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Editorial
Não estraguem por favor Coimbra às vezes parece que caminha mas não caminha. Mexe os pés. Residirá aí uma das causas porque de quando em quando dá ideia que avança mas não avança. Faz ruído. Sempre defendemos que esta cidade, pelo que é, pelo que foi, pelo que pode e precisa ser, necessita de um pacto de regime, a que alguém em boa hora chamou “pacto de cidade”. O seu desenvolvimento não se compadece hoje com a forma de governo que deu bons frutos com Bissaya Barreto, ajustado a um tempo que não é o tempo de hoje. O futuro de Coimbra, há muitos anos iniciado, passa pelo envolvimento das suas gentes, das suas instituições, dos seus representantes políticos. O dar de mãos que o Presidente da República agora sugeriu para o país é uma necessidade/possibilidade há muito sentida para Coimbra. Nunca conseguida mas também nunca tentada. Receamos que também nunca desejada por muito boa gente travestida de porta-bandeiras. A questão da co-incineração presta-se a isso como a luva na mão e a Assembleia Municipal deu disso um cheirinho agradável. Não estraguem esta oportunidade, por favor. Lino Vinhal
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PREÇO 0,75\ | 2ª SÉRIE | ANO 10 | Nº 505 | 7 DE JANEIRO DE 2010 DIRECTOR LINO VINHAL | www.campeaoprovincias.com
SEMANÁRIO À QUINTA-FEIRA | EDIÇÃO COIMBRA
Impugnado o último concurso para escolha do timoneiro da corporação
Comando da Polícia Municipal de Coimbra Chanfana de Poiares outra vez em xeque fumega nos caçoilos Parece ter caído uma praga sobre a Polícia Municipal de Coimbra, tantos são os percalços com que a corporação tem sido confrontada. Em seis anos e meio de actividade, passaram pela avenida de Sá da Bandeira três comandantes. O actual desempenha funções, há um ano, em regime de interinidade, e o anterior limitou-se a exercer o cargo apenas durante 12 meses. Entretanto, acaba de dar entrada no Tribunal Administrativo, como noticiou o “Campeão”, anteontem, em primeira-mão, através da sua edição electrónica, um pedido de suspensão da eficácia do acto de homologação da lista de classificação final de um concurso aberto pela Câmara de Coimbra para escolha do comandante da PM. Euclides Santos, técnico superior da PSP, é o vencedor do referido procedimento concursal. A suspensão, solicitada por um dos candidatos preteridos, consiste numa espécie de providência cautelar e visa impedir que Euclides Santos seja investiPágina 2 do, imediatamente, como timoneiro da corporação.
Leis penais
“Reforma de Coimbra” irá ganhar hoje forma A introdução de “alterações cirúrgicas” no Código Penal e no Código de Processo Penal, desencadeada há mês e meio, deverá ganhar forma em Coimbra, onde se reúne, hoje, uma comissão constituída para o efeito. No lançamento dos trabalhos, em meados de Novembro, o ministro da Justiça, Al-
berto Martins, indicou como caminho a busca de “soluções aplicáveis”, concebidas para “superar estrangulamentos” apontados a ambos os códigos (CP e CPP) pelo Observatório Permanente da Justiça Portuguesa (adjacente ao Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra). Continua na última página
A tradicional “Semana da Chanfana” começa amanhã, em Vila Nova de Poiares, e decorre até dia 18 de Janeiro, com o apreciado prato gastronómico a ser servido em sete restaurantes do concelho, para todos os que desejam saborear a carne de cabra assada em caçoilos de barro, repletos de vinho tinto. A iniciativa abrange o feriado Municipal de Poiares, no dia 13, data em que se assinala o 112.º aniversário da restauração do concelho, sendo lançado o livro “Lenda da Chanfana”, em banda desenhada. Páginas 10 e 11
Cancro da mama cala mais uma voz Lhasa de Sela, conhecida como a cantora nómada, morreu aos 37 anos vítima de cancro da mama. A artista latino-americana granjeou fama mundial com o álbum La Llorona, em 1997, deixando um legado musical onde conflui a cultura mexicana, cigana e árabe. Página 7
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Corporação da avenida de Sá da Bandeira está outra vez na berlinda
Coimbra
Impugnado o concurso para comando da PM de Coimbra
Medalha de ouro para Luzio Vaz
R.A.
Não houve duas sem três. A escolha de novo comandante para a Polícia Municipal de Coimbra, recentemente efectuada por iniciativa da Câmara (CMC), constituiuse em mais um episódio da vida pouco pacífica da corporação ao ser impugnada por um dos candidatos. O caso vem juntar-se a um ano de comando interino (precedido do exercício de funções por parte de anterior timoneiro durante apenas outros 12 meses), a sobressaltos subjacentes à segunda fase do mandato do comandante inicial, a processos disciplinares a pessoal da PM e a um inquérito em curso no Ministério Público. Sexto classificado no procedimento concursal aberto pela CMC, Celso Marques, subcomissário da Polícia de Segurança Pública, acaba de solicitar ao
Tribunal Administrativo a suspensão da eficácia do acto de homologação da lista de classificação final. A suspensão, pedida por um dos candidatos preteridos, consiste numa espécie de providência cautelar e visa impedir que Euclides Santos, técnico superior da PSP, seja investido, imediatamente, como timoneiro da PM. A CMC e Euclides Santos, a par de outros candidatos preteridos (entre eles o comandante interino, António Leão) desfrutam de prazo para contestar a acção movida por Celso Marques, cabendo ao Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra pronunciar-se acerca do referido pedido de suspensão de eficácia O subcomissário da PSP alega que o acto de homologação do concurso está ferido de ilegalidade. A intervenção judicial é requerida ao abrigo do
Código de Procedimento dos Tribunais Administrativos, podendo a autarquia invocar que a impugnação é prejudicial para o interesse público. Adversa a essa eventual posição camarária é a circunstância de o comando da Polícia Municipal ser assegurado, há um ano, em regime de interinidade, por um chefe de divisão da corporação. Comandante de esquadra há 14 anos, Celso Marques contesta a sua classificação em matéria de avaliação curricular atinente à experiência profissional específica, reclamando mais quatro valores ao abrigo desse item. Neste contexto, o subcomissário, que declinou prestar declarações ao “Campeão”, considera ter ficado por demonstrar que Euclides Santos, outrora incluído numa carreira de operacional de Polícia, tenha exercido funções de chefia na PSP durante, pelo
menos, um ano. No perfil pedido, a CMC alude, por exemplo, à conveniência de os candidatos ao comando da PM terem desempenhado funções de direcção, coordenação e chefia e possuírem capacidade de iniciativa e de gestão de motivações. Acresce, segundo o subcomissário, ter ficado aquém da consideração devida a sua experiência profissional geral enquanto jurista. No domínio da avaliação curricular, Celso Marques (licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra) averbou 13,60 valores e Euclides Santos (licenciado pela Universidade Internacional) 18,20; em matéria de entrevista pública de selecção, couberam 17 valores a Santos e 15 a Marques. Interpelado pelo “Campeão”, Euclides Santos também declinou prestar declarações.
Um lustro de casos As nomeações dos primeiros comandantes da PM de Coimbra, ambos já regressados à PSP, foram postas em causa pela Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL), como noticiou o nosso Jornal a 21 de Maio de 2009. Uma acção inspectiva efectuada na Câmara conimbricense concluiu que a investidura do comandante só respeitou a legalidade no primeiro ano de funcionamento da corporação (de meados de 2003 a meados de 2004). Contudo, as conclusões da IGAL ainda não são definitivas, podendo ser sujeitas a contestação por parte da edilidade. A primeira investidura do subcomissário Manuel Lobão, há seis anos e meio, ocorreu ao abrigo da figura da requisição à PSP. Na fase de criação de serviços, como foi o caso da PM conimbricense, o primeiro provimento do cargo de director era possível mediante escolha para comissão de serviço por um ano, sendo a requisição prorrogável até ao limite de 36 meses. Manuel Lobão exerceu o cargo até ao final de 2007. Ao abrigo de comissão de serviço por três anos, no final de 2004, o então director nacional da PSP autorizou nova nomeação do subcomissário para comandante da PM e de Carlos Nunes da Silva para chefe da Divisão de Atendimento e Expediente.
Em 2008, outro subcomissário, Hermenegildo dos Santos, foi nomeado pelo presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Carlos Encarnação, por um ano, em regime de requisição, desfrutando de equiparação a director de departamento sem para isso reunir condições. A 27 de Março de 2008, o “Campeão” alertou para a situação e o subcomissário também regressou à PSP no final do ano. Segundo um documento a que o nosso Jornal teve acesso, uma técnica superior camarária, Isaura Fernandes, alegou que mediante a aplicação da Lei nº. 51/2005 à Administração Local, feita através do Decreto-Lei nº. 104/ 2006, deixou de ser possível o recrutamento para cargos de direcção intermédia entre funcionários integrados em carreiras específicas dos respectivos serviços ou organismos desde que não possuam curso superior. Após o regresso de Hermenegildo dos Santos à PSP, a Divisão de Gestão Operacional e Fiscalização da PM passou a ser chefiada pelo jurista António Leão, que sucedeu a Dina Rocha. Interpelado pelo “Campeão”, Carlos Encarnação considerou, então, não haver urgência em preencher o cargo de comandante, na medida em que a estrutura de chefias intermédias se encontra consolidada.
A Câmara de Coimbra decidiu, esta semana, atribuir a Medalha de ouro da cidade a António Luzio Vaz, ex-administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade (SASUC). A deliberação, sob proposta do vereador António Vilhena (PS), foi aprovada por unanimidade. O presidente da Câmara aderiu, com entusiasmo, à proposta do autarca socialista, tendo invocado os laços de amizade que o ligam a Luzio Vaz, cuja ge-
nerosidade foi assinalada por Carlos Encarnação (PSD). Para António Vilhena, o antigo administrador dos SASUC é uma “figura incontornável”, merecedora de “justo reconhecimento” a prestar publicamente. Jurista e vereador no triénio 1983/85 (proposto pelo PS), António Luzio Vaz dedicou-se, até ontem, e durante 30 anos, à função de administrador dos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra.
Lusa
Agência noticiosa encerra escritório em Coimbra A agência noticiosa portuguesa, Lusa, irá encerrar, este ano, a delegação com sede em Coimbra, à semelhança do que acontecerá com as congéneres situadas em Évora e Faro, apurou o “Campeão”. Trata-se da confirmação de uma notícia, publicada pelo nosso Jornal a 15 de Outubro de 2009, a dar conta do receio de jornalistas da Lusa de que a destituição de Casimiro Simões da chefia da Delegação regional do Centro fosse prenúncio do encerramento do escritório de Coimbra. O director de informação da agência, Luís Miguel Viana, que minimizou a destituição, declarou ser-lhe “completamente indiferente” a Lusa possuir escritório em
Coimbra ou haver jornalistas a trabalhar nas respectivas residências. “Pelo contrário”, acrescentou, o director até prefere a segunda hipótese. Segundo um comunicado da Comissão de Trabalhadores da empresa, cujo principal accionista é o Estado, Afonso Camões, presidente, deu conta da “intenção e convicção” de encerrar três delegações. O gestor garantiu, por outro lado, que “não haverá menos jornalistas”, querendo com isso significar a manutenção dos postos de trabalho pertencentes a redactores. De acordo com o comunicado, Camões aludiu à extinção das figuras de delegação e delegado, em Coimbra, Évora e Faro.
Basquetebol
AAC realiza Torneio dos Reis A Secção de Basquetebol da Associação Académica de Coimbra promove este fim-de-semana (sábado e domingo), no Pavilhão Multidesportos, o 1.º Torneio dos Reis sub 12, uma iniciativa que vai juntar 120 crianças, em representação do F.C. Porto, Illiabum, Olivais, Ginásio e Académica. Este torneio de minibasquete, apoiado pela Câmara Municipal de Coimbra, tem início às 9h30 e prevê 36 jogos, realizan-
do-se, pelas 12h30, os jogos All Stars, com os atletas mais votados pelos treinadores presentes. No domingo, com o intuito de mobilizar atletas e pais em torno da modalidade, realiza-se, no mesmo espaço, a segunda edição da acção “Conversa Pais & Mães”. Por alguns momentos, os pais vão ser treinados pelos filhos e partilhar o gosto pelo jogo. Esta jornada, culmina com um almoço entre todos os participantes.
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“DOIS DEDOS DE CONVERSA” com: Álvaro Pereira Presidente do Conselho de Administração da FUCOLI/SOMEPAL
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Comodato para Coelho Alves
Ex-putativo candidato a PR realojado na rua da Alegria R.A.
António Coelho Alves, outrora feito putativo candidato a Presidente da República graças à proverbial irreverência dos estudantes de Coimbra, vai ser realojado ao abrigo de um contrato de comodato a celebrar com a Câmara local. Antigo funcionário do bar da Associação Académica (AAC), hoje em dia na situação de reformado, Coelho Alves irá morar, provi-
soriamente, na rua da Alegria, enquanto estiver sujeita a obras a casa em que residia (na Couraça dos Apóstolos). A evocação do munícipe conimbricense como “putativo candidato presidencial” foi feita, na última reunião da Câmara de Coimbra, pelo vereador António Vilhena, que se congratulou com a decisão autárquica no sentido da outorga do contrato de comodato. Coelho, como era co-
nhecido pelos alunos da Universidade de Coimbra, esteve na iminência de se tornar candidato à Chefia do Estado, em 1991, mas a possibilidade de «bater o pé» à recondução de Mário Soares foi inviabilizada por um insuficiente número de assinaturas para o efeito. Humilde trabalhador do bar da AAC, Coelho chegou a dar uma conferência de Imprensa, havendo quem garanta, ainda hoje, que ele foi, “assumidamente, prota-
gonista de uma brincadeira a sério”. Coelho Alves foi encorajado a encarar o desafio de ingressar no Palácio de Belém numa conjuntura duplamente estimulante para o efeito; por um lado, Mário Soares foi reeleito com mais de dois terços dos votos e, por outro, a iniciativa coincidiu com o início do apogeu das candidaturas sem marca partidária à liderança da Associação Académica de Coimbra.
Resposta de emergência requerida pelo frio
Centro temporário para pessoas sem abrigo A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) acaba de criar um centro vocacionado para, temporariamente, durante a noite, satisfazer necessidades de pessoas sem abrigo. A urgência da resposta foi requerida pela chegada da estação de Inverno, sendo esperadas semanas de temperaturas bastante baixas a avaliar pelas previsões do Instituto Nacional de Meteorologia. O referido centro, im-
plantado nas instalações da Polícia Municipal, funciona com contributos da Brigada Ligeira de Intervenção, da Casa-abrigo de Padre Américo e da Cáritas de Coimbra (através do centro de acolhimento “O Farol”). A resposta foi accionada pela divisão camarária de Acção Social e Família, no âmbito do PISACC (Projecto de intervenção para a população sem abrigo do concelho de Coimbra).
O vereador eleito pela CDU, Francisco Queirós, expressou, na última reunião da CMC, “imensa preocupação” face ao agravamento das condições de vida de parte da população. Segundo o autarca, há cerca de 6 000 pessoas sem emprego no concelho de Coimbra e mais de 20 por cento (1 386 nesse universo) possuem formação académica de nível superior; acresce que perto de uma terça par-
te têm idades compreendidas entre 25 e 34 anos. Neste contexto, Queirós alertou para a precariedade dos vínculos laborais, tendo feito notar que ela atinge especialmente as mulheres e cidadãos de grupos etários mais jovens. “O Poder Local não pode ficar indiferente [perante a crise económica e social], apesar de a maior parte da responsabilidade caber ao Governo”, considerou o edil.
Pediátrico de Coimbra
Explicação devida à ARSC e aos leitores Alega a ARSC - Administração Regional de Saúde do Centro que o reparo publicado, há uma semana, a propósito das futuras instalações do Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) errou em relação ao alvo. Segundo aquele organismo, “a parede” (“ou muro”) retratada(o) na pág. 5 da nossa anterior edição pertence ao projecto de uma casa da Acreditar (Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro) e não ao HPC. Temos a ARSC na con-
ta de entidade idónea e credível. Registamos, por isso, o reparo feito pelo organismo desconcentrado do Ministério da Saúde ao nosso reparo. E pedimos desculpa ao dr. João Pedro Pimentel, que se considera vítima de injustiça, penitenciando-nos perante a ARSC e os nossos leitores. Reconhecerão, como esperamos, que, em boa-fé, encarámos o percalço aqui descrito (queda de revestimento) como estando associado a um muro periférico das futuras instalações do HPC. Referimo-nos a uma
“imagem da parede mais visível do empreendimento”, tendo-o feito à luz da nossa obrigação de exercer escrutínio sobre os organismos públicos (assente na convicção de se tratar de um muro da referida obra). De resto, auscultámos
dois engenheiros civis, depois de recebermos o reparo da ARSC, e os mesmos são unânimes a considerar que o referido muro realiza a função de assegurar a contenção da terra adjacente a uma das bermas da chamada circular interna de Coimbra.
