Edição 502_17_12_2009

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Luís Vilar, anterior líder concelhio do PS/Coimbra, e Vítor Camarneiro, ex-membro do Secretariado da Federação socialista conimbricense, acabam de ser acusados, pelo Ministério Público, por eventual autoria (cada um) de um crime de corrupção passiva para acto ilícito. A imputação a Vilar, acusado de presumível prática do mesmo tipo de crime ao abrigo de outro processo, prende-se com o exercício do cargo de vereador no quadriénio 2002/05; a dedução de acusação a Camarneiro está relacionada com a antiga função de presidente da Associação de Fernão Mendes Pinto. Ambos os arguidos, tal como o empresário Carlos Godinho, estão associados a casos inerentes ao edifício que os Correios possuíam na “Baixa” de Coimbra (acompanhados pelo “Campeão” desde Abril de 2006). O MP presume que a conduta imputada a Vilar e a Camarneiro convergiu num aspecto: a viabilização do arrendamento de parte do imóvel, cuja compra por uma sociedade do Grupo Espírito Santo foi intermediada pela empresa Demagre. O empenho posto pela Demagre numa operação de subarrendamento e o lucro por ela auferido na intermediação do negócio ter-lhe-ão proporcionado receitas aproximadas a 12 milhões de euros.

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Parece-nos que o assunto da co-incineração em Souselas se aproxima do seu ciclo normal: nasceu como decisão política e como tal se manterá, quer se reactive quer se suspenda de vez. Que seja. O que nos surpreende é que numa cidade como Coimbra, das mais fortes do país em termos de ciência jurídica e ciência médica, não se tenha conseguido provar junto do Supremo Tribunal Administrativo os malefícios de um tal sistema de queima dos resíduos sólidos. De duas uma: ou tal sistema é prejudicial para a saúde pública e Coimbra tem a obrigação de ser capaz de provar isso mesmo, ou esse risco não existe e Coimbra deve humildemente aceitá-lo.

Coimbra é uma referência cívica no mundo. Mas enquanto cidade de causas e não de birras.

LV

Processo dos Correios leva 16 a julgamento

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Págs. 3 a 5

Baixa de Coimbra sob vigilância nocturna A Baixa de Coimbra está agora sob vigilância de 17 câmaras, no período compreendido entre as 20h00 e as 8h00, segundo consta do protocolo de cooperação celebrado entre a Câmara Municipal e a PSP. Doze delas têm por objectivo a protecção e segurança das pessoas e prevenção de crimes. As outras cinco, para além de se enquadrarem no mesmo desígnio, estão particularmente vocacionadas para a “melhoria

das condições de prevenção e repressão das infracções de trânsito”.

A iniciativa partiu da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), no anterior mandato, mas só agora reuniu as condições necessárias para entrar em funcionamento, mercê de um “percurso de legalização difícil, mas essencial”, segundo Carlos Encarnação, presidente da autarquia.

Continua na pág. 35

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QUINTA-FEIRA

POLÍTICA

DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

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MP imputa crimes a 16 arguidos em casos dos Correios e adjacentes

Carlos Godinho é referido nos autos como sendo a pessoa que deu a conhecer a Luís Vilar a disponibilidade dos Correios para procederem à venda do prédio que possuíam na “Baixa” de Coimbra.

A Polícia Judiciária crê que uma reunião de Júlio Macedo e Pedro Garcez, sócios da Demagre, com o outrora vice-presidente dos Correios Manuel Baptista terá sido intermediada por pessoas a quem Macedo dava a alcunha de “Mamões”.

Ainda de acordo com a PJ, em meados de Agosto de 2003, a TCN enviou a Luís Vilar cópia da proposta dirigida à Câmara de Coimbra a propósito da tomada de arrendamento de uma parte do referido prédio da “Baixa”.

Sobre alguns dos cerca de 50 arguidos também recaíram averiguações relacionadas com a venda de outro edifício de que os CTT eram proprietários em Lisboa e sobre outros actos da Administração liderada por Car-

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Os “Mamões”, Godinho e o IRS

Entre os arguidos a quem não foi deduzida acusação contam-se Carlos Encarnação (presidente da Câmara de Coimbra), os ex-vereadores João Rebelo, Nuno Freitas, Manuel Rebanda, Mário Nunes, António Rochette, Carvalho Santos, Rodrigues Costa e Gouveia Monteiro, o exdirector da Galp Paulo Miraldo, os ex-gestores dos CTT Luís Centeno Fragoso e Vera Patrício Gouveia e os funcionários do BCP João Jorge, Esmeraldo Vivas e Elisabete Machado.

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referida sociedade anónima).

Segundo o MP, a conivência imputada ao arguido inscreve-se no propósito de contribuir para a Demagre obter a satisfação dos interesses negociados com sociedades do Grupo Espírito Santo (aparentemente convertidos em receitas da referida empresa aproximadas a 12 milhões de euros).

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Demagre beneficiou de um prémio de 6,50 milhões de euros, sendo que a um montante de 12,50 milhões foram deduzidos seis milhões inerentes a obras pagas pela ESAF para funcionamento da Unidade de Saúde de Coimbra (USC).

Além dos CTT e da Câmara de Coimbra, tornaram-se inquilinos da Demagre (e posteriormente do GES) o Instituto de Gestão Financeira e Patrimonial da Justiça, devido à instalação do Tribunal Administrativo e Fiscal na avenida de Fernão de Magalhães, e a AFMP. A Demagre comprometeu-se, em 2003, com a referida IPSS de Montemor-oVelho a criar uma sociedade anónima, FMP Saúde, e a obter junto da Administração Regional de Saúde do Centro comparticipação para uma unidade de cuidados continuados com capacidade para cerca de 200 camas.

O ex-presidente da AFMP está sob suspeita de ter feito um acordo com o Serviço Nacional de Saúde como se a USC pertencesse exclusivamente à instituição particular de solidariedade social.

Sobre Camarneiro, que passou a gestor da Fernão Mendes Pinto Saúde, recai outro tipo de suspeição: a de conivência com a empresa Demagre a ponto de a AFMP ter pagado, durante 10 meses, uma renda mensal de 136 400 euros (mais 7 000 do que a ESAF passou a cobrar à IPSS até a qualidade de inquilina ser assumida pela

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Luís Vilar (Coimbra) e Vítor Camarneiro (Montemor-o-Velho), ex-vereadores eleitos pelo PS, acabam de ser acusados por eventual autoria (cada um) de um crime de corrupção passiva para acto ilícito, no âmbito dos casos de edifícios dos Correios e adjacentes (acompanhados pelo “Campeão” desde Abril de 2006).

Ao empresário conimbricense Carlos Godinho, cuja militância no PSD chegou a ter visibilidade, foi deduzida acusação por fraude fiscal e por co-autoria de um presumível crime de participação económica em negócio (conexo à corrupção).

O Ministério Público (MP), através do DIAP de Lisboa, imputa a Vilar, anterior líder concelhio do PS/ Coimbra, a autoria de “factos com flagrante e grave abuso da função de vereador”.

Entende a procuradoraadjunta Ana Margarida Santos que o outrora autarca “pôs em causa a confiança” depositada pela comunidade municipal conimbricense na transparência e isenção dos eleitos locais.

Sobre Vítor Camarneiro – que presidiu à Associação de Fernão Mendes Pinto (AFMP), instituição particular de solidariedade, no triénio 2003/05 – recai suspeição inerente à eventual prática de “factos com flagrante e grave abuso da função”.

Luís Vilar, que reclama da sociedade Tramcrone (TCN) cerca de 900 000 eu-

ros na qualidade de antigo consultor, está sob suspeita de ter tentado “conferir aparência legítima” a remunerações por ele auferidas.

Neste contexto, o MP acusa o ex-vereador de, em 2003, ter usado o voto para satisfação de interesses privados da empresa Demagre (da qual eram sócios dois gestores da TCN), com “violação de deveres de isenção e de independência” exigidos pelo cargo autárquico.

A Demagre, que a 20 de Março de 2003 intermediou a venda do referido edifício dos CTT na “Baixa” conimbricense a um fundo de investimento imobiliário aberto do Grupo Espírito Santo (GES), garantiu na véspera a qualidade de inquilina de Gespatrimónio Rendimento (gerido pela ESAF - Espírito Santo Activos Financeiros) para proceder a subarrendamento do imóvel. Ao comprar o prédio aos CTT e ao vendê-lo a uma sociedade do GES, a Demagre lucrou 5,20 milhões de euros.

Segundo apurou o “Campeão”, o subarrendamento da totalidade do prédio gerou uma receita anual de 2,85 milhões de euros (valor correspondente a mais do dobro do montante que a Demagre se comprometera a pagar ao GES). De resto, o referido fundo de investimento imobiliário aberto terá imposto o arrendamento como condição indispensável para a compra do referido imóvel.

Devido à valorização das rendas, que (mais tarde) passaram a ser pagas à ESAF, a

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Arguidos não acusados

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“Grave abuso” de funções invocado em acusação a Vilar e a Camarneiro

POLÍTICA

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QUINTA-FEIRA

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Correios: 16 acusados CONTINUAÇÃO

los Horta e Costa (ex-dirigente do PSD).

Além de ter ordenado a abertura de um processo autónomo para investigação de outros eventuais crimes de fraude fiscal, o DIAP de Lisboa queixouse do BCP ao Banco de Portugal imputando-lhe ocultação de documentos.

Carlos Godinho é alvo

de um pedido de indemnização civil, ao abrigo do qual poderá ter de liquidar 20 000 euros de imposto sobe o rendimento de pessoas singulares (IRS).

O MP e a PJ ouviram perto de uma centena de pessoas (entre elas o ex-líder distrital de Coimbra do PSD Paulo Pereira Coelho) e intervieram em mais de 80 buscas.

A Procuradoria-Geral

da República assinala que outro inquérito aberto pela Polícia Judiciária – em que também foi imputada a Luís Vilar a autoria de um crime de corrupção passiva para acto ilícito relacionado com um parque de estacionamento sito na “Baixa” conimbricense – habilitou o DIAP de Coimbra a fornecer ao congénere lisboeta “elementos probatórios de grande relevância”.

Câmara não beneficiou interesses particulares A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) – a cujo presidente e vereadores no quadriénio 2002/05 não foi deduzida acusação (excepção feita a Luís Vilar) – terá violado regras de contratação pública ao tomar de arrendamento parte do outrora edifício dos Correios sito na avenida de Fernão de Magalhães, entende o Ministério Público.

Tratar-se-ia de regras inerentes ao Decreto-Lei nº.

197/99, parcialmente revogado ao longo da última década.

O Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa alega, por outro lado, que a decisão camarária exigia ratificação por parte da Assembleia Municipal.

Segundo a magistrada titular do inquérito acabado de encerrar, o referido imóvel não dispunha, em 2003, de licença de utilização ca-

paz de suportar a celebração do contrato de arrendamento outorgado entre a CMC e a empresa Demagre.

Contudo, a procuradora-adjunta concluiu pela impossibilidade de confirmar que a deliberação do executivo camarário tenha sido “animada pelo propósito de beneficiar interesses particulares”.

Há oito meses, num esclarecimento que entendeu prestar, Carlos Encarnação considerou desnecessário o lançamento de concurso para tomada de arrendamento de um espaço destinado a albergar a Associação de Informática da Região Centro (AIRC).

O edil acrescentou terse limitado a submeter a votação duas propostas do outrora vereador João Rebelo, sendo que “nenhum argumento contra os contratos foi brandido”.

A proposta para a autarquia se tornar inquilina dos CTT, em meados de 2002, por ocasião da decisão de proceder à reconversão do Estádio Municipal, foi aprovada por unanimidade. A deliberação de Novembro de 2003 para celebração de contrato com a Demagre, que intermediou a venda do edifício dos Correios e se tornou inquilina do novo proprietário para subarrendar o prédio, foi aprovada com a abstenção do então vereador Pina Prata. “(…) não existindo vantagem em preço do primeiro contrato em relação ao segundo, não existindo divergência entre o preço praticado no mercado e o preço por metro quadrado arrendado, não existindo alternativa à celebração dos contratos, constitui manifesto abuso a suspeita especulativa sobre este caso”, concluiu Carlos Encarnação.

DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

De consciência tranquila LUÍS VILAR

Vou pronunciar-me exclusivamente no que me diz respeito, uma vez que o processo trata de muitas outras questões que nada têm a ver comigo, além de que não conheço ninguém do ex-Conselho de Administração dos CTT. É verdade que fui consultor da Tramcone, SA, sociedade que tinha um Conselho de Administração constituído por dois portugueses e três holandeses, de Dezembro de 2002 até Setembro de 2004, altura em que passei a desempenhar função a tempo permanente na ex-Região de Turismo do Centro, de acordo com o que está descrito no processo através de contratação legal; De todas as verbas que me foram pagas, emiti factura e recibo e procedi ao pagamento dos respectivos impostos.

A única verba que não me foi paga, e que também se acha referida no processo, corresponde ao valor de 5% referente à transacção do edifício, que à época era do montante de 745.000,00 euros. Por esse motivo propus uma acção cível contra a Tramcone para cobrança desse valor; porém, infelizmente não vejo esclarecida nem sequer aludida essa realidade no processo judicial, como esperava legitimamente, porquanto o mesmo sistema judicial aceitou o pedido de insolvência da Trancrone restando-me aguardar que o gestor judici-

al nomeado pelo Tribunal reconheça o crédito que reclamei através naturalmente do meu advogado.

Acresce que, no ano de 2008, fui fiscalizado pela Direcção Geral de Impostos e no âmbito dessa fiscalização regularizei todas as situações, à excepção daquelas que diziam respeito ás verbas que não recebi e que me são devidas, atrás referidas; Do que consta do processo sobre a alegada montagem financeira do negócio, tudo se passou inteiramente à minha margem, tanto mais que só em 2006 tomei conhecimento da existência da firma Démagre, como aliás está demonstrado no despacho agora emitido pelo Ministério Público; Congratulo-me com a não acusação de todos os restantes Vereadores que no ano de 2003 votaram e aprovaram a continuação deste arrendamento, donde se retira a conclusão que o acto não foi ilícito e que a salvaguarda do interesse público foi assegurada; Em todas as reuniões da Câmara votávamos dezenas e dezenas de processos devidamente instruídos provenientes dos respectivos serviços e, em momento algum, foi apreciado e/ou votado qualquer processo em que fosse parte ou interessado a sociedade com a denominação Tramcone ou mesmo TCN. E, de acordo com a legislação portuguesa, é sabido que os vereadores que não estão em re-

gime de exclusividade não têm qualquer incompatibilidade com o exercício de outras funções; Não sendo o meu voto necessário para aprovar ou rejeitar (nem sei se a votação na Câmara era necessária porque se o fosse teria de seguir para a Assembleia Municipal), estranho a acusação formulada; Relembro que a Câmara Municipal não foi uma nova arrendatária, pois já era a arrendatária; Note-se que em momento algum é citado no processo, logo não me é imputado contacto algum com qualquer organismo público para se instalar no edifício dos CTT em Coimbra; mas o certo é que lá estão alguns!!!

Dito isto, cumpre-me declarar: - Não consigo vislumbrar onde está o branqueamento de capitais, uma vez que tenho a minha situação contributiva regularizada, com excepção da verba que nunca recebi e que estou a tentar judicialmente receber; - Não consigo vislumbrar o acto ilícito que a própria acusação considera licito; - Por fim, e em consequência do acima dito, não consigo vislumbrar a alegada corrupção passiva.

Mas, não serei eu a conduzir o processo, pois para o efeito constitui meu advogado o Senhor Dr. Alfredo Castanheira Neves. E é por isso que não digo por ora pelo menos o restante da minha indignação!

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Luís Vilar (ex-vereador da CMC) Um crime de corrupção passiva para acto ilícito e um de branqueamento de capitais (em co-autoria) Vítor Carmarneiro (ex-líder da AFMP) Um crime de corrupção passiva para acto ilícito Carlos Godinho (empresário) Um crime de participação económica em negócio (em co-autoria) e um de fraude fiscal Carlos Horta e Costa (ex-presidente dos CTT) Um crime de administração danosa (em co-autoria) e seis de participação económica em negócio (cinco deles em co-autoria) Manuel Baptista (ex-vice-presid. dos CTT) Um crime de administração danosa (em co-autoria) e cinco de participação económica em negócio (igualmente como co-autor) Gonçalo da Rocha (ex-gestor dos CTT) Um crime de corrupção passiva para acto ilícito e um de administração danosa (em co-autoria) Luís de Sousa Ramos (ex-director dos CTT) Um crime de corrupção passiva para acto ilícito Júlio Macedo (empresário) Três crimes de corrupção activa para acto ilícito (em coautoria), um de branqueamento de capitais (co-autoria) e dois de participação económica em negócio (co-autoria) Pedro Garcez (empresário) Três crimes de corrupção activa para acto ilícito (em coautoria), um de branqueamento de capitais (co-autoria) e dois de participação económica em negócio (co-autoria) Vítor Coelho da Silva (advogado) Um crime de participação económica em negócio (coautor)

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Figueira da Foz

Duarte Silva e Paulo Pereira Coelho ilibados na Figueira da Foz O anterior líder da Câmara Municipal da Figueira da Foz (CMFF), António Duarte Silva, e o ex-vice-presidente Paulo Pereira Coelho, arguidos sob suspeita de más práticas urbanísticas, acabam de ver os respectivos inquéritos arquivados pelo Ministério Público (MP), soube o “Campeão”.

