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SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA
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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10 | Nº 499 | 26 DE NOVEMBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com
Magistraturas
Ex-director municipal e presidente da Académica/OAF no banco dos réus
Professores de Coimbra nos conselhos superiores
Primeiro processo de Eduardo Simões pronto para julgamento José Eduardo Simões, ex-director de urbanismo de Coimbra e presidente da Académica/OAF, será sujeito a julgamento em 2010, apurou o “Campeão”. Aberto pela Polícia Judiciária, o inquérito subjacente aos autos foi concluído em ano e meio, mas estão volvidos três anos sobre a dedução de acusação por parte do Ministério Público. A audiência de julgamento poderá compreender dois processos em que foi imputada ao arguido a autoria de crimes de corrupção passiva. Eduardo Simões está sob suspeita de, enquanto director de urbanismo, ter favorecido promotores imobiliários a troco de benefícios para o clube. O outrora director municipal está constituído arguido no âmbito de mais dois processos, sendo que acerca destes ainda não houve decisão do Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra (cujo despacho de encerramento dos inquéritos poderá ser de arquivamento ou de dedução de acusação). Página 2
Gripe A adia sessão em Tribunal A terceira sessão de uma audiência de julgamento em curso na Vara Mista de Coimbra (Tribunal) foi adiada, hoje, devido à Gripe A, apurou o “Campeão”. A titular do processo, uma magistrada judicial cujo marido também é juiz, comunicou o seu impedimento devido
à necessidade de prestar cuidados aos filhos. Pelo menos uma das crianças do casal foi acometida de Gripe A, havendo o justificado receio de que a doença possa transmitir-se aos irmãos. A próxima sessão da referida audiência de julgamento só deverá realizarse em Janeiro de 2010.
Nesta edição
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Revista de 12 páginas dedicada à Freguesia de St.º António dos Olivais / Coimbra
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Coimbra
José de Faria Costa, anterior presidente do Conselho Directivo da Faculdade de Direito de Coimbra, e Anabela Rodrigues, directora cessante do Centro de Estudos Judiciários, vão ingressar no Conselho Superior de Magistratura (CSM). Rui Alarcão, ex-reitor da Universidade de Coimbra, será reconduzido como membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). Faria Costa e Anabela Rodrigues, a eleger pela quota do Parlamento, juntam-se a outro reputado penalista da Escola de Coimbra, Manuel Costa Andrade, que tem assento no CSM mediante escolha do Presidente da República. Os juristas indicados pela Assembleia da República são eleitos no âmbito de uma lista cuja composição mereceu a concordância dos dois maiores partidos. Rui Alarcão e Faria Costa são propostos pelo PS e Anabela Rodrigues corresponde a uma escolha do PSD. Outro professor da Faculdade de Direito de Coimbra, João Calvão da Silva, cujo mandato de membro do CSM está prestes a terminar, declinou um convite de Manuela Ferreira Leite para permanecer no órgão de governo da magistratura judicial, disseram fontes partidárias ao “Campeão”.
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DE NOVEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
Julgamento do presidente da Académica/OAF
Ausência notada na última reunião
Dois processos de Eduardo Simões poderão caber numa audiência
Carlos Cidade demissionário da Assembleia Geral da Académica
R.A.
A audiência de julgamento em que irá responder José Eduardo Simões, presidente da Académica/ OAF, poderá compreender dois inquéritos em que foi deduzida acusação ao ex-director de urbanismo de Coimbra, disse ao “Campeão” fonte judicial. Nos termos do Código de Processo Penal (CPP), o Tribunal de julgamento (Vara Mista) poderá proceder à apensação dos processos, na medida em que se encontram na mesma fase (ambos foram objecto de despachos de pronúncia proferidos pelo Tribunal de Instrução Criminal). De resto, a pretensão de apensação foi expressa, há um ano, pelo advogado Rodrigo Santiago, defensor de José Eduardo Simões. O principal processo
em que o ex-director municipal é arguido acaba de ficar em condições para se proceder à marcação de julgamento, volvidos dois anos sobre a emissão de despacho de pronúncia (confirmação da acusação). Os autos acabam de baixar do Tribunal da Relação para o de Instrução Criminal (TIC), de onde irão transitar para a Vara Mista de Coimbra. Ao abrigo do primeiro inquérito, o arguido está sob suspeita de ser autor de quatro crimes de corrupção passiva para acto ilícito e de outros tantos de corrupção passiva para acto lícito; no âmbito do segundo, foi-lhe deduzida acusação pela eventual prática de três crimes: corrupção passiva para acto ilícito, corrupção passiva para acto lícito e abuso de poder. A chegada do proces-
so mais denso à fase de julgamento ocorreu na sequência de acórdãos proferidos, em Maio e em Outubro, respectivamente, pelo Tribunal Constitucional (TC) e pelo da Relação de Coimbra. O TC entendeu indeferir uma reclamação apresentada, tendo confirmado o alcance de um acórdão dos juízes desembargadores acerca de nulidades invocadas por Rodrigo Santiago. A norma do Código Penal referente a corrupção passiva para acto ilícito prevê a punição com pena de prisão de um a oito anos para funcionário (corrompido) que, por si ou por interposta pessoa, com o seu consentimento ou ratificação, solicitar ou aceitar, para si ou para terceiro, sem que lhe seja devida, vantagem patrimonial ou não patrimonial, ou a sua promessa, para qualquer acto ou omissão con-
trários aos deveres do cargo. A corrupção passiva para acto lícito é punível com pena de prisão até dois anos ou multa até 240 dias. Eduardo Simões, que foi director municipal na Câmara de Coimbra no triénio 2003/2005, é presidente da Académica/ OAF há cinco anos e foi vice-presidente no biénio 2003/2004. O arguido está sob suspeita de, enquanto director de urbanismo, ter favorecido promotores imobiliários a troco de benefícios para o clube. José Eduardo está constituído arguido no âmbito de mais dois processos, sendo que acerca destes ainda não houve decisão do Ministério Público (cujo despacho de encerramento dos inquéritos poderá ser de arquivamento ou de dedução de acusação).
Agostinho Almeida Santos toma posse esta sexta-feira
Novo cônsul quer estreitar laços com Cabo Verde I.C.
Agostinho Almeida Santos, ginecologista e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, é empossado esta sexta-feira, às 18h30, cônsul honorário de Cabo Verde para a Região Centro, sucedendo ao antigo vice-reitor Jorge Veiga, que exerceu o cargo durante vários anos. Em declarações ao “Campeão”, o novo consul sente-se honrado e prestigiado com o cargo e assume-o como “uma
oportunidade para ajudar a desenvolver relações bilaterais entre a região e Cabo Verde”, país de que gosta muito. Agostinho Almeida Santos recorda que iniciou há 15 anos um trabalho de cooperação com a antiga colónia portuguesa, no âmbito saúde, em especial na área da medicina materno-infantil. No âmbito desse relacionamento, lançou nos últimos anos lançou um projecto de formação no país de internos em obstetrícia.
Pela parte que lhe cabe, considera que tem vindo a desbravar caminho no sentido das relações bilaterais que defende. Gostaria, agora como consul, de ajudar a desenvolver parcerias entre a região Centro e o país africano noutras áreas, como a educação, cultura e comércio. A tomada de posse tem lugar no Pavilhão Centro de Portugal (sede da Orquestra Clássica do Centro), no Parque Verde do Mondego, e conta com a presença do embaixador de Cabo Verde.
Agostinho Almeida Santos defende relações entre a região e Cabo Verde
I.C.
A ausência de Carlos Cidade, na Mesa da Assembleia Geral da Académica, na qual ocupa o lugar de segundo secretário, foi bastante notada por alguns dos sócios presentes na última reunião magna do clube. Questionado pelo “Campeão”, o próprio admitiu que está demissionário e que esta semana faria chegar uma carta ao presidente da Mesa, Paulo Mota Pinto. Sem adiantar, em concreto, os motivos que o levam a tomar essa decisão, ainda assim evoca o facto de ter tomado conhecimento da as-
sembleia pelos jornais, como qualquer outro sócio e não como elemento da mesa. A assembleia teve duas parte. Na primeira, os sócios discutiram e votaram as contas do clube, que apresenta um resultado líquido negativo de 1.117.490 euros relativo ao exercício de 2008/09. O Relatório e Contas foi aprovado pela maioria dos cerca de 50 sócios presentes (19 abstenções e nenhum voto contra). Na segunda parte, os sócios começaram a discutir os novos Estatutos, ponto por ponto, uma empreitada exaustiva que vai ter continuidade numa próxima assembleia.
Ágata Joalharia celebra 9.º aniversário A loja da Ágata Joalharia na rua Ferreira Borges completa este mês o 9.º aniversário. Dezanove anos após a abertura da Ágata Joalharia nas Escadas de S. Tiago, o empresário António Cruz resolveu apostar num novo espaço, abrindo uma segunda loja numa das artérias mais nobres de Coimbra. Defensor do comércio tradicional, António Cruz reforçou, assim, a presença da marca na “Baixa” da cidade. Em jeito de balanço, o proprietário sente-se orgulhoso do prestígio das suas lojas, que têm merecido a confiança de clientes da região de Coimbra, e não só. Este é também o ano em que a Ágata Joalharias ganhou uma importante distinção, ao ser eleita como uma das melhores nove casas do sector (e a única no distrito de Coimbra) pelo Prémio Jóia Pro (galardão da responsabilidade da revista Jóia Pro distingue os melhores lojistas nacionais). A Ágata Joalharias completou este ano o 28.º aniversário e é uma das mais prestigiadas casas da região.
Com 45 anos de profissão, o empresário destaca que sempre alicerçou a sua actividade em pilares rigor, qualidade e honestidade. Os produtos, criteriosamente escolhidos, e o atendimento são, a par da discrição, outros dos factores do sucesso da Ágata Joalharia. Com uma imagem moderna, esta casa aposta ainda numa linhagem de produtos jovens, comercializando marcas como Calvin Klein, Gant, Gucci, Guess, Hamilton, Longiness, Omega, Sector, Swatch e Tissot. De referir ainda que a Ágata Joalharia se tem distinguido no mercado pela execução de peças de ourivesaria e joalharia ímpares, razão por que é procurada pelas mais diversas instituições quando o objectivo é distinguir as mais altas individualidades. Muitas são as figuras da cultura, da política e da área social agraciadas com peças artísticas desta casa como é o caso de Mário Soares, José Saramago, Eduardo Lourenço, Jacques Delors, Jorge Amado e do tenor José Carreras.
pelo seu 14.º Aniversário Congratula a Associação Sol Eiras Rua Dr. Alfredo Freitas 17-19 - 3020-167 Coimbra - Telef.: 239 431 487 - Fax: 239 439 920 j.f.eiras@mail.telepac.pt | www.eiras.freguesias.pt
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Associa-se à comemoração do 14.º Aniversário da Sol Eiras
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Primeira edição distingue Associação Criança
Cavaco Silva entrega hoje Prémio Nuno Viegas Nascimento I.C.
A Associação Criança, na pessoa do seu presidente, João Formosinho, recebe hoje, das mãos do Presidente da República, Cavaco Silva, o Prémio Nuno Viegas Nascimento, instituído pela Fundação Bissaya Barreto (FBB). A cerimónia realiza-se às 11h00, no Auditório do Campus do Conhecimento e da Cidadania da FBB,
em Bencanta, Coimbra. Esta é a primeira vez que o prémio, no valor pecuniário de 50 mil euros, é atribuído. Criado em memória do falecido presidente da FBB, Nuno Viegas Nascimento, vai distinguir, anualmente, trabalhos meritórios na área da educação, saúde, cultura e assistência social. Sob o tema “Educar para Criar: da Escola à Universidade”, foram ava-
liadas 18 candidaturas tendo sido a obra da Associação da Criança, intitulada “Escutando as Crianças, Formando os Profissionais”, a eleita do júri. Presidido pela actual presidente da FBB, Patrícia Viegas do Nascimento, viúva do patrono, o júri era ainda composto por José Veiga Simão, Luís Braga da Cruz, Júlio Pedrosa, José Cruz Vilaça, António Meliço-Silvestre e por Henri-
Na opinião do especialista em Direito Penal Jorge Figueiredo Dias
que Monteiro, jornalista e director do Expresso. A Associação Criança, sedeada em Braga, foi fundada em 1996 por João Formosinho, seu presidente desde então, professor catedrático e coordenador do mestrado em Educação de Infância no Instituto de Estudos da Criança da Universidade do Minho. Promover programas de intervenção e melhoria das crianças mais novas é
o principal objectivo da associação que vê agora reconhecido o seu esforço e recebe um incentivo para prosseguir com o projecto que a anima. João For mosinho é autor de vários trabalhos e pareceres sobre política educativa, administração e gestão escolar, organização pedagógica e curricular e formação de professores. A obra agora distinguida, resume um trabalho de 12
anos, na área da educação de infância. Tem participado em vários grupos de trabalho no âmbito da Comissão da Reforma do Sistema Educativo, da preparação da Lei-Quadro da Educação Pré-escolar e da reorganização do 1º Ciclo do Ensino Básico. Para além do mestrado que coordena, tem participado noutros programas de mestrado e doutoramento no país e no estrangeiro.
Destinada a acolher crianças com cancro e outras patologias
Acreditar já tem casa em Coimbra Lei da corrupção é suficiente famílias, que são responsáveis apoio e conforto “na sua docuidar do quarto que lhes ença, na recuperação e na conpara julgar enriquecimento ilícito As crianças com cancro por é confiado e zelar pela manu- fiança no futuro”. O apelo do G. B.
I.C.
Jorge Figueiredo Dias, professor jubilado da Faculdade de Direito, especialista em Direito Penal com extenso currículo no país e no estrangeiro, foi o convidado de mais uma conferência do ciclo “Quintas na Quinta”, promovido pela Fundação Inês de Castro no Hotel Quinta das Lágrimas. O tema da intervenção - “Criminalidade económica em tempo de crise económico-financeira” era apetecível, mas o palestrante contrariou algumas expectativas ao dizer, logo de início, que não falaria de casos da actualida-
de “à guarda dos tribunais” ou que não tenham transitado em julgado. Desafiado por uma intervenção de António Arnaut, que se manifestou favorável à criminalização do enriquecimento ilícito, o palestrante disse que as leis actuais, que visam julgar crimes de corrupção, são suficientes para atacarem o problema, precisam é de ser bem aplicadas. O especialista diz estar ainda à espera de um exemplo concreto, de um caso em que fosse preciso criminalizar o enriquecimento ilícito, em que ele não esteja já criminalizado noutros quadros legais. Reconhece, contudo,
que no crime de colarinho branco quanto mais rico é o acusado mais este “se rodeia de bons advogados e tem muito mais resistência à aplicação efectiva da lei”. Ainda assim, pensa que “não é verdade que não tenhamos muitos criminosos de colarinho branco na cadeia”. A próxima conferência deste ciclo realiza-se dia 17 de Dezembro, tendo como convidado Tolentino Mendonça, poeta, padre e professor, licenciado em Teologia pela Universidade Católica de Lisboa, natural da Madeira, autor de diversas obras e detentor de alguns prémios pela sua obra poética e em prosa.
tenção dos espaços comuns. Gratuito para os utentes, cada quarto (e restantes serviços de apoio) custa aproxidamente 12 000 euros por ano, despesa que é custeada por um mecenas. Em Coimbra, este meritório projecto conta já com o apoio das empresas Plural e Mota Engil e da Associação D. Pedro V, instituições que garantiram já que três crianças e respectivas famílias possam ser apoiadas sem terem de suportar qualquer despesa. João Bragança, presidente da Direcção da Acreditar, considera que o novo equipamento “é uma casa longe de casa” para aqueles que precisam, proporcionando-lhes
responsável da associação é de que, em breve, sejam conseguidos apoios para financiar os restantes quartos da casa de Coimbra. “Na zona centro existem muitas famílias que não dispõem de alojamento na cidade, e por essa razão avançámos de imediato com a construção desta casa logo após termos terminado as casas de Lisboa e do Funchal”, afirma Margarida Cruz. Para a directora-geral da Acreditar, tal como nas restantes casas do país, na de Coimbra “é muito importante continuar a contar com a ajuda do mecenato, que vai permitir manter estas condições para as famílias”.
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Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional Sede: Centro Social Comunitário Dr. Jaime Ramos 3220-231 Miranda do Corvo Telef.: 239 530 150 / Fax: 239 533 160 website: www.adfp.pt / e-mail: geral@adfp.pt
ASSEMBLEIA GERAL CONVOCATÓRIA Convoca-se uma reunião ordinária da Assembleia-Geral para o dia 23.12.2009, pelas 20h 00m, no Centro Social Comunitário de Miranda do Corvo, com a seguinte ordem de trabalhos: Contas de exploração previsional; Programa de acção para 2010 Outros assuntos de interesse para a Instituição. Nos termos do Artigo 28º parágrafo 2 dos estatutos, se à hora marcada não estiverem presentes mais de metade dos associados com direito a voto, a Assembleia-Geral funcionará uma hora depois (21h 00m horas) com qualquer número de sócios. Miranda do Corvo, 23 de Novembro de 2009 O Presidente da Assembleia-Geral (Padre Daniel Mendes Ferreira Mateus) Campeão das Províncias, n.º 499 de 26 de Novembro de 2009
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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com:
Pedro Vaz Serra Presidente do Clube de Empresários de Coimbra
Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com
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Jorge Alarcão apresentou Jorge Figueiredo Dias, de quem chegou a ser professor
e outras patologias, bem como os seus familiares, já têm, em Coimbra, um local onde podem ficar enquanto se encontram a fazer tratamentos em regime ambulatório nas unidades hospitalares da região Centro. Depois de Lisboa e Funchal, esta é a terceira casa construída pela Acreditar – Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro. Inaugurada na última semana, a casa está dotada de 20 quartos com casa de banho privativa, cozinha, refeitório, lavandarias e salas, um amplo espaço distribuído por três pisos, preparado para acolher crianças, adolescentes e seus pais. Localizada junto ao novo Hospital Pediátrico de Coimbra, em terreno cedido pelos ministérios da Saúde e das Finanças, a sua construção custou 1,5 milhões de euros, suportados por mecenas, uma vez que a associação não possui fundos próprios. Em breve, assim que estiverem algumas formalidades relacionadas com o licenciamento, a casa da Acreditar deverá começar a acolher crianças, cuja selecção é efectuada pelos serviços sociais dos hospitais ou pelo médico acompanha os doentes. Por ano, a nova casa pretende albergar cerca de 200
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Tribunal declara ilegal a edificação em dois lotes dos Jardins do Mondego (Coimbra)
Obituário
Câmaras do PS e do PSD alvos de reparo de colectivo de juízes R.A.
Dois executivos camarários de Coimbra, um presidido por Manuel Machado (PS) e outro por Carlos Encarnação (PSD), suscitaram reparos de juízes do Tribunal Administrativo e Fiscal (TAFC) num acórdão que declara ilegal a edificação em dois lotes do empreendimento imobiliário Jardins do Mondego, soube o “Campeão”. Um colectivo de magistrados judiciais considerou nulas quatro deliberações da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) – três do último mandato de Manuel Machado e uma do primeiro de Carlos Encarnação – por violação do artigo 39º. do regulamento do Plano Director Municipal (PDM). O acórdão também reputa de nulo um despacho do outrora director de urbanismo José Eduardo Simões (titular da Direcção Municipal de Administração do Território no triénio 2003/05). Ao invocar uma percepção, do ponto de vista técnico, de que parte do
lote 01 sempre ocupou zona verde de uso público (V1), o acórdão assinala ter-se tratado de um óbice ao licenciamento e sublinha que tal óbice deixou de ser mencionado expressamente a partir de uma deliberação de viabilidade datada de 1995. O TAFC alude, ainda, a uma deliberação tida como errática, tomada em Fevereiro de 1994, assente num parecer favorável condicionado do director do Departamento de Administração Urbanística apesar de a informação técnica (prévia) ter um alcance contrário. Por outro lado, os juízes acentuam que a criação de um novo lote (o 18º.), em 2004, resulta de uma “aprovação porventura bem mais nociva para o interesse público” do que a parcial implantação do lote 01 em zona V1. O lote 18º., criado mediante requerimento entregue na CMC em 2004, foi destinado a estacionamento público com capacidade para 135 viaturas (sob o conceito de exploração comercial). Ao lote 01 correspondeu a cons-
trução de 43 fogos e de outros tantos lugares de estacionamento, bem como de quatro lojas. Neste contexto, os magistrados fazem notar que o respeito pelo teor do artigo 39º. do regulamento do PDM é decisivo para a existência de um corredor verde de circulação pedonal, com 50 metros de largura, a Sul da estação ferroviária do Parque (Ínsua dos Bentos). Contudo, o espaço físico (adjacente à Ladeira do Baptista) sem edifícios à superfície corresponde a uma vereda com 30 ou 40 metros. O artigo 39º. do regulamento do PDM define as zonas verdes de uso público como susceptíveis de serem usufruídas por toda a população, conferindo-lhes a natureza de áreas da estrutura verde urbana especialmente vocacionadas para recreio e lazer. Por isso, o Plano Director levanta restrições à execução de novas edificações e à destruição do solo vivo e do coberto vegetal. Uma acção administrativa especial, proposta pelo
Académica despede-se de Isabelinha e Santarém de um cidadão exemplar I.C.
magistrado do Ministério Público (MP) João Garcia, mereceu ganho de causa ao abrigo de um acórdão subscrito pelos juízes Tiago de Miranda, Beatriz Cruz e Paula Cristina Lopes. O procurador alegou que os lotes 01 e 18 do empreendimento Jardins do Mondego se localizam em parcelas tidas como zona verde de uso público. O fundo de investimento imobiliário Promovest, representado pela sociedade Fundimo, contestou que a localização do lote 01 viole o PDM e alegou que o outro se insere no conceito de equipamento. Os juízes, invocando o teor de uma perícia colegial, entenderam que ambos os referidos lotes se encontram parcialmente implantados em zona verde de uso público. O acórdão é passível de recurso para o Tribunal Central Administrativo do Norte; caso ele transite em julgado, se for necessário, o MP tem seis meses para accionar um processo de execução.