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Rui Bebiano, o historiador
Política deve ser sinónimo de verdade A pretexto do seu mais recente livro “Outubro”, cuja versão inicial foi publicada na Internet, o historiador Rui Bebiano fala do passado e do presente do comunismo e comenta o distanciamento que existe entre a classe política e a sociedade. Para o professor e ensaísta, este divórcio traduz-se em alheamento e num “profundo desprezo pelos políticos profissionais”. “Certo tipo de mecanismos tornaram a política cada vez menos transparente” e “pouco honesta”, observa Rui Bebiano. Recusando ser “antisistema”, o investigador defende que os “partidos são fundamentais”, mas também reconhece que “uma das formas de mobilizar os cidadãos é fazer com que política seja sinónimo de verdade”. BENEDITA OLIVEIRA
Campeão das Províncias (CP) – O livro “Outubro”, sobre a Revolução Bolchevique, representa uma nova área de interesse? Rui Bebiano (RB) – Trabalhei como historiador do Barroco e depois em áreas ligadas à História Militar até à conclusão da minha tese de doutoramento, em 1997. A partir daí passei a trabalhar em História Contemporânea, que já me interessava bastante e onde tinha vontade de desenvolver trabalho de investigação. Neste momento, investigo e ensino a História do século XX a partir da Segunda Guerra Mundial, sobretudo na perspectiva da História Cultural e Política. Trabalho também sobre a His-
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[A Revolução Bolchevique inaugurou] uma era de esperança e proposta de um mundo que se pretendia, pelo menos do ponto de vista ideal, mais justo e igualitário
tória do Tempo Presente. Ao contrário da maior parte da História que vai atrás para depois ir no sentido do passado até ao presente, a História do Tempo Presente faz um processo ao contrário: parte das preocupações e dos problemas da actualidade para tentar recuar um pouco no tempo para os compreender e depois volta à frente. Por exemplo, agora está-se a discutir o Muro de Berlim a propósito dos 20 anos da sua queda. É completamente impossível discutir de forma completa o significado da queda do Muro de Berlim sem se tentar compreender do ponto de vista histórico o processo que começa naturalmente com a construção do muro em 1961, no contexto da Guerra Fria, depois há 1989 e a actualidade. Tenho este interesse pela História Contemporânea como historiador mas também como cidadão. O que tenho tentado fazer sempre que posso é articular os dois aspectos. A vertente do historiador que tem uma dimensão científica, métodos rigorosos, mas também a vertente do cidadão que, esse sim, já pode e deve ter uma opinião. Neste segundo campo tenho-me servido bastante de um instrumento cada vez mais importante que são os blogues. CP – Este livro nasceu precisamente num blogue... RB – Exactamente. Tenho aproveitado um blogue pessoal (aterceiranoite.org) precisamente para tentar em alguns momentos escrever textos onde essa tal aproximação entre o historiador e o cidadão seja
[Uma nova era] é uma ideia fundamental assim como a de o construir a partir de um acto revolucionário, feito de forma violenta
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possível (nem sempre é possível fazer isso num texto académico ou num texto de opinião de um jornal impresso). É um espaço muito livre, onde o próprio género que nós praticamos é mais maleável. Foi nesse contexto que em 2007 (na altura comemoravam-se os 90 anos da Revolução Soviética que estavam a ser muito debatidos) comecei a escrever um conjunto de textos que tinham como objectivo fazer uma leitura contemporânea, na perspectiva simultânea do historiador e do cidadão, com investigação mas também opinião (tem portanto mais o carácter de ensaio), sobre a Revolução Soviética em si e posteriores implicações, desde o tempo em que ela foi vivida até à actualidade. Na altura, não tinha intenção alguma de os publicar. São por isso textos muito livres. Quando cheguei ao final, apercebi-me que os textos tinham uma certa coerência e que talvez fosse interessante publicá-los como um todo. Limitei-me a apurar a escrita e a fazer uma pequena revisão dos textos. CP – A ideia que está implícita é desmitificar alguns dogmas da Revolução de Outubro? RB – Sim. Acho que a questão do “mito” é muito importante. Foi aliás o historiador francês Marc Ferro quem o afirmou primeiro. A segunda revolução russa de 1917, também conhecida por Revolução Bolchevique, que levou ao poder a minoria bolchevique daquele que seria depois o Partido Comunista da União Soviética, inaugurou uma nova era e aqueles que a fizeram tiveram a consciência disso. Uma era de esperança e proposta de um mundo que se pretendia, pelo menos do ponto de vista ideal, mais justo e igualitário. Esta é uma ideia fundamental assim como a de o
A último livro do historiador Rui Bebiano foi publicado inicialmente no blogue “A Terceira Noite”
construir a partir de um acto revolucionário, feito de forma violenta. A ideia de que é necessário um acto de violência para apagar o mundo anterior e iniciar a construção de um mundo novo, não só condicionou depois toda a História posterior da União Soviética (que evidentemente não se pode definir de uma forma simplista como um trajecto único), como toda ela ficou sempre marcada por essa imagem. Tudo era pensado, desde a organização da vida do cidadão à cultura, com o objectivo de construir de maneira radical esse mundo novo. Um capítulo deste livro, sobre os intelectuais, cita uma expressão de Estaline que se lhes referia como “os engenheiros das almas”, aqueles que moldavam as consciências de acordo com os valores da revolução. Outras experiências revolucionárias que decorreram ao longo do século XX (como a Revolução Chinesa, os novos países socialistas que apareceram na Europa depois da II Guerra Mundial, a própria revolução cubana, embo-
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A abordagem que faço é uma tentativa de compreensão e de crítica daquilo que me parece ser a perversão do ideal comunista
ra tenha características especiais) ficaram, desde logo, tributárias da ideia de que para se fazer uma viragem na História é necessário um acto revolucionário violento. Há a ideia de que não é possível fazer uma revolução, mantê-la e levá-la às últimas consequências se não se exercer um processo de luta. Tem uma dimensão de violência muito grande dentro de si. CP – Em termos de teoria de violência, o Partido Comunista Português já não pugna por essas ideias... RB – Naturalmente, a maior parte dos partidos comunistas não defende
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isso e o PCP não defende isso expressamente. Mas todos os anos em Outubro, quando se comemora mais um aniversário, (basta ir ver o editorial do Avante, que está disponível na Internet), ocorre um elogio rasgado da Revolução de Outubro. Onde nada do episódio e do seu trajecto é objecto de crítica e onde o simples facto de esse acto de violência ser mitificado como um exemplo histórico determinante implica obrigatoriamente, na minha leitura, uma aceitação da teoria da violência como inevitável. Aliás, foi em nome dessa CONTINUA
Em muitos órgãos da Administração Pública raramente são os melhores que estão a dirigir
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CONTINUAÇÃO
teoria da violência que depois se construiu toda uma lógica (falo disso no livro) de instrumentalização da mesma como factor de exercício do próprio poder do Estado soviético, e dentro das outras experiências do chamado Socialismo Real, justamente porque se considera que, mesmo estando já instituídos os regimes, estes estão sempre a ser atacados por inimigos internos e externos, pelo que devem-se manter permanentemente vigilantes e activos na repressão desses inimigos. Aquilo a que chamamos de Gulag – o sistema de campos de concentração soviéticos com os seus milhões de vítimas – é uma consumação do carácter violento que a revolução teve no início. O poder foi obtido através da violência (teve de derrotar do ponto de vista militar o regime ao qual sucedeu) e mantido através dessa mesma violência, combatendo internamente os seus inimigos através da repressão política, da prisão, do exílio. Não podemos compreender o que aconteceu, pelo menos entre 1917 e a morte de Estaline em 1953, sem fazermos a ligação entre um aspecto e o outro. CP – Acha que este é um período ainda mal estudado? RB – Hoje há muito material publicado (inclusivamente em Portugal até devido às comemorações da queda do muro de Berlim), mas tende-se a situar a história do comunismo do século XX, e é com isso que sinceramente não concordo, como algo que se
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A “tradição de Revolução de Outubro negou: a possibilidade de esta modificação ser feita por via pacífica e a necessidade de preservação da liberdade de opinião
separa em momentos e experiências completamente diferenciadas. O que tento dizer neste registo ensaístico é que, na minha leitura, existindo naturalmente experiências diferentes e territórios onde as coisas aconteceram de forma distinta, existe sobretudo algo de comum que une todas essas experiências e lhes dá um sentido. Penso que isto deve ser estudado como um todo e também considero que alguns dos desvios que, no fundo, levaram à sua queda e à crítica que hoje lhe é feita em várias áreas precisam da tal fundamentação histórica. Penso que não é possível criticarmos de forma completa, por exemplo, o regime norte-coreano, se não virmos que, independentemente das suas circunstâncias serem muito próprias, existe por detrás, como forma de legitimar a realidade histórica da actual Coreia do Norte, experiências, ideias, práticas que tiveram a sua origem na Revolução Soviética. CP – Acha que com o actual contexto mundial há maior risco de vermos emergir novas experiências comunistas? RB – A abordagem que faço ao trajecto da experiência comunista no século XX não é uma experiência de desvalorização do ideal comunista. É uma tentativa de compreensão e de
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Não me parece que existam contradições sociais suficientemente fortes para que partidos extremistas se assumam como uma alternativa
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crítica daquilo que me parece ser a perversão do ideal comunista. Para mim existe uma dimensão extremamente positiva que tem a ver com a tal noção de que é possível um mundo mais justo, igualitário, onde as necessidades das pessoas e a possibilidade de lhes dar resposta seja organizada de uma forma mais solidária e equilibrada. Apenas acrescentaria a este ideal, dois aspectos que acho imprescindíveis e que a tradição de Revolução de Outubro negou: a possibilidade de esta modificação ser feita por via pacífica e a necessidade de preservação da liberdade de opinião. Não somos adivinhos para saber como a História se encaminha, mas a repetição tal e qual das experiências anteriores é impossível. Não sei se algumas tendências do mundo actual, nomeadamente na América Latina, apontam nesse sentido. Tenho muita dificuldade em encarar o Chavismo, na Venezuela, por exemplo, como uma revolução que tenha como instrumento inspirador a ideologia comunista. Hugo Chavez é um militar populista como existiram outros na América Latina, com a diferença que o populismo chavista incorporou no seu discurso simbólico alguns princípios que são retirados da experiência comunista do século XX. CP – O afastamento que existe entre classe política e cidadãos no país não poderá favorecer o aparecimento de um regime totalitário? RB – Não acredito. O divórcio é evidente, mas esse problema não é especificamente português. Não
me parece que existam, apesar de tudo, contradições sociais suficientemente fortes para que partidos extremistas ganhem um poder tal que se assumam como uma alternativa. Não vejo que as pessoas sintam que têm alguma coisa a ganhar com uma situação política completamente instável e imprevisível como essa. Acho que o descontentamento das pessoas se traduz mais num certo alheamento, que passa pela abstenção nas eleições e pelo facto existir, em termos de opinião pública, uma larga maioria que sente um profundo desprezo pelos políticos profissionais, quando a política devia ser e é na essência uma tarefa nobre. No fundo, serse político é dedicar-se à causa pública e é algo que implica incomodidade, exposição, uma vida dedicada ao que deveria ser, em princípio, um trabalho respeitado. Certo tipo de mecanismos tornaram a política cada vez menos transparente. Há uma certa ausência de afirmação de princípios e falta a adequação da prática política nos períodos que medeiam entre as eleições àquilo que os partidos propuserem quando concorreram às eleições. Essa inadequação tem levado a um crescente divórcio entre a maioria dos cidadãos e os chamados políticos profissionais. E não falo apenas do cidadão comum. Neste momento, encontramos em todas as áreas profissionais pessoas de muito valor que se alhearam da política justamente porque não sentiram a sua capacidade de intervenção política adequada à forma pouco transparente e pouco honesta (no sentido de adequar aquilo que se diz que se vai fazer e àquilo que depois realmente se faz no plano da prática política diária). Muitas pessoas não só não se sentem motivadas a intervir no plano político, como, pelo contrário, até sentem um certo menosprezo por essa actividade. E falo de quadros que poderiam, e até
P E R F I L
Historiador bloguista Natural de Castanheira de Pêra, Rui Bebiano é professor de História Contemporânea na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e investigador do Centro de Estudos Sociais. Colaborador regular de diversas publicações periódicas, o historiador foi um dos primeiros exploradores das possibilidades comunicativas do cibe-
respaço, criando publicações como “NON! – Cultura e Intervenção” (1996-2003), além dos blogues “Sous les pavés, la plage!”, “A Estrada e Passado/ Presente”, e mais recentemente “A Terceira Noite”, onde o recém-editado “Outubro” foi inicialmente publicado. A sua última obra é editada pela Angelus Novus.
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A política devia ser e é na essência uma tarefa nobre
deveriam, ter um papel importante na política activa. Em muitos órgãos da Administração Pública raramente são os melhores que estão a dirigir, porque os melhores não se sentem motivados para isso. Não sou “anti-sistema”. Não defendo que os partidos deixem de existir. Acredito que os partidos são fundamentais e que também o PCP é absolutamente essencial para a construção da nossa democracia. Devia é reflectir sobre o mundo actual e adaptar-se à nova realidade, e aí critico-o, mas é tão imprescindível como o PS, PSD, CDS, BE ou mesmo os pequenos partidos. Mas isso não implica que não sinta, como muitos cidadãos, a necessidade dos partidos repensarem a sua própria organização e a forma de fazerem política. Penso que uma das formas de mobilizar os cidadãos é fazer com que política seja sinónimo de verdade. Se política e verdaE
”
de forem sinónimo é natural que exista um número muito maior de pessoas comuns que se sintam motivadas, se não para a militância partidária, pelo menos para a alinharem em processos de transformação que são protagonizados pelos partidos políticos. Agora, se as pessoas sentem que política é sinónimo de mentira, corrupção ou de práticas pouco transparentes em termos de condução dos negócios políticos, a atitude normal é o afastamento. Depois é a história do ovo e da galinha, porque os próprios partidos começam a ficar enquistados no seu pequeno casulo. Perdem o contacto com a sociedade. Dentro dos próprios partidos há até um número enorme de militantes, que eventualmente até paga as quotas, que não milita e isso não acontece apenas porque não tem tempo. É porque não se sente motivado.
A I N D A
[Quais as melhores recordações da infância?] “O calor intenso das tardes de Verão e o cheiro a lenha queimada no Inverno. Nunca mais foram os mesmos.” “Leio de tudo. Principalmente ensaio (uma parte por prazer, algum por dever). Mas prefiro ficção, que me desafia sempre mais. Como toda a gente, ando às voltas com o Roberto Bolaño.” “Já vi e revi: Pierrot le fou, de Jean-Luc Godard. Um filme de 1965 com o Jean-Paul Belmondo e a Anna Karina. Não me perguntem porquê que eu não respondo.” “Vejo pouca [televisão] porque me provoca quase sempre sono. Só me mantêm acordado os noticiários que vejo por cabo, os jogos de futebol da selecção e algumas séries da RTP-Memória.” “[vícios] A leitura e a música, sempre. O cinema sempre que posso. Viajar quando me deixam. Fumo pouco e já bebi mais.” “Pratico regularmente o pecado do orgulho, mas reconheço-o rapidamente e depois tento emendar a mão. Por vezes já não vou a tempo.” “Desde que comprei um iPhone estou em linha desde que não esteja a dormir. Ou então quando não desligo a máquina, o que faço muitas vezes.” “Como nunca estou sempre a trabalhar nem sempre em descanso, o tempo passa por si. E muito rapidamente, sem eu dar por ele.” “[Sonhos por concretizar?] Claro que sim. Dois ou três íntimos (talvez morram comigo) e mais alguns colectivos (passarão sempre para os outros).”
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“Dois dedos de conversa” com Nunes da Silva e Paulo Almeida
Obituário
Quezílias no CDS/Coimbra vão a votos a 9 de Janeiro
Mais pobre a cidade e o país Figura referência da arquitectura moderna, discípulo de Nadir Afonso, com quem partilhou o atelier em Coimbra, Carlos Eugénio José Baptista de Almeida faleceu no dia 26 de Dezembro, ficando mais pobre a cidade, onde deixou profunda marca de modernidade urbanística no século XX, e o país, cuja arquitectura influenciou. Aos 89 anos, morreu no Hospital dos Covões, onde estava internado há alguns dias. O seu corpo, que esteve em câmara ardente na capela de Nossa Senhora da Esperança, em Santa Clara (Coimbra), foi a sepultar no dia seguinte no cemitério de Cabanas de Viriato, concelho de Carregal do Sal. Em Coimbra, entre outras obras, foi responsável pelos projectos do novo complexo do Teatro Avenida e pela maior parte dos edifícios e empreendimentos na zona da Solum, bairro que viria a tomar o nome da empresa responsável pela sua construção.
Privaram com Carlos Almeida os dois sócios gerentes daquela construtora, Fernando Mendes Silva, mais tarde, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, e Rui Castro Pita, um dos poucos que chegou a visitar o arquitecto quando este, enquanto preso político, esteve detido em Peniche. Candidato pela Oposição Democrática em Coimbra, nas eleições de 1961, Carlos de Almeida foi preso pela PIDE, tendo conhecido no cárcere o músico José Mário Branco. Membro fundador da cooperativa editora e cultural Trevim (1979), responsável pela edição do jornal Trevim, na Lousã, Carlos Almeida é ainda o autor de um vasto conjunto de obras, designadamente, “A Cidade e o Homem” (1966), “A Urbanização Fascista e os Trabalhadores” (1974), “Portugal, Arquitectura e Sociedade” (1978), “Postais do Zé Serrano” (1991), “Cronicon Conimbrigense” (1991) e “Nos Cárceres do Fascismo” (1974).
Carlos Almeida (1920 – 2009)
Celebrar o arquitecto reconhecendo o Homem FLORINDO BELO MARQUES*
É a memória do passado que confere sentido ao nosso presente. Nesse sentido é chegado o momento de prestar homenagem ao arquitecto Carlos Eugénio José Baptista de Almeida que, com 89 anos, nos deixou no passado dia 26 de Dezembro. O NARC – Núcleo de Arquitectos da Região de Coimbra pretende assim celebrar o Arquitecto reconhecendo o Homem de princípios éticos que soube dar sentido aos ideais de Liberdade e de Cidadania. De forte temperamento e inteligência associada a um grande sentido de humor, afirmou-se também como escritor e melómano. Generoso, aberto e franco era frequentador assíduo da tertúlia da Brasileira fazendo questão de viver com intensidade e também aí se destacando pois citando um grande escritor: – “Viver é a coisa mais rara do mundo. A maioria das pessoas apenas existe”. É no entanto o Arquitecto com grande capacidade de intervenção social que recordamos e queremos preservar e partilhar a sua memória.