Duarte Silva (independente apoiado pelo PSD) foi eleito em 2001 para suceder a Pedro Santana Lopes e reconduzido em 2005, tendo perdido, há dois meses, a presidência da edilidade figueirense para João Ataíde das Neves (independente proposto pelo PS).

Além de vereador, Paulo Pereira Coelho foi deputado à Assembleia da República, secretário de Estado, líder da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD. Outrora autarcas, Silva e Coelho foram constituídos arguidos ao abrigo de um inquérito aberto em 2005 pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Coimbra.

O caso poderá ser objecto de abertura de instrução, ao abrigo do Código de Processo Penal (CPP).

Segundo apurou o “Campeão”, há um cidadão,

constituído assistente, habilitado a requerer aquela diligência processual.

Caso seja requerida a abertura de instrução, caberá a um juiz reiterar a decisão tomada pelo MP ou, eventualmente, proferir despacho de pronúncia em ordem a acusar qualquer dos arguidos.

A edificação de um volumoso aparthotel na Figueira da Foz, em alternativa a um hotel de quatro pisos, está na base do processo em que Duarte Silva e Paulo Pereira Coelho foram constituídos arguidos.

O DIAP de Coimbra concluiu pela inexistência de dados capazes de, com segurança, apontarem “para que a substancialidade de invalidades eventualmente verificadas possam fazer repercutir os seus efeitos no plano da responsabilidade criminal”.

O procurador José Luís Trindade admite, contudo, que possa haver fundamento para o Tribunal competente declarar nulos alguns actos administrativos.

Segundo o magistrado, o abandono da filosofia do esboço inicial do empreendimento foi “assumido claramente” pelo primeiro executivo camarário presidido por Duarte Silva (2002/05) como um projecto da sua gestão.

Mandatado por um grupo de cidadãos, o advogado Pedro Trilho Y Blanco reclamou, perante o Tribunal Administrativo de Coimbra, a suspensão da eficácia de vários actos desse foro.

O anterior presidente da CMFF justificou a construção com a suposta falta de impacto significativo de um novo hotel de quatro pisos na oferta turística, apurou o “Campeão”.

Menos ambicioso, o projecto inicial para uma unidade hoteleira deu lugar a um aparthotel, dotado de 600 apartamentos e 160 «suites», piscina, ginásio, sala de conferências, clube de saúde e zona comercial.

O outrora autarca disse, por outro lado, que a Câmara prescindiu dos direitos de preferência e de reversão sobre um terreno – quando ele, em meados de 2003, foi revendido pela empresa Imofoz à firma Fozbeach – por estar apostada em ver construída uma unidade hoteleira de, pelo menos, quatro estrelas.

A CMFF vendeu, em 2001 (tendo Santana Lopes o mandato suspenso), à Imofoz uma parcela de terreno com 9 300 metros quadrados.

A base de licitação era de 1,84 milhões de euros e a autarquia recebeu mais 5 000 euros, sendo que a fir-

ma Fozbeach comprou o terreno à Imofoz, imediatamente a seguir, por perto de três milhões de euros (lucro superior a um milhão).

A oficialização do último negócio só ocorreu volvido ano e meio (em meados de 2003), sem que tenha sido cumprido o prazo de um ano para o arranque da construção do hotel, mas Duarte Silva alega que tal prazo só podia ser contado a partir da data da celebração da escritura.

Quanto à conclusão da edificação, indicou que a responsabilidade pela ultrapassagem do prazo não é imputável à empresa adjudicatária, devendo-se antes à alteração das condições legais decorrentes da aprovação de um plano de pormenor para o Vale do Galante na sequência da suspensão do Plano Director Municipal (PDM) e do Plano de Urbanização.

Para o Movimento de Defesa do Desenvolvimento Sustentável do Vale do Galante (MDDSVG), tratou-se de um plano de pormenor “criado à medida da Fozbeach” e que permitiu quadruplicar o número de pisos do aparthotel em relação aos da unidade hoteleira inicialmente prevista, além da duplicação da densidade de construção de fogos por hectare na área adjacente.

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Parque de Inovação ganha novo fôlego

Urbanismo em Coimbra

Doze milhões de euros para a sociedade iParque

Medida polémica com voto de qualidade de Carlos Encarnação

A sociedade iParque, responsável pela criação em Coimbra de um Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde, irá receber cerca de 12 milhões de euros de fundos da União Europeia, revelou o presidente da Câmara Municipal.

A construção do edifico central do complexo e a de outro, concebido como embrião de empresas, cativarão aquele montante de fundos comunitários.

A “Coimbra Inovação Parque”, de que a autarquia é accionista maioritária, deverá ser objecto de transformação do modelo societário mediante a passagem de sociedade anónima a empresa municipal.

A segunda fase do Parque de Inovação em Ciência, Tecnologia e Saúde, empreendimento que está a ser concretizado em Antanhol (Coimbra), irá compreender 70 hectares, 20 deles para lotes industriais. As obras da primeira fase ocupam 30 hectares.

O complexo de “Coimbra Inovação Parque” assen-

ta em três objectivos estratégicos: ser catalisador de desenvolvimento económico, promover a inovação tecnológica e fomentar iniciativas empresariais relevantes.

Além das Ciências da Vida e da Saúde, o empreendimento privilegia as tecnologias de informação e multimédia, as telecomunicações, a robótica e as áreas transversais, compreendendo estas os projectos com potencial para criar um conceito de fileira com base em cada daqueles quatro segmentos.

Em 2010, a iParque espera inaugurar um acelerador de empresas.

Entre os accionistas da sociedade, detida maioritariamente pela CMC, contamse a associação de desenvolvimento regional CoimbraVita, Universidade, ACIC, Banco Espírito Santo, Associação Industrial Portuguesa, Critical Software, Associação Tecnopólo, ISA, Clube de Empresários, Serviços de Utilização Comum dos Hospitais e Centro de Neurociências e Biologia Celular.

A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou, na semana passada, uma medida de carácter urbanístico bastante contestada pelo vereador do PS Álvaro Maia Seco, professor universitário do ramo da Engenharia civil.

Uma proposta de aditamento e alterações subjacentes a uma operação de loteamento na freguesia de Santa Clara foi aprovada com o voto de qualidade do presidente da edilidade, Carlos Encarnação (PSD).

Os três vereadores socialistas presentes na última ses-

são camarária e o edil eleito pela CDU votaram contra e Luís Providência (CDS/PP) optou pela abstenção. Carlos Encarnação recorreu a voto de qualidade, sendo que estavam ausentes da reunião as vereadoras Maria José Azevedo Santos (da maioria) e Fernanda Maçãs (cuja substituição na bancada do PS, por renúncia ao mandato, só ocorrerá na próxima sessão).

Maia Seco assinalou que, mediante encargos aproximados a 200 000 euros, o promotor arrecadará maisvalias que poderão ascender

a um milhão de euros. “Trata-se de um exagero”, considerou o edil ao pôr em causa o alcance da aprovação.

“Alguma da má fama do poder autárquico prende-se com situações deste tipo”, afirmou o vereador, em cujo ponto de vista “Coimbra não pode continuar a crescer, como tem acontecido, à semelhança de uma mancha de óleo”.

Graça Pinto, chefe da Divisão de Gestão Urbanística / Sul, preconizara a aprovação do projecto de loteamento, tendo alegado que o

promotor assegura uma “forte intervenção” em matéria de alargamento dos caminhos existentes e da construção de passeios e de áreas para estacionamento.

A chefe de divisão, corroborada pelo director de departamento Luís Leal, indicou que o referido promotor garante todas as infra-estruturas indispensáveis.

A operação de loteamento, envolvendo oito parcelas de terreno que totalizam 31 300 metros quadrados, compreende 18 lotes para moradias unifamiliares.

Câmara de Coimbra

Bancada do PS sem mulheres A bancada do PS na Câmara Municipal de Coimbra ficará sem mulheres, pelo menos durante algum tempo, na sequência das renúncias de Fernanda Maçãs e Ana Pimentel aos respectivos mandatos de autarcas.

Fernanda Maçãs, reconduzida há dois meses, seria substituída por Ana Pimentel, mas esta também renunciou, abrindo caminho ao ingresso de Rui Duarte na vereação. Álvaro Maia Seco, que encabeçou a lista do PS para

a CMC, lamentou a renúncia de Fernanda Maçãs, mas disse compreendê-la na medida em que a jurista reside e trabalha em Lisboa.

O presidente da edilidade, Carlos Encarnação (PSD), agradeceu a “colaboração

prestada” pela ex-autarca.

A bancada da coligação “Por Coimbra” compreende duas vereadoras (Maria José Azevedo Santos e Maria João Castelo Branco) num elenco de seis membros da maioria camarária.

Saúde

Processo disciplinar arquivado

Hospitais com vogais indicados pela Câmara

Nova fase da Águas de Coimbra com sinal em prol da paz social

A Câmara Municipal de Coimbra deliberou indicar ao Ministério da Saúde os nomes de três pessoas para assumirem funções de administradores não executivos em três hospitais da cidade.

O presidente, Carlos Encarnação, rejeitou, na semana passada, uma proposta dos vereadores do PS em prol do adiamento da votação, tendo alegado que já abordou o Ministério duas vezes acerca do assunto.

Os municípios onde

funcionem hospitais com o estatuto de entidades públicas empresariais têm direito a indicar um nome para cada um dos conselhos de administração.

Para os HUC é sugerido Luís Santiago (médico de família, doutorado e excoordenador da Sub-Região de Saúde de Coimbra), para o Centro Hospitalar Carlos Nunes da Silva (oftalmologista e autarca) e para o Centro Regional do Instituto de Oncologia João Henriques Pereira (cirurgião).

Um processo disciplinar instaurado a um ex-director da empresa municipal Águas de Coimbra (AC), João Santos Seco, foi arquivado, na semana passada, mediante decisão aprovada unanimemente pelos membros da Câmara.

Fontes autárquicas disseram ao “Campeão” que o técnico está associado à abertura de um inquérito do foro criminal ao abrigo do qual foram constituídos ar-

guidos quatro ex-gestores da AC (o anterior presidente, Jorge Temido, o respectivo antecessor, Paulo Canha, e os outrora administradores Joaquim de Sousa e Nuno Curica).

Num registo enigmático, segundo as fontes do nosso Jornal, o vereador Carlos Cidade (PS) fez alusão a “outras coisas” que terão estado subjacentes à instauração do processo disciplinar, sendo que a respec-

tiva matéria prende-se com factos ocorridos há perto de uma dezena de anos. Álvaro Maia Seco corroborou o teor da intervenção de Carlos Cidade.

Como noticiou o “Campeão”, a 29 de Outubro de 2009, o referido assunto chegou às mãos do instrutor no dia a seguir ao das eleições autárquicas.

A decisão do anterior Conselho de Administração (CA) da Águas de Coimbra

no sentido da abertura de um processo disciplinar visando João Santos Seco foi tomada a 30 de Abril (cinco meses e meio antes de o instrutor ter sido habilitado para o efeito).

João Santos Seco, um dos dois directores «emprateleirados» naquela empresa municipal durante a segunda metade do mandato do anterior CA, foi director de Manutenção e de Exploração de Sistemas.

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Deputados por Coimbra: depois de Pureza Serpa Oliva também já mexe

CDS interpela ministra a esclarecer posição do Governo mais adequada ao sentido Europeu e menos poluente, que permita resolver uma questão que se arrasta desde o século passado”.

Caso a ministra do Ambiente persista na intenção de fazer avançar a coincineração em Souselas, o deputado garantiu ao “Campeão” que o seu partido “vai tentar legislar, no âmbito do quadro de forças políticas representadas no Parlamento, para fazer com que a co-incineração desapareça”.

“Nesta matéria, as decisões devem ser tomadas tendo como preocupação principal a ponderação do que é melhor para o país e para as populações”, declarou Serpa Oliva.

A decisão do Supremo Tribunal Administrativo – cujo acórdão abre caminho para o retomar da queima de Resíduos Industriais Perigosos (RIP) na cimenteira de Souselas, a qual estava suspensa por ordem do Tribunal Administrativo do Norte – não é, no entanto, contestada pelo CDS. Em 1998, quando se iniciou o processo da coincineração, não existia uma alternativa, contudo, onze anos decorridos, os deputados do CDS defendem

G. B.

O grupo parlamentar do CDS-PP na Assembleia da República (AR) quer que a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, esclareça qual é a política do actual Governo para a co-incineração.

Os democratas-cristãos apresentaram um requerimento, dirigido ao presidente da Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, Miranda Calha, solicitando a audição parlamentar da ministra.

A 21 de Dezembro, data em que Dulce Pássaro deverá comparecer perante a Comissão, os deputados pretendem interpelar a governante para que esta esclareça, cabalmente, se opta pela alternativa existente – os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER) – ou se continuará a insistir na co-incineração, “colocando em risco a saúde e qualidade de vida das populações de Souselas e do Outão”.

No entendimento dos parlamentares do CDS, a questão da co-incineração “não é uma questão jurídica, mas sim claramente política”, razão pela qual consideram que Luis Jorge o tema deve S. Pereira ser debatido na AR. DESENHADOR Serpa PROJECTISTA Oliva, deputado do Boas Festas CDS, eleito Telem.: 919 556 890 - Telef.: 231 458 619 Gabinete em LAGOA - 3070-147 MIRA por Coimbra, admitiu Festas ao nosso JorFelizes nal que há uma boa possibilidade NÉLIO JOSÉ CAMPOS LARANJEIRA de se legislar sobre esta SERVIÇO DE TORNO E FRESADORA matéria, “procurando Telem.: 967 776 054 - Rua do Casal Novo uma solução 3140-162 Meãs do Campo

uma solução que passe pelos dois CIRVER já em funcionamento no concelho da Chamusca e que têm capacidade para tratar a quase totalidade dos RIP produzidos em Portugal.

“Esta teimosia em queimar os resíduos em cimenteiras está quanto a nós ultrapassada e é preciso que se faça uma nova legislação nesse sentido. Não faz sentido nenhum que se continue a insistir na queima nas cimenteiras. Continuamos convencidos que isso traz riscos para a saúde e os CIRVER são, seguramente, muito mais inócuos”, sustentou Serpa Oliva.

Pediátrico com solução possível e não a ideal

Ainda não há data prevista para a inauguração do Hospital Pediátrico de Coimbra e a solução final “é a possível e não a ideal”. A ministra da Saúde, Ana Jorge, respondeu, desta forma, às dúvidas apresentadas pelo deputado do CDS. Na reunião da Comissão de Saúde, no dia 9 de Dezembro, a governante admitiu não saber, efectivamente, quando abrirá ao

público a nova unidade hospitalar infantil, cuja data de inauguração chegou a ser perspectivada para finais do mês de Setembro último.

Interpelada por Serpa Oliva, Ana Jorge reconheceu que a solução implementada é diferente do projecto inicial, aprovado em 2005 pelo Governo do PSD/CDS-PP, então liderado por Pedro Santana Lopes.

O deputado do CDS sustenta que a passagem dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) a Entidade Pública Empresarial (EPE) “não trouxe vantagens para ninguém” e, por isso, aproveitou também para questionar Ana Jorge sobre a saúde financeira e o modelo de gestão que está a ser aplicado nos HUC. Apesar de reconhecer as dificuldades em conciliar a vertente da investigação e do ensino com a gestão empresarial, a ministra da Saúde – que disse não estar na posse de elementos que lhe permitissem uma análise mais detalhada – declarou apenas que os HUC terão de implementar esse modelo, à semelhança do que já fizeram os hospitais de Santa Maria (Lisboa) e São João (Porto).

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Que esta quadra festiva seja vivida, em todos os lares, num ambiente de harmonia, paz e esperança num Ano Novo cheio das maiores venturas e realização dos anseios e desejos pessoais.

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O Presidente do Conselho de Administração _________________________ António Patrocínio Alves

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FIGURAS E FACTOS

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Maria Luísa Veiga

A S C E N S O R A

S U B I R

Carlos Encarnação – O presidente da Câmara Municipal de Coimbra acaba de ser reconduzido como líder do Conselho da Região, órgão de natureza consultiva da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro. Ademais, Carlos Encarnação esteve esta semana em alta, ao ser ilibado no âmbito do caso do edifício dos Correios. Tal como o edil, os ex-vereadores João Rebelo, Nuno Freitas, Manuel Rebanda, Mário Nunes, António Rochette, Carvalho Santos, Rodrigues Costa e Gouveia Monteiro, que votaram a favor do pagamento do arrendamento de parte do prédio dos CTT, foram ilibados do crime de prevaricação que lhes era imputado. Termina assim um caso que não foi louvável para ninguém e que, pelo contrário, foi desconfortável, muito em especial para Carlos da Encarnação, já que era sempre o seu nome que vinha à baila quando se falava no assunto. Se é certo que o prestígio e seriedade de Carlos da Encarnação sempre o colocaram acima de qualquer suspeita em termos de comportamento eticamente censurável, nem por isso a associação de uma putativa prevaricação ao caso dos Correios (esse sim, significativamente gravoso) deixou de causar incómodos e desconfortos que são também valores a considerar. Está aqui um exemplo claro de um caso sem qualquer relevância criminal em si mesmo e que apenas a apanhou porque a violação do segredo de justiça tem hoje esse enorme “mérito” que toda a gente parece cultivar: condenar primeiro, investigar depois.

