Edição 495_29_10_2009

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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10| Nº 495 | 29 DE OUTUBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com

SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA

Entidade instituidora da Escola Universitária de Vasco da Gama

Livro de Casimiro Simões

MP a par de contas de uma associação presidida por Luís Vilar

Sátira ao exercício do Poder Local

Aspectos relacionados com as contas da entidade instituidora da EUVG - Escola Universitária de Vasco da Gama (a ACSJM Associação Cognitária de São Jorge de Milreu) acabam de ser participados ao Ministério Público (MP), soube o “Campeão”. A um dos episódios dados a conhecer à entidade titular da acção penal está ligada a anterior tesoureira. Sónia Soares Coelho ter-se-á casado com o presidente, Luís Vilar, depois de se ter divorciado de outro director, Américo Baptista. É filha da presidente do Conselho Fiscal, Sónia de Sousa Mendes (condenada por peculato enquanto funcionária da área da acção social na Escola Secundária da Lousã). Página 14

Página 5

Comissão Concelhia

Henrique Fernandes numa encruzilhada no PS/Coimbra Página 7

Jogos em Coimbra, Lousã e Anadia

Europeu de Râguebi sub 19 transforma região Centro Páginas 11 a 13

Baixo Mondego PUBLICIDADE

Interpelado pelo nosso Jornal, o presidente da CIM, Luís Leal (Montemor-oVelho), afirmou encarar “com naturalidade” a escolha de um autarca do Partido Socialista para lhe suceder na liderança. Neste contexto, o edil reiterou “grande empenho” no projecto. Sete dos 10 municípios têm presidentes eleitos pelo PS, cabendo ao PSD as câmaras de Coimbra, Cantanhede e Montemor. A provável substituição de Luís Leal

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A sua loja Minipreço na Quinta da Lavra em Góis

poderá comprometer a indigitação de Maurício Marques (PSD), presidente cessante da Câmara de Penacova, para secretário-geral da Comunidade Intermunicipal do Baixo Mondego. No início do ano, esteve na iminência de ser chamado a exercer a função o autarca socialista Jorge Bento, mas o cenário gorou-se quando ele aceitou voltar a recandidatar-se à presidência da Câmara de Condeixa.

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A Comunidade Intermunicipal (CIM) do Baixo Mondego reunir-se-á, a 12 de Novembro, a fim de preparar a eleição do futuro Conselho Executivo, apurou o “Campeão”. Sucessora da Associação de Municípios do Baixo Mondego e Gândaras, aquela entidade compreende os concelhos de Coimbra, Condeixa-a-Nova, Penacova, Soure, Montemor-o-Velho, Figueira da Foz, Mira, Cantanhede, Mealhada e Mortágua.

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Luís Leal admite passar testemunho


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Autocarro leva visitantes às instituições emblemáticas

Exposição na Casa da Cultura de Coimbra

Fundação propõe viagem pela obra de Bissaya Barreto

Victor Costa celebra “bodas de prata” artísticas

I.C.

A Fundação Bissaya Barreto (FBB) tem uma nova proposta para que os cidadãos e visitantes de Coimbra conheçam de perto o legado do patrono. Trata-se de um circuito de autocarro, criado em parceria com os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), que leva os passageiros até às obras promovidas pelo médico na área da assistência hospital e social e da educação. A viagem inaugural teve como passageiros jornalistas, membros do Conselho de Administração da FBB, nomeadamente a presidente, Patrícia Viegas Nascimento, e uma representante da Turismo de Coimbra, sendo intenção dos respectivos promotores integrar o circuito na oferta turística da cidade. A iniciativa tem início efectivo no próximo dia 4 de Novembro, para o público em geral. O autocarro é limitado a 16 passageiros, pelo que é recomendada marcação. O passeio inaugural, que foi simultaneamente experimental, começou pela Casa Museu, junto aos Arcos do Jardim, com uma visita guiada pelo interior da vivenda, aonde o cirurgião e professor universitário (1886-1974), hipoteticamente, no recato do seu escritório, terá cogitado e planificado a obra que foi criando ao longo da vida na cidade e na região. A residência, concluída em 1925, foi “obra de ilustres artífices portugueses que deram forma à requintada sensibilidade artística de Bissaya Barreto”, visível nos acabamentos. Em

1986, a FBB, herdeira universal do médico, reabre as portas da residência como Casa Museu. De Outubro a Abril, pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 15h00 às 18h00. No interior, o visitante é levado aos lugares de intimidade do patrono e a apreciar o seu bom gosto nas peças em exposição, móveis, cerâmicas, pinturas, tapeçarias, entre outros pormenores que nos dão a conhecer o lado mais pessoal do fundador da casa. No jardim, ninguém fica indiferente a um conjunto de elementos, como estátuas, um discreto banco em pedra, os muros revestidos a azulejos portugueses da primeira metade do Séc. XVIII. A maternidade e o sanatório de Celas

À saída, os visitantes passam pelo novo Centro de Documentação, aberto este ano. Segundo Isabel Horta e Vale, directora da Casa Museu, o espaço que foi em tempos a garagem da casa, tem sido bastante procurado por investigadores, prova de que era um serviço necessário. Por conveniência de trajecto, e não por ordem cronológica de fundação, a viagem pela obra de Bissaya Barreto prossegue de autocarro. A maternidade com o nome do patrono é o ponto de passagem seguinte. Construído na Quinta da Rainha e inaugurado em 28 de Abril de 1963, começou por ser Complexo Materno Infantil. Chegou a ser classificado com 1.º Centro de Estudos de Puericultura do país por conciliar “em justo equilíbrio, o espírito científico, o espírito social e o espírito de caridade”. A próxima passagem

A Casa Museu será sempre o ponto de partida e de chegada da nova oferta cultural da Fundação

leva os visitantes ao antigo Sanatório de Celas, aonde, desde 1977, funciona o Hospital Pediátrico de Coimbra. No sanatório, foi tratada, durante 50 anos, a população feminina e infantil que sofria de tuberculose. Por ruas e viadutos outrora inexistentes, o autocarro cruza o Mondego e leva-nos até ao Hospital dos Covões, cuja história está relacionado na sua origem com a Colónia Portuguesa do Brasil e a Grande Guerra, responsáveis pela criação, naquele local, do Hospital Sanatório da Colónia Portuguesa do Brasil. Bissaya Barreto entra nesta história quando, perante o recuo da tuberculose, iniciou uma intensa campanha com vista à criação de um hospital civil em Coimbra. O Hospital Geral e o Portugal dos Pequenitos

É, então que, com empenho, consegue que os representantes da Colónia Portuguesa do Brasil, o Real Gabinete Português de Leitura, autorizasse a conversão do sanatório para hospital, com a condição de manter um sector de pneumotisio-

logia. O novo estabelecimento de saúde, hoje integrado no Centro Hospitalar de Coimbra, foi designado Hospital Geral da Colónia Portuguesa no Brasil. A sua arquitectura ainda revela as várias facetas da história do estabelecimento de saúde e, tal como em todas as outras obras, é pedida atenção ao visitante para elementos comuns que caracterizam o legado de Bissaya Barreto, nomeadamente os jardins e os azulejos portugueses. A finalizar, o pequeno autocarro (ex-Ecovia) circunda o Portugal dos Pequenitos, seguramente a obra mais conhecida do benemérito a nível nacioonal. Em todo o país, pouca gente haverá que não tenha ouvido falar deste singular parque lúdico-pedagógico feito a pensar nas crianças, mas que os adultos não ignoram. O ponto de partida é também o de chegada. Aos despedir-se dos primeiros passageiros dos “Percursos Interpretados – Viagem pela Obra de um Homem”, Isabel Horta e Vale sublinhou o carácter experimental da viagem realizada e adiantou que o circuito não passará sempre pelos mesmos locais.

I.C.

Familiares, amigos e colegas da vida política presenciaram a abertura da exposição, patente na Galeria Pinho Dinis, na Casa Municipal da Cultura, que assinala os 25 anos de vida artística do pintor autodidacta Victor Costa, de Almalaguês. Naquela que foi uma das últimas sessões públicas do vereador da Cultura, Mário Nunes elogiou a persistência do artista que começou de uma forma despretensiosa e acabou por conquistar lugar próprio no meio artístico, local e até internacional. O autarca destacou o facto de Victor Costa estar representado em colecções particulares na Áustria, Bélgica, Brasil, China, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda, Itália, Inglaterra e Suécia, para além de Portugal. Também Marcelo Nuno fez neste momento uma das suas últimas aparições públicas, enquanto vereador, para manifestaer publicamente o seu apreço pelo trabalho artístico de Victor Costa e a amizade que os une. Natural de Almalaguês, o pintor cresceu em contacto com o mundo rural, a natureza e o artesanato de tecelagem. Por motivos profissionais, passou algumas temporadas fora da terra natal, mas a

ela sempre regressou. Está no início do segundo mandato como presidente da Junta de Freguesia e, segundo confidenciou, recentemente, ao “Campeão”, está a acabar de recuperar uma casa de traça antiga, na freguesia, para aí se instalar e dar asas ao seu talento. Com créditos firmados no mundo artístico, optou pelo óleo nas suas criações, tendo sido também seduzido pela caricatura e pela aguarela. Outonalidades, assinala um percurso de 25 anos dedicado à arte, marcado por quatro fases: afirmativa, azul, enigmática e dinâmica. Victor Costa partilhou o momento também com outros pintores que com ele criaram e dinamizam a Associação Cultural Arte à Vista. Depois de abrir ao público a exposição das “bodas de prata”, conduziu os convidados à galeria da cave da Casa da Cultura, na antiga sala da fonoteca, aonde está patente uma exposição colectiva de membros da referida associação. A Arte à Vista tem atelier na Pedrulha, aberto ao público, e um blogue – www.arteavista.blogspot.com – através do qual dá a conhecer as diversas actividades que promove, nomeadamente, cursos livres, workshops, exposições, entre outras.

Victor Costa contou com a presença de Marcelo Nuno e de Mário Nunes na exposição dos 25 anos de carreira artística

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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com:

Ernesto Vieira Empresário - AUTO-SUECO

Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com


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“Dois dedos de conversa” com Fernando Regateiro

HUC têm uma tripla missão L.S.

Os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), agora como Entidade Pública Empresarial (EPE), continuam a ter a missão de assistência, ensino e investigação e não existe um “antagonismo institucional” com a Faculdade de Medicina, conforme garante o presidente do Conselho de Administração. Fernando Regateiro sublinha que “foi necessário adoptar uma forma de organização mais de acordo com a dimensão do hospital” e “preparar o futuro para servir os doentes ainda com mais prestígio e confiança”, no programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido, domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM). “O que pautou as nossas acções e as opções que tomámos foi o interesse dos doentes e a valorização dos profissionais”, sustentou, para, respondendo a críticas

que têm surgido, referir que “nunca esperou que houve unanimidade num universo de 5 400 trabalhadores, sendo que 4 700 são do mapa do pessoal dos HUC”. “Os doentes no centro do processo e os profissionais no centro da mudança” é o lema para as alterações postas em prática, que, segundo o presidente do Conselho de Administração dos HUC, passou por fusões de serviços, “ganhando em massa crítica e evitando redundâncias, dando mais eficácia e eficiência, com vantagens para os doentes”. “Os oito departamentos que existiam abrangiam apenas um terço dos serviços e não havia uma abordagem integradora que envolvesse todos”, referiu, dando conta da opção por “criar áreas de gestão integradas, um nível intermédio entre a administração e os serviços”. “Dos 40 serviços só falta envolver 13, estando constituídas cinco áreas integradas:

uma de meios complementares de diagnóstico e terapêutica; outra da urgência e medicina intensiva; duas para os serviços médicos; e outra para a saúde materno-fetal”, relatou, para acrescentar que o trabalho decorre agora nas áreas de índole cirúrgica. Sobre a gestão dos HUC, Fernando Regateiro acentuou que a dimensão económica visa “gastar bem os recursos que se tem”. “Não perseguimos a poupança pela poupança, nem chegar ao fim do ano com resultados líquidos positivos só porque isso diz que gerimos bem. Queremos gerir bem servindo melhor e temos como ponto de honra não negar um medicamento, se o doente precisa”, disse. O presidente do Conselho de Administração explicou que o orçamento anual dos HUC, de 300 milhões de euros, é para o dia-a-dia, com o capital estatutário de 108,2 milhões de euros a destinar-se a investimento. “Já re-

“Os doentes estão em primeiro lugar”, assegura o administrador dos HUC, à conversa com Carlos Góis

cebemos 5,2 milhões respeitantes a 2008 e 10 milhões de euros relativos a 2009, estando em preparação a concretização dos investimentos, que ultrapassarão o corrente ano”, acrescentou. Como exemplo do que se encontra planeado dá conta da substituição de 700 das 1 450 camas do hospital, por se encontrarem desactualiza-

das, e do estudo sobre a circulação automóvel que aponta para a construção de uma circular e de um silo para 900 viaturas, a que acresce as duas paragem do futuro Metro. Sobre as várias reclamações que têm surgido sobre alguns aspectos do funcionamento dos HUC, Fernando Regateiro respondeu que a ad-

ministração “não mete a cabeça na areia e tenta perceber a razão, para evitar futuros episódios”. Mas, segundo ele, “tratam-se de situações pontuais, que podem sempre acontecer quando se tem, anualmente, meio milhão de consultas externas, 47 000 doentes saídos do internamento e 400 pessoas atendidas diariamente na urgência”.

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Sentença é lida hoje

Tribunal pondera pena domiciliária para mulher que conduz sem carta I.C.

Poucos dias depois de ter sido condenada a um ano de prisão, por causa de conduzir sem carta, Cristina Araújo voltou a transgredir. Por causa disso, e enquanto decorre o recurso relativo à última sentença, foi ouvida no Tribunal de Coimbra, em

Cristina Araújo já perdeu conta às vezes que foi interceptada pela Polícia

julg amento sumário. Hoje, quinta-feira, às 16h00, é lida a sentença. Assumindo a culpa, disse ao juiz que precisou de se deslocar à escola de condução para se preparar para o exame de código e como não teve quem a transportasse da Lamarosa, aonde vive, até ao Bairro de Santa Apolónia, aonde tem as aulas, resolveu conduzir. Perante a confissão livre da arguida, o advogado de defesa pediu para ser equacionada a aplicação de pena de trabalho a favor da comunidade ou pena domiciliária, em vez de cadeia, que, no seu entender, “não traria vantagens para a arguida, nem para a sociedade”, O juiz ponderou o pedido e decidiu solicitar ao Instituto de Reinserção Social (IRS) que analise a situação em concreto, para saber se Cristina Araújo terá condições para cumprir pena em regime de per manência na habitação, com

vigilância electrónica (pulseira). Interessa saber, nomeadamente, se ela tem alguém que lhe faça chegar a comida, entre outros bens necessários à sua sobrevivência. Cristina Araújo disse ao juiz, e depois aos jornalistas, que prefere cumprir a pena em casa, até porque já conhece a realidade da cadeia, pois esteve já detida entre 2005 e 2008. Acerca da actual situação económica da arguida, ficou a saber-se que está sem condições para pagar a renda da casa aonde vive desde Julho e que depende da irmã para se sustentar. Cristina Araújo, que já perdeu conta às vezes que foi interceptada pela polícia por conduzir sem carta, saiu uma vez mais do tribunal a dizer que não volta a conduzir sem carta. Nos últimos dias, foi notificada do despacho de acusação relativa a uma infracção da mesma natureza.

Programa CIVITAS Plus - Projecto MODERN Participação da cidade de Coimbra A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), em parceria com a Universidade de Coimbra (UC), a Critical Software, SA (CSW), a Prodeso – Ensino Profissional, Lda (PRODESO) e a Perform Energia, Lda (PE) estão a desenvolver a participação da cidade de Coimbra no Projecto MODERN (MObility, Development and Energy use ReductioN). O Projecto foi lançado no passado dia 15 de Outubro, terá a duração de 4 anos e está a ser implementado em conjunto com as cidades de Brescia (Itália), Vitoria (Espanha) e Craiova (Roménia) no âmbito do programa CIVITAS Plus. O programa CIVITAS Plus é promovido e financiado pela União Europeia e destina-se a promover políticas de desenvolvimento de “um transporte mais limpo e melhor”, contribuindo para melhorar a qualidade de vida nas cidades, nomeadamente através da redução da poluição gerada pelos transportes, implementação de medidas de poupança de energia, respeito pelo meio ambiente e promoção de um estilo de vida menos dependente do automóvel. A comparticipação da Comissão Europeia para a cidade de Coimbra será na ordem de um milhão de Euros, visando a implementação e avaliação das seguintes medidas: 1. Utilização de Combustíveis Alternativos; 2. Produção de energias renováveis para alimentação dos troleicarros; 3. Introdução de um Novo Sistema de Bilhética; 4. Lançamento de um Centro de infomobilidade e marketing de mobilidade; 5. Desenvolvimento de Acções de Gestão da Mobilidade; 6. Desenvolvimento de uma Formação orientada para a condução segura; 7. Estudo de viabilidade de novos serviços de mobilidade; 8. Introdução de Ferramentas de infomobilidade para a gestão do tráfego A avaliação destas medidas envolverá a participação da população em geral, num conjunto variado de iniciativas a desenvolver ao longo do projecto. Nesse âmbito, inclui-se a formação de um grupo restrito de residentes ou trabalhadores / estudantes em Coimbra interessados no acompanhamento do projecto. Os membros deste grupo restrito, denominado “Focus Group”, terão a oportunidade de pronunciar-se sobre aspectos particulares do Projecto MODERN em 3-4 reuniões anuais a nível local e numa reunião internacional fora do país. Beneficiarão ainda de um passe da rede geral dos SMTUC que também dá acesso aos Parques de Estacionamento Ecovia. A selecção dos interessados foi estendida até ao próximo dia 30 de Novembro. Para mais informação sobre o projecto MODERN e sobre a forma de poder participar no “Focus Group” de Coimbra consulte a página dos SMTUC em www.smtuc.pt.


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Maria de Lurdes Castanheira toma posse na Câmara de Góis

Águas de Coimbra

Nova presidente preocupada em fixar pessoas no concelho

Arguidos impedem acesso de jornalista aos autos

IOLANDA CHAVES

Ao tomar posse como presidente da Câmara Municipal, Maria de Lurdes Castanheira assumiu o compromisso de gerir o concelho com empenho e dedicação e pediu a colaboração de todos os autarcas e goienses, no sentido conseguirem para Góis os índices de desenvolvimento a que tem direito e que outros municípios já alcançaram. No discurso, proferido no auditório da biblioteca, a nova presidente recordou os seus antecessores, nomeadamente Augusto Pereira Nunes, que a acolheu na câmara, como assistente social, há mais de 20 anos; José Cabeças, a quem atribui “um extraordinário salto qualitativo” do concelho e ensinamentos que lhe serão úteis nos próximos quatro anos, e José Girão Vitorino, o anterior presidente, ausente por motivos de saúde, a quem reconhece uma determinação em fazer mais pelo concelho superior aos problemas de saúde com que se viu confrontado. Partindo do pressuposto de que “Góis possui um potencial natural e humano inquestionável”, a nova presidente reiterou a ideia de que a autarquia deverá ser gerida “com base em princípios solidários, dotada de uma atitude e de uma cultura mais proactiva e empreendedora”. No plano social, a autarca compromete-se a “apoiar a instalação de mais e sobretudo de melhores equipamentos sociais, desde que os mesmos se justifiquem num quadro de indicadores demográficos, sociais, culturais

Maria de Lurdes Castanheira aplaudida por José Carvalho, presidente da Assembleia Municipal, e por Jaime Garcia, líder da bancada socialista

e geográficos do concelho de Gois, que sejam favoráveis à concretização e sustentabilidade futura desses investimentos”. Preocupada em fixar pessoas no concelho, Maria de Lurdes Castanheira aposta num Plano Municipal de Qualificação para ajudar a “criar cidadãos activos, preparados para competir e, por essa via, alcançar e desenvolver novas oportunidades”, paralelamente a um esforço do município em estimular o investimento no sector turístico. A presidente vê com bons olhos a “concretização de infra-estruturas de interesse colectivo que sejam uma referência a nível regional”, capazes atraírem novos visitantes e turistas, “essenciais para viabilizar economicamente as apostas dos investidores locais.” “É fundamental criar um ambiente favorável ao desenvolvimento empresarial, assente na transformação

do potencial endógeno actualmente sub-aproveitado, em produto com valor de mercado, através do qual sejam criados novos empregos, com níveis de qualificação mais elevados”, salientou. Um relacionamento dialogante e transparente entre a autarquia e as instituições locais, com intervenção no sector social, protecção civil, desporto, desenvolvimento local, vida cívica, cultural e recreativa do concelho foi outro dos compromissos assumidos pela autarca no seu primeiro discurso oficial. A restante vereação é composta por José Alberto Domingos Rodrigues, Mário Barata Garcia, Diamantino Garcia e Maria Helena Moniz. Na mesma ocasião, tomou posse a nova composição da Assembleia Municipal, presidida por José Carvalho (PS). Ainda que visivelmente debilitado, por razões de saúde, o autarca veterano fez ponto de honra em estar

presente. Numa breve mensagem, porque as forças eram poucas, teve uma palavra de solidariedade para com José Girão Vitorino, pela dedicação a Góis que sempre revelou, e apelou a todos os autarcas para que governem “única e exclusivamente tendo em vista os interesses do concelho”. Recado à autarquia:

Para fixar população e atrair novos moradores, a nova autarquia podia começar por reivindicar, junto da tutela competente, a marcação do pavimento da estrada principal que liga Vila Nova de Poiares a Góis. As viagens nocturnas diárias chegam a ser torturantes para algumas pessoas, no final de um dia de trabalho ou de um percurso mais longo. Os riscos brancos no piso são o mínimo, dos mínimos, que se pede. Iluminação, também não seria mal pensado.

