Edição 501_10_12_2009

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SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA

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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10 | Nº 501 | 10 DE DEZEMBRO DE 2009 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com

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A esperada viabilidade da Unidade de Saúde de Coimbra (USC) assenta num projecto que confere 91,37 por cento do capital social ao empresário lisboeta João Santos Gonçalves, apurou o “Campeão”. Como noticiou o nosso Jornal, em primeira-mão, há duas semanas, através da edição electrónica, a administradora da insolvente FMP Saúde, SA, Ana Rito, é autora de um plano de recuperação da USC. As perspectivas de vida da nova empresa e o nascimento e queda da referida sociedade anónima são objecto de notícias no interior desta edição. A Fernão Mendes Pinto Saúde brotou de um compromisso assumido pela firma Demagre, intermediária da passagem do edifício dos Correios na “Baixa” de Coimbra para o universo empresarial do Grupo Espírito Santo (GES). Página 3 Advocacia

Medalha de Honra para Rodrigo Santiago O advogado de Coimbra Rodrigo Santiago é um dos cinco que são distinguidos, hoje, com a Medalha de Honra da Ordem. A entrega ocorrerá, esta tarde, em Lisboa, coincidindo com a sessão comemorativa do 61º. aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem. António Marques Mendes, Macedo Varela, Sousa de Macedo e Neto Brandão completam o elenco de causídicos disNotícias aumentam riscos de comportamentos por imitação

Homicídios passionais ocorrem cada vez mais entre os jovens

tinguidos com a Medalha de Honra da Ordem dos Advogados. Leitor “semanal e sôfrego” do “Campeão”, Rodrigo Santiago confessou ao nosso Jornal que se sente honrado. Continua na página 5

As notícias de homicídios passionais na região Centro sucedem-se a um ritmo preocupante nos últimos tempos e indiciam um facto inquietante: as vítimas são cada vez mais e cada vez mais jovens. Natália Cardoso, gestora do Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra (APAV), reconhece que a divulgação dos casos é útil para encorajar outras vítimas a denunciar maus-tratos, mas alerta que, por outro lado, pode levar a que surjam alguns comportamentos por imitação. Página 10

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Opositor de Nunes da Silva dá réplica ao líder cessante Página 6 PUBLICIDADE

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Unidade de Saúde de Coimbra nas mãos de empresário lisboeta

Distrital do CDS/Coimbra

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Nova empresa espera fazer esquecer percalços de uma SA insolvente


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ACTUALIDADE

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Nova empresa espera fazer esquecer percalços de uma SA insolvente

Unidade de Saúde renovada irá pertencer a um quase único dono I.C./R.A.

A esperada viabilidade da Unidade de Saúde de Coimbra (USC) assenta num projecto que confere 91,37 por cento do capital social ao empresário João Santos Gonçalves, apurou o “Campeão”. Como noticiou o nosso Jornal, em primeiramão, há duas semanas, através da edição electrónica, a administradora da insolvente Fernão Mendes Pinto Saúde, SA, Ana Rito, é autora de um plano de recuperação da USC. A Unidade de Saúde de Coimbra, denomina-

ção a adoptar em alternativa à FMP Saúde, era a marca identificadora de serviços prestados pela Associação de Fernão Mendes Pinto (instituição particular de solidariedade social) e pela referida sociedade anónima (de que a IPSS foi uma pequena accionista). De um futuro capital social de quase 5,83 milhões de euros, João Gonçalves será detentor de 5,32 milhões. Interpelado pelo “Campeão”, o empresário lisboeta declinou prestar declarações, tendo indicado que quaisquer esclare-

cimentos devem ser facultados pela jurista Ana Rito. Segundo a administradora da insolvência da FMP Saúde, o projecto de viabilização assenta, por um lado, na anuência dos credores da SA em perderem metade do capital e a totalidade dos juros vencidos e vincendos e, por outro, na aceitação de um plano de reembolso pelo prazo de 12 anos com um período de carência de três. A renegociação da renda do imóvel onde funciona a USC, do qual é proprietária uma sociedade do Grupo Espírito Santo

(GES), será um dos objectivos a perseguir para consolidar a viabilidade da nova empresa. O projecto de recuperação da Unidade de Saúde contempla a eliminação de créditos sobre a SA no montante de 15,40 milhões de euros, passando a dívida a cifrar-se em 8,65 milhões. Entre as medidas tomadas conta-se a renegociação de contratos com a Segurança Social e a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) tendentes à ocupação de 10 novas camas na valência de internamento de média duração.

Neste contexto, foi negociada a extinção de um espaço para 20 camas, o qual tinha sido objecto de acordo com a Segurança Social, mas que, ainda assim, estaria a gerar um prejuízo mensal aproximado a 25 000 euros. A ARSC e a Segurança Social acederam, há oito meses, a comparticipar a modalidade de internamento de longa duração. O pedido de declaração de insolvência da FMP Saúde foi efectuado por Gespatrimónio Rendimento, um fundo de investimento imobiliário aberto sob a alçada da ESAF («holding» do GES espe-

cializada em gestão de activos financeiros). A USC começou a assegurar, no princípio de Novembro de 2006, o funcionamento das valências de convalescença e de internamento de média duração e reabilitação, concebidas, respectivamente, para 30 camas e para 10. Ambas as valências se inscreveram numa experiência-piloto inserida na Rede Nacional de Cuidados Integrados, sendo a Associação de Fernão Mendes Pinto (IPSS) a parceira dos ministérios da Saúde e do Trabalho e Solidariedade Social.

Do caso do edifício dos Correios à FMP Saúde R.A.

A sociedade anónima FMP Saúde brotou de um compromisso assumido pela firma Demagre, intermediária da passagem do edifício dos Correios na “Baixa” de Coimbra para o universo empresarial do Grupo Espírito Santo (GES). A parceira da Demagre, de que foram sócios dois gestores da Tramcrone (TCN), era a instituição particular de solidariedade social Associação de Fernão Mendes Pinto (AFMP), então presidida por Vítor Camarneiro. A Demagre e a AFMP outorgaram, em 2003, um protocolo na expectativa de entendimento com a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), então liderada por Fernando Andrade, no sentido de pôr a funcionar valências de convalescença e de in-

ternamento de média duração e reabilitação. A FMP Saúde – cujo primeiro líder, Pedro Garcez, foi sócio da Demagre – passou por vicissitudes, narradas pelo “Campeão” nas edições de 30 de Novembro de 2006 e de 25 de Janeiro de 2007. Em documento datado de 18 de Novembro de 2005, o então presidente da sociedade anónima assinalou que o início da actividade da Unidade de Saúde de Coimbra (USC) foi marcado por um “conjunto de circunstâncias adversas, nomeadamente no que respeita à contratação com o Serviço Nacional de Saúde”, mas acenou com o “equilíbrio operacional até Março de 2006”. Auscultado pelo nosso Jornal, em 2007, o empresário Pedro Garcez (empresário de Lisboa) frisou que a FMP Saúde esteve

“mais de um ano” sem usufruir da receita inerente à celebração de acordos negociados na vigência dos governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes para começarem a produzir efeitos em meados de 2005. Segundo apurou o “Campeão”, a apetência de Garcez por uma parceria com a AFMP ficou a dever-se ao desejo de se dedicar rapidamente à actividade de prestação de cuidados continuados em Saúde, tendo o empresário debaixo de olho a circunstância de a IPSS já ser parceira do Governo. O primeiro contrato de arrendamento para funcionamento da USC no edifício outrora pertencente aos Correios remonta a Dezembro de 2003, tendo a referida instituição particular de solidariedade social ficado a pagar, men-

salmente, à Demagre, uma renda de 136 400 euros. Quando cessou o papel da Demagre como inquilina do GES para efeitos de subarrendamento de espaços do referido imóvel da avenida de Fernão de Magalhães, a renda fixada pela ESAF à Associação de Fernão Mendes Pinto baixou. Papel instrumental da AFMP (IPSS)?

Como noticiou o nosso Jornal a 05 de Novembro de 2009, uma sociedade do GES terá imposto o arrendamento do aludido edifício como condição indispensável para a realização do negócio intermediado pela Demagre. Vendedora do outrora prédio dos Correios a uma sociedade do GES, em 20 de Março de 2003, a Demagre garantiu na vés-

pera a qualidade de inquilina de um fundo de investimento imobiliário aberto para proceder ao subarrendamento do imóvel. A posição contratual de arrendamento assumida pela AFMP perante a ESAF foi transmitida à FMP Saúde em meados de 2005, por ocasião do início do funcionamento da Unidade de Saúde de Coimbra. A 08 de Março de 2005, poucos dias antes da investidura do primeiro Executivo de José Sócrates, a AFMP, a ARSC, os HUC e o Centro Hospitalar de Coimbra outorgaram protocolos para ocupação de 30 camas na USC. Como o nosso Jornal já assinalou, tratou-se de protocolos firmados entre o Estado e uma IPSS apesar de eles contemplarem a utilização de camas numa

instituição pertencente a uma sociedade anónima, a USC, que ainda não estava em funcionamento. Instado, na altura, pelo “Campeão”, Pedro Garcez contornou a questão alegando que a USC era uma marca identificadora de serviços prestados pela AFMP e pela FMP Saúde. João Gonçalves, futuro principal rosto do universo de donos da renovada Unidade de Saúde de Coimbra, foi co-proprietário e gestor do Grupo Mailtec, cujo controlo accionista passou a caber, em 2005, aos Correios. O “Campeão” julga saber que este negócio, a par do do referido edifício da avenida de Fernão de Magalhães e do arrendamento de espaços daquele imóvel são objecto de um inquérito do foro criminal em curso no Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa.

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ACTUALIDADE

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Turismo do Centro de Portugal

Lá volta a porcaria da co-incineração

Vilar poderá ascender a vogal executivo de entidade regional

Com a decisão do Supremo tribunal Administrativo a co-incineração em Souselas volta à ordem do dia e, com ela, a intranquilidade para muita gente e, para outra, a oportunidade para mais um acirrado debate político. Embora reste conhecer outras decisões judiciais de processos ainda pendentes, a decisão agora conhecida era aquela que verdadeiramente estava a travar o processo que agora, em termos jurídicos, tem caminho aberto para definitivamente se instalar. Estamos em crer que este assunto vai agitar de novo, e em breve, o panorama político-partidário nacional, já que é hoje outro o quadro parlamentar, muito diferente daquele em que o Partido Socialista fez valer a sua maioria ao decidir-se por este sistema de queima de resíduos sólidos em prejuízo de outros, eventualmente melhor suportados em termos científicos. Aguarde-se qual a orientação a tomar pelos partidos da Oposição, mas não se estranhará que todos ou algum deles chame de novo a questão ao Parlamento e force aí uma solução diferente da co-incineração. Numa altura em que as prioridades do país são outras, e tão urgentes e inadiáveis, bem andaria o Governo se tomasse a decisão política correcta, suspendendo de vez uma questão que, está visto, só serve para dividir, para agitar, para perturbar.

Luís Vilar (PS), vogal da Direcção da entidade regional Turismo do Centro de Portugal (TCP), poderá vir a assumir funções executivas, apurou o “Campeão”. O cenário prende-se com a provável opção do vice-presidente Armindo Jacinto pela modalidade de dedicação exclusiva enquanto vereador socialista da Câmara Municipal de Idanhaa-Nova, sendo que o edil também poderá inclinar-se pelo regime de meio tempo na autarquia e na TCP. Ao abrigo do DecretoLei nº. 67/2008, a Direcção é composta por um limite máximo de três membros remunerados. Luís Vilar contornou, entretanto, a pergunta do “Campeão” tendente a confirmar se ele está em vias de exercer, enquanto vogal da TCP, funções executivas que

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Três cursos de Coimbra entre os mais procurados

estavam confiadas apenas ao presidente e aos vice-presidentes. Como parece estar iminente a opção de Armindo Jacinto pela dedicação exclusiva na Câmara de Idanha-aNova, o nosso Jornal questionou Luís Vilar se será ele a assumir o cargo executivo até aqui desempenhado por aquele vice-presidente. O vogal, que confirmou a revisão estatutária da TCP e as competências com que foi habilitado (há meio ano) pelo presidente, indicou tratar-se de tudo o que se lhe oferece dizer acerca da pergunta. A nova entidade regional, instituída há um ano, já procedeu a uma revisão estatutária que permite a assumpção de funções executivas por parte dos vogais da Direcção, pois tratava-se de uma prerrogativa anterior-

mente confiada apenas ao presidente e aos vice-presidentes (dois). Interpelado pelo “Campeão”, Armindo Jacinto admitiu o cenário, tendo assinalado estar a ponderar; por sua vez, Adriano Azevedo (PSD), vereador da Câmara de São Pedro do Sul, confirma o provável acesso de Luís Vilar a um papel executivo na TCP. Foi imediatamente impossível falar com o presidente daquela entidade, Pedro Machado (líder distrital do PSD/Coimbra). Anterior líder concelhio do PS/Coimbra e ex-vereador, Vilar preside à Direcção da entidade instituidora da Escola Universitária de Vasco da Gama (a Associação Cognitária de São Jorge de Milreu). No Verão de 2008, Machado terá hesitado entre Ja-

cinto e Vilar para um dos militantes do PS ser candidato a uma das vice-presidências da Turismo do Centro de Portugal (cuja Direcção foi eleita há um ano). Em meados de 2009, Pedro Machado delegou em Vilar competência para a prática de actos de gestão corrente relacionados com instrumentos de gestão financeira e com a gestão de pessoal, estando o vogal habilitado a justificar ou a injustificar faltas e a gerir o parque automóvel da TCP (exceptuando-se as decisões sobre aprovação de despesas). Luís Vilar está a aguardar julgamento, tendo-lhe sido imputada, pelo Ministério Público, a autoria de cinco crimes (entre eles um de corrupção passiva para acto ilícito e outro de tráfico de influências).

Legião da Boa Vontade (LBV) distribuiu cabazes

Natal mais aconchegante para uma centena de famílias I.C.

As licenciaturas em Direito e Medicina, da Universidade de Coimbra, e de Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra, constam da lista dos 20 cursos mais procurados como primeira opção pelos candidatos ao Ensino Superior. Direito ocupa o quarto lugar, Medicina surge em nono e Enfermagem em 12.º lugar. O curso mais procurado, é o de Direito, da Universidade Clássica de Lisboa, segue-se o de Medicina, da Universidade Nova de Lisboa, e em terceiro lugar, o a Escola Superior de Enfermagem de Lisboa. A Universidade Clássica de Lisboa destaca-se na lista também pelos cursos de Medicina e de Ciências Farmacêuticas. O ISCTE (Lisboa) está nos lugares cimeiros com o curso de Gestão. A Universidade do Porto é muito procurada por causa dos cursos de Direito, Medicina, Economia, Arquitectura e Ciências do Desporto. A Universidade Nova também consta da lista com o curso de Gestão, Ciências da Comunicação e Direito. São também procurados como primeira opção os cursos de Enfermagem da Escola Superior de Enfermagem do Porto, e de Medicina da Universidade da Beira Interior e da Universidade do Minho.

Como vem sendo hábito, por esta altura do ano, a Legião da Boa Vontade (LBV), com sede nacional no Porto, distribuiu cabazes de alimentos por famílias, residentes na freguesia de Santa Cruz, em Coimbra. Este ano, a entrega dos cabazes, realizada no auditório do Instituto Português da Juventude, foi precedida de uma pequena festa de Natal, que contou com a presença do Coro dos CTT, da Kapa e Batuna (tuna da Escola Superior de Educação de Coimbra) e dejovens da Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis, que cantaram e dançaram. Maria José Pereira, coordenadora da Legião da Boa Vontade (LBV), agradeceu a colaboração das superfícies comerciais que permitiram a recolha dos alimentos, no-

meadamente o Continente, Pingo Doce (Arnado) e Pão de Açucar (Santa Apolónia), e da Junta de Freguesia de Santa Cruz que indicou as famílias mais carenciadas. Foram entregues cabazes a uma centena de famílias e brinquedos a 25 crianças. Segundo a responsável pela LBV, a maior parte dos agregados familiares contemplados nesta iniciativa são compostos por pessoas idosas, que precisam, sobretudo, de alimentos para um Natal mais aconchegante. Em declarações ao “Campeão”, Maria José Pereira disse que este ano, mercê da crise, houve um acréscimo de pedidos de ajuda junto da LBV, que a todos procura responder na medida das suas possibilidades, do trabalho dos seus voluntários e do imprescindível contributo das empresas.

Com sede na Rua Simões de Castro, em Coimbra, a LBV preocupa-se também em fazer chegar às crianças um projecto de saúde oral, que ensina os mais novos a cuidarem dos dentes. A Comunidade Juvenil de S. Francisco de Assis é uma das instituições que beneficia desta iniciativa.

Açúcar, aletria, azeite, arroz, batatas, bolachas, bolorei, ceboras, conservas e leite são os principais alimentos que compõem, habitualmente, o cabaz de 26 quilos da LBV. Iniciativas semelhantes acontecerão, nos próximos dias, em Braga, Lisboa e Porto. No total, serão entregues 1500 cabazes.