Duarte Silva – O Ministério Público decidiu arquivar os inquéritos que implicava o anterior líder da Câmara da Figueira da Foz, António Duarte Silva e o ex-vice-presidente, Paulo Pereira Coelho, em alegadas más práticas urbanísticas.

Agora ilibados, Silva e Coelho foram constituídos arguidos no início de 2008, ao abrigo de um inquérito aberto em 2005 pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Coimbra, relacionado com a edificação de um volumoso aparthotel na Figueira da Foz, em alternativa a um hotel de quatro pisos.

Luís Providência – O vereador Luís Providência, eleito pela coligação “Por Coimbra”, foi o único edil a lamentar, na última reunião da Câmara Municipal de Coimbra, o acórdão do Supremo Tribunal Administrativo acerca da co-incineração. É certo que o vereador tem as competências do pelouro da Saúde Pública, mas será que os demais autarcas já se conformaram com o retomar da queima de resíduos industriais perigosos na cimenteira de Souselas?

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D E S C E R

Isabel Alçada – O Ministério da Educação acaba de se tornar no principal protagonista de mais uma trapalhada relacionada com a Direcção Regional de Educação do Centro (DREC). O lacónico comunicado do gabinete de Isabel Alçada, dizendo apenas que Beatriz Proença nunca foi nomeada para titular da DREC, não esclarece por que razão o cargo foi por ela desempenhado durante uma semana nem tão pouco que a alegada incompatibilidade para exercer aquela função só tenha sido descoberta agora.

O Instituto Superior Bissaya Barreto tem, a partir de hoje, uma nova directora, uma personalidade com uma vasta experiência e provas dadas na área da educação. A professora doutora Maria Luísa Veiga assume as novas funções no ISBB, quando esta instituição de ensino da Fundação Bissaya Barreto se prepara para entrar no seu 17.º ano de funcionamento, com várias ofertas formativas, estando a funcionar no presente ano lectivo a licenciatura em Direito e aprovadas, para 2009/2010, as licenciaturas em Solicitadoria, em Engenharia de Software e Computação, e em Economia e Política da Inovação. A nova directora integrou a primeira comissão instaladora da Escola Superior de Educação, estabelecimento onde foi docente até ao corrente ano, e desde 2003 até Junho de 2009 foi vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra. Do seu vasto curriculum constam inúmeras colaborações com outras instituições e organismos nos domínios da consultadoria, avaliação e gestão, incluindo ao nível da União Europeia e na cooperação com os PALOP. Nuno Maurício – É o chefe do gabinete do presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Jurista, foi dirigente da Naval 1º. de Maio e coordenador de investigação criminal da Polícia Judiciária.

Gilberto Lopes – Jurista e ex-director do Departamento de Administração Geral e Recursos Humanos da Câmara Municipal de Coimbra, acaba de ser investido na função de chefia do gabinete do presidente da edilidade leiriense.

Maria Assumpta Pimenta Dias Coimbra – Maria Assumpta Pimenta Dias Coimbra apresentou, no passado dia 7, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, provas de doutoramento em Filosofia com a dissertação “(Des) Humano Demasiado (Des) Humano o Homem na Era Digital. Uma Reflexão com Pierre Lévy”. Foram arguentes os professores doutores Joaquim José Jacinto Escola, da Universidade de Trásos-Montes e Alto Douro (UTAD), e Graciano Gon-

zalez Rodrigues – Arnaiz, da Faculdade de Filosofia da Universidade Complutense de Madrid.

Isabel Oliveira e José Vasconcelos-Sousa – A mediação de conflitos com um mediador profissional, estranho ao conflito, abre um largo espaço para soluções criativas e positivas em que todas as partes podem ganhar.

Esta foi uma das principais conclusões da palestra que teve como principais oradores Isabel Oliveira e José Vasconcelos-Sousa. Organizada pela MEDIARCOM – Associação Europeia de Mediação, em parceira com a Association for Conflict Resolution, a conferência dedicada ao tema “A Resolução de Conflitos nas Organizações” decorreu na terça-feira, dia 15, no Campus do Conhecimento e da Cidadania da Fundação Bissaya Barreto.

José António Salcedo – O empresário da Multiwave Photonics, José António Salcedo, é o mais novo membro do conselho consultivo da Critical Manufacturing. O especialista em En-

genharia Eléctrica recebeu o prémio “Engineering Achievement” da Sociedade de Fotónica do IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers) “em reconhecimento das excepcionais contribuições técnicas e de liderança para os lasers de fibra por impulsos”. A Critical Manufacturing está a criar um conselho consultivo constituído por pessoas com conhecimento e experiência comprovada e cuja missão é aconselhar a comissão executiva.

Carlos Paredes – O exímio intérprete da guitarra portuguesa, Carlos Paredes, deixou, em testamento, um legado de três guitarras (construídas pela família Grácio) a Coimbra, gesto revelador da grande generosidade e apreço pela cidade onde nasceu a 16 de Fevereiro de 1925.

Apesar de ter vivido grande parte da sua vida em Lisboa (onde faleceu, em 23 de Julho de 2004), Carlos Paredes manteve sempre um grande afecto por Coimbra, quer por ligações familiares, quer pelos movimentos sociais e estudantis da cidade a que sempre se associou, quer, obviamente, pelo instrumento que pautou toda a sua vida: a guitarra. A cerimónia de entrega das guitarras decorre hoje, às 17h30, no Edifício Chiado.

Grupo Catarino abre escritório no Funchal – O Grupo Catarino vai abrir uma delegação no Funchal, a terceira no país, depois de Lisboa e Vilamoura, permitindo uma maior proximidade com os clientes, nomeadamente nas áreas de construção e interiores. Aumentar o volume de negócios na ilha da Madeira é o grande propósito da iniciativa que coincide com a adjudicação da primeira obra no arquipélago da Madeira pela Eurest Portugal à Ramos Catarino. A remodelação de uma

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área do Lar da Bela Vista, num total de 699 metros quadrados, corresponde a um investimento de 700.000 euros que contempla a demolição, ampliação e remodelação da cozinha e da sala de refeições onde são confeccionadas e distribuídas mais de 1200 refeições por dia. Outra obra que acaba de ser atribuída à Ramos Catarino pela Teixeira Duarte é a construção de três praças de portagem na auto-estrada do Douro Litoral (A43 e A41).

Com mais de 200 trabalhadores, a Ramos Catarino é a empresa bandeira do Grupo Catarino.

IAPMEI divulga FINTRANS – O IAPMEI realiza amanhã, dia 18, às 14H30, no auditório da Associação Portuguesa de Indústria a de Cerâmica (APICER), em Coimbra, uma sessão de divulgação do Programa FINTRANS – Dimensão e Transmissão Empresarial. Contribuir para o crescimento rápido e aumento da capacidade competitiva dos negócios das empresas nacionais é o principal desígnio deste programa promovido pelo IAPMEI e AEP. Através deste programa, as PME têm à sua disposição aconselhamento técnico, apoio na pré-avaliação e apresentação do negócio, facilitação de contactos com potenciais investidores, bem como acesso a soluções de financiamento com vista a implementar processos de fusão e aquisição.

Casa dos Pobres – O Clube de Empresários de Coimbra promove hoje, pelas 20h00, um jantar de solidariedade em prol da Casa dos Pobres de Coimbra. A iniciativa, aberta a todos os que nela queiram participar, decorre nas instalações da Casa dos Pobres e os fundos recolhidos revertem na totalidade para a instituição de solidariedade social.

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Helena Libório e Cristina Dias desempenham funções interinamente

DREC ainda sem titular PUBLICIDADE

A ministra da Educação, Isabel Alçada, ainda não nomeou sucessor para o cargo anteriormente ocupado por En-

grácia Castro, cuja comissão de serviço terminou a 27 de Novembro.

Fonte do gabinete de comunicação do ME de-

clarou ao nosso Jornal que “oportunamente serão conhecidos os nomes da equipa da DREC”.

Beatriz Proença, que até há bem pouco tempo desempenhava funções inspectivas enquanto delegada regional do Centro da InspecçãoGeral de Educação, chegou a ser titular da DREC, durante uma semana. Incompatibilidade legal apontada pela tutela, conforme o art. 8.º n.º 2 do DL 170/2009, de 3 de Agosto, e uma alegada tentativa de impor os nomes da equipa que seria por si liderada – com figuras ligadas ao Partido Socialista da região Centro – terão ditado a sua saída antes mesmo de ser nomeada.

Apesar do gabinete de comunicação do ME ter emitido no dia 9 de Dezembro um comunicado a esclarecer que Beatriz Proença, apesar de indigitada, nunca foi no-

meada para exercer o cargo de Directora Regional da Educação do Centro, “por ter sido detectada uma incompatibilidade para exercer aquela função” – alegadamente relacionada com o trabalho que desenvolveu na IGE – esta chegou a desempenhar funções como titular da DREC durante uma semana, apurou o nosso Jornal.

Beatriz Proença chegou mesmo a enviar cartas de apresentação aos presidentes de Conselhos Executivos da região Centro e a publicar no sítio oficial daquele organismo regional uma mensagem de apresentação por si assinada, dizendo “Aproveito este meio, ao assumir funções como Directora Regional de Educação do Centro, para saudar todos os intervenientes no processo educativo”. A missiva foi entretanto retirada.

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A Direcção Regional de Educação do Centro (DREC), organismo des-

concentrado do Ministério de Educação (ME), tem como titulares, interinamente, Helena Libório e Cristina Dias, soube o “Campeão”.

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G. B.

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Rodrigo Santiago recebeu Medalha de Honra

Coimbra marcou presença na homenagem a advogados O advogado de Coimbra Rodrigo Santiago foi um dos cinco distinguidos pelos contributos, como causídicos e cidadãos, prestados em abo-

no da dignidade da profissão e do prestígio da Ordem dos Advogados, na cerimónia realizada, dia 10, em Lisboa.

Foram várias as per-

sonalidades de Coimbra que se associaram ao acto e marcaram presença no salão nobre da Ordem dos Advogados, na capital, tais como Castanhei-

Castanheira Neves e Arménia Coimbra marcaram presença na distinção a Rodrigo Santiago

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ra Neves, ex-presidente do Conselho Superior da OA, o professor da Faculdade de Direito José de Faria Costa, o ex-presidente do Tribunal Constitucional Cardoso da Costa, o vice-presidente do Supremo Tribunal de Justiça António Henriques Gaspar, a advogada Arménia Coimbra e o presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares. Destaque, ainda, para o facto de a cerimónia ter contado com a actuação do Quinteto de Cordas da Orquestra Clássica do Centro.

Durante a cerimónia foi entregue o Prémio Bastonário Ângelo d’Almeida Ribeiro 2009 ao advogado Joaquim António Paes Pires de Lima, pelo elevado mérito do trabalho desenvolvido em defesa dos Direitos Humanos. Seguiu-se a atribuição da Medalha de Honra da Ordem dos Advogados,

que se destina a advogados que se notabilizaram no exercício da profissão e no desempenho de cargos na Ordem dos Advogados. Foram agraciados António Marques Mendes, António Neto Brandão, Macedo Varela, Rodrigo Santiago e Sousa de Macedo.A sessão foi presidida pelo bastonário António Ma-

rinho e Pinto e nela foram oradores Jaime Gama, presidente da Assembleia da República, Jerónimo Martins, presidente da Comissão dos Direitos Humanos, o agraciado Joaquim António Paes Pires de Lima e Sousa de Macedo, em representação dos advogados homenageados.

Dolce Vita expõe presépio de artesão de Penela O Centro Comercial Dolce Vita Coimbra volta a ser parceiro do Penela Presépio. Até ao final de Dezembro, o espaço tem em exposição um presépio da autoria de António Vaz, terceiro classificado do Concurso Brisa Presépios realizado em 2007.

Marceneiro de profissão, António Vaz desenvolveu particular talento e dedicação para a criação de presépios, talvez por força dos 26 anos em que exerceu a função de sacristão. António Vaz construiu em 2006 o presépio repleto de casinhas iluminadas e as tradicionais figuras do presépio, contando ainda com uma réplica do Castelo de Penela. Em 2007, o presépio esteve em exposição na Biblioteca Municipal de Penela.

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AKI e misericórdias promovem acção solidária

Medalhística Lusatenas lança medalha de Natal À semelhança dos anos anteriores, a Medalhística Lusatenas lançou uma medalha alusiva ao nascimento de Jesus. Jorge Coelho é o escultor da medalha deste ano.

De bronze, o módulo com nove centímetros de diâmetro retrata, numa das faces, a demonstração de afecto do menino Jesus para com a mãe, Maria. Na imagem está ainda representado o pai, José, e os três reis magos, a adorar o menino.

No verso da medalha, A. Jesus Ramos assina o seguinte poema:

O AKI e a União das Misericórdias Portuguesas promovem uma campanha de solidariedade de âmbito nacional a favor dos mais carenciados.

“Ajude-nos a distribuir calor neste Natal” é o tema da campanha que decorre até 20 de Dezembro e apela a todos os portugueses a contribuírem com os mais variados bens têxteis, como seja mantas, cobertores, roupas quentes e almofadas.

As lojas da marca de retalho funcionam como ponto de recolha das con-

Contemplação Uma estrela a cintilar conduziu-nos a Belém p´ra podermos contemplar a cena mais de pasmar que toda a História contém; Deus Filho feito Menino acaricia sorrindo o rosto de Sua Mãe!

tribuições, sendo que a União das Misericórdias Portuguesas, através dos Secretariados Regionais, fará a recolha dos bens, assim como a respectiva distribuição junto dos mais carenciados, um pouco por todo o país. Satisfeito com a parceria com o AKI, o responsável pela área da acção social da União das Misericórdias, Carlos Andrade, comentou que “É nestas acções que se traduz o espírito de Natal e é com este propósito que aceitámos colaborar neste desafio”.

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Em Coimbra com as presidenciais debaixo de olho

Processo eleitoral finalmente concluído

Manuel Alegre alerta para novas dependências e medos

Amílcar Falcão é o director da Faculdade de Farmácia

G. B.

Manuel Alegre defendeu a importância de “celebrar a actualidade e modernidade do conceito de liberdade individual e da suprema soberania do Homem sobre si mesmo”, primado sustentado por John Stuart Mill.

“Agora não”, respondeu Manuel Alegre aos jornalistas, à entrada do anfiteatro, antes de falar sobre a Liberdade. O ex-candidato enjeitou, assim, por ora, qualquer comentário sobre uma eventual recandidatura sua ao mais alto cargo da Nação. O silêncio de Alegre sobre este tema colide, no entanto, com a postura interventiva e cívica crescente, que sugere que o socialista não estará tão alheio às Presidenciais como quer fazer crer. Um candidato da esquerda, consubstanciado em Alegre, é cenário que muitos analistas políticos dão como altamente provável.

Na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, o ex-deputado do PS falou sobre a liberdade e os desafios que os tempos actuais colocam a este valor supremo, no encerramento de um colóquio evocativo dos 150 anos da publicação do livro “Sobre a Liberda-

de”, do filósofo e economista inglês, organizado pelo Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação. “É fundamental rever o papel do Estado, não como um Estado produtor, mas como um Estado estratega, que além de assegurar as liberdades e garantias individuais, seja capaz de definir metas sociais, de suprir falhas do mercado e ser ele próprio um instrumento de luta contra as desigualdades”, sustentou o antigo candidato a Presidente da República.

Numa intervenção inspirada, Manuel Alegre falou de “novas dependências e novos medos”, associados a uma manifesta crise do sistema de representação das democracias ocidentais, em que “a vida pública está cada vez mais confiscada pelos aparelhos partidários que tendem a substituir-se aos próprios cidadãos”.

Falta, sobretudo, a tolerância, a diversidade e o respeito pelo próximo. Por isso “renascem, de um lado e de outro, os fundamentalismos com a sua lógica de excomunhão do outro, do que é diferente”, denotou Manuel Alegre.

As desigualdades são a principal ameaça à liberdade

O ex-deputado admite que “a vida pública está cada vez mais confiscada pelos aparelhos partidários”

no mundo contemporâneo.

Alegre admite mesmo que a expansão global dos mercados financeiros, liberalizados de forma desregulada, conduziu ao colapso do sistema financeiro mundial e revelou desigualdades colossais, “com o nível de desigualdade estrutural criado pela liberalização desregulada a restringir, diminuir e condicionar o exercício da liberdade e das liberdades”.

O terrorismo e o fanatismo, nas suas mais diversas

formas, a par do “velho fantasma do racismo” são igualmente desafios presentes à liberdade dos povos. Segundo o poeta, não existem soluções fáceis para fazer vingar o derradeiro valor de que tantos se viram privados ao longo dos tempos.

“No dia em que, em nome da segurança, as democracias abdicarem dos valores e dos seus princípios, isso significará a vitória moral do terrorismo”, alertou Manuel Alegre.

I.C.