Lousã adere ao projecto “a minha rua” A Câmara Municipal da Lousã aderiu ao projecto “a minha rua”, um sistema interactivo que permite aos cidadãos reportar ocorrências das ruas ou bairros por onde passam e sugerir melhorias directamente à autarquia. A Lousã é a oitava Câmara a aderir ao projecto “a minha rua”, inserido no programa Simplex Autárquico

2009/10, depois de Arganil, Borba, Évora, Murça, Ovar, Pombal e Portalegre. Disponível a partir do portal do cidadão, “a minha rua” é um projecto de participação cívica que permite o envolvimento activo do cidadão na gestão da sua rua ou bairro, comunicando as mais variadas situações relativas a espaços públicos (desde iluminação, jardins,

veículos abandonados, etc.) e sugerindo melhorias directamente à respectiva Câmara Municipal. Com fotografia ou apenas em texto, todos os relatos são encaminhados para a autarquia. A plataforma permite, ainda, consultar a evolução do tratamento dado ao caso, pelo que o cidadão é informado através de e-mail assim que a si-

tuação fica resolvida. Segundo o presidente da Câmara, Fernando Carvalho, “ através da adesão a este projecto e através de um processo de modernização autárquica, o Município pretende criar ainda mais interacção com a população, contribuindo assim, através de um política de proximidade, para o desenvolvimento do concelho.”

O presidente da Águas de Coimbra (AC) e outros três arguidos acabam de inviabilizar a consulta aos respectivos inquéritos do foro criminal por parte de um jornalista do “Campeão”. Além de Jorge Temido, encontram-se naquela situação processual, sem acusação deduzida, Joaquim de Sousa (vogal do Conselho de Administração da referida empresa municipal), o ex-presidente Paulo Canha e o outrora administrador Nuno Curica. Os quatro foram constituídos arguidos ao abrigo da existência de indícios de eventuais más práticas de gestão. Os cidadãos pronunciaram-se pela subsistência da vertente externa do segredo de Justiça, tendo sustentado a sua manutenção em abono do princípio da presunção de inocência. Entenderam, por conseguinte, que a consulta poderia colidir com a protec-

ção do respectivo bom nome e da privacidade. O magistrado do Ministério Público (MP) titular do inquérito, Jorge Leitão, inclinou-se a autorizar a consulta dos autos por considerar que, na perspectiva da investigação, nada obstava ao levantamento da vertente externa do instituto do segredo. Segundo o Código de Processo Penal (CPP), os processos podem ser sujeitos a segredo de Justiça na fase de inquérito. A lei garante o acesso dos jornalistas aos autos a partir do termo do inquérito, cujo encerramento coincide com a emissão de despacho de arquivamento ou com a dedução de acusação. A AC foi alvo de uma busca, em meados de Abril de 2008, tendo a diligência sido efectuada pela Polícia Judiciária em articulação com o Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra (MP).

Ordem dos Farmacêuticos

Paulo Fonseca vai liderar Secção Regional de Coimbra A lista de Paulo Fonseca venceu a eleição na Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos (OF), com 67,5 por cento dos votos. O sucessor de Francisco Batel Marques na presidência da direcção da Secção Regional de Coimbra da Ordem dos Farmacêuticos (OF) é director geral da Plural, cooperativa de distribuição farmacêutica sedeada em Coimbra. Dos 1.934 membros eleitores da Secção Regional de Coimbra, participaram 800 farmacêuticos, ou seja, 41,37 por cento. Os farmacêuticos elegeram, no sufrágio realizado no passado dia 20, para a Secção Regional de Lisboa a lista encabeçada pelo farmacêutico comunitário e professor universitário António Hipólito Aguiar (eleita com 56,35). Já na Secção Regional do Porto da OF o vencedor é o professor da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, Franklim Marques (eleito com 43,14 por cento dos

votos, apenas mais 41 votos do que a lista de Daniel Ramos). Paulo Fonseca, em Coimbra, António Hipólito Aguiar, em Lisboa, e Franklim Marques, no Porto, assumirão no próximo triénio a presidência das respectivas Secções Regionais, e, por inerência, um lugar na direcção nacional da OF, que nos próximos três anos terá como bastonário Carlos Maurício Barbosa. O investigador e professor da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto venceu com 60,52 por cento dos votos, sucedendo assim a Elisabete Mota Faria, cujo mandato foi contestado ao ponto de a OF antecipar o sufrágio eleitoral em cerca de dois anos. A cerimónia de tomada de posse dos novos órgãos sociais da instituição ainda não está agendada, mas, de acordo com o Regulamento Eleitoral, esta deverá ocorrer no prazo máximo de 30 dias, ou seja, até 20 de Novembro.


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Exercício do Poder Local caricaturado em livro de jornalista

Meandros da ascensão e queda do fictício prefeito de Vale Tudo “Com a aprovação de um loteamento para 500 fogos, em flagrante violação do Plano Director Municipal (PDM) de Vale Tudo, Onófrio [dos Santos Valente] começou a cavar a própria sepultura. Desta vez está seriamente ameaçado de perda de mandato por ilegalidades graves. Incumprimento do PDM e outras trapalhadas puseram em campos os investigadores da Polícia”. RUI AVELAR

O presente excerto de um livro com lançamento previsto para depois de amanha (sábado), na Lousã, sintetiza a ascensão e a queda do suposto presidente de um município fictício. Trata-se, segundo o autor, Casimiro Simões, de “uma sátira ao exercício do Poder Local em Portugal”. “Com as botas do meu pai - pegadas do poder autárquico na vila de Vale Tudo” é o título do primeiro livro de Simões, jornalista da Agência Lusa e ex-director de “O Trevim”. Na contracapa, é feita alusão a “aventuras do autarca Fanfarrão”, aspirante a deputado da Nação, “e do vereador Franganito”, cujo sonho consiste em “suceder ao pai” na presidência da fictícia Câ-

mara valetudense. Segundo o autor, a caricatura a determinado modo de exercer o Poder Local incide sobre um estilo de gestão autárquica “infelizmente generalizado de Norte a Sul de Portugal”. “Há um comportamento antidemocrático em muitos governos locais, assente na incultura grotesca dos eleitos, no abuso, na irresponsabilidade e, até, na ilegalidade, o que traduz uma realidade política, social e cultural preocupante”, alega. Para Casimiro Simões, “faz todo o sentido reflectirmos sobre o estado da democracia em Portugal, a começar pela forma como ela acontece em câmaras municipais e juntas de freguesias”. “O alheamento dos cidadãos da vida colectiva, o medo e a falta de coragem, dominantes, hoje em dia, em vastos sectores da sociedade, agravam o actual estado de coisas” (debilidade do sistema democrático), entende o jornalista. Num dos primeiros capítulos da obra, é narrada a ida de um cidadão a uma sessão da Assembleia Municipal de Vale Tudo para se queixar de um amigo de Onófrio Valente. Tal amigo do autarca foi autorizado a construir um prédio de seis andares numa avenida que o Estado Novo tinha reservado a moradias.

Projectado para três pisos, assinala o autor da ficção, o mamarracho subiu com mais três, a ponto de «roubar» a um vizinho o sossego, a privacidade, as vistas para a serra e o Sol abundante. Porteiro de uma escola, com medo de represálias no emprego, o reclamante andou dois anos a tentar que a Câmara interviesse. Noutro passo do livro, Casimiro Simões descreve como Onófrio, o Fanfarrão, privilegiou um empreiteiro que o ajudou nas campanhas eleitorais. Cabritos, mel, vitelas e vinho

“Vendo bem”, adverte o autor, “o edil do [tempo do] Estado Novo era muito mais sério do que Onófrio Valente, que se reclama do socialismo democrático, sufragado geralmente por mais de 40 por cento dos eleitores de Vale Tudo”. De resto, esta caricatura acerca de pegadas do poder autárquico alude à inclusão de duas firmas numa “lista negra” por nunca terem pagado o «imposto natalício», “nem terem sequer ajudado o partido do manda-chuva”. Mais à frente, ficamos a saber que tal «imposto» consiste na oferta a Onófrio de vitelas, cabritos, presuntos, enchidos, mel e vinho. “Um truque que rende milhares de votos”,

frisa o autor, “é a cedência gratuita de escavadoras da edilidade a cidadãos de Vale Tudo”. O Fanfarrão é um voluntarista, que dispensa frequentemente os pareceres dos técnicos da edilidade, sendo capaz de passar ao lado do rigor como os cães ficam indiferentes às vinhas vindimadas. Mordaz, Simões associa os meandros da política autárquica de Vale Tudo ao clube de futebol da terra, fazendo notar que nos cofres da colectividade e do partido dominante entraram “apoios financeiros substanciais” doados por dois ou três construtores civis bem sucedidos. No último capítulo de “Com as botas do meu pai...”, ficamos a saber que a mulher de Onófrio Valente fechou uma loja de roupa para assumir a gerência da primeira grande superfície comercial aprovada sob a égide do Fanfarrão para o centro da vila. Que fosse dele nada roubou...

“Nunca roubou nada que fosse dele”, comenta, com sarcasmo, um munícipe, no dia em que o nome de Onófrio surge nos jornais associado a indícios de prática de crimes de corrupção, tráfico de influências e abuso de poder. De resto, o edil acumulava as funções autárquicas com as de adminis-

Em ficção se fala se coisas sérias

trador de uma sociedade criada por várias câmaras para tratar do problema dos resíduos urbanos e industriais. Conta Casimiro Simões que o presidente Valente “só sabe coçar para dentro, falta-lhe um pingo de vergonha e calcorreia milhares de quilómetros, à custa dos contribuintes, em proveito pessoal”. “Usa o potente Volvo da Câmara [de Vale Tudo] para ir ao casino e a reuniões do PdoSO (Partido do Socialismo Operário); de quatro em quatro anos, o Fanfarrão tem viatura nova; de marca é que não muda, chegando a criar nos conterrâneos a ilusão de andar com o mesmo carro há mais de 20 anos”. Os Bombeiros Volun-

tários da terra perderam um subsídio municipal para gasóleo quando Valente perdeu as eleições para os corpos sociais da associação humanitária em que assenta a corporação e a Misericórdia, “onde sonha voltar um dia”, espera há 10 anos que a Câmara valetudense aprove um projecto de ampliação para uma creche e para um lar de idosos. Implacável para tudo e todos, Simões assinala que uma magistrada do Ministério Público tomava chá, todas as tardes, com a mulher de Onófrio Valente e faz notar que “muitos munícipes não conseguem emancipar-se da bajuladora palmada dada nas costas dos edis de Vale Tudo”.

Evento decorre de 4 a 10 de Novembro

Diversidade e qualidade marcam 10.ª edição da Festa do Cinema Francês “Qualidade, diversidade de filmes e grande variedade de géneros”. Esta é, garantiu o director da Alliance Française (AF) de Coimbra, a receita do sucesso da Festa do Cinema Francês, que este ano celebra o 10.º aniversário. Organizada pelo Instituto Franco-Português de Lisboa, AF de Coimbra e Teatro Académico Gil Vicente (TAGV), a Festa do Cinema Francês em 2008 registou o aumento exponencial de espectadores, sendo que Almada e Coimbra foram as ci-

dades de onde o crescimento foi maior a nível nacional, com um aumento de afluência de 181 por cento e 141 por cento, respectivamente. “Este ano queremos ultrapassar Almada”, afirmou Paul Zimmerlin durante a conferência de apresentação do evento, que contou com a presença do vereador da Câmara Municipal da Cultura, Mário Nunes, e do director-adjunto do TAGV, Francisco Paz. À semelhença das edições anteriores, o festival con-

ta com longas-metragens em ante-estreia nacional, sendo que Coimbra recebe 14 – duas delas são exibidas ao fim-de-semana, às 15h00, na sessão pensada para as famílias. De destacar ainda as sessões juvenis, com preço especial (1 euro), nas quais são exibidas dois filmes (“Les Enfants de Timpelbach”, de Nicolas Bary, e “Mia et le Migou”, de Jacques-Rémy Girerd). Os grupos escolares registados na Alliance Française têm acesso gratuito.

Os bilhetes de acesso ao festival custam 3,5 euros (ingresso individual) e 10 euros (cartão especial com cinco entradas, sem restrições de utilização, à venda no TAGV, AF, Dolce Vita e FNAC Forum). O elenco dos filmes da edição deste ano é composto por: “Éden à l´Ouest” (quarta-feira, dia 4, 21h00), “Parlez-moi de la pluie” (quinta-feira, dia 5, 21h00), “Coco Chanel & Igor Stravinsky” (quinta-feira, dia 5, 23h30), “Bellamy” (sexta-

feira, dia 6, 21h00), “L´Armée du crime” (sexta-feira, dia 6, 23h30), “Erreur de la banque en votre faveur” (sábado, dia 7, 15h00), “Pour un instant la liberté” (sábado, dia 7, 21h00), “Ne te retourne pas” (sábado, dia 7, 23h30), “Le premier jour du reste de ta vie” (domingo, dia 8, 15h00), “Passe-passe” (domingo, dia 8, 21h00), “Le Bal des Actrices” (domingo, dia 8, 23h30), “Mia et le Migou” (segunda-feira, dia 9, 10h30 e 15h00), “L´Année suivan-

te” (segunda-feira, dia 9, 21h00), “Demain dès l´aube” (segunda-feira, dia 9, 23h30), “Les Enfants de Timpelbach” (terça-feira, dia 10, 10h30), “Cliente” (terçafeira, dia 10, 21h00) e “Le Plaisir de chanter” (terça-feira, dia 10, 23h30). De referir que, ao contrário do que é habitual no TAGV, a primeira sessão da noite inicia-se sempre às 21h30, devido à longa duração de vários filmes, e que a segunda sessão da noite é sempre às 23h30.


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Assembleia Municipal de Coimbra C O M E N T Á R I O

RUI AVELAR RUIDAVELAR@GMAIL.COM

Sócrates com o palco todo Afinal, a avaliar pelo elenco ministerial do novo Governo, é como se o primeiro-ministro se tivesse limitado a remodelar o anterior. Não admira, na medida em que as razões da falta de mexidas no XVII Executivo são as mesmas que ditaram a composição do actual. Há sempre três obstáculos a vencer quando se empreende uma remodelação governamental: ter campo de recrutamento, mobilizar pessoas à altura e encontrar destinos para as que saem (ex-ministros em roda-livre podem revelar-se um incómodo para quem manda). Posto isto, conclui-se que o campo de recrutamento é escasso e encontrar destino para os governantes dispensados já foi tarefa mais airosa. Resta a questão da mobilização, outro desafio igualmente ciclópico. Sejamos claros. É difícil, hoje em dia, cativar bons ministros, por maioria de razão numa conjuntura em que nem sequer sabem se o mandato é de dois ou de quatro anos. Neste contexto, qual “animal feroz” que se metamorfoseou de criatura dialogante, José Sócrates optou por ficar com o palco todo. Ancorado numa maioria relativa de deputados à Assembleia da República (AR), coisa inédita para quem já usufruiu de maioria absoluta, o primeiro-ministro fez um Executivo apostando na homogeneidade em detrimento do potencial golpe de asa. Foi absolutamente previsível em matéria de dispensas, pois apenas Nuno Severiano Teixeira (ex-ministro da Defesa) tinha condições para continuar, e pouco surpreendeu em relação às reconduções. Nestas, avulta a de Augusto Santos Silva, que não tinha de ser brindado com a pasta da Defesa só por ter sido um ministro truculento. José Vieira da Silva, que mudou de pasta, foi premiado. As opções pelas seis permanências são, em geral, acertadas (vide a pág. 7). Quanto a promoções de ex-secretários de Estado – e havia alguns à altura como, por exemplo, João Ferrão, Ana Paula Vitorino e Paulo Campos –, Sócrates foi avesso a isso, tendo-se limitado a fazer ascender Jorge Lacão a ministro dos Assuntos Parlamentares. Há pessoas mais dotadas para o lugar em que se procede à articulação do Executivo com a AR e com o Grupo Parlamentar do PS e disso são exemplo, do meu ponto de vista, Francisco Assis e António José Seguro. Acontece que José Sócrates não aprecia a heterodoxia. Em matéria de falta de promoções de secretários de Estado, o chefe do Governo quis evitar ser acusado de não desfrutar de campo de recrutamento e impedir que dissessem ter-se limitado a fazer subir segundas figuras. Ora, trata-se de um erro quando há figuras à altura dos desafios. Dos discursos do Presidente da República e do primeiro-ministro, proferidos por ocasião da investidura do XVIII Executivo, há a reter a preocupação de José Sócrates em invocar legitimidade e o paternalismo de Aníbal Cavaco Silva. O Chefe do Estado, a pagar politicamente pela fase titubeante por que pautou o seu mandato em Agosto e Setembro, aproveitou para se proclamar mais cooperante com o Executivo do que Mário Soares terá sido com o último de Cavaco e puxou dos galões para frisar ser sabedor do que é governar com apoio minoritário do Parlamento. Só faltou Cavaco dizer que, enquanto primeiro-ministro, passou de uma maioria relativa para duas absolutas. Para ano e meio, temos Governo. Na Primavera de 2011, depois das próximas eleições presidenciais, saber-se-á se ele durará quatro anos.

CDU viabiliza reeleição de Manuel Porto (PSD) Manuel Porto (PSD) parece ter garantida a recondução na presidência da Assembleia Municipal (AM) de Coimbra, ao abrigo de uma “posição de princípio” da CDU, soube o “Campeão” de fontes partidárias. A dúvida acerca da reeleição do catedrático de Direito, em fase de aposentação, tem-se prendido com o facto de a coligação “Por Coimbra”, onde predomina o PSD, ser detentora de menos três mandatos do que a soma dos do Partido Socialista, Coligação Democrática Unitária e Bloco de Esquerda (BE). Instado pelo nosso Jornal, o vereador eleito Francisco Queirós (PCP) disse que a “posição de princípio” da CDU é desfavorável “a arranjos” susceptíveis de contrariarem o sentido do voto popular. “Não deve ser resolvido na secretaria o que os munícipes não resolveram pelo voto”, declarou o futuro edil, querendo com isso significar que a Coligação Democrática Unitária é avessa à eleição de um(a) autarca do Partido Socialista para suceder a Manuel Porto. “Se o PS desfrutasse de maioria relativa” [à semelhança do que acontece

com a coligação de Centro-Direita no âmbito da AM], “a posição da CDU seria a mesma”, acentuou o dirigente do Partido Comunista. Representantes da coligação constituída pelo PCP e pelo Partido os Verdes já se reuniram com congéneres do PS e do PSD, tal como Francisco Queirós se reuniu, há dias, com o presidente da Câmara de Coimbra, Carlos Encarnação (PSD). Segundo o dirigente do PCP, a Mesa do órgão fiscalizador da Câmara conimbricense deverá incluir secretários indicados pelo Partido Socialista e pela Coligação Democrática Unitária. A Comissão Coordenadora Concelhia do BE convidou estruturas congéneres das outras forças de Esquerda para um encontro formal, a três, com o intuito de apear Manuel Porto. O Partido Socialista limitou-se a auscultar a CDU e esta manifestouse “aberta a encontros com todas as forças políticas”. O regimento da Assembleia Municipal aprovado para o anterior mandato prevê a eleição da Mesa (presidente e dois secretários) “por escrutínio secreto”.