Com obra vasta, defende e aplica na cidade os conceitos das doutrinas modernistas demarcando-se no entanto com uma linguagem muito própria, próxima do Movimento Moderno, mas procurando relações mais complexas de proximidade com a identidade cultural do meio onde intervém. É desta prática, inédita nos anos 60 no planeamento urbano de Coimbra, que nasce um dos seus espaços emblemáticos – o bairro da Solum – na altura um arrabalde onde os edifícios se libertam em espaços amplos e verdes generosos definidos por rigoroso sistema viário periférico onde o peão pode privilegiadamente circular com segurança em amplos passeios. Carlos de Almeida deixou-nos em herança a arquitectura desta zona da cidade de Coimbra como proposta alternativa aos princípios do Plano da Unidade Residencial do Calhabé mas em oposição às correntes Pós – Modernas emergentes na altura e de que sempre se distanciou com convicção. *Arquitecto (Núcleo de Arquitectos da Região de Coimbra)
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L.S.
O mandato da Comissão Política Distrital de Coimbra do CDS/PP foi interrompido, com a demissão de vários elementos, e o novo líder vai ser escolhido pelos militantes no próximo sábado, dia 9 de Janeiro, indo a jogo, em listas separadas, o presidente e o ex-número dois, Nunes da Silva e Paulo Almeida, respectivamente. Depois de terem rejubilado com a eleição de um deputado à Assembleia da República pelo círculo de Coimbra, o que não acontecia há cerca de 25 anos, os centristas ficaram desapontados com os resultados das autárquicas e as duas listas concorrentes à liderança distrital prometem fazer mais e melhor para fortalecerem o partido. As propostas de Nunes da Silva, médico, recandidato à presidência da Distrital de Coimbra do CDS/PP, e de Paulo Almeida, advogado, assim como os apoios com que cada um conta, estiveram em debate no programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e transmitido, no passado domingo, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM).
Nunes da Silva e Paulo Almeida divergem na forma de fazer política, comungando na necessidade de implantar o CDS/PP em todo o distrito de Coimbra
Fazer com que o partido tenha órgãos eleitos nas 17 concelhias do distrito é comum aos dois candidatos, mas as equipas que pretendem levar a cabo essa tarefa são diferentes, cabendo ao militantes escolher, no acto eleitoral que decorrerá, entre as 15h00 e as 22h00, nas sedes do CDS/PP de Coimbra, Figueira da Foz e Oliveira do Hospital. Nunes da Silva, apoiado por Manuel Rebanda e com Manuel Castelo Branco como mandatário (e cujas listas candidatas aos vários órgãos publicámos
na passada edição), diz que continua “com ética e frontalidade”, o que “não aconteceu na forma como interromperam o mandato e abandonaram o barco”, querendo continuar a fazer política “de forma sincera e credível”, enquanto Paulo Almeida apela ao voto na sua lista para “um CDS que esteja preparado para as autárquicas de 2013 e ajude o partido a crescer acima dos 10 por cento”. O médico reconhece que no distrito de Coimbra o CDS/PP “é um partido de baixa representati-
vidade”, mas sublinha que foi por ele que passou a indigitação de João Serpa Oliva para cabeça de lista de candidatos a deputados, o qual foi eleito para o Parlamento. Já o advogado, que conta com o apoio de Serpa Oliva e do presidente da Concelhia de Coimbra, Luís Providência (ver texto nesta página), considera que “é preciso fazer mais e melhor”, destacando que “nas últimas eleições autárquicas o partido teve zero votos em cerca de 14 municípios do distrito, porque não apresentou candidaturas”.
Paulo Almeida apresenta lista
“Tem tudo para haver um CDS no distrito” I.C.
Paulo Almeida, que disputa liderança da Comissão Política Distrital do CDS este sábado, juntamente com o anterior presidente, Nunes da Silva, quer pôr o partido a conseguir vitórias ao nível autárquico. Se nas legislativas, a vitória de um deputado para a Assembleia da República foi motivo de satisfação e um sinal de o CDS tem eleitorado, nas autárquicas, a ausência de candidatos deixou-o desolado e com vontade de mudar o rumo do partido. Confiante, diz que a sua
lista “tem tudo para haver um CDS no distrito” e para “transformar todo o cenário político distrital” nas eleições autárquicas de 2013. “São quase dezassete concelhias que temos de construir, são centenas de militantes que teremos de pôr a participar na vida do CDS. Sem partido, sem estruturas, sem concelhias não haverá nunca vitórias sustentáveis”, sublinhou ao discursar num jantar com apoiantes. Luís Providência, líder da concelhia de Coimbra, é o número dois da lista para a comissão política. O vereador da Câmara de
Coimbra, eleito pela coligação PSD/CDS/PPM, acredita que Paulo Almeida tem a “equipa certa para reconstruir o partido no distrito” e que é tempo de “mudanças inadiáveis”. Os restantes candidatos para a CPD são Fernando Sansana (Figueira da Foz, ex-deputado municipal do CDS/PP), Anabela Salgueiro (Cantanhede), Jorge Conceição (Penacova), Paulo Bernardo (Lousã), Rui Cruz (Coimbra), Luís Santos (Vila Nova de Poiares), Paulo Oliveira (Penacova), Fernando Ferreira (Coimbra), João Madeira (Coimbra), Fernando Alves (Coimbra), Fernan-
do Neves (presidente da Juventude Centrista Distrital), Andrea Costa (Cantanhede), Américo Petim (Coimbra), Jorge Vieira (Coimbra) e Carlos Mendes (Coimbra). O deputado João Serpa Oliva, Anabela Ponces (membro da Mesa da Assembleia Municipal de Coimbra) e Pedro Sande Ribeiro (Cantanhede) são os candidatos à mesa e para o conselho de jurisdição os nomes apontados são Maria José Falcão (presidente da concelhia de Oliveira do Hospital), Pedro Areia (Tábua) e Patrícia Ferreira (Coimbra).
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Previsões astrológicas para o ano de 2010
Lhasa de Sela faleceu aos 37 anos
Cavaco Silva sob influência das espadas A conhecida taróloga Maria Helena Martins consultou os astros a pedido do “Campeão das Províncias”. Quisemos saber o que o “destino” tem reservado para o país, para Coimbra e em particular para algumas das principais figuras políticas nacionais. Fazendo fé nas previsões da astróloga, o ano de 2010 vai trazer estabilidade política, embora não sem tensões, e o agravamento da dívida pública. A retoma económica não ocorrerá neste ano, por isso, a especialista aconselha contenção. BENEDITA OLIVEIRA
Para evitar mais decepções, o Presidente da República deverá prestar mais atenção às pessoas que o rodeiam. Quem o aconselha é a astróloga Maria Helena Martins que, ao consultar os astros para 2010, verificou que Aníbal Cavaco Silva “estará este ano sob a influência das cartas 2 e 4 de Espadas”. Mas desengane-se aquele que aposta num final de mandato quezilento, porque a conhecida taróloga também viu a carta Ás de Ouros no futuro do Chefe de Estado. Esta é sinónimo, explica, de “harmonia e prosperidade”, pelo que, antecipa, Cavaco Silva, “conseguirá encontrar o equilíbrio e a paz que há tanto tempo ambiciona” neste período. “Nesse sentido, terá uma atitude mais no sentido da concordância do que propriamente na oposição”. Os astros também reservam tempos de bonança para o primeiro-ministro. Ao que parece, José Sócrates terá os ventos de feição, pelo que
o socialista “será caracterizado pela vontade de alcançar novos objectivos e definir novas metas”. Para almejar este objectivo, o Chefe de Governo tenderá a “moderar o discurso” ao longo do corrente ano. “A carta 3 de Copas indica que alguns projectos iniciados serão agora concluídos”, avança ainda a socióloga que se especializou nas áreas da astrologia, tarologia e cristaloterapia. Governo mantém-se em funções
A cordialidade entre os principais representantes da nação e a capacidade de cedência pontual do executivo vão permitir que o Governo se mantenha em funções, acredita a especialista, notando, contudo, que este período não será desprovido de “alguma resistência às suas ideias”. Sob o signo das cartas de Tarot 10 e 7 de Espadas, o Governo tem “planos para realizar, no entanto advertem para a necessidade de ter uma forte determinação”, sublinha. Sol é a carta de Tarot atribuída à ministra da Saúde, Ana Jorge, que tem sob sua alçada o novo Hospital Pediátrico de Coimbra. “O sucesso, a riqueza e a felicidade estão associados a este arcano. Exprime alegria e triunfo e aponta para boas perspectivas no que diz respeito a esta questão”, considera a astróloga. Previsões mais negativas recaem sobre a recuperação económica do país. Segundo a taróloga, “durante este ano as situações irão tornar-se mais intensas e poderá haver grandes mudanças a nível mundial”. Em 2010, o desempenho da economia deixará muito a desejar, sendo crucial, por isso, defende, que “as pessoas adoptem uma atitude activa, pois o pensamento positivo tem o poder de operar milagres na vida de
MH Portugal Av. Praia da Vitória, nº43 - 1º 1000-246 Lisboa Tel:. 21 318 25 90 (Portugal) 1-514-461-7285 (Canadá e USA) Fax: 21 318 25 97 E-Mail: assessoria.imprensa@mariahelena.tv site: www.mariahelena.tv blogue: http://consultoriodeastrologia.blogs.sapo.pt
Maria Helena Martins prevê que a “dívida pública será mais acentuada”
cada um de nós. A carta de Tarot Rainha de Espadas aponta para a necessidade de fazer um esforço e de ter contenção”. O cenário que se prevê para o desemprego em Portugal também não é entusiasmante. O agravamento deste indicador não está previsto, mas a estabilização da taxa de desempregados acima dos dez por cento (o maior valor registado nos últimos 26 anos no país) não sossega ninguém. Por conta desta situação macro-económico, Maria Helena Martins prevê que a “dívida pública será mais acentuada, comprometendo o equilíbrio económico do país”. No entanto, garante “a energia deste ano acentua a força individual e desperta em cada pessoa a sua capacidade de lutar por aquilo que deseja. A Carta de Tarot Ás de Ouros, que significa harmonia e prosperidade, quer dizer que, dentro de algum tempo, poderemos alcançar a paz, harmonia e prosperidade pela qual temos lutado”. Académica/OAF com ano promissor
Quanto a prognósticos sobre o futuro da Académica/OAF, Maria Helena Martins prevê que o clube terá um ano promissor. A carta de Tarot 4 de Ouros, que significa projectos, adianta, indica que a Académica/OAF deve “ter força e coragem para evitar descer de divisão”. Será que este é o ano em
que os Hospitais da Universidade de Coimbra chegam aos lucros? Os astros responderam a esta questão, atribuindo a carta de Tarot o Mundo, que significa fertilidade. Esta carta, explica a astróloga, “indica que poderá haver bons resultados e a oportunidade de obter o que se deseja porque têm protecção divina. No entanto, esta carta lembra também que a fortuna só permanece junto de quem a respeita”. Maria Helena Martins foi menos evasiva quanto ao futuro do Metro Mondego, segundo a qual este projecto deverá avançar este ano. “A carta de Tarot que dá resposta a esta questão é o carro, que significa sucesso. Isto quer dizer que com cuidado, determinação e mão firme o sucesso poderá ser alcançado e o Metro do Mondego poderá avançar. É importante ter cuidado por parte das entidades responsáveis, no entanto, para não se deixarem conduzir em direcção ao falso sucesso”, avisa. Numa altura em que as intempéries flagelam o país, a taróloga aconselha ainda vigilância ao avanço do nível do mar na costa da Figueira da Foz. É que, observa, “a carta de Tarot Ás de Copas aconselha a que sejam tomadas antecipadamente as devidas providências, pois embora seja provável que isso venha a acontecer esta carta indica que não haverá grandes danos graças à prevenção. Esta carta aponta para protecção, mas indica que devem agir antes”.
Cancro da mama silencia cantora nómada Indiferente a estatuto social ou económico, o cancro da mama fez no início deste mês mais uma vítima: Lhasa de Sela. Conhecida como a cantora nómada, Lhasa de Sela morreu aos 37 anos de idade na cidade canadiana de Montreal, onde residia há diversos anos. Em comunicado, a família precisou que a artista “morreu de cancro da mama, após 21 meses de combate com coragem e determinação”. A classe, talento e dinheiro da jovem de nada valeram perante o eclodir e desenlace da doença oncológica, que anualmente continua a vitimar milhares de mulheres em todo o mundo. Filha de pai mexicano e mãe americana-judia-libanesa, a compositora nasceu no estado norte-americano de Nova Iorque, mas vários anos a viajar com a família pelos Estados Unidos e pelo México, valeram-lhe um estilo multicultural distinto. A sua vivência reflecte-se a nível musical num imaginário de sons e palavras (em Inglês, Francês e Espanhol) que remetem para a América Latina, para a vida cigana e até para a cultura árabe. O álbum de estreia, La Llorona, composto por baladas, catapultou-a para a fama em 1997. Lhasa de Sela começou a cantar com 13 anos, em cafés e bares de São Francisco, Califórnia, tendo actuado várias vezes em Portugal. Deixou pai, mãe, irmãos, sobrinhos e uma legião de fãs. A 29 de Janeiro
Serviço de Medicina Intensiva dos HUC celebra bodas de ouro O Serviço de Medicina Intensiva (SMI) dos Hospitais da Universidade de Coimbra comemora 50 anos de existência no próximo dia 29 de Janeiro. Tendo sido um dos primeiros do país e mesmo da Península Ibérica, o SMI acompanhou os progressos na área médica, desde a manutenção artificial de funções vitais, abordagem da sépsis e trauma, ao conceito de morte cerebral, aos problemas éticos do fim de vida, à necessi-
dade do seu ensino, à constatação, cada vez mais forte, da obrigatoriedade da sua existência na organização hospitalar do tempo presente. Para assinalar o importante marco na história do serviço, o SMI organiza nos próximos dias 29 e 30 de Janeiro, no Grande Auditório dos HUC, as jornadas comemorativas. O evento tem como tema as mudanças de medicina intensiva no âmbito da medicina hospitalar no último meio século.
Coimbra Shopping
Loja MultiOpticas completa 10 anos A loja MultiOpticas do centro comercial Coimbra Shopping comemora, hoje, dez anos de existência e, para festejar e dar as boasvindas ao novo ano, convida todos os clientes a usufruírem da mais recente campanha da marca – protagonizada pelo modelo Pedro Guedes – que inclui mais de 1 000 armações com 50 por cento de desconto, até 31 de Março. “O início deste ano é marcado não só por mais um aniversário, mas também por uma campanha de descontos e, como tal, convidamos todos os ha-
bitantes de Coimbra a visitarem a nossa loja e a conhecerem os fantásticos modelos disponíveis. Esta é apenas uma de muitas campanhas que estamos a preparar para o novo ano e podemos adiantar que irão surgir surpresas”, refere Carla Palaio, directora de marketing da MultiOpticas em Portugal. Característica pela diversidade de oferta e campanhas ao longo do ano, a MultiOpticas abriu, só em 2009, 13 novas lojas de Norte a Sul do país, prevendo-se uma continuidade de expansão nos próximos anos.