O catedrático Amílcar Falcão, de 45 anos, foi eleito, por folgada maioria, director da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.

A reunião da Assembleia da Faculdade, órgão ao qual compete a eleição do director, foi precedida de uma audição pública dos programas de acção dos dois candidatos ao carg o, Amílcar Falcão e Adriano de Sousa, que era, desde 1988, o presidente do Conselho Directivo.

A Faculdade de Farmácia foi a última, no universo das faculdades que compõem a Universidade de Coimbra, a eleger o respectivo director.

Findo um processo eleitoral “complicado”, assim adjectivado por Amílcar Falcão, segue-se o momento de “unir, pacificar e levar para a frente” o programa de acção que mereceu o voto favorável da maioria do membros da Assembleia (12 votos, contra 3 obtidos pelo seu adversário).

O novo director espera conseguir, com o

Amílcar Falcão quer “unir, pacificar e levar para a frente” a Faculdade de Farmácia

apoio de todos (docentes, funcionários e estudantes), uma faculdade “integrada e integrante” no seio da UC, e “não uma peça solta”.

A convocação de uma Reunião Geral de Docentes, em cumprimento dos estatutos, é uma das primeiras coisas que tenciona fazer e um dos passos no sentido da discussão e aprovação de um plano estratégico a 10 anos.

“A Faculdade de Farmácia não pode navegar à vista. Tem de ter um r umo, objectivos bem definidos, nomeadamente em relação à oferta pedagógica, investigação, progressão na carreira, prestação de serviços à comunidade, entre outros”, defende.

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“Dois dedos de conversa” com Domingos Silva

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Casino é espaço de vários prazeres

Dezembro mês do bacalhau

Associar apenas o Casino ao jogo “é restrito”, porque trata-se de um espaço de “vários prazeres mentais”, ligado à gastronomia, à cultura, ao espectáculo e ao convívio, segundo afirma Domingos Silva, administrador da Sociedade FigueiraPraia.

Para o responsável pela empresa que detém o Casino da Figueira da Foz, “a sociedade tem, infelizmente, muitos sítios de perdição, devendo o jogo ser encarado como uma actividade lúdica que, aliás, “é estimulada nas crianças desde tenra idade”.

“Ao longo da vida há quem jogue por brincadeira, por prazer, quem o faça a nível profissional (por exemplo, os que se tornam jogadores de futebol), mas também aqueles que se deixam entrar no domínio patológico, gerando situações desagradáveis”, referiu Domingos Silva no programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido no passado domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM).

Para o responsável pelo Casino Figueira, “há que deixar de diabolizar o jogo, porque é um gueto em termos de economia”, chamando a atenção para o facto de “não haver escândalos nos casinos, instituições

O Casino, que apenas encerra na véspera e no dia de Natal, aposta numa passagem de ano para todas as gerações, segundo revela o administrador

que se mantêm credíveis, mesmo no meio de toda esta crise”. “O Estado protegenos com a sua presença diária, controlando e fiscalizando tudo, certificando a nossa qualidade e seriedade, com um escrutínio sem paralelo em outra actividade no país”, acrescentou.

Domingos Silva destaca a importância do Casino da Figueira da Foz, com 125 anos, o mais antigo da Península Ibérica e o primeiro com uma concessão de jogo nos termos da lei ainda hoje em vigor, que re-

monta a 1927, senso o único num espaço entre Espinho e Lisboa.

Afirmando o Casino como um “centro multiusos de actividade mental”, o administrador sublinhou tratar-se de “um espaço onde todos convivem, sem atropelos, captando sem a obrigação de as pessoas terem de ir jogar”.

Destacando que o Casino Figueira consegue, ao longo de quatro anos consecutivos, ter espectáculos exclusivamente com artistas portugueses, Domingos Silva subli-

nhou, igualmente, que “não existe uma lógica de obter receitas para cobrir os custos”, pelo que é proporcionado à região eventos culturais a preços mais acessíveis.

O Casino é um espaço de convívio, durante todo o ano, encerrando as portas apenas na véspera e no dia de Natal. Já a passagem de ano é de folia, com a de 31 de Dezembro de 2009 a ser especial, com três festas diferentes, proporcionando que as várias gerações possam ter um “reiveillon” no mesmo local.

O bacalhau não pode faltar na noite da consoada, em casa dos portugueses, e na Figueira da Foz, terra onde os bacalhoeiros partiam para a Terra Nova, o “fiel amigo” é lembrado neste mês da quadra natalícia.

No âmbito da iniciativa “Figueira Gastronómica 2009”, os pratos de bacalhau e seus derivados estão em destaque desde o passado dia 10 e até 23 de Dezembro, em 24 restaurantes do concelho.

A ementa deste evento gastronómico é constituída pela canja ou chora de bacalhau, sendo o prato principal o sempre saboroso e muito apreciado bacalhau assado, iguaria típica da culinária portuguesa.

Esta é uma boa oportunidade para provar os inconfundíveis sabores, numa época do ano em que o bacalhau é ainda mais apreciado, pois é um prato obrigatório na ceia de Natal de todos os portugueses.

Os vinhos seleccionados para acompanhar a re-

feição foram o branco e o tinto das Caves Messias. No final, as sempre apetitosas e doces Brisas da Figueira, complementam o tradicional repasto da cozinha portuguesa.

A iniciativa “Figueira Gastronómica” é considera “um elemento essencial quando se fala na promoção turística de um destino, com um conjunto de eventos que prima pela qualidade”, segundo a organização, compartilhada entre a empresa municipal Figueira Grande Turismo (FGT) e a delegação local da Associação de Hotelaria e Restauração do Centro.

As várias iniciativas temáticas, ligadas entre si pelo peixe e outros produtos da costa, estiveram assim distribuídas ao longo do ano: Sável e Lampreia – 19 de Fevereiro a 1 de Março; Peixes Tradicionais – 2 a 11 de Abril; Festa da Sardinha – 1 a 30 de Junho; Mariscos – 16 a 26 de Julho; Caldeiradas – 3 a 13 de Setembro.

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Para ver no Palácio Sotto Mayor até 10 de Janeiro

Primeira dama expõe colecção de presépios L.S.

O Natal na Figueira da Foz tem este ano um grande atractivo, com a exposição de 150 presépios da colecção de Maria Cavaco Silva, patente no Palácio Sotto Mayor até 10 de Janeiro de 2010.De acordo com o Museu da Presidência da República, promotor da iniciativa, a colecção reúne peças de diversas proveniências, nacionais e internacionais, desde lugares longínquos, como Brasil e Israel, até aos centros tradicionais de produção presepista nacional, como Barcelos e Estremoz.A exposição inclui obras de artistas contemporâneos como Júlio Resende ou Siza Vieira e presépios de artesãos nacionais como Júlia Ramalho, Baraça ou os Irmãos Ginja, e ainda peças de grande valor simbólico e afectivo ligadas a causas apoiadas pela primeira dama. Existem presépios em cerâmica, madeira, lata, barro, azulejo e cortiça.A entrada para visitar a exposição custa um euro e a venda do catálo-

go 2,5 euros, com as respectivas receitas a reverterem a favor do Centro Social da Cova-Gala.

A paixão de Maria Cavaco Silva pelos presépios começou em criança, consolidou-se em jovem por alturas do nascimento da filha e hoje é uma colecção com mais de 200 peças, parte significativa exposta na Figueira da Foz. “Quando eu era menina pequena, agarrava nos materiais que tinha à mão para fazer presépios. Nessa altura havia aquelas figurinhas de barro, que não eram particularmente elaboradas”, disse a mulher do Presidente da República, na inauguração da exposição.

A mostra, intitulada “O Presépio - Colecção de Maria Cavaco Silva”, é promovida pelo Museu da Presidência da República e pelo Casino da Figueira.

Cidade com tradição Na Figueira da Foz não há Natal sem a representação

dos autos pastoris, nem fimde-ano sem muita festa na rua e fogo de artifício. Assim é a tradição, que continua a ser respeitada, à beira-mar.

Através das colectividades, onde o teatro amador é uma das vertentes mais apreciadas, a Figueira da Foz tem conseguido manter em palco os autos pastoris, embora nos últimos anos a Filarmónica 10 de Agosto tem estado só nesta recriação natalícia, o que merece ser devidamente destacado.

O texto que chegou até nós, usado na maioria das representações, deve-se a um trabalho de recolha efectuado por Armando Coimbra, e era levado à cena em muitas colectividades do concelho da Figueira da Foz na época natalícia. Este ano também poderá ser apreciado no próprio dia de Natal, 25 de Dezembro, pelas 21h30, na sede da Filarmónica 10 de Agosto, situada na Rua das Rosas.

Da tradição natalícia figueirense também faz parte integrante o Cortejo da Es-

São 150 os presépios da colecção de Maria Cavaco Silva que podem ser apreciados

pera dos Reis, que se realizará na noite de 5 de Janeiro, véspera da data em que a igreja assinala a chegada dos três reis magos que foram adorar o menino.

Algumas das principais ruas da Figueira da Foz encontram-se ornamentadas com as iluminações próprias da quadra natalícia, podendo ser apreciado um

presépio, junto à Praça 8 de Maio, montado pela Paróquia de S. Julião e cujas receitas revertem para as Conferências de S. Vicente de Paulo.

Férias escolares

CAE ensina artes circenses vés das artes circenses, com equilíbrio sobre objectos, malabarismos, pirâmides humanas e trapézios.

No final, os participantes vão mostrar o seu lado circense, num exercício final apresentado aos familiares e amigos.

A iniciativa, orientada por Michael Kotenkoof (Cooperativa Mandacaru), tem um custo de 35 euros por pessoa, podendo participar crianças dos 7 aos 14 anos de idade.

Entretanto, até amanhã, dia 18, a Figueira Grande Turismo está a promover uma recolha de brinquedos, através do serviço educativo do CAE. A “PartilhArte” é uma acção que integra uma visão de intervenção social através dos meios culturais, que decorre pelo segundo ano consecutivo. Todos os interessados em contribuir podem dirigir-se à recepção do CAE, onde obtêm mais informações.

Nesta quadra, a igreja marca presença com um presépio, junto à Praça 8 de Maio PUBLICIDADE

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A Figueira Grande Turismo, no âmbito do seu serviço educativo, irá realizar-se, nos dias 21, 22 e 23 de Dezembro, entre as 10h00 e as 17h30, no Centro de Artes e Espectáculos (CAE), um workshop de artes circenses, para animar as férias de Natal dos mais novos.

“Gira que gira, o trapézio vai voar, no mundo do circo tudo vais poder experimentar” - é o desafio para uma viagem atraPUBLICIDADE

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PENELA

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QUINTA-FEIRA

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DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

Evento permite alavancar desenvolvimento do concelho

Vila abre portas a um mundo de fantasia Mais encanto, surpresas e um mundo de fantasia e imaginação são a proposta do Penela Presépio, um evento que consubstancia o inconformismo e a criatividade das gentes deste concelho do Pinhal Interior que, mais uma vez, coloca a região Centro no mapa e nos destinos de milhares de visitantes de todo o país. Até ao dia 3 de Janeiro, a magia do Natal está presente na vila de Penela, com o seu castelo a transformar-se para acolher diversos espaços temáticos que, certamente, reúnem argumentos para fazer a alegria de miúdos e graúdos.

G. B.

Luzes de mil cores conferem à vila de Penela um

registo de alegria e magia. O espírito do Natal, presente nas ruas, artérias e rotundas da vila, parecem conduzir o visitante até ao castelo medieval, junto ao qual está instalado o maior presépio animado do país.

A criação de Jaime Roxo, espalhada por mais de 500 metros quadrados, é um exemplo sublime de criatividade, paciência e muito engenho, capaz de dar vida a mais de 100 bonecos que, com os seus movimentos, recriam tantas cenas do quotidiano como é possível imaginar. Ali ao lado, dentro das muralhas, a Aldeia da Fantasia, com contadores de histórias e actores que interagem com o público, e a recriação de um presépio ao vivo, com actores a desempenhar de forma fiel a dramatização do quadro religioso e demais vivências da época.

Porque há muito para ver e fazer neste Penela Presépio 2009, as ruas da vila de Penela são animadas por

um mercadinho de Natal e pelo Festival do Saber e do Sabor da Sopa de Sicó, onde o visitante é convidado a recuperar forças provando os produtos típicos da região, designadamente, as sopas, acompanhadas pelo broa e vinho produzido na região.

Vários espaços de animação, incluindo uma “Praceta da Brincadeira”, onde os mais novos podem experimentar o trenó e outras actividades lúdicas, complementam este evento com que o Município de Penela, responsável pela organização, pretende projectar e afirmar o concelho enquanto destino a considerar na agenda, sobretudo na época natalícia, mas também ao longo dos restantes meses do ano.

Presente na cerimónia de inauguração, o presidente da entidade regional Turismo Centro de Portugal, Pedro Machado reconheceu que “o Penela Presépio é já um evento de cariz nacional e

um factor de diferenciação positiva”, permitindo combater três problemas que afectam o turismo na região, designadamente, a curta duração da estadia média por pessoa, a sazonalidade e a concentração no litoral.

Alavanca de desenvolvimento

Ao inaugurar mais uma edição do Penela Presépio, no último sábado, o presidente da Câmara de Penela, Paulo Júlio afirmou que “o sonho mais uma vez tornado realidade” reforça a convicção de que “não há territórios condenados ao fracasso”. Apesar de reconhecer as dificuldades e desafio que se colocam a um pequeno concelho do Pinhal Interior, o edil sublinhou que o sucesso e o desenvolvimento de um território depende do inconformismo e da vontade de todos.

“Pertencemos àquele Portugal algo esquecido e conformado e, por isso, pre-

Paulo Júlio considera que o Penela Presépio é “prova do inconformismo e optimismo”

cisamos de algo mais para acrescentar valor ao país. O Penela Presépio é a prova da capacidade de realização e da criatividade da autarquia, aliada à comunidade, envol-

vendo associações, pequenos agricultores, produtores certificados e outros elementos da sociedade”, declarou Paulo Júlio.

Ao registar em 2008

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PENELA

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cerca de 50 mil visitantes, o Penela Presépio é, como refere o autarca, “um evento de Natal único em Portugal”. Actuando como um “suplemento de alma”, este evento é a prova de que é possível contrariar as dificuldades, criar riqueza e maisvalias, ainda que num concelho pouco bafejado pela fortuna. Paulo Júlio admite por isso que “levar Penela aos quatro cantos do país [objectivo conseguido com o Penela Presépio] não é o mais alto objectivo”, mas sim “provar que o desenvolvimento do território não depende só dos políticos mas, sobretudo, das pessoas que neles habitam”.

“O interior de Portugal, com inconformismo e optimismo, também é capaz de fazer coisas”, sustentou o autarca.

Vertente solidária sempre presente

Alegria, magia e fantasia marcam mais uma edição do Penela Presépio, contudo, o Município não esquece aqueles que vivem em situação mais desfavorecida.

Desde a primeira hora que

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o evento dedicado ao Natal é também um oportuno momento de provar que os penelenses são gente solidária e disposta a ajudar quem precisa.

Para além das receitas da bilheteira do Penela Presépio serem conduzidas para o pelouro da Acção Social da autarquia, que as aplicará depois na recuperação de casas degradadas de famílias do concelho em situação de carência, as receitas do jantar “Penela Solidária”, que decorreu no último sábado revertem para cinco instituições particulares de solidariedade social do concelho.

Nesta gala dedicada à solidariedade, as obras leiloadas – presépios tradicionais criados num âmbito de um concurso e concepções de vários artistas plásticos do concelho – permitiram angariar cerca de 4 000 euros, uma verba que, segundo Paulo Júlio, “é uma forma de dizer claramente que o trabalho que estas instituições desenvolvem durante todo o ano é importante para as populações, deve ser referenciado e apoiado por todos”.

Recriação ao vivo

Aldeia da Fantasia

As muralhas do Castelo de Penela servem de cenário à recriação do tradicional presépio, ao vivo, por actores da Vivarte. Ao quadro de inspiração religiosa, juntam-se cenas do quotidiano e da realidade da época, retratando as vivências de artesãos, soldados e outras personagens. A dramatização do presépio ao vivo, dentro das muralhas do edifício medieval, decorre aos sábados e domingos, entre as 10h00 e as 19h00. Nos dia de Natal e a 1 de Janeiro, o Castelo de Penela recua no tempo entre as 14h30 e as 19h00.

Contadores de histórias, actores e farsantes interagem com o público. A Aldeia da Fantasia é outro dos núcleos do Penela Presépio.

No castelo, um espaço cenográfico convida miúdos e graúdos a entrar num mundo de magia, bem a propósito da época natalícia. As portas deste espaço abrem ao público ao fim-de-semana, entre as 10h00 e as 19h00 e nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, das 14h30 às 19h00.

Presépio tradicional do Espinhal

Maior presépio animado do país

A Casa da Quinta do Castelo, na freguesia do Espinhal, acolhe um presépio tradicional com cerca de 250 metros quadrados. Nesta representação à escala da vila, cenas e costumes, bem como os locais mais emblemáticos da localidade surgem recriados com o esforço da comunidade, que mantém a tradição da construção do presépio. O espaço está aberto ao público, diariamente, entre as 10h00 e as 12h30 e das 14h00 às 19h00.