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Norton de Matos lidera na satisfação dos utentes

Coimbra tem dois dos melhores centros de saúde do país Inquérito nacional realizado pela Deco – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor coloca o Centro de Saúde de Norton de Matos no topo da satisfação dos utentes. Nas restantes posições cimeiras encontram-se ainda as unidades de saúde dos Olivais (Lisboa), Fafe (Braga) e Celas. Mais de 4.000 utentes responderam ao inquérito da associação que registou o grau de satisfação dos portugueses. Entre os motivos de maior satisfação conta-se o horário de funcionamento, bem como os cuidados de enfermagem. Já entre os itens mais negativos apontados pelos utentes destaca-se o tem-

po despendido na sala de espera e a informação disponibilizada. O Centro de Saúde de Norton de Matos lidera a tabela com um total de 79 pontos em 100 (mais 15 pontos do que obteve no anterior inquérito), sendo que a unidade de Celas alcançou 74 pontos (mais 8 do que na anterior listagem). No geral, o funcionamento dos 70 estabelecimentos de saúde analisados – para os restantes a Deco não obteve dados em número suficiente que permitisse comparação – regista uma melhoria, tendo em consideração o último inquérito congénere, realizado em 2004 (dos 45 centros avaliados em

ambos estudos, apenas nove reduziu as classificações, sendo que o que caiu mais pertence a Beja). O quadros com os estabelecimentos ordenados pelo índice de satisfação, bem como os oito itens avaliados, estão disponíveis no endereço electrónico da Deco. O Centro de Saúde Norton de Matos foi o primeiro centro a nível nacional a certificar os seus serviços no que respeita à “Gestão de Utentes e Prestação de Cuidados de Saúde e Serviço Social”.A certificação do Sistema de Gestão da Qualidade consiste na avaliação por um organismo certificador, atestando que a instituição cumpre todos os requisi-

tos da nor ma ISO 9001:2000, e que incorpora nas suas actividades princípios de gestão relativos nomeadamente à focalização nos clientes, liderança, envolvimento das pessoas e melhoria contínua. A produtividade da instituição é reforçada pela reorganização dos processos, e a sua imagem é fortalecida pelo prestígio associado a esta certificação. Ainda assim, o centro de saúde debate-se com a falta de meios técnicos e escassez de recursos humanos. Profissionais reformados não substituídos é uma das razões apontadas pela própria direcção para que 6.000 utentes estejam sem médico de família.

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Medalha de Honra da OA para Rodrigo Santiago Continuação da página 1

“Honrado, porém, na estrita dimensão e com essa certeza de que a distinção caiu em mim como melhor poderia ter sido atribuída a outros tantos e tantos advogados, que, tal

como eu, sentiram e sentem, sofreram e sofrem o exercício no dia-a-dia de uma nobre profissão”, acentua. Segundo Santiago, trata-se de uma profissão “nem sempre compreendida, na justa medida em que a própria Constituição

da República a considera e proclama”. “Nunca regateei sacrifícios e coragem física e intelectual na defesa dos valores que considero inscritos no meu código genético, ainda que a despeito de algumas incompreensões vindas de onde menos se-

ria de esperá-las e até certas invejas: o patrocínio sem tergiversações dos chamados direitos fundamentais dos cidadãos, a meu ver uma forma moderna de exaltar o ideal libertário e democrático – liberdade, igualdade e fraternidade”, assinala.

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Paulo Almeida, candidato a presidente da Distrital de Coimbra

O CDS não é um cartão de visita

Campeão” – Para que se candidata à liderança distrital do CDS/Coimbra? E porquê? PA – A próxima Distrital de Coimbra do CDS tem um objectivo incontornável: o de ajudar a preparar o partido para 2013, ano em que ocorrerá o acto eleitoral mais importante de sempre no país pós-25 de Abril [de 1974] e que se espera venha a colocar o CDS no mapa dos partidos ditos “grandes”. Já dispomos de pouco tempo para o conseguir, e muito menos se considerarmos que partimos, ao nível autárquico, dos 0,43 por cento que o anterior presidente da Distrital do CDS nos deixou. A Comissão Política que espero vir a liderar estará em condições de ter o nosso deputado no terreno, a ajudar-nos; bem como a ser um privilegiado meio de transmissão a este dos anseios do distrito, para que os possa levar à Assembleia da República. Por outro lado, temos o apoio das maiores e melhor organizadas estruturas do distrito: as concelhias de Coimbra e de Oliveira do Hospital, na pessoa dos seus presidentes, o vereador Luís Providência e a drª. Maria José Falcão de Brito. Esperamos ainda a vir obter o apoio da Juventude Popular, perante a qual já

“Urge fazer diferente”

“Campeão” – Foi vice-presidente da Comissão Política Distrital (CPD) cessante, liderada pelo dr. Nunes da Silva. Que diferenças está em condições de garantir ao seu projecto, à luz do que o viu fazer? PA – Os filiados no CDS, nas próximas eleições, terão uma escolha certamente difícil. O anterior presidente representa 0,43 por cento de resultados eleitorais autárquicos, número abaixo de qualquer um alguma vez obtido por anteriores distritais. Ele chegou a ser, tal como eu, vice-presidente de uma dessas distritais e acabou por se demitir depois de eu próprio o ter feito, concordando com a minha posição de ser absolutamente imprescindível melhorar tais resultados e que melhor não era conseguido muito por culpa de uma forma de actuar que não se deseja numa presidência de um órgão colegial. Infelizmente, no que constituiu uma surpresa, o dr. Nunes da Silva foi mais do mesmo. Que fique claro que tenho o maior apreço por todos os presidentes e demais titulares de órgãos anteriores aos que resultarem da próxima eleição, que espero que a minha equipa venha a ganhar. Sucede é que urge fazer diferente, é inadiável acompanhar os que cada vez mais pensam como nós. Para amanhã sermos mais e não menos. Para bem do CDS e de Portugal. “Campeão” – Perfilase, sobretudo, para impedir a reeleição de Carlos Nunes da Silva? Esperava a recandidatura dele? PA – Nunca se espera

que alguém, depois de publicamente reconhecer a sua culpa exclusiva em todos os graves erros cometidos durante um ano de mandato como presidente, se venha a candidatar ao mesmo cargo. Quem se apresentou, durante o seu mandato, mais preocupado com ele próprio e com o PSD do que com o CDS, não se espera que se apresente a eleições para servir o partido. De quem diz que vai dormir descansado, no dia em que quase toda a Distrital que deveria liderar se demite, estamos conversados. Um presidente que, centralizando tudo em si, não consegue ter listas em quase todos os concelhos do distrito, incluindo Oliveira do Hospital (que não soube defender), Cantanhede (onde o partido tem forte implantação), ter sido no mínimo inábil na Figueira da Foz e feito um arranjo com o PSD em Montemor-o-Velho (entre muitos outros “arranjos” cujos conteúdos e extensão

“Campeão” – Se fosse outro membro do elenco cessante da CPD a protagonizar uma proposta de continuidade, o dr. Paulo Almeida admitiria não se candidatar? PA – Em dada altura da vida partidária, reuniram-se três militantes do CDS que poderiam liderar a sua Distrital de Coimbra, acompanhados pelo vereador Luís Providência, numa feliz tentativa de evitar conflitos internos. Todos os possíveis candidatos assumiram a sua responsabilidade, manifestando a sua disponibilidade em servir o CDS. Aquele que veio a ser presidente teve, na altura, a coragem de pedir aos demais para avançar para uma eleição sem opositores. Argumentou que tinha bastante disponibilidade e pediu que se respeitasse o facto de ser o mais velho. Mais: adiantou que sem todos unidos em seu redor nunca na vida iria apresentar-se a eleições. Numa atitude conservadora e característica do CDS, foi-lhe en-

As pessoas com coragem política são as que do partido e da política nada esperam, nem nunca esperaram ainda se desconhecem), espera-se que não o volte a ser. O anterior presidente – que se quer recandidatar – tentou acabar com a coligação CDS/PSD/PPM em Coimbra. O que fez depois de lhe terem sido liminarmente rejeitadas imposições que em nada honram a política (que se supõe uma extensão da moral) e o CDS. Pelos vistos, candidata-se para ultrapassar qualquer tipo de rejeição democrática interna, ou ter a «chatice» de ouvir os outros e o «trabalho» de aprender que a posição do CDS não é a de uma pessoa só. O CDS não pode contentar-se com um presidente que só o parece ser. O CDS não é um cartão de visita no bolso de um presidente.

tão oferecida ajuda para o que fosse necessário, não fosse faltar-lhe a coragem para tomar uma decisão fácil. Infelizmente, tal pessoa veio depois, já enquanto presidente, a revelar que não necessitava de quem quer que seja a apoiá-lo nas decisões ou em sucessivos actos que muitos consideraram pessoal e politicamente ofensivos (no mínimo, desrespeitadores das pessoas que voluntariamente se ofereceram para, com ele, ajudar o CDS no distrito e não para fazer “figura de corpo presente”), o que os levou a demitirem-se. Agora, e considerando o próximo acto eleitoral, foram apresentadas diversas soluções ao presidente cessante, que optou por liminarmente recusar todas, provocando assim

um conflito desnecessário e esquecendo-se que o argumento da idade não é para ser constantemente repetido, sob pena de mais ninguém poder ser candidato. Cambiantes da coragem

“Campeão” – O CDS/PP acaba de fazer eleger um deputado ao Parlamento pelo círculo de Coimbra, coisa que não acontecia há perto de 25 anos. Despontam novos desafios? E como encara a opinião de Nunes da Silva, segundo a qual, há um ano, Paulo Almeida denotou falta de coragem política para suceder a Sónia de Sousa Mendes? PA – A eleição do dr. Serpa Oliva para o Parlamento foi uma enorme alegria para o CDS. Ela deveuse a todos os que, durante anos, aguentaram o partido no concelho de Coimbra e no distrito; deveu-se, essencialmente, ao próprio dr. Serpa Oliva, que, sem descanso, lutou até ao último minuto; deveu-se a todos os que, sem hesitar, o acompanharam e ajudaram, incluindo a família e amigos; e deveu-se ainda a quem o considerou a melhor aposta do CDS para o distrito de Coimbra: tudo “aconteceu” na Figueira da Foz, a uma mesa onde estavam Fernando Ferreira e irmão, João Madeira, Luís Providência, Nunes da Silva e eu próprio. Introduzido o tema legislativas, recordo-me perfeitamente de ter avançado o nome do dr. João Serpa Oliva e obtido o imediato e incondicional acordo de todos, excepto do dr. Nunes da Silva. Mais tarde, este teve de o convidar, dadas as funções que exercia. Mas pouco mais fez para que o dr. Serpa Oliva fosse eleito. Porém, tudo se encontra neste momento ultrapassado e nada disso agora interessa, uma vez que o dr. Serpa Oliva se

Nunes da Silva tentou acabar com a coligação “Por Coimbra”

dispôs, em mais um acto altruísta, a ajudar a próxima Distrital (concedendo a honra de fazer parte da lista que espero vir a liderar) e a fazer crescer o partido no distrito, tal como já o fizeram o vereador Luís Providência, a presidente da Concelhia de Oliveira de Hospital (conhecida por “Zezinha”), a drª. Anabela Ponces (da Mesa da Assembleia Municipal de Coimbra), entre muitos outros de todo o distrito. As pessoas que têm coragem política são as que do partido e da política nada esperam, nem nunca esperaram. Só os que têm de tomar decisões difíceis (por exemplo, os que prescindem de tempo em família e no exercício da sua profissão para defender ideias e valores), é que têm coragem política. Em rigor, têm coragem política todos os filiados, os mais antigos e os mais jovens, todos os que sempre estiveram presentes no momento em que o partido deles precisou. Só quem toma decisões difíceis é que tem coragem política. Tal como o CDS já pediu o voto a quem como nós pensa, também agora se pede coragem a todos os que no distrito de Coimbra serão chamados a votar dentro em breve.

Neste Natal dê preferência às empresas da freguesia dos Olivais Agora espaço fechado para fumadores

- REFEIÇÕES RÁPIDAS - VARIEDADE DE PETISCOS 26447

RUI AVELAR

foram apresentadas as principais ideias, tendo sido muito bem recebidas. Tudo sem prejuízo de já haver vários jovens na lista a ser apresentada.

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Paulo Almeida, advogado, perfila-se para apear Nunes da Silva, médico, da liderança da Comissão Politica Distrital de Coimbra do CDS/ PP. O opositor do candidato à recondução afirma que o partido “não pode contentar-se com um presidente que só o parece ser”. O CDS, acentua Paulo Almeida, “não é um cartão de visita no bolso de um presidente”.

RODRIGUES & SANTOS, LDA.

Boas Festas

R. Dr. Daniel de Matos, 28 | Telef.: 239 701 026 - 3030 Coimbra


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POLÍTICA

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João Rebelo encara eventuais alterações com bons olhos

João Silva vê um “monstro” na orgânica da CMC

C O M E N T Á R I O

RUI AVELAR RUIDAVELAR@GMAIL.COM

O ex-autarca João Silva (PS) considera que a orgânica da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) traduz uma “organização verdadeiramente monstruosa e, em alguns aspectos, perfeitamente incompreensível”. A opinião foi expressa ao “Campeão” no âmbito da resposta a uma pergunta em que João Silva foi questionado acerca de os departamentos de Habitação e Cultura estarem à margem da Direcção Municipal de Desenvolvimento Humano e Social. Para o antigo vereador, “a conclusão a tirar” é a de que a CMC tem uma estrutura orgânica “desenhada com um objectivo central – o de empregar clientelas e

adequar e satisfazer compromissos políticos pontuais e circunstanciais, como são os casos dos departamentos de Cultura e Habitação”. Durante os dois primeiros mandatos do presidente Carlos Encarnação (PSD), o pelouro da Habitação esteve confiado ao edil eleito pela CDU, Jorge Gouveia Monteiro, tendo acabado de transitar para o seu camarada Francisco Queirós. João Rebelo (PSD), ex-vereador, admite que o organigrama da CMC deva ser “objecto de alterações”. Trata-se de uma orgânica com perto de oito anos, cuja autoria não coube apenas a um homem, acrescenta. Rebelo faz notar a exis-

tência de cerca de uma dezena de unidades orgânicas que também funcionam à margem de qualquer das três direcções municipais (Administração e Finanças, Desenvolvimento Humano e Social e Administração do Território). “Não há dúvida de que o organigrama da CMC se pode constituir um verdadeiro caso de estudo, até pelas situações caricatas de ter considerado uma Divisão de Vias e Espaços Exteriores e outra de Ambiente, Saúde e Espaços Públicos”, adverte Silva. Neste contexto, o ex-autarca assinala a alusão a espaços exteriores e a espaços públicos, “que, em Coimbra, são realidades autónomas,

mesmo que não se perceba bem como”. “Se formos considerar as atribuições cometidas aos membros do executivo camarário, ainda ficaremos mais baralhados”, opina. Segundo João Silva, a dimensão da orgânica camarária é “de ordem a ultrapassar, em muito, a de diversos ministérios”. “Há um «monstro» orgânico e estrutural e uma incoerência funcional, espelhando bem o nível da actual administração municipal na Câmara de Coimbra”, considera o ex-vereador. Silva também estranha a existência de 12 gabinetes, sendo que alguns são de apoio, outros operacionais e outros ainda mistos.

“Face oculta”

Vara aquém das pretensões Duas pretensões de Armando Vara – eventual regresso ao estatuto de gestor do BCP e levantamento do segredo de Justiça no âmbito do caso “Face oculta”, em que está constituído arguido – parecem difíceis de alcançar. O Banco de Portugal poderá inviabilizar o reingresso do gestor na Administração do Millennium, apesar de se ter tratado de

uma auto-suspensão, invocando para o efeito a circunstância de ter sido fixada a Vara uma caução de 25 000 euros. O levantamento do segredo de Justiça, com que acenou o advogado Tiago Bastos em nome do direito de defesa do seu cliente, parece esbarrar na lei processual penal. Segundo o Código de Processo Penal, se o arguido aspirar ao levan-

tamento, caso o Ministério Público não consinta, cabe ao juiz de instrução criminal decidir (mediante despacho irrecorrível). O arguido, que também está impedido de contactar com algumas pessoas na mesma situação processual, vai recorrer para o Tribunal da Relação de Coimbra acerca da caução. Há lugar à fixação de caução se o crime imputa-

do a um arguido (no caso tráfico de influências) for punível com pena de prisão. Vara, que esperava ter saído de Aveiro com a menos gravosa das medidas de coacção (termo de identidade e residência), está sob suspeita de, a troco de vantagens patrimoniais, ter diligenciado para o sucateiro Manuel José Godinho obter favores de empresas em que o Estado é accionista.

Arzila

Junta provisória só garante actos de gestão corrente R.A.

A Junta de freguesia de Arzila (Coimbra) só agora vai mudar de presidente, volvidos dois meses sobre as eleições autárquicas, mas o tesoureiro e o secretário cessantes irão permanecer em funções por tempo indeterminado, apurou o “Campeão”. A escapatória para a falta de eleição dos vogais não garante, contudo, o normal funcionamento do órgão, pois este limitar-se-á a assegurar a gestão corrente. O socialista Nuno Silva, eleito para suceder a Filipe Vaz (também anteriormente proposto pelo PS), ainda só assumiu o cargo de pre-

sidente em representação da freguesia na Assembleia Municipal conimbricense. No imediato, a Junta irá funcionar com Nuno Silva (na liderança) e com os vogais que coadjuvaram Filipe Vaz, na medida em que a Assembleia de freguesia ainda não elegeu o tesoureiro e o secretário. Realizadas três sessões da primeira reunião do órgão deliberativo, o impasse prende-se com a correlação de forças na Assembleia, onde o PS desfruta de maioria relativa de mandatos (três), cabendo outros tantos à coligação “Por Coimbra” e um à CDU. A investidura do presidente de Junta eleito e a sua

articulação com o secretário e o tesoureiro cessantes far-se-ão ao abrigo da Lei nº. 5-A/2002, cujo artigo 80º. prevê que os titulares dos órgãos das autarquias locais sirvam pelo período do mandato e permaneçam em funções até serem legalmente substituídos. Segundo aquele diploma, os vogais de cada Junta são eleitos, mediante proposta do presidente, de entre os membros com assento na primeira reunião da Assembleia de freguesia. A supremacia de mandatos da coligação “Por Coimbra” e da CDU, em conjunto, só lhes tem permitido vetar a eleição do secretário e do tesoureiro, na medida em que a legislação con-

fere a Nuno Silva a prerrogativa de escolher os respectivos coadjutores. A Assembleia de freguesia voltará a reunir-se, na próxima semana, e o presidente da Junta declarou ao “Campeão” que espera ver desfeito o impasse. “Também espero que sim”, comentou Filipe Vaz, em cujo ponto de vista “a situação não traz quaisquer vantagens à coligação ‘Por Coimbra’”. O anterior presidente da Junta faz votos para que, dentro de dias, sejam eleitos os novos vogais, “em nome dos interesses da freguesia”. Se o impasse persistir, a palavra terá de voltar a ser dada aos eleitores de Arzila.