Interpelado pelo “Campeão”, Francisco Queirós, que confirmou ter-se reunido com Carlos Encarnação, indicou ser prematuro dizer se virá a exercer o cargo de vereador em regime de dedicação exclusiva. Apesar de a coligação “Por Coimbra” ter desfrutado (e continuar a usufruir) de maioria absoluta na Câmara Municipal, Carlos Encarnação confiou o pelouro da Habitação ao vereador cessante Gouveia Monteiro (CDU), nos quadriénios 2002/05 e 2006/ 09. Interpelações à Câmara

O “Campeão” apurou ser pretensão da Coligação Democrática Unitária que cada uma das quatro forças políticas representadas na AM conimbricense tenha direito a agendar, anualmente, uma interpelação ao executivo camarário. Tais interpelações deverão versar sobre políticas sectoriais da Câmara. Para esse efeito, as duas coligações (“Por Coimbra” e CDU) e os dois partidos (PS e Bloco de Esquerda) com assentos na Assembleia deverão dar conta das suas iniciativas à Mesa do órgão fiscalizador

da edilidade com 15 dias de antecedência. A Coligação Democrática Unitária (PCP e Partido Os Verdes) entende que a Mesa da Assembleia Municipal deverá ser constituída por representantes de três forças políticas. Nos termos do regimento do órgão fiscalizador da edilidade, só poderão ser eleitos os autarcas da AM que, expressamente, tenham aceitado candidatar-se, havendo a possibilidade de serem destituídos em qualquer altura mediante deliberação tomada pela maioria do número legal de membros. Segundo a proposta dirigida pela CDU às demais forças políticas, as reuniões da Assembleia realizar-se-ão em dia fixo da semana, salvo casos de força maior ou motivos imprevistos, e a elaboração da ordem de trabalhos de cada sessão será sempre precedida de consulta escrita aos lideres de todos os grupos de deputados municipais. O referido documento prevê, por outro lado, que a Câmara disponibilize espaço físico adequado ao funcionamento regular dos grupos representados na AM, bem como apoio administrativo, comunicações e transporte.

Cumprido um ano do terceiro mandato

Baptista (PS) prepara mexida no Secretariado O líder distrital do PS/ Coimbra, Victor Baptista, admite remodelar o Secretariado da Federação na expectativa de o tornar mais ágil e operacional com menos gente, apurou o “Campeão”. A questão, incluída na agenda da última reunião do órgão máximo entre congressos distritais, acabou por transitar para a próxima sessão de trabalho da Comissão Política de Federação (CPF). Concluído o primeiro ano do terceiro mandato de Baptista como presidente da Federação conimbricense, a mexida prendese com o fecho de um ciclo composto por actos eleitorais para o Parlamen-

to Europeu, Assembleia da República e autarquias. Além de Victor Baptista, têm assento no Secretariado da Federação, entre outros, Horácio Antunes, João Gouveia, Fernando Ramos, José Silva, Diogo Cabrita, Carlos Monteiro, Sandra Ralha, Nuno Gonçalves, Elisabete Lemos, Ângela Pinto Correia, Manuel Antão, Luís Santarino, Graça Ruivo, Rosa Isabel Cruz e Maria Antónia Almeida Santos. Outra mexida que Baptista tem em mente consiste em ajustar o número de secções sectoriais do PS. Segundo o dirigente partidário, que admite ponderar a redução do número das secções resi-

denciais, não se justifica a continuidade das sectoriais de Ambiente e Assuntos Europeus. Líder partidário de âmbito distrital há seis anos e meio, o deputado à Assembleia da República é potencial candidato à eleição para quarto mandato consecutivo como presidente de Federação, sendo que o primeiro escapa à disposição estatutária que impede o cumprimento de mais de três. Se a eleição do próximo Presidente da República, prevista para o início de 2011, fizer deslizar os congressos distritais do Partido Socialista para a Primavera desse ano, Victor Baptista completará oito anos

de liderança federativa em três mandatos. Com o próximo Congresso do PS/Coimbra no horizonte (realizar-se-á dentro de um ano ou de ano e meio), o líder da minoria federativa, Mário Ruivo, confraternizou, sábado, com centenas de apoiantes. Quem também poderá perfilar-se para a presidência da Federação conimbricense é Paulo Campos, caso não seja reconduzido como secretário de Estado. Se Baptista optar por não voltar a recandidatarse, Pedro Coimbra, presidente da Comissão Concelhia socialista de Penacova, já deixou transparecer que equacionará perfilar-se.


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PS/Coimbra

Ministros

Fernandes numa encruzilhada apesar de poupado pela CPF

Sete caras novas no novo Governo

R.A.

A Comissão Política da Federação (CPF) do PS/ Coimbra, reunida sábado, poupou Henrique Fernandes, líder partidário de âmbito local, mas nem por isso as próximas semanas deixam de ser exigentes para o sucessor de Luís Vilar. Volvidos quatro meses e meio sobre a última reunião da Comissão Política Concelhia (CPC) conimbricense do Partido Socialista, o presidente, Henrique Fernandes, está numa encruzilhada e o Secretariado da estrutura encontra-se sem quorum estatutário. Alvo de terceira derrota consecutiva nas eleições autárquicas realizadas no município de Coimbra, o PS só terá plenário da Concelhia a 09 ou 16 de Novembro, embora a Comissão Política de Federação (de âmbito distrital) já se tenha reunido. Segundo o Secretariado da Federação, “apesar das derrotas verificadas em algumas autarquias, o Partido Socialista sente-se globalmente confortado com o enorme trabalho desenvolvido” por militantes e candidatos e manifesta “confiança num futuro diferente”. A menos de meio ano do termo do mandato da Concelhia conimbricense, caso o presidente pretenda recandidatar-se, seria normal Henrique Fernandes viabilizar a antecipação do sufrágio em ordem à sua recondução ou à eleição do sucessor. O “Campeão” diligenciou no sentido de conhecer a posição do líder local do PS/Coimbra, mas o sociólogo e governador civil privilegiou o silêncio.

Paulo Penedos, segundo membro da lista em que Fernandes foi eleito, interpreta os sinais dados pelo camarada como uma provável manifestação de indisponibilidade para voltar a perfilar-se para o cargo. Neste contexto, o advogado receia que “não haja um confronto clarificador” e, por isso, manifesta-se adepto de uma “solução consensual”, embora ela se lhe afigure improvável. Penedos puxa por Manuel Machado

Manuel Machado, exautarca, constituiria, segundo Paulo Penedos, uma “boa solução” para a liderança concelhia do PS/ Coimbra. “A bem da clarificação”, caso equacione recandidatar-se, Henrique Fernandes deve “avançar já”, declarou o advogado ao nosso Jornal. Se prevalecer o cenário inverso, como lhe parece, Penedos entende que, “por razões de bom e adequado funcionamento dos órgãos”, a próxima reunião da CPC deve recompor o Secretariado. Esta estrutura, órgão executivo e operacional da Concelhia, está sem quorum estatutário desde a renúncia de Ana Cristina Rosa, divulgada (na semana passada) pelo diário As Beiras. Sendo conhecidas algumas intenções de candidatura de potenciais sucessores de Fernandes, Penedos, presidente da Mesa da CPC, opina que se lhe afigura razoável “chamar todos [os interessados] ao trabalho partidário numa fase de transição”.

Se for essa a opção do líder cessante, ela poderá esbarrar, contudo, na oposição dos membros da Comissão Concelhia conotados com Carlos Cidade, que, há ano e meio, protagonizou uma alternativa a Henrique Fernandes. Segundo fonte partidária, os eleitos na lista de Cidade reunir-se-ão assim que for convocado o próximo plenário da CPC do PS/Coimbra. Em reacção à divulgação da demissão de Ana Rosa, precedida pelas de Paulo Penedos, Pedro Martins, Maria do Rosário Pimentel e Carlos Cidade, Fernandes acenou com a hipótese de promover a recomposição do Secretariado. Neste contexto, o líder partidário de âmbito concelhio dirigiu um remoque aos camaradas que optaram pela saída do órgão executivo e operacional, excepção feita a Penedos, a cuja renúncia foi alheio o processo eleitoral autárquico. Enquanto a demissão de Ana Rosa se consumou em meados deste mês, as dos outros três camaradas ocorreram no início do Verão, tendo Carlos Cidade invocado “questões de honra e de dignidade, pessoal e política”. Subjacente às renúncias de Martins, Maria do Rosário, Cidade e Ana Rosa esteve o desempenho do líder concelhio do PS/Coimbra no contexto do processo eleitoral autárquico. Os votos de Paulo Valério

Paulo Valério fez votos, entretanto, para que o PS/Coimbra seja “eticamente irrepreensível, intelectualmente estimulante e

genuinamente fraterno”. A declaração do jurista, comunicada ao “Campeão”, foi feita a propósito de uma notícia do nosso Jornal a apontá-lo como potencial sucessor de Henrique Fernandes na presidência da Comissão Concelhia conimbricense do Partido Socialista. Paulo Valério entende que a próxima eleição da referida Concelhia deve deixar de configurar um “ajuste de contas com o passado”. “Seria bom que se passasse a ajustar contas com o futuro”, declarou. Em reacção à notícia, o militante socialista aludiu à inexistência de qualquer processo eleitoral em curso. Para o antigo adjunto do governador civil Henrique Fernandes, o PS/ Coimbra “só voltará ao fulgor de outros tempos quando for, simultaneamente, um partido próximo dos militantes, eticamente irrepreensível, intelectualmente estimulante e genuinamente fraterno”. “Sem reunir estas condições, não ponderarei perfilar-me para qualquer candidatura”, acentuou. Fontes partidárias auscultadas pelo “Campeão” sugerem que, num cenário de antecipação da próxima eleição da Comissão Concelhia de Coimbra do PS, caso Paulo Valério se manifeste indisponível, poderá despontar a candidatura de Rodrigo Maia. Valério e Maia, entre outros camaradas, são conotados com a anterior coordenadora do Departamento Federativo de Mulheres Socialistas de Coimbra, Carla Violante, que é apoiante do líder da minoria federativa do PS, Mário Ruivo.

Águas de Coimbra

Processo disciplinar em “banho-maria” Um processo disciplinar instaurado a um ex-director da Águas de Coimbra (AC) chegou às mãos do instrutor no dia a seguir ao das eleições autárquicas, soube o “Campeão”.

Gilberto Lopes, o jurista nomeado pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) para proceder à instrução, foi habilitado para a desencadear a 12 de Outubro de 2009.

A decisão do Conselho de Administração da AC no sentido da abertura de um processo disciplinar visando João Santos Seco foi tomada a 30 de Abril (cinco meses e meio antes de o instrutor ter sido ha-

bilitado para o efeito). João Santos Seco, um dos dois directores «emprateleirados» há dois anos naquela empresa municipal, foi director de Manutenção e de Exploração de Sistemas.

O XVIII Executivo, o segundo de José Sócrates, tem sete novos ministros; seis são reconduzidos e três são governantes cessantes (que mudam de pastas). Alberto Martins, antigo presidente da Associação Académica de Coimbra, sucede a Alberto Costa no Ministério da Justiça e a nova titular da pasta do Ambiente, Dulce Pássaro, é natural de Oliveira do Hospital. Os outros cinco novos ministros são António Serrano (Agricultura), António Mendonça (Obras Públicas), Helena André (Trabalho e Solidariedade Social), Isabel Alçada (Educação) e Gabriela Canavilhas (Cultura). Permanecem nas mesmas pastas Luís Amado (Negócios Estrangeiros), Fernando Teixeira dos Santos (Finanças), Pedro Silva Pereira (Presidência), Ana Jorge (Saúde), Rui Pereira (Administração Interna) e Mariano Gago (Ciência e Tecnologia e Ensino Superior). Augusto Santos Silva transita dos Assuntos Parlamentares para a Defesa e

José Vieira da Silva da pasta do Trabalho e Solidariedade Social para a da Economia, cabendo a Jorge Lacão, anterior secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, substituir Santos Silva na articulação do Governo com a Assembleia da República. O ministro das Obras Públicas, António Mendonça, com a particularidade de ter sido conotado com o PCP, sucede a um antigo militante daquele partido (Mário Lino). João Tiago Silveira, que coadjuvou Alberto Costa, substitui Jorge Lacão como secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros. Como era expectável, cessaram funções, além de Manuel Pinho (outrora ministro da Economia), Nuno Severiano Teixeira (Defesa), Alberto Costa (Justiça), Francisco Nunes Correia (Ambiente), Jaime Silva (Agricultura), Mário Lino (Obras Públicas), Lurdes Rodrigues (Educação) e José António Pinto Ribeiro Cultura).

Secretarias de Estado

Isabel Oneto provável no MAI Isabel Oneto, ex-governadora civil do Porto, deverá ficar à frente de uma das secretarias de Estado do Ministério da Administração Interna (MAI), soube o “Campeão”. A jurista tinha sido investida, recentemente, na presidência da Autoridade Metropolitana portuense de Transportes. Outrora jornalista (da Agência Lusa e da revista Visão), Isabel Oneto poderá suceder a José Magalhães, desconhecendo-se ainda se serão reconduzidos José Miguel Medeiros e Rui Sá Gomes (os restantes secretários de Estado na dependência do MAI). Paulo Campos deverá continuar na Secretaria de Estado das Obras Públicas e, segundo o Jornal de Negócios, Correia da Fonseca poderá suceder a Ana

Paula Vitorino na Secretaria de Estado dos Transportes. Correia da Fonseca, professor do Instituto Superior de Economia e Gestão (tal como o novo ministro das Obras Públicas, António Mendonça), é o responsável pelo Plano Estratégico de Transportes, instrumento que se encontra em fase de consulta pública. Sérgio Vasques deverá suceder a Carlos Lobo na Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais e Bernardo Trindade poderá permanecer à frente da Secretaria de Estado do Turismo. Segundo o Jornal i, Guilherme Dray, professor de Direito, irá suceder a Pedro Lourtie, diplomata, na chefia do gabinete de José Sócrates.


FIGURAS E FACTOS

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A S C E N S O R A

S U B I R

Alberto Martins – Antigo presidente da Associação Académica de Coimbra e anterior líder do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República, está de regresso ao Governo (já tinha sido titular da pasta da Reforma Administrativa no segundo Executivo de António Guterres) para substituir o desgastado ministro Alberto Costa. Martins – que fizera valer o seu peso politico, recentemente, ao ficar à frente de Fernando Teixeira dos Santos (ministro das Finanças) na lista de candidatos a deputados socialistas à AR pelo círculo do Porto – tem pela frente o tremendo desafio de inverter o plano inclinado do patamar da Justiça. Aguiar-Branco – Com pezinhos de lã, o titular da pasta da Justiça no Governo de Pedro Santana Lopes acaba de ser eleito líder do Grupo Parlamentar do PSD. Face à eleição do futuro presidente social-democrata, pressente-se que José Pedro Aguiar-Branco conviverá melhor com Paulo Rangel do que com Nuno Morais Sarmento ou Pedro Passos Coelho. António Gonçalves – Inspector-chefe da Directoria do Centro da Polícia Judiciária, recebeu um louvor, na semana passada, pelo papel protagonizado naquela que foi a maior apreensão mundial de dólares norteamericanos. Enquadrado por Carlos Dias, coordenador de investigação criminal, o inspector-chefe dirigiu 13 subordinados durante uma operação cujo êxito deixou de olhos em bico algumas autoridades dos EUA. Francisco Assis – Chamado à liderança do Grupo Parlamentar do Partido Socialista na vigência do XIII Governo (o primeiro de Guterres), o ex-eurodeputado e antigo presidente da Câmara Municipal de Amarante está de volta à Assembleia da República para articular a sua bancada com as dos demais partidos e com o novo Executivo de José Sócrates. Simultaneamente dialogante e austero, perspicaz, sensato, corajoso e coerente (como demonstrou com a desautorização de Fátima Felgueiras quando ele era líder distrital do PS/Porto), Assis é o pronto-socorro de que Sócrates precisa no Parlamento. Jorge Lacão – Trata-se do único secretário de Estado do anterior Executivo a ingressar no actual como ministro. Assis é mais resoluto e brilhante, mas Sócrates, avesso a heterodoxos na governação, privilegia o rasgo na liderança parlamentar do PS. Jorge Jesus – O Benfica joga em Braga, sábado, no comando da Superliga de futebol. O treinador Jorge Jesus regressa ao Minho de «papo cheio», com 30 golos marcados e apenas cinco sofridos, em oito desafios. Sébastien Loeb – O piloto francês conquistou, domingo, pela sexta vez consecutiva, o título de campeão mundial de ralis. À partida para a última prova, na GrãBretanha, Mikko Hirvonen (finlandês) desfrutava de vantagem, mas a estrelinha da sorte voltou a brilhar para Loeb A

D E S C E R

João de Deus Pinheiro – Encabeçou a lista de candidatos a deputados do PSD à AR pelo círculo de Braga, mas não chegou a aquecer o lugar. Fica a sensação de que o ex-ministro só admitia permanecer no hemiciclo de São Bento se houvesse condições para ascender à presidência do Parlamento (segundo cargo da hierarquia do Estado). PUBLICIDADE

Boaventura Sousa Santos O director do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra foi condecorado pelo governo brasileiro com a Gran-Cruz da Ordem do Mérito Cultural de 2009, distinção que será entregue pelo presidente do Brasil, Lula da Silva, a 25 de Novembro, no Rio de Janeiro. A comenda já foi atribuída a várias personalidades de renome, brasileiras e estrangeiras, entre elas destacam-se o escritor Jorge Amado, o arquitecto Óscar Niemeyer, o fundador da TV Globo, Roberto Marinho, e o actual director-geral da Unitar, Carlos Lopes. Na sua actividade enquanto sociólogo, Boaventura de Sousa Santos tem vindo a trabalhar de muito perto com várias instituições académicas e estatais brasileiras. Entre as colaborações mais recentes destaca-se o diálogo entre o Observatório Permanente da Justiça Portuguesa, sediado no CES, e o Ministério da Justiça Brasileira, com vista à criação de um órgão idêntico no Brasil, assim como a parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais. António Barreto – O sociólogo António Barreto é o convidado da edição de hoje do ciclo de jantares intitulado “Na Quinta às quintas”. “Das dificuldades de governar Portugal” é o tema da conferência a cargo do exministro da Agricultura, a partir das 20h00, no hotel da Quinta das Lágrimas, em Coimbra. Trata-se da 15ª. palestra do ciclo organizado pelo Grupo Lágrimas em cooperação com a Fundação de Inês de Castro com o objectivo de criar um espaço onde sejam debatidos alguns dos grandes temas da actualidade. Estes eventos contam com a presença e colaboração, enquanto oradores, de figuras de relevo da vida nacional. Duarte Nuno Vieira O presidente do Instituto de Medicina Legal foi eleito presidente do Conselho Europeu de Medicina Legal. Duarte Nuno Vieira integra a direcção CEML desde Maio, altura em que Portugal recebeu o congresso da Academia Internacional de Medicina Legal, tendo sido o primeiro português a fazer parte daquele órgão. O CEML integra representantes de todos os países da Europa e tem por objectivo tratar de todas as matérias relativas à Medicina Legal no espaço europeu, nomeadamente a nível científico, educacional e profissional. Uma das finalidades principais é também a harmonização de procedimentos periciais entre os diversos paísesmembros. Com esta presi-

dência, Duarte Nuno Vieira faz um pleno, uma vez que preside à Academia Internacional de Medicina Legal, à Associação Internacional de Ciências Forenses e à Associação Mundial de Médicos de Polícia. É ainda vice-presidente da Sociedade Iberoamericana de Derecho Médico, preside ao Conselho Nacional de Medicina Legal e ao Conselho Médico-Legal e integra o Conselho Nacional de Ética para as Ciências da Vida. Ramos Catarino constrói sede do Lidl em Madrid – Depois de ganhar a construção do futuro supermercado Lidl de Vallecas, em Madrid, a empresa de engenharia e construção do Grupo Catarino a operar em Espanha garante outra importante obra na capital madrilena: a sede corporativa da prestigiada rede alemã de supermercados. Com um prazo de execução de dois meses, a obra, em Móstoles, Madrid, é o culminar de uma já longa colaboração entre os dois grupos empresariais – o Grupo Catarino executou para a rede de distribuição alimentar mais de uma dezena de obras na Península Ibérica. Face à conquista de obras significativas, nos últimos meses, a Ramos Catarino Espanha estima aumentar o volume de facturação na ordem dos 30 por cento em relação a 2008. Criado há 60 anos, o Grupo Catarino é composto por um conjunto de pequenas e médias empresas com actividade nas áreas de construção civil, decoração de interiores,

imobiliário, hotelaria, consultadoria e paisagismo. Jantar de despedida – O vice-presidente cessante da Câmara de Coimbra, João Rebelo, e outros dois vereadores eleitos pelo PSD, Marcelo Nuno e Mário Nunes, são obsequiados, hoje, com um jantar, no Centro de Eventos de Vale de Canas (Casal da Misarela). A confraternização foi organizada por pessoal dos gabinetes dos autarcas. Conhecer a dor – Até domingo, dia 1 de Novembro os visitantes do “Espaço Dor”, no Coimbra Shopping, podem informar-se e tirar dúvidas sobre a dor neuropática e os sintomas sugestivos desta doença. “A sua dor é real e tem um nome” é uma campanha de sensibilização que pretende alertar para uma doença que se estima que pode atingir 7,7 por cento da população, mas que mais de 70 por cento dos portugueses nunca ouviu falar. A campanha pretende também desvendar e incentivar a utilização de uma linguagem comum para descrição dos sintomas sugestivos desta doença, como a sensação de picada, formigueiro, queimadura, ou choque eléctricos. A iniciativa é da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor, do Instituto Português de Reumatologia, da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação e da Pfizer. Feira do Livro no Freixial Shopping – De hoje e até 9 de Novembro realizase no centro comercial Freixial Shopping, em Cantanhede, a 9.ª edição da Feira do Livro, onde se podem encontrar, no 1.º piso, uma grande diversidade de obras ao melhor preço. Esta iniciativa é uma parceria do centro comercial com a livraria Kiosque e inclui, também, a venda de Dvd’s a baixo preço. Dermatologia – O Hospital Distrital da Figueira da Foz promove, amanhã, a partir das 09h00, no Casino da Figueira da Foz, o evento “Encontrus com a Dermatologia: A prática do dia-adia”. As áreas terapêuticas que vão ser analisadas neste encontro são as mais frequentes na dermatologia actual e algu-

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mas delas são também as que têm maior incidência nesta altura do ano, como sejam a acne, a psoríase e a rosácea. “Com o intuito de nos conhecermos, e cientes da necessidade permanente de actualização na área da dermatologia, pretendemos partilhar experiências práticas e vivências clínicas, com colegas de outras especialidades e com todos os profissionais da saúde interessados nesta área, num ambiente que se deseja informal”, explica Rosa Mascarenhas, médica no Hospital da Figueira da Foz e uma das pessoas responsáveis pela coordenação do evento. Dvd’s educativos – O Continente, com o apoio do Alto Comissariado para a Saúde e do Ministério da Educação, oferece, no âmbito do projecto “Leopoldina, vamos crescer”, mais de 1 000 dvd’s interactivos com conteúdos didácticos e pedagógicos a alunos do 1.º ciclo do distrito de Coimbra. As escolas contempladas são as seguintes: Antuzede, Trouxemil, Botão, Marmeleira, Souselas, Colégio Bom Jesus, Cernache, Condeixa-a-Nova, Bom Sucesso, Aveleira, Instituto Educativo de Souselas, Bairro Azul e Almas de Freire. Os dvd’s são uma forma criativa e inovadora de transmitir valores e conhecimentos essenciais aos mais novos, em matérias como a alimentação, exercício físico, higiene oral e segurança. Evangelho oferecido à UC – O Livro de Durrow (Book of Durrow, em inglês) é um dos mais famosos manuscritos com iluminuras irlandeses e provavelmente o primeiro dos Evangelhos que marcou a arte nas ilhas britânicas no período pós-Império Romano. Escrito por monges nos primeiros anos do século XVIII, o livro estava já no mosteiro de Durrow no período entre 877 e 916, quando o rei da Irlanda lhe mandou fazer um oratório, para que pudesse ser adorado como uma relíquia. Um fac-símile, isto é, uma reprodução exacta deste livro, um dos mais importantes testemunhos da arte religiosa medieval, foi entregue, ontem, à Universidade de Coimbra (UC) pelo embaixador irlandês, James Brennan.