O maior presépio animado do país conta com cerca de 500 metros quadrados, criação da autoria de Jaime Roxo, conta com mais de 100 bonecos com movimento. Pode ser visitado até ao dia 3 de Janeiro de 2010, de segunda a sexta-feira, entre as 10h00 e as 12h30 e das 14h00 às 19h00. Aos sábados e domingos, o presépio está aberto ao público entre as 10h00 e as 19h00. Nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro, as portas abrem das 14h30 às 19h00.

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CARLOS ALBERTO FONSECA NETO 17

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QUINTA-FEIRA

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A empresa apostou num outlet

Carlos Alberto Fonseca Neto foi distinguido pela AEC

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Carlos Alberto Fonseca Neto e a família

Dupla inauguração marca 25.º aniversário FUNDAÇÃO 1984 MORADA Zona Industrial de Cantanhede, Lote 34, 3060-197 Cantanhede ENDEREÇO ELECTRÓNICO http://www.cafn.pt/ CORREIO ELECTRÓNICO geral@cafn.pt TELEFONE 231 410 970 FAX 231 410 979

A Carlos Alberto Fonseca Neto (CAFN), empresa de Cantanhede, assinalou um quarto de século de actividade no passado sábado, dia 12, com a inauguração do show-room e de um outlet.

Fundada em 1984, a empresa é líder na região Centro no seu sector de actividade, afirmando-se como um dos principais fornecedores de profissionais liberais e empresas que laboram na área da construção civil.

Depois de consolidar a sua posição no mercado interno, a empresa apostou na exportação, alargando a actividade aos PALOP, com destaque para Cabo Verde, Angola, Moçambique e S. Tomé, de forma a compensar a redução da actividade económica no território nacional.

A empresa nasceu na Pocariça, Cantanhede, por iniciativa do empresário Carlos Alberto Fonseca Neto que, após mais de

A área de exposição foi completamente renovada

duas décadas a trabalhar por conta de outrem, resolveu dar um novo rumo à vida, estabelecendo-se por conta própria.

Iniciar um projecto de negócio não foi “pêra doce”, mas a seu favor tinha o facto de conhecer bastante bem o sector, ter uma larga experiência e muita vontade de vencer.

Carlos Alberto Fonseca Neto começou por se dedicar à comercialização de material eléctrico, a partir da sua própria casa, mas rapidamente teve de transformar uma adega de família em armazém para conseguir dar resposta aos clientes entretanto angariados.

O negócio foi crescendo e florescendo, sendo

que o pequeno armazenista começa a impor-se na região como um dos principais empresários especializados em artigos de iluminação e afins.

Com a conquista de quotas de mercado, a empresa estende a sua área de negócio aos artigos sanitários.

Em 2000, o empresário decidiu que era chegada a altura de dar novo salto: construir novas instalações, sendo que a escolha recaiu sobre a zona industrial de Cantanhede. As obras iniciadas no início de 2001 ficaram concluídas no final desse mesmo ano.

Este foi também o ano em que a empresa foi galardoada com o Prémio PME Excelência.

O empresário fez visita guiada pelas instalações

Em Janeiro de 2002, a empresa procede à mudança de instalações e, consequentemente, à expansão da gama de produtos comercializados. O catálogo da Carlos Alberto Fonseca Neto passou, assim, a contar com material eléctrico, artigos sanitários, ferramentas, canalização, aquecimento e gás, dispondo actualmente de milhares de referências.

A vasta gama de produtos tem sido a nossa grande vantagem concorrencial da unidade empresarial que tem ainda como bandeira uma excelente relação entre qualidade/preço.

Adequar a actividade à realidade económica é um

dos desafios constantes da empresa que aposta na optimização dos serviços.

Como reconhecimento de todo este trabalho foi atribuído à C.A.F.N. em 2009 o estatuto PME Líder.

A empresa está consciente que muito há que fazer num intuito de ir ao encontro cada vez mais das necessidades e satisfação dos clientes, para tal, a C.A.F.N. continuará a trabalhar nesse sentido e conta com todos os que até à data com ela têm colaborado.

Carlos Alberto da Fonseca Neto, Lda deseja a todos um feliz Natal e um ano de 2010 repleto de sucessos a nível pessoal e profissional.

O descerramento da placa comemorativa foi um dos momentos altos do evento

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EMPRESAS & NEGÓCIOS

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Aldageed

B R E V E S

Aposta em produto inovador para a construção civil FUNDAÇÃO 2006 MORADA Rua da Barreira, Loureiro, Cernache, 3040-787 Coimbra ENDEREÇO ELECTRÓNICO www.aldageed.pt CORREIO ELECTRÓNICO vicente@aldageed.pt

BENEDITA OLIVEIRA

Aumento da eficácia energética na ordem dos 75 por cento e poupança de energia de cerca de 30 por cento nas habitações são algumas das mais-valias do produto criado pela Aldageed para isolar caixas de estore.

O conceito, que nasceu por mera casualidade, transformou-se numa ideia de negócio inovadora que tem granjeado prémios e somado recomendações por parte dos mais variados organismos ligados ao sector energético – o produto Aldageed foi nomeado para o Prémio Inovação Ambiental 2009 e para o Green Project Awards e referenciado como solução de poupança energética no Energuia – Guia da Eficiência Energética na Habitação.

Produzido e comercializado por uma pequena empresa de Cernache, com a mesma designação, o produto Aldageed já está patenteado a nível europeu e registado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial como Modelo de Utilidade e na en-

tidade homóloga em Espanha.

“Trabalhávamos no ramo da construção civil e os próprios clientes, que procediam ao isolamento de paredes e chão, perguntavam como haviam de fazer em relação às caixas de estore, porque esta é uma zona que deixa entrar imenso frio”, conta Gabriela Teixeira, comentando que a improvisação de uma solução temporária deu lugar à experimentação de vários materiais e à verificação da sua eficácia.

A sua aplicação, nota Gabriela Teixeira, “traduz-se numa eficácia e redução enorme de energia na habitação”, sendo, realça, uma solução prática e acessível a todos (o produto é comercializado em rolos de três, cinco e dez metros, que, dependendo da média dos vãos, correspondem a cerca de duas, quatro ou oito janelas respectivamente).

Para validar as propriedades da tela Aldageed, a empresa solicitou um estudo à ADAI – Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial que verifi-

cou não só as vantagens térmicas, como constatou existir relevantes benefícios ao nível acústico e da qualidade do ar.

“Achamos que as vantagens térmicas e de qualidade do ar são muito importantes, porque tudo que é poeiras e gases ficam retidos no exterior da tela, evitando a sua passagem para o interior da habitação”, observa.

Parceria da APEMETA – Associação Portuguesa de Empresas de Tecnologias ambientais e do projecto Eco-Casa da Quercus, a empresa bate-se agora pelo reconhecimento oficial desta solução inovadora. “A nossa intenção não é obter qualquer subsídio, mas que os vários organismos estatais reconheçam a mais-valia deste produto, nomeadamente no que respeita à certificação energética”, refere a gerente.

Penso que, acrescenta, “devia-se apostar mais na eficiência energética dentro das habitações”, já que, frisa, um bom isolamento é meio-caminho andado para manter a temperatura estável nas casas, quer de Verão quer de Inverno. “No meu caso, deixei de usar o ar condicionado de Verão e reduzi o uso diário do aquecimento central no Inverno de quatro para duas horas”, exemplifica Gabriela

José Tavares & Filhos celebrou 34.º aniversário A empresa José Tavares & Filhos, Lda assinalou, no passado dia 4, o 34.º aniversário com a inauguração das novas instalações, na Adémia (junto à passagem de nível).

Dezenas de amigos e clientes marcaram presença no evento que deu ainda a conhecer a mais recente imagem institucional da empresa, que passa a ser reconhecida pela sigla “JTF”. A nova imagem e outros dados podem ser confirmados no endereço electrónico www.josetavaresfilhos.com.

A empresa de construção civil pode ser contactada pelo telefone (239 491 927), correio electrónico (info@jose tavaresfilhos.com) ou através de carta, através do apartado 8198, 3021-901 Coimbra.

A Aldageed criou produto para isolar caixa de estore

Teixeira, destacando que este é “um produto económico e com uma eficiência tremenda”.

“A receptividade tem sido muito boa, sobretudo junto dos consumidores finais.

Já junto das empresas de construção temos tido alguma dificuldade de divulgação, porque alegam que os clientes ainda desconhecem o produto”, relata, apesar de, contínua, pelas janelas não calafetadas “não se perder metade do calor que se perde pela caixa de estore”.

Constituída por espuma de polietileno e alumínio, a tela é facilmente manuseada, pelo

que poderá ser instalado pelos construtores ou consumidores finais. “As pessoas com jeito para a bricolage não têm qualquer dificuldade em colocá-la (os rolos têm instruções de montagem e a maioria dos nossos clientes fazemno), mas também temos uma equipa especializada para o fazer, quando isso nos é solicitado”, adianta, sublinhando que a poupança subjacente permite rentabilizar o investimento em poucos meses.

A Aldageed está empenhada em difundir este produto no mercado interno, para depois concentrar esforços na vizinha Espanha.

Em parceria com a Calendário de Letras

Livros em destaque no Atrium Solum A Calendário de Letras promove, em parceria com o Atrium Solum, mais uma vez, uma exposição/venda de livros alusivos à quadra festiva.

Com uma selecção cuidada, que inclui as últimas novidades editoriais, a mostra promete dar excelentes ideias para prendas

de Natal. Com preços especiais, a iniciativa decorre até ao próximo dia 23 no centro comercial localizado na Avenida Elísio de Moura.

De referir ainda que a mostra contou com a apresentação de diversos livros. Entre os escritores que passaram pelo espaço

é de destacar o jornalista da TVI Júlio Magalhães que falou, na passada segunda-feira, dia 14, sobre o seu último livro “Um Amor em Tempos de Guerra”.

No dia anterior, a dupla José António Franco e André Caetano apresentou a obra “Versos de Respi-

rar”, numa sessão que contou com a leitura de poemas.

A Calendário de Letras foi fundada em Mogadouro, distrito de Bragança, em 2004, sendo que actualmente tem a sua sede e serviços centrais em Vila Nova de Gaia, assim como uma filial em Coimbra.

O trabalho de difusão e divulgação do livro através da organização de grandes iniciativas por todo o país, nomeadamente as festas do livro, feiras de escolas e encontros com autores ocupam lugar de destaque na actividade da Calendário.

Descontos marcam aniversário da Casa Luísa Antiguidades Para assinalar as duas décadas de actividade, a Casa da Luísa Antiguidades oferece um desconto de 20 por cento em todos os artigos durante o mês de Dezembro. Esta é uma atenção que a gerente faz a pensar em todos os clientes ao longo destes anos. “Somos muitos a contribuir para o sucesso desta casa”, frisa, comentando que “não faço nada sozinha”. Para Janeiro estão agendadas iniciativas de cariz social. A empresa é uma referência no sector, tendo a qualidade e honestidade como lema e trabalhando de perto com peritos com vista a classificar com rigor e precisão as peças. Vocacionada para o comércio de antiguidades, a Casa Luísa dedicase ainda à venda de velharias, vertente que decorre da compra de recheios de casas. Após a triagem dos objectos, a comerciante encaminha peças sem interesse “comercial”, roupas e utensílios domésticos para obras sociais. Maria Luísa Rodrigues presidiu à ACIC na década de 90, tendo sido até hoje a única mulher a dirigir os destinos da estrutura associativa que soma mais de 140 anos.

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NATAL

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“10 Milhões de Estrelas – Um Gesto Pela Paz 2009”

Iniciativa decorre até ao final do mês

Venda de velas reverte a favor de desempregados

AtriumSolum promove concurso de Natal

Para ajudar as vítimas da crise, que se consubstancia no aumento exponencial do desemprego em todo o território nacional, a Cáritas Portuguesa criou o Fundo de Apoio aos Novos Desempregados, no âmbito da iniciativa “10 Milhões de Estrelas – Um Gesto pela Paz”.

Esta iniciativa consiste na angariação de fundos a nível nacional, através da venda de velas pelo preço

Em Coimbra, há locais de venda na sede da Cáritas Diocesana (no Areeiro), no Centro Comunitário de Inserção (na rua Direita) e nas várias paróquias do concelho.

A instituição desafia todos os portugueses a colocarem uma vela na janela, em prol de um mundo mais justo e igualitário.

A Cáritas Diocesana de Coimbra é uma organização da Diocese de Coim-

simbólico de um euro. A verba reverte a favor daqueles que, no decorrer deste ano, nota a Cáritas, ficaram sem meios de subsistência por causa da “alarmante vaga de desemprego”.

A organização dinamiza a iniciativa, até ao dia 24, pelo sétimo ano consecutivo sendo que, e a título excepcional, a verba angariada vai reverter exclusivamente para casos nacionais.

SNQTB com almoço de Natal em Óbidos O Sindicato Nacional de Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) realiza hoje o tradicional almoço de Natal. No ano em que completa 26 anos, a instituição reúne todos os seus colaboradores em

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A época mais emblemática do ano está em destaque no CoimbraShopping. O centro comercial está engalanado à medida da quadra, difundido a magia do Natal por todos quantos visitam o espaço.

Até 23 de Dezembro, em horários específicos, as crianças podem partilhar os seus desejos para este Natal com o “velhinho” das barbas brancas, na esperança que este realize todos os seus sonhos.

O Pai Natal marca presença no Piso 1, para receber e tirar fotografias com todas as crianças. Neste es-

paço, os mais pequenos podem ainda participar nos vários ateliers (pinturas faciais, meias de Natal, malabarismo), sempre com a companhia dos ajudantes do Pai Natal.

Para os mais crescidos, decorre também no CoimbraShopping a campanha Promo5 Natal onde, até dia 31 de Dezembro, os visitantes podem utilizar os seus vales de oferta em todas as suas compras efectuadas nas lojas do CoimbraShopping.

Com muita luz e cores, as decorações de Natal do CoimbraShopping

dão um ambiente festivo cheio de alegria, convidando ao convívio.

“Através da implementação destas iniciativas procuramos oferecer aos nossos visitantes e à nossa comunidade local, todos os momentos mágicos do Natal. Para além de inúmeras actividades lúdicas para os mais pequenos, desenvolvemos igualmente acções para os mais crescidos, que reforçam o nosso posicionamento e a importância que os nossos visitantes têm para nós ”, justifica Mário Madeira, director do CoimbraShopping.

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duas pessoas e o terceiro prémio é uma viagem a Barcelona também para duas pessoas A campanha, que poderá colocar uma viagem no “sapatinho” dos clientes do AtriumSolum, conta com a parceria da Almeida Viagens e Diário de Coimbra.

O sorteio realiza-se no dia 7 de Janeiro pelas 18h00 na presença de um representante do Governo Civil do Distrito de Coimbra no AtriumSolum.

CoimbraShopping “difunde” magia do Natal

sépio de grandes dimensões junto à entrada principal, recria a magia do Natal com uma série de espectáculos, entre musicais e peças teatrais, e diversões, como seja pistas de gelo.

Óbidos, localidade conhecida por “Vila Natal”, com o objectivo de partilhar com estes não só o espírito de Natal, mas também os mais recentes êxitos e projectos.

A vila, que tem um pre-

bra e tem por objectivo dinamizar a acção social da Igreja nos distritos de Coimbra, Leiria, Santarém, Aveiro e Viseu (abrangendo 26 concelhos), num total de 266 paróquias.

A Cáritas de Coimbra está organizada em cinco áreas de intervenção prioritárias (infância e juventude; família, comunidade e população activa; invalidez e reabilitação; população idosa e toxicodependência).

O Centro Comercial AtriumSolum arrancou no início do mês com uma campanha promocional de Natal. Até ao dia 31 de Dezembro de 2009, quem fizer compras no valor igual ou superior a 20 euros no centro comercial localizado na avenida Elísio de Moura habilita-se a ganhar três prémios.

O primeiro prémio é uma viagem às Maldivas para duas pessoas, o segundo é uma viagem à República Dominicana para

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O Executivo da Junta de Freguesia de S. João do Campo convida a visitar a freguesia e o nosso presépio e deseja

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espaço contactem com uma realidade artesanal distinta da tradicional, que conquista cada vez maior expressão no panorama nacional, apostando em vários materiais, assim como em novos conceitos criativos, explorando a diferença, a originalidade e a inovação de vários criadores portugueses.

A organização é do Departamento de Cultura da Câmara de Coimbra e está integrada no projecto de animação da época natalícia “Luzes e Sons de Natal”, promovido pela empresa municipal Turismo de Coimbra.

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A terceira edição da feira de artesanato urbano realiza-se na Praça da Canção, na marquem esquerda de Coimbra, de amanhã, dia 18, até dia 23 de Dezembro, iniciativa que reunirá três dezenas de artesãos de várias zonas do país.

A mostra e venda de produtos que resultam de uma arte manual com um traço de modernidade e de cariz urbano, está patente ao público, de segunda a sexta-feira, entre as 17h30 e as 23h00, e ao sábado e domingo, entre as 14h00 e as 23h00, num espaço que convida à afluência dos conimbricenses e turistas que visitam a cidade, e, ainda, com um motivo acrescido de atracção, fruto da Feira Popular de Inverno que decorre no local.