Um “mistério” decifrado e dois que prevalecem 1. Já não era sem tempo... Está decifrado o «mistério» da “espionagem politica” a que, segundo o ministro da Economia, José Sócrates foi sujeito no âmbito de conversas com o seu ex-sócio Armando Vara. Afinal, aquilo de que o primeiro-ministro falou, há meses, com o então administrador do BCP, era matéria de política económica. Tendo o sucateiro Manuel Godinho feito crescer água na boca de Vara com a oferta de um robalo fresco, Sócrates pressentiu estar ali um nicho de mercado. Se Vara arregalou os beiços com a inesperada chegada de um robalo a Trás-os-Montes, por que não haveria o titular da pasta da Economia de se interessar pelo assunto? Num ápice, o ministro José Vieira da Silva pôs-se a par deste «ovo de Colombo», que consiste na venda de robalos frescos no interior de Portugal. O desencanto surgiu quando o governante soube que a entidade promotora das escutas a Vara, o Ministério Público (MP), tinha informação privilegiada acerca de tal nicho de mercado. Com a densa rede do procurador-geral da República através do país (representado em quase todas as comarcas), o ministro da Economia receou pelo êxito do seu papel. Restava-lhe alternativa que não fosse a de alertar para o alegado acto de “espionagem política”? Se governante determinado valer por dois, ainda poderemos ter Vieira da Silva a acumular a pasta da Economia com a titularidade da Procuradoria-Geral da República. Tratar-se-ia de uma espécie de nacionalização do Ministério Público. Talvez merecida, de resto. Onde é que já se viu procuradores a quererem conhecer detalhes de um negócio de venda de robalos? 2. O ministro José Vieira da Silva acaba de ir ao Parlamento para se explicar acerca da acusação de que a intercepção de conversas de José Sócrates com Armando Vara configura um caso de “espionagem política”. Mas o «mistério» prevalece. Em vez de se penitenciar pela agressão infligida a um dos órgãos de soberania, o poder judicial, o governante insistiu na asneira, mas esteve longe de ser inovador, pois limitou-se a debitar a estafada historieta da alegada descontextualização das suas declarações. Acontece que Silva privilegia um impulso pessoal em detrimento do estatuto de governante e este impede-o de apoucar o órgão de soberania Tribunais. Para poder insistir na asneira, em nome do direito a opinar (como qualquer mero cidadão), Vieira da Silva terá de se despojar das vestes de ministro. Lesto a apontar a Manuel Pinho a porta da saída do Governo, quando o outrora ministro da Economia imitou o gado bravo, o chefe do Executivo tarda em recomendar a Vieira da Silva que peça a exoneração. 3. Diz Armando Vara que “quem envolveu” o nome de José Sócrates em episódios adjacentes ao caso “Face oculta” foi “quem promoveu” a realização de escutas no âmbito daquele processo. As palavras entre aspas foram, efectivamente, proferidas pelo ex-sócio de Sócrates. Para que não restem dúvidas, Vara afirmou ter sido o MP a envolver o nome do primeiro-ministro em episódios adjacentes ao caso “Face oculta”. Trata-se de uma versão rebuscada da tese do acto de “espionagem política”, da autoria do ministro José Vieira da Silva. O terceiro «mistério» consiste no silêncio do Presidente Cavaco Silva, mas o outrora primeiro-ministro também confundiu o poder judicial com “forças de bloqueio” e não é propriamente um expoente em matéria de inquietação com os ataques ao Estado de Direito democrático.


FIGURAS E FACTOS

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A S C E N S O R A

S U B I R

Álvaro Amaro – O presidente da Câmara Municipal de Gouveia foi reeleito para presidir à Comissão Política Distrital do PSD/Guarda. A lista, encabeçada por Álvaro Amaro, obteve 767 votos, contra os 541 de Ana Manso, ex-vereadora do Município da Guarda. Conhecido o desfecho da votação, o líder da Distrital social-democrata pautou o seu discurso pela conciliação. Sem excluir ninguém do trabalho a desenvolver pela estrutura partidária, Álvaro Amaro apelou a uma maior mobilização dos militantes. Uma figura pública que, paulatinamente, se vem afirmando no panorama nacional. Duarte Silva – Não obstante ter perdido a Câmara da Figueira da Foz, o antigo presidente, Duarte Silva (PSD), acaba de ver publicamente reconhecido o seu empenho na construção da central de ciclo combinado da EDP, em Lares (Vila Verde). O presidente da autarquia, João Ataíde (PS), respondeu assim às críticas do vereador da oposição, Miguel Almeida, por o autarca socialista não ter referido o nome do seu antecessor na cerimónia de inauguração da obra. O voto de reconhecimento foi aprovado por unanimidade, na primeira reunião do Executivo da Figueira da Foz. Carlos Faro – Depois da Interactome, há uma nova empresa a ser criada no âmbito do trabalho de investigação que é desenvolvido no Parque Tecnológico de Cantanhede. Constituída em Janeiro, a partir do de um projecto iniciado no Massachusetts Institute of Technology (EUA) e desenvolvido pelo cientista Lino Ferreira no Biocant, nos últimos dois anos, a Matera foi agora apresentada e vai dedicar-se à comercialização de materiais e revestimentos com propriedades antibacterianas, com aplicação na área da biomedicina. Com a possibilidade de, em 2010, vir a ser criada uma terceira empresa, é justo reconhecer o trabalho e espírito de liderança do director científico do Parque Tecnológico de Cantanhede, Carlos Faro. Jesualdo Ferreira – Uma expressiva vitória por três a zero sobre o Atlético de Madrid, no estádio Vicente Calderón, confirma um FC Porto em crescendo na Liga dos Campeões. Classificados em segundo lugar do grupo, atrás do Chelsea, e tendo garantido há muito a passagem para a fase seguinte da prova, os azuis e brancos nem precisavam do resultado, contudo, marcaram cedo e, exibindo segurança, equilíbrio táctico e confiança, não permitiram grandes veleidades ao clube espanhol. Jesualdo Ferreira reconheceu as dificuldades sentidas em alguns momentos do jogo, no entanto, o treinador fez notar que o caminho a percorrer, se o FC Porto quiser manter os bons pergaminhos, terá de ser o da “capacidade e competência”. A

D E S C E R

Villas Boas – Não obstante o rasgo de ousadia, o treinador da Académica O.A.F. não conseguiu repetir o feito dos seus antecessores que, nas duas últimas épocas, saíram do Estádio da Luz vitoriosos. A receita que Villas Boas costuma usar no confronto com os “grandes” não surtiu o efeito desejado frente aos encarnados. O técnico pagou a peso de ouro as opções tácticas e, apesar do esforços dos seus jogadores, a Briosa regressou a Coimbra com quatro golos sem resposta na algibeira. Apesar de tudo, carpidas as mágoas, Villas Boas tirou as devidas lições do encontro com o Benfica e aspira agora a continuar a progressão na tabela classificativa.

Fernando Ruas O autarca de Viseu acaba de ser reeleito presidente do Conselho Directivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP). A lista única para os órgãos sociais, liderada por Fernando Ruas, reuniu o apoio de 74 por cento dos votantes presentes no Congresso. Ruas, que lidera a ANMP desde Abril de 2001, reafirmou a intenção de continuar a dignificar o poder local, defendendo intransigentemente os interesses dos cidadãos. Lamentou, no entanto, o facto de o primeiroministro José Sócrates, que presidiu ao encerramento dos trabalhos, não tenha dado qualquer resposta às exigências e sugestões feitas pelos autarcas presentes. Xavier Viegas – O relato dos acidentes fatais ocorridos em Portugal, nos incêndios florestais que afectaram o país durante o ano de 2005 é o tema do livro “Cercados Pelo Fogo – Parte 2”, da autoria do director do Laboratório de Estudos sobre Incêndios Florestais e coordenador da área temática de Incêndios Florestais do Consórcio Nacional RISCOS, Xavier Viegas. A sessão de lançamento do livro realiza-se hoje, pelas 17h00, no auditório do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Duarte Nuno Caldeira, presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses fará a apresentação desta obra, editada pela Minerva Coimbra. João Dias Pacheco – Jurista na Águas de Coimbra, acaba de ser eleito para vicepresidente da Associação de Técnicos Administrativos Municipais (ATAM), organismo com forte vocação para se ocupar da formação profissional dos seus associados. Dias Pacheco, ex-director de serviços da AC, esteve «emprateleirado» durante a segunda metade do mandato da anterior Administração da empresa municipal. Ricardo Pocinho – Natural de Soure, Ricardo Filipe da Silva Pocinho acaba de concluir o doutoramento na Universidade de Salamanca, tendo sido atribuída a nota máxima, relevando elevado mérito académico e grande qualidade científica, à sua tese

sobre o tema “Plataforma de Formação Municipal – Acessibilidade e Sustentabilidade Educacional em Contextos Virtuais”, no âmbito do curso de Processos de Formação em Espaços Virtuais. O trabalho que Ricardo Pocinho defendeu no dia 3 de Dezembro contou com a orientação do professor doutor Dom Joaquín García Carrasco, do Instituto Universitário de Ciências da Educação da Universidade de Salamanca, e do professor doutor Eduardo João Ribeiro dos Santos, da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra. João Figueira – “Jornalismo em Liberdade”, livro da autoria de João Figueira, é dado a conhecer hoje, pelas 18h30, na livraria Almedina Estádio. A obra é apresentada pelo redactor principal da revista Visão, Miguel Carvalho, e pela coordenadora científica do CEIS 20, Maria Manuela Tavares Ribeiro, numa sessão em que participam também Joaquim Letria, Sena Santos e o sub-director da Antena 1, Ricardo Alexandre. Com prefácio do jornalista Carlos Daniel, este é um livro que reúne seis grandes entrevistas feitas entre Março e Maio deste ano, com Francisco Sena Santos, Joaquim Letria, Emídio Rangel, Vicente Jorge Silva, Henrique Cayatte e Maria Elisa, nomes que mudaram a forma de fazer jornalismo em Portugal, nos últimos 35 anos. António Arnaut fala sobre obra de Madalena

Caixeiro – Marcada por um forte cunho conimbricense, a última sessão da comunidade de leitores é hoje dedicada à obra de Madalena Caixeiro. A partir das 21h00, na livraria Almedina Estádio, em sessão aberta ao público, o advogado, poeta e ensaísta António Arnaut fará a análise crítica à obra desta escritora. Licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, professora da língua portuguesa, inglesa e alemã até 1998, leccionou, entre outros, na Universidade dos Tempos Livres, em Coimbra, e na Universidade Vasco da Gama. Madalena Caixeiro, três vezes galardoada com o Prémio Vitorino Nemésio e distinguida em 1986 com o Prémio Miguel Torga, estará presente na sessão para falar dos seus livros e responderá às perguntas da assistência. Pintores famosos inspiram alunos – Magritte, Joan Miró, Piet Mondrian, Andy Warhol e Salvador Dali são apenas alguns dos pintores famosos que serviram de inspiração aos alunos do 9.º ano do Colégio de São Teotónio. No Pavilhão Centro de Portugal, durante o mês de Dezembro, está patente uma exposição com os trabalhos criados pelos jovens alusivos ao tema do presépio, no âmbito da disciplina de Educação Visual, leccionada pela professora Benvinda Araújo. Investir depois da crise – António Martins, doutorado em Gestão, consultor do Fundo Monetário Internacional e professor da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra e um representante da corretora Golden Broker vão estar amanhã na livraria Almedina Estádio, pelas 21h00, para explicar como é possível investir no pós-crise. De entrada livre, esta sessão está integrada no ciclo “Coimbra, Economia em Progresso”, promovido pela Almedina, Clube MBA (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) e Ideias Concertadas. Figueira Gastronómica prossegue com o bacalhau

DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

– A partir de hoje e até ao dia 23 de Dezembro, o último ciclo da iniciativa Figueira Gastronómica é dedicado ao bacalhau e seu derivados. Depois do sável e da lampreia, dos peixes tradicionais, da festa da sardinha, a que se seguiu a jornada dedicada ao marisco e às caldeiradas, o bacalhau é agora o principal ingrediente das ementas dos 24 restaurantes que participam na Figueira Gastronómica, acção de promoção dinamizada pela Figueira Grande Turismo em parceria com a Associação de Hotelaria e Restauração do Centro (Delegação da Figueira da Foz). Filarmónica Fraternidade Poiarense – As comemorações dos 135 anos da banda Filarmónica Fraternidade Poirense decorrem no próximo domingo, dia 13 de Dezembro. Uma homenagem aos elementos da banda, membros dos corpos sociais e colaboradores já falecidos, através do descerramento de uma lápide no cemitério de Vila Nova de Poiares, marca o início das cerimónias, seguindo-se a fotografia de grupo nas escadas do Cristo Rei. Pelas 11h30 há celebração de uma missa na igreja de Santo André e, pelas 13h00, há um almoço convívio durante o qual serão homenageados 21 músicos da banda, com mais de 50 anos. As festividades prolongam-se durante a tarde, a partir das 15h30, com um concerto pela banda, na Casa do Povo de Vila Nova de Poiares, sede da colectividade. Fundação Bissaya Barreto lança livro infantil – A Fundação Bissaya Barreto apresenta amanhã, pelas 18h00, em Bencanta, o livro infantil “Traço a traço fazemos laços”. Com ilustrações feitas por crianças entre os cinco os seis anos, a obra é uma compilação de cinco novas histórias assinadas por conhecidos autores de literatura infantil. Os ilustradores da obra são crianças da Casa da Criança Rainha Santa Isabel, Casa da Criança Maria Granado e do Colégio Bissaya Barreto, num projecto coordenado por Carla Nazareth.

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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com:

Domingos Silva

Administrador da Sociedade Figueira Praia

Domingo das 12 às 13 horas - Ouça em 96.2 ou www.radioregionalcentro.com


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DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

EMPRESAS & NEGÓCIOS

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Centro Psicopedagógico e Clínica de Saúde

B R E V E S

Espaço aposta em leque alargado de especialidades MORADA Estrada da Beira, 318, Alto de S. João, 3030-173 Coimbra TELEFONE 239 714 485 (14h30 às 20h00) CORREIO ELECTRÓNICO cpc@netcabo.pt ENDEREÇO ELECTRÓNICO www.centropsicopedagogicodecoimbra.com

BENEDITA OLIVEIRA

O Centro Psicopedagógico e Clínica de Saúde alargou o número de especialidades. Agora a clínica tem capacidade de resposta médica desde o útero materno até à idade adulta. Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria, Psicomotricidade e Clínica Geral são as mais recentes valências, mas muito em breve serão ainda disponibilizadas consultas de Oftalmologia, com um especialista em estrabismo infantil. Sob direcção clínica de Beatriz Pena, o centro começou por estar mais vocacionado para a área de saúde mental do adulto e da criança. Às consultas médicas em Psicologia, Pedopsiquiatria e Psiquiatria, associaram-se depois especialistas em Terapia da Fala e professores do ensino especial. Já nos últimos anos, nota a pedopsiquiatra Beatriz Pena, houve um grande reforço de valências médicas que permitem afirmar este centro como uma unidade de saúde multidisciplinar. “Esta clínica consegue ter uma sequência e uma continuidade no evoluir de uma criança, desde in útero até que ela chegue à vida adulta”, observa a directora clínica, destacando que este tipo de acompanhamento médico é extremamente

importante para conquistar a confiança dos utentes, sobretudo dos mais pequenos. É, frisa a especialista, “uma mais-valia, pois a criança fica a conhecer as pessoas e essencialmente o espaço”. Confiança e empatia são, precisamente, características que se impõem nas terapias que envolvem adolescentes, faixa etária a cargo de Alexandre Pena. Comunicador e afável, o psicólogo especializado em Patologia da Adolescência e Comportamentos de Risco reconhece que a fase da adolescência é particularmente difícil e que, por vezes, os jovens tendem aos excessos. Esta é a faixa etária, frisa, do início da sexualidade, das experiências com drogas leves e do consumo de shots de álcool, pelo que, continua, para se conquistar um adolescente há que garantir uma “relação sigilosa” e que “colocá-lo à vontade”. Muitas vezes, afirma, o terapeuta desempenha ainda um importante papel de mediação entre pais e filhos, procurando minorar o “fosso geracional”. “Noventa e cinco por cento dos adolescentes não querem vir ao psicólogo e só o fazem após negociação familiar”, adianta Alexandre Pena, referindo que o “sucesso que vou tendo” deve-se a “muita sensibilidade” e à “cumplicidade” que

estabelece com os jovens. Há adolescentes que aparecem, conta, com necessidades de apoio psicopedagógico a vários níveis, nomeadamente com “estados depressivos gravíssimos”, que pressupõem, salienta, intervenção terapêutica multidisciplinar. “Tentamos colmatar as necessidades da família no seu todo e conjugar valências se for caso disso”, realça. Recorrente também é, declara Luísa Simão, a procura de apoio psicológico para os mais novos por parte dos pais. Seja para descortinar inquietudes, inseguranças, medos exagerados ou alterações de comportamento, a terapia infantil é importante para resolver casos de mal-estado emocional dos mais pequenos e, não raras vezes, descansar os progenitores acerca das capacidades cognitivas e de aprendizagem destes. “As situações que nos aparecem variam muito. Temos casos relacionados com problemas comportamentais e outros relacionados com o divórcio dos pais, passando por dificuldades de integração escolar”, relata a psicóloga, acrescentando que, neste momento, situações de bullying através de diversos meios tecnológicos também já é frequente. “Quando uma criança tem uma componente de medo, o bullying acaba por o exacerbar, o que é terrível, porque os miúdos ficam muito assustados e desconfiados”, considera, aconselhando os pais a facultar telemóveis e o acesso a computadores de forma supervisionada: “É

ma ISO 9001:2008 e respeitando as novas regras da APCER. Além de aumentar o grau de confiança dos utentes, o diploma vai ao encontro do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida que, aplicando uma directiva comunitária, obriga todas as clínicas do sector a certificar os serviços. Satisfazer o cliente e a melhoria contínua são os

principais desígnios desta certificação que permitiu a sistematização dos procedimentos, reforçando o rigor e a competência técnica da Ferticentro. Esta é uma área em que gera bastante stress, comentou o especialista, observando que “nós estamos a criar famílias e relações familiares. A vida das pessoas muda completamente quando nós temos sucesso”.

