais do que no ano passado. A média de exames a nível nacional foi de 2,96 por cento, enquanto a média das notas de avaliação das escolas foi de 3,21. No caso específico da Língua Portuguesa, Coimbra fica também bem posicionada no ranking nacional. Entre as públicas, a liderança é da Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos Dra Maria Alice Gouveia, com uma média de exame em 3,79 e a de frequência de 3,20. Já entre as privadas, o ranking é liderado pela Escola Inglesa de São Julião, de Lisboa, com uma média de 4,07 valores, sendo que em quarta posição surge o Colégio de São José, com uma média de 4. A nível nacional apenas oito escolas do ensino básico obti-

PROBLEMA N.º 141/A

HORIZONTAIS 1 – Sentida. Sétimo. 2 – Rápidos. Fiança.3 – Amor. Escavara. 4 – Cultivar. Virola. Prefixo de direcção. 5 – Facção. Somei. 6 – Nome de letra grega. Ligado. Sono. 7 – Bom acolhimento. Utensílio agrícola que serve para lavrar a terra. 8 – Banto. Gavinha. Nome próprio feminino (pl). 9 – Sombrio. Prefixo de por cima. 10 – Charneca. Companheiros. 11 – Clima. Consorciara. VERTICAIS 1 – Mulher nobre. Recuperação dos níveis económicos e financeiros de uma sociedade. 2 – Fragrância. Tomar. 3 – Escassas. Também. 4 – Idem (abr). Responsável. Boatos. 5 – Sofrimento. Assimilo. 6 – Essas. Arremesso. Antes de Cristo (abr). 7 – Ermida fora do povoado. Cada. 8 – Maleta. Oda. Andais. 9 – Nome próprio feminino. Nome da última letra do alfabeto grego. 10 – Que tem defeito. Justapor. 11 – Nome próprio masculino. Imposto de Transmissão.

SOLUÇÕES

ENIGMA FIGURADO

As instituições de ensino de Coimbra voltam a destacar-se nos rankings dos exames nacionais. Segundo a listagem divulgada pelo Ministério da Educação, o Colégio de São José obteve o melhor resultado nacional nos exames do 9.º ano, com uma média de 4,18 valores (numa escala de zero a cinco), sendo secundada de perto por outras instituições privadas da área de Lisboa (Externato As Descobertas) e da Madeira (Externato Apresentação de Maria). O primeiro estabelecimento público da lista é a Escola Secundária Artística do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, de Braga, que aparece na 20.º posição com uma média de 3,89 valores. Se no top das dez melho-

DE OUTUBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

veram média negativa no exame de Língua Portuguesa, num universo de 1299 estabelecimentos de ensino. A nota média situou-se em 2,95 valores. No que respeita à Matemática, os resultados dos exames nacionais este ano foram igualmente mais positivos, sendo que quase 90 por cento das escolas do ensino básico obtiveram este ano média positiva (contra os 80,6 por cento alcançados em 2008). Apesar do melhor desempenho global, a média nacional não superou os 2,97 valores (mais 0,09 valores do que a média registada no passado ano lectivo). A melhor média foi registada, desta feita, na Madeira, pelo Externato Apresentação de Maria, que obteve 4,53 valores num total de 43 provas realizadas. Quanto à primeira fase

Palavras Cruzadas – Problema n.º 133: Horizontais – 1 – caderno, páginas. 2 – animo, Rui, apoie. 3 – iara, fotos, atar. 4 – x, e, mu, ir, i, t. 5 – APC, in, nó, clã. 6 – ata, d, a, aia. 7 – opor, os, pl, rabi. 8 – léria, USB, casos. 9 – al, a, caixa, r, ra. Verticais – 1 – caixa, ola. 2 – an, papel. 3 – director. 4 – ema, ária. 5 – ro, mi, a. 6 – n, fundo, c. 7 – oro, sua. 8 – ut, si. 9 – pio, PBX. 10 – a, sinal, a. 11 – ga, ro, c. 12 – ipa, arar. 13 – notícias. 14 – aia, labor. 15 – sertã, Isa. Problema n.º 133/A: Horizontais – 1 – grupo, itera. 2 – remar, redor. 3 – aC, ras, dela. 4 – mal, lâminas. 5 – adem, lio. 6 – ror, sal, aba. 7 – mim, amar. 8 – cabines, Ana. 9 – alar, sei, am. 10 – caias, Irene. 11 – osara, salas. Verticais – 1 – gramar, caco. 2 – recado, alas. 3 – um, ler, baia. 4 – par, m, mirar. 5 – oral, sin, sa. 6 – salames. 7 – ir, mil, seis. 8 – tédio, a, ira. 9 – éden, ama, el. 10 – rola, banana. 11 – aras, arames. Cinco palavras relacionadas com jornal: Repórter, entrevista, títulos, rodapé, artigos. Enigma figurado: Ler é saber mais.