A iniciativa, de acesso gratuito, permite que todos aqueles que visitam o

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SOCIEDADE

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Iniciativa da Câmara Municipal

Pavilhão do Olivais ganha estacionamento

Festa de Natal abrangeu 1 200 crianças de Soure

O presidente da Junta de Santo António de Olivais Francisco Andrade e o vereador do Desporto Luís Providência presidiram ao evento

fará para ajudar uma colectividade como o Olivais FC que está ao serviço da população da cidade, tendo anunciado o apoio a duas outras melhorias que estão a aguardar a respectiva aprovação camarária (a melhoria da zona de entrada e a construção de um ginásio) e um outro projecto ainda em fase de estudo (a

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construção de um pavilhão de treinos).

Entre as dezenas de sócios presentes, contaram-se os mais antigos que ainda se lembram do tempo em que o campo de jogos do Olivais era de terra batida, a que se seguiu piso de cimento. Na cerimónia de inauguração foi ainda descerrada uma placa pelo construtor benemérito, da empresa Abreu & Mota.

As obras contaram ainda com o apoio da Matobra e dos Armazéns do Calhabé.

O Olivais FC comemora no início de 2010 o 75.º aniversário.

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O Executivo da Freguesia deseja Boas Festas a todos os naturais e residentes da Freguesia

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Os espectáculos tiveram a participação de pessoas com deficiência

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Hoje, pelas 15h00, também no mesmo local, decorrerá a festa de Natal da Casa da Criança de Soure. Esta acção envolve toda a comunidade educativa, crianças, familiares, educadoras e auxiliares de acção educativa.

Para a vereadora Ana Maria Treno, “estas iniciativas mobilizam grande parte da população escolar do concelho, criandose um espaço de envolvimento cultural, lúdico e de convívio entre a escola, os pais e a autarquia”.

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tónio dos Olivais mostrouse satisfeito com a intervenção, manifestando o seu apoio à direcção presidida por Carlos Ângelo que, pouco a pouco, vai criando melhores condições para a prática desportiva no pavilhão do Olivais FC. Já o vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra declarou que tudo

Cerca de 1 200 crianças da educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino básico do concelho de Soure participaram nas sucessivas festas de Natal organizadas pela Câmara Municipal. À semelhança dos anos anteriores, os espectáculos tiveram a colaboração especial da APPACDM de Soure, uma forma diferente e extremamente interessante de integração de pessoas com deficiência.

As festas de Natal decorreram no Centro Paroquial de Soure, nos dias passados dias 9, 10,

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O Executivo da Freguesia deseja a todos os seus munícipes um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo Rua de Coimbra, 21 - Vendas de Sant’Ána 3025-622 Vil de Matos - Telef./Fax: 239 913 196 geral@vildematos.com | www.vildematos.com

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O pavilhão do Olivais Futebol Clube ganhou um estacionamento com 37 lugares, uma rampa de acesso para deficientes e uma casa de banho pública que inclui uma casa de banho para pessoas com mobilidade reduzida. As obras de melhoramentos foram inauguradas no domingo, dia 13, numa cerimónia que contou com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Santo António dos Olivais, Francisco Andrade, e do vereador do Desporto da Câmara Municipal de Coimbra, Luís Providência.

As intervenções representam uma melhoria significativa para os mais de 200 atletas que regularmente praticam basquetebol no pavilhão do Olivais FC, sem contar com os grupos de várias instituições, entre as quais o IPO e GNR. O presidente da Junta de Freguesia de Santo An-

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O Executivo da Junta deseja aos habitantes da freguesia Festas Felizes

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A favor das “Criaditas dos Pobres”

Jantar solidário com o padre José Tolentino Mendonça O padre José Tolentino Mendonça é o convidado desta quinta-feira, do ciclo “Na Quinta às Quintas”, promovido pela Fundação Inês de Castro e pelo Hotel Quinta das Lágrimas.

Em plena quadra natalícia, este jantar-debate é subordinado ao tema “O Cristianismo tem futuro?” e imbuído de espírito de solidariedade. A participação na conferência e no jantar custa 20 euros e as receitas rever-

terão, na íntegra, a favor da congregação religiosa “Criaditas dos Pobres”, de Coimbra.

Quem não puder estar presente poderá fazer a sua contribuição directamente para a Fundação Inês de Castro que encaminhará as doações para a congregação religiosa.

Com início em Março de 2008, este ciclo de conferências tem por objectivo criar um espaço onde sejam debatidos

alguns dos grandes temas da actualidade e para isso aposta em convidados com conhecimento de fundo acerca das matérias em análise, individualidades que ocuparam e/ou ocupam cargos de responsabilidade ou se destacam na sociedade portuguesa no desempenho das suas actividades profissionais.

José Tolentino Mendonça, nascido em 1965, é doutorado em Teologia na Universidade Ca-

tólica Portuguesa (Lisboa), com uma tese intitulada “A construção de Jesus. Uma leitura narrativa de Lc 7,36-50” (2004). É actualmente Professor de Estudos Bíblicos na Faculdade de Teologia, da mesma Universidade, e ocupa-se do Novo Testamento (Sinópticos e São Paulo).

Dirige a Revista Didaskalia e o Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. É poeta e tradutor.

José Tolentino Mendonça é teólogo e escritor

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QUINTA-FEIRA

SOCIEDADE

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Músico André Sardet acompanhou a visita ao Oceanário

Open Residence oferece presente de Natal diferente a crianças e jovens em risco O Open Residence, empreendimento da Home Provider, colocou no “sapatinho” de 41 crianças e jovens em risco da Comunidade Juvenil S. Francisco de Assisum presente diferente: um espectáculo de circo Victor Hugo Cardinali e uma visita ao Oceanário de Lisboa.

O cantor André Sardet, que é a imagem do empreendimento, também marcou presença na iniciativa, tendo acompanhado a visita ao Oceanário.

Martine Ruivo, administradora da Home Provider (participada da Vigolarte), referiu num comunicado da

empresa, que a iniciativa “está integrada na política de responsabilidade social da empresa que é, acima de tudo, assumida por todos os colaboradores com muita dedicação”. “Felizmente, temos tido a oportunidade de fazer algumas acções neste âmbito, e não quisemos deixar de o fazer também este ano, integrando a iniciativa no projecto Open Residence” acrescentou a responsável, dando como exemplo ainda a viagem que levou 62 crianças carenciadas à Eurodisney, em Paris, e a campanha “Vamos dizer presente!”, que reuniu mais de 600 presentes, distri-

buídos às crianças do distrito de Leiria.

A visita ao Oceanário foi acompanhada por monitores especializados, que explicaram todos os passos e responderam às perguntas dos mais curiosos. O dia terminou com a entrega de um postal assinado por todos os jovens a jeito de agradecimento da Comunidade Juvenil S. Francisco de Assis.

A Comunidade Juvenil S. Francisco de Assis acolhe crianças e jovens em risco até aos 18 anos, na maioria encaminhados pelos tribunais.

Fundada pela irmã Teresa Granado, a instituição tem

sede em Eiras e funciona há cerca de 40 anos.

Fundada em Leiria em 1999, a Vigolarte aposta na execução de projectos arquitectónicos diferenciados, marcados pela inovação, design e qualidade, condições que considera essenciais para se impor num mercado cada vez mais exigente.

Entre as suas mais recentes obras conta-se o Open Residence, situado na Urbanização Quinta das Nogueiras, na Casa Branca. O empreendimento é composto por seis edifícios com sete pisos, dois dos quais em cave, exclusivamente reservados a

A viagem de Natal oferecida pelo Open Residence incluiu um espectáculo de circo e uma visita ao Oceanário

estacionamento, e cinco divididos em apartamentos de tipologia T1 a T5 duplex e com duas lojas. O músico

André Sardet é a imagem deste projecto, participando em várias iniciativas dinamizadas pela empresa.

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DESPORTO

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Atletas, treinadores, dirigentes, associações desportivas, entre outras entidades ligadas ao desporto, foram homenageados pela autarquia conimbricense através da III Gala do Desporto de Coimbra, organizada pelo Departamento de Desporto e realizada no Pavilhão Multidesportos.

O Prémio Cidade de Coimbra/Dr. Fausto Correia, o mais importante da noite, foi atribuído à canoísta Beatriz Gomes, do Clube Fluvial de Coimbra, que, este ano, se sagrou campeã do Mundo em Maratonas. À parte das categorias postas à votação do público na Internet (ver caixa), foi atribuído o Prémio Especial do Júri ao falecido massagista da Académica Guilherme Luís e o Prémio Memória ao também falecido Vasco Gervásio, antigo jogador da Académica.

Outras figuras que contribuíram, cada qual na sua actividade, para o fenóme-

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Canoísta venceu Prémio Cidade de Coimbra/Dr. Fausto Correia

Espaço golfe

Beatriz Gomes em destaque na III Gala do Desporto

Seniores em competição

Mais de cinco centenas de pessoas aplaudiram personalidades do desporto conimbricense

no desportivo, e que também este ano partiram, foram de igual modo recordadas, nomeadamente o jornalista João Mesquita, os exnadadores Luís Lopes da Conceição (patrono das piscinas de S. Martinho do Bispo) e António José Rodrigues de Almeida e ainda José Branco, que esteve ligado ao desporto escolar e à AAC. O júri da III Gala do Desporto Cidade de Coimbra, presidido por Carlos Encarnação, presidente da Câmara, foi constituído por

três elementos da Divisão de Gestão Desportiva da Câmara Municipal, pelos membros do Conselho Desportivo Municipal, por Luís Providência, vereador do Desporto, Juventude e Lazer, e por representantes do Diário de Coimbra, Diário as Beiras, RDP, Rádio Universidade de Coimbra e Lusa.

Os premiados

Prémio Entidade – Comité Olímpico de Portugal; Prémio Federação –

Federação de Ginástica de Portugal; Prémio Associação Distrital – Associação de Basquetebol de Coimbra; Prémio Clube – Olivais Futebol Clube; Prémio Compromisso com o Desporto Social – Fundação Miguel Escobar; Prémio Patrocinador – Matobra; Prémio Árbitro – Helena Carvalho (atletismo); Prémio Desporto Adaptado – Lenine Cunha (atletismo) - Associação Académica de Coimbra; Prémio Atleta Formação – Jorge Fernandes

(judo)- Judo Clube de Coimbra; Prémio Atleta Revelação – Ederzito Lopes (futebol) - Associação Académica de Coimbra/OAF; Prémio Atleta – Ema Lopes (karaté shukokai); Prémio Dirigente – Carlos Ferreira - Sport Club Conimbricense; Prémio Treinador – Pedro Ilharco (futebol) - Clube de Futebol União de Coimbra; Prémio Treinador Formação – Francisco Pinto (ginástica) - Associação Académica de Coimbra, João Pinto (râguebi) - Associação Académica de Coimbra e Gregório Freixo (futebol) - Esperança Atlético Clube; Prémio Dedicação – Maria Dinis (ginástica) - Associação Académica de Coimbra e Jaime Lobo (natação) - Clube Náutico Académico de Coimbra; Prémio Carreira – Pedro Roma (futebol); Prémio “Master” - Clube de Veteranos de Atletismo de Coimbra

A Academia de Golfe da Quinta das Lágrimas foi palco do penúltimo torneio da Senior Tour 2009, prova que faz parte do calendário de competições do clube e destina-se a jogadores com mais de 55 anos.

Mendes António, jogador da Quinta das Lágrimas, ganhou a última prova, vencendo a classificação Gross com um extraordinário resultado de 8 pancadas abaixo do par do campo. Na classificação Net destacou-se Ilídio Oliveira, com 42 pontos, seguido de José Martins, com 41, e Carlos Nobre na terceira posição, com 40 pontos.

O prémio especial Nearest the Pin, para o jogador que coloca a bola mais perto da bandeira, foi ganho por Vinicius Cital, que venceu também o prémio para o melhor jogador convidado.

Esta competição termina no próximo dia 23, altura em que será realizado um almoço onde será feita a entrega de prémios aos vencedores da classificação geral.

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MinervaCoimbra lançou Crianças carenciadas “Os cinco sentidos reais” têm festa em S. José existem as Conferências Vicentinas, o agrupamento 347 S. Jorge dos escuteiros, o apostolado de oração, e um Centro Social com lar de idosos, centro de dia, actividade de tempos livres e apoio domiciliário.Dada a extensa dimensão da área abrangida pela Igreja de S. José foi criada recentemente uma nova paróquia, a de S. João Baptista, que irá construir o templo na Portela do Mondego.

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A Igreja de S. José é o principal templo da zona do Calhabé e de uma vasta área densamente povoada da cidade de Coimbra, que inclui a Solum, com os movimentos paroquiais a desenvolverem intensa actividade pastoral e no campo social.

Nesta quadra, em que a solidariedade a todos toca mais profundamente, o Centro de Acolhimento João Paulo II, em conjunto com outras organizações, promove no próximo sábado, dia 19, a partir das 15h00, uma festa de Natal, que decorrerá no salão paroquial.

A iniciativa reunirá cerca de 250 crianças de famílias carenciadas, que receberão brinquedos, fruto de uma campanha levada a efeito para este fim, terão muita animação e um lanche.

Na paróquia de S. José

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pobres e toscas. Pelo contrário, Silvina Baptista denotava, quer no aspecto formal, quer na expressividade vocabular, uma cultura poética avançada; em segundo lugar, o seu jeito ímpar para dizer poesia, que é um dom que não está ao alcance de qualquer, ainda que grande poeta”.

O livro “Os cinco sentidos reais” divide-se em três partes: poesia, teatro e poemas-meditar. “Em todos os poemas sentimos emergir a sua personalidade forte, o modo de ser simples, a honestidade intelectual, um optimismo perante a vida, marcando sempre um lugar de combate entre os mais fracos, os injustiçados e os marginalizados que são o Povo a que ela se orgulha de pertencer”, afirma ainda Fernando Rovira.

Na sessão, para além dos muitos amigos e familiares que encheram por completo a Livraria Minerva, participou também Hernâni Pombas Caniço, médico de família de Silvina Baptista.

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As Edições MinervaCoimbra promoveram o lançamento do mais recente livro de poesia de Silvina Martins Baptista, “Os cinco sentidos reais”.

A apresentação esteve a cargo de Fernando Rovira, também autor do prefácio, para quem “a poesia, que é sobretudo um trabalho intelectual, e o imaginativo aplicado às artes manuais, servidos por uma personalidade forte que por vezes se dilui numa modéstia que a esconde aos nossos olhos, fazem de Silvina Baptista, natural desse Algarve-maravilha que tão talentosos poetas tem dado a Portugal, um nome mais a acrescentar à plêiade dos seus conterrâneos”.

O apresentador da obra revela ainda que, ao conhecer Silvina Baptista, se apercebeu de duas coisas: “em primeiro lugar, é que não estava em presença de uma poetisa de cariz meramente popular, das que se preocupam tão-só com um rimado fácil e sem originalidade, enxertado em quadrazinhas

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Alegra-me escutá-lo!

Começou bem o meu dia em que se cumpriram 61 anos sobre a proclamação da Declaração Universal dos Direitos do Homem. Despertei a ouvir uma declaração do poeta Manuel Alegre, prestada à Rádio Renascença, sobre a teimosia de José Sócrates acerca da co-incineração de resíduos industriais perigosos.

Num ápice, à boleia da memória (que tanto prezo), recuei uma década no tempo e revivi a epopeia dos parlamentares socialistas

conimbricenses que inviabilizaram a queima de lixo tóxico na cimenteira de Souselas.

Os deputados do Partido Socialista eleitos por Coimbra, em 1999, tinham um apoio de peso na Assembleia da República – chamava-se Fausto Correia e era secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares. Correia, líder distrital do PS/Coimbra entre 1992 e 2000, nunca se vergou à teimosia com que Sócrates se bate pela queima de lixo tóxico.

Em nome da sua coerência, o ex-governante (falecido em 2007) comprometeu o sonho de se candidatar, em 2005, à presidência da Câmara Municipal de Coimbra. A generosidade e a coerência de Fausto (a quem prestei assessoria nessa ocasião) explicam por que, pouco tempo antes de morrer, teve a coragem de discordar de Joaquim Oliveira quando o empresário de comunicação tecia encómios a Sócrates.

Correia, que então era

membro do segundo Governo de António Guterres, Manuel Alegre e os deputados João Rui de Almeida, Teresa Coimbra, José Penedos, Céu Lourenço e Ricardo Castanheira passaram um mau bocado em nome do direito a pensarem pelas suas cabeças. Mas valeu a pena!

Volvidos 10 anos, a queima de lixo tóxico em Souselas mais não é do que um insulto a Coimbra (uma tentativa de a apoucar) e teria sido mais do que isso

RUI AVELAR RUIDAVELAR@GMAIL.COM

caso aqueles homens e mulheres tivessem feito orelhas moucas à orientação adoptada, em 1998, pelos órgãos distritais conimbricenses do Partido Socialista.

Foi bom ouvir, agora, o poeta afirmar que permanece fiel ao “compromisso afectivo e politico” a que ade-

riu. Alegra-me escutá-lo quando ele fala em nome do “suplemento de alma” que é seu timbre invocar. E, em matéria de candidaturas presidenciais (que não hão-de tardar), estimula-me incomparavelmente mais a utopia do poeta do que a pose calculista de quem não nos dá cavaco.