FIGURAS E FACTOS
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A S C E N S O R A
S U B I R
Cavaco Silva – Nas palavras que dirigiu aos portugueses no habitual discurso de Ano Novo, o Presidente da República fez um correcto diagnóstico da situação em que se encontra o país, apelando à união dos partidos para alavancar o desenvolvimento da Nação. Perspectivando um caminho de futuro assente em duas prioridades fundamentais, designadamente, o reforço da competitividade externa e o apoio social aos mais vulneráveis, desprotegidos e vítimas da crise, Cavaco Silva apelou à mobilização dos partidos na resolução dos reais problemas do país e dos portugueses. Neste jogo do empurra, em que ninguém quer assumir a responsabilidade dos seus actos, a classe política parece, convenientemente, esquecer que é altura de colocar de lado as diferenças políticas e assumir uma verdadeira política de Estado, a bem do futuro de todos. E esse foi o recado que o Presidente da República quis transmitir, ao Governo, à oposição e aos portugueses. Jorge Gouveia Monteiro – O labor pelas causas sociais parece estar-lhe no sangue. Ex-vereador da Câmara Municipal de Coimbra, onde foi responsável pelo pelouro da Habitação, é novamente o serviço social que mobiliza Jorge Gouveia Monteiro. A forma competente e dedicada como encara como seus os desafios daqueles que, não tendo muito, de tudo precisam, é, certamente, garante de um futuro auspicioso nos Serviços de Acção Social da Universidade de Coimbra (SASUC), onde esta semana inicia funções de administrador. Porque irá suceder a António Luzio Vaz, que durante mais de 30 anos desempenhou aquelas funções com abnegado espírito de sacrifício e dedicação, Jorge Gouveia Monteiro tem pesada herança. Não obstante, a certeza de que tudo fará para ser bem sucedido na nova missão é garantia bastante para os estudantes que, sem os SASUC, não poderiam levar por diante a sua formação superior. António Maló de Abreu – O líder da bancada da coligação “Por Coimbra” na Assembleia Municipal promete manter acesa a chama do combate em prol da suspensão da queima de lixo tóxico na cimenteira de Souselas. Maló de Abreu está a promover reuniões com agentes políticos de vários quadrantes, tendo como premissa o princípio de que a co-incineração de resíduos industriais perigosos representa um enxovalho para Coimbra. José Eduardo Simões – É auspicioso o desempenho da Académica/OAF na Taça da Liga, só possível por ter ganhado o recurso referente à anterior fase da competição (cujo desfecho se saldou pelo empate pontual com Portimonense e Beira-Mar). Estão de parabéns o presidente da Briosa, Eduardo Simões, e o advogado que o assessorou, Ricardo Guedes Costa. As felicitações são extensivas a outro jurista, José Sampaio Nora, pela qualidade do artigo de opinião publicado no “Campeão” a 26 de Novembro de 2009. A
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Teixeira dos Santos – O negócio dos terrenos da Lisnave está mal explicado e o Tribunal de Contas (TC) já veio a público puxar as orelhas ao Governo, que é como quem diz, ao ministro das Finanças, Teixeira dos Santos. Na apreciação daquela instância de controlo, o dinheiro que o Estado pagou aos bancos credores para comprar as participações que estes detinham no fundo Margueira, que ficou com os terrenos da Lisnave em Almada foi “camuflado” como dívida pública e “incorrectamente classificado”. Falta de rigor ou de transparência? As duas coisas. E nenhuma destas situações abona em favor de Teixeira dos Santos. Segundo o TC o negócio, concretizado em 2008, devia ter sido classificado como despesa de activo financeiro. A favor do ministro, vale a opinião de alguns especialistas – suportada pelas Finanças – que admite que o procedimento adoptado para contabilizar a despesa não terá sido o mais transparente, mas também não terá tido efeitos no défice. Do mal o menos. PUBLICIDADE
Jaime Carvalho e Silva O matemático da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Jaime Carvalho e Silva acaba de iniciar funções como secretário-geral da Comissão Internacional para a Instrução da Matemática (CIIM), a maior associação mundial dedicada ao ensino da disciplina. O investigador de Coimbra, cujo trabalho e competência é reconhecido ao mais alto nível, é o primeiro português a ser eleito secretário-geral deste importante organismo que congrega, actualmente, 72 países. Sucede no cargo a Bernard Hodgson, da Universidade Laval. Com trabalho de investigação na área de Análise e História e Metodologia da Matemática do Centro de Matemática da FCTUC, Jaime Carvalho e Silva é o autor do livro “Matemática 7” – que lhe valeu em 2005 a atribuição do prémio José Sebastião e Silva – e “Matemática 8”, distinguido em 2000 com uma menção honrosa do mesmo prémio. Criada em 1908, aquando do Congresso Internacional de Matemáticos de Roma, sob sugestão do matemático e historiador da matemática David Eugene Smith, a CIIM tem por missão proporcionar um fórum internacional para o estudo e aperfeiçoamento da educação matemática mundial. Anualmente, este organismo avalia a situação do ensino da Matemática a nível mundial, focando-se em diversos temas, como a formação dos professores, o uso das tecnologias ou a aplicação desta disciplina nas escolas. Jorge Gouveia Monteiro – Licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, Jorge Gouveia Monteiro é o novo administrador dos Serviços de Acção Social da U.C. (SASUC). Vereador da Câmara Municipal de Coimbra entre 1997 e 2009, tendo assumido o pelouro da habitação a partir de 2001, foi ainda eleito na Assembleia Municipal de Coimbra entre 1986 e 1989. Os SASUC são um serviço de apoio aos estudantes, de forma directa (bolsas de estudo e auxílios de emergência) e indirecta (alimentação, alojamento, serviços de saúde, apoio a actividades culturais e desportivas, apoio psicopedagógico e outros). Entre outras actividades, gerem uma rede de 13 cómodas residências universitárias e outra de 17 restaurantes, servindo diariamente cerca de 30 tipos de refeições a preços reduzidos. Concerto “Órgão +” – Esta quinta-feira, dia 7, pelas 18h30, na Capela de S. Miguel (Universidade), realiza-se mais um concerto no âmbito do ciclo “Órgão +”. No ano passado, este ciclo de concertos permitiu juntar o som do órgão da Capela de S. Miguel a instrumentos como o trompete, a flauta doce, o fagote, o oboé, o violino, os metais
ou à voz humana. A iniciativa é agora retomada conjugando o órgão com o clarinete, a trompa, a flauta transversal, o violino entre outros instrumentos. Esta quinta-feira, Nuno Madureira, no clarinete, acompanha Paulo Bernardino, no órgão, num recital com a duração de cerca de 50 minutos. O ciclo “Órgão +” é uma série de concertos de entrada livre, que decorre uma vez por mê, à quinta-feira, com o objectivo de divulgar o órgão da Capela de S. Miguel, instrumento histórico e raro, proporcionando não só a sua audição, mas demonstrando também a sua flexibilidade na interacção com outros. Reunião do Rotary Club de Coimbra – No Mês da Consciencialização Rotária, o Rotary Club de Coimbra dedica a primeira reunião ao seu património com uma reunião de trabalho sobre “Que fazer com este património?”. A reunião realiza-se, esta quinta-feira, pelas 21h30, na Sede do Clube (rua Dr. Manuel Rodrigues, 1 – 3.º, Sala). Instituto Superior Bissaya Barreto faz 17 anos – Os 17 anos do Instituto Superior Bissaya Barreto, da Fundação Bissaya Barreto, foram
assinalados este ano com a entrega de Diplomas e Cartas de Curso aos mestres (em Administração Pública e Gerontologia Social), aos licenciados (em Direito, Serviço Social e Gestão e Administração Pública) e ainda aos pósgraduados que concluiram a sua formação especializada em Supervisão Pedagógica, no passado ano lectivo. O Prof. Doutor Sérgio Machado dos Santos foi o convidado de honra. Doutorado pela Universidade de Manchester, é professor catedrático em Ciências de Computação na Universidade do Minho, da qual foi reitor de 1985 a 1998 e é, actualmente, reitor honorário. Foi presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (1991 a 1998). Entre outros cargos que desempenhou e desempenha, é membro, nomeado pelo Governo, do Conselho Nacional de Educação, onde coordena a Comissão Permanente do Ensino Superior e Investigação Científica. Alma Azul homenageia João Fernandes – No Auditório da Agência de Coimbra da Fundação INATEL, tem início esta quintafeira, pelas 18h30, um novo ciclo de Actividades de 2010 da Alma Azul. O programa inicia-se com uma homenagem a João Fernandes, director da Agência de Coimbra da Fundação Inatel, prosseguindo com a apresentação do Plano de actividades/2010 da Alma Azul e com a primeira sessão da Comunidade de Leitores Alma Azul. Centro João Paulo II com estatuto de IPSS – A Segurança Social acaba de conceder o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) ao Centro de Acolhimento João Paulo II, em Coimbra. Integrado na paróquia de S. José e congregando três conferências de S. Vicente de Paulo com trabalho social desenvolvido a nível local, este centro abriu portas ao trabalho voluntário que tem sido base de apoio para milhares de pessoas residentes naquela e em outras paróquias da cidade. O reconhecimento do estatuto de IPSS ao Centro de Acolhimento João Paulo II corresponde a uma vontade expressa desde 2005, permitindo,
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doravante, a atribuição de apoios financeiros e outros benefícios pela Segurança Social, apoiando o trabalho que a instituição desenvolve. Em 2009, o Centro de Acolhimento apoiou cerca de 800 famílias (um terço das quais estrangeiras). A instituição é ainda responsável pelo Centro Local de Apoio ao Imigrante, que acolhe e acompanha toda a comunidade estrangeira que reside no distrito, à excepção dos concelhos da Lousã e da Figueira da Foz, sendo o seu trabalho meritório reconhecido pela Organização Internacional para as Imigrações. Mosteiro de Semide com obras em 2010 – A intervenção no Mosteiro de Santa Maria de Semide (Miranda do Corvo) deverá ser iniciada nos primeiros meses de 2010 e concluída até 2012. A obra, um investimento de dois milhões e 168 000, visa a recuperação do claustro quinhentista que ruiu parcialmente a 25 de Novembro de 2006, na sequência de uma noite de temporal. A Direcção Regional de Cultura do Centro (DRCC) candidatou ao Quadro de Referência Estratégico Nacional um projecto para a consolidação e conservação de parte do Mosteiro de Semide que, tendo sido aprovado, garante a comparticipação de 70 por cento do valor total do investimento, por fundos comunitários. A restante verba é assegurada pela DRCC. Visitantes de Santa Clara-a-Velha – Tem razões para estar satisfeito o coordenador do projecto de requalificação e valorização do Mosteiro de Santa Clara-a-Velha, em Coimbra, Artur Côrte-Real. Após décadas de abandono e depois de ter sido submetido a um conjunto de profundas obras de recuperação e valorização, o imóvel reabriu ao público em Abril do último ano, tendo recebido já mais de 40 000 visitantes. Silvina Pereira, directora do espaço museológico, saudou o investimento feito na requalificação do mosteiro, que permitiu devolver a dignidade a este importante registo arquitectónico e religioso da cidade de Coimbra e da região Centro.
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Amor Perfeito – Sabores Distintos
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Mercearia aposta no comércio de proximidade ABERTURA 7 de Setembro de 2009 RAMO Comércio tradicional MORADA Bairro da Caixa de Previdência, Bloco G, Loja 5, 3030-044 Coimbra CORREIO ELECTRÓNICO ap.andreiacampos@gmail.com SÍTIO www.amor-perfeito.tk BENEDITA OLIVEIRA
Notícias de encerramento de mercearias de bairro são comuns. Menos frequente, se não raro mesmo, são as notícias que dão conta da abertura de novas lojas em áreas residenciais. Mas não há regra sem excepção, como comprova a recém-inaugurada mercearia Amor Perfeito. Localizada no Bairro Norton de Matos, a loja é exemplar até por ser iniciativa de jovens empreendedores que, fazendo fé no recrudescimento de um costume antigo, apostam no comércio de proximidade. Numa tentativa de adequar o conceito à actualidade, a loja prima por uma
apresentação cuidada e por uma imagem moderna, mas em produtos é em tudo fiel à tradicional mercearia. Os frutos e legumes frescos são, conta Andreia Campos, os produtos basilares da loja, em cujas estantes existe ainda as mais variadas embalagens alimentares. “Por vezes, surgem clientes à procura de produtos biológicos”, observa, refutando o título de loja gourmet. Esta é uma típica mercearia de bairro, assegura. Enchidos, queijo da Serra da Estrela e vinhos (de destacar o da Quinta da Espinha, Vila Nova de Tázem, com venda exclusiva em Coimbra) são outras das apostas do negócio gerido por Andreia
A Amor Perfeito assume-se como uma típica mercearia de bairro, com uma apresentação cuidada
Campos e Jorge Morais. A mercearia dispõe ainda de diversos doces e salgados, de fabrico artesanal e elaborados com ingredientes totalmente naturais e sem corantes, conservantes ou aditivos. A loja Amor Perfeito, que tem o lilás como cor predominante, já começa a fazer parte dos costumes das pessoas do bairro, adianta a gerente, confidenciando que há clientes que foram conquistados sobretudo pela simpatia do atendimento. Recuperando o espírito da mercearia antiga, o espaço é também propício a um dedo de conversa. O espírito de proximidade está a florescer de tal ordem que já é habitual a saudação entre os transeuntes e os mentores do projecto. Se os preços são o principal chamariz dos hipermercados, a frescura e qualidade dos frescos são, nota a gerente, os principais argumentos desta mercearia. “Penso que as pessoas já reconhecem que o preço não é desigual e que a qualidade é superior neste tipo de lojas”, comenta, salientando que este factor é cada vez mais valorizado. Atendendo ao ritmo actual da vida das pessoas, a loja está disponível para receber encomendas através do telefone e do correio electrónico, sendo combinado previamente a que horas o cliente prefere ir buscar as compras – para breve está previsto o serviço de entrega ao domicílio. Para já, os clientes são
A Conclusão – Estudos e Formação, Lda organiza, em Coimbra, o Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores, de 12 de Janeiro a 3 de Fevereiro. Em regime diurno, a acção de formação destina-se a desempregados ou a indivíduos à procura do 1.º emprego com o 3.º ciclo. A empresa de consultoria e formação promove ainda o curso de Técnico Superior de Segurança e Higiene no Trabalho em Coimbra, de 25 de Fevereiro a 21 de Junho, e em Aveiro, de 26 de Fevereiro a 21 de Junho. Os cursos são homologados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional. As inscrições para os vários cursos podem ser feitas por telefone (239 497 990), através da página Web (www.conclusao.com) ou nas instalações da própria empresa em Coimbra e Aveiro.
Andreia Campos e Jorge Morais são os mentores do novo espaço
maioritariamente da terceira idade, mas os responsáveis esperam que, com o tempo, o costume de ir à mercearia local se enraíze também entre os mais jovens. A pensar neste público alvo, a Amor Perfeito tem um sítio (www.amorperfeito.tk), onde disponibiliza notícias, dá a conhecer as mais recentes novidades – comentadas pelos próprios clientes –, criando uma comunidade de seguidores também no mundo virtual. “A Internet é importante para captar novos clientes,
porque mesmo que as pessoas não se desloquem fisicamente à loja ficam a saber o que é que se podem encontrar aqui”, realça Jorge Morais. A divulgação da abertura foi, aliás, baseada na Internet, sendo que os amigos dos jovens empreendedores formaram uma espécie de corrente, divulgando o projecto pelos seus contactos. A mercearia funciona de terça a sexta-feira das 9h00 às 13h30 e das 15h00 às 19h30 e aos sábados das 9h00 às 13h30.
Abastecimentos de 30 litros dão desconto em lojas e serviços
Petropostos e AtriumSolum unidos por campanha promocional A área de serviço Galp da empresa Petropostos, localizada na rotunda da Circular Externa de Coimbra, de Coselhas, oferece um talão de desconto a todos os clientes que abastecerem 30 ou mais litros de combustível. Em parceria com o Centro Comercial AtriumSolum, a campanha promocional faculta descontos na ordem dos dez por cento nos serviços e lojas aderentes do centro comercial da avenida Elisio de Moura. O cliente pode usufruir de descontos nos espaços
de restauração, nos serviços e lojas de moda e acessórios, sendo que os descontos rondam, na sua maioria, os dez por cento, embora em algumas o desconto seja maior. As lojas aderentes são Perfumaria David, a Don Trap, Sexto Sentido, Stradivarius, House and Gifts, Bué d’ Fixe Gifts, Koisas Giras, Sapataria Etros, Altyarte, Farpella’s, DASC, Quina Lopez e Loja 22 Moda de Homem. Nos serviços as lojas aderentes são a Almeida Viagens, Young Nails, Cabeleireiro
Rosa Soares, a Retroucherie da Manuela, e a Flor do Atrium. Na restauração o Cliente poderá usufruir de descontos no Restaurante Gauchão, Mr Franguito, Boutique de Café Cahué by Cafés Feb, Quiosque Feb e na Pastelaria Vasco da Gama. A campanha é válida até dia 31 de Janeiro de 2010, sendo que os talões de desconto poderão ser utilizados até dia 15 de Fevereiro de 2010. A promoção não é acumulável com outras promoções ou saldos existentes nas lojas aderentes.
Conclusão promove cursos intensivos de formação
Kultura do Korpo assume-se como “low cost” da estética Kultura do Korpo é um dos mais recentes centros de estética de Coimbra. O espaço foi inaugurado a meados de Dezembro, com um cocktail que reuniu amigos, colaboradores e convidados. O projecto empresarial de Rodrigo Caseiro e Mário Ferreira assume-se como um “low cost” da estética e pretende disponibilizar à cidade um espaço de estética com preços acessíveis. O espaço, localizado no número 62 da avenida Sá da Bandeira, tem vários serviços, entre os quais depilação definitiva, foto-rejuvenescimento, cavitação (lipoaspiração não invasiva), envolvimentos redutores ou reafirmantes, tal como tratamento anti-rugas para o rosto. O centro disponibiliza aposta ainda na ginástica passiva em plataformas que, através da vibração e oscilação, tonificam os músculos, melhoram a circulação linfática, além de outros resultados.
Lidl garante água potável na Guiné-Bissau
Os descontos rondam os dez por cento, mas em algumas lojas são maiores
O Lidl vai financiar a abertura de dez furos artesianos na região de São Domingos, Guiné-Bissau, garantindo assim água potável até cerca de 16 mil pessoas. Durante três semanas, as lojas Lidl comercializaram mais de 60.000 garrafas de água Viva vazias (sendo que Coimbra contribuiu com mais de 4.300 unidades), no âmbito da campanha Projecto VIVA lançada pela ONG VIDA (Voluntariado Internacional para o Desenvolvimento Africano).
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De 8 a 18 de Janeiro
Caçoilos a fumegar com chanfana para saborear em sete restaurantes A já tradicional “Semana da Chanfana” de Vila Nova de Poiares inicia-se amanhã, dia 8, e decorrerá até dia 18 de Janeiro, com os caçoilos de barro preto a fumegarem na mesa de sete restaurantes do concelho. L.S.
Denominada pela Câmara Municipal como a “Capital Universal da Chanfana”, Vila Nova de Poiares está preparada para dar a conhecer a quem visitar a vila o exlibris da sua gastronomia: a carne de cabra assada no forno a lenha, dentro de caçoilos de barro preto repletos de vinho tinto, com banha de porco, colorau, louro, cabeças de alho, sal e piri-piri. A chanfana demora duas
a três horas a ficar pronta, devendo ficando bem apurada, e come-se acompanhada de batatas cozidas e grelos, com a sobremesa a ser constituída por um novo doce criado recentemente, o Poiarito. A Confraria da Chanfana, em conjunto com a Câmara Municipal, prossegue a divulgação deste prato genuíno do concelho, tendo este ano a adesão de sete restaurantes, seis dos quais se submetem a concurso. A fazer tudo para apresentar a melhor chanfana estão o restaurante “Barro Preto” (Entroncamento de Poiares, junto à Estrada da Beira), o restaurante “Dona Elvira” (também no Entroncamento de Poiares, junto à EN 17), o restaurante “Casa dos Frangos As Medas” (na Medas, junto à Estrada da Beira), o restaurante “Estrela da Mó” (em S. Miguel de Poiares, junto à EN 17), o
restaurante “A Grelha” (no Entroncamento de Poiares, junto à Estrada da Beira) e o restaurante “Paddock 2” (no Kartódromo, na Zona Industrial de Poiares). A título de participação, extra-concurso, participa o restaurante “O Confrade” (no Largo Dr. Daniel de Matos, em Poiares), que é da Confraria da Chanfana. Nestes 10 dias de duração da iniciativa, a ementa não se fica pela chanfana, podendo os apreciadores de boa gastronomia saborear o arroz de bucho, ou os negalhos. São todos pratos fortes, mas muito apreciados neste tempo frio. Ao longo de todo o ano a Confraria da Chanfana e o Município têm promovido um conjunto de iniciativas para promoverem e divulgarem os produtos endógenos, nomeadamente o prato que constitui a maior riqueza
gastronómica do concelho e de origem remotas. Um desses exemplos foi a realização intitulada “A chanfana é fixe”, onde as estrelas foram os chefes Hélio Loureiro e Luís Lavrador,
que provou o que se pode fazer com a iguaria. Crianças e jovens ajudaram a confeccionar chanfana adaptada à cozinha moderna, em lasanha, em piza, em crepes, em empadas, ou patina.