Fernando Nogueira, Mário Mexia e Coro dos Antigos Tunos da UC
Antigos Estudantes atribuem “Prémio à Excelência” como dos familiares de Mário Mexia (que se formou em Biologia na UC e é considerado o melhor basquetebolista português de sempre). O prémio do Coro dos Antigos Tunos será entregue a Polybio Serra e Silva; catedrático jubilado de Medicina, fundador e primeiro presidente da Associação dos Antigos Tunos. A fim de proporcionar a presença do maior número possível de participan-
tes, o programa tem início a partir das 15h00, com a concentração dos participantes no Pátio da Universidade. Segue-se, uma missa (15h30, celebrada por monsenhor Leal Pedrosa), cumprimentos ao reitor (16h30), fotografia da praxe (17h00), cocktail de boas-vindas no Hotel D. Luís (17h30), jantar de gala (20h00), cerimónia solene de entrega dos Prémios à Excelência (22h00), serenata (23h00).
O antigo futebolista e sócio número 1 da Académica, Joaquim Isabelinha, morreu terça-feira, em Santarém, aos 100 anos de idade. Se a Briosa perdeu um dos seus maiores símbolos, a terra que o acolheu como médico oftalmologista, chora alguém que deixou uma marca indelével no exercício da sua actividade profissional, em prol dos doentes mais carenciados. O gosto pela profissão era tanto que Joaquim Isabelinha só reformou aos 95 anos. Natural de Almeirim, onde nasceu a 5 de Dezembro de 1908, estudou no liceu de Santarém e formouse em Medicina na Universidade de Coimbra, na década de 30 do século passado. No futebol, antes de defender o emblema da Académica, jogou no Almerinense e, durante o liceu pertenceu aos Leões de Santarém. Quando celebrou os 100 anos, a Casa da Académica de Lisboa, Académica de Santarém, o Grupo “Guitarra e Canto de Coimbra” e a As-
sociação Académica de Coimbra/OAF, entre outras entidades, proporcionaram-lhe um almoço comemorativo, em Santarém, que juntou cerca de 550 pessoas. A Ordem dos Médicos juntou-se à comemoração, atribuindo-lhe a medalha de mérito da classe. No seu consultóio, no Largo do Seminário, em Santarém, o dr. Isabelinha ajudou muitos dos seus pacientes mais carenciados. No site oficial da Académica, uma última homenagem em palavras: “Hoje, dia 24 de Novembro de 2009, a Académica despede-se de um dos maiores símbolos da Instituição. Se há vida que se misturava e confundia com a História da Briosa essa pertencia ao Dr. Isabelinha. (...) De Coimbra vai um enorme F-RA, como o Dr. Isabelinha merece! Porque se hoje ficamos mais pobres com o seu desaparecimento, a Briosa poderá dizer que ficará para sempre rica por poder contar na sua História com um Homem como Isabelinha. Até Sempre grande símbolo…”
António Simões
Autarca e dirigente desportivo morre em acidente de viação António Simões, presidente do Anadia Futebol Clube e, desde Outubro passado, presidente da Junta de Freguesia de Ventosa do Bairro (Mealhada), faleceu vítima de acidente de viação, ocorrido em Anadia, sua terra natal. Empresário da construçãocivil e obras públicas, proprietário da empresa Construções Marvoense, Lda., era casado e deixa três filhos e um neto. Em comunicado à imprensa, Carlos Cabral, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, lamentou a morte do autarca, eleito pela lista do PS. “É uma enorme perda e um momento de grande consternação para todos nós. A freguesia de Ventosa do
Bairro e o Município da Mealhada estão de luto. António Simões era uma pessoa nova, que ainda tinha muito para dar aos seus familiares e amigos, à sua terra e a este concelho”, começa por sublinhar o autarca. Segundo Carlos Cabral, o falecido era uma “pessoa cheia de qualidades humanas” e um “empresário de sucesso”, que “nunca se inibiu de ter uma participação activa e determinante no movimento associativo da sua terra”. António Simões era ainda presidente do Rancho Folclórico Infantil e Juvenil e da Associação Cultural e Recreativa de Ventosa do Bairro e dirigente do Sport Benfica e Arinhos, também na mesma freguesia.
Neste Natal dê preferência às empresas da freguesia dos Olivais Agora espaço fechado para fumadores
- REFEIÇÕES RÁPIDAS - VARIEDADE DE PETISCOS 26447
Fernando Nogueira (antigo ministro e professor de Direito), Mário Mexia (prestigiado basquetebolista da Associação Académica de Coimbra, falecido recentemente) e o Coro dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra (que celebra 25 anos) são homenageados este sábado, dia 28, em Coimbra. A homenagem é pro-
movida pela Associação dos Antigos Estudantes da Universidade de Coimbra, no âmbito do 39.º Dia do Antigo Estudante. A entrega dos galardões “Prémio à Excelência” terá lugar durante um jantar de gala, previsto para as 20h00, no Hotel D. Luís. Fernando Regateiro, presidente da Direcção da entidade promotora desta iniciativa, confirmou ao “Campeão” a presença de Fernando Nogueira, assim
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RODRIGUES & SANTOS, LDA.
Boas Festas
R. Dr. Daniel de Matos, 28 | Telefs.: 239 088 651 - 239 701 026 - 3030 Coimbra
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Águas do Mondego e Orquestra Clássica apoiam campanha a favor da ACAPO
Sinta como vivem os cegos IOLANDA CHAVES
Como é que alguém consegue viver sem visão? E se de um momento para o outro ficasse privado desse sentido? Respostas para estas e outras perguntas poderão ser encontrada numa campanha de sensibilização que vai decorrer no Pavilhão Centro Portugal, de 14 a 20 de Dezembro. A iniciativa é organizada pela Associação de Cegos e Amblíopes de Portugal – ACAPO e conta com o apoio da empresa intermunicipal Águas do Mondego e da Orquestra Clássica do Centro. O programa começa dia 14, com a abertura da exposição “Tocar, sentir e imaginar”, e termina no dia de Reis, 6 de Janeiro, com uma ceia, às escuras, em que os participantes são desafiados a testarem todos os sentidos à excepção da visão. No dia 19, às 21h30, realiza-se um concerto da Natal, no Pavilhão Centro Portugal (sede da orquestra), cuja bilheteira reverte a favor da ACAPO. O bilhete custa 10 euros por pessoa, podendo custar cinco euros para grupos de três ou mais pessoas. A exposição inicial, composta por pinturas em revelo, de alunos do Colégio de S. José, tem percorrido outros espaços e vai agora juntar-se a este programa que inclui cinco ateliês pedagógicos abertos a toda a população. A partir do dia 15, têm início quatro ateliês pedagógicos, intitulados “Ler e escrever”, “Os trilhos e os caminhos da vida – O espaço nas palmas dos pés”, “(Vi)ver sem ver – a vida na ponta dos sentidos” e “O prazer de viver”. Entre muitas outras coisas, os participantes vão conhecer o alfabeto Braille, escrever uma pequena frase ou
Emília Martins, Nelson Geada, Manuel Alexandre e Luís André apresentaram a campanha de sensibilização “Uma questão de visão”
nome na máquina de Braille, fazer de olhos vendados um pequeno percurso de bengala, observar uma pessoa cega a realizar tarefas da vida diária (e eventualmente experimentar o mesmo, de olhos vendados), identificar objectos através do tacto, olfacto e audição e identificar produtos comestíveis através do paladar e verificar como as pessoas cegas podem jogar cartas e outros jogos de mesa. Depois de passarem pelos ateliês, os grupos de visitantes juntam-se para participa-
rem na actividade “Brincar às cegas”. Em ambiente informal poderão participar em jogos e brincadeiras, partilharem as suas experiências e colocarem questões aos técnicos e associados da ACAPO presentes. Para os ateliês, a organização aconselha a fazer reservas por grupos, com um máximo de 32 pessoas, através do 239824050 ou pelo e-mail occ@orquestraclassica docentro.org. Os visitantes individuais, não necessitam de fazer inscrição. A apresentação desta ini-
ciativa esteve a cargo dos responsáveis por cada uma das entidades envolvidas, nomeadamente, Emília Martins (administradora da OCC), Nelson Geada (administrador executivo da Águas do Mondego, S.A.), Manuel Alexandre (presidente da ACAPO) e Luís André (animador da ACAPO). A participação da Águas do Mondego nesta campanha é, segundo Nelson Geada, uma “parceria feliz”, que se enquadra na responsabilidade social da empresa.
Passadeira junto à ACAPO não tem sinal sonoro A sede da ACAPO, em Coimbra, funciona na Rua dos Combatentes, uma artéria muito movimentada, com trânsito em ambos os sentidos, aonde em sempre os condutores cumprem com as regras básicas. Passadeira sem sinal sonoro e estacionamento em cima dos passeios, são duas dificuldades com que os sócios se deparam diariamente. Segundo o presidente da associação, Manuel Alexandre, a actual sede foi o melhor que encontraram quando há 18
anos abriram delegação nesta cidade. O espaço era, à altura, suficiente para acolher as actividades da ACAPO e beneficiava de um serviço de autocarros satisfatório, essencial às pessoas cegas e amblíopes, dependentes dos transportes públicos. Actualmente, o espaço começa a ser pequeno para dar resposta às necessidades, mas, as rendas praticadas na cidade têm desencorajado a associação a procurar uma alternativa. Ficar num local bem servido de autocarros é condição fundamental.
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Ética e moral na vida pública
Polícia Municipal de Coimbra
Peticionários auguram espaço de debate no PS
Votação reflecte dúvidas sobre processo disciplinar
Os signatários da petição concebida para fazer a defesa do PS/Coimbra como “um referencial de ética e moral na vida pública” admitem que a sua adesão à iniciativa dê origem a um espaço de debate com capacidade de repercussão na eleição do sucessor de Henrique Fernandes. O promotor da petição, Hugo Duarte, disse ao “Campeão” que o Partido Socialista em Coimbra tem de ser “um referencial de ética e moral na vida pública”, com o próximo acto eleitoral a constituir “um momento de afirmação como um partido exigente no que diz respeito ao exercício de cargos públicos, em defesa do interesse colectivo e em detrimento do privado”. Um dos signatários do documento – que pode ser subscrito, via Internet, em h t t p : / / w w w. p e t i c a o publica.com/Peticao Ver.aspx?pi=P2009N692 – é o vereador Carlos Cidade,
potencial candidato à presidência da Comissão Concelhia de Coimbra do PS. Os camaradas que entendam aderir ao abaixo-assinado comprometem-se a “unir esforços, zelando para que, [por ocasião da eleição da próxima Concelhia conimbricense socialista], o código genético do Partido Socialista seja marcado pela defesa dos valores da ética republicana, (...), com intervenientes de inquestionáveis qualidades morais”. Além de Hugo Duarte e Carlos Cidade, já subscreveram a petição, entre outros militantes socialistas, Paulo Valério, Rosa Pita, Maria do Rosário Pimentel, Pedro Martins, Natália Ferraz, Daniel Tiago, Victor Gonçalves, Ramiro Teles Grilo, Rui Barreiros, Marcelino Cardoso, Manuel Guinapo, Fausto Carvalho, Afonso Lázaro Pires, José Nuno Paiva de Carvalho, Emília Gil e Domingos Costa.
Café-tertúlia
Políticas de Esquerda em debate em Coimbra Um debate sobre “Politicas locais de Esquerda” realizar-se-á, depois de amanhã (sábado), pelas 17h30, em Coimbra (Salão Brazil). A iniciativa, promovida pelo clube de política “Esquerda presente”, contará com a presença de Paulo Pedroso (que foi ministro do Trabalho e da Solidariedade Social no segundo Governo de António Guterres). Segundo Rodrigo Maia, potencial candidato à liderança concelhia do PS/Coimbra na eleição prevista para o próximo ano, trata-se da
primeira iniciativa de um ciclo que se debruçará regularmente sobre os desafios postos à Esquerda contemporânea. “Esquerda presente” é um clube que pauta a sua actividade pelos “valores do mérito, do progresso, da liberdade e da ética na política”, no respeito pela “Declaração de princípios” do Partido Socialista. A região de Coimbra, encarada à escala municipal ou distrital, é o ponto de partida para as reflexões daquela associação cívica.
Pediátrico
Edil da CDU sugere interpelação à ARS O vereador Francisco Queirós (CDU) propôs, esta semana, que a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) questione a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) sobre as condições em que se processará a “abertura efectiva” das novas instalações do Hospital Pediátrico. As dúvidas do edil prendem-se, por exemplo, com “a qualidade e a segurança do edificado” (postas em causa, como tem noticiado o “Campeão”, por um ex-fiscal da obra). João Costa da Silva, outro-
ra fiscal-residente do empreendimento alertou, recentemente, para uma “realidade pior” do que os factos por ele narrados no seu último relatório (entregue em Janeiro de 2009). Por outro lado, Queirós solicitou esclarecimentos acerca do processo de requalificação do parque escolar de Coimbra, tendo alertado para “situações preocupantes” nas escolas de Santa Cruz e do Loreto. A próxima reunião da CMC, com carácter público, realizar-se-á na tarde de 09 de Dezembro.
O processo disciplinar que dita a suspensão por 60 dias de um agente da Policia Municipal de Coimbra suscitou, na Câmara, mais votos brancos e contra do que votos favoráveis, revelaram os vereadores do PS. O escrutínio apurou a adesão de cinco autarcas à proposta do comandante interino da corporação, tendo havido quatro vereadores a optar pela entrega do boletim em branco e dois a votar desfavoravelmente. Outro processo disciplinar visando uma agente – que vê a execução de pena sus-
pensa por um ano – mereceu seis votos a favor, dois contra e três brancos. O comandante interino da PM conimbricense, António Leão, que preconizou a suspensão de funções da agente por 45 dias, sugeriu a suspensão da execução da pena por um ano. As sanções prendem-se com situações ocorridas, em meados de Março, no largo de João Paulo II (Arcos do Jardim), sendo os agentes acusados de infringirem deveres de obediência, lealdade e zelo por, alegadamente, terem declinado bloquear viaturas e
ordenar a sua remoção. As propostas inscritas no relatório inerente aos processos disciplinares são da autoria de António Leão (jurista), na medida em que, segundo o presidente da Câmara de Coimbra, a instrutora dos mesmos (técnica superior e ex-chefe de divisão da PM) deixou expirar o prazo para redigir as conclusões. Fonte da corporação disse ao nosso Jornal que a referida técnica superior (igualmente jurista) duvida ter havido infracção aos deveres de lealdade e zelo por parte dos agentes. O vereador socialista Car-
los Cidade, que propôs o arquivamento dos processos, entende ter ocorrido violação do princípio da imparcialidade quando o comandante interino optou por redigir as conclusões. Os edis do PS propuseram a realização de uma sindicância externa à Polícia Municipal, mas o presidente da Câmara, Carlos Encarnação, rejeitou tal hipótese. O presidente da autarquia estranhou “a coincidência de acontecimentos” (vide peça complementar) envolvendo todos os comandantes da corporação.
Vicissitudes As nomeações dos primeiros comandantes da PM de Coimbra, ambos já regressados à PSP, foram postas em causa pela Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL), como noticiou, a 21 de Maio, o “Campeão”. Uma acção inspectiva efectuada na Câmara conimbricense concluiu que a investidura do comandante só respeitou a legalidade no primeiro ano de funcionamento da corporação (de meados de 2003 a meados de 2004). Contudo, as conclusões da IGAL ainda não são definitivas, podendo ser sujeitas a contestação por parte da edilidade. A primeira investidura do subcomissário Manuel Lobão, há seis anos, ocorreu ao abrigo da figura da requisição à PSP. Na fase de criação de serviços, como foi o caso da PM conimbricense, o primeiro provimento do cargo de director era possível mediante escolha para comissão de serviço por um ano, sendo a requisição prorrogável até ao limite de 36 meses. Manuel Lobão exerceu o cargo até ao final de 2007. Ao abrigo de comissão de serviço por três anos, no final de 2004, o então director nacional da PSP autorizou nova nomeação do subcomissário para comandante da PM e de Carlos Nunes da Silva para chefe da Divisão de Atendimento e Expediente. Em 2008, outro subcomissário, Hermenegildo dos Santos, foi nomeado pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, por um ano, em regime de requisição, desfrutando de equiparação a director de depar-
tamento sem para isso reunir condições. A 27 de Março de 2008, o “Campeão” alertou para a situação e o subcomissário também regressou à PSP no final do ano. Segundo um documento a que o nosso Jornal teve acesso, uma técnica superior camarária, Isaura Fernandes, alegou que mediante a aplicação da Lei nº. 51/2005 à Administração Local, feita através do Decreto-Lei nº. 104/2006, deixou de ser possível o recrutamento para cargos de direcção intermédia entre funcionários integrados em carreiras específicas dos respectivos serviços ou organismos desde que não possuam curso superior. Após o regresso de Hermenegildo dos Santos à PSP, a Divisão de Gestão Operacional e Fiscalização da PM passou a ser chefiada pelo jurista António Leão, que sucedeu a Dina Rocha. Interpelado pelo “Campeão”, Carlos Encarnação considerou, então, não haver urgência em preencher o cargo de comandante, na medida em que a estrutura de chefias intermédias se encontra consolidada. Por outro lado, um abono de subsídio de turno atribuído a duas agentes da Polícia Municipal conimbricense é encarado, pela IGAL, como sendo susceptível de integrar o conceito de pagamento indevido. Aparentemente, as referidas mulheres exerceram funções no período diurno e, alegadamente, sem terem integrado o figurino de rotatividade subjacente ao regime de trabalho a que corresponde a concessão de abono de subsídio de turno.
Ex-vereador regressa à rua da Alegria
Marcelo Nuno substitui Jorge Temido na Águas de Coimbra O economista Marcelo Nuno, que foi gestor da empresa municipal Águas de Coimbra (AC) durante o triénio 2003/05 (sob a liderança de Pina Prata), está de volta à rua da Alegria, agora para presidir ao Conselho de Administração. A criação daquela empresa municipal ocorreu, há seis anos e meio, com base nos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento. O ex-vereador Marcelo Nuno, coadjuvado por Sandra Pina e Olinto Vieira, substitui Jorge Temido,
que tinha sido constituído arguido, no início deste ano, sob suspeita de más práticas de gestão na AC, tal como um dos administradores cessantes, Joaquim de Sousa. Obras de vulto no parque escolar
A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou, esta semana, duas obras atinentes ao parque escolar orçadas em cerca de 1,50 milhões de euros. A empreitada de requa-
lificação e ampliação do Centro Escolar da Quinta das Flores ascende a um milhão de euros e a remodelação e a ampliação da Escola de Coselhas (primeiro ciclo do ensino básico) importam em 525 000 euros. Por outro lado, a Companhia de Bombeiros Sapadores irá usufruir de três novas viaturas para combate a incêndios e o Grupo de Teatro de Taveiro disporá de 25 000 euros para obras de acesso à sua sede e realização de melhora-
mentos na zona adjacente ao edifício. Face à abertura de uma casa da Acreditar (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro) junto às futuras instalações do Hospital Pediátrico, a CMC entendeu constituir-se como mecenas de um quarto. Carlos Encarnação, presidente da autarquia, disse que, além da concessão de apoio, a iniciativa visa constituir “um exemplo” susceptível de fazer despontar outros gestos de solidariedade.
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Concelhia do PS/Coimbra
Acesso dos jornalistas a sessões
António Rochette demite-se invocando acto de contrição
Edis dos PS impugnam deliberação da CMC
António Rochette disse ao “Campeão” que a renúncia à qualidade de membro da Comissão Concelhia do PS/Coimbra traduz “assumpção de responsabilidade” na sequência do silêncio a que se remeteu imediatamente antes das últimas eleições autárquicas. “Sou co-responsável por o Partido Socialista não ter sabido dar resposta aos anseios de munícipes conimbricenses” que encaravam 11 de Outubro como “a oportunidade” para viabilizarem a substituição de Carlos Encarnação (PSD) na praça de 08 de Maio, declarou. O ex-vereador assinala que Álvaro Maia Seco era “uma boa alternativa” para a presidência da Câmara de Coimbra, mas lamenta que ele tenha sido “indigitado tardiamente” e imputa à Concelhia socialista conimbri-
Ex-vereador esperava mais da Concelhia de Coimbra do PS
cense, liderada por Henrique Fernandes, o “ónus da má condução do processo”.
António Rochette, eleito na lista de Carlos Cidade (ex-opositor de Fernandes),
recomenda o lançamento de um “projecto de cidade de que o município se orgulhe”. Neste contexto, a poucos meses do termo do mandato da referida Concelhia, entende que urge eleger a próxima estrutura partidária para “habilitar Coimbra a saber aquilo que o Partido Socialista preconiza”. Doutorado em Geografia e professor universitário, Rochette mantém o estatuto de membro da Comissão Política da Federação de Coimbra do PS (órgão máximo entre os congressos distritais) e foi vereador no quadriénio 2002/05. O geógrafo foi eleito membro da Comissão Política federativa numa lista patrocinada por Mário Ruivo (ex-opositor da recondução do líder distrital socialista, Victor Baptista).
PS/Coimbra
Henrique Fernandes “tropeça” em camaradas Anas Rosas R.A.