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ACTUALIDADE

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Defendeu o presidente da REN

Sustentabilidade energética dita combinação de meios de produção A aposta em energias renováveis “tem sido suportada pela percepção que a mudança climática está aí”, reconheceu o presidente da REN – Redes Energéticas Nacionais, defendendo que, no entanto, estas não resolvem o problema de abastecimento de energia, nem no país nem no mundo. As energias renováveis, apontou José Penedos durante o jantar-palestra do Clube de Empresários de Coimbra realizado na sexta-feira no Exploratório Ciência Viva, são inconstantes devido à sua própria natureza, pelo que a produção energética tem de ser complementada por centrais hidroeléctricas, a gás e, ocasionalmente, pela interligação a Espanha. Segundo o perito, a sustentabilidade energética do país passa pela combinação dos diversos meios de produção e pela racionalização deste “bem escasso”. José Penedos adiantou que até 2020 a meta do país é aumentar o abaste-

cimento por energias renováveis, racionalizar o sector e reduzir a dependência externa em 20 por cento. “A eficiência tem de ser geral, desde a produção ao consumo”, considerou, comentando que a evolução do sector vai permitir que os consumidores tenham consciência do preço de produção da energia ao longo do dia. O responsável máximo pela REN prevê que um novo paradigma energético vai emergir na próxima década. Actualmente “a oferta é que se adapta à procura”, no futuro será a “oferta a condicionar a procura”, referiu, sublinhando que a mudança de paradigma vai ter reflexos no comportamento do consumidor. “Acho que a mudança vai surgir com a massificação do carro eléctrico”, comentou, acrescentando que no futuro o parque automóvel “vai ter de ser considerado como parte integrante da produção de energia”.

O gestor disse que esta mudança acarreta “enormes desafios” para as redes de transporte de energia, cuja gestão ditará o desenvolvimento das chamadas redes inteligentes (“smart grids”). A mudança tecnológica vai obrigar, precisou o especialista, ao aumento exponencial do investimento nas redes de transporte de electricidade – de 50 milhões de euros/ano na década de 90 passará para 350 milhões de euros/ano até 2014. Este esforço de investimento nas redes implica igualmente a aposta em tecnologia de controlo e distribuição, o que, notou José Penedos, representa uma oportunidade de ouro para as empresas tecnológicas. O novo modelo pressupõe designadamente a introdução da telegestão no sector – por via de contadores digitais, nomeadamente com tarifas bi-horárias, que permitem distinguir a variação dos preços da produção da ener-

gia – que vai ser um importante aliado do consumidor, já que, e na óptica do gestor, “este terá um papel decisivo na racionalização e uso da energia”. “A mudança climática e a mobilidade eléctrica [decorrente do uso de carros eléctricos] são impulsos que têm de ser lidos” pelos agentes intervenientes no sector, até porque, realçou, “a forma como a sociedade se mobiliza a nível energético é determinante para o futuro: quem melhor lidar com o peso do CO2 na economia vai ter maior sucesso”. A combinação de meios de produção permite que Portugal encare a próxima década com sossego, afir mou José Penedos, não descartando, no entanto, a hipótese de no futuro ser necessário investir em centrais nucleares. “A minha convicção é que na próxima década vai surgir um novo tipo de nuclear [sem praticamente resíduos nucleares] que permitirá a aceitabilidade dos cidadãos”, concluiu.

Dona Missanga, em Coimbra

Acessórios de moda fazem a diferença “Dona Missanga” é um novo espaço de acessórios de moda feminina que abriu junto ao Coimbra Shopping, por baixo da Portugália, destinado a mulheres que buscam um adereço que pode fazer a diferença, numa forma de vestir descontraída, ou mais formal. A proprietária, Filipa Freire da Silva, é uma jovem, professora no Jardim-escola João de Deus, que faz a sua estreia na actividade empresarial por conta própria, mas tens já conhecimentos adquiridos, dado que a sua mãe possui uma loja do género, em Lisboa. No novo espaço, em Coimbra, é possível encontrar colares, brincos, pulseiras, cintos, cachecóis, vestidos, carteiras, écharpes,

estando prometido para o Verão biquinis, sandálias, túnicas, havaianas, etc. Na inauguração, no sá-

bado, Filipa Freire da Silva contou com a presença e o apoio dos pais, assim como de muitos amigos,

que não quiseram perder a oportunidade de lhe desejar felicidades para esta nova aposta.

João Filipe e Maria de Fátima, pais de Filipa Freire da Silva, o casal Cristina Rio Torto e José Carlos Martins, e os filhos Marta Rio Torto e Rui Pedro Ramos Martins

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

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Academia de Teatro Helen O´Grady

ABERTURA Outubro de 2009 RAMO Educação MORADA R. João da Cunha Marques, lote 2, 2.º frt, 3200-151Lousã SÍTIO http://academiadeteatrohelenogrady.blogspot.com ENDEREÇO ELECTRÓNICO helenogrady.pt@gmail.com

Ensinar Inglês através do teatro é o desafio de duas jovens professoras que trouxeram para Portugal a Academia de Teatro Helen O´Grady, organização originária da Austrália vocacionada para desenvolver as capacidades sociais de crianças e jovens, como seja falar em público. Pioneiro no país, o projecto, com provas dadas ao nível pedagógico e entretenimento, existe há 30 anos e está implementado em 26 países, entre os quais Espanha. Adeptas confessas do teatro, Liliana Brites e Ana Vaz há muito que desejavam divulgar a língua inglesa de uma forma diferente do sistema de ensino público. “Nós usamos a estratégia do teatro para ensinar Inglês”, conta, salientando que nesta academia “não usamos livros nem nada do género. Aliamos, sim, a técnica do teatro à língua”. A base das aulas é em Português, sendo que um dos objectivos é aumentar a auto-estima e confiança das crianças. “Sobretudo para as mais envergonhadas, a confiança é muito

importante para que aprendam a falar em público”, nota a professora de Português/Inglês, acrescentando que cada aula “é muito intensa e energética, com expressão corporal, Inglês e expressão dramática”. Com actividades desde o início do mês, a Academia de Teatro, adianta, está a surpreender pela positiva os mais novos, que, por vezes, são inscritos mais por opção parental do que por iniciativa da criança: “Esta é uma hora de brincadeira em que elas fazem de princesas, formigas... é uma hora em que podem dar largas à imaginação e criatividade”. Com actividades em Coimbra (às segundas-feiras na sala 2 do 1.º piso da Torre do Arnado e às terças-feiras na EB1 das Lages, cuja turma está ainda por constituir), Lousã (às segundas-feiras na sede da Sociedade Filarmónica Lousanense), Miranda do Corvo (às terças-feiras no Grupo Recreativo Mirandense), Penela (às quartasfeiras na Sociedade Filarmónica Penelense) e Vila Nova de Poiares (às quartas-feiras na Filarmónica Fraternidade Poiarense), a academia funciona sempre

Ana Vaz e Liliana Brites durante a formação em Bristol, Inglaterra

das 18h30 às 19h30. Temos, confidenciou, preferência por instalações de filarmónicas “porque precisamos de espaços muito amplos e com chão em madeira e boa acústica”. Com esta colaboração, as filarmónicas não só rentabilizam as suas instalações como garantem descontos para os seus membros na academia. Neste momento, a Academia de Teatro Helen O´Grady trabalha com crianças dos cinco aos 12 anos, mas prevê criar dentro em breve turmas préescolares – o Jardim de Infância de Poiares é um dos espaços candidatos a acolher as actividades dos mais novos – e de adolescentes.

As actividades decorrem uma vez por semana, sendo que as secções do primeiro período (10 semanas) custam 90 euros em Coimbra, enquanto nos restantes pólos custam 75 euros. “No terceiro período lectivo vamos preparar uma peça de teatro final, em que todos os alunos participam. Em Coimbra será apresentada no Dolce Vita e nos outros pólos em cine-teatros”, adianta a directora pedagógica do projecto. Para não inibir as crianças, os pais não assistem às actividades, sendo que, garante Liliana Brites, “em todos os períodos teremos o ‘dia dos pais’ que podem assistir e ver como a criança evoluiu”. Além disso,

frisa, “também mandamos regularmente cartas aos pais para os pôr a par do progresso dos filhos e certificados para incentivar as crianças”. “Acho que todos os meninos têm muita criatividade, mas que por vezes não têm hipótese de a pôr em prática”, comenta, referindo que “esta é uma hora em que as crianças estão no reino da fantasia”. “Mal entram ali, entram no mundo da magia, em que todos têm nomes mágicos. Porquê? Porque um dia podem ser actores famosos e todos usam pseudónimos!”, explica, sublinhando que um dos segredos do sucesso passa pela capacidade de “descermos aos níveis deles”.

Plural celebra aniversário com inauguração em Faro A cooperativa farmacêutica Plural assinala amanhã, sexta-feira, o 35.º aniversário com a inauguração de um novo armazém em Faro, junto ao Mercado Abastecedor da região. A cerimónia vai ser animada pela pianista Rita Namorado e conta com jantar no Palácio de Estói. A cooperativa sedeada em Coimbra dá assim continuidade ao seu plano de expansão nacional, sendo que com a plataforma logística de Faro a cooperativa alarga a sua capacidade de intervenção a praticamente todo

o território português. A partir de Coimbra, Covilhã, Caldas da Rainha, Santa Maria da Feira e agora Faro, a Plural leva medicamentos a todos os distritos do país, à excepção de Bragança. A sede da PLURAL, Crl obteve há mais de três anos a tripla certificação na Gestão da Qualidade, Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho, bem como o registo do EMAS, segundo as normas ISO 9001:2000, IS0 14.001:2000, OHSAS 18.001:1999 e o Regulamento do EMAS, respectivamente.

A Plural implementou um sistema automatizado para o aviamento das encomendas da empresa austríaca KNAPP, constituído por duas máquinas automatizadas, SDA (system dynamic automatation) e LMS (lower mechanism system) e duas semiautomatizadas, o MPS (Manual Picking System, através de rádio frequência) e o sistema de frio MVC (Modular Vertical Carousel). Resultante da fusão das cooperativas farmacêuticas Farbeira, Cofarbel e Farcentro, a instituição adoptou em Novem-

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B R E V E S

Expressão dramática aliada ao Inglês

BENEDITA OLIVEIRA

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A cooperativa farmacêutica Plural está sedeada em Coimbra

bro de 2008 uma nova designação e imagem, após um período de tran-

sição em que se denominou Cooperativa Farbeira Cofarbel Farcentro.

Diaton com TAC mais detalhado A Diaton de Coimbra investiu num equipamento de Tomografia Axial Computorizada (TAC) concebido com o objectivo de proporcionar uma imagem de grande qualidade e um nível de radiação X reduzido. O TAC Somatom Sensation 64 é uma solução inovadora para diagnóstico oncológico e avaliação de lesões suspeitas. Fornece ainda uma gama de ferramentas inteiramente automatizadas, especificamente concebidas para apoiar os médicos na área da imagem oncológica. Inclui também ferramentas específicas para o estudo dos pulmões e para o estudo não invasivo do cólon, assim como aplicações dedicadas à avaliação de vasos intracranianos e à medição de estruturas ósseas mandibulares, para planeamento de cirurgia oral e colocação de implantes.

Conclusão com inscrições abertas A Conclusão – Estudos e Formação, Lda tem abertas as inscrições para diversos cursos de formação financiada em diversas cidades da região. Em Águeda, a Conclusão de Águeda disponibiliza formação para técnico de mesa-bar e técnico de refrigeração e climatização, enquanto em Arganil é de técnico instalador de sistemas solares fotovoltaícos. Já na Figueira da Foz vão abrir três cursos para técnico de instalações eléctrica, técnico de mesa-bar, técnico de obra/consultor de obra. Em Góis, a Conclusão avança com o curso de técnico instalador de sistemas solares térmicos e na Lousã com o de técnico de recursos florestais e ambientais. Por último, na cidade de Oliveira do Hospital o curso a abrir é de topografia. As acções de formação decorre em horário diurno.

Bluepharma prepara entrada no mercado norte-americano A agência responsável pelo controlo dos medicamentos nos EUA, a Food and Drug Administration (FDA), deu o seu aval à entrada da Bluepharma no mercado norte-americano. Trata-se de uma importante vitória para a empresa de Coimbra não só porque este é o maior mercado farmacêutico do mundo, mas também porque a Bluepharma é a primeira empresa portuguesa deste sector de actividade a obter a certificação daquela entidade internacional para a produção de formas farmacêuticas sólidas. A farmacêutica vai produzir três medicamentos genéricos nos EUA, um anti-parkinsoniano, um anti-diabético e um anti-epilético.


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Campeonato europeu de sub 19 decorre em Coimbra, Lousã e Anadia

Modalidade confere visibilidade à região Centro

A organização da prova foi assumida após a desistência da Roménia, devido a razões económicas. Portugal, que apenas era candidato à organização do campeonato em 2010, criou em pouco tempo condições para acolher o evento desportivo, depois da Federação Internacional de Râguebi Amador – Associação Europeia de Râguebi (FIRA-ERA) atribuir à federação portuguesa, através do comité regional do Centro, a organização do Campeonato da Europa (sub 19). Sabendo à partida da dificuldade logística que acarretaria um evento desta natureza e dispondo de parcos quatro meses para o início da prova, a organização conseguiu mobilizar e congregar esforços de todos os que, a nível nacional e, em particular, na região Centro, partilham a paixão pelo râguebi. Coimbra, Anadia e Lousã são os locais onde, desde domingo, estão a decorrer os jogos do Campeonato Europeu de Râguebi (sub 19). A prova conta com a participação de oito selecPUBLICIDADE

ção Portuguesa de Râguebi, Comité Regional de Râguebi do Centro e pelas câmara municipais de Coimbra, Lousã e Anadia, o Campeonato Europeu conta com a participação de oito equipas, envolvendo cerca de 300 jogadores, 50 dirigentes e várias equipas de arbitragem. A par da divulgação da modalidade, a prova constitui uma oportunidade privilegiada para dar a conhecer Portugal e a região Centro enquanto destino turístico.

até ao próximo domingo, a região Centro é palco de doze jogos. A final vai ser

disputada no Estádio Sérgio Conceição, a 31 de Outubro, a partir das 16h30 e contará

com a presença do presidente da FIRA-ERA, Jean Claude Baquet.

Campeonato visa promover o râguebi

Aposta na descentralização

D. R.

Selecção lusa cedeu aos transalpinos

O campeonato iniciouse no último domingo, no Estádio Sérgio Conceição, com o jogo entre as selecções de Portugal e Itália. Frente à selecção apontada como favorita, a equipa lusa acabou por se estrear no Europeu com uma derrota por 45-5. Fisicamente muito forte e actual líder europeia, a selecção italiana colocou-se em vantagem logo aos 10 minutos, com um ensaio de Permaria Leso e um pontapé de transformação pelo capitão transalpino Edoardo Gori. O único ensaio para a equipa de Portugal foi convertido por Diogo Santos, aos 65 minutos. Durante esta semana e

A escolha da região Centro para acolher o Campeonato Europeu de Râguebi (sub 19), prestigiante prova internacional, deve-se a uma intenção clara de descentralizar a modalidade e, simultaneamente, reconhecer o trabalho que tem vindo a ser realizado pelos clubes e pelo comité regional do Centro. O presidente da comissão organizadora, César Pegado, admitiu ao jornalistas, na conferência de imprensa de apresentação da prova, uma clara intenção de “divulgar e impulsionar a modalidade na região Centro” e, simultaneamente, promover o râguebi junto

dos mais jovens, para que estes se interessem por este desporto. Soares Alves, vice-presidente da Federação Portuguesa de Râguebi, admitiu que este é um evento muito importante para a afirmação da modalidade em Portugal, ideia partilhada pelo presidente da Federação Internacional de Râguebi Amador – Associação Europeia de Râguebi, Jean Claude Baquet, para quem a prova constitui, à semelhança de outros eventos desportivos, uma forma de elevar o nível desportivo em países com menor tradição na modalidade, como é o caso de Portugal.

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“Deixámos marcas no século passado e vamos mantê-las no Futuro”

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G. B.

ções, designadamente, Portugal, Itália, Geórgia, Rússia, Bélgica, Espanha, Polónia e Alemanha, que vão disputar entre si o título de campeão europeu sub19 e, consequentemente, o apuramento directo para o Mundial (sub 20), que se disputa em 2010. O presidente da comissão organizadora, César Pegado, admite que a preparação de uma prova desta envergadura exigiu “um esforço suplementar e um enorme empenho de todos”. Contudo, perante a desistência da Roménia, o responsável considera que Portugal não podia desperdiçar a oportunidade de provar a sua capacidade para acolher um evento desta natureza. “Toda agente colaborou neste trabalho hercúleo de forma empenhada e voluntária”, afirmou César Pegado, enaltecendo o apoio incondicional das autarquias de Anadia, Coimbra e Lousã, bem como das equipas da Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra, do Núcleo de Rugby da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra, do Rugby Club da Lousã e do Moita Rugby Clube da Bairrada, em cujos campos decorrem os vários jogos. Organizado em conjunto pela FIRA-ERA, Federa-

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Trata-se de um desafio ao mais alto nível e é assumido como tal pelos seus responsáveis. Até ao dia 31 de Outubro, enquanto decorrer o Campeonato Europeu de Râguebi (sub 19), a região Centro está transformada num verdadeiro centro desportivo da modalidade.