A Associação Comercial e Industrial da Figueira da Foz (ACIFF) promove ao dia 27 de Dezembro uma série de acções de Natal no concelho. A 12, 19, 20, 21, 22 e 23 uma dupla de figurantes, composta por um Pai Natal e um animador, arrancará sorrisos entre os transeuntes e espalhará boa-disposição nas zonas da Rua da República, Praça 8 de Maio, Praça General Freire de Andrade e Bairro Novo. Permanente é a Casa do Pai Natal na Praça 8 de Maio.

ACIB promove sorteio de Natal e concurso de montras A pedopsiquiatra Beatriz Pena é a directora clínica do espaço

importante os pais mostrarem-se interessados e questionarem os filhos sobre o uso destes [equipamentos] desde pequenos, porque provavelmente os miúdos habituam-se à vigilância”. E sobretudo, defende, “há que ter em atenção as mudanças de comportamento e conversar calmamente sobre elas”, porque, sublinha, quando as crianças “ficam muito passivas ou com grande agressividade” pode ser sinal de sofrimento. Consciente que a promoção da saúde física e psicológica, a antecipação de problemas e a prevenção da doença são essências para um crescimento e desenvolvimento saudáveis, a clínica tem ainda uma pediatra (Raquel Soares) ao serviço dos utentes. Reforçar o enfoque na prevenção e actuação precoce é também o objectivo da especialidade de Clínica Geral, a cargo de Carolina Gil. A mais recente colaboradora vai permitir avaliar e

orientar a maior parte dos problemas de saúde, encaminhando, sempre que necessário e de forma articulada, as situações que carecem de avaliação por outras especialidades. Num agregado familiar, nota por sua vez a psiquiatra Ana Cabral, os problemas têm “repercussão” sobre os vários elementos da família. Hoje em dia, refere, “há muitos pais que sofrem com os problemas dos filhos e que precisam de ajuda”. As exigências laborais são outros dos motivos, apontou, de stress no adulto, assim como no desequilíbrio do ambiente familiar. A saúde da mulher é outra das preocupações da clínica que agora também dispõe de Ginecologia/ Obstetrícia especialidade, a cargo de Pedro Manso, que garante não só acompanhamento e orientação adequada da gravidez e dos seus aspectos patológicos, bem como do bem-estar ao longo da vida.

Ferticentro sob o signo da qualidade A Ferticentro – Centro de Estudos de Fertilidade recebeu na passada sexta-feira, dia 4, o diploma de qualidade, tornando-se numa das primeiras clínicas de medicina da reprodução a certificar os seus serviços a nível da Península Ibérica. Foi um processo bastante exigente, notou o administrador Vladimiro Silva, sublinhando que a certificação foi feita sob a nova Nor-

ACIFF dinamiza acções de Natal

Luís Fonseca a entregar o certificado de qualidade ao administrador da clínica, Vladimiro Silva

A Associação Comercial e Industrial da Bairrada (ACIB) vai promover durante a época natalícia várias iniciativas com o objectivo de dinamizar o comércio tradicional dos concelhos de Anadia e Oliveira do Bairro. Até ao final do mês, a instituição associativa promove um sorteio de Natal, no âmbito do qual vai ser atribuída uma viagem a Palma de Maiorca. Por cada 15 euros de compras nas lojas aderentes, os consumidores recebem um cupão que depois deve ser depositado na tômbola da respectiva cidade. O resultado do sorteio será anunciado no dia 6 de Janeiro. Já do dia 12 a 25 decorrerá, mais uma edição, do concurso de montras de Natal. Os resultados do concurso serão divulgados publicamente na semana de 21 a 26 de Dezembro e a entrega de prémios será efectuada também a 06 de Janeiro. De referir ainda que nos sábados de 12 e 19 e nos dias que antecedem o Natal, 23 e 24, a figura do Pai Natal vai percorrer as ruas das duas cidades, entregando brindes aos transeuntes e com várias actividades para mais pequenos e graúdos.

“Dia dos Pais” na Academia de Teatro Helen O’Grady A Academia de Teatro Helen O’Grady abriu as portas aos pais em dois dos seus seis pólos. Lousã e Penela promoveram o “Dia dos Pais” a 7 e 9 respectivamente, sendo que o próximo a mostrar a capacidade criativa e de improviso dos mais novos é Miranda do Corvo (terça-feira, dia 15). Os restantes três pólos (Torre do Arnado, Lages e Vila Nova de Poiares) têm este dia agendado para o começo do segundo período. Nesta actividade, a academia que junta a expressão dramática ao ensino do Inglês promove exercícios de expressão corporal/facial e de aquecimento/ colocação de voz e apresenta uma mini-peça de teatro.


ACTUALIDADE

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QUINTA-FEIRA

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Violência nas relações conjugais

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A sangue frio BENEDITA OLIVEIRA

A região Centro em particular, mas o país em geral, tem sido fustigada por uma espécie de “onda de homicídios”. A vítima, essa, é quase sempre a namorada, mulher, companheira, mãe. Do distrito de Coimbra a Castelo Branco, de Viseu a Leiria, as notícias de assassinatos a sangue frio têm feito manchetes nos órgãos de comunicação social, deixando em choque populações, vizinhos, amigos e familiares. Algumas destas mulheres sofreram em silêncio durante anos, omitindo do resto do mundo a sua dor, o seu sofrimento, suportando maus tratos físicos e psicológicos entre quatro paredes.

“Entre homem e mulher não se mete a colher” é um adágio antigo que reflecte bem quão machista permanece a sociedade portuguesa. Por vergonha, por medo, por falta de alternativas, ainda há mulheres que se mantêm reféns de homens emocionalmente instáveis e agressivos. Outros opressores de mulheres, quando não mesmo dos próprios filhos, estão sinalizados. Cadastrados. O mesmo é dizer que os meios policiais são inoperacionais e os dispositivos judiciais incapazes de por cobro à violência física, psicológica, sexual ou financeira. Cúmplice, o sistema não protege a vítima de violência doméstica. Cúmplice, toda a comunidade assiste apática ao desenla-

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cido. Joana Fulgêncio, de 20 anos, foi encontrada na bagageira do carro do pai do agressor num precipício da barragem de Fagilde, Mangualde. A divulgação destes casos, nota Natália Cardoso, do Gabinete de Apoio à Vítima de Coimbra (APAV), “é positiva, porque serve de alerta para que as vítimas recorram mais cedo à nossa ajuda”, no entanto, frisa, por outro lado, “pode levar a que surjam alguns comportamentos por imitação”. De acordo com os dados deste gabinete, as denuncias de tentativas de homicídios aumentou ligeiramente este ano, assim como engrossou o número de mulheres jovens a pedir ajuda. De facto, “as comunicações que nos chegam são de situações de violência conjugal mais grave e tende a envolver mulheres mais jovens”, relatou ao nosso jornal Natália Cardoso. Quando se esperava que as gerações mais jovens invertessem o quadro da violência de género nas relações, sucede o oposto. Os dados do Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta confirmam a tendência. Mesmo quando não se tem nada a perder, o que é que o agressor ganha com tal acto de irracionalidade? Nada, mas perde. E muito. Perde a mulher, a (única) mãe dos filhos, o poder paternal e a consideração dos filhos, além de se ver privado de liberdade, no mínimo dos mínimos, uma dúzia de anos. No passado ficará ainda qualquer réstia de aceitação social, porque a sociedade tanto aplaude, como é implacável no fechar de portas. Do estigma de homicida nunFestas ca mais se virá Felizes livre. Afinal, NÉLIO JOSÉ CAMPOS LARANJEIRA matar o outro resulta quase SERVIÇO DE TORNO E FRESADORA sempre na morte lenta do próprio Telem.: 967 776 054 - Rua do Casal Novo 3140-162 Meãs do Campo homicida.

ce, na maioria das vezes, vezes demais, fatal. A última vítima na região foi Manuela Rama Costa. Quando finalmente ganhou coragem para denunciar a situação, foi assassinada à queima roupa pelo companheiro. Em frente ao posto da GNR de Montemoro-Velho. O mesmo posto cujos operacionais não viram razões para algemar o agressor, nem sequer para o revistar. Um deles pagou com a própria vida tal imprudência. Tão terrível quanto a perda de uma vida humana é verificar que outros contam a história, com laivos de satisfação. Reconhecendo alguma heroicidade a quem perpetrou o crime. Arrependimento não é propriamente um sentimento dominante entre os agressores. Refira-se um outro caso de homicídio passional, cujo julgamento teve início no passado dia 26 no Tribunal de Alvaiázere. João Margarido, autor confesso do crime, matou à facada a mulher de quem estava separado há um ano. Justificação? Alegadamente, a ex-companheira teria admitido que encontrara outra pessoa. Não menos preocupante, é o facto de, ao contrário do que seria expectável, os homicídios passionais ocorrerem cada vez mais entre os jovens. Quando se tem a vida toda pela frente! Quando os sonhos são, ou deviam ser, maiores que o mundo! Carla Sofia Martins, de 28 anos, residente em Coimbra, foi outra das vítimas do ciúme doentio. O ex-namorado desferiu diversos golpes de faca a 15 de Novembro em Castelo Branco. Três dias depois outro cenário macabro foi conhePUBLICIDADE

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De acordo com dados do Small Arms Survey, as armas pequenas e ligeiras vitimam, diariamente, em todo o mundo, cerca de mil pessoas. Dessas mortes, apenas 25 por cento se registam em contextos de guerra ou conflito armado. Estatísticas recentes demonstram que estas armas em posse civil superam aquelas sob controlo do Estado e forças de segurança. Vários estudos sobre violência armada têm chamado a atenção para o papel que estas armas têm desempenhado na perpetração de violência contra mulheres, quer em casa, quer em espaços públicos. Contrariamente ao senso comum, estes estudos revelam que as armas de fogo são particularmente perigosas quando presentes no contexto privado, independentemente de quem é o proprietário da arma, das suas motivações (protecção, defesa, desporto) e da legalidade da mesma. Em 2003, um estudo norte-americano concluiu que a presença de armas de fogo em casa aumentava as taxas de mortalidade em 41 por cento, triplicando os riscos a que as mulheres estavam sujeitas. Em França, onde existem cerca de 20 armas para cada 100 pessoas, uma em cada três mulheres assassinadas pelo seu marido, é atingida mortalmente com um tiro. Números semelhantes registam-se na Noruega, onde, desde 2000, morreram 80 mulheres às mãos de companheiros (actuais ou ex), sendo que as armas de fogo foram usadas em 1/3 dessas mortes, na sua maioria legais. Segundo Sarah Masters, coordenadora da Rede de Mulheres da IANSA, “o carácter potencialmente letal das armas ligeiras reduz ainda a capacidade de resistência das mulheres, limitando as suas hipóteses de fuga e de busca de auxílio, bem como de sobrevivência no advento de uma agressão.” Em Portugal, calcula-se que existam 1,4 milhões de armas de fogo legais em posse civil, na sua maioria armas de caça. As estimativas sobre a dimensão do mercado ilegal apontam para a existência de entre 500 mil e 1 milhão de armas. Entre 2003 e 2008, de acordo com dados do Ministério da Saúde e Polícia Judiciária, 437 pessoas foram vítimas mortais de armas de fogo no nosso país, sendo que 1619 ficaram feridas gravemente. Dados oficiais sobre violência doméstica armada são, contudo, escassos. Segundo dados do Observatório das Mulheres Assassinadas da organização UMAR, desde 2004 morreram no nosso país 192 mulheres vítimas de violência doméstica. Destas, 40 por cento foram assassinadas por armas de fogo e 17 por cento por armas brancas, sendo que em 40 mortes não há registo da causa de morte. É importante recordar, todavia, que estes dados captam apenas a realidade da vitimação directa de mulheres com armas de fogo, negligenciando o elemento intimidatório das armas de fogo e outros impactos da violência armada, como os sobreviventes da violência armada.

(Observatório sobre Género e Violência Armada, Centro de Estudos Sociais/UC)

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Futuro do planeta passa pelas energias alternativas Os cientistas prevêem que a temperatura global do planeta aumente entre 1º e 3º C durante o século XXI, aumento este que irá provocar uma alteração das actuais condições climatéricas a nível planetário, introduzindo alterações em todos os ecossistemas, a diversos níveis. A emissão de gases poluentes, para a atmosfera, decorrentes da acção humana, nomeadamente através da queima de combustíveis fósseis (carvão e petróleo), é apontada como a principal responsável pelas alterações climáticas. Os cientistas confirmam o que cada um de nós, há muito, vem sentido. Quem já não ouviu ou disse que as estações do ano já não são “como antigamente”? Pois, o clima está em mudança, e não para melhor, pondo em risco a vida no Planeta Ter-

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ra tal como a conhecemos. A mudança para melhor depende de todos e, fundamentalmente, de uma convergência de vontades políticas, como a que é esperada na Cimeira de Copenhaga (ver página 12). Uma das soluções para o combate às alterações climáticas, passa pelos países

acarinharem, cada vez mais as energias renováveis, também conhecidas como energias alternativas; fontes de energia ilimitadas, fornecidas pela Natureza e amigas do ambiente. Existem, são conhecidas, mas requerem investimentos avultados até entrarem no dia-a-dia das ci-

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dades, de um bairro ou até de uma casa, por isso, incentivos como o Programa Solar Térmico (ver página 13) são de aproveitar. A energia solar (dos raios de sol) e a eólica (do vento) são, porventura, as mais conhecidas e faladas. Os painéis fotovoltaicos e aerogeradores são equipamentos que começa a fazer parte da paisagem. Contudo, existem outras, como a energia da biomassa (resultante dos resíduos florestais), energia geotérmica (obtida a partir do calor da Terra), energia das marés (gerada pela diferença de amplitude entre marés, que vão produzir trabalho mecânico, que vai gerar electricidade) e a energia das ondas (gerada pela movimentação das ondas, que também vão produzir trabalho mecânico, que por sua vez vai produzir electricidade).

Combate às alterações climáticas em Copenhaga

A cimeira da esperança A Cimeira de Copenhaga (a decorrer desde segunda-feira) é considerada a mais importante batalha no combate às alterações climáticas, a nível global, desde a célebre Cimeira de Quioto, no Japão, na qual foi aprovado um protocolo com o objectivo de levar os países mais desenvolvidos a limitarem as emissões de gases com efeito de estufa, entre 2008 e 2012. O acordo vindo da terra do Sol Nascente levou algum tempo a ser ratificado mas, actualmente, é assumido por 187 países. Até ao próximo dia 18, em Copenhaga, é esperado um novo protocolo para controlar as emissões de gases a partir de 2013 e uma série de medidas de adaptação às alterações climáticas. A adesão dos EUA (agora sob a presidência de Barack Obama, entretanto feito Nobel da Paz), ao esforço colectivo na redução da emissão de gases, é

uma das grandes esperanças depositadas na nova reunião, iniciada segundafeira. Em 2001, o então Presidente dos EUA, George W. Bush, anunciou que o país não assinaria o Protocolo de Quioto. Justificouse dizendo que as limitações impostas afectariam a economia americana. Em Nova Iorque, precisamente, numa das reuniões preparatórias da nova cimeira, o secretáriogeral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que um fracasso em Copenhaga seria “moralmente indesculpável”. “A incapacidade de concluir um acordo global (sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa) em Copenhaga seria moralmente indesculpável, de vistas-curtas em termos económicos e politicamente mal-avisado”, disse Ban Ki-moon perante cerca de uma centena de chefes de Estado e de governo.