dos exames nacionais do secundário, mais de 86 por cento das escolas obtiveram média positiva, sendo que a média dos exames foi de 10,75 valores. Os resultados foram praticamente idênticos aos verificados em 2008, ano em que 87,3 por cento das escolas ultrapassaram os 9,5 por cento. A Escola Secundária Infanta D. Maria, de Coimbra, que nos últimos dois anos liderou o topo da classificação das escolas públicas surge agora na quinta posição, com uma média de 13,13 valores em 630 provas. No ranking nacional das instituições de ensino público, encabeçado pelo Conservatório de Música Calouste Gulbenkian (o estabelecimento de ensino de Braga ocupa a primeira posição inclusive na lista que reúne públicas e privadas), salienta-se ainda, no oitavo posto a Escola Secundária José Falcão, com uma média de 2,88 valores em 495 provas realizadas.

O distrito de Coimbra tem, no entanto, também um estabelecimento entre os que registaram piores resultados nacionais, já que a média da Escola Secundária de Tábua não foi além dos 7,90 valores. Já no ranking global, isto é, incluindo públicas e privadas, o Colégio Rainha Santa Isabel obteve a oitava melhor média nacional, alcançando os 14,33 valores. No caso dos resultados em Português (B) é de destacar que a Secundária José Falcão ficou em sexto lugar entre as escolas com melhor média. No ranking dos resultados em Matemática o Colégio Rainha Santa Isabel ocupa a quinta melhor média nacional. Se tivermos em conta as escolas onde se realizaram pelo menos 100 provas, então, o distrito passa a dispor de duas referências: a Escola Secundária Joaquim de Carvalho, da Figueira da Foz (em quarto lugar) e a Avelar Brotero (oitava posição).


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DESPORTO

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Tertúlia com Filipe Albuquerque e João Figueiredo

Carros clássicos desportivos em exposição no Dolce Vita Um Ferrari, um Porche, um Audi Coupé, um Lotus Formula 27 e um AC Cobra estão estacionados, não à porta, dentro do Dolce Vita Coimbra, no âmbito da Expo Sport Clássicos, que decorre até próximo domingo, dia 18, das 10h00 às 23h00. Hoje é possível interagir com os pilotos Filipe Alburquerque e João Figueiredo, que participam numa tertúlia sobre desporto automóvel, pelas 21h00. No debate, moderado pelo jornalista Carlos Sousa, são abordadas as visões dos dois pilotos de velocidade sobre a sinistralidade rodoviária e algumas ideias de como o desporto automóvel deve enfrentar o impacto da crise global financeira. Na exposição, os aficionados dos carros po-

A Expo Sport Clássicos decorre até domingo no centro comercial

dem apreciar os seguintes exemplares: Ferrari 355 Spider F-1, que atinge os 295 km/h; Porsche 911

Carrera 4 Coupé Kit, que atinge os 290 km/h; Audi 100 Coupé S, de 1971, que atinge os 185 km/h; Lo-

tus Formula 27, de 1979, que atinge os 180 km/h; AC Cobra 427, de 1973, que atinge os 240 km/h.