Apoiamos e equipa de Rugby da Académica

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Felicita o Rugby Clube da Lousã pela passagem do seu aniversário


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Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra

Moita – Rugby Clube da Bairrada

Estabilidade favorece râguebi academista

Quebrar paradigmas dentro da modalidade

Herdeira de uma forte tradição na modalidade, a equipa de râguebi da Académica disputa actualmente o campeonato nacional da Divisão de Honra da modalidade. Apesar da forte concorrência, no plano competitivo, o objectivo são os lugares cimeiros, digno propósito de uma equipa com tradição a nível nacional. A história do râguebi academista remonta a 1936, altura em que alguns entusiastas começam a dar os primeiros passos na modalidade. No ano seguinte, um jogo de demonstração no Campo de Santa Cruz, durante a Queima das Fitas, acabaria por marcar o início de uma longa caminhada desportiva que viria a tomar novo fôlego em 1955, com a intervenção de António Sá Lima. Estudante de Coimbra e adepto da modalidade, é ele um dos responsáveis pela reestruturação da secção de râguebi da Associação Académica de Coimbra (AAC), cujo

O plantel sénior masculino do MRC Bairrada

A equipa de râguebi da Académica (época 2009/2010)

modelo ainda hoje se mantém. Alcançada a estabilidade financeira, os dirigentes da Académica procuram agora criar uma estrutura que permita lutar pelo título. Jaime Carvalho, presidente da Direcção, considera que o caminho para os bons resultados terá de passar pela estabilidade desportiva da equipa e por uma aposta forte na captação e formação de novos atletas. “Este é um desporto colectivo, onde só o trabalho em conjunto permite atingir o objectivo”. Se-

gundo o dirigente academista, esta máxima define a essência do râguebi e aplica-se dentro e fora do campo. Jaime Carvalho recorre a um adágio popular – “sem ovos não se fazem omoletes” – para evidenciar a importância de apostar na formação para garantir o futuro da equipa de râguebi da Académica. Actualmente, a secção conta com 212 atletas inscritos, distribuídos pelos diversos escalões de competição e formação. Aumentar este número e a pre-

sença de atletas nas selecções nacionais de formação são objectivos igualmente importantes. Proporcionar aos atletas as melhores condições possíveis é uma das principais preocupações dos dirigentes da secção de râguebi da AAC, razão pela qual o facto de o clube dispor de três campos para a prática desportiva (Estádio Universitário, Estádio Sérgio Conceição e Santa Cruz) constitui motivo de orgulho para Jaime Carvalho e restantes elementos da Direcção da Académica.

Em 1975, quando um entusiasta do râguebi teve a ideia de criar um clube na pequena localidade da Moita, concelho de Anadia, poucos imaginariam que esse projecto vingaria e viria a afirmar-se no panorama nacional da modalidade. O Moita – Rugby Clube da Bairrada participa actualmente no campeonato nacional da II Divisão, através de uma equipa masculina, e aposta sobretudo na divulgação da modalidade junto dos mais jovens, com vários escalões de formação. Para além da equipa de veteranos, também a equipa de râguebi feminina participa com regularidade em vários torneios nacionais e internacionais.

“Quebrar alguns paradigmas e introduzir uma nova mentalidade” no râguebi do clube é o objectivo apontado por José Carlos Almeida, presidente da Direcção do Moita – Rugby Clube da Bairrada. A aposta num quadro técnico renovado e com maior formação é encarada como um dos caminhos a seguir para consolidar a vertente competitiva e criar condições para que a equipa sénior masculina possa subir à I Divisão nacional nos próximos três anos. A comemorar 35 anos, o Moita – Rugby Clube da Bairrada poderá em breve vir a contar com uma equipa de râguebi feminino a disputar o campeonato, objectivo assumido pela Direcção.

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Núcleo de râguebi da Associação de Estudantes da Escola Superior Agrária de Coimbra

Rugby Club da Lousã

Aposta na formação é garante de futuro

Desporto ao serviço da comunidade

As “Charruas”, equipa feminina da Agrária

A aposta na formação humana e pedagógica, complementada com várias actividades lúdicas em paralelo com o desporto, é uma das vertentes valorizadas pelo núcleo de râguebi da Escola Agrária de Coimbra. João Alberty, dirigente, sublinha a importância de “incutir nos jovens os princípios do râguebi”, uma forma de estar no desporto que tem aplicação para o resto da vida. Manter a equipa na I Divisão e, eventualmente, subir um lugar na classificação, é o objectivo definido para a equipa sénior masculina. Quanto às atletas femininas, João Alberty espera que consigam “renovar o título de campeãs nacionais de sevens e recuperar o títu-

lo e a taça do campeonato nacional de râguebi de treze”. As referências iniciais à prática de râguebi na Escola Superior Agrária de Coimbra datam da década de 40 [séc. XX], contudo, é só em 1962 que surge a primeira equipa federada, com a designação de Escola de Regentes Agrícolas de Coimbra. Apesar do forte impulso e desenvolvimento inicial – devido em grande parte ao atleta, treinador, professor e director da escola, França Martins – há, após 1975, um interregno na actividade desportiva que só é retomado em 1992, quando um grupo de estudantes, entusiastas da modalidade e caloiros, se lançaram na

João da Franca

Os veteranos do RCL na Madeira (2008) O plantel sénior masculino da Agrária

criação do núcleo de râguebi dentro da Associação de Estudantes da Escola Agrária de Coimbra. Em 1994 a equipa volta a adquirir o estatuto de federada e volta ao activo. Na época de 2000/ 2001 surge o râguebi feminino na Agrária e imediata participação nos torneios nacionais, que viria a dar frutos no ano seguinte, com a conquista do Campeonato Nacional Feminino e do Torneio Nacional de Sevens. As “charruas”, como são carinhosamente designados os atletas da Agrária, têm vindo a conquistar títulos sucessivos, provando que o râguebi não é desporto só para homens. Actualmente com cerca de 175 atletas inscritos, o

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râguebi da Agrária conta ainda com cinco escalões de formação, envolvendo cerca de 90 jovens com idades compreendidas entre os 6 e os 15 anos. Esta aposta em novos talentos começou há cerca de cinco anos, dotando os atletas do clube com as necessárias competências técnicas e, posteriormente, com a criação dos escalões de formação, no âmbito de um projecto designado de “Escola de Campeões”. À captação de novos atletas para os escalões de formação, segue-se uma abordagem que permite um melhor conhecimento e fidelização da modalidade. “O aspecto competitivo só surge no fim deste percurso”, explica João Alberty.

“Vamos longe para fazer amigos” é o lema do Rugby Club da Lousã (RCL). Assim é desde 1973, quando José Redondo resolveu apresentar uma bola de râguebi a um grupo de alunos da Escola Preparatória de Carlos Reis, onde leccionava Educação Física. Actualmente, o RCL tem cerca de 200 atletas. Para além de duas equipas séniores masculinas – integradas na I e II Divisão – o clube conta com uma equipa feminina e vários escalões de formação que envolvem jovens dos 8 aos 18 anos. Consciente da importância de promover o desporto e, em particular, divulgar o râguebi, José Redondo, fundador e actual presidente da Assembleia-Geral do Rugby Club da Lousã, considera fun-

damental “dinamizar os escalões jovens e melhorar as infraestruturas para a prática desportiva”. Sério candidato ao título na I Divisão nacional, o RCL leva muito a sério o lema que, desde a sua fundação, tem orientado dirigentes e atletas. Indo longe para fazer amigos e participar em competições da modalidade, o clube é hoje um digno embaixador da região Centro e do râguebi português, contando com deslocações a África do Sul, Andorra, Espanha, França e Itália, entre outras, para além de percorrer Portugal e regiões autónomas, na disputa de jogos e em iniciativas que sublinham o espírito desportista da modalidade. Igualmente, pelo râguebi, a Lousã recebe regularmente a visita de equipas de todo o mundo.


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Entidade instituidora da Escola Universitária de Vasco da Gama

Congresso fundador realiza-se sábado

Aspectos de contas da Associação Cognitária participados ao MP

Sindicatos agrupam-se na UGT-Coimbra

R.A.

Aspectos relacionados com as contas da entidade instituidora da EUVG Escola Universitária de Vasco da Gama (a ACSJM - Associação Cognitária de São Jorge de Milreu) acabam de ser participados ao Ministério Público (MP), soube o “Campeão”. A comunicação foi feita através da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, mas Euclides Carreira

declinou prestar declarações sobre o assunto. A um dos episódios dados a conhecer à entidade titular da acção penal está ligada a anterior tesoureira da ACSJM, Sónia Soares Coelho, filha da presidente do Conselho Fiscal, Sónia de Sousa Mendes (condenada por peculato enquanto funcionária da área da acção social na Escola Secundária da Lousã). Outro caso prende-se com a transferência de 60

000 euros de uma conta bancária da Associação Cognitária (sem fins lucrativos) para outra do antigo director Norberto Canha. Os valores a que está associada a ex-tesoureira correspondem a montantes reduzidos (centenas de euros), mas há um caso em que Sónia Coelho está sob suspeita de ter tentado desviar para a entidade instituidora da EUVG uma dívida contraída por

Canha “ameaçou” deixar advogada sem respostas Um catedrático jubilado de Medicina alertou, segunda-feira, o Tribunal de Coimbra - Vara Mista para a possibilidade de deixar sem respostas perguntas feitas por uma jovem advogada que representa a entidade instituidora da Escola Universitária de Vasco da Gama. Norberto Canha, na qualidade de testemunha, irritou-se com uma questão posta pela causídica, tendo deixado claro que o seu azedume se prende com a co-ré Sociedade Mosteiro de São Jorge (SMSJ). Valeu, na circunstância, a serenidade da juíza interveniente, pois a magistrada judicial pôs «água na fervura», tendo feito ver ao catedrático (com idade para ser avô da advogada) que a jovem jurista se limitava a exercer o seu papel. A advertência de Norberto Canha, ex-presidente do Conselho de Administração dos Hospitais da Universidade de Coimbra, ocorreu durante a audiência de julgamento de uma acção apresentada por um cidadão para demandar duas rés, a Associação Cognitária de São Jorge de Milreu (ACSJM), proprietária do alvará da Vasco da Gama, e a SMSJ. Octaviano Carvalho, que prescindiu de direitos sobre a quinta onde funciona a Escola Universitária por ocasião da venda do terreno (pertencente, hoje em dia, à Mosteiro), reclama dezenas de milhar de euros.

Norberto Canha, outrora director da Associação Recreativa de Coimbra Artística (ARCA), interveio num invocado acordo outorgado por Octaviano Carvalho, mas as rés contestam as pretensões do autor da acção. Para o advogado José Salgueira Afonso, que representa o demandante, as rés (a Mosteiro “de forma bem mais acentuada”) aludiram a factos alegadamente falsos e negaram outros que elas saberão ter existido. Segundo a testemunha, a SMSJ protagonizou uma “participação instrumental” quando, há uma década, a Associação Cognitária se propôs criar a EUVG. Neste contexto, Canha fez notar que os filiados na entidade instituidora (sem fins lucrativos) eram, simultaneamente, membros da referida sociedade por quotas. Mais tarde, numa fase que coincidiu com a de dificuldades financeiras sentidas pela Vasco da Gama, o empresário António Calvete ingressou em ambas as instituições (ACSJM e SMSJ), sendo actualmente o principal sócio da Mosteiro e tendo acabado por se desvincular da proprietária do alvará da EUVG. Canha, uma das raras pessoas que continuam a pertencer às duas instituições, insurgiu-se contra Calvete por entender que os fins prosseguidos pela SMSJ (senhoria da Associação Cognitária) levantaram dificuldades à viabilidade da Escola Universitária.

Equipa feminina de judo

ACM trouxe taça para Coimbra As judocas da Associação Cristã da Mocidade (ACM) de Coimbra conquistaram a Taça de Portugal, edição 2009, no Pinhal

Novo, Palmela. O mérito é de Ana Sousa, Joana Ramos e Uta Kuehenen, sob a orientação técnica de Fausto Carvalho (todos na foto).

uma empresa de que ela é sócia. O presidente da ACSJM, Luís Vilar, que terse-á casado, recentemente, com Sónia Soares Coelho, imputou uma alegada tentativa de fraude ao empresário credor da firma dela e responsabilizou a técnica de contas da instituição e o secretário-geral, Américo Baptista, ex-marido da anterior tesoureira. Interpelado pelo nosso Jornal, o referido empresário afirmou que porá tudo “em pratos limpos se Luís Vilar insistir na calúnia”. Neste contexto, Euclides Carreira, revisor oficial de contas, recomendou à proprietária do alvará da EUVG que, no futuro, se abstenha de permitir a contabilização de documentos sem correspondência a reais transacções de bens ou serviços. Acresce que, em Agosto de 2009, Carreira fez saber a Vilar que importa esclarecer a situação de um activo que se tem arrastado nas contas da instituição – os 60 000 euros postos à ordem de Canha. Em reunião da Assembleia Geral da ACSJM, há sete meses, Norberto Canha fez uma declaração de voto a assumir o débito, mas sustentou que o mesmo já deveria ter sido objecto de compensação à luz de alegados créditos dele sobre a SMSJ - Sociedade Mosteiro de São Jorge (senhoria da entidade instituidora da Vasco da Gama). Instado pelo “Campeão”, o recém-eleito tesoureiro da associação sem fins lucrativos, Fernando Crespo, fez depender quaisquer considerações do desfecho de uma auditoria que disse ter pedido acerca das contas.

O congresso fundador da união sindical UGT-Coimbra realiza-se no próximo sábado, dia 31, no Hotel D. Luís, sendo a primeira estrutura distrital do género a ser constituída no país. As Uniões, cuja criação foi aprovada no XI Congresso da UGT, terão uma Direcção eleita em reunião magna própria, apoiada por um secretário executivo a tempo inteiro e por outros meios humanos, que sejam possíveis de recrutar de acordo com as disponibilidades financeiras. Em Coimbra, o congresso fundador terá início às 9h30, procedendose à eleição da mesa, aprovação do regimento, deliberação sobre a constituição da União, discussão e votação dos estatutos e da declaração de princípios, bem como do programa de acção. Decidir-se-à, ainda, a composição do Conselho Geral, as quotizações sindicais e proceder-se-à à eleição dos órgãos estatutários. A UGT-Coimbra terá como principal tarefa, “o tratamento das questões ligadas à política sindical da região, a articulação com as autarquias, para além do apoio ao trabalho dos Sindicatos filiados e da realização de outras actividades relacionadas com os problemas do quotidiano dos trabalhadores”. “Como estruturas mais representativas da sociedade civil, os sindicatos assumem um papel central e de crescente relevância na defesa individual e colectiva dos trabalhadores e, por via dessa acção, na construção de uma sociedade mais justa e solidária”, refere o Sindicado dos Bancários do Centro, na qualidade de filiado na UGT e de co-organizador do congresso fundador da UGT-Coimbra. Recorda-se, a propósito, que “no sentido de uma melhor implementação ‘no terreno’ da sua actividade, o XI Congresso da UGT aprovou a cons-

tituição de uniões sindicais, reforçando assim a estrutura regional da UGT, em apoio directo aos sindicatos que intervêm na respectiva área geográfica”. “Não obstante sempre ter rejeitado a constituição de uniões como órgãos de agitação político-partidária numa determinada região, a UGT entende este tipo de organização como estruturas de coordenação da actividade dos sindicatos, em termos de intervenção sindical, sindicalização e de uma melhor acção a nível das empresas, criando condições para o alargamento da acção dos sindicatos”, esclarece-se. Acrescenta-se, ainda, que “a defesa dos valores e dos princípios do sindicalismo democrático, que constitui para a União Geral de Trabalhadores um imperativo social e políticos, será melhor realizada com a descentralizarão da sua própria estrutura, substituindo as actuais delegações regionais por órgãos com maior autonomia e proximidade dos cidadãos e de toda a sociedade civil, o que num país como Portugal, em que as assimetrias são substanciais, se espera se transforme numa mais-valia para os trabalhadores”. (Des)emprego

Também no sábado, no Hotel D. Luís, a partir das 15h00, a UGT promove um seminário sobre “Combater o desemprego - defender um emprego mais qualificado e de qualidade”. A sessão de abertura contará com a presença do presidente da Mesa da UGT-Coimbra e do secretário-geral da UGT, João Proença, seguindo-se uma mesa-redonda com Armando Nunes da Silva, delegado regional do Centro do IEFP, Alfredo Rodrigues Marques, presidente da CCDRC, e José Reis, director da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.


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Domingo, no Parque do Baião

Feira dos Santos recheada de mel, castanha e animação

Por estes dias, e à semelhança do que acontece um pouco por todo o país, as famílias do concelho de Góis esmeram-se na limpeza e ornamentação dos cemitérios local. Assim manda a tradição em vésperas de Dia de Todos os Santos. É por estes dias também que há já alguns anos se realiza na vila uma feira associada a este tempo de memórias. A designada “Feira dos Santos, do Mel e da

a apresentarem as suas melhores receitas doces, tendo os frutos secos e o mel como ingredientes principais. Este ano, o concurso estendeu-se também a restaurantes e panificadoras, factor que fez aumentar o número de participantes e, consequentemente, a oferta. Em plena feira, aonde os bolos e doces serão dados a provar, os concorrentes ouvirão o veredicto final. De acordo com o site da Câmara Municipal de

Góis, no passado o castanheiro (castanea sativa) teve grande relevância na região tendo inclusivamente originado alguns pratos confeccionados com este fruto, nomeadamente, a tão conhecida sopa de castanhas. Neste caso, o que vai estar em destaque é o lado mais doce do popular fruto. Outro concurso, que agora soma a segunda edição, é o do mel com DOP (Denominação de Origem Protegina), no caso, Mel da Serra

da Lousã. Com o Inverno à porta, esta feira de Góis é uma oportunidade para os apreciadores de mel se abastecerem e conhecerem “in loco” o trabalho daqueles que se dedicam a uma das mais ancestrais actividades da região, a apicultura. O Mel da Serra da Lousã é conhecido pelas suas propriedades antireumáticas, diuréticas e de protecção contra os cálculos biliares, e há quem dele não prescinda na altura do frio para

adoçar o chá e outras bebidas quentes. Uma boa altura para o provar é, precisamente, no dia 1 de Novembro, em Góis, na Feira dos Santos. O artesanato vai marcar presença, uma vez mais. Duas dezenas de artesãos, alguns de fora do concelho, vão vender os seus produtos e trabalhar ao vivo. A oferta será variada e mais um pretexto para uma visita a Góis por ocasião do Dia de Todos os Santos.

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Castanha” tem lugar no calendário a dia 1 de Novembro e é já um pólo agregador da população local e também de pessoas de outras localidades, atraídas pela oportunidade de provarem e comprarem produtos endógenos, como o mel e as castanhas. A feira começa bem cedo, por volta das 7h00, e prolonga-se até às 18h00. Durante a manhã, haverá um torneio de malha, entre colectividades, e o Grupo de Concertinas de Góis vai dar o tom de festa pelo parque. Depois do almoço, por volta das 14h30, vão ser postos à prova os bolos e doces de castanhas e mel que entraram no concurso que também anima este certame. Ao longo da semana, os goienses foram desafiados

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A Feira dos Santos do Mel e da Castanha anima a vila de Góis, este domingo, dia 1 de Novembro. Uma vez mais, o ponto de encontro e confraternização é o Parque de Lazer do Baião.

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Contribuinte Fiscal PT 503 265 330; Cap. Social \30.000,00 Conservatória do Registo Comercial de Góis Nº 377/940921

SEMIDE (MIRANDA DO CORVO) Sector dos viveiristas revela pujança

Trinta expositores presentes na 10.ª edição da Feira da Árvore Este ano, a Feira da Árvore de Semide celebra a 10.ª edição. De amanhã a domingo, a freguesia

conta receber milhares de visitantes, atraídos não só pelo sector como pela gastronomia local, com a

Programa Sexta-feira, 30 18h00 – Abertura oficial feira 21h00 – actuação do grupo Cepa Torta Sábado, 31 09h00 – Jornadas Técnicas “Análise da actividade viveirista no sector agrícola actual” quem 10h00 – abertura da feira 17h00 – actuação do grupo de música tradicional Vai ou Racha, de Penela 22h00 – Baile com o grupo Tekos Domingo, 1 de Novembro 10h00 – abertura da feira 15h00 – actuação do Orfeon Universitário do Porto; Grupo de Pauliteiros; Grupo de danças etnográficas; tuna feminina; Grupo de Cantares de Maçadeiras e coro alentejano 17h00 – Magusto 19h00 – Actuação dos Roncos & Couriscos

chanfana à cabeça. Nesta edição, a organização conta com cerca de três dezenas de expositores de todo o país que procuram divulgar o sector em geral e os seus produtos em particular. Organizado pela Junta de Freguesia local, em colaboração com a Câmara Municipal de Miranda do Corvo e Associação de Viveiristas do Distrito de Coimbra, o evento vai decorrer na Escola Ferrer Correia, no Senhor da Serra. “Passámos a fazer este certame na escola, porque é um local que tem condições para nós trazermos pessoas e melhora a imagem da freguesia”, explicou o presidente da Junta de Semide, Arménio Luís, destacando que com a mudança de local a feira deu

“um grande salto qualitativo”. “A nossa expectativa é sempre fazer o melhor e aumentar o número de visitantes para que mais pessoas conheçam esta actividade e a região”, sublinhou, por sua vez, a secretária da Junta de Freguesia, Célia Mateus. Integrada na Feira da Árvore, realizam-se as Jornadas Técnicas dos Viveiristas, no sábado, a partir das 09h30, subordinadas ao tema “Análise da Actividade Viveirista no Sector Agrícola Actual”. O objectivo do certame passa por divulgar e defender uma actividade de grande importância no concelho de Miranda do Corvo e que assume um papel também importante em concelhos vizinhos, nomeadamente Coimbra

(freguesia de Ceira) e Lousã. Exportação para África em perspectiva

Os viveiristas destas localidades representam 80 por cento da produção de viveiros (árvores para plantação), vendendo anualmente mais de três milhões de unidades. De acordo com Eduardo Batista, presidente da Associação dos Viveiristas do Distrito de Coimbra (AVDC), “este é um sector onde não tem existido crise”. A exportação é uma das finalidades e neste contexto o continente africano afigura-se como “um mercado emergente”. Angola, por exemplo, é um dos países com grande potencial, estando a ser efectuadas, segundo o mesmo responsável, “experiências de adaptabilidade de todo o tipo de espécies

frutícolas, nas regiões em que o clima é parecido” com o português. Na rota das exportações, Espanha é um dos clientes dos viveiristas portugueses. Durante a Feira da Árvore, a organização promove mais uma prova gastronómica de chanfana, prático típico da freguesia de Semide, confeccionado a partir de carne de cabra assada em vinho tinto. A inauguração coincidirá com o último dia do I Colóquio Nacional de Sementes e Viveiro, pelo que está prevista uma visita ao recinto da feira por parte dos participantes deste colóquio. A cerimónia de inauguração conta nomeadamente com a presença de representantes da Câmara Municipal de Miranda do Corvo e da Direcção Regional da Agricultura.

