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SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA
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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10| Nº 497 | 12 DE NOVEMBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com
“Face oculta”
Treze agentes outrora portadores de pistolas juntam-se a 30 que não as tinham
Efectivo da Polícia Municipal de Coimbra anda na rua desarmado Habitualmente portadores de pistolas, 13 agentes da Polícia Municipal de Coimbra (uma terça parte do efectivo) irão, temporariamente, prestar serviço desarmados, soube o “Campeão”. Cerca de 30 já prestavam serviço sem poder de fogo. O comandante interino, António Leão, desdramatiza a situação, assinalando que, oportunamente, ela será corrigida. Página 24
Coimbra não é “apeadeiro do poder”
Almedina (Coimbra)
Carlos Encarnação adverte Terreiro do Paço
Vogais de Junta eleitos à terceira
Página 6
Partido Socialista
Página 7
Mediante decisão judicial
Petição interpela militantes de Coimbra Página 6
Confirmada a expulsão de Teles Grilo do SBC Página 24
Defesa de parente de Sócrates a cargo de Castanheira Neves O advogado conimbricense Alfredo Castanheira Neves é o defensor de Domingos Paiva Nunes, administrador da EDP/Imobiliário, no âmbito do processo associado à operação “Face oculta”. O arguido, que coadjuvou Edite Estrela quando ela era presidente da Câmara Municipal de Sintra, é casado com uma prima de José Sócrates. Rodrigo Santiago, outro causídico de Coimbra, foi constituído advogado de Manuel José Godinho, empresário que se encontra em prisão preventiva ao abrigo do mesmo inquérito. Paiva Nunes – que, por sua iniciativa, suspendeu a função de gestor da EDP/Imobiliário – começou a ser ouvido, anteontem, no Tribunal de Instrução Criminal do Baixo Vouga (Aveiro), tendo sido confrontado com as imputações indiciárias apresentadas pelo Ministério Público. Devido à vastidão da matéria (segundo o semanário Sol, haverá indícios da prática de um crime de corrupção passiva para acto ilícito), só amanhã deverá saber-se se o juiz de instrução opta por uma medida de coacção mais exigente do que o termo de identidade e residência. Paiva Nunes está sob suspeita de ter sido abordado por Armando Vara, amigo de Sócrates e de Edite Estrela, para facilitar a realização de um negócio de Godinho com a EDP/Imobiliário.
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Fundação Portuguesa de Cardiologia satisfeita com programa piloto de exercício físico
Urgente “ressucitar” legislação sobre desfibrilhação G. B.
O atraso da aprovação da lei que permitirá ao cidadão comum usar um desfibrilhador, desde que tenha formação para tal, está a causar algum descontentamento junto dos cardiologistas. “Algo vai mal neste pobre país quando temos de esperar anos atrás de anos por um assunto tão importante”, sustentou Jorge Antunes, responsável da Fundação Portuguesa de Cardiologia – Delegação Centro (FPC-DC), terça-feira, em Coimbra. À margem da apresentação do balanço do primeiro Programa de Iniciação à Actividade Física (PIAF), Jorge Antunes lembrou que, perante a aparente inércia do Governo sobre esta matéria, organismos como a Fundação estão prontos a ministrar formação sobre o uso de desfibrilhadores e
suporte básico de vida. O próximo passo terá de ser dado pelos políticos e pelo legislador: “Deixo aqui o protesto da FPC e desejo que o novo Governo leve a sério a questão da saúde dos portugueses. Um assunto tão importante não pode esperar pela pena do legislador”, argumentou Jorge Antunes. Perante um cenário de morte súbita, três minutos é o tempo disponível para ressuscitar uma pessoa. Ultrapassada essa margem, os danos são irreversíveis e a morte permanente. Polybio Serra e Silva, presidente da FPC-DC lembrou que estes casos “são mais vulgares em Portugal do que aparenta e do que as pessoas imaginam, são coisas que não acontecem só aos jogadores de futebol e às estrelas”. A morte súbita é responsável por 20 000 óbitos por ano em Portugal,
Polybio Serra e Silva e Jorge Antunes lembram vantagens do uso do desfibrilhador para combater a morte súbita
número que tem vindo a aumentar apesar de todas as medidas que vão sendo tomadas. Com claros ganhos para todos aqueles que participaram na experiência piloto, o balanço do
primeiro PIAF, que decorreu ao longo dos últimos dois meses, é extremamente positivo. Este projecto pretende ser um primeiro passo tendente à implementação do exercício físico tera-
pêutico, um conceito recente que visa a prática organizada de exercício físico estruturado sob a for ma de terapêutica médica com o objectivo de preservar a saúde e prevenir doenças. Actua ainda sob a for ma de complemento no tratamento de doenças específicas, designadamente, a obesidade, a diabetes e as doenças cardiovasculares. Por se tratar de uma abordagem multidisciplinar e económica, as vantagens do PIAF traduzemse num contributo para o bem estar da população envolvida e, simultaneamente, na redução da morbilidade, com os respectivos custos sociais, familiares e económicos da mesma. Emagrecimento, melhoria sintomática e analítica da doença, capacidade física e aeróbica são outras vantagens inerentes a este programa, para
além do contributo para a promoção de estilos de vida saudáveis. O projecto é desenvolvido pela FPC-DC, com direcção de Polybio Serra e Silva, que coordena uma equipa de mais de uma dezena de profissionais das áreas de cardiologia, enfer magem, psicologia, actividade física, nutrição e reabilitação. Depois da experiência piloto, o PIAF continuará a decorrer nas instalações do Parque de Campismo de Coimbra, com a duração de dois meses e três sessões semanais (à segunda, quarta e sexta-feira ou às terças, quintas e sábados). Mais informações e inscrições podem ser obtidas através do endereço de correio electrónico programapiaf@gmail.com, pelo telefone 239 838 598 ou junto da FPC-DC, na Avenida de Sá da Bandeira, 52, 1.º.
Victor Baptista membro do Conselho de Estratégia da Fundação
Hospital, hotel e museu são próximos passos da ADFP O presidente da Fundação para a Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP), de Miranda do Corvo, anunciou o lançamento da construção de um museu, de um hospital (com cuidados continuados, bloco cirúrgico e exames auxiliares de diagnóstico), assim como de um Hotel na Quinta da Paiva, durante o próximo ano. Jaime Ramos, que falava, sexta-feira, no jantar comemorativo do 22.º aniversário da associação (agora fundação), recordou, ainda, o objectivo de lançar um centro social e residencial, no Ingote, apenas a Câmara Municipal de Coimbra resolva o problema da propriedade dos lotes destinados a este fim. PUBLICIDADE
O médico salientou, também, a necessidade de a Universidade Sénior da ADFP continuar a lutar pela recuperação do Tesouro de Chão de Lamas, exposto no Museu de arqueologia de Madrid, e de melhorar o parque Biológico da Serra da Lousã para que este seja um ponto de visita obrigatória para todos os que amam a natureza e se preocupam com o ambiente. Perante cerca de 400 convivas, Victor Baptista, deputado do PS, anunciou aceitar o convite para membro do Conselho de Estratégia da ADFP e considerou uma honra ocupar um lugar que pertencera a Fausto Correia e onde figuram personalidades como António Arnaut,
Barbosa de Melo, António Taborda, Lino Vinhal, Meliço Silvestre e Sá Furtado. O presidente da Federação de Coimbra do PS elogiou o papel desenvolvido pela instituição na área social tendo, na sua qualidade de deputado na Assembleia da República, mostrado disponibilidade para apoiar as iniciativas da ADFP. Victor Baptista enalteceu as qualidades de Jaime Ramos, nomeadamente a sua dedicação às acções de solidariedade e intervenção social, tendo comparado o trabalho do médico mirandense ao desenvolvido pelo Prof. Bissaya Barreto ao longo de várias décadas. O padre Daniel Ma-
teus, presidente do Conselho Geral, dedicou a sua intervenção ao tema da tolerância, enquanto o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Coimbra, Fernando de Almeida, recordou a cooperação existente entre a ADFP e o Hospital Sobral Cid, em acções de apoio à integração dos doentes mentais. A presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo enalteceu o trabalho desenvolvido pela ADFP e a sua importância para o concelho, no que respeita à acção social e à criação de emprego. Fátima Ramos realçou, também, que no passado Verão mais de 20 mil pessoas compraram bilhetes
No “passeio da gratidão” foram plantados castanheiros em memória de sete amigos da instituição
para acesso às piscinas da autarquia e para visitar o parque biológico da Serra da Lousã, o que “demonstra a capacidade de atracção destas estruturas e o contributo que podem dar para dinamizar o turismo local e regional”. Antes do jantar foram
plantados sete castanheiros, no parque biológico, que imortalizam a memória de sete amigos da ADFP: Alberto Anastácio, Fausto Branco, Fausto Correia, José Carranca Redondo, Jaime Vicente, Fernanda Gomes e Lido Alves Gomes.
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Espectáculo no Pavilhão Centro de Portugal no próximo sábado
Antigos Tunos solidários com restauro da torre da Universidade G. B.
O disco tem o título de “280 Anos Depois” e é claro no objectivo solidário a que se propõe. A Associação de Antigos Tunos da Universidade de Coimbra espera que as receitas angariadas com a venda deste álbum discográfico contribuam para ajudar nas obras de restauro da torre da Universidade. O desafio lançado a antigos tunos e à sociedade conimbricense é de que, no próximo sábado, compareçam no Pavilhão Centro de Portugal para o espectáculo, de entrada livre, durante o qual será apresentado o registo musical com objectivos beneficentes, que estará à venda no local pela módica quantia de 10 euros. O concerto tem início tem início pelas 21h00 e insere-se no programa lúdico das IV Jornadas de Temática Musical da Associação dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra, que vão decorrer em Coimbra, no Mosteiro de S. Jorge de Mil-
réu, nos dias 13 e 14 de Novembro. “Não temos veleidades de conseguir recuperar a torre só com o nosso contributo, mas entendemos que pode ser um estímulo para que surjam outros contributos”, sustenta Armando Silva Afonso, presidente da Direcção da Associação dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra (AATUC). Porque “cada um ajuda com os meios que tem ao seu dispor” – diz e bem Armando Silva Afonso –, enquanto que os antigos tunos colocam a música ao serviço da filantropia, os artistas plásticos Pedro Olayo (filho), Fernando Crespo e Fernando Jorge preferem outras vertentes artísticas e associaram-se a esta causa oferecendo obras que serão leiloadas no dia do espectáculo. Gala de aniversário no TAGV
A associação de antigos tunos só completa 25
anos em 2010, contudo, o programa comemorativo da efeméride tem início já a 10 de Dezembro, no Teatro Académico de Gil Vicente, com uma gala que contará com a presença de vários coros, da cantora Isabel Silvestre e do mágico Luís de Matos. Durante este espectáculo, será apresentado o novo CD da Orquestra de Tangos, cujas receitas da venda se destinam à Casa da Infância de Dr. Elísio de Moura. Armando Silva Afonso sublinha a importância de congregar a divulgação da música com a intervenção social, objectivos consagrados nos estatutos da colectividade. Contudo, para conseguir levar a bom porto os objectivos a que se propõe, a AATUC terá de contar com a adesão da sociedade civil a estas iniciativas. Polybio Serra e Silva lembra que “é pequeno o contributo que se pede, mas só é possível ajudar se as pes-
Maestro Augusto Mesquita, Armando Silva Afonso, Polybio Serra e Silva e Pedro Olayo (filho) esperam que a sociedade conimbricense responda ao desafio
soas participarem”. A vertente solidária prossegue a 12 de Dezembro, com diversos grupos a participarem nas 25 horas de música, que
vão decorrer em diferentes locais da cidade. O auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra é um dos palcos já confirmados. “Queremos le-
var a música àqueles que têm dificuldade em ir à música, contribuindo para tornar mais felizes as suas vidas”, explica Armando Silva Afonso.
Testes de compatibilidade
“Vender sem comprometer”, alega Carlos Encarnação
Pais apelam a dadores de medula
Laboratório da AC passou para a Águas do Mondego
Fábio é um jovem, de 17 anos, que sofre de leucemia e está a lutar corajosamente contra a doença, mas precisa de arranjar uma pessoa dadora de medula compatível com a dele, com muita urgência, por estar a passar o melhor período para transplante. “Às vezes é necessário muito pouco para podermos salvar uma vida e quem sabe se amanhã não vamos ser nós a precisar”, sensibilizam os pais, que apelam às pessoas para se disponibilizarem a fazerem o teste de compatibilidade. “Se quiserem ajudar, basta que tenham entre 18 e 45 anos e dêem um bocadinho de sangue”, referem, agradecendo desde já que o apelo chegue ao maior número de pessoas, pois quanto mais forem mais
Fábio, 17 anos de idade, tem leucemia
hipóteses há de se encontrar um dador compatível. Em Coimbra, os testes irão realizar-se no próximo dia 28 de Novembro, entre as 9h00 e as 17h00, no Centro de Histocompatibilidade do Centro, junto à entrada principal dos HUC (telef. 239 480 700).
Quem desejar poderá também efectuar os testes no Centro de Histocompatibilidade do Norte, Pavilhão Maria Fernanda, Rua Roberto Frias, no Porto (telef. 225 573 470) ou no Centro de Histocompatibilidade do Sul, Alameda das Linhas de Torres, n.º 117, Lisboa (telef. 217 504 100).
A venda do Laboratório de Controlo de Qualidade (LCQ) da AC - Águas de Coimbra à sociedade Águas do Mondego (sistema multimunicipal) acaba de ser consumada, tendo-se procedido, na semana passada, à transferência de pessoal, soube o “Campeão”. A medida coincidiu com o termo do mandato do Conselho de Administração da AC. Em meados de Julho de 2008, com votos desfavoráveis dos então vereadores Pina Prata (independente) e Gouveia Monteiro (CDU), a Câmara conimbricense decidiu autorizar a empresa municipal a vender o LCQ à Águas do Mondego. Na altura, Carlos Encarnação, líder da autarquia, desautorizou Jorge Temido, presidente da AC, quando
este defendeu não ser necessário a Assembleia Municipal aprovar a venda. Contudo, o presidente da Câmara acabou por mudar de posição, tendo sustentado a alteração de ponto de vista com a justificação de que também se engana. A alienação daquela infra-estrutura sem ser sujeita a escrutínio do órgão fiscalizador da edilidade foi justificada ao nosso Jornal, por Carlos Encarnação, com um parecer jurídico encomendado pela empresa municipal. Segundo fontes ligadas ao processo, a venda do LCQ da empresa municipal estava contemplada no acordo de adesão de Coimbra ao Sistema Multimunicipal de Água e Saneamento do Baixo Mondego e Bairrada (SMASBMB) Contudo, segundo Pina
Prata, por ocasião da transformação dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento em empresa municipal e da adesão de Coimbra ao SMASBMB (em que assenta a Águas do Mondego), ficou decidido que o Laboratório de Controlo de Qualidade da AC constituía um “activo inalienável”. Para Carlos Encarnação, tratou-se de “vender aquilo que é possível sem comprometer o que é fundamental” (a qualidade da água fornecida aos munícipes). Jorge Temido defendeu, em 2008, a alienação do LCQ, tendo alegado que o universo de clientes é escasso para justificar o funcionamento do mesmo sob a alçada da AC, e considerou que esta seria incapaz de proporcionar preços interessantes à Águas do Mondego.
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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com:
Nuno Neto
Administrador da Auto Industrial
Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com
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“Dois dedos de conversa” com Carlos Góis
A publicidade compensa L.S.
Carlos Góis abriu há 18 anos a sua primeira loja de ourivesaria, em Coimbra, e agora possui cinco estabelecimentos também dedicados a relógios e jóias. O sucesso - conforme explica - deve-se à publicidade, aliada a “uma busca por fazer sempre o melhor e ter peças diferentes e exclusivas”. Para quem começou do nada, o resultado alcança-se através de “um trabalho honesto e com objectivos por patamares”, conforme revelou o empresário no programa “Dois dedos de conversa”,
que é realizado semanalmente na Góis Joalheiro, à rotunda das Palmeira, na Solum, em Coimbra, e transmitido no passado domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM). “Ser diferente quando todos os outros são iguais” é outro dos lemas que tem norteado Carlos Góis, proprietário de um conjunto de ourivesarias, relojoarias e joalharias que colocam a sua empresa entre as 700 maiores do distrito de Coimbra. Natural de Febres, concelho de Cantanhede, partiu para a Venezuela aos 14 anos, onde aos 17 anos já era proprietário de uma
lavandaria com 32 funcionários e que lavava e passava 4 000 calças por semana. Naquele país sulamericano teve um total de oito estabelecimentos do ramo, mas desfez-se de tudo e regressou a Portugal em nome da segurança familiar. Carlos Góis começou de novo, em Coimbra, abrindo em 4 de Maio de 1991 uma ourivesaria na Praça de 8 de Maio, numa cidade em que “havia tantos estabelecimentos prestigiados”. O empresário confessa que “teve sempre o sonho de dar um passo a mais”, sempre “soube ouvir” e querer
“ser melhor que os outros”. A ourivesaria Góis começou a fazer publicidade, em vários meios, numa altura em que ninguém do ramo o fazia, e sublinha que foi “uma aposta ganha” que deu notoriedade ao seu estabelecimento. Recorda que, quando todos na “Baixa” temiam, na altura, a abertura do CoimbraShopping, promoveu o sorteio de um automóvel e até registou um aumento das vendas. A seguir, abriu lojas naquela grande superfície comercial e no próximo dia 26 de Novembro irá festejar o terceiro aniversário da Góis Joalhei-
Carlos Góis, pai e filho, partilham a busca por fazer mais e melhor
ro, um estabelecimento “topo de gama”. Carlos Góis, sempre acompanhado da esposa e, agora, com um dos filhos, tem outro “grande projecto em mente, que ainda não avançou porque as actuais circunstâncias do
mercado não o permite”. Com mais tempo para o seu desporto favorito, o golfe, o empresário sempre transmitiu aos que lhe são próximos “a responsabilidade de saber gerir e de trabalhar para conseguir”.
Empresa Comfort Keepers procura expandir franchising na região Centro
Marca própria e plataforma no Montijo em projecto
Cuidados ao domicílio são oportunidade de negócio
Plural quer afirmar-se na Área Metropolitana de Lisboa
I.C.