A candidatura de Ana Rosa Vaz para ingresso no Secretariado da Comissão Política Concelhia (CPC) de Coimbra do Partido Socialista está a ser questionada por vários camaradas, soube o “Campeão”. Juntamente com André Dias Pereira, António Vilhena, Irene Ferreira e Teresa Simões, aquela militante foi proposta por Henrique Fernandes para colmatar uma das cinco baixas no órgão executivo da CPC do PS/Coimbra. Ao contrário dos outros quatro camaradas, Ana Rosa Vaz não integra a Concelhia socialista conimbricense mediante eleição, tendo a facul-
dade de assistir às reuniões na qualidade de membro da Comissão Política da Federação (órgão partidário de âmbito distrital). A eleição de Ana Rosa Vaz, André Dias Pereira, António Vilhena, Irene Ferreira e Teresa Simões ficou por consumar, na semana passada, na medida em que a votação efectuada na CPC se saldou por um empate. Henrique Fernandes, líder concelhio do PS/Coimbra, propôs aqueles cinco camaradas para sucederem a Ana Cristina Rosa, Carlos Cidade, Maria do Rosário Pimentel, Paulo Penedos e Pedro Martins. À excepção da renúncia de Paulo Penedos, ocorrida em 2008, as restantes prendem-se com a postura de
Henrique Fernandes enquanto principal protagonista socialista no contexto do processo eleitoral para a Câmara de Coimbra. O órgão executivo da Concelhia conimbricense do Partido Socialista está sem quórum estatutário desde a demissão da jurista Ana Cristina Rosa, ocorrida há um mês. Segundo fontes partidárias, Ana Cristina Rosa estranha a opção de Henrique Fernandes por uma camarada, Ana Rosa Vaz, cujo nome é susceptivel de ser confundido com o da jurista. À animosidade de Ana Cristina Rosa, segundo as mesmas fontes, não será alheia a circunstância de Ana Rosa Vaz – ignorando, alegadamente, a opinião de Luís Ra-
mos (ex-candidato do PS à presidência da Junta de freguesia de Santo António dos Olivais) – ter aceitado candidatar-se ao ingresso no referido Secretariado. Marido da jurista, Luís Ramos é membro da Assembleia da principal freguesia de Coimbra, órgão em que Ana Rosa Vaz também tem assento. Na carta de desvinculação do Secretariado, Ana Cristina Rosa lamentou “entraves colocados às escolhas dos candidatos em algumas freguesias”. Henrique Fernandes tem declinado prestar esclarecimentos a respeito da devolução da carta com que Ana Cristina Rosa se demitiu, apesar de a missiva ter sido entregue na sede do PS/Coimbra.
Os vereadores do PS na Câmara de Coimbra vão impugnar judicialmente a deliberação no sentido de vedar o ingresso dos jornalistas nas reuniões sem carácter público, revelou Carlos Cidade, único socialista que votou contra tal medida. Os mesmos edis votaram desfavoravelmente a acta da sessão de 10 de Novembro de 2009, tendo alegado que, à falta de agendamento prévio acerca daquela medida, seguiu-se a inexistência de reconhecimento de urgência na tomada de decisão. A adesão a um “Manifesto anti-silêncio na Câmara de Coimbra” foi dinamizada, entretanto, pelo ex-vereador João Silva (PS), admitindo o antigo autarca que a iniciativa possa transformar-se numa petição. O manifesto, sob a forma de abaixo-assinado em prol da “transparência autárquica” em Coimbra, pugna presença de jornalistas nas sessões da Câmara Municipal (CMC). Na primeira reunião da edilidade no presente mandato, sob proposta de Carlos Encarnação (PSD), foi decidido vedar o acesso de jornalistas a uma de cada duas sessões mensais. A medida foi aprovada com os votos dos edis da coligação “Por Coimbra”; Álvaro Maia Seco e An-
tónio Vilhena (PS) abstiveramse, o socialista Carlos Cidade e Francisco Queirós (CDU) votaram contra. “Calar vereadores e silenciar a comunicação social é um acto de medo e de censura numa cidade onde se canta liberdade”, proclama o manifesto. Os signatários reclamam “continuar a saber como decidem os eleitos locais (...) e não aceitam o esbulho a esse direito”. “Ocultar a face sobre a forma como as decisões são tomadas, em nome dos munícipes, é renegar todo um passado de abertura e transparência, constituindo um inaceitável comportamento político redutor da qualidade da democracia e indutor da suspeição e da desconfiança”, adverte o documento lançado por João Silva. Helena Freitas, membro da Assembleia Municipal de Coimbra (eleita pelo PS como independente), declarou ao “Campeão” tratar-se de uma “medida incompreensível ao traduzir uma mudança de atitude sem explicação plausível”. A medida, adoptada a 10 de Novembro [de 2009], põe termo a um período de 30 anos de liberdade de acesso dos jornalistas às sessões da CMC. “Há que privilegiar a transparência da gestão camarária”, defende a autarca.
Taxas na ordem do dia
Sessão extraordinária da AM de Coimbra A aprovação de taxas preconizadas pela Câmara de Coimbra para 2010, em matéria de imposto municipal sobre imóveis (antiga contribuição autárquica) e de derrama, foi objecto da primeira sessão extraordinária da nova Assembleia Municipal. A reunião, realizada ontem, teve início após o fecho da presente edição impressa do “Campeão”. O órgão fiscalizador da Câmara procedeu, ainda, à designação de repre-
sentantes para as comissões de Toponímia, de Licenciamento Comercial e de Protecção de Crianças e Jovens, bem como para os conselhos gerais dos Hospitais da Universidade (HUC), do Centro Hospitalar e do Hospital de Sobral Cid. A Assembleia Municipal também se debruçou sobre a revisão, feita pela anterior Câmara, do Regulamento Municipal da Urbanização e Edificação (RMUE).
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Alberto Braga Temido – Antigo director-adjunto da Polícia Judiciária, é, actualmente, o magistrado de topo do Ministério Público na região Centro (na qualidade de procurador-geral distrital de Coimbra). Trata-se de um magistrado de mão-cheia, que privilegia a independência, o acerto nas decisões e a discrição. Pouco se tem falado de Braga Temido a propósito das andanças do processo “Face oculta”, desencadeado na comarca do Baixo Vouga (Aveiro), mas consta que o procuradorgeral adjunto ratificou a iniciativa do procurador aveirense João Marques Vidal em ordem à abertura de um inquérito do foro criminal destinado a aferir se José Sócrates cometeu o crime de atentado ao Estado de Direito democrático. A postura de Alberto Braga Temido, merecedora de aplauso, deixa adivinhar como o distanciamento em relação ao poder político seria benéfico para o desempenho do procurador-geral da República, Fernando Pinto Monteiro. Boaventura Sousa Santos – Director do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, o sociólogo recebeu, ontem, no Rio de Janeiro, a comenda brasileira da Grã-Cruz da Ordem do Mérito Cultural. Na sua actividade de investigador, o professor universitário tem trabalho em estreita ligação com instituições estatais e académicas daquele país sul-americano. Entre as colaborações mais recentes destaca-se o diálogo entre o Observatório Permanente da Justiça portuguesa, sedeado no CES da UC, e o Ministério da Justiça que funciona em Brasília com vista à criação de idêntico órgão no Brasil. Luís Alcoforado – Acaba de ser reconduzido na presidência da Turismo de Coimbra, empresa municipal. Gonçalo Lobo Xavier e Pedro Mendes de Abreu também irão cumprir novo mandato como vogais da Administração da TC. Luís Providência – Houve dedo do vereador do CDS/PP na escolha de Sandra Pina para gestora da empresa municipal Águas de Coimbra. A nova vogal do Conselho de Administração (CA) é licenciada em Engenharia civil, com especialização nas áreas de Hidráulica, Recursos Hídricos e Ambiente. O ex-vereador Marcelo Nuno está de regresso à rua da Alegria para presidir à AC, tendo como um dos coadjutores o economista Olinto Vieira. Manuel Rebanda – O advogado irá cumprir novo mandato como presidente dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC), em cujo CA ingressa Júlio Gaudêncio (como sucessor de António Pinto Pereira). Manuel de Oliveira foi reconduzido na função de administrador-delegado. A
D E S C E R
André Villas Boas – O treinador da Académica/ OAF viu a respectiva «estrelinha» empalidecer com o afastamento do clube da Taça da Liga e da Taça de Portugal. Fernando Pinto Monteiro – Atabalhoado é o mínimo que pode dizer-se do desempenho do procurador-geral da República ao lidar com a sugestão de abertura de um inquérito do foro criminal ao primeiro-ministro. Henrique Fernandes – Acaba de ser reconduzido como governador civil de Coimbra, mas o que está na retina é a falta de acerto como líder concelhio do PS. PUBLICIDADE
Jorge de Figueiredo Dias Professor catedrático jubilado, Jorge de Figueiredo Dias recebe amanhã, na Guarda, o Prémio Eduardo Lourenço. A cerimónia realiza-se às 15h00, no Salão Nobre da Câmara Municipal da Guarda, no âmbito das comemorações solenes dos 810 anos do município. O prémio tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, mentor e presidente honorário do Centro de Estudos Ibéricos (CEI), a entidade que instituiu o galardão. Pretende galardoar personalidades ou instituições, de língua portuguesa ou espanhola, “que tenham demonstrado intervenção relevante e inovadora na cooperação transfronteiriça e na promoção da identidade e da cultura das comunidades ibéricas”, perfil no qual se enquadra o professor de Direito, segundo a avaliação do júri responsável pela atribuição do prémio. Jorge de Figueiro Dias, neto de espanhóis, é um nome muito importante da ciência jurídica portuguesa e espanhola, particularmente do Direito Penal, como professor catedrático da Universidade de Coimbra, tendo-se jubilado em finais de 2007. Foi presidente esda Comissão de Revisão do Código Penal e do Código de Processo Penal, membro do Conselho de Estado (1982/1986) e deputado à Assembleia da Republica de 1976 a 1978. Em 1984 foi condecorado pelo presidente da República Ramalho Eanes com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo, a mais alta distinção honorífica portuguesa. Gomes Canotilho – O constitucionalista profere hoje uma conferência subordinada ao tema “O cidadão e as suas máscaras – utente, cidadão, cliente, consumidor”, pelas 17h30, na sala 8 da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. A iniciativa é promovida pela delegação regional de Coimbra da DECO, no âmbito dos 35 anos desta associação de defesa do consumidor. Para Jorge Morgado, secretáriogeral, o tema escolhido “deixa antever uma visão crítica do que significa ser consumidor no nosso país e no mundo em que vivemos”. Curso de técnicos florestais – Um curso de Técnico de Recursos Florestais e Ambientais, destinado a jovens com idades entre os 15 e os 25 anos, vai decorrer na Lousã, em Dezembro, em contexto laboral. Participar na gestão, exploração e protecção de áreas florestais, respeitando a legislação, as normas de higiene e saúde do trabalho, sempre em contacto directo com o ambiente, é a missão dos futuros técnicos formados no Sistema Aprendizagem dos Jovens Associados para o Desenvolvimento Regional do Centro (JADRC). O curso, financiado pelo Programa Operacional do Potencial Humano (POPH), é homologado
pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) e permite acesso ao ensino superior. As últimas inscrições estão a ser recebidas pelo email formacao@ jadrc.pt pelo telefone 239 494 305, enviando curriculo, contactos e cópia dos documentos para a sede da JADRC, no Edifício Delta, 1-esq., Pedrulha, 3025-047 Coimbra, ou via internet no site www.jadrc.pt. “Músicas do Mundo” – É um livro que convida a uma viagem guiada pela música da Europa, África, Américas, Oceânia e Ásia. O autor, José Eduardo Braga, identifica, em cada um destes cinco continentes, os géneros musicais mais característicos, as influências, os instrumentos e os grandes protagonistas. A apresentação pública de “Músicas do Mundo”, hoje, pelas 17h30, no Foyer do TAGV, está a cargo de Alexandre Lemos, actual presidente da Rádio Universidade de Coimbra (RUC). Jardins Botânicos – Hoje, pelas 18h30, no piso 2 do Dolce Vita Coimbra, realiza-se uma conferência subordinada ao tema “Jardins Botânicos: espaços educativos, de investigação, conservação e lazer”, sendo a entrada gratuita e aberta ao público em geral. Ana Cristina Tavares, res-
ponsável pelo Serviço Educativo do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, é a oradora convidada, abordando o tema dos Jardins Botânicos, sua função e importância enquanto repositórios da diversidade vegetal e de conhecimento botânico. Na conversa são apontados exemplos da interacção e semelhança fisiológica entre animais e plantas, da extrema dependência do Homem de todos os recursos naturais e de sustentabilidade, a principal mensagem dos Jardins Botânicos - a biodiversidade como recurso essencial, utilizado de uma forma controlada. O estado do teatro – Face à crescente lógica do mercado que invadiu a cultura e à redução do papel do Estado, quatro especialistas iniciaram, com franqueza e ousadia, um trabalho de “resistência à extinção da actividade teatral”. “Quatro Ensaios à Boca de Cena” (Cotovia), livro destinado aos artistas, agentes culturais e responsáveis políticos, traça novos caminhos para uma política teatral e da programação. A obra é apresentada hoje, pelas 18h00, na Livraria Almedina Estádio, em Coimbra, por Osvaldo Silvestre, professor auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC). Está também presente um dos autores do livro, Manuel Portela, que falará da sua experiência interrompida no Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV). A entrada é livre. Rotary evoca Pessoa – Hoje, pelas 21h30, no Hotel D. Inês, o Rotary Club de Coimbra faz a evocação de Fernando Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888 - 30 de Novembro de 1935), um dos maiores símbolos da cultura portuguesa. A palestra, intitulada “Encontro com Fernando Pessoa”, está a cargo da presidente da Casa da Amizade e sócia honorária do Clube, Dulce Mendes. Na altura é apresentado um livro evocativo da obra do escritor, com introdução de Dulce Mendes e antologia de José Ribeiro Ferreira. Feira de Rádio – A Tertúlia Radioamadorística Guglielmo Marconi, sediada em Coimbra, vai realizar no do-
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mingo, dia 29, a Feira de Rádio de Coimbra, este ano na sua 15.ª edição. A iniciativa decorrerá no Hotel Tryp (próximo dos Hospitais da Universidade), entre as 10h00 e as 17h00. Pelas 13h00 terá lugar no restaurante do hotel um almoço de confraternização entre os membros da Tertúlia e os radioamadores que queiram comparecer. dar-nos o prazer da sua companhia. Pharmacia – No próximo sábado, dia 28, a Adega Típica Pharmacia – Sabores da Aldeia, assinala o 13.º aniversário. Este restaurante, de António Ferreira, fica na Rua do Brasil, n.º 81/85, em Coimbra. ANAJovem solidária Sábado, dia 28, pelas 15h30, no salão do Centro Social de São João (situado em Pé de Cão, São Martinho do Bispo) a Associação Nacional de Apoio a Jovens - ANAJovem - promove uma iniciativa de solidariedade para angariação de bens alimentares, não perecíveis, através da participação da comunidade local. Pretende-se disponibilizar um espectáculo cultural à comunidade, sendo o bilhete individual de entrada a entrega de um produto alimentar. Neste evento, vão estar presentes o mágico Telmo Melo, o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra e o Grupo de Fantoches do Ateneu de Coimbra, decorrendo, simultaneamente, um espaço de pinturas faciais para as crianças. “Rota das Catedrais” –O Conselho Económico da Paróquia da Sé Nova promove amanhã, no Centro D. Dinis, o primeiro jantar de angariação de fundos, no âmbito do projecto “Rota das Catedrais”. A iniciativa visa angariar verbas para suportar parte das obras de conservação e valorização da catedral, sede do Bispo da Diocese de Coimbra. Orçadas em mais de 2 milhões de euros, as obras, já encetadas, prevêem intervenções de conservação e restauro, com destaque para a renovação das dependências, a melhoria de acessibilidades, garantir melhores condições de segurança de bens e pessoas, assim como a criação de um museu.
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Relatora da directiva é a eurodeputada de Coimbra Marisa Matias
Bruxelas quer travar medicamentos falsificados LUÍS CARLOS MELO (*)
Salvaguardar a saúde pública, e não apenas a “saúde do mercado”, e incluir a venda pela Internet na legislação comunitária são as principais medidas que a eurodeputada Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, pretende ver aprovadas no decorrer do primeiro semestre do próximo ano, na directiva sobre o combate à falsificação de medicamentos, da qual é relatora. “As propostas de legislação que estou a preparar vão no sentido de salvaguardar ao máximo a saúde e segurança dos cidadãos e dos estadosmembros, mas também garantir que os custos da implementação do sistema de fiscalização não sejam transferidos para o preço dos medi-
camentos”, referiu em Bruxelas, ao “Campeão”, a eurodeputada de Coimbra, à margem do programa de uma visita ao Parlamento Europeu, a convite dos deputados do Bloco de Esquerda, de representantes de órgãos de comunicação social regional para se inteirarem do funcionamento daquela instituição. “Mais de 50 por cento dos medicamentos falsificados entram dentro do espaço europeu através de compras feitas pela Internet”, contudo, a proposta inicial da Comissão exclui a venda online “por considerar que ela integra a cadeia ilegal de distribuição e por isso não deve estar nesta directiva”. Marisa Matias alerta para o facto de, ao aumentar o controlo aos medicamentos
que chegam às farmácias, “haver a tendência para a Internet ser ainda uma maior janela de distribuição para quem faz contrafacção”. Assim, entende que não se deve deixar passar a oportunidade incluir esta matéria na futura regulamentação. A eurodeputada bloquista vai propor, ao que apurámos, mecanismos como a certificação por parte da União Europeia dos websites de venda de medicamentos e o aumento da informação disponível sobre como adquirir medicamentos em segurança. “A proposta da Comissão é centrada no mercado, trata bem da saúde do mercado, mas não trata bem a saúde das pessoas”, critica a relatora da directiva, em rela-
ção ao documento inicial, referindo que pretende ver contemplado o alargamento da base jurídica à defesa da saúde pública e uma definição concreta do que é, de facto, um medicamento falsificado. Marisa Matias vai ainda incluir nas suas propostas a necessidade de uma identificação de todos os actores dentro da cadeia de distribuição, porque “todos devem pagar a factura da segurança”. “Não deve ser só o consumidor final a pagar a factura de um sistema que lhe garanta a segurança no acesso aos medicamentos “, sustenta. Depois de mais de uma centena de reuniões que lhe foram solicitadas pelos diferentes agentes interessados na matéria (indústria farmacêu-
Marisa Matias defende certificação de sítios da Internet de venda de medicamentos
tica, transportadores, associações de defesa do consumidor, entre outros), conferências e visitas a laboratórios e distribuidores, a deputada, que integra o grupo da Esquerda Unitária do Parlamento Europeu, apresenta no próximo dia 8 de Dezembro
o relatório para discussão. A directiva, visando “tornar mais difícil adquirir medicamentos contrafeitos”, deverá ser aprovada em sessão plenária no decorrer no primeiro semestre de 2010. (*) em Bruxelas
Empresário homenageado a título póstumo em Barrô
O compromisso cívico de Adolfo Roque missão de honra dos promotores da homenagem, considerou Adolfo Roque como “um dos empresários mais destacados do nosso país”. “Percorria esse mundo em defesa dos seus negócios e da sua acção como empresário. Sendo um homem do mundo, era um grande humanista que soube dar parte da sua vida aos outros”, afirmou, destacando que “se tratava de um homem de grande compromisso cívico. O seu compromisso cívico não era apenas um compromisso benemérito, mas um compromisso cívico de um homem de acção”. O presidente da Câmara Municipal de Águeda, Gil Nadais, enalteceu, por sua vez, as qualidades humanas de Adolfo Roque, referindo que este “não era só um dos maiores coleccionadores de sacarolhas do mundo, mas um homem que coleccionava relações humanas”. A viúva, Maria Luísa Roque, recordou o “homem de
A família destacou as qualidades humanas do empresário falecido há cerca de um ano
família”, destacando que este “deixou uma família que o perpetuará ao longo do tempo”. Na cerimónia estiveram também presentes personalidades como Carlos Tavares, Joaquim Oliveira, Pinto da Costa, Luís Marques Mendes, Luís Mira Amaral, Rui Nabeiro, Belmiro de Azevedo e Celestino Quaresma, que anunciou que o auditório que a Ordem dos Engenheiros está a construir terá o nome do empresário.
Após o descerramento da placa no Centro Cívico Eng. Adolfo Roque, mais de quinhentas pessoas juntaramse num jantar, onde foi apresentada a fotobiografia deste ilustre barroense. Nascido a 19 de Novembro de 1934 e falecido em 22 de Setembro de 2008 (faria na quinta-feira passada 75 anos), Adolfo Roque distinguiu-se no panorama nacional pelo empreendedorismo com que fundou e presidiu, de 1977 a 2007, a Revigrés,
uma das maiores empresas do país de revestimentos cerâmicos e o mais antigo patrocinador do Futebol Clube do Porto. Aquilo que começou por ser uma unidade fabril de revestimentos e pavimentos cerâmicos, instalada em Barrô, sua terra-natal, tornou-se numa marca reconhecida a nível nacional e internacional, fornecendo obras relevantes em mercados como o Japão, Rússia, Inglaterra e Estados Unidos da América. “O Eng. Adolfo Roque juntou à sua capacidade de gestão e visão estratégica uma adequada compreensão do papel do empresário no mundo moderno, como o atestam a sua participação activa nas organizações da sociedade civil, associações comerciais, industriais e de outra natureza, bem como o seu apoio à valorização dos recursos humanos e às actividades socioculturais”, escreve o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, na fotobiogra-
Neste Natal dê preferência às empresas do concelho de pombal
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Destacado cidadão e benemérito, o empresário Adolfo Roque foi homenageado a título póstumo no passado sábado, em Barrô, Águeda. Falecido a 22 de Setembro do ano passado, aos 73 anos, o fundador da Revigrés foi recordado pela família e amigos como um homem quer personificou como poucos os conceitos de humanismo, cidadania e solidariedade. “Dou mais valor à minha vida cívica do que à empresarial”, mais do que uma simples frase, a expressão sintetiza bem a filosofia de vida do Comendador Adolfo Roque que, entre outras iniciativas, foi responsável pela ampliação de um infantário e pela construção do centro de dia, do posto médico e do Centro Cívico e Social local – este último equipamento foi rebaptizado com o seu nome. O ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, José António Vieira da Silva, que integrou a co-
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fia “Adolfo Roque – Uma Vida Cheia”. Licenciado em Engenharia de Minas pela Universidade do Porto, Adolfo Roque exerceu, ainda antes da fundação da Revigrés, vários cargos técnicos e de gestão na Companhia de Diamantes de Angola, tendo mais tarde frequentado a Faculdade de Economia. O seu sentido cívico manifestou-se desde cedo, quando intervém no sentido da recuperação do ensino técnico profissional, em Águeda. Em 1982 é eleito presidente da Mesa da Assembleia-geral da ABARCA – Associação Barroense de Recreio, Cultura e Assistência, instituição que muito ajudou a crescer. Também em Barrô, Adolfo Roque foi o grande dinamizador da Casa de Repouso, enquanto provedor da Santa Casa da Misericórdia de Águeda, cargo que exerceu desde 2003.