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Sorte no jogo, azar nos amores… “Temos que renunciar ao mundo para o compreender” - Jean Grenier Seguramente, podemos dizer que a propensão para os jogos não tem idade. Contudo, hoje, os mais novos crescem com videojogos nos computadores, nos telemóveis, nas consolas e já têm o “Magalhães” como o seu melhor amigo. Por outro lado, para eles, a sociedade tornou-se mais insegura, as ligações familiares menos funcionais, o tempo passado na escola é cada vez maior e, consequentemente, o tempo livre mais escasso. Com mais amigos virtuais que reais, maior propensão depressiva, mais desequilíbrios emocionais, as novas gerações depressa se tornaram fãs das “novas oportunidades” dadas pelo “Zézinho”, já que não estão para se chatear muito

com os estudos. E assim, todos nós acabamos por ajudar a “crescer” esta nova geração mais individualista, virtual e caseira. Porém, atenta a estas mudanças e ao desconsolo dos miúdos, a Playstation depressa arranjou uma maneira de os “consolar”... Tendo por base o crescente número de horas dadas aos jogos, o “consolismo” tornou-se uma tendência social que já leva muito boa gente a dedicar mais tempo aos videojogos do que à televisão. Com o desenvolvimento tecnológico e o realismo dos jogos a aumentar, com o crescente número de utilizadores e horas de ligação à internet, com os preços a baixar no competitivo mercado de consolas, pc’s e smartphones, tudo indica que o “consolismo” continuará a aumentar exponencial-

mente nos próximos anos. Numa fase inicial, este novo desafio para o marketing resumiu-se às inserções publicitárias dentro dos jogos. Hoje em dia, o advergame ganhou outro espaço e as empresas já começam a encomendar e pensar os jogos de raiz, colocando-os nos seus sites ou nos Iphones de forma a envolver os jogadores na própria estratégia da marca. Porém, o potencial dos jogos ainda só agora começa a ser explorado e a maturidade do marketing, neste campo, só será atingida quando se perceber o que torna os jogadores compulsivos e o que será necessário para os transformar em reais “embaixadores” das marcas. De todas as novas comunidades virtuais de jogo, a mais desenvolvida, complexa e realista (onde o jogador pode ganhar dinhei-

ro real e não tem objectivos pré-definidos) tem o nome de Second Life (SL). A exemplo do que acontece na vida real, é o utilizador que tem que decidir o que quer desta segunda vida. António Costa, nas primeiras eleições para a Câmara de Lisboa, tornouse o primeiro caso de estudo nacional de uma aposta política no SL. Recentemente, foi o próprio Presidente da República, Cavaco Silva, a inaugurar um espaço da Presidência na “segunda vida”. Contudo, estas apostas têm-se revelado projectos “libelinha”, pois só parecem pensados para as 24 horas da sua inauguração e em passar uma imagem “hi-tech” das pessoas ou instituições envolvidas. Curiosamente, a maioria das apostas empresariais não têm feito muito melhor e, como acusa Philip Kotler, as orga-

nizações continuam a prestar demasiada atenção ao custo de fazer alguma coisa, mas não medem os custos de não estar a fazer nada. É claro que perceber os utilizadores e as suas reais ambições no SL não se mostra uma tarefa fácil. Fruto das muitas horas que a segunda vida exige, a maioria dos “jogadores” são estudantes, reformados ou desempregados. No entanto, não deixou de me surpreender que, na grande maioria dos casos, sejam pessoas sem dificuldades financeiras e com um elevado potencial de carreira na vida real as que maiores dividendos monetários tiram do SL. Na verdade, afinal, também nesta segunda vida, são as capacidades de poupança e de

empreendedorismo que ditam o sucesso. Todavia, apesar de estarmos a falar do mais realista e completo simulador de vida, eu continuo a ver-me rodeado de pessoas que acham que eu estou a perder tempo e que não percebem… Não percebem que nós, professores, somos prestadores de serviços e que somos nós que temos de nos adaptar às mudanças dos clientes a quem chamamos alunos. No entanto, se nem o presente são capazes de acompanhar, terão estes professores futuro?!?... Enquanto quem os avaliar não for diferente deles, claro que sim. Todos eles têm futuro, mas, com as coisas a continuar assim, duvido muito é que estejam a dar futuro a alguém…

Escola Brotero: Pedaços da história (4) Pelos anos 60/70 aconteceu a chamada explosão escolar. Grande massa da população acorreu à Escola. O Ministro Veiga Simão, reconhecendo a todos o direito à educação e defendendo a igualdade de oportunidades, arquivou a dicotomia Ensino Liceal e Ensino Técnico Profissional , fazendo surgir em seu lugar um Ensino Secundário , Liceal ou Técnico. Foi assim que nos primórdios da década de 70, os Cursos de Formação e de Aperfeiçoamento do Ensino Técnico foram, progressivamente, dando lugar aos Cursos Gerais e Complementares do Ensino Secundário Técnico, os quais, mediante certas condições, viriam também

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a dar acesso à Universidade. Na agora (1971) denominada Escola Técnica de Avelar Brotero (liberta do seu Ciclo Preparatório, unificado em 1968/69 com o 1º ciclo do Ensino Liceal, dando origem ao Ciclo Preparatório do Ensino Secundário, que ainda funcionou na Brotero durante alguns anos), começaram a ministrar-se em 1971/72 os novos Cursos Gerais e em 1973/74 os novos Complementares (estes dos sectores Industrial , dos Serviços e das Artes Visuais ). Após esta mudança, que poderá considerar-se de transição, a Escola Brotero entrou no segundo momento da sua história - o iniciado em 1975/ 76 com a instituição do

Ensino Secundário Unificado, reforma inovadora, pretendendo “uma adequação ao ensino às exigências políticas e culturais da sociedade portuguesa” no pós - 25 de Abril.Com a implementação de um “tronco comum”, o Ensino Secundário foi definitivamente unificado ,passando a Brotero a usufruir da mesma configuração estrutural dos antigos liceus. Lançado o 7.º ano de escolaridade, alijou praticamente o seu cariz profissionalizante, embora tenha mantido áreas e opções de índole tecnológica ou artística, acrescidas posteriormente de outras que os tempos impuseram. Quase todas as áreas de Trabalhos Oficinais introduzi-

Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497

das por esta Reforma para os 7.º e 8.º anos tiveram assento na Brotero , assim como uma vasta gama das opções de Formação Vocacional previstas para o 9.º,incluindo Mecanotecnia, Electrotecnia, Construção Civil, Arte e Design. A inovadora Área Cívica e Politécnica manifestou-se nesta Escola de particular interesse para a maioria dos alunos, professores e pais, interesse resultante de uma maior integração no meio e da realização de motivadores colóquios internos. Em 1978/79,foi lançado, a título experimental, o 10.º ano de escolaridade. Na rede da Brotero apenas se excluiu a área de Estudos Humanísticos, inscrevendo-se todas as res-

MARIA DE LOURDES FIGUEIRA

tantes: a de Estudos Científico-Naturais, Científico-Tecnológicos (em que vieram a ganhar enorme relevo a Electrónica e a Informática), EconómicoSociais , Artes Visuais (com as componentes de Artes dos Tecidos e Artes do Fogo).O 12.º ano, lançado em 1980,funcionou na Brotero desdobrado nas suas duas vias - a via de ensino e a via profissionalizante, esta com cur-

sos como o de Desenhador Projectista Electrotécnico , Técnico de Manutenção Mecânica, Desenhador Têxtil, Secretário (a),Técnico de Instalações Eléctricas. Na sequência da unificação, a Escola passou a denominar-se, em 1979, Escola Secundária de Avelar Brotero, nome que hoje, e com propriedade, ainda mantém. (Continua)

750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares


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P A N O R A M A

Grupo Folclórico Ceifeiros da Corujeira com mérito O Grupo Folclórico Ceifeiros da Corujeira, nascido a 5 de Maio de 1977, no lugar ribeirinho do mesmo nome, da freguesia de S. Martinho do Bispo, acaba de ser agraciado com a medalha de Mérito Cultural, atribuída pela Câmara Municipal de Coimbra, por proposta do Departamento Cultural, aprovada por unanimidade em sessão de 28 de Setembro passado. Nesta freguesia existem vários agrupamentos folclóricos, todos eles desenvolvendo uma acção cultural de consagrada qualidade, que exalta e difunde o nome de Coimbra e sua região. Cantando e dançando, estes embaixadores do folclore e da etnografia tocais, têm dado a conhecer os usos e costumes de um

povo que tantas vezes passa horas de amargura, talvez “bebendo as lágrimas e sorrindo para que delas não fiquem sulcos e comendo sofregamente o desânimo para que dele não fiquem migalhas”, como diria Albino Forjaz de Sampaio. E o Rancho Folclórico Ceifeiros da Corujeira, ao longo de trinta e dois de existência, tem tido intenso e admirável labor representado pela luzida actuação em festivais nacionais e internacionais, com danças e cantares recolhidos no povo que as cantou, muitos anos atrás, nas romarias, nas desfolhadas e até nas próprias”fogueiras de S. João”, que o cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, quando docente da Universidade de Coimbra, definiu assim:

“Fogueiras de S. João Têm tal feitiço e encanto, Que endoidecem o coração E fazem pecar um santo”. Com uma diversidade de trajes masculinos e femininos, das duas margens do Mondego – traje de trabalho, de festa, de romaria, do lavrador rico e do homem simples do campo – produto de criteriosas e demoradas escolhas, o grupo tem-se afirmado, exibindo as suas danças representadas pelo “Vira de Coimbra”, pelo “Aqui se canta e aqui se dança” e outras como “O Cavaquinho”, a “Padeirinha”, o “Ó cana real das canas”, o “Fui ao Senhor da Serra”, etc., complementadas pela tocata que integra o acordeão, a concertina, a vi-

ola, o bombo, os ferrinhos, o reco-reco e o bandolim. Esta louvável actividade que é comum a todos os agrupamentos folclóricos, só é possível à custa de um trabalho aturado de sacrifício e querer, com os seus agentes a trocarem o aconchego do lar, o conforto do seio familiar, por esta tarefa ingente que abraçaram, de alma e coração, lutando contra dificuldades de toda a sorte. A Câmara Municipal de Coimbra, com a atribuição da medalha de Mérito Cultural aos Ceifeiros da Corujeira, pratica um acto de justiça para com tal voluntariado assumido na plenitude da coragem, da perseverança, do incentivo a prosseguir na gloriosa cruzada,realizada com

ANÍBAL DUARTE DE ALMEIDA

simpatia e amor, mostrando a outra face da vida que esmalta a beleza do optimismo na pureza da sua essência, que dealba esperança. Há que louvar, pois, tão simpática quão oportuna atitude, para a qual se espera continuidade junto de outros agrupamentos congéneres que tanto se empenham, para mostrarem a transposi-

ção de usos e costumes das gentes ancestrais que num labor intenso da luta pela sobrevivência, paravam às vezes para que a alegria pontificasse no canto das vozes cristalinas e no rodopiar de um vira bem mandado, no terreiro da igreja local, ou no palanque erguido a propósito para as festas em honra do santo padroeiro.

“Showviola di Maria”! As apelidadas “noites europeias” correram de feição às equipas que representam Portugal. Excepção – infelizmente – o Nacional da Madeira . Que esteve, e bem, a ganhar ao “bascos” do Athletic. Com o resultado menos positivo, “complicou-se” o apuramento à fase seguinte. Veremos! Seria bom, também, para a nossa classificação na tabela da UEFA, que atingissem a fase seguinte. O Sporting C.P. , com um golo “de bandeira” , da autoria de João Moutinho , f r e n t e a o Ventspils , “desfez” a igualdade a um golo e consolidou o primeiro lugar do grupo. Estará na fase que se seguirá. O F.C. do Porto deu

“a volta “ ao jogo, pois os cipriotas conseguiram adiantar-se no “placard” . Com este “desfecho” a sorrir aos “portistas” , de certo, “passarão” esta fase de grupos. Sem desprimor para os clubes supra referenciados, as “honras” da jornada europeia vão para o S.L. e Benfica ao “esmagar” – com o devido “fair-play” – o Everton, com uma mão cheia de golos. De facto, é necessário recuar quase quatro décadas para recordar um resultado tão volumoso “averbado” a uma equipa dos “súbditos de Sua Majestade ”. Decorria a época de 1970/71. “Vítima” , o Coventry . “Carrasco” , o Bayern de Munique . Na extinta

Taça UEFA. Golos de Cardozo e Saviola (dois cada um) e de Luisão. Resultado: 5-0! Nos tempos que correm, é um resultado “anormal” . Diria quem não assistiu ao jogo. Ou “in loco” ou visualizando o canal televisivo que levou até nós aquele “recital” . Foi “demolidor” ! Em particular, o início da 2ª parte. Sem dúvida, um “hino” ao futebol! Ouvimos de adeptos que tiveram o privilégio de assistir às “famosas” noites europeias na Velha Catedral da Luz, que foi um “jogo à Benfica ” . Dos “bons tempos” . Anos 60/70. De Eusébio & Companhia. O insuspeito treinador do Everton, David

Moyes , r e f e r i u q u e o Benfica construi este resultado com mérito. Destacando a segunda metade do desafio por parte dos “encarnados” . Enalteceu, ainda, e passamos a citá-lo, ” Di Maria esteve inspirado e encheu o campo, tornando muito difícil a vida dos defesas” . De facto, os argentinos e o paraguaio – autores dos golos – como acima referimos, “brilharam” . C o n t u d o , s e r i a uma clamorosa injustiça olvidar o conjunto da equipa, no triunfo “encarnado” . Foi, de facto, uma Equipa. Salientamos o “sentido de equipa” , superiormente, liderada por Jesus. A defesa esteve coe-

PEDRO SOUSA LOPES

sa e incisiva – incluindo o “keeper” – pontificou o central Luisão. O meio campo, onde – tacticamente – impera o “losango” , saliência para a actuação do espanhol Javi Garcia. O ataque foi – de facto – “arrasador” ! Como é do conhecimento dos leitores, o S.L. e Benfica lidera o grupo I da Taça Europa. Os adeptos portugueses têm razões para

acreditar que as nossas equipas irão dignificar o futebol lusitano e continuar na senda do êxito na Europa. Que atinjam a fase seguinte nas provas em que participam. Para gáudio dos Adeptos e dos Portugueses. Por PORTUGAL! REGISTO: A tomada de posse do XVIII Governo Constitucional.


OPINIÃO

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QUINTA-FEIRA

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DE OUTUBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

Distracção humana, Dinamarca e destino (final) A grave questão do aquecimento planetário, com suas funestas consequências, agravada pela poluição que enferma as multidões, põe toda criatura viva em risco. Durante o programa “Viver é Melhor”, da Super Rede Boa Vontade de Rádio, da qual faz parte a AM 1210, Rádio Brasília, o professor Jefferson Cardia Simões, pesquisador e geólogo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, responsável pela introdução no Brasil da ciência glaciológica (estudo da geografia das regiões polares), revelou que “a grande preocupação da comunidade científica é o impacto do aumento da

radiação ultravioleta, por causa da carência de ozónio, nos microrganismos dos oceanos. É relevante atentar para o facto de que são esses microrganismos, o fitoplâncton, base de nossa cadeia alimentar e grande sequestrador de carbono da atmosfera, o grande pulmão da Terra. Ou seja, se começarmos a afectálos podemos fazer mudanças ambientais no planeta ainda não conhecidas”.

A lição da História Também quanto às tribulações pelas quais o orbe anda ameaçado, vimos no texto da semana passada, na opinião do cientista Paul Mayewski,

que a subida do nível dos mares pode gerar o êxodo de povos inteiros na busca de salvação. É básico voltarmos os olhos ao passado para melhor nos defender, agora e no futuro, segundo propõe Brian Fagan, autor de “O longo verão. Como o clima mudou a civilização”. Estudiosos, entre eles Fagan, arqueólogo inglês, destacam as possíveis ligações entre as mudanças climáticas e, por exemplo, o alude mongólico sob o comando de Genghis Khan (11651227). Povo nómade, necessitava de terra fértil e água farta para as suas criações. Os territórios semiáridos, como as es-

T R I B U N A

tepes da Mongólia, ao experimentarem épocas de muita chuva em virtude de alterações atmosféricas, proporcionaram ao Khan condições para fortalecer a sua cavalaria guerreira e expandir-se.

Compromisso De volta ao século 21, populoso e em séria crise económica, aliada ao poderio bélico actual, qualquer migração se tornará mais perigosa, consoante ponderei à jornalista portuguesa Ana Serra. Aguardemos atentos a 15.ª Conferência da Convenção do Clima (CoP15), que ocorrerá em Dezembro, na Dinamarca. Essa reunião, considerada por

D O

JOSÉ DE PAIVA NETTO *

especialistas a mais importante da humanidade desde o acordo pós-Segunda Guerra, visa reforçar o compromisso dos países G8+5 em manter o aquecimento global abaixo de 2º C. “Será?”, arguem alguns. Mas continuemos

labutando na expectativa de que o planeta seja o grande vencedor na mesa de discussão. A mãe natureza suplica por nossa solidariedade e mais juízo. (*) Presidente da Legião da Boa Vontade, jornalista, radialista e escritor

L E I T O R

Saúde em Português, 16 anos depois, existe... Saúde em Português fez 16 anos no dia 23 de Outubro de 2009. Durante este aparentemente jovem, mas longo período, temos promovido a saúde, a ajuda de emergência e ao desenvolvimento, a ajuda humanitária, a educação e a educação para a saúde, a cidadania e os direitos humanos, a igualdade de oportunidades, a inclusão social. Tanta palavra e tanto trabalho que representou para todos aqueles que se envolveram, que sofreram, que choraram, que não desistiram. Mas tanta alegria pelos resultados desse trabalho, pelas crianças que cuidaram, pelos doentes que salvaram ou que tiveram melhor qualidade de vida, pela morte que combateram, pelas vidas que melhoraram, pelas pessoas que adquiriram mais formação, pelas oportunidades que criaram, pelo emprego que geraram, pela vida solidária que tiveram. Enfim, por todos os que beneficiaram da sua acção, e que já ultrapassaram 500 000 pessoas, seres humanos, o nosso capital, em África, Timor, Brasil, Sri Lanka, Portugal, e não só. Fomos, e somos, a favor da igualdade e da equidade, da cooperação e da união, dos povos e do desenvolvimento, da capacidade e da acção, pela re-

sistência ao infortúnio e ao destino, pela luta de sobrevivência e direito à vida digna, pela democracia. Fomos, e somos, contra o egoísmo e o oportunismo, a bajulação e a subserviência, a intolerância de abjectos, a maledicência e a apatia, as palavras sem actos, os actos narcisistas, a cobardia. Não vamos comemorar os 16 anos de Saúde em Português. Uma razão será a insuficiência de recursos económicos, numa organização que não tem qualquer subsídio, subvenção fixa ou benemerência para a sua existência e manutenção, mas tem apenas apoios, estatais e da sociedade civil, a alguns dos seus projectos específicos. Mas a outra razão é porque estamos ocupados. A trabalhar na Saúde em Português, além da nossa vida profissional e/ ou da aposentação legítima, ambas prejudicadas. Os voluntários e colaboradores de Saúde em Português estão “no terreno”: 1 – Acompanhando as dificuldades, resolvendo problemas, apoiando a equipa médica e de enfermagem que está na Guiné-Bissau, em condições inóspitas, desenvolvendo projecto de assistência em saúde, formação e construção e reabilitação

de estruturas. 2 - Preparando contentor de ajuda humanitária, com equipamentos em saúde, material didáctico e medicamentos, para apoio à população de Bafatá, na Guiné-Bissau, e angariação de equipamento em saúde e medicamentos para S. Nicolau, e envio de material didáctico para Calheta de S. Miguel, ambos para Cabo Verde. 3 – Promovendo a assistência médica hospitalar em Portugal de doentes da Guiné-Bissau, Cabo Verde e Moçambique, recorrendo a apoios, amizade e direitos. 4 – Preparando intervenção em segurança alimentar e nutricional na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, em parceria e rede. 5 – Reformulando projectos de ajuda ao desenvolvimento para Angola e Moçambique, anteriormente candidatados e não aprovados, para nova candidatura. 6 – Promovendo contactos com Instituições e entidades financiadoras, na verdade lutando para conseguir apoio para concretizar o projecto de instalação de teleconsulta em cardiologia fetal e pediátrica no Hospital Dr. Baptista de Sousa, na cidade do Mindelo, em Cabo Verde. 7 – Concluindo o Guia do Cooperante e iniciando

a preparação do Dia do Voluntariado. 8 – Participando em reuniões de ONGDs, inclusão social e cooperação. 9 – Preparando cursos de educação e formação de adultos, em parceria, no âmbito de novas oportunidades de ensino/ aprendizagem e aquisição de competências da população em qualificação, em Portugal. 10 – Preparando formação em Geriatria, na área da ética do envelhecimento e envelhecimento activo, tendo com público-alvo os profissionais de saúde. 11 – Fazendo o rescaldo organizativo da nossa iniciativa de sensibilização pública no Dia Europeu de Combate ao Tráfico de Seres Humanos recentemente ocorrido. 12 – Desenvolvendo o projecto de igualdade de género “O Outro Sexo”, organizando as acções de sensibilização dos públicos – alvo (estudantes, docentes, educadores, mulheres desempregadas, profissionais da comunicação social, associações de pais e mães, etc.), em curso. 13 – Analisando concurso de fotografia sobre igualdade de género, e preparando exibição do filme Coco avant Chanel (2009) em Ciclo de Cinema, e debate sobre “Empreendedorismo Feminino”.