A área dos cuidados domiciliários a idosos e pessoas acamadas é uma oportunidade de negócio, com futuro. Esta uma certeza da Comfort Keepers, empresa especialista na área, que procura de parceiros para se expandir. Com sete escritórios abertos em dois anos, deseja chegar aos 20, em todo o território nacional. Num workshop, intitulado “Desafio e oportunidades de negócio na área dos cuidados domiciliários” e realizado no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, o directorgeral da Comfort Keepers em Portugal, Jorge Monteiro, defendeu que um franchising com esta empresa “pode constituir-se como a aposta certa para os empreendedores locais”. “A zona Centro apresenta percentagens de população idosa bastante superiores à média do resto do país. Para além disso, os Ser viços de Apoio Domiciliário locais registam índices de ocupação muito próximos dos 100%, o que atesta a necessidade de encontrar no mercado novas respostas às necessidades da população idosa e das suas fa-
Maria Helena Reis, Jorge Monteiro e Norberto Pires na mesa que abriu o workshop
mílias”, considera o empresário, baseando-se em dados do Instituto Nacional de Estatísticas. Tratando-se de um mercado que está a dar os primeiros passos, Jorge Monteiro alerta os potenciais empreendedores no sector para os riscos de se lançarem com projectos próprios. Evocando uma vez mais as estatísticas, “57,7% das empresas não sobrevivem ao cabo de três anos de existência e 30% não chega sequer ao fim do primeiro ano”. “Ao seleccionar a aposta no mercado cuidados domiciliários com a Comfort Keepers, o novo empreendedor terá acesso a um sistema de negócio testado e desenvolvido, que fará com que os
riscos de introdução da nova empresa no mercado sejam substancialmente reduzidos e que o desenvolvimento da organização decorra de uma forma mais célere. Estamos a falar de um sistema de franchising com mais de 10 anos de experiência, a funcionar em diferentes contextos (zonas urbanas e rurais), com mais de 600 escritórios em todo o mundo”, sustenta. No que respeita a financiamento, o directorgeral acredita que com a recuperação pós-crise, o acesso ao dinheiro “promete ser mais fácil”. Para o sector em causa, recorda a existência de duas linhas de crédito – Invest+ e Microinvest – criadas pelo Ministério do Traba-
lho e da Solidariedade Social, que, segundo disse, “representam 100 milhões de euros dirigidos aos desempregados e jovens à procura do primeiro emprego”. Por outro lado, acrescenta, “o Governo disponibilizou 10 milhões de euros do programa Compete, com vista a novos projectos”. “Com um potencial de mercado na zona centro de milhões de euros por ano, o franchising da Comfort Keepers poderá funcionar como uma alavanca essencial à recuperação económica local, bem como à criação de novos postos de trabalho e consequente diminuição da taxa de desemprego”, defende Jorge Monteiro. O workshop, destinado a cativar empreendedores, contou com a participação de Norberto Pires, presidente do Conselho de Administração do Coimbra iParque; Maria Helena Reis, coordenadora científica do mestrado em Gerontologia Social do Instituto Superior Bissaya Barreto; João Matias, director da ANJE Centro; Francisco Pegado, coordenador do Centro Empresarial do Centro, IAPMEI, e José Ambrósio, chefe de Divisão do IEFP.
Cerca de 125 pessoas, entre as quais representantes de 50 farmácias do Baixo Alentejo e do Algarve, marcaram presença no 35.º aniversário da Plural, assinalado no passado dia 30 de Outubro com a inauguração da plataforma logística de Faro. O presidente da cooperativa farmacêutica traçou, na cerimónia, um paralelismo entre a história do país e da Plural, realçando que a conquista do Algarve “simboliza para nós também a conquista de todo o território nacional”. Um marco importante para a cooperativa que, destacou Miguel Silvestre, se encontra empenhada na criação de novos serviços e soluções. O objectivo é, adiantou, “passar de mero distribuir grossista a prestador de um vasto leque de serviços que vão ao encontro das necessidades actuais da moderna farmácia portuguesa”. O sector, apontou, foi penalizado pelas mudanças legislativas levadas a cabo pelo anterior Governo que “actuou assumindo desde o início uma
postura autista, cheio de certezas, sem contar com a opinião técnica e responsável dos farmacêuticos e sem atender às consequências que a curto/ médio prazo estas alterações virão a suscitar”. Apesar da desestabilização do sector, a Plural, afirmou o responsável, é uma empresa sólida e projectada para o futuro. Com o investimento nas novas tecnologias e a abertura de plataformas em locais estratégicos, a cooperativa de distribuição farmacêutica estendeu, notou, a actividade a todo o país e “a todas as farmácias sem excepção”. O próximo passo na estratégia de crescimento é a abertura de uma plataforma no Montijo que, em parceria com a das Caldas da Rainha, vai servir a área da grande Lisboa, Setúbal e Torres Vedras. A estratégia de afirmação da Plural, em todo o território, mas com especial ênfase na capital, passa ainda pela representação de produtos farmacêuticos e pela aposta em produtos de marca própria.
Miguel Silvestre congratulou-se com a História e projectou o futuro da cooperativa no 35.º aniversário
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Comemoração decorreu no CAE
Ambição marca 60.º aniversário do Grupo Catarino BENEDITA OLIVEIRA
Apesar da crise, o Grupo Catarino estima atingir uma facturação na ordem dos 150 milhões de euros daqui a dois anos. Contenção, dedicação e profissionalismo são palavras de ordem no grupo de Febres que tem a ambição de se afirmar não como um dos maiores, mas como um dos melhores nas diversas áreas de actividade em que actua. No ano em que celebra seis décadas sobre a sua génese, o grupo liderado por Vítor Catarino mantém-se na senda do crescimento, criando e potenciando sinergias entre as 16 empresas cuja actividade se estende por nove sectores de actividade (construção, interiores, imobiliário, hotelaria, paisagismo, trading e montagem de negócios, fileira florestal, alimentação biológica e joalharia). O sucesso, notou o presidente do Conselho de Administração do Grupo Catarino na cerimónia de aniversário que decorreu na sexta-feira, dia 6, no Centro de Artes e Espectáculos, na Figueira da Foz, decorre da aposta na “diferenciação”. “Conciliamos qualidade com cumprimento de prazos, inovação com sentido estético, sustentabilidade com ambição global, sem nunca perder competitividade”, afirmou Vítor Catarino, manifestando-se confiante no futuro. A expansão, adiantou, passa pela afirmação do
O Grupo Catarino apresenta uma nova imagem institucional
grupo em Portugal (incluindo o arquipélago da Madeira, onde este ano abriu escritórios) e em Espanha, assim como pelo estabelecimento de parcerias estratégicas em países dos quatro continentes: Europa, América, Ásia e África. No que respeita ao sector da construção, que continua a representar o maior peso na facturação global, o grupo Catarino conta ganhar obras de maior dimensão, consolidando a intervenção neste sector-chave. Mas ambição é coisa que também não falta aos restantes segmentos de actividade. Para uns e para outros, o administrador tem metas bem definidas, ao ponto de Vítor Catarino considerar que a posição alcançada, por exemplo em matéria de equipamento e decoração de hotéis, “leva-nos a pretender conquistar o estatuto de player de referência a nível mundial”. Já, em Portugal, no sector residencial, con-
tinuou, “pretendemos consolidar o estatuto de referência ao nível do design e da decoração de interiores”. “Se chegámos onde chegámos, é porque não nos acomodamos nunca. É porque queremos ir sempre mais além”, comentou, sublinhando que a ascensão tem sido feita sempre “com passos seguros, calculando bem os riscos, para não comprometer os resultados”. “Temos consciência de que o mundo está em permanente mutação e que é preciso acompanhar as transformações e preparar o futuro”, observou, destacando que por esta razão o grupo está a apostar em novos sectores. “É o caso da fileira florestal (um feliz retorno às nossas origens) e da indústria transformadora de produtos biológicos”, exemplificou. O trading e a montagem de negócios é outro dos mais recentes “vectores estratégicos do grupo”,
até porque, sublinhou Vítor Catarino, há que “aproveitar as oportunidades geradas pela globalização das economias, pela constante variação do valor das matérias primas, pela existência de desequilíbrios regionais, que premeiam aqueles que revelarem competência, capacidade e conhecimento quanto aos mercados emissores e receptores e quanto à complexidade dos processos comerciais, logísticos e financeiros”. O plano estratégico do Grupo Catarino para o período de 2008-2012, sintetizou, assenta em quatro cadeias de valor: mercados globais, sistemas urbanos, conforto e qualidade de vida e desenvolvimento sustentável. A par da criação de centros de competência nas fileiras estratégicas, o grupo (ou os seus accionistas) assume-se ainda interessado em participar em projectos de business angels e no capital de start up´s de sectores inovadores e de base tecnológica. “Nos últimos anos obtivemos os melhores resultados de sempre, graças à confiança e ao prestígio conquistados pela nossa forma de actuar, pela incessante busca da excelência”, referiu, reconhecendo que apesar das dificuldades conjunturais “encaramos o futuro com optimismo, com base num contínuo esforço de aperfeiçoamento e adaptação às realidades circundantes”.
AtriumSolum promove concurso de Natal O Centro Comercial AtriumSolum arrancou no início do mês com uma campanha promocional de Natal. Até ao dia 31 de Dezembro de 2009, quem fizer compras no valor igual ou superior a 20 euros no centro comercial localizado na avenida Elísio de Moura habilita-se a ganhar três prémios. O primeiro prémio é
uma viagem às Maldivas para duas pessoas com passagem aérea, estadia de ste noites em hotel quatro estrelas em regime de pensão completa, transfers, seguros de viagem e taxas de segurança incluídas. O segundo prémio é uma viagem à República Dominicana para duas pessoas com passagem aérea, estadia de sete noites no Hotel
Riu Taíno sob o regime de tudo incluído, transfers, seguros de viagem e taxas de segurança incluídas. O terceiro prémio é uma viagem a Barcelona para duas pessoas, com passagem aérea, estadia de duas noites em regime de alojamento e pequeno almoço, seguros de viagem e taxas de segurança e aeroporto incluídos.
A campanha, que poderá colocar uma viagem no “sapatinho” dos clientes do AtriumSolum, conta com a parceria da Almeida Viagens e Diário de Coimbra. O sorteio realiza-se no dia 7 de Janeiro pelas 18h00 na presença de um representante do Governo Civil do Distrito de Coimbra no AtriumSolum.
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Carlos Encarnação investido em terceiro mandato consecutivo
Arzila
Talvez haja Junta Coimbra “não é o apeadeiro do poder” em sexta-feira (13) Talvez a 13 de Novembro (sexta-feira) fique completa a Junta de freguesia de Arzila (Coimbra), cuja presidência cabe a Nuno Silva (PS). Duas sessões da primeira reunião da Assembleia de freguesia foram insuficientes para esta proceder à eleição do secretário e do tesoureiro do órgão executivo, estando agendada para amanhã a realização de outra sessão. O socialista Nuno Silva foi eleito, a 11 de Outubro, para suceder a Filipe Vaz na liderança da Junta (cuja presidência já pertenceu ao PS no anterior mandato), mas a correlação de forças na Assembleia tem dificultado o fecho da
composição do órgão executivo. Os sete assentos da Assembleia de Arzila estão repartidos por três forças políticas, cabendo três ao PS, três à coligação “Por Coimbra” e um à CDU. Nuno Silva disse ao “Campeão” que lhe parece ser incontornável uma plataforma de entendimento, mas previne não estar disposto a exercer a liderança do órgão executivo “a qualquer custo”. Segundo a Lei nº. 5A/2002, os vogais de cada Junta são eleitos, mediante proposta do presidente, de entre os membros com assento na primeira reunião da Assembleia de freguesia.
Partido Socialista
Petição interpela militantes de Coimbra Uma petição a fazer a defesa do PS/Coimbra como “um referencial de ética e moral na vida pública” pode ser subscrita, via Internet, em http:// www.peticaopublica.com/ P e t i c a o Ve r . a s p x ? p i =P2009N692 . Hugo Duarte é o primeiro subscritor do documento. Os camaradas que entendam aderir ao abaixo-assinado comprometem-se a “unir esforços, zelando para que, [por ocasião da eleição da próxima Comissão Concelhia conimbricense socialista], o código genético do PS seja marcado pela defesa dos valores da ética republicana, (...), com intervenientes de inquestionáveis qualidades morais”. É o seguinte o teor da petição: “O PS/Coimbra tem de ser sempre um referencial de ética e moral na vida pública. O próximo acto eleitoral deve ser um momento de afirmação como um partido exigente no que diz respeito ao exercício de cargos públicos, em defesa do interesse colectivo e em detrimento do privado. O Partido Socialista é composto por gente séria, que se revê em diri-
Hugo Duarte
gentes que devem revelar uma conduta irrepreensível no que diz respeito às suas relações com agentes económicos, ausência de promiscuidade, zonas nublosas onde os interesses colectivos do povo português podem colidir com ganâncias individualistas. Os subscritores da petição comprometemse, em todo o momento da sua acção, a unir esforços, zelando para que, no próximo acto eleitoral interno concelhio, o código genético do PS/Coimbra seja marcado pela defesa de valores da ética republicana no respeito pelo bem comum, com intervenientes de inquestionáveis qualidades morais e com fortes possibilidades de vencer esta batalha”.
Investido em terceiro mandato consecutivo, o presidente da Câmara de Coimbra pede uma nova “Estação velha”, a preservação do Choupal e o termo da discriminação infligida aos SMTUC em matéria de indemnizações compensatórias. R.A.
Carlos Encarnação advertiu, na semana passada, ao ser empossado para o último mandato como edil, que Coimbra “não é o apeadeiro do poder”. Ao lamentar o estado da “velhíssima estação” ferroviária de Coimbra-B, o autarca exortou o Governo a pôr termo a uma “situação degradante”. “Queremos que a nova aposta na alta velocidade e todo o plano da entrada em Coimbra saiam do universo do desenho para a realidade da construção”, afirmou. Ainda no domínio dos transportes terrestres, o edil voltou a insurgir-se contra “a injustiça” subjacente ao financiamento dos Serviços Municipalizados (SMTUC), tendo feito notar que, em 2008, a Carris (Lisboa) e a Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) auferiram indemnizações compensatórias de, respectivamente, 52 milhões e 19 milhões de euros. Os montantes das referidas indemnizações em função dos passageiros transportados levam a concluir que o Estado abonou a Carris com 22 cêntimos por utente e a STCP com 17.
Portugal está “reduzido à lógica” de duas áreas metropolitanas
Em Coimbra, o apoio à exploração importa em 14 cêntimos, mas prevalece uma diferença significativa: o encargo é suportado pela Câmara Municipal (CMC) perante a indiferença da Administração Central. “É impossível continuar tudo na mesma”, proclamou Carlos Encarnação. Ainda em matéria de transportes, o presidente da CMC alertou para a inexistência de um aeroporto internacional na região Centro, embora as restantes quatro regiões-plano do Continente possuam tal tipo de infraestrutura. A abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil é “um objectivo a perseguir”, assinalou, vincando que o Governo “não pode evitar uma decisão”. “Beja, que tem aeroporto, não é destino; a região Centro, que é destino, não tem aeroporto”, enfatizou. A preservação da Mata do Choupal também mereceu palavras do edil, cujo ponto de vista é o de que ela estará “condenada a um triste futuro” caso o Governo não honre a promessa de mandar elaborar um estudo de integração paisagística e recuperação ambiental.
Higiene à concessão? O presidente da CMC só levantou a ponta do véu acerca do que pretende fazer no domínio da Higiene e Limpeza, tendo-se limitado a acenar com “uma grande revolução”. A 02 de Julho, o “Campeão” indicou que a recolha de lixo e a limpeza do território municipal conimbricense poderão passar a ser feitas ao abrigo de concessão da Câmara. A medida poderá traduzir-se na realização daquelas tarefas por uma so-
ciedade privada ou pela Empresa de Resíduos Sólidos Urbanos do Centro (ERSUC). O Serviço Urbano de Higiene (SUH), com pouco mais de 150 funcionários, ficou privado, recentemente, de 19 (16 cantoneiros de limpeza e três motoristas), devido a aposentação. O mapa de pessoal da Câmara prevê o reforço do SUH com oito postos de trabalho (cinco cantoneiros, dois motoristas e um encarregado).
Em matéria de educação, o presidente da CMC prometeu “incrementar o esforço de investimento, ligar a escola à comunidade e apostar nas creches como porta de entrada no ensino pré-primário”. Quanto à habitação social, disse que o plano do Estado “não passou de uma nuvem”, pelo que resta à Câmara de Coimbra agir de acordo com meios próprios. Ao assinalar que Portugal está “reduzido à lógica das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto”, Carlos Encarnação afirmou que “Coimbra permanece um espinho para algumas consciências”. “O caminho”, segundo disse, é “o da luta com todas as armas para garantir projecção e o futuro”. Neste contexto, o autarca insurgiu-se contra alegadas tentativas de “pôr Coimbra dentro de uma redoma”. Depois de se regozijar com a construção de novas instalações para o Hospital Pediátrico, o edil considerou que se lhe afigura impossível haver recuo a respeito da construção da auto-estrada Coimbra - Viseu e de outras ligações intra-regionais. Por fim, Carlos Encarnação confessou ter tido, há oito anos, “uma secreta esperança de que não fosse
necessário perder tanto tempo para explicar o óbvio às instâncias do poder”. Manuel Porto (PSD), reconduzido na presidência da Assembleia Municipal, enalteceu a descentralização política e administrativa (diferente da desconcentração), num aceno de simpatia pela criação de regiões. O autarca também fez o elogio da democracia, tento feito notar que, graças a ela, “tanto participa quem faz parte das maiorias como quem é membro das oposições”. Pelouros
Carlos Encarnação (PSD) mantém os pelouros do Centro Histórico, Educação, Acção Social e Família, Protecção Civil e Turismo e passa a responder pelo Plano Estratégico e pelo Urbanístico. João Paulo Barbosa de Melo (vice-presidente da CMC) tem a seu cargo a Administração, as políticas de apoio ao sector empresarial e a Gestão Urbanística (onde se inclui o licenciamento das obras particulares). Maria José Azevedo Santos é a vereadora com o pelouro da Cultura. A tutela das Obras e Infra-estruturas Municipais, o Trânsito e o Gabinete de Apoio às Freguesias estão sob a alçada de Paulo Leitão. Luís Providência (CDS/ PP) mantém os mesmos pelouros, avultando entre eles os do Desporto, Juventude, Ambiente e Higiene e Limpeza. Maria João Castelo Branco terá a seu cargo os Recursos Humanos, a Polícia Municipal e o Gabinete Jurídico. Francisco Queirós (CDU) herdou do seu correlegionário Gouveia Monteiro o pelouro da Habitação.