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Sessão solene assinalará o aniversário no próximo domingo
75 anos ao serviço das populações “Vida por Vida”, lema dos soldados da Paz, é cumprido há 75 anos pelos Bombeiros Voluntários Argus de Arganil. Total dedicação, empenho e serviço às populações tem pautado a actividade da corporação, desde que foi criada. As Bodas de Diamante, que se assinalam no próximo domingo, são momento de recordar o passado, olhando atentamente para o presente e perspectivando o futuro, que poderá muito em breve passar pela construção de um novo quartel, preparado para enfrentar os desafios que hoje se colocam a quem, voluntariamente, se coloca ao serviço do próximo. GERALDO BARROS
Fundada a 28 de Novembro de 1934, no seio da Sociedade Recreativa Argus, que fora criada em 1924 e representou um primeiro sinal do associativismo local, a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus (AHBVA) iniciou as comemorações das Bodas de Diamante há cerca de um ano, por ocasião do último aniversário. Perspectivando aquilo que pretendia que fossem as acções evocativas dos 75 anos, António Pereira
O transporte de doentes – serviço para o qual a corporação tem vindo a equipar-se de viaturas – é uma área que exige aos “Argus” uma atenção constante, contudo, aos voluntários de Arganil, chegam as mais diversas solicitações, “até para acudir gatos em apuros no cimo das árvores”, lembra António Pereira Alves, em tom de brincadeira. Parque automóvel a precisar de renovação
António Pereira Alves, presidente da Direcção, considera que os desafios que se colocam aos bombeiros são, hoje, muito diferentes de há 75 anos
Alves, presidente da Direcção, lembrou, nessa altura, o período que antecedeu a constituição da Associação, durante o qual “os seus organizadores obraram prodígios para, primeiramente, alterar mentalidades e, posteriormente, conseguir meios para institucionalizar um corpo de bombeiros, numa terra onde, praticamente, tudo faltava”. “A celebração dos 75 anos visa, não apenas celebrar uma data cronológica mas, essencialmente, recordar pessoas e acontecimentos que marcaram a vida desta Associação e, simultaneamente, abordar questões prementes no presente e com reflexos importantes no futuro”, pode ler-se no discurso proferido há cerca de um ano pelo presidente da
AHBVA onde, acrescenta, “pretendemos que as comemorações do aniversário constituam um marco histórico da vida da corporação, ao integrar o passado, o presente e perspectivando o futuro”. Presidente da instituição desde 1978, António Pereira Alves acompanhou ao longo de mais de três décadas as muitas mudanças pelas quais a corporação teve de passar e os desafios que os bombeiros de Arganil tiveram de superar. O balanço, hoje, nas vésperas das comemorações dos 75 anos, pauta-se por “uma experiência extremamente enriquecedora”. Muito mudou desde 1972, altura em que António Alves, por intermédio do então comandante,
João Castanheira Nunes, aceitaria o convite para assumir funções directivas ligadas à área das actividades desportivas. “O trabalho que é desenvolvido pelos bombeiros é, actualmente, muito diferente do que fazíamos há trinta anos, o nível de exigência é outro”, reconhece.
Apesar de envelhecido, o parque automóvel da corporação está, ainda, funcional. Vale o esforço de todos em geral, nas operações de manutenção dos veículos e, em particular, um dos bombeiros, mecânico de profissão. António Pereira Alves lembra que há 14 anos que a corporação não recebe uma viatura das autoridades nacionais e sublinha que, “apesar de operacional, a frota precisa de ser reforçada com viaturas mais modernas, capazes de
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lidar com os desafios que hoje se colocam à actividades dos bombeiros”. O esforço financeiro da AHBVA permitiu, em 2008, a aquisição de uma nova ambulância. Adicionalmente, foi também no ano passado que a corporação recebeu uma viatura do INEM, vocacionada para a área da saúde. Apesar de dispor de veículos deste género em número suficiente para atender às solicitações, António Pereira Alves admite a falta de uma viatura de combate a incêndios florestais que, apesar de prometida aos Voluntários de Arganil, ainda não foi entregue pelo Serviço Nacional de Protecção Civil. A realidade constatada por Pereira Alves é de que, aos voluntários de Arganil e, provavelmente, a muitas corporações de bombeiros espalhadas por Portugal, faz falta um olhar mais atento e disponível por parte da tutela, daqueles que têm o dever – a obrigação – de munir os soldados da Paz das ferramentas essenciais para que, no socorro às populações, no combate aos perigos e no cumprimento do lema “Vida por Vida”, não seja o voluntarismo a única arma de que dispõem.
3305-285 Vila Cova de Alva Telef.: 235 729 845 - Fax: 235 729 846
O Executivo da freguesia associa-se às comemorações do 75.º Aniversário dos Bombeiros Voluntários de Arganil Av. José Augusto Carvalho, 8 B - 1.º Esq. - 3300-014 Arganil Telef.: 235 205 588 - Fax: 235 208 898 - jf. arganil@arganil.pt
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Comandante defende estruturas que integrem equipas profissionais
É preciso repensar papel dos bombeiros voluntários se depara quem desempenha funções de chefia numa corporação de bombeiros voluntários, provavelmente, o mais complicado de ultrapassar. Militar da GNR, ligado
Novos desafios e preocupações O caminho sinuoso e propício a acidentes que, diariamente, crianças e jovens do concelho percorrem, nos transportes públicos, a caminho das escolas, são uma preocupação acrescida para o comandante, razão pela qual a corporação investiu recentemente na aquisição de material de desencarceramento. A realidade actual, bem diferente de há 75 anos, coloca novos desafios aos Bombeiros Voluntários de Arganil. Atento a estas problemáticas, Carlos Gama lembra que, à excepção das viaturas destinadas ao transporte de doentes, ou seja, vocacionadas para a área da saúde, o parque automóvel destinado ao combate a incêndios e outras operações de socorro está muito envelhecido. “É fundamental a renovação do parque automóvel e estarmos equipados para lidar com os novos desafios que se nos colocam”, lembra o comandante. A zona industrial de Arganil e a implantação de novas empresas no concelho tem aumentado e, com ela, as preocupações dos bombeiros. A instalação recente de uma unidade de transformação de produtos florestais implica, segundo Carlos Gama, “cuidados especiais quer em termos de equipamentos de protecção individual quer de viaturas capazes de debelar um incêndio”. Ao contrário do que é veiculado, o combate a incêndios florestais é apenas uma parte pequena do serviço prestado pelos bombeiros. Os Voluntários de Arganil não são excepção. Gama lembra que “hoje os
problemas são outros e a cultura de protecção civil tem de ser outra, é preciso apostar numa vertente de prevenção que implica conhecer o terreno, e tudo isso implica tempo e meios, que são escassos”. “Um comandante de bombeiros tem de ter a capacidade e o tempo necessários para fazer a sensibilização. A divulgação de uma cultura de segurança faz-se prevenindo e sensibilizando toda a população, envolvendo os vários parceiros da sociedade civil”, sustenta Carlos Gama. O comandante é crítico quanto à forma como o socorro às populações tem vindo a ser pensado e implementado no nosso país. “Os alicerces da estrutura nacional são voluntários. Todos sabemos que a espinha dorsal são as corporações de bombeiros voluntários deste país. A Autoridade Nacional de Protecção Civil terá de pensar ou repensar todo este processo,
porque criou uma estrutura profissional assente nas corporações de voluntários”, argumenta. Se é verdade que as corporações de bombeiros voluntários estão integradas nas comunidades e conhecem o terreno como ninguém, Carlos Gama lembra que “é, apesar de tudo, uma estrutura voluntária”. Começar pela profissionalização dos comandos dos corpos de bombeiros voluntários e, daí, evoluir para um novo modelo, é solução apontada pelo comandante. “Para bem de todos, incluindo do sistema nacional de socorro e para que as coisas funcionem, é fundamental que seja repensado o papel dos bombeiros voluntários, nomeadamente, com a criação de um corpo misto, ou seja, integrando também bombeiros profissionais destinados a sustentar as equipas de permanência”.
Comandante Carlos Gama alerta para os novos problemas com que os bombeiros voluntários são confrontados
25 dos quais em formação. Maioritariamente jovens e com currículo académico nas mais diversas áreas são, segundo o comandante, “uma mais-valia para a corporação”. Burocracia demasiado pesada
Carlos Gama reconhece importância do recenseamento nacional dos bombeiros, que permite saber efectivamente os meios humanos que existem. Contudo, a legislação que foi adoptada acabou por ser demasiado rígida, equiparando os bombeiros voluntários aos profissionais. Carlos Gama teme “que quem ainda tem disponibilidade para ser voluntário acabe por esbarrar na barreira burocrática e na legislação”. O desempenho da missão dos bombeiros implica igual atenção às componen-
tes de formação e de experiência. Ao lema “Vida por Vida”, Carlos Gama diz que é igualmente importante a máxima “Salva quem sabe”. Ignorar esta realidade é, desnecessariamente, arriscar a vida de quem sai em socorro das populações. Uma área de actuação abrangente dificulta o trabalho dos Bombeiros de Arganil, que é ainda agravado pela dispersão das povoações. Cerca de 14 000 hectares de floresta – a produzir – , ao qual se somam terrenos que não são cultivados e o aumento das taxas de abandono pelos proprietários, também não ajudam a tornar menos penoso o trabalho da corporação. Carlos Gama lembra que “os bombeiros são solicitados para tudo”, portanto, não falta trabalho a esta corporação que é, apesar de tudo, voluntária na forma mas profissional do desempenho da sua missão.
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à investigação de incêndios – actividade que tem desenvolvido desde 1989/90 –, Carlos Gama fez formação na Escola de Bombeiros em 1979, “um desempenho a nível profissional sempre ligada à floresta, à volta do plantar e do combater fogos”, refere. Após um interregno na actividade de bombeiro, Gama regressou à quatro anos à corporação de Arganil, para assumir o comando do corpo activo. O desafio é, apesar de complicado devido ao trabalho que as funções de comandante implicam, atenuado pelos conhecimentos adquiridos na profissão que desempenha. Não obstante a honra inerente ao cargo, que considera traduzir a confiança nele depositada pela Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus de Arganil, as exigências de comandante são, cada vez mais, difíceis de conciliar com o carácter voluntário. Perante uma realidade em que competências de um comandante vão muito para além das decisões operacionais, está em curso na corporação de Arganil uma reestruturação do quadro de comando, tendente à colocação de um elemento desta estrutura em regime de permanência, profissional e remunerado. Com o intuito de melhorar o serviço prestado pelos bombeiros, desde que entrou ao comando, Carlos Gama implementou uma reestruturação de procedimentos, visando uma melhor gestão e fiscalização de toda a actividade desenvolvida dentro da corporação. “Trata-se de uma gestão mais criteriosa que permite ganhos de eficácia, gestão de recursos e, simultaneamente, incentivar as equipas de trabalho”, explica. O corpo activo dos Argus de Arganil conta actualmente com 108 bombeiros,
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compatível com o desempenho destas funções em regime de voluntariado”. Carlos Duarte Fernandes Gama, comandante dos Argus de Arganil, descreve assim um dos muitos desafios com que
Bombeiros Congratulamos os ganil Voluntários de Ar rsário pelo seu 75.º anive
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“A estrutura nacional de bombeiros obriga quem está nas funções de comando a um conjunto de procedimentos e a uma carga burocrática que, a manter-se, a curto prazo, deixará de ser
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Comissão já está a negociar aquisição de terreno
Novo quartel é prioridade O actual edifício onde funciona o quartel, construído em 1960 e onde chegou a funcionar a escola secundária, pertence actualmente à Associação Humanitária dos Bom-
beiros Voluntários de Arganil, tendo passado a servir a corporação após obras de ampliação e adaptação. Contudo, já na sequência do aumento do parque automóvel,
sobretudo de ambulâncias, é construído e inaugurado, em 2004, em frente ao quartel, um edifício de apoio, onde estão as viaturas de socorro e combate a incêndios. Além
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de albergar o equipamento individual dos bombeiros, está igualmente dotado de um ginásio, para a prática de actividade física. O futuro, tal como o passado e o presente, é feito de desafios. As actuais instalações, apesar de funcionais, começam a ser insuficientes para dar
resposta às necessidades do corpo activo, que aumentou consideravelmente nos últimos anos, ultrapassando, actualmente, a centena de elementos. Visando encetar negociações tendentes à aquisição do terreno necessário à construção de um novo quartel, no âmbito de um projecto a apresentar ao Quadro Referência Estratégico Nacional, foi criada uma comissão, composta por um representante da Assembleia Geral, do Con-
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selho fiscal e Direcção da AHBVA, incluindo ainda o comandante da corporação, um economista e um jurista. António Pereira Alves reconhece que “a maior preocupação passa por encontrar novas instalações” mas, confiante, acredita que as negociações possam estar concluídas até ao final deste ano. A solução para o novo quartel tanto poderá passar pela adaptação de um edifício já existente, como pela construção de um novo.
Bodas de Diamante comemoradas no próximo domingo
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Primeiro corpo activo, na altura, comandado por Frederico Simões
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Argus de Arganil comemora o aniversário dos 75 anos no próximo domingo, dia 29. Para além da atribuição de medalhas de assiduidade a cerca de 30 elementos e da entrega do “Crachá de Ouro” a António Pinheiro, segundo comandante da corporação, a cerimónia incluirá a apresentação de uma nova viatura ligeira, destinada ao combate a incêndios.
Iniciado em 2008, por altura do 74.º aniversário, o programa comemorativo das Bodas de Diamante decorreu ao longo do último ano com múltiplas iniciativas. Para além de um livro da autoria de António Quaresma Ventura e Regina Anacleto, sobre a história da corporação desde que foi criada, houve concertos, exposições, colóquios, debates, provas desportivas e outros eventos de carácter lúdico, entre os quais uma gala no Casino do Estoril, que contou com as mais altas indivi-
dualidades nacionais ligadas aos bombeiros e protecção civil. No próximo domingo, o início das comemorações de aniversário está agendado para as 09h00, com o hastear das bandeiras, seguindo-se uma missa na igreja matriz, a recepção às entidades convidadas e, pelas 10h45, a benção de viaturas seguida das condecorações e desfile. A sessão solene tem início pelas 12h00 e o almoço está agendado para as 13h15.
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Campeonatos Juniores, Sub-23 e Seniores em 2012 e 2013
Montemor-o-Velho acolhe canoagem europeia A candidatura da Federação Portuguesa de Canoagem ganhou a organização do Campeonato da Europa de Juniores e Sub-23, em 2012, e do Campeonato da Europa de Seniores, em 2013. As competições vão ter lugar no Centro de Alto Rendimento (CAR) de Montemor-o-Velho. “É excelente para canoagem portuguesa” e “permite demonstrar o potencial que o nosso país tem para a modalidade”, declarou Mário Santos, presidente da Federação Portuguesa de Canoagem. Visivelmente satisfeito, o dirigente sublinhou que “a realização destes dois grandes eventos – que vão trazer a excelência da canoagem europeia a Portugal – servem também para colocar a pista de Montemor-o-Velho na rota das grandes competições internacionais”. “Com a realização destas provas, o CAR vai começar a ganhar uma dimensão internacional, cumprindo também o seu objectivo inicial”, concluiu. Assim, em 2012, o Campeonato da Europa
de Juniores e Sub 23 vai trazer a Montemor-o-Velho, cerca de 1 000 atletas em representação de 30 países, e, no ano seguinte, o Campeonato da Europa de Seniores, que deverá reunir 600 atletas em representação de 32 países. Para o presidente Câmara, Luís Leal, “a realização destes dois importantes eventos desportivos confirmam a importância do CAR de Montemor-o-Velho para o desporto nacional e para a promoção do país a nível internacional”. “Nos próximos anos, Montemor-o-Velho vai ser, definitivamente, um pólo de desenvolvimento desportivo”, asseverou. Luís Leal acrescentou que “é chegada a hora de concretizar um projecto mais abrangente, congregando esforços de diversas entidades, no sentido de olhar para o CAR de Montemor-oVelho como uma infraestrutura de futuro e com condições para ser uma alavanca de desenvolvimento concelhio, regional e nacional”. “Este é um projecto
que recolhe a empatia da Secretaria de Estado do Desporto, que terá, decerto, nos próximos meses a oportunidade de consolidar esta infra-estrutura, quer do ponto de vista físico quer de gestão, como um exemplo”, acrescenta. “A gestão e a promoção deste equipamento têm de obedecer a uma partilha muito mais alargada, em que a Tutela do desporto nacional, as respectivas federações envolvidas e o município de Montemor-o-Velho terão um papel preponderante e ao mesmo tempo cúmplice”, considera o autarca. “Parabéns à Federação Portuguesa de Canoagem e ao dinamismo do seu presidente, Mário Santos, pelo excelente trabalho e pela parceria que encontrou no Município de Montemor-oVelho, nomeadamente pela sua residência onde estão vários atletas galardoados nacionalmente e internacionalmente, e ao mesmo tempo o papel inestimável que tem havido por parte do Secretário de Estado do Desporto”, conclui Luís Leal.
O Centro de Alto Rendimento começa a ganhar uma dimensão internacional PUBLICIDADE
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Comemorações decorrem sexta-feira
Associação assinala 14.º aniversário BENEDITA OLIVEIRA
A Sol-Eiras, instituição particular de solidariedade social (IPSS), assinala amanhã o 14.º aniversário com um singelo almoço-convívio, que conta com a presença não só de utentes, dirigentes associativos e funcionários, assim como com representantes de entidades oficiais, entre os quais a Junta de freguesia, a Câmara e o Centro Distrital da Segurança Social. Trata-se, avançou o presidente da direcção, da primeira vez que a associação celebra o aniversário, evento que tem por ainda o propósito de abrir as portas da instituição ao exterior. Dar-se a conhecer e envolver cada vez mais a comunidade são prioridades da direcção liderada por António Cardoso. Com 46 utentes – 30 em serviço de apoio domiciliário e 16 no centro de dia –, a IPSS de Eiras encontra-se actualmente no limite da sua capacidade de resposta, atendendo às condições físicas das suas instalações. Ambição e projectos não faltam, no entanto, à associação com sede no n.º 9 da Travessa da Esperança, bem no centro do povoado da sede da freguesia. A breve prazo, a intenção é alargar o serviço de apoio domiciliário ao fimde-semana. O respectivo
pedido de apoio, frisa o dirigente, já foi feito à Segurança Social, até porque, adianta, a sua concretização representa um maior esforço financeiro por parte da instituição. “Neste momento, fazemos muito mais do que temos protocolado com a Segurança Social”, contou António Cardoso, realçando que a IPSS procura acorrer às necessidades sociais da comunidade, “com claro prejuízo para a associação”. A necessidade de crescer é urgente e um imperativo para fazer face até ao incremento dos dramas sociais, decorrente da actual conjuntura económica. A revisão dos acordos com a Segurança Social é, por isso, outra das aspirações da Sol-Eiras, já que, notou a técnica Leonor Cortesão, “só com isso podemos aceitar mais pedidos”. Com serviço de lavandaria – que serve também os associados –, a instituição tem já projectado um novo edifício-sede, Centro Intergeracional, que vai permitir alargar não só a capacidade de resposta da instituição como criar novas valências, vocacionadas para a infância. “A nossa actividade começou por ser mais direccionada para o centro de Eiras, mas depois fomos alargando os serviços
Rosa Brás, responsável pela lavandaria, é uma das primeiras funcionárias da instituição de solidariedade social
ao resto da freguesia e hoje já vamos para além dos seus limites. Dada a falta de apoio que existe, pensamos que somos moralmente obrigados a responder aos pedidos”, comentou o presidente da associação, reconhecendo que há um esforço de contenção até ao nível da área abrangida, para que os gastos logísticos sejam os menores possíveis. “Quando pegámos na instituição esta tinha um prejuízo na ordem dos 15.000 euros por ano, pelo que a decisão imediata foi centralizar a actividade para atenuar o prejuízo. Mas ainda não conseguimos inverter o ciclo”, confidenciou o responsável. O facto é que ultimamente o número de pedidos de apoio tem aumentado, sendo que, coincidentemente, ou não, o valor da prestação pesa cada vez mais na hora de decidir. “Nota-se que as pessoas precisam do serviço, mas retraem-se. Já tivemos mesmo respostas negativas devido ao preço”, revela Leonor Cortesão. A mensalidade do ser viço de apoio domiciliário depende do rendimento do utente e da comparticipação (ou não) do serviço por parte da Segurança Social, sendo que o valor mínimo é de 84 euros e o máximo de 180 euros – prestado de segunda a sexta-feira, o serviço inclui ali-
A equipa da Sol-Eiras é constituída por 15 funcionárias, duas voluntárias e por elementos da Direcção
mentação (pequeno-almoço, almoço e lanche), higiene pessoal e habitacional e o tratamento da roupa. Central para a actual equipa directiva é a construção do Centro Intergeracional, na Quinta do Murtal. Aprovado pela Câmara Municipal e entretanto submetido ao QREN, o projecto vai permitir impulsionar as actividades da associação. “A instituição só tem capacidade para crescer se sair dali”, destaca António Cardoso, acrescentando que a SolEiras “já pagou 25.000 euros pelo projecto de arquitectura”. “É um custo avul-
A cozinha é crucial nos serviços prestados pela IPSS
tado e, por isso, queremos começar com a obra o mais rápido possível”. O novo equipamento terá capacidade para acolher 60 utentes no centro de dia e 14 crianças, desde o berçário ao pré-escolar. Outro projecto emblemático da direcção é a criação de um eco-museu, num antigo lagar, sendo que o objectivo é “retratar um pouco a vivência de Eiras”. “É um projecto muito bonito, mas neste momento não é prioridade”, refere António Cardoso. A construção de um lar com cuidados continuados, junto ao campo de
futebol da povoação, está também nos horizontes da equipa directiva. “A obra que gostava muito sinceramente de ver concluída a do Centro Intergeracional, porque quer para idosos quer para as crianças esse equipamento seria, sem dúvida, uma mais-valia”, frisa o presidente da Sol-Eiras. Com 15 funcionárias e duas estagiárias, a IPSS está ainda a promover um curso EFA (Educação e Formação de Adultos) em geriatria, cuja formação decorre até Fevereiro em instalações cedidas pela Junta de Eiras.