HERNÂNI CANIÇO *

14 – Concluindo o módulo de formação sobre Imigração e educação intercultural, desenvolvido para técnicos, mediadores, dirigentes, imigrantes, professores, juristas, estudantes, etc. 15 – Preparando o Curso de Direitos Humanos para Jovens, com módulos de cidadania, democracia, discriminação, direitos sociais, pobreza, globalização, paz e violência, ambiente, meios de comunicação social, crianças e igualdade de género. 16 – Iniciando acções do projecto de desabituação tabágica “Liberta-te do tabaco”, em curso no Estabelecimento Prisional de Coimbra, destinado à população prisional, guardas e detidos. 17 – Organizando o Seminário “Saúde e Integração: Novas realidades, oportunidades e desafios”, comemorativo do 34.º aniversário da Independência da República de Angola, com a Casa de Angola em Coimbra.

18 – Assegurando o secretariado, a tesouraria, a contabilidade, a elaboração de actas e relatórios, o apoio jurídico, a qualidade das instalações, reuniões e mais reuniões, etc., numa roda-viva de tarefas, problemas, cansaço, entusiasmo e desmotivação, mas executando o necessário e útil em espírito de missão. Como se vê, estamos ocupados, não temos tempo nem dinheiro para festejar. Só uma grande equipa (em empenho, não em número) poderia fazer num dia o que discriminámos, multiplicados dias e dias, fins-de-semana para trabalhar, férias sem férias. O futuro de Saúde em Português está no voluntariado. Precisamos de voluntários. Quem ajuda a ajudar? Com sede em Coimbra, e acção no mundo, Saúde em Português, 16 anos depois, existe... (*) Presidente da Direcção da ASP


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Até 8 de Novembro, em Miranda do Corvo

Saborear veado no Museu da Chanfana Depois do êxito da semana do javali, o restaurante Museu da Chanfana faz uma nova aposta e promove até 8 de Novembro a quinzena do veado, na Quinta da Paiva, em Miranda do Corvo. Os pratos, servidos ao almoço e ao jantar, têm sabores tradicionais com pitadas de gosto contemporâneo: sopa de veado, costeletas de veado na gre-

lha sobre empadão de castanhas, lombinho de veado corado no fio de azeite com aromas de Sicó, cela de veado no forno com suco aromático e misto de veado na grelha. O restaurante Museu da Chanfana tem uma equipa jovem, profissional, simpática, com uma excelente cozinha, liderada pelo chefe Vítor, e quer conquistar um público exigen-

te, conhecedor, que valorize os prazeres da boa mesa. Da responsabilidade da Associação de Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo, o restaurante integra o projecto da Quinta da Paiva, que inclui vários equipamentos de recreio e lazer, como a piscina ao ar livre, circuito de manutenção, parque de

merendas e o parque Biológico da Serra da Lousã, com centro hípico, quinta pedagógica, labirinto de árvores de fruta e exposição da vida selvagem portuguesa. O veado ocupa hoje grandes áreas da Serra da Lousã, com uma população em crescendo, tendo sido já promovidas algumas montarias, para controlar a excesso de animais.

Festival de Gastronomia de Santarém

Novembro gastronómico

Chefe Albano Lourenço representa Turismo do Centro

Castanheira de Pera saboreia a castanha

A entidade regional Turismo Centro de Portugal participa no 29.º Festival Nacional de Gastronomia de Santarém, que decorre na Casa do Campino, decorrendo hoje, pelas 11h00, o almoço temático, sob a chancela do chefe Albano Lourenço, detentor de uma estrela Michelin. Os gastrónomos mais exigentes são convidados a degustar os bons produtos regionais do Centro de Portugal, apresentados em criativas e sofisticadas sugestões pelo chefe do restaurante “Arcadas da Capela”, da Quinta das Lágrimas. Os vinhos (Luis Pato, Vinhas Velhas, Branco 2007 e Casa de Santar, Reser va Tinto 2005) e o espumante (Quinta do Encontro) das regiões vitivinícolas da Bairrada e do Dão

acompanham as diversas iguarias, com a refeição a ser animada pela “Banda Nobel”, um quinteto musical oriundo de Anadia. O almoço tem como entrada salada de bacalhau com vinagreta de pêra e caviar de arenque, seguindo-se creme de ervilhas com lombo de atum confitado, chambão de borrego da serra com grelos da Gândara e, para terminar, leite-creme queimado com gelado de maçã Bravo de Esmolfe e doçaria conventual.

A Prazilândia e o Município de Castanheira de Pera vão organizar mais um “Novembro Gastronómico”, iniciativa que vai para a quarta edição. O objectivo deste evento é dar a conhecer a gastronomia que se pratica na restauração da área do concelho, com pratos onde a castanha marque presença, como ingrediente principal, acompanhamento, ou sobremesa. Simultaneamente serve como um estímulo aos empresários locais, de modo a procurarem novas receitas e técnicas culinárias, apresentando-as ao público durante o mês de Novembro, o

mês da castanha, por excelência. De 1 a 30 de Novembro são 10 os estabelecimentos de restauração, ou seja, a totalidade dos estabelecimentos do município, que vão ter pelo menos um prato com castanhas nas suas ementas. Os apreciadores poderão saborear, entre outros pratos, cabrito frito, costeleta de vitela, lombo de porco assado no forno, rojões, secretos de porco preto, peitos de frango recheados, perna de peru, bife de javali, lombinhos de porco com cogumelos, tudo acompanhado com castanhas, sem esquecer o pudim de castanhas.

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Natal da LBV – Solidariedade Sem Fronteiras Neste Natal o Centro Social da Legião da Vontade apoia mais de 1500 famílias de norte a sul do país. A sua colaboração é importante. Ofereça alimentos e brinquedos à LBV nas seguintes moradas: Porto – Rua Alexandre Herculano, n.º 355. Telefone: 222 086 494. Coimbra - Rua Simões de Castro, n.º 147. Telefone: 23 982 1260. Lisboa - Rua D. António Caetano de Sousa, 15 D, Benfica. Telefone: 21 715 4890. Ou deposite o seu donativo no NIB do Centro Social da Legião da Boa Vontade: 003520850000120183085, da Caixa Geral de Depósitos. Você ajuda, a LBV faz!

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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 143 Tema de hoje – HOMENS (nomes de... começados porA)

HORIZONTAIS 1 – Homem. Homem. Homem. 2 – Espicaçar. Maior. Balar. 3 – Nome próprio feminino. Homem. Brigada Anticrime (abr). 4 – Querida. Algo completamente isolado. 5 – Camareira. Nome próprio feminino. 6 – Homem. Limpar das mucosidades o nariz. 7 – Adivinhei. Homem. Graceja. 8 – Bater. Gavinha. De modo nenhum. 9 – Pregadora. Homem (pl). VERTICAIS 1 – Homem. Homem. 2 – Terceira nota da escala musical (pl).Protelar. 3 – Homem. Senhora. 4 – Símbolo de rádio. Antiga porcelana do Oriente. 5 – Rezar. Alvéolo. 6 – Nascidos. 7 – Adora. Centro de Energia Atómica (abr). 8 – Rede de Observação da Terra (abr). O (ant). 9 – Eiró. Hora canónica que corresponde às 15h00. 10 – Fazes lixo. 11 – Homem. Toai. 12 – Ruím. Julgas. 13 – Homem. Símbolo de níquel. 14 – Manhã. Homem. 15 – Copo para dados. Quantidade considerável (pl).

ENIGMA FIGURADO

Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.

LEIA O PROVÉRBIO

DE OUTUBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

PROBLEMA N.º 143/A

Percorrendo todo o tabuleiro, sempre para o lado, para cima ou para baixo – nunca em diagonal – e começando na casa /1 para terminar na /2, encontrar-seà um provérbio popular português. PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de MED-VET; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 135: Luís Gonzaga Monteiro Soares, de Buarcos, Figueira da Foz, com livro da PORTO EDITORA; e Carlos Alberto de Brito Antão, de Ranholas, Sintra, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.

Agenda Doméstica 2010 Para prémios especiais, a sortear e a distribuir na semana anterior ao Natal, entre os leitores que nos enviarem soluções dos passatempos a publicar durante o mês de Novembro, recebemos, da PORTO EDITORA, 10 exemplares da sua tradicional “Agenda Doméstica”. Contando com variada colaboração, assuntos do maior interesse e uma excelente apresentação gráfica, a AD/2010 insere, como habitualmente, variados concursos dotados de valiosos prémios, entre os quais os torneios de palavras cruzadas, de charadas e de enigmas figurados, ao cuidado deste vosso amigo El Nunes. À PORTO EDITORA apresentamos os nossos agradecimentos.

HORIZONTAIS 1 – Sumário. Ser. 2 – Sovaco. Sofres. 3 – Sainete. Silêncio. 4 – Segure. Sal. Czar. 5 – Suplico. Solitário. 6 – Arrecadação. 7 – Los. Mesada. 8 – Os. Eternidade. Soada. 9 – Sufocar. Quarto. 10 – Senhoras. Suportar. 11 – Puxadores. Errara. VERTICAIS 1 – Sacar. Gole. 2 – Sucesso. Somas. 3 – Cerveja. Salema. 4 – Qual? Portanto. Nota musical (pl). 5 – Que exprime maldade. Residência. 6 – Coisa que já se extinguiu. 7 – Superfície inferior do pão. Ele. 8 – Pessoa desprezível. Pessoa amada. Textualmente. 9 – Levadas. Mensalidade. 10 – Suscitadas. Moradia de família importante. 11 – Nardo-silvestre (pl). Lebredas-pampas.

SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.º 135: Horizontais – 1 – agá, ipsilon, efe. 2 – largo, ene, ardem. 3 – f, mato, o, guia, e. 4 – acama, secas. 5 – asa, t, i, mel. 6 – AP, pi, ro, fê. 7 – taxa, ómega, aval. 8 – a, iga, ele, ara, a. 9 – rasados, secular. Verticais – 1 – alfa, atar. 2 – ga, capa, a. 3 – armas, xis. 4 – gama, agá. 5 – iota, p, ad. 6 – p, o, tio, o. 7 – sé, mês. 8 – ino, el. 9 – lê, gês. 10 – o, g, ira, e. 11 – naus, o, aC. 12 – riem, aru. 13 – edace, val. 14 – fê, alfa, a. 15 – emes, elar. Problema n.º 135/A: Horizontais – 1 – credo, casta. 2 – ripa, oási, l. 3 – uso, ócio, ut. 4 – ocular, aru. 5 – f, amor, amar. 6 – or, ar, al, sa. 7 – cais, trem, s. 8 – ais, éramos. 9 – dá, ares, tal. 10 – a, iras, mole. 11 – seres, virar. Verticais – 1 – cru, focadas. 2 – riso, raia, e. 3 – época, is, ir. 4 – dá, umas, are. 5 – o, olor, eras. 6 – ocar, três. 7 – cair, aras, v. 8 – aso, além, mi. 9 – si, am, motor. 10 – t, uras, sala. 11 – alturas, ler. Oito letras: Zeta, jota, erre, esse, beta, delta, gama, agá. Enigma figurado: Provar por A mais B.

AMBIENTE Iniciativa quer um país sem lixeiras na floresta

Coimbra acompanha movimento “Limpar Portugal” Cerca de 12 mil portugueses já estão inscritos para “Limpar Portugal”, uma iniciativa inédita a nível nacional destinada a reunir, no dia 20 de Março de 2010, 100 000 voluntários para recolher o lixo das florestas de todo o país. Esta iniciativa foi lançada por três amigos - Paulo Pimentel Torres, Nuno Mendes e Rui Marinho - como um desafio a todos os portugueses: “Vamos limpar Portugal num só dia”! A inspiração veio da Estónia, onde no dia 3 de Março de 2008 mais de 50 000 mil voluntários limparam todas as lixeiras locais em cinco horas. Em Portugal, o projecto nasceu em inícios de Julho de 2009 e pouco tempo depois criou-se a coordenação nacional (www.lim

parportugal.org). Desde então o movimento não pára de crescer, e em www.lim parportugal.ning.com são mais de 10.000 os voluntários inscritos, organizados por concelhos. Este movimento cívico independente propõe-se referenciar as lixeiras depositadas indevidamente em território nacional, definir o encaminhamento conveniente do lixo, e coordenar os meios humanos e materiais necessários à sua remoção no dia 20 de Março de 2010, sem movimentar um único euro. Mas não é só a questão estética que move este movimento. A limpeza das florestas pretende também contribuir para a redução do risco de incêndio, já que serão removidas grandes quantida-

des de lixos catalizadores do fogo, como os vidros, e inflamáveis, como os têxteis e os pneus. A remoção de lixos com capacidade para reter água (ex. garrafas, pneus) será também uma medida de controlo de pragas de mosquitos, tão comuns no Verão. Porque limpar só não chega, o PLP planeia iniciativas de sensibilização na área do ambiente, envolvendo a comunidade escolar por todo o país, com o objectivo de consciencializar para a necessidade de manter as nossas florestas limpas. Em Coimbra foi criado também um grupo, com o mote “Coimbra... cidade dos estudantes, da Queima das Fitas, da Universidade, da Biblioteca Joanina, do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha,

da Quinta das Lágrimas, do Rio Mondego, do Portugal dos Pequenitos e de uma imensa mancha florestal”. Este grupo conta presentemente com cerca de 145 voluntários (http://limpar portugal.ning.com/group/ cbrcoimbra), aos quais muitos outros se juntarão. Cartazes de divulgação da iniciativa podem já ser encontrados em vários pontos da cidade, com especial incidência nos locais frequentados por estudantes. O convite de inscrição no grupo de Coimbra é dirigido a todas as pessoas que queiram fazer do seu concelho um concelho mais limpo. O Grupo de Coimbra tem vários objectivos imediatos, entre os quais a divulgação da iniciativa, que contribuirá para aumentar o número de voluntários, essencial ao

cumprimento do objectivo final, assim como estabelecer contactos e formalizar parcerias com entidades e empresas, públicas e privadas, para a cedência de bens (sa-

cos, baldes, luvas, etc.) ou serviços (divulgação do projecto, transporte e recepção de lixos, etc.) necessários ao planeamento e à execução da “acção de limpeza”.


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DESPORTO

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Palpitando

Académica joga segunda-feira à noite A Académica vai fechar a 9.ª jornada do campeonato de futebol, na segundafeira à noite, no Estádio Cidade de Coimbra, num jogo com o Guimarães, numa ronda que começa, como já é habitual, à sexta-

FRANCISCO ANDRADE

PALPITANDO

los aos três do FCP. A vitória dos “azuis” foi aquela que a maioria dos elementos deste painel prognosticaram, com o líder Francisco Andrade (que vaticinou 3-1) a aproximar-se mais do desfecho. Na tabela classificati-

feira (amanhã), desta vez com a partida entre o Porto e o Belenenses. A “Briosa” surgiu no Estádio do Dragão com o novo treinador, André Villas Boas, mostrando outra garra e conseguindo responder com dois go-

JOSÉ M. CANAVARRO

MÁRIO CAMPOS

MÁRIO NOGUEIRA

JOSÉ M. PUREZA

va desfez-se o empate entre José Manuel Canavarro, José Alberto Coelho e Mário Campos, sendo de assinalar, também, a ascensão de Mário Nogueira e de José Manuel Pureza. O calendário da 9.ª jor-

JOSÉ ALBERTO COELHO

ÁLVARO AMARO

nada da Liga é o seguinte: sexta-feira, dia 30 – Porto-Belenenses, às 20h15 (RTP1); sábado, dia 31 – Naval-Leixões, às 18h00, Braga-Benfica, às 21h15 (SportTv); domingo, dia 1 – Olhanense-Rio Ave e Pa-

CARLOS ENCARNAÇÃO

FÁTIMA RAMOS

ços de Ferreira-Leiria, ambos às 16h00, Nacional-Setúbal, às 18h00 (SportTv), Sporting-Marítimo, às 20h15 (SportTv); segundafeira, dia 2 – AcadémicaGuimarães, às 20h15 (SportTv).

HELENA FREITAS

MIGUEL CORREIA

MARTA BRINCA

ACADÉMICA X V. GUIMARÃES

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BRAGA X SL. BENFICA

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PONTOS

Torneio de Abertura de Natação

Última etapa a 21 de Novembro

Náutico bateu três recordes

Góis Golf Cup com grande adesão

O CNAC-Matobra foi o que apresentou maior número de nadadores

O Clube Náutico Académico - Matobra iniciou da melhor forma a época a época 2009/2010, sendo o clube que mais se destacou no decorrer do Torneio de Abertura da Associação de Natação de Coimbra, competição que decorreu no complexo Rui Abreu e contou com a presença de nove equipas e 203 atletas. O maior destaque vai para Miguel Oliveira pela marca registada na prova de 400 metros livres, onde registou 3,59,41, marca que passa a constituir um novo recorde regional da categoria sénior. Para além disso, este atleta venceu todas as qua-

tro provas em que competiu, fazendo ainda parte das estafetas seniores que, também elas, obtiveram novos máximos regionais. O primeiro aconteceu na prova de 4x100 metros estilos com a marca de 4,02,10, sendo a equipa constituída por Pedro Conde, João Viola, Miguel Oliveira e Jorge Mendes, enquanto o segundo ocorreu na prova de 4x100 metros Livres, com a marca de 3,38,03, sendo a equipa composta por Miguel Oliveira, Rui Fonseca, Jorge Mendes e Pedro Conde. No total, os nadadores do Náutico - Matobra somaram 98 lugares de pó-

dio no conjunto de todas as categorias, sendo 41 primeiros, 29 segundos e 28 terceiros. Para além das excelentes classificações obtidas, somaram-se diversos recordes pessoais que atestam a qualidade do trabalho realizado pelos atletas e permitiram a muitos deles a obtenção de marcas de acesso aos campeonatos de Portugal. Acrescente-se que o Náutico - Matobra foi dentre todas as equipas participantes aquela que apresentou um maior número de nadadores, totalizando 68 atletas, perto de um terço dos presentes.