Fim-de-semana de Taça de Portugal

“Briosa” estreia-se com o Portimonense No próximo domingo, dia 18, pelas 15h00, a Académica/OAF irá estrear na presente edição da Taça de Portugal, em futebol, defrontando no Estádio Cidade de Coimbra o Portimonense, equipa que actualmente lidera a Liga Vitalis.O Portimonense, comandado por Lito Vidigal, soma neste momento 13 pontos em 6 jornadas, mais dois que o trio que segue no seu encalce, o Feirense, Santa Clara e

Gil Vicente, enquanto que a Académica é a última classificada da principal divisão da Liga de Futebol. Recorde-se que as duas últimas partidas entre Académica e Portimonense foram disputadas na temporada 2001/2002, sendo que os algarvios venceram em casa por 2-0 e empataram em Coimbra a duas bolas. A terceira eliminatória da Taça de Portugal vai ter três transmissões televisivas directas: sábado, dia

17 - Monsanto-Benfica, às 18h15, na TVI, e PortoSertanense, às 20h15, na SportTv; domingo, dia 18 – Sporting-Penafiel às 18h15, na SportTv. Os restantes jogos da Taça são os seguintes: Aliados do Lordelo-Machico, Tondela-Oliveirense, Cinfães-Pescadores Costa da Caparica, Paços de Ferreira-Aljustrelense, LeixõesCasa Pia, MerelinenseUnião de Leiria, União da Madeira-Alcains, Cruzado

Canicense-Vigor Mocidade, Leça-Chaves, FátimaVila Meã, Santa Clara-Marítimo, Beira-Mar-Torre Moncorvo, Oeiras-Clube Operário Desportivo, Camacha-Paredes, Belenenses- Oriental, GuimarãesFeirense, Naval-Padroense, Sintrense-Pinhalnovense, Rio Ave-Esmoriz, VarzimNacional, Atlético CPSetúbal,Covilhã-Braga, Tirsense-Oliveira do Bairro, Freamunde-Carregado, Gil Vicente-Nelas.

Figueira da Foz

Prova de Enduro entra na recta final Com a entrega de prémios, no sábado, a partir das 20h30, no Casino da Figueira da Foz, termina a 84.ª edição dos Seis Dias Internacional de Enduro, prova que atraiu cerca de meio milhar de participantes de 35 países e é considerada a competição olímpica da modalidade. Amanhã, sexta-feira, os concorrentes disputam dois testes de enduro, uma prova de cross, outra de trial e uma super-especial, desde

as 08h30 até às 13h55. No sábado será a vez do cross final, que decorrerá, a partir das 10h30, na pista do Casarão, em Águeda. Esta foi a segunda vez que Portugal recebeu a competição, já que os ISDE 1999 foram realizados em Coimbra. A competição deste ano, centrada na Figueira da Foz, totaliza 1.600 quilómetros de percursos variados e dividido por quatro categorias, embora possam participar pilotos a

título individual: Troféu Mundial, Troféu Júnior, Troféu Clubes e a Taça Senhoras. Portugal está representado por duas selecções nacionais, no Troféu Mundial e Júnior. Os Seis Dias Internacionais de Enduro, que se iniciaram na segunda-feira, atraem cerca de 10 000 pessoas de todas as nacionalidades, entre concorrentes, mecânicos, membros das federações e entusiastas desta modalidade do motociclismo.

Sem prémios monetários em disputa, mas sim medalhas de ouro, prata e bronze, as selecções seniores concorrem ao chamado Troféu Mundial e os juniores ao Vaso de Prata. As grandes potências da modalidade são Finlândia e Itália, que dividem entre si a maioria dos triunfos no ISDE nos últimos 20 anos, mas a França, vencedora em 2008, na Grécia, também é forte candidata à vitória.

André Villas Boas tem experiência de trabalho com José Mourinho

Novo treinador da Académica estreia-se como técnico principal IOLANDA CHAVES

D.R.

André Villas Boas, de 31 anos, é o novo treinador da Académica. À hora de fecho desta edição, ainda não tinha sido apresentado formalmente, mas o site oficial do clube apontava essa apresentação para ontem (quarta-feira) às 15h30. Esta contratação, válida por duas épocas, marca a estreia do jovem técnico português como treinador principal de uma equipa da I Liga do campeonato de futebol. André Villas Boas é reconhecido como um estudioso da modalidade e tem trabalhado lado a lado com o mundialmente conhecido José Mourinho, no FC Porto, Chelsea e, agora, recentemente, no Inter de Milão. O novo técnico substitui Rogério Gonçalves, despedido à 7.ª jornada, e tem, à partida, a ingrata missão de tirar a Académica do último lugar da tabela e a elevá-la acima dos lugares de despromoção. Como é normal nestas circunstâncias, depois da rescisão do antigo treinador, vários nomes de prováveis sucessores foram discutidos entre os adeptos. Um nome que esteve na calha, segundo soube o Campeão, foi o de João Alves, o técnico que levou a Briosa à I Divisão Nacional, na temporada 2001/ 02. O conhecido “luvas pretas” optou por aceitar um convite do Servette Football Club, equipa da