Ficou provado que é possível aproveitar os produtos até ao fim, assim como fazer comida rápida, saborosa, com uma face moderna, baseada na nossa tradição.
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Jaime Soares, presidente da Câmara de Poiares, tem sido incansável na promoção da chanfana, sendo o juiz da Confraria
A cor da fuligem e do vinho A Confraria da Chanfana foi constituída por escritura pública celebrada em 22 de Agosto de 2001, no Cartório Notarial de Vila Nova de Poiares, concretizando-se, assim, uma vontade expressa pela Câmara e Assembleia Municipal do concelho. A confraria adoptou como veste um manto preto com uma sobrecapa grená, de acordo com a simbologia que estas cores representam e num tecido confortável e leve que se adapta às várias esta-
ções do ano. O chapéu com os mesmos tons é uma réplica dos utilizados pelas gentes simples do campo. O grená é a cor das labaredas que crepitam nos fornos de lenha e do vinho tinto carrascão utilizado no tempero da carne de cabra. O preto é a cor da fuligem e dos caçoilos onde se confecciona a chanfana. A Direcção da Confraria da Chanfana é constituída por Madalena Carrito, Carlos Henriques, Carla Pedroso, Pedro Santos e Rosa Pedroso. A Mesa da Assembleia Geral, presidiFrutaria / Mini-Mercado da por Jaime Soares, integra António TaEdifício Rosas, Bloco 2 - Loja 9 borda e MaEntroncamento de Poiares nuela Ventura. 3350-087 Vila Nova de Poiares Fernanda Pedroso - 919 421 056 Do Conselho PUBLICIDADE
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nanda
Fiscal fazem parte Rogério Carvalho, António Monteiro e Nelson Coelho. O juramento para se ser confrade é o seguinte: “Juro em consciência e honra defender pública e solenemente em qualquer momento ou lugar, a Chanfana, defender as suas virtudes, salientar a sua nobreza e promovê-la enquanto símbolo ancestral e tradicional das nossas gentes; Juro ainda, exigir a sua confecção com carne de cabra, vinho tinto de qualidade em caçoilos de barro preto, fornos tradicionais e elevá-lo ao mais alto grau que o seu delicioso e inesquecível sabor lhe confere; Juro, por último, manter uma relação de fraternidade, amizade e respeito entre todos os confrades desta ordem, com vista à defesa das tradições, costumes e produtos da nossa terra, de Vila Nova de Poiares”.
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Feriado Municipal a 13 de Janeiro
Restauração do concelho foi há 112 anos O próximo dia 13 de Janeiro é de Feriado Municipal em Vila Nova de Poiares, assinalando o 112.º aniversário da restauração do concelho. O programa desse dia inicia-se às 08h00, com uma salva de 21 tiros, prosseguindo pelas 09h00 com o hastear da bandeira do Município nos Paços do Concelho. Às 10h00 começará o IX Encontro Concelhio das Colectividades, com um torneio do jogo da malha.
As comemorações continuam pelas 11h00, com a inauguração oficial da exposição intitulada “Breve retrospectiva da conversão do quartel dos Bombeiros em Centro Cultural de Vila Nova de Poiares”, seguindo-se, às 11h30, a apresentação do livro, em banda desenhada, “Lenda da Chanfana”, editado pela Câmara Municipal. A sessão solene do Dia do Município será às 12h00,
Tomada de posse é amanhã
Madalena Carrito lidera Federação das Confrarias A Confraria da Chanfana, de Vila Nova de Poiares, através de Madalena Carrito, lidera a Direcção da Federação Portuguesa das Confrarias Gastronómicas, com a tomada de posse dos órgãos sociais para o triénio 2010/ 2012 a realizar-se amanhã, dia 8, pelas 18h00, no salão nobre da Câmara de Poiares. Madalena Carrito, mordomo-mor da Confraria da Chanfana, foi reeleita em Dezembro para novo mandato, o que prova o reconhecimento do trabalho realizado à frente do órgão que congrega dezenas de confrarias de todo o país. A presidente da Direcção da Federação vê as confrarias gastronómicas como parceiros dos produtores e apela ao sentido denunciador e fiscalizador destas associações. No cargo desde 2001, considera
que as confrarias têm conquistado os jovens e têm contribuído activamente para a defesa do património gastronómico português. Para Madalena Carrito, as confrarias têm vindo a assumir importância na defesa dos produtores e produtos regionais, em parceria com as câmaras municipais, promovendo e salvaguardando produtos gastronómico que começam na agricultura. Na mensagem para o novo mandato, a presidente realça que assumiu uma “nova forma de estar e de encarar as organizações” e, por isso, pugna pela “participação activa de todas as confrarias e pelo desenvolvimento de uma nova mentalidade que assegura à Federação a visibilidade e o respeito junto de todos os parceiros”.
Madalena Carrito é mordomo-mor da Confraria da Chanfana e prossegue na liderança da Federação das Confrarias Gastronómicas até 2013
Chanfana | Negalhos | Batata a Murro com Bacalhau | Polvo à Lagareiro | Bacalhau com Broa
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De 8 a 18 abertos todos os dias Estrada Nacional, n.º 17 Vila Nova de Poiares Telef.: 239 421 328
no auditório dos Paços do Concelho, presidida pelo presidente da Câmara, Jaime Soares, na qual se procederá à entrega de medalhas e diplomas por mérito na área cultural, comércio e indústria e por bons serviços. O concelho de Vila Nova de Poiares é constituído por quatro freguesias: Arrifana, LaPUBLICIDADE
vegadas, S. Miguel e Santo André (Poiares). Com uma área de aproximadamente 100 km2 e uma forma mais ou menos rectangular, estendendo-se no sentido poente-nascente, o concelho confina pelo Norte com o de Penacova, a Sul com Miranda do Corvo e Lousã, a Poente com Coimbra e a Nascente com Ar-
ganil e Góis.Vila Nova de Poiares está situada na sua maior parte na grande planura entre as serras do Carvalho e Magarrufe, ultrapassando a de S. Pedro Dias pelo Nascente. A distância a Coimbra é de 27 quilómetros, tendo como principais acessos a Estrada da Beira (EN 17) e o IP 3 (que liga as cidades de Coimbra e
Viseu).A chanfana e o arroz de bucho são, indiscutivelmente, os pratos da gastronomia poiarense. Mas o concelho é também conhecido pela genuinidade do seu artesanato, nomeadamente os palitos e artefactos de madeira, ceiras e capachos, cestaria e canastraria, tecelagem, olaria e barros pretos e as mós.
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Testemunho de quem teve gripe A
Banda Boycote chega à televisão
“Pensava que não chegava cá...”
Grupo da Mealhada “dá” música a novela da TVI
IOLANDA CHAVES
Edite Palaio, 42 anos, auxiliar num centro de dia na Cumieira, Penela, apanhou a gripe A num casamento, em Agosto. Pensa que foi contagiada por um primo, vindo do Algarve. Outras 15 pessoas que estiveram na mesma festa, emigrantes, regressaram a França, também doentes. Febres altas e dores fortes no corpo foram os primeiros sintomas que a afectaram. Era segunda-feira e só no dia seguinte foi ao Centro de Saúde de Penela. Porque estava muita gente, resolveu ir ao Centro de Saúde de Avelar, aonde foi medicada para uma gripe normal. Na quarta-feira, sentindose melhor, foi trabalhar, mas só aguentou meio dia. Dores fortes e febre impediram-na de continuar. De volta ao Centro de Saúde de Penela, o caso foi tratado com mais cuidados.
Aí, esteve sete horas numa sala, isolada. Pessoal médico e de enfermagem, incluindo o delegado de saúde, contactavam-na através de telefone. “Foi uma situação estranha. Não sabia o que se estava a passar. Chorei muito, tive muito medo. Foram muito atenciosos comigo, tanto no centro, como depois, quando estava em casa. Preocuparam-se sempre em saber como estava”, recorda. A espera, segundo relatou ao “Campeão”, deveuse à necessidade de ser transportada ao Centro de Saúde de Santa Clara, aonde faria o teste de despistagem da gripe A. Disseram-lhe que os bombeiros não tinham meios para se protegerem e, então, teve de esperar por uma boleia do marido. Fez o teste e mandaramna de volta a casa com ordem para ficar isolada num quarto, de modo a não contagiar o marido e a filha de 16 anos.
Quando soube que o teste dera positivo, ficou ainda mais assustada. Apesar de não fazer parte dos grupos de risco, tinha medo do que poderia acontecer daí em diante, não fosse haver algum contratempo. “Ouvia falar na gripe A, mas pensava que não chegava cá. A verdade é que chegou...”, sublinha. Manteve-se isolada e a família foi também medicada para não ter a doença. Curou-se ao fim de sete dias. A febre diminuiu progressivamente. No regresso ao trabalho, os colegas e os idosos a quem presta auxílio manifestaram algum receio, mas logo convenceram-se de que Edite estava curada. De acordo com o microsite da gripe A, alojado no site da Direcção Geral da Saúde, entre Setembro e os primeiros dias de Janeiro morreram 79 pessoas por causa da gripe A, havendo um caso
à espera do resultado da autópsia, de alguém que não se enquadrava nos grupos com factores de risco associados. De todas as mortes ocorridas até ao momento, 19 foram registadas na área da tutela da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro; morreram oito mulheres e 11 homens, com idades entre os 19 e os 62 anos. Um dos casos mais recentes, notificado pela ARS do Centro à Direcção de Geral de Saúde, no passado dia dia 3, vitimou um homem de 32 anos, que não apresentava factores de risco. Em meados de Dezembro, o “Campeão das Províncias” solicitou informação adicional à ARS do Centro, via telefone e via e-mail, a propósito da campanha de vacinação e de outras questões, no nosso entender, pertinentes para o leitor, mas até à data não obteve qualquer resposta.
PN, Tó, Gito e Malta formam a banda de rock Boycote, da Mealhada, que tem canção na telenovela “Meu Amor”, da TVI I.C.
25 000 pessoas visitaram o maior presépio animado do país
Penela Presépio promete voltar renovado G. B.
Ao longo de três semanas, a vila de Penela recebeu mais de 25 000 visitantes, pessoas que se deslocaram dos mais variados pontos do país para apreciar o maior presépio animado de Portugal, instalado junto às muralhas do castelo medieval. O evento, capaz de projectar o concelho de Penela a nível nacional, é um bom exemplo do dinamismo e da capacidade empreendedora dos autarcas e gentes de Penela, que acreditaram ser possível, a propósito do Natal, criar um mundo de fantasia capaz de suscitar curiosidade e admiração ao resto do país. Motivo de orgulho acrescido para a região Centro, que viu a sua oferta turística reforçada na época natalícia, a criaPUBLICIDADE
No mundo de animação do Penela Presépio, as figuras dos três reis magos, transformadas em mascotes do evento, fizeram as delícias dos mais jovens
ção de Jaime Roxo, com uma centena de figuras animadas, espalhadas por cerca de 500 metros quadrados, despedese até daqui a um ano, com a promessa de que mais surpresas estão já a ser preparadas para elevar este mundo de fantasia a novos patamares. Este ano, o frio e a chuva foram uma constante no Pe-
nela Presépio, mas nem as condições climatéricas adversas conseguiram afastar miúdos e graúdos do cenário de magia proporcionado pelo presépio animado, a aldeia do Natal e os vários espaços lúdicos que, desde meados de Dezembro, contribuíram para dar novo e inspirador alento à vila e ao castelo de Penela. Sem levantar o véu do que está a ser preparado para a próxima edição, o presidente do Município, Paulo Júlio, garante que “algo de verdadeiramente novo” irá marcar o Penela Presépio 2010. A avaliar pela forma como o autarca tem conseguido mobilizar os penelenses em torno de projectos ambiciosos, capazes de contrariar as debilidades do concelho e alavan-
car o desenvolvimento deste território, adivinha-se que novos motivos de interesse estão já na forja. A última edição do Penela Presépio fecha com “balanço positivo”. Os milhares de visitantes que se deslocaram ao concelho e, entre as vilas de Penela e Espinhal, aproveitaram para conhecer a região, contribuíram dessa forma para criar mais-valias do ponto de vista turístico, com retorno assinalável para os estabelecimentos de restauração e hotelaria locais. Se dúvidas houvesse, segundo o edil, “ficou demonstrado que este é um território com capacidade de realização”. A vertente solidária, que tem acompanhado a realização do Penela Presépio desde a primeira hora – através da aplicação das receitas de bilheteira e outras iniciativas em obra social – permitirá que os cerca de 45 000 euros angariados durante o evento sejam agora aplicados na recuperação de casas degradadas no concelho, apoiando as famílias carenciadas e, em particular, aquelas que têm menores ao seu cuidado. Terminado o Penela Presépio, esta é também uma forma meritória de afirmar os valores e o espírito do Natal.
A banda Boycote, formada há menos de um ano, na Mealhada, conta apresentar, brevemente, o seu primeiro album, intitulado “Puro Rock”. Quando o disco tinha ainda poucos meses de existência, um dos temas foi adoptado pela produção da telenovela “Meu Amor”, da TVI, que passa em horário nobre, tendo como protagonistas Alexandra Lencastre, Margarida Marinho e Rita Pereira. A canção “Tu És” é um dos 13 temas originais, cantados em português, que compõem o disco. Quatro dessas canções têm letra de João Oliveira, um professor de Português, natural da Mealhada, com gosto pela poesia. Em conversa com o Independente de Cantanhede, jornal que integra o grupo do Campeão das Províncias, os quatro elementos da banda Boycote – Malta (voz), Tó, Gito e PN – revelam-se satisfeitos com o trabalho realizado até ao momento. Para além da “montra” que já têm, graças à novela, estão a gravar um videoclip com o intuito de contagiarem um maior número possível de pessoas. Classificam a música que fazem como um rock vintage, simples, não agres-
sivo, cantado em português. Estarmos perante uma banda com menos de um ano de existência, mas formada por músicos com muita experiência no ramo. Três dos seus elementos fizeram parte do grupo Mister Funk, que actuava um pouco por todo o país, interpretando temas em inglês. Não menos relevante será também o facto de o manager da banda ser Miro Vaz, antigo Squeeze Theeze Pleeze (conhecida banda de Cantanhede), alguém com experiência e contactos no meio essenciais para levar o rótulo Boycote o mais longe possível, nomeadamente, a uma novela de horário nobre. Tendo os componentes da banda idades entre os 30 e os 50 e um auditório também formado por gente de diferentes gerações, o nome Boycote acaba por ser uma síntese desta realidade: Boy (rapaz em inglês) e cote (uma improvisação da palavra cota). Do (ainda) curto currículo da Boycote consta também o segundo lugar num concurso de bandas, realizados no Rock Café, no Parque Verde do Mondego, em Coimbra, um outro motivo de satisfação e de confiança para levar por diante o projecto de cantar rock em português.