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Grupo empresarial aposta forte na internacionalização

José Pimentão, CEO da Sinergiae

Sinergiae foi pioneira e é líder na região Centro

“Portugal precisa de políticas mais arrojadas”

Criada em 2004, em Coimbra, numa época em que as energias renováveis ainda eram uma incógnita para muita gente, a Sinergiae desbravou caminho e assume-se hoje, pela voz do seu principal responsável, José Pimentão, “uma empresa sólida, virada para o futuro e para os desafios contínuos que são o Ambiente, a Engenharia e a Arquitectura. Não é apenas uma empresa, mas um grupo que tem vindo a forjar o seu próprio espaço no quadro nacional e internacional, actuando também na engenharia energética (faz auditorias para certificação energética), estudos ambientais, arquitectura bioclimática e planeamento, engenharia espacial e investigação. É líder na região Cen-

tro, mas aspira a médio prazo a ser uma das líderes de mercado no país. O ano que se avizinha, será o de internacionalização por excelência. O salto já foi dado, através da constituição das Sinergiae Angola, Sinergiae Médio Oriente e Sinergiae Magreb. Novo sítio e nova imagem dia 17

De acordo com o Portfólio 2010 do grupo, esta política de crescimento “baseia-se em transferência de conhecimento e em parcerias político-estratégicas com os diferentes governos e é fortemente apoiada pelas embaixadas portuguesas espalhadas pelo mundo.” No próximo dia 17, quando lançar a nova imagem corporativa e o novo

sítio – www.sinergiae.net –, o grupo Sinergiae mostrará o que tem feito, o que tem para oferecer e o que o distingue das demais empresas do sector. Inovar é palavra de ordem e nesse capítulo assume papel preponderante a investigação feita no seio do grupo e partilha de sinergias entre as várias empresas que o compõem. José Pimentão, CEO do grupo, pensa que o mais recente “boom” no domínio das energias renováveis, que permitiu o aparecimento de muitas empresas do sector, será dentro de “um ano, ano e meio”, seguido de uma desilusão para as empresas que não se preocuparam em ter uma base de conhecimento sólida. Actuando em áreas

tecnológicas em permanente evolução e cada vez mais apetecíveis do ponto de vista empresarial, a Sinergiae possui um quadro técnico, com formação superior nos diferentes domínios da actuação, nomeadamente em engenharia e arquitectura. José Pimentão (ele próprio licenciado em Engenharia Mecânica e em Engenharia Astroespacial e com formação em Gestão, pela Escola Doutoral de Paris) está seguro de que a Sinergiae está preparada para o embate. O que para alguns pode ser entendido como “excesso de optimismo”, o administrador diz ser um “optimismo calculado” baseado em fortes argumentos de solidez e conhecimento de causa.

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Falando ao “Campeão” na véspera de mais uma corrida aos alvarás para a microgeração, José Pimentão, CEO do grupo Sinergiae, defende políticas mais arrojadas para o sector das energias renováveis e uma fiscalização apertada no domínio da certificação energética dos edifícios, aplaude o Programa Solar Térmico (ver página 13) mas também comunga da opinião generalizada de que não começou da melhor maneira, sendo que, continua a colocarem-se demasiados “players” neste processo, alguns deles, sem bases nem conhecimentos em engenharia. A Lei da Microgeração, que permite a particulares produzirem energia nas suas próprias casas, através de pequenos sistemas eólicos e solares, é, na opinião do empresário uma “boa medida” governamental, mas peca pela falta de arrojo. O grupo Sinergiae possui já mais de 150 clientes, de Norte a Sul do país, detentores de alvará para microgeração. A disponibilização de apenas 800 alvarás, por mês, para cerca de 100 mil candidatos é um cenário que José Pimentão gostaria de ver alterado a breve trecho. O limite máximo de potência atribuído a cada produtor caseiro, actualmente limitado a 3,68 Kw (no regime bonificado), é outra alteração que gostaria de ver concretizada. Defende um limite até 100 ou mesmo 150 Kw e pensa que nesse cenário a Sinergiae estará à altura do desafio e fará a diferença. “Na Alemanha, por exemplo, não há limite!”, sublinha, a título de exemplo. Se em tempos houve argumentos técnicos para a limitação imposta pelo Go-

verno, baseada na própria tacanhez do sistema eléctrico nacional, actualmente, graças a um esforço de modernização ocorrido em todo o país, José Pimentão pensa que a razão técnica é a que pesa menos. Tudo dependerá, cada vez mais, “de vontade política”. Num país que concentra grande parte da sua força de trabalho nas Pequenas e Médias Empresas (PME), o empresário pensa que, no caso da energia eólica, a vontade política está, erradamente, mais voltada para o favorecimento dos grandes grupos. A certificação energética dos edifícios é uma nova realidade no país e uma das actividades que ocupa a Sinergiae - Arquitectura. Visa atribuir uma etiqueta de desempenho energético aos edifícios (à semelhança do que acontece com os electrodomésticos), identificar medidas de melhoria do desempenho energético para aperfeiçoar a classe energética do edifício/fracção e potenciar a economia de energia de 20 a 40 por cento dos edifícios e reduzir as emissões de CO2, poupando o ambiente. Neste domínio, José Pimentão defende uma fiscalização apertada e critica a forma como decorre grande parte dos processos de certificação e por quem são feitos. Defende maior profissionalismo e sentido de responsabilidade. Por todos os motivos José Pimentão acredita que a reunião de Copenhagem, que está precisamente a decorrer, levara a Europa a politicas mais arrojadas sobre o Ambiente que terão, espera, repercussões positivas para o tecido empresarial Português.

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Parque temático em Loures é único no país Moinhos de vento, aerogeradores, painéis solares, são alguns dos equipamentos que poderão ser encontrados no primeiro parque temático do país vocacionado para as energias renováveis aberto desde Outubro passado, no concelho de Loures. O parque situa-se no Parque Urbano de Santa Iria da Azóia, criado em 2000, local que em tempos serviu de aterro à Valorsul entre os anos de 1988 e 1996. Tudo começou em 2006, com a criação de uma horta solar, um projecto impulsionado pelo Gabinete Técnico Florestal da Câmara Municipal de Loures, que valeu já uma menção honrosa da Direcção-Geral das Autarquias Locais, pelas boas práticas na área do ambiente, e o terceiro lugar do concurso de projectos inovadores na área da Sustentabilidade Local. No domínio da energia solar, o tem painéis fotovoltaicos. Um dos exemplos do aproveitamento energético que fazem no

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local é, precisamente, a água quente das casas de banho que é aquecida pela energia transmitida por um painel solar. Quanto à energia eólica, foi construído um moinho de vento típico. Nas cabanas, alimentadas por aerogerador e paineis solar fotovoltaicos, os utentes podem carregar telemóveis, trabalhar com computadores portáteis, ouvir música, ligar consolas de jogos, etc. Para complementar este Parque Temático, uma mini-hídrica instalada no pequeno lago do Parque Urbano irá produzir energia eléctrica. É um investimento de cerca de 1,5 milhões de euros, repartidos entre a autarquia e várias empresas patrocinadoras.

SAIBA QUE

“A energia eléctrica gerada pelas fontes de energia renováveis resulta do aproveitamento de recursos naturais tais como as energias hídrica, eólica, solar, e das ondas. Estas fontes são abundantes, embora necessitem de investimentos consideráveis para o seu aproveitamento em larga escala. O seu aproveitamento, se realizado de acordo com práticas adequadas, terá um impacto reduzido no meio ambiente, aumentando a diversidade da oferta de energia a longo prazo, e reduzindo a poluição e a emissão de gases de efeito de estufa.”

Para particulares, IPSS e colectividades

Acesso a incentivos à energia solar termina no próximo dia 31 O programa governamental de incentivo à aquisição de energias renováveis, por parte de consumidores particulares, termina a 31 de Dezembro próximo. Sob o lema “A energia solar quando nasce é para todos”, está em vigor desde Março. Trata-se de uma solução “chave na mão” desenvolvida pelo Ministério da Economia e da Inovação e o Ministério das Finanças e da Administração Pública, que proporciona a aquisição de colectores solares, com condições especiais de financiamento e permitir aos particulares “poupar mais de 20% do valor da factura de gás da sua casa”. Garante outras condições especiais: possibilidade de financiamento com condições preferenciais, instalação incluída, garantia de manutenção e benefícios fiscais de 30% do custo de investimento. De acordo com a entidade promotora, “Portugal tem um elevado potencial solar - 2200 e 3000 horas de sol por ano – que se encontra subaproveitado e”, independentemente, da região, “é um dos

países da Europa com melhor recurso solar, sendo sempre vantajosa a instalação de colectores solares térmicos”. Esta medida destina-se exclusivamente a consumidores particulares, para instalação nas suas residências, principalmente em casas usadas, sendo esta uma uma medida complementar a outras que já estão em vigor como é o caso do Decreto Lei 80/2006 que obriga a instalação de painéis solares nos edifícios novos. O Programa Solar Térmico, aberto a consumidores particulares, foi também alargado a instituições particulares de solidariedade social (IPSS) e a clubes e associações desportivas com utilidade pública. Esta medida envolve também o Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social e a Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, e destina-se a apoiar a instalação de sistemas solares térmicos para a produção de águas quentes sanitárias (banhos e cozinhas) ou o aquecimento de água de piscinas. De acordo com a en-

tidade promotora, “estes sistemas deverão produzir uma quantidade de energia que supere 55 a 75% das necessidades energéticas previamente existentes.

O valor do benefício, correspondente a uma comparticipação a fundo perdido, poderá atingir 65% do investimento associado”.

Um conselho Em artigo de opinião publicado no Portal das Energias Renováveis, o especialista João F. Saraiva, considera que este programa “apesar de estar longe de ser o melhor, representa hoje a maior promoção ao Solar Térmico em Portugal, com apoios directos e indirectos que permitem reduzir o custo dos sistemas solares em cerca de 50%.” A concluir o artigo, deixa um conslhoaos consumidores: “Se tiver condições para a instalação de um sistema solar térmico, até ao fim de 2009 aproveite a campanha, mas seja crítico na escolha e exija todos os esclarecimentos necessários aos vários intervenientes do processo (estado, bancos, fornecedores e instaladores).” (www.energiasrenovaveis.com)

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“A mais longo prazo, a energia solar e a energia das ondas, com a previsível redução dos custos das tecnologias de conversão, terão um papel relevante no abastecimento de energia em Portugal.” “Estima-se que a floresta portuguesa gere por ano cerca de 6 milhões de toneladas de resíduos, cuja recolha permitiria reduzir significativamente o risco de incêndios, e produzir o equivalente a 3,5 TWh de electricidade renovável. Este tipo de electricidade renovável, representa cerca de 8% do consumo de electricidade em 2005, tendo com as tarifas actuais um valor de cerca de 370 milhões de euros.”

in Manual da Eficiência Energética, disponível, gratuitamente, no site da BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável

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“A necessidade de aquecimento e de arrefecimento ambiente nos edifícios pode ser reduzida através de medidas de aproveitamento da energia do solar. A instalação de colectores solares em edifícios, pode reduzir em cerca de 80% o consumo de energia convencional (electricidade, gás natural, gás propano, etc.) para o aquecimento de água.”


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Cinco prendas da Quercus para José Sócrates A poucos dias da Cimeira de Copenhaga, o primeiro-ministro José Sócrates recebeu cinco presentes simbólicos, da associação ambiental Quercus: uma calculadora solar, uma lâmpada economizadora LED, um carregador solar de telemóvel, um sobreiro para plantar e um cheque de 195 mil milhões de dólares por assinar. A Quercus e a Objectivo 2015 - Campanha do Milénio das Nações Unidas – apelaram, deste modo, a José Sócrates para que Portugal contribua activamente para uma posição mais ambiciosa da União Europeia e faça investimentos coerentes em termos de política energética e ambiental no combate às alterações climáticas. Calculadora solar – “Para que não se engane nas contas: Os cientistas PUBLICIDADE

afirmam que o aumento da temperatura do planeta tem de ser inferior a 2ºC, para que seja possível evitar as consequências catastróficas das alterações climáticas. Para tal, é necessário que os países desenvolvidos acordem uma redução entre 25% a 40% das suas emissões de gases de efeito de estufa até 2020, com base nos valores de 1990. A União Europeia deverá elevar consideravelmente o seu nível de ambição, chegando aos 40%, dos quais 30% devem ser assegurados através de um esforço interno e apenas os restantes 10% pela aquisição de créditos externos de carbono.” Lâmpada LED “Mais decisiva ainda do que as energias renováveis, a aposta na eficiência energética é onde os investimentos têm uma melhor relação de custo-eficácia, a

começar por Portugal. É necessário que esta seja uma prioridade mais visível e que faça parte dos grandes objectivos para todos os países na redução das necessidades em energia primária.” Carregador solar de telemóvel - “A aposta nas energias renováveis em todo o mundo é fundamental. É indispensável que os países desenvolvidos acordem um fundo tecnológico que ajude os países em desenvolvimento num futuro menos dependente de combustíveis fósseis, isto é, com menores emissões de carbono.” Um quercus suber (sobreiro) para plantar “As florestas podem ter uma importante contribuição na redução das concentrações de dióxido de carbono na atmosfera. Portugal, com um terço do

território ocupado por área florestal, deve no entanto defender uma forma de contabilização do contributo das florestas na redução das emissões que seja simples, transparente e baseada numa referência histórica.” Um cheque de 195 mil milhões de dólares por assinar - “São necessários 195 mil milhões de dólares por ano para ajudar os países em desenvolvimento na redução das suas emissões e na adaptação aos efeitos das alterações climáticas, que já não se podem evitar. Estes países foram os que menos contribuíram para o problema, mas são os mais afectados por ele. Este montante de apoio adicional à Ajuda Pública para o Desenvolvimento é essencial também para cumprir os Objectivos do Milénio das Nações Unidas até ao ano de 2015.”

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B R E V E S

Timor possui grande potencial em energias renováveis Notícias vindas de Timor dão-nos conta de que o grupo português Martifer está a proceder ao estudo do potencial de Timor-Leste em energias renováveis, devendo entregar o relatório final em Maio de 2010. O relatório preliminar já entregue pela empresa portuguesa, que desde 2008 está a fazer levantamentos em Timor-Leste, avança que o país possui um grande potencial nas áreas da energia hidroeléctrica, energia eólica, biomassa, energia geotérmica, energia fotovoltaica, biogás e combustíveis renováveis.

EDP Renováveis levará seis projectos ao primeiro leilão brasileiro De acordo com o Jornal Económico, a EDP Renováveis inscreveu seis projectos para o leilão de energia eólica que o Brasil realiza no próximo dia 14, num total de 153 megawatts (MW) de potência para os quais o grupo procurará garantir contratos de fornecimento. Esta participação fica-se pela metade da que foi estimada há uns meses pelos responsáveis da EDP, refere a mesma fonte. Os 153 MW são apenas os projectos apresentados em nome da própria EDP Renováveis, não tendo sido possível apurar se a empresa concorre, em parceria com outros promotores, com outros empreendimentos.

Portugal e Chile trocam experiências O Estado português celebrou um protocolo com o Chile referente a cooperação e partilha de tecnologias sobre energias renováveis. “O Chile reconhece que Portugal tem um trabalho importante de investigação, aplicação e desenvolvimento das energias renováveis. Somos, aliás, um dos países do mundo com maior componente de energias renováveis no nosso mix energético”, referiu o secretário de Estado da Energia e da Inovação, Carlos Zorrinho. O Governo português também tenciona aprender com o Chile, um “país com uma dimensão física diferente, mas uma dimensão económica similar”.


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ACTUALIDADE

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Há idosos em Miranda do Corvo e Penela que dobram a barreira dos 100 anos

Exemplos de longevidade e lucidez G. B.

Maria da Conceição Alves, nasceu a 4 de Dezembro de 1909 e acaba de completar 100 anos. A vetusta idade, exemplo de longevidade e lucidez, foi registada em ambiente de festa por familiares, amigos e colaboradores da Associação para o Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) de Miranda do Corvo.

Em Penela, Maria da Conceição (107 anos), é também exemplo de longevidade

Natural de Casal da Misarela, freguesia de Torres do Mondego (Coimbra), Maria da Conceição Alves está há cerca de 9 anos ao cuidado da unidade de residência assistida da ADFP. O testemunho de uma vida de trabalho, dedicada aos filhos, garantiu-lhe uma merecida festa de aniversário, onde a família, já na terceira geração, transmitiu à aniversariante o quanto a estima. Daniel Alves Simões, o filho mais velho, tinha apenas dois anos quando a mãe ficou viúva, aos 21 anos. Armando Alves Simões, o mais novo, agora com 79 anos, recorda “uma vida de trabalho dedicada aos filhos”. A preocupação constante da mãe na sua educação e do seu irmão, para a qual contou com a ajuda de familiares, é um registo de afectividade que Maria da Conceição mantém, partilhando com filhos, netos, bisnetos e trinetos. Comemorar cem anos é coisa rara. E menos usual ainda que o aniversariante tenha

a lucidez que Maria da Conceição Alves ainda demonstra. “O único problema de saúde que tem são as pernas e ouve um pouco mal, de resto, está mais lúcida que o filho”, explica Armando Alves Simões. O irmão, Daniel Simões, constata que a sua mãe, “apesar de uma vida de trabalho, cá vai andando, com uma saúde de fazer inveja”. Para a idade, claro. Andreia Rodrigues tem apenas 11 anos. Ainda não sabe o que quer ser quando for grande. Tem, contudo, a certeza de que a ocasião é de festa, “porque não é todos os dias que se tem uma avó a fazer cem anos”. Quatro gerações juntaram-se no dia 4 de Dezembro para comemorar os 100 anos de Maria da Conceição Alves. Rodeada pelos familiares e amigos, o seu rosto é, todo ele, sorrisos, alegria e contentamento. Encetamos conversa com a aniversariante. Porque a audição já não é o que era – maleitas menores para alguém que acaba de comple-

tar um século de vida –, as perguntas são repetidas ao ouvido por um familiar. “Sabe, trabalhei muito para chegar aos 100 anos”, declara. Recorda tempos de intensa labuta, a servir em casa das senhoras, a fazer limpezas, a cozinhar e a lavar roupa no rio. “Tudo para dar de comer aos filhos”, explica. Os filhos criaram-se. Os anos passaram. A família aumentou. E quando questionada sobre o segredo da sua longevidade, Maria da Conceição Alves lá diz que viver tanto tempo nunca foi coisa que lhe passasse pela cabeça. Quirino São Miguel, vicepresidente da Direcção da ADFP, declarou ao “Campeão” a responsabilidade acrescida de cuidar de alguém com esta idade. O facto de ser o primeiro utente da residência assistida a completar 100 anos é, explica, “motivo de regozijo acrescido”. Para lá dos 100 anos

Não são muitas as pessoas que se podem gabar de

Maria da Conceição Alves comemorou os 100 anos na ADFP, rodeada de familiares e amigos

chegar aos 100 anos. E menos aquelas que mantêm uma lucidez capaz de nos colocar em sentido. Mas no vizinho concelho de Penela, há outros exemplos de longevidade. A residir na pequena localidade de São Sebastião, Maria da Conceição nasceu em 1904 e completou no dia 7 de Dezembro a vetusta idade de 105 anos.