O centro de dia da Sol-Eiras acolhe 16 utentes
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Restaurante / pizzaria Calzone
B R E V E S
Jovem casal aposta em especialidades italianas ABERTURA 9 de Novembro de 2009 RAMO Restauração MORADA Rua D. Elsa Sotto Mayor, n.º 21, Condeixa-a-Nova CONTACTOS 239 948 149 / 925 725 589 / 932 558 511 / 917 442 178 BENEDITA OLIVEIRA
Um sonho antigo que se tornou realidade. É com estas palavras que Paulo Pedro começa por definir a aposta num restaurante/pizzaria em Condeixa-a-Nova. “Tenho dois irmãos com pizzarias em Lisboa e eu também tinha esse desejo”, conta o gerente, adiantando que durante alguns anos chegou mesmo a trabalhar numa destas casas. De nome Calzone, por consenso familiar e por ser esta a pizza predilecta da esposa, Magda Gonçalves, o espaço recentemente aberto tem como especialidade as ditas iguarias italianas, em massa tipo pão caseiro. Com pizzas confeccionadas na hora e com in-
gredientes frescos, a Calzone tem 30 variedades no menu, possibilitando ainda a combinação de ingredientes a gosto, tendo como base a pizza margarita. Na zona, relata, a preferência vai para a pizza “tropical”, com ananás, mas, continua Paulo Pedro, a de frango, “à chef ” e “4 estações” também têm muita saída. Com uma acolhedora sala de refeições, a casa serve ainda outros pratos rápidos tais como sopa do dia, bitoques, hamburguers, francesinhas e döner kebab (especialidade turca) de frango. Pão de alho, vinho “à la carte” ou verde à pressão, sangria de champanhe, entre outras bebidas, assim como sobremesas caseiras
A confecção das pizzas está a cargo de Paulo Pedro
imobilização remota do veículo segurado, através de uma chamada ou envio de SMS – a imobilização ocorre assim que o automóvel atinja uma velocidade inferior a 10km/hora. A nova cobertura inclui a instalação de um pequeno dispositivo de localização remota no veículo (cujo tamanho é semelhante ao de um maço de tabaco), compatível com os
Com o objectivo de incentivar as compras natalícias no comércio tradicional, a Associação Comercial e Industrial de Coimbra reedita, este ano, o sorteio de Natal a nível distrital. As lojas aderentes oferecem cupões até ao final do ano, habilitando, desta forma, os clientes a um conjunto de prémios. De Coimbra a Mira, passando por Arganil e Penela, são muitos os comerciantes que integram a iniciativa da associação empresarial. Estimular o consumo no comércio local nos vários concelhos que compõem o distrito é o principal desígnio do concurso.
Góis Joalheiro festeja 3.º aniversário
Tânia Nascimento, Paulo Pedro, Magda Gonçalves
são igualmente atracções da pizzaria. Apesar de se associar o vermelho à especialidade italiana, a Calzone tem como cores predominantes o laranja e o verde. A intenção, defende Magda Gonçalves, foi dar mais requinte ao restaurante, que, nota, não deixa de ser de comida rápida. Seguindo, de certo modo, as pisadas do pai, cozinheiro com uma longa carreira, Magda Gonçalves dedica-se agora também a tempo inteiro à arte de cozinhar, virando costas à profissão de cabeleireiro. Com entregas ao domicílio, sem custos acrescidos, nas redondezas da vila (em compras superiores a seis euros, sendo que se o pedido for uma pizza pequena a pizzaria também entrega) e takeaway, a Calzone aposta ain-
da em festas de aniversário, oferecendo o bolo a quem celebre a data nas suas instalações. “No que respeita às entregas, podemos levar tudo o que as pessoas necessitem, desde o prato principal às sobremesas. Só não podemos levar café, porque chegaria frio”, comenta Paulo Pedro, reconhecendo que a adesão dos clientes tem correspondido às expectativas. E nem a actual conjuntura económica é razão para desânimo. É que, salienta Paulo Pedro, “crise há em todo o lado, e se [a abertura] não fosse agora, não era mais. É uma questão de oportunidade”. “Se estamos à espera que as coisas melhorem, não fazemos nada na vida”, considera. Com quatro filhos, um dos quais com 13 meses,
o casal de Soure, já conhecedor do sector, abriu o seu próprio negócio, valendo-se, no entanto, de apoio especializado, de modo a garantir a correcta operacionalidade do restaurante. “Na abertura da nossa casa tivemos uma peça fundamental que foi o meu cunhado, Carlos Pedro, que nos ajudou em tudo. Estou-lhe muito agradecida”, observa Magda Gonçalves, acrescentando que o familiar tem uma longa experiência profissional e, especificamente, na implementação de novos espaços. A pizzaria funciona de segunda-feira a sábado das 10h00 às 23h00, sendo que as entregas ao domicílio decorrem preferencialmente das 12h00 às 14h30 e das 18h00 às 22h30.
Liberty Seguros lança produto dissuasor de carjacking A Liberty Seguros lançou recentemente uma cobertura para proteger os automobilistas de carjacking – roubo violento de veículos na presença do condutor. O Liberty Protecção Plus é uma cobertura opcional integrada no produto Liberty Auto que, mediante um dispositivo electrónico baseado em tecnologia GPS e GSM, permite a localização e
ACIC promove sorteio de Natal
alarmes existentes no mercado. O equipamento está também apto a fornecer ao proprietário informações complementares sobre o estado da viatura. Através de SMS, o dispositivo emite alertas em caso de reboque do veículo, de bateria sem carga ou ser desligada, disparo do alarme do automóvel ou de ser premido o botão de
pânico, havendo ainda a possibilidade de enviar alertas dos excessos de velocidade. No primeiro ano, a cobertura adicional aumenta em 245.13 euros anuais a apólice do seguro, enquanto nos anos seguintes o custo de manutenção é de 13.10 euros anuais. Além de prevenir este fenómeno, o dispositivo
facilita o trabalho das forças de segurança na resolução de casos de furto automóvel. A companhia de seguros estima que dez por cento dos seus clientes de seguro automóvel adiram a esta cobertura extra, com destaque para os proprietários de veículos de gama alta, que são, tendencialmente, os principais alvos deste tipo de furto.
A Góis Joalheiro, à Solum, assinala hoje à noite o 3.º aniversário, com uma festa e uma exposição “única e histórica da Jaeger-LeCoultre”. A mostra apresenta a evolução dos modelos da marca de relojoaria suíça ao longo dos anos, sendo que uma das peças em destaque é o Tubillhon de série limitada. Projectada de forma a rivalizar com as boutiques mais exclusivas do sector, a joalharia de luxo afirmou-se como um espaço ímpar no panorama regional, exibindo na sua montra marcas exclusivas. Na alta joalharia, a empresa representa as marcas Chaumet, H.Stern, Montblanc e Pianegonda, entre outras, enquanto na relojoaria pontuam a Breitling, Baume & Mercier, Cerruti, Dolce & Gabanna, Calvin Klien, Franck Muller, Maurice Lacroix, Raymond Weil, Rocco Barroco, Roberto Cavalli e Tag Heuer, Zenith, entre outras. Com produtos diferenciados, à qual se soma uma agressiva política publicitária, a loja é considerada uma referência no seu segmento, reunindo um extenso rol de marcas de prestígio mundial. Requintado e acolhedor, este espaço comprova que os bons projectos empresariais têm sucesso, independentemente de estarem ou não localizados numa grande área metropolitana. Idealizada por Carlos Góis, a cadeia de lojas Góis, que incluem espaços de joalharia, ourivesaria e relojoaria, é uma das mais dinâmicas do sector.
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“África nossa”?! “Retornados” ? De todo! Contrária e lamentavelmente – de “má memória” – à “exemplar” descolonização (?)! Permitam relembrar aqueles nossos compatriotas que “sobreviveram” estóica e corajosamente à drástica alteração das suas vidas. Uma vez mais, anónimos cidadãos “pagaram” – alguns com o bem supremo, a vida – a falta de visão política dos governantes (?) de então. Singela… mas sentida e merecida homenagem! Aos “Retornados”! Que, refizeram as suas vidas. Com muito sofrimento. Mas, com o espírito que patentearam, onde ajudaram a desenvolver países. Hoje, nações “emergentes”. E, futuros colossos, a breve trecho. Como Angola. Tenhamos orgulho no contributo desses nossos “patrícios”. Vamos “regressar” ! Com muito sofrimento! Com igual mérito! Certos do apoio inequí-
voco dos nossos “irmãos” lusófonos. Que, através das imagens ou relatos que os “media” nos oferecem. Sem complexos – ao contrário de alguns (bastantes) de nós, evidenciam e extravasam emoções, como se tratasse da participação dos seus países de origem. Bem hajam! Pela “lição de lusofonia”... e de patriotismo! Convictos da presença de milhares de cidadãos, nossos irmãos – em particular – de Angola e Moçambique. Nos jogos em que participe a nossa selecção serão dos adeptos mais “fervorosos”. Dos mais “entusiásticos”. Um “trunfo”, que poderá ser decisivo. E, positivamente, “contagiante” nas prestações dos nossos jogadores. Para já não falar do seleccionador. Carlos Manuel Brito Leal Queiroz nasceu em Nampula – Moçambique. A 1 de Março de 1953.
Um “Retornado” que “retorna”! Ele disse que era um sonho que “alimentava”. Concretizou-o! Imaginamos o que lhe vai na “alma”! Regressar como seleccionador de Portugal. Quando muitos não acreditavam nas suas reais e provadas capacidades. A um país que conhece. Vizinho da “sua” Moçambique. Porque não equacionar um primeiro estágio naquele país? Haverá “insuficiências” logísticas inultrapassáveis? Ele e a FPF o saberão. De certo os moçambicanos os receberiam entusiasticamente. Tudo fariam para que “a selecção de todos nós” se sentisse em casa. Porque em casa estariam! Como todos reconhecemos o “factor psicológico” é de crucial importância. Contudo, não é despiciente – bem pelo contrário – as condições de treino, clima e outros inúmeros factores que – de certo – já foram “esmiuçados” pela equi-
pa técnica nacional, superiormente, dirigida por Carlos Queiroz. O desiderato foi atingido com muito “coração”! Todos nós sofremos “a bem sofrer”, como reza o ditado popular. Mas, “os nossos rapazes” – justiça lhes seja feita – tudo fizeram para o merecer. Independentemente, de mais ou de menos “conseguidas” prestações em alguns jogos. Contudo, ninguém mais do que os próprios desejava estar presentes na fase final do Mundial 2010. Por vezes, no fulgor dos jogos, e quando a nossa “malta” não mostrava aplicar-se como desejaríamos (e, os próprios, também) desesperávamos com o desenrolar dos acontecimentos no relvado. Só quem não praticou futebol, pode não entender que – por vezes – quem “anda lá dentro” não se exibe como a sua “performance” o exigiria, por razões que têm a ver com múltiplos factores. Mais! São os primeiros a reconhe-
PEDRO SOUSA LOPES
cer que a exibição não está a decorrer como seria desejável. Que as “as jogadas”, inúmeras vezes “ensaiadas”, não se concretizam. Do “outro lado” também há quem pugne por um resultado positivo. Não esquecer! Não estamos, aqui a fazer a “defesa” dos atletas. Mas, esta é a realidade que alguns de nós tiveram o privilégio de constatar. E, não colhem aqui as “conversas de quadratura circulares ou redondas” – tão recorrentes e maçudas de quem não aprecia o que o Povo gosta – Futebol – “Caritativa condescendência” é o que prescrevemos. Porque importa sermos justos – a história o com-
prova – recordemos que a FPF sob a “batuta” de Gilberto Madaíl conseguiu um feito inédito. Há uma década que “marcamos presença” nas fases finais de Campeonatos da Europa e do Mundo. Vamos à África do Sul! E, temos uma “claque”insuperável. “Os lusófonos” estarão todos a “torcer” por Portugal! Aguardemos pelo sorteio que comporta 32 Selecções! A 4 de Dezembro! Acreditamos em nós – Adeptos e Selecção! No valor do futebol português. REGISTO: Governo proíbe taxas nas operações com cartões Multibanco.
Camada de ozónio, reflexão e atitude A 16 de Setembro foi o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozónio. Esse assunto - que hoje inquieta não apenas os cientistas, mas também as lideranças mundiais - passa pela urgente necessidade de um processo educativo dos povos e de seus comandantes, tendo a vivência do ecumenismo como ferramenta básica. Na revista Globalização do Amor Fraterno, publicação especial da Legião da Boa Vontade para o High-Level Segment 2007, do Ecosoc (ONU),
explico que quando falamos em ecumenismo, queremos dizer universalismo, fraternidade sem fronteiras, solidariedade mundial, visto que entendemos a Humanidade como uma família. E não existe uma só em que todos possuam o mesmo comportamento. Cada um é um cosmos independente, o que não implica que esses “corpos celestes” tenham de esbarrar uns nos outros. Reportamo-nos então ao ecumenismo dos corações, aquele que nos convence a não perder
tempo com ódios e contendas estéreis, mas, como aconselha Jesus no Evangelho, a estender a mão aos caídos, pois se comove com a dor; tira a camisa para vestir o nu; contribui para o bálsamo curativo do que se encontra enfermo; protege os órfãos e as viúvas; sabe que a educação com espiritualidade ecuménica tornar-se-á cada vez mais fundamental para o progresso das gentes, porque ecumenismo é educação aberta à paz; para o fortalecer de uma nação (não para que domine as ou-
tras); portanto, o abrigo de um país, qualquer que o seja, e a conservação do orbe, que nos agasalha como filhos nem sempre bem-comportados. Basta lembrar o lamentável fenómeno do aquecimento global, a cada dia denunciado pelas maiores cabeças pensantes do mundo.
Sinais no céu Quando o lindo céu aberto de Brasília, capital do Brasil - e põe lindo nisso - não é suficiente para dissipar toda a poluição, significa que os pulmões de nossos jovens e crian-
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Preceito
JOSÉ DE PAIVA NETTO *
ças pedem socorro. O aumento da frota na capital da República é tema que preocupa bastante povo e autoridades, conforme o estudo do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental da Universidade de Brasília, realizado, há alguns anos, sob a batuta do químico Marcus Porfírio. Igualmente é preciso impedir que continuem, em determinados casos, usando mal o Cerrado. Sabemos que alteração no ecossistema provoca desequilíbrio que em geral é depois corrigido pelo bisturi dos fenómenos catastróficos, com as consequências funestas a que assistimos.
Daí o alerta feito no último dia 10/9 pelo ministro brasileiro Carlos Minc, reproduzido pela Agência Brasil: “Há dez anos, segundo nossos dados, tanto na Amazónia como no Cerrado eram desmatados 20 mil quilómetros quadrados por ano. Felizmente conseguimos, por meio dos programas tocados pelo governo, reduzir pela metade o desmatamento no bioma amazónico. A má notícia é que ainda não conseguimos fazer isso pelo Cerrado”.
(*) Presidente da Legião da Boa Vontade, jornalista, radialista e escritor
750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares
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P A N O R A M A
Roteiro d a memória Neste peregrinar aparentemente inglório, quase terrífico, que nos leva a tentarmos o reencontro com o passado, sentimos o corroer tumultuoso da saudade, que aqui e além nos mostra as faces carcomidas do tempo, com os sulcos que a água do sofrimento foi cavando ao longo das muitas e tempestuosas invernias, dilacerando as almas, os corações e o físico. E no turbilhão já bem profundo que a torrencial cachoeira vai transformando em angústia, produzindo um misto de alegria e tristeza, parece-nos visionar António Nobre, erguendo-se, ecléctico, da sua necrópole, com o lábaro da SAUDADE – é o título do poema – para cantar em melodiosa recitação: “Saudade, saudade, palavra tão triste, E ouvi-la faz bem! Meu caro Garrett, tu bem na sentiste, Melhor do que ninguém! Saudades da virgem de ao pé do Mondego Saudades de tudo Ouvi-las caindo da boca dum Cego, Dos olhos dum Mudo!” É este prazer agridoce que nos alenta, que nos mitiga a dor oculta, quando observamos, bem de perto e com alguma inquietação, o cavalgar apressado da vida para o final da etapa, bem lembrado por Sérgio Godinho, na sua canção – “Hoje é o primeiro dia do fim da tua vida”… Apesar de tudo e não obstante algum fátuo de optimismo, como emblemática beleza interior, o mundo vai
R E F L E X Õ E S
mostrando a turbulência nefasta dos maus costumes, que hipotecam as consciências, já muito conspurcadas com o vilipêndio da sua conduta. Há crianças que quase a partir do berço são submetidas ao criminoso holocausto provocado por gente sem carácter, sem sensibilidade, sem coração, vocacionada apenas para perpetrar o crime nas vidas que, indefesas, estão a despontar. Entre os milhares destes pequeninos seres, há uma percentagem bem significativa a quem foi roubado o tempo de poderem usufruir do seu tempo de crianças, num latrocínio cruel, feroz e criminoso. Perante este quadro de baixos procedimentos, Augusto Gil interroga-se: “Que quem já é pecador Sofra tormentos, enfim… Mas as crianças, Senhor? Porque lhes dais tanta dor? Porque padecem assim?” No abraçar da cruz da Redenção nem sempre o acto de crença na Eternidade está compatível com a prática diária, que contempla integridade, fraternidade, amor. António Aleixo, atento a estas fraquezas humanas, não deixa de lançar a sua crítica, actual, mordaz: “Encara os crentes com calma, Se rezam, deixa-os rezar. Quem não sente Deus na alma, Adora o Deus do altar”.
S O B R E
A
F R E G U E S I A
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ANÍBAL DUARTE DE ALMEIDA
Até na política somos confrontados com os messias ocasionais, os falsos profetas, os fazedores de promessas que cultivam a ficção como expoente máximo da sua habitual maneira de estar e de agir, impingindonos normas de conduta, ao arrepio da competência, da honestidade, da sensatez. Também neste campo, Aleixo não perdoa: “Há tanto burro mandando Em gente com inteligência, Que às vezes fico pensando Se a burrice é uma ciência” O nosso Luís de Camões, actualizadíssimo como os versículos dos Evangelhos, também dá a sua achega neste confuso labirinto da vida: “Continuamente vemos novidades, Diferentes em tudo da esperança; Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem, se algum houve, as saudades”.