Candidatura a Capital Europeia da Cultura Coimbra candidatar-se-á a ser Capital Europeia da Cultura em 2020, revelou o presidente da Câmara Municipal. A candidatura será apresentada durante o último mandato de Carlos Encarnação, cujo termo ocorrerá em 2013. O anúncio da iniciativa foi feito durante a investidura do executivo camarário e da Assembleia Municipal. Em matéria de política cultural, Carlos Encarnação prometeu, por exemplo, a recuperação do espaço actualmente ocupado pelo Estabelecimento Prisional de Coimbra.
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POLÍTICA
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Manuel Porto reconduzido em Coimbra
Almedina destoa dos acordos entre PSD e CDU
Fartura de lances tácticos na Assembleia Municipal
Palmira Pedro queixa-se de golpe e de “raposas manhosas”
RUI AVELAR
A abundância de lances tácticos caracterizou a primeira sessão da Assembleia Municipal (AM) de Coimbra, em que Manuel Porto (PSD) foi reconduzido na presidência. O sufrágio para a eleição da Mesa do órgão fiscalizador da Câmara proporcionou 29 votos à única candidatura concorrente, apresentada pela coligação “Por Coimbra”, tendo sido escrutinados 18 boletins de rejeição e 15 brancos. Para secretários foram eleitos Francisco Andrade (presidente da Junta de freguesia de Santo António dos Olivais) e Anabela Ponces (CDS/PP). A coligação de Cen-
tro-Direita possui 30 mandatos na AM, cabendo 22 assentos ao PS, nove à CDU, dois ao Bloco de Esquerda (BE) e um à lista patrocinada pelo ex-vereador Horácio Pina Prata. Tudo começou com a escolha do método de eleição da Mesa do órgão fiscalizador da Câmara Municipal: por lista (como preconizou a coligação “Por Coimbra”) ou uninominalmente (alternativa defendida pelo PS). Leal aos entendimentos com a coligação de Centro-Direita, a bancada da CDU (PCP e Partido Os Verdes) esteve, maioritariamente, com a opção pela realização do sufrágio com base em lista(s) completa(s). A bancada do Partido
Socialista percebeu o sinal e demarcou-se de uma composição tripartida (com a coligação “Por Coimbra” e a CDU) da Mesa da Assembleia Municipal. Apesar de ter dado a conhecer a sua simpatia por uma solução protagonizada pelas três principais forças politicas, a Coligação Democrática Unitária descartou o cenário de reconduzir Manuel Porto e partilhar com a coligação de Centro-Direita os lugares dos secretários (dois). Neste contexto, restou à coligação “Por Coimbra” apresentar uma lista formada apenas por autarcas do PSD e do CDS/ PP. Por momentos, parecia que o PS e a CDU
poderiam propor um elenco alternativo para a Mesa do órgão fiscalizador da Câmara, correspondendo, de resto, a um apelo do BE, que preconizava uma “alternativa de Esquerda capaz de garantir o pleno respeito pelas regras de funcionamento democrático” da Assembleia. Segundo apurou o “Campeão”, a bancada socialista preferiu apostar noutro cenário: esperar que as circunstâncias criem condições para desafiar a CDU e o BE a destituírem a Mesa; caso isso nunca venha a acontecer, o PS imputará ao PCP o ónus político pela manutenção da situação e por ter caucionado a eleição por lista completa.
Luís Providência e Serpa Oliva certos na lista
Jovem advogado assume candidatura à liderança da Distrital do CDS-PP Paulo Almeida, 36 anos, advogado, é candidato assumido à liderança distrital de Coimbra do CDS-PP. Para a vice-presidência convidou Luís Providência, vereador da Câmara Municipal de Coimbra e líder da Concelhia local do PP, e para a Mesa da Assembleia conta com o deputado João Serpa Oliva. A Comissão Política Distrital está sem quórum, devendo as eleições acontecer em Dezembro. Segundo noticiou o “Campeão”, na sua edição electrónica, Nunes da Silva, médico oftalmologista, actual líder distrital dos centristas, encara a hipótese de se recandidatar, mas também admite não o fazer. “Estou preparado para qualquer das opções”, declarou ao “Campeão” online o líder distrital cessante do CDS/Coimbra. Paulo Almeida está no partido desde os 18 anos. Foi líder da Juventude Popular e quando atingiu o limite de idade passou a assumir cargos de respon-
sabilidade nos órgãos locais do partido. Foi vicepresidente da Distrital, com Sónia Sousa Mendes e também com Nunes de Silva. Demitiu-se por duas vezes por discordância com os presidentes. O jovem advogado quer organizar o partido, a começar pelas concelhias. Apresenta-se com vontade de pôr em prática um projecto dinamizador e consciente de que há “muito trabalho a fazer”. João Serpa Oliva, que é também o actual presidente da Mesa do plenário distrital de militantes centristas, considera a candidatura de Paulo Almeida “uma solução bastante consensual” e leva-o a perspectivar “uma nova era”. Admite que houve uma tentativa de conciliação entre Paulo Almeida e Nunes da Silva, mas sem sucesso. Sendo “a intenção de voto no CDS-PP de 12,5 por cento”, o deputado de Coimbra, eleito nas últimas legislativas, está convencido de que o partido tem eleitores no distrito, mas
Paulo Almeida (ao centro) conta com o apoio de Serpa Oliva e Luís Providência
falta-lhes as concelhias. Quando em campanha, Serpa Oliva sentiu essa falta. “Não havia ninguém do partido nos locais para nos acompanhar” recorda. Na opinião do deputado, faltou à distrital, na pessoa do seu presidente Nunes da Silva, “vontade, disponibilidade e ida para o terreno”, e isso reflectiuse nas eleições autárquicas, em que o partido não figurou em vários boletins de voto por falta de candidatos. Luís Providência não
fala em falta de trabalho. Diz, antes, que “as prioridades foram mal escolhidas”, que o partido teve “10 meses para preparar as autárquicas” mas sem concelhias não teve condições para apresentar candidatos. Lamenta que isso tenha acontecido, nomeadamente, em concelhos como Cantanhede, Oliveira do Hospital e Mira. “O partido tem eleitores. Se não se apresenta a eleições, não lhes dá a possibilidade de votarem!”, sustenta.
A presidente da Junta de freguesia de Almedina (Coimbra) disse ao “Campeão” ter sido vítima de um “golpe palaciano” e de uma “cilada protagonizada por raposas manhosas”. Só à terceira votação, com a CDU ausente, a Assembleia de freguesia de Almedina elegeu os vogais que coadjuvam Palmira Pedro (PSD) – Margarida Alexandra (outra social-democrata) é a secretária do órgão executivo e Carlos Pinto (socialista) o tesoureiro. Segundo a líder da Junta, foi-lhe subtraído o direito de voto, enquanto membro da Assembleia, para a eleição do(a) secretário(a) e do tesoureiro e houve violação de uma norma legal que lhe confere a exclusividade do direito de propor o elenco de vogais do órgão executivo. Os mandatos inerentes à Assembleia de freguesia de Almedina estão repartidos pela coligação “Por Coimbra” (quatro), CDU (três) e PS (dois). Do alegado “golpe palaciano” fez parte a substituição de Palmira Pedro (PSD) por um companheiro de lista, na primeira reunião da Assembleia realizada após a respectiva instalação. Nos termos da lei, só após a eleição dos vogais da Junta havia lugar para o ingresso de Luís Bento na Assembleia, razão por que ele estava impedido de votar e de ser sufragado para o órgão executivo. O cabeça da lista da Coligação Democrática Unitária contrapõe que Palmira Pedro aceitou limitar-se a dirigir os trabalhos da Assembleia – neste contexto, em substituição dela, foi conferido direito de voto a Luís Bento (PSD) –, justificando assim Arman-
do Gonçalves (CDU) a pretensa eleição dele e de Bento para vogais da Junta. Acresce, segundo Gonçalves, ter sido a presidente eleita do órgão executivo a “submeter a votação [por parte da Assembleia] duas listas de vogais”. Carlos Pinto opina que a CDU pautou a respectiva intervenção pela “tentativa de complicar as coisas”. Em 2005, alega o novo tesoureiro da Junta, Armando Gonçalves tinha proposto ao PS um acordo pós-eleitoral, “mas acabou por entender-se com a coligação ‘Por Coimbra’”. Palmira Pedro queixa-se, por outro lado, de falta de solidariedade de um autarca proposto pelo CDS/PP, sustentando que Fernando Gama votou na lista de vogais alternativa à que ela patrocinou. Luís Providência, líder concelhio do CDS/ Coimbra, replica ser inaceitável que o PSD, “à revelia” do Partido Popular, negoceie com outras forças políticas. O que vale para Almedina, em matéria de alegada subalternização do PP, serve para todas as freguesias, acentua o vereador. Em Eiras, segundo Providência, há um autarca do CDS eleito vogal da Junta apesar de esperar ser secretário, enquanto o PSD “privilegiou a negociação” com a CDU. “Além do mais”, remata o líder concelhio do Partido Popular, “este tipo de prática constitui um logro para os cidadãos”, na medida em que há juntas de freguesias cuja composição “ignora a correlação de forças estabelecida pelos eleitores”.
Segundo a líder da Junta, foi-lhe subtraído o direito de voto, enquanto membro da Assembleia, para a eleição do(a) secretário(a) e do tesoureiro e houve violação de uma norma legal que lhe confere a exclusividade do direito de propor o elenco de vogais do órgão executivo
FIGURAS E FACTOS
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A S C E N S O R A
S U B I R
Carlos Encarnação – Merece ser felicitado pelo anúncio da candidatura de Coimbra para poder aspirar a ser Capital Europeia da Cultura em 2020. André Sardet – Foi, no passado fim-de-semana, um dos convidados para assinalar o 10.º aniversário do Centro Comercial Glicínias, de Aveiro. Nada a assinalar, não fora uma extraordinária actuação deste artista de Coimbra que foi de uma humildade estética e humana muito acima do que seria previsível. Artista de Coimbra a actuar em terras vizinhas deve ser exactamente aquilo que foi: bom, humilde, generoso e disponível. Coimbra não ganha nada em surgir entre os seus pares como se se tratasse de uma terra emproada, com o rei na barriga. Ainda hoje paga a factura desse clamoroso erro estratégico. Pina Prata – Perdeu, e por muito, as eleições para a Câmara Municipal de Coimbra. Ficou longe, muito longe, do que se propunha e do que os seus apoiantes esperavam. Mas na hora certa soube tirar as devidas conclusões, o que não acontece com todos. Perdeu e remeteuse ao silêncio, recusando ficar por aí a mandar uns palpites ressabiados, tão ao gosto da prática política portuguesa. Um bom exemplo de civismo e cultura democrática. Uma personalidade pouco comum, a de Pina Prata, capaz do muito bom, mas também do bastante mau. António Maló de Abreu – O líder da coligação de Centro-Direita na Assembleia Municipal de Coimbra simboliza a unidade da bancada por ocasião da recondução de Manuel Porto na presidência da Mesa. José Manuel Ferreira da Silva (PS) e João Pinto Ângelo (CDU) também estiveram à altura dos papéis em que foram investidos (vide nesta edição outra peça sobre o assunto). Haverá razões para os três para se rirem até 2013 ou as circunstâncias encarregar-se-ão de confirmar o adágio popular segundo o qual se ri melhor quem tem razões para protagonizar os últimos sorrisos? João Marques Vidal – Magistrado do Ministério Público em Aveiro, o filho de um antigo director da Polícia Judiciária está a dar «água pela barba» a parte da classe política e a obrigar outros magistrados a assumirem as respectivas responsabilidades. Raro é o dia em que se não ouve falar da operação “Face oculta”, cuja componente policial foi dirigida por Teófilo Santiago (outrora distinguido com o “Crachá de ouro” da PJ). Noronha Nascimento – O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acaba de «marcar pontos» em relação ao procurador-geral da República. Andava Fernando Pinto Monteiro a anunciar para dentro de uma semana revelações acerca do processo “Face oculta” e já Noronha Nascimento fazia saber ter despachado (a 03 de Setembro) sobre as certidões que o Ministério Público submeteu à apreciação do presidente do STJ A
D E S C E R
Aníbal Cavaco Silva – A forma desastrada como o Chefe do Estado lidou com a alegada suspeita de escutas a pessoal da Presidência da República acaba de ter reflexo numa sondagem encomendada pela Rádio Renascença, SIC e Expresso. Cavaco limita-se a ter apenas uma margem favorável de 3,50 por cento entre opiniões positivas e negativas a respeito do seu desempenho. PUBLICIDADE
Luiz Miguel Santiago Um facto digno de realce ocorreu, ontem, na Universidade de Coimbra, com as provas de doutoramento em Medicina de um clínico geral, a exercer no Centro de Saúde de Eiras. Luiz Miguel Santiago apresentou a tese “Medicamentos e corpo. Consumidores de fármacos, o que pensam e o que sabem”, desenvolvida ao mesmo tempo que continuou a dar consultas e a exercer outras actividades. Este doutorando na especialidade de Sociologia Médica/Medicina Preventiva e Comunitária, mestre desde 2006, e formador no ensino pré e pós-graduado, já dirigiu o Observatório dos Medicamentos e Produtos de Saúde no Infarmed e coordenou a Sub-região de Saúde de Coimbra. Membro da Direcção do Colégio de Especialidade de Medicina Geral e Familiar da Ordem dos Médicos, ainda consegue tempo para ser um membro activo do Coro dos Antigos Orfeonistas. Paulo Fonseca – O novo presidente da Direcção regional da Ordem dos Farmacêuticos tomou posso, terça-feira, assim como todos os órgãos da secção. Paulo António Seco Moreira da Fonseca é acompanhado na Direcção por Humberto Antunes Gameiro, Maria Helena da Silva da Costa Neves Correia Amado, Maria Adriana Santos Mata de Brito e Sebastião Rebocho Ferreira da Silva. A Assembleia-Geral regional é constituída por Maria Margarida Duarte Ramos Caramona (presidente), Rute Isabel Ramos Cavaco Salvador e Maria Mafalda Godinho Tomaz. Ana Filipa Pereira Amaral de Macedo preside ao Conselho Jurisdicional regional, órgão que integra António Carlos Saraiva Cabral Costa e Nuno Carlos Rosa de Lima Vilaça Marques. O Conselho Fiscal regional é composto por Paulo Jorge Barradas de Oliveira Rebelo (presidente), César Augusto Morais de Pinho e Vladimiro Jorge da Cruz Rodrigues da Silva. Judocas veteranos da AAC – Cinco atletas da Associação Académica de Coimbra vão representar a Federação Portuguesa de Judo no Campeonato da Europa de Veteranos, a disputar de hoje até segunda-feira em Lignano, Itália. Os judocas são Lúcio Conceição (campeão nacional), Pedro Simões (campeão nacional), Rui Fonseca (campeão nacional), Filipe Rosa (vice-cam-
peão nacional 2008) e Carlos Rodrigues (vice-campeão nacional). Estas competições para veteranos são destinadas a atletas com mais de 30 anos e que não participam há pelo menos dois anos em competições oficiais no escalão de seniores, sendo que para além da distribuição por categorias de peso, os competidores também são divididos por escalões de idades. CEC e Integrar cooperam – O Clube de Empresários de Coimbra (CEC) vai aliar-se à Associação Integrar para promover o emprego e a inclusão social das populações mais desfavorecidas do concelho. Os protocolos de colaboração entre as duas entidades foram celebrados, segunda-feira, entre Pedro Vaz Serra e Jorge Alves, respectivamente presidentes. O CEC compromete-se a agir junto do tecido empresarial da região com vista ao acolhimento, em programas ocupacionais e de emprego, de pessoas apoiadas pela Integrar. O Clube vai privilegiar a associação na adjudicação de serviços de catering, jardinagem, reparações, limpezas, mudanças e outras actividades que a Integrar esteja apta a desempenhar. Tertúlia sobre Timor – Carla Marcelino, especialista em direitos humanos, e Eduardo Mamede, historiador, são os oradores na tertúlia subordinada ao tema “Timor: Ontem, hoje e
amanhã”, que se realizará amanhã, dia 13, pelas 18h00, na Garrafeira do Estudante, no 7.º piso do centro comercial Avenida. A iniciativa inclui uma exposições de fotos e documentos relacionados com o tema. Livro sobre selos – Foi lançada ontem, no Centro de Estudos Interdisciplinares do Séc. XX (CEIS20) da Universidade de Coimbra, a obra da autoria de João Rui Pita, Isabel Maria Freitas Valente e Ana Isabel Martins, “A ideia de Europa nos selos portugueses”. A apresentação esteve a cargo de Maria Manuela Tavares Ribeiro (historiadora e coordenadora científica do CEIS20), de Nuno Cardoso e de José Cura (filatelistas e dirigentes da Secção Filatélica da Associação Académica de Coimbra). A obra foi galardoada, em Outubro, na Exposição Filatélica Luso-Brasileira “Lubrapex 2009”, com uma medalha de prata. “Limpar Portugal” – O projecto que propõe limpar as florestas portuguesas, no dia 20 de Março de 2010, apresenta-se hoje, pelas 20h00, no decorrer de um jantar promovido pelo Clube de Empresários de Coimbra e que se realiza na Escola de Hotelaria e Turismo de Coimbra. Cerca de 12 mil pessoas já se inscreveram para “Limpar Portugal” e, em Coimbra, foi criado o Grupo PLP, que já conta com 145 elementos voluntários. “Ao contrário das iniciativas realizadas nos outros países, que tiveram patrocínios e subsídios para arcar com despesas de logística e organização, em Portugal optou-se por realizar esta acção sem movimentar um único euro, com base em doações de bens e serviços”, refere o grupo de coordenação concelhia de Coimbra. Psicologia pediátrica – “Assessing quality of life in children and adolescents: concepts, methods and applications” é o título do workshop científico que a Monica Bullinger, professora doutorada da Universidade de Hamburgo, dina-
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mizará amanhã, dia 13, pelas 14h30, na sala multiusos da Quinta da Conraria, da Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra. Monika Bullinger é uma referência mundial nas temáticas da qualidade de vida e da psicologia pediátrica, com a iniciativa a integrar o projecto Disabkids, a desenvolver em Portugal no âmbito de uma parceria entre a APCC e Instituto de Psicologia Cognitiva da Universidade de Coimbra e que conta, também, com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. Sopas da Serra da Estrela – O Chefe Hernâni Ermida, autor e apresentador de diversos programas e livros ligados à gastronomia, vai presidir ao júri do X Festival de Sopas da Serra da Estrela, a realizar no próximo domingo, dia 15, no recinto da Adega Cooperativa de S. Paio, Gouveia. Este ano vão estar a concurso 28 sopas, oriundas dos cinco concelhos da zona de intervenção da ADRUSE. A animação do evento vai estar a cargo de grupos da Serra da Estrela, contando com a participação da Banda Boa União - Música Velha de Manteigas e do Rancho Folclórico “Os Pastores de S. Romão”. Médicos católicos – Amanhã e sábado, no auditório da Fundação Bissaya Barreto, em Coimbra, realiza-se o congresso nacional da Associação dos Médicos Católicos Portugueses, de que é presidente Vilaça Ramos, sob o tema “Que sistema de Saúde para Portugal?”. “As consequências das eventuais alterações ao modelo adoptado no nosso país irão repercutir-se sobre todos os agentes do processo, desde os doentes aos prestadores de cuidados, passando também pelas entidades industriais e comerciais cuja actividade se liga a esta problemática”, referem os organizadores. Destacam-se dois painéis, um sobre “Humanização, justiça e equidade no sistema de Saúde” (amanhã, pelas 17h30) e outro sobre “Como queremos o sistema de Saúde” (sábado, às 12h00).