segunda divisão suíça, na qual joga o ex-junior da Académica Tozé Marreco, melhor goleador da equipa alpina ao momento. Quanto a André Villas Boas, destaca-se, desde já, a sua juventude, ambição e experiência de trabalho como colaborador directo daquele que foi já rotulado de “melhor treinador do mundo”. Enquanto a direcção do clube escolhia o treinador, Zé Nando, treinadoradjunto de Rogério Gonçalves, assumiu as rédeas da equipa. É um treinador também ainda jovem, merecedor do respeito dos adeptos que o viram singrar no futebol, como jogador e técnico, e também na carreira académica na qual continua a progredir, depois de se ter licenciado em Ciências da Educação.

“Vamos ter os melhores do mundo de diversas modalidades [do motociclismo]. Há muitos pilotos de motocrosse que aderiram ao enduro e vêm nas selecções”, disse Pedro Mariano, director desportivo do ISDE 2009. Nos dois primeiros dias, o ISDE teve provas especiais no Sul do concelho da Figueira da Foz e no município vizinho de Soure, em pisos de areia, pedra e barro, com as maiores dificuldades para os concorrentes reservadas para os dois dias seguintes, na Serra da Boa Viagem.

Nos cinco primeiros dias o percurso inclui seis especiais diárias cronometradas e uma especial final, na praia da Figueira da Foz, numa pista de cerca de três quilómetros, “desenhada” na areia, uma das novidades da edição portuguesa do ISDE. “Todos os dias existe espectáculo na praia, com os melhores pilotos a competir. Quem não pode deslocar-se aos outros pontos de interesse tem a oportunidade de ver motos na praia, durante mais de duas horas”, disse Pedro Mariano.

André Villas-Boas deixa Mourinho e o Inter de Milão


CULTURA

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QUINTA-FEIRA

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Festival ibérico de curtas-metragens em Viseu Pelo segundo ano consecutivo, Viseu acolhe o festival ibérico de curtas metragens “El més + corto”, uma iniciativa do Instituto Piaget que promete fazer da cidade beirã epicentro do cinema e das artes durante o mês de Outubro. Para além da mostra de curtas-metragens, vão realizar-se oficinas artísticas, oficinas de introdução ao cinema de animação e exposições. O programa do festival ibérico desenvolve-se no Fórum Viseu, na Casa das Artes, no Campus Universitário do Instituto Piaget e na loja Emporio, sempre com entrada livre. “El més + corto” é uma extensão do Festival Luso-Extremenho que chega este ano a sete cidades ibéricas em simultâneo, designadamente, Viseu, Lisboa, Cáceres, Mérida, Plasência, Trujillo e Arroyo de la Luz. Mais informações estão disponíveis na Internet, em www.mesmascorto.com e www.ipiaget.org.

Segurado Correia expõe no CAE da Figueira da Foz

“Escrita com Arte” é o título da exposição da autoria de José Segurado Correia, patente ao público na sala Afonso Cruz, do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Inaugurada na última semana, a mostra reúne parte do espólio de canetas deste coleccionador e pode ser visitada até ao dia 8 de Novembro. Natural de Coimbra, onde nasceu em 1948, Segurado Correia reside na Figueira da Foz desde 1974. Apaixonado por canetas, conta actualmente com uma colecção que integra 1180 exemplares, das mais diversas marcas, tipos e feitios. De entrada gratuita, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, entre as 9h00 e as 19h00, aos sábados, das 10h00 às 20h00, e aos domingos, entre as 10h00 e as 21h30.