B O T Ã O
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A Irmandade e Misericórdia de S. Mateus Foi, durante séculos, uma das mais actuantes e poderosas instituições de assistência social da região de Coimbra, com sede em Botão. Com marcada actuação na área Norte do actual município, andava relacionada de perto com um hospital, uma mais-valia da então pujante Vila de Botão. Desconhece-se a data da sua fundação mas chegou a ter mais de 150 irmãos, constituindo uma forma de poder paralela ao concelhio. As suas principais funções eram, naturalmente, as de apoio social e, em especial, as de natureza religiosa, cuidando e amparando os seus irmãos. Herdando no nome a intensa devoção da área em louvor do apóstolo e evangelista S. Mateus, que remonta pelo menos ao séc. XII (!) teria, certamente, um significativo peso na gestão cultual da
Igreja Matriz de que era braço e pilar aos olhos das classes sociais. Quando tomei contacto com os principais representantes desta irmandade, no princípio deste século, a instituição vivia tempos complicadíssimos. Desejava crescer, estender o seu raio e campo de acção, mas a realidade mostrava uma instituição pouco menos que moribunda: os irmãos pouco passavam de uma dezena, o dinheiro não abundava, haviam perdido direito a rendas e benefícios, a sua sede precisava de obras urgentes. Passaram alguns anos e, felizmente, que a irmandade dá mostras de regeneração: já são mais de 40 os irmãos oriundos de Botão, Outeiro, e Mata de S. Pedro; a sede localizada na antiquíssima casa de S. Mateus tem já projecto de recuperação
em marcha; o diálogo com a União das Misericórdias Portuguesas e com a Misericórdia de Coimbra tem sido intenso e, aos poucos o dinheiro tem permitido sonhar o futuro, para alegria dos seus membros. Infelizmente tardará a concretização de uma velha aspiração; o de se tornar uma IPSS. Contudo e ao abrigo da lei existente tem prestado valiosos serviços à comunidade, a maioria de índole social e de acordo com a sua natureza estatutária, sendo de destacar o apoio aos irmãos acamados. Conservaram-se alguns documentos da sua actividade que estão na posse da irmandade e ao cuidado esmerado e zeloso do seu proeminente irmão, o Sr. Fernando Baptista, residente em Botão. Embora não tenha grandes estudos ou formação
compreende uma coisa que muita gente, bem formada, não consegue atingir, por falta de inteligência ou por interesse: o valor do documento histórico, pelo que trata deles como se de pessoas fosse. Bem haja! Por preocupação histórica, desejei há algum tempo rever os livros que registam a actividade da irmandade. Pela mão do Sr. Baptista pude satisfazer a vontade: mais de 10 livros, seiscentistas e oitocentistas, destinados a diversas funções: de receita e despesa, de estatutos, de arrolamento de irmãos, de crédito – tudo bem conservado como os havia visto há quase 10 anos atrás. Informações e elementos que mereciam um estudo aprofundado, vertido num pequeno livrinho, em complemento do outro que escrevi. Nessa obra do fu-
JOÃO PINHO *
turo talvez se conseguisse descortinar a sua história: origens, património, estrutura social, evolução estatutária, obrigações, deveres e direitos. De facto e de um modo geral, está por estudar a real importância destas instituições até no âmbito regional, sabendose por exemplo do grande poder económico que dispunham, detentoras de amplo património fundiário, capazes de rivalizar com igrejas, mosteiros e particulares. Pelo que sabemos, as irmandades, tal como as confrarias, funci-
onaram também como autênticos sistemas bancários, promovendo o crédito a juros diversos, o empréstimo de capitais, ou o aforamento de propriedades. Fruto de diversas convulsões o seu património foi desaparecendo e apenas um eucaliptal é actualmente ténue luz da riqueza de outrora. Aguardo serenamente que a instituição continue a crescer e se torne um dos pilares sociais da freguesia de Botão, readquirindo o brilho que os seus pergaminhos merecem. (*) Historiador
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A média etária para a Taça da Liga 1. No final do jogo entre o Portimonense e a Académica/OAF, a contar para a terceira jornada da segunda fase da Carlsberg Cup, Grupo A, ambas as equipas festejaram a passagem à fase seguinte da Taça da Liga. Porém, na noite de 12 de Novembro, a Liga Portuguesa de Clubes de Futebol Profissional divulgou no seu sítio em notícia, não em comunicado oficial, que a classificação do referido Grupo A é a seguinte: 1º. Portimonense, 2ª. Académica/OAF e 3º. Beira-Mar (os três clubes com dois jogos e dois pontos). Para tanto, refere essa notícia, considerou a Liga a seguinte “média etária dos jogadores utilizados durante a segunda fase”: Portimonense: 24,556; Académica: 24,682; Beira-Mar: 25,474. Refere, ainda, que esses valores foram obtidos de acordo com o critério previsto no artigo
7º., número 03, 3º., do Anexo III ao Regulamento de Competições da Liga, sendo o desempate encontrado “pela média etária mais baixa dos jogadores utilizados durante a respectiva fase”. Consultado o Regulamento de Competições da Liga, nomeadamente o artº. 7º. do Anexo III (Carlsberg Cup), nada mais nos diz a respeito do modo como se obtiveram os valores mencionados na notícia inserida no sítio daquela entidade. Porém, a Imprensa refere valores diferentes, não coincidentes com as contas da notícia da Liga, indicando três modos diferentes de fazer as contas, quais sejam: - o primeiro método consiste em considerar apenas a idade do futebolista utilizado, independentemente do número de jogos que realizou, bem como do tempo de jogo efectivamente praticado por ele nos desafi-
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os em que participou, pelo que, no caso de futebolistas que actuaram em mais de um jogo, ou mais tempo de jogo, apenas se considera essa idade inicial e por uma vez na determinação da média etária; - o segundo método consiste em considerar as idades dos jogadores o número de vezes correspondentes ao número de jogos por eles disputasos, pelo que tendo actuado o futebolista nos dois jogos deve a respectiva idade ser considerada duas vezes na determinação da média etária, dividindo-se a soma total pelo número de parcelas consideradas; - o terceiro método consiste em considerar as idades dos futebolistas multiplicadas pelo número de minutos por eles jogados no conjunto dos dois desafios em que o seu clube participou, dividindo-se a soma final pela número total de jogadores utilizados. Como resolver este caso, sendo certo que o Regulamento mencionado também não permite que a dúvida seja desfeita por deliberação da autoridade administrativa competente, no caso, a Direcção da Liga, pois não lhe atribui poder para decidir os casos omissos? 2. O critério expresso naquele artº. 7º. é, desde logo, manifestamente incoerente, quando confrontado com os anteriores critérios de desempate, pois manda atender a valores estranhos às incidências do jogo, sendo nessa medida tão racional como o critério da moeda ao ar. Além disso, na definição do método de execução desse critério de desempate, deve sublinhar-se que o mesmo deve ser determinado ou determinável antes da realização dos jogos e independentemente do modo como os mesmos decorreram ou dos jogadores que foram utilizados, para se não cair no defeito, tão habitual dos concursos da Função Pública em que as pontuações são definidas depois de conhecidos os concorrentes.
Fica patente pela redacção deste critério de desempate que a sua razão determinante é favorecer a utilização de jogadores mais novos em toda a fase, ou seja, nos dois jogos da mesma fase que cada um dos clubes tem de disputar, pelo que a forma de cálculo que mais se aproxime das intenções do regulamento será a que expresse mais seguramente a utilização frequente de jogadores jovens do que a utilização pontual e durante escasso tempo de jovens futebolistas só para fazer número. Neste último caso estar-se-á perante aquilo que os juristas designam genericamente de “fraude à lei”. 3. No caso concreto, a fórmula de determinação da “ média etária mais baixa dos jogadores utilizados durante a respectiva fase” permite, à partida, e em teoria, que sejam consideradas 22 ou 28 parcelas, pois é possível em dois jogos utilizar 22 jogadores e mais seis suplentes (todos diferentes). Para quem pretenda ser mais rigoroso, essas parcelas serão constituídas pelo produto da idade dos futebolistas utilizados em cada jogo mediante multiplicação pelos minutos que os mesmos jogaram em cada desafio. Por outro lado, a razão determinante do mencionado critério é favorecer a utilização de jogadores mais novos em toda a fase, ou seja, nos dois jogos da mesma fase que cada um dos clubes tem de disputar, pelo que a forma de cálculo que mais se aproxima das intenções do regulamento será seguramente mais aquela que favoreça a utilização frequente de jogadores jovens do que a utilização pontual e durante escasso tempo de jovens futebolistas só para fazerem número. Além disso, existe a questão de saber que idade considerar quando um futebolista completar mais um ano de vida entre os dois jogos, ficando sem se saber qual a idade a considerar (se a
JOSÉ SAMPAIO E NORA (*)
do primeiro jogo se a do segundo).
Liga “legisla” muito mal 4. Parece que, para a Liga, segundo o discurso de um Orlando de Carvalho, jurista da mesma, cada futebolista utilizado apenas entra nas contas do cálculo da média etária um única vez, mesmo que tenha sido utilizado nos dois jogos, pelo que estão em plano de igualdade, para esse efeito, as idades de futebolistas, por exemplo de 19 anos, quer tenham sido utilizados o tempo todo nos dois jogos, quer tenham apenas jogado um minuto num deles. É por demais evidente que a aplicação deste critério é manifestamente defraudante do espírito e da intenção do regulamento, pelo que não pode ter estado na mente do “legislador” a aplicação deste critério, pois assim o incentivo à utilização de futebolistas jovens não existe e permite a “fraude” na utilização de jogadores jovens, apenas para fazer média. Acresce que, pela aplicação deste critério, fica por resolver a idade a considerar do futebolista que completou mais um aniversário entre os dois jogos, se a idade que tinha no primeiro jogo, se a idade que já tinha no segundo. 5. Ora, no caso de serem consideradas todas as utilizações de futebolistas nos dois jogos, quer pela aplicação do segundo, quer pela aplicação do terceiro dos métodos indicados, não existem as objecções que se deixam expostas, pois considerar-se-iam as idades efectivas de todos os futebolistas uti-
lizados no primeiro jogo e as idades efectivas de todos os jogadores utilizados no segundo desafio. Assim, favorecer-seia a utilização de jogadores jovens, que é o objectivo do critério de desempate referido e evitarse-iam dúvidas quanto às idades a considerar no cálculo da média etária, pelo que o futebolista que, entretanto, completasse mais um ano entraria nesse cálculo com a idade mais baixa no primeiro jogo e a idade mais alta no segundo. 6. Verifica-se, assim, que só com a aplicação dos dois últimos métodos enunciados de cálculo da média etária, ou seja, considerando na determinação da “média etária mais baixa dos jogadores utilizados durante a respectiva fase” as idades efectivas de todos os jogadores utilizados no primeiro jogo e as idades efectivas de todos os jogadores utilizados nos dois jogos se obterá um valor real e isento de fraudes, bem como se dará melhor cumprimento aos objectivos pretendidos com a enunciação do mencionado critério de desempate extradesportivo no regulamento da Carlsberg Cup. Essa aproximação da intenção do legislador desportivo ainda será mais evidente se considerarmos o tempo em que cada jogador foi utilizado nos dois jogos, pois assim, é mais rigorosa a determinação de quem utilizou futebolistas mais jovens. 7. Deste modo, não podemos deixar de concluir que a Liga está mal assessorada, mas sobretudo “legisla” muito mal, no que, aliás, não destoa da prática correspondente do poder político.
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Museu da Ciência da UC
Laboratorio Chimico ganha prémio de arquitectura O projecto de reabilitação do Laboratorio Chimico, que actualmente acolhe o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra, ganhou o Prémio de Arquitectura ENOR Portugal. O trabalho dos arquitectos João Mendes Ribeiro, Carlos Antunes e Désirée Pedro foi premiado na categoria “Portugal” do galardão ibérico, ex-aequo com os arquitectos responsáveis pelo projecto do Mercado da Comenda, no Alentejo.
“É uma grande satisfação para mim e para toda a equipa do Museu da Ciência ver reconhecida a qualidade arquitectónica do projecto através de mais um prémio, desta vez internacional, de arquitectura”, sublinha o director do Museu da Ciência da UC. Segundo Paulo Gama Mota, os arquitectos “souberam interpretar, com grande inteligência e sensibilidade, o valor cultural que o edifício representa - trata-se do mais antigo laborató-
rio-edifício de química do mundo - e a necessidade de lhe atribuir uma nova valência, em que o ambiente de contemporaneidade deveria estar bem patente”. “O projecto de reabilitação do Laboratorio Chimico implicou um desenho disponível para o inesperado. Neste projecto, afastámo-nos do simples confronto entre passado e o presente, reforçando a ideia de um tempo híbrido, e estabelecendo uma síntese entre tradição e moderni-
dade, explica João Mendes Ribeiro. Segundo o arquitecto, o Prémio ENOR é de “grande interesse” para Portugal, porque “constitui uma das poucas oportunidades” de darem a conhecer os seus trabalhos. “Os projectos apresentados a concurso, tal como nas edições anteriores, são de qualidade, onde se percebe que os autores estão preocupados com a profissão e com as respostas às necessidades da sociedade actual”, acrescenta.
O antes e o depois da recuperação, num projecto de João Mendes Ribeiro, Carlos Antunes e Désirée Pedro
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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 147 Tema de hoje – TEMPO
SETE PALAVRAS RELACIONADAS COM TEMPO
Utilizando todas as sílabas constantes do “quadro”, formar seis palavras relacionadas com Tempo.
HORIZONTAIS 1 – Tempo. Tempo. Tempo. 2 – Soletrei. Tempo. Tempo. Prefixo de negação. 3 – Nome da letra n ou N (pl). E também não. 4 – Voz do gato. A unidade. Ofereça. Reze. 5 – Servem (um cliente). Tempo. 6 – Desumano. Adiciones. 7 – Sufixo de sentido de natureza de. Nome próprio feminino. O antigo. 8 – Poeira. Nascente de água. Escavar. Dois (numeração romana). 9 – Tempo. Perfume. Sente tonturas. VERTICAIS 1 – Tempo. Associação de Professores de História (abr). 2 – Aproximadamente. Iva-mostarda. Berço. 3 – Tempo. 4 – Orçamento Geral do Estado (abr). Incense. 5 – Breviário. 6 – Região. 7 – Voz. Bater. 9 – As. Colorido. 10 – Tempo. 11 – Peçonha. 12 – Escola Superior de Educação (abr). Osso longo do braço. 13 – Peça de mobília. 14 – Tio. Rente. Continuar. 15 – Tempo. Tempo.
Corrigenda
PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de MED-VET; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 139: José Horácio Barata Lourenço, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; e Ravindracumar Quessaugy, de Coimbra, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.
Prémios especiais de Natal Conforme anunciámos anteriormente, sortearemos entre os concorrentes aos nossos passatempos deste mês de Novembro, 10 exemplares da valiosa e útil “Agenda Doméstica 2010”, que enviaremos aos contemplados na semana que antecede o Natal. Estejam atentos!
ENIGMA FIGURADO
No cruzadas n.º 146/ A, Hor. - 2, leia-se: Vadiagem. Ocasião imprevista. 3 – Símbolo de ouro. Marcador de bilhar. Transitivo (abr). Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.
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PROBLEMA N.º 147/A
HORIZONTAIS 1 – Silenciar. Naquele lugar. 2 – A seguir. Sacrificam. 3 – Arrás. Tornar doce. 4 – Conduzir. Antepassado. Elas. 5 – Cama tosca e pobre. Aspecto. Muar. 6 – Inclusive. Forma reduzida de senhor. 7 – Cevado. Saudável. Enganei. 8 – Nome de letra. Qualquer navio. Noventa e nove romanos. 9 – Nome próprio masculino (pl). Nome próprio masculino. 10 – Respeitos. Que não está escrito. 11 – Servir de modelo. Ligara. VERTICAIS 1 – Ridículo. Armada Portuguesa (abr). 2 – Magnificência. Fama. 3 – Os. Até. Nome próprio masculino. 4 – Corifeu. Porte. Bando. 5 – Fruto da aveleira. Opinião política. 6 – Passado. Eu. 7 – Senhor. Alminhas. 8 – Esfregar com as unhas. Nós. Obrigações do Tesouro (abr). 9 – Ondas. Símbolo de estanho. Fúria. 10 – Pátria. Ocasionar. 11 – Símbolo de amerício. Que tem pescoço dourado.
SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.º 139: Horizontais – 1 – cadeira, armário. 2 – anil, banco, mesa. 3 – móvel, Lua, calos. 4 – anã, ou, sa, ali. 5 – a, bus, ona, a. 6 – p, lava, fada, a. 7 – opinara, capital. 8 – lá, CI, vir, ed, má. 9 – orla, coxim, ares. Verticais – 1 – cama, polo. 2 – anona, par. 3 – divã, li, l. 4 – ele, banca. 5 – i, louvai. 6 – rb, usar, c. 7 – aal, avó. 8 – nu, IX. 9 – aca, cri. 10 – ró, sofá, m. 11 – m, canapé. 12 – ama, adida. 13 – rela, at, r. 14 – isola, ame. 15 – oási, alas. Problema n.º 139/A: Horizontais – 1 – fraca, édito. 2 – l, remeter, u. 3 – ás, mover, ar. 4 – mar, ror, ano. 5 – ares, s, tris. 6 – avós, moam. 7 – odes, g, miar. 8 – dás, mal, sia. 9 – os, betas, si. 10 – r, pêsames, a. 11 – aroma, áreas. Verticais – 1 – flama, odora. 2 – r, saradas, r. 3 – ar, revés, pó. 4 – cem, sós, bem. 5 – amor, s, mesa. 6 – evos, gata. 7 – éter, m, lama. 8 – der, tom, ser. 9 – ir, arais, sé. 10 – t, animais, a. 11 – ouros, raia. Cinco móveis: Poltrona, roupeiro, toucador, cómoda, escabelo. Enigma figurado: Cair da cama.
CIÊNCIA Projecto da FCTUC vence Prémio BES Inovação
Tecnologia prevê ataques cardíacos O protótipo de um sistema inovador, a nível internacional, de monitorização dos cuidados intensivos dos hospitais, é o grande vencedor da 5.ª edição do Prémio BES Inovação, no valor de 85 mil euros. Testado e validado cientificamente, foi já criada uma “spin-off” da FCTUC, a FeedZai Lda., para avançar para prototipagem industrial e comercialização do SICU. Desenvolvida pelos investigadores Pedro Bizarro e Diogo Guerra, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), o protótipo não
só venceu na categoria de Tecnologias de Informação e Serviços, como também arrebatou o Grande Prémio Nacional. Prever, com 24 horas de antecedência, a ocorrência de um ataque cardíaco indicando, em simultâneo, os factores que mais estão a contribuir para que tal aconteça (níveis potássio ou magnésio, plaquetas, etc.) e sugerindo medidas preventivas, é uma das grandes inovações da tecnologia SICU, desenvolvida no âmbito do projecto europeu BICEP: Benchmarking Complex Event Processing Systems, em parceria
com investigadores da Oracle Corporation, University of Utah Medical Center e Whitehead Institute/MIT Center for Genome. Por outro lado, o sistema fornece alertas clínicos personalizados por doença, por idade e por paciente, entre outras variáveis, e está dotado de sistemas inteligentes que reduzem a geração de falsos alarmes, o que não acontece com o equipamento disponível no mercado. “Os actuais sistemas de monitorização não reúnem informação em tempo real e a configuração de regras é muito escassa, gerando um
elevado número de falsos alarmes (por e.g., se o doente se mexe bruscamente, é gerado um alarme), que acabam por ser ignorados. Todos os anos milhares de pacientes internados nos cuidados intensivos sofrem enfartes agudos do miocárdio apesar de estarem ligados a sistemas de monitorização contínua”, observa Pedro Bizarro. Outro grande avanço obtido com o SICU é a sua flexibilidade. Foi concebido para ser facilmente manuseado e re-configurado pelos médicos e enfermeiros. Ao ter acesso a toda informação
do paciente, em tempo real (ritmo cardíaco, pressão arterial, temperatura e mesmo informação sobre testes laboratoriais), os profissionais de saúde podem criar alertas personalizados. “O sistema permite ser configurado para usar alarmes para pacientes idosos ou jovens, homens ou mulheres, ou ter regras específicas por paciente, por pares pacientemédico, para todos os pacientes de um médico, ou por protocolo de internamento”, exemplifica o investigador. Cientificamente, chegar a esta solução tecnológica, que já está em fase piloto, foi ex-
tremamente difícil porque, explica o docente da FCTUC, “estamos a falar de eventos altamente dinâmicos, em que podem ocorrer inúmeros por segundo. Tivemos de identificar e ultrapassar vários problemas técnicos como a gestão de prioridades de regras ou a escolha da representação de dados que mais facilmente permite criar regras. Integrar diversas plataformas e vários modelos e encontrar uma linguagem capaz de gerir e actualizar, em tempo real, o estado dos pacientes monitorizados foi extremamente complexo”.
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DESPORTO
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Palpitando
Regressam as emoções da Liga A Liga profissional de futebol está de regresso, no próximo fim-de-semana – e com o “escaldante” jogo Sporting-Benfica –, após uma pausa que proporcionou muitas emoções a outros níveis. A selecção
PALPITANDO
tarem a Académica, União de Leiria e o Leixões. O Guimarães pôs o Benfica de fora, o Sporting passou após um susto inicial e o jogo Oliveirense-Porto ficou adiado devido ao mau estado do campo. Registe-
nacional qualificou-se para o Mundial de 2010, na África do Sul, e realizouse a quarta eliminatória da Taça de Portugal. BeiraMar, Freamunde e Aliados do Lordelo foram os “tomba gigantes”, ao afas-
MÁRIO CAMPOS
FRANCISCO ANDRADE
JOSÉ ALBERTO COELHO
JOSÉ M. PUREZA
se que a Naval prossegue (3-2 ao Gil Vicente), assim como o Belenenses, Mafra, Chaves, Pinhalnovense, Camacha, Freamunde, Paços de Ferreira, Rio Ave, Nacional e Braga. O calendário da 11.ª
JOSÉ M. CANAVARRO
CARLOS ENCARNAÇÃO
ÁLVARO AMARO
jornada é o seguinte: sexta-feira, dia 27 – Olhanense-Guimarães, às 20h15 (SportTv); sábado, dia 28 – Sporting-Benfica, às 21h15 (SportTv); domingo, dia 29 – Académica-Setúbal, Nacional-
MÁRIO NOGUEIRA
MIGUEL CORREIA
FÁTIMA RAMOS
Naval e Paços de Ferreira-Leixões, todos às 16h00, Belenenses-Marítimo, às 18h00 (SportTv), Porto-Rio Ave, às 20h15 (RTP1); segunda-feira, dia 30 – Braga-Leiria, às 20h15 (SportTv).