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EMPRESAS & NEGÓCIOS
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Degustos – Gourmet
Produtos finos dão novo alento a mercearia de bairro ABERTURA (sob a nova gerência) Abril 2009 RAMO Mercearia MORADA Avenida João D Ramos Loja 16-R, Centro Comercial Girassolum, Coimbra BENEDITA OLIVEIRA
As mercearias de bairro fazem cada vez mais parte do passado, mas há excepções. No centro comercial Girassolum, Manuel Martins reinventou o conceito de mercearia de proximidade, imprimindo um novo alento a uma loja com mais de duas décadas. É tudo uma questão de adaptação aos novos tempos, repara o gestor, até porque, nota, o comércio tem de se ajustar às novas tendências de consumo, dominadas pelas grandes superfícies. “Temos tudo o que é natural encontrar numa mercearia – produtos do dia-adia como pão fresco, queijo e massas – e a par disso produtos seleccionados, que se inserem já na gama de mercearia fina”, conta, salientando que o objectivo é “diferenciar-nos não só pela qualidade dos frescos como pela disponibilização de produtos gourmet”.
Entre patés, enchidos de Trás-os-Montes certificados, flor de sal, azeite ou bebidas, a variedade de artigos gourmet é muita e, observa, excelentes para assinalar uma ocasião especial. Na área da garrafeira, destaca Manuel Martins, “temos excelentes vinhos portugueses a preço acessível à maior parte das pessoas”. Por exemplo, “temos um vinho do Porto para beber fresco, como aperitivo, que é óptimo e só custa dez euros”. Outros dos produtos invulgares que se encontram na mercearia são algas desidratadas, que, salienta o gerente, “são o alimento do futuro”. “São muito ricas em sais minerais, nomeadamente em magnésio, e nem sequer são caras. É uma opção muito mais saudável do que tomar medicamentos e de utilização muito simples, basta acrescentar a um refogado. Além disso são dietéticas”, realça. Importante bandeira da
A Degustos conjuga produtos de conveniência com artigos gourmet
Manuel Martins redinamiza loja com mais de duas décadas de actividade
nova gerência é a parceria com a pastelaria A Pousadinha, de Tentúgal. “No fundo, somos um ponto de venda deste espaço bastante conceituado”, acrescenta, sublinhando que por encomenda é possível fazer ainda bolos especiais, como seja de aniversário. Bolachas, compostas e chocolates, biológicos e/ou sem adição de açúcar ou químicos, são outros dos pontos fortes da mercearia De-
gustos, localizada junto à entrada principal do Girassolum. “Temos um rol enorme de produtos que, pela sua originalidade, dão até óptimas prendas de Natal”, considera, adiantando que “as pessoas tanto podem optar por um cesto de produtos como fazer um cabaz de Natal à sua medida e colocar o que quiserem, desde a famosa ginja de Óbidos a um vinagre balsâmico”. A par de produtos regi-
A loja é o único ponto de venda em Coimbra da marca de chocolates belga Neuhaus
onais (da Madeira, passando por Trás-os-Montes até ao Algarve), a Degustos aposta ainda em comida internacional, com destaque para iguarias indianas e nipónicas, na sua maioria confeccionada. “Temos desde os chamados produtos de conveniência até artigos mais seleccionados, como seja chás da marca francesa Kusmitea, que estão entre os melhores do mundo”, defende, referindo que a intenção é marcar a diferença em relação aos demais espaços da região. E o que é diferente não é necessariamente sinónimo de dispendioso. É o caso de uma série de chás vendidos a avulso que, além de extremamente aromáticos, são bastante económicos. “Tentamos ter produtos para todas as bolsas e gostos”, remata Manuel Martins. Aberta todos os dias das 10h00 às 21h00, a Degustos é ainda o único ponto de venda em Coimbra da marca de chocolates belga Neuhaus.
Competitividade regional é um dos temas em discussão
Penela debate desenvolvimento económico O economista Daniel Bessa, o presidente do IAPMEI Luís Filipe Costa, o administrador da Caixa Capital José Furtado e os gestores Raul Santos e João Miranda, respectivamente das empresas Crioestaminal e Frulact (produtora de concentrados de fruta para a indústria alimentar que exporta a maior parte da sua produção), são os interve-
nientes de um dos principais painéis do Fórum de Desenvolvimento Económico organizado pelo município de Penela no próximo sábado, dia 14. Subordinado ao tema “Portugal mais competitivo?”, o painel, que encerrará o evento, vai ser moderado por Sérgio Figueiredo, administrador da Fundação EDP. O Fórum de Desen-
volvimento Económico deste ano dedica o primeiro painel aos investimentos em Penela, cuja apresentação está a cargo de António Maduro, Maria Helena Maduro (Hotel Duecitânea), Paulo Fernandes (Rede de Aldeias de Xisto) e David Leandro (Terras de Sicó). Segue-se um debate sobre o desenvolvimento
local que conta nomeadamente com a participação de Teresa Mendes (presidente do Instituto Pedro Nunes), João Moura (presidente da Assembleia Geral do Biocant) e Luís Mira da Silva (presidente do Inovisa). O desenvolvimento a nível regional é também tema de discussão, sendo que os interlocutores Marli Monteiro (directora execu-
tiva da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal), Isabel Cardoso (directora de marketing da AICEP Global Parques) e Alfredo Marques (presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro) vão abordar a criação de marcas turísticas e clusters empresariais enquanto pólos de competitividade.
B R E V E S
ACIP debate panificação em congresso A Associação do Comércio e da Indústria de Panificação, Pastelaria e Similares (ACIP) organiza no sábado, dia 14, o 3.º Congresso Nacional. Subordinado ao tema “Marketing e inovação: a panificação e a pastelaria no século XXI”, o evento vai debater o futuro, as tendências e principais desafios do sector. Dezenas de profissionais deverão marcar presença na iniciativa que se realiza na Quinta do Outeiro, em Tentúgal. Liderada por Carlos Santos, a ACIP tem procurado dinamizar este sector da indústria alimentar, congregando vontades e delineando estratégias comuns. Considerada a maior associação portuguesa do sector de panificação e pastelaria, a ACIP foi reconhecida como instituição de utilidade pública em 1999.
Tezenis abre no Dolce Vita A rede Tezenis abriu uma loja no segundo piso do centro comercial Dolce Vita. A cadeia especializada em lingerie e pizamas para adultos e crianças aposta em produtos de design a preços competitivos. Equipado com mobiliário de influência norte-americana, o espaço caracteriza-se por uma imagem cosmopolita.
Pousada Santa Cristina distinguida A Pousada Santa Cristina, de Condeixa, foi uma das três unidades hoteleiras do Centro da rede de Pousadas de Portugal distinguidas com o “certificado de ouro” (Foresee Gold Certificate of Excellent Food Hygiene Standards) atribuído pela LusoCristal, consultora internacional na área dos sistemas de gestão de segurança alimentar. Este reconhecimento reflecte os excelentes níveis de controlo em higiene e segurança alimentar no sector de alimentos e bebidas nas pousadas Santa Cristina, Desagravo (Vila Pouca da Beira) e São Lourenço (Manteigas), que, assim, se juntam à Pousada da Ria, a primeira pousada do país e a primeira unidade hoteleira fora de Lisboa a receber o diploma. Para receber este galardão, as pousadas tiverem de registar nas auditorias promovidas por aquela entidade na aplicação do Sistema de Gestão de Segurança Alimentar, resultados acima dos 80 por cento por três anos consecutivos. A distinção é baseada nos princípios de HACCP e em conformidade com os requerimentos do regulamento (CE) 852/2004.
CANTANHEDE
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“A dinâmica do Freixial Shopping passa pela criação de eventos ou acções que tornem o espaço mais acolhedor”
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Espaço “oferece variedade não só de produtos e serviços, como também de preços”
Comemorações animam centro comercial de 19 a 22 de Novembro
Freixial Shopping celebra 3.º aniversário Animações infantis, promoções e rastreios gratuitos marcam o 3.º aniversário do Freixial Shopping, de Cantanhede. De 19 a 22 de Novembro, o ambiente festivo antecipa a época de Natal que, como é habitual, é sempre celebrado com várias actividades. Vanessa Ferreira, responsável pela gestão do centro comercial, revela o programa comemorativo e faz um balanço dos três anos de existência. BO
Campeão das Províncias (CP) – O Freixial Shopping completa este ano o seu 10.º aniversário. Que balanço é que faz? Vanessa Ferreira (VF) – Na verdade, o Freixial Shopping completa apenas o seu 3.º aniversário. Esta confusão é feita por muitas pessoas, inclusive por clientes nossos, uma vez que durante 15 anos os nossos conterrâneos habituaram-se a visitar o Intermarché de Cantanhede, que continha apenas poucas lojas na sua galeria comercial. Com a evolução das suas necessidades essa mesma galeria comercial cresceu contando actualmente com 28 lojas, incluindo o seu supermercado de preferência. Só que hoje essa mesma galeria é um centro comercial – o Freixial Shopping – que continua a pensar em si diariamente, com o mesmo carinho e atenção de há 18 anos atrás.
No que concerne ao balanço de 2009, este foi um ano bastante positivo, tendo em conta os anos anteriores e o cenário económico nacional. CP – Qual é o posicionamento do Freixial Shopping no concelho? VF – O posicionamento do Freixial Shopping é a sua identificação como o centro comercial de média dimensão que tem tudo, mas mais do que isso, que se localiza junto da área de residência dos seus visitantes. Logo, se temos tudo aqui e tão perto, qual é a necessidade de nos dirigirmos a outros espaços comerciais sem atendimento personalizado, com um conjunto de lojas e marcas mais do que repetidas e sem animação permanente para desfrutarmos de um bom tempo em família e amigos? CP – A abertura de (outras) médias superfícies na cidade implicou mudanças na estratégia comercial? VF – Na verdade a nossa estratégia tem-se direccionado mais para as necessidades dos nossos clientes para que possamos manter o conceito de diversidade e comodidade. Relativamente à concorrência a que se refere penso que tenha alterado a estratégia comercial de algumas das nossas lojas, principalmente as do Grupo dos Mosqueteiros, nomeadamente a do Intermarché, Bricomarché e Vêti. São todas superfícies com preços bastante atractivos que se aliam à qualidade e a um atendimento personalizado, o que de facto tem sido reconheci-
do pelos nossos clientes, fidelizando-os e mantendo a sua preferência. CP –A conjuntura económica desfavorável está a ter repercussões neste sector de actividade? VF – Como o Freixial Shopping oferece variedade não só de produtos e serviços, como também de preços, os nossos visitantes mantêm a sua escolha preferencial. Outro factor que tem mantido a fidelidade dos nossos clientes é, sem dúvida, as promoções e facilidades de pagamento oferecidas pelas nossas lojas. Mas, no geral, podemos dizer que a situação económica que o nosso país ultrapassa tornou os consumidores menos selectivos e mais inclinados para o preço do que para a qualidade, portanto o ideal é manter ambos os critérios, sendo esta a nossa estratégia. CP – No Natal costumam ser sempre bastante dinâmicos. Que campanhas promocionais estão a preparar para este ano? VF – Este Natal no Freixial Shopping será, antes de mais, bastante animado. A chegada do Pai Natal trará não só animações para os mais novos, como também para os mais crescidos. Os nossos clientes não irão precisar de aguardar pelos saldos para fazer boas compras de Natal, pois as promoções serão evidentes na maioria das lojas. Este será um presente de coração para todos os nossos conterrâneos. CP – A dinamização de eventos é uma preocupação constante ao longo
A animação de aniversário antecipa o ambiente festivo da época natalícia
do ano. Qual é a intenção? VF – Na verdade, toda a dinâmica do Freixial Shopping passa pela criação de eventos ou acções que tornem o espaço mais acolhedor, familiar. É um espaço frequentado diariamente ou semanalmente pelo mesmo visitante o que implica termos sempre novidades. É também um espaço de preferência dos mais pequenos, exactamente pelo divertimento que encontram ao entrar nas nossas instalações. Portanto faz todo o sentido que a dinamização de eventos seja uma preocupação constante ao longo destes três anos. CP – Na sua opinião, quais são as principais vantagens deste centro comercial? VF – As principais vantagens do Freixial Shopping são a acessibilidade, a diversidade e o atendimento personalizado. Na verdade, o consumidor cada vez mais está a colocar de parte o hábito de frequentar apenas
grandes superfícies comerciais, optando por espaços mais pequenos e mais harmoniosos que lhe ofereçam produtos e serviços diferentes e com um atendimento mais personalizado. O Freixial é assim; transporta o conceito de comércio tradicional para um espaço que reúne 28 lojas, com os mais variados produtos, serviços e preços, mas onde cada cliente é conhecido pelo seu nome, construindo-se assim relacionamentos duradouros. Por fim, gostaria de convidar todos os leitores a visitarem o nosso espaço comercial, localizado no coração da cidade de Cantanhede, podendo usufruir de todas as qualidades que o nosso espaço comercial reserva para cada visitante e anunciar as nossas actividades para o nosso 3.º aniversário a decorrer durante os dias 19 a 22, com animações infantis, promoções agradáveis, rastreios de glicémia, colesterol e tensão arterial totalmente gratuitos e, finalmente, no domin-
go (22) venham comer uma fatia de bolo e apagar as nossas três velinhas.
Lista de lojas Algodão Doce Balvera Bar Bazar do Intermarché Botaminuto Bricomarché Cantinho das Flores 5 à Sec Coconing Day Spa Confort Cult Division Eternidades Fascino Feitio Joias Garfadas Intermarché InterÓpticas Kiosque Luís Roque Multiviagens Network Pharma Passion Prémaman Suit Vêtimarche
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Na Figueira da Foz
Cinco anos a cuidar da saúde ocular ABERTURA 12 Novembro de 2004 RAMO Óptica MORADA Centro Comercial Atlântico E.Leclerc, Rotunda do Limonete Tavarede, 3080 – 510 Figueira da Foz TELEFONE 233 414 210 BENEDITA OLIVEIRA
A CentrÓpticas perfaz precisamente hoje cinco anos de existência. Localizada no centro comercial Atlântico, que tem o hipermercado E.Leclerc como uma das lo-
jas-âncora, a loja de serviços de oftalmologia e consultas de optometria foi idealizada por Jorge Aveiro que após dois anos a trabalhar nesta área de actividade resolveu lançar-se por conta própria. Licenciado em gestão de
O consultório, devidamente apetrechado, garante consultas de optometria e contactologia
empresas, Jorge Aveiro faz um balanço bastante positivo da meia década de actividade do centro de optometria e contactologia. “Em qualquer negócio se tem de saber o que se está a fazer, mas neste ramo isto é ainda mais imperioso, porque é um negócio muito técnico e lida com uma área muito sensível que é a saúde”, comenta o gerente, realçando que os profissionais deste sector “têm de ter muita sensibilidade para aconselhar e indicar produtos às pessoas”. Com três áreas de negócio – lentes oftalmológicas graduadas, lentes de contacto e óculos de sol –, a CentrÓpticas está ainda vocacionada para prestar consultas de optometria, sendo este um serviço gratuito e sem compromisso. “Temos um consultório apetrechado com todos os equipamentos necessários para fazer uma correcta avaliação”, refere, sendo que, reconhece, “as pessoas ainda hoje são muito fi-
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A equipa de profissionais é composta por Cristina Duarte, Lúcia Pereira, Daniel Fernandes e Jorge Aveiro (gerente)
éis ao oftalmologista. Já no que respeita às lentes graduadas, observa, “50 por cento das consultas são feitas por nós”. Trata-se de um serviço “deveras importante”, porque, nota, facilita bastante a vida às pessoas: “há muita gente não quer estar à espera meses de consulta que só se obtém por intermédio do médico de família”. A loja realiza consultas de optometria às terças e quintas-feiras, das 10h00 às 18h00, sendo que a maior parte dos clientes opta por marcação prévia. Há também, adianta, quem apareça sem marcação, mas, garante, “fazemos sempre os possíveis para atender todas as pessoas que vêm cá”. Natural de Coimbra, Jorge Aveiro diz que a CentrÓpticas já tem a confiança de clientes não só da Figueira da Foz como de toda a região, desde Coimbra a Pombal. A par do atendimento personalizado, o responsável considera que um dos motivos do sucesso é a estabilidade da equipa de profissionais. “A equipa tem-se mantido inalterada no tempo e isso é importante, até porque os clientes começam a conhecer-nos, criando-se um ambiente quase familiar. Criam-se, pelo menos, laços de grande afectividade e isso é importante”, considera. A actividade, reconhece, além do rigor técnico, inerente à área da saúde, é cada vez mais influenciada pela moda. Se antigamente, conta Jorge Aveiro, as armações para óculos davam para pessoas entre os cinco e os 60 anos, agora, salienta, a tendência é a compra de armações de
óculos e até lentes de acordo com os padrões da moda. “Damos muita importância à área do vitrinismo, até porque muitos dos clientes entram só mesmo para comprar uma armação bonita”, diz, acrescentando que o ramo é cada vez mais apetecível para os criadores de moda – entre as marcas comercializadas pela loja é destacar a Armani, Carolina Herrera, Christian Dior, D&G, Diesel, Gant, Givenchy, Gucci, Guess, Hugo Boss, Paco Rabanne, Tommy Hilfiger, Vogue e Yves Saint Laurent. “Até já nos aconteceu – relata – virem cá pessoas comprar armações com lentes neutras. O uso de óculos
está na moda neste momento”, admite, realçando que até as senhoras de 70 anos hoje em dia “não querem óculos clássicos. Querem dar mais alegria ao rosto e parecer mais novas”. Neste momento, a CentrÓpticas está a oferecer um óculo de ver ao perto na compra de um óculo com lentes progressivas. “Toda a gente gosta de ler ou ver televisão no quarto, mas quando se está deitado na cama as lentes progressivas não são muito práticas”, observa. No futuro, Jorge Aveiro projecta abrir outros pontos de venda, sendo que a prioridade, adianta, é apostar numa loja de rua.