P A N O R A M A

Florbela Espanca, a poetisa mártir A Poetisa Mártir. É esta a adjectivacão utilizada por Auréliia Borges, num dos capítulos do seu livro titulado “Florbela Espanca e a as obra”, que, segundo palavras da escritora, “é, a bem dizer, um livro de memórias, de impressões e é, sobretudo, uma homenagem à minha melhor amiga, a Artista sublime que um dia se debruçou sobre a minha mesa de estudo (eu tinha então treze anos) e pegando nuns versinhos que eu rabiscava às escondidas, me deu a primeira lição de estilística e corrigiu esses versos, incitando-me a trabalhar, a fazer algo de melhor”.

Poetisa do amor, da tragédia, das paixões incompreendidas, da tristeza, da saudade, e até da inveja, a amargurada Florbela travava uma luta constante com a vida, com um sofrimento íntimo e atroz que a perseguia, inexoravelmente, como a sombra persegue a luz, torturando-lhe a alma e acicatandolhe o coração. Como que hipotecada a estes sentimentos tragicamente doentios que ninguém compreendia, escreveu, a 8 de Outubro de 1930, no seu “Diário do último ano”, que só na alma é que a lama não se apaga; aquela com que nos salpicam sai com água limpa”.

Nascida às 2 horas da manhã do dia 8 de Dezembro de 1894, diz Carlos Sombrio no seu livro dedicado à brilhante poetisa que “nem os avós maternos nem paternos queriam que se soubesse que era sua neta (...) e o pai da recémnascida não lhe dera também nome, deixando-a ir à pia baptismal, como um inocente que houvesse necessidade de esconder da luz do sol e da curiosidade pública”.

Logo a partir do berço, ao florescer para a vida, se desenhou o prenúncio das crueldades de um destino ímpio para esta Mulher-Prodígio da Arte de versejar que, por entre o turbilhão da sua desdita, ainda que ferida no seu Ego, proclamava, com épica humildade: “E quanto mais no céu eu vou sonhando, E quanto mais no alto ando voando.

Acordo do meu sonho... E não sou nada!”

Perseguida por urna inquietação permanente, o matrimónio fazia-a antever dúvidas e incertezas. Realiza o seu primeiro casamento com Alberto de Jesus Silva Moutinho no dia 8 de Dezembro de 1913, dia em que completava 19 anos, pacto que duraria até 29 de Junho de 1921, data em que surge o 2.º casamento com António José Marques Guimarães, oficial do Exército em serviço na GNR. No seu soneto Inconstância, deixa perceber a mórbida desilusão pelo matrimónio: “Procurei o amor que me mentiu.

Pedi à vida mais do que ela dava; Eterna sonhadora edificava Meu castelo de luz que me ruiu (…)

E este amor que assim me vai fugindo É igual a outro amor que vai surgindo, Que há-de partir também... nem eu sei quando...”

E outro amor surgiu com o 3.º casamento do dr. Mário Pereira Lage, no dia 13 de Outubro de 1925, em Matosinhos,

ANÍBAL DUARTE DE ALMEIDA

onde a poetisa viria a suicidar-se, no fatídico dia 8 de Dezembro de 1930, com 36 anos de idade.

Quis ser mãe, mas até neste aspecto a sorte a traiu com dois abortos, provocando-lhe o desânimo que reflectiu neste poema: “Filhos! Na sua alma casta A nossa alma revive...

Eu sofro pelas saudades Dos filhos que nunca tive” Escreve Carlos Sombrio, na sua obra já citada sobre a desventurada Poetisa: “Que disseram os jornais sobre a sua morte? Nada... Duas linhas apagadas na necrologia, onde não havia, sequer, uma referência aos seus versos, aos seus versos sinceros, crucificados, enormes”!

Decerto inconformado com tanta e imperdoável indiferença, José Régio, em 1950, no prefácio que fez ao livro Sonetos Completos deste astro da Literatura Portuguesa, também realçado por Jorge de Sena, termina assim: “O seu nome é hoje glorioso, e a sua glória não é das que só duram o dia em que nascem”.

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“Tolerância zero”!

A actual “crispação” , não latente, mas efectiva que se “respira” na Assembleia da República não vaticina uma legislatura de quatro anos. Bem pelo contrário. Após a Oposição se ter unido - como é sabido – e a que fizemos referência no anterior texto, as tensões entre a bancada que apoia o governo e as que compõem as oposições são iniludíveis.

Contudo, nem tudo tem “corrido mal”! O actual governo viu aprovado o orçamento rectificativo.

O Presidente da República “saiu a terreiro”.

Lembrou que no passado, executivos de minoria, conseguiram governar. Através do diálogo. Referindo, expressamente, os governos de António Guterres e dele próprio. Obviamente, que estas declarações, sendo verdadeiras, não deixaram de criar alguma “azia” no seio do actual executivo.

Cavaco Silva lembrando que era um factor de estabilidade, chegando a usar a expressão “válvula de segurança”. Que significa que actuará se a situação não se “inverter”. A minoria que governa o país esperaria a chamada “magistratura de influência”.

Que favorecesse o executivo, dado que foi eleito para governar.

Em nosso entendimento, a decisão de deixar que no Hemiciclo de S.Bento os partidos “se entendam”, teve eco na aprovação do

supra referenciado orçamento rectificativo. O Tempo nos dirá se a prudência do Presidente foi “feliz”. O Orçamento de Estado será o teste. Melindroso!

Temos para nós, que os partidos da oposição não “chumbarão” este importante diploma. De certo, não subscreverão muito do que constará na proposta do Governo. Contudo, as consequências políticas… “convidarão” a viabilizar o documento que nos regerá em 2010. Abstenção?!

Será a posição a tomar por parte de quem pretende regressar ao poder a breve trecho.

Se o diploma orçamental “não passar”, estaremos com um horizonte de eleições antecipadas, “pela certa”.

Quem beneficiará? Aos Portugueses de todo! Ao Supremo Magistrado – a não ser que opte por não se recandidatar – também não!

Politicamente… dependerá de múltiplos factores de quem “sairá bem na fotografia”. O Partido Socialista tentará vitimizar-se.

“Pela certa”! Alegando que após sufragado pelos eleitores, a oposição “impediu” o recente mandato dos portugueses.

“A contrario”, os partidos da oposição lembrarão que os mesmos eleitores elegeram um governo minoritário. Que deveria ter dialogado no seio da A.R., por

PEDRO SOUSA LOPES

forma a encontrar os con- lar incidência nas que tensensos necessários para vi- tam “sobreviver”. Tentando, abilizar as suas propostas. com muitos sacrifícios, O que constatamos – “suportar”a todo o transe os ouvindo anónimos eleitores compromissos com a ban– é a insatisfação e a desi- ca, por forma a não perdelusão. Como é natural, “há rem as suas casas, melhor de tudo”! E, porque cultiva- dito, os seus lares. remos neste espaço – para Porque os Portugueses além das nossas opiniões estão exaustos!

– a tradução rigorosa do Que a quadra natalícia que nos é referido, cumpre- “ilumine” a todos!

Que se entendam na nos realçar que a maioria entende que uma eventual prossecução de políticas “vitimização” (com ou sem que “sirvam”o País! motivo) não “beneficiará” o Que beneficiem as Faactual poder. mílias!

Assim será?

Que contribuam para Nota, quase unânime, que os Portugueses voltem foi – e, com tristeza o rela- a Sorrir!

REGISTO: Barack tamos – a descrença na actual situação. Não que- Obama pressiona a banca remos acreditar no que nos para ajudarem na recupedisseram relativamente à ração da economia. Bank Euribor. Que iria aumentar of America prometeu um no próximo ano. O que te- aumento de 5 mil milhões mos constatado é a “que- em empréstimos a PME da” em todos os prazos. em 2010.

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CULTURA

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QUINTA-FEIRA

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Presépios artesanais na Igreja de Santa Cruz Mostrar à população, em espaço público, uma das mais antigas formas de representação do Natal, em cenário que tem como pano de fundo um estábulo, composto por imagens que representam o nascimento de Jesus Cristo, é o objectivo de uma exposição de presépios artesanais patente ao público na Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, até ao dia 7 de Janeiro de 2010. A mostra, promovida pelo departamento de Cultura do Município, integra trabalhos de artesãos oriundos das várias regiões do país, incluindo a ilha dos Açores. Fimo, folhas de milho, cerâmica figurativa, tecidos, junco, madeira, cortiça, palha e vitrofusão são apenas alguns dos materiais utilizados na concepção das peças que compõem esta exposição, representações do presépio ora tradicionais ora inspiradas por tendências mais contemporâneas.

“The Hypnos Club” em cena no Teatro-estúdio do CITAC “The Hypnos Club”, encenação de Rodrigo Malvar, em cena no Teatro-estúdio do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra (CITAC), conta a história de Hypnos, filho de Nix , deus do sono, pai de Morpheu e nome de Club, espaço nocturno, profano e sagrado, onde as bebidas espirituosas e os delírios avulso andam de par em par com copos e corpos, meio-cheios, meio-vazios. A peça conta com Cláudio Vidal, Gil MAC, José Carlos Pereira, Kátia Manso, Margarida Cabral e Paula Gaitas no elenco, cenografia de Bruno e Eduardo e música de Paulo Nuno, Gustavo Diniz e Gil MAC. Em exibição hoje e sábado, pelas 22h00, “The Hypnos Club” é um projecto cénico financiado pela Fundação Calouste Gulbenkian, com o apoio da Mafia, Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra, Bordalo Pinheiro e Teatro Académico de Gil Vicente.

Timor Lorosae inspira exposição de fotografias “Rostos Para a Paz” é uma homenagem ao povo de Timor Lorosae e, simultaneamente, o título de uma exposição de fotografias da autoria de Ana Rego, que pode ser visitada no Quebra Bar, em Coimbra, até ao dia 26 de Dezembro. “As imagens acompanham as minhas recordações como ecos da memória, mas renascem a cada novo olhar, ganham mais força e sentido ao tocarem noutros corações, como se fossem pontos de luz numa imensa escuridão, como se

fossem música para o suave acordar do esquecimento. E para que sejam algo mais do que a ressonância da minha lembrança, para que sejam algo mais do que ficheiros guardados em bits e bytes ou filmes empoeirados no fundo das gavetas, vêm hoje até aqui”. Eis como Ana Rego une a sua arte à voz do povo de Timor, “uma miríade de rostos de quem tudo deu pela liberdade, rostos de quem já nasceu em terra livre”, acrescenta a fotógrafa. Natural de Cinfães, Ana Luísa Rego é médica, formada na Universidade do Porto. À vertente profissional, tem aliado um percurso activista com experiência consolidada nos países em desenvolvimento, com participação em missões humanitárias na Amazónia, Afeganistão, Sudão, Etiópia, Zimbabwe e Timor Leste. Fotógrafa amadora desde 1999, foi premiada em 2004 no âmbito do concurso “Fnac Novos Talentos”, com um trabalho sobre o Afeganistão.

Orquestra Filarmonia das Beiras interpreta obra de Josef Haydn No ano em que se assinalam os 200 anos da morte do compositor austríaco Franz Joseph Haydn, a Orquestra Filarmonia das Beiras, dirigida pelo maestro António Vassalo Lourenço, associa-se ao coro do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro para apresentarem a oratória “A Criação”. O espectáculo, no Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, amanhã, pelas 21h30, conta com a soprano Isabel Alcobia, o baixo Nuno Dias e o tenor Fernando Guimarães. Obra emblemática do património musical europeu,

“A Criação”, composta em 1797, descreve e celebra a criação divina do mundo a partir do livro do Génesis, de alguns salmos bíblicos e de um poema de John Milton. Precedida de uma introdução orquestral intitulada “Representação do Caos”, está dividida em três partes, com coro, três arcanjos e as personagens Adão e Eva. O preço do bilhete para este concerto é de 10 euros.

Jorge Cravo lança livro sobre Luiz Goes “Luiz Goes, o neo-modernismo na canção de Coimbra ou o advento da Escola Goesiana” é o título do livro de Jorge Cravo que será lançado domingo, dia 20, pelas 15h30, na Livraria Minerva (rua de Macau, n-º 52, no Bairro Norton de Matos), em Coimbra. À leitura de poemas de Luiz Goes, por José Manuel Mendes, seguir-se-à uma mostra musical de temas de Luiz Goes, pelo Grupo Capas Negras. Luiz Goes é, a partir da segunda metade do século XX, uma figura incontornável e acima de quaisquer suspeitas quanto à importância que tem na evolução da Canção de Coimbra. Ideologicamente a partir da escola modernista de Edmundo de Bettencourt, Goes encetou uma renovação na Canção de Coimbra que o guindou à posição de legítimo e único sucessor daquele poeta-cantor presencista na afirmação de uma Nova Canção de Coimbra. O autor do livro, Jorge Cravo, é licenciado em História com a especialização em Ciências Documentais, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sendo bibliotecário e cultor de canção de Coimbra.

DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

V I N A G R E T A S

Sexo em subida de cotação – O gerente do blogue “Sexo e cidade”, dos mais lidos de quantos se editam em Coimbra e hoje de leitura obrigatória para quem quiser tentar compreender certos fenómenos citadinos, é um homem das Arábias e um sabidão de primeira. Não é que o sujeito conseguiu que alguém de dentro da Câmara de Coimbra bloqueasse o acesso ao blogue? Protegendo-se assim da sarna pornográfica que diz conter? Resultado: a cotação do blogue disparou e passou a ser muito mais procurado do que já era até aqui. Com ajudas destas como é que tal espaço on line pode ser dispensado do pequeno almoço do pessoal?

Do mal o menos – O espaço municipal parece não morrer de amores pelos Jornalistas da cidade. Tenha ou não tenha razão, uma coisa podemos garantir para tranquilidade da classe: pelo menos até final do ano não lhes será interdita a passagem pela Praça 8 de Maio. Nem tudo é mau, afinal.

rible da sede local do PSD. Mexido como um rato e como um raio, bebera de Mendes Silva a inquietude do estar: encontrávamo-lo na Portagem, daí a duas horas falava-nos da sede do PSD de Lisboa, uma hora depois almoçava com Isaltino em Oeiras e, no regresso, da Segunda Circular, telefona ao Santana Lopes “Pedro desculpa lá eu vim cá baixo tratar dumas coisas, sabes como é, um gajo não pode ficar à espera, mas não deu para te ir cumprimentar. Na próxima vamos almoçar, combinado?” Irrequieto, disse em Conselhos Nacionais e em Congressos, na cara dos protagonistas, muita coisa que outros sussuravam cobardemente por trás. O Congresso de Viseu foi disso um exemplo notável. Vi-o há dias. Tristonho, abatido, diria desmotivado. Lembrei me então de que em tempos muitos nele se apoiaram e dele

outros tantos se serviram. Perguntei-lhe pelos muitos amigos com quem repartia a forma franca e aberta de estar na vida. Balbuciou qualquer coisa mas não disse nada. A voz embargara-se-lhe.

Fogo de vista – Se o ano passado, a passagem de ano foi assinalada com pompa e circunstância em Coimbra, este ano a transição será bem mais contida. Pelos vistos, desta feita, não há direito nem a samba no pé, nem a diversões populares que dão sempre um ambiente festivo. Poucos anos depois de ter sido criada para potenciar o turismo e dinamizar a cidade, a Turismo de Coimbra – EM coloca travões a fundo aos gastos. Para já, os cidadãos de Coimbra terse-ão de contentar com um espectáculo de pirotecnia (menos vistoso do que o do ano transacto). Terá a ver com a crise ou com a campanha eleitoral?

Doente mas cavalheiro – Encontrei há dias o Fernando Ribeiro, com quem já não estava há uns tempos.

Sentiu-o doente, cansado.

Mas a mesma fineza de trato, a mesma educação de sempre. Um verdadeiro cavalheiro, um homem bom que a seu jeito amou Coimbra e lhe deu mais do que dela terá recebido. Confiamos no seu espírito de lutador para que nunca desista.

Sobretudo de viver.

A gratidão tem a memória curta – Um perfil típico, esta figura pró-carismática da política partidária de Coimbra, quadro superior da Administração pública. Em tempos e durante muitos tempos o enfante ter-

A bateria é dela - Não é muito vulgar ver-se mulheres a tocar bateria, pois não? Como tal, fizemos a foto. Mais tarde, viemos a saber que a jovem baterista se chama Teresa Valido e é descendente de uma das velhas glórias da Académica, Frederico Valido. O pai deu “cartas” no futebol e pelos vistos a filha marca pontos na música e na afirmação do genéro feminino.

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DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

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S E A R A

A L H E I A

“Nem tudo é gripe A... É um escândalo o aumento das listas de espera para a realização de colonoscopias – exame necessário para rastrear o cancro do cólon, que mata 10 pessoas por dia em Portugal. Imaginem se fossem 10 mortos de gripe A por dias...”.