Também Manuel Ramos, seu conterrâneo, entretanto falecido, chegou aos 102 anos. David Duarte, presidente da Comissão de Melhoramentos de São Sebastião (Penela), sublinhou ao “Campeão” a “lucidez invejável” de Maria da Conceição. A colectividade e a população encarregou-se de fazer a merecida festa.

ANSIÃO Mostra gastronómica dinamiza vila durante três dias brir novos paladares ou, riquezas de origem rural simplesmente, fazer uma desta parte do país. refeição em família ou com amigos. Programa Na sua maioria, os arode animação mas e paladares característicos do concelho de Ao longo de todo o Ansião estão ligados à certame está previsto um tradição agrícola, com programa de animação, destaque para a activida- onde pontificam grupos de de pastorícia. A combi- animação popular. nação de aromas e saboAmanhã, dia 11, está res desta terra resulta prevista a actuação do Rannuma cozinha original e cho Folclórico Flores da Serdistinta. Nos solos argilo- ra, da Lagoa Parada e da so-calcário e serrano des- TuNa Sicó, respectivamenta região nascem tomi- te às 21h00 e 23h00. lhos (conhecidos como No Sábado dia 12, às Erva-de-Santa-Maria) e 13h00, apresenta-se aos vioutras ervas usadas em sitantes a banda popular temperos e chás, cujo Drama e Beiço. Depois, uso é passado de geração em geraTake away Sopas e Saladas ção, e que Pratos do dia marcam a diferença nas carnes e nos queijos típicos. O vi- Ansião: Rua Rosa Falcão - Telef.: 236 107 067 da Foz: Tavarede - Telef.: 233 425 367 nho e o azei- Fig. Figueiró dos Vinhos: Rua Major Neutel de Abreu te são outras Telef.: 236 551 126

pelas 17h30, actua o Rancho Margaridas da Serra, da Serra do Mouro. O Rancho Típico de Alvorge apresenta-se pelas 21h00 e, a partir das 22h00, decorre um concerto pela Banda da Sociedade Filarmónica Ansianense de Santa Cecília. No Domingo a cultura popular volta a marcar presença. De novo à hora do almoço actuará a banda Drama e Beiço. Depois, pelas 15h30, apresenta-se ao público o Rancho Folclórico Infantil das Serras de Ansião e, pelas 18h00, actua o Grupo de Cantares da Câmara Municipal de Ansião.

Papas com farinha de milho Favas guisadas Cacholada Cabrito/borrego de Sicó assado Migas com morcela assada Sardinha albardada Chícharos com couve miúda e sardinha assada Bacalhau assado Merendeiras doces Lesmas Belhós

...e produtos endógenos Azeite “Serras de Sicó” Doces, compotas e frutos secos Ervas aromáticas, entre as quais estragão, salva e lavanda Mel “Serras de Sicó” Queijo Rabaçal Requeijão Vinhos “Terras de Sicó”

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Festas Felizes!

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Um festival de sabores é o que promete ser a I Mostra Gastronómica de Ansião, que decorre de amanhã a domingo no Centro de Negócios de Ansião – Parque Empresarial do Camporês. Organizada pela Câmara local, em parceria com as juntas de freguesia do concelho e respectivas colectividades, a iniciativa visa a valorização e divulgação dos produtos locais, para além de proporcionar aos visitantes uma oportunidade para apreciar os sabores da gastronomia local e regional. Para além da possibilidade de compra de diversos produtos, o certame integra a representação, por cada uma das oito Juntas de Freguesia, dos pratos típicos da região. Trata-se de uma excelente oportunidade para degustar iguarias típicos, como o chícharo, desco-

Principais iguarias gastronómicas...


PASSATEMPOS

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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 149

QUATRO NOMES DE HOMENS COMEÇADOS POR “I”

(Todos os enunciados das Horizontais começam pela letra “i”)

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PROBLEMA N.º 149/A

Tema de hoje – LETRA “I”

Utilizando todas as sílabas constantes do “quadro”, formar quatro nomes de homens começados por “i”. HORIZONTAIS 1 – Imagino. Instalei. Ides. 2 – Indícios. Ideias. Impaciência. 3 – Império. Indicada. Inquieto. 4 – Inflamara. Insurge-se. 5 – Inábil. Infere. 6 – Inventona. Invadido. 7 – Intriga. Importâncias. Indecente. 8 – Indivíduos. Incómodos. Impressionei. 9 – Iracunda. Isoladas. Importantes. VERTICAIS 1 – Ilustre. Conselho de Imprensa (abr). 2 – Implores. Juntar. 3 – Imperadores. Cacete. 4 – Ministério da Saúde (abr). Idolatro. Aquelas. 5 – Incomum. 6 – Braço. Associação Lisbonense de Proprietários (abr). 7 – Pelo. Nome de Letra (pl). 8 – Idêntica. Indiviso. 9 – Sociedade Anónima Desportiva (abr). Arrás. 10 – Czar. Bigorna de aço sem hastes... 11 – Eternidades. 12 – Elas. Derriço. Fidelidade. 13 – Incumbência. Cachucho. 14 – Vereador. Implacável. 15 – Impresso. Ides.

PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de ÁGUIA; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 141: Fernando Rui Herculano, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; e Pedro Miguel Capelle, de Viseu, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.

HORIZONTAIS 1 – Parte do hipódromo onde correm os cavalos. 2 – Parrecos. Praticar o acto sexual com. Pêlo. 3 – Batelada. Principiaram. 4 – O resto. Estado de espírito. Senhora. 5 – Rio de Portugal. Abrir sulcos em. 6 – Perímetro da saia. Consentimento. 7 – Súplica. Celeridade. 8 – Antes de Cristo (abr). Caras. Contempla. 9 – Exprimirem por palavras. Aquilo que apresenta flutuações. 10 – Nome próprio masculino. É capaz de. 11 – Nome próprio feminino (pl). Coisas sensacionais. VERTICAIS 1 – Deixas de andar. Misérias. 2 – Abater. Enxerga. 3 – Tzar. Mágoa. Família. 4 – Transitivo (abr). Moldada. 5 – Morte. Desgraças. 6 – Pessoa dócil. Descrente. 7 – Recompensara. Amerício (sq). 8 – Agitavas. Nome de letra grega. 9 – Valer. Arrás. 10 – Remoinho de águla (pl). Limpo. 11 – Reunir. Tudo o que existe e foi criado.

SOLUÇÕES

ENIGMA FIGURADO

Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.

Palavras Cruzadas – Problema n.º 141: Horizontais – 1 – tremoço, ervilha. 2 – rum, u, lat, o, uas. 3 – imas, chila, fava. 4 – gás, ve, la, ser. 5 – or, CIV, faz, ro. 6 – pira, além. 7 – grão, dó, aC, soja. 8 – mio, bar, véu, Rui. 9 – ta, ca, ano, mi, só. Verticais – 1 – trigo, gmt. 2 – rumar, ria. 3 – emas, pão. 4 – m, s, cio, c. 5 – ou, vir, ba. 6 – ç, cevada. 7 – OLH, ora. 8 – ai, n. 9 – ETL, avo. 10 – r, alface. 11 – vô, aal, um. 12 – i, f, zés, i. 13 – luas, mor. 14 – haver, jus. 15 – asaro, aio. Problema n.º 141/A: Horizontais – 1 – dorida, sete. 2 – alados, aval. 3 – mor, r, ocara. 4 – arar, aro, ad. 5 – seita, adi. 6 – ro, unido, oo. 7 – eco, arado. 8 – tu, elo, emas. 9 – opaco, u, epi. 10 – mato, amigos. 11 – ares, casara. Verticais – 1 – dama, retoma. 2 – olor, ocupar. 3 – raras, o, ate. 4 – id, réu, ecos. 5 – dor, inalo. 6 – as, atiro, ac. 7 – orada, uma. 8 – saco, ode, is. 9 – Eva, a, ómega. 10 – tarado, apor. 11 – Eládio, sisa. Cinco frutos da terra: Pimento, tomate, pepino, abóbora, batata. Enigma figurado: Grão a grão enche a galinha o papo.

NATAL Jantar solidário no próximo sábado

Vila de Penela transforma-se em Presépio L.S.

O Natal está aí e o “Penela Presépio” está de regresso, com mais encanto, surpresas e maior fascínio. De 12 de Dezembro a 3 de Janeiro de 2010, a vila promete muita brincadeira, animação, cor, música e alegria, com a criação de novos espaços temáticos, nos quais a magia de Natal estará presente. Já no próximo sábado, dia da abertura oficial do “Presépio”, decorrerá no Pavilhão Multiusos, pelas 19h30, a 3.ª edição do jantar “Penela Solidária”, para angariação de fundos para as instituições particulares de solidariedade social do concelho.

Os fundos angariados, constituídos por uma parte do valor pago para o jantar e pela receita dos leilões, serão distribuídos pelas IPSS, contribuindo assim para melhorar a já meritória obra que vêm desenvolvendo. Este jantar, aberto a todos os que queiram participar e ser solidários, vai ter a actuação da Orquestra Ligeira da Sociedade Filarmónica Penelense. Durante a iniciativa decorrerá, também, a entrega de prémios aos seis presépios vencedores do concurso concelhio, sendo depois leiloados juntamente com obras de artistas plásticos que generosamente se oferecem para colaborar nesta iniciativa. A decoração de Natal já

pode ser apreciada em várias ruas, artérias e rotundas da vila, iniciativa da Câmara que pretende dinamizar e valorizar o centro histórico de Penela, assim como o comércio tradicional. De forma a envolver toda a população nesta iniciativa, a autarquia convidou todos os habitantes da vila a decorarem as suas janelas e varandas com luzes de Natal, uma forma de atrair mais turistas ao concelho. O maior presépio animado

De 12 de Dezembro até 3 de Janeiro de 2010, Penela tem o maior presépio animado de Portugal, com cerca de 500 m2 e mais de 100 bonecos animados, que

A vila quer proporcionar aos visitantes a magia do Natal

pode ser visitado no castelo, de segunda a sexta-feira, das 10h00 às 12h30 e das14h00 às 19h00, e aos sábados e domingos, das 10h00 às 19h00. Ao fim-de-semana pode também ser apreciada uma recriação do presépio,

com o quotidiano e ritmos da realidade daquela época, retratando-se as vivências dos artesãos, soldados, entre outras personagens, e revivendo-se ainda as peripécias da vida diária daquelas gentes. Haverá, também, a “Al-

deia da Fantasia”, com momentos permanentes de animação, onde serão contadas histórias, através de actores e farsantes, para divertirem o público. Não faltará, igualmente, a “Praça da Brincadeira”, para os mais pequenos, com pistas de snowtube (bóias), trenó e jogos infantis. Nas ruas da vila decorrerá o “Mercadinho de Natal”, onde o visitante será surpreendido pelos produtos mais típicos da região, através da participação das IPSS do concelho. E para reconfortar o estômago pode-se saborear, na Praça da República, uma variedade de sopas, acompanhadas de broa e dos vinhos Terras de Sicó.


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OPINIÃO

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Oposição unida, jamais será vencida! Aconteceu… na transacta quinzena. Terá sido “evento” excepcional? O futuro – como sempre – o dirá! Estamos em crer que este facto “debutante” nesta legislatura – sem o governo “ter aquecido os motores” – ir-se-á repetir. Consequências? Pergunta simples, mas objectiva e pertinente. De difícil resposta, logicamente. Contudo, uma “postura” da parte do órgão legislativo que “aponha” ao poder executivo “um colete de forças” de forma continuada, não é saudável, nem inteligente. Estamos convictos que votação idêntica à que “chumbou” a entrada em vigor do Código Contributivo não se repetirá com frequência. Por múltiplas razões. Enumerá-las seria, de certo, despiciente. Mais importante… curar

de saber das consequências para o país. Damos como adquirido, que a decisão tomada pelo conjunto de partidos que compõem a oposição, não terá sido “concertada”. Mas – outrossim – resultado do entendimento de cada um de “per si”. Vários analistas económicos, na sua maioria, defenderam que o “timming” – em resultado da crise – não seria o mais adequado. Outros defendem “as dores” do governo. Independentemente, dos reflexos de algumas das normas constantes daquele código não serem “pacíficas”. No entendimento de “experts” . E, também, dos partidos políticos com assento parlamentar. Contestam, não só “o tempo” . Ainda, o conteúdo. Melhor dito, a

implementação de algumas das medidas exaradas no referido código. Que entendem serem prejudiciais à retoma da economia. Que todos defendem. Também – por certo – o governo. Que entendia e entende “a contrario”. Daí ter pretendido que o supra referenciado código entrasse em vigor. Como acima fizemos menção, não vamos “tratar” de saber da “bondade” das medidas insertas no código – por ora – nem da substância do mesmo. Hoje por hoje, importa reflectirmos, face votação conhecida, qual será a posição política dos partidos oponentes ao governo, no futuro. Conhecendo as diferenciadas medidas que as forças políticas apresentaram, aquando das eleições legislativas,

T R I B U N A

não será suposta uma oposição “concertada”. Consabidamente, no hemiciclo da Assembleia da República coabitam – é certo – partidos com posições ideológicas que inviabilizarão votações com resultados idênticos à verificada. Pese ser nosso entendimento – não subscrito por muitos – que a globalização alterou, exponencialmente, a posição de partidos políticos, quer de direita ou de esquerda. Que se constata não só no nosso país. No mundo inteiro. Donde, as teses presentes nos ideários das diversas forças políticas – é nossa profunda convicção – não se traduzirem em exequibilidade prática. Será “sacrilégio” considerar que há posições defendidas por organiza-

D O

PEDRO SOUSA LOPES

ções políticas que “confundem” o eleitorado? Face ao que “reza” o programa ideológico-político e a respectiva prática?! Importa, que as promessas constantes nos programas eleitorais apresentados aos portugueses sejam defendidos pelos partidos políticos. Estejam no poder ou na oposição. Contribuirá, decisivamente, para a credibilização da política e políticos. Os eleitores precisam que os seus eleitos cumpram, escrupulosamente, as suas funções. Pugnando por uma efectiva

melhoria das condições de vida de quem os elegeu. “É música”, dirão! A prática tem, de facto, dado razão aos que o dizem. São inúmeros “os casos” com que somos brindados, permanentemente! É tempo da Justiça fazer justiça! É tempo da Política comandar a economia e a finança! É tempo…!

REGISTO: Sorteio do Mundial 2010! Portugal no grupo G, com Brasil, Costa do Marfim e Coreia do Norte!

L E I T O R

Carta aberta aos drs. Mário Soares e António Arnaut Caros, Sou de uma geração que lutou pela queda da ditadura do Estado Novo, que negou por um período de quase 48 anos os direitos mais elementares de um povo miserável, faminto, subjugado, analfabeto – à época de Abril de 1974, éramos um país com enormes injustiças e desigualdades sociais. Um país em que os mais jovens, os mais capazes, não tivessem de emigrar para ganhar com dignidade o seu sustento e das suas famílias, porque o ditador preferia que Portugal continuasse fechado “orgulhosamente sós”, em vez da abertura

económica, política e social ao mundo. Um país em que os irmãos africanos eram considerados terroristas, porque se revoltaram e lutaram pelo direito a serem tratados com a dignidade e o respeito que a pessoa humana merece, em que a cor da pele não fosse o critério de distinção. Veio o PREC e com isso um curto interregno da realização dos desígnios da Revolução de Abril: Democratizar, Descolonizar, Desenvolver. Felizmente que contámos com a firme liderança de Mário Soares, António Arnaut, Salgado Zenha e muitos democratas, que

impediram que um golpe de extrema esquerda pusesse o país a ferro e fogo. Vem desse tempo a minha admiração pos vós. E foi pelo vosso exemplo, pelos ideais que fostes transmitindo aos jovens de Abril, que acabei por aderir pouco depois ao PS. Era mais fácil em 1975-76 ficar calado, não reagir, aguardando que a tempestade passasse. Como, aliás, fizeram muitos “exqualquer coisa”, que hoje são militantes PS... É com profundo desgosto que vejo, desde 2005, um Governo, que se diz socialista, fazer os maiores atropelos ao Es-

tado de Direito Democrático. Por um lado, assistimos a um frenesim legislativo. Por outro, não são dados meios às autoridades para fazer cumprir as leis da República. Daí que aumente a insegurança e o crime compense. Num país, cujo regime constitucional é uma República, em que portanto há forçosamente separação de poderes, não é admissível pressões de membros do Executivo sobre o poder judicial. Como recentemente o Ministro Vieira da Silva fez na praça pública. É inadmissível que num país moderno, em que os direitos de perso-

ANTÓNIO BRÁZIO GOMES

nalidade (direito à honra, direito ao bom nome, etc.) devam ser exercidos em tribunal e passem para a esfera de um qualquer mediador penal, ou seja, passámos do plano dos direitos ao plano dos interesses. Nunca passaria pela minha cabeça que seria um Governo PS a aprovar esta pretensa reforma!