Bonifrates leva “Estilhaços” de novo ao palco Inspirada no tema da violência doméstica, a peça “Estilhaços”, produzida pela Cooperativa Bonifrates, volta ao palco do Teatro Estúdio da Casa Municipal da Cultura de Coimbra. Em cena nos dias 15 e 16 de Outubro, a partir das 22h00, esta produção artística conta com direcção, encenação e dramaturgia de João Maria André e tem a particularidade de ter sido precedida de sessões de trabalho sobre as experiências e os conhecimentos dos profissionais que, diaria-

mente, lidam com situações de violência doméstica. “Estilhaços” representa a continuidade da abordagem que a Bonifrates tem vindo a fazer a determinadas realidades sociais que reclamam um olhar e exercício crítico. A peça segue o modelo de criação colectiva já adoptado em “Puta de Vida”, “Eu não sou o Rappaport” e “Elóides”, dramatizações que abordam, respectivamente, a temática da prostituição, a velhice e dos sem abrigo. O elenco é composto por Alexandra Mascarenhas, Alexandra Silva, Alexandre Ventura, Cristina Janicas, Gonçalo Noronha, José Manuel Carvalho, Maria José Almeida, Maria Manuel Almeida, Paula Santos e Vítor Carvalho. Os bilhetes estão à venda no local uma hora antes do espectáculo.

Reflexão artística na Casa da Esquina

António Azenha, Jorge Simões, José Higino, José Pedro Reis, José Vieira, Pato, Paulo Corte Real e Tatiana Santos são os artistas cujas obras integram a exposição “Fluxos”, patente ao público na Casa da Esquina, em Coimbra. Produzida pela Associação Cultural Itinerários Contemporâneos, a mostra pode ser visitada até ao dia 8 de Novembro e aborda a temática dos fluxos, com 16 intervenções, em que a criação artística representada faz um retorno a cada um dos participantes, numa lógica de fluxo e refluxo, confrontando-o com as opções previamente tomadas e as consequências resultantes. Adicionalmente, há obras que reflectem o uso de diversos materiais e em várias vertentes, designadamente, a pintura, o de-

senho, a fotografia, o vídeo e a instalação, propondo a reflexão sobre os vários aspecto dos fluxos. Informações adicionais sobre esta e outras iniciativas da Casa da Esquina podem ser consultadas na Internet, em www.nacasadaesquina. blogspot.com.

Livros para todos os gostos O Fórum Coimbra recebe, até ao dia 25 de Outubro, a terceira edição da feira do livro organizada pela Multi Mall Management em parceria com a Livraria Bertrand. No corredor do Balcão de Informações, situado no piso 0 do centro comercial, estão disponíveis livros dos mais variados géneros e as novidades literárias a preço promocional. Para além de oficinas de desenho e ofertas surpresa, a feira do livro contará com a presença de vários autores e contadores de histórias. Alice Cardoso, autora do livro “Melinda no País do Arco-Íris” estará hoje disponível para uma sessão de autógrafos, a partir das 16h30.

LSBand em café concerto do CAE Os LSBand actuam a 16 de Outubro, pelas 22h00, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz. Criado inicialmente como um projecto de covers, que juntou quatro músicos com experiência a nível nacional, o grupo é composto por Bruno Jesus (voz e guitarra acústica), David Lopes (piano), kiD (bateria), Tiago Coelho (guitarra eléctrica) e David Roque (baixo). O repertório da LSBand é influenciado pelas sonoridades pop, rock, soul, funk e reggae, e conta com a interpretação de temas bem conhecidos de artistas como Sting, Pink Floyd, Oasis, Eagles, Rui Veloso e Jorge Palma, entre outros.

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V I N A G R E T A S

Pina Prata vai andar por aí – “Parabéns aos vencedores e honra para os vencidos. Todos os dias são uma oportunidade para a cidadania activa”, Pina Prata dixit no Facebook. Pelo empenho que demonstrou, antes e durante a campanha, deduz-se que, à semelhança de Santana Lopes, quando se despediu no Congresso do PSD, o empreendedor engenheiro não estará na Câmara, mas vai continuar “sempre por aí”. “Calinada” – O Diário de Coimbra cometeu uma «calinada» na página 3 da edição de segunda-feira e corrigiu-a, parcialmente, na página 5. Na quinta página figuram os nomes dos 31 presidentes das juntas das freguesias do concelho de Coimbra, mas na terceira impera a omissão dos desfechos que ditaram tais escolhas. Porquê? Dois dos três quadros de resultados publicados na terceira página estão repetidos – os da eleição para a Assembleia Municipal surgem duas vezes e os da eleição para as assembleias das freguesias nenhuma. Posto isto, os cinco presidentes de juntas eleitos pela CDU, cujos nomes são reproduzidos na página 5, não teriam garantido a eleição à luz do quadro inserto (e incerto) divulgado na página 3. A avaliar pela leitura da tabela da terceira página, a Coligação Democrática Unitária (PCP e Partidos Os Verdes) teria perdido para o PS as presidências de quatro juntas (Ameal, Cernache, São João do Campo e Torres do Mondego) e para a coligação “Por Coimbra” a liderança da de Castelo Viegas. Estranho é que isto aconteça numa Redacção enquadrada por um director, cinco directores-adjuntos, um chefe, um chefeadjunto e uma editora executiva.