A loja está localizada no Centro Comercial Atlântico (E.Leclerc)
A CentrÓpticas está aberta diariamente das 09h00 às 22h00
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Em 2008 foram obtidos os melhores resultados de sempre
Cliente é visto como um parceiro de negócio G. B.
Apontada como empresa referência, a J. B. Pires, Lda é o reflexo da forma como a sua administração equaciona a actividade no sector da construção. Exigência, rigor e qualidade andam de mãos dadas com relações de confiança estabelecidas com os clientes, alicerçadas em bons serviços e a total disponibilidade para, em parceria, procurar sempre as melhores soluções. “Mais do que clientes, hoje falamos de parceiros de negócio. É essa a relação que temos com aqueles que confiam em nós para concretizar os seus projectos”, explica João Carlos Baptista Pires, sócio-gerente da J. B. Pires. Tem sido assim a forma de estar desta empresa há 15 anos, desde que foi criada. Na vertente de constr ução para habitação, como nos projectos destinados ao comércio e industria, a J. B. Pires oferece um produto do tipo
“chave na mão”, procurando as melhores alternativas e soluções para concretizar o que o cliente tem em mente. É apanágio desta construtora um total acompanhamento e aconselhamento, nas mais diversas áreas, visando transformar em realidade os projectos que lhe são apresentados. “Se for preciso fazemos a barragem, mesmo que ela não seja a obra principal do nosso cliente. Se não souber mos como a construir, vamos certamente arranjar quem saiba. Há obras de maior complexidade em que recorremos a parceiros externos. O nosso apanágio é uma solução completa, integrada, pelo que o cliente não precisa de preocupações adicionais”, sustenta João Pires. Apesar de ser na região Centro que se concentra a maior parte da actividade da J. B. Pires, fruto da relação que mantém com os seus clientes, é comum a construtora assumir obras e projectos nos mais variados pontos
do país. É o caso do edifício Malo Clinics Health Group, destinado a consultórios, na cidade do Porto, obra, entre muitas outras, a cargo da empresa sediada na Mealhada. “Estamos onde estão os nossos clientes. Não temos feito internacionalização, não está nos nossos objectivos, contudo, esse é um cenário que pode vir a alterar-se caso seja esse o interesse dos nossos parceiros de negócio”, explica João Pires, aludindo à eventualidade de expandir a actividade a Angola, caso alguns clientes de relevo apostem nesse país. Vertentes de negócio diversificadas
Apesar de considerar que “a construção tem sido sempre um sector sacrificado” e que, perante um cenário de crise, há menos trabalho e obras, o responsável pela J. B. Pires revela que, contrariando as expectativas e a evolução do mercado, a
empresa obteve em 2008 os melhores resultados de sempre. “Em todas as crise há empresas que desaparecem, outras que renascem e aquelas que melhoram”, esta é a convicção de João Pires. Diz ainda que, o segredo do sucesso, “está na estrutura que a empresa criou, a forma como estabeleceu uma relação com os clientes”, que confiam obra suficiente para que o ritmo de trabalho se mantenha. Por outro lado, a procura de novos mercados e potenciais clientes, permite aumentar o volume de negócio. Sócio maioritário da empresa, João Pires detém ainda a Eccelare, vocacionada para a promoção imobiliária. Para além da Risco Calculado – Arquitectura e Engenharia, Lda, o universo empresarial da J. B. Pires estende-se ao Matadouro de Leitões do Centro, localizado em Febres, do qual detém 50 por cento, e ao Forno da Mealhada.
João Pires admite que o sucesso da empresa advém da estrutura criada e das relações estabelecidas com os clientes
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Melhoria contínua é assumida como fundamental
Certificação e boas práticas são mais-valia Há seis anos que a J. B. Pires detém a certificação do seu sistema de gestão de qualidade, de acordo com a norma NP EN ISO 9001:2000, no âmbito da actividade de construção civil de obras públicas e privadas de edifícios. Este processo é avaliado periodicamente pela Bureau Veritas Certification. Ao reflectir-se em todo o processo de gestão da empresa, a certificação incentiva a uma melhoria contínua e ao cumprimentos de um conjunto de normativos e exigências. Em última análise, este compromisso coloca a J. B. Pires num patamar de excelência que beneficia o cliente e que gera mais-valias competitivas no mercado do sector da construção. João Pires, sócio-gerente da empresa, considera que a implementação de um sistema de gestão de qualidade “obriga a maior rigor e exigência, com be-
Empresa está sediada na Zona Industrial de Viadores (Mealhada)
nefício para a própria empresa a nível interno”. A imagem, associada ao facto de ser uma empresa certificada, traz vantagens, contudo, o responsável
lembra que “é importante sublinhar os critérios de exigência necessários para manter e cumprir todos os requisitos inerentes à norma de certificação, incluin-
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do a melhoria contínua”. Processo focado nos clientes – e com mérito reconhecido por eles – a certificação é uma aposta ganha. João Pires garante, no entanto, que o reconhecimento implícito na certificação corresponde a um conjunto de procedimentos que a empresa já vinha a adoptar internamente, embora de uma forma menos sistematizada e formal.
tar na formação dos seus recursos humanos, tendente a diminuir a discrepância entre os quadros técnicos de elevadas competências e aqueles que possuem baixos níveis escolaridade. “Ao apostarmos na formação contínua, pretendemos, simultaneamente, aumentar a qualificação dos quadros técnicos especializados e dos operários e quadros indiferenciados”, explica João Pires. Esta atitude pró-activa já permitiu, inclusivamente, a atribuição de certificados de aptidão profissional a vários colaboradores, validando formalmente competências adquiridas pela experiência. A J. B. Pires implementou, há cinco anos, um sistema de higiene e segurança, transversal aos diversos sectores da empresa, mas com particular preponderância nos espaços de obra. Este processo permite que a empresa detenha, actualmente, elevados padrões de segurança, com claro benefício para os seus colaboradores e parceiros de negócio. Igual preocupa-
ção manifesta-se também ao nível do ambiente, cujo sistema de gestão está, neste momento, a ser implementado na empresa. “O aumento da facturação e os níveis de confiança dos nossos clientes também estão relacionados com um conjunto de competências e credenciais que a empresa detém, quer pelo facto de sermos uma empresa certificada quer pela importância que damos às questões relacionadas com o ambiente, a higiene e a segurança”, sustenta João Pires. Esta aposta na valorização e melhoria contínua coloca, actualmente, a J. B. Pires como uma empresa em vias de progredir no alvará para uma classe superior, capaz de assumir obras na ordem dos 10 milhões de euros. “Uma empresa prestes a completar 15 anos, que consegue estes resultados e a confiança dos clientes, perante um momento económico adverso, é motivo de regozijo”, admite o sócio-gerente da construtora.
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A melhoria contínua, requisito obrigatório para manter a certificação, implica uma particular atenção na formação e na qualificação dos recursos humanos da empresa. Consciente dessa exigência, a J. B. Pires tem vindo a apos-
Apostando na formação contínua, empresa pretende valorizar os quadros técnicos especializados e operários indiferenciados
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Empresa completa 15 anos a 29 de Novembro
Experiência e competência ao serviço do cliente “Soluções Integradas de Construção” é um dos lemas da J. B. Pires, Lda, empresa com actividade há quase 15 anos no sector da construção e obras públicas. Dar ao cliente exactamente aquilo que ele pretende, independentemente do que for necessário fazer para cumprir tal desiderato, é o objectivo desta empresa, implantada na Mealhada. Detentora de alvará de empreiteiro geral ou construtor geral de edifícios de construção tradicional classe 6, a J. B. Pires foi constituída a 29 de Novembro de 1994. A empresa tem a sua sede operacional na Zona Industrial de Viadores (Lote 34) e possui um sistema de gestão de qualidade certificado de acordo com os requisitos da norma NP EN ISO 9001:2000. Com um capital social de 500 000 euros, João Carlos Baptista Pires é o sócio-gerente, detendo a quota maior da empresa. A sociedade gestora integra ainda Paulo José Ferreira de Oliveira, Edmar Rodrigues Marques, Arsénio Sousa Santos e Carlos Manuel da Costa Gonçalves, que possuem quotas diferenciadas. Apresentando-se como uma empresa bastante qualificada, a J. B. Pires desenvolve a sua actividade um pouco por todo o país, com par-
ticular preponderância na região Centro. Em paralelo com a execução de obras para empresas e outras entidades particulares (sector privado), a construção de obras públicas e a edificação para venda são outras áreas de negócio. Sentido de excelência e total garantia de satisfação do cliente são dois primados do modelo de trabalho implementado por esta empresa da Mealhada. A aposta diária na inovação, rigor, profissionalismo e qualidade afiguram-se como argumentos que permitem uma postura competitiva e competente, capaz de atender às solicitações dos clientes mais exigentes. Empresa consolidada e dinâmica, a J. B. Pires orgulha-se de apresentar aos seus clientes um serviço de garantia, à altura das suas expectativas. Tal objectivo, é só possível graças à capacidade técnica demonstrada em cada obra, reveladora da experiência dos efectivos da empresa, do equipamento evoluído utilizado e da própria forma como este projecto empresarial se tem desenvolvido e afirmado ao longo dos últimos anos. Ao longo de quase 15 anos – que serão assinalados no dia 29 de Novembro – a J. B. Pires tem-se dedicado, ao nível do sector privado,
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na execução de obras para empresas e outras entidades particulares, na construção de obras públicas e construção para venda. Uma breve análise ao percurso desta construtora permite constatar que, em 2002, assume maior preponderância a execução de edifícios habitacionais para promotores imobiliários, bem como pavilhões industriais e remodelações na indústria. Com o intuito de diversificar áreas de negócio e, simultaneamente, reduzir o risco, no ano seguinte a J. B. Pires passa a dedicar-se também à construção para promoção imobiliária própria, sector que viria a representar, em 2004, cerca de nove por cento do volume de negócios desse ano e, em 2005, chegaria aos 21 por cento. Aposta ganha, a vertente de construção para promoção imobiliária da própria J. B. Pires é beneficiada com um investimento crescente nos anos seguintes. Em 2008, o volume de negócios ascendeu aos 10 milhões de euros. Parceiros estratégicos
A carteira de clientes da J. B. Pires, diversificada e inPUBLICIDADE
tegrando parceiros de prestígio, é bem elucidativa da competência, fiabilidade, qualidade e capacidade de inovação desta empresa da Mealhada. Entre os principais clientes, destaque para a Sociedade da Água do Luso, o Fundo de Investimento Imobiliário Fechado Imocentro, várias empresas do grupo Logoplaste, Simões – Sociedade Gestora Bens Familiares e Imobiliários, Mahle – Componentes de Motores, Banif Imopredial – Fundo de Investimento Imobiliário, Casa de Sarmento, SA, Fucoli Somepal – Fundição de Ferro, J. Peres & J. Peres Irmãos, Dorial – Saúde Mental, Casa da Meada e a empresa Sarmento, Martins & Fernandes. Porque construir com qualidade implica igualmente saber escolher os melhores em cada ramo, numa estratégia de sinergias e parcerias que visam o melhor serviço para o cliente, entre os principais fornecedores da J. B. Pires encontram-se empresas como a Unibetão, Matobra, Megaço – Produtos Siderúrgicos, Prioridade – Construção de vias de Comunicação, Camaral e a MT – Instalações Eléctricas Águas e Saneamento.
A J. B. Pires foi responsável pelas obras de recuperação e conservação do Grande Hotel das Termas do Luso e esteve igualmente envolvida na ampliação da fábrica e construção da linha asséptica da Sociedade das Águas do Luso
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Gala anual foi espaço de reconhecimento e de confraternização
CNAC festeja 25 anos com motivos de orgulho I.C.
A gala anual do Clube Naútico Académico de Coimbra assinalou este ano as “bodas de prata” e festejou uma época de grandes feitos: 13 títulos nacionais e sete internacionalizações. Foi uma festa cheia de juventude, em ambiente familiar, na qual ficou também patente a ideia de estarmos perante um clube que deseja sempre mais e melhor e sabe reconhecer aqueles que contribuem para esse objectivo. Aos habituais troféus referentes aos feitos dos atletas na época passada, juntaram-se os Ticos de Ouro –
25 anos, atribuídos a seis individualidades ligadas ao clube. Sampaio e Nora, advogado, foi o primeiro a receber o troféu de aniversário. É desde sempre o presidente da Assembleia Geral do CNAC, com a particularidade de nunca ter faltado a uma reunião, conforme foi sublinhado. Foi reconhecido também como “um dos obreiros dos alicerces da constituição do CNAC” há 25 Anos. Foi um elemento fundamental para que todo o processo de registos e legalização do Náutico fosse feito de forma correcta e célere.
Jaime Lobo, sócio número 1 e referência da natação, ensinou várias gerações de conimbricenses a nadar
Jaime Lobo foi o segundo homenageado. É uma referência no ensino da natação em Coimbra, tendo sido o responsável pelo ensino da modalidade a várias gerações de conimbricenses. É uma das almas do CNAC e o seu sócio n.º 1. O sócio Toi, um dos sócios geograficamente mais distantes, mas, em contrapartida, um dos mais próximos, emocionalmente, foi outro dos homenageados. Simboliza, segundo foi dito, “um conjunto de sócios que desde os primeiros tempos têm acompanhado o clube, estando sempre presente, tanto nos momentos mais difíceis como nos mais agradáveis”. Na posse do microfone, o galardoado disse que o CNAC é a sua única família. Pedro Biscaia, há 25 anos ligado profissionalmente ao Náutico, é o rosto da aprendizagem da natação do clube e um exemplo de dedicação e empenho que os seus dirigentes não quiseram deixar passar em branco. Recebeu também o Tico de Ouro para melhor professor. Ainda que ausente, Marques Pereira, sócio fundador, também foi galardoado. Fez parte da primeira equipa de natação pura do CNAC, foi jogador e treinador de pólo aquático e nadador master. Tem desempenhado diversas funções no clube, desde dirigente a responsável por projectos e desafios que se têm colocado ao CNAC. Reconhecem-lhe um misto
de profissionalismo e afecto. É igualmente o autor do site. O último troféu de aniversário foi para José Manuel Borges, coordenador da natação, cujo trabalho, iniciado há três anos, se reflecte na projecção que o CNAC tem alcançado. “Para projectar o Náutico foi preciso incutir maior profissionalismo. Como o actual momento de sucesso tem um rosto que deve ser reconhecido e partilhado, gostaríamos de atribuir este Tico a alguém que não vem da origem do clube, mas que pelo saber, empenho e entusiasmo tem lutado como se tivesse trilhado estes 25 anos connosco”, foi sublinhado.
Os campeões nacionais do CNAC: Miguel Oliveira, Maria Miguel Veloso, Carolina Martins, Mariana Carvalho, Catarina Ferreira e Adriana Lopes
13 títulos nacionais
À parte destes troféus, foram entregues os ticos de ouro que anualmente premeiam várias categorias e são atribuídos por votação ou nalguns casos por nomeação. Este ano, foram para: Liliana Gaspar (Melhor Colaborador), Pedro Biscaia (Melhor Professor), João Silva e Maria Miguel Veloso (Melhor Atleta de Pólo Aquático e Melhor Atleta de Natação Pura), Henrique Silva (Tico de Ouro Gratidão). Na época 2008-2009, o CNAC obteve 13 títulos nacionais e a gala foi também o momento para homenagear os campeões. Conseguiram alcançar o lugar mais alto do podium nas mais importantes competições na-
Sampaio e Nora é, há 25 anos, o presidente da Assembleia Geral do CNAC. Orgulha-se de nunca ter faltado a uma reunião
cionais, Miguel Oliveira (júnior, quatro títuos), Maria Miguel Veloso (júnior, oito títulos entre Júnior e Absoluto), Carolina Martins (juvenil 4x100 Estilos), Mariana Carvalho (juvenil 4x100 Estilos), Catarina Ferreira (juvenil 4x100 Estilos) e Adriana Lopes (juvenil 4x100 Estilos). Uma vez mais, o CNAC esteve representado nos trabalhos das selecções nacionais, por intermédio de Maria Miguel Veloso e Miguel Oliveira. Foi o ano com
o maior número de internacionalizações de sempre (7), e para este feito contribuiu também João Pinheiro, do pólo aquático. Maria Miguel Veloso e Miguel Oliveira receberam para o galardão de recordistas nacionais. Houve ainda troféus para a assiduidade, evolução, revelação em pólo aquático, recordes pessoais, aproveitamento escolar e meio fundo. Maria Miguel Veloso levou oito troféus para casa, foi, uma vez mais, a atleta em destaque na gala CNAC.