Decorreu no passado sábado, na Academia de Golfe da Quinta das Lágrimas, nos dois percursos de 9 buracos, a 5.ª etapa do II Góis Golf Cup. A prova, que tem obtido uma adesão fantástica com o número de jogadores a ultrapassar os 70, é disputada em dois campos da região Centro: Quinta das Lágrimas, na cambiante Pitch & Putt, e na Curia, em golfe tradicional. Em ambas as provas a modalidade escolhida é pares, na variante Texas Scramble. Nesta etapa o destaque vai para os pares António Carlos Albuquerque/Ricardo Leal Júnior, que venceram a competição Net com uns assinaláveis 45 pontos (9 pancadas abaixo do par do campo), e Mário Filipe/ Hugo Espírito Santo, que venceram a competição Gross com 43 pontos (7 pancadas abaixo do par do campo), logo seguidos da dupla A.C. Albuquerque/ R.L. Júnior, com 41 pontos (5 pancadas abaixo do par do campo). O prémio especial Nearest The Pin foi conquistado pelo patrono do torneio, Carlos Góis, com “shot” muito certeiro que lhe valeu uma entrega muito especial do prémio: a sua própria es-

posa, que fez dupla com ele nesta jornada. No próximo dia 21 de Novembro, pelas 9h00, está prevista a 6.ª e última etapa, que determinará os grandes vencedores desta competição que oferece prémios estimulantes aos primeiros classificados Net e Gross, sendo que nesta altura o desfecho final está ainda em discussão. Ordem de Mérito

No passado fim-de-semana decorreu, no campo de golfe da Curia, mais uma etapa da Ordem de Mérito do Clube de Golfe da Quinta das Lágrimas, competição mais importante do calendário do clube. Mais uma vez o elevado

número de praticantes presentes obrigou a organização a efectuar formações duplas nos tee’s 1 e 7, o que trouxe um colorido ao campo de golfe da região bairradina. Em termos competitivos, e com as classificações finais Net e Gross em aberto, destacaram-se João Catorze em Gross e Vicente Gouveia em Net, com respectivamente 33 pontos (3 pancadas acima do par do campo) e 44 pontos (7 pancadas acima do par do campo). Nos lugares seguintes destaca-se ainda na competição Gross Reinaldo Timóteo, com 30 pontos (6 pancadas acima do par do campo), e na competição Net António Pinho, com 43 pontos, e Fernando Pimentel, com 41 pontos.

Os vencedores da 5.ª etapa da Góis Golf Cup: Carlos Góis, António Carlos Albuquerque, Ricardo Leal Junior e Nuno Barreto

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FUTEBOL

Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...

Académica - V. Guimarães SEGUNDA-FEIRA, DIA 2, ÀS 20H15 Comentários: Francisco Andrade

Relato: Luís Carlos Melo

ABC

Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com


CULTURA

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Concerto Prestígio homenageia Fernanda Rovira O Pavilhão Centro de Portugal é hoje palco do último “Concerto Prestígio”, pelas 21h30, em homenagem a Fernanda Rovira, personalidade com reconhecido mérito na área musical. O espectáculo, pela Orquestra Clássica do Centro, conta com a direcção musical do maestro de Virgílio Caseiro e tem entrada gratuita. Natural de Coimbra, Maria Fernanda Rovira tem dado um contributo importante para a valorização do canto na música. Fundadora da delegação de Coimbra da Juventude Musical Portuguesa e do coro do Conservatório, hoje, Coral Poliphonico de Coimbra, foi directora e professora de Canto no Conservatório Regional de Coimbra, entre 1961 e 2002. Fernando Rovira iniciou os seus estudos musicais no Instituto de Música, tendo concluído os cursos superiores de Piano e Canto Concerto no Conservatório de Música do Porto. Diplomou-se, com distinção, no curso superior de Canto Teatral, na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian, Fundação Europeia da Cultura e Instituto de Alta Cultura. Com uma longa carreira artística e um invejável currículo, em Portugal e no estrangeiro, Fernanda Rovira tem sido responsável pela divulgação do canto nos múltiplos projectos e instituições de carácter musical com quem tem vindo a estabelecer profícua colaboração.

Artistas Unidos na Oficina Municipal de Teatro Encenação de Jorge Silva Melo, com interpretação de António Simão, Pedro Lacerda, Rita Brutt e Sylvie Rocha, a peça “Ana”, de José Maria Vieira Mendes, é apresentada em ante-estreia na Oficina Municipal de Teatro de Coimbra a 7 de Novembro, às 21h30. Em simultâneo, durante o fim-desemana O Teatrão organiza uma “masterclass” com Jorge Silva Melo, intitulada “Rumos do Teatro Contemporâneo”. Destinada a actores amadores e profissionais, a alunos de teatro e a todos os que tenham particular interesse por esta área, esta acção visa discutir a criação teatral contemporânea a partir do espectáculo apresentado e inclui a possibilidade de assistir ao ensaio dos Artistas Unidos. A inscrição tem o preço de 20 euros e pode ser feita até ao dia 5 de Novembro. Informações e reservas podem ser feitas através dos contactos 239 714 013, 914 617 383 ou ainda através do endereço de correio electrónico geral@teatrao.com.

Colectiva de pintura na galeria Minerva Até ao dia 4 de Novembro, está patente ao público na galeria Minerva uma exposição colectiva de pintura com obras de Ângela Gomes, António Menano, Cecília Guimarães, Collette Vilatte, Lena Gal, Lúcia Romero Fontão, Michael Barrett, Miguel Barbosa, Pinho Dinis, Santiago Ribeiro, Sérgio Sá, Luisa Prior e Silva Duarte. No mesmo local, a 6 de Novembro, é inaugurada, pelas 18h30, uma exposição de cerâmica e pintura do artista plástico Vasco Berardo e de trabalhos cerâmicos da autoria de João Berardo. A galeria Minerva, localizada na rua de Macau, 52 (Bairro Norton de

Matos), em Coimbra, está aberta de segunda a sábado, das 10h00 às 13h00 e entre as 14h30 e as 19h00.

Imprensa da Universidade edita obra sobre a crise O livro “A Crise Financeira Internacional”, editado pela Imprensa da Universidade de Coimbra, é apresentado hoje, pelas 15h00, no auditório da Faculdade de Economia pelo catedrático de Direito Manuel Lopes Porto. Da autoria de Fernando Alexandre, Ives Gandra Martins, João Sousa Andrade, Paulo Rabello de Castro e Pedro Bação, a obra constitui “uma discussão sucinta e rigorosa das circunstâncias que conduziram à crise”. Escrito por por distintos nomes da área económica, jurídica e financeira de Portugal e do Brasil, “A Crise Financeira Internacional” faz parte da colecção “Estado da Arte”, em formato de livro de bolso, dirigida ao grande público e vocacionada para a abordagem didáctica de grandes temas da actualidade por especialistas de reconhecido mérito.

The Glenn Miller Orchestra no CAE da Figueira da Foz Formada em 1988, a Glenn Miller Orchestra dá um espectáculo no Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz no dia 7 de Novembro, pelas 21h30. Cinco saxofones, quatro trompetes, quatro trombones e três percussões, além de duas vozes, uma feminina, outra masculina, compõem esta orquestra que mantém a mesma formação em palco desde que foi criada. O repertório conta com as contribuições de Jerry Gray, Billy May, Hill Finegan e inclui mais de 20 temas, muitos deles procedentes das parti-

turas originais, entre os quais “In the Mood”, “Moonlight Serenade”, “American Patrol” e “Chattanooga Choo Choo”. The Glenn Miller Orchestra é dirigida por Ray McVay, um dos grandes directores do panorama musical no Reino Unido. Os bilhetes para este espectáculo custam 32,50 euros e estão à venda no CAE, FNAC Coimbra e online, em www.cae.pt.

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V I N A G R E T A S

Sarkozy e a CMC – Afinal, Jean Sarkozy, filho do Presidente da França, desistiu de ocupar um alto cargo em Paris. O gracejo das Vinagretas, na anterior edição, salvaguardadas as proporções, não pressupõe grande iniciativa do presidente reeleito da Câmara Municipal de Coimbra (CMC). A destreza mental de Carlos Encarnação teve o seu momento quando escolheu Paulo Leitão, vice-presidente da JSD, para candidato a vereador na praça de 08 de Maio e abriu caminho a Nuno Encarnação (filho do prefeito) a fim de se perfilar para deputado à Assembleia da República. Mas nem por isso deixará de ficar bem ao presidente con-

fiar o pelouro do urbanismo à jurista Maria João Castelo Branco em detrimento de Leitão de Sarkozy. Coincidência – Enquanto o sociólogo António Barreto profere uma palestra, hoje à noite, no hotel da Quinta das Lágrimas, três vereadores cessantes da Câmara de Coimbra – João Rebelo, Marcelo Nuno e Mário Nunes – são obsequiados com um jantar. Consta que José Miguel Júdice não consultou Carlos Encarnação acerca da oportunidade para proceder ao reatamento do ciclo “Na Quinta às quintas”. Mas se o prefeito quiser invocar um pretexto para não se associar ao jantar oferecido aos edis...

Questões de maiorias... – Um jornalista do Público, Miguel Gaspar, dedicou-se, através da edição de anteontem, a um exercício pautado pela comparação da composição do actual e do anterior Governo. Perante a saída de oito ministros e a recondução de outros tantos (dois deles a sobraçar novas pastas) e face ao cenário do diálogo que se avizinha, após o tempo da maioria absoluta, o articulista recorda-nos algumas facetas do anterior Executivo. Gaspar assinala que José Sócrates pôde assemelhar-se a um George W. Bush “à nossa escala”. O presidente do Conselho estava rodeado por “uma autêntica Condoleez-

Escola da Noite estreia nova produção em Braga A peça de teatro “Sabina Freire”, mais recente produção da companhia de teatro conimbricense A Escola da Noite, estreia a 30 de Outubro no Theatro Circo de Braga. Co-produzida pela Companhia de Teatro de Braga, a peça conta com encenação de Rui Madeira a partir de um texto notável de Manoel Teixeira-Gomes, estadista, escritor e Presidente da República entre 1923 e 1925, quando o regime parlamentar atravessava alguns dos seus momentos mais críticos. Autor de “Gente Singular”, “Novelas Eróticas”, “Maria Adelaide” e “Sabina Freire”, única peça de teatro publicada, Manoel TeixeiraGomes viria a renunciar ao mais alto cargo da nação e a partir para um exílio voluntário na Argélia, em 1925, onde faleceu. Apesar de estrear em Braga, o processo criativo de “Sabina Freire” começou em Coimbra, onde decorreram os ensaios iniciais. Na cidade minhota, a peça estará em cena até 13 de Novembro. O espectáculo é apresentado em Coimbra, no Teatro da Cerca de São Bernardo, de 19 de Novembro a 3 de Dezembro e, posteriormente, no âmbito das Comemorações do Centenário da República, “Sabina Freire” percorrerá o país ao longo do próximo ano.

De joelhos... – Com a devida vénia, o “Campeão” divulga um cartoon da autoria do médico arganilense José Augusto Coimbra (Zaug), alusivo à polémica protagonizada por José Saramago com a recente publicação do livro “Caim”. Filho de Adão e de Eva, segundo a Bíblia, Caim terá sido o primeiro homicida da humanidade ao assassinar Abel (irmão). Zaug caricatura Saramago, ateu confesso, pondo-o em aparente estado de reflexão num banco de igreja. Significará o traço do artista que o laureado com o Prémio Nobel da Literatura, ao alarido que ajuda a vender livros, contrapõe momentos de reflexão espiritual, longe dos olhares indiscretos?


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S E A R A

A L H E I A

“Nós vamos ter o Tratado de Lisboa, só não sabemos é quando”. Durão Barroso, durante o debate no Parlamento Europeu

za Rice” (Lurdes Rodrigues) na Educação, por “um verdadeiro Dick Cheney” (Mário Lino) nas Obras Públicas e por uma réplica de Donald Rumsfeld (Augusto Santos Silva) nos Assuntos Parlamentares. De resto, residirá na alegada semelhança entre os dois últimos a suposta vocação de Santos Silva pela pasta da Defesa? “Num ápice, tudo mudou”, assinala o articulista. Sócrates aparenta ser,

agora, uma réplica de Barack Obama. Oportunidade perdida? – Paulo Valério (PS), exadjunto do governador civil Henrique Fernandes, acaba de confessar que gostava de ver a bióloga Helena Freitas a presidir à Assembleia Municipal (AM) de Coimbra. O jovem jurista apreciava que a ex-provedora do Ambiente “reflectisse a maioria de mandatos

que, nas últimas eleições autárquicas, a população confiou à Esquerda política”. Para ele, eleger Helena Freitas como presidente do órgão fiscalizador da Câmara conimbricense “deveria ser uma opção seriamente ponderada, ao invés de esbarrar (...) na opinião – de resto, contrária ao espírito da lei – de que quem ganhou as eleições para o executivo camarário, mesmo não tendo maioria na AM, deve

escolher o respectivo presidente”. Diz Paulo Valério que, se fizesse eleger a bióloga para a presidência da Mesa da AM de Coimbra, o PS “teria uma boa ocasião para se afirmar como um partido responsável e sensato, não impedindo Carlos Encarnação de governar, mas fiscalizando-o, à Esquerda, como decidiu o povo”. Trata-se de uma “oportunidade perdida”, conclui o jurista.

“A Bíblia tem uma influência muito grande na nossa cultura e até na nossa maneira de ser. Sem a Bíblia seríamos outras pessoas – provavelmente melhores. (...) A Bíblia é um manual de maus costumes, um catálogo de crueldade e do pior da natureza humana”. José Saramago, na apresentação do seu novo livro, “Caim” “A Bíblia passou mil anos, dezenas de gerações, a ser escrita, mas sempre sob a dominante de um Deus cruel, invejoso e insuportável. É uma loucura”. Idem, Ibidem “[José Saramago] revela uma ingenuidade confrangedora quando faz incursões bíblicas. (...) Como exigência intelectual, deveria informar-se antes de escrever”. D. Manuel Clemente, bispo do Porto, em resposta ao Nobel da Literatura “O PSD tem ligado cada vez menos ao seu programa e à ideologia política e, portanto, para muitos militantes transformou-se apenas numa máquina de conquista de poder. (...) Isso leva a que o cimento do PSD tenha sido um pouco enfraquecido”. Rui Machete, presidente da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento e do Conselho Nacional do PSD, na Visão de 22/10/2009

Não reclame, sugira! – Na caixa de sugestões e reclamações da Casa da Cultura de Coimbra, a segunda palavra sumiu. Ao que parece as letras descolaram-se com o tempo. Os portugueses têm a fama não reclamar e quando o fazem raramente apresentam sugestões. Assim, ao quererem colocar na caixa uma reclamação, relativamente ao funcionamento da instituição em causa ou ao panorama cultural concelhio, os munícipes ver-se-ão sugestionados a... sugerirem.

Redecoração nos SMTUC? – Manuel Oliveira, presidente da Concelhia do PSD, foi uma das figuras locais do partido presente na inauguração da exposição dos 25 anos de carreira artística de Victor Costa, o eleito do PSD em Almalaguês. O também administrador dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) esteve particularmente atento a um quadro, intitulado Coimbra – Sentimentos IV, aonde figura a empresa de transportes. De pintor-autarca para empresa municipal, o preço da obra será negociável? Ainda são 1.500 euros... PUBLICIDADE

Ganda lata! – Houve caloiros a pagar bilhete de nãoestudante no dia que era deles por excelência. Isso não se faz. O problema é que compravam o bilhete sem mostrarem o comprovativo da matrícula e quando chegava à porta eram barrados pelos homens e mulheres da segurança que lhes pediam o papel. Ora, o mais normal seria pedirem aos caloiros o comprovativo na bilheteira e não sujeitá-los a duas filas e ao pagamento de um bilhete de não-estudante. Dantes, viase um caloiro pela cara, hoje, o nível de profissionalização é tanto, que se desconfia de tudo e de todos. Outros tempos!

“Onde fica Portugal? Na cauda da Europa. Não se sabe que bicho é a Europa, mas lá que tem uma cauda é garantido. E não há dúvidas nenhumas de que Portugal está nela sozinho”. Ricardo Araújo Pereira, na Visão de 22/10/2009 “Será sensato que um país com o tamanho do nosso se aventure para fora da cauda da Europa? É importante não esquecer que é com a cauda que se enxotam as moscas. E que a cauda consegue enxotar tudo, menos o que está na cauda”. Idem, Ibidem “Ninguém sabe, neste momento, se haverá mais mortes de pessoas saudáveis em Portugal, provocadas pela gripe A. Mas de uma coisa não há dúvidas: se houver, não serão de políticos. Esses Estão protegidos”. Editorial da revista Sábado de 22/10/2009 “O «dialogante» não existe. Sócrates não sabe governar em 2009 a não ser como fazia em 2005, só que vai fazer muitas fitas. E, pelos vistos, nós engolimos a arte da representação”. José Pacheco Pereira, na Sábado de 22/10/2009

Afinidades partidárias – A exposição de Victor Costa foi uma das últimas aparições públicas do vereador da Cultura, Mário Nunes, e, pelos vistos, calhou bem, pois teve a “casa” bem composta de afins partidários. Só nesta foto estão três: João Francisco Campos, vice-presidente da concelhia, Artur Ferreira e Ricardo Rodrigues, presidentes das juntas de freguesia de Trouxemil e de Torre de Vilela, eleitos pelo PSD.

“Qual «asfixia democrática» qual quê? Se ela existe, a ausência de alternativa é que aperta ainda mais o garrote. O verdadeiro problema é que a má propaganda «asfixiou» o debate político, económico e social que, infelizmente, continua por fazer. E perdeu-se mais uma boa oportunidade”. Mário Ramires, no Sol de 23/10/2009


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Área universitária, jardins urbanos e Penitenciária

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“Alta” de Coimbra em debate Uma “Alta” de Coimbra mais cosmopolita pode ser apreciada, desde hoje e até 8 de Dezembro, na sala de exposições temporárias do Museu Nacional de Machado de Castro, onde estão patentes as proposta dos estudantes e investigadores do Departamento de Arquitectura da Faculdade de Ciências e Tecnologia. De acordo com os organizadores – os docenPUBLICIDADE

tes Rui Lobo, João Paulo Cardielos e Nuno Grande – pretende-se mostrar e colocar em debate diferentes hipóteses de transformação do tecido urbano da “Alta” de Coimbra, na área compreendida entre os jardins históricos do Seminário, do Botânico e da Sereia, onde se inscrevem a Universidade e a acrópole da Penitenciária. “Neste momento chave do debate político em torno da gestão da cidade e da Universidade, com vista à sua candidatura a Património da Humanidade UNESCO, este evento pretende ser motivo para uma reflexão multidisciplinar, alargada à cidade e aos cidadãos”, referem. Dividida em três temas de projecto – “Alta” universitária, jardins urbanos e acrópole da Penitenciária – , esta mostra contempla trabalhos que buscam “a fórmula certa para o encontro do passado com o futuro, propondo novos usos para alguns dos espaços e edifícios universitários”, como afirma Rui Lobo. Procura-se igualmente “clarificar a estrutura de acessos e, particularmente, intensificar a rede de ligações pedonais: subidas urbanas até à Alta Universitária, por escada, elevador ou funicular; passadiços à cota alta; relacionar as varandas e miradouros; explorar atravessamentos e passagens alternativas pelos interiores de alguns quarteirões históricos; procurase ainda integrar de modo efectivo, nos circuitos de uso quotidiano dos cidadãos, o magnífico património histórico e ambien-

tal constituído pelos jardins centrais da cidade”, como lembra João Cardielos. Aposta-se, por fim, na transformação urbana dos espaços da Penitenciária de Coimbra e do Quartel de Santana, “com vista à instalação de um ‘cluster cultural’ na cidade, destinado à fixação de indústrias criativas, com áreas de extensão para a Biblioteca Geral (biblioteca de arte), e ainda, um centro de arte contemporânea, centros de investigação, mediatecas, auditórios, workshops e residências artísticas”, no fundo, “valências que procuram reforçar esse novo paradigma de cosmopolitismo cultural”, como explica o docente Nuno Grande. Espaços reabilitados, com propostas inovadoras e sustentáveis, são a essência dos projectos elaborados pelos alunos finalistas da disciplina de Projecto V, do curso de mestrado integrado de Arquitectura, em resposta ao desafio lançado pelo professor catedrático Gonçalo Byrne para assinalar, de forma diferente e criativa, os 20 anos do Departamento de Arquitectura (DARQ), da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Em paralelo, durante o mês de Novembro, diferentes actores da cidade irão debater este novo espaço urbano, entre os quais, Fernando Seabra Santos, reitor da Universidade de Coimbra, Álvaro Maia Seco, da Metro Mondego, e Nuno Ribeiro Lopes, do gabinete de candidatura à UNESCO.

Prevenção do cancro da mama

Nova unidade móvel de mamografia Amanhã, no âmbito da comemoração do Dia Nacional de Prevenção do Cancro da Mama, o núcleo regional do Centro da Liga Portuguesa Contra o Cancro inaugura uma nova unidade móvel de mamografia, destinada à detecção precoce, com a cerimónia a ter lugar, pelas 11h00, no Centro de Saúde de Eiras (Coimbra). Também amanhã, pe-

las 21h30, no Pavilhão de Portugal (Parque Verde do Mondego) decorrerá a cerimónia de entrega do donativo do Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra à LPCC, no âmbito da iniciativa “100 Anos de Fado de Coimbra”. Será igualmente realizado o lançamento nacional da “t-shirt contra o cancro”, desenhada pelo estilista José António Tenente.


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