Instantâneo insólito – Esta insólita imagem de Carlos Encarnação foi captada pelo médico José Miguel Baptista, em Abril de 2009, em Bruxelas (Bélgica), por ocasião de uma deslocação do Coro dos Antigos Orfeonistas do Orfeon Académico de Coimbra ao Parlamento Europeu. Trata-se de um instantâneo que ilustra a codícia de José Miguel na hora de dar ao dedo. Parabéns, pelo sentido de oportunidade, ao ilustre médico, «combatente» pelas causas de Coimbra, cantor, orfeonista e fotógrafo amador! O director-adjunto do “Campeão” bem insistiu com José Miguel Baptista no sentido da imediata publicação da foto, mas o autor da mesma só autorizou a divulgação depois das recentes eleições autárquicas.

Imagem irrepetível – Carlos Encarnação e o vereador cessante João Rebelo à direita do presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Trabalhador incansável, Rebelo foi eleito duas vezes como terceiro membro da lista da coligação “Por Coimbra” (PSD CDS/PP - PPM) e assumiu a vice-presidência da edilidade, há três anos, por ocasião da destituição de Pina Prata dessa função. Como Encarnação prescindiu das recandidaturas dos vereadores Rebelo, Marcelo Nuno e Mário Nunes, esta imagem é irrepetível.


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QUINTA-FEIRA

VINAGRETAS

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S E A R A

“Agora que uma centena de autarcas dá o último estertor, é preciso conceder maior autonomia, também financeira, aos municípios. (...) É preciso mexer na organização territorial, fundindo ou extinguindo freguesias e, até, municípios. É preciso (já era há 11 anos) instalar no novo edifício um telhado: a regionalização”. Paulo Martins, no Jornal de Notícias de 08/10/2009

Desaparecido – O governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, anda por aí, mas o dirigente do PS com o mesmo nome está desaparecido. O sociólogo não foi visto, por aí, domingo à noite, por ocasião do escrutínio das eleições autárquicas, apesar de presidir à Comissão Concelhia de Coimbra do Partido Socialista. No respectivo consulado como líder local do PS, Luís Vilar tinha averbado duas derrotas em eleições municipais; Fernandes, sucessor do ex-bancário, acaba de experimentar o sabor amargo da derrota, mas consta que não aspira a ser presidente da Concelhia conimbricense do Partido Socialista em 2013.

Providencialmente... – Horácio Pina Prata, Mário Nunes e Luís Providência (CDS/PP). Destes três edis cessantes apenas o líder concelhio do Partido Popular continua a ter assento na praça de 08 de Maio. Luís teve direito a proposta de recondução, mas isso não fica a dever-se à conclusão do seu primeiro mandato. Marcelo Nuno também cumpriu apenas um e nem por isso deixou de ser descartada a sua recandidatura. Providencialmente, coube ao CDS (mais do que a Carlos Encarnação) garantir a continuidade do vereador.

Passado comum – Jorge Gouveia Monteiro (CDU) e Álvaro Seco (independente eleito pelo PS). Nenhum deles permanecerá no executivo camarário conimbricense, mas saíram ao abrigo das respectivas vontades. Em comum têm a circunstância de terem sido edis alheios à coligação “Por Coimbra” a quem Carlos Encarnação atribuiu pelouros. Gouveia Monteiro respondeu pelo da Habitação, a Álvaro Seco esteve confiado (durante algum tempo) o da Protecção Civil. PUBLICIDADE

A L H E I A

“Apesar de ter falado ao país da forma como falou, o presidente da República só conseguiu passar uma única mensagem clara: com ele na Presidência, o Governo não vai ter descanso. (...) O desconforto é parte integrante da condição humana, mas até o presidente da República devia saber que há alturas na vida em que temos mesmo de engolir o sapo”. Pedro Ivo Carvalho, no Jornal de Notícias de 02/10/2009