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Campeonatos absolutos de piscina curta
Final da Góis Golf Cup 2009
Torneio teve 73 duplas de jogadores Realizou-se no passado sábado, na Academia de Golfe da Quinta das Lágrimas, em Coimbra, a última prova da Góis Golf Cup 2009, uma competição que também teve o campo da Curia como palco e que se desenrolou ao longo do ano, num total de sete provas, tendo sido jogada na modalidade de pares (na versão Texas Scramble) e contado com a participação total de 73 duplas. No último torneio sagraram-se vencedoras a dupla Mário Filipe/Hugo
Espírito Santo (Gross) e Henrique Faria/Ricardo Leal Jr. (Net). Quanto à classificação final da “Góis Golf Cup 2009”, os resultados foram os seguintes: 1.º lugar Gross, Mário Filipe/Hugo Espírito Santo; 1.º lugar Net, Filipe Pires/Miguel Costa; 2.º lugar Net, Abel Lopes/João Cerejo; 3.º lugar Net, Henrique Jorge/ António Pinho Figueiredo. Todas estas duplas foram presentadas com valesoferta das Lojas Góis Joalheiros. A cerimónia de entre-
ga dos prémios teve lugar no Hotel Quinta das Lágrimas, tendo Carlos Góis agradecido a todos os jogadores a participação neste importante torneio e anunciado a nova prova “Góis Golf Cup 2010”. Também João Serpa Oliva, presidente da Direcção do Clube de Golfe da Quinta das Lágrimas, reconheceu o êxito desta iniciativa desportiva, congratulando as Lojas Góis Joalheiros pelo empenho que vêm dedicando a esta modalidade.
Náutico dominou regionais O Clube Náutico Académico - Matobra foi o grande vencedor dos Campeonatos Regionais Absolutos de Piscina Curta, competição realizada no passado fim-de-semana no Complexo de Piscinas Rui Abreu, em Coimbra, e que contou com a presença de sete equipas e perto de 200 atletas. Esse domínio ficou desde logo marcado pela vitória em 42 das 44 provas que compunham o programa, pela vitória em todas as 10 provas de estafeta realizadas e ainda pelo facto de em 13 das 34 provas individuais ter ocupado todos os lugares do pódio. No total os nadadores do Náutico - Matobra somaram
85 pódios conquistados, distribuídos da seguinte forma: 42 primeiros lugares, 25 segundos lugares e 18 terceiras posições, ou seja, mais de 65% dos pódios da competição. Em termos de marcas realizadas, o clube estabeleceu mais sete novos recordes regionais, sendo dois deles absolutos: Miguel Oliveira na prova de 400 metros Estilos com um novo recorde regional sénior, e as estafetas de 4x100 e 4x50 metros estilos masculinos (Pedro Conde, João Viola, Miguel Oliveira e Rui Fonseca), ambas com recordes seniores e absolutos, bem como as estafetas de 4x100 e 4x200 metros Livres
(Miguel Oliveira, Rui Fonseca, Jorge Mendes e Pedro Conde) com novos máximos regionais seniores. No sector feminino foram campeãs regionais as atletas Solange Azevedo (6 títulos), Raquel Gaio (4 títulos), Maria Inês Ribeiro (3 títulos), Maria Miguel Veloso (9 títulos), Gabriela Andrade (7 títulos), Carolina Martins (5 títulos) e Adriana Lopes (2 títulos), enquanto no sector masculino conquistaram títulos os nadadores Rui Fonseca (6 títulos), Bruno Amaral (2 títulos), João Viola (4 títulos), Jorge Mendes (7 títulos), Pedro Conde (6 títulos) e Miguel Oliveira (11 títulos).
No dia 1 de Dezembro
Adémia com final de basebol
João Serpa Oliva (ao centro) e Carlos Góis (à direita) distribuíram os prémios e sublinharam o êxito da competição
Na próxima terça-feira, dia 1 de Dezembro, o Campo Ramos de Carvalho da Associação Desportiva e Cultural da Adémia, em Coimbra, irá ser o palco da final de basebol juniores/cadetes masculino e da final de softbol feminino. Os jogos, dirigidos pelo árbitro internacional Gonçalo Agreira, são promovidos pela Associação Desportiva e Cultural da Adémia e pela Escola Secundária José Falcão
de Coimbra e decorrerão pelas 14h30 (masculinos) e pelas 16h30 (femininos). O primeiro campeonato de basebol no escalão juniores/cadetes aconteceu em 1993, durante o encontro nacional, defrontando-se na final os Juniores Stars de Lisboa e os Pioneiros do Seixal, com o triunfo da equipa da capital. Ao nível do softbol feminino, o primeiro registo de um jogo consta
no ano de 1993, igualmente durante o primeiro encontro nacional, sendo ganho pelas Lisbon Casuals de Cascais. A secção desportiva de basebol e de softbol da Associação Desportiva e Cultural da Adémia, fundada a 18 de Abril de 2009, conta com um conjunto de rapazes e raparigas que tem treinado todas as sextas-feiras e sábados uma das modalidades mais praticadas nos EUA.
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Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...
Académica - V. Setúbal Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com
Relato: Luís Carlos Melo Comentários: Francisco Andrade
ABC
DOMINGO, DIA 29, ÀS 16H
CULTURA
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Coimbra acolhe ciclo de concertos de Natal Grupos corais, folclóricos e etnográficos de Coimbra, a que se associa, pela primeira vez, um grupo de fados, integram o tradicional ciclo de concertos de Natal promovido nesta época pelo departamento de Cultura da Câmara Municipal de Coimbra. A Igreja de Santo António dos Olivais acolhe amanhã, a partir das 21h00, um concerto pelo Rancho Folclórico Estrelas do Cabouco, Rancho Folclórico e Etnográfico da Associação Cultural de Cova do Ouro e Serra da Rocha e Grupo Etnográfico de Danças e Cantares de Assafarge. No sábado, a partir das 21h00, o ciclo musical dedicado à temática natalícia prossegue na Igreja do Carmo, com um espectáculo pelo Coro dos Pequenos Cantores de Coimbra, Coro do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra, Choral Poliphonico de Coimbra e Coro da Capela da Universidade de Coimbra. Todos os concertos têm entrada gratuita.
Telas inéditas de Rui Cunha em exposição No próximo sábado, é inaugurada na galeria municipal de Montemor-o-Velho uma exposição de pintura da autoria de Rui Cunha. Natural da freguesia da Carapinheira, o artista plástico apresenta sete obras inéditas, que integram um conjunto de trinta telas. A exposição, de entrada livre, pode ser visitada até ao dia 23 de Dezembro, de segunda a sexta-feira (14h00 às 17h30) e aos sábados (15h00 às 18h00).
Carminho apresenta álbum de estreia na Fnac
Barretto, no tema “Espelho Quebrado”. Filha da fadista Teresa Siqueira, Carminho tinha apenas 12 anos quando se estreou a cantar em público, no Coliseu de Lisboa. Seguiu-se a presença regular na Taverna do Embuçado, em Alfama, e, dessa forma, o contacto com Beatriz da Conceição, Fernanda Maria, Alcindo Carvalho, Paquito e Fontes Rocha, grandes figuras do fado que lhe permitiram absorver a verdadeira essência deste género musical. Nos últimos anos, além da participação em vários discos, destaca-se ainda a sua presença no filme “Fados” de Carlos Saura e o prémio “Revelação Feminina”, atribuído pela Fundação Amália Rodrigues.
FESMUC com recital de canto e piano
“Fado”, disco de estreia de Carminho, é apresentado hoje à noite, pelas 22h30, na Fnac do Fórum Coimbra. Editado pela EMI Music Portugal e produzido por Diogo Clemente (que acompanha a cantora à viola de fado), o álbum conta com as participações de Ricardo Rocha, José Manuel Neto, Bernardo Couto e Ângelo Freire na guitarra portuguesa. Nos 14 fados que compõem o disco, há igualmente a viola-baixo de Marino de Freitas e a participação especial do contrabaixista Carlos
No âmbito do Festival de Música de Coimbra (FESMUC), o tenor Mário Anacleto e o pianista Gustaaf Van Manenn apresentamse hoje à noite, pelas 21h30, na Casa da Cultura, para um recital com obras dos compositores Piotr Ilich Tchaikovsky, Sergei Rachmaninoff e Richard Strauss. O espectáculo faz parte do ciclo “As Quintas do Festival” e tem entrada gratuita.
José Maria Bustorff expõe no Edifício Chiado “Não pinto por pintar, mas sim por aventurar, mergulhar, arriscar. Não sou um conta histórias, sou um artesão e coreógrafo, a passo com a música”. Eis como o pintor José Maria Bustorff define a sua criação artística, reflexo de uma atitude pe-
rante a vida concebida à luz de um permanente processo de investigação e inovação. Representativa da obra criada entre 2002 e 2009, é inaugurada hoje, no Edifício Chiado, em Coimbra, pelas 17h30, uma exposição deste artista que pode ser visitada até ao dia 16 de Janeiro.
Fotografias de Paulo Madeira e Pedro Gonçalves em exposição A galeria Pinho Dinis, na Casa da Cultura de Coimbra, tem patente ao público até ao dia 19 de Dezembro uma exposição de fotografias da autoria de Paulo Madeira e Pedro Gonçalves. A mostra, intitulada “Sentir”, pode ser visitada de segunda a sexta-feira (9h00 às 19h30) e aos sábados (13h30 às 19h00).
Vozes femininas e The Legendary Tigerman Femina” é um álbum que explora um novo alterego do The Legendary Tigerman. Ao vivo na Fnac Coimbra, amanhã, pelas 22h30, é tempo de conhecer esta faceta de Paulo Furtado, à qual se juntou um punhado de vozes femininas tão diferentes como inconfundíveis. Depois de “Masquerade” e “Naked Blues”, o mais recente trabalho discográfico do The Legendary Tigerman conta com as colaborações de algumas vozes femininas de eleição, como é o caso de Asia Argento, Peaches, Lisa Kekaula (BellRays), Becky Lee, Phoebe Killdeer, Rita Redshoes, Claúdia Efe (Micro Audio Waves), Cibelle e Maria de Medeiros.
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As partidas que a Internet prega – Uma mulher no norte da França foi detida por ter “raptado” um homem que conheceu na Internet e se recusou a ter relações sexuais com ela. De acordo com o Le Parisien, a mulher trancouo em casa e só a polícia conseguiu arrombar a porta e libertá-lo. Ao que consta, o homem, de 43 anos, deslocou-se a casa da mulher, que conheceu na Internet, na expectativa de alguém sexy, na faixa dos 50 anos. Na idade, acertou, o problema foi o resto. Ela era baixa e rechonchuda, muito longe do padrão de beleza almejado. Na esquadra, o cibernauta desiludido apresentou queixa por “rapto”. Terá havido realmente um equívoco, ou tudo isto fazia parte do jogo amoroso? Uma espécie de fetiche da parte da mulher, sabe-se lá... Quem pode julgar uma coisa destas, quando nesta história há um homem, adulto, que toma a iniciativa de se deslocar a casa de uma mulher para uma brincadeira sexual? “Rapto”, disse ele. “Parvo”, dizem as Vinagretas. Justiça sob escrutínio – Na esteira de Manuel Costa Andrade (catedrático de Direito da Universidade de Coimbra), os juristas Paulo Saragoça da Matta e Paulo Pinto de Albuquerque (professor auxiliar da Universidade Católica) têm sido claros nos reparos às condutas do procurador-geral da República e do presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ) acerca do tratamento dado às escutas efectuadas no âmbito do processo “Face oculta”. Em recente artigo de opinião, publicado no Diário
de Notícias, Pinto de Albuquerque, ex-juiz de instrução criminal, afirma ser “nula a decisão” do presidente do STJ no sentido de anular e mandar destruir escutas telefónicas de conversas havidas entre José Sócrates e um suspeito, Armando Vara, “em que se indicia a prática de crimes cometidos pelo primeiro-ministro no exercício de funções”. Para Albuquerque, a decisão de Noronha do Nascimento “padece de dois vícios processuais”. Por um lado, alega o professor auxiliar da Universidade Católica, o órgão que proferiu a decisão não tem competência para o efeito e, por outro, a decisão de Nascimento enferma de intempestividade, porquanto as escutas “só podem ser destruídas no final da investigação” do caso “Face oculta”. Estes dois vícios processuais, adverte o especialista em Direito Penal, têm uma “consequência inelutável: a nulidade absoluta da decisão do presidente do STJ”. Como é possível...? – Paulo Pinto de Albuquerque, socorrendo-se do entendimento de um procurador aveirense e do juiz de instrução da comarca do Baixo Vouga, faz notar a existência de “indícios da prática de um crime de atentado ao Estado de Direito democrático”, eventualmente cometido por José Sócrates. “Há em Portugal dois magistrados que fazem um juízo de valor gravíssimo sobre o conteúdo dessas escutas”, assinala o professor da Universidade Católica. Por isso, segundo Albuquerque, há uma “questão que qualquer cidadão comum se coloca”. “Como é possível se-
rem destruídas escutas que dois magistrados de duas magistraturas distintas entendem indiciarem a prática de um crime gravíssimo”, eventualmente perpetrado pelo primeiroministro, sem que o povo português conheça o teor dessas escutas? Por isso, o docente universitário recomenda ao Ministério Público que divulgue o teor das escutas anuladas em que intervenha o primeiro-ministro. O fundamento legal da divulgação, sustenta ele, é o disposto no artigo 86.º, n.º 13, alínea b) do Código de Processo Penal. Estabelece aquela norma do CPP que o segredo de Justiça é compatível com a prestação de esclarecimentos em nome da “garantia de segurança de pessoas e bens ou da tranquilidade pública”. “O direito” que temos – José Luís Saldanha Sanches, fiscalista e marido da procuradora-geral adjunta Maria José Morgado, advertiu, na SIC/Notícias, que os portugueses têm “o direito” a ser governados por um primeiro-ministro que não fale frequentemente com um protagonista de “comportamento equívoco” ou “muito duvidoso” como Armando Vara. Para o professor universitário, um dos principais objectivos da Justiça é a pacificação social, mas as recentes intervenções do procurador-geral da República e do presidente do STJ têm estado longe de garantir esse desiderato. Chefe sortudo – Conta o diário Público que três ex-titulares da DirecçãoGeral dos Impostos aceitaram promoções e transferências de um chefe de Finanças, o qual foi suspen-
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VINAGRETAS
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so, recentemente, por decisão judicial, na sequência da operação “Face oculta”. Tais decisões foram tomadas, apesar de avisos do director distrital aveirense de Finanças e mesmo depois de quatro condenações judiciais, duas delas por crime de abuso de confiança fiscal. Segundo o Jornal, Mário Pinho, natural de Arrifana, já era funcionário das Finanças quando foi presidente do Clube Desportivo Arrifanense. A colectividade acumulou dívidas e Mário Pinho deixou de entregar os impostos ao Estado. Sem engenho – Vários jornalistas especularam acerca do nome escolhido pela Polícia Judiciária para «baptizar» a operação centrada do sucateiro Manuel José Godinho. Mas o engenho e arte só lhes permitiu concluir que a PJ se teria inspirado no nome de uma casa de alterne da região aveirense...
bro, encerrava uma reunião da estrutura partidária a que preside, a Comissão Política Concelhia (CPC) do PS/Coimbra. Estava o orador entusiasmado com a perspectiva de recomposição do Secretariado da Concelhia quando se soube que a lista por ele proposta não ia além de um empate. Pelo tom, o líder local do PS parecia orgulhar-se de a caravana passar. Porém, eis senão quando, a caravana esbarrou no desditoso empate. À cautela, volvidos três dias sobre uma sexta-feira / 13, Henrique Fernandes achou prudente protelar para 2010 a repetição do sufrágio para recomposição do Secretariado. Que bom caldinho – O domingo, dia 15, foi
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S E A R A
dedicado à “sopa”, no concelho de Gouveia, cuja Câmara Municipal é presidida por Álvaro Amaro, que lidera, também a Associação de Desenvolvimento da Serra da Estrela. O autarca, que reside em Coimbra, é já um verdadeiro especialista do assunto, como provam as suas palavras: “Diz-se que a sopa é a tranca do estômago. A meu ver, ela é bem mais do que isso. Fazer uma boa sopa é uma arte e muitos poucos portugueses não abdicam do sabor sublime e reconfortante de um bom caldo. É já um vício (bom) estar presente neste evento”. Depois das palavras seguiram-se os actos, ou seja, a prova das 28 sopas a concurso, cujo paladar do júri ditou a “Sopa rica
de Inverno”, confeccionada pela Associação de Promoção Cultural, Social e Desportiva de Fornos de Algodres, como a melhor deste festival, a par do “Aveludado de S. Martinho com aromas do bosque e queijo da Serra”, da Fundação D. Laura dos Santos. Os estômagos aplaudiram, também, em primeiro lugar, a “Sopa de feijoca”, do restaurante Glaciar (Manteigas), assim como a “Sopa à pastor com castanhas”, do Rancho Folclórico de Gouveia, e a “Sopa de tortulhos”, da Junta de Freguesia de Maceira (Fornos de Algodres). Diz quem provou, que havia muitas outras, de “comer e chorar por mais”... E foram consumidos 700 litros de sopa!
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Criatividade – No programa radiofónico “Tubo de ensaio”, da TSF, Bruno Nogueira protestou: a Polícia Judiciária precisa de um departamento que invente melhores nomes para as suas operações. Segundo o Diário Económico, para o humorista, chamar “Face oculta” a um caso cheio de caras conhecidas não lembraria ao diabo. Pior: “Face oculta” é a designação de um filme de «cowboys», de 1961, dirigido e interpretado por Marlon Brando quando os cavalos ainda aguentavam com o peso dele. Fernandes prudente – Pleno de criatividade estava Henrique Fernandes quando, a 16 de NovemPUBLICIDADE
A L H E I A
“A oposição tem de exercer a sua missão de forma construtiva sem perder o sentido crítico (...). À oposição exige-se que faça propostas concretas, algumas das quais já se conhecem do passado (...). Caso contrário, farão a figura de alguns que conseguiram em quatro anos não terem uma única intervenção e, por isso mesmo, não se lhes conseguir saber o que pensam ou sentem, parecendo aquelas «máquinas» que não atrasam nem adiantam, que o mesmo é dizer não fazem bem nem mal”. Luís Vilar, anterior líder concelhio do PS/Coimbra, no Diário As Beiras de 19/11/2009 “O respeito e a credibilização de quem é eleito passa, em grande medida, pelo que cada um pensa, fala e propõe para a sua cidade e para as suas freguesias”. Idem, Ibidem “Eu vivi o 25 de Abril e não me lembro de uma crise de regime tão grave como esta e ele está fechadinho em Belém sem dizer uma palavra. (...) Não é só o Presidente da República que está em causa. O povo português não pode continuar amorfo, sem opinião e a queixar-se às mesas dos cafés. É o regime que está em risco ”. Manuela Moura Guedes, no jornal «i» de 17/11/2009 “Quando foi daquelas escutas que metiam um café, um assessor, umas historietas de jornais para aqui e para acolá, muita intriga politica, enfim... umas escutas de opereta, eu sabia onde o Senhor [Presidente da República] estava, até o vi na televisão a falar sobre o assunto (...), e agora, que há escutas mesmo, ordenadas por um Juiz, que o seu conteúdo parece ir contra o que de mais «sagrado» há num Estado de Direito, não sei onde está o Presidente do meu País!!!! Por favor, digam-me, onde está Cavaco Silva?”. Idem, Ibidem “Com o modelo de combate à crise que o Governo tem em cima da mesa, não há volta a dar. A não ser que o PS não pretenda governar quatro anos. Então, sim, pode dar-se ao luxo de continuar com a festa durante dois anos e deixar o funeral para quem vier a seguir”. Pedro Camacho, na Visão de 19/11/2009 “É evidente que há pressões políticas sobre os agentes da Justiça, basta ouvir o que dizem o primeiro-ministro e os seus peões amestrados, ou esse sibilino manipulador que é Augusto Santos Silva, para se perceber que, por esses lados, ninguém brinca em serviço”. Áurea Sampaio, na Visão de 19/11/2009 “Primeiro, foi a família. Agora, são os amigos. Falta, evidentemente, o cão. Se Sócrates tem um cão, sugiro que o submeta a vigilância apertada. Parece óbvio que vai ser o bicho a protagonizar o próximo escândalo. Ninguém sabe se fez um desfalque nas latas de ração, se alçou a pata para uma árvore protegida, se foi visto a cheirar o rabo do cão do Presidente. Mas alguma coisa terá feito”. Ricardo Araújo Pereira, na Visão de 19/11/2009
Mutilados desta guerra
“O caminho é certo, mas, a avaliar pela contaminação já gerada pelas reacções ao caso «Face Oculta», será seguramente penoso. (...) Alberto Martins não encaixa naquilo que tem sido o discurso e a atitude do PS de Sócrates na Justiça. Ele encaixa mais no património histórico que o PS tem neste sector, iniciado por Salgado Zenha. Resta saber se resistirá aos seus próprios camaradas que chamam «espionagem política» à investigação legitimada pela lei ordinária e pela Constituição”. Eduardo Dâmaso, no Correio da Manhã de 19/11/2009
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Novo método terapêutico é integralmente comparticipado pelo SNS
CHC realiza o primeiro implante coclear híbrido A equipa do Serviço de Otorrinolaringologia do Centro Hospitalar de Coimbra (CHC) realizou o primeiro implante coclear híbrido em Portugal. A nova técnica permite devolver audição aos doentes que, embora impedidos de se submeterem a um implante coclear convencional, não conseguem ter uma vida normal mesmo com o apoio de próteses auditivas. PUBLICIDADE
“Quando a surdez atinge uma determinada dimensão em que as próteses já não conseguem ajudar, mas em que há alguma audição, impedindo o implante coclear comum, o implante coclear híbrido, que conjuga estes dois métodos, é a solução que procurávamos”, explica o director do Serviço de Otorrinolaringologia do CHC, Carlos Ribeiro.