Alice Vieira, na Visão de 10/12/2009 Parcerias – A passagem de 2008 para 2009 ficou marcada por uma parceria entre a Turismo de Coimbra – EM e a Junta de Freguesia de Santa Clara. Ambas entidades conjugaram vontades para dar à cidade um programa de reveillon mais animado. E isso aconteceu de facto. Mas também é certo que as coisas não correram de feição. Os desentendimentos estenderam-se a S. Pedro que lançou frio e chuva por aqueles dias, afastando convivas do espelho de água que existe lá para os lados do Parque Verde.

Berlusconi feito num Cristo – Sílvio Berlusconi é um dos homens mais poderosos do Mundo, porquanto é um dos mais ricos e líder do governo de uma Nação. É, entre outras áreas de negócio, empresário de comunicação e, simultaneamente, alguém que contribui para a venda de jornais e difusão de imagens, à escala planetária, graças aos escândalos que protagoniza. Ao longo do presente ano, fez manchete por diversas vezes nas publicações mais badaladas. Divórcio, ligações à máfia e festas privadas com prostitutas foram alguns dos casos que o envolveram e tiveram eco. Antes de encerrar este ano berlusconiano, “bloggers” italianos e de outros países convocaram uma manifestação contra ele. Eis senão quando, o homem, acusado de tudo e mais alguma coisa, se vê transformado num “Cristo”, com o sangue a escorrer-lhe pela cara abaixo. Um homem, alegadamente com perturbações mentais, agrediu-o e tudo aconteceu na presença de câmaras de televisão. Qual mártir, Berlusconi fixou as objectivas e no dia seguinte a primeira coisa que pediu foi os jornais...

Só estamos em 12.º lugar? – Portugal faz parte de uma lista de 60 países indusPUBLICIDADE

trializados cujo empenho no combate ao aquecimento global, através da redução da emissão de dióxido de carbono para a atmosfera, é avaliado. De acordo com o mais recente relatório sobre esta matéria, divulgado em Copenhaga, pela ONG Germanwatch, Portugal ocupa o 12.º lugar daquele ranking.

Com tantas fábricas a encerrarem por este país fora, não seria de admirar que o país estivesse uns lugares mais acima...

Alegre tabu – À porta do anfiteatro da Faculdade de Letras, onde iria falar sobre a Liberdade, Manuel Alegre calou com um sereno “agora não” as perguntas dos jornalistas sobre a sua

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provável recandidatura presidencial, que ganha força a cada dia que passa e a cada intervenção pública que faz.

Se, por um lado, recusa alimentar este cenário, quase certeza garantida por politólogos da nossa praça, o exdeputado não se coibiu de comentar o actual momento político, ainda que cauteloso nas declarações sobre uma eventual intervenção de Cavaco Silva para conter a alegada ingovernabilidade do país, confirmada por uns e desmentida por outros. Contudo, na insistência das questões, sobre a sua candidatura ao mais alto cargo da Nação, acalentando a esperança de uma esquerda unida, o poeta fez como o vento da trova que ele tão bem conhe-

ce... Calou a desgraça e nada disse.

Discussão é bem vinda – Manuel Alegre é de uma geração que nasceu em ditadura, onde, diz o socialista, “havia um Parlamento que era uma fantochada e uma caricatura”. Talvez por isso se compreenda que o ex-deputado veja com alguma bonomia o episódio de tensão entre Maria José Nogueira Pinto e Ricardo Gonçalves. “Estamos mal habituados, porque se formos ao Parlamento inglês há lá coisas piores. De qualquer maneira era bom que aquilo se evitasse”, reconheceu Manuel Alegre, acrescentando que “é melhor haver uma discussão daquelas do que não haver nenhuma”.

Zaug

“Eu gosto dele [Manuel Alegre], dou-me bem com o temperamento dele... Mas não aprecio a maneira como se tem comportado como militante do PS. Com um pé dentro e outro fora...”.

Mário Soares, em entrevista ao jornal “i” de 07/12/ 2009 “Ele [Mário Soares] também teve um pé dentro e outro fora”.

Manuel Alegre, no “i” de 08/12/2009 “Todos os candidatos presidenciais têm um pé dentro e um pé fora do partido. Faz parte da natureza do cargo”.

Medeiros Ferreira, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros de Mário Soares, no “i” de 08/12/2009 “Depois de ter um milhão de votos durante as presidenciais de 2006, Alegre tem de prosseguir para uma nova candidatura. (...) Ou aparece um candidato novo [da esquerda] ou Cavaco Silva ganha”.

Idem, Ibidem “A política portuguesa não pode continuar a ser uma mistura medíocre de guerrilha caseira e telenovela de terceira ordem. Com «bons» de um lado e «maus» do outro, com os de um lado, que se acham sempre o máximo, a considerarem que os outros são todos péssimos. E vice-versa”.

José Carlos de Vasconcelos, na Visão de 10/12/ 2009 “Usando uma velha imagem, pode dizer-se que com a peste à porta, os políticos, os partidos, se não discutem o sexo dos anjos, parecem preocupar-se menos em irradicá-la do que em responsabilizar os outros pela epidemia e cada um dar a ideia de que só ele tem o remédio”.

Idem, ibidem “Os partidos da oposição estão a desforrar-se de Sócrates. Pensam que Sócrates perdeu as eleições – e que eles as ganharam. Embriagados por um poder novo, sentem-se relevantes. Mas Sócrates sabe que quem provocar a queda do Governo pagará um preço eleitoral. Acha que é como se tivesse maioria. E o Governo sente-se como uma fera enjaulada, a passear de cá para lá”.

Filipe Luís, na Visão de 10/12/2009 “Toda a gente já percebeu que a legislatura vai ser pequeníssima, que os efeitos da crise económica na política são cada vez mais brutais e imprevisíveis e que o melhor é mesmo cada um tratar da sua vida. O clima de leilão que se vive na Assembleia da República é, por isso, mais próximo de um pequeno PREC do que de uma verdadeira negociação”.

Eduardo Dâmaso, no Correio da Manhã de 11/12/ 2009 “A Esquerda converge para evitar um negócio do PS com a Direita; o PS vai semeando nos campos próximos do CDS e do PSD. Este oscila entre a oposição dura e a tentação de estender o braço ao Governo. Uma coisa é certa: neste tipo de clima político, dificilmente o País lucrará alguma coisa”.

Idem, Ibidem

PASSATEMPOS

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QUINTA-FEIRA

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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 150

LEIA O PROVÉRBIO

PROBLEMA N.º 150/A

Tema de hoje – INVERNO

Percorrendo todo o tabuleiro, sempre para o lado, para cima ou para baixo – nunca em diagonal – e começando na casa /1 para terminar na /2, encontrar-seà um provérbio popular português.

HORIZONTAIS 1 – Inverno. Inverno. 2 – Sufixo de sentido da natureza de. Inverno. Eme. 3 – Inverno. Inverno. 4 – Artigo (abr). Arruamento. 5 – Paraíso. Inverno. 6 – Partido Socialista (abr).Até.

Sufixo de origem. Senhora. 7 – Uma (arc). Inverno (pl). Duzentos em números romanos. 8 – Inverno. Edital. Lavrar. 9 – Serra de Portugal. Sufixo que designa cargo. Inverno.

VERTICAIS 1 – Inverno (pl). Peixe também chamado rato. 2 – Tampouco. Dei à luz. 3 – Muito curtas. Progredir. 4 – Estrutura de Apoio Técnico (abr). Nome próprio masculino. 5 – Nome próprio feminino. 6 – Símbolo de roentegénio. Inverno. 7 – Argola. Hino. 8 – Aqui está. 9 – Estabelecimento Prisional de Lisboa (abr). Pedra. 10 – Catedral. Inutilizado. 11 – Esmalte preto. 12 – Que está no lugar mais fundo. Afastei-me. 13 – Fio de seda torcido, geralmente usado em costura. Réis (abr). 14 – Símbolo de ouro. Associação do Comércio Automóvel do Porto (abr). 15 – Debruar. Certo jogo de cartas.

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PREMIADOS Passatempos n.º 142: José Dias de Pinho, do Porto, com livro da PORTO EDITORA; e Isabel Maria Araújo, de Braga, com prémio surpresa, oferta de ÁGUIA.

PRÉMIOS ESPECIAIS DE NATAL

ENIGMA FIGURADO

“Agenda Doméstica 2010” – Premiados: Vítor Manuel Seia Russo, de Peniche; Maria Luísa S. Santos Bernardo, de Lisboa; Maria de La Salette S. Gomes, de Coimbra; Fernando José Sola Pereira, de Coimbra; Pedro Alexandrino Mota, de Lisboa; Maria Adriana Ferreira e Silva, do Funchal; Fernando Ferreira Batista, de Coimbra; José Correia, de Lisboa; João Pereira Coutinho de Almeida Lopes, de Torres Vedras; Augusto Severino da Silva, de Viseu. Os prémios já foram expedidos pelos correios.

Parabéns ao contemplados.

DE DEZEMBRO DE 2009 CAMPEÃO DAS PROVÍNCIAS

Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.

HORIZONTAIS 1 – Competição desportiva. Residência. 2 – Doença súbita.

Lavoura. Retaguarda. 3 – Perscrutar. Reduz a bocadinhos. 4 – Idade. Anfiteatros. 5 – Interjeição usada para interromper. Vede.

Correnteza. 6 – Nome próprio masculino. Fúria. 7 – Naquele lugar. Alguma. Nome de letra grega. 8 – Mentiras. Que está em mau estado. 9 – Que serve para moer. Espadeira. 10 – Elas.

Estarás. Prefixo de direcção. 11 – Afirmação. Carantonha.

VERTICAIS 1 – Sentido do gosto. Nome próprio masculino. 2 – Campo de discussão. Atmosfera. Nota musical. 3 – Nome de letra grega.

Vamos! 4 – Basta! Sedosos. 5 – Inspecção Regional de Bombeiros (abr). Dois (em números romanos). A outra vida. 6 – Baterás.

Gastara. 7 – Somar. Prefixo de negação. Arrás. 8 – Pousar no solo. Símbolo de escândio. 9 – Aprove. Uma (arc). 10 – Aragem.

Barbatana. Raspar (a terra). 11 – Sexto. Conquista.

SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.º 142: Horizontais – 1 – nó, mortadela, ut. 2 – escora, l, salame. 3 – g, ar, paios, há, r. 4 – ra, coa, ave, me. 5 – ienes, aires. 6 – tr, l, v, b, r, lá. 7 – o, farinheiras, s. 8 – me, ar, t, be, oc. 9 – mal, salames, loa. Verticais – 1 – negrito, m. 2 – os, era, má. 3 – cá, n, fel. 4 – morcela. 5 – or, os, rá. 6 – r, pá, vira. 7 – t, a, n, l. 8 – ali, HTA. 9 – d, o, e, m. 10 – essa, bibe. 11 – la, vá, res. 12 – alheira. 13 – aa, r, sol. 14 – um, mel, co. 15 – Teresas, a.

Problema n.º 142/A: Horizontais – 1 – peito, liras. 2 – auto, rolo. 3 – uraca, catam. 4 – tos, bar, ada. 5 – as, panal, ar. 6 – calavas. 7 – óbito.

Otite. 8 – Lino, e, anel. 9 – ase, uma, oca. 10 – vamos, puder. 11 – omaso, amora. Verticais – 1 – pauta, Olavo. 2 – euros, bisam. 3 – itas, cinema. 4 – TOC, pato, os. 5 – o, abalo, uso. 6 – Ana, em. 7 – l, cravo, apa. 8 – ira, lata, um. 9 – rota, sínodo. 10 – alada, tecer. 11 – somar, elara.

Cinco enchidos: Chouriço, negrito, salsicha, linguiça, salpicão.

Enigma figurado: Sangue frio não faz chouriço.

PALPITANDO

Acertos e falhanços para todos

PALPITANDO

Ramos e Helena Freitas. Já quanto aos desafios BragaNaval (0-0) e Sporting-Leiria (0-1), houve também unanimidade, mas no falhanço em relação ao desfecho. Perante tanta unani-

JOSÉ ALBERTO COELHO

FRANCISCO ANDRADE

midade, a diferença foi nos golos, que na classificação se traduz por um empate no pódio, pela ultrapassagem do presidente da Câmara de Coimbra ao de Gouveia e a subida do de-

MÁRIO CAMPOS

CARLOS ENCARNAÇÃO

ÁLVARO AMARO

putado do Bloco de Esquerda.

O calendário dos jogos da 14.ª jornada da Liga principal de futebol é o seguinte: sexta-feira, dia 18 – Paços de Ferrei-

JOSÉ M. PUREZA

FÁTIMA RAMOS

ra-Braga, às 20h15 (SportTv); sábado, dia 19 – Guimarães-Rio Ave, às 19h15 (SportTv), NavalSporting, às 21h15 (RTP1); domingo, dia 20 – Setúbal-Marítimo, Lei-

JOSÉ M. CANAVARRO

MÁRIO NOGUEIRA

HELENA FREITAS

ria-Belenenses e NacionalAcadémica, todos às 16h00, Benfica-Porto, às 20h15 (SportTv); segunda-feira, dia 21 – Leixões-Olhanense, às 20h15 (SportTv).

MIGUEL CORREIA

MARTA BRINCA

NACIONAL X ACADÉMICA

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FUTEBOL

Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...

Nacional - Académica DOMINGO, DIA 20, ÀS 16H Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com

Relato: Luís Carlos Melo

ABC

Houve unanimidade no prognóstico da vitória da Académica sobre o Leixões, embora só três elementos deste painel acertaram no resultado (2-0) – Francisco Andrade, Fátima

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Câmaras de videovigilância guardam a Baixa de Coimbra Continuação da pág. 1 IOLANDA CHAVES

Cabe à Polícia de Segurança Pública (PSP) o controlo do sistema, a partir da esquadra da Rua Olímpio Nicolau Fernandes (ao lado dos Paços do Concelho),aonde,numsalaestámontado o cérebro da operação e os monitores que mostram as imagens captadas no exterior.

O autarca admite que o sistema de videovigilância não resolverá todos os problemas criminalidade, mas “oferecerá mais tranquilidade às pessoas”.

Ao discursar na cerimónia da assinatura do protocolo que assinalou o arranque do sistema, Carlos Encarnação assegurou que as questões de privacidade e de direitos indi-

viduais dos cidadãos foram acauteladas e que se tratar de um meio de auxílio à actividade da polícia em nome da segurança dos cidadãos e do Centro Histórico.

O ministro falou da importância da tecnologia, no quadro da criminalidade actual, em que as organizações criminosas se revelam apetrechadas, obrigando as forças da segurança a munirem de meios cada vez mais sofisticados.

“Não podemos abandonar a tecnologia e em particular a videovigilância, porque ela é hoje o elemento decisivo das políticas de segurança e da prevenção da criminalidade”, disse.

Há câmaras instaladas no Largo da Portagem, Rua do Sargento-Mor, Largo da Sota,

Rua das Azeiteiras, Largo das Ameias/Rua Poço das Canivetas, Rua das Rãs, Rua Adelino Veiga, Rua das Padeiras, Rua Simão de Évora, Avenida Fernão de Magalhães/Escola Primária de S. Bartolomeu, Bota-Abaixo e Rua João Cabreira.

Vereadores do PS votam contra localização

As da Rua Direita, Praça 8 de Maio/CMC, Pátio da Inquisição, Rua Martins de Carvalho e Rua dos Coutinhos têm em vista, de acordo com o protocolo, a “salvaguarda da segurança de pessoas e bens na circulação rodoviária e à melhoria das condições de prevenção e repress-

são de infracções de trânsito”.

A localização destas cinco câmaras levaram os vereadores do PS a votarem contra a proposta de protocolo agora celebrado.

Em declaração de voto, Álvaro Maia Seco, António Vilhena e Carlos Cidade “manifestam perplexidade pelo facto de estas se destinarem a locais onde as questões de tráfego não parecem particularmente importantes, quando comparadas com outros locais possíveis e com conflito de tráfego na cidade de Coimbra”.

Os vereadores socialistas (que, apesar de tudo, são favoráveis ao princípio da utilização do sistema de videovigilância) entendem que as câmaras destinadas a questões de

trânsito deveriam ser instaladas, no Largo da Portagem, Avenida Fernão de Magalhães (na zona da Auto-Industrial), no Nó da Casa do Sal, entre outros locais da cidade aonde consideram haver conflitos efectivos de tráfego.

Ausências notadas

À parte da cerimónia, o “Campeão das Províncias” notou a ausência, dos presidentes das Juntas de Freguesia de S. Barlomeu, Almedina e Santa Cruz, defensoras e beneficiárias da medida agora implementada.

Contactado pelo nosso Jornal, Carlos Clemente, de S. Bartolomeu, disse que não compareceu porque não foi

convidado. Palmira Pedro, de Almedina, disse que não teve disponibilidade de agenda, e Pinto dos Santos, de Santa Cruz, foi evasivo na resposta.

Carlos Clemente aplaude a medida, ainda assim, pensa que há câmaras mal localizadas e locais desprotegidos, como é o caso da Praça do Comércio.

Quem também tem uma opinião formada acerca do assunto é o presidente da Junta de Freguesia de Santa Clara, José Simão. Este autarca não se manifesta contra a medida, mas receia que as câmaras espantem os deliquentes para as zonas periféricas.

“Espero que eles [criminosos] não atravessem a ponte de Santa Clara. Espero para ver o resultado.”

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