EXPOAVES Moinhos da Gândara acolhe 12.ª edição A 12.ª edição da Expo-Aves decorre, de hoje a domingo, na Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Gândara, em Moinhos da Gândara. Organizado pelo Clube Ornitófilo Figueira da Foz, o certame é composto por uma feira de aves e por uma
e x p o s i ç ã o / c o n c u r s o, que distinguirá os melhores exemplares nas secções referentes a canários de cor, de porte, exóticos e psitacídeos. A mostra abre hoje, às 10h00, para visitas escolares, sendo que a partir de amanhã pode ser visitada pelo público em geral.
Segundo Eurico Almeida, da associação sem fins lucrativos, este ano o evento conta com um número recorde de expositores e de aves. “Temos à volta de 1.000 aves e 45 expositores, oriundos de um raio cada vez mais alargado”, referiu o responsável, notando que a adesão
dos criadores é bastante satisfatória. “Agora esperamos apenas que o público adira também em força”, acrescentou, adiantando que nesta edição há uma maior variedade de aves exóticas, que são sempre das espécies que mais curiosidade despertam entre o público.
A Expo-Aves pode ser visitada das 10h00 às 20h00, com excepção de domingo, dia em que o encerramento é às 18h00. O custo do bilhete é simbólico (um euro) e destina-se a apoiar a alimentação das aves. Fundado a 12 de Junho de 1997 por quase meia centena de pesso-
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as, o Clube Ornitófilo Figueira da Foz, associado da FONP – Federação Ornitológica Nacional Portuguesa, tem por objectivo estudar, proteger e divulgar o gosto pelos pássaros. Recentemente cinco dos seus criadores foram distinguidos num certame similar realizado em Barcelos.
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OPINIÃO
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E tudo o Bento levou…! Paulo Bento! Indubitavelmente – um líder! Um…verdadeiro Senhor! Aceitamos, tendo respeito pelo princípio ao contraditório, que alguns – designadamente – adeptos sportinguistas lhes assista a legitimidade de criticarem o treinador. Pelos resultados desportivos. Não cremos que, após a atitude pouco usual – mormente em algumas áreas da nossa vida pública – de Paulo Bento, não seja reconhecida. Nós aplaudimos! Pelo carácter patenteado! Pelos valores defendidos! Que seja um exemplo! Não só no “mundo do futebol”. Como, supra aludimos, que a dignidade e nobreza que protagonizou, seja “seguida” por insignes agentes dos mais diferenciados sectores de actividade. Porque, lamentavelmente, a forma humilde, urbana e inteligente como o ex-treinador de futebol soube lidar com uma situação assaz difícil. E, revelando ter Memória! Agradecendo a todos quantos com ele colaboraram. Assumiu as suas responsabilidades. Sem tibiezas! Sem
ressentimentos! Com coragem e clareza! Nada oculto! Elementarmente, justo, realçar a solidariedade da Direcção e SAD do SCP. Estamos convictos que o Sporting ficou mais pobre. Porque, “sem ovos…”. E, todos quantos se interessam por esta modalidade ou melhor dito – já o referimos, anteriormente – indústria, saberá que o não êxito de Bento ficou a dever-se ao pouco investimento na equipa, comparados com o esforço financeiro que os habituais candidatos entenderam fazer, tendo como objectivo primeiro, a conquista do título de campeão nacional. Questões estratégicas que as SADs gizam. O Sporting optou por equilibrar as suas contas. O futuro – como sempre – encarregar-se à de “julgar”. Para o historial do futebol – pese o Tempo “matar” a Memória – a atitude de Paulo Bento será relembrada pelos que “cultivam e semeiam” valores como a dignidade e a honorabilidade. A sociedade – nacio-
D i r e i t o
d e
S E A R A
“Seria absurdo suspender a avaliação. O Governo está disponível para melhorar a avaliação que já existe e que já foi aplicada a muitos professores”. Jorge Lacão, ministro dos Assuntos Parlamentares, à TSF a 06/11/2009 PEDRO SOUSA LOPES
nal e internacional – está a “despertar” ! Sentimos, que a política do “vale tudo” tende, paulatina mas, consolidadamente, a extinguir-se, por força de uma mais “refinada” atenção por parte dos cidadãos. Ingenuidade? Não o cremos! O cidadão comum começa a manifestar sinais de insatisfação, face aos escândalos que, diariamente, os “media” nos relatam. A indignação, que muitas vezes era silenciada por receio a represálias, tem tido “palco”. Certo é, que ainda há quem receie manifestarse. É natural! O poder é… poder! Contudo, “os avanços” são notórios. E, devemos agradecer à Imprensa, Rádio e Televisão, através dos seus profissionais. Sendo certo, também, que neste assaz importante sector existam “interesses” . Consabidamente,
uns “claros”, outros “ocultos”. Por nós, reiteramos, o nosso aplauso á atitude pouco comum – infelizmente – do Senhor Paulo Bento. Todos quantos gostam – verdadeiramente – de futebol não devem, ficar indiferentes ao exemplo que o nosso concidadão nos presenteou. Sabemos – felizmente – que muitos cultivam os valores que foram patenteados por Paulo Bento. Os adeptos de futebol devem orgulhar-se! E – pese mais difícil – seguir-lhe o exemplo. “Dentro e fora dos relvados”! Todos, independentemente, da ”clubite” ! Felicitemos, Paulo Bento! REGISTO: 20 anos da queda do Muro de Berlim – 09.11.1989!
r e c t i f i c a ç ã o
A cada um o seu direito A Lei de Imprensa confere o direito de resposta a “qualquer pessoa (...) que tiver sido objecto de referências”, ainda que indirectas, susceptíveis de afectar a sua reputação e boa fama. Consagra, ainda, direito de rectificação , “sempre que tenham sido feitas referências de facto inverídicas ou erróneas”. Na anterior edição do “Campeão”, o Sr. Luís Vilar, enquanto presidente da Direcção da Associação Cognitária de São Jorge de Milreu (entidade intituidora da Escola Universitária de Vasco da Gama), exerceu o direito de resposta acerca de uma notícia publicada a 29 de Outubro de 2009. Cabe-me, agora, exercer
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o direito de rectificação. Alega o presidente da ACSJM ser “mentira que esteja a decorrer qualquer auditoria às contas”. Ora, quem indicou ao nosso Jornal ter pedido uma auditoria foi o tesoureiro da entidade instituidora da EUVG, Sr. Fernando Crespo. O Sr. Vilar também sustenta ser “mentira que as contas da ACSJM estejam a ser investigadas pelo Ministério Público”. O “Campeão” não referiu propriamente que a entidade titular da acção penal tenha desencadeado tal investigação; noticiou que “aspectos relacionados com as contas foram participados ao MP”, tendo precisado que a comuni-
A L H E I A
RUI AVELAR * RUIDAVELAR@GMAIL.COM
cação foi feita através da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas. Por outro lado, o presidente da Associação Cognitária refere ter eu invocado um empresário por identificar, com quem, de resto, falei, como se pode aferir através da edição de 29 de Outubro. O Sr. Luís Vilar e a anterior tesourei-
Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497
ra da ACSJM sabem perfeitamente de que empresário se trata. Quanto à hipótese de o “Campeão” mentir – e é de uma hipótese que falo, porquanto errar é humano –, ela ficaria a dever-se a qualquer erro ou omissão involuntários.
* (jornalista)
“Apresentar um programa de Governo muito parecido com o seu próprio manifesto eleitoral não é um acaso, é, sobretudo, uma afirmação de poder. É como se Sócrates estivesse a dizer «derrubem-me, se puderem», sabendo que os seus opositores não têm margem para o fazer”. Áurea Sampaio, na Visão de 05/11/2009 “De um lado, o glamour social-democrata da alta finança, das off-shores, dos grandes grupos económicos; do outro, a falta de estilo do ferro-velho e do lixo. Estamos perante corrupção pelintra, que é um oximoro difícil de compreender: na origem da corrupção costuma estar a ganância. Aceitar subornos de 10 mil euros ao mais alto nível é como ser depravado a dar beijinhos na testa”. Ricardo Araújo Pereira, na Visão de 05/11/2009 “Que os índices de desenvolvimento estagnem, ou até regridam, não me choca nem me surpreende. É habitual. Mas que as actividades ilícitas andem, elas próprias, nas ruas da amargura, deixa-me deprimido. Falhar onde nunca fomos bons não é novidade; fraquejar onde sempre fomos grandes, mói um bocadinho”. Idem, Ibidem “Estive quatro meses a mais no Sporting, [a decisão em ficar] foi tomada mais com o coração do que com a razão”. Paulo Bento, no Jornal de Notícias de 06/10/2009 “O Governo e os seus propagandistas encarregaramse, para promover a resignação e o conformismo, de espalhar a ideia de que ou aceitam as medidas inaceitáveis do Governo e se calam ou então este pode promover a realização de eleições. É uma autêntica chantagem”. Francisco Lopes, deputado do PCP na Assembleia da República, no encerramento do debate sobre o programa do Governo “Os partidos da Oposição ligaram as suas cassetes anti-Sócrates e vá de dispararem por o programa do Governo ser um decalque do programa eleitoral do PS. Absolutismo, dizem eles. A única voz contrária a esta torrente foi a de Marcelo Rebelo de Sousa, que lembrou que já Cavaco Silva, quando liderou um governo minoritário, fez o mesmo”. José Leite Pereira, no Jornal de Notícias de 04/11/2009 “Há uma coisa que Governo e Oposição deverão ter presente: o eleitor, que é, afinal, o grande juiz, assiste a tudo. E julgará em conformidade quando chegar a altura de voltar a votar”. Idem, Ibidem “O PS prometeu durante a campanha eleitoral «avançar Portugal». O novo Governo vai avançar andando para trás. Exemplo cabal disso mesmo é o novo programa do Governo na área da justiça e da segurança. (...) Qual carrossel infernal, Portugal vai embarcar em mais uma onda de euforia legislativa. Com uma novidade. A novidade reside no facto de agora o carrossel andar para trás”. Paulo Pinto Albuquerque, no Diário de Notícias de 06/11/2009
750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares
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Sentido do futuro Na passada semana fingiu-se discutir o programa do Governo para os próximos quatro anos. Na verdade ensaiaram-se estratégias de sobrevivência política e desenvolveram-se tácticas de projecção mediática. A discussão do programa do Governo foi transformada na discussão sobre a avaliação dos professores. Nem foi uma discussão sobre o sistema de ensino, das suas debilidades, das políticas tendentes ao seu aperfeiçoamento, ou dos objectivos a atingir no fim da legislatura. O debate não visou o futuro. Não impôs a clarificação sobre as medidas de combate à crise, as decisões a tomar num contexto de retoma económica e a imperiosa transformação do nosso modelo económico numa base de sustentabilidade. Houve alguns afloramentos mas não foi por aqui que passou o debate. Verdadeiramente parece que ninguém se quis comprometer com o futuro, que a navegação à vista è a nossa sina e que o que interessou foi trocar um momento relevante do debate político nacional
por uma questão circunstancial, como se continuássemos em campanha eleitoral. O que aconteceu foi um debate partidário, tipo torneio de xadrez de partidas rápidas realizado por uma agremiação de bairro em dia e meio, e não de um verdadeiro campeonato nacional. Não se discutiram as questões da pobreza, da vulnerabilidade social, nem, tão pouco, o facto de sermos o país da Comunidade em que há maior desigualdade de rendimento entre ricos e pobres e, consequentemente, não se discutiram políticas tendentes a alterar esta situação. De igual modo não se discutiram as questões da Justiça e o drama de vermos, a cada dia que passa, o nosso país a subir no ranking dos países com mais elevados índices de corrupção. No fundo ninguém se quis assumir e comprometer com metas e medidas concretas com medo de julgamentos futuros. Foi um debate defensivo, a todos os títulos, quando num momento de crise e de dúvidas precisávamos
de um debate frontal e incisivo sobre onde pretendemos estar e de que forma no final da legislatura. Se a Assembleia da República nos representa não há dúvida que ela nos representou de forma cabal no que toca à nossa incapacidade de definirmos objectivos estratégicos e de planearmos a nossa acção de forma sistemática e coerente para os atingirmos. Pode-se contrariar tudo isto dizendo que o Governo apresentou um programa. Que é um programa para quatro anos e que aí está dito o que não foi dito no debate. Mas perguntar-se-á, então, que tipo de debate foi aquele. É que os cidadãos precisavam de ouvir de viva voz os seus representantes fazer o grande debate que um programa de Governo exige. Será que é possível, desta forma, encontrar um sentido de futuro, um caminho de esperança e uma motivação colectiva para superar as dificuldades e construir novos caminhos? Não, não é possível! O que resta é ir acompanhando o “diálogo” sobre a avaliação dos profes-
sores e ir descobrindo as “faces ocultas” que tornam ingénuos e ridículos os honestos e que vão destruindo, a todos os níveis, valores indispensáveis à construção dum país melhor e mais justo. Em Coimbra, sobre a proposta de programa de Governo a única declaração “interessante” e, como sempre, de grande oportunidade e inteligência política, foi a do líder distrital do partido que sustenta o governo que referiu discordar de algumas propostas programáticas aí contidas. Só faltou, em coerência, apresentar uma moção de rejeição. Claro que, como já ninguém liga a nada do que se diz em Coimbra, ninguém reparou. Mas, também, na passada semana, enquanto em Santiago de Compostela se celebravam os 80 anos do nascimento de
JOÃO SILVA
Zeca Afonso, em Coimbra instalavam-se câmaras de vigilância na Baixa! É desta forma que entendemos dever caminhar. Amanhã veremos as consequências. Por agora pareço ser o único que discorda desta solução porque não vai resolver nenhum problema, antes pelo contrário, e que a entende como uma afronta à cidade. Mas a violên-
cia na Baixa é tão intensa e o perigo da Al-Qaeda atacar no Beco dos Gatos é de tal forma preocupante que não há polícia ou políticas autárquicas capazes de prevenir e erradicar os problemas de segurança e de trazer futuro à Baixa. Foi assim que começámos, neste Outono quente de 2009, os próximos anos.
CARICATURA
Afinal, não se trata de moinhos de vento! Ao longo destes anos de participação cívica, tenho reflectido bastante sobre os ideais da ética republicana e acerca da moral no exercício de cargos públicos. Estas reflexões são resultado de constatações de falta de cultura de poder existente nos partidos políticos, em especial nos ditos partidos do arco do poder, e com mágoa minha no PS/Coimbra (do qual sou militante). Estas intervenções cívicas, por vezes, fazem-me sentir um D. Quixote lutando contra moinhos de vento. Ninguém tem vergonha e nojo de enriquecimentos e financiamentos inexplicáveis, parece que estas constatações não existem à luz da moral de muita gente, por vezes de alguns militantes de um partido que surgiu contra estas
HUGO DUARTE
práticas corruptas, típicas de regimes totalitários e pelos vistos também de democracias pouco exigentes como a nossa. Momentos de operações policiais contra a corrupção deixam-me um sabor agridoce, pois fico triste por ver pessoas, que julguei camaradas, envolvidas em factos que nada têm a ver com os ideais da República portuguesa (quase centenária). Por
outro lado, acho que estas investigações revelam estarem a cumprir-se ideários republicanos como o da justiça e o da igualdade perante a lei. Afinal, as minhas reflexões não resultam de qualquer disfunção assente em esquizofrenia. Cumpra-se a República, para que os próximos 100 anos sejam de mais justiça, liberdade e fraternidade.
Caricatura de Armando Vara, feita pelo médico José Augusto Coimbra (Zaug), acerca do caso “Face oculta”
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À excepção de Carlos Encarnação e de Luís Providência, a primeira reunião do novo executivo camarário conimbricense foi uma estreia para os restantes vereadores, presentes, João Paulo Barbosa de Melo, Maria José Azevedo Santos, Paulo Leitão e Maria João Castelo Branco (da coligação PSD/ CDS-PP/PPM), Álvaro Seco, António Vilhena, Carlos Cidade (PS) e Francisco Queirós (CDU). Fernanda Maçãs, número dois da bancada socialista, cumpre o segundo mandato, mas faltou à sessão. Carlos Encarnação queria entrar de imediato na ordem do dia, para “poupar tempo”, mas Álvaro Seco perguntou se não havia período antes da ordem do dia para intervir. Concedido o tempo, começou por dar os parabéns à maioria e disse que os vereadores do PS vão ter “uma posição de oposição, naturalmente construtiva”. O vereador aproveitou ainda para pedir uma sala e
“staff de apoio”. A este pedido, o presidente respondeu disponibilizando-lhe a mesma sala e o mesmo funcionário, que no mandato anterior estiveram por conta dos vereadores do PS. Acerca do funcionário, Álvaro Seco frisou que pretendem alguém “com características técnicas”. Recorde-se que no mandato anterior, foi Luís Santarino, do Departamento de Desporto, o funcionário deslocado para a vereação socialista. O vereador comunista (com pelouros atribuídos na área da habitação, à semelhança do seu antecessor, Jorge Gouveia Monteiro) também aproveitou o tempo concedido para dizer que será “a mais firme oposição”, quando tiver de ser, e colaborante, quando assim o entender. Feitos os cumprimentos, e sem perder mais tempo, Carlos Encarnação entrou na ordem do dia. O regimento, que dita as regras de funcionamento das reuniões, era o primeiro ponto e foi a primeira oportunidade para os vereadores revelarem posi-
ções. Foi aprovado na generalidade, com os votos favoráveis da maioria e da CDU e a abstenção dos três vereadores do PS. Novo director de Urbanismo
O presidente colocou, à parte, a votação de uma proposta no sentido de limitar a presença dos jornalistas à reunião pública, que será a primeira sessão do mês. Carlos Cidade e Francisco Queirós votaram contra o afastamento dos jornalistas das restantes sessões. Cidade perguntou qual o motivo da proposta, ao que Encarnação respondeu dizendo que “é melhor para o Executivo que assim seja”. Recorde-se que os jornalistas assistiam às reuniões do executivo camarário desde a década de 80 e manteve-se nos anteriores mandatos de Carlos Encarnação. De um total de “169 itens” (segundo contagem feita pelo vereador António Vilhena, que se queixou do curto prazo de disponibilização dos documentos), as ta-
xas de derrama e IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) e a nomeação de directores municipais constavam dos pontos cimeiros da ordem do dia. As taxas mantêm-se inalteradas, relativamente ao ano transacto. Os três vereadores do PS votaram contra a manutenção da taxa da derrama, defendendo uma redução. Quanto ao IMI, o PS também votou contra a proposta apresentada, assim como o vereador da CDU. Os socialistas ainda votaram contra a nomeação do novo director de Urbanismo, António José Carlos, que substitui Luís Lemos. Renovam as comissões de serviço, Oliveira Alves (Desenvolvimento Humano e Social) e Maria Isabel Ferrão (Administração e Finanças). Perante a insistência de Carlos Cidade em querer saber alguns pormenores, a reunião finalizou à porta fechada, sem jornalistas e funcionários, para o Executivo analisar um processo disciplinar em curso na Polícia Municipal.