O Centro Hospitalar de Coimbra volta, assim, a ser pioneiro em Portugal na área dos implantes cocleares, juntando-se uma vez mais ao pelotão da frente das unidades europeias especializadas na área. “Do ponto de vista emocional, este avanço é uma lufada de ar fresco, porque pela primeira vez em Portugal podemos dizer que, qualquer que seja o problema
de surdez, nós podemos ajudar”, salienta Carlos Ribeiro. “Havia um hiato na resposta que a Medicina tinha para oferecer: havia doentes em grande sofrimento, a quem a prótese auditiva dava uma resposta insuficiente para o dia-a-dia, mas que mesmo assim, não podiam submeter-se ao implante coclear convencional, que lhes anularia a audição que já pos-
suíam para as frequências graves. É para estes doentes que surge o novo implante”, explica Carlos Ribeiro. De resto, adianta, mesmo que um desses doentes fosse submetido a um implante coclear comum, o que aconteceria era que perderia a audição das frequências graves que já possuía. “Esta perda da frequência grave é significativa. Os sons graves dão harmonia, percepção de ritmo e até conforto”, sublinha o mesmo especialista. Por outro lado, refere, a aplicação do novo método terapêutico, requer um nível de exigência adicional relativamente ao implante convencional. Para além de utilizar a estimulação eléctrica característica de um implante coclear comum, o novo método recorre ainda à estimulação sonora, própria da prótese auditiva. “Este implante torna-se mais exigente na sua realização cirúrgica, necessitando de um elevado nível de especialização da equipa que o realiza”, frisa Carlos Ribeiro. O mesmo grau de exigência é tido em consideração aquando da selecção dos doentes, submetidos a “critérios de selecção muito rigorosos”. “Só avançamos se a pessoa tiver surdez profunda nas frequências agudas - as frequências da palavra - e audição nas frequências graves, nunca por outros critérios, por
exemplo, de nível estético”, explica o director do Serviço de Otorrinolaringologia. Outro dos requisitos é que o nível de surdez tenha já estabilizado. “Não podemos colocar um implante coclear híbrido em pessoas que tenham doenças que nos façam pensar que a surdez será progressiva, salvaguarda Carlos Ribeiro. O dia 24 de Novembro marca assim, uma nova etapa da Otorrinolaringolodia portuguesa, protagonizada pela equipa do CHC. O primeiro doente a beneficiar de um implante coclear híbrido foi uma mulher, de 47 anos. “Era uma paciente com audição nas frequências graves, pelo que não era candidata ao implante clássico, mas que não tinha qualquer qualidade de vida, porque a prótese que possuía era manifestamente insuficiente”, conta Carlos Ribeiro. “O Serviço de Otorrinolaringologia deu mais um passo de relevância nacional com a colocação do primeiro implante coclear híbrido, que se traduz em ganhos em saúde dificilmente quantificáveis e que demonstra mais uma vez que se trata de um serviço de excelência que integra profissionais de reconhecida competência técnica”, reconhece Paula de Sousa, vogal executiva do Conselho de Administração do CHC.
No próximo sábado
Coimbra ilumina-se para o Natal É inaugurada no próximo sábado, dia 28, pelas 18h00, na Praça 8 de Maio, a iluminação de Natal da cidade de Coimbra, facto que será assinalado com o concerto “Cordis & Convidados”. A decorrer no Café Santa Cruz, o concerto, com Paulo Figueiredo (piano) e Bruno Costa (guitarra portuguesa), terá como convidados Inês Santos e Nuno Silva (voz), Quiné (bateria/ percussões), João Gentil (Acordeon) e Luís Oliveira (contrabaixo). Este ano, a iluminação alusiva à época natalícia chega a 18 ruas, oito avenidas, 19 rotundas e três largos, entre muitos outros espaços, com destaque
para a fachada do Convento de S. Francisco, Ponte de Santa Clara, Arco de Almedina, praças do Comércio e da República, e Parque Verde, junto ao Convento de Santa Claraa-Velha e à alameda ribeirinha da Praça da Canção. São 55 os espaços da cidade iluminados, sensivelmente a mesma área do ano passado, conseguindose, no entanto, um investimento menor. No total, são utilizadas 5 400 000 lâmpadas e 1 800 000 leds. Pelo segundo ano consecutivo, são ainda iluminadas as 25 igrejas matrizes de todas as freguesias do concelho de Coimbra, localizadas fora do perímetro urbano.
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“Não ignoramos o muito que ainda há para fazer” Após mais esta inequívoca vontade dos eleitores em quererem que continuássemos à frente dos destinos da Freguesia de Santo António dos Olivais, compete-nos agora honrar esse voto de confiança. Tal como nos dois últimos mandatos, a maioria absoluta que nos foi dada não nos tornará arrogantes, nem surdos, perante as sugestões que nos vierem a apresentar. A experiência adquirida vai-nos permitir discernir entre aqueles que nos procuram com a intenção de contribuírem para a melhoria da qualidade de vida da sua Freguesia e os que apenas se limitam a cumprir as directrizes partidárias criticando apenas por criticar. Não somos ingénuos ao ponto de pensarmos que os “profissionais do mal dizer” desaparecem por magia, mas nada nos fará recuar no que ao nosso programa de acção e à nossa vontade de trabalhar diz respeito. Temos também noção que muitos continuarão a confundir o que são competências da Junta de Freguesia e o que é da responsabilidade da Câmara ou do Governo, apontando-nos responsabilidades em áreas como saneamento, iluminação, transportes públicos, higiene, etc. Mesmo perante esta “confusão”, continuaremos como até aqui a fazer “eco” dos problemas que nos colocam e, dentro das nossas possibilidades, tudo faremos para que os mesmos sejam resolvidos. A Freguesia de Santo António dos Olivais, uma autarquia com competênci-
as próprias e delegadas, irá continuar a respeitar todas as pessoas, independentemente das suas ideologias políticas, sempre com o propósito de melhorar a qualidade de vida de quem aqui reside. Temos consciência do muito que fizemos mas não ignoramos o muito que ainda há para fazer. Os problemas e as dificuldades que por certo iremos encontrar, não nos irão desmotivar nem fazer cruzar os braços. Bem pelo contrário, servirão de estímulo para superarmos as adversidades, lutando diariamente pelo desenvolvimento da nossa Freguesia. Neste último mandato pretendemos sedimentar todo o trabalho desenvolvido ao longo destes oito anos e chegar ainda mais longe, uma vez que foi esta entrega e dedicação que nos tornou numa Freguesia respeitada. Esta nossa postura representa igualmente um desafio para quem se vier a candidatar no futuro pois as responsabilidades desta Junta não se coadunam com meios tempos ou simples comparências ao fimde-semana. É fundamental que se compreenda que esta Freguesia é maior do que muitas Câmaras (se juntarmos algumas ainda conseguem ter menos habitantes do que nós), pese o nosso orçamento ser 80% menor comparativamente ao das mesmas. Hoje em dia, falar-se da Freguesia de Santo António dos Olivais é ter-se consciência que estamos a referir-nos não só a uma freguesia populosa mas também à grandeza e profissionalização dos serviços prestados a quem nos procura.
Francisco Andrade Presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais
FICHA TÉCNICA Director Lino Vinhal Coordenação editorial Iolanda Chaves E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Marketing e Publicidade Adelaide Pinto E-mail adelaide.pinto@mail.telepac.pt
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Contactos Tel. 239 497 750 Fax 239 497 759 Site www.campeaoprovincias.com Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres Impressão FIG Coimbra
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CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS | SANTO ANTÓNIO DOS OLIVAIS
Executivo para 2009-2013 P R E S I D E N T E
S E C R E T Á R I O
Francisco Andrade Pelouros: Coordenação geral, protocolos, acção social e espaços verdes
T E S O U R E I R O
Dr. José Gomes Murta Pelouros: Centro de Estudos, cemitério e sede da Junta de Freguesia
Dr. Pedro Mendes Abreu Pelouro: Cultura
V O G A I S
Valentim Vicente Pelouros: Iluminação, sinalização e toponímia
Dr. António Figueiredo Pelouro: Obras
M E S A Presidente Dr. Francisco Rodeiro
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Graça Oliveira Pelouro: Cultura
A S S E M B L E I A
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Dr.ª Maria de Lurdes Cró Pelouro: Escolas
F R E G U E S I A
1.º Secretário Dr. Manuel Catré
2.º Secretário Jorge Manuel Conceição
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SANTO ANTÓNIO DOS OLIVAIS | CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS
A maior freguesia A freguesia de Santo António dos Olivais, com 155 anos acabados de fazer, é a maior da Região Centro e uma das maiores do país. Com uma área de 19,27 quilómetros quadrados, é habitada por cerca de 60 mil pessoas. Até Outubro do ano passado havia 31 277 eleitores recenseados. Daí para cá, devido à entrada da nova lei do recenseamento em vigor, a Junta de Freguesia deixou de ter controle ao nível das transferências, óbitos e novos recenseamentos. Aos habitantes, há a juntar mais de 100 mil pessoas que diariamente afluem à freguesia para trabalharem, nomeadamente nos HUC e em vários serviços, como os ligados à Universidade. Santo António dos Olivais nasceu primeiro como paróquia, em 1854. Tinha na altura três mil habitantes e 749 fogos. De acor-
do com dados que têm sido divulgados em obras sobre as origens da freguesia e pelo próprio presidente da Junta, em 1864 já tinha 3.656 habitantes, em 1890 tinha 4.495 e em 1950 já ia nos 13.181 habitantes e 3.081 fogos. Na mesma área, coabitam o urbano e o rural; ainda que a paisagem campestre de um passado não muito distante comece a desvanecer-se devido à proliferação do casario e a forma de vida das populações, cada vez mais voltada para a cidade onde estão os postos de trabalho. Segundo o autarca local, lugares outrora predominantemente rurais começam a ser uma espécie de “dormitórios”. Um aumento do número de imigrantes residentes, provenientes, sobretudo, da Europa de Leste e do Brasil, é outra realidade.
A freguesia não pára de crescer. As zonas com visível crescimento são as da Portela do Mondego (onde estão a ser estreadas urbanizações de luxo), da Boavista e da Solum. Na chamada zona rural, as
Junta de Freguesia Horário da Secretaria: Segunda a Sexta-feira, das 9h30 às 12h30 e das 14h00 às 17h00. Telefone: 239 790900 Fax: 239 790 909 e-mail: jfsao@hotmail.com
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zonas onde há maior crescimento são as da Mainça, Rocha Nova, Casal Novo e S. Romão. Cova do Ouro, Rocha Nova, Dianteiro e Tovim são outros lugares cujas paisagens têm vindo a alterar-se.
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Em festa todo o ano O calendário da Freguesia de Santo António dos Olivais é pontuado de momentos festivos que envolvem toda a cidade, e concelho. A Romaria do Espírito Santo é um exemplo de festa tradicional que une duas freguesias, a de Santo António dos Olivais e a de Eiras, na reconstituição do Cortejo do Imperador. O cortejo carnavalesco, que há três anos se realiza no Bairro Norton de Matos, intitula-se Carnaval de Coimbra e aspira a ser reconhecido como um evento da cidade e para a cidade, aberto a todos os foliões.
As fogueiras, no Vale das Flores, festejam os santos populares e convidam todos os conimbrincenses à dança e a umas noites bem passadas, junto às barracas de comes-e-bebes. As Noites de Verão, no Bairro Norton de Matos, é outra atracção que de ano para ano tem vindo a ganhar adeptos de outras paragens e leva à freguesia artistas de diferentes proveniências, inclusivamente, estrangeiros.
No centro Carnaval: Fevereiro Feira do Sótão (Largo dos Olivais): segundo sábado de cada mês Romaria do Espírito Santo (Largo dos Olivais): 9 a 31 de Maio Festejo dos Santos Populares (Vale das Flores): 10 a 24 de Junho Procissão de Santo António: 12 de Junho Fogueiras de Santo António: Largo dos Olivais (sardinha assada e música), 13 de Junho. Fogueiras de S. Pedro: Largo de Celas (sardinha assada e música ao vivo para dançar) 27, 28 e 29 de Junho; no Centro Recreativo e Cultural do Areeiro (sardinha assada) 28 de Junho. Noites de Verão: Bairro Norton de Matos, actuações de vários grupos, portugueses e/ou estrangeiros, de
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No início do Outono, a Feira de Artesanato é outro chamariz a não perder. Os artesãos vêm de todo o concelho e é sempre uma oportunidade para encontrar novidades para presentear os amigos e a família no Natal. Fora estas iniciativas, todos os lugares têm as suas festas anuais e as muitas colectividades sedeadas na freguesia revelam-se dinâmicas e com espírito de iniciativa.
4 de Julho a 3 de Agosto Feira de Artesanato: Setembro Aniversário da freguesia: 23, 24 e 25 de Novembro
Noutras localidades Festas em Honra de Nossa Senhora dos Milagres da Cova do Ouro/Serra da Rocha Festas de Casal do Lobo Festas em Honra de Nossa Senhora do Tovim Festas de Santo Antoninho – Vale de
Canas – Picoto dos Barbados Festas em Honra de S. Romão Festa em Honra de Nossa Senhora da Rocha – Rocha Nova
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Alguns pontos de interesse Igreja de Santo António dos Olivais – Tudo começou com uma pequena capela, em 1217, cedida aos franciscanos por D. Urraca, mulher de D. Afonso II. Foi neste lugar, que o jovem lisboeta Fernando Bolhões mudou o nome para António, deu os primeiros passos numa vida de penitência e desapego às coisas materiais, contemplou o conhecimento e, mais tarde, depois da sua morte, em Pádua, foi canonizado e declarado Doutor da Igreja. No actual edifício, com características barrocas, do séc. XVIII, destacam-se os azulejos , azuis e brancos, com cenas alusivas à vida do santo, entre muitos outros motivos que merecem um visita atenta.
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Estádio Cidade de Coimbra – Construído no mesmo terreno do antigo campo de futebol do Calhabé (Solum), por ocasião do Euro 2004, já recebeu selecções nacionais e é um dos palcos da I Liga, o mais importante campeonato do futebol português. É moderno e versátil, nele já actuaram os Rolling Stones e George Michael e em Outubro do próximo ano acolhe dois concertos da banda U2. Tem vida, de dia e de noite, graças aos espaços comerciais, bares e restaurantes nele alojados.
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Igreja de S. José – Aberta ao culto, é um dos templos sui generis da cidade, não só pela sua arquitectura, como também pelas obras de arte que possui, nomeadamente as esculturas do interior e do exterior (os anjos e S. José). Num espaço adjacente, possui parque infantil e jardim. Aberta todos os dias, das 8h00 às 20h00. Mosteiro de Celas – Foi fundado em 1213, por Dona Sancha. Nos séculos XVI e XVIII recebeu obras de restauração que alteraram o traçado original. Possui um claustro, considerado um dos melhores do Gótico, em Portugal. Está aberto ao culto e recebe visitas de segunda a sexta-feira, das 15h00 às 18h00. Encerra aos sábados, domingos e feriados.
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Pavilhão Multidesportos – O pavilhão e as piscinas olímpicas são equipamento desportivos nobres, na freguesia. Acolhem importantes competições de âmbito nacional e internacional. O pavilhão é também versátil e pode a qualquer momento transformar-se numa aprazível sala de espectáculos. Fica situado na Praça Heróis do Ultramar.
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Casa Museu Miguel Torga – É a antiga residência do escritor Miguel Torga (pseudónimo do médico Adolfo Rocha), cedida à autarquia pela filha. Tem expostos a biblioteca e objectos pessoais do escritor. Será, futuramente, um Centro de Estudos Torguianos. Pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 14h30 às 18h00. Ao sábado, pode abrir mediante inscrição prévia para um mínimo de 10 visitantes.
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Penedo da Meditação – Menos conhecido que o Penedo da Saudade, está fora do alcance da vista; é preciso saber-se que existe para lá irmos e desfrutarmos da paisagem que proporciona. Nele inspiraram-se os poetas José Régio, António Nobre e Eugénio de Castro.
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Memorial da Irmã Lúcia – Com projecto do arquitecto Florindo Belo Marques, fica situado num anexo ao Carmelo de Santa Teresa, aonde viveu a vidente de Fátima, irmã Lúcia, durante 57 anos. O visitante pode ver os objectos pessoais da religiosa, manuscritos e imagens. Funciona de terça a sexta-feira, das 10h00 às 12h00 e das 15h00 às 17h00; sábados, domingos e feriados, das 15h00 às 18h00.
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ada por vegetação espontânea, local de lazer em contacto com a Natureza por excelência. Tem espaço de merendas e Centro de Educação Ambiental.
Centros comerciais – É na freguesia de Santo António dos Olivais que estão quatro centros comerciais de referência: Atrium Solum, Coimbrashopping, Dolce Vita e Girassolum. Indiscutivelmente, lugares de confraternização, compras e eventos vários, que animam esta zona da cidade e lhe conferem estatuto urbano.
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Mata Nacional de Vale de Canas – Existe desde o século XVI e chamou-se “Mata do Rei”, por pertencer à Coroa Real Portuguesa. É povo-
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Centro de Estudos de Santo António – Ver página 10 desta revista.
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Aqui “nasceu” António O Centro de Estudos sobre Santo António aspira a museu dedicado ao padroeiro da freguesia, que é, entre os santos da Igreja Católica, um dos mais venerados em todo o mundo, mesmo em terras aonde outras religiões são dominantes, como é o caso da Turquia. Aberto ao público desde Novembro de 2006, resulta de uma doação feita pelo devoto Alfredo Bastos, assinalada numa placa afixada na parede. A ele juntou-se um frei da família antoniana e fundaram o Centro, com o apoio da Junta de Freguesia, que cedeu o antigo edifício-sede. São mais de quatro mil peças, reunidas ao longo de 61 anos. O espólio é composto por imagens, livros, postais, fotografias, entre outras particularidades relacionadas com o santo nascido em Lisboa, cujo carisma transformou-o num dos santos populares mais queridos dos portugueses. O Centro de Estudos tem vindo a transformar-se num dos principais pontos de referência da freguesia aonde o lisboeta Fernando de Bulhões descobriu a vocação e trocou o conforto do Mosteiro de Santa Cruz pela vida de penitência dos frades franciscanos. Foi em Coimbra que adoptou o nome de António, em homenagem a Santo Antão, mas acaba-
O espólio referente a Santo António tem vindo a crescer graças a algumas doações
ria por viver o resto da vida em Pádua, Itália. É, sem dúvida, na cidade italiana que o santo é mais prestigiado e está mais enraizado na cultura local. A freguesia de Santo António dos Olivais reivindica a “origem” do santo e acarinha-o como um património da cidade. Resultante do esforço tripartido de Alfredo Bastos, Francisco Andrade e frei Adriano Zorzi – que integram a direcção do Centro –, este projecto visa dar
maior visibilidade aquele que foi único doutor português da Igreja e cujo percurso está profundamente ligado à freguesia de Santo António dos Olivais. Alfredo Bastos, hoje com 77 anos de idade, pôs à disposição de todos os seus conterrâneos o resultado de uma vida, sem exigir em troca qualquer compensação financeira. “Sou a favor de dar cultura e nunca me preocupei em receber nada em troca”, frisou o coleccionador, na altura da inauguração.
Para miúdos e graúdos Numa das divisões do edifício, existe a Sala da Criança, aonde estão expostos trabalhos artesanais de dois moradores da freguesia, João Morujo e Aristides Fernandes, visitados ao longo do ano pelas crianças das escolas, em particular, e pelos
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visitantes do Centro, em geral. “O estudante e a tricana”, quadro típico de Coimbra feito em miniatura por Aristides Fernandes, ou uma representação dos HUC, feita com restos de impressoras, por João Morujo, contam-se entre a s muitas curiosidades que o visitante pode apreciar.
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O bairro
Na freguesia de Santo António dos Olivais, situa-se aquele que é o maior, mais conhecido e referenciado bairro da cidade: o Bairro Norton de Matos. “O bairro”, como é carinhosamente tratado entre os conimbricenses, remonta aos anos 40. Foi mandado construir por Salazar, quando foram demolidas casas na Alta para a construção dos novos edifícios da Universidade de Coimbra. Chamou-se Bairro MareO Centro Norton de Matos é a colectividade representativa d’ “O bairro”
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chal Carmona e foi rebaptizado depois do 25 de Abril de 1974, com o nome do opositor de Carmona nas eleições para a Presidência da República, em 1948, o general Norton de Matos. Ao sábado, realiza-se no Bairro Norton de Matos a mais concorrida feira da cidade. No Carnaval, pelas suas ruas, desfila o cortejo, e no Verão, as noites são animadas com um programa de espectáculos no qual participam artistas locais e estrangeiros.
Rica em colectividades e património A freguesia de Santo António dos Olivais é rica em colectividades que enriquecem o panorama cultural, desportivo e recreativo da cidade. Têm sede na freguesia, a Associação Cultural e Recreativa de Coimbra, Associação Cultural e Recreativa de Chão do Bispo, Associação Cultural e Desportiva de Casal do Lobo, Associação Recreativa da Casa Branca, Centro Norton de Matos, Clube Recreativo do Calhabé, Grupo Recreativo de Montes Claros, Clube Desportivo da Arregaça, Olivais Futebol Clube, Associação de Ténis de Mesa de Coimbra, Clube Desportivo de Celas, Centro de Recreio Popular do Bairro de Celas, CHEM – Clube de Recreio e Desporto e Cultura, Clube Náutico Académico, Clube Prisma, Grupo Recreativo Cruz de Cristo, Clube de Bilhar de Coimbra e Clube de Veteranos de Atletismo de Coimbra. Em matéria de património, a freguesia não é menos pobre, a começar pela luxuriante Mata Nacional de Vale de Canas. Outras pérolas são o Penedo da Meditação, Anfiteatro dos Olivais, Igrejas de Santo António dos Olivais e de S. José, capelas (S. Sebastião, Santa Comba, Chão do Bispo), Seminário Maior, Seminário dos Comboneanos, Cruzeiro dos Olivais, Mosteiro de Celas, fontes (da Calçada do Gato, da Cheira, de S. Sebastião e do Castanheiro), Palácio dos Bobones, Quinta da Bela Vista, Quinta das Sete Fontes, Quinta das Estrelícias, Quinta da Portela, Quinta da Romeira, Quinta de S. Jerónimo.
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