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Escola Brotero: Pedaços da história (6) A Escola Brotero ocupou, desde a sua fundação, instalações cada vez mais amplas, acompanhando o aumento nascente e diversificado da sua massa estudantil e dos cursos nela ministrados. Gorada que foi, por carência de verba, a adaptação da antiga Igreja da Trindade (cedida pela Câmara) à recém criada Escola de Desenho Industrial, passou esta a utilizar uma sala emprestada pela Associação dos Artistas – o refeitório do antigo convento de Santa Cruz. Sala que, cerca de um ano depois, a instâncias do professor António Augusto Gonçalves, foi substituída, após obras de restauro e adaptação, por dependências do mosteiro situadas por cima desse
antigo refeitório. Elevada a Escola Industrial em Fevereiro de 1889 e necessitando por isso de mais espaço, foram anexadas às instalações da Brotero o andar superior da fachada de Oeste do Jardim da Manga, a antiga capela do noviciado, a fachada do sul do mesmo Jardim, assim como o pavimento térreo das duas fachadas e ainda o Jardim da Manga. Ao director da Escola chegaram a ser dadas instruções para a execução de um projecto ( de que se encarregou o professor Hans Dickel) para um edifício de raiz, a construir na quinta de Santa Cruz, entre o mercado D. Pedro V e a actual Praça da República. Projecto que, todavia, nunca se concretizou no inte-
resse da Brotero. Para a instalação das oficinas, insistentemente reclamadas, as dificuldades não foram menores. Foi ainda do Mosteiro que a Câmara, em 1891, cedeu para o efeito as casas baixas do claustro da Manga. Mais tarde, com o aumento da frequência escolar, ferramenta e maquinaria, foram construídos pavilhões sobre os tanques do Jardim. Nestas instalações, progressivamente beneficiadas, funcionou a Escola durante anos. Sob a direcção de Sidónio Pais, foi nelas erguida uma central eléctrica privativa. Esta medida e outras, como o engrandecimento do gabinete de Física – que rivalizava, segundo o professor Sílvio Pélico, com o seu congénere da
Universidade -, contribuíram para uma acentuada melhoria das condições escolares. Na madrugada do dia 13 de Janeiro de 1917, um violento incêndio destruiu parte das instalações. Assim, após um período em que, transitoriamente, ocupou dependências contíguas, a Brotero transferiuse em Dezembro de 1918, para a casa da Quinta do Mosteiro de Santa Cruz – antiga residência de Verão do Prior -, situada no espaço hoje ocupado pela Associação Académica. As oficinas mantiveram-se no Jardim da Manga. De 1919 a 1920, funcionou no mesmo edifício, por falta de sede própria, a Escola Comercial de Coimbra, criada a 1 de Dezembro de
MARIA DE LOURDES FIGUEIRA
1918, a qual, em Junho de 1920, veio a ser transferida para o 1º andar arrendado dum prédio (hoje inexistente) na rua da Sofia (nº 157) – por baixo do qual se encontrava a Imprensa Académica -, tendo-se aí mantido até 1926, ano em que se incorporou definitivamente na Brotero. Quando se criou o Instituto Industrial e Comercial de Coimbra, a 5 de Dezembro de 1921, a Escola Brotero partilhou com ele as suas instalações. Contudo, a escassez destas, a distância a que se encontravam das oficinas e do centro da cidade e a morosida-
de verificada na construção do novo edifício, já iniciado junto à Praça de República, levaram a que se determinasse a mudança dos dois estabelecimentos de ensino para o então Hospício da Maternidade (antiga hospedaria do Convento de Santa Cruz e residência do seu Prior), frente ao mercado D. Pedro V, imóvel onde ainda hoje se encontra a Escola Secundária de Jaime Cortesão. E aí se manteve a Escola Brotero durante mais de trinta e cinco anos, sem nuca ter ocupado o novo edifício atrás referido. (Continua)
Marketing velho já não tem andadura e se tem… pouco dura “Não posso mudar o vento, mas posso ajustar as velas para ele me levar ao meu destino” - Arquimedes Já nos protegemos dos vírus dos computadores, dos vírus da gripe e, na realidade, vivemos numa época em que acabamos por nos proteger de muitos outros. Porém, o que é viral nem sempre é negativo e, no marketing, um vírus pode ser mesmo a solução para muitos problemas… Jeff Smith e Tim Draper (da Axway, antiga Tumbleweed) foram, provavelmente, os primeiros a usar o termo marketing viral, para explicar o poder do “passa a palavra” no sucesso da empresa. Na verdade, o melhor marketing da Tumbleweed eram os próprios utilizadores que, gratuitamente, aconselhavam os seus serviços aos amigos e empresas. Draper, apercebendo-se disso, dirigiu a
FICHA TÉCNICA EDIÇÃO COIMBRA www.campeaoprovincias.com
força do marketing para a plena satisfação dos clientes, pois estava consciente que, para além de gratuita, uma recomendação pessoal tinha muito mais impacto do que qualquer argumento publicitário. Mas o caso não foi único. Na verdade, em pouco tempo, os serviços gratuitos de e-mails conseguiram milhões de subscritores, com a recomendação a ser feita pelos próprios utilizadores. Os anúncios publicitários humorísticos que os amigos nos mandam por email são, igualmente, bons exemplos de uma divulgação gratuita e extrema eficácia. Seth Godin, autor de “Permission Marketing”, alertou para o facto de termos que direccionar o marketing para que sejam os próprios consumidores a orientá-lo, já que as pessoas criaram anticorpos ao marketing tradicional. Assim, a internet depressa se
tornou o canal de muitos casos de estudo viral. No entanto, nós temos cada vez menos tempo e as nossas caixas de e-mails estão cada vez mais cheias de lixo. Por isso, Godin diz que é fundamental identificar os “sneezers” (líderes de opinião) para o nosso plano, de forma a conseguir rapidez, economia e eficácia. Por esta altura já Mark Henricks estava cansado de alertar que existem dois requisitos fundamentais para qualquer estratégia viral: a informação tem que ser relevante e fácil de passar. Naturalmente, será sempre mais fácil quando um produto ou serviço está na moda e a marca já possua uma notoriedade elevada. Contudo, hoje, o conceito foi alargado e já é possível falar de marketing viral numa frase publicitária. Os mais velhos recordam-se de frases e slogans como “diga bom-dia com Mokambo…”
Telefone 239 497 750 | Fax 239 497 759 | E-mail jornalcp@mail.telepac.pt Editor/Propriedade REGIVOZ, Empresa de Comunicação, Lda. Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra | NIPC: 504 753 711 Director-Adjunto Rui Avelar | Gerente da Redacção José Fidalgo 239 497 750 (ext. 38) Coordenador de Edição Luís Santos | Redacção Luís Santos (C.P. 722), Rui Avelar (C.P. 613), Benedita Oliveira (C.P. 6622), Geraldo Barros (C.P. 6555), Iolanda Chaves (C.P. 2508), Luís Carlos Melo (C.P. 2555), Paula Alexandra Almeida (C.P. 2906) e Lino Vinhal (C.P. 190), Telefone 239 497
ou “o que é Nacional é bom”. Os mais novos ainda usam “Novidades, novidades... Só no Continente” e aderem, facilmente, a modas linguísticas como “não sejas ovelha, bebe B groselha”. Todavia, ainda temos sucessos de adverviral que, como não trazem consigo o nome da marca, se revelam menos eficazes a longo prazo. “Tou chim”, “Whassup”, “Dahhh…” ou “estou que nem posso…”, são bons exemplos, pois nem todos se lembram que foram, respectivamente, a Telecel, a Budweiser, a Optimus e a Frize quem os lançou. Mas também uma música publicitária se pode tornar viral. Na verdade, mal apareceu no ecrã, comecei a ouvir os meus alunos de marketing a cantar, no gozo de tão mau que era o anúncio, a nova música dos comerciais do Pingo Doce. Contudo, poucos dias de-
pois, oiço a minha avó e a empregada a dizer que achavam imensa piada ao anúncio. Entre ódios e paixões que conseguiu despertar, a verdade é que, seja no gozo ou não, sempre que os meus alunos cantavam a música estavam a promover o anúncio e os seus rankings de memorização publicitária. Por isso, até o podem considerar o pior anúncio do ano, pois quem se tem que
preocupar agora são os concorrentes, a ver o “venha ao Pingo Doce de Janeiro a Janeiro…” virar toque de telemóvel e, só no Youtube, os visionamentos do anúncio a ultrapassarem a fasquia dos 200 mil e tudo isto em pouco mais de dois meses. Mas, se o número no Youtube não o impressionou, dê o leitor agora uma vista de olhos curiosa aos números da concorrência…
750 (ext. 55, 56 e 57), Fax 239 497 759 | Sede/Redacção: Rua Adriano Lucas, 216 Az. D - Eiras 3020-430 Coimbra Director Comercial Carlos Gaspar | Directora de Marketing e Publicidade Adelaide Pinto 239 497 750 (ext. 27), adelaide.pinto@mail.telepac.pt |Paginação e Maquetagem Nuno Miguel Peres | Impressão FIG - Indústrias Gráficas, S.A.; Rua Adriano Lucas, 3020-265 Coimbra | Distribuição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, Lda. R. da Tascoa, n.º 16 - 4.º Piso, 2745-003 Queluz, Telef. 214 398 500, Fax 214 302 499 Registo SRIP sob o n.º 222567; ISSN: 0874 - 3622; ICS: 122568 | Depósito Legal n.º 127443/98 Preço de cada número 0,75\ Assinatura anual 29,93\ | Tiragem média: 9.000 exemplares
OPINIÃO
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Tintim, Milu e o Muro de Berlim 1 – No passado mês de Novembro festejámos efusivamente os vinte anos que decorreram sobre a queda ruidosa do Muro de Berlim. Foram alguns dias de festejos, de memórias e de histórias compartilhados por milhões de pessoas em todo o Mundo. Vimos entre os participantes mais efusivos muitos dos que durante anos e anos pactuaram, defenderam, ignoraram violências, injustiças, torturas, mortandades perpetradas pelos regimes comunistas desde a imperial URSS até ao Cambodja dos khmers vermelhos passando pela China maoista ou pela Cuba castrista. Durante cerca de setenta anos o comunismo matou, trucidou, violentou milhões de pessoas por onde passou; muitas vezes o fez incólume à custa e com a conivência de alguns que – não obstante as suas responsabilidades profissionais, políticas ou meramente técnicas e sociais – preferiram não ver, não ouvir e não falar! O que é facto é que muitas destas pessoas festejaram este efusivo aniversário com «sentida emoção e sincera alegria» (!) Houve, de facto, muita gente que não viu e/ou não quis ver aquilo que era evidente e, infelizmente, bem visível... podendo-o ter feito! Mas se, por um lado, houve gente com responsabilidades que não quis ver o
evidente; outras pessoas houve que, desde o início, sempre denunciaram – contra ventos e marés – as arbitrariedades, as injustiças, os roubos, as torturas, as mortes… Um dos primeiros a mostrar ao mundo aquilo que de funesto se passava para lá da «cortina de ferro» foi o jovial e aventureiro jornalista Tintim! 2 – Decorridos cerca de seis meses sobre o mês de Outubro de 1928 em que rebentou a revolução russa e comunista, o jornal belga Le Petit Vingtième fez deslocar logo em Fevereiro de 1929 para o País dos Sovietes, o irrequieto e simpático jornalista Tintim que se fez acompanhar do seu inseparável e fiel cão Milu. As crónicas deste, então, desconhecido jornalista chegavam com regularidade semanal às páginas daquele periódico inovador para a época. As crónicas iam chegando aos leitores que, por esta via, tomavam conhecimento daquilo que se passava naquele País dos Sovietes, ao mesmo tempo tão longínquo e tão surpreendente. Tintim descrevia as peripécias, as aventuras e os riscos por que passava com o seu fiel amigo e contava com desassombro as ameaças, os atentados, as perseguições, as prisões, as torturas naquele gélido e re-
volucionário país. A viagem iniciara-se, simbolicamente, em Berlim logo com um atentado à bomba, perpetrado por um viajante que nos evidencia o seu ar tão alucinado quanto revolucionário. O nosso Tintim sobrevive a este como iria sobreviver a mais atentados; todos eles preparados pela sinistra polícia denominada GPU (!). A viagem vai decorrendo sempre com anormalidade e com graves incidentes de percurso, nomeadamente, ameaças com armas de fogo executadas pelos denominados «comissários do povo», acidentes provocados com o intuito de esconder homicídios, invasão da propriedade privada pela calada da noite com vista a fazer desaparecer gente incómoda, fuzilamentos, torturas, etc, etc, etc… São já clássicos os momentos em que o nosso repórter regista, por exemplo, a «votação democrática» levada a efeito numa assembleia popular, votação esta forçada sob a ameaça das pistolas apontadas pelos revolucionários que presidiam à mesa eleitoral; as situações em que Tintim denuncia a famigerada campanha dos cereais mediante a qual o regime comunista reduzia à fome as populações internas ao mesmo tempo que apreendia as colheitas a fim de as exportar e de, consequentemen-
te, publicitar exteriormente de uma forma falsa, os apregoados sucessos agrícolas revolucionários; o momento em que Tintim descobre que mesmo a produção industrial do apodado «paraíso vermelho» se sustentava em disfarçada publicidade para o exterior expressamente encenada para os «turistas» do regime; a violência das longas e miseráveis filas de racionamento alimentar quando à criança faminta é recusado um pão só porque se não confessa ingenuamente comunista; o pormenor da «nacionalização» de todas as riquezas pertencentes aos cidadãos e ordenadas por «Trotsky, Lenine e Estaline»… Tudo isto Tintim denunciou ao mundo logo em 1929 de forma ligeira e jovial mas, ao mesmo tempo, muito realista… Até o fiel Milu contribuiu para a denúncia das evidências revolucionárias quando, chegado a Moscovo, comenta que «já nem ossos há na Rússia»! Enfim, Tintim e até Milu viram e denunciaram aquilo que todo o mundo poderia ter visto e denunciado desde o início da aventura comunista! Mas apesar destas e de muitas outras denúncias o que é facto é que o mundo não quis ver… ou por cobardia, ou por interesses, ou por egoísmo… E foi necessário deixar passar
CÉSAR TOMÉ AUGUSTAPERANGUSTA.CALT@GMAIL.COM
quase um século de sofrimentos para que, finalmente, se escancarasse ao mundo aquilo que até Tintim viu logo em 1929! 3 – Após a viagem à Rússia e depois da publicação destas suas crónicas irreverentes, Tintim e Milu passaram a ser vítimas de intensas campanhas injuriosas. Na verdade, a vida de Tintim não se tornou fácil depois que enviou para o seu jornal e publicou as aventuras revolucionárias no País dos Sovietes! Tintim foi apodado de reaccionário, de conservador, de contra revolucionário. Foi-lhe dirigida uma persistente campanha com evidentes objectivos político-ideológicos. Este seu primeiro livro de reportagens e aventuras foi «boicotado» em quase toda a Europa «livre» durante muitos anos, tendo sido só reeditado nos anos setenta. A China ainda não autorizou a publicação das obras de Tintim e mesmo a Rússia só viu publicado em 2004 «Os Charutos do Faraó». Ou seja, a liberdade emanada pela jovialidade de Tintim, a sua verticalidade,
a sua coragem jornalística, não tiveram eco na Europa livre (muitas vezes) manietada ou por interesses ou por medos. E nem a inovação da escola de BD de Bruxelas personalizada em Tintim e Milu e consubstanciada na originalidade da sua «linha clara» foram bastantes para despertar consciências, vontades e valores, no que respeitou aos ventos negros e gélidos que sopravam de Moscovo. O que é facto é que o comunismo proliferou e com ele tudo aquilo que começámos a desvendar depois de 1989 e, sobretudo, após a queda do Muro de Berlim; mas à custa de muita dor, muito sofrimento e muita injustiça! 4 – É por tudo isto que no mesmo ano em que se assinalou a queda do ignóbil Muro, acontecida há vinte anos – também comemorámos e realçámos os oitenta anos em que um jovem jornalista corajoso, imaginativo e alegre nos deu um forte exemplo de liberdade que – muitos de nós – não soubemos aproveitar… De seu nome Tintim…
2010, odisseia no país! …cinco, quatro, três, dois, um… 2010! Chegou o Ano Novo! “Nova Vida”? Ou “mais do mesmo”? Ou, ainda pior? Uma questão que é uma incógnita! Pese os “inúmeros” desejos formulados entre os cidadãos de “Bom Ano”… que o seja! Dizem que os anos “pares” são melhores. Registámos a “avisada” e – em nossa opinião – correcta tomada de decisão da Reserva Federal norteamericana, pela voz autorizada do seu presidente – o renomado Ben Benaker. A actual “taxa de referência” não sofreu alteração. Sabemos bem, que um aumento das taxas de juro, convidam a “controlar” a inflação. Dificultando a subida da mesma. Contudo, “a contrario”
são reconhecidamente um indesmentível “entrave” à retoma da economia. Privilegiou esta! CONGRATULAMO-NOS! E, porque o aumento daquelas não “concorrem” para a diminuição dos níveis de desemprego. Reconhecida “chaga”social. Que deve e tem de ser a primeira preocupação no Mundo. E, permitam relembrar a nossa “cruzada” contra a “short selling” (venda a descoberto de acções financeiras). Devia ser banida “ad eternum”. Porque é uma falácia (e, estamos a ser demasiado “soft”). Bem como uma eficaz e eficiente fiscalização no que concerne aos designados “paraísos fiscais” . Dado que, dificilmente, sejam extintos.
O poder financeiro é “fogo” . Como diriam os”irmãos”brasileiros. Que aquela “sábia e assertiva” decisão tenha eco na Europa e no país. Mas, vamos curar do “nosso bairro”. Sendo certo e consabido, que as decisões “levadas a cabo” pelos “States”, se repercutem no mundo. E, obviamente, no nosso país. Preocupados estamos com a actual e real situação económica, financeira e… política no nosso país. “A Mensagem de Ano Novo” do Presidente da República, atesta-o! Intervenção “politicamente incorrecta”. O quadro “pintado” foi, genericamente, a “negro”. Deixou “recados” claros ao governo e às oposições.
Convidou os partidos políticos a entenderem-se de forma séria na prossecução de um plano credível a médio prazo, designadamente, no que concerne ao deficit público. Que a discussão do Orçamento de Estado poderia ser o “palco”para atingirem esse desiderato. Não se esqueceu dos valores da Família. Nem da Justiça. Referindo o empenho dos magistrados. “Puxou as orelhas” à banca. Para que não dificulte o acesso ao crédito. “Assinamos por baixo” quando defendeu que devemos atentar em duas prioridades. Por um lado, o reforço da competitividade externa das empresas, a par do aumento da produção e serviços. Por outro, apoiar so-
PEDRO SOUSA LOPES
cialmente os mais desfavorecidos, bem como “as vítimas da crise”. Não olvidou os compatriotas desempregados. Mais de meio milhão. Pediu-lhes que não perdessem a coragem. Apelou aos parlamentares para que… “se entendam”! Foi – por certo – o mais sério e cáustico – discurso de Cavaco Silva, enquanto Presidente. Mas – em nosso entendimento – tratou-se de uma intervenção clara, corajosa, esclarecedora, incisiva e… motivadora. Pelo que ouvimos, a
maioria dos portugueses “aplaudiu”! Os “media”, também, fizeram referência à positiva recepção dos nossos concidadãos à mensagem presidencial. Estamos em crer que o Orçamento não será “chumbado”. Aguardemos pelos “próximos capítulos”! A Odisseia “vai no adro”! Bom Ano de 2010! REGISTO: Uma outra “Odisseia” aconteceu há 50 anos. “A Fuga de Peniche”! perpetrada por dirigentes comunistas, entre os quais o líder carismático Álvaro Cunhal.