Maçãs lisboeta? – Da bancada do PS na vereação da praça de 08 de Maio resta Fernanda Maçãs, que acaba de ser reeleita (tendo-se perfilado para a vice-presidência da CMC). Radicada em Lisboa por razões profissionais, a jurista talvez deixe de viajar, quinzenalmente, para Coimbra. Se ela e Álvaro Maia Seco optarem por suspender os mandatos (ou até pela renúncia aos mesmos), caberá a Ana Pimental e Rui Duarte (JS) ingressar na vereação (onde farão companhia a António Vilhena e Carlos Cidade).

“Aníbal possuiu a chefia do Estado e tomou conta do discurso no Palácio de Belém com a sua linguagem chã e os seus ultrajes humanos, sem recursos desculpabilizantes a terceiras pessoas. Aníbal zurziu em quem não gosta numa impudica zaragata birrenta e sem quartel. Claro que Aníbal está no seu direito de fazer tudo isso e coisas piores ainda de que certamente é capaz. O presidente da República, não!”. Mário Crespo, no Jornal de Notícias de 05/10/2009 “A república que somos será mais ética por ter entre os seus políticos quem não veja nela um atestado de impunidade”. Helena Matos, no Público de 08/10/2009 “O Presidente perdeu o capital de respeito que lhe era devido e mostrou não estar à altura da autoridade do cargo, no momento em que terá de dar posse a um Governo minoritário do PS com o qual abriu uma guerra irreparável. Uns ganharam e outros perderam as eleições. Mas o país perdeu muito do que hoje mais precisava: a confiança. Pior do que isso é impossível”. Vicente Jorge Silva, no Sol de 02/10/2009

Saída inesperada – Marcelo Nuno protagonizou a mais inesperada saída do executivo municipal conimbricense. Pelo trabalho que desenvolveu e, também, por se ter limitado a cumprir um mandato. A oposição deduzida pelo vereador cessante a Nuno Encarnação, no âmbito do PSD, e o modo implacável como lidou com algumas pretensões de Carlos Encarnação foram fatais para o economista. Marcelo está agora mais disponível para «marcar à zona» o seu correlegionário Pedro Machado (líder distrital do PSD/Coimbra fragilizado pelo desfecho das eleições autárquicas). Ex-presidente da Comissão Concelhia conimbricense social-democrata, Marcelo Nuno falhou, perante Machado, a conquista da liderança da Comissão Política Distrital. Mas é provável que o vereador cessante volte a perfilar-se para apear Pedro ou para suceder a Manuel de Oliveira na presidência da Concelhia de Coimbra do PSD.

“A crise, esse conceito abrangente que justifica todos os males económicos e sociais que nos rodeiam, acabou. É o que se lê nas declarações políticas e nas análises económicas. (...) Sem se poder continuar a invocar a crise para justificar as nossas dificuldades, há que criar uma outra figura mítica que desempenhe este papel – talvez as «consequências da crise»”. Manuela Ferreira Leite, no Expresso de 03/10/2009 “Vamos ter um Partido Socialista namoradeiro a arrulhar aos vizinhos? Ou vai andar sozinho a queixar-se de não o deixarem gastar dinheiro com os remédios para os velhotes, com as reformas das viúvas e com os salários dos professores? (...) Se a coisa vai dar o estoiro, e se o divórcio vem aí, que seja rápido e que não tenham meninos...”. João Duque, no Expresso de 03/10/2009


ÚLTIMA

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Inquérito visa Gabinete Jurídico da Câmara de Coimbra

MP debruça-se sobre suspeita acerca de alegado “caso bicudo” R.A.