Em Cantanhede
Novo edifício assinala segunda fase do Biocant O Biocant II, terceiro edifício do Parque de Biotecnologia, em Cantanhede, está concluído, marcando o início de uma nova etapa desta infra-estrutura económica, de base tecnológica e científica, que tem vindo a afirmar-se como estruturante para a região Centro e o país. O convite para a abertura oficial do imóvel já foi enviado ao primeiro-ministro e o agendamento da cerimónia de inauguração está apenas dependente da data mais conveniente para o Governo se fazer representar. Envolvendo um investimento de 3,8 milhões de
euros, o edifício tinha os seus espaços reservados ainda antes do início da construção, pelo que será de imediato ocupado por laboratórios e outros equipamentos de mais 12 empresas que operam na área da investigação aplicada em biotecnologia e na comercialização de produtos e serviços no campo das ciências da vida. Numa altura em que a generalidade dessas empresas está a instalar-se, uma delas já se encontra a funcionar em pleno, prevendo-se que as restantes venham a iniciar a sua actividade antes do final do ano. De acordo com os objectivos definidos pela administração do Biocant, a aber-
tura do terceiro edifício assinala o início da segunda fase do único parque de ciência e tecnologia do país especializado em biotecnologia e onde estão sediadas 25 por cento das empresas nacionais do sector. Trata-se de um pólo de inovação e investigação científica aplicada em ambiente empresarial promovido pela Associação Beira Atlântico Parque, cujo capital social é detido maioritariamente pelo Município de Cantanhede, integrando ainda vários associados de referência, com destaque para a Universidade de Coimbra e da Universidade de Aveiro. A abertura do terceiro
imóvel e a instalação de mais uma dezena de empresas representa assim um passo importante na expansão do parque, processo que contempla a ainda a construção de outros edifícios destinados a unidades de investigação e desenvolvimento de produtos de várias entidades públicas e privadas que já formalizaram a sua intenção nesse sentido. Um desses imóveis é o CNC Biotech a construir pelo Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC), que para esse efeito celebrou já um protocolo com o Município de Cantanhede.
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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 145 Tema de hoje – HOMENS (nomes com cinco letras)
HORIZONTAIS 1 – Homem. Inventor. Homem. 2 – Gatuno. Homem. Receio. 3 – Trio. Homem. Estavam. 4 – Queixume. Associação Comercial de Lisboa (abr). Colocar por escrito. Considere (algo) como pertencente a. 5 – Desgaste. Entre. Símbolo de alumínio. Ofereço. 6 – Bonito. Quarto. 7 – Cidade de França. Enfermidade. Habitem. 8 – Bairro onde viviam os judeus (pl). Que tem pouco valor. 9 –Arrufo. Homem. Nome próprio feminino (pl). VERTICAIS 1 – Homem. Prova Geral de Acesso (abr). 2 – Homem. Também. 3 – Ligue. Homem. 4 – Mulher muito bela. Série. 5 – Homem. 6 – Homem. Apenas. 7 – Dispor. 8 – Assistência Médica Internacional (abr). Ferimento (infantil). 9 – Instituto de Apoio à Criança (abr). 10 – Coisa encharcada em água (pl). Queixal. 11 – Homem. 12 – Atmosfera. Trabalho. 13 – Vida. Homem. 14 – Homem. Mau-cheiro. 15 – Homem. Todavia.
Prémios especiais de Natal Conforme anunciámos anteriormente, sortearemos entre os concorrentes aos nossos passatempos deste mês de Novembro, 10 exemplares da valiosa e útil “Agenda Doméstica2009”,queenviaremos aos contemplados na semana que antecede o Natal.
LEIA O PROVÉRBIO
Percorrendo todo o tabuleiro, sempre para o lado, para cima ou para baixo – nunca em diagonal – e começando na casa /1 para terminar na /2, encontrar-seà um provérbio popular português. PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de MED-VET; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 137: Alcínio Dias Matos Serras, de Mouriscas, Abrantes, com livro da PORTO EDITORA; e Ermelinda de Carvalho, de Malveira da Serra, Alcabideche, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.
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PROBLEMA N.º 145/A
HORIZONTAIS 1 – Transporta para cá. Elevação. 2 – Tornar a ver. Caminhávamos. 3 – Enguias. Prejudica. 4 – Maneira. Tampouco. Símbolo de rádio. 5 – Passado. Advertência. 6 – Entregue. Barrigudo. Costado. 7 – Repito. Gemidos. 8 – Prefixo de negação. Nota musical. Ombros. Seis. 10 – Maus. Modificar. 11 – Terminar. Senhora. VERTICAIS 1 – Trémulo. Qualquer. 2 – Popa. Oda. Nome próprio masculino. 3 – Sequioso. Sacrifica. 4 – Nada. Obrigações do Tesouro (abr). Debaixo. 5 – Nome de letra grega. Nome próprio masculino. Sua. 6 – Duras. 7 – Soletrei. Rir. Sobre. 8 – Qual. Sozinho. Encargo. 9 – Osso longo do braço. Querido. 10 – Nome próprio feminino. Voz da cria de qualquer ave. Porte. 11 – Pega. Tornara sem efeito.
SOLUÇÕES ENIGMA FIGURADO
Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.
Palavras Cruzadas – Problema n.º 137: Horizontais – 1 – baleia, a, cavalo. 2 – o, eg, cabra, ai, r. 3 – d, mu, rogas, cã, c. 4 – embale, tralha. 5 – ir, es, aa, ao. 6 – m, anã, tas, a. 7 – um, aos, o, põe, im. 8 – Luís, homem, gata. 9 – asa, iludias, boi. Verticais – 1 – bode, mula. 2 – a, mi, mus. 3 – lembra, ia. 4 – égua, nas. 5 – i, leão, i. 6 – acres, SHL. 7 – ao, ou. 8 – ABG, OMD. 9 – ra, ei. 10 – casta, PMA. 11 – a, rato, s. 12 – vaca, AEG. 13 – aialas, ab. 14 – l, ho, ito. 15 – orca, amai. Problema n.º 137/A: Horizontais – 1 – tribuno, asa. 2 – r, sena, amor. 3 – acabo, clima. 4 – você, a, egas. 5 – er, sétimos. 6 – s, p, rua, s, c. 7 – desarmo, pa. 8 – pese, a, usar. 9 – ovado, avaro. 10 – mede, adir, ç. 11 – oro, amarelo. Verticais – 1 – traves, pomo. 2 – r, cor, dever. 3 – Isac, pesado. 4 – bebes, sede. 5 – uno, era, o, a. 6 – na, atura, am. 7 – o, c, iam, Ada. 8 – além, ouvir. 9 – amigos, sare. 10 – somas, par, l. 11 – aras, caroço. Seis mamíferos: Porco, cadela, burro, ovelha, carneiro, cabrito. Enigma figurado: Cão que ladra não morde.
LEITURAS “O Julgamento de Sócrates, o Terramoto e o mais que se verá...” é lançado sábado
conhecimento que o falecido conimbrincense Rui Vasconcelos tinha da cidade, em particular das suas tabernas, às quais dedicou uma série de crónicas no semanário Jornal de Coimbra, de 1993 a 1995. Este livro enquadra-se numa estratégia de promoção e defesa das tabernas de Coimbra, entendidas como maisvalia para a cultura e turismo da cidade. Integra a Colecção Coimbra Património.
tem vindo a atribuir a estes espaços nomes de cidadãos que, ao longo da vida e mais diversas actividades, contribuíram para o engrandecimento da cidade e do concelho. O livro Novos Topónimos Coimbra 2002-2008 dá a conhecer os cidadãos que dão nome às novas ruas, através de resumos biográficos. É ilustrado com fotos dos momentos oficiais de descerramento das placas e de alguns dos homenageados. É uma edição do Departamento de Cultura e integra a Colecção Coimbra Património.
Novos Topónimos Coimbra 2002-2008 – À medida que a cidade cresce, vão surgindo novas ruas, praças, pracetas, largos, becos e ruelas. Atenta a esta realidade, a Comissão de Toponímia
Coimbra na Época Moderna, a Universidade e a sua História – Este livro, segundo Mário Nunes, “transporta o leitor desde o século XVI, ponto de partida do período deste estudo,
Livro com reflexões e espírito solidário
Jorge Pessoa Amaral, advogado, natural de Coimbra, lança este sábado, dia 14, na Casa Municipal da Cultura, o seu mais recente livro, intitulado “O Julgamento de Sócrates, o Terramoto e o mais que se verá...”. À semelhança do que tem feito com outros livros da sua autoria, dedicando-os a fins beneficentes, o autor faz reverter a receita da venda desta nova obra a favor da Casa dos Pobres de Coimbra. O livro começa com um texto dedicado ao julgamento do filósofo grego, Sócra-
tes, “cidadão exemplar, humanista, defensor da liberdade, da justiça, da temperança, da sabedoria, da coragem e da ética”, qualidades que, segundo o autor, “vão rareando nos tempos que correm”. A seguir à história do julgamento do conhecido filósofo da Antiguidade, Jorge Pessoa Amaral rende homenagem às vítimas do sismo ocorrido na região de Abruzzo, Itália, com um poema intitulado “O Terramoto”. As restantes páginas, em prosa e poesa, comportam reflexões sobre temas diversos. Os textos em prosa foram publicadas na revista do Centro Hospitalar de Coimbra, que o advogado ajudou a fundar, em 1998 e da qual foi colaborador durante vários anos. A apresentação vai estar a cargo de Mário Nunes, au-
tor do prefácio, e de Sansão Coelho. “A escolha do título não foi ingénua, na nossa opinião, porque as distâncias do tempo não minaram a eficácia e actualidade dos conceitos, antes contribuem para mostrar que há princípios que jamais morrem, apesar de, muitas vezes, os quererem apagar”, refere o ex-vereador da Cultura preparando o leitor para “um caudal de reflexões, onde se fala sério e a brincar”. Rota das Tabernas de Coimbra – O Departamento de Cultura da Câmara Municipal reuniu em livro breves registos acerca das tabernas de Coimbra, incluindo as que desapareceram e as que resistem à passagem do tempo. O trabalho, coordenado pelo antigo vereador Mário Nunes, resulta, em parte, do
até ao século XXI, pretendendo compreender a evolução da cidade na Época Moderna, quando se efectivou a mudança definitiva da Universidade para a urbe mondeguina (1537), e as transformações e progresso que a Instituição motivou, tanto a nível urbanístico como económico, social e cultural. Um longo período de quase cinco séculos, que ‘mexeu’ numa cidade medieval que vivia, então, agarrada a ‘velhos’ hábitos ancestrais”. Com textos da autoria das historiadoras Isabel Nogueira e Raquel Romero Magalhães, foi coordenado por Mário Nunes e António Leite da Costa. É uma edição do Gabinete de Arqueologia, Arte e História do Departamento de Cultura e integra a Colecção Coimbra Património.
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DESPORTO
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ESPAÇO GOLFE
FUTEBOL
Torneio nocturno na Quinta das Lágrimas
Liga principal pára duas semanas
Vicente Gouveia brilhou Realizou-se no passado sábado, pelas 19h30, na Academia de Golfe da Quinta das Lágrimas, mais uma prova do ranking Pitch&Putt 2009, esta com a particularidade de se realizar à noite. A iniciativa levou aos relvados da Quinta das Lágrimas uma enchente de 47 jogadores, que independentemente da pouca visibilidade - que serve sempre de desculpa para alguns resultados menos conseguidos, beneficiando outros jogadores que “brilham no escuro” - contribuíram para o grande convívio que se viveu debaixo de um céu bastante carregado, mas que permitiu até ao fim o desenrolar da prova sem necessidade de abrir os guarda-chuvas. Na classificação Net sagrou-se vencedor Henrique Peixoto, que se estreia
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nas lides dos torneios com uma vitória, seguido por José Gaspar e na terceira posição Afonso Canha. Na classificação Gross o melhor em campo foi mais uma vez Vicente Gouveia, que se mantém assim destacado na classificação geral da prova, tendo este jogador conseguido ainda o prémio Nearest the Pin, para aquele que coloca a bola mais perto do buraco. A classificação júnior foi ganha por Patrícia Paredes, que conquistou também o prémio para a melhor jogadora feminina, sendo seguida por Diogo Matos e Ricardo Leal Júnior. Esta competição, que conta com o apoio da Grafermonte, Imagem Plus, Visioarq, Formatic, Daniseg e Blachere, irá ter ainda neste mês de Novembro uma nova etapa, em data a designar.
Durante os dois próximos fins-de-semana a Liga principal de futebol está em repouso, para a realização de múltiplas competições, pelo que o “Palpitando” também descansa durante este período. Contudo, a bola não deixa de rolar e, ontem à noite (já depois do fecho desta edição), a Académica disputou em Portimão mais uma partida da
Taça da Liga, enquanto a Naval irá jogar a Leiria, para a mesma competição, pelas 16h00 do dia 18 (quarta-feira). Já no próximo sábado, dia 14, pelas 20h30, será a vez da selecção nacional defrontar a Bósnia, no Estádio da Luz, na primeira partida do play-off de apuramento para o Mundial de 2010, seguindo-se, na quarta-feira, dia 18,
pelas 20h45, o jogo no Estádio Bilino Polje, em Zenica. Nos dias 21 e 22 (sábado e domingo) será a vez de se disputar a quarta eliminatória da Taça de Portugal, com a Académica a receber o Beira-Mar, a Naval o Gil Vicente e o Vigor da Mocidade a deslocar-se à Camacha (Madeira). Aproveitando a paragem
na Liga principal, a Liga de Honra vai acertar o calendário, com a realização da 10.ª jornada no próximo fim-desemana. A jornada arranca no sábado, dia 14, com o Estoril a receber o Freamunde e prossegue no domingo, dia 15, com mais cinco jogos, entre o quais o Feirense-Carregado 11h15, Sport Tv). A jornada estende-se por segundafeira (dia 16), com o Portimonense-Fátima (20h15, SportTv) e só termina na terça-feira (dia 17) com o CovilhãSanta Clara (20h15, Sport Tv).
JUDO Campeonato da zona Centro de seniores
Nove pódios para judocas do JCC e da Académica Nove medalhas foi o total conquistado por judocas da Académica e do Judo Clube de Coimbra (JCC) no campeonato da zona Centro de seniores, realizado em Castelo Branco. Tratou-se da última prova a pontuar para o ranking que define os judocas que vão participar, no próximo dia 29 de Novembro, no Estádio Universitário de Lis-
boa, no campeonato nacional de seniores. Rui Pinto, judoca do JCC, venceu a categoria de -66 quilogramas, enquanto João Malcata, da Académica, triunfou em -90 quilogramas. Na categoria de -73 quilogramas, o academista Telmo Alves sagrou-se vencedor, com Filipe Isidro, em representação do JCC, a terminar na 3.ª po-
sição. Na categoria de -60 quilogramas, Phillipe Reis, do JCC, não deu hipótese à concorrência e subiu ao 1.º lugar do pódio. Os academistas Pedro Matos e Pedro Alves terminaram, respectivamente, no 2.º e 3.º posto. Em +90 quilogramas, Pedro Cruz, do JCC, alcançou a 2.ª posição. Na prova realizada no
Pavilhão da Academia de Judo de Castelo Branco, onde marcou presença um número razoável de espectadores, a única medalha arrebatada por judocas de clubes inscritos na Associação Distrital de Judo de Coimbra no sector feminino foi ganha por Joana Simões, do JCC, que terminou a categoria de -57 quilogramas na 2.ª posição.
SAÚDE Acabe com as mãos e pés frios de forma natural! A corrente sanguínea nas extremidades do corpo – dedos das mãos e pés – é extremamente importante, uma vez que é única maneira de manter a temperatura corporal correcta. Investigadores descobriram uma forma de recuperar o bom funcionamento da circulação sanguínea com um extracto natural obtido através das folhas do Ginkgo biloba. Ginkgo Biloba melhora a circulação Mãos e pés frios, um problema para o qual não havia esperança de encontrar uma solução, pode agora ser tratado de uma forma tão simples como tratar uma dor de cabeça. Investigadores descobriram que o extracto obtido a partir das folhas da árvore Ginkgo biloba, estimula a circulação sanguínea através dos tecidos humanos. O problema dos dedos frios nas mãos e nos pés é resultado de um for-
Como escolher um bom produto?
ta substância como “uma revolução geriátrica”.
necimento insuficiente de sangue. São cada vez mais os médicos que recomendam Ginkgo biloba, que se encontra à venda em farmácias, aos doentes que se queixam.
dade de evitar a formação de coágulos sanguíneos, proteger as células cerebrais contra as lesões oxidativas e melhorar o fornecimento de sangue a todas as zonas do corpo.
Como funciona? O que contêm as folhas que tem a capacidade de melhorar a circulação? O segredo está nos flavona-glicósidos e nas terpeno-lactonas, que são as substâncias activas (flavonóides) com diversos efeitos biológicos. Os mais importantes são a sua capaci-
Melhora a memória Existe um grande número de aplicações para o Ginkgo biloba, sendo algumas particularmente úteis nas pessoas de mais idade. Muitas pessoas de idade sofrem de problemas de memória; no entanto, estimulando a circulação sanguínea, é pos-
sível melhorar a memória e a capacidade de concentração. Para além disso o extracto de ginkgo biloba apresenta um vasto efeito em problemas relacionados com a má circulação como tonturas, zumbidos nos ouvidos e pernas pesadas. A capacidade do extracto de Ginkgo biloba no combate dos problemas relacionados com a idade, tais como mãos e pés frios e complicações cerebrais levou a que muitos investigadores considerassem a descoberta des-
Enorme procura Em países como Alemanha ou França, o extracto de Ginkgo biloba encontra-se entre os suplementos alimentares mais vendidos. O Ginkgo biloba, à venda em farmácias, tornou-se um produto, muito utilizado em auto-medicação e o facto de não existirem efeitos adversos contribuiu para esta enorme procura. A árvore Ginkgo biloba existe há milhões de anos, mas apenas recentemente foi descoberta a forma de extrair as substâncias activas presentes nas folhas e beneficiar do seu efeito positivo na saúde humana. No futuro, pessoas de todo o mundo vão poder melhorar a sua qualidade de vida, prevenindo e combatendo problemas que tornam a terceira idade por vezes tão complicada.