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Livraria do Mondego candidata às sete maravilhas naturais A Câmara de Penacova candidatou a Livraria do Mondego às “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, na categoria de grandes relevos, iniciativa que decorre no âmbito do Ano Internacional da Bioversidade – 2010. Recorde-se que também o Município vizinho de Vila Nova de Poiares entregou a candidatura do troço do rio Alva, na freguesia de Lavegadas, mas na categoria de zonas aquáticas não marinhas. Localizada junto a Penacova, a Livraria do Mondego causa um impacto magnífico na paisagem, marcando-a indelevelmente pela forma curiosa como o tempo esculpiu, ao longo de mais de 400 milhões de anos, as altas assentadas de quartzíticos silúricos, dispostos quase verticalmente como livros inclinados numa estante. Classificada por Galopim de Carvalho como um geomonumento ao nível do afloramento, a Livraria do Mondego é constituída por quartzíticos do ordovícico que desenham na paisagem recantos deslumbrantes. Nas margens do Mondego, a Livraria, localiza-
se num local em que o rio, depois de ter recebido o Alva, seu afluente da margem esquerda, se estrangula ao atravessar o contraforte de Entre-Penedos. Na proximidade da Livraria, o Mondego permite desfrutar a pesca de trutas, bogas, barbos ou enguias e nas suas encostas quartzíticas é possível observar a vegetação e fauna autóctones como o loureiro (Laurus nobilis), o azevinho (Ilex aquifolium),
gralhas-pretas (Corvus corone), gaios (Garrulus glandarius), melros (Turdus merula), piscos-de-peito-ruivo (Erithacus rubecula), obras-rateiras (Malpolon monspessulanus) e sardões (Lacerta lépida). “Com acesso privilegiado a partir da EN 110, e visível do IP 3, a Livraria do Mondego, pelas características geológicas que encerra e pela graciosidade escultórica que o tempo lhe incutiu, constitui-se
como um dos mais singulares monumentos naturais de Portugal, facto corroborado pela comunidade científica”, refere o presidente da Câmara de Penacova. Humberto Oliveira justifica que, através desta iniciativa, o Município pretende “promover um espaço verdadeiramente luxuriante e magnificamente enquadrado, em que a natureza se revela no seu estado mais puro”.
As pedras dispostas na vertical, como livros inclinados numa estante, constituem um dos belos locais a visitar junto a Penacova
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PALAVRAS CRUZADAS – Problema n.º 153
SETE INTERJEIÇÕES
Tema de hoje – INTERJEIÇÕES
HORIZONTAIS 1 – Interjeição. Lavatório. Interjeição. 2 – Frugal. Interjeição. Jungir. 3 – Mesmo. Timorenses. Altar. 4 – Símbolo de rádio. Austral. Masco. Fôlego. 5 – Interjeição. Interjeição. 6 – Leonesa. Crescido. 7 – Área Protegida Regional (abr). Interjeição. Interjeição (pl). 8 – Súcia. Fúria. Interjeição. 9 – Interjeição. Lucrativo. VERTICAIS 1 – Interjeição. 2 – Interjeição. Estudo de Planeamento Rural e Agrícola (abr). 3 – Pássaro. Sinal sonoro de um relógio (pl). 4 – Ele. Transpira. Disco de música com registo de longa duração (sigla inglesa). 5 – Interjeição. Tenho. 6 – Sinal gráfico. Interjeição. 7 – Interjeição. Grite. 8 – Íntimo. Tampouco. 9 – Abril (abr). Graça. 10 – Elemento formativo de palavras que exprime a ideia de vento. Elas. 11 – Faz-se ouvir. Acidente Vascular Cerebral (abr). 12 – Acolá. Interjeição. Continuar. 13 – Prende. Nome próprio masculino. 14 – Invulgar. Suínos. 15 – Tesouro Público (pl).
Utilizando todas as sílabas constantes do quadro, formar sete interjeições. PRÉMIOS – Obra literária, oferta da PORTO EDITORA; prémio surpresa, oferta de ÁGUIA; e, no final do mês, mais um prémio especial – “Teatro Nacional de S. João”, valiosa obra ilustrada e encadernada, edição e oferta da PORTO EDITORA. PRAZO PARA REMESSA DE SOLUÇÕES – Até ao dia 15 do próximo mês. ENVIO DE SOLUÇÕES – Ernesto Lopes Nunes, Beco dos Unidos, n.º 3, Espadaneira, 3045 – 162 Coimbra. PREMIADOS Passatempos n.º 145: Fernanda da Silva Herculano, de Coimbra, com livro da PORTO EDITORA; e João Manuel Bacalhau, do Cacém, com prémio surpresa, oferta de MED-VET.
ENIGMA FIGURADO
Interpretando correctamente todos os símbolos e operações apresentadas, encontrar-se-à uma conhecida expressão popular.
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PROBLEMA N.º 153/A
HORIZONTAIS 1 – Suster. Juntar. 2 – Ramificação. Empregada. 3 – Arriba! Detonação. Por. 4 – Pobre-diabo. Tabaco. Então. 5 – Cobiçoso. Esmero. 6 – Nome próprio masculino. Nome próprio feminino. 7 – Curiosa. Hoje. 8 – Cartel. Bebedeiras. Igual. 9 – Nota musical. Flancos. Nome próprio masculino. 10 – Encara. Cobrir. 11 – Armadilha. Endurecida. VERTICAIS 1 – Pancada. Conversar. 2 – Cocei. Nome próprio feminino. 3 – Dona. Namoro. Prefixo de direcção. 4 – Ande. Disponha. Unidade de medida agrária. 5 – Altitude. Mulher. 6 – Âmago. Adora. 7 – Auraque. Afronta. 8 – Costume. Idade. Símbolo de alumínio. 9 – Símbolo de sódio. Idolatrar. Ave-do-Paraíso. 10 – Ferro-velho. Ares. 11 – Nome próprio masculino. Alvo.
SOLUÇÕES Palavras Cruzadas – Problema n.º 145: Horizontais – 1 – Amaro, pai, César. 2 – rato, Tomás, temo. 3 – três, Erico, eram. 4 – ui, ACL, pôr, dê. 5 – roa, em, al, dou. 6 – belo, sala. 7 – Paris, mal, vivam. 8 – guetos, x, módica. 9 – amuo, Otelo, adas. Verticais – 1 – Artur, PGA. 2 – Mário, aum. 3 – até, Abreu. 4 – rosa, eito. 5 – o, Celso. 6 – Telmo, só. 7 – por, m, t. 8 – AMI, axe. 9 – IAC, l, l. 10 – sopas, mó. 11 – c, Olavo. 12 – éter, lida. 13 – ser, David. 14 – Amado, aca. 15 – Romeu, mas. Problema n.º 145/A: Horizontais – 1 – traz, altura. 2 – rever, íamos. 3 – e, irós, lesa. 4 – modo, er, ra. 5 – ido, aviso, c. 6 – de, obeso, pá. 7 – o, itero, ais. 8 – im, lá, omos. 9 – usos, sena, a. 10 – malos, mudar. 11 – acabar, sora. Verticais – 1 – tremido, uma. 2 – ré, ode, Isac. 3 – ávido, imola. 4 – zero, OT, sob. 5 – ró, Abel, sa. 6 – a, severas, r. 7 – li, riso, em. 8 – tal, só, ónus. 9 – úmero, amado. 10 – Rosa, pio, ar. 11 – asa, cassara. Leia o provérbio: Homem que bate no peito é velhaco perfeito. Enigma figurado: Os homens não se medem aos palmos.
ANO DE 2010 DEDICADO A DUAS CAUSAS Em Miranda do Corvo
Parque promove biodiversidade e combate a exclusão social A Fundação ADFP de Miranda do Cor vo vai cumprir, em 2010, os objectivos do Ano Internacional da Biodiversidade e do Ano Europeu do Combate à Pobreza e à Exclusão Social. Através do Parque Biológico propõe-se aumentar a fauna e a flora, exclusivamente representativa de Portugal, e aumentar para cerca de uma centena o número de pessoas a trabalhar na Quinta da Paiva, que são, essencialmente, portadores de deficiência. Para o presidente do Conselho de Administração da Fundação ADFP,
o médico Jaime Ramos, o Parque Biológico da Serra da Lousã é “uma feliz união” para as duas vertentes estabelecidas para este ano a nível mundial e europeu: preservar a biodiversidade combatendo a pobreza. Conforme sublinhou em conferência de Imprensa, realizada segunda-feira, “a maioria dos trabalhadores do Parque são pessoas especiais, vítimas de exclusão, decorrendo, igualmente, o projecto de apoio a pessoas com doenças mentais graves”. No plano de expansão para este ano, Jaime
Ramos deu conta de que o objectivo é aumentar o número de mamíferos, aves, peixes, anfíbios e répteis do Parque Biológico, que conta actualmente com cerca de 250 animais. Quanto à botânica, a aposta vai para a criação, nos terrenos periféricos, de uma mata com folhosas, a plantação de um arvoredo representativo de flora nacional, a dinamização da parte da micologia (cogumelos), assim como a melhoria do roseiral e o aumento do número de plantas frutíferas e melíferas. No que respeita a ins-
talações no interior do Parque, a Fundação ADFP pretende iniciar a construção do novo edifício para o Museu de Miranda, que irá juntarse às estruturas existentes (museu da tanoaria, ecomuseu e oficinas de artesãos ao vivo), e uma adega para produção de vinho, aproveitando as uvas cultivadas nos terrenos da associação. A isto junta-se, na área turística, o início da construção de um hotel e o incremento de iniciativas de animação, potenciando também o Restaurante Museu da Chanfana.
O Parque Biológico da Serra da Lousã assume-se como o “zoo de Portugal”, o único que tem como vocação mostrar a vida selvagem do nosso país. “Neste Parque as estrelas são os animais que são nossos vizinhos, que habitam em liberdade o nosso território”, refere Jaime Ramos. O único labirinto de árvores de fruta existente no mundo e uma quinta pedagógica, que mostra animais das raças tradicionais da agro pastorícia portuguesa, são outros dos atractivos do Parque. “A sustentabilidade
deste projecto Quinta da Paiva - Parque Biológico da Serra da Lousã (que recebeu em 2007 o 1.º prémio nacional do European Enterprise Awards - prémio de empreendedorismo, na ategoria de investimento humano), que é realizado em parceria com a Câmara Municipal, depende de conseguirmos captar visitantes e atrair turistas à região”, sublinha Jaime Ramos, para concluir: “Portugal não vive um período económico favorável aos novos investimentos e, também por isso, sabemos que estamos a remar contra a corrente”.
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DESPORTO
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Palpitando
Confronto entre Coimbra e Figueira da Foz As duas equipas do distrito de Coimbra que se encontram a disputar a Liga principal de futebol vão defrontar-se no próximo domingo, pelas 18h00, um jogo que traz ao de cima as rivalidades (saudáveis) entre as duas cidades vizinhas. Neste início de
PALPITANDO
ano, a Académica retoma o campeonato no 12.º lugar (com 13 pontos), duas posições abaixo da Naval (que tem 15 pontos). No ano passado a equipa de Coimbra recebeu a da Figueira da Foz, a 16 de Maio, com a prova quase a terminar, tendo vencido
JOSÉ ALBERTO COELHO
FRANCISCO ANDRADE
por um concludente 3-1. Nessa altura a Briosa estava num brilhante 7.º lugar da classificação, enquanto a Naval se quedava pelo 12.º lugar. Nas previsões deste painel de personalidades que vaticina os resultados dos jogos da Liga, a Académica vai arrecadar
MÁRIO CAMPOS
JOSÉ M. CANAVARRO
ÁLVARO AMARO
os três pontos e, se isso acontecer, ultrapassar a Naval. Refira-se que a Briosa começou 2010 com o “pé direito”, ao vencer por 2-1 o Estoril, numa partida da 3.ª fase da Taça da Liga. A Naval já não se encontra nesta prova, mas, em contrapartida, ainda
JOSÉ M. PUREZA
permanence na Taça de Portugal O calendário dos jogos da 15.ª jornada é o seguinte: sexta-feira, dia 8 – Braga-Nacional, às 20h15 (SportTv); sábado, dia 9 – Marítimo-Guimarães, às 17h00 (SportTv), Sporting-Leixões, às
CARLOS ENCARNAÇÃO
MÁRIO NOGUEIRA
FÁTIMA RAMOS
19h15 (SportTv), Rio AveBenfica, às 21h15 (RTP1); domingo, dia 10 – Olhanense-Paços de Ferreira, às 15h00, Académica-Naval, às 18h00 (SportTv), Porto-Leiria, às 20h15 (SportTv); segunda-feira, dia 11 – Belenenses-Setúbal, às 20h15 (SportTv).
HELENA FREITAS
MIGUEL CORREIA
MARTA BRINCA
ACADÉMICA X NAVAL
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RIO AVE X SL BENFICA
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Remo
Ginásio baptiza dois barcos O Ginásio Clube Figueirense vai baptizar, no próximo sábado, dia 9, pelas 12h30, no Centro Náutico da Fontela, duas embarcações de remo. Um novo barco é um double-scull, topo de gama, enquanto a outra embarcação foi recuperada no estaleiro do clube, pelo sócio José Augusto Cunha, e trata-se de um velho yolle de 4 que vai servir o remo de lazer, fazendo face ao constante aumento de praticantes. O double-scull será baptizado com o nome do eng. José Manuel Henriques, cuja empresa o ofereceu, e o yolle de 4 designar-se-à eng. Carlos Lourenço. Também serão estreados quatro novos remos, oferecidos pela Escola de Condução Abadias. A cerimónia, para a qual
estão convidadas as entidades oficiais locais, está integrada na já tradicional “Festa dos Reis do Remo”, que o clube leva a efeito todos os anos. Do programa constam o baptismo de novos remadores, a regata das famílias e um almoço-convívio animado pelo conjunto “Caranguejola”, também ele constituído por remadores.
vio, a proporcionar interessante troca de impressões e sugestões sobre o momento actual do clube. Desta forma simbólica tiveram início as comemorações do 115.º aniversário, cujos pontos altos são a “Gala da gratidão”, realizada ontem, e a confraternização de todos os atletas no dia 12 de Junho.
Início dos 115 anos
Ginásio homenageou patrocinadores
No dia 1 de Janeiro a tradição cumpriu-se na presença de cerca de duas dezenas de ginasistas, que saudaram com palmas a subida da bandeira no mastro da sede, lentamente hasteada pelo sócio n.º 1, Elísio Godinho, ao som do hino do clube. Seguiu-se um animado conví-
A “Gala da gratidão” do Ginásio Figueirense realizouse ontem à noite, no Casino da Figueira da Foz, e teve como objectivo homenagear e manifestar o reconhecimento às entidades e empresas que têm apoiado em anos recentes as actividades do clube.
Para a iniciativa foram convidadas 60 entidades, entre empresas das mais variadas dimensões, câmaras municipais e juntas de freguesia de concelhos nos quais o Ginásio tem organizado eventos nos últimos anos. Segundo o Ginásio, a “Gala” visou “reforçar os laços que unem o clube aos seus patrocinadores, assim como também significar a disponibilidade dos ginasistas para ajudarem a promover e divulgar as ‘marcas’ que o apoiam”. O programa incluiu, para além do jantar em que estiveram presentes os principais dirigentes e técnicos do Ginásio, um “briefing” de apresentação das potencialidades actuais do clube e a oferta de lembranças, especialmente concebidas para a
Elísio Godinho, sócio n.º 1 do Ginásio, hasteou a bandeira no início das comemorações dos 115 anos do clube
ocasião, a todas as entidades convidadas. A “Gala” terminou com o show do Casino,
patrocinador que desde o início acolheu e viabilizou a iniciativa.
Rali Dakar
Piloto conimbricense tenta estar no top 10 Entrar nos 10 primeiros lugares da classificação do rali Dakar tem sido o esforço do piloto conimbricense Ricardo Leal dos Santos (na foto), que participa na prova ao volante de um BMW
X5, com o navegador Paulo Fiúza, pela equipa Pioneer Desert Team Delta Q. A 32.ª edição do Dakar, que se disputa entre a Argentina e o Chile, conta com a participação de vários con-
correntes portugueses, sendo de destacar Carlos Sousa e Miguel Barbosa, ambos em Mitsubishi, assim como Ricardo Leal dos Santos. Nesta prova de todoo-terreno estão em evidên-
cia os pilotos de moto Hélder Rodrigues (Yamaha) e Paulo Gonçalves (BMW), que, na terça-feira, ocupavam o 2.º e 3.º lugar da classificação geral, respectivamente.
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FUTEBOL
Jogada a jogada, golo a golo, a Briosa joga nesta rádio...
Académica - Naval Comentários: Francisco Andrade
Relato: Luís Carlos Melo
ABC
DOMINGO, DIA 10, ÀS 18H Ouça na Internet em www.radioregionalcentro.com
CULTURA
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Nudez artística em cenários vínicos “Sangue e Corpo Di Vino – Vinho a Nu” é o título da exposição de fotografia, da autoria de Diogo Moreira, resultante de uma produção fotográfica sensual, que teve lugar nas caves da Aliança Vinhos de Portugal, em Sangalhos. A mostra é inaugurada no próximo sábado, pelas 16h00, no Museu do Vinho da Bairrada, em Anadia, em simultâneo com a exposição “Manuel Cargaleiro – Obra Gravada”, do conhecido mestre Cargaleiro que, com 82 anos, referência da pintura e da cerâmica em todo o mundo, estará também presente no evento. “Sangue e Corpo Di Vino – Vinho a Nu”, iniciativa apadrinhada pelo comendador Joe Berardo, reúne um conjunto de fotografias de nu artístico em cenário vínicos.
Coro Vox Aetherea em concerto de beneficência A Sé Velha de Coimbra acolhe no próximo sábado, dia 9 de Janeiro, um concerto de beneficência pelo coro Vox Aetherea e a Capela Gregoriana Psalterium. O espectáculo tem início a partir das 17h30 e, apesar de ter entrada livre, visa a angariação de dádivas que, posteriormente, serão encaminhadas para uma instituição que presta serviços à população mais carenciada.