O Ministério Público abriu um inquérito destinado a deslindar suspeitas acerca do desempenho do Gabinete Jurídico e de Contencioso (GJC) da Câmara Municipal de Coimbra, soube o “Campeão”. PUBLICIDADE

A iniciativa deverá ter ocorrido mediante extracção de outro inquérito de uma certidão referente a considerações feitas pela jurista Eliana Pinto (vide a nossa edição de 06 de Agosto de 2009). A investigação, que poderá compreender a constituição de arguidos, será en-

cerrada através de um despacho final, podendo este consistir no arquivamento dos autos ou na dedução de acusação. A referida jurista sugeriu que a directora do GJC da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) é conivente com a alegada adulteração de uma

informação prestada pela outrora funcionária da autarquia. A advertência de Eliana Pinto, presentemente a exercer um cargo de chefia sob a alçada da Direcção-Geral de Reinserção Social, em regime de comissão de serviço, consta de um depoimento facul-

tado à Polícia Judiciária. A ex-funcionária camarária queixou-se à PJ de violação do seu correio electrónico pessoal, situação que poderia configurar um caso de acesso ilegítimo, mas o correspondente inquérito foi arquivado pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra. Num depoimento prestado à Polícia, Eliana Pinto conta ter sido arquivada uma informação da sua autoria desfavorável à celebração de um contrato de prestação de serviços entre a autarquia e uma jovem jurista (filha da directora do GJC, Sílvia Serens). “Em substituição” de tal informação, alega a depoente, foi redigida outra, cujo teor contempla a alteração das conclusões inicialmente apresentadas. A queixosa diz ter prevenido a directora do GJC da CMC de que a postura de Sílvia Serens foi pautada por gravidade e deslealdade, sendo “eventualmente condizente com prática criminosa”. Segundo Eliana Pinto, o vereador Marcelo Nuno solicitou-lhe cópia da informação original e, optando por esta em detrimento da alegadamente adulterada, rejeitou a figura da prestação de serviços (regime de avença). Como o “Campeão” já noticiou, a CMC e uma filha de Sílvia Serens acabaram por celebrar contrato de trabalho (por um ano) a termo resolutivo certo, na sequên-

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cia de concurso aberto para o efeito. Carlos Encarnação, presidente da edilidade, substituiu-se a Marcelo Nuno na homologação dos resultados do concurso que habilitou uma filha da directora do Gabinete Jurídico a celebrar o contrato de trabalho. A inexistência de homologação até 31 de Dezembro [de 2008] implicaria a anulação do procedimento concursal. O júri da oferta pública de trabalho assinalou, na acta final do concurso, que a filha de Sílvia Serens foi a candidata que melhor correspondeu ao perfil traçado em função da necessidade de reforçar o apoio técnico prestado à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens. De resto, se ingressasse na Secção de Contra-ordenações (Divisão de Contencioso), em detrimento da Divisão de Acção Social e Família, a jovem jurista ficaria, indirectamente, sob a alçada da mãe. Eliana Pinto também alude a desentendimentos com a chefe de uma divisão camarária, igualmente relacionados com a presumível prestação de serviços por parte de uma filha da directora do GJC. De resto, a jurista estranha que o teor da maioria das mensagens extraídas do respectivo correio electrónico diga respeito à sua opinião desfavorável acerca da eventual contratação da filha de Sílvia Serens em regime de avença.

Era colaboradora de João Rebelo

Ex-candidata pelo PS transferida na CMC Uma funcionária da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Olga Monteiro, que se candidatou pelo PS à Assembleia de freguesia de Souselas, foi transferida, anteontem, do gabinete do vice-presidente cessante para a Divisão de Museologia, soube o “Campeão”. Fontes autárquicas, auscultadas pelo nosso Jornal, justificam a mudança à luz da desactivação do gabinete do vereador João Rebelo (chamado à vice-presidência da autarquia, há três anos, na sequência da destituição de Pina Prata daquele cargo). João Rebelo (PSD) é um dos três vereadores cuja recondução não foi proposta por Carlos Encarnação (presidente reeleito da CMC). Olga Monteiro figurou na terceira posição da lista com

que o Partido Socialista concorreu à Assembleia de Souselas, freguesia cujo presidente, João Pardal (PSD), também trabalha na Câmara. Segundo fontes autárquicas que associam “falta de oportunidade” àquele “acto de gestão” de pessoal, João Rebelo terá estado à margem da mudança. A transferência da referida funcionária foi tratada pela titular da Direcção Municipal de Administração e Finanças, Isabel Azevedo, que tutela a Divisão de Recursos Humanos. Sem associarem a mudança à conjuntura politicopartidária, outras fontes opinam, porém, que, trabalhando Olga Monteiro no gabinete do vice-presidente, ela devia ter declinado o convite do PS.


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