Existem vários suplementos disponíveis nas farmácias que ajudam a melhorar a circulação sanguínea. Estes podem parecer iguais mas estarem muito longe em termos de qualidade e eficácia. É por isso essencial ter em conta a matéria-prima utilizada. Um dos mais eficazes é o BioActivo Biloba Forte cuja matéria-prima foi testada em vários estudos independentes. A matéria-prima utilizada neste suplemento foi considerada a melhor matéria-prima do mercado - a mais eficaz, de melhor absorção e de melhor qualidade. Apresenta também a particularidade de cada comprimido conter a dose diária necessária para um efeito óptimo (100mg por dia). Apenas um comprimido por dia contribui para uma circulação sanguínea saudável.
CULTURA
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“Couple Coffe” ao vivo no CAE da Figueira da Foz Luanda Cozetti e Norton Daiello formam a dupla “Couple Coffe”, um projecto singular de voz e baixo, que se apresenta a 21 de Novembro, pelas 21h30, no pequeno auditório do Centro de Artes e Espectáculos (CAE) da Figueira da Foz. O disco “Puro” marcou, em 2005, a estreia deste duo brasileiro em Portugal, seguido do álbum, “Co’as Tamanquinhas do Zeca”, editado em 2006, em que Luanda e Norton deram largas ao seu processo criativo a partir de temas de Zeca Afonso. Rasgados elogios da crítica e boa aceitação junto do público viriam a marcar também, em 2008, nas comemorações dos 50 anos da Bossa Nova, o terceiro álbum, em formato de banda, gravado ao vivo no Musicbox, em Lisboa. “Young and Lovely – 50 Anos de Bossa Nova”, trabalho inovador, antecede o primeiro disco de originais da dupla brasileira, intitulado “Quatro Grãos”, que deverá ser lançado no início de 2010. O preço do bilhete para o concerto no CAE é de cinco euros.
Laura Gibson na Oficina Municipal do Teatro
Cristina Branco em concerto na Fnac
A apresentação de “Beasts of Seasons”, último disco de Laura Gibson, serve de pretexto para um concerto da cantora americana na tabacaria da Oficina Municipal de Teatro, amanhã (dia 13), pelas 22h00. Promovido pel’O Teatrão e pelo projecto Lugar Comum, este espectáculo pretende dar a conhecer o mais recente trabalho de Laura Gibson, que surge como confirmação do bom registo musical de álbuns anteriores, preenchidos por uma tonalidade de fragilidade, doçura e enorme carga emocional. O bilhete para o concerto tem o custo de oito euros. Os sócios da Lugar Comum beneficiam de desconto e pagam apenas sete euros.
Acompanhada ao piano por Ricardo Dias, na guitarra portuguesa por José Manuel Neto, à viola de fado por Alexandre Silva e na guitarra baixo por Fernando Maia, Cristina Branco apresenta amanhã, ao vivo na Fnac Coimbra, pelas 22h00, o seu décimo disco, intitulado “Kronos”. O álbum tem por tema unificador o tempo e é constituído por canções inéditas de uma dezena de compositores, designadamente, José Mário Branco, Sérgio Godinho, Amélia Muge, Rui Veloso, Vitorino, Janita Salomé, Maestro Victorino d’Almeida, Mário Laginha, Carlos Bica, João Paulo Esteves da Silva e Ricardo Dias. Cristina Branco iniciou a sua carreira em Amesterdão, em 1996. Tendo em Amália Rodrigues uma forte referência musical, cuja influência é notória quer no início da carreira quer no álbum “Live”, editado em 2006, Cristina Branco recriou à sua maneira o mundo musical e poético de outra figura destacada da canção portuguesa das últimas décadas, José Afonso, cujas marcas são evidente no disco “Abril”, lançado em 2007. “Kronos”, último trabalho da cantora, apresenta uma perspectiva ligeiramente diferente, propondo uma reflexão sobre o presente e o passado, perspectivando o futuro.
Mostra de fotografias na galeria Ícone Inaugurada esta semana, está patente ao público na galeria Ícone, em Coimbra (ao Pátio da Inquisição), uma exposição que integra os trabalhos vencedores da terceira edição da maratona fotográfica Fnac. Adriano Neves, cujo trabalho versou sobre o tema “As cidades em Nós”, foi o vencedor da terceira maratona fotográfica promovida pela Fnac. Duan-Jun Cai classificou-se em segundo lugar e Bruno Nunes em terceiro. A mostra pode ser visitada até ao dia 4 de Janeiro, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 13h00 e das 14h00 às 19h00. Mais informações estão disponíveis na Internet, em www.myspace.com/ maratonacoimbra e galeriai cone.blogspot.com. PUBLICIDADE
Casino da Figueira dá destaque à literatura O livro “O Prazer (memórias desarrumadas)”, de Miguel Graça Moura, é apresentado amanhã (dia 13), pelas 18h30, no Casino da Figueira, dando início a um conjunto de iniciativas dedicadas
à literatura e às novidades de alguns reputados escritores portugueses. Durante o mês de Novembro, são cinco os escritores que vão passar pela Figueira da Foz. André Jordan, empresário, chairman do grupo André Jordan, jornalista e escritor, apresenta o seu último livro, intitulado “Posto de Observação 2”, no dia 17, pelas 18h30. Segue-se “O Destino do Capitão Blanc”, o novo romance de Sérgio Luís de Carvalho, que será apresentado no Casino da Figueira a 19 de Novembro por Medeiros Ferreira, pelas 18h30 e, no dia 21, é a vez do jornalista e pivot da TVI, Pedro Pinto, dar a conhecer o seu romance “O Último Bandeirante”, a partir das 21h30. “Que Cavalos são Aqueles”, a mais recente obra do escritor António Lobo Antunes é apresentada também no Casino da Figueira, mas a 28 de Novembro, pelas 17h00, encerrando um interessante périplo por alguns dos mais recentes lançamentos literários.
Pintura de Edmar Marques patente na galeriaAlmedina Até ao dia 26 de Novembro, pode ser visitada na galeria Almedina uma exposição de pintura, com trabalhos de óleo sobre tela, da autoria de Edmar Marques. Artista plástico natural de Penacova e a residir em Coimbra, a sua obra, de carácter predominantemente realista, está representada em várias colecções particulares e no Museu Municipal Professor Álvaro Viana de Lemas (Lousã). A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, entre as 10h00 e as 18h00, e ao sábado, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
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V I N A G R E T A S
Defraudar eleitores – Paulo Valério, potencial candidato à liderança concelhia do PS/Coimbra, voltou a debruçar-se, no JN, sobre a eleição da Mesa da Assembleia Municipal (AM) conimbricense. Diz o jurista que, “se a lei permite e os cidadãos confiam, não devem as cúpulas partidárias excluir a possibilidade de assembleias e executivos camarários de sinal diferente”. “Essa seria uma oportunidade para inaugurar a convergência das esquerdas, em Coimbra, por esdrúxula que a ideia se possa afigurar”, alega, para sustentar que “outra concepção defrauda quem, nas urnas, pôs a cruz em quadradinhos diferentes” [para a Câmara e para Assembleia Municipal]. Recados – O jovem Valério diz observar, agora (conhecida a reeleição de Manuel Porto), “a timidez da Esquerda” em matéria de esforços para apear o PSD da presidência da AM de Coimbra. Para o militante socialista, “a política anda demasiado sequestrada pelos seus protagonistas, pelas opções de vaidade, antes de se iluminar pelas ideias que transporta, pela nobreza dos propósitos e pelos resultados da acção”. O que, prossegue ele, “se pensarmos bem, nem sequer é uma tendência recente: o culto da personalidade perpassa toda a História e Ciência políticas”. Segundo Paulo Valério, Coimbra precisa de “uma Esquerda una, que promova um desenvolvimento urbano sustentável, perceba que a segurança não se resolve pelo «casse-tête», antes depende da integração económica e social das comunidades (...), eleve as consciências através da cultura, ao invés de as
apascentar, e que não se limite a assobiar para o lado do Governo quando chamada a pronunciar-se sobre o desemprego ou o definhamento industrial”. Humor corrosivo – “Corruptamente correcto” é o título de uma crónica do humorista José de Pina, publicada (a 04 de Novem-
bro) pelo Jornal i. Diz ele haver ex-governantes para os quais “sacar é uma actividade banal e interclassista”. Por isso, “os ataques de que Armando Vara está a ser vítima” são errados do ponto de vista de José de Pina. Segundo o articulista, “o maior motivo de chacota com Vara é ele, alegadamente, ter sido suborna-
Jaime Ramos continua a voar – O médico de Miranda do Corvo, que muitos caracterizam como um “animal político”, continua imparável. Para o seio da Fundação a que preside conseguiu conquistar o deputado e líder distrital de Coimbra do PS, o qual, no jantar de aniversário da ADFP, perante 400 pessoas, comparou Jaime Ramos a Bissaya Barreto. A aposta recente do social-democrata é o Parque Biológico da Serra da Lousã, na Quinta da Paiva, onde se dá a conhecer a vida selvagem portuguesa, mas também se criam postos de trabalho para pessoas vítimas de exclusão, deficientes e doentes mentais. Entre as últimas aquisições do parque contam-se mais sete aves, que assim vieram aumentar a biodiversidade que o espaço tem para oferecer ao visitante. Um milhafre-preto, três águias-de-asa-redonda, um gaio, um mocho-galego e uma coruja-do-mato chegaram do Centro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens, em Gouveia (será que o presidente da Câmara desta cidade da Serra da Estrela, Álvaro Amaro, teve influência nisto?). Como são animais que já não podem ser devolvidos ao seu habitat natural, o ICNB solicitou que fossem “alojados”, também com o intuito de sensibilizar a população para a importância da preservação destas espécies, nomeadamente as aves de rapina que apresentam em Portugal taxas elevadas de captura e manutenção ilegal em cativeiro.
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VINAGRETAS
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Somos bons... – De uma coisa os portugueses não se podem queixar: de falta de imaginação! Somos detentores de recordes que não passam pela cabeça de outros povos, o que nos afirma como muito bons e, certamente, causa muita inveja por esse mundo fora... Basta desfolhar o Guinness e ver as nossas proezas. Não acreditam? Eis algumas: Maior lançamento em simultâneo de aviões de papel (12 672); maior número de bolas de futebol atiradas de uma altura de 20 metros (5 071); maiores chifres de um bode (um metro e nove centímetros); maior número de colorações de cabelo em 24 horas (380 mulheres); maior número de t-shirts vestidas (268 em duas horas); maior mesa e maior número de pratos lavados (15 mil pessoas numa mesa de 5 050 metros na ponte Vasco da Gama, para saborear uma feijoada, com os pratos lavados com apenas um litro do detergente); maior bouquet de noiva (42 metros e 60 quilos); maior piquenique (22 mil pessoas com Tony Carreira); maior tacho de caracóis (1 111 quilos de caracóis num tacho de três metros de diâmetro e um de altura); maior cozinhado sem ajuda (refeição de caril, arroz e pão indiano para 1 081 pessoas, em 50 horas e 30 minutos); maior colecção de recordações relacionadas com a princesa Diana (2 950 peças); maior pão de chouriço (1 211,6 metros). E es-
tes são apenas alguns exemplos...! Tranquilidade – Dizem que os portugueses trabalham pouco e que no estrangeiro são dos mais produtivos... Verdade, ou não, Portugal é o 6.º país do mundo com mais dias de descanso. Se somarmos os 22 dias de período mínimo de férias legais aos 13 feriados nacionais, os trabalhadores portugueses usufruem em 2009 de 35 dias livres (não considerando os feriados que são ao sábado e ao domingo). Os nossos vizinhos espanhóis estão logo à nossa frente, em 5.º lugar, com 36 dias dias de descanso, muito longe da Lituânia e do Brasil, que são os países com mais dias de
descanso (41). Com menor número de dias livres estão o Canadá (19) e a China (21). Também não estamos assim tão folgados quanto a férias: Enquanto a Finlândia, Brasil e França têm direito a 30 dias por ano, países como Lituânia, Rússia e Reino Unido têm 28 dias, enquanto a Polónia tem 26, seguida da Grécia, Áustria, Rússia e Reino Unido com 25. Portugal tem 22 dias de férias previstos por lei, o mesmo período mínimo que Espanha. Na Austrália, Nova Zelândia e Japão os trabalhadores gozam 20 dias, mais do que em Taiwan (15), Hong Kong e Singapura (14), Índia (12) e China (10). Depois da leitura da estatística... vamos ao trabalho!
Presidentes – Se Ataíde das Neves, presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz, tivesse a mesma queda para a canção de Coimbra que o irmão, diríamos que estava a pedir acompanhamento musical ao seu congénere de Cantanhede, João Moura, que, como é sabido é um talentoso da guitarra de Coimbra. Posto isto, uma vez que só agora chegou à vida autárquica, não será descabido pensar-se que o juiz Ataíde estivesse a pedir algum conselho ao já experiente Moura.
Elegância, na posse... – Carlos Clemente, presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu, caprichou nos detalhes para a tomada de posse. Chamado para o acto, sacou de uma elegante caneta Waterman e rubricou o documento. As Vinagretas fazem votos para que a elegância demonstrada na cerimónia pública se mantenha ao longo de mais quatro anos de mandato, especialmente em assuntos delicados referentes ao Centro Histórico.
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do por um sucateiro” (Manuel Godinho). Pina graceja que “a única coisa com que Vara mostrou não ter classe” consistiu em, alegadamente, ter recebido 10 000 euros no seu gabinete no BCP. Para o humorista, Armando Vara “comportouse como aqueles funcionários que têm a chave do escritório [do serviço] e levam para lá uns engates”. José de Pina conclui que Vara “podia ter feito o negócio em casa, num parque de estacionamento ou num clube de golfe, mas deixou que o pé lhe fugisse para o chinelo”.
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Coimbra
Polícia Municipal sem agentes munidos de armas R.A.
Os 13 agentes da Polícia Municipal de Coimbra (uma terça parte do efectivo) habitualmente portadores de pistolas irão, temporariamente, prestar serviço desarmados, soube o “Campeão”. Cerca de 30 já prestavam serviço sem poder de fogo. PUBLICIDADE
O comandante interino, António Leão, desdramatiza a situação, assinalando que, oportunamente, ela será corrigida. O jurista, chefe da Divisão de Gestão Operacional e Fiscalização da PM conimbricense, invoca a conveniência de se aproveitar a circunstância para proceder à compatibilização do funcionamento da corporação
com legislação recentemente publicada. O desar mamento de um terço do efectivo ficou a dever-se à falta de armeiro (estrutura para depósito das pistolas). Uma agente invocou a ocorrência de um problema, tendo alegado falta de razoabilidade quanto ao ar mazenamento das armas num cofre.
Neste contexto, o comandante interino considerou não estarem reunidas condições para se proceder, diariamente, à distribuição e recolha das pistolas. Embora reconheça que a Câmara Municipal de Coimbra tem competência para ordenar a realização das tarefas de policiamento sem armamento, Carlos Borges, do
Sindicato Nacional de Polícias Municipais, alerta para “actividades de risco”. “Se a ASAE tivesse competência para fiscalizar as polícias municipais,
parte das corporações seriam encerradas”, comentou Carlos Borges, que também declarou ao “Campeão” estranhar “a existência” de PM’s “ de primeira e de segunda”.
Mediante decisão judicial
Confirmada a expulsão de Teles Grilo do SBC O Tribunal do Trabalho de Coimbra acaba de confirmar a pena de expulsão de António Teles Grilo do Sindicato dos Bancários do Centro (SBC), soube o “Campeão”. Bancário e jurista, o anterior presidente da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Geral da referida associação sindical era membro da mesma há mais de 30 anos. Foi imediatamente impossível falar com António Teles Grilo, desconhecendo, por isso, o nosso Jornal se ele vai recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra. Afigura-se ao juiz Vítor Morgado que a pena de expulsão se revela “adequada à factualidade apurada”. Na fase de recurso, o ex-dirigente sindical considerou a sanção injustificada, nula, iníqua e desproporcionada. A medida foi tomada, há dois anos, sob proposta do Conselho Dis-
ciplinar do SBC, pelo Conselho Geral da mesma entidade. No recurso para o Tribunal do Trabalho, Teles Grilo queixou-se de vingança do foro politico-sindical, tendo sustentado que o alegado ajuste de contas ocorreu em função das decisões por ele tomadas a respeito do apuramento dos resultados da eleição dos corpos sociais do Sindicato realizada a 28 de Abril de 2005. Segundo o ex-presidente da Mesa da AG e do CG, os seus actos configuraram “correcto cumprimento” das funções em que estava investido. Contudo, a lista declarada vencida por Teles Grilo assumiu, mediante decisão judicial, a gestão do Sindicato dos Bancários do Centro. Para a associação sindical, juridicamente assessorada por José Manuel Ferreira da Silva, Teles Grilo violou, “de forma clara e sucessiva”, o dever de imparcialidade.
Caso remonta a 2001
Morte de jovem com decisão favorável a Rodrigo Santiago O labor do advogado conimbricense Rodrigo Santiago foi premiado com uma vitória, na semana passada, quando o Tribunal de Leiria julgou inimputável uma rapariga que causara a morte do ex-namorado ao derramar sobre ele ácido sulfúrico. Os factos remontam a Maio de 2001, sendo que o rapaz faleceu volvidas três semanas. Os juízes concluíram que a arguida cometeu o crime de ofensa à integri-
dade física, agravado pelo resultado, mas consideraram-na inimputável à luz de um parecer médico pedido por Santiago. Porém, a rapariga deverá ter de suportar despesas hospitalares, inerentes ao internamento do exnamorado, e de indemnizar a mãe da vítima. A ré tinha sido condenada a sete anos e meio de prisão, mas o Supremo Tribunal de Justiça ordenou a reformulação do anterior acórdão do Tribunal leiriense.