Porque a Justiça é princípio basilar num Estado de Direito, e porque o Governo PS desrespeitou os magistrados desde o dia da tomada de posse e continua na senda do confronto, apelo por esta via a dois fundadores do PS para que façam publicamente ouvir a sua voz contra este estado de coisas. Enquanto é tempo!

Neste Natal dê preferência às empresas do concelho de Cantanhede

AZENHA & IRMÃO, LDA.

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PELICANOS - APARTADO 24 - 3060 TOCHA Telef.: 231 441 475 / 231 443 905 - Fax: 231 442 531 E-mail: sede@azenhaeirmao.com | web: azenhaeirmao.com

Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497

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750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares


DESPORTO

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Palpitando

Golos animam o campeonato Dois dos jogos escolhidos para os palpites da passada jornada foram férteis em golos (Benfica, 4 – Académica, 0 e Guimarães, 1 – Porto, 4), ficando os resultados finais longe dos prognósticos

PALPITANDO

mesmos protagonistas, mas com a ascensão de José Alberto Pereira Coelho a líder. Destaca-se, ainda, a subida da presidente da Câmara de Miranda do Corvo, Fátima Ramos, que passou do 9.º

mais arriscados deste painel, tendo sido mais fácil acertar no 1-0 com que a Naval venceu o Paços de Ferreira. Contabilizados os acertos e os desacertos, o pódio do “Palpitando” ficou com os

JOSÉ ALBERTO COELHO

MÁRIO CAMPOS

FRANCISCO ANDRADE

ÁLVARO AMARO

CARLOS ENCARNAÇÃO

para o 6.º lugar. Quanto aos próximo jogos, a esmagadora maioria aposta na vitória das equipas da casa. O calendário da 13.ª jornada do escalão principal da Liga de futebol é

FÁTIMA RAMOS

o seguinte: sexta-feira, dia 11 – Paços de Ferreira-Nacional, às 20h15 (SportTv); sábado, dia 12 – Sporting-U. Leiria, às 17h00 (SportTv), Olhanense-Benfica, às 21h15 (SportTv); domingo, dia

JOSÉ M. CANAVARRO

JOSÉ M. PUREZA

MÁRIO NOGUEIRA

13 – Académica-Leixões e Marítimo-Rio Ave, às 16h00, Braga-Naval, às 18h00 (SportTv), PortoSetúbal, às 20h15 (RTP1); segunda-feira, dia 14 – Belenenses-Guimarães, às 20h15 (SportTv).

HELENA FREITAS

MIGUEL CORREIA

MARTA BRINCA

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III Gala do Desporto Cidade de Coimbra

Premiados são conhecidos dia 14 A partir das 19h30 da próxima segunda-feira, dia 14, serão conhecidos os premiados da III Gala do Desporto de Coimbra, que decorrerá no Pavilhão Multidesportos, sendo já conhecida a vasta lista de nomeados, resultante da votação online e das propostas do júri. A Gala, organizada pelo Departamento de Desporto da Câmara Municipal de Coimbra, tem as seguintes categorias e indicados: Prémio Entidade – Comité Olímpico de Portugal, Livraria Almedina, Associação Académica de Coimbra, Universidade de Coimbra, INATEL; Prémio Federação – Federação Portuguesa de Canoagem, Federação Portuguesa de Remo, Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência, Federação de Ginástica de Portugal, Federação Portuguesa de Judo; Prémio Associação Distrital – Associação de Basquetebol de Coimbra, Associação de Ginástica do Distrito de Coimbra, Associação Distrital de Judo

de Coimbra, Comité Regional de Rugby do Centro, Associação de Natação de Coimbra; Prémio Clube – Clube de Futebol União de Coimbra, Associação Académica de Coimbra, Associação Desportiva e Cultural da Adémia, Centro Norton de Matos, Olivais Futebol Clube; Prémio Ensino/Formação – Esperança Atlético Clube, Clube do Mar, Associação Académica de Coimbra, Associação Cristã da Mocidade, Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física; Prémio Compromisso com o Desporto Social – Fundação Miguel Escobar, Associação Desportiva e Cultural da Adémia, Associação Portuguesa de Pais e Amigos de Cidadãos com Deficiência Mental, Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, Associação Integrar; Prémio Patrocinador – Dolce Vita Coimbra, Litocar, Unicer, Caixa Geral de Depósitos, Matobra; Prémio Árbitro – António Castro (voleibol), Marco Faria (ginástica),

Helena Carvalho (atletismo), Paulo Afonso (patinagem), João Oliveira (judo); Prémio Desporto Adaptado – António Marques (boccia) - Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, Vítor Pleno (atletismo) - Associação Académica de Coimbra, Lenine Cunha (atletismo) Associação Académica de Coimbra, João Mateus (boccia) - Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra; Prémio Atleta Formação – Nuno Silvano (ginástica) - Associação Académica de Coimbra, Diogo Rodrigues (patinagem) - Associação Académica de Coimbra, Carolina Leite (basquetebol) Associação Académica de Coimbra, Maria Veloso (natação) - Clube Náutico Académico de Coimbra, Jorge Fernandes (judo)- Judo Clube de Coimbra; Prémio Atleta Revelação – Miguel Pinto (badminton) - Associação Académica de Coimbra, Joana Abrantes (ginástica) - Associação Académica de Coimbra, Miguel Oli-

veira (natação) - Clube Náutico Académico de Coimbra, Luís Mendes (judo) - Associação Académica de Coimbra, Ana Vicente (judo) - Associação Académica de Coimbra, Ederzito Lopes (futebol) Associação Académica de Coimbra/OAF; Prémio Atleta – Ema Lopes (karaté shukokai) Sport Club Conimbricense, Francisco Serra (râguebi) - Associação Académica de Coimbra, André Sousa (futsal) - Associação Académica de Coimbra, Fernando Sousa (basquetebol) - Associação Académica de Coimbra, Telmo Alves (judo) - Associação Académica de Coimbra; Prémio Dirigente – Vânia Henriques (ginástica) - Associação Académica de Coimbra, Manuel Seco - Associação Desportiva e Cultural da Adémia, Carlos Ferreira Sport Club Conimbricense, Lino Gonçalves (basquetebol) - Associação Académica de Coimbra, Rui Fonseca (judo) - Associação Académica de Coimbra; Prémio Treinador –

Pedro Ilharco (futebol) Clube de Futebol União de Coimbra, Norberto Alves (basquetebol) - Associação Académica de Coimbra, João Abreu (judo) - Associação Académica de Coimbra, José Araújo (basquetebol) Olivais Futebol Clube, Domingos Paciência (futebol) - Associação Académica de Coimbra/ OAF. Prémio Treinador Formação – Francisco Pinto (ginástica) - Associação Académica de Coimbra, João Pinto (râguebi) - Associação Académica de Coimbra, Pedro Rebelo (basquetebol) Associação Académica de Coimbra, Gregório Freixo (futebol) - Esperança Atlético Clube, Nuno Silva (judo) - Associação Académica de Coimbra; Prémio Dedicação – Maria Dinis (ginástica) Associação Académica de Coimbra, Alfredo Robalo - Associação Académica de Coimbra, José Almeida (basquetebol) - Associação Académica de Coimbra, Jaime Lobo (natação) - Clube Náutico Académico de Coimbra,

Alfredo Lucas (judo) Casa do Povo de Ceira; Prémio Carreira – Pedro Roma (futebol), Apolino Teixeira (basquetebol), António Araújo (patinagem), Rui Fonseca (judo), Mário Teixeira (atletismo); Prémio “Master” Clube de Veteranos de Atletismo de Coimbra, Jorge Grave (atletismo), Equipa de Natação Master da Associação Académica de Coimbra, Associação Académica de Coimbra (judo), Helena Carvalho. O júri da III Gala do Desporto Cidade de Coimbra, presidido por Carlos Encarnação, presidente da Câmara, é constituído por três elementos da Divisão de Gestão Desportiva da Câmara Municipal, pelos membros do Conselho Desportivo Municipal, por Luís Providência, vereador do Desporto, Juventude e Lazer, e por representantes dos seguintes órgãos de comunicação social: Diário de Coimbra, Diário as Beiras, RDP, Rádio Universidade de Coimbra e Lusa.

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FUTEBOL

Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...

Académica - Leixões Comentários: Francisco Andrade

Relato: Luís Carlos Melo

ABC

DOMINGO, DIA 13, ÀS 16H Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com


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“Dois dedos de conversa” com João Cardoso

Coimbra queixa-se de “barriga cheia”

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Na actual conjuntura de crise, a região de Coimbra queixa-se, mas numa situação de “barriga cheia”, dado que possui uma posição mais confortável que muitos outros pontos do país, segundo a óptica de João Cardoso. Conforme destaca o administrador da Litocar e presidente da Associação Comercial e Industrital da Figueira da Foz (ACIFF), a região Centro possui um poder de compra acima dos 20 por cento, mais do que a média nacional, e a taxa de desemprego está abaixo dos seis por cento, quando no país ultrapassa os 10 por cento. A necessidade de haver uma lógica regional foi sublinhada por João Cardoso, no programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido, domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM). O administrador do grupo Litocar, líder de uma associação empresarial, declarou fazer-lhe “muita confusão” o facto de Coimbra discutir “a não existência de indústria”, quando esta está em Cantanhede e na Figueira

Para o administrador do grupo Litocar e presidente da ACIFF é necessário uma lógica regional

da Foz. “Tem de haver uma gestão territorial regional, com as cidades interligadas e com diferentes competências”, referiu. Segundo João Cardoso, “os recursos são escassos, pelo que não pode haver duplicação de valências, com todos a quererem ter tudo”. “Comparativamente com a lógica

europeia, o distrito de Coimbra, com cerca de 400 000 habitantes, é um núcleo de pequena e média dimensão, não nos levando a lado nenhum as posições demasiado bairrista”, justifica. Dando o exemplo da Litocar, empresa de distribuição automóvel que representa essencialmente a

marca Renault, explicou que a lógica tem sido a de um crescimento assente numa óptica regional, com o grupo a estar presente nos distritos de Castelo Branco, Coimbra, Guarda e Viseu. Pelos resultados do dia-a-dia, João Cardoso constata que a zona com maior poder de compra é Coimbra, que alcança uma percentagem de vendas a pronto pagamento acima do que se verifica a nível nacional, com Castelo Branco e Guarda a apresentarem-se como áreas mais deprimidas, com quebras no consumo. Para o empresário, desta crise que o mundo atravessa pode-se retirar alguns ensinamentos: “Nada pode ser como dantes e temos de repensar a nossa forma de estar, de consumir e de nos organizarmos”. “Durante muitos anos andámos a viver acima das nossas possibilidades e vai haver alterações que serão duradouras, dado que não existes condições para uma retoma tão rápida como a desejada, face ao nível de endividamento do país”, referiu, defendendo a necessidade de o Estado “conter a despesa e de não sobreviver à custa do aumento dos impostos”.


CULTURA

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Gala celebra 25 anos dos Antigos Tunos Inserida no Festival de Música de Coimbra (FESMUC), a gala comemorativa dos 25 anos da Associação dos Antigos Tunos da Universidade de Coimbra (AATUC) decorre hoje à noite, a partir das 21h30, no Teatro Académico de Gil Vicente. O espectáculo contará, entre outras presenças, com a Orquestra dos Antigos Tunos, dirigida pelo maestro Augusto Mesquita. Composta por antigos e actuais elementos da Tuna Académica da Universidade de Coimbra, a AATUC conta com cerca de 40 elementos, com idades entre os 18 e os 85 anos. Para além da orquestra principal, dirigida pelo maestro Augusto Mesquita, tem associada uma orquestra de tangos, um grupo de variedades e outro de fados e baladas de Coimbra. Música tradicional e erudita portuguesa, bem como algumas peças de compositores estrangeiros compõem o repertório da orquestra principal. Merecedora da Medalha de Mérito da cidade de Coimbra em 2004, a AATUC é uma instituição de utilidade pública, tendo sido agraciada, em 1986, com a Ordem de Mérito pelo Presidente da República, reconhecendo o importante papel desempenhado na divulgação dos valores históricos, culturais e tradicionais de Coimbra. Os bilhetes para o espectáculo da gala dos 25 anos custam entre 2,50 euros (estudantes e sócios do Inatel) e cinco euros (preço normal). Mais informações sobre o Festival de Música de Coimbra estão disponíveis na Internet, em www.fesmuc.com.

Museu da Ciência aborda deficiência visual A propósito do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, que se assinalou na última quinta-feira, o Museu da Ciência da Universidade de Coimbra promove, até ao próximo domingo, o programa “Braille, 200 Anos”, uma iniciativa que visa uma maior compreensão dos assuntos relacionados com a deficiência visual. Esta acção é dedicada às pessoas invisuais, seus familiares, professores e educadores, mas também ao público em geral. Hoje, a partir das 17h00, é possível perceber como se faz a educação de um cão-guia e como cada um de nós pode participar directamente nessa formação, com João Fonseca, presidente da Direcção da Associação Beira Aguieira de Apoio ao Deficiente Visual, e Filipa Paiva. O programa especial “Braille, 200 Anos” encerra a 13 de Dezembro, pelas 11h00, com uma nova edição do projecto “Ciência em Família”.

Fatias de Cá apresenta “T de Lempicka”

Em parceria com o Casino da Figueira da Foz, o grupo de teatro Fatias de Cá tem em cena, no Palácio Sotto Mayor, a peça “T de Lempi-

cka”, até ao dia 26 de Dezembro. Retrato fantasiado da Itália fascista – que decorre, oculto, na elegante fachada da moradia de Gabriele d’Annunzio, o poeta e patriota que podia ter travado a ascensão de Mussolini ao poder – “T de Lempicka” é uma multifacetada profusão de sexo, violência e intriga política, passada no norte de Itália, na cidade de Gardone, a 10 e 11 de Janeiro de 1927. A acção decorre enquanto os actores entram e saem das diversas salas que compõem o espaço cénico, criando uma trama teatral em que chegam a haver oito cenas em simultâneo. Em “T de Lempicka”, o grupo Fatias de Cá privilegia a possibilidade de o espectador seguir, fisicamente, a personagem ou a intriga que mais lhe interessa, transformando assim casa elemento do público num observador único. A peça, tem a duração de aproximadamente duas horas e 10 minutos, divididas em duas partes. No intervalo o público é convidado para jantar. “T de Lempicka” estreou em Tomar em Setembro de 1998, tendo comemorado o seu 100.º espectáculo em Novembro de 2003. No Palácio Sotto Mayor, este espectáculo é apresentado aos sábados, a partir das 17h17. O preço do ingresso é de 30 euros.

Filme de Ulrich Seidl comentado no TAGV “Import – Export”, obra cinematográfica do austríaco Ulrich Seidl, realizado

em 2007, é exibido no Teatro Académico de Gil Vicente no dia 14 de Dezembro, pelas 21h15, no âmbito do projecto Doc TAGV/ FEUC. O filme conta a história de dois jovens – Olga e Paul – que procuram uma nova oportunidade e que se vêem confrontados com a dura realidade da vida. Luís Reis Torgal e Isabel Pires de Lima, professores das faculdades de Letras das universidades de Coimbra e Porto, juntam-se no comentário ao filme, moderado por João Sousa Andrade.

Guilherme Agria expõe no CAE da Figueira da Foz Patente ao público na sala Zé Penicheiro, do Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, pode ser visitada até ao dia 20 de Dezembro uma exposição de pintura e desenho da autoria de Guilherme Agria. Paralelamente, a esposa deste artista plástico, Maria Deolinda Agria expõe, pela primeira vez, um conjunto de óleos de cariz abstraccionista. Sócio-fundador da associação cultural e artística Magenta, Guilherme Agria expôs pela primeira vez em 1957, no Grande Casino Peninsular da Figueira da Foz, tinha então 18 anos de idade. Pintura a têmpera, óleo, desenho à pena, carvão, banda desenhada e medalhística são algumas das áreas artísticas em que Guilherme Agria se tem evidenciado. A exposição no CAE da Figueira da Foz integra cerca de vinte trabalhos.