Andreia Hall e o “Bosque das Figuras Planas”
A Matemática, enquanto porta para um mundo de fantasia, é o tema do livro de Andreia Hall, professora da Universidade de Aveiro e autora de “O Bosque das Figuras Planas”, obra que é apresentada hoje, pelas 18h00, no Museu da Ciência da Universidade de Coimbra. A par da apresentação do livro, há actividades para os mais novos, através das quais se pretende demonstrar que a Matemática, embora disciplina por muitos temida na escola, tem um lado surpreendente e divertido. Pensado para crianças com idades entre os cinco e os 10 anos, “O Bosque das Figuras Planas” narra as aventuras e desventuras de um “Pinóquio” do século XXI (criado por um programa de computador), no reino fantástico das figuras geométricas planas. O livro é apresentado no âmbito do projecto “Café, Livros e Ciência”, iniciativa conjunta do Mu-
seu da Ciência, Centro Ciência Viva Rómulo de Carvalho e Fábrica Centro Ciência Viva de Aveiro, que visa promover, em ambiente informal, a leitura de livros dedicados à ciência junto do grande público. Mais informações estão disponíveis na Internet, em www.museudaciencia.org.
Cinema e fotografia na Casa da Esquina Começa hoje na Casa da Esquina, em Coimbra,o ciclo de cinema e fotografia “5.ª de Imagens”, uma iniciativa desenvolvida em parceria com o The Portfolio Project que, ao longo de 2010, pretende abordar as diferente formas de interacção entre a imagem fotográfica e cinematográfica. Durante o primeiro trimestre do ano, a iniciativa propõe a descoberta de quatro fotógrafos que são também cineastas, designadamente, William Klein, Raymond Depardon, Agnès Varda e David LaChapelle, cujas obras constituirão ponto de partida para a reflexão sobre a cumplicidade entre as duas práticas artísticas. A partir do mês de Abril, serão exibidos documentários sobre alguns dos mais consagrados fotógrafos internacionais, nomeadamente, HenriCartier Bresson, Robert Doisneau, Annie Leibovitz, Leni Riefenstahl, Nobuyoshi Araki e James Nachtwey, bem como filmes de ficção em que o papel da fotografia ou do fotógrafo tenha especial relevo. Dedicado a William Klein, o ciclo de cinema e fotografia “5.ª de Imagens” arranca hoje com a projecção do filme “Le Messie”, em versão original não legendada. Semanalmente, à quinta-feira, a partir das 22h00, as sessões de projecção são seguidas de um espaço de conversa informal onde o público é convidado a participar.
Escola da Noite acolhe espectáculo de Joana Pupo
O espectáculo “A Fuga de Wang Fô”, criado e interpretado por Joana Pupo a partir de um conto oriental de Marguerite Yourcenar, vai estar em cena no palco do Teatro da Cerca de São Bernardo, no dia 16 de Janeiro, às 16h00 e às 21h30. As sessões para o público em geral são antecedidas por apresentações para as escolas, em horário diurno, entre os dias 12 e 15 de Janeiro. Neste espectáculo em Coimbra, a convite da companhia de teatro A Escola da Noite, Joana Pupo conta a história errante do pintor Wang Fô, em viagem pela China Antiga ou Reino de Han. O preço dos bilhetes para assistir à peça varia entre os seis e os 10 euros.
TAGV acolhe concerto de Ano Novo Valsas, polcas e marchas do compositor austríaco Johann Strauss preenchem o repertório da Strauss Festival Orchestra e do Strauss Festival Ballet Ensemble, grupos de relevo internacional que actuam no Teatro Académico de Gil Vicente, a 11 de Janeiro, para o concerto de Ano Novo. A partir 21h30, o espectáculo produzido pela Euroconcert, inspirado no tradicional encontro musical que, todos os anos, se celebra em Viena, promete trazer a Coimbra a qualidade demonstrada por este organismo orquestral nos mais variados palco da Europa, com a sensiblidade da voz do soprano solista conjugada com a elegância do ballet, estilizadas coreografias e luminosos vestuários. O preço dos bilhetes é de 25 euros (2.ª plateia e balcão) e 30 euros (1.ª plateia).
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V I N A G R E T A S
Água mole em pedra dura... – O presidente da secção de Judo da Associação Académica de Coimbra costumava gracejar que o atleta João Neto só tinha um defeito: não ser da Académica! Rui Fonseca aliciou tanto o judoca olímpico e campeão Europeu 2008 que logrou a transferência para o clube dos estudantes. Já lá diz o ditado: “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”.
sociais intoleráveis”. Apesar do elevado endividamento do país, Mário Soares procura acalmar os mais alarmistas considerando que “já passámos por crises piores” e realçando que “não somos a Grécia”. Confiança e bom senso é o que o histórico socialista sugere, embora reconheça que ambas características “não abundam entre alguns políticos e empresários portugueses”.
Aposta no futuro – Mesmo com João Neto lesionado, a equipa directiva da Secção de judo da AAC abriu as portas ao medalhado atleta. A recuperação deve prolongarse até Março, mas a expectativa é que o jovem volte a brilhar nos palcos internacionais da modalidade. O clube da AAC conta ainda que a experiência em alta competição impulsione a carreira de outros judocas da Académica, não só como colega mas também como treinador. O jovem apostou, portanto, no futuro a médio e longo prazo, garantindo emprego na área desportiva.
Batota, não! Engano, sim! – Carlos Clemente, deputado municipal do PS, irritou o presidente da Assembleia Municipal (A.M.) de Coimbra ao dizer que houve “batota” numa votação ocorrida na sessão anterior. Manuel Porto, professor de Direito da Universidade de Coimbra, não gostou do que ouviu e pediu explicações ao também presidente da Junta de Freguesia de S. Bartolomeu. Admitiu que pudesse ter havido um engano (já que vê mal ao longe e precisa de apoio dos restantes elementos da mesa para a contagem dos votos), batota é que não. Por pouco, Clemente não foi eleito contador oficial de votos da A.M.. A avaliar pelas bocas que ouviu, o autarca teria muitos votos a favor da bancada social-democrata.
É óbvio – “Temos um défice assustador”. Quem o reconhece é Mário Soares, histórico socialista que na década de 80, negociou, enquanto primeiro-ministro, um empréstimo com o FMI, numa altura em que, como agora, o país tinha um défice superior a oito por cento do Produto Interno Bruto. O antigo chefe de Governo e Presidente da República escreveu, desta feita na Visão, um longo artigo em que diz que “é óbvio que Portugal está em crise” e que tem um “endividamento muito grande”. Que é óbvio, é, mas dito por um socialista, é sempre outra coisa! Uma no cravo, outra na ferradura – O histórico socialista aponta, no entanto, o dedo acusador à repartição da riqueza em Portugal, que, justifica, “continua a ser muito injusta”, e às “desigualdades
Documentos à última hora – Eliana Pinto (PS) apresentou uma queixa à A.M. pela “forma como são prestadas as informações aos eleitos locais”. De acor-
do com o documento apresentado pela advogada, “começa a ser sistema o fornecimento de informação indispensável à tomada de decisão dos eleitos locais, no próprio dia das reuniões ou na sua véspera”. Exemplo disso foi a distribuição do mapa do pessoal da Câmara Municipal de Coimbra (C.M.C) na véspera da sessão a A.M., facto que levou a bancada socialista a absterse, à excepção de. Jorge Lemos, também do PS, que votou contra. Carlos Encarnação reconheceu o erro e pediu desculpa com o argumento da urgência. Amigos no “Facebook” – Na intervenção que fez, no período antes da ordem do dia, a propósito da co-incineração, o deputado municipal do Bloco de Esquerda, Serafim Duarte, revelou-se conhecedor dos desabafos de Maló de Abreu no facebook. Isto quer dizer que um e outro se adicionaram como amigos. Ao fornecer argumentos, para engrossar os discursos do bloquista, esta ciber-amizade revela-se, desde já, enriquecedora. Não se “desamiguem”, vá lá. Há atrasos e atrasos – Uma coisa é o quarto de hora académico, outra coisa é hora e meia de atraso. Convocam os jornalistas para uma conferência de imprensa às 18h30, seguida de um jantar. Lembram-se do jantar mas esquecem-se do encontro com os jornalistas. Está mal...
Falta de brio – Os buracos que a foto retrata estão, há meses, no acesso à ponte-açude de Coimbra pelo lado Poente. Não é de estranhar, porquanto a Estradas de Portugal (entidade pública empresarial) anda ocupada, sobretudo, com os «puxões de orelhas» vindos do Tribunal de Contas. Neste caso a Estradas de Portugal pode queixar-se da falta de brio do pessoal da empresa incumbida de construir a variante do IC2 entre a Guarda Inglesa e as proximidades de Antanhol. O tal pessoal ignorou os dois buracos, embora eles estejam a escassas dezenas de metros do local onde terminou a pavimentação da nova rotunda adjacente ao açude-ponte. Não admira, pois o recente pavimento também já tem as suas maleitas. É esta preocupante falta de brio que nos mergulha na “apagada e vil tristeza” narrada por Luís de Camões.
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VINAGRETAS
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S E A R A
A L H E I A
“O PS resolveu mostrar serviço e eis que a regionalização surge, travestida de menina das alianças do casamento gay, como parte das manobras para desviar as atenções da desorientação estratégica do governo. Se isto não a desacreditou de vez, o PS há-de encontrar maneira de lhe fazer o funeral. Os centralistas podem dormir descansados”. Alberto Castro, no Jornal de Notícias de 29/12/2009 Feios e gordos, não entram! – Consta que a rede social BeautifulPeople.com (pessoas bonitas) expulsou 5.000 utilizadores porque outros membros assinalaram que eles ficaram “muito gordos” durante as festas de Natal e Ano Novo. Pode parecer exagerado, mas se tivermos em conta que este sítio de relacionamentos se distingue dos demais pela selecção dos utilizadores segun-
do critérios de estética, não podemos levar a mal que queiram proteger o negócio. Regras são regras e essa é a número um. Esta notícia dos tempos modernos faz lembrar a famosa tabuleta “Menina não entra”, da banda desenhada da Luluzinha. No caso do sítio, entram meninos e meninas, o problema é mesmo o da imagem. Ainda existe o Photoshop, não existe?
Sem caminho... – Os CTT levaram para a Urbanização de São Bento (Coimbra) uma carta cujo destinatário reside na Urbanização Portas de São Miguel. Nem o código postal da de São Miguel (3020-166) impediu que a referida correspondência fosse encaminhada para a de São Bento. Poder-se-á dizer que o carteiro, na dúvida, deixou-se «seduzir» por um endereço que soa a poder. É outra, porém, a principal conclusão: longínquos vão os tempos em que o código postal era meio caminho andado.
Claro percalço – Em “AAC: os rostos do poder”, livro que a Imprensa da Universidade de Coimbra acaba de editar, no lugar onde deveria figurar a imagem de Henrique Fernandes está uma foto que aparenta ser do jornalista Jorge Castilho. Fernandes, presentemente governador civil de Coimbra, foi o 74º. presidente da Associação Académica, apesar de não ter sido propriamente eleito para liderar a instituição. Sucedeu a Clara Crabbé Rocha, que, em 1976, tomou o leme da AAC à cabeça de uma lista conotada com a Juventude Socialista. A filha do falecido poeta Miguel Torga acabou por presidir durante pouco tempo à importante associação estudantil. Henrique Fernandes – conhecido, então, pelas calças de cabedal que pareciam simbolizar a sua inclinação para o trotsquismo – teve direito a página completa no livro coordenado por João Pedro Campos. Quanto à foto do ex-presidente, consta ter sofrido um claro percalço, que não é imputável a Crabbé Rocha. A História tem destas coisas... Afinal, também houve fotos do bolchevique Leon Trotsky subtraídas às memórias do império soviético.
CARTOON
Zaug
“Se Portugal e os portugueses não tiverem a lucidez necessária para fazer um intervalo neste regabofe podemos hipotecar por décadas o futuro das novas gerações. Façam o favor de não ser irresponsáveis!”. Emídio Rangel, no Correio da Manhã de 02/01/2010 “É fatal. Ano novo, vida velha. O Presidente da República até pode desafiar os protagonistas partidários a atitudes novas no debate para um Portugal com mais emprego e justiça social. A realidade corta cerce as boas intenções. A intolerância arrasa tudo. O que faz mais falta é que nos respeitemos uns aos outros. E não é isso que se vê”. João Vaz, no Correio da Manhã de 03/01/2009 “Uma parte significativa do debate político-partidário faz-se à volta da justiça, não com o objectivo de a modernizar, mas antes visando instrumentalizá-la e transformá-la numa arma de arremesso pela conquista do poder. Isso tem consequências nefastas para ambas as instâncias da vida democrática”. António Marinho e Pinto, no Jornal de Notícias de 03/01/2009 “Aquilo a que, hoje, se assiste, em Portugal, é a um debate político «fulanizado», centrado predominantemente em torno de processos judiciais, dos quais cada partido pretende retirar os maiores dividendos possíveis”. Idem, Ibidem “Convém recordar que o estado de direito democrático só será democrático se for de direito e só será de direito se os princípios que regem o funcionamento da Justiça não forem derrogados pelas conveniências da luta político-partidária”. Idem, Ibidem “O maior aperto que Sócrates pode sofrer é o de ter Manuel Alegre na presidência. Com pactos ou sem eles. Tudo o que Alegre é contraria Sócrates – a cultura, os valores e o percurso pessoal. E um Presidente Alegre não deixaria de lhe mostrar isso todos os dias”. Carlos Abreu Amorim, no Correio da Manhã de 04/01/2010 “Não devemos esperar que sejam os outros a impor a resolução dos nossos problemas (...), o novo quadro parlamentar, aliado à grave situação económica e social que o país vive, exige especial capacidade para promover entendimentos”. Discurso de Ano Novo do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva
Gralha – Numa das principais entradas da cidade de Coimbra, a sinalética pode gerar algum desnorte entre os automobilistas. É que em vez de Lages, um painel vertical indica a proximidade de Lajes, que, como se sabe, é no Arquipélago dos Açores. Agora que os GPS estão generalizados, há sempre o risco de ver por aí muitos automobilistas algo baralhados. PUBLICIDADE
Mensagem de Ano Novo
“O princípio da responsabilidade deve sobrepor-se a qualquer tentação irresponsável. Quer da parte do Governo, que tem de ter abertura para um diálogo produtivo, quer da parte da oposição, que tem de ser responsável”. Francisco Assis, líder da bancada parlamentar do PS, a propósito da aprovação do Orçamento de Estado, no Público de 04/01/2010
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Leis penais
“Reforma de Coimbra” irá ganhar hoje forma Continuação da primeira página R.A.
Ao manifestar o desejo de ajudar a conferir celeridade e eficiência aos sistemas judicial e judiciário, o g overnante admitiu a existência de “uma relativa menor confiança na Justiça”. O alargamento dos
prazos do inquérito, a cargo do Ministério Público (MP)a a criminalidade mais grave e complexa, e a possibilidade de efectuar detenções fora de flagrante delito, nos casos em que se reconheça a existência de perigo de continuação da actividade delituosa, são dois dos aspectos em análise.
Sete juristas – quatro deles de Coimbra, Alfredo Castanheira (advogado), Euclides Dâmaso Dâmaso (magistrado do MP), José Mouraz Lopes (juiz) e Manuel Costa Andrade (professor universitário) – têm-se debruçado, igualmente, sobre a questão da prisão preventiva. A mais severa das
medidas de coacção (aplicáveis a arguidos mesmo antes de julgamento) tem uso mais restrito desde meados de Setembro de 2007 por só estar prevista para presumíveis autores de crimes puníveis com cinco ou mais anos de prisão. As esperadas alterações ao CP e ao CPP poderão ficar conhecidas
como a “Refor ma de Coimbra”, cuja Escola em matéria de Direito Penal viu o seu mérito traduzido na composição da comissão constituída para o efeito. Acresce que, a par do ministro Alberto Martins (antigo presidente da Associação Académica), também o secretário de Estado João Correia se
licenciou em Coimbra. Além de Costa Andrade, fazem parte da Escola de Direito Penal de Coimbra, entre outros conceituados juristas, os professores universitários Jorge de Figueiredo Dias, José de Faria Costa, Anabela Rodrigues, Maria João Antunes, Cláudia Santos e Cristina Líbano Monteiro.
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Coimbra
Edil alerta Câmara para o risco de errar O vereador Álvaro Maia Seco (PS) alertou, esta semana, a Câmara Municipal de Coimbra (CMC) para não incorrer em erros como o que, alegadamente, terá cometido na fase de apreciação de um projecto de um lar de idosos da Celium (instituição particular de solidariedade social de Ceira). Segundo Maia Seco, em Outubro de 2008, a autarquia adoptou determinadas regras e, volvido meio ano, aprovou um projecto de arquitectura que com elas colide.
O edil, professor universitário de Engenharia civil e presidente do Conselho de Administração da sociedade concessionária do Sistema de Mobilidade do Mondego (Metro), aludiu a um presumível “erro técnico claríssimo” e acrescentou esperar que se trate “apenas de um erro”. “Foram os planos da MetroMondego que se alteraram”, comentou o presidente da CMC. “Quem administra [o município conimbricense] é a Câmara”, enfatizou Carlos Encarnação (PSD).
Variante ao IC2
Estradas de Portugal instada a resolver problemas A Águas de Coimbra (AC) acaba de advertir a Estradas de Portugal (entidade pública empresarial) que a construção da variante ao IC2 (a Poente da cidade) gerou problemas relacionados com o lançamento de águas pluviais (chuva) em ribeiras. Em carta dirigida a Almerindo Marques, a AC (empresa municipal) assinala ter feito, nos últimos dois anos, várias comunicações a alertar para o impacto da implantação da referida via (que ligará a ponte-açude à Casa Meada). “Há várias situações [relacionadas com o impacto daquela obra na rede hidrográfica municipal] que continuam a não
ser devidamente acauteladas e resolvidas”, indicou o director de Planeamento e Obras da AC, Luís Nogueira da Costa. O técnico, fazendo notar que tais situações têm causado “graves problemas de inundações” em edificações, opina que os mesmos poderiam ter sido evitados “se já tivessem sido acatadas recomendações feitas” pela Águas de Coimbra. Neste contexto, a empresa municipal apelou à Estradas de Portugal para “agir com a maior brevidade” por forma a pôr em prática “soluções que permitam resolver problemas de drenagem causados pela referida variante ao Itinerário Complementar 2”.