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V I N A G R E T A S

Tempos de crise – Os tempos são de crise. Pelo menos é o que ouvimos todos os dias, justificação para todos os males e aflições, repetida até à exaustão por políticos, empresários, autarcas e, até que interiorizada, assim veiculada pela boca do povo. Será talvez coincidência e, admitimos, pode ser uma interpretação abusiva, mas não deixa de ser curioso que a rede multibanco tenha sido sobrecarregada com operações que levaram à sua indisponibilidade, desde a hora do almoço até bem próximo do jantar, numa destas sextas-feiras. E que tem isso a ver? Pergunta o leitor. Ora, se não há dinheiro, como pode haver movimentos que justifiquem uma tal azáfama na rede de terminais multibanco? Em boa verdade, este inusitado episódio, que deixou a SIBS (entidade responsável pela gestão da rede multibanco) em grandes apuros, sucedeu numa sexta-feira, a findar o mês de Novembro, precisamente quando aqueles que laboram na função pública teriam já recebido o pecúlio de Natal adicional. Então afinal há dinheiro. E em quantidades suficientes para que, no uso do cartão, tal a quantidade de gente que o tem (o dinheiro), toda a rede de multibancos tenha dado de si. Será, admitimos, um problema mais relacionado com a distribuição do dito cujo do que com a sua falta. Por cá, ninguém das “Vinagretas” terá tido responsabilidades no “atentado” às caixas facilitadoras de dinheiro. Mas, claro, também nenhum dos redactores é funcionário público. Coisas do azar… – O jornalista Amílcar Correia escreveu, recentemente, no Público, que ser governador civil é “um azar”. Humberto Costa redigiu coisa parecida

no Expresso. Nenhum dos jornalistas se inspirou propriamente no caso de Henrique Fernandes, que foi reconduzido como governador civil de Coimbra, mas vejamos o que eles dizem. Requisito e meio – Segundo Amílcar Correia, nos tempos que correm, para se chegar a governador civil convém preencher três condições: ser socialista, ter sido candidato derrotado nas últimas eleições autárquicas ou ter sido incluído numa lista para o Parlamento sem lograr sentar-se no hemiciclo de São Bento. Única condição indispensável é o(a) candidato(a) ser portador de «cartão rosa». Para o redactor das Vinagretas, Henrique Fernandes preenche um requisito e meio: além de possuir «cartão rosa», perdeu as eleições autárquicas como presidente da Comissão Concelhia de Coimbra do PS. Recomendação – O governador civil de Coimbra é um dos oito representantes do Executivo reconduzidos no exercício de funções. As 10 novas escolhas visa-

ram, segundo Humberto Costa, “reparar danos” provocados no «aparelho» socialista pelas eleições legislativas e pelas autárquicas. A quem “pretenda ser a figura decorativa do seu distrito”, Amílcar Correia deixa uma recomendação. Ciente de que as coisas são semelhantes quando o Governo é suportado por outro partido, o redactor das Vinagretas confere à recomendação o seguinte teor: inscreva-se, partidariamente falando, e candidatese a deputado ou a autarca. Santarino dixit – “Se o Governo caísse, o Partido Socialista ficaria ingovernável, tal a incompetência que por aí grassa”, Luís Santarino (PS), na edição de 24 de Novembro do diário As Beiras. Quem é o redactor das Vinagretas para desmentir Santarino, a avaliar pelo que se vê por aí? Faces reveladas I – O director do Jornal de Notícias, José Leite Pereira, escreveu, há dias, em moldes que ditaram uma resposta da parte de Eduardo Dâmaso, director-adjunto do Correio da Manhã (CM). “O fim da

Bom copista – O redactor das Vinagretas jamais esquecerá um professor do ensino básico que recomendava aos alunos para serem bons copistas. Embora fique aquém do original, uma boa cópia é sempre uma cópia boa. A 26 de Novembro de 2009, a manchete do “Campeão” indicava que o “primeiro processo de Eduardo Simões está pronto para julgamento”; a 27, o diário As Beiras também deu notícia do assunto.

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VINAGRETAS

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S E A R A

A L H E I A

“O partido do Governo fez uma campanha insuportavelmente optimista, pelo que teve de falaciosa, e só agora se deu conta da dificuldade de dar a volta ao texto”. Áurea Sampaio, na Visão de 03/12/2009

linha” é o título de um comentário de Pereira, numa fase em que o nome do patrão, Joaquim Oliveira, parece ter sido objecto de conversas entre José Sócrates e Armando Vara. Leite Pereira alude a “disputa empresarial” e a “tentativas saloias de eliminar a concorrência”, sendo que têm sido feitas referências a eventuais problemas no universo empresarial de Oliveira. Para melhor compreensão das palavras do articulista, o redactor das Vinagretas assinala que Joaquim Oliveira é, por exemplo, o proprietário do JN e do DN (dois títulos concorrentes do CM). “Numa crise”, opina Leite Pereira, “há sempre quem se ponha em bicos de pés para afirmar pureza de princípios; é desses que, antes do mais, devemos duvidar”. Faces reveladas II – Eduardo Dâmaso, directoradjunto do CM, replicou (sob o título “Segredos da Justiça”). Diz ele o seguinte: o debate sobre alegadas violações do segredo de Justiça e acerca da presunção de inocência “emerge de cada vez que há investigações a pessoas com grande influência política ou económica”. E prossegue: “o caso ‘Face oculta’ trouxe os gritos do costume – alguns tocam pela pungente ignorância e tontice com que proclamam a ‘irresponsabilidade’ dos investigadores de Aveiro, outros, mais elaborados, querem uma inversão total do sistema”. Neste contexto, Dâmaso alude a “gente que gosta de influenciar escolhas de procuradores, dar palpites para as direcções da Polícia e levar juízes (desembargadores e conselheiros) a aprazíveis jornadas de caça”. Por fim, remata o directoradjunto do Correio da Manhã, “há cronistas arregimentados, que defendem os seus próprios interesses e aos quais PUBLICIDADE

a História nunca deu razão”. Curiosidade – Na proliferação de opiniões acerca de decisões do procuradorgeral da República e do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, há duas que merecem transcrição. O jurista Paulo Pinto de Albuquerque, conotado com o PSD, considera “nula a decisão” do presidente do STJ no sentido de anular e mandar destruir escutas telefónicas de conversas havidas entre o primeiro-ministro e Armando Vara, “em que, alePUBLICIDADE

gadamente, se indicia a prática de crimes cometidos pelo chefe do Governo no exercício de funções”. O advogado José Miguel Júdice alertou, a respeito de escutas, para “uma deriva securitária” capaz de abrir “brechas irreparáveis no edifício do Estado de Direito democrático”. Posto isto, há uma curiosidade em aberto: será a simpatia por José Sócrates suficiente para apaziguar as relações entre Júdice e o actual bastonário da Ordem dos Advogados? António Marinho e José Miguel estão desavindos desde que o primei-

ro deixou a presidência da Secção de Direitos Humanos da Ordem na fase em que o segundo era bastonário. “Metamorfose” certeira – A Águas de Coimbra procede, hoje à tarde, no Museu da Água, à abertura de uma exposição e ao lançamento de um livro. Já com nova Administração em funções na rua da Alegria, o livro e a mostra são pertinentemente intitulados de “Metamorfose”. Para quem duvidava que a mudança iria chegar à AC, o simbolismo é desarmante. Parabéns, Ana Santos!

“Por muito que alguns governantes barafustem contra a «deslealdade» ou «populismo» dos partidos da oposição, deve ser muito complicado encontrar, fora do seu círculo, quem venha apoiar leis que aumentem os custos do trabalho ou potenciem as dificuldades das empresas, num momento de grave crise económica”. Idem, Ibidem “Mais alianças negativas no Parlamento para derrotar o Governo ou para lhe impor soluções de governação que não são as suas levarão certamente a alegria às máquinas partidárias. Mas não resolverão problemas. Ajudarão, apenas, a tornar o país ingovernável. Infelizmente, todos os sinais parecem dizer-nos que é para aí que caminhamos”. José Leite Pereira, no Jornal de Notícias de 06/12/2009 “Os forcados foram lançando provocações. O touro respondeu furioso. Foi uma boa pega de caras. Só que em vez de ser no Campo Pequeno, foi no Parlamento”. Rafael Barbosa, no Jornal de Notícias de 07/12/2009 “Agora, é o carácter. Os enólogos verificam a cor de Sócrates, rodam o copo, soltam o aroma, levam um gole à boca e, é fatal, decretam: «Falta-lhe carácter»”. Ferreira Fernandes, no Diário de Notícias de 07/12/2009 “Os queridos políticos da nossa praça andam verdadeiramente divertidos. Os outros, os indígenas que votam de quatro e quatro anos, quando votam, vão fazendo pela sua vidinha, com o coração nas mãos, cheios de medo de tudo e de mais alguma coisa”. António Ribeiro Ferreira, no Correio da Manhã de 07/12/2009 “A situação deste sítio pobre, deprimido, manhoso e cada vez mais mal frequentado é negra e vai obviamente piorar. A classe política, da esquerda à direita, sabe disso”. Idem, Ibidem CARTOON

Zaug

“Eu quis fazer o que fiz: identificar um conjunto de factos objectivos que me preocupam e me indignam. Face ao que disse, não tenho dúvida em afirmar que não foi uma «gaffe», uma proclamação solene, apenas um comentário que um cidadão que, ocupando um lugar de ministro, tem o direito de fazer”. Vieira da Silva, a propósito das suas declarações sobre “espionagem política”


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Empresa inaugura novas instalações BENEDITA OLIVEIRA

Campeão das Províncias (CP) – A empresa José Tavares & Filhos, Lda. celebrou no mês passado 34 anos. Como nasceu este projecto empresarial? Rui Tavares (RT) – Este projecto nasceu por influência de um amigo e antigo patrão do meu pai, que ao fechar a sua empresa dado não ter seguidores, instigou o meu pai, então encarregado, a criar a sua própria empresa, vendo nele capacidades técnicas para tal, embora numa altura conturbada da nossa sociedade, e foi assim, com um capital de 30 contos e o seu conhecimento que convidou o seu pai a acompanhá-lo na criação da empresa então denominada Emídio Tavares & Filho, Lda. que em 1988 adoptou a denominação de José Tavares & filhos, Lda. CP – Esta data é assinalada com algo especial? RT – É de facto assinalada com a concretização de um sonho de anos e ao mesmo tempo de um ponto es-

tratégico de alguns anos a esta parte. A criação de uma nova sede à nossa medida, moderna, funcional, confortável, tanto para todos os que trabalham na José Tavares & Filhos, Lda., como para os que nos honram que a sua visita, era um dos nossos grandes objectivos. CP – Que balanço é que faz da actividade/ percurso da empresa? RT – Balanço claramente positivo, em muitas perspectivas, mas a que mais nos orgulha é o saldo francamente positivo, diria que a roçar a excelência, no que diz respeito à relação inter-pessoal criado ao longo dos anos com todos os que connosco se relacionam, clientes, colaboradores, fornecedores, amigos, enfim, primamos por tratar bem a quem nos dá a honra da sua amizade. Na perspectiva económico-financeira, a empresa tem apresentado um crescimento moderado e sustentado, atenta às mudanças que o próprio ambiente externo impõe, sempre com uma grande preocupação de man-

ter o equilíbrio, nunca descurando o que é a razão da existência da empresa, ou seja, a procura de conseguir satisfazer o cliente em toda a plenitude. CP – É incomum esta longevidade nas empresas. A que se deve o sucesso da José Tavares & Filhos, Lda.? RT – Penso que se deverá em parte ao constante espírito de mudança, à evolução que a empresa tem conseguido manter, e à postura irreverente no sentido de não se sentir satisfeita com os pequenos êxitos que vai alcançando. O motor de busca na procura da excelência para que em cada dia que passa tenhamos uma melhor prestação, em prol da satisfação das necessidades dos nossos clientes e todos os outros agentes com quem estamos envolvidos. Outro factor decisivo será a trilogia que assenta a nossa política, ou seja, com todos os que connosco se relacionam podem contar da nossa parte com grande sen-

Rui, José e António Tavares na cerimónia de inauguração da nova sede da empresa

Cristina Rio Torto e José Carlos Martins, da Matobra, são amigos de longa data de José Tavares

tido de ética, honestidade e profissionalismo. Fazemos da Lealdade a nossa bandeira. CP – O sector passa por sérias dificuldades. Qual acha que deve ser a resposta das empresas? RT – Não tenho a presunção de indicar a resposta, mas contribuo com a opinião que as empresas devem reagir às adversidades, como? Cada caso é um caso, mas num contexto de sérias dificuldades, é necessário estarse atento a pequenos indica-

dores que a própria sociedade nos vai transmitindo, interpretá-los e readaptar as estruturas e pontos estratégicos que responderão ás necessidades do mercado. É nestes momentos que as empresas se devem virar claramente para o ambiente externo e ter ou arranjar capacidade de resposta às constantes mudanças com uma atitude flexível. CP – A certificação de qualidade é também um imperativo para este tipo de empresas?

António Tavares, Rui Tavares, Barbosa de Melo e José Tavares a descerrar a placa

RT – A certificação de qualidade é um imperativo para todo o tipo de empresas, é claramente um sistema que tem de ser encarado pelos empresários como um investimento que produzirá os seus efeitos e não como um processo burocrático e fastidioso a cumprir para ter a distinção. A certificação da qualidade quando implementada com seriedade é uma grande mais-valia para qualquer empresa. A meu ver a muito curto prazo será um imperativo para qualquer organização exercer a sua actividade. Deve fazer-se nota da preocupação da José Tavares & Filhos no que respeita à política ambiental (tratamento de resíduos), de formação em várias áreas de forma constante e do sistema de auditorias internas à segurança e higiene implementado há alguns anos a esta parte, à própria responsabilidade social que qualquer empresa tem para com a sociedade onde está inserida.

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Vamos onde for preciso Felicitamos a José Tavares & Filhos pela passagem do seu aniversário, bem como a inauguração das Novas Instalações, desejando desde já Boas Festas a todos os clientes Vidros - Espelhos - Acrílicos

Telefs.: 239 439 625 / 239 431 162 - Fax: 239 431 543 | Telem.: 967 131 175 Rua dos Correios, Lote 2 | Troviscais | 3020-886 Souselas COIMBRA | Email: vidrariacarrilho@sapo.pt


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Novo ciclo em perspectiva Morada Estrada da Beira, 318, Alto de S. João, 3030-173 Coimbra TELEFONE 239 714 485 (14h30 às 20h00) CORREIO ELECTRÓNICO cpc@netcabo.pt ENDEREÇO ELECTRÓNICO www.centropsicopedagogicodecoimbra.com

“Filha” dos tempos conturbados do PREC, a José Tavares & Filhos parece estar talhada para superar as crises. Fundada a 18 de Novembro de 1975 por José Tavares, a firma encontra nesta fase conturbada da economia motivos de regozijo: a actividade tem corrido de feição e a empresa prepara-se para dar início a um novo ciclo. Rodeada de amigos, a empresa assinalou na passada sexta-feira o 34.º aniversário com a inauguração das novas instalações, na Adémia. Agradecendo a todos os que “contribuíram para o crescimento sustentado” da José Tavares & Filhos, Rui Tavares reconheceu que o conjuntura é adver-

sa, salientando, no entanto, que “é reconfortante apercebermo-nos que em conjunto temos a capacidade de transformar perigos e ameaças provenientes das ‘crises’ em oportunidades de futuro”. A antecipação do actual declínio económico permitiu, notou o gerente da empresa, “tomar as decisões adequadas em tempo certo, decisões que acabaram por ser importantíssimas para ultrapassar esta fase menos afortunada para a economia em geral e para o nosso sector da construção em particular”. Para dar por concluída esta fase, que tem, naturalmente, a inauguração da nova sede como ponto

alto, a empresa aspira ainda receber a certificação da qualidade – a conclusão do processo está prevista para o segundo trimestre do próximo ano. Ciente do seu desempenho e impacto na actividade económica na região Centro, a empresa ambiciona subir “mais um degrau enquanto PME”, auferindo o galardão de PME Excelência. Outra novidade avançada na cerimónia comemorativa é a mudança de imagem institucional, sendo que a partir de agora a empresa passa a ser reconhecida pela sigla “JTF”. São muitas as alterações anunciadas, no entanto, garantiu o empresário, a estratégia futura da empresa continuará a assentar na “satisfação total do cliente e de todos os que connosco colaboram sem nunca descuidarmos a responsabilidade ambiental e a social”. O profissionalismo, a

ética e a honestidade também permanecerão como os principais pilares da empresa, sendo que, acrescentou Rui Tavares após contar uma pequena história, estes têm como “sapata” (termo usado na construção para designar o que permite a sustentação dos pilares) a lealdade. E de lealdade também se faz a história da José Tavares & Filhos que tem no seu quadro de pessoal um empregado tão antigo como a empresa e um núcleo duro, composto por cerca de 15 elementos, há mais de 25 anos. A lealdade é, aliás, afirmou Rui Tavares, a base do sucesso da empresa que se orgulha de honrar os compromissos com os clientes e fornecedores, preocupação que, reconhece, é recíproca. As últimas palavras do empresário foram dirigidas à equipa e aos pais que juntos fundaram a empresa.

António Tavares, Artur Ferreira (presidente da Junta de Trouxemil), João Barbosa de Melo (vice-presidente da Câmara), José Tavares e Rui Tavares

Das obras públicas à execução de projectos A José Tavares & Filhos executa reabilitações e remodelações interiores e exteriores, trabalhando com as melhores equipas e empresas da especialidade de forma a executar estas tarefas de forma rápida e objectiva o pretendido pelo cliente. Outra importante componente são as obras públicas. Tendo a zona Centro como área de actuação privilegiada, a empresa pauta a sua actividade pelo cumprimento dos prazos e qualidade, escolhendo sempre as melhores equipas para atingir estes objectivos. A construção de obras por empreitada, seja de moradias, prédios e naves industriais, representa também uma boa fatia do volume de negócios da empresa. A construção para venda é uma aposta dos últimos anos, que vem completar uma área de intervenção no mundo da construção. A execução de projectos de arquitectura e engenharia é a mais recente aposta da José Tavares & Filhos. Esta valência permite oferecer ideias e soluções para a concepção de projectos, tais como moradias, prédios, naves industriais, remodelações e desenhos em três dimensões.

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“Mais Centro” requalifica Cerca de S. Jerónimo O programa “Mais Centro” comparticipa com mais de 500 mil euros o projecto de requalificação da Cerca de

S. Jerónimo. A candidatura apresentada pela Universidade de Coimbra ao Quadro de Referência Estratégico Na-

cional (QREN) vai permitir a reabilitação do espaço, abandonado, entre as Escadas Monumentais e a Rua Padre

António Vieira. Aprovado no âmbito das Parcerias para a Regeneração Urbana, o projecto deverá ser executado no

prazo de 24 meses e conta com um investimento elegível de 935.318,21 euros. O espaço da Cerca de S. Jerónimo é um dos poucos espaços verdes de grande dimensão da Alta de Coimbra. O

QREN aprovou ainda a candidatura apresentada pela Santa Casa da Misericórdia de Coimbra para a construção de um lar de idosos na Cerca de Santo Agostinho, à Couraça dos Apóstolos.

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